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EMÍLIA BEATRIZ DAS NEVES SILVA MAIA PIMENTEL AVALIAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS BMP-4, FGF-8 E SINDECAN-1 EM TUMORES ODONTOGÊNICOS NATAL/RN 2015

AVALIAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS BMP-4, … · EMÍLIA BEATRIZ DAS NEVES SILVA MAIA PIMENTEL ... hoje tenho certeza que se eu for a metade do que você é, serei bem

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EMÍLIA BEATRIZ DAS NEVES SILVA MAIA PIMENTEL

AVALIAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS BMP-4, FGF-8

E SINDECAN-1 EM TUMORES ODONTOGÊNICOS

NATAL/RN

2015

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O E DESPORTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

- O EM PATOLOGIA ORAL

AVALIAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS BMP-4, FGF-8

E SINDECAN-1 EM TUMORES ODONTOGÊNICOS

NATAL/RN

2015

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EMÍLIA BEATRIZ DAS NEVES SILVA MAIA PIMENTEL

AVALIAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS BMP-4, FGF-8

E SINDECAN-1 EM TUMORES ODONTOGÊNICOS

- o em Patologia Oral da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – tulo de Doutor em Patologia Oral

ORIENTADORA: Profª. Drª. Roseana de Almeida Freitas

NATAL/RN

2015

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EMÍLIA BEATRIZ DAS NEVES SILVA MAIA PIMENTEL

AVALIAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS BMP-4, FGF-8

E SINDECAN-1 EM TUMORES ODONTOGÊNICOS

- – de Doutor em Patologia Oral

Aprovada em : 27/02/2015

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________

Prof. Dr. Manuel Antônio Gordon Nunez, UFPB

Examinador Externo à Intituição

__________________________________________________________

Prof. Dra. Maria Goretti Freire de Carvalho, UNP

Examinador Externo à Intituição

__________________________________________________________

Prof. Dra. Ana Miryan Costa de Medeiros, UFRN

Examinador Interno

________________________________________________________

Prof. Dra. Hebel Cavalcanti Galvão, UFRN

Examinador Interno

_________________________________________________________

Prof. Dra. Roseana de Almeida Freitas, UFRN

Presidente

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Dedicatória

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A minha Mãe, Ausimar exemplo de pessoa e de profissional

competente e inteligente que me inspira e me ensina a melhor

maneira de trilhar os caminhos da vida, torcedora incansável

pelo meu sucesso; pelos incentivos à formação acadêmica, que

me fez tão grande quanto o teu amor por mim, e a quem devo

tudo que sou e que tenho. A você mainha melhor mãe do mun-

do dedico esta vitória.

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Ao meu Pai, Glicério por ter investido e acreditado sempre na

o e me incentivado a trilhar os caminhos do conheci-

mento capaz de transformar as pessoas sempre para melhor.

Um exemplo de dedicação que formou nossa família com ze-

lo, por isso, hoje tenho certeza que se eu for a metade do que

você é, serei bem sucedida. Obrigada painho!!!!

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A minha Avó, Beatriz, dedico esse momento especial por todo

amor e sabedoria transmitidos com muita simplicidade e expe-

riência ao longo dos seus 93 aninhos, com frases incentivado-

ras durante toda minha caminhada. Vovó muito obrigada!

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Ao meu esposo, Leonardo a que nos une e faz do

nosso amor o mais intenso e o maior. Obrigada por sua dedi-

ncia, por to-

a em minha vida. Esta v o desistir dos meus so-

nhos, por acreditar em mim e por compartilhar de muitas das

minhas entar

meus momentos de ansiedade e estresse nos meses em que me

dedique

m. E o mais importante, Te Amo!

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Agradecimentos

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AGRADECIMENTOS

Obrigada meu Deus, por tudo que me proporcionou, me auxiliando e fortalecendo nos

momentos difíceis, sendo a luz guia e protetora nas incertezas e a força que me impulsionou a

atravessar todos os obstá

o deste trabalho.

À Nossa Senhora das Graças, por todas as bençãos derramadas em minha vida, por me guiar

es certas que tomei quando pensava em ti; pela força e perseverança

mantendo-me firme.

Gostaria de agradecer a lia por

o deste trabalho. Aos meu pais Glicério e Ausimar

ncia. Os dois me ensinaram as coisas

mais importantes que levo, os valores mais nobres, me ensinam mais do que qualquer curso

m. Ao meu esposo, Léo, obrigada por seu amor, que me fez ultrapassar

todos os obstáculos e momentos extremamente difíceis neste curso.

A Profa Dra. Roseana de Almeida Freitas, minha orientadora, pela oportunidade de ser sua

es.

À Profa. Dra. Ana Myriam Costa de Medeiros, minha querida professora da graduação e

orientadora do Mestrado, pela amizade e pel

o.Muitíssimo obrigada pelo convívio e apoio nos mais variados momentos.

A Profa. Dra. Maria Goretti Freire de Carvalho, estimada professora da minha graduação e

Co-orientadora do meu mestrado, uma mestra para toda a vida. Umas das professoras mais

doce e humana que conheço. Obrigada pela carta de recomendação, amizade e confiança em

mim depositada.

À Profa. Dra. Maria Alice Pimentel Fuscella, minha estimada orientadora de TCC, pelo apoio,

mulo desde minha graduaçã

o de ao mesmo tempo ser docente e discente, especialmente no momento mais

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difícil deste trabalho, ou seja, na conclusã um exemplo de humildade e liderança.

Obrigada por sua amizade.

Profa. Maria Leonor Assunção Soares Câmara

a e seriedade despertou em mim o interesse o a senhora

profa. Leonor, pois me fez acreditar que um sonho pode tornar-se realidade. Hoje, diante

dessa Tese, acredito nisso mais do que nunca e recordarei para sempre dos conselhos da

minha orientadora e hoje uma grande amiga que tanto admiro e tenho a honra de dividir

disciplina.

Profa. Dra Ruthinéia Diógenes Alves Uchôa Lins

vel que

gira em sua volta, que me ajudou e foi muito importante nesses últimos meses de doutorado.

Ao Prof. Dr. Kenio Costa Lima

mpar para engrandecimento e

v o dos nossos resultados.

Aos Professores Dra. Hébel Cavalcanti Galvão e Dr. Bruno César de Vasconcelos Gurgel,

o, o que contribuiu para qualidade desta tese.

A doutoranda Adriana Costa de Souza Martins Câmara

m da expontânea ajuda que sempre disponibilizou a

mim em tantos momentos que me encontrei triste e angustiada, suas palavras foram muito

importantes para mim, jamais esquecerei dessa sincera amizade

Ao doutorando José Nazareno Moreira de Aguiar Júnior, querido professor da minha

graduaçã m de excelen

o. Suas palavras vieram, invariavelmente, nos momentos certos. O meu mais sincero

agradecimento.

Aos Professores - o em Patologia Oral da UFRN, pela

oportunidade de aprendizagem vio.

Aos amigos Professores da Universidade Potiguar, “ lia”

s

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s.

loga Juliana Maria Moreira Gonçalves de Oliveira

lise que me proporcionou

stico, me ajudando a superar meus medos e angú

o.

Aos colegas de turma Stefania Jerônimo Ferreira e Rodrigo Gadelha Vasconcelos, que me

acolheram com muita amizade e carinho, me proporcionando troca de conhecimentos, e

convivência agradável durante todo esse tempo.

- o: Aparecida Conceição (Cidoca), Fernando Nóbrega,

Emeline Neves, Pedro Carlos, Pedro Paulo e Águida Henriques, nica,

companheirismo, amizade e pelos bons momentos vivenciados, pois cada um, a sua maneira,

contribuiu para meu crescimento.

s-Gr o em Patologia Oral da UFRN, Gracinha,

Lourdinha e Idelzuite

es.

Ao doutorando Marcelo Nascimento, pela amizade e por sua fundamental ajuda no

escaneamento das l gicas.

Ao mestrando Anderson Nicolly Fernandes da Costa o nos resultados deste

trabalho.

rio de Patologia Oral da UFRN, Sandrinha e Ricardo

o desta pesquisa.

- mica vio

- mica.

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Epígrafe

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Nunca, jamais, desanimeis, embora venham

ventos contrários.

Santa Paulina

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Resumo

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RESUMO

O desenvolvimento e a progressão de tumores odontogênicos vêm sendo associados ao dese-quilíbrio na atuação de fatores de crescimento, moléculas de adesão, proteínas da matriz ex-tracelular e suas enzimas de degradação, fatores angiogênicos e osteolíticos. Algumas pesqui-sas vêm demonstrando que relações de interação indutiva epitélio/mesenquimais determinan-tes da odontogênese, são mimetizadas por esses tumores. Oobjetivo dessa pesquisa foi inves-tigar a imunolocalização de fatores de crescimento (BMP-4 e FGF-8) e da proteína estrutural Sindecan-1 em uma série de tumores odontogênicos apresentando comportamentos biológicos distintos, visando contribuir para um melhor entendimento da participação destas proteínas no desenvolvimento tumoral. A amostra foi constituída por 21 ameloblastomas do tipo sólido, 19 ceratocistos odontogênicos e 14 tumores odontogênicos adenomatóides. Maior imunoexpres-são da Sindecan-1 foi observada no epitélio das lesões quando comparado com o mesênqui-ma. No ameloblastoma e ceratocisto odontogênico, essa expressão foi maior que no tumor odontogênico adenomatóide. A expressão epitelial da BMP4 mostrou-se quantitativamente semelhante nas três lesões estudadas; no entanto, quando anlisada a imunorreatividade do mesênquima, detectou-se maior expressão significativa no ameloblastoma quando comparado ao ceratocisto. No ameloblastoma, sua expressão foi predominantemente mesenquimal (p=0,008), enquanto no ceratocisto maior expressão foi observada no epitélio (p=0,046). Em todas as lesões, correlação forte ou moderada foi observada na imunoexpressão de BMP-4 no epitélio e mesênquima. Para FGF-8, em nenhuma lesão foi observada diferença entre a imu-noexpressão no epitélio ou mesênquima, contudo no ameloblastoma correlação positiva foi encontrada (Correlação de Spearman, rho=0,857, p<0,001). Os resultados deste estu-do sugerem que os três biomarcadores avaliados participam ativamente da patogênese das lesões, com destaque para a expressão nos ameloblastomas que indica uma forte interação entre as células parenquimatosas e estromais o que pode contribuir para sua marcada agressi-vidade biológica. Palavras-chave: Tumores odontogênicos, proteína óssea morfogenética 4, fator de crescimento fibroblástico 8, sindecan 1, imuno-histoquímica.

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Abstract

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ABSTRACT

The development and progression of odontogenic tumors have been associated with an imbalance in the

activity of growth factors, adhesion molecules, extracellular matrix proteins and their degradation enzymes,

angiogenic factors and osteolytic. Some studies have shown that interaction relationships inductive

epithelial / mesenchymal determinants of Odontogenesis are mimicked by these tumors. The objective of

this research was to investigate the immunolocalization of growth factors (BMP-4 and FGF-8) and

Sindecan-1 structural protein in a series of odontogenic tumors presenting different biological behaviors, to

contribute to a better understanding of the role of these proteins in tumor development. The sample

consisted of 21 of the solid ameloblastoma, odontogenic keratocysts 19 and 14 odontogenic adenomatoid

tumors. Increased Sindecan-1 immunostaining was seen in the epithelium of the lesions when compared

with mesenchyme. In ameloblastoma and odontogenic keratocysts, this expression was higher than in AOT.

Epithelial expression of BMP4 showed quantitatively similar in the three studied lesions; however, when

anlisada mesenchymal immunoreactivity, was detected significant higher expression when compared to the

ameloblastoma keratocysts. In ameloblastoma, mesenchymal expression was predominantly (p = 0.008),

while in keratocyst higher expression in the epithelium was observed (p = 0.046). In all injuries, strong or

moderate correlation was observed in the BMP-4 immunoreactivity in the epithelium and mesenchyme.

FGF-8, no injury was observed difference between the immunoreactivity in the epithelium or mesenchyme,

however in ameloblastoma positive correlation was found (Spearman correlation, rho = 0.857, p <0.001).

The results of this study suggest that the three evaluated biomarkers actively involved in the pathogenesis

of lesions, especially the expression of ameloblastomas indicating a strong interaction between

parenchymal and stromal cells which may contribute to its marked aggressiveness.

Keywords: Odontogenic tumors, bone morphogenetic protein 4, fibroblast growth factor 8,

sindecan 1, immunohistochemistry.

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Lista de Ilustrações

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Páginas

Quadro 1. Clone, especificidade, diluição, recuperação gênica e tempo de incubação dos anticorpos utilizados.................................................

59

Figura 1. Expressão imuno-histoquímica de BMP-4 nas células tumorais (imunorreatividade difusa e forte no citoplasma) e em células inflamatórias no mesênquima do TOA..............................................

65

Figura 2. Expressão imuno-histoquímica de FGF-8 no TOA, a maioria das células

tumorais e do mesênquima não exibiram imunorreatividade.......................

65

Figura 3. Expressão imuno-histoquímica de Sindecan no TOA, as células da peri-

feria dos ninhos apresentaram imunorreatividade de moderada a intensa,

ocasionais células inflamatórias no mesênquima...........................

66

Figura 4. Expressão imuno-histoquímica de BMP-4 em ameloblastomas, no epité-

lio as células colunares demonstraram alta imunorreatividade citoplasmá-

tica, enquanto no mesênquima, células inflamatórias, endoteliais e fi-

broblastos também estavam imunomarcados.............................................

68

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Figura 5. Expressão imuno-histoquímica de FGF-8 em ameloblastomas, no epitélio

as células colunares demonstraram baixa a moderada imunorreatividade

citoplasmática, enquanto no mesênquima, células inflamatórias, endoteli-

ais e fibroblastos ocasionalmente apresentavam imunorreativida-

de........................................................................................

69

Figura 6. Expressão imuno-histoquímica de Sindecan em ameloblastomas, no epi-

télio as células colunares demonstraram baixa a moderada imunorreativi-

dade citoplasmática, enquanto que as células do retículo estrelado foram

fortemente marcadas. No mesênquima, células inflamatórias, endoteliais

e fibroblastos apresentavam imunorreatividade moderada com padrão

focal.........................................................................

69

Figura 7.

Expressão imuno-histoquímica de BMP-4 em ceratocistos, todas as célu-

las epiteliais demonstraram alta imunorreatividade citoplasmática, en-

quanto no mesênquima, células inflamatórias, endoteliais e fibroblastos

ocasionalmente apresentavam imunorreatividade.......................................

72

Figura 8. Expressão imuno-histoquímica de FGF-8 em ceratocistos, a maioria das

células epiteliais demonstraram imunorreatividade citoplasmática leve a

moderada, enquanto no mesênquima, células inflamatórias, endoteliais e

fibroblastos ocasionalmente apresentavam imunorreatividade...................

73

Figura 9. Expressão imuno-histoquímica de Sindecan em ceratocistos, todas células

epiteliais demonstraram imunorreatividade intensa na membrana plasmá-

tica, enquanto no mesênquima, células inflamatórias, endoteliais e fi-

broblastos ocasionalmente apresentavam imunorreatividade...................

73

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Lista de tabelas

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Escores das células marcadas nos TOAs para BMP-4, FGF-8 e Sindecan.

Natal/RN, 2015………………………..........................................................

63

Tabela 2. Escores das células marcadas nos Ameloblastomas para BMP-4, FGF-8 e Sindecan. Natal/RN, 2015....................................................

67

Tabela 3. Escores das células marcadas nos Ceratocistos para BMP-4, FGF-8 e Sin-

decan. Natal/RN, 2015..............................................................................

70

Tabela 4. Expressão imuno-histoquímica de BMP-4, FGF-8 e Sindecan, comparando

medianas dos Escores entre epitélio e Mesênquima de acordo com as le-

sões.Natal/RN, 2015....................................................................................

74

Tabela 5. Expressão imuno-histoquímica de BMP-4, FGF-8 e Sindecan no epitélio

de acordo com as lesões. Natal/RN,2015.......................................................

75

Tabela 6. Expressão imuno-histoquímica de BMP-4, FGF-8 e Sindecan no mesên-

quima de acordo com as lesões. Natal/RN, 2015..................................

75

Tabela 7. Comparação da imunomarcação das três lesões no epitélio de acordo com

os marcadores. Natal/RN, 2015......................................................................

76

Tabela 8. Comparação da imunomarcação das três lesões no mesênquima de acordo

com os marcadores. Natal/RN, 2015..............................................................

76

Tabela 9. Coeficientes de Correlação entre a imunomarcação do epitélio e mesên-

quima para cada marcador e de acordo com as lesões. Natal/RN,

2015……………………………...................................................................

77

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Lista de abreviaturas

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

aFGF Do inglês acid fibroblastic growth factor, traduzido como fator de crescimento

fibroblástico ácido

Bcl-2 Do inglês B-cell CLL/ lymphoma 2, refere-se à proteína Bcl-2

bFGF Do inglês basic fibroblastic growth factor, traduzido como fator de crescimento fibroblástico básico

BMP-2 Do inglês Bone morphogenetic protein 2, traduzida como proteína morfogenética do óssea-2

BMP-4 Do inglês Bone morphogenetic protein 4, traduzida como proteína morfogenética do óssea-4

BMPs Proteínas ósseas Morfogenéticas

CD138 Sinônimo de Syndecan -1

CDKs Quinases dependentes de ciclina

cDNA Do inglês complementary DNA, traduzido como DNA complementar

DDR1 Domínio receptor de discoidina 1

DNA Do inglês deoxyribonucleic acid, traduzido como ácido desoxirribonucléico

FGF Do inglês fibroblastic growth factor, traduzido como fator de crescimento fi-broblástico

FGF8 Do inglês fibroblastic growth factor 8, traduzido como fator de crescimento fi-broblástico 8

FGFR2 Receptor 2 para o fator de crescimento fibroblástico

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FGFR3 Receptor 3 para o fator de crescimento fibroblástico

FHIT Do inglês fragile histidine triad, refere-se ao gene FHIT ou a proteína FHIT

GAGs Glicosaminoglicanos

GalTase Galactosil transferase β1 e 4

Gp38 Marcador de superfície encontrado em células reticulares linfóides

IGF Do inglês insulin-like growth factor, traduzido como fator de crescimento seme-lhante à insulina

IL-1 Interleucina tipo 1

KDa Do inglês kilodalton, traduzido como quilodálton.

Ki-67 Refere-se ao antígeno celular Ki-67 ou ao anticorpo anti-Ki-67, estando relacio-nada à proliferação celular

LTAS2 Gene lats encontrado em Drosophilas, sendo considerado um gene supressor tumoral

MAPK Do inglês mitogen-activated protein kinases, traduzido como proteínas-quinase ativadas por mitógeno

MCC Do inglês mutated in colorectal cancers, refere-se ao gene MCC

MEC Matriz Extracelular

MMPs Do inglês matrix metalloproteinases, traduzido como metaloproteinases de ma-triz

OMS Organização Mundial de Saúde

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p16 Do inglês protein 16, refere-se ao gene P16 ou à proteína P16, considerada pro-teína supressora de tumor

PCNA Do inglês proliferation cell nuclear antigen, traduzido como antígeno nuclear de proliferação celular.

PTCH Do inglês patched, refere-se ao gene PTCH ou à proteína PTCH, é um gene supressor tumoral

pRb Proteína envolvida na regulação do ciclo celular

p21 Do inglês protein 21, refere-se ao gene P21 ou à proteína P21, envolvida na regulação do ciclo celular - proteína supressora tumoral

TGF-β Do inglês transforming growth factor-β, traduzido como fator transformador de crescimento-β

TO Tumor Odontogênico

TOA Tumor Odontogênico Adenomatóide

TOEC Tumor Odontogênico Epitelial Calcificante

TSLC1 Do inglês tumor suppressor in lung cancer 1, refere-se ao gene TSLC1

VEGF Do inglês vascular endothelial growth factor, traduzido como fator de crescimen-to endotelial vascular

Wnt-5 Proteína codificada pelo gene Wnt, atuando como proteínas sinalizadoras impli-cadas na oncogênese e em diversos processos de desenvolvimento

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Sumário

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 30

2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 33

2.1 Ameloblastoma................................................................................. 34

2.2 Tumor Odontogênico Adenomatóide............................................... 36

2.3 Ceratocisto Odontogênico ou Tumor Odontogênico Ceratocístico.. 38

2.4 Matriz Extracelular (MEC).............................................................. 41

2.5 Sindecan........................................................................................... 42

2.6 Fator de Crescimento Fibroblástico (FGF)...................................... 44

2.7 Proteína Morfogenética Óssea (BMP-4).......................................... 47

3 PROPOSIÇÃO.............................................................................................. 54

4 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................ 56

4.1 Considerações Éticas......................................................................... 56

4.2 Caracterização do Estudo.................................................................. 56

4.3 População.......................................................................................... 56

4.4 Amostra............................................................................................. 56

4.5 Critérios de seleção da amostra......................................................... 56

4.5.1 Critérios de Inclusão................................................................................ 56

4.5.2 Critérios de Exclusão............................................................................... 57

4.6 Estudo imuno-histoquímico.............................................................. 57

4.7 Análise do perfil imuno-histoquímico............................................... 59

4.7.1 BMP-4 e FGF-8....................................................................................... 60

4.7.2 Sindecan-1............................................................................................... 60

4.8 Análise Estatística............................................................................. 61

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5 RESULTADOS......................................................................................... 63

5.1 Toa.................................................................................................. 63

5.2 Ameloblastoma............................................................................... 66

5.3 Tumor Odontogênico Ceratocístico.............................................. 70

5.4 Resultados sticos........................................................................ 74

6 DISCUSSÃO................................................................................................ 79

7 CONCLUSÕES............................................................................................ 86

NCIAS.............................................................................................. 88

ANEXOS.......................................................................................................... 108

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Introdução

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1. INTRODUÇÃO

Os tumores odontogênicos são lesões derivadas de células epiteliais e/ou

ectomesenquimais envolvidos na formação dos dentes constituindo um grupo heterogêneo de

lesões com diversas características clínicas e histopatológicas. O espectro do comportamento

biológico destas lesões é amplo, onde podemos encontrar proliferações hamartomatosas,

tumores benignos não agressivos, tumores benignos agressivos e tumores malignos

(BUCHNER; MERREL; CARPENTER, 2006). Neste heterogêneo grupo de tumores, alguns

se destacam pela elevada freqüência, outros pela sua diversidade morfológica e outros pelo

comportamento biológico.

Dentre esses tumores, o Ameloblastoma assume papel de destaque por seu significado

clínico, pois embora seja uma neoplasia epitelial benigna, é localmente invasivo, com

recorrência freqüente e ampla destruição dos maxilares, mesmo após a cirurgia radical

(LEZZI et al, 2008). Contrastando com esse comportamento, outro tumor também de origem

epitelial, o Tumor Odontogênico Adenomatóide (TOA), é um tumor incomum de origem

odontogênica, constituindo apenas 3% de todos os tumores odontogênicos (RIBEIRO et al,

2009), exibem geralmente uma evolução indolente e a enucleação cirúrgica conservadora ou

curetagem mostram-se suficiente como tratamento (MEDEIROS et al, 2010).

O Tumor Odontogênico Ceratocístico tem se apresentado como uma das entidades

patológicas mais controversas da região oral e maxilofacial (MENDES; CARVALHO; VAN

DER WALL, 2010a). Até a segunda classificação dos cistos odontogênicos, publicada pela

Organização Mundial da Saúde (OMS), estas lesões eram consideradas cistos de

desenvolvimento; no entanto, a última classificação publicada em 2005 enquadra essa

entidade no grupo dos tumores odontogênicos, o que permanece objeto de profunda

discussão. Essa lesão se destaca pelo comportamento clínico potencialmente agressivo,

tendência a recorrência e por se apresentar associada, em alguns casos, à síndrome do

carcinoma nevóide basocelular, também denominada de síndrome de Gorlin (MATEUS et al,

2008; SUYAMA et al, 2009; FIGUEROA et al, 2010).

No desenvolvimento e na progressão de alguns desses tumores odontogênicos,

interações indutivas epitélio/mesenquimais que ocorrem na odontogênese são, por vezes,

mimetizadas pelos tecidos tumorais epiteliais, mesenquimais ou ambos, dando origem aos

diferentes tipos dessas lesões. Dentre as numerosas moléculas sinalizadoras dessas interações,

algumas pesquisas têm destacado o papel determinante de diversos fatores de crescimento,

dentre estes o Fator de Crescimento Fibroblástico (FGF), e a Proteína Óssea Morfogenética

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(BMP) pertencentes à família TGF-ß (SOARES, 2008), seus receptores, proteoglicanos de

sulfato de heparan (Sindecan), as moléculas envolvidas nos processos de transcrição e os

produtos transcritos. Em uma relação de indução tecidual interativa é necessária a

participação de dois componentes: um tecido capaz de produzir sinais estimuladores e/ou

inibidores sobre outro, e um capaz de receber e responder a estes sinais, resultando em

eventos essenciais ao desenvolvimento tecidual em processos fisiológicos ou patológicos.

Com base no exposto, constitui proposição deste experimento, analisar o perfil de

imunomarcação de fatores de crescimento como a proteína morfogenética BMP-4 e o FGF-8

e da proteína estrutural Sindecan-1, em uma série de tumores odontogênicos: Tumor

Odontogênico Adenomatóide, Ameloblastoma Sólido e Tumor Odontogênico Ceratocístico,

visando contribuir para um melhor entendimento do papel destas proteínas no

desenvolvimento tumoral. Serão testadas possíveis associações entre a expressão destas

proteínas e o já estabelecido comportamento biológico distinto apresentado por essas

diferentes lesões odontogênicas.

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Revisão de Literatura

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2. REVISÃO DE LITERATURA

Os tumores odontogênicos (TOs) têm sido um assunto de considerável interesse para os

patologistas orais, que vêm estudando e catalogando estes tumores durante décadas. Estas

lesões compreendem aproximadamente 2,5% de todas as lesões biopsiadas nos consultórios

odontológicos (AVELAR et al, 2008).

Em 1971, a OMS publicou a primeira classificação sobre os TOs a ser adotada

mundialmente: “ histológicos dos tumores odontogênicos, cistos dos maxilares e lesões

” (PINDBORG, 1972). Atualmente, utiliza-se a última classificação publicada pela

OMS, atualizada em função dos novos conhecimentos moleculares e genéticos destes tumores

(BARNES et al, 2005).

No grupo das lesões odontogênicas, os Ameloblastomas e os Tumores Odontogênicos

Ceratocísticos se destacam por apresentarem comportamentos biológicos bastante intrigantes.

Embora sejam lesões de natureza benigna, estes tumores revelam comportamento localmente

agressivo e tendência a desenvolver recorrências (MENDENHALL et al, 2007; TAWFIK,

ZYADA, 2010). Em contrapartida, o Tumor Odontogênico Adenomatóide, embora também

seja originado de epitélio odontogênico, apresenta crescimento lento e um comportamento

biológico não agressivo (PHILIPSEN et al, 2007; MOHAMED et al, 2010).

Os TOs podem se apresentar de diferentes maneiras desde malformações dos tecidos

dentais até alterações de crescimento. Incluem um grupo heterogêneo de lesões que podem

apresentar comportamento benigno ou maligno, invasivos ou não. São mais freqüentes na

mandíbula do que na maxila, podendo ou não atingir os tecidos moles adjacentes e exibem

muitas variações histológicas. Estas lesões são incomuns e algumas são extremamente raras,

mas podem estabelecer significantes alterações no diagnóstico e na terapêutica na cavidade

oral e outras regiões maxilofaciais (BARNES et al, 2005; MORGAN, 2011).

Histopatologicamente, esses tumores, freqüentemente, apresentam características

semelhantes às encontradas na odontogênese e formam estruturas similares àquelas derivadas

do epitélio oral, folículo e papila dentária. Alguns tumores são caracterizados pela presença

de células epiteliais que, morfologicamente, lembram ameloblastos, enquanto que outras

estruturas calcificadas lembram a dentina, esmalte, cemento ou todos eles misturados. Esta

diversidade histopatológica na morfologia é devida à natureza pluripotente e indutiva dos

tecidos dentais (MORGAN, 2011).

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2.1 Ameloblastoma

O Ameloblastoma foi descrito pela primeira vez por Cusack em 1827 e detalhado por

Broca em 1868 (FREGNANI et al, 2010). Trata-se da neoplasia oriunda de epitélio

odontogênico mais frequentemente encontrada, caracterizada por um comportamento

benigno, entretanto, localmente invasivo e exibindo alto risco de recorrência (KUMAMOTO;

OOYA, 2008). O termo “ ” é derivado da característica histológica desta

neoplasia que lembra o desenvolvimento do órgão do esmalte no germe dentário

(PHILIPSEN; REICHART, 2002, SUKARAWAN et al, 2010). De acordo com a

classificação da OMS em 2005, o Ameloblastoma constitui uma neoplasia benigna

caracterizada por epitélio odontogênico maduro, estroma fibroso, sem envolvimento do

ectomesênquima, apresentando quatro variantes: o Ameloblastoma sólido/multicístico;

Ameloblastoma periférico/extraósseo; Ameloblastoma desmoplásico e Ameloblastoma

unicístico (OMS, 2005, FREGNANI et al, 2010).

O Ameloblastoma sólido/multicístico é a forma mais comum (cerca de 90%), o mais

invasivo e, em geral, localizado na mandíbula, principalmente na região de molares. Os

Ameloblastomas unicísticos, ocorrem principalmente na região posterior e estão associados à

coroa de um dente incluso; classificam-se como: (I) Ameloblastoma mural, onde a extensão

da lesão pode ser determinada após análise extensiva da biópsia; (II) Ameloblastoma luminal,

onde o epitélio ameloblástico circunda a parede fibrosa da área cística e sua camada basal

apresenta polarização nuclear invertida, apresentando aspecto semelhante ao do retículo

estrelado; (III) Ameloblastomas intraluminais, no qual observam-se uma projeção de nódulos

intraluminais, ou seja, em direção à luz do cisto, por vezes preenchendo completamente esse

espaço. Os Ameloblastomas periféricos são tumores odontogênicos incomuns (cerca de 1-

10%), com as características histológicas do ameloblastoma intra-ósseo, ou seja, exibem

padrões folicular, plexiforme, acantomatoso, de células basais e de células granulares, mas

ocorrem apenas nos tecidos moles. O Ameloblastoma desmoplásico, apresenta-se com intensa

colagenização do estroma, observando-se, ainda, a presença de epitélio tumoral em forma de

ilhotas ovóides ou de cordões (BACHMANN; LINFESTY, 2009).

A histogênese dos Ameloblastomas ainda é incerta (BARNES et al, 2005; GOMES et

al, 2010), embora teoricamente eles possam surgir dos restos da lâmina dentária, de um órgão

do esmalte em desenvolvimento, do revestimento epitelial de um cisto odontogênico ou das

células basais da mucosa oral (NEVILLE et al, 2009). Achados recentes através da análise

molecular dessas lesões têm sugerido que uma mutação genética inicial seja o fator

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desencadeador do desenvolvimento desta neoplasia, entretanto, a sequência de eventos para a

formação do ameloblastoma permanece obscura (GOMES et al, 2010).

No que diz respeito às suas características clínico-patológicas, estas lesões

correspondem a aproximadamente 1% das neoplasias que acometem o complexo maxilo-

mandibular (BROOKS, et al, 2010; GUNAWARDHANA et al, 2010). A estimativa de

incidência do ameloblastoma na população mundial é de 0,5 milhão/ano, não apresentando

predileção por sexo, onde a maioria dos pacientes exibe idade variando entre 30 e 50 anos, no

momento do diagnóstico (HERTOG et al, 2011). Em estudo realizado por Reichart et al.,

(1995) no qual foram analisados 3677 casos de ameloblastoma, constatou-se que 80% desses

tumores acometem a mandíbula, usualmente na região de molar e ramo de mandíbula.

O aspecto clínico do ameloblastoma sólido ou multicístico ou convencional apresenta

um abaulamento intra ou extra-oral, quase sempre assintomático, porém, na região da lesão, a

mucosa oral apresenta-se com aspecto geral normal e sem infecções. O achado observado em

exames radiográficos assemelha-se ao de “ de ” ou “ de ” devido à

expansão das corticais, notando-se, ainda, alterações dentais tais como reabsorção radicular e

deslocamento dental (WAKOH et al, 2011, RAPIDIS et al, 2004, BARNES et al, 2005).

Embriologicamente, o epitélio ameloblástico apresenta polarização voltada para a

superfície da camada do retículo, conhecida como estrato intermediário. Este estrato que, na

odontogênese, encontra-se entre os ameloblastos e o retículo estrelado, auxilia a produção de

esmalte, não está presente no ameloblastoma e, assim, não há produção de esmalte. Esta

polarização é observada em ameloblastomas e marcam a formação de células pré-

ameloblásticas. Além disso, ameloblastomas não expressam amelogenina (SAKU et al, 1992)

e nem ameloblastina (TAKATA et al, 2000), ou seja, não atingem o estágio de maturação

ameloblástica e não secretam esmalte. Histologicamente, as células epiteliais neoplásicas

podem ser alongadas e em paliçada, muito semelhantes a ameloblastos (mais exatamente pré-

ameloblastos), indicando o termo ameloblastoma. Desta forma, o ameloblastoma caracteriza-

se basicamente como uma neoplasia odontogênica “ ” por não induzir a formação

de qualquer tecido duro, apresentando dois padrões histológicos predominantes (folicular ou

plexiforme) circundados por tecido conjuntivo (ANDRADE et al, 2008).

Cinco padrões histopatológicos são observados no Ameloblastoma: 1) Folicular, que

apresenta o epitélio organizado em ilhotas semelhantes ao epitélio do órgão do esmalte, com

células alongadas e polaridade invertida dos núcleos, ou seja, oposta à membrana basal, tendo

as células centrais frouxamente arranjadas de modo semelhante ao retículo estrelado, e o

estroma de tecido conjuntivo fibroso apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções;

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2) Plexiforme, formado por cordões de epitélio odontogênico entrelaçados, rodeados por

células colunares semelhantes a ameloblastos, com o estroma vascularizado e isento de cistos;

3) Acantomatoso, mais utilizado para designar a presença de queratina entremeada à uma

metaplasia escamosa próxima às ilhas epiteliais; 4) Basalóide ou de Células Basais, com

agloremerados de células basais uniformes, semelhantes às dos carcinomas basocelulares,

onde não são notadas células semelhantes às do retículo estrelado, além de células epiteliais

periféricas cúbicas; e 5) de Células Granulares, apresentando aglomerados de células

epiteliais do ameloblastoma que se diferenciaram em células granulares (com grânulos

eosinofílicos citoplasmáticos) (BLACK et al, 2010). Vale lembrar que, recentemente, a OMS

excluiu o padrão desmoplásico do espectro histopatológico dos ameloblastomas sólidos,

sendo classificado como uma variante distinta denominada de ameloblastoma desmoplásico

(FULCO et al, 2010).

2.2 Tumor Odontogênico Adenomatóide

O tumor odontogênico adenomatóide (TOA) foi descrito pela primeira vez por Harbitz,

em 1915, como adamantinoma cístico. Termos como adenoameloblastoma, adamantinoma,

adamantino epitelioma ou odontoma teratomatoso, foram usados antes de se definir a lesão

como é atualmente conhecida (JOHN, JOHN, 2010). Philipsen e Birn, em 1969, propuseram

uma outra denominação para esta lesão que foi amplamente aceita, sendo utilizada até os dias

atuais: Tumor Odontogênico Adenomatóide. Esta denominação foi adotada desde a 1ª edição

da classificação de tumores odontogênicos da OMS em 1971 (GARG et al, 2009;

MOHAMED et al., 2010). Na mais recente classificação de tumores odontogênicos da OMS

publicada em 2005, o TOA é descrito como uma lesão de crescimento lento composta por

epitélio odontogênico exibindo uma variedade de arranjos histológicos em meio a um estroma

de tecido conjuntivo maduro (BARNES et al, 2005).

Com relação à origem do TOA, acredita-se que mais de 96% dos casos são

provenientes do cordão gubernacular (IDE et al, 2011), que é constituído por tecido

conjuntivo fibroso contendo remanescentes da lâmina dentária, cuja função é estabelecer a

conexão entre o folículo dentário de um dente em erupção e a lâmina própria da mucosa

gengival. Esse cordão gubernacular está presente no interior do canal gubernacular e, à

medida em que o dente sucessor irrompe, seu canal gubernacular é alargado pela atividade

osteoclástica local, delineando a via de erupção do dente (TEN CATE, 2001, IDE et al, 2011).

A frequência relativa do TOA varia entre 2,2% e 7,1%, sendo o quarto tumor

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odontogênico mais comum (IDE et al, 2011). O TOA tem uma distribuição mundial, no

entanto, sua frequência varia nas diversas regiões geográficas, por exemplo, no sul da Ásia o

seu percentual de aparecimento varia entre 9% e 12,4%, enquanto que no leste asiático o

percentual está entre 0,49% e 6,45%; na África varia entre 0,9% e 12,5%; na Europa entre

1,3% e 2%. Na América do Sul esta neoplasia varia entre 3,8% e 8,67% e na América do

Norte, entre 1,7% e 7% (GUPTA; PONNIAH, 2010).

De acordo com os aspectos clínicos, radiográficos e patológicos, o TOA apresenta três

variantes clínicas: a pericoronária (folicular) correspondendo a 70,8% dos casos, a

extracoronária (extrafolicular) em 26,9%, e a periférica (extraóssea) em apenas 2,3% (IDE et

al, 2011).

O TOA é principalmente encontrado em pacientes jovens, especialmente na 2ª década

de vida, sendo incomumente visto em pacientes com idade superior a 30 anos, acometendo

geralmente mulheres. O sítio de predileção é a maxila, sendo duas vezes mais envolvida que a

mandíbula, com maior acometimento da região anterior em relação à região posterior dos

maxilares, apresentando ainda forte associação com o canino superior não erupcionado.

Clinicamente, o TOA apresenta crescimento lento, assintomático e, frequentemente, é

descoberto durante um exame radiográfico de rotina (CHUAN-XIANG; YAN, 2007).

Radiograficamente, esta lesão geralmente é unilocular, entretanto, pelo menos 5 casos de

aparência multilocular foram relatados. Frequentemente, são lesões completamente

radiolúcidas que em alguns casos, podem apresentar diminutas calcificações (SATO et al,

2004).

Esta lesão, na verdade, possui apresentações radiográficas que podem ser consideradas

típicas mas, não patognomônicas (GARG et al, 2009). Com relação ao seu tamanho, o TOA

apresenta frequentemente dimensões variando entre 1,5 a 3 cm, entretanto, lesões maiores já

foram descritas na literatura, como por exemplo, um caso de TOA múltiplo presente tanto na

maxila quanto na mandíbula em uma criança de 10 anos de idade (LARSSON; SWARTZ;

HEIKINHEIMO, 2003).

Morfologicamente, o TOA apresenta-se envolvido por cápsula de tecido conjuntivo

fibroso, podendo se apresentar como uma massa sólida ou exibir numerosos espaços

pequenos. O tumor microscopicamente acha-se constituído por células fusiformes ou

poligonais formando lençóis, cordões ou estruturas espiraladas com escasso estroma fibroso.

As células epiteliais podem formar estruturas semelhantes a rosetas ao redor de um espaço

central que pode estar vazio ou conter pequenas quantidades de material eosinofílico

semelhante à amilóide (SEMPERE et al, 2006; CHUAN-XIANG,YAN, 2007, BARTAKE et

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al, 2009, SLOOTWEG, 2009). As estruturas tubulares ou semelhantes a ducto que são

características deste tumor, apresentam-se delimitadas por uma camada de células colunares

ou cuboidais e seu lúmen pode estar vazio ou preenchido por um material eosinofílico

amorfo. Podem ser observadas calcificações distróficas em quantidades e morfologias

variadas. Material dentinóide ou osteodentina tem sido relatado, entretanto, a ocorrência de

matriz de esmalte é bastante rara (LEON et al, 2005, SWASDISON et al, 2008, YILMAZ et

al, 2009).

Como modalidades de tratamento para esta lesão, a enucleação e curetagem são as

mais utilizadas e sua recorrência é extremamente rara (SATO et al, 2004, DURRANI,

SINGH, 2009). Isso pode ser constatado pelo registro de apenas 3 casos de recorrência desta

neoplasia em mais de 750 casos que foram relatados na literatura japonesa (SATO et al, 2004;

CHUANG-XIANG; YAN, 2007).

2.3 Tumor Odontogênico Ceratocístico

O primeiro relato de ceratocisto é atribuído a Philipsen (1956), o qual descreveu um

cisto odontogênico cujo revestimento epitelial exibia características bastante peculiares.

Posteriormente, tais características histopatológicas singulares foram detalhadas por Pindborg

e Hansen (1963), as quais consistiam em: espessura epitelial uniforme; padrão de maturação

epitelial do tipo paraceratinizado, com superfície corrugada; células da camada basal

dispostas em paliçada, com núcleos hipercromáticos; e cistos-satélites na cápsula fibrosa. Em

virtude do comportamento biológico agressivo, das altas taxas de recidiva e das diferenças

moleculares existentes entre os ceratocistos e as demais lesões císticas odontogênicas, a OMS,

em 2005, reclassificou esta lesão como uma neoplasia benigna intraóssea, sugerindo a

designação de Tumor Odontogênico Ceratocístico (PHILIPSEN, 2005). Estudos posteriores a

esta classificação continuam a apresentar evidências que alicerçam uma possível natureza

neoplásica para os ceratocistos odontogênicos (VERED et al, 2009, ALAEDDINI et al, 2009,

GHADA et al, 2010, AYOUB, BAGHDADI; EL-KHOL, 2011). Mesmo após esta nova

classificação, ainda não há consenso se o ceratocisto odontogênico é mesmo uma neoplasia ou

não, conforme citam Tekkesin, Mutlu, Olgac (2011).

Esta lesão ocorre mais frequentemente entre a segunda e a quarta décadas de vida,

com alguns relatos envolvendo a quinta década, constatando-se predileção pelo sexo

masculino na proporção de 2:1. Com relação ao sítio anatômico envolvido, 65 a 83% dos

casos ocorrem na região posterior de mandíbula (KOLOKYTHAS et al, 2011), sendo esta

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localização duas vezes mais acometida que a maxila. No que diz respeito às expansões da

cortical óssea causada por esta lesão, em 30% dos casos há o acometimento da maxila e em

50%, a mandíbula. São evidenciadas manifestações clínicas como edema e dor, ou ambos, na

maioria dos pacientes, mas há casos assintomáticos. Relatos de múltiplos ceratocistos, com ou

sem associação com a Síndrome do Carcinoma Nevóide Basocelular (Síndrome de Gorlin)

ocorrem geralmente em pacientes mais jovens quando comparados com casos de ceratocistos

isolados (DÍAS-FERNÀNDEZ et al, 2005; HYUN, HONG, KIM, 2009).

A agressividade do Tumor Odontogênico Ceratocístico pode ser evidenciada por

certas características clínicas, como perfuração da cortical óssea adjacente a estas lesões,

extensão para os tecidos moles, progressão para a base do crânio quando presente na

mandíbula ou para a órbita e fossa infratemporal a partir de lesões em maxila. Seu possível

potencial neoplásico e alta taxa de recorrência, parecem ser confirmados por vários fatores,

incluindo alta taxa mitótica (KIMI et al, 2001), hiperosmolaridade intraluminal, colagenólise

na parede do cisto, síntese de interleucina 1 e 6 pelos ceratinócitos, aumento na expressão da

proteína relacionada ao hormônio da paratireóide, aumento na frequência do antígeno nuclear

de proliferação celular (PCNA), assim como Ki-67, p53, bcl-2 e positividade para o Gp38

(BOFFANO, RUGA, GALLESIO, 2010).

Recentemente, alguns estudos têm destacado os aspectos moleculares desta lesão,

onde já foi demonstrado perda de heterozigozidade, bem como evidências de perdas alélicas

principalmente nos genes p16, p53, PTCH, MCC, TSLC1, LTAS2 e FHIT. Considerando que

todos estes genes são supressores tumorais associados a diferentes tipos de neoplasias

humanas, estes achados podem dar suporte adicional no entendimento do comportamento

agressivo do ceratocisto odontogênico. Além disso, sabe-se que a presença de cistos filhos

(satélites) estão relacionados a uma maior frequência de perdas alélicas (GOMES; DINIZ;

GOMEZ, 2009).

Radiograficamente esta lesão tende a apresentar uma radiolucidez bem delimitada,

podendo ser unilocular ou multilocular (BUCKLEY et al, 2011). As características

radiográficas do ceratocisto odontogênico não são patognomônicas. Em 25 a 40% dos casos,

um dente não erupcionado está envolvido, o que resulta em um diagnóstico clínico-

radiográfico de cisto dentígero. Outros diagnósticos diferenciais podem incluir o

ameloblastoma, cisto radicular, cisto ósseo simples, lesão central de células gigantes, má

formação arteriovenosa e algumas lesões fibro-ósseas (MENDES; CARVALHO; VAN DER

WAAL, 2010b).

Histologicamente, o ceratocisto odontogênico apresenta um epitélio pavimentoso

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estratificado, geralmente com 6 a 8 células de espessura apresentando camada basal bem

definida constituída por células colunares ou cuboidais dispostas em paliçada, frequentemente

hipercromáticas e uma camada superficial de paraceratina corrugada ou ondulada (ARAGAKI

et al, 2010). A interface com o tecido conjuntivo se apresenta plana e a formação de cristas

epiteliais não é comumente vista. Sua cápsula é delgada, friável, podendo conter ainda neste

tecido fibroso a presença de cistos filhos (satélites) bem como ilhas epiteliais sólidas que são

mais comuns em cistos associados à síndrome do carcinoma nevóide basocelular. Quando

inflamado, o ceratocisto odontogênico pode apresentar alterações, com epitélio pavimentoso

estratificado não ceratinizado exibindo intensa espongiose e proliferação formando cristas

epiteliais com perda da característica em paliçada da camada basal. Estas alterações

inflamatórias podem ser tão exuberantes que torna praticamente impossível fazer o

diagnóstico de ceratocisto ou fazer qualquer distinção de outros cistos dos maxilares, onde a

histopatologia pode ser obscurecida por alterações secundárias similares (GOMES; DINIZ;

GOMEZ, 2009, NEVILLE et al, 2009, SLOOTWEG, 2009).

Com relação à recorrência desta lesão, a literatura apresenta taxas variáveis, indo

desde aproximadamente 60% dos casos até ausência de recorrência de acordo com o tipo de

tratamento instituído (MAURETTE et al, 2006). Na maioria dos casos descritos, o potencial

de recorrência é maior nos primeiros 5 anos, o que não descarta a possibilidade de recorrência

em períodos mais longos (STOELINGA, 2001; ALMEIDA JÚNIOR et al, 2010). As razões

para esta recorrência podem ser explicadas pela presença de remanescentes epiteliais, cistos

satélites, a fraca aderência do epitélio em relação ao tecido conjuntivo, o que leva a

fragmentação da lesão durante a enucleação (DINIZ et al, 2009; TONIETTO et al, 2011) além

da possibilidade de novos cistos surgirem após um certo tempo, a partir de remanescentes da

lâmina dentária que estejam situados nas proximidades da lesão primária (SOUSA et al,

2007).

Existem algumas modalidades para o tratamento do Tumor Odontogênico

Ceratocístico, que vão desde procedimentos mais conservadores aos mais agressivos, bem

como a combinação dos dois (ALMEIDA JÚNIOR, 2010). Os tratamentos mais utilizados

atualmente são a marsupialização, curetagem, descompressão, enucleação combinada ou não

com crioterapia, aplicação de solução de Carnoy, a ressecção (GOSAU et al, 2010;

BAISAKHIYA, PAWAR, 2011; TONIETTO et al, 2011), bem como a realização de

procedimentos cirúrgicos auxiliados pela endoscopia (SEMBRONIO et al, 2009). Entretanto,

a enucleação é o procedimento cirúrgico mais utilizado para a resolução desta lesão

(KUROYANAGI et al, 2009).

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Os tumores odontogênicos em geral vêm sendo alvo de numerosos estudos

objetivando investigar alterações moleculares envolvidas na oncogênese e diferenciação

celular, como a participação de oncogenes e genes supressores tumorais, genes de reparo de

DNA, reguladores do desenvolvimento dentário, do ciclo celular, da apoptose, fatores de

crescimento, bem como estudos direcionados a proteínas relacionadas com tecidos duros.

Moléculas de adesão celular, proteinases da matriz extracelular, fatores angiogênicos e

citocinas osteolíticas têm sido associadas à progressão desses tumores (BARNES et al, 2005;

MORGAN, 2011).

2.4. Matriz Extracelular (MEC)

A idéia de que a MEC é um arcabouço de preenchimento intercelular é algo que

evoluiu para um conceito onde ela se mostra como uma interface de controle ativo das

funções celulares e teciduais. É composta por uma rede de diversas substâncias, como

diferentes tipos de colágeno, proteínas microfibrilares, polissacarídeos, proteoglicanos,

citocinas, fatores de crescimento e glicoproteínas. Essa composição é que propicia à MEC um

papel nesse controle celular-tecidual. A MEC funciona, ainda, como um reservatório de

fatores de crescimento que podem ser rapidamente utilizados durante a sua degradação e

remodelação, promovendo desse modo um ambiente favorável ao crescimento, proliferação,

migração e morfodiferenciação celular, fundamentais para a permanente remodelação tecidual

necessária durante o desenvolvimento e crescimento (HUBMACHER et al, 2013).

A MEC interage com as células via proteínas de ligação tais como integrinas (FATA

et al, 2004), sindecan (SAUNDERS et al, 1989), tenascina (LIGHTNER et al, 1990),

galactosil transferase β-1 e 4 (GalTase) (HATHAWAY et al, 1996), distroglicana (DURBEEJ

et al, 1997; MUSCHLER et al, 2002), domínio receptor de discoidina 1 (discoidin domain

receptor 1 – DDR1) (VOGEL et al, 2001) e receptores tipo Toll (SCHAEFER et al, 2005),

que são importantes para regular as vias de transdução de sinais intracelulares,

imprescindíveis para a polarização, diferenciação, sobrevivência e proliferação celular

(ROHRBACH et al, 1993).

As células utilizam várias estratégias para regular as proteinases que alteram a MEC:

regulação da transcrição, controle do tráfego de vesículas ou de estruturas ligadas à membrana

celular (secreção e endocitose), ativação de pró-enzimas e a produção de inibidores

endógenos. A composição da MEC e da superfície celular dos tumores odontogênicos

benignos é pouco estudada e, conseqüentemente, muitos processos biológicos relacionados ao

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seu comportamento são desconhecidos (PROSDÓCIMI, 2012).

Estudar Tumores Odontogênicos baseado em aspectos moleculares podem auxiliar na

compreensão de seus comportamentos biológicos. Alguns marcadores biológicos (Sindecan-1,

BMP-4 e FGF-8) foram pesquisados nos tumores estudados neste trabalho, com o intuito de

uma melhor caracterização fisiopatológica destas neoplasias.

2.5 Sindecan

Sindecan-1, também denominado CD138, é um proteoglicano de sulfato de heparan

transmembranar expresso em células endoteliais, fibroblastos estromais e células

inflamatórias (GOTTE et al, 2007). No entanto, a sua expressão máxima é observada no

epitélio normal, em particular epitélio escamoso estratificado da pele. Sindecan-1 é essencial

para a manutenção da morfologia epitelial e controle da organização do citoesqueleto. Além

disso, é importante para a expressão de moléculas de adesão celular, e seu crescimento

dependente de ancoragem, bem como de interações epitélio-mesenquimais. Este

proteoglicano também é expresso em epitélio odontogênico e mesênquima durante o

desenvolvimento dos dentes. As mudanças mais dramáticas na expressão de sindecan-1

ocorrem durante a embriogênese, reparação e carcinogênese, refletindo mudanças no

comportamento biológico, na forma de crescimento, migração e organização do citoesqueleto

das células. Tem sido demonstrado que a ausência de expressão de sindecan-1 nas lesões

sólidas está correlacionada com um comportamento biológico mais agressivo (BOLOGNA-

MOLINA et al, 2008). Mesquita et al (2009) observaram que tanto epitélio odontogênico

quanto as células granulosas foram positivas para sindecan-1 no caso de um tumor

odontogênico de células granulares. Isto sugere interações recíprocas dessa proteína com o

epitélio odontogênico e células granulosas, o que pode estar envolvido no desenvolvimento

do tumor (PEREZ et al, 2011).

Algumas moléculas com efeito biológico, como os fatores de crescimento, receptores

dos fatores de crescimento, citocinas, proteínas da matriz extracelular, moléculas de adesão

intercelular e enzimas proteolíticas interagem com as células por meio das cadeias de sulfato

de heparan (ZIMMERMANN; DAVID, 1999, KATASE et al, 2007). Nas células epitelias, o

principal responsável pela síntese dessas cadeias é o sindecan-1 (BELLIN et al, 2002).

Sindecan-1 é um proteoglicano transmembranar contendo cadeias de

glicosaminoglicanos (GAGs) tanto de heparan sulfato como de condroitina sulfato. Presente

em grande quantidade no epitélio de tecidos maduros e nas células epiteliais e mesenquimais

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durante o desenvolvimento embriológico, o sindecan parece estar envolvido na regulação da

forma e organização das células epiteliais, assim como na diferenciação e crescimento

celulares e age como um co-receptor para os fatores de crescimento de fibroblastos, que é um

potente fator de crescimento angiogênico envolvido na diferenciação celular (SHARIAT et al,

2008; SHIMADA et al, 2009). Alguns estudos descobriram que sindecan-1 pode ser um

proteoglicano importante associado com o processo de invasão em várias neoplasias. Silva et

al (2014) avaliaram a expressão de sindecan-1 e Ki-67 em tumores odontogênicos contendo

células fantasmas e concluíram que Sindecan-1 é expressa variavelmente em células

semelhantes a retículo estrelado, células do estroma e basais, podendo estar associado com o

comportamento biológico destes tumores.

Contreras et al (2010) relataram 4 diferentes tipos de sindecan, conforme a classificação

a seguir: (1) Sindecan-1 é o principal sindecan presente nas células epiteliais; (2) Sindecan-

2, também chamado de fibroglican devido à sua grande presença nos fibroblastos;

(3) Sindecan-3 ou N-sindecan, intensamente expresso no tecido nervoso; (4) Sindecan-4

denominado amphiglycan ou ryudocan que pode estar presente em diferentes tipos celulares.

Sindecan-1 é localizado na superfície basolateral da célula, que está envolvida em muitos

processos biológicos intercelulares e da célula com a matriz extracelular. Além disso,

participa do controle da proliferação, diferenciação, adesão e migração celular

(SANDERSON et al, 1992; GOTTE et al, 2007; BOLOGNA-MOLINA et al, 2008).

Estruturalmente, o sindecan-1 é um cordão protéico que apresenta três domínios bem

definidos: o extracelular, o transmembranoso e o citoplasmático. No domínio extracelular,

estão localizados os sítios das glicosaminoglicanas (GAGs), como as cadeias de sulfato de

heparan e as cadeias de sultato de condroitina, e é onde ocorre a interação celular. Os

domínios transmembranoso e citoplasmático são altamente conservados. No domínio

citoplasmático ocorre a interação dos elementos do citoesqueleto e a formação de complexos

citoplasmáticos sinalizadores, relacionados à manutenção do fenótipo normal, uma vez que

atuam na organização da actina e na expressão da E-caderina (BELLIN et al, 2002).

A expressão do sindecan-1 é altamente regulada e caracteriza individualmente o

comportamento de diferentes tipos celulares, tecidos e estágios de desenvolvimento.

(MUKUNYADZI et al, 2003, BOLOGNA-MOLINA et al, 2008). As mudanças mais

dramáticas da expressão do sindecan-1 ocorrem durante a embriogênese, cicatrização e

carcinogênese, refletindo paralelamente em mudanças no comportamento celular, que tem sua

forma, crescimento, migração e organização do citoesqueleto alterados (KATO et al, 1995,

ZIMMERMANN; DAVID, 1999, SOUKKA et al, 2000, WIJDENES et al, 2002).

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O sindecan-1 tem sua maior expressão em tecidos epiteliais bem diferenciados,

sobretudo aqueles estratificados e pavimentosos que compõem a pele. Além disso, sua

expressão tem sido correlacionada ao prognóstico de carcinomas espinocelulares de cabeça e

pescoço (INKI et al, 1994) e ao potencial de malignização de lesões potencialmente malignas

(SOUKKA et al, 2000). Como as lesões císticas odontogênicas são essencialmente epiteliais,

o sindecan-1 pode desempenhar papel importante no desenvolvimento e progressão dessas

lesões. Alguns estudos mostraram que a perda de expressão do sindecan-1 em neoplasias

epiteliais malignas está associada com a invasão de tecidos, metástase e pobre prognóstico

(SHAH et al, 2004).

A diminuição da expressão de sindecan-1 nas células epiteliais altera a morfologia e

organização celular, o arranjo e a expressão das moléculas de adesão e o controle do

crescimento dependente da ancoragem, o que resulta num indicador de transformação celular

maligna, crescimento invasivo e atipia celular, devido à diminuição da aderência intercelular e

da célula com a matriz extracelular (KATO et al, 1995, MUKUNYADZI et al, 2003,

BOLOGNA-MOLINA et al, 2008). Entretanto a expressão de sindecan-1 também pode estar

associada com a diferenciação dos tumores de cabeça e pescoço. Os tumores pequenos e bem

diferenciados expressam fortemente o sindecan-1, enquanto que os turmores indiferenciados

sinalizam baixos níveis dessa proteina (INKI et al, 1994).

A expressão de sindecan-1 foi observada nos diferentes subtipos de ameloblastomas, em

alterações displásicas do epitélio oral, além de carcinomas espinocelulares de cabeça e

pescoço, onde a expressão diminuída foi correlacionada com aumento da capacidade invasiva

da lesão, potencial de malignização, potencial metastático e pior prognóstico (INKI et al,

1994, SOUKKA et al, 2000, MUKUNYADZI et al, 2003, LEOCATA et al, 2007,

BOLOGNA-MOLINA et al, 2008). Por outro lado, sua maior expressão foi associada a um

pior prognóstico em carcinomas de mama, pâncreas e no mieloma múltiplo (SANDERSON;

BORSET, 2002; MAEDA et al, 2004, GOTTE et al, 2007).

Nos ameloblastomas, a expressão do sindecan-1 foi menos intensa do que nas células

normais dos germes dentais (LEOCATA et al, 2007). Da mesma forma, os ameloblastomas

sólidos tiveram menor expressão do que os ameloblastomas unicísticos quando comparados

ao germe dental e mucosa epitelial normal adjacente, que tiveram intensa expressão do

sindecan-1 (BOLOGNA-MOLINA et al, 2008).

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2.6 Fator de Crescimento Fibroblástico (FGF)

Fatores de crescimento de fibroblastos (FGF) desempenham um papel importante no

crescimento, diferenciação e regeneração de uma variedade de tecidos. A sua presença em

tumores benignos humanos tem sido investigada (WYSOCKI et al, 2001). Além do seu papel

na angiogênese tumoral, a sinalização de FGF desempenha um papel essencial no

desenvolvimento do esqueleto (ORNITZ, 2005). Todos os FGFs mostram homologia

estrutural e podem ligar heparan sulfatos. FGF-1 e FGF-2 podem induzir o crescimento em

vários tecidos mesenquimais e neuro-ectodérmicos. FGF-2 e FGF-3 foram identificados em

lesões odontogênicas (RIFKIN et al, 1997). FGF-4 pode ser detectado em tecidos do órgão do

esmalte nos estágios de capus e sino. Além disso, o FGF-3 e FGF-10 foram identificados no

mesênquima da papila dentária (JERNVALL et al, 1999).

Os FGFs podem atuar como agentes mitogênicos, morfogênicos, indutores e de

angiogênese, sendo necessários para muitos processos de desenvolvimento de diversos

tecidos e órgãos, devido ao papel fundamental na embriogênese e homeostasia são expressos

em quase todos os tecidos tumorais (TURNER et.al, 2010)

Os FGFs são proteínas com peso molecular entre 17 e 34 KDa conservadas entre os

mamíferos e compartilham de 13 a 71% de homologia na seqüência de aminoácidos

(ORNITZ, 2005). A família dos FGFs é uma das maiores famílias dos fatores de crescimento,

composta por 25 membros (FGF 1-25) (KATOH; KATOH, 2005), sendo que 23 FGFs já

foram descritos em mamíferos (YAMASHITA et al, 2008; LIU et al, 2014). Esses fatores

apresentam padrões temporais e espaciais de expressão específicos (BASILICO;

MOSCATELLI, 1992) e estão envolvidos no desenvolvimento embrionário regulando a

organogênese (THISSE; THISSE, 2005). Em tecidos adultos, desempenha papel importante

na regulação da homeostase, cicatrização e reparo tecidual (FINCH; RUBIN, 2004). Além da

habilidade de estimular a proliferação de uma grande variedade de células, os FGFs

apresentam potentes atividades neutrofílicas e angiogênicas. A biodisponibilidade dessas

moléculas parece ser regulada por proteínas carreadoras de fatores de crescimento

fibroblástico, as FGFBPs, que são responsáveis por liberar os FGFs imobilizados na matriz

extracelular (ABUHARBEID et al, 2006).

O FGF8, FGF17 e o FGF18 pertencem à subfamília do FGF-8, conhecida como família

oncogênica fetal (ITOH; ORNITZ, 2004). Membros dessa subfamília apresentam semelhantes

seqüências de aminoácidos (HOSHIKAWA et al, 1998; MARUOKA et al, 1998; XU et al,

2000), características bioquímicas incluindo afinidade pelos mesmos FGFRs (ITOH;

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ORNITZ, 2004) e padrões espaciais de expressão (XU et al, 2000; MARUOKA et al, 1998).

O FGF8, FGF17 e o FGF18 ativam preferencialmente os receptores FGFR3C e FGFR4,

apresentando ainda afinidade moderada pelo FGFR2 (XU et al, 2000; FORD-PERRISS et al,

2001; ZHANG et al, 2006). Devido à similaridade e especificidade desta subfamília, foi

sugerido que esses FGFs tenham aparecido por duplicação de um gene original e que suas

funções são redundantes ou cumulativas nos tecidos alvo (XU et al, 2000). Esses fatores de

crescimento induzem proliferação e diferenciação celular em diversos tecidos em processos

fisiológicos e patológicos (XU et al, 2000, FORD-PERRIS et al, 2001, SHIMOKAWA et al,

2003, HEER et al, 2004, NEZU et al, 2005), ações compatíveis com eventual envolvimento

no controle do desenvolvimento folicular.

O FGF 8 foi inicialmente detectado em ovário de ratos (MACARTHUR et al, 1995) e

é especificamente expresso em ovócitos de camundongos adultos (VALVE et al, 1997). FGF8

é responsável por estimular a proliferação de células embrionárias (CROSSLEY; MARTIN,

1995). Está conjuntamente relacionado ao crescimento de tumores (TANAKA et al, 1998,

LEUNG et al, 1996, SONG et al, 2000).

Os fatores de crescimento fibroblásticos ácido e básico são produtos de diferentes

genes, embora apresentem atividades biológicas similares. Ambos unem-se ao heparan

sulfato, à heparina e à fibronectina da matriz extracelular (OKADA; MURAMAKI, 1998).

Segundo Palmon et al (2004), tais proteínas encontram-se armazenadas na matriz extracelular

sob a forma latente sendo ativadas durante a fase de degradação material.

O fator de crescimento fibroblástico ácido (aFGF) é primariamente conhecido pelo seu

efeito sobre a replicação de células endoteliais e a neovascularização (OKADA;

MURAMAKI, 1998). Assim como o aFGF, o fator de crescimento fibroblástico básico

(bFGF) também apresenta propriedades angiogênicas, além de ser altamente quimiotático e

mitogênico para uma variedade de tipos celulares, tais como fibroblastos, condrócitos,

osteoblastos e células endoteliais, e um potente estimulador da migração e da mitogênese

celular do ligamento periodontal (MURATA; HARA; SAKU, 1997, OKADA; MURAMAKI,

1998, LIMA; PASIN, 2005).

De acordo com Muramaki et al (2002) e Lima, Pasin (2005), esta citocina desempenha

uma importante função biológica por ser um potente fator mitogênico para uma variedade de

células derivadas do mesoderma e do neuroectoderma, atuando na angiogênese, na

neurogênese e no desenvolvimento embrionário, além de atuar como um regulador na

remodelação do ligamento periodontal e, possivelmente, em outros tecidos conjuntivos.

Fatores de crescimento de fibroblastos (FGFs) apresentam importantes funções no

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desenvolvimento dos membros, dos pulmões, do cabelo e pêlos, bem como na cicatrização de

feridas e no desenvolvimento de alguns tumores. Nos mamíferos, a família FGF consiste

atualmente de 23 fatores de crescimento estruturalmente relacionados, cujos efeitos

biológicos são mediados através de quatro receptores tirosina quinase de alta afinidade,

chamados receptores do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR) (VALTA et al, 2008).

No germe dentário em desenvolvimento, a proliferação e diferenciação são governados pelas

interações entre o epitélio odontogênico e o ectomesênquima derivado de crista neural,

incluindo a sinalização do FGF, FGF-1 e FGF-2 são polipeptídeos mitogênicos que podem

contribuir para a proliferação de células neoplásicas. Myoken et al (1995) estabeleceram um

sistema de cultura isento de soro para células de ameloblastoma e encontraram forte

expressão de FGF-1 e FGF-2 em amostras de tecido. O FGF-1 foi localizado em componentes

celulares de ameloblastoma, enquanto o FGF-2 foi encontrado principalmente na membrana

basal, com marcação moderada no epitélio. Estes dados sugerem que tanto o FGF-1 e FGF-2

podem contribuir para o crescimento e desenvolvimento de ameloblastomas.

So et al (2001) avaliaram a expressão imuno-histoquímica de FGFR2 e FGFR3 em

uma secção transversal de cistos e tumores odontogênicos, para determinar se eles podem

estar envolvidos na diferenciação do epitélio odontogênico ou, mais especificamente, no

desenvolvimento de determinados tumores ou cistos. Foram utilizados tecidos embebidos em

parafina fixadas em formalina. Com algumas exceções, o FGF-2 e seu receptor (FGFR2)

foram encontrados no citoplasma e, ocasionalmente, nos núcleos das células do epitélio

odontogênico, Os dados são semelhantes aos publicados para odontogênese normal, sugerindo

que estes fatores estão associados com a diferenciação odontogênica. A presença de uma

coloração nuclear significativa no epitélio odontogênico associado com mesênquima

embrionário em fibromas ameloblásticos e fibro-odontomas ameloblásticos sugere que o

FGF-2 pode estar envolvido no direcionamento da atividade nuclear na fase de

histodiferenciação da odontogênese.

O FGF3, FGF7 e FGF10 são expressos em células mesenquimais e têm papéis

importantes na proliferação de células epiteliais odontogênicas durante o desenvolvimento

dos dentes. FGF3 estimula a proliferação de epitélio interno do órgão do esmalte, enquanto

que FGF7 estimula a proliferação do epitélio externo e FGF10 mantém as células-tronco do

epitélio dental. Nakao et al (2013) examinaram 32 casos de ameloblastomas, bem como

células de uma linhagem celular ameloblastomatosa e avaliaram a expressão de FGF3, FGF7,

FGF10 e seus receptores específicos. Seus resultados sugerem que FGF7 e FGF10 são

amplamente envolvidos na proliferação de células ameloblastomatosas através da via MAPK.

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2.7 Proteína Morfogenética Óssea 4 (BMP-4)

As proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs) foram primeiramente descritas pelo Dr.

Marshall Urist em 1965, que implantou osso desvitalizado em defeitos ósseos de animais

diversos, inclusive em humanos portadores de desordens esqueléticas, e observou em poucas

semanas a formação de novo osso e cartilagem ao redor da superfície da matriz óssea

implantada. Este fenômeno foi atribuído à presença de uma substância na matriz óssea, que

posteriormente recebeu o nome de proteína morfogenética do osso (DIMITRIOU;

GIANNOUDIS, 2005).

Inicialmente as BMPs foram identificadas como moléculas capazes de induzir a

formação de osso e cartilagem ectópicos em roedores. Entretanto, com a evolução das

pesquisas tem se demonstrado um amplo espectro de atividades biológicas relativas a estas

citocinas sobre diversos tipos celulares, incluindo monócitos, células epiteliais, células

mesenquimais e células neurais (BALEMANS; VAN HUL, 2002).

Cerca de 20 tipos de BMPs foram identificadas em uma ampla variedade de organismos

desde insetos a mamíferos (BALEMANS; VAN HUL, 2002). Estas citocinas exibem extensa

conservação entre as espécies e possuem como principal característica a presença de

grupamentos cisteína compondo o esqueleto da proteína precursora, que tem estrutura

dimérica e pontes dissulfeto interligando suas cadeias (MIYAZONO; KUSANAGI; INOUE,

2001).

As proteínas ósseas morfogenéticas (BMPs) podem agir como fatores de crescimento e

diferenciação, e como agentes quimiotáticos. Elas estimulam a angiogênese, migração,

proliferação e diferenciação de células tronco vindas de tecidos mesenquimais circundantes

da cartilagem, formando osso em áreas de injúrias (HUANG YI-HAO et al, 2008). As BMPs

têm um papel crítico na regulação do crescimento, diferenciação e apoptose de vários tipos

celulares, incluindo osteoblastos, condroblastos, células neurais, e células epiteliais (SAKOU,

1998).

BMPs são membros da superfamília de TGF-β tendo sido descritos, até o momento,

trinta subtipos desta molécula (LIEBERMAN et al, 2002), altamente conservada entre as

espécies (AROSARENA; COLLINS, 2005). São os mais potentes fatores de crescimento

ósseo conhecidos (AROSARENA; COLLINS, 2005) e apresentam propriedades mitogênicas

e morfogenéticas (LIEBERMAN et al, 2002). Este efeito, em fibroblastos e osteoblastos,

induz à síntese de componentes da MEC como colágeno e fibras elásticas, além de proteínas

da matriz óssea (SCHULTZE-MOSGAU et al, 2005). As BMPs apresentam papel crítico no

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crescimento celular e formação óssea (SCHIMITT et al, 1999).

Entre várias de suas funções, as BMPs induzem a formação de ambos osso e cartilagem

por estimulação de eventos desencadeados por células progenitoras. Entretanto, somente

alguns subtipos de BMPs, mais notavelmente BMP-2, -4, -7 e -9, tem atividade osteoindutiva,

uma propriedade de induzir formação óssea “ ” por eles mesmos (CHENG et al, 2003).

As BMPs são estruturalmente e funcionalmente descritas juntas. Entretanto, cada uma tem um

papel único, tão bem definido quanto o padrão de expressão temporal durante o processo de

reparo de fraturas.

Além da reconhecida importância das BMPs no desenvolvimento ósseo, estas

proteínas têm papel crítico na morfogênese de vários órgãos como cérebro, olhos, fígado, rins,

pulmões, pele e anexos epidérmicos e dentes. Então, sugere-se que as BMPs sejam mais bem

denominadas de proteínas morfogenéticas do corpo, ou seja, body morphogenetic proteins

(BMPs) (MIYAZONO; KUSANAGI; INOUE, 2001). As modernas teorias da biologia

molecular afirmam que as BMPs são moléculas que induzem o genoma a iniciar a formação

de uma área morfogenética e, por isso, o termo morfogenético foi incorporado à nomenclatura

destas proteínas. As BMPs são secretadas pelas células e atuam como ligantes de receptores

presentes na membrana plasmática de diferentes tipos celulares, com efeitos autócrinos e

parácrinos (GRANJEIRO et al, 2005).

Em 1988, as primeiras BMPs foram isoladas e seu cDNA foi clonado por Wozney e

colaboradores (1988). Neste estudo inicial, os autores descreveram toda a seqüência de cDNA

das BMP-1, 2, 3 e 4; esta última foi originalmente chamada de BMP-2B. A sequência dos

aminoácidos das BMP-2, 3 e 4 são muito similares à dos membros da superfamilía dos fatores

de transformação do crescimento (TGF-ß) (DERYNCK et al, 1985), que hoje é composta por

mais de 35 glicoproteínas (CHANG et al, 2002; SHIMASAKI et al, 2004).

Os membros da superfamília TGF-ß podem ter efeito inibitório ou estimulatório sobre

as células, dependendo do estágio de diferenciação celular em que venham a atuar (WOZNEY

et al, 1990), enquanto as BMPs representam fatores pleiotróficos (HOGAN, 1996). Estudos

evidenciam a participação das BMPs e seus receptores na progressão de neoplasias que

acometem a região orofacial como tumores de glândulas salivares, tumores odontogênicos e

tumores de origem epitelial, como o Carcinoma Epidermóide Oral (KUSAFUKA et al,1998;

JIN et al, 2001, KUMAMOTO; OOYA, 2006).

As BMPs são citocinas pleiotrópicas pertencentes à superfamília do Fator

Transformador de Crescimento β (TGF-β) (BALEMANS; VAN HUL, 2002). Atualmente,

estas proteínas são consideradas como componentes de um sistema de sinalização

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evolutivamente conservado capazes de regular o crescimento celular, diferenciação, apoptose,

quimiotaxia, angiogênese e produção de matriz tanto durante o desenvolvimento embrionário,

como no período pós-natal em animais (WHITMAN, 1998, BOTCHKAREV, 2002).

As BMPs influenciam a apopotose, a proliferação e a diferenciação celular. Diferentes

genes responsáveis pela codificação das BMPs são expressos durante o desenvolvimento

dentário. As BMP-2 e/ou BMP-4 têm mostrado a capacidade de mimetizar algumas das

funções de sinalização do epitélio dentário e do mesênquima durante o início da formação do

dente (VAINIO et al, 1993; ZHANG et al, 2000).

A BMP-4 está envolvida com a mediação da interação entre o epitélio e o mesênquima,

tendo papel no controle da morfogênse do dente. Tanto a BMP-4, quanto a BMP-2 têm se

mostrado indutoras da diferenciação de odontoblastos e ameloblastos. Além do mais, as

BMPs são utilizadas para estimular as células-tronco para a síntese e secreção de matriz e

indução da mineralização do osso (YAMASHIRO, et al, 2003; GLUHAK-HEINRICH, et al,

2010).

As funções das BMPs em lesões neoplásicas estão principalmente associadas com a

formação patológica de osso, massas calcificadas e tecido condróide. A capacidade

osteogênica e condrogênica das BMPs em certos neoplasmas está bem estabelecida, mas elas

também podem estar envolvidas na progressão de tumores não-esqueléticos ou derivados do

epitélio de revestimento, podendo estar superexpressas inclusive em Carcinoma Epidermóide

Oral (JIN et al, 2001).

Estudos têm mostrado que as BMPs podem exercer efeitos anti-tumoral e pró-tumoral,

a depender do estágio da doença. Portanto, na fase inicial do desenvolvimento neoplásico

estas proteínas são capazes de inibir o ciclo celular ao estimular a superexpressão da proteína

p21, que é um inibidor universal de CDKs (quinases dependentes de ciclina) e ao interagir

com complexos cliclina-CDK, inibe a atividade quinase destes e, conseqüentemente paralisa a

progressão do ciclo celular (NICULESCU et al, 1998). Para Ghosh-Choudhury et al (2000), a

superexpressão da p21 e, conseqüente hipofosforilação da pRb, constitui um dos mecanismos

da BMP-2 em inibir o crescimento tumoral. A sub-regulação da p21 estaria relacionada à

agressividade tumoral.

O efeito pró-tumoral das BMPs ocorre em estágios mais avançados do desenvolvimento

neoplásico e favorece a disseminação de metástases ao induzir a expressão do Fator de

Crescimento Endotelial Vascular (VEGF) e, assim ter um efeito pró-angiogênico. Então, a

elevada expressão destas citocinas em tumores pode estar significativamente associada ao

pior prognóstico (DERYNCK; AKHURST; BALMAIN, 2001, JANDA et al, 2002, LEVY;

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51

HILL, 2006).

O nível de expressão dos receptores das BMPs, em especial a hipoexpressão, tem

importante papel na carcinogênese, visto que células neoplásicas pouco responsivas às BMPs

expressam seus receptores em menor quantidade, quando comparadas àquelas mais

responsivas às BMPs (ARNOLD; TIMS; McGRATH, 1999, KIM et al, 2004). Langenfeld e

Langenfeld (2004) afirmam que a perda de sensibilidade às BMPs contribui para a

sobrevivência e proliferação do tumor pelo aumento da angiogênese.

Estudos do papel das BMPs no reparo de fraturas em camundongos e ratos tem

mostrado uma variedade de efeitos osteogênicos, expressão temporal e capacidade mitogênica

(MIYAZONO et al, 2005, SIMIC; VUKICEVIC, 2007, CALVO et al, 2009). Podem,

também, estimular a síntese e secreção de outros fatores de crescimento ósseo e angiogênico,

tais como fator de crescimento semelhante-insulina (IGF) e fator de crescimento endotelial

vascular (VEGF), respectivamente (DECKERS et al, 2002).

A matriz extracelular compreende a fonte principal de BMPs, sendo produzidas por

células osteoprogenitoras, células mesenquimais, osteoblastos e condroblastos. BMPs

induzem uma cascata seqüencial de eventos para condro-osteogênese, incluindo quimiotaxia,

proliferação e diferenciação de células osteoprogenitoras, angiogênese, e síntese controlada de

matriz extracelular (REDDI, 2001, SAKOU, 1998). Seu efeito regulatório depende do tipo de

célula – alvo, seu estágio de diferenciação, o local de concentração do ligante, bem como a

interação com outros fatores de crescimento (GROENEVELD; BURGER, 2000).

BMPs são moléculas osteo-indutivas que medeiam a transformação de células

mesenquimais indiferenciadas ou células precursoras da medula estromal em osteoblastos

produzindo osso (CHEN et al, 1987; GORI et al, 1999). A sua ação na formação de tecido

mineralizado sugere que podem ser bons candidatos para o uso na estimulação de regeneração

periodontal. Isto é suportado por estudos animais indicando que BMPs podem ter

considerável potencial clínico para o uso em tratamentos de regeneração periodontal

(GIANNOBILE et al, 1998; RIPAMONT et al, 1994; SIGURDSSON et al, 1995). Essas

proteínas também têm se revelado bastante promissoras na promoção de reparação de feridas,

por sua capacidade de induzir neoformação óssea em grandes defeitos ósseos (COOK et al,

1994, WANG, 1993).

Estudos recentes revelaram que BMPs exercem pepéis críticos na proliferação e

diferenciação celular. Em várias neoplasias incluindo ameloblastoma, a expressão de BMP é

um indicador da progressão e desenvolvimento do tumor. Os estudos sobre o

desenvolvimento e progressão tumorais sugerem que a família BMP e proteína de sinalização

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Wnt podem desempenhar um importante papel na oncogênese, interação epitélio-

mesenquimal e proliferação celular. Ara et al (2007) buscaram localizar estas moléculas

sinalizadoras nas células granulares de ameloblastomas. Em todas as quatro amostras, uma

forte expressão de beta-catenina e Wnt-5a foi detectada nas células granulares, exibindo

comportamentos biológicos anormais, particularmente relacionados com a síntese e secreção

de proteínas. Kim et al (2005) compararam a diferença no padrão de expressão de BMP-4 em

ceratocistos odontogênicos e cistos dentígeros, encontrando maior expressão de BMP-4 nos

ceratocistos, sendo ainda mais intensamente expressas em casos recorrentes.

As proteínas Msx e Dlx são codificadas por fatores de transcrição envolvidos no

desenvolvimento normal dos dentes e, portanto, sua alteração é susceptível de conduzir à

malignidade. Sua expressão é regulada por vários sinais moleculares, incluindo proteínas

morfogenéticas ósseas BMP2 e BMP4 tem a capacidade de induzir e/ou manter a expressão

de Msx1 e Dlx2 no mesênquima durante o desenvolvimento dentário precoce, ao passo que

induz a expressão de BMP2 e Dlx3 em outras células no mamífero. A família de genes Msx

inclui Msx1 e Msx2, que têm sido bem caracterizados no que diz respeito à ligação de seu

DNA e propriedades de transcrição (LEE; KIM, 2013). Em estudo realizado por Ruhin-

Poncet et al (2009), BMP-2 mostrou ser completamente inativada em carcinomas

odontogênicos de células claras e irregularmente perceptível em ameloblastomas. BMP-4 foi

sempre expressa em todos os tumores. Com base nos papéis estabelecidos de Msx e Dlx,

fatores de transcrição em destinos celulares dentários, estes dados sugerem que a sua

expressão alterada é uma proposta de fuga para explicar a origem e/ou a progressão de

tumores odontogênicos.

Kumamoto e Ooya (2006) estudaram a expressão de BMPs e moléculas associadas a

estas proteínas em Ameloblastomas e TOA observando imunorreatividade nos tumores

estudados, assim como em germes dentários, concluindo que as BMPs podem desempenhar

um importante papel na citodiferenciação tanto em epitélio odontogênico normal, como em

epitélio odontogênico neoplásico, por meio de interações epitélio-mesênquima.

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Proposição

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3. PROPOSIÇÃO

O presente trabalho objetivou investigar o perfil imunohistoquímico de fatores de

crescimento (BMP-4 e FGF-8) e da proteína estrutural Sindecan-1 lulas epiteliais e

mesenquimais de ameloblastomas, tumores odontogênicos adenomató

nicos ceratocísticos, visando contribuir para um melhor entendimento da

participação destas proteínas no desenvolvimento tumoral.

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Materiais e Métodos

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56

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Considerações éticas

O presente estudo foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da U-

niversidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP/UFRN), tendo sido aprovado com o Pare-

cer 387.912 (Anexo 1).

4.2 Caracterização do estudo

Esse estudo foi do tipo transversal descritivo onde os dados observados a respeito da

expressão imuno-histoquímica de proteína estrutural do mesênquima (Sindecan-1) e de

fatores de crescimento (BMP-4 e FGF-8) em espécimes de tumores odontogênicos foram

registrados, analisados, classificados e interpretados sem interferência do pesquisador.

4.3 População

Do total de casos de tumores odontogênicos registrados e diagnosticados nos arquivos

do Serviço de Anatomia Patológica da Disciplina de Patologia Oral do Departamento de

Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, foram selecionados os

casos de tumores odontogênicos que constituíram a amostra da presente pesquisa.

4.4 Amostra

A amostra foi constituída por 54 casos de tumores odontogênicos distribuídos da

seguinte forma: 21 ameloblastomas do tipo sólido, 19 tumores odontogênicos ceratocísticos,

14 tumores odontogênicos adenomatóides.

4.5 Critérios de seleção da amostra

4.5.1 Critérios de inclusão

• Foram incluídos no estudo os casos que continham quantidade de material suficiente e

boas condições de armazenamento para os estudos pretendidos.

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4.5.2 Critérios de exclusão

• Foram excluídos do estudo os casos que não satisfizeram os critérios de inclusão

acima mencionados

• Tumores Odontogênicos Ceratocísticos associados à Síndrome de Gorlin

• TOAs, Ameloblastomas sólidos e Tumores Odontogênicos Ceratocísticos associados a

outras lesões odontogênicas

4.6 Estudo imuno-histoquímico

Do material emblocado em parafina, foram obtidos cortes de 3μ de espessura e

estendidos em lâminas de vidro previamente limpas e preparadas com adesivo à base de

organosilano (3-aminopropyltriethoxi-silano, Sigma Chemical Co, St. Louis, MO, USA).

Estes cortes histológicos foram corados pelo método da estreptavidina-biotina (streptavidin-

biotin complex, SABC) utilizando-se os anticorpos anti-BMP4 (SC-6896, Santa Cruz

Biotechnology Inc), anti-FGF8 (ab81384 rabbit polyclonal, Abcam, Cambridge, UK), anti-

sindecan 1 (MI15, Dako, Corporation, Carpinteria, CA). Para realização do controle positivo

foram obedecidas às especificações dos fabricantes para cada anticorpo utilizado na pesquisa.

O controle negativo consistiu na substituição do anticorpo primário por albumina de soro

bovino a 1% (BSA – Bovine Serum Albumin) em solução tampão. A técnica utilizada foi

realizada conforme os passos a seguir:

✓ Desparafinização: 2 banhos em xilol, à temperatura ambiente (10 minutos cada);

✓ Re-hidratação em cadeia descendente de etanóis:

• Álcool etílico absoluto I (5 minutos);

• Álcool etílico absoluto II (5 minutos);

• Álcool etílico absoluto III (5 minutos);

• Álcool etílico 95°GL (5 minutos);

• Álcool etílico 80°GL (5 minutos);

✓ Remoção de pigmentos formólicos com hidróxido de amônia a 10% em etanol 95°, à

temperatura ambiente (10 minutos);

✓ Lavagem em água corrente (10 minutos)

✓ Duas passagens em água destilada (5 minutos cada);

✓ Recuperação dos sítios antigênicos (Quadro 1);

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✓ Lavagem em água corrente (10 minutos);

✓ Duas passagens em água destilada (5 minutos cada);

✓ Bloqueio da peroxidase endógena com solução de peróxido de hidrogênio 3% 10

volumes (15 minutos em temperatura ambiente);

✓ Lavagem em água corrente (5 minutos);

✓ Duas passagens em água destilada (5 minutos cada);

✓ Duas passagens em solução tampão TRIS-HCL (tris-hidroximetil-aminometano, pH

7,4 (5 minutos cada);

✓ Incubação dos cortes com anticorpos primários (Quadro 1);

✓ Duas passagens em solução em TRIS-HCl pH 7,4 (5 minutos cada);

✓ Incubação com os anticorpos secundários conforme sistemas especificados para cada

anticorpo

✓ Duas passagens em solução em TRIS-HCl pH 7,4 (5 minutos cada);

✓ Duas passagens em solução tampão TRIS-HCL pH 7,4 (5 minutos cada);

✓ Revelação da reação com solução cromógena DAB (diaminobenzidina) diluída (5

minutos);

✓ Lavagem em água corrente (10 minutos);

✓ Passagens rápidas em água destilada (2 trocas);

✓ Contracoloração com hematoxilina de Mayer, à temperatura ambiente (5 minutos);

✓ Desidratação em cadeia ascendente de etanóis:

• Álcool etílico 80°GL (2 minutos);

• Álcool etílico 95°GL (2 minutos);

• Álcool etílico absoluto I (5 minutos);

• Álcool etílico absoluto II (5 minutos);

• Álcool etílico absoluto III (5 minutos);

✓ Duas passagens em xilol (2 minutos cada);

✓ Montagem em resina Erv-Mount® (EasyPath, SP, Brasil).

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Clone Especificidade Dlluição Recuperação Gê-

nica

Incubação

ab81384* FGF-8 1:200 Citrato pH 6,0 em

microondas

2 hs 37˚C

ab81194* BMP-4 1:100 TRIS/EDTA pH

9,0 Pascal

Overnight

SYND1** SINDECAN-1 1:200 TRIS/EDTA pH

9,0 Pascal

60 min

Quadro 01. Clone, especificidade, diluição, recuperação gênica e tempo de incubação dos

anticorpos utilizados

*Abcam, Cambridge, USA

**DAKO, Glostrup, Denmark

4.7 Análise do perfil imuno-histoquímico

Após o processamento dos cortes histológicos, cada espécime foi analisado sob

microscopia de luz e, em cada caso tumoral estudado, foram analisados aspectos relacionados

à imunorreatividade em células e/ou na matriz extracelular. As características do padrão de

expressão de cada proteína analisada foram investigadas por dois avaliadores previamente

treinados e os dados coletados, anotados em fichas individualizadas e posteriormente

tabulados, seguindo o método de análise abaixo descrito:

• Positividade ou ausência de imunomarcação em células

• Positividade em células epiteliais, mesenquimais ou em ambas

• Localização da positividade nas células imunorreativas: citoplasmática, membranar, nuclear

• Tipo de células mesenquimais imunopositivas

• Positividade ou ausência de imunomarcação na MEC

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4.7.1 BMP-4 e FGF-8

• Intensidade da imunomarcação - para se calcular a intensidade de imunoexpressão das

proteínas BMP-4 e FGF-8, as células positivas foram contadas através do escaneamento pelo

Scanner Panoramic MIDI (3DHISTECH® Kft.29-33, Konkoly-Thege M. str.Budapest,

Hungary, H-1121) e as imagens obtidas foram observadas através do programa de

visualização Panoramic Viewer 1.15.2 (3DHISTECH® Kft.29-33, Konkoly-Thege M.

str.Budapest, Hungary, H-1121). Com o auxílio desse programa foi possível observar toda a

extensão do espécime. A imagem foi aumentada em 40x, de acordo com as especificações do

programa, onde foram fotografados dez campos histológicos representativos e consecutivos

de cada caso com o auxílio do mesmo programa de visualização anteriormente citado. Foram

analisados 10 campos histológicos no componente epitelial e 10 em mesênquima. As células

imunomarcadas foram contadas com a utilização do Software Image Tool for Windows

versão 3.00, sendo calculado, então, o número médio por campo em cada caso.

Posteriormente, cada caso tumoral foi categorizado de acordo com os seguintes escores

preconizados por Vered et al. (2009): 0 – ausente; 1 – (baixo) 1 a 10% de células positivas; 2

– (intermediário) 11 a 50% de células positivas; e 3 – (alto) > 50% de células positivas.

4.7.2 SINDECAN - 1

• A imunorreatividade para a sindecan-1 foi avaliada no parênquima e estroma tumoral de

acordo com a metodologia utilizada por Al-Otaibi et al. (2013): cinco áreas foram

aleatoriamente selecionadas tanto no parênquima como no estroma, realizando-se uma análise

semi-quantitativa, através de 4 escores: 0 (ausência de marcação); 1 (baixo) 1-10% de células

positivas; 2 (intermediário) 11-50% de células positivas e, 3 (alto) > 50% de células positivas.

4.8 Análise estatística

Os resultados obtidos foram submetidos a testes estatísticos apropriados, com o objetivo

de testar as hipóteses aventadas no presente estudo. Os dados foram digitados originalmente

em planilha eletrônica Excel (Microsoft Windows Vista Home edition®) e posteriormente

exportados para o programa Statistical Package for the Social Sciences (versão 17.0; SPSS

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Inc., Chicago, IL, USA), onde foram feitas as análises. Para avaliar se havia diferença de

imunomarcação entre epitélio e o mesênquima para cada biomarcador nas lesões, foi aplicado

o teste de Wilcoxon. A diferença estatisticamente significante entre os grupos de lesões em

relação à quantidade e a intensidade de marcação celular para cada proteína estudada nos

diferentes tipos celulares foi verificada pelo teste estatístico de Kruskal-Wallis, quando ela

existiu, foi aplicado o teste de Mann-Whitney a fim de se observar onde residia a diferença.

Para as análises das correlações entre as proteínas, e entre os tipos celulares nos diferentes

grupos de lesões foi utilizado o teste estatístico de Spearman. Para todos os testes utilizados,

foi estabelecido o nível de significância de 5% (p<0,05).

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Resultados

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5. RESULTADOS

Foram coletadas 54 amostras do Serviço de Patologia Oral do Departamento de Odon-

tologia da UFRN, sendo estas constituídas por 14 casos de TOAs, 21 casos de ameloblasto-

mas e 19 casos de ceratocistos. As tabelas 1, 2 e 3 mostram a caracterização da amostra quan-

to aos dados imuno-histoquímicos (imunoexpressão celular para BMP-4, FGF-8 e Sindecan)

de acordo com o tipos de lesões.

5.1 TOA

O BMP-4 exibiu um padrão de imunomarcação citoplasmático difuso muito forte nas

células epiteliais (tanto na região central como periférica dos ninhos de células); no mesên-

quima, células mononucleares e fibroblastos também exibiram alta imunorreatividade, con-

forme ilustrado na figura 1.

Considerando o FGF-8, evidenciou-se expressão discreta ou ausente tanto no epitélio

como no mesênquima, conforme apresentado na figura 2.

A imunomarcação de Sindecan-1 nos casos de TOA foi moderada no epitélio, na

membrana celular, com predominância nas áreas periféricas dos ninhos de células e estruturas

ductais, enquanto no mesênquima, células inflamatórias e fibroblastos ocasionais demonstra-

ram imunorreatividade (Figura 3). Os escores obtidos para esses casos estão representados na

Tabela 1.

Tabela 1 – Escores de imunomarcação para BMP-4, FGF-8 e Sindecan-1em TOAs. Natal/RN, 2015.

Imunomarcação do Componente Epitelial – n (%) ESCORE BMP-4 FGF-8 SINDECAN-1

Escore 0 3 (21,4%) 2 (28,6%) - Escore 1 1 (7,1%) 2 (28,6%) 3 (42,9%) Escore 2 2 (14,3%) 1 (14,2%) 4 (57,1%) Escore 3 8 (57,2%) 2 (28,6%) -

Imunomarcação do Componente Mesenquimal – n (%) ESCORE BMP-4 FGF-8 SINDECAN-1

Escore 0 1 (7,1%) 3 (42,9%) 4 (57,1%) Escore 1 2 (14,3%) 1(14,2%) 3 (42,9%) Escore 2 6 (42,9%) 3 (42,9%) - Escore 3 5 (35,7%) - - Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/ UFRN.

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Figura 1 – Expressão imuno-histoquímica de BMP-4 nas células tumorais (imunorreatividade difusa e

forte no citoplasma) e em células inflamatórias no mesênquima do TOA.

Figura 2 – Expressão imuno-histoquímica de FGF-8 no TOA, a maioria das células tumorais e do mesênquima não exibiram imunorreatividade.

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Figura 3 – Expressão imuno-histoquímica de Sindecan no TOA, as células da periferia dos ninhos apresentaram imunorreatividade de moderada a intensa, ocasionais células inflamatórias imunopositi-vas no mesênquima.

5.2 AMELOBLASTOMA

Na maioria dos casos de Ameloblastoma analisados BMP-4 demonstrou imunorreati-

vidade, exceto em um caso, o padrão de marcação foi citoplasmático, observado principal-

mente nas células colunares. Enquanto no mesênquima, células inflamatórias, endoteliais e

fibroblastos demonstraram alta reatividade (Figura 4).

A imunomarcação de FGF-8 foi menos exuberante no epitélio e mesênquima de Ame-

loblastomas, quando positiva, encontrava-se predominantemente nas células colunares (Figura

5).

Para o Sindecan-1, o padrão focal de imunomarcação na membrana celular foi predo-

minante, sendo observado no epitélio nas células semelhantes ao retículo estrelado, enquanto

que no mesênquima a maioria dos casos demonstrou imunorreatividade ausente ou inexpres-

siva (Figura 6). Os escores para os três biomarcadores e sua imunorreatividade em Amelo-

blastomas encontram-se descritos na Tabela 2.

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Tabela 2 – Escores de imunomarcação para BMP-4, FGF-8 e Sindecan-1 em Ameloblasto-

mas. Natal/RN, 2015.

Imunomarcação do Componente Epitelial – n (%) ESCORE BMP-4 FGF-8 SINDECAN-1

Escore 0 1 (4,8%) - - Escore 1 5 (23,8%) 4 (23,5%) - Escore 2 5 (23,8%) 3 (11,8%) 5 (29,4%) Escore 3 10 (47,6%) 11 (4,7%) 12 (70,6%)

Imunomarcação do Componente Mesenquimal – n (%) ESCORE BMP-4 FGF-8 SINDECAN-1

Escore 0 - - 6 (35,3%) Escore 1 2 (9,5%) 2 (11,8%) 9 (52,9%) Escore 2 7 (33,3%) 5 (29,4%) 2 (11,8%) Escore 3 12 (57,2%) 10 (58,8%) - Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/ UFRN.

Figura 4 – Expressão imuno-histoquímica de BMP-4 em ameloblastomas, no epitélio as células colu-nares demonstraram alta imunorreatividade citoplasmática, enquanto no mesênquima, células inflama-tórias, endoteliais e fibroblastos também estavam imunomarcados.

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Figura 5 – Expressão imuno-histoquímica de FGF-8 em ameloblastomas, no epitélio as células coluna-res demonstraram baixa a moderada imunorreatividade citoplasmática, enquanto no mesênquima, cé-lulas inflamatórias, endoteliais e fibroblastos ocasionalmente apresentavam imunorreatividade.

Figura 6 – Expressão imuno-histoquímica de Sindecan em ameloblastomas, no epitélio as células co-lunares demonstraram baixa a moderada imunorreatividade citoplasmática, enquanto que as células do retículo estrelado foram fortemente marcadas. No mesênquima, células inflamatórias, endoteliais e fibroblastos apresentavam imunorreatividade moderada com padrão focal.

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5.3 TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO

A imunorreatividade de BMP-4 foi considerada moderada ou intensa na maioria dos

casos. O padrão de marcação foi predominantemente difuso e citoplasmático nas células epi-

teliais, em todas as camadas, e no mesênquima a maioria dos casos apresentaram imunorrea-

tividade discreta em células inflamatórias, fibroblastos e células endoteliais (Figura 7).

Em todos os casos de ceratocisto FGF-8 demonstrou imunorreatividade no epitélio das

lesões, a imunomarcação foi evidenciada no citoplasma de maneira difusa. No mesênquima a

maioria dos casos demonstrou imunorreatividade leve a moderada (Figura 8).

Nos casos de ceratocisto, observou-se imunomarcação de Sindecan forte no epitélio,

de maneira focal e localizada na membrana celular das células epiteliais em todas as camadas.

Fibroblastos e células inflamatórias ocasionalmente apresentaram imunorreatividade para

Sindecan (Figura 9). Os escores da imunorreatividade dos biomarcadores nos casos de Cera-

tocisto estão listados na Tabela 3.

Tabela 3 – Escores de imunomarcação para BMP-4, FGF-8 e Sindecan-1 em Tumor Odonto-

gênico Ceratocístico. Natal/RN, 2015.

Imunomarcação do Componente Epitelial – n (%) ESCORE BMP-4 FGF-8 SINDECAN-1

Escore 0 1 (5,9%) - - Escore 1 5 (29,4%) 4 (26,7%) - Escore 2 2 (11,8%) 7 (46,6%) - Escore 3 9 (52,9%) 4 (26,6%) 19 (100,0%)

Imunomarcação do Componente Mesenquimal – n (%) ESCORE BMP-4 FGF-8 SINDECAN-1

Escore 0 - 1 (6,7%) - Escore 1 9 (52,9%) 7 (46,6%) 15 (78,9%) Escore 2 5 (29,5%) 6 (40,0%) 4 (21,1%) Escore 3 3 (17,6%) 1 (6,7%) - Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/ UFRN.

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Figura 7 – Expressão imuno-histoquímica de BMP-4 em ceratocistos, todas as células epiteliais de-monstraram alta imunorreatividade citoplasmática, enquanto no mesênquima, células inflamatórias, endoteliais e fibroblastos ocasionalmente apresentavam imunorreatividade.

Figura 8 – Expressão imuno-histoquímica de FGF-8 em ceratocistos, a maioria das células epiteliais demonstraram imunorreatividade citoplasmática leve a moderada, enquanto no mesênquima, células inflamatórias, endoteliais e fibroblastos ocasionalmente apresentavam imunorreatividade.

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Figura 9 – Expressão imuno-histoquímica de Sindecan em ceratocistos, todas células epiteliais de-monstraram imunorreatividade intensa na membrana plasmática, enquanto no mesênquima, células inflamatórias, endoteliais e fibroblastos ocasionalmente apresentavam imunorreatividade.

5.4 RESULTADOS ESTATÍSTICOS

Para avaliar se havia diferença de imunomarcação entre epitélio e o mesênquima para

cada biomarcador nas lesões, foi aplicado o teste de Wilcoxon. No TOA, o sindecan-1 foi

expresso predominantemente no epitélio (p=0,023), sem significância para os demais biomar-

cadores. No ameloblastoma BMP-4 teve maior imunoexpressão no mesênquima (p=0,008),

enquanto sindecan-1 no epitélio (p<0,001). Para o Ceratocisto, tanto BMP-4 como sindecan

foram expressivos no epitélio das lesões (p=0,046 e p<0,001, respectivamente). Entretanto,

nenhuma das lesões apresentou diferença significativa entre o epitélio e o mesênquima quanto

à imunomarcação para o FGF-8 (Tabela 4).

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Tabela 4 – Expressão imuno-histoquímica de BMP-4, FGF-8 e Sindecan-1, comparando me-

dianas dos Escores entre epitélio e Mesênquima de acordo com as lesões. Natal/RN, 2015.

BMP-4

p

FGF8

p

SINDECAN-1

p

Epitélio

Md (Q25-

Q75)

Mesênquima

Md (Q25-Q75)

Epitélio

Md (Q25-

Q75)

Mesênquima

Md (Q25-Q75)

Epitélio

Md (Q25-

Q75)

Mesên-

quima

Md (Q25-

Q75)

TOA 3 (0,75-3) 2 (1,75-3) 1,000 1 (0-3) 1 (0-2) 0,180 2 (1-2) 0 (0-1) 0,023

Ameloblastoma 2 (1-3) 3 (2-3) 0,008 3 (1,5-3) 3 (2-3) 0,655 3 (2-3) 1 (0-1) <0,001

Ceratocisto 3 (1-3) 1 (1-2) 0,046 2 (1-3) 1 (1-2) 0,057 3 (3-3) 1 (1-1) <0,001

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/ UFRN.

Quando comparadas as imunomarcações dos três biomarcadores no epitélio das três

lesões pôde-se observar no epitélio do ceratocisto os biomarcadores mais expressivos foram

BMP-4 e Sindecan-1 comparados ao FGF-8 (p<0,01). Enquanto no mesênquima, apenas os

casos de TOA e ameloblastoma apresentaram diferença significativa entre os 3 imunomarca-

dores, sendo que para o TOA houve maior imunoexpressão de BMP-4 que Sindecan-1

(p=0,003), e para o ameloblastoma o Sindecan-1 apresentou menor imunoexpressão quando

comparado tanto com BMP-4 como FGF-8 (p<0,01) (Tabela 6).

Tabela 5 – Expressão imuno-histoquímica de BMP-4, FGF-8 e Sindecan-1 no epitélio de a-

cordo com as lesões. Natal/RN, 2015.

BMP-4 Md (Q25-Q75)

FGF8 Md (Q25-Q75)

SINDECAN-1 Md (Q25-Q75) p

TOA 3 (0,75-3) 1 (0-3) 2 (1-2) 0,299

Ameloblastoma 2 (1-3) 3 (1,5-3) 3 (2-3) 0,182

Ceratocisto 3 (1-3)a 2 (1-3)b 3 (3-3)a,b <0,001

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/ UFRN. Caselas com letras iguais nas linhas apresentam diferença estatística significante.

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Tabela 6 – Expressão imuno-histoquímica de BMP-4, FGF-8 e Sindecan-1 no mesênquima de

acordo com as lesões. Natal/RN, 2015.

BMP-4 Md (Q25-Q75)

FGF8 Md (Q25-Q75)

SINDECAN-1 Md (Q25-Q75) p

TOA 2 (1,75-3)a 1 (0-2) 0 (0-1)a 0,003

Ameloblastoma 3 (2-3)a 3 (2-3)b 1 (0-1)a,b <0,001

Ceratocisto 1 (1-2) 1 (1-2) 1 (1-1) 0,183

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/ UFRN. Caselas com letras iguais nas linhas apresentam diferença estatística significante.

Ao comparar a imunomarcação das três lesões, no epitélio observou-se que, apenas o

sindecan-1 apresentou diferença entre as lesões (p<0,001), sendo o TOA a lesão que apresen-

tou diferença entre as demais, demonstrando menor imunorreatividade comparada às outras

lesões (Tabela 7). Já para o mesênquima, todos os marcadores apresentaram diferença entre as

lesões. Para o BMP-4 houve diferença apenas entre o ameloblastoma e o ceratocisto, sendo

maior no Ameloblastoma. E para o FGF-8 o ameloblastoma apresentou diferença tanto em

relação ao TOA como ao ceratocisto, sendo maior no ameloblastoma. Quanto ao sindecan-1

apenas entre o ceratocisto e o TOA apresentaram diferença estatística (Tabela 8).

Tabela 7 – Comparação da imunomarcação das três lesões no epitélio de acordo com os mar-

cadores. Natal/RN, 2015.

Lesão

p TOA

Md (Q25-Q75) Ameloblastoma Md (Q25-Q75)

Ceratocisto Md (Q25-Q75)

BMP-4 3 (0,75-3) 2 (1-3) 3 (1-3) 0,997

FGF8 1 (0-3) 3 (1,5-3) 2 (1-3) 0,091

SINDECAN-1 2 (1-2)a,b 3 (2-3)a 3 (3-3)b <0,001

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/ UFRN. Caselas com letras iguais nas linhas apresentam diferença estatística significante.

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Tabela 8 – Comparação da imunomarcação das três lesões no mesênquima de acordo com os

marcadores. Natal/RN, 2015.

Lesão

p TOA

Md (Q25-Q75) Ameloblastoma Md (Q25-Q75)

Ceratocisto Md (Q25-Q75)

BMP-4 2 (1,75-3) 3 (2-3)a 1 (1-2)a 0,009

FGF8 1 (0-2)a 3 (2-3)a,b 1 (1-2)b 0,001

SINDECAN-1 0 (0-1)a 1 (0-1) 1 (1-1)a 0,006

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/ UFRN. Caselas com letras iguais nas linhas apresentam diferença estatística significante.

Com o objetivo de encontrar possível associação de imunomarcação dos biomarcado-

res entre o epitélio e o mesênquima quanto de acordo com as lesões, foi realizado o teste de

correlação de Spearman (rho). Para o TOA o marcador BMP-4 apresentou correlação positiva

forte (rho=0,747) para imunomarcação entre epitélio e mesênquima indicando que, a medida

que há imunomarcação no epitélio haverá também imunomarcação no mesênquima ambas na

mesma intensidade (p=0,002). Nos casos de ameloblastoma tanto o BMP-4 (rho=0,888) quan-

to FGF-8 (rho=0,857) apresentaram correlação positiva forte (com p<0,01 para ambos bio-

marcadores). Contudo, para o ceratocisto apenas o BMP-4 apresentou correlação moderada

positiva (rho=0,621, e p=0,008) (Tabela 9).

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Tabela 9 – Coeficientes de Correlação entre a imunomarcação do epitélio e mesên-

quima para cada marcador e de acordo com as lesões. Natal/RN, 2015.

rho p

TOA

BMP-4 0,747 0,002

FGF8 0,753 0,051

SINDECAN-1 0,167 0,721

Ameloblastoma

BMP-4 0,888 <0,001

FGF8 0,857 <0,001

SINDECAN-1 0,205 0,430

Ceratocisto

BMP-4 0,621 0,008

FGF8 0,092 0,743

SINDECAN-1 - -

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/ UFRN.

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Discussão

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6. DISCUSSÃO

Os tumores odontogênicos são lesões que podem derivar-se tanto do tecido epitelial

quanto do ectomesenquimal ou de ambos, os quais participam da formação dentária,

correspondendo a, aproximadamente, 1% de todos os tumores dos maxilares. Vários estudos

retrospectivos realizados na África, Ásia, Europa e América mostraram diferenças entre a

frequência relativa destas lesões (LUO, LI, 2009; TAWFIK et al, 2010). De acordo com a

literatura, existe um amplo espectro de apresentações para estes tumores que vão desde

hamartomas, proliferações neoplásicas benignas indolentes ou agressivas até neoplasmas

malignos com capacidade de metástase (BUCHNER; MERRELL; CARPENTER, 2006).

Alguns estudos realizados em diferentes partes do mundo, mostram que dentre os

tumores odontogênicos, o ameloblastoma representa o mais comum (TAWFIK et al, 2010,

COSTA et al, 2011), sendo o subtipo sólido mais prevalente (LUO, LI, 2009, EBENEZER,

RAMALINGAM, 2010), embora em outros estudos tenha sido relatada maior frequência de

ceratocisto odontogênico (GEHANI, 2009, LUO, LI, 2009). Estes dois tumores têm sua

histogênese associada a remanescentes epiteliais, exibindo comportamento biológico

imprevisível, mas normalmente caracterizado por um crescimento, por vezes, de

agressividade marcante, particularmente o ameloblastoma. Neste mesmo grupo de tumores

odontogênicos de origem epitelial, encontra-se o tumor odontogênico adenomatóide que se

apresenta com baixa frequência em relação aos ameloblastomas e ceratocistos odontogênicos,

e comportamento indolente com crescimento lento (GEHANI, 2009, LUO, LI, 2009).

No presente estudo, foram incluídos casos de ameloblastoma sólido, ceratocisto

odontogênico e tumor odontogênico adenomatóide, os quais exibiram seus aspectos

histopatológicos característicos. Os ameloblastomas sólidos apresentaram um padrão

predominantemente folicular, demonstrando organização em folículos com células colunares

periféricas, semelhantes a ameloblastos, com escassas áreas plexiformes. Os ceratocistos

odontogênicos se apresentaram com aspecto histopatológico típico, contendo epitélio com

espessura uniforme, superfície corrugada, paraceratinizada e interface epitélio-conjuntivo

plana, apresentando cápsula fibrosa predominantemente densa, em alguns casos com

infiltrado inflamatório proeminente e áreas hemorrágicas, as mesmas informações citadas por

Neville et al (2009) e Slootweg (2009). Os TOAs apresentaram também um arranjo

arquitetural característico constituído por células epiteliais dispostas predominantemente em

lençóis, formando rosetas ou estruturas semelhantes a ductos, com estroma escasso,

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delimitado por uma cápsula bem definida corroborando os achados descritos na literatura.

As lesões incluídas no presente estudo exibem comportamentos biológicos diferentes,

onde vários autores concordam que os ameloblastomas sólidos apresentam-se como

neoplasias agressivas, de crescimento lento que podem alcançar grandes proporções,

causando déficit estético e funcional, por vezes invadindo estruturas vitais, estando associados

a altos índices de recorrência, sendo rara a capacidade de se malignizar e apresentar metástase

de acordo com os relatos de Ghada et al (2010) e Gomes et al (2010).

Diversos autores estão de acordo ao afirmar que o ceratocisto odontogênico apresenta

comportamento biológico agressivo em função de certas características, como: alta taxa de

recorrência, aumento na atividade mitótica do epitélio cístico, associação com a Síndrome de

Gorlin-Goltz, potencial de proliferação das células basais e a presença de cistos satélites,

assim como a descoberta de alterações cromossômicas e genéticas, com destaque para as

mutações no gene PTCH (ARAGAKI et al, 2010, BOFFANO; RUGA; GALLESIO, 2010,

GHADA et al, 2010, SANTOS et al, 2011).

Quanto ao tumor odontogênico adenomatóide, Durrani e Singh (2009) e Mohamed et

al. (2010) reconhecem esta lesão como uma neoplasia benigna de crescimento lento com

características histopatológicas bem definidas, apresentando-se encapsulada e exibindo

comportamento biológico indolente, quando comparada a outras neoplasias odontogênicas,

sendo rara a recorrência, cujo tratamento se restringe a cirurgia conservadora

No tecido epitelial normal, as células formam camadas celulares que estão

intimamente ligadas por estruturas especializadas de membrana. A adesão entre as células

epiteliais é um fenômeno fundamental para a manutenção da homeostasia do tecido. Esta

adesão ocorre por diferentes complexos celulares: junções aderentes, desmossomas, zônula

oclusiva e junção comunicante, cada uma delas com funções distintas. O epitélio apresenta

polarização basolateral-apical, que é decorrente da distribuição organizada de caderinas e

algumas integrinas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012, SCHOCK; PERRIMON 2002).

Abaixo das camadas de células epiteliais encontra-se a membrana basal que separa células

epiteliais de suas subcamadas de células mesenquimais (ALBERTS et al, 2004).

O mecanismo patogênico dos tumores odontogênicos está intimamente relacionado

com os processos de desenvolvimento dos dentes (LEE; KIM, 2013). As alterações celulares,

incluindo a proliferação, diferenciação, senescência, tumorigênese, ocorrem através da

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ativação ou inativação das vias de sinalização moleculares, a superexpressão ou subexpressão

de moléculas de sinalização podem desempenhar um papel importante na tumorigênese do

ameloblastoma (CRIVELINI et al, 2012). Diferentes proteínas que funcionam na sinalização

da proliferação e diferenciação do epitélio do esmalte e tumores odontogênicos foram

identificadas, sindecan-1 e outras moléculas de sinalização e adesão celular são super

expressas em ameloblastomas que exibem comportamento localmente invasivo e um alto

risco de recorrência (AL-OTAIBI et al, 2013).

Gharbaran (2014) afirma que o Sindecan-1 é expresso por células epiteliais, e compõe

uma família de quatro proteínas transmembranares presentes na superfície de células

aderentes e não aderentes, estando envolvido em uma vasta gama de processos biológicos

incluindo a diferenciação, adesão celular, organização do citoesqueleto, migração celular,

infiltração e angiogênese. Ele funciona como um receptor de matriz extracelular e, portanto,

participa na proliferação e migração celular, adesão célula-célula e morfogênese como fazem

outros proteoglicanos de sulfato de heparan. Sindecan-1 é localizado na superfície basolateral

da célula, que está envolvida em muitos processos biológicos intercelulares e da célula com a

matriz extracelular.Corroborando essas assertivas, nesse estudo foi encontrada

imunoexpressão da sindecan-1 de forma relevante no epitélio das lesões quando comparado

com o mesênquima.

Neste estudo, foi observada maior imunoexpressão de sindecan-1 concomitante no

epitélio e mesênquima de ameloblastomas e ceratocistos, enquanto no epitélio a lesão que

apresentou menor imunoexpressão foi o TOA. Esses achados sugerem que a forte expressão

desta proteína observada concomitantemente no parênquima e estroma dos tumores

biologicamente mais agressivos, pode indicar marcantes sinalizações entre os tecidos epitelial

e mesenquimal presentes nestas neoplasias, o que pode estar contribuindo para a maior

agressividade do ameloblastoma e do ceratocisto em comparação ao TOA.

Tal assertiva fundamenta-se nas afirmações de Shariat et al. (2008) e Shimada et al.

(2009) de que o sindecan-1 está envolvido na regulação da forma e organização das células

epiteliais, assim como na diferenciação e crescimento celulares, atuando como um co-receptor

para fatores de crescimento de fibroblastos. Em nosso estudo, também verificou-se no

ameloblastoma e no ceracocisto, fortes imunoexpressões do FGF-8 e BMP-4, fatores de

crescimento comprovadamente envolvidos no desenvolvimento destes tumores.

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Segundo Nguyen et al, (2013) a expressão irregular do sindecan-1 tem sido visualizada

como um fator de prognóstico no câncer, a alta expressão desta proteína no estroma em

cânceres de mama, pâncreas, gástrico, endometrial e ovário revela um pior prognóstico. Além

disso, a expressão concomitante no epitélio e estroma está associada com o prognóstico

desfavorável, mas a perda de expressão do sindecan-1 no epitélio está associada a um

resultado mais favorável. Segundo Mukunyadzi et al. (2003), a diminuição da expressão de

sindecan-1 nas células epiteliais altera a morfologia e organização celular, o arranjo e a

expressão das moléculas de adesão e o controle do crescimento dependente da ancoragem,

podendo estar relacionada, em neoplasias malignas, a um comportamento mais invasivo.

Entretanto, é interessante lembrar que a expressão de sindecan-1 também pode estar associada

com a diferenciação dos tumores, podendo estar fortemente expressa em neoplasias bem

diferenciadas, o que desperta para diferentes possíveis interpretações de sua marcante

presença em tecidos neoplásicos.

A expressão diminuída de sindecan-1 tem sido foi correlacionada com aumento da

capacidade invasiva da lesão, potencial de malignização, potencial metastático e pior

prognóstico (INKI et al, 1994, SOUKKA et al, 2000, MUKUNYADZI et al, 2003,

LEOCATA et al, 2007, BOLOGNA-MOLINA et al, 2008). Por outro lado, sua maior

expressão foi associada a um pior prognóstico em carcinomas de mama, pâncreas e no

mieloma múltiplo (SANDERSON; BORSET, 2002; MAEDA et al, 2004, GOTTE et al,

2007). Com base no exposto, percebem-se diferentes associações entre a expressão da

sindecan-1 e o comportamento tumoral.

Liu et al (1998) mostraram que o sindecan-1 foi analisado em várias condições

patológicas, que incluem lesões decorrentes de epitélio odontogênico e seus derivados, tendo

um papel na regulação da morfologia celular, adesão, diferenciação e, portanto, a perda de

expressão desta proteína pode estar associadas com a proliferação descontrolada, diminuição

de aderência, e a diferenciação desordenada de células tumorais. Além disso, a regulação

negativa de sindecan-1 pode potencializar o comportamento invasivo de uma célula

(SOUKKA et al, 2000). O diferencial de expressão de Sindecan-1 observado em ninhos

ameloblásticos poderia ser um reflexo do tipo de célula e características, ditada

principalmente por estágios de diferenciação e parâmetros cinéticos celulares, corroborando

os resultados do presente estudo, onde se evidenciou uma sutil variação na expressão do

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sindecan-1 de acordo com o tipo de lesão avaliada.

Neste estudo, foi observada maior imunoexpressão de sindecan-1 concomitante no

epitélio e mesênquima de ameloblastomas e ceratocistos, enquanto no epitélio a lesão que

apresentou menor imunoexpressão foi o TOA. Esses achados sugerem que a forte expressão

desta proteína observada concomitantemente no parênquima e estroma dos tumores

biologicamente mais agressivos, pode indicar marcantes sinalizações entre os tecidos epitelial

e mesenquimal presentes nestas neoplasias, o que pode estar contribuindo para a maior

agressividade do ameloblastoma e do ceratocisto em comparação ao TOA.

Tal assertiva fundamenta-se nas afirmações de Shariat et al. (2008) e Shimada et al.

(2009) de que a sindecan-1 está envolvida na regulação da forma e organização das células

epiteliais, assim como na diferenciação e crescimento celulares, atuando como um co-receptor

para fatores de crescimento de fibroblastos. Em nosso estudo, também verificou-se no

ameloblastoma e no ceracocisto, fortes imunoexpressões do FGF-8 e BMP-4, fatores de

crescimento comprovadamente envolvidos no desenvolvimento destes tumores.

O FGF representa um fator de crescimento que desempenha papéis importantes em

muitos processos fisiológicos e patológicos, incluindo o desenvolvimento embrionário,

reparo tecidual e crescimento tumoral. Valta et al (2008) realizaram estudo objetivando

examinar o papel do FGF-8 em metástases ósseas de câncer de próstata e observaram a sua

superexpressão neste tipo de tumor. O FGF-8 regula a diferenciação dos osteoblastos

aumentando a proliferação de células osteoprogenitoras e sua capacidade osteogênica além de

estar subexpresso em tecidos em desenvolvimento segundo Tanaka et al, (1998).

A literatura tem apresentado poucos estudos relacionando a presença de FGF-8 em

tumores odontogênicos, entretanto essas pesquisas têm sugerido que a maior quantidade deste

fator tem contribuído para a progressão tumoral e para o comportamento biológico destas

lesões, conferindo maior agressividade às mesmas (SONG et al, 2000, RUOHOLA et al,

2001).

O FGF-8 é responsável por estimular a proliferação de células embrionárias

relacionando-se ao crescimento de tumores. O presente estudo evidenciou uma maior

expressão deste fator no ameloblastoma e ceratocisto, sendo estas as lesões tumorais de

comportamento mais agressivo. A imunolocalização de FGFs evidencia os efeitos na

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diferenciação dos cistos e tumores odontogênicos epiteliais (SO et al, 2001), concordando

com Cam et al (1992), ao sugerirem que a localização imunohistoquímica de FGF-1 e FGF-2

são significativamente diferentes, e com Kettunen et al (1998), que encontraram a expressão

de FGFR2 e FGFR3 diferente em epitélio odontogênico. A presença de FGF-2 e FGFR2 em

folículos dentários normais em humanos e no órgão de esmalte de ratos indicam que não há

uma perda destas proteínas na patogênese de cistos e tumores odontogênicos e sugerem que

esses fatores estão envolvidos na diferenciação odontogênica, bem como na patogênese

dessas lesões, com possíveis diferenças na quantidade de expressão.

A análise do FGF-8 nesta pesqusia não mostrou diferenças significativas entre a

imunoexpressão no epitélio ou mesênquima nas diferentes lesões; contudo, no

ameloblastoma, correlação positiva foi encontrada (Correlação de Spearman, rho=0,857,

p<0,001), indicando que a imunoexpressão de FGF-8 concomitante nesses componentes

tumorais pode indicar um pior prognóstico para ameloblastomas, podendo também estar

associado a uma maior atividade osteolítica observada nesses tumores.

A literatura tem evidenciado uma maior relação das proteínas BMP-4 e Sindecan em

lesões odontogênicas, onde a maior expressão do BMP-4 e menor expressão do sindecan

podem resultar em maior agressividade das lesões (LEVY; HILL, 2006, BOLOGNA-

MOLINA et al, 2008).

Gao et al (1997) mostraram que a expressão imuno-histoquímica de BMP foi

examinada em vários tumores odontogênicos, e a reatividade da BMP foi reconhecida em

tumores odontogênicos mesenquimais e mistos, mas não em tumores odontogênicos

epiteliais, incluindo ameloblastoma, TOA, e tumor odontogênico epitelial calcificante.

Contudo, no presente estudo foi detectada imunorreatividade para a BMP-4 em todos os

tumores odontogênicos epiteliais estudados, da mesma forma que no estudo de Kumamoto e

Ooya (2006), que identificou BMPs tanto em células neoplásicas quanto no estroma de

tumores odontogênicos epiteliais, sugerindo que estes atuam através de mecanismos

parácrinos e autócrinos e estão envolvidas na interação epitélio-mesenquimal. A expressão de

BMPs foi evidente em células neoplásicas vizinhas à membrana basal em ameloblastomas e

em células pseudoglandulares em TOA. Estas características sugerem que a expressão da

BMP pode influenciar na citodiferenciação do epitélio odontogênico neoplásico.

A BMP-4 foi evidenciada imuno-histoquimicamente tanto no epitélio como

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mesênquima das três lesões. A maior expressão estatisticamente significativa do BMP-4 no

mesênquima de ameloblastoma comparado ao ceratocisto (p=0,009) pode indicar uma

interação e participação ativa das células parenquimatosas na patogênese e evolução desses

tumores, enquanto que no tecido epitelial, nenhuma expressão significativa foi observada

quando comparadas as três lesões. No ameloblastoma, sua expressão foi predominantemente

mesenquimal (p=0,008), enquanto no ceratocisto maior expressão foi observada no epitélio

(p=0,046). Em todas as lesões, detectou-se forte ou moderada correlação entre a

imunoexpressão de BMP-4 no epitélio e mesênquima, o que indica a participação desse fator

de crescimento na patogênese desses tumores odontogênicos.

Neste contexto Kumamoto e Ooya (2006), sugerem que os fatores de crescimento da

família BMP podem influenciar na citodiferenciação do epitélio odontogênico neoplásico,

esse fator talvez influencie no fato de que esses tumores estudados são muito diferenciados, e

com células em estágio diferenciado de desenvolvimento.

No presente estudo, foi analisada a expressão imuno-histoquímica de BMP-4, FGF-8 e

Sindecan-1 em espécimes de ameloblastoma sólido, ceratocisto odontogênico e TOA, por

representarem lesões de comportamento biológico variado, a fim de contribuir para o

entendimento do papel que estas proteínas apresentam em lesões odontogênicas. Pode-se

inferir que, os três biomarcadores avaliados participam ativamente da patogênese das lesões.

A forte correlação detectada na expressão epitelial e mesenquimal do FGF-8 e BMP-4 em

ameloblastomas associada a uma marcante presença da sinalização de sindecan-1 em suas

células epiteliais, indicando uma forte interação entre as células parenquimatosas e estromais,

pode contribuir para a maior agressividade biológica do ameloblastoma em comparação aos

outros tumores estudados.

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Conclusão

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7. CONCLUSÃO

Diante dos resultados encontrados nessa pesquisa, pode-se concluir que os três bio-

marcadores avaliados (BMP-4, FGF-8 e Sindecan-1) participam ativamente da patogênese do

ameloblastoma, do tumor odontogênico ceratocístico e do tumor odontogênico adenomatóide,

com destaque para a expressão nos ameloblastomas que indicam uma forte interação entre as

células parenquimatosas e estromais o que pode contribuir para sua marcada agressividade

biológica.

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Anexos