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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP Programa de Pós-Graduação em Ciências em Saúde AVALIAÇÃO in vitro DA POTENCIAL ATIVIDADE ANTIVIRAL DE EXTRATOS DE DIFERENTES ESPÉCIES DE ANNONACEAE RAFAEL LAURINDO MORALES Sinop, Mato Grosso Fevereiro de 2019

AVALIAÇÃO in vitro DA POTENCIAL ATIVIDADE ANTIVIRAL DE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

Programa de Pós-Graduação em Ciências em Saúde

AVALIAÇÃO in vitro DA POTENCIAL

ATIVIDADE ANTIVIRAL DE EXTRATOS DE

DIFERENTES ESPÉCIES DE ANNONACEAE

RAFAEL LAURINDO MORALES

Sinop, Mato Grosso Fevereiro de 2019

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RAFAEL LAURINDO MORALES

AVALIAÇÃO in vitro DA POTENCIAL

ATIVIDADE ANTIVIRAL DE EXTRATOS DE

DIFERENTES ESPÉCIES DE ANNONACEAE

Orientadora: Profa Dra. Carla Regina Andrighetti

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Ciências em Saúde da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, como requisito

para a obtenção do título de Mestre em Ciências em Saúde. Área de

concentração: Atividade Farmacológica e toxicológica de produtos naturais e sintéticos.

Sinop, Mato Grosso

Fevereiro de 2019

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus por sempre ter iluminado meus passos e me auxiliado nas escolhas

difíceis que tive que fazer, afinal... escolhas nem sempre são agradáveis, mas precisamos

fazê-las. Agradeço a minha família, em especial a minha mãe Braulia e ao meu pai Matias,

pelo incentivo e pela compreensão, pois sem este incentivo, nada seria possível.

Agradeço a todos aqueles que colaboraram para a realização deste trabalho, em

especial à minha orientadora, Professora Dra Carla Regina Andrighetti, saiba que sempre

terei um carinho imenso pela senhora, pois sempre teve muita paciência e nunca mediu

esforços para me ensinar durante todos esses quase 8 anos de convivência.

À professora Dra Stela Regina Ferrarini pelo apoio e cooperação na formulação das

nanoestruturas utilizadas neste trabalho. Ao Dr. Rogério Bicudo, pesquisador da Embrapa,

pela cooperação com as análises qualitativas das amostras, a Professora Dra Roberta

Bronzoni por permitir que este trabalho fosse realizado em seu laboratório e a minha amiga

e colega de laboratório Cris... tenho muito a agradecer, principalmente por sua paciência

logo que iniciei meus primeiros passos no maravilhoso caminho da cultura de células.

Agradeço também a Eriana, técnica do Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, por

todo o apoio e por todas as conversas. Aos meus colegas do PPGCS, em especial Emília

Tomazeli, Karla Guedes, Felipe Finger, Patrícia Comiran e Renata Ragi, gostaria de dizer

obrigado e desejar muito sucesso daqui em diante!

Aos meus amigos Jessyca Liberatto e Luiz Henrique Bachega por aguentarem as

minhas reclamações, principalmente nesta reta final... Adorei conhecê-los e espero levar a

amizade de vocês por muito tempo e aos meus queridos amigos Débora Valério e Altamir dos

Santos Arruda, gostaria de dizer muito obrigado... obrigado por serem exemplos de

determinação... Agradeço e sou feliz em poder considerá-los como amigos!

Agradeço também as Agências de fomento, FAPEMAT, CNPq, pela concessão da

bolsa de mestrado e pelo auxílio financeiro, e a UFMT por possibilitarem o desenvolvimento

deste trabalho.

Enfim... à todos, obrigado!

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RESUMO

MORALES, R.L. Avaliação in vitro da potencial atividade antiviral de extratos de diferentes

espécies de Annonaceae.

Os vírus são considerados patógenos de grande importância clínica para os humanos em virtude do amplo espectro de doenças que podem causar, o Herpes Simplex Virus tipo 1

(HSV-1), por exemplo, pode ser associado a lesões orofaciais e genitais, enquanto arbovírus tais como os vírus da dengue (DENV) e mayaro (MAYV) estão intimamente relacionados a doenças febris, que podem evoluir para casos mais severos. Os produtos naturais,

principalmente os derivados vegetais, são considerados fontes promissoras de novos compostos que podem ser utilizados pela indústria farmacêutica para o desenvolvimento de

novos medicamentos, entre eles os antivirais. Estudos químicos e farmacológicos de espécies vegetais da família Annonaceae têm mostrado o acúmulo metabólitos secundários com importantes atividades farmacológicas.. Este trabalho objetivou avaliar a atividade antiviral

contra HSV-1 cepa KOS e contra os vírus DENV-1 e MAYV isolados de amostras clínicas, de extratos n-hexânicos, acetato de etila e metanólicos de folhas e ramos de Fusaea longifolia

Aubl. Saff., Guatteria punctata Aubl. R.A.Howard., Xylopia benthamii R.E.Fr., Duguetia sp e Xylopia cf frutescens, cujos extratos n-hexânicos, acetato de etila e metanólicos dos frutos também foram avaliados; avaliar o efeito antiviral de subfrações do extrato acetato de etila

dos ramos de F. longifolia (RAE) e de formulações em nanoestruturas deste extrato. O extrato RAE foi incorporado na nanocápsula polimérica de núcleo lipídico (LNC), na nanocápsula

LNC, carregada positivamente, formulada com polímero Eudragit RL (LNC+), empregando a deposição interfacial de polímeros pré-formados, e ao lipossoma (LP), através da evaporação em fase reversa. A avaliação da atividade antiviral foi realizada através do ensaio do MTT

utilizando concentrações abaixo da Concentração Citotóxica a 50% (CC50) previamente determinadas através da avaliação da citotoxicidade, frente às células Vero-E6, através do

mesmo ensaio. Nanoestruturas brancas foram utilizadas para eliminar a interferência dos nanocarreadores e o aciclovir (15µM), como controle positivo para o HSV-1. A Concentração Efetiva a 50% (CE50) e o índice de seletividade (IS=CC50/CE50) foram calculados para

aqueles materiais que inibiram mais que 50% da replicação viral. Todos os extratos foram ineficazes contra DENV-1 e o MAYV. Os extratos GFAE, XfFM, XfRM, XfFlM, FAE e

RAE foram considerados os mais promissores frente ao HSV-1 apresentando um índice de seletividade (IS)= 14,73; 7,41; 15,05; 16,70; 14,28 e 10,63, respectivamente. Enquanto que os extratos de Xylopia benthamii e Duguetia sp. não foram considerados ativos. Das subfrações

do extrato acetato de etila dos ramos de F. longifolia avaliadas frente ao HSV-1, apenas F5 apresentou potencial antiviral com IS = 15,97 e efeito virucida, sendo que esta subfração

mostrou-se 47,41 % mais seletiva que o extrato de origem (RAE). Análises cromatográficas, por UPLC-MS/MS, de RAE e F5 revelaram a presença de quercetina–3-β-D-glicosídeo; taxifolina; quercetina e luteolina em FRAE e de quercetina–3-β-D-glicosídeo em F5. FRAE

apresentou efeito virucida e foi eficiente no pós-tratamento, com IS = 8,35 e 3,38, respectivamente. Dos nanossistemas avaliados, apenas as nanocápsulas LNC+ potencializaram

o efeito de FRAE, enquanto que quando incorporado em LP não foi capaz de inibir a replicação do HSV-1. Dentre as espécies de Annonaceae estudadas a Fusaea longifolia apresentou a atividade antiviral mais promissora Novos estudos serão realizados a fim de

avaliar em quais etapas do ciclo de replicação viral do HSV-1 as amostras RAE, F5 e LNC+

agem.

Palavras – chave: Annonaceae; Atividade antiviral; Nanoestruturas.

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ABSTRACT

MORALES, R.L. In vitro evaluation of the antiviral activity of extracts from different

species of Annonaceae

Viruses are considered pathogens of great clinical importance to humans because of the various diseases that can cause, the Herpes Simplex virus type 1 (HSV-1), for example, are

associated with orofacial and genital lesions, while arboviruses such as dengue viruses (DENV) and mayaro (MAYV) are related to febrile diseases, which may progress to more severe cases. Natural products, mainly plant derivatives, are considered promising sources of

new compounds that can be used by the pharmaceutical industry to develop new drugs, including antivirals. Chemical and pharmacological studies of Annonaceae have shown

accumulation secondary metabolites with important pharmacological activities, such as antiviral. This work aimed to evaluate the antivirals activities against HSV-1 (strain KOS) and against DENV-1 and MAYV viruses isolated from clinical samples, of n-hexane, ethyl acetate

and methanolic extracts from leaves and branches of Fusaea longifolia Aubl. Saff., Guatteria punctata (Aubl.) R.A.Howard., Xylopia benthamii R.E.Fr., Duguetia sp and Xylopia (cf)

frutescens, whose n-hexane extracts, ethyl acetate and methanolic extracts flowers were also evaluated; evaluate the antiviral effect of subfractions source ethyl acetate extract of the branches of F. longifolia (RAE) and of formulations whose extract was incorporated. The

RAE extract was incorporated in the lipid core polymeric nanocapsule (LNC), in the positively charged LNC nanocapsule formulated with Eudragit RL polymer (LNC+),

employing the interfacial deposition of preformed polymers, and in the liposome (LP), through reverse phase evaporation. The evaluation of antiviral activity was performed by the MTT assay, using concentrations below the Cytotoxic Concentration 50 %(CC50) previously

determined by cytotoxicity evaluation, against Vero E6 cells, through the same assay. White nanostructures were used to eliminate interference from nanocarriers and aciclovir (15μM) as

a positive control. The Effective Concentration 50 % (EC50) and selectivity index (IS = CC50 / EC50) were calculated for those materials that inhibited more than 50% of viral replication. All extracts were ineffective against DENV-1 and MAYV. The extracts GFAE, XfFM,

XfRM, XfFlM, FAE and RAE were considered promising with a IS = 14.73; 7.41; 15.05; 16,70; 14.28 and 10.63, respectively. Xylopia benthamii and Duguetia sp. extracts weren't

considered promising because they presented IS <5. Only F5 subfract presented antiviral potential with CC50> 1000 μg.mL-1; an EC 50 = 63.78 ± 2.73 and IS = 15.97. F5 subfract was 47.41% more selective than RAE. UPLC-MS/MS chromatographic analyzes of the RAE and

F5 subfract revealed the presence of quercetin-3-β-D-glucoside; taxifolin; quercetin and luteolin in RAE and quercetin-3-β-D-glucoside in the F5 subfract. RAE presented virucidal

effect and was efficient in posttreatment, with IS = 8.35 and 3.38, respectively. Of the nanosystems evaluated, only the LNC+ nanocapsules potentiated the effect of RAE, whereas when incorporated in LP it was not able to inhibit the replication of HSV-1. Among the

species of Annonaceae studied, only Fusaea longifolia presented the most promising antiviral activity. New studies will be carried out to evaluate in which stages of the replication cycle of

HSV-1 the RAE, F5 and LNC+ samples act. Key-words: Annonaceae; Antiviral activity; Nanostructures.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura básica representativa do vírus Herpes Simplex virus – 1 (HSV-1). ......... 16

Figura 2 - Estrutura básica em 3D do vírus Herpes simplex virus. .......................................... 16

Figura 3 - Ciclo de replicação viral do Herpes Simplex vírus.................................................. 18

Figura 4 - Estrutura química do Aciclovir (2-amino-9-(2-hidroxietoximetil)-3H-purin-6-ona).

.................................................................................................................................................. 23

Figura 5 - Estrutura do genoma do flavivírus e da partícula viral. ........................................... 25

Figura 6 - Esquema geral da maturação dos flavivírus............................................................. 26

Figura 7 - Diagrama esquemático do genoma do vírus Mayaro e de suas proteínas formadas

pelo processo de tradução. ........................................................................................................ 29

Figura 8 - Tapete celular confluente de células VERO E6....................................................... 38

Figura 9 - Fluxograma para o teste de Citotoxicidade das amostras pelo ensaio de viabilidade

do MTT. .................................................................................................................................... 41

Figura 10 - Esquema para avaliação da potencial atividade antiviral pelo método de redução

de placas de lise – (Pré-Tratamento). ....................................................................................... 42

Figura 11 - Avaliação do Potencial Antiviral pelo Método de Redução de Placas de Lise -

Pós-tratamento .......................................................................................................................... 43

Figura 12. Esquema representativo para a Avaliação do potencial virucida das amostras frente

ao HSV-1. ................................................................................................................................. 44

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação em subfamílias dos membros da família Herpesviridae que

apresentam importância clínica para o Homem........................................................................ 15

Tabela 2. Designações adotadas para os extratos de Fusaea longifolia (Aubl.) Saff; Xylopia

benthamii R.E. Fr.; Guatteria punctata (Aubl.) R.A. Howard; Duguetia sp. e Xylopia cf.

frutescens. ................................................................................................................................. 37

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ABREVIAÇÕES

ACV – Aciclovir HSV-2 – Herpes simples virus tipo 2

ACV – MP – Aciclovir monofosfatado HSVE – Encefalite induzida por Herpes simples virus

ACV-TP – Aciclovir trifosfatado ICPo – Proteína Celular Infectada

ARN – Necrose de retina IFI-16 – Proteína induzível de interferon-16

ATB – Antibiótico e antifúngico IS- Índice de seletividade

CC50 – Concentração citotóxica 50 IST’s – Infecções sexualmente transmissíveis

CE50 – Concentração Eficiente 50 L-15 – Meio Leibovitz

CMC – Carboximetilcelulose LAT – Transcrito associado a latência

CMV – Citometagalovirus MTT – sal metiltetrazólio

CNMT – Herbário Centro-Norte-Mato-Grossense

NF-κB – Fator nuclear κB

DNA – Ácido desoxirribonucleico Npcv – numero de placas do controle viral

DNApol – Polimerase do ácido

desoxirribonucleico Npmt – número de placas do material teste

dOcc – Densidade óptica do controle

celular OMS – Organização Mundial da Saúde

dOmt – Densidade óptica do material teste PBS – Tampão fosfato salino estéril

EBV – Epstein-bar virus PCR – Reação em cadeia da Polimerase

FDA- Food and Drug’s Administration PDI – Índice de polidispersão

gD – Glicoproteína D PML – Proteína promielocítica leucêmica

HCV – vírus da Hepatite C RNA – Ácido ribonucleico

HHV-6 – Herpes vírus humano tipo 6 SFB – Soro fetal bonivo

HHV-7 – Herpes vírus humano tipo 7 TK – Timidina Quinase

HHV-8 – Herpes vírus humano tipo 8 UFP – Unidades formadoras de placas

HIV – Vírus da Imunodeficiência humana VZV – Varicela-zoster virus

HSK – Ceratite Estromal herpética ζ- potencial zeta

HSV-1 – Herpes simplex virus tipo 1

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 13 1.1. VÍRUS HERPÉTICOS .................................................................................................. 15

1.1.1. FAMÍLIA Herpeviridae ......................................................................................... 15

1.1.2. HERPES SIMPLEX VIRUS -1 (HSV-1): ASPECTOS BIOLÓGICOS E ESTRUTURAIS ................................................................................................................... 15

1.1.3. α-HERPESVIRUS: CICLO DE REPLICAÇÃO VIRAL ...................................... 18 1.1.4. PATOGÊNESE E SINTOMATOLOGIA ................................................................. 20 1.1.5. MORBIDADE E MORTABILADE .......................................................................... 20

1.1.6. AGRAVOS E COINFECÇÕES: CORRELAÇÃO HSV-HIV .................................. 21 1.1.7. TERAPIA ANTI-HERPÉTICA ................................................................................. 22

1.2. DENGUE VÍRUS .......................................................................................................... 24 1.3. VÍRUS MAYARO......................................................................................................... 27 1.4. PRODUTOS NATURAIS COMO FONTES DE NOVOS COMPOSTOS BIOATIVOS

30 1.4.1. PRODUTOS NATURAIS E NOVOS ATIVOS ANTIVIRAIS ............................... 30

1.4.2. FAMILIA ANNONACEAE ...................................................................................... 32 2. OBJETIVO ....................................................................................................................... 35 2.1. OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 35

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................................. 35 3. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................... 36

3.1. LOCAL DA PESQUISA ............................................................................................... 36 3.2. AMOSTRAS.................................................................................................................. 36 3.3. MATERIAL VEGETAL ............................................................................................... 36

3.3.1. COLETA E IDENTIFICAÇÃO ................................................................................ 36 3.3.2. PREPARO DOS EXTRATOS................................................................................... 37

3.4. ENSAIOS ANTIVIRAIS............................................................................................... 38 3.4.1. PREPARO DAS SOLUÇÕES ESTOQUES ............................................................. 38 3.4.2. CÉLULAS.................................................................................................................. 38

3.4.3. VÍRUS E PREPARO DOS ESTOQUES VIRAIS .................................................... 38 3.4.4. TITULAÇÃO VIRAL................................................................................................ 39

3.4.6. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DAS AMOSTRAS PELO ENSAIO DE VIABILIDADE DO MTT (SAL TETRAZÓLIO) ................................................................... 40 3.5. AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIVIRAL ........................................................... 42

3.5.1. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL PELO MÉTODO DE REDUÇÃO DE PLACAS DE LISE (PRÉ-TRATAMENTO) ..................................................................... 42

3.5.2. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL PELO MÉTODO DE REDUÇÃO DE PLACAS DE LISE (PÓS-TRATAMENTO) ..................................................................... 43 3.5.3. ATIVIDADE VIRUCIDA ......................................................................................... 44

3.6. AVALIAÇÃO CROMATOGRÁFICA POR UPLC-MS/MS E IDENTIFICAÇÃO DE FLAVONOIDES PRESENTES NO EXTRATO RAE E NA FRAÇÃO F-5. ........................ 45

3.7. DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS NANOESTRUTURADOS ......................... 45 3.7.1. SUSPENSÃO DE NANOCÁPSULAS POLIMÉRICAS DE NÚCLEO LIPÍDICO 45 3.7.2. LIPOSSOMAS........................................................................................................... 46

3.7.3. CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DAS SUSPENSÕES DE NANOCÁPSULAS .................................................................................................................. 46

12

3.7.4. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DA PARTÍCULA POR DIFRATOMETRIA

DE LASER ............................................................................................................................... 46 3.7.5. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DA PARTÍCULA POR ESPECTROSCOPIA

DE CORRELAÇÃO DE FÓTONS .......................................................................................... 47 3.7.6. ANÁLISE DO PH E POTENCIAL ZETA (ζ) .......................................................... 47 3.7.7. ESTABILIDADE FÍSICO-QUÍMICA DAS FORMULAÇÕES .............................. 47

13

1. INTRODUÇÃO

A resistência a medicamentos tais como, antibióticos e antivirais é considerada um sério

problema de Saúde Pública. A busca por novos compostos bioativos de fontes naturais, como

plantas, bactérias, fungos e, até mesmo animais, que possam substituir os medicamentos disponíveis

na atualidade, tornam-se alternativas promissoras para contornar este problema (MEDJELDI et al.,

2018).

Esse problema é ainda maior quando se trata doenças desprovidas de terapias especificas, tais

como a dengue e a febre mayaro, que seguem protocolos terapêuticos meramente paliativos

(CHEN, TANG., 2016; LAVAL et al., 2016) ou para doenças cujo tratamento disponível não é mais

eficaz, em virtude da existência de cepas resistentes ao medicamento, como acontece com o Herpes

Simplex Virus e sua resistência ao aciclovir (BENEKRI et al., 2018).

Os vírus herpéticos são considerados patógenos de grande importância clínica, pois são

capazes de estabelecer um amplo espectro de infecções no homem. Dentre estes, o Herpes simplex

Virus tipos 1 e 2 (HSV-1 e o HSV-2) são os mais expressivos (DEETHAE et al., 2018). Infecções

por estes vírus são altamente prevalentes em todo o mundo; são considerados dois dos patógenos

sexualmente transmissíveis de maior importância, pois aumentam a predisposição para aquisição do

Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). O HSV-1 normalmente está associado à infecções

orofaciais, entretanto, existem relatos descritos para infecções genitais desencadeadas por este

sorotipo, enquanto que o HSV-2 é considerado exclusivamente sexual (BHATTA et al., 2017).

O espectro clínico das manifestações podem variar, desta forma os pacientes infectados

podem apresentar desde formas brandas, caracterizadas por lesões localizadas, até formas mais

severas como complicações neurológicas decorrentes de encefalites herpéticas que comprometem

áreas cerebrais associadas ao comportamento e a cognição (RAMAKRISHNA et al., 2017).

Normalmente, o curso clínico da doença é facilmente controlado utilizando os protocolos

terapêuticos disponíveis. No entanto, esta situação se agrava quando o paciente em questão

apresenta uma condição de imunodeficiência aliada a infecção por uma cepa resistente aos

medicamentos atuais (ROLLENHAGEM et al., 2014; OKONKO; COOKEY, 2015).

Os vírus mayaro (MAYV) e dengue (DENV), inseridos na famílias Togaviridae e

Flaviviridae, respectivamente, são responsáveis por doenças febris, normalmente brandas, que

podem apresentar complicações clínicas severas, tais como as neurológicas (DUFFYET et al, 2009;

GOEIJENBIER et al., 2016; ESPOSITO; DA-FONSECA, 2017; ACOSTA-AMPUDIA et al.,

2018). Estas doenças são desprovidas de terapias medicamentosas direcionadas ao vírus, desta

forma, o tratamento aplicado é apenas de suporte (CHEN, TANG., 2016; LAVAL et al., 2016).

14

A utilização de produtos naturais para finalidades medicinais de tratamento, cura e

prevenção de doenças, é uma das práticas medicinais mais antigas da humanidade, que nos dias de

hoje continuam sendo utilizadas (OWEN et al., 2017). A rica biodiversidade faz do Brasil um país

privilegiado, apresentando mais de 56.000 espécies de plantas que corresponde aproximadamente a

19% da flora mundial. Muitas dessas espécies ainda não tiveram seu potencial farmacológico

explorado, tornando a flora uma importante ferramenta na busca por novos ativos que possam ser

utilizados como fármacos ou como protótipos para a síntese de novos fármacos (GIULIETTI et al.,

2005; BARREIRO; BOLZANI, 2009; YEUNG, HEINRICH, ATANASOV, 2018).

O interesse pelos produtos naturais continua aumentando, visto que estes configuram-se

como fontes inesgotáveis de compostos como, alcaloides, flavonoides, cumarinas, terpenos,

antraquinonas, acetogeninas, esteroides, saponinas, glicosídeos cardioativos, dentre outros. Estes

compostos apresentam amplo espectro de atividades biológicas, dentre elas antibacteriana, antiviral,

antifúngica, anti-inflamatória, antineoplásica, tripanomicida e antiplasmódica (MEDJELDI et al.,

2018).

Fármacos antivirais obtidos a partir de fontes naturais podem atuar em diversas etapas da

replicação viral, desde adsorção na célula hospedeira até na etapa de liberação de novas partículas

virais. A triagem antiviral de extratos de plantas ou de fontes animais tem fornecido resultados

promissores que justificam a pesquisa de novos compostos com potencial atividade antiviral a partir

de tais fontes (TEIXEIRA et al., 2014; OLIVEIRA et al., 2017).

A resistência demonstrada por micro-organismos frente aos medicamentos disponíveis na

atualidade tornou-se motivo de alarde para a saúde pública e é considerada um sério problema

mundial. Por este motivo a pesquisa objetivando a identificação de novos compostos com

propriedades terapêuticas vêm crescendo exaustivamente, principalmente pesquisas com produtos

naturais, visto que estes apresentam uma vasta composição de compostos biologicamente ativos,

dentre eles compostos fenólicos, tais como flavonoides, que são metabólitos secundários

normalmente associados a atividade antiviral de produtos naturais (OZÇELIK, KARTAL, ORHAN,

2010). Sendo assim, este trabalho objetivou avaliar a potencial atividade antiviral de extratos

obtidos a partir das folhas e dos ramos das espécies: Fusaea longifolia (Aubl.) Saff., Guatteria

punctata (Aubl.) R.A.Howard., Xylopia benthamii R.E.Fr., Duguetia sp., bem como as folhas,

ramos finos e frutos de Xylopia (cf) frutescens Aubl. contra o Herpes Simplex virus tipo 1 (HSV-

1), vírus da dengue sorotipo 1 (DENV-1) e vírus Mayaro (MAYV), além de avaliar o

comportamento dos extratos promissores ao serem incorporados a diferentes sistemas

nanoestrutururados.

15

1.1. VÍRUS HERPÉTICOS

1.1.1. FAMÍLIA Herpeviridae

Existem mais de 100 espécies de vírus herpéticos, alocados dentro da família Herpeviridae,

até então descritos (ROIZMAN et al., 2007), destes, oito apresentam importância médica para o

homem em virtude do amplo espectro de manifestações clínicas; são eles: Herpes Simplex Virus -1

(HSV-1); Herpes Simplex virus - 2 (HSV-2); Varicela-zoster virus (VZV); Citomegalovírus

(CMV); Herpesvírus humano – 6 (HHV-6) e 7 (HHV-7); Epstein-bar vírus (EBV) e Herpesvírus

humano – 8 (HHV-8).

Estes vírus apresentam genoma DNA e são subdivididos em três subfamílias de acordo com

propriedades biológicas e padrões moleculares em: Alphaherpesvirinae, Betaherpesvirinae e

Gammaherpesvirinae como representado na Tabela 1.

Tabela 1 - Classificação em subfamílias dos membros da família Herpesviridae que apresentam importância clínica para o Homem.

Alphaherpesvirinae Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae

HSV-1 CMV EBV HSV-2 HHV-6 HHV-8

VZV HHV-7 Fonte: International Committee on Taxonomy of Viruses - 2018 (com adaptações)

Os Alphaherpesvirinae (α-Herpesvírus) são agrupados nesta subfamília por apresentarem

características comuns, visto que apresentam ciclo de replicação curto, crescimento rápido em

sistemas de cultura e latência primária, porém não exclusiva, em gânglios sensoriais (THELLMAN,

2017), diferente dos Betaherpesvirinae (β-Herpesvírus) que apresentam ciclo de replicação longo

associados a crescimento lento em sistemas de cultura. Além disso, os β-Herpesvírus são indutores

de citomegalia e sua latência ocorre normalmente em glândulas excretoras, principalmente renais

(KONDO et al., 2003).

Já os Gamaherpesvirinae (γ-Hespervírus) são agrupados em uma terceira subfamília por

apresentarem latência em células do sistema imunológico, especificamente linfócitos B. As

infecções por α-Herpesvírus são as mais recorrentes e assumem maior importância clínica daquelas

causadas pelos demais herpesvírus. São vírus que apresentam tropismo por células de origem

ectodérmica, tais como células da pele, mucosa e dos olhos (CHIARELLI; RAU; SCOTEGAGNA,

2008).

1.1.2. HERPES SIMPLEX VIRUS -1 (HSV-1): ASPECTOS BIOLÓGICOS E

ESTRUTURAIS

A estrutura básica deste vírus (Figura 1 e Figura 2) é composta por quatro elementos

fundamentais: o “núcleo” composto por um genoma de DNA e por proteínas de ligação ao DNA.

Este genoma viral é cercado por uma estrutura icosaédrica: o capsídeo. Apresentam ainda o

16

envelope o qual é constituído por uma camada externa derivada da membrana do hospedeiro que

apresenta glicoproteínas virais únicas. Entre o envelope e o capsídeo, observa-se o tegumento

(MIRANDA-SAKSENA et al., 2018) composto por proteínas fundamentais para a replicação do

genoma viral bem como auxiliam na montagem do novo vírion (DIEFENBACH et al., 2015).

Figura 1 - Estrutura básica representativa do vírus Herpes Simplex Virus – 1 (HSV-1).

Fonte: GOGINENI et al., 2015 com adaptações

Figura 2 - Estrutura básica em 3D do vírus Herpes simplex virus. (A) Vírion completo apresentando

a camada pleomórfica de proteínas tegumentares que envolvem o capsídeo do HSV-1. (B) Capsídeo viral.

Fonte: ROCHAT; HECKSEL; CHIU, 2014. com adaptações.

Os HSV (1 e 2) são constituídos por genoma de DNA com aproximadamente 152.250 a

154.750 pares de bases (dependendo do tipo de HSV) e 90 unidades de transcrição que codificam

74 proteínas virais (DAI;CALIGLURI, 2018) dentre elas as proteínas do capsídeo VP5, VP19c,

VP23 e VP26 e as proteínas tegumentares pUL17, pUL25 e pUL36 (DAI; ZHOU, 2018). Estes

vírus são alphaherpesvírus neurotrópicos (BELLO-MORALES et al., 2018), alocados na família

17

Herpesviridae, são geneticamente distintos, porém colineares e partilham aproximadamente 83% de

homologia genômica (LEVIN; WEINBERG; SCHMID, 2017).

O HSV-1 é constituído por um genoma de DNA de dupla fita. Existem várias proteínas que

são essenciais para sua propagação, dentre elas a proteína US11, glicoproteína D (gD) e complexo

modulador de fusão gH/gL. A proteína US11 é expressa nos estágios finais de infecção e tem papel

fundamental para driblar o sistema imunológico do hospedeiro, permitindo que as proteínas virais

continuem sendo traduzidas durante os últimos estágios da replicação viral. US11 forma um

complexo trimérico com PACT e PKR bloqueando as alterações conformacionais na PKR, inibindo

sua ativação. Assim, o US11 inibe a ativação da PKR via interação direta em um gene independente

do RNA ou via RNA-dependente para permitir a replicação de HSV (DZANANOVIC,

MCKENNA; PATEL., 2018). A glicoproteína D de ligação ao receptor (gD), o complexo

modulador de fusão gH / gL e o efetor de fusão gB são essenciais para a entrada do vírion (BELLO-

MORALES et al., 2018).

O HSV-1 e o HSV-2, assim como os demais vírus de DNA, transcrevem e replicam seus

genomas utilizando toda a maquinaria celular em prol de sua replicação, porém, este processo

intracelular pode ser influenciado por diversos fatores celulares. Para que não haja esta

interferência, estes vírus induzem a expressão da proteína celular infectada (ICP0), esta proteína

promove a degradação de fatores que interfeririam durante o processo de replicação viral, tais como

Proteína Promielocítica Leucêmica (PML), Sp100, ATRX e Proteína induzível de Interferon – 16

(IFI16) (MERKI; ORZALLI; KNIPE, 2018).

A maturação e a saída da partícula viral pode ser dividida, didaticamente, em quatro etapas:

(1) Montagem do capsídeo e empacotamento do DNA no núcleo; (2) envolvimento primário do

envelope nuclear; (3) tegumentação e envolvimento secundário no citoplasma e (4) exocitose de

partículas virais na membrana plasmática ou transmissão célula-célula via junções celulares.

As expressões gênicas de HSV-1 e HSV-2 são inibidas durante a fase de latência, e os vírus

podem escapar do sistema imunológico através da produção de um fragmento de RNA conhecido

como LAT (Latency Associated Transcript) que permanece associado ao material genético de

células nervosas durante o estado de latência (DEETHAE et al., 2018). O promotor LAT é

considerado o único produto gênico viral que é altamente detectável durante a latência viral

(KAWAMURA et al., 2018) sendo fundamental para bloquear a apoptose de células infectadas,

garantindo que o vírus permaneça intacto (WATSON et al., 2018).

Os α-herpesvírus apresentam uma característica essencial durante a infecção primária

relacionada à latência em neurônios sensoriais, com potencial de reativação em locais recorrentes

(LEVIN; WEINBERG; SCHMID, 2017). Durante a reativação, as partículas virais do HSV podem

retornar a pele e mucosa causando lesões semelhantes àquelas observadas na primo-infecção, assim

18

estabelecendo quadros clínicos conhecidos como herpes genital recorrente ou herpes oral

recorrente. O curso clínico das lesões em casos recorrentes é mais curto quando comparado com as

lesões iniciais e costumam ser menos dolorosas (LEVIN; WEINBERG; SCHMID, 2017).

1.1.3. α-HERPESVIRUS: CICLO DE REPLICAÇÃO VIRAL

O ciclo de replicação viral (Figura 3) inicia-se pela (1) adsorção das partículas víricas à

superfície celular. Esta adesão é mediada pela interação de uma série de glicoproteínas virais com

proteoglicanos presentes na membrana plasmática da célula alvo. As glicoproteínas virais

envolvidas no processo de adsorção podem diferir de acordo com o vírus. A adesão do HSV-1 e do

HSV-2 é mediada pela glicoproteína C e pela glicoproteína B (SPEAR; LONGNECKER, 2003).

Figura 3 - Ciclo de replicação viral do Herpes simplex vírus - fusão, entrada, desnudamento,

nucleação, replicação, montagem e saída de novas partículas virais.

A infecção pelo vírus começa com a entrada na célula que envolve a fusão do envelope viral com a membrana

plasmática do hospedeiro, no entanto a entrada do vírus pode ocorrer por mecanismos de endo citose (I), levando à

liberação do capsídeo no citoplasma da célula infectada (II). O caps ídeo é então transportado retrogradamente ao núcleo

através dos microtúbulos. O genoma viral é liberado no núcleo (III). A transcrição de genes virais e a replicação do

genoma ocorrem no núcleo, bem como a formação do procapsídeo e a encapsidação do DNA (IV). Os capsídeos saem

do núcleo por um mecanismo de envolvimento primário e de desempacotamento (V). Os capsídeos são então

transportados anterogradamente ao ponto de montagem do virion (VI). Os vírions são então liberados da célula pela

fusão das vesículas celulares com a membrana plasmática (VIII). Fonte: MORDEHAI; HAGEN; GRUNEWALD,

2014., com adaptações.

Após a adsorção, as partículas virais precisam atingir o interior das células. Esta etapa é

conhecida como (2) fusão do invólucro viral com a membrana celular e é mediada por múltiplos

receptores de superfície. A capacidade de interagir com mais de um tipo de receptor tornam o

tropismo viral pouco específico e conferem ao vírus a habilidade de infectar mais de um tipo celular

(SPEAR; LONGNECKER, 2003). Como resultado, o nucleocapsídeo entra no citoplasma da célula

19

e mediante a interiorização, o nucleocapsídeo inicia a (3) etapa de desnudamento e migração. A

perda do invólucro libera a capsídeo e este migra por todo o citoplasma celular em direção ao

núcleo. O genoma viral é liberado da capsídeo e entra no núcleo através de poros nucleares

Algumas proteínas virais tegumentares, tais como VP16 e UL41, também migram para o núcleo e lá

promovem alteração do microambiente favorecendo a eficiência da replicação do genoma viral. A

proteína tegumentar VP16 regula a (4) transcrição dos genes virais, enquanto que UL41 deprime a

expressão de proteínas do hospedeiro.

A etapa de (4) transcrição do genoma viral pode ser dividida em três fases que dependem

dos genes α, β e γ. Os genes α detêm as proteínas reguladoras de transcrição de genes β e γ, desta

forma, as α-proteínas são determinantes para a replicação do genoma viral. Os genes β estão

relacionados com a expressão de enzimas necessárias para a replicação do genoma viral, desta

forma, são os principais alvos para terapias antivirais, enquanto os genes γ alocam informações

necessárias para a codificação de mRNA que codificam proteínas estruturais importantes durante a

montagem da nova partícula viral (MA et al., 2016).

Uma vez sintetizado o genoma viral, ocorre a (5) encapsidação. Nesta etapa a pró-cápside

adquire as proteínas tegumentares e sai do núcleo por gemulação. No citoplasma, esta estrutura se

associa com as proteínas virais, tais como VP16, oriundas do complexo de Golgi e adquiri um novo

invólucro. Finalmente, esta membrana vesicular se funde com a membrana citoplasmática e o vírion

definitivo abandona a célula por gemulação. A replicação deste vírus é bastante rápida, ocorre

dentro de 15 horas para o HSV, e letal para a célula hospedeira, levando-a a morte por lise celular.

Os α-herpesvírus são considerados dermoneurotrópicos ou seja, apresentam uma

característica comum de estabelecer latência em gânglios sensoriais, principalmente nos gânglios do

nervo trigêmeo (BAUER et al., 2017), para posterior reativação. Durante a latência, estes vírus

permanecem silenciados no interior de células nervosas sem provocar qualquer tipo de

sintomatologia. As células hospedeiras infectadas com os α-herpesvírus, durante a latência, não se

dividem. Desta forma, a infecção torna-se crônica.

Alguns fatores são considerados propícios para a reativação das infecções permitindo que as

áreas inervadas pelos neurônios sensoriais possam desenvolver novamente as lesões

(KAWAMURA et al., 2018), tais como fatores ambientais ligados à exposição à radiação UV e a

ambientes extremos de calor ou frio, fatores intrínsecos do hospedeiro, tais como fadiga, estresse

psicológico, imunodeficiência, e fatores externos ligados ao uso de medicamentos, como

corticoterapia.

20

1.1.4. PATOGÊNESE E SINTOMATOLOGIA

A primo-infecção pelo HSV-1 é caracterizada por gengivite, estomatite e faringite, enquanto

as reativações são responsáveis por lesões labiais e ulcerações intraorais, boca ou pele facial externa

(ZUPIN et al., 2018). Estas lesões são bolhosas e, tipicamente, desconfortáveis (XU; CHE; LI,

2016). Infecções oculares com deterioração da córnea e risco de cegueira também podem ser

observadas (CABREIRA-ÁGUA et al., 2018; LEE; GHIASI, 2018).

Após a infecção, iniciam-se formações de máculas e pápulas e o ciclo de replicação do vírus

torna-se intenso. As lesões iniciais evoluem para pústulas e rompem após 2 dias, expondo, desta

forma, as lesões à fatores externos. Após 96 horas, as lesões já apresentam-se com crostas (LEVIN;

WEINBERG; SCHMID., 2016). Durante a fase lítica, o vírus expressa uma grande quantidade de

proteínas virais necessárias para a manutenção da infecção e para a montagem de novas partículas

víricas (DAI; CALIGLURI, 2018).

As infecções primárias apresentam um curso clínico que pode variar entre 10 e 17 dias.

Febre, mal-estar e cefaleia podem estar presentes na fase inicial (LEVIN; WEINBERG; SCHMID,

2016). Além das infecções na pele, este vírus apresenta a capacidade de infectar as terminações

nervosas sensoriais que inervam a pele e a mucosa, onde permanecem em estágio latente, podendo,

posteriormente, estabelecer novas infecções viabilizadas por sua reativação (LEVIN; WEINBERG;

SCHMID, 2016).

Normalmente, as reativações da infecção por este vírus é assintomática em

aproximadamente 65% dos casos reportados e a frequência desses episódios declina com o tempo

(SCHIFFER et al., 2011). A transmissão deste vírus, tanto em pacientes imunocompetentes ou

imunocomprometidos, se dá pelo contato, seja pelo beijo ou por relações sexuais, sendo os

indivíduos assintomáticos, os mais significativos para a transmissão (LEVIN; WEINBERG;

SCHMID, 2016). Infecções no sistema nervoso central (Encefalites Herpéticas) e infecções

neonatais também compõem o espectro de manifestações clínicas destes vírus.

1.1.5. MORBIDADE E MORTABILADE

A existência de lesões mucocutâneas atípicas e crônicas aliadas a reações inflamatórias que

acometam o aparelho respiratório, principalmente traqueia e esôfago, podem complicar os cuidados

com o paciente. O comprometimento de múltiplos órgãos é raro para as infecções por HSV, assim

como encefalites (LEVIN; WEINBERG; SCHMID, 2017). Infecções que acometem o sistema

nervoso, como a encefalite, são consideradas as formas mais graves da doença e normalmente são

associadas etiologicamente ao HSV-1. A taxa de mortalidade entre os pacientes com crises

encefálicas, quando não tratados farmacologicamente, excede 70% e aqueles que sobrevivem

21

desenvolvem sequelas. A recuperação da função neurológica é possível, porém, apenas 2,5% dos

pacientes tratados atingem tal feito. Além do cérebro, os HSV podem acometer todas as áreas

anatômicas do sistema nervoso, causando diversas manifestações clínicas, como meningites,

mielites e radiculites (DA-FONSECA, 1999). Além de facilitar a coinfecção pelo vírus HIV, a

infecção pelo HSV-1 também aumenta a probabilidade de contrair o vírus Linfotrópico de Células T

(HTLV) (MA et al., 2016).

1.1.6. AGRAVOS E COINFECÇÕES: CORRELAÇÃO HSV-HIV

A soroprevalência mundial das infecções pelos Herpes Simplex vírus (HSV) não sofreu

alterações significativas (QUENELLE et al., 2018) e na atualidade ainda são considerados

mundialmente endêmicos (KALOGEROPOULOS et al., 2017), acometendo 98% da população

mundial (FATAHZADEH; SCHWARZ, 2007). Por mais que a prevalência seja alta, a maioria dos

casos são assintomáticos e os quadros clínicos são verificados em apenas um terço dos indivíduos

(SALEH; BERMUDEZ, 2018).

De todas as infecções de origem viral em todo o mundo, as infecções herpéticas causadas

pelo HSV-1 e pelo HSV-2 são as mais comuns. Essas infeções são consideradas infecções

sexualmente transmissíveis (IST’s) e são consideradas motivos de alarde, na atualidade, em virtude

de sua correlação com a aquisição oportunista do HIV (OKONKO; COOKEY, 2015). Neste

contexto, infecções herpéticas são consideradas potentes co-fatores de transmissão do HIV

(ROLLENHAGEN et al., 2014; CHARPENTIER et al., 2013).

Infecções herpéticas são consideradas altamente prevalentes em, praticamente, todo o

mundo. A prevalência destas infecções chega a ultrapassar índices de 90% em algumas situações.

Existem fortes correlações associando o HSV ao HIV. Os vírus HSV-1 e HSV-2 podem ser

transmitidos sexualmente e, normalmente, são encontrados na condição de coinfecção em pacientes

soropositivos para o HIV (QIU et al., 2012). O vírus da Imunodeficiência Humana é considerado

um dos mais preocupantes no âmbito da saúde pública; sua progressão e gravidade dependem da

condição imunológica de cada indivíduo (YAMSUWAN et al., 2012).

Nos últimos anos, a epidemia global de infecções pelo Herpes Simplex Virus tipos 1 e 2 e

pelo HIV-1 demostraram uma intensa e complexa correlação entre estes patógenos, apresentando,

desta forma, sinergia (BARNABAS; CELUM, 2012). Existem duas explicações plausíveis que

justificam a correlação HSV-HIV. Inicialmente, as lesões induzidas pelo HSV funcionam como

porta de entrada para o HIV, facilitando a infecção por este vírus. A segunda explicação é embasada

nos padrões fisiopatológicos da infecção genital pelo HSV. A resposta inflamatória desenvolvida

contra o HSV aumenta excessivamente o recrutamento de linfócitos T ativados no local das

22

ulcerações, contribuindo, desta forma, com o aumento da suscetibilidade ao HIV-1, já que este

apresenta tropismo por componentes do sistema imunológico, mais especificamente linfócitos T

(KEET et al., 1990). Também existem evidências indicando que as infecções herpéticas aumentam

o recrutamento excessivo de macrófagos e induzem a replicação do HIV nestas células em nível

genital (BALZARINI et al., 2013).

1.1.7. TERAPIA ANTI-HERPÉTICA

Os ativos antivirais disponíveis na atualidade compõem medicamentos que interferem

diretamente nos estágios da replicação viral, tais como adsorção da partícula viral à superfície

celular, penetração da partícula e replicação do DNA-viral para montagem de novas partículas

víricas. Existem uma infinidade de vírus e todos partilham de similares mecanismos de replicação,

desta forma, identificar e conhecer as características de cada agente infeccioso é fundamental para a

escolha de um esquema farmacoterapêutico (BATISTA, 2011).

O diagnóstico etiológico é fundamental para otimizar a terapia antiviral em pacientes com

infecções pelo HSV, principalmente naqueles que apresentam lesões cutâneas inexplicáveis e que

não respondem ao tratamento, uma vez que existem cepas virais dotadas de resistência a

medicamentos atualmente disponíveis (LEVIN; WEINBERG; SCHMID, 2016). Este problema se

intensifica quando o paciente apresenta imunossupressão, o qual apresenta maior chance para

adquirir e desenvolver infecções por cepas resistentes aos antivirais disponíveis, tais como o

aciclovir (ACV) (LEVIN; WEINBERG; SCHMID, 2017). Esta resistência pode ser avaliada por

testes fenotípicos, na presença ou ausência de um agente terapêutico (LEVIN; WEINBERG;

SCHMID, 2016).

Nucleosídeos modificados, tais como Aciclovir, Valaciclovir e Famciclovir compõem uma

das principais classes de medicamentos antivirais disponíveis na atualidade. São considerados

ativos chaves empregados contra vírus de DNA. Entretanto, esses compostos sofrem limitações de

uso, principalmente no que tange a resistência de certas cepas virais (BESSIERES et al., 2018;

LEVIN; WEINBERG; SCHMID, 2017). Também conhecido como [9-(2-hidroxietoximetil)

guanina], o Aciclovir (Figura 4) tornou-se o padrão farmacoterapêutico adotado para o tratamento

das infecções pelo HSV. É comercializado como cápsulas (200 mg), comprimidos (200, 400 e 800

mg) e pomada (GANDHI; JANA; SEN, 2014).

23

Figura 4 - Estrutura química do Aciclovir (2-amino-9-(2-hidroxietoximetil)-3H-purin-6-ona).

Fonte: KARIM-NEZHAD et al., 2018.

Este análogo de nucleosídeo é fosforilado pela enzima Timidina Quinase (TK) do vírus para

formar o ACV-MP. Quinases celulares convertem a forma monofosfatada do ACV à ACV-TP

(BENZEKRI et al., 2018). O ACV-TP interrompe a atividade da DNA-pol, pois ao ser incorporado

no DNA viral induz a finalização precoce da fase de alongamento do DNA refletindo em inibição

direta da replicação do genoma viral (INAGAKI et al., 2018). Em outras palavras, o aciclovir e

outros análogos à ele relacionados funcionam inibindo duas enzimas fundamentais, a DNA-pol e a

Helicase, ambas específicas do vírus resultando em redução da replicação viral (BYRNE;

GANTTT; COOMBS, 2018). A grande problemática envolvendo este mecanismo anti-herpético

correlaciona-se ao desenvolvimento de mutantes que expressam resistência a partir da mutação

pontual no gene codificador para TK viral (gene UL23) (BENEKRI et al., 2018).

A duração do tratamento pode variar, pois é determinado pela gravidade da doença e por

respostas individuais do paciente frente ao medicamento de escolha, já que a forma farmacêutica

influencia na resposta terapêutica. Além disso, o local das lesões também auxiliam na tomada de

decisões acerca do medicamento e da forma farmacêutica que será utilizada no tratamento. As

medicações tópicas são eficientes para reduzir o tempo de excreção do vírus e aceleram a formação

de crostas em áreas lesionas, no entanto, quando comparada com as orais e endovenosas, mostra-se

menos eficiente. Alternativas como tratamento a laser também podem ser empregadas. A terapia

laser (LT) empregando ondas no comprimento infravermelho é capaz de reduzir a recorrência de

HSV-1 e a duração das feridas herpéticas (ZUPIN et al., 2018).

Além dos fármacos que bloqueiam diretamente a ação da TK viral, a terapêutica ainda

dispõem de algumas alternativas, tais como o Foscarnet, o Cidofovir e o Pritelivir, este último ainda

em teste. O Foscarnet e cidofovir, são utilizados para o tratamento de infecções por

Citomegalovírus (CMV). Estes, ao contrário de outros agentes antivirais utilizados contra o

herpesvírus, têm mecanismos de ação envolvendo inibição enzimática, mais especificamente para a

DNA polimerase viral, enquanto o pretelivir é um inibidor não nucleosídico que bloqueia a função

da helicase viral (QUENELLE et al., 2018). Estirpes resistentes são consideradas agentes potenciais

24

para pneumonia, encefalite herpética, esofagite e infecções mucocutâneas em

imunocomprometidos.

1.2. DENGUE VÍRUS

1.3.

Os vírus da dengue (DENV) são arbovírus transmitidos pelos mosquitos Aedes aegypti e

Aedes albopictus, agrupados em cinco sorotipos virais DENV-1 DENV-2, DENV-3, DENV-4 e

DENV-5 (NORAZHARUDDIN; LAI, 2018) pertencentes ao gênero Flaviviridae, no qual estão

inseridos inúmeros vírus de importância clínica para o homem tais como o vírus do oeste do Nilo e

Zika (AHMAD; POH, 2019). Esta família comporta uma série de vírus considerados patógenos

emergentes e reemergentes (BORBA et al., 2019)

Estes vírus são capazes de desenvolver doenças com perfis clínicos distintos, caracterizadas

pelo acesso febril brando ou intenso, sendo clinicamente diferenciadas como febre do dengue ou

febre hemorrágica do dengue (NORAZHARUDDIN; LAI, 2018). São endêmicos, em regiões

tropicais e subtropicais, encontrados em mais de 125 países espalhados pela Ásia, Pacífico

Ocidental, Mediterrâneo Oriental, África e Américas (AHMAD; POH, 2019; CHEN et al., 2019), o

que contribuiu para o aumento da incidência em taxas alarmante por todo o mundo com uma

estimativa de 50 a 390 milhões de infecções a cada ano (NORAZHARUDDIN; LAI, 2018) e de

25.000 mortes por ano (AHMAD; POH, 2019).

A imunidade conferida após uma infecção é vitalícia para o sorotipo envolvido, entretanto

há um período temporário de imunidade cruzada (NORAZHARUDDIN; LAI, 2018). Mesmo que

haja imunidade cruzada temporária, infecções subsequentes com outros sorotipos destes vírus

apresentam maior probabilidade para desencadearem respostas clínicas mias graves (LUO et al.,

2019). A febre do dengue é uma doença autolimitada caracterizada apenas pela febre, no entanto,

alguns pacientes podem desenvolver a forma mais grave da doença, a febre hemorrágica da dengue,

que é fatal (AWAIDY; KHAMIS, 2019)

1.3.1. ASPECTOS ESTRUTURAIS E CICLO DE REPLICAÇÃO

Todos os flavivirus, incluindo o DENV, apresentam o mesmo perfil estrutural (AHMAD;

POH, 2019). O DENV é um vírus com cápside de estrutura icosaédrica, genoma de RNA sentido

positivo e envelope herdado da membrana celular do hospedeiro durante a saída do vírion

potencialmente infectante (Figura 5). Apresentam três proteínas estruturais, a proteína da cápside

(proteína C), a proteína da membrana (proteína M) e a proteína do envelope (proteína E). A proteína

25

C é responsável por encapsular o genoma viral formando o nucleocapsídeo, que é envolto por uma

bicamada lipídica derivada da célula hospedeira. No espaço existente entre o nucleocapsídeo e a

membrana existe uma série de cópias das proteínas M e E (AHMAD; POH, 2019;

NORAZHARUDDIN; LAI, 2018).

Figura 5 - Estrutura do genoma do flavivírus e da partícula viral.

(a) Representa genoma dos flavivírus que consiste em apenas um quadro de leitura que codifica

uma única poliproteína viral que será clivada para a produção de três proteínas estruturais e pelo

menos sete proteínas não estruturais e (b) representa a estrutura geral dos vírions. Fonte: Plevka et

al., 2014 (com adaptações).

As regiões conhecidas como zonas não traduzidas (5’ -UTR e a 3’ -UTR) por mais que não

participem ativamente da produção da poliproteína viral carregam consigo informações

fundamentais para regulação do processo de transcrição. A zona 5’ -UTR é responsável por aturar

como promotor para síntese de RNA e além disso medeia a ciclização de interações RNA-RNA de

longo alcance. Já a região 3’ -UTR controla as respostas antivirais do hospedeiro (BORBA et al.,

2019; KHETARPAL; KHANNA, 2016).

O processo de penetração da partícula viral se dá a partir do processo de endocitose mediada

por receptores de fusão que permitem alterações na conformação da superfície do flavivírus

mediada por dissociação do dímero protéico E, que interage com receptores de fusão DII. O dímero

26

protéico E, forma um trímero com a proteína DII, o que permite a liberação do genoma viral no

citoplasma da célula infectada (MORRONE; LOK, 2019). Por tratar-se de um vírus de RNA, o

genoma do vírus atua como um RNA mensageiro, carregando consigo a informação para a

produção de uma única poliproteína. Este mRNA é traduzido no retículo endoplasmático rugoso e

então processado em três proteínas estruturais (C, prM e E), sendo a prM a precursora da proteína

de membrana ativada no complexo de golgi (Figura 6), e sete proteínas não estruturais (NS1, NS2A,

NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5) (NORAZHARUDDIN; LAI, 2018).

Figura 6 - Esquema geral da maturação dos flavivírus.

Partículas imaturas se formam a partir do brotamento do reticulo endoplasmático. Os vírions são

expostos a um ambiente com pH 5,5 à medida que são transportados do RE para o complexo de

Golgi. A alteração do pH induz a ruptura da estrutura imatura levando à formação do centro de

nucleação da estrutura madura. A estrutura madura se espalha gradualmente pela superfície da

partícula. Uma vez que a cápside esteja na conformação madura, a protease celular furina pode

clivar a proteína prM em fragmentos pr e M. Quando as partículas são libertadas os fragmentos pr

dissociam-se das partículas, deixando vírions infecciosos maduros. Fonte: Plevka et al., 2014 (com

adaptações).

Os vírus imaturos são formados a partir do brotamento do complexo RNA-capsídeo, na

membrana do retículo endoplasmático, revestidos com prM e proteínas E. A prM necessita de

clivagem para ativação em proteína M, que compõem o vírion maduro, e esta ativação é mediada

pela furina no complexo de golgi. Quanto as partículas virais são exocitadas para o ambiente

extracelular, o pH neutro do ambiente viabiliza a finalização do processo de maturação do vírion

(MORRONE; LOK, 2019).

27

1.3.2. TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO

Apesar do amplo desenvolvimento da indústria farmacêutica, a prática clínica ainda é

desprovida de terapias antivirais específicos contra os vírus da dengue (BRASIL, 2015; EYERET et

al, 2016; WHO, 2016). Os tratamentos atuais seguem protocolos terapêuticos meramente paliativos

(CHEN, TANG., 2016; LAVAL et al., 2016) adotados apenas para o manejo sintomatológico. Estes

protocolos são fundamentados no uso de antitérmicos e analgésicos, como o acetaminofeno e a

dipirona (CHEN, TANG., 2016; LAVAL et al., 2016; ZAMMARCHI et al., 2015; CHOWDHURY,

et al. 2012) bem como antieméticos. Neste contexto, o desenvolvimento de terapias para o dengue

é, portanto, urgentemente necessário (MORRONE; LOK, 2019).

O diagnóstico da infecção por DENV não pode ser fundamentado apenas em perfis clínicos,

visto que uma série de indivíduos pode ser assintomática ou apresentar sinais e sintomas

semelhantes aos de outras doenças, desta forma o diagnóstico necessita ser realizado com base em

técnicas sorológicas que permitem a distinção do sorotipo associado à infecção. DENV-2 e DENV-

3, por exemplo, normalmente são associados a doenças mais graves, enquanto o DENV-4 é

responsável por doenças mais brandas (TSAI et al., 2019).

Apesar do grande número de compostos candidatos que tem apresentado atividade antiviral

contra os vírus DENV em ensaios in vitro, poucos são avaliados em ensaios clínicos (CHAN; OOI,

2015; TEIXEIRA et al., 2014; OLIVEIRA et al., 2017). Por mais que exista uma vacina

recombinada e atenuada (Dengvaxia®) do DENV aprovada para a prevenção da doença causada

pelos quatro sorotipos do vírus, há necessidade de se avaliar o real impacto de seu uso, pois, a

eficácia efetiva de uma vacina para o DENV depende da proteção imunológica induzida para os

quatro sorotipos virais (HOLBROOK, 2017).

1.4. VÍRUS MAYARO

O vírus mayaro (MAYV) é um arbovírus pertencente a família Togaviridae, é um vírus com

genoma de RNA de polaridade positiva com genoma de aproximadamente 12 kb inserido no

complexo antigênico da vírus da floresta Semliki (KANTOR et al., 2019). Seu vírion é envelopado

e esférico, sendo a sua transmissão mediada por artrópodes, o que os tornam, assim como os demais

arbovírus que acometem o homem, vírus zoonóticos (YUE et al., 2019). Além desse vírus, outros

545 vírus capazes de desenvolver doença no homem também são considerados arbovírus e estão

distribuídos nos gêneros Alphavirus, Orthobunyavirus, vírusovirus, Nairovirus, Flavivirus,

Vesicuvirus, Efemerovirus, Thogotovirus, Asfavirus, Coltivirus e Orbivirus (COSTA et al., 2018).

28

A transmissão é mediada principalmente por mosquitos do gênero Haemagogus (KANTOR

et al., 2019; ESPOSITO, DA-FONSECA., 2017) e normalmente é associada a exposição

ocupacional (MAIA et al., 2019). Embora espécies de Haemagogus sp. sejam consideradas as

principais no que tange a competência vetorial para a transmissão do MAYV, já foram descritos

estudos que comprovam que outros mosquitos também exibem a competência vetorial para o

MAYV, tais como espécies do gênero Aedes sp. (MAVIAN et al., 2017).

A incubação do vírus pode variar de 3 até 11 dias de acordo com a condição imunológica do

hospedeiro e a alta viremia pode ser observada 5 dias após a infecção (ESPOSITO, DA-

FONSECA., 2017). As infecções pelo MAYV apresentam sintomatologias inespecíficas e

autolimitadas caracterizadas por febre, mialgia, dores de cabeça erupções cutâneas (YUE et al.,

2019; MAVIAN et al., 2017), no entanto, existem relatos que descrevem os sintomas como

persistentes até um ano após a infecção, sintomas semelhantes aos observados nas infecções pelo

vírus chikungunya (KANTOR et al.,2019; ESPOSITO, DA-FONSECA., 2017). Normalmente, nos

casos duradouros, a artralgia torna-se intensa e prolongada (MAVIAN et al.,2017).

1.4.1. ASPECTOS ESTRUTURAIS

O vírus mayaro (MAYV), inserido na família Togaviridae, é um vírus com genoma de RNA

de polaridade positiva com genoma de aproximadamente 12 kb que carrega consigo informações

necessárias para a codificação de quatro proteínas não estruturais: nsP1, nsP2, nsP3 e nsP4, além de

cinco proteínas estruturais: C, E3, E2, 6k e E1 (Figura 7).

O genoma desse vírus apresenta duas regiões abertas de leitura, denominadas Open reading

frames (ORF ). A ORF-5’ codifica as proteínas não estruturais, enquanto a ORF-3’ codifica aquelas

proteínas associadas à estrutura do vírion (ACOSTA-AMPUDIA et al., 2018).

29

Figura 7 - Diagrama esquemático do genoma do vírus Mayaro e de suas proteínas formadas pelo

processo de tradução

Fonte: Acosta-ampudia et al., 2019 com adaptações.

As proteínas associadas à estrutura do vírion são produzidas após a tradução do transcrito no

sentido negativo, uma característica comum da família Togaviridae. Após a produção das proteínas,

o genoma viral é complexado a proteína C e às proteínas do envelope através do aparelho de Golgi.

O vírion imaturo migra para a membrana e adquire seu envelope, liberando novas partículas

infecciosas (ESPOSITO, DA-FONSECA., 2017).

1.4.2. TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO

Assim como a maioria dos das infecções por arbovírus, o diagnóstico da infecção pelo

MAYV é eficiente durante a fase aguda da doença, pois neste período a viremia encontra-se

elevada e o isolamento do vírus pelas técnicas de isolamento viral ou a identificação do RNA viral

por técnicas moleculares tornam-se possíveis. Esse vírus apresenta dois genótipos até então

descritos, que divergem geneticamente em 17% em nível de nucleotídeos (KANTOR et al., 2019) o

D e o L, sendo este último o genótipo isolado no Brasil.

Testes sorológicos convencionais, tais como fixação do completo e inibição da

hemaglutinina, não são indicados para diagnóstico, visto que gerar falso-positivos em função da

reatividade cruzada existente entre os vírus do complexo da floresta Semliki (Bebaru, Chikungunya,

Mayaro, Getah, Floresta Semliki, Ross River, O'nyong-nyong e Uma) (ESPOSITO, DA-

30

FONSECA., 2017), o que dificulta o diagnóstico por testes dependentes de anticorpos (ACOSTA-

AMPUDIA et al., 2018).

Assim como relatado para as infecções pelos vírus da dengue (DENV 1-4), as infecções pelo

MAYV são desprovidas de terapias medicamentosas específicas para o controle da replicação viral,

bem como não há substâncias capazes de conferir efeito profilático e nem de agir diretamente sobre

a partícula viral. O manejo farmacoterapêutico adotado é direcionado aos sintomas (ACOSTA-

AMPUDIA et al., 2018) e é fundamentado no uso de anti-inflamatórios não esteróides, analgésicos

e antitérmicos com o intuito de controlar a inflamação, dor e a febre, respectivamente.

Pacientes que desenvolvem artralgia podem receber a cloroquina, uma droga antimalárica,

como alternativa de tratamento para redução das dores articulares (ACOSTA-AMPUDIA et al.,

2018). Vacinas ainda não são comercializadas para controlar esta infecção, no entanto existem duas

em fase pré-clínica, a primeira com a partícula viral inativa e a segunda com o vírus atenuado

(ESPOSITO, DA-FONSECA., 2017).

1.5. PRODUTOS NATURAIS COMO FONTES DE NOVOS COMPOSTOS

BIOATIVOS

1.5.1. PRODUTOS NATURAIS E NOVOS ATIVOS ANTIVIRAIS

Pesquisas objetivando a análise do potencial antiviral de produtos naturais, tais com plantas,

organismos marinhos, metabólitos de bactérias e fungos são fundamentais para a identificação de

novos compostos biologicamente ativos (QIN et al., 2018) que possam ser utilizados diretamente na

terapêutica ou como protótipos, para a indústria farmacêutica, no desenvolvimento tecnológico de

novos medicamentos (BUTLER; ROBERTSON; COOPER, 2014; KARAGOZ et al., 2018). Ao

longo da história, os produtos naturais vêm sendo utilizados para diversas funções, tendo na

finalidade terapêutica, seu uso mais expressivo (JI et al., 2018).

Os produtos naturais são considerados fontes promissoras e inesgotáveis de compostos

estruturalmente complexos, dotados de um vasto potencial farmacológico (XIE et al., 2015),

conhecidos como metabólitos secundários, que podem apresentar atividade antioxidante,

antimicrobiana, antitumoral, antiviral, entre outras (QIN et al., 2018).

Nesta situação, estudos de bioprospecção tornam-se fundamentais e de grande importância

econômica em virtude do seu potencial de mercado (XIE et al., 2015), visto que proporcionam

adequações de manejo e conservação da biodiversidade brasileira com consequente

desenvolvimento e fortalecimento tecnológico da indústria (OUYANG et al., 2014), principalmente

31

a farmacêutica, que teve seu desenvolvimento enraizado na química de produtos naturais

(KARAGOZ et al., 2018).

Os metabólitos secundários são compostos orgânicos de baixo peso molecular classificados

dentro de diferentes grupos de substâncias, tais como flavonoides, taninos, terpenos, cumarinas,

antraquinonas, alcaloides, acetogeninas e saponinas (LI; ZHANG; LIU, 2018).

Os avanços das metodologias analíticas, principalmente as instrumentais, aliadas a

farmacologia experimental colaboraram para o desenvolvimento de métodos que permitiram o

aumento expressivo dos estudos com produtos naturais, cuja consequência refletiu diretamente no

aumento de novos fármacos, derivadas de produtos naturais, no mercado farmacêutico. De todo o

arsenal terapêutico disponível na atualidade, 64% foram desenvolvidos a partir de fontes naturais

(NEWMAN; CRAGG, 2016), destes, 6% são comercializados como fitoterápicos, 31% como

semissintéticos e, aproximadamente 23% são sintéticos cuja estrutura foi desenvolvida baseando-se

em um composto orgânico natural como modelo protótipo (DEMAIN, 2009). A ziconotida,

derivada de uma substância conhecida como ω-conotoxina, um potente fármaco analgésico, a

trabectedina, antitumoral isolado de Ecteinascidia turbinata, potentes antitumorais como vincristina

e vimblastina (Catharanthus roseus) são exemplos de medicamentos de origens naturais e que estão

disponíveis no mercado farmacêutico.

Bactérias, fungos, parasitas e vírus, agentes de doenças infecciosas, estão em constante

evolução. Este processo evolutivo é natural e garante a seleção de cepas resistentes aos

medicamentos disponíveis, visto que mutações pontuais fornecem mecanismos de escape para

driblar a farmacodinâmica dos ativos essenciais utilizados no manejo terapêutico. Este fato torna a

busca por novos agentes terapêuticos, dentre eles os antivirais, necessária (WRIGHT, 2014). Novos

ativos antivirais estão sendo desenvolvidos a partir de produtos naturais, como é o caso do

alisporivir-82 e do composto SCY-635, derivados da ciclosporina A81, um peptídeo fúngico

avaliado pela Novartis para o tratamento de infecções pelo vírus da Hepatite C (HCV) (BUTLER;

ROBERTSON; COOPER, 2014).

Os compostos de fontes naturais vegetais, principalmente flavonoides e derivados

peptídicos, apresentam propriedades antivirais satisfatórias (DEMAIN, 2009). Estes metabólitos são

capazes de interferir em uma ou mais etapas do ciclo de replicação viral ou são capazes de exercer

função virucida direta, desta forma, estes compostos tornam-se atrativos na busca e identificação de

novos candidatos para o uso clínico. O mecanismo antiviral associado aos produtos naturais, de

modo geral, é fundamentado em seu potencial antioxidante, anti-inflamatório, associados a inibição

da adsorção e da penetração da partícula viral, bloqueio da síntese viral de DNA ou RNA, inibição

da síntese de proteínas virais, bem como inibição da montagem de novos virions (LAMY et al.,

2015).

32

Inúmeros estudos têm relatado a atividade antiviral de extratos vegetais contra vírus que

infectam o homem, tais como a atividade anti-herpética (HSV-1) para extratos de Callistemon

rigidus (CAO et al., 2017); ação frente ao influenza-vírus de extratos de Embelia ribes Burm. f.

(HOSSAN et al., 2018); contra o Vírus da Hepatite C de extratos de Nymphaea alba (REHMAN et

al., 2018); contra o vírus da dengue (DENV-2) de extratos de Taraxacum officinale e Urtica dioica

(FLORES-OCELOTI et al., 2018); contra o vírus da febre mayaro (MAYV) de extratos de Salacia

crassifolia (Celastraceae) (FERREIRA et al., 2018).

1.5.2. FAMILIA ANNONACEAE

A família Annonaceae constitui um grupo da ordem Magnoliales, composto por cerca de

130 gêneros e 2300 espécies distribuídas em regiões tropicais e subtropicais (MOGHADAMTOUSI

et al., 2015; QUEIROZ et al., 2014; MOREIRA et al., 2013; ENDRESS; ARMOSTRONG, 2011;

XU et al., 2010), condições que são encontradas no Brasil (FONTES et al., 2013). As espécies que

compõem esta família, apresentam padrões anatômicos comuns, o que dificulta sua identificação

(FECHINE et al., 2002) e são consideradas de importância econômica por conta de seus frutos

comestíveis e de seus potenciais medicinais (MOURA et al., 2016).

Estas espécies apresentam, fitoquimicamente, compostos bioativos potentes, tais como

alcaloides, flavonoides, terpenos e acetogeninas (HERNANDEZ; DE LA CRUZ-CHACON;

GONZALEZ-ESQUINCA, 2012; TAVARES et al., 2005), sendo este último grupo de metabólitos,

considerado uma classe especial e restrita às espécies da família Annonaceae, o que as tornam

únicas dentre as outras famílias que constituem a ordem Magnoliales

(AMINIMOGHADAMFAROUJ; NEMATOLLAHI; WIART, 2011).

A maioria das atividades biológicas observadas para as espécies desta família são

correlacionadas diretamente aos flavonoides, alcaloides, principalmente os aporfínicos, e as

acetogeninas. Essas classes de metabólitos secundários são comumente encontrados em todos os

gêneros que compõem esta família (DA SILVA et al., 2009; CAROLLO et al., 2006). As

acetogeninas são consideradas metabólitos únicos, derivados de ácidos graxos de cadeia longa e

biogenicamente oriundos da via dos policetídeos (SUN et al., 2014).

De todos os gêneros e espécies descritos para esta família, 27 gêneros e, aproximadamente,

290 espécies são encontradas no Brasil, principalmente no bioma Cerrado. Muitas das espécies

fornecem frutas exóticas de grande importância econômica (FORMAGIO et al., 2015; COELHO et

al., 2011). O potencial biológico destas espécies vêm sendo exaustivamente avaliados em diversos

modelos experimentais e os resultados descrevem inúmeras atividades biológicas, tais como a

atividade antimicrobiana (COSTA et al., 2010) , antioxidante (PINHO et al., 2014), antitumoral

(FONTES et al., 2013; COELHO et al., 2011; MATOS et al., 2006), anticolinesterásica, anti-

33

inflamatória, hipoglicemiante (FORMAGIO et al., 2015) antimalárica (FISCHER et al., 2004), anti-

herpética (BUZZINI et al., 2008), antiespasmódica (CORREIA et al., 2015), dentre outras. Além

das atividades potencialmente terapêuticas, a literatura descreve o potencial inseticida de extratos

obtidos a partir de espécies desta família, como a Duguetia lanceolata, o que aumenta seu valor

econômico (ALVES et al., 2016).

Por mais que hajam estudos para avaliar o potencial biológico de espécies de Annonaceae,

grande parte destes apresentam como objeto de pesquisa exemplares pertencentes aos gêneros

Annona, Duguetia, Xylopia, Guatteria e Fusaea.

O gênero Duguetia é composto por cerca de 93 espécies até então descritas. Destas, 89

espécies são distribuídas em regiões tropicais e neotropicais e quatro são encontradas na África. O

gênero Duguetia é considerado o terceiro maior gênero da família Annonaceae, ficando atrás apenas

dos gêneros Guatteria e Annona, que são compostos por 265 e 150 espécies, respectivamente. As

espécies pertencentes a este gênero são empregadas, popularmente, no tratamento de crises

reumáticas e cólicas renais (SILVA; VIEIRA; CHEN-CHEN, 2013).

Estudos descrevem a atividade antitumoral, tripanocida, antiplasmodial e antiprotozoárias

para espécie deste gênero, tais como para a Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Benth. & Hook. f.

(SILVA; VIEIRA; CHEN-CHEN, 2013; DA SILVA et al., 2009). Para esta espécie, conhecida

popularmente como “araticum-seco”, também já foram descritas atividade anti-inflamatória e

antirreumática (DOS SANTOS et al., 2018). O potencial antimalárico também já foi descrito para a

espécie Duguetia hadrantha (MUHAMMAD et al., 2001), o antitumoral para Duguetia

gardneriana (RODRIGUES et al., 2015), e o potencial antimicrobiano para Duguetia lanceolata,

Duguetia gardneriana e Duguetia moricandiana (SOUSA et al., 2012).

O gênero Xylopia é composto por espécies encontradas na América do Sul, América Central,

África e em algumas regiões da Ásia (FERRAZ et al., 2013). É considerado um dos maiores

gêneros da família Annonaceae, com cerca de 150 espécies dentre árvores de 5 a 30 m de altura, até

arbustos de 1,5 a 3 m de altura (YAPI et al., 2014; MOREIRA et al., 2013), sendo algumas de

importância nutricional e medicinal (MOURA et al., 2016).

A maioria das espécies deste gênero apresentam atividades biológicas associadas aos seus

óleos essenciais, visto que são consideradas plantas aromáticas (BAKARNGA-VIA et al., 2014). As

espécies deste gênero são utilizadas na medicina popular para o tratamento de doenças intestinais,

halitose (FERRAZ et al., 2013), infecções da pele, infertilidade (BAKARNGA-VIA et al., 2014;

CHOUMESSI et al., 2012) e doenças que acometem o sistema nervoso (BINEY et al., 2016).

Propriedades antitumorais já foram descritas para a espécie Xylopia langsdorffiana

(MOURA et al., 2016) e para a espécie Xylopia laevigata (QUINTANS et al., 2013), efeito

34

analgésico (WOODE et al., 2012), antioxidante (MOUKETE et al., 2015), antimalárico

(BAKARNGA-VIA et al., 2014), antidiabético (MOHAMMED et al., 2016), bem como o

antimicrobiano (WOUATSA; MISRA; KUMAR, 2014; FLEISCHER et al., 2008) já foram descrito

para extratos da espécie Xylopia aethiopica. Atividade antimicrobiana também já foi descrita para a

espécie Xylopia parviflora (WOGUEM et al., 2014). Propriedades antitumorais foram descritas para

Xylopia frutescens (FERRAZ et al., 2013), bem como seu efeito antiespasmódico e antiviral frente

ao vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) (DE SOUZA et al., 2015). O efeito leishmanicida e

imunomodulador foi descrito para Xylopia discreta (LOPEZ; CUCA; DELGADO, 2009).

O gênero Guatteria é considerado o maior e mais antigo gênero da família Annonaceae

(FONTES et al., 2013; MONTENEGRO et al., 2003). Espécies desta família estão distribuídas

através de regiões neotropicais que vão desde o sudeste mexicano até o sul do Brasil. No Brasil,

foram descritas 15 espécies endêmicas deste gênero. Cerca de 385 espécies deste gênero podem ser

encontradas no domínio amazônico (COSTA et al., 2016). São popularmente conhecidas como

“Envireiras” em virtude de suas cascas extremamente rígidas (COSTA et al., 2018).

Óleos essenciais obtidos das folhas de Guatteria pogonopus e de Guatteria friesiana

apresentam atividade antumoral (FONTES et al., 2013; BRITTO et al., 2012). Guatteria hispida, G.

blepharophylla, G. boliviana e G. friesiana apresentam potentes efeitos citotóxicos (FONTES et al.,

2013). Alcaloides aporfínicos de Guatteria amplifolia e Guatteria dumetorum demonstraram

potente atividade contra espécies do gênero Leishmania (CORREIA et al., 2006; MONTENEGRO

et al., 2003). Extratos alcaloídicos de Guatteria latifolia também demonstraram potente ação contra

espécies deste parasito (FERREIRA et al., 2017). A atividade antiparasitária também foi verificada

para a espécie Guatteria recurvisepala, que demonstrou atividade antiplasmodial contra o

Plasmodium falciparum (MUNIGUNTI et al., 2011). Extratos de Guatteria gaumeri também

mostraram-se eficientes no tratamento da hipercolesterolemia familiar (CHOMORRO et al., 1998).

Propriedades antimicrobianas já foram descritas para extratos de Guatteria hispida (COSTA et al.,

2010).

Pouco se sabe sobre o gênero Fusaea. Quatro espécies deste gênero, dentre elas a espécie

Fusaea longifolia Aubl. Saff são encontradas na região amazônica e destas já foram isolados e

identificados alcaloides aporfínicos e oxaaporfínicos, sendo fuseína e a liriodenina encontradas em

maior concentração (TAVARES et al., 2005). Esta espécie é popularmente conhecida como

araticum, ata ou envira e pode ser encontrada na região Centro-Oeste e Norte do Brasil.

Como anteriormente descrito, a família Annonaceae é composta por uma série de espécies

potencialmente ativas, algumas nem sequer tiveram seus potenciais biológicos avaliados. Neste

contexto, o estudo do potencial bioativo frente aos vírus Herpes simplex vírus, Mayaro e Dengue de

35

extratos de diferentes espécies desta família representam passos iniciais para posterior isolamento e

identificação de compostos potencialmente ativos.

2. OBJETIVO

2.1. OBJETIVO GERAL

Avaliar a potencial atividade antiviral de extratos obtidos a partir de folhas e ramos de

diferentes espécies de Annonaceae frente ao Herpes Simplex Virus (cepa KOS), vírus da Dengue

sorotipo 1 (DENV-1) e vírus Mayaro (MAYV).

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

➢ Realizar a triagem inicial dos extratos das folhas e dos ramos de Fusaea longifolia Aubl.

Saff., Guatteria punctata (Aubl.) R.A.Howard., Xylopia benthamii R.E.Fr., Xylopia cf.

frutescens Aubl. e Duguetia sp. para determinar quais foram promissores na inibição da

replicação viral dos vírus HSV-1, DENV-1 e MAYV, empregando o ensaio

colorimétrico com o sal de tetrazólio (MTT), através do tratamento simultâneo.

➢ Avaliar a citotoxicidade para àqueles extratos considerados ativos na triagem, através do

ensaio colorimétrico com o sal de tetrazólio (MTT).

➢ Confirmar a potencial atividade antiviral do extrato acetato de etila dos ramos de F.

longifolia, considerado promissor na triagem inicial, frente ao vírus HSV-1, através do

ensaio de redução de placas de lise.

➢ Realizar a triagem inicial das frações obtidas cromatograficamente, a partir do extrato

acetato de etila dos ramos de F. longifolia, frente ao vírus HSV-1 através do ensaio

colorimétrico com o sal de tetrazólio (MTT) através do tratamento simultâneo.

➢ Determinar se o extrato acetato de etila dos ramos de F. longifolia apresenta efeitos

diretos sobre a partícula viral do HSV-1 (atividade virucida) e se confere efeito

profilático.

➢ Incorporar o extrato acetato de etila dos ramos de F. longifolia à diferentes sistemas

nanoestruturados e avaliar a eficiência destes sistemas frente ao vírus HSV-1 através do

ensaio colorimétrico com o sal de tetrazólio (MTT).

36

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. LOCAL DA PESQUISA

As avaliações propostas para este trabalho foram experimentalmente executadas na

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário de Sinop (CUS - Sinop) no

Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular (LIBM), no Laboratório de Farmacognosia, no

Laboratório de Pesquisas Integradas em Química (LIPeq) e na Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop –

MT).

3.2. AMOSTRAS

Os testes desenvolvidos neste trabalho foram feitos com extratos hexânicos, acetato de etila

e metanólicos das folhas e dos ramos finos de Fusaea longifolia (Aubl.) Saff; Xylopia benthamii

R.E. Fr.; Guatteria punctata (Aubl.) R.A. Howard; Duguetia sp. e com extratos hexânicos, acetato

de etila e metanólicos das folhas, ramos finos e frutos de Xylopia cf. frutescens.

3.3. MATERIAL VEGETAL

3.3.1. COLETA E IDENTIFICAÇÃO

As folhas, ramos finos de F. longifolia; X. benthamii; G. punctata; Duguetia sp, bem como

as folhas, ramos finos e flores de X. cf. frutescens, foram coletados na região de transição dos

biomas Cerrado-Amazônia, na região Médio-Norte do Estado de Mato Grosso. A identificação

botânica das plantas foi realizada pela pesquisadora Msc. Aline Fernandes Pontes, do Instituto de

Ciências Naturais, Humanas e Sociais (ICNHS), da UFMT/CUS/Sinop-MT. O material florífero e

herborizado foi depositado, na forma de exsicatas, no Herbário Centro-Norte-Mato-Grossense

(CNMT) da UFMT/CUS/Sinop-MT sob o número de tombo 6118 (F. longifolia), 4482 (G.

punctata); 6120 (X. benthamii). As demais espécies ainda estão em processo de confirmação

botânica.

A coleta das espécies vegetais foi devidamente cadastrada no Sistema Nacional de gestão do

Patrimônio genético e do Conhecimento Tradicional associado (SISGEN) no registro A9AD5FF

sob responsabilidade da Professora Dra. Carla Regina Andrighetti – UFMT/SINOP.

37

3.3.2. PREPARO DOS EXTRATOS

Foram preparados extratos hexânicos, acetato de etila e metanólicos das folhas e dos ramos

finos de F. longifolia; X. benthamii; G. punctata; Duguetia sp. e extratos hexânicos, acetato de etila

e metanólicos das folhas, ramos finos e frutos de Xylopia cf. frutescens empregando a maceração,

como metodologia extrativa, utilizando como solvente extrator o hexano e, sucessivamente, acetato

de etila e depois metanol. Os extratos brutos foram obtidos após evaporação do solvente sob pressão

reduzida 40º C. Todas as tabelas e gráficos apresentados neste trabalho seguiram as designações

descritas na tabela 2. Tabel a 2. Des ignações adotadas para os extratos de Fusaea longi folia ( Aubl .) Saf f ( Annonaceae); Xylopi a benthamii R.E. Fr. (Annonaceae) ; G uatt eria punct at a (Aubl.) R.A. Howard (Annonaceae) ; Duguet ia sp. ( Annonaceae) e Xylopia cf. frutescens .

Tabela 2 - Designações adotadas para os extratos de Fusaea longifolia (Aubl.) Saff;

Xylopia benthamii R.E. Fr.; Guatteria punctata (Aubl.) R.A. Howard; Duguetia sp. e

Xylopia cf. frutescens.

Solvente extrator

F. longifolia

Fo

lha

s FH n-Hexano

FAE Acetato de Etila

FM Metanol

Ra

mo

s

RH n-Hexano

RAE Acetato de Etila

RM Metanol

X. benthamii Fo

lha

s XFH n-Hexano

XbFAE Acetato de Etila

XbFM Metanol

Ra

mo

s XbRH n-Hexano

XbRAE Acetato de Etila

XbRM Metanol

X. cf. frutescens

Fo

lha

s XfFH n-Hexano

XfFAE Acetato de Etila

XfFM Metanol

Ra

mo

s XfRH n-Hexano

XfRAE Acetato de Etila

XfRM Metanol

Fru

tos

XfFrH n-Hexano

XfFrAE Acetato de Etila

XfFrM Metanol

G. punctata Fo

lha

s GFH n-Hexano

GFAE Acetato de Etila

GFM Metanol

Ra

mo

s GRH n-Hexano

GRAE Acetato de Etila

GRM Metanol

Duguetia sp.

Fo

lha

s DFH n-Hexano

DFAE Acetato de Etila

DFM Metanol

Ra

mo

s DRH n-Hexano

DRAE Acetato de Etila

DRM Metanol

38

3.4. ENSAIOS ANTIVIRAIS

3.4.1. PREPARO DAS SOLUÇÕES ESTOQUES

Os extratos foram diluídos em dimetilsulfóxido (DMSO) na concentração de 10 mg.mL-1 e

armazenados a -20°C até o uso. Para os ensaios, as amostras foram novamente diluídas no momento

do uso em meio de cultura Leibovitz (L-15) + 1% de antibiótico e antifúngico (ATB). A

concentração final de DMSO não excedeu 1% do volume final.

3.4.2. CÉLULAS

Células VERO-E6 (Figura 5) foram cultivadas em meio Leibovitz (L-15) suplementado com

5% de soro fetal bovino (SFB), 100 U/mL penicillina G, 100 µg/mL estreptomicina e 25 µg/mL

anfotericina B e incubadas, em estufa, a 37ºC.

Figura 8 - Tapete celular confluente de células VERO E6 cultivadas em meio L-15 enriquecido

com 5% de SFB e 1% de ATB visualizado em microscopia óptica – aumento de 40X.

Fonte: Arquivos pessoais.

3.4.3. VÍRUS E PREPARO DOS ESTOQUES VIRAIS

Para o presente estudo, foi utilizado o vírus Herpes Simplex Virus tipo 1 (HSV-1) cepa

KOS, gentilmente cedido pela Professora Dra. Cláudia Maria de Oliveira Simões do Laboratório de

Virologia Aplicada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O DENV-1 e MAYV foram

isolados de amostras clínicas no Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Universidade

Federal de Mato Grosso, Sinop, Brasil (Sinop) e foram gentilmente cedidos pela Professora Dra.

Roberta Vieira de Morais Bronzoni.

As suspensões virais foram inoculadas em frascos de cultura de 75 cm2 contendo

monocamadas de células VERO-E6 com 100% de confluência, para o HSV-1, e com

aproximadamente 85 % de confluência para os vírus DENV-1 e MAYV, para obtenção dos

estoques virais. As células VERO-E6 foram cultivadas em meio L-15 + 5% SFB + 1% ATB 24

horas anterior à infecção. O meio de cultura foi aspirado e as monocamadas celulares lavadas três

vezes com tampão fosfato estéril (PBS) (pH 7,2) e infectadas com 150 µL da suspensão viral

39

diluída em 900 µL de L-15+1% ATB. As garrafas de cultura foram incubadas por 1 hora, com

agitação a cada 15 minutos, a 37ºC. Em seguida, adicionou-se 15 mL de meio L-15 + 1% ATB, na

garrafa infectada com o HSV-1, e 15 mL de meio L-15 + 1% ATB + 1% SFB nas garrafas que

foram infectadas com o DENV-1 e com o MAYV. As garrafas foram novamente incubadas por 2

dias para o HSV-1 e por 5 dias para o DENV-1 e MAYV, a 37ºC. Após destruição total das

monocamadas celulares, as garrafas foram congeladas e descongeladas três vezes e, após este

processo, os sobrenadantes foram coletados separadamente em tubos, centrifugados por 5 minutos

(1500 rpm) sob refrigeração (-4ºC), aliquotados em microtubos estéreis (300 µL) e armazenados a -

80 ºC até o uso.

3.4.4. TITULAÇÃO VIRAL

Os títulos das suspensões virais foram determinados pelo método de placas de lise em

células VERO-E6 e expressos em unidades formadoras de placas por mililitros (UFP/mL)

(BURLESON et al. 1992). Suspensões celulares de células VERO-E6, na densidade de 1,8x105

células.mL-1, foram cultivadas em placas de 24 cavidades, em meio L-15 suplementado com 5% de

SFB e 1% de ATB e incubadas a 37ºC. Após confluência, essas células foram infectadas com 400

μL de diluições decimais seriadas dos estoques virais (diluições 10-1 à 10-7) em meio L-15 + 1% de

ATB (três réplicas para cada diluição). As placas foram incubadas durante 1 hora, com agitação

ocasional a cada 15 minutos para que as suspensões virais se dispersassem homogeneamente sob os

tapetes celulares. Após 1 hora, as suspensões foram removidas de cada cavidade e, a cada uma,

foram adicionados 1000 μL de carboximetilcelulose (CMC) 1% para o HSV-1 e 2 % para o DENV-

1 e MAYV, em meio L-15 (2X) suplementados com 1% de ATB. As placas foram incubadas por 3

ou 5 dias, respectivamente para o HSV-1 cepa KOS e para o Mayaro e Dengue. Transcorrido este

tempo, o meio foi retirado e as células, fixadas e coradas com 500 μL de Cristal Violeta por 60

minutos, a temperatura ambiente, em agitador mecânico. O corante, então, foi aspirado das

cavidades e a placa foi colocada para secar a temperatura ambiente. A quantificação foi realizada

através da visualização das placas de lise empregando microscópio invertido e a lupa. Para calcular

o título viral, considerou-se a última diluição a apresentar placas de lise. O título viral foi calculado

através da fórmula:

𝑇𝑣=𝑁𝑝 .1/d .1/v

Onde TV = Título Viral, Np = Número de placas formadas na última diluição que apresentar

placas de lise, d= última diluição viral que apresentar placas e v= volume da diluição viral utilizada

para infectar a monocamada celular.

40

3.4.5. TRIAGEM DO POTENCIAL ANTIVIRAL DAS AMOSTRAS POR

TRATAMENTO SIMULTÂNEO EM MICROPLACAS PELO ENSAIO DE

VIABILIDADE DO MTT (SAL TETRAZÓLIO1).

As células VERO E6 foram tratadas com concentrações decrescentes da amostras e a

viabilidade celular após infecção e tratamento foi determinada pelo ensaio do MTT como

previamente descrito (KARIMI et al., 2017), com breves modificações. Para isso, uma placa de 96

poços foi plaqueada com 100 μL de uma suspensão celular VERO E6 (1,8x105 células/mL) por

cavidade e incubada por 24 horas até confluência. Após este período, diluições seriadas das

amostras foram preparadas em meio L-15 + 1 % de ATB. Para o teste, utilizou-se a multiplicidade

de infecção (MOI) 1,00. O meio foi removido da placa com auxílio de bomba à vácuo e cada poço

recebeu 100 µL do L-15 + amostra e 100 µL da suspensão viral MOI 1. A placa foi incubada por 4

dias para o HSV-1 e por 6 dias para DENV-1 e MAYV e foram monitoradas diariamente.

Transcorrido este tempo o meio foi aspirado cuidadosamente e, cada cavidade, foi tratada com 50

μL de MTT (1 mg/mL). Após a adição do MTT as placas foram incubadas por 4 horas a 37ºC. Após

este tempo, 100 μL de DMSO foram adicionados a cada cavidade e as placas foram agitadas por 10

min em agitador automático e submetidas a avaliação espectrofotométrica a 495ηm. Os valores de

inibição foram expressos com base na seguinte fórmula:

3.4.6. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DAS AMOSTRAS PELO ENSAIO DE

VIABILIDADE DO MTT (SAL TETRAZÓLIO)

As células VERO-E6 foram tratadas com diferentes concentrações dos extratos e a

viabilidade celular, determinada pelo ensaio do MTT como previamente descrito (KARIMI et al.,

2017). As porcentagens de viabilidade celular foram calculadas em relação ao controle celular. Os

valores da concentração de cada extrato capaz de reduzir em 50 % a viabilidade celular em relação

aos controles celulares (CC50) foram calculados por análise de regressão. Para isso, seguiu-se as

etapas descritas na Figura 6.

1 - O método colorimétrico com o Sal tetrazólio permite quantificar, espectrofotometricamente, a viabilidade celular,

desta forma, pode ser utilizado como um indicador direto de citotoxicidade. O método é fundamentado na conversão do

sal amarelo tetrazólio à cristais de formazan por células metabolicamente ativas e esta conversão é diretamente

proporcional ao número de células viáveis (DA SILVEIRA, 2016).

41

Figura 9 - Fluxograma para o teste de Citotoxicidade das amostras pelo ensaio de viabilidade do MTT.

As células foram cultivadas em garrafas de cultura (2) até confluência. Com o auxilio de “scrapers” foram removidas e

transferidas para tubo falcon (3 e 4). A concentração de celulas da suspensão celular foi ajustada (4). Após ajuste, 100

µL foram adicionados a cada poço e a placa foi incubada até confluência (5). O meio foi removido e aos poços foram

adicionados 200 µL das amostras diluídas em meio (6). Quatro dias depois do tratamento, proced eu-se o ensaio

colorimétrico do MTT.

Uma placa de 96 poços foi plaqueada com 100 μL de uma suspensão celular VERO E6

(1,8x105 células/mL) por cavidade A placa foi incubada por 24 horas a 37°C para formação de

monocamadas confluentes (5). Depois de 24 horas, o meio de cultivo foi substituído por 200 μL de

L-15 + 1% de ATB contendo diferentes concentrações do extrato (6). A placa foi incubada por 4

dias a 37°C. O tempo de 6 dias não foi adotado pois os testes de citotoxicidade foram feitos apenas

para as amostras ativas contra o HSV-1. Transcorrido o tempo, o meio foi aspirado cuidadosamente

e, a cada cavidade, adicionou-se 50 μL de MTT (1 mg/mL) (7). Após a adição do MTT a placa foi

incubada por 4 horas a 37ºC. Após este tempo, 100 μL de DMSO foram adicionados a cada

cavidade e a placa, agitada por 10 min em agitador automático. A avaliação foi feita utilizando

espectrofotometria no comprimento de onda de 495 ηm. A absorbância é diretamente proporcional

a viabilidade celular, sendo esta expressa com base em comparações com o controle celular

utilizando a seguinte fórmula:

𝑉(%)= (𝑑𝑂𝑚𝑡/𝑑𝑂𝑐𝑐) 𝑥 100

Onde V(%) = viabilidade celular em percentagem, dOmt= densidade óptica do material

testado e dOcc = densidade óptica do controle celular. Os valores de CC50 foram obtidos por análise

de regressão linear dos percentuais referentes as diferentes concentrações avaliadas.

42

3.5. AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIVIRAL

As etapas metodológicas descritas daqui em diante foram aplicadas apenas frente ao HSV-1

em virtude dos resultados obtidos a partir dos estudos de triagem.

3.5.1. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL PELO MÉTODO DE REDUÇÃO

DE PLACAS DE LISE (PRÉ-TRATAMENTO)

A técnica de pré-tratamento para avaliação do potencial antiviral foi realizada conforme

representado na Figura 7.

Figura 10 - Esquema para avaliação da potencial atividade antiviral pelo método de redução de placas de lise – (Pré-Tratamento).

As células foram cultivadas em garrafas de cultura até confluência. Com o auxílio de “scrapers” foram removidas e

transferidas para tubo falcon. A concentração de células na suspensão foi ajustada e a cada poço, foram adicionados

1000 µL da suspensão celular e a placa foi incubada até confluência. O pré -tratamento foi feito removendo o

sobrenadante dos poços e adicionando nestes 400 µL da amostra de interesse diluída em meio. Após tratamento, o

sobrenadante foi removido e os poços foram infectados. A placa foi incubada após remoção do sobrenadante da

infecção e adição de CMC 1,0 % em meio L-15. Fonte: Autoria própria.

Células VERO E6 (1,8x105 células/mL) foram cultivadas em placas de 24 cavidades em

meio L-15 suplementado com 5% de SFB + 1 % de ATB e então incubadas a 37°C. Após 24 horas,

o meio foi removido por aspiração e a cada cavidade adicionou-se 400 μL de L-15+1% de ATB

contendo diluições dos extratos, levando em consideração CC50 previamente determinada para cada

amostra pelo ensaio de viabilidade celular pelo MTT. As amostras permaneceram em contato com

as monocamadas celulares por três horas a 37ºC. Após este período, o meio foi cuidadosamente

aspirado de cada poço. A infecção dos poços previamente tratados foi feita a partir da adição de 400

μL de meio L-15 + 1% ATB contendo aproximadamente 100 UFP.mL-1 de HSV-1. Células não

43

tratadas com as amostras foram infectadas como controle da infecção (CV). As placas foram

incubadas a 37ºC por 3 dias. Após incubação, o meio foi removido e as células, fixadas e coradas

com 500 μL de Cristal Violeta em temperatura ambiente com agitação por 60 minutos. O corante,

então, foi aspirado das cavidades e a placa foi colocada para secar a temperatura ambiente. A

quantificação foi realizada através da visualização das placas de lise empregando microscópio

invertido e a lupa. A porcentagem de inibição da replicação viral foi calculada empregando a

seguinte fórmula:

%𝑖𝑟𝑣=[1− (𝑁𝑝𝑚𝑡/𝑁𝑝𝑐𝑣)] 𝑥 100

Onde %𝑖𝑟𝑣 = percentagem de inibição da infecção viral, Npmt = Número de placas em

células tratadas com material teste, Npcv = Numero de placas em células infectadas mas não

tratadas.

A partir destes dados foi possível calcular a concentração efetiva a 50% (CE50) para as

amostras avaliadas por análise de regressão linear. A partir dos valores de CC50 e CE50 de cada

amostra foi possível mensurar o índice de seletividade (𝐼𝑆= 𝐶𝐶50/𝐶𝐸50) de cada uma.

3.5.2. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIVIRAL PELO MÉTODO DE REDUÇÃO

DE PLACAS DE LISE (PÓS-TRATAMENTO)

Células VERO-E6 (1,8x105 células/mL em placas de 24 cavidades) foram infectadas com

400 μL de uma suspensão viral contendo aproximadamente 100 UFP.mL-1 por 1h, com agitação

periódica a cada 15 minutos. Posteriormente, removeu-se a suspensão viral e as monocamadas

celulares foram tratadas com diferentes concentrações dos extratos diluídos em uma solução de

CMC 1% dissolvida em meio L-15 (2X) com 1% de ATB e somente com meio para o controle viral

e celular (Figura 8).

Figura 11 - Avaliação do Potencial Antiviral pelo Método de Redução de Placas de Lise - Pós-tratamento

44

As células foram cultivadas em garrafas de cultura até confluência. Com o auxílio de “scrappers” foram removidas e

transferidas para tubo falcon. A concentração celular da suspensão celular foi ajustada e a cada poço, foram adicionados

1000 µL da suspensão celular e a placa foi incubada até confluência. O sobrenadante foi removido e os po ços foram

infectados. A placa foi incubada após remoção do sobrenadante da infecção e adição das amostras diluídas em CMC 1,0

% em meio L-15. Fonte: Autoria própria.

As células foram incubadas por 3 dias. Após este período, removeu-se o meio e as células

foram fixadas e coradas com 500 μL de Cristal Violeta em temperatura ambiente sob agitação por

60 minutos. O corante, então, foi aspirado das cavidades e a placa foi colocada para secar a

temperatura ambiente. A quantificação foi realizada através da visualização das placas de lise

empregando microscópio invertido e a lupa. A CE50 e o IS foram calculados como descrito

anteriormente.

3.5.3. ATIVIDADE VIRUCIDA

Células VERO-E6 (1,8x105 células.mL-1 em placas de 24 cavidades) foram incubadas a

37°C até confluência. 200 μL da suspensão viral (25-100 UFP) foram misturadas em microtubos de

2000 μL com concentrações iguais e inferiores a CC50 dos materiais avaliados. Como controle viral

foram utilizados suspensões virais tratadas apenas com PBS. Os vírus tratados foram incubados por

15 minutos em banho-maria a 37ºC e então, adicionados às monocamadas celulares. Após adição,

as monocamadas foram incubadas a 37ºC por uma hora com agitação periódica a cada 15 minutos.

O sobrenadante foi removido e 1000 μL de uma solução de CMC em L-15, acrescido de 1% de

ATB foram adicionados aos poços. As células foram incubadas por 3 dias. Após este período,

removeu-se o meio e as placas foram fixadas e coradas com 500 μL de Cristal Violeta durante 1

hora sob agitação mecânica em temperatura ambiente. A CE50 e o IS foram calculados como

descrito anteriormente (Figura 9).

Figura 12. Esquema representativo para a Avaliação do potencial virucida das amostras frente ao

HSV-1.

45

As suspensões virais foram tratadas com diferentes concentrações da amostra de interesse, diluídas em meio L-15, e

utilizadas para a infecção dos poços contendo monocamadas confluentes de células VERO E6. A placa foi incubada

após remoção do sobrenadante da infecção e adição de CMC 1% em meio L-15. Fonte: Autoria própria.

3.6. AVALIAÇÃO CROMATOGRÁFICA POR UPLC-MS/MS E

IDENTIFICAÇÃO DE FLAVONOIDES PRESENTES NO EXTRATO RAE E NA

FRAÇÃO F-5.

A identificação dos flavonoides presentes no extrato RAE e na fração F-5, foi desenvolvida

conforme descrito por Duan e colaboradores com modificações. A caracterização destes flavonoides

foi fundamentada a partir do comparativo de picos do tempo de retenção da amostra em análise com

os padrões externos autênticos preparados em metanol. Utilizou-se como padrões externos:

Amentoflavona, Apigenina, Canferol, Luteolina, Miricetina, Quercetina, Quercetina-3-β-d-

glicosídeo, Rutina e Taxifolina (Sigma-Aldrich). A análise procedeu-se empregando

cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas sequencial (LC-

MS/MS) em equipamento UPLC Agilent 1290 Infinity (Agilent Technologies, USA). Utilizou-se

Coluna Agilent Eclipse AAA (4.6 x 150 mm, 3.5μm) a 25º C com um volume de injeção de 20 μL.

Fase móvel gradiente com água acidificada com ácido fórmico 0.1 % (m/v) e acetonitrila em

condições 05:95 à 95:05 (H2O: ACN). O tempo de corrida adotado foi de 33 minutos com fluxo de

0.5 mL.min-1. A detecção foi obtida por espectrometria de massas realizada num Agilent 6460

Triple Quad com uma fonte de ionização por eletrospray, utilizando gás nitrogênio, nas seguintes

condições: temperatura do gás de 300º C; fluxo 5 L.min-1; pressão do nebulizador 45 psi;

temperatura do gás da bainha 250º C; fluxo 11 L.min-1; tensão capilar -3500 V e intervalo de

varredura de m/z 120-900 unidades.

3.7. DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS NANOESTRUTURADOS

3.7.1. SUSPENSÃO DE NANOCÁPSULAS POLIMÉRICAS DE NÚCLEO LIPÍDICO

Para o preparo das suspensões de nanocápsulas de núcleo lipídico foi utilizado o método de

deposição interfacial de polímero pré-formado (JAGER, 2009). As suspensões de nanocápsulas

poliméricas de núcleo lipídico foram obtidas através do preparo de duas soluções distintas:

• Solução 1 (fase orgânica): a primeira solução foi preparada dissolvendo 100 mg do

polímero Poli(ε-caprolactona) ou Eudragit RL®, + 40 mg de Monoestearato de Sorbitano, + 10 mg

da amostra de interesse + 160 mg de triglicerídeos de cadeia média em acetona em banho-maria à

37 ºC.

• Solução 2 (fase aquosa): a segunda solução foi preparada dissolvendo 75 mg do

Polissorbato 80 em água ultrapura, à temperatura ambiente sob agitação.

46

Em seguida, a fase orgânica foi vertida na fase aquosa com o auxílio do funil sob agitação

moderada. Após 10 minutos procedeu-se à evaporação do solvente orgânico em evaporador rotativo

sob pressão reduzida para concentração da suspensão e ajuste do volume final, realizado em balão

volumétrico.

3.7.2. LIPOSSOMAS

Os lipossomas foram desenvolvidos pelo método de evaporação em fase reversa descrito por

Mertins (2005). Foram preparadas a:

• Solução 1 (fase aquosa): preparada a partir da dissolução do extrato de interesse na

concentração de 1 mg.mL-1 e 0,25 % (w/v) de polissorbato 80 em tampão fosfato salino pH

7,4.

• Solução 2 (fase orgânica): preparada a partir da suspensão de 1,2 g de fosfatidilcolina de

soja + 0,06 g de colesterol em 40 mL de clorofórmio.

Uma alíquota da solução aquosa (4 mL) foi vertida na fase orgânica e sonicada por 5

minutos para a obtenção da dispersão de micelas invertidas. Com o auxílio do evaporador rotativo,

removeu-se o solvente orgânico à 25 ºC, obtendo-se assim o organogel. Posteriormente o restante

da solução aquosa (96 mL) foi adicionada mantendo o sistema sob agitação por 30 minutos. As

vesículas foram submetidas a extrusão em membrana 0,22 µm. Além dos lipossomas contendo a

amostra de interesse, também foram desenvolvidos lipossomas-branco (sem extratos), tal como

descrito acima.

3.7.3. CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DAS SUSPENSÕES DE

NANOCÁPSULAS

Os nanossistemas foram caracterizados quanto ao diâmetro médio da nanopartículas, índice

de polidispersão (PDI), potencial zeta (ζ) e pH.

3.7.4. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DA PARTÍCULA POR DIFRATOMETRIA

DE LASER

As formulações foram avaliadas quanto ao diâmetro médio de esfera equivalente (d4.3) e

distribuição de tamanho de partícula (Span) por difração de laser empregando o equipamento

Mastersizer® 2000 (Malvern Intruments, Reino Unido). As análises foram realizadas a 25 °C a

partir de um pequeno volume da amostra (suficiente para obscuração do aparelho entre 2 e 8) foram

efetuadas em aproximadamente 100 mL de água destilada como meio dispersante.

47

3.7.5. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DA PARTÍCULA POR ESPECTROSCOPIA

DE CORRELAÇÃO DE FÓTONS

O diâmetro cumulante médio (Z-average) e o índice de polidispersão (PDI), resultantes da

aplicação do método dos cumulantes, foram medidos num ângulo de detecção de 173° (25°C), por

análise de espectroscopia de correlação de fótons (Zetasizer® NanoZS modelo ZEN 3600, Malvern

Intruments, Reino Unido) a 25°C. As nanoestruturas foram diluídas 500 vezes (v:v) em água

ultrapura e filtrada (membrana 0,45 μm) e analisadas através de média de 3 repetições.

3.7.6. ANÁLISE DO PH E POTENCIAL ZETA (ζ)

A determinação do pH foi realizada em potenciômetro (Denver® Instrument VB-10, Nova

Iorque) previamente calibrado com padrões pH 4,0 e 7,0 diretamente nas suspensões coloidais. Os

resultados representarão a média de três determinações e o potencial zeta (ζ) foi determinado após

diluição das nanoestruturas 500 vezes em solução de NaCl 10mM.L-1 previamente filtrada através de

membrana 0,45 μm, sendo as medidas efetuadas em triplicata analisando a amostra pela sua

mobilidade eletroforética.

3.7.7. ESTABILIDADE FÍSICO-QUÍMICA DAS FORMULAÇÕES

Para estudar a estabilidade das formulações foram monitorados diâmetro e pH das

formulações nos tempos 0, 15 e 30 dias (após o preparo).

.

48

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73

ARTIG O

AVALIAÇÃO IN VITRO DA POTENCIAL ATIVIDADE ANTIVIRAL DE EXTRATOS

LIVRES E NANOESTRUTURADOS DE Fusaea longifolia (Aubl.) Saff (ANNONACEAE)

Rafael L. Morales,1 Cristiangela S. Santos,3 Roberta V.M. Bronzoni,1Dênia M.S. Valladão,2

Elton B. Ribeiro,3 Stela R. Ferrarini,3 Anderson Barzotto,2 Rogério C. Bicudo,4 Carla R.

Andrighetti 1*

1Programa de Pós-graduação em Ciências em Saúde – PPGCS – Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop – Av. Alexandre Ferronato, 1200, Sinop-MT, Brasil. 2Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais – PPGCAM - Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop – Av. Alexandre Ferronato, 1200, Sinop-MT, Brasil. 3Instituto de Ciências da Saúde – ICS - Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop – Av. Alexandre Ferronato, 1200, Sinop-MT, Brasil. 4Embrapa Agrossilvipastoril, Rodovia MT-222, Km 2,5, s/n – Zona Rural, Sinop-MT, Brasil.

Correspondência: [email protected]/[email protected]

Resumo: Estudos químicos e farmacológicos de Annonaceae têm mostrado o acúmulo de

metabólitos secundários com importantes atividades biológicas, tais como antiprotozoária,

citotóxica e antiviral. Este trabalho objetivou avaliar a atividade antiviral dos extratos n-hexânicos,

acetato de etila e metanólicos de folhas e ramos de Fusaea longifolia (Aubl.) Saff., de frações

obtidas por cromatografia em coluna do extrato acetato de etila dos ramos (RAE), bem como de

nanopartículas formuladas a partir deste extrato, contra os vírus Herpes Simplex Virus tipo 1,

Dengue sorotipo 1 e Mayaro. O extrato RAE foi incorporado na nanocápsula polimérica de núcleo

lipídico (LNC), na nanocápsula LNC, carregada positivamente, formulada com polímero Eudragit

RL (LNC+), pela deposição interfacial de polímeros pré-formados, e ao lipossoma (LP), através da

evaporação em fase reversa. A avaliação da atividade antiviral foi realizada por meio do ensaio do

MTT, utilizando concentrações abaixo da Concentração Citotóxica a 50% (CC50) previamente

determinadas pelo teste de citotoxicidade, frente às células Vero-E6, através do mesmo ensaio.

Nanoestruturas brancas foram utilizadas para eliminar a interferência dos nanocarreadores e o

aciclovir (15µM) como controle positivo. A Concentração Efetiva a 50% (CE50) e o índice de

seletividade (IS=CC50/CE50) foram calculados para àqueles materiais que inibiram mais que 50%

da replicação viral. Os extratos acetato de etila das folhas (FAE) e dos ramos (RAE) foram

considerados os mais promissores com IS > 14,28 e > 10,63, respectivamente. Das frações obtidas a

partir do extrato RAE, apenas a fração F5 apresentou potencial antiviral com IS = 15,67. Nenhum

dos extratos foram promissores contra os vírus Dengue sorotipo 1 e o Mayaro. O extrato RAE

apresentou efeito virucida com IS = 8,35. Dos nanossistemas avaliados, apenas as LNC+ foi capaz

de reduzir a concentração efetiva do extrato RAE. Análises cromatográficas, por UPLC-MS/MS,

revelaram a presença de quercetina–3-β-D-glicosídeo; taxifolina; quercetina e luteolina no extrato

RAE e de quercetina–3-β-D-glicosídeo na fração F5.

Palavras-chave: Annonacea, Fusaea longifolia, antiviral, Nanocápsulas de núcleo lipídico.

Conflitos de interesse: Todos os autores não têm nenhum conflito a declarar

74

INTRODUÇÃO

A resistência demonstrada por micro-organismos frente aos medicamentos disponíveis,

como por exemplo, a resistência ao aciclovir pelo Herpes Simplex Virus (OKONKO; COOKEY,

2015; ROLLENHAGEM et al., 2014; MEDJELDI et al., 2018). Assim como, a inexistência de

terapias medicamentosas para algumas infecções virais, tais como as desencadeadas pelos vírus da

dengue (GUARNER, HALE., 2019) e pelo vírus mayaro (CAMINI et al., 2018), tornaram-se

motivos de alarde para a saúde pública, sendo consideradas um sério problema mundial

(DONALISIO et al., 2017; PATTERSON et al., 2016) o que justifica a necessidade da busca de

novos fármacos antivirais.

O uso de produtos naturais para finalidades medicinais é uma das práticas mais antigas da

humanidade (BERNARDINI et al., 2018). A biodiversidade brasileira faz do Brasil um país

promissor no que tange o potencial de seus recursos naturais, principalmente porque muitas das

espécies aqui presentes não tiveram seu potencial farmacológico estudado (VALLI et al., 2018;

DUTRA et al., 2016). Essas espécies podem apresentar atividades biológicas extraordinárias, dentre

elas, antiviral, antibacteriana, antifúngica, antineoplásica e antiparasitária (MENDES et al., 2017;

RODRIGUES et al., 2015; PETRONILHO et al., 2012; BRAGA et al., 2007; SANTOS-PIMENTA

et al., 2003).

Neste contexto, as espécies da família Annonaceae tornam-se interessantes no que tange a

avaliação de potenciais farmacológicos, visto que apresentam em sua constituição fitoquímica

compostos bioativos potentes, tais como alcaloides, flavonoides, terpenos e acetogeninas

(HERNANDEZ; DE-LA CRUZ-CHACON; GONZALEZ-ESQUINCA, 2015; TAVARES et al.,

2005) sendo a maioria das atividades biológicas atribuídas as espécies desta família,

correlacionadas diretamente aos flavonoides, alcaloides e as acetogeninas, sendo esses últimos

metabólitos encontrados unicamente em Annonaceae (DA-SILVA et al., 2009; CAROLLO et al.,

2006).

A espécie Fusaea longifolia Aubl. Saff (Annonaceae) é conhecida popularmente como

envira-preta, envira surucuru e fusáia (Livro Plantas da Amazônia). Esta árvore ocorre na floresta

amazônica (incluindo Colômbia, Venezuela, Bolívia, Peru, Equador, Guianas e Brasil) e pode ser

encontrada no Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Maranhão e Mato Grosso

(FLORA DO BRASIL 2020). Estudos fitoquímicos anteriores demonstraram a presença de

alcaloides como a estefolidina, fuseína, liriodenina e O-metilmoscatolina (LEBOEUF et a., 1982;

TAVARES et al., 2005) e dos terpenos, policarpol, sitosterol e estigmasterol (LEBOEUF et a.,

1982). Cavalcante (1991) relatou que para os índios Urubu-Kaapor a fusáia serve como remédio.

Entretanto, até o momento não se dispõem de estudos farmacológicos sobre esta espécie.

75

Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a potencial atividade antiviral de

extratos obtidos a partir das folhas e dos ramos da espécie Fusaea longifolia (Aubl.) Saff. contra os

vírus Herpes Simplex Virus tipo 1 (HSV-1), da Dengue sorotipo 1(DENV-1) e ao Mayaro (MAYV).

Assim como, avaliar o comportamento do extrato mais promissor ao ser incorporado a diferentes

sistemas nanoestrutururados.

MATERIAL E MÉTODOS

Material vegetal

As folhas e os ramos de Fusaea longifolia (Aubl.) Saff, Annonaceae, foram coletadas na

região de transição dos biomas Cerrado-Amazônia na região Médio-Norte do Estado de Mato

Grosso e o material florífero e herborizado encontra-se depositado sob o número de tombo 6118 no

Herbário Centro-Norte-Mato-Grossense (CNMT) da UFMT/CUS/Sinop-MT, Brasil.

Extração, fracionamento e amostras-estoque

O material vegetal foi seco em estufa de circulação forçada de ar (45ºC) por três dias para as

folhas e cinco dias para os ramos finos. Após a secagem foram submetidos à moagem, utilizando

moinhos de facas e submetidos à extração por maceração utilizando como solvente extrator o

hexano e sucessivamente acetato de etila e metanol (Synth). Os extratos brutos foram obtidos após

evaporação do solvente sob pressão reduzida 40º C em rotaevaporador (Fisatom – M804), sendo

denominados (FH) o extrato n-hexânico , (FAE) acetato de etila e (FM) metanólico das folhas e os

extratos (RH) n-hexânico, (RAE) acetato de etila e (RM) metanólico dos ramos. O extrato RAE,

considerado promissor, foi fracionado em cromatografia em coluna utilizando sílica gel 60, 70-230

mesh (Merck) e como fase móvel misturas binárias de solventes em polaridade crescente (hexano,

diclorometano, acetato de etila e metanol). As frações foram avaliadas por cromatografia em

camada delgada (CCD) (sílica gel 60 F254) e reagrupadas, originando 9 frações (F-1 a F-9).

Todos as amostras foram dissolvidas em dimetilsulfóxido (DMSO) (Sigma-Aldrich) na

concentração de 10.000 µg.mL-1, armazenadas a -20°C e diluídas em meio de cultura no momento

do uso, não excedendo a concentração de 1% de DMSO.

Avaliação do potencial antiviral

Células e vírus

As células Vero-E6 foram cultivadas em meio Leibovitz- 15 (L-15), suplementado com 5 %

de soro bovino fetal (SFB; Cultilab), com 100 U/mL penicillina G, 100 mg/mL estreptomicina e 25

mg/mL anfotericina B (Gibco) e mantidas a 37 °C.

O vírus HSV-1 cepa KOS foi gentilmente cedido pela Profa. Dra. Cláudia M. O. Simões

(Laboratório de Virologia Aplicada, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil)

e o DENV-1 e MAYV foram isolados de amostras clínicas no Laboratório de Imunologia e

76

Biologia Molecular, Universidade Federal de Mato Grosso, Sinop, Brasil (Sinop). Os estoques

virais foram armazenados a -80 °C e o titulo dos vírus foi determinado pelo método de placas lise

(Burleson et al., 1992) e expresso através do número de unidades formadoras de placas por mL

(PFU.mL-1).

Determinação da citotoxicidade

A citotoxicidade das amostras foram determinadas pelo ensaio do MTT como previamente

descrito por Karimi e colaboradores (2017) com algumas adaptações. As amostras foram avaliados

no intervalo de concentração de 800 a 0,78 µg.mL-1. Os valores da concentração de cada amostra

capaz de reduzir em 50 % a viabilidade celular em relação aos controles celulares (CC 50) foram

calculados por análise de regressão.

Triagem do potencial antiviral das amostras pelo ensaio do MTT

Os testes foram feitos pelo tratamento simultâneo e avaliados pelo ensaio do MTT conforme

descrito por Karimi (2017) com breves modificações. Adicionou-se 100 μL de uma suspensão

celular de Vero-E6 (1,8x105 células.mL-1) por cavidade e a placa foi incubada por 24 horas até

confluência do tapete celular. Amostras foram avaliadas no intervalo de concentração de 100 a 0,78

µg.mL-1 e a multiplicidade de infecção (MOI) adotada para os testes foi igual a 1. O aciclovir (15

µM) foi utilizado como controle positivo para o HSV-1. Os tapetes celulares foram tratados e

infectados simultaneamente e a placa foi incubada por 4 dias, a 37ºC para o HSV-1 e 6 dias para

DENV-1 e MAYV. Após este período, o meio foi aspirado cuidadosamente e as cavidades foram

tratadas com 50 μL de MTT (1 mg.mL-1 em L-15). Após a adição do MTT a placa foi incubada por

4 horas a 37ºC. Então, 100 μL de DMSO foram adicionados a cada cavidade e a placa foi agitada

por 10 minutos em agitador de placas e avaliada em espectrofotômetro a 495ηm. Os valores da

concentração efetiva a 50 % (CE50) foram calculados por análise de regressão.

Avaliação da atividade antiviral pelo método de redução de placas de lise

As amostras consideradas promissoras na etapa de triagem foram avaliadas na condição de

pré-tratamento (1), pós-tratamento (2) e atividade virucida (3), através do método de redução de

placas de lise. As células Vero-E6 (1,8 x 105 células.mL-1) foram cultivadas em placas de 24

cavidades até confluência em meio L-15 suplementado com 5% de SFB e então incubadas a 37°C

até confluência. (1) Pré-tratamento: o meio foi removido e os poços tratados com 400 µL,

contendo diferentes concentrações do extrato em meio L-15, por 3 horas a 37ºC. Após remoção do

sobrenadante, os poços foram infectados com 400 µL da suspensão viral contendo 25-100 PFU de

HSV-1 e incubados durante 1 h, a 37 ºC. Poços não tratados foram utilizados como controles de

infecção (CV). Após remoção das suspensões virais, adicionou-se a cada poço 1 mL de

carboximetilcelulose (CMC; Sigma-Aldrich) 1% em L-15 (2X). (2) Pós – tratamento: Após

77

confluência do tapete, os poços foram infectados com 400 µL da suspensão viral com 25-100 PFU

de HSV-1 e incubados durante 1 h, a 37 ºC. O sobrenadante foi removido e as células foram

tratadas com 1 mL das diferentes concentrações dos extratos diluídos em CMC 1% em L-15 (2X).

Poços não tratados foram utilizados como controles de infecção (CV). (3) Atividade virucida: as

suspensões virais (25-100 PFU) foram previamente tratadas em banho-maria (37ºC) por 15 minutos

com diferentes concentrações das amostras. Após este tempo, as suspensões foram utilizadas como

descrito acima para a infecção. Após remoção do sobrenadante, adicionou-se 1 mL de CMC 1% em

L-15 (2X).

Para todos os testes as placas foram incubadas por 3 dias a 37ºC. Após este período,

removeu-se o meio e as células foram fixadas e coradas com 800 μL de cristal violeta por 1 hora

sob agitação mecânica a temperatura ambiente.

Identificação de flavonoides por UPLC-MS/MS do extrato RAE da subfração F-5.

A identificação dos flavonoides foi desenvolvida conforme descrito por Duan e

colaboradores com modificações. A caracterização destes flavonoides foi fundamentada a partir do

comparativo de picos do tempo de retenção da amostra em análise com os padrões externos

autênticos preparados em metanol. Utilizou-se como padrões externos: Amentoflavona, Apigenina,

Canferol, Luteolina, Miricetina, Quercetina, Quercetina-3-β-d-glicosídeo, Rutina e Taxifolina

(Sigma-Aldrich). A análise procedeu-se empregando cromatografia líquida de ultra eficiência

acoplada à espectrometria de massas sequencial (LC-MS/MS) em equipamento UPLC Agilent 1290

Infinity (Agilent Technologies, USA). Utilizou-se Coluna Agilent Eclipse AAA (4.6 x 150 mm,

3.5μm) a 25º C com um volume de injeção de 20 μL. Fase móvel gradiente com água acidificada

com ácido fórmico 0.1 % (m/v) e acetonitrila em condições 05:95 à 95:05 (H2O: ACN). O tempo de

corrida adotado foi de 33 minutos com fluxo de 0.5 mL.min-1. A detecção foi obtida por

espectrometria de massas realizada num Agilent 6460 Triple Quad com uma fonte de ionização por

eletrospray, utilizando gás nitrogênio, nas seguintes condições: temperatura do gás de 300º C; fluxo

5 L.min-1; pressão do nebulizador 45 psi; temperatura do gás da bainha 250º C; fluxo 11 L.min-1;

tensão capilar -3500 V e intervalo de varredura de m/z 120-900 unidades.

Desenvolvimento de sistemas nanoestruturados a partir do extrato RAE

As suspensões de nanocápsulas de núcleo lipídico foram preparadas através do método de

deposição interfacial de polímero pré-formado conforme descrito por Jager e colaboradores (2009).

Este método é fundamentado na mistura de duas fases, a orgânica, constituída por 100 mg de Poli(ε-

caprolactona) ou Eudragit RL®, 40 mg de monoestearato de sorbitano, 10 mg do extrato 5 e 160 mg

de triglicerídeos de cadeia média em acetona, que foi vertida sob a fase aquosa sob agitação,

78

constituída por 75 mg de polissorbato 80 em água ultrapura. O solvente orgânico foi removido em

evaporador rotativo sob pressão reduzida.

Os lipossomas foram desenvolvidos pelo método de evaporação em fase reversa descrito por

Mertins e colaboradores (2005). Duas fases foram preparada: a aquosa e a orgânica. A fase aquosa é

constituída pelo extrato 5 (1 mg.mL-1) e polissorbato 80 0,25% em tampão fosfato salino pH 7,4. A

fase orgânica é constituída por 1,2 g de fosfatidilcolina de soja, 0,06 g de colesterol em 40 mL de

clorofórmio. As micelas invertidas foram obtidas após adição de 4 mL da fase aquosa à fase

orgânica e sonicação por 5 minutos. O organogel foi obtido após remoção do solvente orgânico por

evaporação rotativa à 25 ºC. O sistema permaneceu sob agitação e o restante da solução aquosa foi

adicionado anterior a extrusão em membrana 0,22 µm. Além dos lipossomas contendo a amostra de

interesse, também foram desenvolvidos lipossomas-branco (sem extratos), tal como descrito acima.

Caracterização físico-química das nanoestruturas

As suspensões formuladas foram caracterizadas de acordo com o seu ao diâmetro médio das

nanopartículas, índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (mV) e pH. O diâmetro médio

cumulativo (média Z) e o índice de polidispersão foram analisados por espectroscopia de correlação

de fótons (Nanosizer® Nanoseries, Malvern Instruments, Reino Unido) a 25 ° C. O pH foi

determinado em medidor de pH (Gehaka, PGH2000) previamente calibrado com padrões de pH 4,0

e 7,0. O potencial zeta (ξ) foi determinado através da mobilidade eletroforética da amostra em cuba

(modelo ZEN Zetasizer® Nano ZS- 3600, Malvern Instruments, Reino Unido).

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os valores representam a média±desvios padrão de três experimentos independentes. Os

valores de CC50 e CE50 foram determinados por análise de regressão linear a partir das

concentrações de concentração-resposta.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A triagem da atividade antiviral dos extratos de F. longifolia foi realizada através do ensaio

do MTT e os resultados obtidos estão descritos na Tabela 1. Todos os extratos apresentaram baixa

porcentagem de inibição da replicação ou não inibiram os vírus DENV-1 e MAYV.

Tabela 1 – Resultados da triagem do potencial anti-HSV-1, anti-DENV-1 e anti-MAYV dos

extratos de F. longifolia, através do ensaio do MTT pelo tratamento simultâneo.

Vero-E6 HSV-1 DENV-1 MAYV Extrato CC50 (µg.mL

-1) CE50 (µg.mL

-1) IS % Inibição* % Inibição*

F. longifolia

FH - si - 13,48 ± 1,30 si FAE >400,00 28,05 ± 2,11 >14,28 8,00 ± 5,76 23,10 ± 2,01 FM 115,31 ± 2,74 110,99 ± 61,73 1,04 9,52 ± 4,65 si RH - si - 13,55 ± 2,04 21,25 ± 3,94

RAE >400,00 37,60 ± 7,54 10,63 32,06 ± 5,31 42,91 ± 1,37 RM 189,95 ± 24,59 88,60 ± 18,08 2,14 8,86 ± 12,02 si

FH; FAE e FM correspondem aos extratos n-hexânico, acetato de etila e metanol das folhas,

respectivamente. RH, RAE e RM correspondem aos extratos n-hexânico, acetato de etila e metanol

79

dos ramos, respectivamente. (*) máxima inibição observada no teste. CC50 = Concentração

Citotóxica 50%, CE50 = Concentração eficiente 50% e IS = CC50/CE50 - Índice de seletividade. si –

amostras que não inibiram a replicação viral e (-) corresponde a teste não realizado por conta da

amostra não ter apresentado resultado satisfatório na triagem.

Os extratos FAE e RAE inibiram a replicação do HSV-1 cepa KOS apresentando um valor

de IS igual a >14,3 e >10,6, respectivamente. Este parâmetro corresponde à razão entre CC50/CE50 e

mensura o quão seletivo é o extrato, desta forma, quanto maior o valor, mais seletivo para o vírus e

menos prejudicial para a célula será o extrato (BELLATO et al., 2017; ALMEIDA et al., 2016;

LOPES et al., 2014). Estes extratos apresentam em sua constituição três classes de metabólitos

secundários em comum, flavonoides, terpenos e alcaloides (MORALES, 2015). Os flavonoides e

seus derivados apresentam inúmeras propriedades bioativas, dentre elas anti-inflamatória (QIAN et

al. 2015), antibacteriana (FARHADI et al., 2019) e são considerados promissores agentes antivirais

(EL-TOUMY et al., 2018). Os efeitos antivirais descritos para espécies vegetais normalmente são

atribuídos aos seus teores de flavonoides (OZÇELIK; KARTAL; ORHAN, 2011), desta forma,

espécies ricas em flavonoides normalmente apresentam maior probabilidade de desenvolverem

efeitos inibitórios sob a replicação viral ou efeitos diretos sob a partícula viral, o que já foi

observado em espécies ricas em quercetina, kaempferol, galangina, procianidina (EL-TOUMY et

al., 2018), liquiritina apiosídeo e isoliquiritina (FUKUCHI et al., 2016), genisteína e coumestrol

(ARGENTA et al., 2015), rutina (ZHANG et al., 2014), houttuynoides (CHEN et al., 2013; CHEN

et al., 2012), quercetina (CHIANG et al., 2003), ao luteoferol (FRITZ et al., 2007) frente ao Herpes

simplex virus tipo 1

Estes compostos são capazes de interferir em uma, ou mais de uma, etapa do ciclo de

replicação viral, mais especificamente nas fases iniciais do ciclo. Além disso, estes podem

apresentar mecanismos de ação direta sob o vírion. Aos flavonoides, atribuem-se as alterações nas

glicoproteínas, tais como a gD do envelope do HSV-1, o que reduz sua potencial infectividade

(TERLIZZI et al., 2016), visto que esta proteína é essencial para a entrada do vírion na célula

(BELLO-MORALES et al., 2018).

O fracionamento cromatográfico do extrato RAE resultou em nove frações: F-1 a F-9

(MORALES, 2015). As três primeiras frações não foram avaliadas por insuficiência de massa e as

demais foram avaliadas frente ao HSV-1 cepa KOS, através do ensaio do MTT, sendo os resultados

apresentados na Tabela 2.

Tabela 2. Resultado da avaliação do potencial anti-HSV-1 cepa KOS das frações obtidas por

fracionamento cromatográfico do extrato RAE, através do ensaio de MTT, pelo tratamento

simultâneo

Vero E6

HSV-1

Subsfração CC50 (µg.mL-1

) CE50 (µg.mL-1

) IS % Inibição*

F-4 - - 40,71 ± 2,78

80

F-5 >1000,00 63,78 ± 2,73 >15,67

F-6 Si

F-7 Si

F-8 Si

F-9 - - - 43,53 ± 9,87

(*) máxima inibição observada no teste. CC50 = Concentração Citotóxica 50%, CE50 - Concentração

eficiente 50% e IS = Índice de seletividade. Si = amostras que não inibiram a replicação viral e (-)

corresponde a teste não realizado por conta da amostra não ter apresentado resultado satisfatório na triagem.

Apenas a fração F-5 exibiu um potencial antiviral satisfatório com IS > 15,67 e pôde ser

observado um aumento de seletividade de 47,41 % quando comparado com o seu extrato de origem.

Avaliações fitoquímicas por CCD utilizando como revelador uma solução de difenilborato de

aminoetanol a 1% (p/v) em metanol, seguido de uma solução de macrogol 400 a 5% (p/v) em

metanol (Wagner e Bladt, 1995) indicaram a presença de flavonoides na fração F-5. Para confirmar

a presença de flavonoides no extrato RAE e na fração F-5 os mesmos foram analisados por

cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas sequencial (UPLC-

MS/MS).

A partir da análise do extrato RAE observou-se a formação dos íons m/z 300 (m/z 463 →

m/z 300); 285 (m/z 303,25 → m/z 285); 120,90 (m/z 301,24 → m/z 120,90); 239 (m/z 285,24 →

m/z 239), fragmentos iônicos que indicam a protonação de flavonoides, correspondendo a

fragmentos descritos para a quercetina–3-β-D-glicosídeo (PATIAS, 2017), taxifolina (SOUZA,

2017), quercetina (PATIAS, 2017) e luteolina (SOUZA, 2017), respectivamente (Figura 1). Vale

ressaltar que o fragmento m/z 300 (m/z 463 → m/z 300) correspondente a quercetina–3-β-D-

glicosídeo também foi identificado na fração F-5 (Figura 2).

Figura 1 - Resultado da análise cromatográfica por UPLC–MS/MS do extrato RAE sendo (A) - Quercetina 3-β-D-Glicosídeo; (B) - Taxifolina ; (C) - Quercetina e (D) –Luteolina.

81

Figura 2 - Resultado da análise cromatográfica por UPLC–MS/MS da amostra F-5 sendo (A) -

Quercetina 3-β-D-Glicosídeo.

Dos quatro flavonoides identificados, apenas a taxifolina não apresenta relatos que

descrevem seu efeito inibitório sobre a replicação do HSV-1. A quercetina, um dos flavonoides de

maior distribuição, apresenta diversas propriedades biológicas descritas, tais como antitumorais,

antibacterianas, e antivirais (DOS-SANTOS et al., 2018; MAMBE et al., 2019; BOFF et al., 2016).

Este flavonoide já foi associado à atividade anti-herpética em vários extratos oriundos de diferentes

espécies vegetais (EL-TOUMY et al., 2018; HUNG et al., 2015; MARTINS et al., 2011) e sua ação,

em células Vero, pode ser atribuída a fase de adsorção e de penetração da partícula viral, no entanto,

este mecanismo ainda não é esclarecido (LEE et al., 2017; HUNG et al., 2015). No organismo, os

flavonoides podem influenciar no aumento de citocinas, tais como TNF-α e IFN-γ, que

desempenham um papel benéfico no combate contra o HSV, além disso contribuem para o aumento

da viabilidade de neurônios infectados, fenômeno que pode ser correlacionado a supressão da

expressão gênica viral (POLANSKY; JAVAHERIAN; ITZKOVITZ., 2016). Derivados da

quercetina, tais como a quercetina-3,7-O-α-l-dirhamnosídeo e quercetina-3-β-D-glicosídeo (CHEN

et al., 2011, OZÇELIK; KARTAL; ORHAN, 2011; TIAN et al., 2009), também apresentam efeito

82

anti-HSV. O efeito anti-herpético contra o vírus HSV-1 (BIDONE et al., 2015; REICHLING et al.,

2008) e contra o HSV-2 (OJHA et al., 2015), bem como o efeito contra o vírus Chikungunya

(MURALI et al., 2015) e o vírus da Encefalite Japonesa (FAN et al., 2016) já foi descrito para a

luteolina.

Nota-se que a atividade anti-HSV avaliada para o extrato RAE foi menor do que a observada

na fração ativa, este fato pode estar relacionado diretamente à concentração das substâncias nesta

fração e a quercetina-3-β-D-glicosídeo pode ser a responsável por esta atividade, visto que os

demais flavonoides não foram encontrados em tal fração.

Tanto o extrato RAE quanto a fração F-5 não demonstraram potencial antiviral nos ensaios

utilizando o pré-tratamento das células Vero E6 previamente a infecção, no entanto o extrato RAE

demonstrou potencial virucida (IS igual a 8,35) e mostrou-se efetivo no ensaio de pós-tratamento

(IS igual a 3,38). O ensaio virucida permite avaliar a ação direta, dos compostos presentes no

extrato, sob a partícula viral, desta forma permite avaliar os efeitos de inibição ou inativação direta.

Estes efeitos podem ocorrer em decorrência da desestabilização estrutural irreversível do vírion,

impedindo que este interaja com receptores celulares que mediariam as etapas seguintes da

infecção. Já o ensaio de pós-tratamento permite avaliar se a amostra é capaz de atuar diretamente no

ciclo replicativo. Estes efeitos podem ser atribuídos aos flavonoides, pois estes podem desestabilizar

completamente a estrutura do envelope viral por atuarem como agentes surfactantes e detergentes

inativando diretamente a partícula viral (KELLER et al., 2005; NIKOLIC; PIGUET, 2010;

OZÇELIK; KARTAL; ORHAN, 2011).

Compostos isolados ou em fitocomplexos, com potencial terapêutico, por mais que sejam

eficientes em gerar resposta farmacológica, podem apresentar propriedades físico-químicas

insatisfatórias (JANA et al., 2014). Uma alternativa para driblar este problema está na incorporação

a sistemas nanoestruturados (QIN et al., 2018; CHARÃO et al., 2015; FIEL et al., 2014). A

aplicação tecnológica de copolímeros vêm ganhando grande destaque na indústria farmacêutica por

permitir a elaboração de sistemas de liberação controlada (AKHGARI; TAVAKOL, 2016)

Assim, o extrato RAE foi incorporado as nanocápsulas poliméricas de núcleo lipídico (LNC)

sem carga e carregadas positivamente, formulada com o polímero Eudragit RL 100® (LNC +) e ao

lipossoma (LP). Nanoestruturas brancas foram formuladas para confirmar a ausência de

interferência dos nanocarreadores no teste. Anterior ao teste antiviral, as formulação foram

caracterizadas quanto ao diâmetro médio das nanopartículas, índice de polidispersão (PDI),

potencial zeta (mV) e pH.

Macroscopicamente, todas as formulações contendo o extrato incorporado (LNC, LNC+ e

LP) apresentaram característica homogêneas, aspecto leitoso, opalescente e cor ligeiramente

83

esverdeada, por conta da presença do extrato RAE. As formulações brancas (LNCBR, LNC+BR e

LPBR) apresentaram aspecto esbranquiçado e opalescente.

A Tabela 3 descreve os valores de diâmetro médio, polidispersão, pH e potencial zeta

obtidos após análise das formulações. Percebe-se que as amostras apresentaram baixa

polidispersidade e o seu diâmetro foi em escala nanométrica.

Tabela 3. Resultado da caracterização das nanopartículas por espectroscopia de correlação de fótons, potencial zeta e pH.

Características LNCBR LNCBR+ LPBR LNC LNC+ LP

Z-average (ηm) 142 116 119 189 138 131

PDI 0,076 0,110 0,137 0,078 0,204 0,139

p ζ (mV) -9,8 +8,0 -15,8 -5,85 +6,6 -8,38

pH 5,86 4,62 7,1 5,18 4,43 7,06 Onde Z- avarage indica o diâmetro médio das nanopartículas, PDI – o índice de polidispersão, p ζ – o potencial zeta, LNC corresponde à nanocápsulas de núcleo lipídico; LNC

+ a nanocápsulas poliméricas de núcleo lipídico formulado com o p olímero

Eudragit RL e LP a lipossomas; LPBR. LNCBR e LNCBR corresponde as formulações brancas.

As suspensões de LNCBR/LNC+BR apresentaram valores médios de diâmetro que variaram

de 116 – 142 ηm, enquanto os valores de diâmetro médio para as LNC/LNC+ variaram de 138 – 189

ηm, estes valores, quando menores ou próximos a 200 ηm, são capazes de aumentar a eficiência e

otimizar a atividade de princípios ativos incorporados (MOGHIMI et al., 2001).

Apenas LNCBR e LNC+ podem ser consideradas quase-monodispersas (PDI < 0,08), as

demais formulações, por apresentarem o PDI entre 0,08 e 0,3 são consideradas de baixa

polidispersibilidade. Em relação as propriedades de superfície, o potencial zeta (p ζ) apresentado

pelas formulações com extrato foram inferiores a 10 mV em módulo, predizendo estabilidade

físico-química intermediária das formulações (MORA-HUERTAS et al., 2011; FIEL et al., 2004).

O pH das LNC+/LNC foi ligeiramente ácido enquanto o pH dos lipossomas (LP/LPBR) esteve

próximo a neutralidade.

As formulações tiveram seu potencial antiviral avaliado através do ensaio do MTT e apenas

as nanocapsulas poliméricas de núcleo lipídico foram consideradas promissoras (Tabela 4).

Tabela 4 – Resultado da avaliação do potencial anti-HSV-1, através do ensaio do MTT, do

extrato RAE de F. longifolia incorporado nas nanopartículas LNC, LNC+ e LP e do extrato RAE

livre.

VERO E6

HSV-1

[ ] testada CC50 (µg.mL-

1)

CE50 (µg.mL-

1)

IS Inibição*

LPBR 250 26,98 ± 0,13 - - -

LP 20 si

LNCBR 250 96,54 ± 0,28 - - -

LNC 7,8 - - - 47,00 ± 17,43

LNC+BR 250 22,83 ± 0,29 - - -

LNC+ 7,8 24,47 ± 0,98 2,7 ± 0,49 9,06 -

Extrato RAE

(livre)

50 >400 37,60 ± 7,54 10,63 -

Onde LNC corresponde à nanocápsulas de núcleo lipídico; LNC+

a nanocápsulas poliméricas de núcleo lipídico formulado com o polímero Eudragit RL e LP a lipossomas. LPBR. LNCBR e LNCBR corresponde as formulações brancas (*) porcentagens de inibição foram descritas apenas para os extratos que apresentaram inibição inferior a 50 % em virtude

84

da inviabilidade para cálculo da concentração eficiente 50%. CE50= Concentração eficiente 50%; CC5 0=Co ncentr ação

Citotóxica 50% e IS= Índice de seletividade. si= Sem inibição da replicação viral.

O extrato RAE livre mostrou-se ativo contra o HSV-1 como supradescrito, porém

incorporado ao LP não apresentou atividade. Os lipossomas diferem-se constitutivamente das

nanocápsulas, desta forma pode-se inferir que os polímeros associados a constituição do

nanocarredor influenciam na atividade visto que sua ausência, no caso dos lipossomas, implicou em

inatividade do extrato.

Ao comparar a natureza dos componentes das LNCs, pode-se inferir que a carga do

polímero pode contribuir para aumentar a eficiência do nanocarreador. Esta carga, resultado da

presença de copolímeros de metacrilato de etila e metila, além de ésteres metacrílicos que contêm

grupamento amônio, aumentam a interação do invólucro com a célula alvo, maximizando as taxas

de difusão do ativo presente na formulação (JANA et al., 2014; YYSLOUZIL et al., 2013; DAS et

al., 2010).

Testes antivirais com o extrato RAE livre, apesar do índice de seletividade interessante

(10,6), demonstraram que este extrato não apresenta nenhuma influência sobre a replicação do

HSV-1 em concentrações abaixo de 12,5 µg.mL-1. Sendo assim, o sistema LNC+ otimizou a

atividade do extrato. As nanocápsulas poliméricas são eficientes e configuram promissores sistemas

carreadores de substâncias biologicamente ativas (CHARÃO et al., 2015; DAS et al., 2010). Devido

seu núcleo hidrofóbico, o carreamento de ativos, compostos ou extratos hidrofóbicos, em

nanocápsulas mostra-se mais eficiente para redução da quantidade requerida para a atividade

biológica de interesse (FIEL et al., 2014). Para desempenhar o efeito antiviral sobre o HSV-1 foi

necessário 2,7±0,49 µg.mL-1 de extrato incorporado em LNC+, concentração 14 vezes menor do que

a requerida de extrato livre.

Existem algumas descrições de efeitos antivirais de algumas substâncias incorporadas em

nanoestruturas formuladas com polímeros catiônicos, no entanto não há descrições referentes a

incorporação de extratos. Inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa incorporados a nanogéis

catiônicos (Nano-NRTI’s) demostraram potentes efeitos antivirais frente ao HIV e este efeito foi

associado a carga do polímero (GERSON et al., 2014).

Conclusões

De todos os extratos avaliados, apenas o extrato acetato de etila dos ramos de F. longifolia

avaliadas (RAE) foi considerado promissor. Este extrato apresentou eficiência no teste de pós-

tratamento (IS = 3,38) e mostrou-se ativo no ensaio virucida frente ao HSV-1 (IS = 8,35). Das

frações de RAE avaliadas, apenas F5 apresentou potencial antiviral com IS = 15,67 e efeito

virucida. Análises cromatográficas, por UPLC-MS/MS, de RAE e F5 revelaram a presença de

85

quercetina–3-β-D-glicosídeo; taxifolina; quercetina e luteolina em RAE e de quercetina–3-β-D-

glicosídeo em F5. Dos nanossistemas avaliados, apenas as nanocápsulas LNC+ potencializaram o

efeito de RAE, enquanto que quando incorporado em LP tornou-se ineficaz contra o HSV-1.

Agradecimentos

Os autores agradecem o auxilio financeiro concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa

do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT).

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