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Avaliação técnica e comportamental dos residentes de segundo e terceiro ano durante uma cirurgia experimental
Lobato,MG; Casanova,F; Belfort,R;Souza,CB; Cunha,MC
Departamento de OftalmologiaCentro de Treinamento e Pesquisa Cirúrgica
INTRODUÇÃO
Tendo uma nova realidade acerca de nossos métodos de ensino, podemos nos utilizar da cirurgia experimental para proporcionarmos um maior aprendizado, mas de forma alguma estes jamais substituirão a necessidade da observação.
O Inventário de Observação de Técnica Cirúrgica foi criado para avaliação da destreza em diversas técnicas de cirurgia oftalmológica. Utilizamos o Inventário de Ansiedade Traço Estado (IDATE).
O processo de aprendizado se dá no momento em que o indivíduo entra em contato com o que está fazendo realmente e passa a estar consciente de seus atos, podendo assim, ser preciso em suas intervenções cirúrgicas. Além de que o desenvolver de sua destreza seja diferenciado entre os médicos, há a importância nos passos do aprendizado para que a assimilação seja ampliada.
OBJETIVO
• No presente estudo procuramos avaliar a destreza e habilidade cirúrgica de cirurgiões iniciantes (residentes), bem como alterações de comportamento frente ao estresse cirúrgico e ansiedade durante uma cirurgia experimental.
MATERIAL E MÉTODOS• Foram avaliados 23 residentes do departamento de oftalmologia da UNIFESP-EPM, sendo 13 do segundo ano e 10 do terceiro ano• Desenvolvemos o Inventário de Observação para podermos padronizar os dados entre a observação de um residente e outro. Os residentes de segundo ano (grupo 1) tiveram como estímulo experimental uma sutura em
ferimento perfurante e os residentes de terceiro ano (grupo 2) realizaram um transplante de córnea experimental, procedimentos esses que se diferem e utilizam técnicas cirúrgicas proporcionais ao ano de residência.• O tempo máximo para o término da sutura em ferimento perfurante foi de 60min e para o transplante de córnea foi de 1h20min.
– Desta forma, pudemos também ter esta referência para sabermos a influência exercida pela ansiedade no momento cirúrgico alterando o comportamento dos residentes.
RESULTADOS
Avaliação da técnica cirúrgica e do grau de ansiedade do grupo 1
Cirurgião Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Média Tempo de cirurgia Grau de ansiedade1 4 7,5 7 6,2 69’ Alto2 6 7,5 8 7,2 56’ Alto3 6 7,2 8 7 51’01’‘ Alto4 5 6,5 6 5,8 1h25’07’‘ Alto5 5 7,3 6 6,1 38’ Médio6 8 8 8,5 8,2 34’36’‘ Alto7 7 7 8,5 7,5 13’49’‘ Médio8 5 9 7 7 39’48’‘ Alto9 6 7,5 7,5 7 35’13’‘ Médio
10 4 7,5 6 5,8 41’26’‘ Baixo11 8 8 9 8,3 48’51’‘ Baixo12 6 7,5 6 6,5 37’23’’ Baixo13 6 6,5 7 6,5 44’41’’ Médio
Média geral 5,8 7,4 7,3 6,8 47’ Alto
Avaliação da técnica cirúrgica e do grau de ansiedade do grupo 2
Cirurgiões Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3 Média Tempo de cirurgia Grau de Ansiedade1 7 9 7 7,7 1h01'43'' Alto2 6 8,5 6 6,8 1h26'23'' Alto3 5 6,5 4 5,2 57'52'' Médio4 8 7,5 6 7,2 1h22'45'' Alto5 4 7,8 8 6,6 1h24'52'' Alto6 5 7,5 6 6,2 1h10'06'' Alto7 8 7,5 8 7,8 1h16'36'' Médio8 9 6 7 7,3 1h34'28'' Médio9 5 7,5 5 5,8 1h20'40'' Médio
10 5 7 7 6,3 1h04'42'' AltoMédia 6,2 7,3 6,4 6,6 1h18’ Médio
CONCLUSÃO
– Ao verificarmos a técnica cirúrgica e a ansiedade dos residentes do segundo e terceiro ano, a média das notas e do grau de ansiedade entre os grupos notamos que o grupo 1 apresentou uma média de 6,8 com alto grau de ansiedade e o grupo 2 apresentou uma média de 6,6 com médio grau de ansiedade.
0
20
40
60
80
100
Estabilidade
Resposta Pés
Agilidade
Postura
Espacial
Objetiva
Segurança
Concentração
Precisão
Impulsividade
Avaliação Comportamental do Grupo 2
Bom Regular Satisfatório
020406080
100
Estabilid
ade
Resposta Pés
Agilidade
Postura
Espacial
Objetiva
Segurança
Concentração
Precisão
Impulsividade
Avaliação Comportamental do Grupo 1
Bom Regular Satisfatório
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