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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE MATERIAIS: ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE EDIFICAÇÃO NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA-BA. FEIRA DE SANTANA 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO

AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE MATERIAIS: ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE

EDIFICAÇÃO NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA-BA.

FEIRA DE SANTANA 2010

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HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO

AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE MATERIAIS: ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE

EDIFICAÇÃO NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA-BA.

FEIRA DE SANTANA 2010

Monografia apresentada ao Departamento de Tecnologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, sob coordenação da Profª. MSc. Eufrosina de Azevedo Cerqueira. Orientador: Prof. MSc. Cristóvão César Carneiro Cordeiro

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HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO

AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE MATERIAIS: ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE

EDIFICAÇÃO NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA-BA.

Monografia apresentada ao Departamento de Tecnologia da Universidade Estadual

de Feira de Santana, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel

em Engenharia Civil

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Profª. MSc. Eufrosina de Azevedo Cerqueira

Coordenadora das disciplinas Projeto final I e II/ UEFS

_______________________________________

Prof. MSc. Cristóvão César Carneiro Cordeiro (Orientador-UEFS)

Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal Fluminense UFF

________________________________________

Prof. MSc. Eduardo Antônio Lima Costa (Membro convidado-UEFS)

Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS

________________________________________

Prof. Esp. Carlos Antônio Alves de Queirós (Membro convidado-UEFS)

Especialista em Gerenciamento da Construção pela Universidade Estadual de Feira

de Santana UEFS

Feira de Santana, 21 de janeiro de 2010.

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Ao meu afilhado João Em Memória.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus pela proteção em toda a minha jornada.

À minha família (meus pais, Miguel e Iracema, minhas irmãs, Bárbara e Malu

a minha avó Araci e ao meu avô Eudes) por suas empolgações e por sempre

acreditarem em mim, me apoiando nos momentos mais difíceis.

Ao meu orientador, Professor Mestre Cristóvão César Carneiro Cordeiro, pela

dedicação no desenvolvimento deste trabalho.

À minha namorada, Caroline, pela paciência, dedicação e cuidados, e pelo

total apoio, principalmente na reta final deste trabalho.

A todos os amigos que se fizeram presente no decorrer de minha vida

acadêmica, em especial a família da casa 50 e os Sutras.

À empresa que gentilmente colocou seu canteiro de obras a disposição deste

trabalho.

E aos amigos de infância Francisco Xavier, David Lima e Yuri Sollua pela

impaciência demonstrada nestes últimos meses.

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RESUMO

Devido à alta competitividade do mercado, um fator que venha a interferir na qualidade e no custo final do empreendimento, tem suma importância. Sabe-se que grande parcela das perdas são previsíveis e evitáveis. Esta pesquisa consiste em uma análise sobre desperdícios de materiais na construção civil, mais especificamente em uma obra de edificação na cidade de Feira de Santana-Ba. Inicialmente é apresentada uma revisão bibliográfica, onde são classificados os diferentes tipos de perdas de materiais e as possíveis origens de perdas detectadas em estudos anteriores. O objetivo principal deste trabalho consiste em determinar os índices de perdas na obra em estudo. O levantamento de dados ocorreu em uma única obra e num intervalo de tempo de aproximadamente sete meses. Os índices de perdas foram determinados através da razão entre a quantidade teoricamente necessária, calculada em projeto, e a quantidade realmente utilizada, verificada em campo. A pesquisa realizada demonstrou a variação dos índices de perdas para os diferentes tipos de insumos estudados no canteiro da obra. Os índices encontrados nesta pesquisa ficaram abaixo que os previstos na literatura. Este estudo demonstrou, também, que existem oportunidades de redução das perdas de materiais através de melhorias no manuseio e estocagem de materiais e, principalmente, através de aplicação de métodos que possibilitem a identificação e o controle das perdas durante o processo construtivo, porém nesta pesquisa ficou evidenciado que alguns desperdícios são inevitáveis devido a atualizações de projetos e mudanças de especificações no decorrer do processo executivo. Por fim, é apresentado um conjunto de diretrizes para a implementação de um sistema de controle de perdas de materiais, visando a redução das mesmas a patamares aceitáveis, bem como uma entrevista com o engenheiro residente avaliando o “feedback” do estudo tanto para obra quanto para a empresa estudada. Palavras-Chave: Desperdício, perdas de materiais de construção, indicadores globais.

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ABSTRACT

Due to the highly competitive market, a factor that may interfere with the quality and the final cost of the project, a critical component. It is known that a large portion of the losses are predictable and preventable. This research is an analysis of waste materials in construction, more specifically in a work of building the city of Feira de Santana-Ba. The article begins by reviewing the literature, which are classified in different types of losses of materials and the possible sources of losses detected in previous studies. The objective of this study is to determine the rates of loss in our study. Data collection occurred in a single work and a time interval of about seven months. The loss ratios were determined by the ratio of the amount theoretically necessary, calculated on the project, and the amount actually used, observed in the field. The survey showed the variation in losses for different types of inputs studied in the bed of the work. The rates found in this study were below those provided in the literature. This study also showed that there are opportunities for reducing losses of materials through improvements in handling and storage of materials and mainly through the application of methods that allow the identification and control of losses during the construction process, but this research was shown that some waste is inevitable due to project updates and changes in specifications during the enforcement process. Finally, it presents a set of guidelines for the implementation of a system for loss control materials, aimed at reducing them to acceptable levels, as well as an interview with the resident engineer evaluating the feedback from the study for both work and for the company studied. Keywords: Waste, loss of building materials, indicators global.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Diferentes fases de um empreendimento e as perdas de materiais ......... 18

Figura 2 - Etapas do processo da Construção Civil que originam desperdício ......... 27

Figura 3 - Etapas do processo de produção em canteiros de obra .......................... 29

Figura 4 - As perdas segundo seu momento de incidência e sua origem................. 33

Figura 5 - Piso cerâmico 41x41cm - Assentamento com juntas diagonais. Piso

cerâmico 31x31cm utilizado como acabamento em tabeiras (encontro da parede

com o piso) ................................................................................................................ 52

Figura 6 - Vista da laje nivelada com mestras de madeira, provável causador de

variação de espessura ............................................................................................... 55

Figura 7 - Acabamento da superfície da laje com régua de alumínio ....................... 56

Figura 8 - Concreto usinado lançado através de bomba-lança (não havendo

qualquer conferência do volume recebido) ................................................................ 58

Figura 9 - Aplicação de contrapiso em argamassa de cimento usinada (acabamento

e nivelamento executados com régua de alumínio) .................................................. 59

Figura 10 - Empilhamento de bloco cerâmico acima de 1,50m, e estocado em local

provisório ................................................................................................................... 66

Figura 11 - Corte de bloco cerâmico realizado com ferramenta não apropriada ...... 67

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tipos de perdas segundo sua natureza, origem e incidência .................. 34

Tabela 2 - Comparação dos índices de perdas em diferentes estudos .................... 50

Tabela 3 - Avaliação de placas cerâmicas 41 x 41cm, em piso ................................ 51

Tabela 4 - Avaliação de placas cerâmicas 31 x 31cm, em piso ................................ 53

Tabela 5 - Avaliação de placas cerâmicas 31 x 31cm, em parede interna ................ 54

Tabela 6 - Avaliação do concreto usinado ................................................................ 57

Tabela 7 - Avaliação do contrapiso usinado .............................................................. 60

Tabela 8 - Avaliação do bloco de 9x19x24cm ........................................................... 62

Tabela 9 - Avaliação do bloco de 11,5x19x24cm ..................................................... 63

Tabela 10 - Avaliação do bloco de 14x19x24cm ....................................................... 65

Tabela 11 - Causadores e inibidores de perdas do concreto usinado ...................... 68

Tabela 12 - Causadores e inibidores de perdas do bloco cerâmico .......................... 69

Tabela 13 - Causadores e inibidores de perdas do contrapiso usinado .............. 70

Tabela 14 - Causadores e inibidores de perdas das placas cerâmicas .............. 71

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12

1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 13

1.2 OBJETIVOS ................................................................................................. 15

1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................. 15

1.2.2 Objetivos Específicos....................................................................... 15

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................... 16

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 17

2.1 DESPERDÍCIO E PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................... 17

2.2 ORIGEM DAS PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL .................................... 26

2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ...................... 30

2.4 INDICADORES DE PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................ 35

3 MÉTODOS DA PESQUISA ............................................................................... 40

3.1 TIPO DE ESTUDO ...................................................................................... 40

3.2 ETAPAS DA PESQUISA ............................................................................. 42

3.3 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO .......................................................................... 46

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 49

4.1 PLACA CERÂMICA ..................................................................................... 50

4.2 CONCRETO USINADO ............................................................................... 55

4.3 CONTRAPISO USINADO ............................................................................ 59

4.4 BLOCO CERÂMICO .................................................................................... 61

4.5 LEVANTAMENTO DE CAUSAS E PROPOSIÇÃO DE DIETRIZES ............ 67

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 74

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REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 77

ANEXO A - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO BLOCO

CERÂMICO ............................................................................................................... 80

ANEXO B - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO

REVESTIMENTO CERÂMICO (PAREDE E PISO)....................................................89

ANEXO C - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE CONCRETO

USINADO, VIGAS E LAJES.....................................................................................101

ANEXO D - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO

CONTRAPISO..........................................................................................................118

ANEXO E – CROQUIS 01 E 02, PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO E

SUPERIOR ..............................................................................................................128

ANEXO F – ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DO ESTUDO DE

CASO.......................................................................................................................130

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1 INTRODUÇÃO

A engenharia civil é um ramo de grande amplitude dentro das engenharias,

desenvolvendo diversas atividades em benefício da civilização. Talvez por este

aspecto exerça significativa influência na organização da sociedade (COLOMBO;

BAZZO, 1999).

Estima-se que o setor da Construção Civil seja responsável por

aproximadamente 40% dos resíduos gerados em toda economia, por 75% de todo o

resíduo sólido, por consumir 2/3 da madeira natural extraída e, por 20% a 50% do

consumo dos recursos naturais totais extraídos no planeta (PIOVEZAN JÚNIOR;

SILVA, 2007).

De acordo com Zordan (1997), o grande consumo de matérias-primas está

diretamente ligado ao grande desperdício de material que ocorre nos

empreendimentos, a vida útil das estruturas construídas e devido às obras de

reparos e adaptações das edificações existentes.

Segundo Meseguer (1991), o desperdício advém, ou se origina, de todas as

etapas do processo de construção civil, que são: planejamento, projeto, fabricação

de materiais e componentes, execução e uso e manutenção.

A preocupação quanto ao uso excessivo de materiais e componentes em

obras de construção de edifícios, há muito tempo, faz parte de debates quanto a

este segmento industrial. O real conhecimento da situação vigente e uma proposta

de caminhos para melhorar o desempenho do setor quanto ao eventual desperdício

existente tornam-se indispensáveis no contexto atual de acirramento da competição

entre as empresas e de crescentes exigências por parte dos consumidores de obras

de edifícios (AGOPYAN et al, 2003).

Kuster (2007) afirma que o setor da construção civil deve pensar na

diminuição do impacto ambiental causado pelos resíduos, através da adoção da

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reciclagem ou reuso dos resíduos gerados. Mas com a enorme quantidade de

resíduos gerados atualmente, o autor afirma que precisa-se ter mais alternativas.

A redução da geração de resíduos não ocorre mais através da solução de um

problema localizado que proporciona, se solucionado, grandes economias. Assim,

existe a necessidade de atuar de forma global no empreendimento, desde seu

projeto até sua execução final, passando pelos fornecedores e serviços terceirizados

contratados. Preocupações simples na fase de projeto, como modulação de

alvenaria e acabamentos, reaproveitamento de fôrmas e caminhamento de sistemas

prediais podem reduzir bastante a geração de resíduos.

A redução da quantidade de resíduos gerados tem como principais objetivos a

redução de custo do material, já que com essa diminuição necessariamente, diminui-

se a quantidade de material utilizado para executar a mesma tarefa. Quanto menos

resíduo for gerado, menos trabalho será necessário para gerenciar e tratar o

mesmo, o que leva ao critério relacionado ao ganho ambiental, pois diminui a

quantidade de resíduos a serem depositados no meio ambiente.

Este trabalho tem como intuito discorrer acerca do elevado desperdício que

ocorre no ramo da construção civil, na cidade de Feira de Santana, demonstrando a

importância da diminuição dos níveis de perda de recursos em canteiro.

O trabalho a ser realizado abordará uma análise da situação existente na

construção de um templo religioso, avaliando para este empreendimento os seus

respectivos níveis de desperdício e dificuldades existentes para controlá-los.

1.1 JUSTIFICATIVA

O debate quanto à detecção de caminhos para minimizar o consumo de recursos

físicos de nosso planeta tem sido uma constante nos meios de comunicação. É

assim que ações visando o reaproveitamento do lixo urbano, políticas para um

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aproveitamento mais racional da água, campanhas para a redução do consumo de

eletricidade, entre outras, têm sido cada vez mais valorizadas.

No que diz respeito à construção civil, tecnologias para o reaproveitamento dos

resíduos gerados também têm sido discutidas. Há, no entanto, um caminho anterior

a ser abordado, qual seja: o da redução do desperdício de materiais/componentes

inerente ao próprio processo construtivo (SOUZA, 1994).

Devido à alta competitividade do mercado, uma avaliação sobre um fator que

venha a interferir sobre custos e prazos do empreendimento tem suma importância

para o ramo da construção civil. A identificação das causas reais de desperdício de

insumos, constitui-se num dos pontos essenciais para a melhoria da qualidade e

produtividade.

Grande parcela das perdas são previsíveis e podem ser evitadas através de

medidas de prevenção, por isso é importante que o setor da construção civil

mobilize-se no sentido de reduzir as perdas existentes, através da introdução de

novos métodos e filosofias de gestão (AGOPYAN et. al, 1998)

Dessa forma, o trabalho tem sua importância pelo fato de que irá promover uma

visão geral dos índices de desperdício para este tipo de empreendimento,

observando as principais causas das perdas, propor um conjunto de diretrizes que

venham a obter uma melhor racionalização de insumos.

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1.2 OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o estado atual dos índices de desperdícios de materiais em canteiros

de obras de edificações de uso público em Feira de Santana, Bahia.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

� Determinar os índices de perda dos materiais analisados na obra em estudo:

bloco cerâmico, concreto usinado, placas cerâmicas e contrapiso usinado;

� Identificar e analisar criticamente as possíveis causas e formas de

desperdício, comparando com as sugestões previstas na literatura técnica;

� Apresentar um conjunto de diretrizes para um melhor aproveitamento dos

recursos, prevenindo a ocorrência de desperdícios.

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1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está estruturado em cinco capítulos. O primeiro capítulo apresenta

uma breve introdução acerca do tema do trabalho, apresenta sua justificativa e seus

objetivos.

O segundo capítulo, intitulado de referencial teórico, apresenta uma revisão da

literatura acerca do tema, onde, serão abordados os seguintes tópicos: desperdício

e perdas na construção civil; origem das perdas na construção civil; classificação

das perdas na construção civil e indicadores de perdas na construção civil.

O terceiro capítulo apresenta os métodos de pesquisa utilizados neste trabalho,

dividida em oito etapas as quais serão descritas detalhadamente.

O quarto capítulo expõe os resultados da pesquisa de campo e a discussão

desses resultados e observações apresentando prováveis causas e um conjunto de

diretrizes que visem inibi-las.

E por fim, o quinto capítulo apresenta as considerações finais e sugestões para

estudos futuros.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 DESPERDÍCIO E PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Sabe-se que a Construção Civil destaca-se por ser um dos setores onde o

desperdício é maior. Chega-se a afirmar que com a quantidade de materiais e mão-

de-obra desperdiçados em três obras, é possível a construção de outra idêntica, ou

seja, o desperdício atingiria um índice de 33% (GROHMANN, 1998). Apesar dos

progressos oriundos dos investimentos feitos nos últimos anos, o setor da

Construção Civil ainda possui índices de desperdícios consideráveis.

Pinto (1995) identifica que os acréscimos nos custos da construção, advindos

do desperdício, são de 6% e os acréscimos na massa de materiais atingem os 20%.

O mesmo autor afirma que: na Bélgica, o acréscimo nos custos advindos do

desperdício é de 17%; na França de 12%; e, no Brasil, de cerca de 30%.

Vargas et al (1997) apresenta outros dados alarmantes: o tempo de perda da

mão-de-obra dos serventes pode atingir 50% do tempo total, 100% da argamassa é

perdida; e, 30% dos tijolos e elementos de vedação se transformam em entulho.

Estes dados demonstram e reforçam a gravidade do problema em questão.

Agopyan et. al (1998) ao contrário dos demais autores, constata em sua

pesquisa que não existe um único valor que represente um índice de desperdício

para diferentes materiais e serviços, pois para cada material e serviço existe uma

faixa de índice de perda associado.

A preocupação quanto ao uso excessivo de materiais e componentes em

obras de construção, há muito tempo, faz parte de debates quanto a este segmento

industrial. O real conhecimento da situação vigente e uma proposta de caminhos

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para melhorar o desempenho do setor quanto ao eventual desperdício existente

tornam-se indispensáveis no contexto atual de acirramento da competição entre as

empresas e de crescentes exigências por parte dos consumidores de obras

(AGOPYAN et al. 2003).

Apesar disso, as perdas de material são destaque quando se trata de

desperdício na construção civil, por ser a parcela visível e também porque o

consumo desnecessário de material resulta numa alta produção de resíduos, causa

transtornos nas cidades, reduz a disponibilidade futura de materiais e energia e

provoca uma demanda desnecessária no sistema de transporte (COLOMBO;

BAZZO, 1999).

Souza et al (1994) afirma é importante perceber que o consumo excessivo de

materiais pode ocorrer em diferentes fases do empreendimento, de acordo com o

autor existe a possibilidade de ocorrências de perdas em todas as fases numa obra

em execução. A Figura 1 ilustra as diferentes fases citadas pelo autor, as perdas

verificadas e as classifica de acordo com sua natureza.

Figura 1 – Diferentes fases de um empreendimento e as perdas de materiais.

Fonte: Adaptado de Souza et al (1994).

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A falta de uniformização de nomenclatura e, principalmente, de uma

metodologia consistente e disseminada, aliadas à escassez de dados confiáveis,

têm gerado uma série de controvérsias relativas à quantificação e, especialmente,

quanto à proposição de alternativas para se combater eventuais desperdícios

existentes (SOUZA, 1997). O autor considera que o primeiro passo para romper tais

barreiras é identificar de onde é gerado tal desperdício e quais fatores influenciam

na produtividade do setor.

O conceito de perdas na construção civil é, com freqüência, associado

unicamente aos desperdícios de materiais. No entanto, as perdas estendem-se além

deste conceito e devem ser entendidas como qualquer ineficiência que se reflita no

uso de equipamentos, materiais, mão de obra e capital em quantidades superiores

àquelas necessárias à produção da edificação. Neste caso, as perdas englobam

tanto a ocorrência de desperdícios de materiais quanto a execução de tarefas

desnecessárias que geram custos adicionais e não agregam valor. Tais perdas são

conseqüência de um processo de baixa qualidade, que traz como resultado não só

uma elevação de custos, mas também um produto final de qualidade deficiente

(FORMOSO et al, 1996).

Com efeito, desperdício não pode ser visto apenas como o material refugado

no canteiro (rejeitos), mas sim como toda e qualquer perda durante o processo.

Portanto, qualquer utilização de recursos além do necessário à produção de

determinado produto é caracterizada como perda classificadas conforme: seu

controle, sua natureza e sua origem (COLOMBO; BAZZO, 1999).

Para Vargas et al (1997), perda é todo e qualquer recurso que se gasta na

execução de um produto ou serviço além do estritamente necessário (mão de obra,

matéria-prima, materiais, tempo, dinheiro, energia, etc.). É um dispêndio extra

acrescentado aos custos normais do produto. No caso da construção civil, o

conceito de perdas envolve não só o desperdício de materiais, mas também

qualquer ineficiência no uso de equipamentos, materiais e mão-de-obra.

Neste sentido, a construção enxuta apresenta uma nova visão das perdas. A

produção enxuta é considerada uma combinação de práticas de produção contidas

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em diversas filosofias, ferramentas e técnicas, que quando orientadas segundo os

fundamentos da definição de valor de um produto e da determinação da cadeia de

valor, do fluxo dos recursos produtivos, da produção puxada e da melhoria contínua,

dentre outros aspectos, produzem resultados majorados, devido à sinergia obtida

através da interação destes fatores (MACHADO; HEINECK, 1991).

Produção Enxuta, Mentalidade Enxuta e Sistema Toyota de Produção são de

certa forma, termos associados, às vezes complementares e, em geral, dificilmente

diferenciados na literatura e no uso corrente. A Produção Enxuta tem como base os

conceitos, princípios e técnicas do Sistema Toyota de Produção. Quando se fala em

Sistema Toyota de Produção associa-se Produção Enxuta e vice-versa. A forma de

raciocínio em ambos os casos, ou seja, o conjunto de princípios, conceitos e

técnicas formadoras dessa maneira particular de pensar, sobre administração da

produção, é referido como Mentalidade Enxuta (SARCINELLI, 2008).

Womack et al (1990) definem essa filosofia de produção como sendo um sistema

produtivo integrado, com enfoque no fluxo de produção, produção em pequenos

lotes segundo a filosofia just-in-time e um nível reduzido de estoques; um sistema

que envolve ações de prevenção de defeitos em vez da correção; que trabalha com

produção puxada em vez da produção empurrada baseada em previsões de

demanda; que é flexível, sendo organizada através de times de trabalho formados

por mão-de-obra polivalente; uma filosofia que pratica um envolvimento ativo na

solução das causas de problemas com vistas à maximização da agregação de valor

ao produto final e que trabalha com um relacionamento de parceria intensivo desde

o primeiro fornecedor até o cliente final.

Koskela (1992) afirma que esta nova filosofia de produção trata-se de uma

síntese e da generalização de diferentes modelos de administração, oriundos de

diversas propostas sustentadas fundamentalmente pelos movimentos do just-in-time

e da qualidade. Para Koskela, este novo modelo de produção pode ser definido da

seguinte forma: A produção é um fluxo de materiais e/ou informações desde a

matéria -prima até o produto acabado. Nesse fluxo o material pode estar sendo

processado, inspecionado ou movimentado, ou ainda estar esperando - pelo

processamento, inspeção ou movimentação.

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Tais atividades às quais o material pode ser submetido são inerentemente

diferentes. O processamento representa o aspecto de conversão do sistema de

produção; a inspeção, a movimentação e a espera representam os aspectos de fluxo

da produção. Os processos referentes a fluxos podem ser caracterizados por tempo,

custo e valor. Valor refere-se ao atendimento das necessidades dos clientes. Em

grande parte dos casos, somente as atividades de processamento proporcionam a

agregação de valor ao produto (KOSKELA, 1992).

Existem cinco princípios necessários para orientar a configuração de um sistema

enxuto de produção:

1. A definição detalhada do significado de valor de um produto a partir da

perspectiva do cliente final, em termos das especificações que este deveria

ter, considerando aspectos relacionados às suas capabilidades, ao seu preço

e ao tempo de produção;

2. A identificação da cadeia de valor para cada produto ou família de produtos e

a eliminação das perdas;

3. A geração de um fluxo de valor com base na cadeia de valor obtida;

4. A configuração do sistema produtivo de forma que o acionamento da cadeia

de valor seja iniciado a partir do pedido do cliente ou; em outras palavras, a

utilização de uma programação puxada;

5. A busca incessante da melhoria da cadeia de valor através de um processo

contínuo de redução de perdas.

Na Construção Enxuta a idéia central é perceber que os custos totais de

qualquer produto levam consigo uma parte que é o custo que não agregam valor

algum na percepção do cliente. O desafio da construção enxuta é eliminar tudo que

não agrega valor, reduzindo assim os custos e gerando maior lucro. Encontramos na

construção civil muitas atividades entendidas como não geradoras de valor. Tais

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perdas estão escondidas em movimentos e transportes desnecessários, retrabalhos,

entre outros (SARCINELLI, 2008).

Sua origem ocorre desde os projetos mal concebidos, desenvolvimento do

planejamento executivo coordenado através de princípios obsoletos, predominância

da individualidade de ações no canteiro, sendo essa manifestada por grupos ou

pessoas, não havendo a idéia de conjunto. A noção pela gerência é que obtendo

ganhos individuais, estarão somando um ganho maior do todo. De acordo com

Koskela (1992) a construção deve considerar fundamentalmente os requerimentos

esperados pelos consumidores dos produtos. Dessa forma a produção deve evitar a

variabilidade, a inconstância em seus processos, de forma e evitar perdas. Os

processos deverão ser simples e, esta simplificação deve ser buscada através de

menor quantidade de componentes dos produtos e pela redução de etapas dos

fluxos de materiais e informações (SARCINELLI, 2008).

Sabendo que tudo deve ser feito sem prejudicar a produção. Como mudanças

geram desconforto para a maioria das pessoas, com relação aos conceitos de

produção não é diferente. Passar do sistema tradicional para uma nova versão

conceitual sobre como fazer, controlar e mudar a crença sobre o que é realmente

importante, mudar paradigmas, é realmente um desafio. De maneira geral, pode-se

dizer que os problemas enfrentados, tanto na manufatura quanto na construção, são

os mesmos. A falta da visão sistêmica e os altos índices de desperdícios resultam

nos altos custos, na baixa qualidade e nos atrasos na entrega dos produtos.

No campo teórico, a Construção Enxuta tem evoluído significativamente ao longo

dos anos, com estudos que contemplam diferentes enfoques, que vão desde

aspectos técnicos, que incluem o desenvolvimento de métodos de controle da

produção ao longo de todos os empreendimentos (BALLARD; HOWELL, 1997), até

aspectos político-sociais, como a identificação de barreiras para a introdução da

Construção Enxuta (HIROTA; FORMOSO, 2000) e a identificação de aspectos

promotores da Construção Enxuta (ALARCON; SEGUEL, 2002). Já no campo

prático, a difusão da Construção Enxuta ainda é limitada. Como são poucas as

construtoras envolvidas no processo de implementação, os esforços estão voltados,

em grande parte, para o desenvolvimento de ferramentas de controle de produção.

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Assim, para os teóricos da Construção Enxuta, as perdas estão relacionadas

às atividades que tomam tempo, recursos e espaço, mas não agregam valor. Esse

autor argumenta, porém, que os esforços direcionados para evitar as perdas devem

ser realizados com certa cautela, pois algumas atividades tais como planejamento,

contabilidade e prevenção de acidentes, não agregam valor, porém produzem valor

para os clientes internos (KOSKELA, 1992).

Mesmo os teóricos do Sistema Toyota de Produção, como Ohno (1997) e

Shingo (1996) citado por Sacomano et al (2004), argumentam que o movimento dos

trabalhadores pode ser dividido em duas dimensões: a do trabalho e a das perdas.

As perdas constituem-se dos movimentos realizados nas atividades desnecessárias.

Já o trabalho pode ser subdividido em trabalho que agrega valor e trabalho que não

agrega valor. O primeiro consiste em algum tipo de processamento, ou seja, mudar

a forma da matéria-prima visando à obtenção dos produtos.

Outro autor ligado à construção enxuta, Alarcón (1997), de uma forma geral,

associa as perdas a todas as atividades que produzem custos diretos ou indiretos,

sem adicionar valor ou ajudar no avanço de um empreendimento. Esse autor

também menciona um outro tipo de perda, relacionado com a eficiência dos

processos e utilização dos equipamentos e pessoal, que é mais difícil de definir e

medir, pois requer o conhecimento da eficiência máxima que pode ser atingida, e

isto nem sempre é possível.

Já para os autores ligados ao aspecto contábil, como Martins (1996), as

perdas não são um sacrifício financeiro realizado com intenção de obter receitas,

apresentando, portanto, uma característica de anormalidade e involuntariedade. O

mesmo autor afirma que o gasto com mão-de-obra durante um período de greve, por

exemplo, consiste numa perda e não num custo de produção.

A indústria da construção civil, de acordo com Sarcinelli (2008) é um setor

conhecido como sendo atrasado em relação aos processos produtivos e técnicas de

gestão que usa, e por ser grande gerador de desperdícios, precisou adaptar-se para

assimilar e difundir as premissas da produção enxuta, mesmo considerando as

características peculiares que possui, tais como:

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� Característica nômade - a estrutura de produção produz e logo após é

transferida para outro local;

� É um setor muito resistente a mudanças, conservando métodos e processos

antigos;

� Na maior parte produtos únicos, devido a grande dificuldade para a produção

em cadeia, pois a estrutura produtiva movimenta-se em torno do produto;

� A mão de obra usada no setor não encontra motivação para produzir com alta

qualidade e produtividade;

� Elevados números de insumos, materiais e componentes;

� Alto grau de rotatividade da mão de obra;

� Dificuldade de padronização de procedimentos e existência de grande

tolerância quanto à precisão de orçamento, dados de projetos, planejamento,

tornando o sistema flexível demais.

� O cliente deste setor geralmente adquire um único produto ao longo de sua

vida;

� Responsabilidade dispersa e pouco definida;

Meseguer (1991) define os principais intervenientes do processo construtivo em

uma obra, ressaltando que esses intervenientes participam de muitos setores com

diferentes funções, gerando grande número de interfaces, definidas pelo autor como

zonas de vulnerabilidade para a qualidade. Tais intervenientes são: o promotor da

obra, o projetista, os fabricantes de materiais, o construtor, o empreiteiro, a empresa

de gerenciamento, o proprietário, os laboratórios, as organizações de controle, a

segurança na construção, a forma de contratação, a formação dos profissionais, e

outros.

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A atividade produtiva da construção de empreendimentos possui uma série de

peculiaridades que, combinadas ao paradigma de produção tradicionalmente

utilizado pelas empresas do subsetor, apresentam uma série de ineficiências. Como

resultado dessas ineficiências, a construção de empreendimentos ficou muito

conhecida devido aos altos índices de desperdícios, resultando em altos custos,

baixa qualidade dos produtos e baixa capacidade de inovação.

Por fim, cabe ressaltar ainda a necessidade de buscar formas de minimizar e

gerenciar os resíduos gerados na construção. Kuster (2007) afirma que o setor da

construção civil deve pensar na diminuição do impacto ambiental causado pelos

resíduos, através da adoção da reciclagem ou reuso dos resíduos gerados. Mas

com a enorme quantidade de resíduos gerados atualmente, o autor afirma que há a

necessidade de outras alternativas, tais como:

� Redução de resíduos gerados, reduzindo tanto a massa a ser tratada como o

consumo de materiais;

� Do resíduo gerado anteriormente, reduzir a quantidade encaminhada para

deposição final, reduzindo assim o impacto ao meio ambiente. Isso é feito

através da limpeza e conseqüente segregação do resíduo para reciclagem,

cuja avaliação será feita pela porcentagem do volume de resíduos enviado

para reciclagem em relação ao volume total de resíduo;

� Rastreabilidade, através de documentação, para que o envio de todo o

resíduo para reciclagem ou deposição final foi feito cumprindo a legislação;

� Redução do custo de tratamento do resíduo como um todo, mostrando a sua

viabilidade financeira.

A redução da geração de resíduos não ocorre mais através da solução de um

problema localizado que proporciona, se solucionado, grandes economias. Assim,

existe a necessidade de atuar de forma global no empreendimento, desde seu

projeto até sua execução final, passando pelos fornecedores e serviços terceirizados

contratados. Preocupações simples na fase de projeto, como modulação de

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alvenaria e acabamentos, reaproveitamento de fôrmas e caminhamento de sistemas

prediais podem reduzir bastante a geração de resíduos.

Da mesma forma, através da conscientização dos fornecedores e equipes de

trabalho, aliada a novos métodos construtivos, existe a possibilidade de reduzir

ainda mais a geração de resíduos inerente à atividade. A redução da quantidade de

resíduos gerado assume três principais objetivos. Inicialmente, é a redução de custo

do material, já que com essa diminuição, necessariamente diminui-se a quantidade

de material utilizado para executar a mesma tarefa. Quanto menos resíduo for

gerado, menos trabalho será necessário para gerenciar e tratar o mesmo, o que leva

ao critério relacionado ao ganho ambiental, pois diminui a quantidade de resíduos a

serem depositados no meio ambiente.

2.2 ORIGEM DAS PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

As perdas são o resultado de um processo de má qualidade, que tem como

conseqüência tanto a elevação do custo da construção quanto a redução da

qualidade do produto final (FORMOSO et al, 2007). O processo de produção na

construção que apresenta má qualidade e organização precária tem seu início na

base técnica insuficiente, que se reflete nos desencontros das equipes de trabalho e

no desperdício de materiais (SOIBELMAN, 1993). No processo tradicional de

produção da construção civil, cada etapa da obra interfere em outras subseqüentes.

Qualquer ineficiência que eleve o valor da obra por falta de cronograma, mal uso

de equipamentos e materiais ou mão de obra ruim, também são considerados como

desperdício. Ou seja, alem da perda de materiais, a falta de planejamento e a

execução de tarefas de qualquer maneira também geram custos adicionais

(KÜSTER, 2007). Segundo Meseguer (1991), o desperdício advém, ou se origina, de

todas as etapas do processo de construção civil, que são: planejamento, projeto,

fabricação de materiais e componentes, execução e uso e manutenção. A Figura 2

demonstra as etapas do processo de construção civil e seus respectivos

responsáveis:

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Figura 2 - Etapas do Processo da Construção Civil que originam desperdício.

Fonte: GROHMANN, 1998.

Na execução das obras da Construção Civil, os fatores que influenciam a

produtividade e que, conseqüentemente, acarretam desperdícios, foram

identificados como:

a) Deficiências de projeto e planejamento que dificultam a construtibilidade da

obra e que, normalmente, são causados pela falta de detalhamento no

projeto;

b) Ineficiência da gestão administrativa que enfatiza a correção dos problemas

ao invés da prevenção dos mesmos. Isto ocorre devido ao pouco

envolvimento dos administradores com o processo produtivo;

c) Métodos ultrapassados e/ou inadequados de trabalho que não observam as

experiências advindas de projetos anteriores, o que ocasiona a repetição dos

erros;

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d) Pouca vinculação da obra com as atividades denominadas de apoio, como:

compras, estoques e manutenção;

e) Problemas com os recursos humanos decorrentes da pouca especialização

da mão de obra e alta taxa de turnover do setor;

f) Problemas com a segurança dos trabalhadores gerados, principalmente, pelo

não fornecimento e/ou uso dos equipamentos de proteção individual ou

coletivo;

g) Deficiências dos métodos utilizados para o controle de custos projetados e

executados.

Para a melhor compreender esses conceitos, deve-se conhecer a natureza das

atividades que compõem o processo de produção. Um processo pode ser entendido

como um fluxo de materiais e informações desde a matéria prima até o produto final.

Neste fluxo, os materiais são processados, inspecionados, movimentados ou estão

em espera (GROHMANN, 1998). Assim, as atividades componentes de um processo

podem ser classificadas em duas principais categorias:

� Atividades de conversão: envolvem o processamento dos materiais em

produtos acabados.

� Atividades de fluxo: relacionam-se às tarefas de inspeção, movimento e

espera dos materiais.

As novas filosofias de produção indicam que a eficiência dos processos pode ser

melhorada e as suas perdas reduzidas não só através da melhoria da eficiência das

atividades de conversão e de fluxo, mas também pela eliminação de algumas das

atividades de fluxo (KOSKELA, 1992). Por exemplo, quando se desenvolve uma

inovação tecnológica na construção deve-se eliminar ao máximo a necessidade de

atividades de transporte, espera e inspeção de materiais (GROHMANN, 1998).

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As atividades de fluxo são freqüentemente negligenciadas no processo de

produção de edificações. Em geral. não são devidamente analisadas nas tarefas de

orçamento e planejamento e nas iniciativas de melhorias de processo. O esforço

para melhoria do desempenho na construção civil deve considerar o conceito mais

amplo de perdas, isto é, visar à minimização do dispêndio de quaisquer recursos

que não agregam valor ao produto, sejam eles vinculados às atividades de

conversão ou fluxo (GROHMANN, 1998).

Küster (2007) afirma que em muitas obras os trabalhadores trabalham, param

para esperar materiais, trabalham, desfazem o que fizeram, continuam trabalhando,

e assim sucessivamente.

Um dos aspectos mais importantes a ser considerado num estudo sobre perdas

consiste na necessidade de se estabelecer a situação prevista, a partir da qual todo

o consumo excedente de recursos seja considerado como sendo perda, pois,

dependendo da situação adotada podem assumir valores distintos. Isso pode ser

visualizado no esquema da Figura 3.

Figura 3 - Etapas do processo de produção em canteiros de obra.

FONTE: Küster (2007).

Por isso, numa classificação paralela as comumente encontradas, Grohmann

(1998) utiliza uma abordagem simplificada, o autor divide as formas de desperdício

em: desperdício de materiais e desperdício de mão-de-obra.

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O desperdício de materiais engloba os entulhos e os materiais incorporados à

obra. Tacla (1984) define entulho em uma obra de Construção Civil como sendo

todo o volume de materiais que sai da obra, sem nenhuma perspectiva de utilização

futura. Englobam as sobras de concreto, argamassa, ferro, blocos de cerâmica, etc.

O desperdício de materiais incorporados à obra refere-se ao excesso de materiais

utilizados que, ao final do obra, não são percebidos ou pouco se percebe.

O desperdício de mão-de-obra refere-se ao tempo empregado pelos

trabalhadores em atividades que não incorporam valor ao produto final e que podem,

facilmente, ser reduzidos ou eliminados sem causar nenhum prejuízo. Englobam:

tempo de espera, de retrabalho, de transporte, etc.

2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

As perdas na construção civil englobam tanto a ocorrência de desperdício de

materiais quanto qualquer ineficiência relativa ao uso de equipamentos, mão de obra

e execução de tarefas desnecessárias que geram custos adicionais e não agregam

valor (SACOMANO et al, 2004). A literatura disponível acerca do tema em estudo

apresenta diversas classificações, portanto as perdas podem ser classificadas de

acordo com sua natureza, segundo a etapa onde ocorrem e onde se originam,

segundo o controle, de acordo com o tipo de recurso consumido, de acordo com a

unidade para sua medição, forma de manifestação, entre outras (FRANCHI et al,

1993; VARGAS et al, 1997; FORMOSO et al, 1996; COSTA, 1999; SOUZA, 2005;

ROSÁRIO, 2008).

Sacomano et al (2004) afirma que foram identificadas nove categorias de

perdas partindo-se da classificação proposta por Shingo, seriam as sete perdas de

Shingo. As nove categorias são as perdas por superprodução, por substituição (de

material), por espera, por transporte, no procedimento (a própria natureza das

atividades do processo ou na execução), nos estoques, no movimento, pela

elaboração de produtos defeituosos e outros (roubos, acidentes):

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a) Perdas por superprodução: refere-se às perdas que ocorrem devido à

produção em quantidades superiores às necessárias, como, por exemplo:

produção de argamassa em quantidade superior à necessária para um dia de

trabalho ou o excesso de espessura de lajes de concreto armado;

b) Perdas por substituição: decorrem da utilização de um material de valor ou

características de desempenho superiores ao especificado, tais como:

utilização de argamassa com traços de maior resistência que a especificada

ou a utilização de tijolos maciços no lugar de blocos cerâmicos furados.

c) Perdas por espera: relacionadas com a sincronização e o nivelamento dos

fluxos de materiais e as atividades dos trabalhadores. Podem envolver tanto

perdas de mão de obra quanto de equipamentos, como, por exemplo,

paradas nos serviços originadas por falta de disponibilidade de equipamentos

ou de materiais.

d) Perdas por transporte: as perdas por transporte estão associadas ao

manuseio excessivo ou inadequado dos materiais e componentes em função

de uma má programação das atividades ou de um layout ineficiente, como,

por exemplo: tempo excessivo despendido em transporte devido a grandes

distâncias entre estoques e o guincho, quebra de materiais devido ao seu

duplo manuseio ou ao uso de equipamento de transporte inadequado.

e) Perdas no processamento em si: têm origem na própria natureza das

atividades do processo ou na execução inadequada dos mesmos. Decorrem

da falta de procedimentos padronizados e ineficiências nos métodos de

trabalho, da falta de treinamento da mão de obra ou de deficiências no

detalhamento e construtividade dos projetos. São exemplos deste tipo de

perdas: quebra de paredes rebocadas para viabilizar a execução das

instalações; quebra manual de blocos devido à falta de meios-blocos.

f) Perdas nos estoques: estão associadas à existência de estoques excessivos,

em função da programação inadequada na entrega dos materiais ou de erros

na orçamentação, podendo gerar situações de falta de locais adequados para

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a estocagem dos mesmos. Também decorrem da falta de cuidados no

armazenamento dos materiais. Podem resultar tanto em perdas de materiais

quanto de capital, como por exemplo: custo financeiro dos estoques,

deterioração do cimento devido ao armazenamento em contato com o solo e

ou em pilhas muito altas.

g) Perdas no movimento: decorrem da realização de movimentos

desnecessários por parte dos trabalhadores, durante a execução das suas

atividades. São exemplos deste tipo de perda: tempo excessivo de

movimentação entre postos de trabalho ou o esforço excessivo do

trabalhador.

h) Perdas pela elaboração de produtos defeituosos: ocorrem quando são

fabricados produtos que não atendem aos requisitos de qualidade

especificados. Geralmente, originam-se da falta de integração entre o projeto

e a execução, das deficiências do planejamento e controle do processo

produtivo; da utilização de materiais defeituosos e da falta de treinamento dos

operários. Resultam em retrabalhos ou em redução do desempenho do

produto final, como, por exemplo: falhas nas impermeabilizações e pinturas,

descolamento de azulejos.

i) Outras: existem ainda tipos de perdas de natureza diferente dos anteriores,

tais como roubo, vandalismo, acidentes, etc.

Por terem suas origens em disfunções dos processos produtivos, os sete

tipos de perdas normalmente são vinculados entre si, motivo pelo qual estas devem

ser atacadas de forma articulada e simultânea. Colombo e Bazzo (1999) afirmam

que, em todos os casos, a qualificação do trabalhador está presente como

importante elemento a ser considerado.

A origem das perdas pode estar tanto no próprio processo de produção

quanto nos processos que o antecedem como fabricação de materiais, preparação

dos recursos humanos, projeto, suprimentos e planejamento (FORMOSO et al,

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1996). A Figura 4 apresenta um conjunto de exemplos de perdas, indicando a sua

natureza, origem e momento de incidência.

Figura 4 - As perdas segundo seu momento de incidência e sua origem.

Fonte: FORMOSO et al, 1996.

As perdas podem ainda ser classificadas em aparentes (ou diretas) e de

natureza oculta (indiretas). Enquanto as diretas representam as “perdas que saem”

(entulho), as indiretas, que representam as “perdas que ficam”, podem ser

subdivididas em perdas por substituição, por imprevisão e por negligência. Quanto

às perdas há ainda que se aplicar um raciocínio de caráter mais econômico ao se

distinguir entre aquelas que são evitáveis das consideradas inevitáveis. Quanto a

este último aspecto é que se define o desperdício de materiais, que é considerado a

parcela de perdas evitáveis (SOUZA, 1994).

Vargas et al (1997) resume a classificação de perdas na Tabela 1 e traz um

exemplo para cada tipo de perda.

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Tabela 1 – Tipos de perda segundo sua natureza, origem e incidência.

FONTE: Vargas et al, 1997.

TIPO DE PERDA

CONCEITO

EXEMPLO

Superprodução

Produção além do necessário de um determinado serviço.

Produção de volume de concreto acima do necessário para a

concretagem de uma laje.

Estoque

Estoque em excesso, devido a falha de programação na

entrega do material.

Armazenamento de materiais na obra muito antes da sua utilização.

Espera

Produtos ou serviços em fila esperando para serem

executados. Podem envolver tanto perdas de mão-de-obra

quanto de equipamentos.

Espera para fazer um determinado serviço devido a falta de um

determinado material.

Transporte

Desperdício de tempo que não agrega valor e gera custos

extras. Está associado ao manuseio excessivo e inadequado

de materiais.

Dispêndio de tempo no transporte de materiais entre o local de

estocagem e o de transformação.

Movimento

Quando o processo de trabalho não é adequado os operários

acabam trabalhando em excesso, com menor produtividade.

Maior esforço do operário para fazer uma determinada tarefa devido

às condições ergonômicas desfavoráveis.

Processamento

Erro na concepção do produto e/ou nas diversas etapas de sua

elaboração, acarretando grandes perdas de: materiais, tempo,

hora/homem, hora/máquina, elevando os custos.

Retrabalho de uma determinada tarefa devido à falta de detalhamento

e construtibilidade do projeto.

Elaboração de produtos

defeituosos

Quando os produtos fabricados não atendem à qualidade

esperada. Acabam resultando em retrabalho ou redução de

desempenho do produto final.

Erro na estrutura devido à falta de integração entre o

projeto e a execução, tendo que parte desta ser desfeita.

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Existem métodos de intervenção para a redução de perda e de tempos

improdutivos em canteiros de obras. A realização dos diagnósticos pode envolver

indicadores de qualidade e de produtividade, como detalhados no capítulo a seguir

(SACOMANO et al, 2004).

2.4 INDICADORES DE PERDAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Após ter conceituado e classificado as perdas na construção civil, e tendo se

detectado suas possíveis fontes, a próxima questão que surge, de acordo com

Souza (1994) é como avaliar as perdas? Segundo o autor uma alternativa á a

geração de indicadores de perdas. Tais indicadores são normalmente expressões

quantitativas que, com base em dados levantados a partir do processo construtivo,

permitem sua avaliação de uma maneira objetiva.

Os indicadores representam informações quantitativas ou qualitativas que

medem e avaliam o comportamento de diferentes aspectos do objeto do estudo. Seu

levantamento cria um sistema de informações que pode ser útil para ajudar no

processo de tomada de decisões (SOUZA, 1994). Neste estudo os indicadores

foram utilizados tanto para expressar quantitativamente a magnitude das perdas

quanto para discutir as razões para sua manifestação.

Devido ao importante papel de indicadores de desempenho cumprido pelos

indicadores de perdas, eles podem ser utilizados para diversos fins. Sua utilização

mais comum é a de dar visibilidade ao baixo desempenho da construção civil em

termos de qualidade e produtividade, permitindo o estabelecimento de prioridades

em programas de melhoria da qualidade, indicando os setores da empresa nos

quais intervenções são mais importantes e viáveis. Uma segunda função de um

indicador é estabelecer o controle de um processo em relação a um padrão

estabelecido (ROSÁRIO, 2008).

Este controle é feito a partir da elaboração de um planejamento que inclui o

monitoramento de um indicador ao longo do tempo, permitindo a avaliação do

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desempenho do processo, identificando desvios e corrigindo, em tempo hábil, as

causas dos mesmos. Uma terceira função é o de estabelecer metas ao longo de um

processo de melhorias, sendo indispensável num programa de melhoria da

qualidade, permitindo a identificação das oportunidades de melhorias e a verificação

dos impactos causados por intervenções no processo (FORMOSO, et al 1996).

Os índices de perdas cumprem um importante papel de indicadores de

desempenho dos processos produtivos e, como tal, podem ser empregados para

diferentes finalidades. A utilização mais comum dada aos índices de perdas de

materiais na construção civil tem sido apenas chamar a atenção para o baixo

desempenho global do setor construção em termos de qualidade e produtividade

(FORMOSO et al, 1996).

Formoso et al (1996) afirma que um indicador pode ter a função de visibilidade,

ou seja, demonstrar o desempenho atual de uma organização, indicando seus

pontos fortes ou fracos ou chamando a atenção para suas disfunções. Este tipo de

avaliação permite estabelecer prioridades em programas de melhoria da qualidade,

indicando os setores da empresa nos quais intervenções são mais importantes ou

viáveis.

Ainda para o autor, a segunda função de um indicador é o controle de um

processo em relação a um padrão estabelecido. A partir da elaboração de um

planejamento, o monitoramento de um indicador ao longo do tempo permite avaliar o

desempenho do processo, identificando desvios e corrigindo a tempo as causas dos

mesmos. Ou seja, um indicador é um instrumento indispensável para o

estabelecimento de metas ao longo de um processo de melhoria contínua,

componente indispensável de um programa para melhoria da qualidade. Este tipo de

medição visa a identificar as oportunidades de melhorias e verificar o impacto de

intervenções no processo.

Finalmente, os indicadores de desempenho cumprem um papel de fundamental

na motivação das pessoas envolvidas no processo. Sempre que uma melhoria está

sendo implantada é importante que um ou mais indicadores de desempenho

associados à mesma sejam monitorados e sua evolução amplamente divulgada na

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organização. Neste sentido, um projeto de melhoria visando à redução de perdas de

materiais poderia inclusive ser empregado como um instrumento de marketing

interno para um programa da qualidade (FORMOSO et al, 1996).

Assim, a incidência de perdas deve ser monitorada através de diversos

indicadores, os quais podem ou não ser relacionados ao desperdícios de materiais.

Entre os diversos indicadores de perdas na construção civil, podem ser citados

como exemplos os seguintes:

(a) Percentual de material adquirido em relação à quantidade teoricamente

necessária;

(b) Espessura média de revestimentos de argamassa;

(c) Tempo de rotação de estoques;

(d) Percentual de tempos improdutivos em relação ao tempo total, horas-

homem gastas em retrabalho em relação ao consumo total, etc. Cada

processo, em geral, necessita de um ou mais indicadores para ter o

seu desempenho avaliado.

Quando se mede um indicador de perdas é necessário ter valores de referência

ou benchmarks para avaliar o desempenho em relação a outras empresas. Neste

sentido, ao se divulgar um indicador de perdas, deve-se explicitar claramente o seu

significado, isto é, o conceito adotado e o método de cálculo e os critérios de

medição utilizados. É também necessário identificar as causas reais (não as

aparentes) dos problemas que resultam em perdas, de forma a atuar de forma

corretiva (FORMOSO et al, 1996).

Souza (1994) propõe que os indicadores de perdas podem ser compostos de

diversas maneiras. Na maior parte das vezes se definirá uma situação de referência,

se quantificará a situação real, e o indicador será constituído por uma relação

percentual da discrepância da situação real com relação à de referência, como

demonstrado na equação abaixo:

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IND (%) = SREAL – SREF x 100 SREF

Onde: IND = indicador de perdas, SREAL = situação real, SREF = situação de

referência.

O autor ainda afirma que os indicadores podem ter caráter mais abrangente,

sendo então chamados de “globais”, ou mais específico, sendo denominados

“parciais”. Os indicadores de perdas podem ser utilizados de diversas maneiras:

para comparação relativa entre situações semelhantes em obras diferentes; para

avaliação e como subsídio para correção de indicadores de orçamento; para

comparação entre diferentes “tecnologias”; etc. (SOUZA, 1994).

Agopyan et al (2003) afirma que os indicadores de perdas e consumos de

materiais podem ser classificados segundo a sua abrangência, que está relacionada

ao escopo do fluxograma elaborado e à natureza do material estudado. Esse

aspecto fica evidenciado ao se compararem, por exemplo, o estudo das perdas do

cimento e o do concreto usinado. Enquanto o fluxograma dos processos relativo ao

segundo material contempla as etapas de recebimento, transporte e aplicação, o do

primeiro contém, além destas etapas, a de estocagem e processamento

intermediário para a conformação de uma argamassa ou concreto produzidos em

obra.

De acordo com o autor, além desse fato, a argamassa, a qual possui cimento em

sua constituição, pode ser utilizada em vários serviços simultaneamente. A partir de

tais especificidades, a mensuração das perdas e consumos de materiais pode ser

feita levando-se em consideração todas as etapas do fluxograma dos processos ou,

ainda, levando-se em consideração apenas parte do mesmo. Isso significa dizer que

se pode estabelecer indicadores abrangentes ou específicos, denominados,

respectivamente, no presente trabalho, de globais e parciais.

Os indicadores globais podem expressar os valores de perdas de um

determinado material na obra como um todo, apenas em um serviço ou, ainda,

apenas nas etapas subseqüentes à sua estocagem. Tal abrangência depende da

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complexidade do fluxograma dos processos, conforme exemplificado anteriormente.

Nesse sentido, define-se indicador parcial como a expressão dos valores de

consumo ou perda de materiais associados apenas a uma etapa do fluxograma dos

processos. A expressão dos valores das perdas e consumos associada a mais de

uma etapa do fluxograma dos processos denomina-se indicador global (AGOPYAN

et al, 2003). O indicador global pode ainda ser classificado em:

(a) Indicador global de perda de material por obra: consiste na expressão

da perda total considerando o uso do material em todos os serviços

executados durante o período de coleta, como, por exemplo, a perda

de cimento em toda a obra;

(b) Indicador global de perda ou consumo de material por serviço: consiste

na expressão da perda ou do consumo de material num único serviço,

abrangendo desde a etapa de recebimento até a de aplicação final,

como, por exemplo, a perda de bloco no serviço de alvenaria ou o

consumo de blocos por metro quadrado de alvenaria executada;

(c) Indicador global de perda ou consumo de material por serviço pós-

estocagem: consiste na expressão do valor da perda ou de consumo

de material considerando apenas as etapas do fluxograma

subseqüentes ao estoque. Por exemplo, o caso das perdas de cimento

no serviço de contrapiso, ou o consumo de cimento por metro

quadrado de revestimento interno (emboço).

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3. MÉTODOS DA PESQUISA

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa a respeito da avaliação dos índices de

desperdícios de materiais na construção de edificação para uso público. Para tanto, foi

realizado um estudo de caso em uma obra de edificação a ser utilizada como templo

religioso na cidade de Feira de Santana - Ba.

3.1 TIPO DE ESTUDO

Metodologicamente este trabalho caracteriza-se por ser um estudo de caso que

segundo Yin (2005), representa uma investigação empírica que pesquisa um fenômeno

contemporâneo dentro do seu contexto da vida real e que compreende um método

abrangente, com a lógica do planejamento, da coleta e da análise de dados. O estudo de

caso de acordo Silva (2001) é quando uma pesquisa envolve o estudo profundo e

exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado

conhecimento acerca do tema estudado.

Esta pesquisa monográfica consiste de um estudo de caso do tipo descritivo, que

consiste na análise e descrição de características ou propriedades, ou ainda das relações

entre estas propriedades em determinado fenômeno. Assim, para sua elaboração foram

coletados e analisados dados através do levantamento de dados em uma obra de

edificação na cidade de Feira de Santana; através da aplicação de planilhas para

avaliação e quantificação dos índices de perdas reais existentes no canteiro de obra.

De acordo com Roesch (1996), neste tipo de projeto, é feita a realização de

uma avaliação formativa, cujo propósito é melhorar ou aperfeiçoar sistemas ou

processos. A avaliação formativa normalmente implica um diagnóstico do sistema

atual e sugestões para sua reformulação; por isso requer certa familiaridade com o

sistema, e idealmente, a possibilidade de implementar mudanças sugeridas e

observar seus efeitos. Este trabalho se restringiu apenas a diagnosticar as causas e

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inibidores das perdas dos materiais estudados na obra, não sendo possível a

aplicação das mudanças sugeridas afim de minimizar os índices de perdas.

Inicialmente foi necessário realizar uma revisão bibliográfica utilizando-se livros,

artigos e informações de sites oficias a fim de fundamentar o tema teoricamente. A

pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído

principalmente de livros e artigos científicos, caracterizando a pesquisa exploratória, que,

de acordo com Gil (2007), tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o

problema em pesquisa, com vistas a torná-lo mais explícito e que na maioria dos casos

assume a forma de pesquisa bibliográfica.

Como se fez necessário efetuar a análise de dados da obra em estudo, este

trabalho consistiu de uma pesquisa documental que segundo Lakatos e Marconi (2006),

caracteriza-se por ser uma pesquisa em que a fonte de coleta de dados está restrita a

documentos escritos ou não. Para contemplar de forma mais completa a coleta dos dados

durante a realização do estudo foi realizada uma entrevista com o engenheiro

responsável pela execução e acompanhamento da obra, visando avaliar o retorno

da pesquisa para a empresa e para a obra e obter informações sobre precauções e

metodologias utilizadas para o controle de desperdícios.

A ferramenta básica de coleta de dados considerada na elaboração desta

metodologia consistiu na observação crítica do uso dos materiais ao longo das etapas

percorridas pelos mesmos, desde sua chegada até a sua aplicação final, no canteiro da

obra em estudo. Mesmo tendo acompanhado todas as etapas de processamento dos

materiais em estudo, os indicadores mensurados neste trabalho são apenas de caráter

global, procurando estabelecer números relativos a um conjunto de etapas percorridas por

estes materiais. No entanto, algumas verificações foram feitas na tentativa de indicar

possíveis causadores de perda em algumas etapas do processo, como por exemplo,

variações de espessura de laje e contra-piso, e variações de largura de vigas.

Para a obtenção das informações quantitativas elaborou-se um conjunto de

planilhas (instrumento de coleta de dados), e para a obtenção de informações qualitativas

utilizou-se planilhas de caracterização de serviços da pesquisa Alternativas para a

Redução do Desperdício de Materiais em Canteiros de Obras conforme Agopyan

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et.al.(1998), garantindo assim a padronização do estudo. Todas as ações necessárias

para a aplicação da metodologia assim como os principais instrumentos de coleta de

dados serão descritos no decorrer deste capítulo.

3.2 ETAPAS DA PESQUISA

A pesquisa foi divida em oito etapas, primeiro foi realizada a identificação da

empresa e da obra, onde foi desenvolvido o estudo de caso, também foi realizada a

escolha dos materiais a serem analisados, a caracterização dos serviços, o levantamento

quantitativo em projeto dos serviços em estudo, o controle de recebimento de material (a

coleta dos dados ,consumo real dos materiais), e por último a analise dos dados para

mensuração das perdas.

3.2.1 Identificação da empresa e da obra

A empresa onde foi desenvolvido o estudo de caso foi fundada em 1998, e é

uma empresa de engenharia especializada principalmente na área de edificações. É

uma empresa de médio porte segundo os critérios SEBRAE, composta atualmente

de 288 funcionários com carteira assinada, e mais de 10 empresas terceirizadas.

Possui aproximadamente 55.000,00 m² construídos, e conta atualmente com quatro

obras em andamento.

Possui os níveis de certificação de qualidade, QUALIOP, PBPQH, ISSO 9001.

A empresa trabalha com construções de edificações para terceiros, principalmente

em obras comerciais e hospitalares, iniciando também em construção de

condomínios residenciais.

A obra consiste na construção de uma edificação de dois pavimentos a ser

usada como templo religioso com aproximadamente 5000 m² construídos, o que

inclui um auditório para 3 mil pessoas, aqui neste trabalho denominado como nave,

um anexo de fundo onde se encontra toda a área administrativa, um anexo lateral

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com escolas divididas por faixa etária no pavimento térreo e apartamentos no

pavimento superior, conforme croquis 01, 02 Anexo E. Possui atualmente 105

funcionários registrados pela própria empresa, e com oito empresas terceirizadas

para serviços especializados como refrigeração, sonorização, cobertura em estrutura

metálica, forro em gesso acartonado e fibra mineral e circuito fechado de televisão,

com 30 funcionários no total.

É uma obra de tecnologias convencionais, com vedações em alvenaria de

bloco cerâmico, estrutura em concreto armado moldado no local e cobertura em

estrutura metálica e telha metálica. Todo transporte horizontal é feito a mão ou com

carrinho de mão, e o transporte vertical é feito a mão ou com carrinho de mão

através de rampas, ou por roldanas e guinchos foguetes.

3.2.2 Materiais investigados

A escolha dos materiais analisados foi definida de acordo com os critérios

listados abaixo:

� Período de estudo: o material a ser avaliado deveria estar em execução no

período em que foi realizada a coleta de dados;

� Grau de significância (Custo): optou-se por estudar os materiais que

incorporassem mais valores a obra, obedecendo à ordem decrescente da curva de

insumos ABC;

� Índices de perdas já estudados e relevantes: os materiais também foram

escolhidos dando-se preferência aos materiais que supostamente tivessem índices de

perdas relevantes, os quais já foram sido estudados e mensurados por Skoyles (1976) na

Inglaterra, por Pinto (1989), Picchi (1993), Soibelman (1993) e Agopyan (1998) no Brasil e

pela Hong Kong Polytechnic (1993).

Os materiais analisados neste estudo foram: bloco cerâmico, concreto usinado,

placa cerâmica e contrapiso usinado que serão descritos abaixo.

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3.2.2.1 Bloco cerâmico

Na obra em estudo, existia especificação de três diferentes tipos de bloco

cerâmico. O bloco de 9 x 19 x 24cm foi utilizado para vedação interna, o bloco de

11,5 x 19 x 24 foi utilizado para vedações externas e o bloco de 14 x 19 x 24cm para

a vedação de nave. Foram analisados todos os tipos de blocos, desde o início até o

final do levante.

3.2.2.2 Concreto usinado:

Foi estudado neste estudo o lançamento de concreto usinado bombeável 25

Mpa, com abatimento do tronco de cone 100-+ 10mm em vigas e lajes, não sendo

avaliado o índice de perda na concretagem de pilares, o motivo pelo qual será

comentado no tópico 3.3.2.2 (cálculo da quantidade executada).

3.2.2.3 Placas cerâmicas

O revestimento cerâmico utilizado em obra foi em maior parte para piso, e nos

cômodos com áreas molhadas também foi analisado o revestimento em paredes. As

placas cerâmicas analisadas neste trabalho foram, para paredes, cerâmica 31 x

31cm, e para piso, cerâmica 41 x 41cm. Não foi possível estudar toda aplicação de

cerâmica da obra, o detalhamento do motivo para tal acontecimento será explicado

no tópico 3.3, intitulado de critérios de medição.

3.2.2.4 Contrapiso usinado

Consiste em uma argamassa de regularização para posterior assentamento

cerâmico. Toda argamassa de contrapiso utilizado na obra em estudo foi usinada,

constituído de, cimento e areia lavada na proporção 1:4.

3.2.3 Caracterização dos serviços

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Para obtenção de uma análise qualitativa, aplicou-se para cada material

estudado, uma ficha de verificação de serviços obtida da pesquisa “Alternativas para

a Redução do Desperdício de Materiais em Canteiros de Obras” conforme Agopyan

et.al.(1998). Os serviços e materiais avaliados na obra serão descritos no tópico

referente ao detalhamento dos critérios de medição utilizados no presente estudo.

3.2.4 Levantamento quantitativo dos serviços em projeto

Este procedimento nada mais foi do que a realização dos cálculos de um

consumo referência baseada em informações de projeto. Vale salientar que não foi

investigada aqui a perda que pode existir desde a execução do projeto, que diz

respeito à perda por super dimensionamento.

3.2.5 Controle de recebimento de material

Os materiais selecionados para realização do estudo não sofriam nenhum

processamento intermediário, apenas duplo manuseio devido a estocagem em

locais provisórios e recortes necessários para adequações em blocos e placas

cerâmicas, assim sendo, da mesma forma que os materiais eram recebidos na obra

destinavam-se a sua aplicação final. Nesta pesquisa o controle de recebimento de

material diz respeito tanto a uma análise qualitativa e quantitativa. Este item será

mais detalhado no tópico critérios de medição, análise quantitativa e análise

qualitativa.

3.2.6 Análise dos resultados

Esta fase do estudo consistiu basicamente em avaliar os resultados

encontrados, mensurando as perdas verificadas no canteiro de obras, as quais

foram obtidas através da relação entre a variação do consumo executado e o

consumo teórico, dividida pelo consumo teórico.

3.2.7 Entrevista

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Foi elaborada uma entrevista semi-estruturada com o objetivo de identificar o

aproveitamento da pesquisa tanto para a empresa como para a obra em estudo. A

entrevista foi realizada com o engenheiro residente, que acompanhou passo a

passo o andamento da pesquisa.

3.2.8 Levantamento de causas e proposição de diretrizes

Esta fase da pesquisa foi, possivelmente, a mais importante do trabalho.

Consistiu, depois de mensuradas as perdas, na caracterização das possíveis causas

de perdas de materiais, bem como da elaboração de um conjunto de diretrizes que

visaram a redução das mesmas a patamares aceitáveis. Os valores encontrados foram

comparados com os existentes na teoria, na tentativa de obtenção de valores

razoavelmente próximos. Paralelamente a todas as etapas da pesquisa,

principalmente nas verificações dos serviços, foram feitos registros fotográficos.

3.3 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

O critério utilizado para a medição das perdas de materiais foi elaborado

através da comparação entre o consumo real e a quantidade teoricamente

necessária para a realização dos serviços estudados no decorrer da pesquisa.

3.3.1 Análise qualitativa

3.3.1.1 Caracterização dos serviços

Foram extraídas da pesquisa Alternativas para a Redução do Desperdício de

Materiais em Canteiros de Obras conforme Agopyan et.al.(1998), as planilhas para

verificação dos serviços. Estas visam caracterizar o tipo de mão de obra

empregada, o transporte desde o recebimento até a aplicação, e todo processo

executivo. Tais verificações denotam suas importâncias no momento das

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discussões sobre as possíveis causas de perdas, como também na elaboração do

conjunto de diretrizes para redução das mesmas. As planilhas de verificação de

serviços encontram-se preenchidas no, Anexo A - Bloco cerâmico- planilha 01 e

01.1; Anexo B - Revestimento cerâmico- planilha 01, 01.1 e 01.2; Anexo C -

Concreto usinado - planilha 01 e 01.1 e Anexo D - Contrapiso usinado - planilha 01.

3.3.2 Análise quantitativa

3.3.2.1 Cálculo da quantidade de serviço

Para definir o consumo teoricamente necessário tomaram-se como base as

especificações do projeto da obra em estudo e o orçamento realizado pela empresa.

3.3.2.2 Calculo da quantidade executada

Como os materiais escolhidos para o estudo foram materiais que não sofrem

nenhum processamento intermediário dentro da obra (ex: o cimento que é utilizado

em argamassa de assentamento, reboco, emboço entre outros), seu fluxograma

consiste somente em: recebimento, armazenamento, transporte e execução. O

consumo real foi obtido a partir do controle quantitativo do material recebido

segundo planilhas 04, 04, 08 e 05 nos Anexos A,B,C e D respectivamente.

Conforme explicado no tópico 3.2.2 Materiais investigados, foram estudados

três blocos cerâmicos na obra, pois para cada ambiente existia uma especificação

determinada. A análise do bloco cerâmico foi completa, pois, a atividade de levante

de alvenaria encaixou-se no mesmo período da coleta de dados.

Mesmo não tendo sido concluída a utilização das placas cerâmicas na obra

em estudo, em tempo hábil para realização do estudo de caso, foi realizada a

quantificação dos índices de perdas de placas cerâmicas. Tal fato só foi possível

porque, percebido pelo observador que todo o material não seria concluído no

período da pesquisa, criou-se uma planilha de requisição de materiais (Anexo B,

planilha 09), na qual consta a descrição do material, quantidade, unidade e local de

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destinação, sendo assim possível a verificação de consumo real utilizado em cada

ambiente na obra em estudo.

Como mencionado no tópico materiais investigados, o estudo quantificou as

perdas apenas em vigas e lajes. Isso se deve ao fato de que as concretagens de

pilares eram muitas vezes realizadas com concreto dosado em obra, e na ausência

do observador tal material não era quantificado corretamente, perdendo assim o

grau de confiabilidade dos dados. Outro fato que levou a se optar por não estudar

perda de concreto em pilares foi que durante o levantamento bibliográfico verificou-

se em alguns estudos de caso que, este tipo de serviço não gera perda significativa.

O início da pesquisa deu-se após as datas de concretagem das vigas e lajes

do pavimento superior, porém foi possível o controle do consumo real do material

utilizado porque o observador estava presente nessas atividades e realizava um

mapa de concretagem, tendo assim o volume realmente utilizado nas peças

analisadas.

Foi analisado apenas o contrapiso do pavimento térreo, pois não houve tempo

hábil durante a pesquisa para avaliar todo volume que seria utilizado na obra. Sendo

apenas avaliado o contrapiso do pavimento térreo, sabe-se que este índice não

pode ser representativo para toda a obra, pois, o trajeto do contrapiso para o

pavimento superior é maior, e o transporte é decomposto em duas partes (vertical e

horizontal).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Numa pesquisa de caráter qualitativo, de acordo com Roesch (1996) o

pesquisador, ao encerrar sua coleta de dados, se depara com uma quantidade

satisfatória de dados a serem analisados. De acordo com ele, o pesquisador deve

buscar utilizar meios que possam facilitar a análise desses dados buscando seguir

padrões da análise quantitativa descritas na metodologia adotada na pesquisa. E,

para alguns autores, uma das formas de apresentar resultados, pode ser através de

planilhas.

A avaliação dos dados, no presente trabalho, consistiu basicamente na

aplicação da metodologia descrita para esse estudo. Foram avaliadas placas

cerâmicas, concreto, contrapiso e bloco cerâmico. Tomando-se como referência o

Projeto de Pesquisa FINEP, Agopyan et. al (1998), que foi até a presente data a

maior e mais completa pesquisa já realizada nesta área, tendo assim um maior grau

de confiabilidade para servir de parâmetro comparativo, os índices encontrados

nesta pesquisa foram aceitáveis quando comparados com os previstos na literatura,

exceto bloco cerâmico que apresentou um alto índice de desperdício, conforme

Tabela 2 abaixo.

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Tabela 2 – Comparação dos índices de perdas em diferentes estudos.

Tabela comparativa: perdas de materiais detectadas por este estudo e por outras fontes

MATERIAIS ESTUDO DE CASO

FINEP 1998

SOIBELMAN (1993)

PINTO (1989)

SKOYLES (1976) TCPO*

Média Média Média Média Média

CONCRETO USINADO

9,75 9 13 1 5 2

BLOCO CERÂMICO

31,1 17 52 13 8,5 3 a 10

PLACA CERÂMICA 41x41cm, PISO

15,44 16 - - 3 5 a 10

PLACA CERÂMICA 31x31cm, PISO

2,79 16 - - 3 5 a 10

PLACA CERÂMICA 31x31cm, PAREDES

6,36 16 - - 3 5 a 10

CONTRAPISO USINADO

15,88 79 - - - -

*Tabela de composição de preço de obras-PINI.

A avaliação para cada material em estudo segue descrita abaixo.

4.1 PLACAS CERÂMICAS

Foram estudados na pesquisa três diferentes tipos de placas cerâmicas

utilizadas em pisos e paredes. Os resultados encontrados foram bastante

divergentes, não se podendo tomar uma média como um valor representativo para o

índice de perda de placas cerâmicas nesta obra. Os resultados encontrados foram

aceitáveis e esperados conforme previsto na literatura, com exceção do piso

41x41cm que apresentou um alto índice de desperdício. A Tabela 3 apresenta os a

análise dos dados referentes a avaliação do piso cerâmico 41x41cm.

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Tabela 3 - Avaliação de placas cerâmicas 41 x 41cm, em piso.

Avaliação da Placa Cerâmica 41x41cm (piso interno)

SERVIÇO - Revestimento cerâmico piso interno - placas cerâmicas - com conferência

da quantidade recebida.

MATERIAL - Placa cerâmica 41x41cm

INDICADOR GLOBAL DE PERDA/CONSUMO POR SERVIÇO 15,44%

INDICADORES PARCIAIS

Diferença entre a quantidade

paga e recebida 0,00%

Percentagem de peças

cortadas no piso 23,45%

VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS

Dimensão nominal 41x41cm, real 41,75x41,75cm, espessura da junta: teórica 3mm, real 5mm.

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS

Para piso cerâmico foram estudados dois tipos: 41x41cm e o 31x31cm. Para

o material com dimensões 41x41cm verificou-se um índice de perda elevado

(15,44%), em relação aos outros verificados na mesma obra. Dois fatos podem ser

apontados como possíveis causas para estes índices. Primeiro, existia-se uma

paginação para piso cerâmico de 31x31cm, porém o fabricante não possuía estoque

do produto, e não iria fabricar a quantidade necessária em tempo hábil estabelecido

pela empresa, de modo a não comprometer o prazo de entrega da obra.

Devido a este fato, em reunião empresa e cliente, fora decidida a mudança de

especificação do piso cerâmico para um de características semelhantes só que em

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dimensões diferentes, em 41x41cm. Sendo assim toda a paginação que tinha sido

desenvolvida, visando o melhor aproveitamento das placas, para o piso de 31x31cm

foi abortada e obedecido apenas o início do assentamento. Não havendo um estudo

prévio para o piso 41x41cm, o excesso de recortes das placas foi provavelmente a

principal causa das perdas deste material, assim a substituição do produto acabou

gerando, conforme Shingo (1996) uma perda por processamento em si. O outro fato

que pode ter levado ao alto índice foi execução em alguns ambientes com

assentamento em juntas diagonais, que resulta em mais cortes conseqüentemente

mais perdas.

Figura 5 – Piso cerâmico 41x41cm - Assentamento com juntas diagonais.

Piso cerâmico 31x31cm utilizado como acabamento em tabeiras

(encontro da parede com o piso).

Fonte: AUTOR.26.11.2009

A Tabela 4 apresenta os a análise dos dados referentes a avaliação piso

cerâmico 31 x 31cm.

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Tabela 4 - Avaliação de placas cerâmicas 31 x 31cm, em piso.

Avaliação da Placa Cerâmica 31x31cm (piso interno)

SERVIÇO - Revestimento cerâmico piso interno - placas cerâmicas - com conferência da

quantidade recebida.

MATERIAL - Placa cerâmica 31x31cm

INDICADOR GLOBAL DE PERDA/CONSUMO POR SERVIÇO 2,79%

INDICADORES PARCIAIS

Diferença entre a

quantidade paga e

recebida

0,00%

Percentagem de peças

cortadas no piso 3,47%

VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS

Dimensão nominal 31x31cm, real 31,05x31,05cm, espessura da junta: teórica 3mm, real

3mm.

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS

Na avaliação do piso cerâmico de 31x31cm verificou-se baixo índice de perda

(2,97%). O valor muito baixo da taxa de desperdício é facilmente justificado pelo fato

de que este piso era apenas decorativo, usado como tabeira, cuja dimensão

coincidia com a da placa cerâmica, havendo assim poucos cortes neste material. A

Tabela 5 apresenta os a análise dos dados referentes a avaliação da parede

cerâmico.

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Tabela 5 – Avaliação de placas cerâmicas 31 x 31cm, em parede interna.

Avaliação da Placa Cerâmica 31x31cm (parede interna)

SERVIÇO - Revestimento cerâmico parede interna - placas cerâmicas - com conferência

da quantidade recebida.

MATERIAL - Placa cerâmica 31x31cm

INDICADOR GLOBAL DE

PERDA/CONSUMO POR SERVIÇO 6,36%

INDICADORES PARCIAIS

Diferença entre a

quantidade paga e

recebida

0,00%

Percentagem de peças

cortadas nas paredes 17,66%

VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS

Dimensão nominal 31x31cm, real 31,05x31,05cm, espessura da junta: teórica 3mm, real

3mm.

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS

Dentre as placas cerâmicas estudadas, a cerâmica 31x31cm usada em

revestimento para paredes, apresentou o índice de perda mais coerente, 6,36%,

situando-se abaixo em relação aos previstos na literatura (conforme comparativo da

tabela 2 no início deste capítulo). Isto pode estar atrelado aos seguintes fatores: o

material era adequadamente estocado, a empresa verificava todo material recebido

pagando somente o que fora pedido, não havendo assim diferença entre a

quantidade paga e recebida, a construção estava em esquadro havendo assim uma

organização nos cortes.

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4.2 CONCRETO USINADO

Mesmo sendo um material com elevado custo unitário, foi constatado um nível

de perda de concreto usinado relativamente alto na obra estudada. Verificou-se que

as perdas, da mesma forma que no estudo de Soibelman (1993), foram ocasionadas

principalmente pelas variações dimensionais (Anexo C - Concreto usinado, planilhas

02, 03, 04, 05, 06 e 07) dos elementos estruturais, mais precisamente nas lajes, que

devido à sua forma e ao elevado volume de material envolvido, ficou evidenciado

que até mesmo pequenos aumentos na espessura acarretam grandes acréscimos

no consumo total de concreto, caracterizando, segundo Shingo (1996) perda por

superprodução.

Figura 6 - Vista da laje nivelada com mestras de madeira, provável causador

de variação de espessura

Fonte: AUTOR. 15.07.2009

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Figura 7 - Acabamento da superfície da laje com régua de alumínio.

Fonte: AUTOR.15.07.2009

A Tabela 6 apresenta os a análise dos dados referentes a avaliação do

concreto usinado.

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Tabela 6 – Avaliação do concreto usinado.

Avaliação do Concreto Usinado

SERVIÇO - Estrutura de concreto - lançamento, cocreto usinado, com projeto

específico, bombeado, formas de madeira, cimbramento de madeira, nivelada com

mangueira de nível.

MATERIAL - Concreto usinado 25MPa, slump 100 + 10mm

INDICADOR GLOBAL DE PERDA/CONSUMO POR SERVIÇO 9,75%

INDICADORES PARCIAIS

Diferença entre a

quantidade paga e a

recebida

_

Variação da espessura

real média da laje em

relação à de referência.

2,40%

Variação da largura real

média da viga em relação

à de referência.

1,10%

VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS

1 m³/m³ de forma

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS

Outros fatores secundários podem ser apontados como causadores de

perdas:

- O material não era cubado no recebimento, podendo ter havido diferença

entre a quantidade paga e recebida;

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- Algumas concretagens ultrapassavam o expediente normal e os planos de

concretagens secundárias não possuíam infra-estrutura (iluminação, equipe)

adequada para a execução do serviço;

- Derramamento do concreto das formas durante a concretagem, em função

de imperfeições das formas de madeiras;

- Descuido da mão de obra com a execução.

Figura 8 - Concreto usinado lançado através de bomba-lança (não havendo

qualquer conferência do volume recebido).

Fonte: AUTOR.15.07.2009

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4.3 CONTRAPISO USINADO

Analogamente ao concreto, o índice de perda de revestimento argamassado

para contrapiso está principalmente relacionado ao excesso de espessura em

relação à dimensão especificada (Anexo D - Contrapiso usinado, planilha 03 e 04).

Este serviço também já foi abordado em estudos anteriores (Pinto, 1989; Soibelman,

1993) e verificou-se que estes números apontam para um problema crônico deste

processo. Muitas das causas de variação de espessura de contrapiso estão

relacionadas a problemas em atividades predecessoras, como deformação de lajes,

caracterizando, de acordo com Shingo (1996) perda por superprodução. Ver Figura

9.

Figura 9 - Aplicação de contrapiso em argamassa de cimento usinada

(acabamento e nivelamento executados com régua de alumínio)

Fonte: AUTOR.09.09.2009

A Tabela 7 apresenta os a análise dos dados referentes a avaliação do

contrapiso usinado.

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Tabela 7 – Avaliação do contrapiso em argamassa de cimento usinada.

Avaliação do Contrapiso em argamassa de cimento Usinada

SERVIÇO - Contrapiso; argamassa usinada, sem projeto específico, nivelada por

mangueira de nível.

MATERIAL - Argamassa usinada de cimento e areia lavada, traço 1:4.

INDICADOR GLOBAL DE

PERDA/CONSUMO POR SERVIÇO 15,88%

INDICADORES PARCIAIS

Variação da espessura

média do contrapiso à de

refenrência

9,97%

Variação entre a

quantidade paga e a

recebida

0,00%

VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS

Espessura de 3cm, resultando em um consumo de 0,03m³/m², especificado pelo

Engenheiro responsável pela obra.

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS

Na obra em estudo verificou-se um aumento da espessura do contrapiso

devido a atualizações e surgimento de novos projetos, principalmente instalações

elétrica e hidráulica, que necessitavam passar pelo piso, demolindo parte do

revestimento e forçando um aumento de espessura para cobrir as tubulações.

Outro fator também importante é o erro de nível, pois acaba gerando

enchimentos e demolições. Alguns fatores secundários podem ser citados como

causadores de perdas:

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- Falta de controle da quantidade recebida;

- Falta de qualificação da mão de obra;

- Transporte horizontal por carrinho de mão, e transporte vertical por baldes

suspensos por cordas.

4.4 BLOCO CERÂMICO

Dentre as principais causas das perdas de bloco cerâmico destacam-se a

utilização de equipamentos de transporte inadequados (carrinhos de mão), que

permitem a queda e muitas vezes a quebra de um número elevado de unidades; a

falta de controle da quantidade recebida; a altura exagerada das pilhas, que por

vezes superam três metros, acarretando quebras devido a quedas e esmagamentos.

Porém, um outro fator que levou a obra o obter um alto índice de desperdício deste

material foi a mudança de especificação dos tipos de blocos, no decorrer da

execução da alvenaria.

Na obra foram analisados três tipos de blocos (9x19x24cm, 11,5x19x24 cm e

14x19x24cm). O bloco de 9x19x24cm foi utilizado para vedação interna e paredes

duplas. O bloco de 11,5x19x24cm foi utilizado para vedações externas com paredes

simples, e inicialmente em vedações com paredes duplas, junto ao bloco de 9cm. O

bloco de 14x19x24cm foi utilizado para vedações externas da nave em paredes

simples e vedações em paredes duplas junto com o bloco de 9x19x24cm. As

Tabelas 8, 9 e 10 apresentam a análise dos dados referentes a avaliação de cada

um desses blocos.

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Tabela 8 – Avaliação do bloco de 9x19x24cm.

Avaliação do bloco cerâmico 09x19x24cm

SERVIÇO - Alvenaria (m²), bloco cerâmico, sem projeto específico de alvenaria, sem

conferência da quantidade recebida, local de estocagem plano, transporte com carrinho

de mão, corte dos blocos com maquita.

MATERIAL - Bloco cerâmico, retangular vazado, não segmentáveis, 06 furos, não

passantes, sem função estrutural, 09x19x24cm.

INDICADOR GLOBAL DE

PERDA/CONSUMO POR SERVIÇO 27,60%

INDICADORES PARCIAIS

Diferença entre a

quantidade paga e a

recebida

____

Percentual de blocos

quebrados no

recebimento

1,34%

Percentual de blocos

cortados nas paredes 7,34%

VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS

Para o índice global de perdas de bloco, foram adotados espessuras de juntas

nominais, H=2,0cm e V=0,0cm e as dimensões nominais dos blocos.

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS

O alto índice de perda deste tipo de bloco pode ser explicado devido ao fato

deste ter sido o material de maior volume dentre os blocos e que mais sofria

decomposição em seu transporte. Por ser usado em vedações internas foi o que

sofreu mais recortes para amarração, abertura de portas e arestas de paredes,

caracterizando, segundo Shingo (1996), perda pelo processamento em si.

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Tabela 9 – Avaliação do bloco de 11,5x19x24cm.

Avaliação do bloco cerâmico 11,5x19x24cm

SERVIÇO - Alvenaria (m²), bloco cerâmico, sem projeto específico de alvenaria, sem

conferência da quantidade recebida, local de estocagem plano, transporte com carrinho

de mão, corte dos blocos com maquita.

MATERIAL - Bloco cerâmico, retangular vazado, não segmentáveis, 06 furos, não

passantes, sem função estrutural, 11,5X19X24cm.

INDICADOR GLOBAL DE

PERDA/CONSUMO POR SERVIÇO 34,42%

INDICADORES PARCIAIS

Diferença entre a

quantidade paga e a

recebida

____

Percentual de blocos

quebrados no

recebimento

0,96%

Percentual de blocos

cortados nas paredes 6,13%

VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS

Para o índice global de perdas de bloco, foram adotados espessuras de juntas

nominais, H=2,0cm e V=1,0cm e as dimensões nominais dos blocos.

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS

Conforme esclarecido de forma breve no início deste tópico, o bloco cerâmico

de 11,5x19x24cm foi utilizado em vedações externas com paredes simples e seria

utilizado também em vedações com paredes duplas, porém com a mudança de

especificação do projetista fora decidido que as paredes duplas seriam executadas

com o bloco de 14x19x24cm. Neste período grande parte de todo o bloco cerâmico

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já se encontrava estocado no canteiro da obra, sendo possível modificar somente os

cinco últimos pedidos do material, deixando assim o bloco de 11,5x19x24cm ocioso,

caracterizando, segundo Sacomano et al (2004), sua perda por substituição e por

estoque. Outro fator que acabou acarretando o maior índice de perda para este tipo

de bloco foi a sua utilização para vedações externas, subindo através de roldanas e

sofrendo muitos recortes para abertura de vãos de esquadrias, o que caracterizou ,

conforme Shingo (1996) sua perda por transporte e pelo processamento em si.

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Tabela 10 – Avaliação do bloco de 14x19x24cm.

Avaliação do bloco cerâmico 14x19x24cm

SERVIÇO - Alvenaria (m²), bloco cerâmico, sem projeto específico de alvenaria, sem

conferência da quantidade recebida, local de estocagem plano, transporte com carrinho

de mão, corte dos blocos com maquita.

MATERIAL - Bloco cerâmico, retangular vazado, não segmentáveis, 06 furos, não

passantes, sem função estrutural, 14X19X24cm.

INDICADOR GLOBAL DE

PERDA/CONSUMO POR SERVIÇO 31,28%

INDICADORES PARCIAIS

Diferença entre a

quantidade paga e a

recebida

____

Percentual de blocos

quebrados no

recebimento

0,30%

Percentual de blocos

cortados nas paredes 3,17%

VALORES DE REFERÊNCIA ADOTADOS – JUSTIFICATIVAS

Para o índice global de perdas de bloco, foram adotados espessuras de juntas

nominais, H=2,0cm e V=1,0cm e as dimensões nominais dos blocos.

FLUXOGRAMA DE PROCESSOS

Apesar deste material ser usado apenas em vedações externas da nave e em

paredes duplas, e estas paredes possuírem poucas aberturas de portas e janelas,

conforme croqui 01 e 02 Anexo E, este material apresentou um alto índice de

desperdício. Este índice possivelmente esta ligado ao fato de que, as paredes onde

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eram usados os blocos cerâmicos de 14x19x24cm tinham alturas que chegavam a

doze metros, onde o transporte vertical, içando pilhas de blocos, era feito através de

roldanas, ocasionando quedas e consequentemente quebras deste material,

caracterizando segundo Shingo (1996) perda por transporte.

Figura 10 - Empilhamento de bloco cerâmico acima de 1,50m,

e estocado em local provisório.

Fonte: AUTOR.04.08.2009

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Figura 11 - Corte de bloco cerâmico realizado com ferramenta não apropriada.

Fonte: AUTOR.28.08.2009

4.5 LEVANTAMENTO DE CAUSAS E PROPOSIÇÃO DE DIRETRIZES

De uma maneira geral, em construções encontraram-se perdas físicas não

desprezíveis. Porém há que se lembrar; que o desperdício seria apenas a parcela

evitável de tais perdas; a quantificação dessa parcela passa, sem dúvida, por uma

análise custo x benefício, isto é, estimativa de quanto se ganha minimizando as

perdas e quanto isso custa. Não se deve menosprezar, porém, a importância de se

reduzir as perdas. Tais perdas podem ser combatidas facilmente e, provavelmente

na obra em estudo não tenham sido combatidas anteriormente por puro

desconhecimento quanto à sua ocorrência.

As tabelas, 11, 12, 13 e 14, abaixo sintetizam, para os materiais e serviços

estudados na pesquisa, as possíveis causas de perdas e um conjunto de diretrizes

que visam reduzir as mesmas a patamares aceitáveis.

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Tabela 11 - Causadores e inibidores de perdas na avaliação do concreto usinado.

TIPO INIBIDORES DE PERDAS CAUSADORES DE PERDAS

RECEBIMENTO

- Controle da quantidade

recebida;

- Pagamento somente do

que foi conferido;

- Não conferencia do volume recebido;

- Dificuldade de controle da quantidade

recebida;

- Possíveis diferenças, para menos, da

quantidade recebida em relação à

quantidade paga;

LANÇAMENTO DE

CONCRETO

- Ajuste do último pedido de

concreto;

- Controle mais rigoroso,

com aparelhos mais

sofisticados visando reduzir

ao máximo as variações

dimensionais das peças

estruturais;

- Plano de ataque

secundário, que vise

aproveitamento do material

não utilizado;

- Variação dimensional dos elementos

estruturais, em função do mal

cimbramento das formas;

- Falta de controle rigoroso do

nivelamento da forma da laje

ocasionando variações de espessura;

- Regularização imperfeita da laje

ocasionando variações de espessura;

- Descuido da mão de obra com a

execução;

- Escassez de mão de obra qualificada;

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Tabela 12 - Causadores e inibidores de perdas na avaliação do bloco cerâmico.

TIPO INIBIDORES DE PERDA CAUSADORES DE PERDA

RECEBIMENTO

- Não aceitação de blocos

quebrados;

- Controle da quantidade

recebida;

- Pagamento somente da

quantidade realmente recebida

- Falta de controle da

quantidade recebida;

- Falta de controle para

verificação das características

do bloco;

- Falta de controle da

quantidade quebrada no

recebimento;

ESTOCAGEM

- Local plano para estocagem

com pilhas de no Maximo

1,8m;

- Estocar próximo ao local de

trabalho, evitando grandes

percursos para transporte

- Base irregular do terreno

aliada a pilhas superiores a

1,8m;

- Duplo manuseio das peças

em função dos diversos pontos

de estocagem

TRANSPORTE ATÉ A

FRENTE DE TRABALHO

- Descarregamento

diretamente no pavimento de

uso;

- Transporte horizontal sobre

terreno irregular com carrinho

de mão;

- Falta de planejamento,

gerando mudanças de pontos

de estocagem;

EXECUÇÃO

- Distribuição dos blocos nos

pavimentos nas quantidades

necessárias para execução do

serviço;

- Uso de serra circular portátil

para corte das peças, podendo

assim aproveitar as peças

cortadas;

- Projeto de paginação de

alvenaria

- Treinamento para

qualificação de mão de obra

- Corte de blocos para

passagem de tubulações e

amarrações de alvenarias;

- Quebra do bloco na ultima

fiada para ajustar modulação,

não sendo reaproveitada a

outra parte;

- Escassez de Mao de obra

qualificada;

- Equipamento impróprio para

o corte das peças

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Tabela 13 - Causadores e inibidores de perdas na avaliação do contrapiso usinado.

TIPO INIBIDORES DE PERDAS CAUSADORES DE PERDAS

RECEBIMENTO - Controle da quantidade recebida; - Pagamento somente do que foi

conferido;

- Não conferencia do volume recebido;

- Dificuldade de controle da quantidade recebida;

- Possíveis diferenças, para menos, da quantidade recebida em relação à quantidade paga;

LANÇAMENTO DE ARGAMASSA

- Ajuste do último pedido de argamassa;

- Controle mais rigoroso, com aparelhos mais sofisticados visando reduzir ao máximo as

variações dimensionais das peças estruturais, conseqüentemente reduzindo a correção com argamassa de contrapiso;

- Falta de controle rigoroso do nivelamento das formas e

regularização imperfeita da laje ocasionando imperfeições na

estrutura que tende a ser corrigida pelo contrapiso;

- Maior espessura em centros de vãos devido à deformação da

estrutura; - Descuido da mão de obra com a

execução; - Escassez de mão de obra

qualificada;

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Tabela 14 - Causadores e inibidores de perdas na avaliação das placas cerâmicas.

TIPO INIBIDORES DE PERDA CAUSADORES DE PERDA

RECEBIMENTO

- Não aceitação de peças quebradas;

- Controle da quantidade recebida;

- Pagamento somente da quantidade realmente

recebida;

- Falta de controle para verificação das características

das peças; - Falta de controle da quantidade quebrada no

recebimento, não reposta pelo fornecedor;

ESTOCAGEM

- Local plano para estocagem com pilhas respeitando a

altura máxima de empilhamento descrita pelo

fabricante; - Estocar próximo ao local de trabalho, evitando grandes percursos para transporte; Estocar em local plano e

fechado usando-se base para apoio do empilhamento; - Empilhar por tipo de placa

cerâmica;

- Má condições de empilhamento;

- Duplo manuseio das peças em função dos diversos pontos

de estocagem

TRANSPORTE ATÉ A FRENTE DE TRABALHO

- Descarregamento diretamente no pavimento de

uso;

- Transporte horizontal sobre terreno irregular com carrinho

de mão; - Falta de planejamento,

gerando mudanças de pontos de estocagem;

EXECUÇÃO

- Distribuição das placas cerâmicas nos pavimentos, por ambiente, nas quantidades necessárias para execução do

serviço; - Treinamento para

qualificação de mão de obra; - Reaproveitamento de peças

cortadas;

- Escassez de Mao de obra

qualificada; - Equipamento impróprio para

o corte das peças; - Falta de aproveitamento das

peças cortadas; - Necessidade de cortes

devido a projeto arquitetônico (aplicação na diagonal);

Os itens causadores de perdas são controláveis a partir da aplicação do

conjunto de diretrizes de inibidores de perdas acima citados, tendo em vista que as

informações da tabela acima estão diretamente ligadas à parte técnica da obra,

parte essa que tange o alcance da empresa. As possíveis causas de perdas que

podem não ser controladas, por não estar ao alcance da empresa, estão ligadas a

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parte burocrática, relação cliente / empresa (mudança de projetos e especificações)

e foram discutidas no item Resultados e discussão.

Acredita-se que, mais que ter os números das perdas de materiais atuais, seja

importante que cada empresa/obra tenha uma contínua percepção dos consumos

que ocorrem nos seus canteiros. Foi com este intuito que se desenvolveu uma

entrevista, com o engenheiro responsável pela execução da obra em estudo,

visando avaliar o retorno desta pesquisa para a empresa. O roteiro da entrevista

esta contido no Anexo F, e serão aqui relatados os pontos mais relevantes da

mesma.

Sabia-se que nunca foi desenvolvido nenhum tipo de pesquisa sobre perdas

na empresa. Os índices de perdas usados para orçamentação são extraídos do

TCPO, não tendo quaisquer outras fontes para mensuração dos mesmos.

Na entrevista ficou clara a satisfação do engenheiro, com o que os resultados

da pesquisa possam vir a gerar para a empresa, principalmente porque esta poderá:

� Ajudar na melhoria do processo de orçamentação, na medida em que se

deixaria de trabalhar com números médios, que podem até ser bons como

representação do mercado, mas que podem deixar muito a desejar ao

representar uma obra em particular;

� Detectar o desempenho da empresa, em relação ao resto do mercado,

importante ferramenta estratégica;

� Poderá ajudar a empresa na escolha do processo tecnológico a ser

empregado, analisando-o não apenas qualitativamente, mas também

quantitativamente;

� Poderá ser criado um sistema de monitoramento e avaliação continua das

perdas, visando determinar suas principais causas, enxugando ao máximo

seus índices.

� “De forma geral o estudo foi proveitoso para a empresa para que

posteriormente, em outras obras, possa tentar aplicar as soluções aqui

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encontradas para minimizar as perdas. Não poderia dizer o mesmo para a

obra, pois já não há mais tempo para executar mudanças.”

� “Não esperava que o índice de concreto fosse alcançar 10%, pois a única

parte de material que é de fácil observação e te demonstra o desperdício, é a

parcela que não é incorporada a edificação e sai da obra como entulho.”

� “Até o momento o meu pensamento como gestor de obras, era trabalhar com

premiação por produtividade, porem o funcionário na tentativa maximizar o

seu lucro não dava importância a um material que poderia ser reaproveitado,

temos com exemplo a massa única da fachada que foi pago um certo valor

por m² produzido, e toda argamassa que caia no “pé” da parede era perdida e

no final do dia ainda tínhamos que colocar serventes para recolher a

argamassa, gerando entulho.”

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como foi mensurado no início deste trabalho, o objetivo principal da presente

pesquisa era avaliar o estado atual dos índices de desperdícios de materiais no

canteiro de uma obra de edificações em Feira de Santana, Bahia. Com o decorrer da

pesquisa foi detectado a necessidade de avaliar outros objetivos mais específicos

como mensurar os índices de perdas dos materiais escolhidos para o estudo

identificando suas possíveis causas e por fim propor um conjunto de diretrizes que

visassem a redução das perdas a patamares mais aceitáveis.

De forma geral os índices de perdas dos materiais estudados, quando

comparados com os índices de perdas do Projeto de Pesquisa FINEP, Agopyan et al

(1998), foram aceitáveis, ficando situados quase sempre melhores que a média, com

exceção do bloco cerâmico. A seguir, estão apresentadas as conclusões obtidas

através de observações durante o período de coleta de dados no canteiro da obra

em estudo e da análise dos resultados.

Os resultados referentes às placas cerâmicas mostraram que a maior parcela

de perda deste material, neste estudo, foi devido a mudança de especificação do

material diferindo totalmente do projeto de paginação cerâmica inicial e

conseqüentemente resultando em um maior número de peças cortadas. Foi

constatado também neste trabalho que, o assentamento de piso cerâmico em juntas

diagonais gera muito mais corte, que o assentamento de piso cerâmico com juntas a

prumo, e que para a confecção de rodapés cerâmicos só são aproveitados as faces

opostas de uma mesma peça, sendo assim em uma peça de 41x41cm, eram

aproveitados somente dez centímetros de cada face, inviabilizando o uso do

restante da peça, caracterizando o desperdício de mais de 50% deste material para

realização deste serviço.

Ficou evidenciado nesta pesquisa, assim como em estudos anteriores que, a

principal causa de desperdício de concreto usinado em vigas e lajes, é a variação

dimensional das peças, principalmente em lajes que uma pequena variação de

espessura em um grande painel acabada gerando um acréscimo significativo no

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consumo total de concreto. Outro fator que foi percebido pelo observador no canteiro

da obra em estudo, era a falta de conferência da quantidade solicitada e paga em

relação a recebida, o que pode ter acarretado perdas deste material.

Para o estudo de revestimento usinado argamassado para contrapiso foi

verificado que as perdas geradas nestes serviços estão ligadas diretamente aos

acréscimos de espessuras e à não conferência da quantidades paga em relação à

recebida. Assim como neste estudo, este serviço também já foi abordado em

estudos anteriores (Pinto, 1989; Soibelman, 1993) e foi constatado que as causas de

variação de espessura de contrapiso estão relacionadas a problemas em atividades

predecessoras, como deformação de lajes e cobrimento de tubulações em piso.

No avaliação de bloco cerâmico foram estudados blocos com dimensões

diferentes, 9x19x24cm, 11,5x19x24cm e 14x19x24cm, e ficou evidenciado que a

variação dimensional não esta atrelada aos índices de perdas. Foi verificado, no

canteiro da obra em estudo durante o processo de coleta de dados, que os possíveis

causadores de perdas destacam-se a utilização de equipamentos de transporte

inadequados (carrinhos de mão e roldanas), a falta de controle da quantidade

recebida. Na obra fazia-se o pedido do meio bloco para a amarração das paredes,

reduzindo assim cortes em local, porém a falta de modulação no pé direito dos

pavimentos fazia com que houvesse grande desperdício do material para

adequações no encontro com lajes e vigas.

De maneira geral, mais do que mensurar os índices de perdas e propor um

conjunto de soluções para as mesmas, este trabalho buscou disseminar o

conhecimento sobre as perdas nos processos produtivos, tentando desenvolver uma

capacidade de percepção das pessoas (engenheiros, arquitetos), para que estes

consigam visualizar como as perdas se originam na realidade e que grande parcela

delas são previsíveis e evitáveis, podendo assim combatê-las.

Por fim com base nas conclusões obtidas e descritas acima, é possível

afirmar que, os objetivos propostos no inicio da presente pesquisa foram atingidos

satisfatoriamente.

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SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS

Com o andamento dessa pesquisa foram surgindo idéias a serem

implementadas no trabalho, porém estas implementações demandavam um intervalo

de tempo grande para concretização das mesmas, não sendo possível aplicação

das idéias para a realização de um estudo mais completo. Foram então

selecionadas algumas sugestões para futuros estudos possam dar continuidade ao

presente trabalho.

a) avaliar as perdas, mensurando-as também financeiramente, para que

possam causar um impacto maior, alertando mais a construção civil para os

prejuízos causados;

b) desenvolvimento de métodos de controle de perdas que possam ser

inseridos nos sistemas de informação das empresas, de forma que a visão

mais ampla das perdas torne-se parte da cultura destas;

c) implantar um programa política de prêmios à mão-de-obra baseada em

racionalização de consumo de materiais, avaliando as suas conseqüências.

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REFERÊNCIAS

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KUSTER, L. D. Sustentabilidade na construção civil: diminuição de resíduos em obras. UNASP-EC. 2007. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Técnicas de pesquisa. In:_____. Fundamentos da metodologia científica. 2. ed. São Paulo, 2006. MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1996. MESSEGUER, A. Controle e garantia da qualidade na construção. São Paulo: SINDUSCON, 1991. OHNO, T. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre: Editora Bookman, 1997. PINTO, T. De volta à questão do desperdício. Construção. São Paulo, n.271, p.34-35, dez. 1995. PIOVEZAN JUNIOR, G. T. A.; SILVA, C. E. Investigação dos resíduos da construção civil (RCC) gerados no município de Santa Maria-RS: um passo importante para a gestão sustentável. In: 24° Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2007, Belo Horizonte. Anais do 24° Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. , 2007. v.1. p.1 – 8. ROESCH, S. Projetos de estágio do curso de Administração: guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalho de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 1996. ROSÁRIO, I. C. N. Avaliação da influencia do controle dimensional das alvenarias na racionalização construtiva: estudo de caso em empresas da construção civil na Bahia. Monografia apresentada ao curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Feira de Santana para a obtenção do titulo de Bacharel em Engenharia Civil. Feira de Santana, 2008. SACOMANO, J. B. et al. Administração de produção na construção civil: o gerenciamento de obras baseado em critérios competitivos. São Paulo: Arte e Ciência, 2004. SARCINELLI, W. T. Construção enxuta através da padronização de tarefas e projetos. Monografia apresentada à Universidade Federal de Minas Gerais para obtenção do título de especialista em Construção Civil. Vitória, 2008. SHINGO, S.: O Sistema Toyota de Produção do ponto de Vista da Engenharia de Produção. Bookman, Porto Alegre, RS, 1996a. SILVA, E. L. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed. rev. atual. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001. SOIBELMAN, L. As perdas de materiais na construção de edificações: Sua incidência e controle. Porto Alegre, 1993. Dissertação (Mestrado em

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Engenharia) - Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. SOUZA, R. et al. Sistema de gestão da qualidade para empresas construtoras. São Paulo. PINI, 1994. SOUZA, U. E. L. et al. Perdas de materiais nos canteiros de obras: a quebra do mito. Qualidade na Construção, São Paulo, v. 13, p. 10 - 15, 30 dez. 1994. SOUZA, U. E. L. Redução do desperdício de materiais através do controle do consumo em obra. In: XVII ENEGEP, Gramado-RS, 1997. Anais (CD-ROM). Gramado, UFRGS, 1997. 8p. SOUZA, U. E. L. Como reduzir perdas nos canteiros: manual de gestão do consumo de materiais na construção civil. São Paulo: PINI, 2005. TACLA, Z. O livro da arte de construir. São Paulo: Unipress, 1984. VARGAS, C. et al. Avaliação de perdas em obras – aplicação de metodologia expedita. Anais do 17° Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Gramado, 1997. YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. ZORDAN, S. E. A utilização do entulho como agregado, na confecção do concreto. Campinas. 1997. 140p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP. WOMACK, J. P. et al. A máquina que mudou o mundo. 2. Ed., Rio de Janeiro Editora Campus. 1990.

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ANEXO A – DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO BLOCO CERÂMICO

DADOS RELATIVOS AOS MATERIAIS:

TIJOLOS E BLOCOS

PLANILHA Nº 01

A. Identificação da obra

Observador: Humberto Soares Data:

B. Especificação do material

C. Serviços nos quais o material é utilizado

Alvenaria x Outro: _______________________o

D. Lista de verificação

Item Sim Não

Não se

aplica Recebimento

1. Existe procedimento sistematizado do controle da quantidade no recebimento do

material

X

2. É feito algum ensaio ou verificação para aceitação do produto? Se sim, quais?

oNBR 6136

oNBR 7173

oNBR 7171

ooutros: ___________

X

3. Existe local de recebimento pré-definido no canteiro X

4. O material é descarregado no local definitivo de armazenagem (não há duplo

manuseio)

X

5. Existe dispositivo para reduzir o esforço do operário no descarregamento?

Se sim, quais?

o carrinhos o pallets o outros: ____________

X

Estocagem

6. A base de armazenamento é plana X

7. O material está protegido de chuvas no local de estocagem X

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8. Há proteção contra umidade e solo na base X

9. Altura máxima da pilha é menor ou igual a 1,5m X

10. O material é paletizado X

11. Cada pilha é constituída pelo mesmo tipo de componente (material e dimensões) X

DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS:

ELEVAÇÃO DE ALVENARIA

PLANILHA Nº 01.1

A. Identificação

Observador: Humberto Soares Data:

B. Características gerais do serviço

Tipo de mão-de-obra

contratada xprópria osubempreitada

Forma de contratação

dos serviços xpor hora opor tarefa

Equipamento de

transporte do

estoque/produção ao

posto de trabalho

Blocos / tijolos Argamassa

Com decomposição de movimento

Horizontal Vertical Horizontal Vertical

ojerica

xcarrinho de mão

ocarrinho c/ base

plana e quatro rodas

ocarrinho porta-pallet

ooutro: _______

oeleva

or de

obra

oguinch

o de

coluna

(velox)

xoutro

Roldana

ojerica

xcarrinho de mão

ocarrinho c/ base plana e

quatro rodas

ocarrinho porta-pallet

ooutro: _______

oelevador de

obra

oguincho de

coluna (velox)

xoutro Roldana

Sem decomposição de movimentos

ogrua o grua obomba

Equipamento e Marcação Elevação

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ferramentas de marcação

e elevação

onível laser

onível alemão

xnível de mangueira

odesempenadeira estreita

oescantilhão

oserra elétrica manual ou serra de bancada com

disco refratário para corte de blocos

oargamassadeira de eixo horizontal para mistura

de argamassa industrializada no andar

osuporte metálico provido de rodas para apoio

dos caixotes

xcavaletes e plataformas para andaimes (todos

metálicos)

obisnaga

xcolher de pedreiro

o_______________________

C. Projeto

ITENS DE VERIFICAÇÃO Sim Não

Não se

aplica

1. Há projeto específico de alvenaria. X

2. Caso afirmativo, anotar os itens que o compõe:

oplanta específica identificando todas as interfaces com os subsistemas de

instalações elétrica e hidráulicas;

oElevação de cada alvenaria contendo as posições de eletrodutos e caixinhas de

elétrica;

oElevação de cada alvenaria contendo as posições das tubulações hidrosanitárias;

oElevação de cada alvenaria contendo a definição de quais juntas verticais são

argamassadas ou não;

oPosição e detalhamento de ferro cabelo ou barras dobradas em “U”;

oEspecificação do tipo e traço da argamassa a ser utilizada no assentamento;

oPlanejamento da sequência de execução da alvenaria

D. Planejamento e organização da execução

ITENS DE VERIFICAÇÃO

Logística

1. Existe um planejamento no sequenciamento da execução das alvenarias nos

pavimentos.

X

2. Em tendo-se o planejamento do sequenciamento da execução das alvenarias, em

cada pavimento executam-se primeiramente as alvenarias de periferia e em torno

das caixas dos elevadores.

X

3. Ainda, em tendo-se o planejamento do sequenciamento da execução das

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alvenarias, a execução das alvenarias internas inicia-se pelas mais distantes à s

mais próximas do local de descarregamento dos blocos no pavimento.

X

4. Realiza-se o planejamento do transporte da argamassa do local de produção ao

local de aplicação, ou seja, existem caminhos previamente definidos para o

transporte horizontal de argamassa do local de produção ao local de aplicação.

X

Organização do posto de trabalho

1. A quantidade de blocos/tijolos é levado ao pavimento na quantidade exata a ser

utilizada, visando não haver sobras.

X

2. Há um sistema de solicitação de argamassa ao local de produção que evite as

sobras no local de aplicação.

X

3. Os blocos/tijolos são armazenados próximos ao posto de trabalho, não há duplo

manuseio.

X

Transporte dos materiais

1. Os caminhos, quando não estão protegidos pela estrutura, são protegidos da

ação da chuva.

X

2. As rampas existentes no trajeto (produção-aplicação) têm inclinação inferior a

10%.

X

3. As condições do trajeto são isentas de saliências ou depressões, ou seja, a base

está regularizada.

X

E. Procedimentos de execução e controle

ITENS DE VERIFICAÇÃO Sim Não Não se

aplica

1. Há procedimentos documentados de execução da alvenaria. X

2. Há procedimentos documentados de verificação e controle da execução da

alvenaria

X

F. Processo de execução

ITENS DE VERIFICAÇÃO

Marcação Sim Não Não se

aplica

1. Realiza-se a marcação da primeira fiada de elevação X

2. Os eixos principais do edifício, os quais definirão a marcação da alvenaria, são

demarcados na laje através de uma mestra de argamassa nivelada.

X

3. Antes do assentamento da primeira fiada é realizado o mapeamento da laje com

auxílio do nível alemã o ou nível a laser a fim de se identificar o ponto mais alto, que

será tomado como nível de referência para definir a cota da primeira fiada.

X

4. Antes do assentamento da primeira fiada, é realizada a distribuição dos

blocos/tijolos da mesma, sem argamassa de assentamento, de maneira a verificar e

X

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corrigir eventuais falhas de posicionamento de instalações embutidas.

Elevação

1. É realizado o chapiscamento dos pontos da estrutura de concreto que ficará em

contato com a alvenaria

X

2. Esse chapiscamento é feito 72 horas antes da elevação da alvenaria nestes

pontos.

X

3. As juntas verticais de alvenaria são preenchidas com argamassa somente nos

seguintes casos:

X

ofiadas de marcação;

oblocos em contato com pilares (juntas de até 20 mm) e a junta vertical seguinte; X

oblocos nas intersecções entre paredes e a junta vertical seguinte; X

oparedes sobre lajes em balanço; X

oparedes muito esbeltas (relação altura/espessura superior a 30); X

oParedes sujeitas a empuxos (de subsolos por exemplo); X

oparedes de fachadas (devem ser estanques); X

oparedes com juntas maiores que 5 mm que receberão revestimento de pequena

espessura (gesso, por exemplo);

X

oparedes de pavimentos superiores, em edifícios de mais de 20 andares, sujeitas a

intensos esforços de vento;

X

oparedes com extremidade superior livre (platibanda, muros); X

oparedes muito seccionadas (devido a cortes para embutimento de instalações, por

exemplo);

X

otrechos de alvenaria com extremidade livre de comprimento menor que um terço

da altura da parede;

X

4. A colocação de ferro cabelo se dá nos seguintes casos:

oparedes sobre lajes em balanço, mesmo com viga de borda; X

oparedes com comprimento superior a 12 m; X

otrechos de alvenaria com extremidade livre de comprimento menor que um terço

da altura da parede;

X

oparedes com extremidade superior livre (platibandas, muros); X

oparedes do primeiro pavimento sobre pilotis, em estruturas muito deformáveis; X

osituações pouco comuns, com intensos esforços na interface laje-pilar. X

5. Utiliza-se escantilhão para a elevação da alvenaria. X

6. Em paredes com previsão de quadros ou caixas de instalações, utiliza-se

gabaritos de madeira ou similar do tamanho dos quadros ou das caixas para que o

vã o fique moldado.

X

7. Eventuais desaprumos ou desalinhamentos da estrutura são corrigidos na

definição do posicionamento da fiada de marcação, procurando-se sempre localizar

o menor preenchimento para o lado externo (fachada) e minimizando a espessura

X

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do revestimento.

8. Os blocos da 1ª fiada onde será fixado rodapé de madeira são preenchidos com

argamassas.

X

Fixação da parede junto a estrutura

1. A fixação da alvenaria (ultima fiada junto a estrutura) é feita com argamassa, e

não através de encunhamento com tijolos maciços.

X

2. Em paredes internas, a camada de argamassa de fixação da alvenaria junto à

estrutura preenche totalmente a espessura da parede.

X

3. Em paredes externas, preenche-se com argamassa de fixação apenas 2/3 da

espessura da paredes, sendo que o 1/3 restante é preenchido durante o

chapiscamento da fachada.

X

4. Existe anteparo junto à alvenaria, evitando que a argamassa caia no chão e

consequentemente possa ser reutilizada.

X

5. Realiza-se a fixação da última fiada à estrutura partindo-se dos pavimentos

superiores em direção aos inferiores.

X

PLANILHA 02 - QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS – BLOCO CERÂMICO

OBRA: CROQUI:

DESCRIÇÃO: BLOCO CERÂMICO 6 FUROS OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES

PAVIMENTO: TÉRREO, SUPERIOR E

COBERTURA DATA:

AMBIENTE DIMENSÃO DO

BLOCO (cm)

COMPRIMENTO

(m) ALTURA (m)

ÁREA

(m²)

ANEXO LATERAL PAV.

TÉRREO 9X19X24cm 88,95 3,80 338,01

ANEXO LATERAL 11,5X19X24cm 39,67 3,50 138,85

ANEXO FUNDO PAV.

TÉRREO 9X19X24cm 66,79 3,80 253,80

ANEXO FUNDO 11,5X19X24cm 74,5 3,50 260,75

NAVE 9X19X24cm 70,31 6,10 428,89

NAVE 14X19X24cm 123,16 8,00 985,28

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ATRIO 11,5X19X24cm 25,97 7,70 199,97

PLATIBANDA NAVE E

ANEXOS 11,5X19X24cm 264,34 2,75 726,94

PLATIBANDA

SUBESTAÇÃO 11,5X19X24cm 50,6 0,80 40,48

ANEXO LATERAL PAV.

SUPERIOR 9X19X24cm 122,19 3,60 439,88

ANEXO FUNDO PAV.

SUPERIOR 9X19X24cm 24,57 3,25 79,85

PILARETES DO

TELHADO 14X19X24cm

136,8

OBS: A aréa utilizada para os pilaretes é ficticia, pois sabe-se que foram utilizados 3000,00 blocos para execução dos mesmos.

PLANILHA 03 - RESUMO – QUANTIFICAÇÃO DE BLOCO CERÂMICO

DESCRIÇÃO QUANTIDADE

(m²)

ÁREA 1

BLOCO UNIDADES

Bloco cerâmico

9X19X24cm 1540,44 0,0504 33781,57

Bloco cerâmico

11,5X19X24cm 1366,98 0,0525 26037,70

Bloco cerâmico

14X19X24cm 985,28 0,0525 21176,19

PLANILHA 04 - CONTROLE DE RECEBIMENTO DE MATERIAL – BLOCO CERÂMICO

OBRA: PAVIMENTO: SUPERIOR E COBERTURA

DESCRIÇÃO: BLOCO CERÂMICO 6 FUROS OBSERVADOR: ANGELO BARRETO

DESTINO: PAREDES DATA:

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DESCRIÇÃO DO

MATERIAL

DIMENSÕES

DO BLOCO

(cm)

NÚMERO DA

NOTA FISCAL

DATA DO

RECEBIMENTO

QUANTIDADE

EM UNIDADES

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 11,5x19x24 1190 2/9/2009 4500,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 11,5x19x24 38254 2/9/2009 5000,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 9X19X24 38351 16/9/2009 6500,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 11,5x19x24 38365 17/9/2009 5000,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 14X19X24 38389 23/9/2009 4300,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 9X19X24 38421 26/9/2009 6500,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 9X19X24 38444 30/9/2009 5000,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 14X19X24 38458 1/10/2009 4300,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 9X19X24 38467 3/10/2009 3000,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 11,5x19x24

14/10/2009 5500,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 11,5x19x24 38603 24/10/2009 5000,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 11,5x19x24 38615 26/10/2009 5000,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 14X19X24 38635 28/10/2009 4300,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 9X19X24

4/11/2009 5000,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 14X19X24 38672 4/11/2009 2000,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 11,5x19x24 38672 4/11/2009 5000,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 9X19X24 38750 17/11/2009 6500,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 14X19X24 3541 17/11/2009 4300,0

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Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 9X19X24

18/11/2009 6500,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 14X19X24

19/11/2009 4300,0

Bloco cerâmico de

vedação, 6 furos 14X19X24

4300,0

PLANILHA 05 - RESUMO – BLOCO CERÂMICO

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

QUANTIDADE

PREVISTA EM

UNIDADES

QUANTIADE

UTILIZADA

EM

UNIDADES

DIFERENÇA

EM

UNIDADES

DIFERENÇA

EM %

Bloco cerâmico 9X19X24cm 30564,99 39000,0 8435,72 27,6

Bloco cerâmico 11,5X19X24cm 26037,70 35000,0 8962,30 34,42

Bloco cerâmico 14X19X24cm 21176,20 27800,0 6623,81 31,28

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ANEXO B - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO

REVESTIMENTO CERÂMICO (PAREDE E PISO)

DADOS RELATIVOS AOS MATERIAIS:

REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO E PAREDE

PLANILHA Nº 01

A. Identificação da obra Observador: Humberto Soares Data:

B. Especificação do material

C. Serviços nos quais o material é utilizado

xRevestimento cerâmico para piso xRevestimento cerâmico para parede

Outros: ___________________________________

D. Lista de verificação

Item de verificação Sim Não Não se aplica

Recebimento

1. Existe procedimento sistematizado do controle da quantidade no recebimento

do material

X

2. É feito algum ensaio ou verificação para aceitação do produto?

Se sim, quais?

oNBR 5644

oNBR 6133

ooutros: ___________

oNBR 9457

X

3. Existe local de recebimento pré-definido no canteiro X

4. O material é descarregado no local definitivo de armazenagem (não há duplo

manuseio)

X

Estocagem

5. A base de armazenamento é plana X

6. O local de estocagem está protegido de intempéries. (umidade e acúmulo de

pó) pois podem prejudicar as características de aderência)

X

7. Na mesma pilha só há um tipo de material X

8. Na mesma pilha só há peças de mesmas dimensões X

9. A altura da pilha é menor ou igual a 1,60 m. X

10. Existem coisas sobre as pilhas de revestimento cerâmico. (Ex. Sacos de

cimento)

X

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11. O estoque do material é isolado, ou seja, de difícil acesso à maioria das

pessoas. (evitar roubos)

X

DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS: PAREDE - REVESTIMENTO CERÂMICO

PLANILHA Nº 01.1

A. Identificação

Observador: Humberto Soares Data:

B. Características gerais do serviço

Tipo de mão-de-obra contratada

xprópria osubempreitada

Forma de contratação dos serviços

xpor hora opor tarefa

Equipamento de transporte do revestimento cerâmico do estoque ao posto de

trabalho

Com decomposição de movimento Horizontal Vertical

ojerica xcarrinho de mão opallets ona mão ooutro__________________

oelevador de obra oguincho de coluna (velox) ona mão Xoutro Roldana

Sem decomposição de movimentos ogrua

Equipamentos e ferramentas utilizadas na execução do revestimento

cerâmico

Controle geométrico

xesquadro de alumínio xrégua de alumínio o ________________

Preparo e aplicação argamassa

xcolher de pedreiro xdesempenadeira dentada o ________________

Preparo e aplicação dos revestimentos

cerâmicos

o riscador com broca de vídia de ¼ ” o cortador mecânico x “makita” com disco adiamantado o serra-copo diamantada x martelo de borracha o _______________________________

Rejuntamento o rodo (com ou sem cabo) x espátula plástica 1

C. Projeto

ITENS DE VERIFICAÇÃO Sim Não Não se aplica

As definições das características pertinentes à execução revestimento cerâmico

(parede) sã o previstas no projeto arquitetônico.

X

Caso afirmativo, anotar os itens que o compõe:

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oTipos de revestimento de parede a serem utilizados; X

oMateriais e técnicas de fixação empregadas; X

oCaracterização da natureza do substrato; X

oEspecificação e caracterização dos detalhes construtivos. X

oPaginação de cada parede a ser revestida X

D. Planejamento e organização da produção

ITENS DE VERIFICAÇÃO

1. O revestimento cerâmico é executado de tal forma que não haja o tráfego de

pessoas e equipamentos nos ambientes já revestidos.

X

Organização do posto de trabalho

1. As dimensões do equipamento de transporte (tanto da argamassa quanto do

revestimento cerâmico) são compatíveis com as dimensões (largura) das portas.

X

2. Entrega-se o número mínimo de caixas de revestimento cerâmico em cada posto

de trabalho objetivando a menor sobra possível.

X

3. O pedreiro tem a paginação em mãos para a execução do revestimento cerâmico. X

Transporte dos materiais

1. Os caminhos, quando não estão protegidos pela estrutura, são protegidos da ação

da chuva.

X

2. As rampas existentes no trajeto (estoque-aplicação) têm inclinação inferior a 10%. X

3. O trajeto é isento de saliências ou depressões, ou seja, a base está regularizada. X

4. Os componentes estão acondicionados na própria caixa (embalagem) em que

foram entregues.

X

E. Procedimentos de execução e controle

ITENS DE VERIFICAÇÃO

1. Há procedimentos documentados de execução do revestimento cerâmico. x

2. Há procedimentos documentados de verificação e controle da execução do

revestimento cerâmico.

x

F. Processo de execução

ITENS DE VERIFICAÇÃO

Condições para o início do serviço

1. O emboço a ser revestido está concluído há pelo menos 14 dias, apresentando

textura áspera. (geralmente obtida com sarrafeamento leve e desempeno com

desempenadeira)

X

2. Os contramarcos estão chumbados. X

3. Os batentes estão chumbados ou pelo menos estão com suas referências

definidas.

X

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4. As instalações elétricas e hidráulicas estão concluídas. X

5. As instalações elétricas e hidráulicas estão testadas. X

6. Verifica-se o prumo das paredes, corrigindo qualquer irregularidade. X

7. Verifica-se o esquadro das paredes, corrigindo qualquer irregularidade. X

8. Verifica-se a planicidade das paredes, corrigindo qualquer irregularidade. X

Execução da camada de fixação

1. Prepara-se a superfície a ser revestida removendo-se a poeira, partículas soltas,

graxas e outros resíduos. (geralmente feito com o uso de lixas, vassouras e escovas).

X

2. Utiliza-se argamassa adesiva industrializada para o assentamento do revestimento. X

3. No caso de assentamento das peças cerâmicas com argamassa adesiva, é

obedecido o tempo de descanso especificado pelo fabricante.

X

4. A argamassa adesiva é aplicada com desempenadeira dentada. (a aplicação dessa

argamassa deve-se iniciar com o lado liso da desempenadeira, imprimindo-se uma

pressão suficientemente forte para que a argamassa adira ao substrato; a seguir,

passa-se a desempenadeira com o lado dentado, formando cordões)

X

Aplicação do revestimento cerâmico

1. Realiza-se o umedecimento para os revestimentos executados sob sol intenso ou

sujeitos a muito vento e baixa umidade relativa do ar.

X

2. As peças cerâmicas não são umedecidas antes do assentamento, a menos que

haja uma recomendação do fabricante. (antigamente as cerâmicas eram mais

porosas, exigindo-se a prática de umedecê-las)

X

3. Caso as peças cerâmicas apresentem o tardoz recoberto por uma camada de pó, a

mesma é removida com um pano.

X

4. Utilizam-se espaçadores plásticos para garantir a uniformidade das juntas. X

5. Os azulejos sã o assentados com uma folga de 5 mm em relação aos pisos, de

modo a evitar o remonte das peças sobre os pisos.

X

Rejuntamento

1. Utiliza-se argamassa adesiva industrializada. X

2. O rejuntamento das peças é feito após um período mínimo de 48 horas do

assentamento.

X

3. Em utilizando-se pasta de cimento ao invés de um produto industrializado

específico, a mesma é aplicada somente para juntas de espessura menor ou igual a 2

mm.

X

4. Para espessuras de juntas maiores que 2 mm e menores que 5 mm, utiliza-se

argamassa de cimento e areia fina na proporção em volume de materiais úmidos 1:1.

(motivo: fissuração)

X

5. Para espessuras de juntas maiores que 5 mm, utiliza-se argamassa de cimento e

areia fina na proporção em volume de materiais úmidos 1:2. (motivo: fissuração)

X

6. As juntas sã o frisadas. (o frisamento das juntas proporciona maior compacidade X

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das mesmas, diminuindo a porosidade e consequentemente aumentando a

estanqueidade; recomenda-se o uso de madeira ou fio elétrico encapado)

DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS:

PISO REVESTIMENTO CERÂMICO

PLANILHA Nº 01.2

A. Identificação

Observador: Humberto Soares Data:

B. Características gerais do serviço

Tipo de mão-de-obra contratada

xprópria osubempreitada

Forma de contratação dos serviços

xpor hora opor tarefa

Equipamento de transporte do revestimento cerâmico do estoque ao posto de

trabalho

Com decomposição de movimento Horizontal Vertical

ojerica xcarrinho de mão opallets ona mão ooutro___________

oelevador de obra oguincho de coluna (velox) ona mão Xoutro Roldana

Sem decomposição de movimentos ogrua

Equipamentos e ferramentas utilizadas na execução do revestimento

cerâmico

Controle geométrico xnível de mangueira onível a laser onível alemão xesquadro de alumínio o________________

Aplicação da argamassa xcolher de pedreiro xdesempenadeira dentada o ________________

Preparo e aplicação dos revestimentos cerâmicos

o riscador com broca de vídia de ¼ ” o cortador mecânico x “makita” com disco adiamantado o serra-copo diamantada x martelo de borracha o torquês o _______________________________

C. Projeto

ITENS DE VERIFICAÇÃO Sim Não Não se

aplica Há projeto específico para o contrapiso sobre o qual se executará o piso cerâmico. X

No caso de não se ter projeto específico de contrapiso, as definições das características

do revestimento de piso cerâmico sã o previstas no projeto de arquitetura.

X

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Em caso afirmativo (em pelo menos uma das perguntas anteriores),

anotar os itens contemplados no(s) projeto(s):

onível acabado de todos os ambientes; X

otipos de revestimento de piso a serem utilizados; X

omateriais e técnicas de fixação empregadas; X

oindicação de áreas que serão impermeabilizadas e a sua espessura; X

ocaracterização da natureza do substrato (contra piso ou laje acabada); X

oespecificação e caracterização de detalhes construtivos. X

opaginação de cada piso a ser revestido X

D. Planejamento e organização da execução

ITENS DE VERIFICAÇÃO

Logística

1. O revestimento cerâmico é executado de tal forma que não haja o tráfego de pessoas e

equipamentos nos ambientes já revestidos.

X

Organização do posto de trabalho

1. As dimensões do equipamento de transporte (tanto da argamassa quanto do

revestimento cerâmico) são compatíveis com as dimensões (largura) das portas.

X

2. Entrega-se o número exato de caixas de revestimento cerâmico em cada posto de

trabalho objetivando a menor sobra possível.

X

3. O pedreiro tem a paginação em mãos para a execução do revestimento cerâmico. X

Transporte dos materiais

1. Os caminhos, quando não estão protegidos pela estrutura, são protegidos da ação da

chuva.

X

2. As rampas existentes no trajeto (estoque-aplicação) têm inclinação inferior a 10%. X

3. As condições do trajeto são isentas de saliências ou depressões, ou seja, a base está

regularizada.

X

4. Os componentes estão acondicionados na própria caixa (embalagem) em que foram

entregues

X

E. Procedimentos de execução e controle

ITENS DE VERIFICAÇÃO

1. Há procedimentos documentados de execução do revestimento cerâmico. X

2. Há procedimentos documentados de verificação e controle da execução do

revestimento cerâmico.

X

F. Processo de execução

ITENS DE VERIFICAÇÃO

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Condições para o início do serviço

1. O substrato (contra piso) a ser revestido está concluído há pelo menos 14 dias. (nos

primeiros 7 dias após a execução do contra piso ocorre a maior parte das tensões de

retração)

X

2. O substrato (contra piso/laje acabada) no qual será assentado o revestimento cerâmico

foi acabado com desempenadeira de madeira

X

3. A impermeabilização dos pisos que a requerem está concluída. X

4. Nestes pisos, a impermeabilização está testada. X

5. É verificado o nível do contra piso em toda área a ser revestida, visando eventuais

reparos ao substrato previamente ao assentamento.

X

6. Prepara-se a superfície a ser revestida removendo-se poeira, partículas soltas, graxas e

outros resíduos. (geralmente usam-se lixas, vassouras e escovas)

X

7. É feita a verificação dos rebaixos previstos em projetos em relação a outros pisos e

ou/ambientes.

X

8. É feita a verificação do esquadro do ambiente. (ortogonalidade entre vedações

verticais)

X

10. Verifica-se os caimentos necessários para os ralos e canaletas. X

11. Executam-se juntas de movimentação do piso nos encontros com superfícies verticais

(paredes, pilares)

X

12. As possíveis juntas da estrutura de concreto sã o mantidas no piso cerâmico. X

13. Essas juntas são preenchidas com material deformável. X

14. Antes do assentamento do revestimento cerâmico propriamente dito, espalha-se sobre

a superfície a ser revestida (ambiente) duas fiadas ortogonais a fim de se acertar as

dimensões das juntas e de modo a se ter o mínimo de recorte possível.

X

Execução da camada de fixação

1. No caso de assentamento das peças cerâmicas com argamassa adesiva, é obedecido o

tempo de descanso especificado pelo fabricante

X

2. A argamassa adesiva é aplicada com desempenadeira dentada. (a aplicação dessa

argamassa deve-se iniciar com o lado liso da desempenadeira, imprimindo-se uma

pressão suficientemente forte para que a argamassa adira ao substrato; a seguir, passa-se

a desempenadeira com o lado dentado, formando cordões)

X

3. Para o caso de “contra piso zero”, onde as peças cerâmicas são assentadas sobre a

laje, é empregada argamassa colante flexível, formulada especialmente para obter-se

maior capacidade de absorção de deformações.

X

Aplicação do revestimento cerâmico

1. As peças cerâmicas não são umedecidas antes do assentamento, a menos que haja

uma recomendação do fabricante. (antigamente as cerâmicas eram mais porosas,

exigindo-se a prática de molhá-las antes do assentamento)

X

2. Caso as peças cerâmicas apresentem o tardoz recoberto por uma camada de pó , a X

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mesma é removida com um pano.

3. A aplicação dos componentes cerâmicos sobre a argamassa adesiva ocorre antes da

formação de uma película esbranquiçada sobre os cordões. (essa película indica o término

do tempo de abertura (assentamento), não sendo possível a aderência dos componentes

cerâmicos com o substrato; uma boa argamassa adesiva deverá apresentar pelo menos

um tempo de abertura de 20 minutos)

X

4. Em tendo-se pequenas variações toleráveis na ortogonalidade, procura-se “disfarçá-las”

o máximo possível, fazendo com que os arremates sejam realizados nos lugares menos

visíveis (atrás das portas ou pias, vasos sanitários etc.)

X

5. Caso as peças cerâmicas sejam lavadas com água, as mesmas são utilizadas somente

quando estiverem totalmente secas.

X

6. Utilizam-se espaçadores plásticos para garantir a uniformidade das juntas. X

Rejuntamento

1. Utiliza-se material industrializado para a execução do rejuntamento. X

2. Em utilizando-se pasta de cimento ao invés de um produto industrializado específico, a

mesma é aplicada somente para juntas de espessura menor ou igual a 2 mm.

X

3. Para espessuras de juntas maiores que 2 mm e menores que 5 mm, utiliza-se

argamassa de cimento e areia fina na proporção em volume de materiais úmidos 1:1.

(motivo: fissuração)

X

4. Para espessuras de juntas maiores que 5 mm, utiliza-se argamassa de cimento e areia

fina na proporção em volume de materiais úmidos 1:2. (motivo: fissuração)

X

5. As juntas são frisadas. (o frisamento das juntas proporciona maior compacidade das

mesmas, diminuindo a porosidade e consequentemente aumentando a estanqueidade;

recomenda-se o uso de madeira ou fio elétrico encapado)

X

6. Para casos de “contrapiso zero”, houve a preocupação em se executar juntas com

espessuras maiores que a convencional objetivando aumentar a capacidade de absorção

de deformações.

X

PLANILHA 02 - QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS – CERÂMICA (PAREDE E PISO)

OBRA: CROQUI:

DESCRIÇÃO: PLACAS CERÂMICAS OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES

PAVIMENTO: TÉRREO DATA:

PAREDE M² PISO M²

AMBIENTE PERIMETRO ALTURA ARÉA EL.

PISO

FORMA

SLIM

BRANCO

URBANUS

GRAY

41X41cm

CARGO

PLUS

BONE

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31X31cm 31X31cm

SEGURANÇA

13,03 0,10

13,03

COPA 8,00 3,00 4,00 0,10 22,11 4,00

DESC. 8,46 3,00 4,15 0,10

4,15

BANH. 1 7,92 3,00 3,31 0,10 22,30 3,31

BANH. 2 8,03 3,00 3,37 0,10 22,62 3,37

COPA/A.SERV 13,10 3,00 10,47 0,10 34,86 10,47 4,07

IBURD

21,10 0,10

21,10

STA CEIA

29,33 0,10

29,33 7,34

OBREIRAS 13,08 3,00 10,53 0,10 35,85 10,53 3,91

OBREIRO 13,00 3,00 10,35 0,10 35,61 10,35 3,65

SANIT DEF. 7,95 2,75 3,92 0,35 20,18 3,92

SANIT. DEF. 7,95 2,75 3,92 0,35 20,18 3,92

SANT. MASC. 33,86 2,75 37,48 0,35 86,64 37,48

SANIT. FEM. 42,73 2,75 37,33 0,35 111,5 37,33

E.B.I. 04

24,34 0,35

24,34

SALA TIAS

9,92 0,35

9,92

BERÇARIO

30,23 0,35

30,23

E.B.I. 01

34,02 0,35

34,02

E.B.I. 02

32,18 0,35

32,18

E.B.I. 03

25,24 0,35

25,24

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PLANILHA 03 - RESUMO – QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇO, CERÂMICA (PAREDE E

PISO)

DESCRIÇÃO QUANTIDADE (m²) m²/CAIXA QUANTIDADE

CAIXAS

FORMA SLIM BRANCO

31X31cm 413,21 1,50 275,47

URBANUS GRAY 41X41cm 348,22 1,50 232,15

CARGO PLUS BONE

31X31cm 18,97 1,50 12,65

PLANILHA 04 - CONTROLE DE LIBERAÇÃO DE MATERIAL – CERÂMICA (PAREDE E PISO)

OBRA: PAVIMENTO: SUPERIOR E COBERTURA

DESCRIÇÃO: BLOCO CERÂMICO 6 FUROS OBSERVADOR: ANGELO BARRETO

DESTINO: PAREDES DATA:

AMBIENTE

QUANTIDADE REALMENTE UTILIZADA CAIXAS

FORMA SLIM

BRANCO 31X31cm

PAREDES

URBANUS GRAY

41X41cm PISO

CARGO PLUS BONE

31X31cm PISO

SEGURANÇA

10,00

COPA 16,00 3,00

DESC.

4,00

BANH. 1 16,00 3,00

BANH. 2 17,00 3,00

COPA/A.SERV. 25,00 8,00 3,00

IBURD

15,00

STA CEIA

22,00 4,00

OBREIRAS 25,00 8,00 3,00

OBREIRO 25,00 8,00 3,00

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SANIT DEF. 15,00 4,00

SANIT. DEF. 15,00 4,00

SANT. MASC. 60,00 28,00

SANIT. FEM. 78,00 28,00

E.B.I. 04

19,00

SALA TIAS

8,00

BERÇARIO

23,00

E.B.I. 01

26,00

E.B.I. 02

24,00

E.B.I. 03

20,00

PLANILHA 05 - RESUMO DA LIBERAÇÃO DO

MATERIAL, PAREDE

DESCRIÇÃO QUANTIDADE

EM CAIXAS

FORMA SLIM BRANCO 31X31cm 293,0

PLANILHA 06 – RESUMO DA LIBERAÇÃO DO

MATERIAL, PISO

DESCRIÇÃO QUANTIDADE

EM CAIXAS

URBANUS GRAY 41X41cm 268,0

CARGO PLUS BONE 31X31cm 13,0

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PLANILHA 07 – RESUMO REVESTIMENTO CERÃMICO PAREDE

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

QUANTIDADE

PREVISTA EM

CAIXAS

QUANTIADE

UTILIZADA

EM CAIXAS

DIFERENÇA

EM CAIXAS

DIFERENÇA

EM %

FORMA SLIM BRANCO

31X31cm 275,5 293 17,53 6,36

PLANILHA 08 - RESUMO PISO CERÂMICO

DESCRIÇÃO DO MATERIAL

QUANTIDADE

PREVISTA EM

CAIXAS

QUANTIADE

UTILIZADA

EM CAIXAS

DIFERENÇA

EM CAIXAS

DIFERENÇA

EM %

URBANUS GRAY 41X41cm 232,1 268,0 35,85 15,44

CARGO PLUS BONE

31X31cm 12,6 13,0 0,35 2,79

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ANEXO C - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE CONCRETO USINADO, VIGAS E LAJES

DADOS RELATIVOS AOS MATERIAIS: CONCRETO USINADO

PLANILHA Nº 01

A. Identificação da obra

Observador: Humberto Soares Data:

B. Especificação do material

C. Serviços nos quais o material é utilizado

xsuperestrutura de concreto

oinfraestrutura de concreto

ocontrapiso

Outro: __________________________o

D. Lista de verificação

Item Sim Não Não se

aplica

Recebimento

1. É feita a verificação se as características constantes na N.F. estão de acordo com

o prescrito na especificação. (módulo de elasticidade, resistência à compressão,

consist6encia expressa pelo abatimento do tronco de cone etc.)

2. Para cada caminhão recebido, verifica-se o abatimento do tronco de cone (slump

test).

3. Atenta-se para o horário de saída do caminhão da usina. (deve ter sido registrado

pelo relógio de ponto da concreteira no campo da NF)

4. Verifica-se o lacre da betoneira. (a bica de descarregamento do concreto deve

estar lacrada)

5. Faz-se a conferência quantitativa do volume de concreto entregue na obra.

(cubicagem das fôrmas, contagem do número de jericas etc.)

6. Para o caso de concreto bombeado, as sobras do cocho são aproveitadas.

7. Em dias de concretagem há sempre um pano de concretagem de pouca

importância estrutural por fazer a fim de se aproveitarem eventuais sobras (vergas,

contravergas, contrapisos etc.)

DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS:

LANÇAMENTO DO CONCRETO

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CONCRETO USINADO

PLANILHA Nº 01.1

A. identificação

Observador: Humberto Soares Data:

B. Características gerais do serviço

Tipo de mão-de-obra contratada xprópria osubempreitada

Forma de contratação dos

serviços xpor hora opor tarefa

Equipamentos de transporte

Com decomposição de movimentos

HORIZONTAL

Equipamento Pilar Viga Laje ____________

Jerica o o o o

Carrinho de mão o o o o

_____________ o o o o

VERTICAL

Equipamento Pilar Viga Laje ____________

Elevador de obra o o o o

Moitão/balde 1 o o o o

Sem decomposição de movimentos

Equipamento Pilar Viga Laje ____________

Grua o o o o

Bomba o x x o

_____________ o o o o

Classificação das lajes quanto

ao padrão de acabamento

oLajes convencionais (aquelas em que não existe, durante a execução, um

controle efetivo do seu nivelamento e rugosidade superficial)

xLajes niveladas (existe um controle do seu nivelamento de maneira que a

camada de contrapiso seja aplicada com uma espessura mínima)

oLaje acabada (leva em consideração, além dos aspectos de nivelamento,

também a planeza e a rugosidade superficial, dispensando a camada de

contrapiso

ono pavimento tipo, podem existir dois ou os três tipos de laje. Neste caso,

fazer um croqui identificando a classificação de cada uma

Equipamento de marcação,

nivelamento e de prumo

Marcação Nivelamento Prumo

oaparelho a laser

oequipamento óptico

oaparelho a laser

oequipamento óptico

oequipamento óptico

(teodolito)

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(teodolito)

ooutro _______

(teodolito)

onível alemão

xoutro Mestras 1

xoutro Prumo de Peso

Equipamentos utilizados no

acabamento da laje

o rolo assentador de

agregado tipo “rollergug”

o desempenadeira de cabo

longo tipo “bull float”

o desempenadeira de cabo

longo tipo “blue steel”

o desempenadeira metálica de cabo

curto tipo “back end”

o desempenadeira metálica de cabo

curto tipo “hand float”

o desempenadeira motorizada tipo

“power float” ou “enceradeira”

o desempenadeira motorizada tipo

“power troweler” ou “helicó ptero”

C. Projeto

ITENS DE VERIFICAÇÃO Sim Não

Não

se

aplica

Existe projeto de produção para lançamento do concreto nas lajes x

Em caso afirmativo, anotar os itens que o compõe:

oplanta do pavimento contendo indicação do padrão de acabamento de cada

ambiente ou painel de concretagem

oplanta do pavimento contendo a definição dos painéis de concretagem

oplanta do pavimento contendo o sentido geral de concretagem

oplanta do pavimento contendo o sentido de concretagem em cada painel

oplanta do pavimento contendo o posicionamento e nível das taliscas

oplanta do pavimento contendo a posição das caixas de passagem

oplanta do pavimento contendo os caminhos de concretagem, incluindo a posição

inicial, remoção e relocação dos caminhos de concretagem (sistema de transporte

composto por jericas e elevador de obras)

D. Planejamento e organização da produção

Logística Sim Não

Não

se

aplica

1. É feito o planejamento da concretagem do pavimento de forma que o lançamento

do concreto termine junto à caixa de escada ou ao acesso de saída da laje

x

Organização do posto de trabalho

1. É feito o dimensionamento das equipes de trabalho, levando-se em consideração

o ciclo do transporte horizontal inferior, transporte vertical e do transporte horizontal

superior, no caso de concretagem com elevador de obras e jericas ou similar, ou

x

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levando-se em consideração o ciclo de operação da grua.

2. As áreas de acesso do concreto, desde a descarga do concreto até o elevador

de obras estão delimitadas e/ou desobstruídas

x

3. Verifica-se as instalações elétricas e os equipamentos (vibradores, guinchos etc.) x

4. Há um eletricista para a verificação da integridade das tubulações elétricas. x

5. Há um carpinteiro por frente de trabalho trabalhando sob as fôrmas verificando a

integridade e o seu completo preenchimento (pilar e viga) com auxílio de um

martelo de borracha.

x

6. É prevista um equipe de apoio para o controle e conferência dos níveis após o

desempeno da laje

x

Transporte dos materiais

1. As condições da base do trajeto entre a estocagem dos materiais e produção

são providas de alguma melhoria. (existe algum tipo de nivelamento com concreto

magro, tábuas entre outros)

x

2. Caso haja rampas no trajeto entre o estoque e o equipamento de mistura, as

mesmas possuem inclinação menor que 10 %.

x

3. No caso de se usar rampas de madeira, são pregados sarrafos a fim de evitar

que o operário e/ou equipamento escorreguem.

x

E. Procedimentos de execução e controle

1. Há procedimentos documentados de execução do lançamento do concreto. x

2. Há procedimentos documentados de verificação e controle da execução da

concretagem

x

F. Processo de execução

ITENS DE VERIFICAÇÃO

Condições para início do serviço Sim Não

Não

se

aplica

1. Os pés dos pilares estão tamponados entre a fôrma e o gastalho. (evitar

escorrimento da nata).

x

2. É feita a vedação das juntas entre os painéis da fôrma com fita adesiva. x

2. As armaduras são conferidas antes do início da concretagem. x

3. Confere-se a posição dos gabaritos utilizados para o rebaixo de lajes. x

4. Confere-se os gabaritos de locação dos furos na laje. x

5. Confere-se a colocação dos ganchos para a fixação posterior de bandejas de

proteção e amarração de torres de guincho.

x

6. Confere-se o posicionamento dos eletrodutos na laje. x

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7. Confere-se se os mesmos estão devidamente amarrados à armadura positiva da

laje.

x

8. O equipamento de transporte do concreto (jerica, caçamba etc.) é molhado antes

da concretagem.

x

9. Para o caso do bombeamento do concreto, as curvas da tubulação são travadas

(evitar problemas de empuxo)

x

10. As fôrmas são molhadas antes da concretagem (limpeza da mesma) x

Lançamento, adensamento do concreto

1. Tem-se o cuidado de não lançar grandes quantidades de concreto em pontos

isolados da fôrma.

X

2. Anteriormente à concretagem dos pilares, é lançada uma argamassa de cimento

e areia, objetivando impregnar a fôrma e a armadura e também formar uma camada

de argamassa no “pé” do pilar.

X

3. Usam-se gabaritos para rebaixos de lajes. Em caso afirmativo, anotar o tipo:

oMetálico oMadeira o outro _________________

X

4. Para a definição da espessura das lajes, utilizam-se taliscas. Em caso afirmativo,

anotar o tipo:

otaliscas com base e haste de PVC e corpo metálico

oargamassa

ooutra Mestra de Madeira

X

5. As taliscas estão espaçadas entre si por uma distância máxima de 2 m.

(adequação ao comprimento da régua de sarrafeamento.

X

6. Entre as taliscas são executadas mestras de concretagem. X

7. As aberturas na laje para a passagem de tubulações hidrosanitárias são previstas

com auxílio de cones metálicos. Caso negativo, anotar qual o dispositivo adotado:

Caixa de Madeira 11

X

8. A concretagem dos pilares é feita em camadas respeitando-se o comprimento da

agulha do vibrador. (aproximadamente, cada camada deve ter ¾ do comprimento da

agulha)

X

9. Para alturas de queda livre superiores a 2,5 metros, a concretagem é realizada

por etapas de 2,5 metros ou utiliza-se bombas ou funis.

X

10. É feito o mapeamento das regiões em que foram lançados os concretos de cada

caminhão betoneira.

X

11. Para o adensamento do concreto, a agulha é introduzida e retirada lentamente,

de modo que a cavidade formada se feche naturalmente.

X

LAJES ACABADAS

1. As fôrmas estão niveladas e conferidas com auxílio de um aparelho de nível a

laser. (deve ser posicionado em local estratégico de modo a abranger toda a área

da laje)

X

2. O nível das taliscas é ajustado e conferido com o aparelho de nível a laser. X

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3. O nível das mestras é verificado com aparelho de nível a laser. X

4. O nivelamento da laje, após o desempeno, é feito a cada faixa de 50 cm, com

auxílio de um aparelho de nível a laser.

X

5. Após o desempeno com madeira, aguarda-se cerca de uma hora para proceder

ao alisamento da superfície com o auxílio de um rodo-float.

X

PLANILHA 02 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS (VIGAS PAVIMENTOSUPERIOR)

OBRA: CROQUI:

OBJETO: VIGAS OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES

PAV.: SUPERIOR DATA:

VIGA DIMENSÃO cm) LARGURA (cm) e1 (cm) e2 (cm) e3(cm) e média(cm)

VS 1 12X60 12,00 11,90 12,10 12,00 12,00

VS 2 12X50 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00

VS 3 15X70 15,00 15,00 15,10 15,10 15,07

VS 4 15X60 15,00 14,90 14,90 15,00 14,93

VS 5 15X60 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00

VS 6 17X70 17,00 16,90 17,10 17,00 17,00

VS 7 15X40 15,00 14,90 15,20 15,10 15,07

VS 8 15X40 15,00 15,00 15,10 15,20 15,10

VS 9 15X50 15,00 15,00 15,40 15,10 15,17

VS 10 17X70 17,00 17,00 17,00 17,50 17,17

VS 11 17X70 17,00 17,00 17,00 17,00 17,00

VS 12 15X60 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00

VS 13 15X50 15,00 15,10 15,20 15,00 15,10

VS 14 12X60 12,00 12,40 12,40 12,20 12,33

VS 15 14X60 14,00 14,00 14,70 14,20 14,30

VS 16 20X60 20,00 20,60 21,00 20,50 20,70

VS 17 20X60 20,00

VS 18 12X60 12,00

VS 19 12X60 12,00 12,00 12,40 12,30 12,23

VS 20 19X60 19,00 19,20 19,40 19,40 19,33

VS 21 17X50 17,00

VS 22 17X50 17,00

VS 23 15X60 15,00 15,20 15,60 15,00 15,27

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VS 24 20X70 20,00 21,00 21,00 20,60 20,87

VS 25 20X70 20,00

VS 26 15X60 15,00

VS 27 15X60 15,00

VS 28 17X60 17,00 17,00 17,00 17,20 17,07

VS 29 12X40 12,00

VS 30 15X50 15,00

VS 31 15X50 15,00

VS 32 15X50 15,00

VS 33 12X50 12,00

VS 34 12X40 12,00

VS 35 15X50 15,00

VS 36 12X40 12,00

VS 37 15X50 15,00

VS 38 12X50 12,00

VS 39 15X50 15,00 15,30 15,00 15,00 15,10

VS 40 15X50 15,00

VS 41 17X60 17,00 17,20 17,40 17,00 17,20

VS 42 15X50 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00

OBS: As larguras e1 e e3, correspondem as larguras das extremidades das vigas e

e3 corresponde a largura do meio do vão. As vigas que se apoiam em mais de dois

pilares, exemplo a viga VS3, possuem mais vão, logo as suas dimensões de

larguras pós concretagem foram tomadas como a média dos seus vãos.

PLANILHA 03 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS (VIGAS DA COBERTURA)

OBRA: CROQUI:

OBJETO: VIGAS OBSERVADOR: HUMBERTO

SOARES

PAV.: COBERTURA DATA:

VIGA DIMENSÃO(cm) LARGURA(cm) e1(cm) e2(cm) e3(cm)

e

média(cm)

VC 1 12X50 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00

VC 2 15X70 15,00 15,10 15,30 15,00 15,13

Page 109: AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE …civil.uefs.br/DOCUMENTOS/HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO.pdf · qualidade e no custo final do empreendimento, tem suma importância

VC 3 17X70 17,00 17,80 17,20 17,30 17,43

VC 4 15X50 15,00 15,00 15,40 15,00 15,13

VC 5 17X70 17,00 17,00 17,20 17,10 17,10

VC 6 25X70 25,00 25,00 25,50 25,20 25,23

VC 7 15X50 15,00 15,10 15,20 15,00 15,10

VC 8 14X60 14,00 14,00 14,00 13,90 13,97

VC 9 20X60 20,00 20,20 20,40 20,30 20,30

VC 10 20X60 20,00 20,30 20,30 20,20 20,27

VC 11 25x60 25,00 25,00 25,30 25,30 25,20

VC 12 12x25 12,00 12,00 12,00 11,90 11,97

VC 13 12x25 12,00 12,00 12,10 12,00 12,03

VC 14 15X60 15,00 15,00 15,30 15,10 15,13

VC 15 20X70 20,00 20,10 20,40 20,10 20,20

VC 16 20X70 20,00 20,00 20,30 20,00 20,10

VC 17 15X60 15,00 15,00 15,50 15,00 15,17

VC 18 15X60 15,00 15,10 15,10 15,20 15,13

VC 19 17X60 17,00 17,00 17,20 17,00 17,07

VC 20 15X50 15,00 15,00 15,40 15,20 15,20

VC 21 15X40 15,00 15,00 15,00 15,30 15,10

VC 22 15X50 15,00 15,10 15,50 15,00 15,20

VC 23 12x30 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00

VC 24 12x30 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00

VC 25 15X50 15,00 14,90 15,00 15,00 14,97

Page 110: AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE …civil.uefs.br/DOCUMENTOS/HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO.pdf · qualidade e no custo final do empreendimento, tem suma importância

VC 26 12x30 12,00 12,30 12,10 12,00 12,13

VC 27 15X50 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00

VC 28 12x30 12,00 11,90 12,40 11,90 12,07

VC 29 15X50 15,00 15,10 15,00 15,00 15,03

VC 30 25X50 25,00 25,30 25,50 25,00 25,27

VC 31 15X50 15,00 15,00 15,30 15,10 15,13

VC 32 17X60 17,00 17,40 17,20 17,00 17,20

CC3 12X25 12,00 12,00 12,00 12,20 12,07

OBS: As larguras e1 e e3, correspondem as larguras das extremidades das vigas e

e3 corresponde a largura do meio do vão. As vigas que se apoiam em mais de dois

pilares, exemplo a viga VS3, possuem mais vão, logo as suas dimensões de

larguras pós concretagem foram tomadas como a média dos seus vãos.

PLANILHA 04 - RESUMO LARGURA DE VIGAS

LARGURA DE

PROJETO (cm)

MÉDIA DAS

LARGURAS PÓS

CONCRETAGEM (cm)

DESVIO

PADRÃO

DIFERENÇA EM

CM

DIFERENÇA

EM %

12,00 12,07 0,10 0,07 0,58

14,00 14,13 0,17 0,13 0,95

15,00 15,09 0,08 0,09 0,62

17,00 17,14 0,13 0,14 0,81

19,00 19,33 0,00 0,33 1,75

20,00 20,41 0,28 0,41 2,03

25,00 25,23 0,03 0,23 0,93

PLANILHA 05 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS (LAJES PAVIMENTO SUPERIOR)

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OBRA: CROQUI:

OBJETO: LAJES OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES

PAV.: SUPERIOR DATA:

LAJE ALTURA PROJETO

(cm) e1(cm) e2(cm) e3(cm) e média(cm)

L2 12,00 12,50

L3 14,00 14,30 14,40

14,35

L4 14,00 14,00

14,00

L5 14,00

L6 14,00 14,30 14,60

14,45

L7 12,00 12,60 13,00

12,80

L8 14,00 14,40 14,70 14,50 14,53

L9 12,00 12,30

12,30

L10 12,00 12,90 11,80

12,35

L11 14,00

L12 14,00 14,40 13,90

14,15

L13 12,00

L14 12,00 12,40 12,00 12,35 12,25

L15 12,00

L16 14,00

L17 12,00 12,00 12,20 12,70 12,30

L18 12,00 12,50 12,00

12,25

L19 12,00

Page 112: AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE DESPERDÍCIOS DE …civil.uefs.br/DOCUMENTOS/HUMBERTO SOARES DA ROCHA NETO.pdf · qualidade e no custo final do empreendimento, tem suma importância

L20 12,00 12,00 12,30

12,15

L21 12,00

L22 12,00 12,70

12,70

L23 14,00

L24 16,00 16,70 16,10

16,40

L25 16,00

16,00 16,30 17,00 16,43

L26 14,00

PLANILHA 06 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS (LAJES DA COBERTURA)

OBRA: CROQUI:

OBJETO: LAJES OBSERVADOR: HUMBERTO SOARES

PAV.: COBERTURA DATA:

LAJE ALTURA

PROJETO (cm) e1(cm) e2(cm) e3(cm) e média(cm)

L1 12,00

L2 12,00

L3 12,00 12,4 12,5 12,0 12,3

L5 12,00 13,0 12,6 12,6 12,7

L6 15,00 14,9 15,3

15,1

L8 12,00

L9 16,00

L10 12,00 12,4 12,5

12,45

L11 12,00 12,2 12,0 12,0 12,1

L12 12,00

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L13 12,00

L14 12,00 12,5 12,3

12,4

L15 12,00

L16 12,00

L17 12,00 12,3 12,4

12,35

L18 12,00

L19 14,00

L20 14,00

L21 12,00

L22 10,00 10,3 10,3

10,3

L23 10,00

L24 10,00 10,2 10,5 10,4 10,4

L25 10,00 10,3 10,4

10,35

L26 10,00

PLANILHA 07 – RESUMO ESPESSURA DE LAJES

ESPESSURA

DE PROJETO

(cm)

MÉDIA DAS

ESPESSURAS

PÓS

CONCRETAGEM

(cm)

DESVIO

PADRÃO

DIFERENÇA

EM CM

DIFERENÇA

EM %

10,00 10,34 0,04 0,34 3,39

12,00 12,39 0,20 0,39 3,21

14,00 14,30 0,19 0,30 2,12

15,00 15,00 0,00 0,10 0,67

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16,00 16,42 0,00 0,42 2,60

PLANILHA 08 - CONTROLE DE RECEBIMENTO DE MATERIAL

OBRA: PAVIMENTO: SUPERIOR E COBERTURA

DESCRIÇÃO: CONCRETO 25MPa OBSERVADOR: ANGELO BARRETO

DESTINO: LAJES E VIGAS DATA:

DESCRIÇÃO DO

MATERIAL

NÚMERO DA

NOTA FISCAL

DATA DO

RECEBIMENTO

HORÁRIO DE

SAÍDA DA

CONCRETEIRA

QUANTIDADE

EM M³

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 305 19/8/2009 07:20 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 306 19/8/2009 07:40 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 307 19/8/2009 07:55 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 308 19/8/2009 08:20 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 310 19/8/2009 09:15 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 311 19/8/2009 10:00 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 312 19/8/2009 09:40 9,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 315 19/8/2009 11:40 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 317 19/8/2009 12:30 7,0

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Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 318 19/8/2009 12:45 1,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 391 26/8/2009 07:35 7,5

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 392 26/8/2009 08:20 7,5

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 394 26/8/2009 11:00 5,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 467 2/9/2009 08:55 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 469 2/9/2009 10:35 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 471 2/9/2009 11:20 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 472 2/9/2009 11:50 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 473 2/9/2009 12:30 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 474 2/9/2009 12:45 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 475 2/9/2009 13:40 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 477 2/9/2009 15:10 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 478 2/9/2009 16:10 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 479 2/9/2009 17:00 3,0

Concreto 25 MPa, 653 18/9/2009 11:15 8,0

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slump 100+/- 10mm

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 654 18/9/2009 11:20 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 655 18/9/2009 11:40 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 656 18/9/2009 12:00 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 657 18/9/2009 12:15 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 658 18/9/2009 12:40 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 660 18/9/2009 14:30 2,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 767 28/9/2009 09:50 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 768 28/9/2009 10:15 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 769 28/9/2009 12:40 3,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 847 2/10/2009 08:50 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 848 2/10/2009 09:15 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 849 2/10/2009 09:40 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 850 2/10/2009 10:00 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 851 2/10/2009 10:15 8,0

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Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 852 2/10/2009 10:50 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 853 2/10/2009 11:15 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 854 2/10/2009 11:55 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 857 2/10/2009 14:00 8,0

Concreto 25 MPa,

slump 100+/- 10mm 858 2/10/2009 14:00 1,0

OBS:

1 - Dia 28/09/09 foram concretados quatro pilares de 35x50cm e 3,70m de altura

2 - Dia 02/10/09 foram concretados seis pelares de 22x22cm e 3,80m de altura

3 - Dia 02/09/09 foram concretados sete pilares de 22x22cm e 3,70m de altura

4 - Dia 19/08/09 foram concretados um pilar de 35x50cm e 3,80m de altura,

um pilar de 30x30cm e 2,75m de altura, e as paredes do batistério.

Isso totaliza um consumo de concreto = 9,31m³

Logo o total de concreto utilizado para vigas e lajes será decrescido desta

quantidade

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PLANILHA 09 – RESUMO CONCRETO USINADO

TOTAL PREVISTO

DE CONCRETO M³

PARA LAJES PAV

SUPERIOR

TOTAL PREVISTO

DE CONCRETO M³

PARA LAJES DA

COBERTURA

TOTAL

PREVISTO DE

CONCRETO M³

PARA VIGAS

PAV SUPERIOR

TOTAL PREVISTO

DE CONCRETO M³

PARA LAJES DA

COBERTURA

TOTAL

UTILIZADO DE

CONCRETO M³

DIFERENÇA EM

DIFERENÇA EM %

93,42

73,79

55,76

51,02

300,69

26,70

9,75

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ANEXO D - DADOS E PLANILHAS REFERENTES À ANÁLISE DO CONTRAPISO

DADOS RELATIVOS AOS SERVIÇOS:

CONTRAPISO

ARGAMASSA USINADA

PLANILHA Nº 01

A. Identificação

Observador: Humberto Soares Data:

B. Características gerais do serviço

Tipo de mão-de-obra

contratada xprópria osubempreitada

Forma de contratação dos

serviços xpor hora opor tarefa

Equipamento de transporte

do revestimento cerâmico do

estoque ao posto de trabalho

Com decomposição de movimento

Horizontal Vertical

ojerica

xcarrinho de mão

ooutro_________________

oelevador de obra

oguincho de coluna (velox)

xoutro Roldana 1

Sem decomposição de movimentos

ogrua oBomba

Equipamento de nivelamento olaser onível alemão xnível de mangueira

Equipamentos e ferramentas

de limpeza, preparo da base

e execução do contrapiso

propriamente dito

Limpeza e preparo da base Execução do contrapiso

o vanga ou similar

o picão / ponteiro

o marreta

xvassoura de cerdas duras (tipo

piaçava)

o brocha

x mangueira ou baldes

o ________________________

xcolher de pedreiro 9”

o peneira com cabo

x balde plástico

ovassoura de cerdas duras

o brocha

xpá ou enxada

o metro articulado

o soquete com base aproximadamente

de 30x30 cm e 10 kg de peso

x réguas de alumínio

o desempenadeiras de madeira

o desempenadeira de aço

o espuma

o ________________________

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Classificação quanto à aderência

xaderido o não aderido oflutuante

C. Projeto

ITENS DE VERIFICAÇÃO Sim Não Não se

aplica

1. Há projeto de contrapiso. X

2. Caso afirmativo, anotar os itens que o compõe:

oespecificação do nível de referência da laje, bem como os pontos cujos níveis

devem ser verificados;

oposicionamento das taliscas, perfeitamente identificadas;

odeclividade das áreas molháveis;

otipo de acabamento superficial;

odesníveis entre ambientes;

oespessura do contrapiso;

olegenda contendo os tipos de revestimentos de piso;

oprocedimentos de execução.

oespecificação de argamassa

D. Planejamento e organização da execução

ITENS DE VERIFICAÇÃO

Logística

1. Realiza-se o planejamento do transporte da argamassa do local de produção ao

local de aplicação, ou seja, existem caminhos previamente definidos para o

transporte horizontal de argamassa do local de produção ao local de aplicação.

X

2. O sequenciamento de execução do contrapiso no pavimento é de tal forma que

evita o tráfego de pessoas e equipamentos nos ambientes executados.

X

Organização do posto de trabalho

1. Há um sistema de solicitação de argamassa ao local de produção que evite as

sobras no local de aplicação.

2. O taliscamento das lajes é realizado de acordo com o comprimento da régua de

sarrafeamento.

X

Transporte dos materiais

1. As rampas existentes no trajeto (produção-aplicação) têm inclinação inferior a

10%.

X

2. As condições do trajeto são isentas de saliências ou depressões, ou seja, a

base está regularizada.

X

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E. Procedimentos de execução e controle

ITENS DE VERIFICAÇÃO

1. Dentro do projeto de contrapiso ou fora dele, há procedimentos documentados

de execução do contrapiso.

X

2. Dentro do projeto de contrapiso ou fora dele, há procedimentos documentados

de verificação e controle da execução do contrapiso.

X

F. Processo de execução

ITENS DE VERIFICAÇÃO

Condições para o início do serviço

1. A elevação das alvenarias está concluída. X

1. Caso a elevação da alvenaria seja feita posteriormente ao contrapiso, a

dosagem da argamassa empregada no contrapiso é coerente com um nível maios

de solicitação. (trânsito de pessoas e equipamentos etc)

X

2. As instalações elétricas e hidráulicas do piso estão concluídas. X

3. As instalações elétricas e hidráulicas do piso estão testadas. X

Limpeza da base e verificação dos níveis

1. Toma-se os níveis em vários pontos do ambiente para a determinação da

espessura do contrapiso.

X

2. Antes da tomada dos níveis de referência e do taliscamento, os ambientes sã o

limpos, ou seja, são retirados restos de argamassas e removidos óleos, graxas

etc.

X

Assentamento de taliscas

1. É realizado o taliscamento prévio da laje para a execução do contrapiso

propriamente dito.

X

2. No caso de realizar o taliscamento, as taliscas são localizadas de acordo com

os pontos de verificação de nível especificados no projeto.

X

3. Os pontos de assentamento das taliscas são devidamente limpos e previamente

umedecidos.

X

4. Polvilha-se cimento após a limpeza e umedecimento dos pontos a fim de se

garantir a aderência da argamassa de assentamento das taliscas à base, evitando-

se que as taliscas sejam acidentalmente deslocadas de sua posição original.

X

5. Junto aos ralos de áreas molháveis, executa-se uma talisca em anel, de forma a

garantir o caimento mínimo em sua direção.

X

6. A argamassa de assentamento das taliscas tem características idênticas à que

será empregada no contrapiso.

X

Execução de mestras

1. Executam-se mestras entre as taliscas. X

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2. Compactam-se as mestras. X

Lançamento, sarrafeamento da argamassa e acabamento da superfície

1. Para ambientes cujas espessuras de contrapiso forem maiores que 50 mm ,

executa-se o contrapiso em duas camadas.

X

2. Molha-se a laje com água em abundância antes do lançamento da argamassa. X

3. Remove-se o excesso de água lançada na laje. X

4. Independentemente do número de camadas, a argamassa lançada é

compactada a fim de diminuir os vazios proporcionando maior resistência.

X

5. Após o sarrafeamento, o deslocamento das pessoas sobre a argamassa é feito

sobre pranchas.

X

6. Para os contrapisos aderidos, executa-se a camada de aderência polvilhando-

se a laje com cimento. (geralmente utiliza-se uma peneira e aplica-se uma

quantidade aproximada de 0,5 kg/m2).

X

7. Para contrapisos aderidos, o polvilhamento com cimento inicia-se pelos pontos

da laje que receberão a argamassa primeiramente, evitando que a nata que se

forma devido ao polvilhamento endureça antes do lançamento da argamassa

(geralmente polvilha-se inicialmente a região onde serão executadas as mestras

para em seguida polvilhar o restante do ambiente, após as mesmas estarem

prontas).

X

8. Para o caso dos contrapisos não aderidos, não é realizado nenhum preparo

especial da base, uma vez que não há necessidade de aderência do contrapiso à

mesma. (lavagem, retirada de graxas e óleos etc.).

9. No caso de contrapiso flutuante, a compactação da camada de argamassa

colocada sobre uma camada intermediária compressível é realizada com um

vibrador de superfície, evitando que a camada intermediária se deforme

diferencialmente.

10. Ainda para os contrapisos flutuantes, a execução da camada de contrapiso é

feita em duas etapas, ou seja: a primeira camada é lançada com espessura de 25

mm, sendo compactada e nivelada apenas com régua e, decorrido o intervalo de

24 horas, é lançada a segunda camada, também adequadamente compactada.

11. Em se tratando ainda de contrapiso flutuante, entre as duas camadas é

colocada uma malha metálica, a fim de se reduzir o risco de fissuração.

12. Contrapisos que receberão acabamentos finos colados (por exemplo vinílicos)

são desempenados com desempenadeiras metálicas, proporcionando um

acabamento mais liso.

13. O acabamento de contrapisos que receberão revestimentos fixados com

dispositivos ou argamassa adesiva (revestimento cerâmico, por exemplo), é feito

com desempenadeira de madeira (contrapiso desempenado).

14. Para o caso dos contrapisos reforçados, logo após o sarrafeamento da

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superfície com régua metálica, polvilha-se cimento sobre a argamassa sarrafeada.

15. O contrapiso é umedecido durante seu período de cura.

16. O contrapiso é isolado do trânsito de pessoas e equipamentos durante um

período mínimo de 3 dias.

PLANILHA 02 - QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS

OBRA: CROQUI:

OBJETO: CONTRAPISO OBSERVADOR: HUMBERTO

SOARES

PAV.: TÉRREO DATA:

AMBIENTE ÁREA PISO

(m²)

ESPESSURA

DE PROJETO

(cm)

VOLUME DE

MASSA,

PREVISTO (m³)

ESPESSURA

MÉDIA DE

EXECUÇÃO

(cm)

SEGURANÇA 13,03 3,00 0,39 3,60

COPA 4,00 3,00 0,12 4,33

DESC. 4,15 3,00 0,12 4,20

BANH. 1 3,31 3,00 0,10 4,28

BANH. 2 3,37 3,00 0,10 3,40

COPA/A.SERV. 10,47 3,00 0,31 3,98

IBURD 21,10 3,00 0,63 3,80

STA CEIA 29,33 3,00 0,88 2,98

CIRCULAÇÃO

04 8,84 3,00 0,27 3,30

OBREIRAS 10,53 3,00 0,32 2,95

OBREIRO 10,35 3,00 0,31 2,78

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DEPÓSITO 18,00 3,00 0,54 2,90

ATENDIMENTO 14,39 3,00 0,43 3,40

LAVABO 2,11 3,00 0,06 2,95

CIRCULAÇÃO

03 43,60 3,00 1,31 3,73

DEPÓSITO

ESCADA 7,35 3,00 0,22 3,90

CIRCULAÇÃO

02 41,13 3,00 1,23 3,48

SANIT DEF. 3,92 3,00 0,12 2,78

SANIT. DEF. 3,92 3,00 0,12 2,98

SANT. MASC. 37,48 3,00 1,12 1,00

SANIT. FEM. 37,33 3,00 1,12 3,08

CIRCULAÇÃO

01 85,05 3,00 2,55 3,10

RAMPA DE

ACESSO 35,36 3,00 1,06 3,35

E.B.I. 04 24,34 3,00 0,73 3,48

SALA TIAS 9,92 3,00 0,30 3,15

BERÇARIO 30,23 3,00 0,91 2,88

E.B.I. 01 34,02 3,00 1,02 3,53

E.B.I. 02 32,18 3,00 0,97 2,90

E.B.I. 03 25,24 3,00 0,76 3,55

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PLANILHA 03 - VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS

OBRA: CROQUI:

OBJETO: CONTRAPISO

OBSERVADOR: HUMBERTO

SOARES

PAVIMENTO: TÉRREO DATA:

AMBIENTE ESPESSURA DE

PROJETO (cm) e1(cm) e2(cm) e3(cm) e4(cm) e média(cm)

SEGURANÇA 3,00 4 3,4 3,6 3,4 3,6

COPA 3,00 4,7 3,6 4,6 4,4 4,325

DESC. 3,00 4,3 4,6 3,7 4,2 4,2

BANH. 1 3,00 5,2 4,8 3,2 3,9 4,275

BANH. 2 3,00 3 3,9 3,7 3 3,4

COPA/A.SERV. 3,00 3,3 4,7 4,3 3,6 3,975

IBURD 3,00 4 4,2 3,8 3,2 3,8

STA CEIA 3,00 3 3,2 3 2,7 2,975

CIRCULAÇÃO

04 3,00 3,6 3,4 3,1 3,1 3,3

OBREIRAS 3,00 3,3 2,7 2,9 2,9 2,95

OBREIRO 3,00 2,6 2,5 3 3 2,775

DEPÓSITO 3,00 3,2 3,1 2,6 2,7 2,9

ATENDIMENTO 3,00 3,6 3 3,4 3,6 3,4

LAVABO 3,00 3 3 2,8 3 2,95

CIRCULAÇÃO

03 3,00 3,4 3,7 3,8 4 3,725

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DEPÓSITO

ESCADA 3,00 4 3,8 3,8 4 3,9

CIRCULAÇÃO

02 3,00 3,5 3,3 3,6 3,5 3,475

SANIT DEF. 3,00 2,8 2,8 2,8 2,7 2,775

SANIT. DEF. 3,00 3 3 2,9 3 2,975

SANT. MASC. 3,00 0,7 2 0,8 0,5 1

SANIT. FEM. 3,00 3 2,8 3,5 3 3,075

CIRCULAÇÃO

01 3,00 3,2 3,1 3 3,1 3,1

RAMPA DE

ACESSO 3,00 3,2 3,4 3,4 3,4 3,35

E.B.I. 04 3,00 3,3 3,5 3,5 3,6 3,475

SALA TIAS 3,00 3 3,2 3,2 3,2 3,15

BERÇARIO 3,00 3,3 2,6 2,8 2,8 2,875

E.B.I. 01 3,00 3,6 3,4 3,5 3,6 3,525

E.B.I. 02 3,00 3 2,9 2,8 2,9 2,9

E.B.I. 03 3,00 3,3 3,5 3,7 3,7 3,55

PLANILHA 04 – RESUMO ESPESSURA DE CONTRA-PISO

ESPESSURA

DE PROJETO

(cm)

MÉDIA DAS

ESPESSURAS

PÓS

CONCRETAGEM

(cm)

DESVIO

PADRÃO

VARIAÇÃO

EM CM

VARIAÇÃO

EM %

3,00 3,30 0,63 0,30 9,97

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PLANILHA 05 - CONTROLE DE RECEBIMENTO DE MATERIAL

OBRA: PAVIMENTO: SUPERIOR E COBERTURA

DESCRIÇÃO: ARGAMASSA 1:4 OBSERVADOR: ANGELO BARRETO

DESTINO: LAJES E VIGAS DATA:

DESCRIÇÃO DO

MATERIAL

NÚMERO DA

NOTA FISCAL

DATA DO

RECEBIMENTO

HORÁRIO DE

SAÍDA DA

CONCRETEIRA

QUANTIDADE

EM M³

Argamassa para

contrapiso, 1:4 997 14/10/2009 07:15 3,0

Argamassa para

contrapiso, 1:4 1286 30/10/2009 07:00 7,0

Argamassa para

contrapiso, 1:4 1355 4/11/2009 12:55 4,0

Argamassa para

contrapiso, 1:4 1375 5/10/2009 10:50 4,0

Argamassa para

contrapiso, 1:4 1464 9/11/2009 15:50 3,0

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PLANILHA 06 – RESUMO CONTRA-PISO USINADO

ÁREA

TOTAL

(M²)

ESPESSURA DE

PROJETO (cm)

MÉDIA DAS

ESPESSURAS PÓS

CONCRETAGEM (cm)

ARGAMASSA PREVISTA

(M³)

ARGAMASSA

ULTILIZADA (M³)

DIFERENÇA EM

DIFERENÇA

EM %

604,05

3 3,30

18,12

21,00

2,88

15,88

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ANEXO E – CROQUIS 01 E 02, PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO E

SUPERIOR

Croqui 01 – Planta baixa pavimento térreo

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Croqui 02 – Planta baixa pavimento superior

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ANEXO F - ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Empresa:

Nome: Cargo:

Data da entrevista:

Entrevista semi-estruturada

1. Já foi elaborado algum estudo, em alguma obra da empresa, sobre perda de

materiais?

2. De onde são extraídos os índices de perdas de materiais utilizados no processo

de orçamentação?

3. A preocupação dos gestores, tanto da empresa quanto da obra, quanto aos

índices de perdas de materiais que possam haver na obra?

4. Você acha que a interferência no processo executivo visando a redução das

perdas de materiais, pode ajudar para elevação da qualidade final do produto?

5. Você acha que a interferência no processo executivo visando a redução das

perdas, pode ajudar na maximização do lucro?

6. Você conseguiu enxergar resultados positivos e/ou negativos no estudo

realizado? Explique.

7. Qual sua avaliação final sobre o estudo? E a pesquisa agregou algo para a

empresa?

RESPOSTAS 1 – Não

2 – Do TCPO. Na maioria das vezes é considerado um índice de perda fictício, 10%,

independente do tipo de serviço ou material. Sabe-se que em alguns serviços estes

índices são menores e em outros maiores, o que deve acabar compensando um ao

outro.

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3 – O fato da empresa não ter desenvolvido até então nenhum tipo de estudo nesta

área, não quer dizer que não houvesse preocupação com as perdas, pois sabe-se

que isto pode elevar o custo da edificação.

4 – Com certeza, evitando retrabalhos. Cortes, quebras, emendas ficam as vezes

visíveis e prejudicam a estética do produto. As vezes um serviço mal feito pode

também comprometer o desempenho do produto, como por exemplo uma camada

de massa única mais espessa pode não ter aderência suficiente para suportar seu

próprio peso e desplacar.

5 – Com certeza. Este, sem sombra de dúvidas, é o principal objetivo de se

mensurara e identificar as causas das perdas para tenta solucioná-las e se possível

“eliminá-las”.

6 – De forma geral o estudo foi proveitoso para a empresa para que posteriormente,

em outras obras, possa tentar aplicar as soluções aqui encontradas para minimizar

as perdas. Não poderia dizer o mesmo para a obra, pois já não há mais tempo para

executar mudanças.

Não esperava que o índice de concreto fosse alcançar 10%, pois a única parte de

material que é de fácil observação e te demonstra o desperdício, é a parcela que

não é incorporada a edificação e sai da obra como entulho.

7 – Acho que o principal retorno que esta pesquisa pode ter dado foi:

Demonstrar os pontos falhos no processo executivo, como nivelamento de formas,

plano de corte de cerâmica.

Pode ter sido um ponto de partida para que a empresa possa da prosseguimento,

fazendo um estudo mais completo, e consequentemente montar seu próprio banco

de dados para auxiliar no processo de orçamentação.

Até o momento o meu pensamento como gestor de obras, era trabalhar com

premiação por produtividade, porem o funcionário na tentativa maximizar o seu lucro

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não dava importância a um material que poderia ser reaproveitado, temos com

exemplo a massa única da fachada que foi pago um certo valor por m² produzido, e

toda argamassa que caia no “pé” da parede era perdida e no final do dia ainda

tínhamos que colocar serventes para recolher a argamassa, gerando entulho.

Com este estudo percebi que algumas perdas são de fácil controle e estão ao

alcance dos operários, sendo assim poderíamos criar, assim como para produção,

uma política de premiação para racionalização de insumos.