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AVON E SUAS ESTRATÉGIAS DE MERCADOquinta-feira, 3 de maio de 2012
O Objetivo do trabalho é identificar uma empresa, que no caso o grupo escolheu a Empresa Avon e verificar
suas estratégias de marketing em dois mercados distintos, ou seja, em dois países diferentes, no qual
escolhemos os Estados Unidos e a China por meio de seu micro e macro ambiente. Ao optar por realizar um
planejamento de marketing, uma empresa pode montar estratégias muito mais eficazes a longo prazo, pois
antecipa decisões e analisa de modo mais fiel possíveis oportunidades e ameaças futuras. Tal planejamento é
realizado inicialmente por meio da analise do macro e micro ambiente em que uma empresa está inserida. O
microambiente se refere ao que esta diretamente ligado com a empresa, como fornecedores, clientes, etc. O
macro ambiente se refere aos aspectos econômicos, sociais e políticos do mercado onde a empresa se insere.
Mas será que a falta de um planejamento é sempre prejudicial?
A empresa AVON, fundada em 1886, é reconhecida por seus produtos de beleza de qualidade no mundo todo.
A empresa iniciou seu trabalho nos estados unidos, recrutando mulheres que objetivavam se tornar
financeiramente independentes sem precisar sair de suas casas por período integral. As vendas diretas também
ofereciam a conveniência para as clientes, que ouviam conselhos de beleza e compravam de amigas e
conhecidas. Foi assim que a Avon conquistou seu público feminino e aos poucos, aumentou seu negócio
chegando a ser a empresa com maior numero de revendedores no mundo. Agora, gostaríamos de situar o
mercado brasileiro com relação à Avon já que é o país em que vivemos e que nosso grupo resolveu dar um
enfoque principal nas estratégias de marketing dos Estados Unidos e China. As estratégias de Marketing
utilizadas pela empresa no Brasil, por exemplo, foram estruturadas com base na situação econômica do país e
também pelas ameaças de suas concorrentes como a Natura. Em decorrência da ascensão da Classe C, a
empresa começou a investir em mídias sociais (como facebook e twitter) uma vez que grande parte da
população teria acesso a este tipo de informação, divulgando ainda mais seus produtos com uma linguagem
mais corriqueira, o que aproxima o consumidor da marca. Este fato se deu não somente pelo “boom” das redes
sociais como também pelo fato de grande parte da população feminina estar empregada e não passar tempo
integral em suas casas, o que prejudicava a venda “door to door” de suas revendedoras. Com maior crédito em
mãos, esta classe investe acima de qualquer outra coisa em alimentação.
Em 1997, a Mattel Inc. Viu potencial na Avon e anunciou a parceria das duas empresas, permitindo que as
representantes da Avon vendessem a boneca Barbie. O poderoso canal de distribuição da Mattel, em conjunto
com a poderosa marca da Avon gerou uma oportunidade imensa para ambas. Inicialmente elas começaram a
vender no mercado norte-americano, pois era o mercado onde a Avon possuía mais fidelidade dos clientes. A
Avon vendia produtos de beleza juntamente com as bonecas, como brindes ou cosméticos que levavam a
imagem do brinquedo, uma estratégia que procurava fidelizar o público feminino desde a sua infância. A
estratégia funcionou bem e, na primavera de 1998, a Mattel lançaria uma Barbie Internacional para ser vendida
na China, utilizando a mesma estratégia. Para tal, a Avon pesquisou sobre o mercado chinês e suas
preferências. A pesquisa mostrou que, apesar de muitos consumidores chineses viverem em zonas rurais e não
possuírem muito dinheiro ou mesmo formas diretas de obter mercadorias, a China possui uma das maiores
populações urbanas do mundo, e seu mercado se caracteriza por sua preferencia por produtos de qualidade
que satisfaçam suas necessidades. Os chineses gostam de produtos fabricados nos Estados Unidos,
principalmente cosméticos, jóias e produtos ligados ao entretenimento e celebridades. Houve também uma
preocupação em realizar uma pesquisa de mercado para verificar a aceitação do brinquedo no país, o que levou
à noção de que as crianças chinesas eram atraídas pelo modelo americano da boneca, e não por uma versão
chinesa. O aspecto da boneca foi, portanto, mantido.
Contudo, logo no início do desenvolvimento da estratégia na China, o governo chinês proibiu as vendas diretas
em todo país, reagindo a denúncias de vendedores que enganavam suas clientes e a faziam gastar todas as
economias em um produto barato e de baixa qualidade. Além disso, o governo acreditava que empresas de
vendas diretas utilizavam de reuniões de vendas para iniciar sociedades secretas e vender produtos falsificados.
A Avon percebeu que seu prejuízo seria inevitável naquele momento. Porém o mercado chinês ainda tinha
grande potencial de acordo com a pesquisa feita anteriormente pela empresa, e isso levou a Avon a negociar
com o governo Chinês. O resultado foi que a Avon concordou em vender seus produtos em lojas de retalho,
convertendo suas 75 centrais em outlets, e ocasionando o desemprego de 50 mil representantes de vendas da
Avon.
Percebemos que, ao desenvolver sua estratégia nos estados unidos, o sucesso de vendas da Avon não
necessitou de nenhuma forma de pesquisa, até porque o mercado americano era bem conhecido pela empresa,
e foco estava apenas no objetivo da aliança entre a Avon e a Mattel de fidelizar o mercado e aumentar as
vendas. Ao levar o projeto a nível internacional, especialmente na China, a Avon realizou uma pesquisa social e
de microambiente, focando principalmente em seus consumidores. Contudo o macroambiente de marketing não
abrange somente o aspecto social do mercado, e ao subjugar o aspecto político, a Avon não previu a ação do
governo sobre as vendas diretas e casou seu próprio prejuízo e a demissão de milhares de funcionários.
Pode-se concluir portanto, que a falta de um planejamento e de uma pesquisa de mercado nem sempre acarreta
em prejuízo para a empresa. Contudo, a falta de visão de um dos vários aspectos do mercado pode ser muito
prejudicial, e portanto torna a pesquisa necessária para prever tais ameaças, se existirem, antes que elas
influenciem a empresa.