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AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM UMA AMOSTRA DE PACIENTES IDOSOS DA CIDADE DE VESPASIANO, MG. INTRODUÇÃO AMARAL¹, L.N.F; MACHADO², F. P.M.; GUIDINE³, P. A.M. ¹ ² Acadêmicas de medicina da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana FASEH. ³ Professora orientadora FASEH e Pós-doutorado em Neurofisiologia e Farmacologia UFMG. . A amostra foi composta por 87 pacientes acima de 60 anos atendidos em Vespasiano, MG, entre agosto de 2015 e fevereiro de 2016, diagnosticados com HAS e tratados com anti- hipertensivos. Foram coletados dados sociodemográficos dos prontuários dos pacientes e aplicado um questionário com o Teste de Morisky-Green³ para avaliar a adesão medicamentosa. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da FASEH (n° parecer 1.068.419, 19/05/2015). Esse estudo demonstrou que a maior parte dos pacientes (52,8%) aderiu ao tratamento farmacológico proposto. Os resultados dessa pesquisa proporcionam subsídios para intervenções nos pacientes com HAS, objetivando aumentar as taxas de adesão, incentivar o controle correto do tratamento pelo médico e pelo paciente. Isso é importante, pois a boa adesão ao tratamento associa-se ao melhor controle da pressão e à prevenção de possíveis eventos adversos cardiovasculares e sistêmicos em decorrência da PA descontrolada. Foram avaliados pacientes com idade na faixa dos 60 aos 103 anos (média= 71,2 anos). Os resultados avaliados estão descritos nas tabela 1 e gráfico 1. Gráfico 1: Níveis de adesão ao tratamento anti-hipertensivo de acordo com o Teste Morisky Green. 52,8% 47,2% O estudo demonstra o grande desafio do controle da HAS no Brasil e em especial na cidade de Vepasiano-MG, principalmente na questão da adesão ao tratamento medicamentoso. Esses resultados corroboram com valores encontrados em outros estudos ⁴ ⁵ que apresentaram uma taxa de adesão de 77% e 53,9% respectivamente. Mas, em discordância com resultados de estudos⁶ ⁷ que apresentaram valores de 28% e 29,6% de adesão ao tratamento medicamentoso. Apesar de haverem limitações no estudo, os índices de adesão encontrados estão dentro dos valores citados pela World Health Organization (WHO) na qual a taxa de adesão avaliada por diversos estudos variou de 43 a 88%. Além disso, a WHO considerou a não adesão à terapia medicamentosa o principal fator reconhecido para a falta de controle da pressão arteriale isso ocorreu em quase a metade dos indivíduos estudados. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia¹, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Estudos apontaram, na população brasileira, uma prevalência de HAS superior a 75% em indivíduos acima de 70 anos¹. O tratamento consiste em abordagens farmacológicas e não farmacológicas. Nesse contexto, a adesão ao tratamento da HAS em pacientes idosos representa um grande desafio para a saúde pública e privada no Brasil. O termo adesão faz referência ao grau de cumprimento das medidas terapêuticas indicadas, medicamentosas ou não, com o objetivo de manter a pressão arterial em níveis normais². Assim, esse estudo objetivou avaliar a taxa de adesão ao tratamento farmacológico de HAS nos idosos de Vespasiano-MG. APOIO FINANCEIRO: DISCUSSÃO METODOLOGIA RESULTADOS CONCLUSÃO REFERÊNCIAS 1- SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Diretrizes brasileiras de hipertensão. Rev Bras Hipertens. v.17, n.1, p.4-62, 2010. 2-TURI, B. C., et al. Frequência de ocorrência e fatores associados à hipertensão arterial em pacientes do Sistema Único de Saúde. Rev Bras Ativ Fis e Saúde. Pelotas/RS, v.18, n.1, p.43-52, jan, 2013. 3- MORISKY D.E., GREEN L.W., LEVINE D.M.. Concurrent and predictive validity of a self-reported measure of medication adherence. Med Care. v.24, n.1,p.67-74, jan.1986. 4-DOURADO, C. S., et al. Adesão ao tratamento de idosos com hipertensão em uma unidade básica de saúde de João Pessoa, Estado da Paraíba. Acta Scientiairum Health Science. Maringá, v.33, n.1, p.9-17, 2011. 5- CINTRA F. A., et al. Adesão medicamentosa em idosos em seguimento ambulatorial. Ciência & Saúde Coletiva, v.15, n.3, p.3507-15, 2010. 6- PLASTER, Wilson. Adesão ao tratamento da hipertensão arterial por idosos usuários da unidade básica de saúde Princesa Isabel em Cacoal RO. Dissertação (Mestrado em ciências da saúde). Goiânia, GO: Convênio rede centro oeste (UnB- UFG UFMS), 2006. 7- EID L.P., et al. Adesão ao tratamento anti-hipertensivo análise pelo teste Morinsky Green. Revista eletrônica de Enfermagem. n.15, v.2, p. 362-7, abr-jun, 2013. 8- WORLD Health Organization WHO. Adherence to long-term therapies: evidence for action. Library Cataloguing-in-Publication. 2003. Tabela 1: Perfil dos participantes do estudo de acordo com: (A) condições sociodemográficas; (B) valores de pressão arterial e número de medicamentos anti-hipertensivo utilizados. , , , , ,

AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO ......Adesão ao tratamento de idosos com hipertensão em uma unidade básica de saúde de João Pessoa, Estado da Paraíba. Acta Scientiairum

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Page 1: AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO ......Adesão ao tratamento de idosos com hipertensão em uma unidade básica de saúde de João Pessoa, Estado da Paraíba. Acta Scientiairum

AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA HIPERTENSÃO

ARTERIAL EM UMA AMOSTRA DE PACIENTES IDOSOS DA CIDADE DE

VESPASIANO, MG.

INTRODUÇÃO

AMARAL¹, L.N.F; MACHADO², F. P.M.; GUIDINE³, P. A.M.

¹ ² Acadêmicas de medicina da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana – FASEH. ³ Professora orientadora FASEH e Pós-doutorado em Neurofisiologia e Farmacologia – UFMG.

.

A amostra foi composta por 87 pacientes acima de 60 anos

atendidos em Vespasiano, MG, entre agosto de 2015 e fevereiro

de 2016, diagnosticados com HAS e tratados com anti-

hipertensivos. Foram coletados dados sociodemográficos dos

prontuários dos pacientes e aplicado um questionário com o Teste

de Morisky-Green³ para avaliar a adesão medicamentosa. O

estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da FASEH (n° parecer

1.068.419, 19/05/2015).

Esse estudo demonstrou que a maior parte dos pacientes

(52,8%) aderiu ao tratamento farmacológico proposto. Os

resultados dessa pesquisa proporcionam subsídios para

intervenções nos pacientes com HAS, objetivando

aumentar as taxas de adesão, incentivar o controle correto

do tratamento pelo médico e pelo paciente. Isso é

importante, pois a boa adesão ao tratamento associa-se ao

melhor controle da pressão e à prevenção de possíveis

eventos adversos cardiovasculares e sistêmicos em

decorrência da PA descontrolada.

Título 50-60 Autor 30 Subtitulo 50 Texto 40 Referência 30 NBR 60/23

Foram avaliados pacientes com idade na faixa dos 60 aos 103 anos

(média= 71,2 anos). Os resultados avaliados estão descritos nas

tabela 1 e gráfico 1.

Gráfico 1: Níveis de adesão ao tratamento anti-hipertensivo

de acordo com o Teste Morisky Green.

52,8% 47,2%

O estudo demonstra o grande desafio do controle da HAS no

Brasil e em especial na cidade de Vepasiano-MG,

principalmente na questão da adesão ao tratamento

medicamentoso. Esses resultados corroboram com valores

encontrados em outros estudos ⁴ ⁵ que apresentaram uma

taxa de adesão de 77% e 53,9% respectivamente. Mas, em

discordância com resultados de estudos⁶ ⁷ que apresentaram

valores de 28% e 29,6% de adesão ao tratamento

medicamentoso. Apesar de haverem limitações no estudo,

os índices de adesão encontrados estão dentro dos valores

citados pela World Health Organization (WHO) na qual a

taxa de adesão avaliada por diversos estudos variou de 43 a

88%⁸. Além disso, a WHO considerou a não adesão à

terapia medicamentosa o principal fator reconhecido para a

falta de controle da pressão arterial⁸ e isso ocorreu em

quase a metade dos indivíduos estudados.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia¹, a hipertensão

arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial

caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial

(PA). Estudos apontaram, na população brasileira, uma prevalência

de HAS superior a 75% em indivíduos acima de 70 anos¹. O

tratamento consiste em abordagens farmacológicas e não

farmacológicas. Nesse contexto, a adesão ao tratamento da HAS

em pacientes idosos representa um grande desafio para a saúde

pública e privada no Brasil. O termo adesão faz referência ao grau

de cumprimento das medidas terapêuticas indicadas,

medicamentosas ou não, com o objetivo de manter a pressão

arterial em níveis normais². Assim, esse estudo objetivou avaliar a

taxa de adesão ao tratamento farmacológico de HAS nos idosos de

Vespasiano-MG.

APOIO FINANCEIRO:

DISCUSSÃO

METODOLOGIA

RESULTADOS

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

Verifica-se a necessidade de buscar estratégias

para aumentar a adesão da população estudada,

visto que os resultados obtidos são distantes do que

é necessário para o controle da PA e redução de

eventos cardiovasculares e sistêmicos adversos em

decorrência da PA descontrolada.

1- SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Diretrizes brasileiras de hipertensão. Rev

Bras Hipertens. v.17, n.1, p.4-62, 2010. 2-TURI, B. C., et al. Frequência de ocorrência e fatores

associados à hipertensão arterial em pacientes do Sistema Único de Saúde. Rev Bras Ativ Fis e

Saúde. Pelotas/RS, v.18, n.1, p.43-52, jan, 2013. 3- MORISKY D.E., GREEN L.W., LEVINE D.M..

Concurrent and predictive validity of a self-reported measure of medication adherence. Med Care.

v.24, n.1,p.67-74, jan.1986. 4-DOURADO, C. S., et al. Adesão ao tratamento de idosos com

hipertensão em uma unidade básica de saúde de João Pessoa, Estado da Paraíba. Acta

Scientiairum Health Science. Maringá, v.33, n.1, p.9-17, 2011. 5- CINTRA F. A., et al. Adesão

medicamentosa em idosos em seguimento ambulatorial. Ciência & Saúde Coletiva, v.15, n.3,

p.3507-15, 2010. 6- PLASTER, Wilson. Adesão ao tratamento da hipertensão arterial por idosos

usuários da unidade básica de saúde Princesa Isabel em Cacoal – RO. Dissertação (Mestrado

em ciências da saúde). Goiânia, GO: Convênio rede centro oeste (UnB- UFG – UFMS), 2006. 7-

EID L.P., et al. Adesão ao tratamento anti-hipertensivo análise pelo teste Morinsky Green.

Revista eletrônica de Enfermagem. n.15, v.2, p. 362-7, abr-jun, 2013. 8- WORLD Health

Organization – WHO. Adherence to long-term therapies: evidence for action. Library

Cataloguing-in-Publication. 2003.

Tabela 1: Perfil dos participantes do estudo de acordo com: (A)

condições sociodemográficas; (B) valores de pressão arterial e

número de medicamentos anti-hipertensivo utilizados.

,

,

,

,

,

Page 2: AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO ......Adesão ao tratamento de idosos com hipertensão em uma unidade básica de saúde de João Pessoa, Estado da Paraíba. Acta Scientiairum

7-DOURADO, C. S., et al.. Adesão ao tratamento de idosos com hipertensão em uma unidade

básica de saúde de João Pessoa, Estado da Paraíba. Acta Scientiairum. Health Science. Maringá,

v.33, n.1, p.9-17, 2011.

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6-MORISKY D.E., GREEN L.W., LEVINE D.M.. Concurrent and predictive validity of a self-reported

measure of medication adherence. Med Care. v.24, n.1,p.67-74, jan.1986.

8-CINTRA FA, et al.Adesão medicamentosa em idosos em seguimento ambulatorial Ciência &

Saúde Coletiva, 15(Supl. 3):3507-3515, 2010

9- EID L.P., et al.Adesão ao tratamento anti-hipertensivo análise pelo teste Morinsky Green. Revista

eletrônica de Enfermagem. n.15,v.2,p. 362-7, abr/jun, 2013.

10 -GUSMÃO, J. L. & MION, D. J.. Adesão ao tratamento – conceitos. Rev Bras Hipertens. v.13, n.1,

p. 23-5, 2006.

WORLD Health Organization – WHO. Adherence to long-term therapies: evidence for action. Library

Cataloguing-in-Publication. 2003.

Page 3: AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO ......Adesão ao tratamento de idosos com hipertensão em uma unidade básica de saúde de João Pessoa, Estado da Paraíba. Acta Scientiairum

1- SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Diretrizes brasileiras de hipertensão. Rev Bras Hipertens. V.17, n.1, p.4-62, 2010.

2-TURI, B. C., et al.. Frequência de ocorrência e fatores associados à hipertensão arterial em pacientes do Sistema Único de Saúde. Rev Bras

Ativ Fis e Saúde. Pelotas/RS, v.18, n.1, p.43-52, jan: 2013.

3-MION, D. J., et al.. Tratamento da hipertensão arterial – respostas de médicos brasileiros a um inquérito. Rev Ass Med Brasil. v.47, n.3,

p.249-54, 2001.

4-DOURADO, C. S., et al.. Adesão ao tratamento de idosos com hipertensão em uma unidade básica de saúde de João Pessoa, Estado da

Paraíba. Acta Scientiairum. Health Science. Maringá, v.33, n.1, p.9-17, 2011.

5-CINTRA FA, et al.Adesão medicamentosa em idosos em seguimento ambulatorial Ciência & Saúde Coletiva, 15(Supl. 3):3507-3515, 2010

5- PLASTER, Wilson. Adesão ao tratamento da hipertensão arterial por idosos usuários da unidade básica de saúde Princesa Isabel em

Cacoal – RO. Dissertação (Mestrado em ciências da saúde). Goiânia, GO: Convênio rede centro oeste (UnB- UFG – UFMS), 2006.

6- EID L.P., et al.Adesão ao tratamento anti-hipertensivo análise pelo teste Morinsky Green. Revista eletrônica de Enfermagem. n.15,v.2,p.

362-7, abr/jun, 2013.

7-WORLD Health Organization – WHO. Adherence to long-term therapies: evidence for action. Library Cataloguing-in-Publication. 2003.

8-

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1A)

VARIÁVEIS

TOTAL

( N= 87)

N %

Mulheres

Homens

53

34

60,9

39,1

Pardos

Brancos

Negros

37

34

16

42,5

39,1

18,4

Aposentados

Ativos

53

34

60,9

39,1

Analfabetos

Alfabetizados

1° incompleto

1° completo

2° completo

2° incompleto

10

13

22

30

11

1

11,5

14,9

25,3

34,5

12,6

1,2

Área urbana

Área rural

81

6

93,1

6,9

53 (60,9%) do sexo feminino e 34 (39,1%) do sexo masculino, com idade na faixa dos 60 aos 103 anos, com média 71,2 anos.

Em relação à cor/raça, 37 (42,5%) eram pardos, 34 (39,1%) brancos e 16 (18,4%) negros.

No item ocupação, 53 (60,9%) eram aposentados e 34 (39,1%) ativos. Quanto a escolaridade, 10 (11,5%) eram analfabetos, 13 (14,9%) alfabetizados, 22 (25,3 %) tinham 1° grau completo, 30 (34,5%) com 1° grau incompleto, 11 (12,6%) 2°grau completo e 1 (1,2%) com 2° grau incompleto.

Predominou moradores da área urbana correspondendo a 81 (93,1%) indivíduos, e na área rural foram 6 (6,9%).

1B)

VARIÁVEIS

TOTAL

( N= 87)

N %

Níveis pressóricos

41

16

19

8

3

47,1

18,4

21,8

9,2

3,5

Até 120/80 mmHg

Até 130-139/ 89 mmHg

140-159/90-99 mmHg

160-179/ 100-109 mmHg

> 180/110 mmHg

Número de medicamentos

22

40

25

25,3

46,0

28,7

Um anti-hipertensivo

Dois anti-hipertensivos

Três ou mais anti-hipertensivos

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VARIÁVEL

TOTAL

( N= 87)

N %

Níveis pressóricos

41

16

19

8

3

47,1

18,4

21,8

9,2

3,5

até 120/80 mmHg

130/85mmHg

140-159/90-90 mmHg

160-179/ 100-109 mmHg

> 180/110 mmHg.

Número de medicamentos

22

40

25

25,3

45,9

28,6

Um anti-hipertensivos

Dois anti-hipertensivos

Três ou mais anti-hipertensivos

Em relação aos níveis pressóricos, 41 (47,1%) apresentaram pressão normal entre até 120/80 mmHg, 16 (18,4%) até 130/85mmHg, 19 (21,8%) entre 140-159/90-90 mmHg, 8 (9,2%)160-179/ 100-109 mmHg e 3 (3,5%) maior que 180/110 mmHg. Foi avaliado também o número de medicamentos anti-hipertensivos prescritos: 22 (25,29%) tomavam apenas um medicamento, 40 (45,98%) tomavam dois medicamentos e 25 (28,73%) tomavam 3 ou mais medicamentos para tratar a hipertensão arterial.

Em relação aos resultados do Teste de Morinsky e Green, foi considerado aderente a obtenção do escore de 4 pontos que correspondeu a 46 (52,8 %) dos pacientes.

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87 indivíduos, sendo 53 (60,9%) do sexo feminino e 34 (39,1%) do sexo masculino, com idade na faixa dos 60 aos 103 anos, com média 71,2 anos. Em relação à cor/raça, 37 (42,5%) eram pardos, 34 (39,1%) brancos e 16 (18,4%) negros. No item ocupação, 53 (60,9%) eram aposentados e 34 (39,1%) ativos. Quanto a escolaridade, 10 (11,5%) eram analfabetos, 13 (14,9%) alfabetizados, 22 (25,3 %) tinham 1° grau completo, 30 (34,5%) com 1° grau incompleto, 11 (12,6%) 2°grau completo e 1 (1,2%) com 2° grau incompleto. Predominou moradores da área urbana correspondendo a 81 (93,1%) indivíduos, e na área rural foram 6 (6,9%). Em relação aos níveis pressóricos, 41 (47,1%) apresentaram pressão normal entre até 120/80 mmHg, 16 (18,4%) até 130/85mmHg, 19 (21,8%) entre 140-159/90-90 mmHg, 8 (9,2%)160-179/ 100-109 mmHg e 3 (3,5%) maior que 180/110 mmHg. Foi avaliado também o número de medicamentos anti-hipertensivos prescritos: 22 (25,29%) tomavam apenas um medicamento, 40 (45,98%) tomavam dois medicamentos e 25 (28,73%) tomavam 3 ou mais medicamentos para tratar a hipertensão arterial. Em relação aos resultados do Teste de Morinsky e Green, foi considerado aderente a obtenção do escore de 4 pontos que correspondeu a 46 (52,8 %) dos pacientes.

Tabela 1. Características socioeconômicasdo total de indivíduos hipertensos avaliados.

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TESTE MORINSKY GREEN

Adesão

Não adesão

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SIM NÃO

1 –Você às vezes tem problema em se lembrar de tomar sua medicação?

2- Você às vezes se descuida de tomar seu medicamento?

3- Quando está sentindo-se melhor, você às vezes para de tomar seu medicamento?

4- Às vezes, se você se sentir pior de tomar o medicamento, você pára de tomá-lo?

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PECTUS EXCAVATUM - ABORDAGEM TERAPÊUTICA BASEADA NA

ESTERNOCONDROPLASTIA DE NUSS E DE RAVITCH ATRAVÉS DE ESTUDOS DE

CASOS CLÍNICOS

AMARAL¹, L.N.F; MARTINS¹, J.P.P; SOUZA¹, D.F.; SOUZA¹, J.M.F.; HENRIQUES¹ʾ², P.R.F.

¹ Faculdade da Saúde e Ecologia Humana - FASEH

² Especialista e Professor de Cirurgia – Hospital João XXIII

INTRODUÇÃO Pectus excavatum é uma deformidade caracterizada por

depressão da parede torácica anterior nas cartilagens costais

e esterno. Ocorre em 1:1000 da população,

predominantemente nos homens, acentuando-se na

adolescência¹. Os objetivos são apresentar as duas técnicas

cirúrgicas existentes e seus resultados, através de dois casos

clínicos; discutir os critérios de indicação para cada técnica e

o impacto na qualidade de vida dos pacientes.

METODOLOGIA Descrição literária das técnicas por meio de texto e imagens.

Foram selecionados artigos disponíveis nas bibliotecas

virtuais PUBMED e SCIELO, utilizados livros textos e atlas de

anatomia.

TÉCNICA DE RAVITCH: utiliza incisão infra-mamária bilateral

na pele. Disseca os planos musculares, resseca as

cartilagens costais geradoras da deformidade, secciona o

esterno na junção com o manúbrio e molda o arcabouço com

músculos adjacentes e outros recursos de estabilização².

TÉCNICA DE NUSS: utiliza incisões laterais nas linhas

axilares medianas (6º espaço intercostal).Com auxilio de

videotoracoscopia, introduz-se barra metálica, com formato

ajustado, no ponto de maior depressão do esterno. Assim,

molda-se a arcada costal e esterno durante 3 anos, quando

então, retira-se as barras³.

CASO CLÍNICO

LG, masculino, 16 anos de idade, assintomático, sem co-

morbidades. Apresenta Pectus excavatum simétrico com

índice de Haller44,5. Exames complementares realizados: RX

e TC de tórax, hematológicos básicos, avaliação

cardiorrespiratória.

TÉCNICA: Anestesia geral, intubação oro-traqueal seletiva

com tubo de duplo-lúmen, acesso por videotoracoscopia

direita, utilização de duas barras metálicas e dois

estabilizadores.

RESULTADO PÓS-OPERATÓRIO: Alta hospitalar após 10

dias, sem complicações, com baixo nível de dor torácica,

retorno às atividades escolares habituais. Após 1 ano, sem

deformidade e com simetria.

RESULTADOS Observa-se melhora estética que reflete no comportamento

social, maior disposição para atividades esportivas e

correção postural nos pacientes submetidos ao tratamento

cirúrgico.

CONCLUSÃO Apesar dos riscos relativos às cirurgias de grande porte, a

correção cirúrgica do Pectus excavatum oferece benefícios

significativos aos pacientes, sobretudo na qualidade de vida

destes.

REFERÊNCIAS 1-CROITORU, D. P. The minimally invasive Nuss technique for recurrent or

failed pectus excavatum repair in 50 patients. Journal of Pediatric Surgery.

V.40, p. 181-187, 2005

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Ravitch Pectus Excavatum Repair. Journal of Pediatric Surgery. V.37, p.413-

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http://www.mipectus.com.ar/Excavatum/Images/ravitch.gif Acesso em

14/10/2015.

Pré-operatório

TC Pré-operatório

Transoperatório

Resultado Final Raio-x

Pós - operatório

http://www.mipectus.com.ar Pós-operatório