16
32 Em CONSTRUINDO A JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL NA PROVÍNCIA BRA COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL APRESENTA O OBSERVATÓRIO NACIONAL DE JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL LUCIANO MENDES DE ALMEIDA especial pág. 12 Em EDIÇÃO 29 ANO 3 OUTUBRO 2016 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL FRANCISCO VISITA A REGIÃO DO CÁUCASO pág. 11 PE. ARTURO SOSA É ELEITO SUPERIOR GERAL pág. 18 PROJETO PAM SJ É APRESENTADO À FLACSI pág. 19 O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O O OTO TO TO TO O OTO O O O FOTO FOTO O FOTO FOTO FO F EV EV : E E : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : ELSO O DE DE N DE N DE D D N D D N D ND N D D N N N N N N N N N N FRE F F ITAS ITAS/ FO HAP HAP HAP HAP LHA HA HA H H LH ESS ESS RESS RESS S S SS S S S S S ESS SS SS S S S RESS S S SS S S S SS SS S S S S S S S S S S S S S RES S S S S ES S S ES E . . . . . .

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  • 32 Em

    CONSTRUINDO A JUSTIA SOCIOAMBIENTAL NA PROVNCIA BRA

    COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL APRESENTA O OBSERVATRIO NACIONAL DE

    JUSTIA SOCIOAMBIENTAL LUCIANO MENDES DE ALMEIDA

    especial pg. 12

    Em EDIO 29ANO 3OUTUBRO 2016INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    FRANCISCO VISITA A REGIO DO CUCASO

    pg. 11

    PE. ARTURO SOSA ELEITO SUPERIOR GERAL

    pg. 18

    PROJETO PAM SJ APRESENTADO FLACSI

    pg. 19

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    SSSSSSSSSSSSESSSSSSSSSS

    RESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

    RESSSSSSESSSESSE

    ........

  • 31Em

    AGENDA |

    Casa de Retiros Vila FtimaLocal | Florianpolis (SC)Orientador | Pe. Quirino Weber, SJSite | www.casaderetiros.com.br

    CECREI (Centro de Eventos Cristo Rei) Local | So Leopoldo (RS)Orientador | Pe. Adroaldo Palaoro, SJSite | www.cecrei.org.br

    Casa de Retiros Vila KostkaTema | 1 Etapa Princpio e FundamentoLocal | Vila Kostka Itaici (Indaiatuba/SP)Orientadores | Mrcia Melzer e Igor CndidoSite | www.itaici.org.br

    NOVEMBRO

    Centro Loyola Belo HorizonteTema | A tica da compaixo em ShopenhauerLocal | Belo Horizonte (MG)Orientador | Carlos R. DrawinSite | centroloyola.org.br

    Centro Loyola de F e Cultura de GoiniaTema | Mal do Sculo Depresso Local | Goinia (GO)Site | centroloyola.com.br

    Centro Loyola de F e Cultura PUC-RioTema | Do confl ito comunho? Comemo-rao conjunta catlico-luterana do Jubileu da ReformaLocal | Rio de Janeiro (RJ)Professor | Renato Borges Neto Site | www.clfc.puc-rio.br

    3 E 10

    18

    19 CURSO CURSO

    7 A 15 22 A 30

    25 A 27

    RETIRO DE 8 DIAS

    PAPO AO P DA MESA

    RETIRO DE 8 DIAS

    EXERCCIOS ESPIRITUAIS PARA LEIGOS

    JUBILEUS50 ANOS DE SACERDCIOEm 6 de outubro

    Pe. Licurgo Tamiozzo

    50 ANOS DE COMPANHIAEm 6 de outubro

    Pe. Jos Pablo Hernndez-Gil Monfort

    60 ANOS DE COMPANHIAEm 23 de outubro

    Pe. Benjamn Gesteira Pino

  • 30 Em

    Padre Ruperto Antonio Jaeger natural de Cerro Largo (Rio Grande do Sul), onde nasceu em 4 de maro de 1920. Contava, por-

    tanto, 96 anos de idade quando fale-

    ceu. Filho de Afonso Miguel Jaeger

    e Eleonora Elisabeta Ranber Jaeger,

    bem jovem, mudou-se com a fam-

    NA PAZ DO SENHORPE. RUPERTO ANTONIO JAEGERPor Pe. Carlos Henrique Mller

    lia para Canoas, municpio vizinho a

    Porto Alegre, onde fez os estudos pri-

    mrios e secundrios. Entre os anos

    de 1941 a 1944, fez licenciatura em

    Letras Neolatinas, na Pontifcia Uni-

    versidade Catlica do Rio Grande do

    Sul, em Porto Alegre.

    Em 1938, padre Ruperto entrou

    no Noviciado dos Irmos das Escolas

    Crists Lassalistas, em Canoas (Rio

    Grande do Sul). Nesta congregao,

    foi Mestre de Novios, entre os anos

    de 1954 e 1960. Em 1963, no Chile,

    como Diretor do Colgio Zambrano,

    foi dispensado dos votos de Irmo,

    em vista do desejo de entrar na Com-

    panhia de Jesus. No obteve a permis-

    so do padre Janssens, ento Superior

    Geral do Jesutas. Depois, quando o

    padre pedro Arrupe foi eleito Supe-

    rior Geral da Companhia de Jesus,

    ele pediu novamente permisso para

    entrar na Ordem religiosa e foi acei-

    to. Assim, no dia 15 de maro de 1968,

    entrou no Noviciado da Provncia do

    Brasil Meridional, em Pareci Novo

    (Rio Grande do Sul). Fez os primeiros

    votos no Colgio Cristo Rei, em So

    Leopoldo, no dia 19 de maro de 1970.

    Na mesma cidade, fez os ltimos vo-

    tos, em 8 de dezembro de 1979.

    [...] EXERCEU MINISTRIOS NO SANTURIO DO SAGRADO CORAO DE JESUS, EM SO LEOPOLDO, ONDE ATENDIA OS ROMEIROS.

    Exerceu diversos ministrios a

    partir de ento. De 1976 at 1983, na

    Igreja So Jos Operrio, na Dioce-

    se de Maring (Paran), foi proco e

    superior da Regio. Durante quatro

    anos, foi superior da Casa de Exerc-

    cios e ecnomo da antiga Provncia

    Brasil Nordeste (BNE), trabalhando,

    alm disso, no Colgio Nbrega.

    Durante dois anos, foi superior do

    Instituto So Jos, nossa casa de Sa-

    de, em So Leopoldo, sendo tambm

    prefeito da sade da antiga Provncia

    Brasil Meridional (BRM). Depois dis-

    so, trabalhou em So Leopoldo nas

    parquias Nossa Senhora da Con-

    ceio e Nossa Senhora Medianeira,

    sempre como proco. Tambm exer-

    ceu ministrios no Santurio do Sa-

    grado Corao de Jesus, em So Leo-

    poldo, onde atendia os romeiros.

    Escreveu diversos livros, como

    manuais para o ensino do francs,

    livro de taquigrafia e metagrafia,

    alm da Bblia em Palavras Cruzadas,

    pelas Edies Loyola. Fez ainda tra-

    dues do francs para o portugus

    das seguintes obras: Saint Franois

    dAssise et de Jsus; Beato Irmo Be-

    nildo; e Biografia de So Joo Batista

    La Salle. Escreveu tambm Em Maria

    e Com Maria, ambos publicados pela

    Edies Loyola.

    Padre Ruperto, apesar da idade, era

    bastante disposto para o trabalho e esta-

    va sempre alegre. No ltimo ano, viveu

    na Residncia de Sade e Bem-Estar So

    Jos, em So Leopoldo, para cuidar da

    sade e rezar pela Companhia de Jesus.

    Faleceu em 12 de outubro, na festa de

    Nossa Senhora Aparecida.

  • 4 Em

    SUMRIO EDIO 29 | ANO 3 | OUTUBRO 2016

    EDITORIAL Nos caminhos da sustentabilidade

    CALENDRIO LITRGICO

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Aos cuidados da casa comum

    O MINISTRIO DE UNIDADENA IGREJA SANTA S Dom Sergio da Rocha nomeado cardeal Papa visita a regio do Cucaso

    ESPECIAL Construindo a Justia Socioambiental

    na Provncia BRA

    MUNDO CRIA Pe. Arturo Sosa, 31 Superior Geral da Companhia

    de Jesus

    AMRICA LATINA CPAL Assembleia da FLACSI Enfrentamento do trfi co humano Encontro da Teologia ndia

    SERVIO DA F Retiro do Advento 2016

    PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA CEAS elege nova diretoria e anuncia Ano Jubilar

    6

    78

    10

    12

    18

    19

    20

    21

    Projeto Horta Me-da-Terra, uma das iniciativas de justia socioambiental que ser articulada pelo OLMA

    29 Em

    Padre Ippolito Chemello, conheci-do como padre Pop, nasceu em Santiago, Vicenza, na Itlia, em 23 de abril de 1931. Em 2016, completou

    85 anos de idade. Filho de Giustino Che-

    mello e Carolina Marchesi Chemello,

    conseguiu naturalizar-se como brasi-

    leiro em 27 de setembro de 1974. Estu-

    dou no seminrio Diocesano de Vicen-

    za, na Itlia.

    Em 7 de setembro de 1953, aos 22

    anos, entrou na Companhia de Jesus, na

    Provncia Vneto Milanese, em Lonigo,

    Vicenza, onde emitiu os votos do bi-

    nio, em 8 de setembro de 1955. Estudou

    Filosofi a em Gallarate (Itlia), no pero-

    do de 1955 a 1958.

    Fez tambm uma parte dos estudos

    teolgicos, durante os anos de 1950 a

    1953, no Seminrio Episcopal de Vicen-

    za. Quando chegou ao Brasil, em 1958,

    fez dois anos de Magistrio no Colgio

    Antonio Vieira, em Salvador (Bahia).

    Depois, durante os anos de 1961 e 1962,

    concluiu seus estudos de Teologia no

    Colgio Cristo Rei, na cidade de So

    Leopoldo (Rio Grande do Sul), onde foi

    ordenado presbtero no dia 7 de dezem-

    bro de 1961. Em 2 de fevereiro de 1969,

    NA PAZ DO SENHORPE. IPPOLITO CHEMELLOPor Pe. Carlos Henrique Mller

    emitiu os ltimos votos, na Igreja Nos-

    sa Senhora da Assuno, na cidade de

    Anchieta (Esprito Santo).

    Durante os anos de 1964 a 2015, assu-

    miu diversos tipos de apostolado no Bra-

    sil. Trabalhou na Escola Apostlica, em

    Anchieta. Em Cachoeiro do Itapemirim,

    foi orientador religioso e professor no

    Instituto Padre Anchieta. Tambm traba-

    lhou no Colgio Antonio Vieira, em Salva-

    dor, como professor, orientador religioso,

    colaborando na pastoral da juventude e

    vocaes. Durante os anos de 1982 a 1985,

    em Gallarate (Itlia), foi Procurador das

    misses da ndia, Brasil e Chade. Traba-

    lhou como Proco em Feira de Santana,

    onde foi diretor do Apostolado da Orao.

    De 1986 a 1997, trabalhando em

    Salvador, no Colgio Antonio Viei-

    ra, e sendo Proco da Parquia Nossa

    Senhora de Lourdes (1997), foi Vice-

    -postulador da causa de Canonizao

    do Padre Jos de Anchieta, do qual era

    grande devoto.

    Em 2013, voltou ao Colgio Antonio

    Vieira como confessor e tambm para

    cuidar da sua sade, que j comeava a

    fi car fragilizada. Faleceu em Fortaleza

    (Cear), no dia 13 de outubro de 2016.

    [...] FOI VICE-POSTULADOR DA CAUSA DE CANONIZAO DO PADRE JOS DE ANCHIETA, DO QUAL ERA GRANDE DEVOTO.

  • 28 Em

    COMPANHIA DE JESUS CUIDADO DA AMAZNIA

    SARES REINAUGURADO

    Aps dois anos de reestruturao, o SARES foi reinaugurado no dia 27 de setembro, em Manaus (AM). Agora, com nova nomenclatura,

    Servio Amaznico de Ao, Refl exo e

    Educao Socioambiental, a instituio

    tem como misso a promoo da justia

    socioambiental, na e para a Amaznia,

    por meio da formao e educao social

    de lideranas e agentes da justia.

    A reinaugurao, que aconteceu na

    nova sede do SARES, no bairro de So

    Jorge, contou com a presena de lderes

    de vrias entidades e movimentos so-

    ciais que lutam pelas questes amaz-

    nicas, como CIMI (Conselho Indigenis-

    ta Missionrio), UFAM (Universidade

    Federal do Amazonas), CEBs (Comuni-

    dades Eclesiais de Base), REPAM (Rede

    Eclesial Pan-amaznica), Maristas (Ins-

    tituto dos Irmos Maristas), alm de

    moradores da comunidade de So Di-

    mas e da Parquia de So Jorge.

    Segundo o padre Incio Luiz Rho-

    den, superior da Plataforma Apostlica

    Amaznia, pertencente Provncia dos

    Jesutas do Brasil BRA, em sua nova

    fase, o SARES cultivar a vocao pana-

    maznica (intercultural, transfronteiri-

    a e diversa), esmerando-se pela cultura

    transdisciplinar e de identidades locais

    e com abertura dialogal nas fronteiras.

    A recriao do SARES considerada

    como um ganho necessrio para uma

    boa articulao com a REPAM (Rede

    Eclesial Pan-amaznica), com a PAM

    SJ (Projeto Pan-Amaznico), da CPAL

    (Conferncia dos Provinciais Jesutas da

    Amrica Latina), com o OLMA (Observa-

    trio Nacional de Justia Socioambien-

    tal Luciano Mendes de Almeida) e como

    referncia para o cultivo da conscincia

    amaznica em toda a Provncia BRA.

    Consideramos importante tambm ter

    em destaque um projeto (ou proposta

    de ao) para o trabalho na rea indge-

    na, ou seja, uma presena junto aos po-

    vos nativos, explica padre Incio.

    Coordenadas por uma equipe exe-

    cutiva, as atividades do SARES sero

    realizadas mediante parcerias e ade-

    ses voluntrias de indivduos ou or-

    ganizaes (religiosas ou no), que fa-

    zem parte da histria e da instituio

    ou compartilhem dos mesmos valores.

    O SARES ser apoiado tambm por um

    Conselho de Coordenadores, formado

    por indivduos, representantes de orga-

    nizaes e jesutas, que prestaro asses-

    soria constante ao longo do desenvolvi-

    mento de suas atividades.

    Para o padre Sandoval Alves Rocha,

    coordenador geral do SARES, a Compa-

    nhia de Jesus d um importante passo na

    concretizao do seu Plano Apostlico,

    que elegeu a Amaznia, com uma de suas

    preferncias apostlicas. Por meio do

    SARES, oferecemos nossa contribuio

    para ajudar a manter a esperana de um

    mundo melhor nas comunidades mais

    vulnerveis da Amaznia (ribeirinhos,

    indgenas, periferias e mulheres). Esta-

    mos conscientes das nossas limitaes

    (humanas e econmicas) e gostaramos

    de fortalecer as nossas parcerias e criar

    outras, desejando ser mais um elo de co-

    munho nessa grande rede de pessoas e

    instituies que querem o bem da Ama-

    znia e do Brasil, afi rma o jesuta.

    NOSSA HISTRIA

    Fundado em 2003, o SARES nasceu a

    partir de uma parceria entre a Companhia

    de Jesus, o Instituto Missionrio da Con-

    solata e a Arquidiocese de Manaus, a ini-

    ciativa resultado de um apelo do ento

    arcebispo de Manaus, dom Lus Soares

    Vieira, que pediu aos jesutas que crias-

    sem um servio de pesquisa e ao social

    em prol da sociedade manauara e dos po-

    vos da Amaznia. Aps uma dcada de

    atuao, o ento Servio de Ao, Refl exo

    e Educao Social iniciou um processo de

    reestruturao em 2013, assim, nos dois

    anos seguintes (2014 e 2015), no assumi-

    ria nenhuma atividade. Agora, em 2016, a

    Provncia dos Jesutas do Brasil (BRA) as-

    sume integralmente a direo do SARES.

    Noite de inaugurao do Servio Amaznico de Ao, Reflexo e Educao Socioambiental

    5Em

    Em

    DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Atuao educativa dos jesutas no Brasil tema de livro Lanado novo livro da Coleo Histria das Casas

    EDUCAO 1 Encontro de Formao Integral RJE d incio ao Programa de Formao Contnua Alunos so premiados em competio

    JUVENTUDE E VOCAES Casa MAGIS Manaus promove Mochilao Jovem Candidatos Companhia de Jesus participam da

    convivncia Manresa

    CUIDADO DA AMAZNIA SARES reinaugurado

    NA PAZ DO SENHOR Pe. Ippolito Chemello Pe. Ruperto Antonio Jaeger

    JUBILEUS / AGENDA

    22

    24

    26

    28

    29

    31

    INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de

    Comunicao BRA So Paulo.

    COMUNICAO [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    DIRETOR EDITORIALPe. Anselmo Dias

    EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    REDAOJuliana Dias

    DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva

    rica Silva

    ANNCIOHanderson Silva

    COLABORADORES DA 29 EDIOAna Lcia Farias, Dimas Oliveira, Pe. Jaldemir Vi-

    trio, Pe. Jonas Caprini, Letcia Orlandi, Pe. Lus

    Renato Carvalho de Oliveira, Matheus Kiesling,

    Natlia Cmara, Pe. Valrio Sartor e Ana Ziccardi

    (reviso). Um agradecimento especial a todos que

    colaboraram com a matria especial dessa edio.

    FOTOSBanco de imagens / Divulgao

    CAPAAs cinco primeiras fotografi as so de banco de

    imagens gratuitos. A ltima imagem direita (da

    sala de aula) de autoria de Evelson de Freitas/

    Folhapress.

    TRADUO DAS NOTCIAS MUNDO + CRIA GERALPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

  • 6 Em

    NOS CAMINHOS DA SUSTENTABILIDADE

    Pe. Jos Ivo Follmann, SJSecretrio para a Justia Socioambiental

    Vou iniciar este texto com qua-tro lembretes, ou anncios: 1) O Papa Paulo VI, que governou a Igreja em um momento marcante da

    histria recente, brindou-nos com a

    expresso civilizao do amor, uma

    expresso proftica, portadora de fora

    convocatria inconfundvel; 2) Em nos-

    sos dias, o Papa Francisco, ao trazer para

    o centro de sua Encclica Laudato Si - LS

    (2015) o conceito de ecologia integral,

    sintetiza as refl exes de muitas mentes e

    coraes que pulsam sempre mais fortes

    na luta por essa civilizao do amor, ou

    seja, uma nova ordem justa nas relaes

    em nossa casa comum, passando por

    todos os nveis e todas as esferas de rela-

    o; 3) As religies em geral convocam-

    -nos permanentemente a uma postura

    de religare, em todos os sentidos, com

    orientaes e prticas de renovao ou

    de humanizao s relaes, em suma:

    de elevar as relaes sua condio hu-

    mana; 4) Na Companhia de Jesus, a aten-

    o Promoo da Justia e Reconci-

    liao (em todos os nveis de relao)

    representa fora central dinamizadora

    no Servio da F, sendo o Secretariado de

    Justia Social e Ecologia a melhor expres-

    so institucional disso.

    O que est em questo neste texto : o

    que entendemos por sustentabilidade? O

    que sustentabilidade para a Companhia

    de Jesus?. Muitas vezes, fala-se susten-

    tabilidade focando, exclusivamente, a

    questo econmico-fi nanceira. No

    disso que estamos falando aqui, eviden-

    temente, apesar da importncia que tem

    esse aspecto. Tambm, s vezes, susten-

    tabilidade expressa um certo modismo

    do momento. aspecto importante para

    a marca do prprio empreendimento. s

    vezes, um certo desenvolvimento sus-

    tentvel reproduz o mesmo modelo ex-

    ploratrio e desrespeitoso que conhece-

    mos, travestido de solues mascaradas

    por um certo ecologicamente correto,

    sem conduzir vida em sociedade efeti-

    vamente sustentvel.

    Quais seriam as condies para

    uma vida em sociedade efetivamente

    sustentvel? A Companhia de Jesus traz

    elementos de refl exo para isso? No pen-

    samento e na prtica dos seguidores de

    Santo Incio, alm da preocupao pelo

    estabelecimento das relaes sociais

    justas em todos os nveis (com Deus,

    interpessoal, social e ambiental), existe

    tambm um cuidado para com o esprito

    EDITORIAL

    de inovao, na busca do sempre mais

    efi caz, por um lado, e a vigilncia criativa

    e responsvel na viabilidade econmi-

    co-fi nanceira, por outro lado, para que a

    sua Misso possa prosseguir estavelmen-

    te, fazendo o maior bem.

    Abreviando, em uma nota conclu-

    siva, sugerimos que, dentro do esprito

    que move a Companhia de Jesus, falar

    em SUSTENTABILIDADE exige que seja-

    mos inovadores na busca das melhores

    solues e vigilantes no equilbrio eco-

    nmico, alm de sermos fi is na promo-

    o da justia e na reconciliao, ou seja,

    alm de sermos movidos: pelo reconhe-

    cimento radical do outro, supondo pro-

    cesso de converso; pelo compromisso

    social, supondo postura de opo pelos

    menos favorecidos; pelo cuidado dos

    bens da criao, envolvendo engaja-

    mento contra todo estrago desordenado

    da natureza.

    Sem esses cinco esteios, qualquer

    sustentabilidade ser precria. Trata-

    -se de cinco pavimentos do caminho

    para a verdadeira sustentabilidade.

    Boa leitura!

    [...] FALAR EM SUSTENTABILIDADE EXIGE QUE SEJAMOS INOVADORES NA BUSCA DAS MELHORES SOLUES E VIGILANTES NO EQUILBRIO ECONMICO, ALM DE SERMOS FIIS NA PROMOO DA JUSTIA E NA RECONCILIAO [...]

    27Em

    CANDIDATOS COMPANHIA DE JESUS PARTICIPAM DA CONVIVNCIA MANRESA

    Os jovens que desejam ingressar na Companhia de Jesus estive-ram reunidos desde o dia 19 de setembro para participar da convivncia

    Manresa, ltima etapa do Plano de Candi-

    datos. A atividade a ltima de uma srie

    programada para contribuir com o pro-

    cesso de discernimento dos candidatos

    ao corpo apostlico da Companhia, bem

    como o discernimento dos jesutas para

    poder conhecer e acolher a cada um. O

    incio dessa etapa foi na Vila Kostka Itai-

    ci, localizada na cidade de Indaiatuba (SP).

    Na oportunidade, todos fi zeram os Exerc-

    cios Espirituais de Santo Incio de Loyola

    na modalidade de oito dias. Em seguida, o

    grupo dirigiu-se para Santa Rita do Sapu-

    ca (MG) e fi cou hospedado na Casa Nossa

    Senhora da Paz, nas dependncias da ETE

    FMC (Escola Tcnica de Eletrnica Fran-

    cisco Moreira da Costa).

    O objetivo principal da convivncia

    Manresa foi o de aprofundamento em

    temas que sero relevantes para a vida

    religiosa, como amadurecimento huma-

    no, vida espiritual e vida em comunidade

    apostlica, entre outros. Durante o per-

    odo, tambm aconteceram as entrevistas

    de cada um dos jovens com os jesutas

    designados pelo provincial para colaborar

    com esse processo fi nal do Plano de Can-

    didatos Companhia de Jesus.

    Um fato marcante durante a convi-

    vncia Manresa foi a romaria ao Santurio

    Nacional de Nossa Senhora Aparecida,

    em Aparecida (SP), onde o grupo pode

    agradecer a intercesso da Me de Jesus

    pelo caminho percorrido desde o incio

    do processo.

    Ao fi nal da convivncia, os candi-

    datos retornaram para as residncias

    jesuticas localizadas em vrias partes

    do pas, onde fi caro at o ms de de-

    zembro, aguardando o processo fi nal de

    discernimento para o ingresso na Com-

    panhia de Jesus.

    buscaram conscientizar a comunidade

    sobre a questo ecolgica, alm de vi-

    venciarem momentos de orao e bn-

    os. Foi uma experincia muito boa,

    conseguimos conscientizar as pessoas

    a cuidar do meio ambiente e pudemos

    aprender muito mais sobre esse assun-

    to, conta Robson Novaes, integrante da

    Pastoral da Juventude da Comunidade

    Santa Joana Darc, da rea Missionria

    Santa Margarida de Cortona.

    No Mochilao Jovem, os partici-

    pantes puderam conhecer de perto o

    projeto de economia solidria Oca da

    Juventude, que recicla garrafas PET

    para fazer vassouras ecolgicas. Alm

    disso, participaram da celebrao dos

    Mrtires da Amaznia, de uma forma-

    o sobre a encclica Laudato Si, com

    o padre Vanildo Filho, e de ofi cinas de

    compostagem, reciclagem, jogos so-

    cioambientais, dana, entre outras.

    Para o padre Silas Mosio, coorde-

    nador da Casa MAGIS Manaus, o Mo-

    chilao Jovem foi um tempo de sen-

    sibilizao e aprofundamento sobre o

    cuidado com a casa comum. Ver tan-

    tos jovens peregrinando, refl etindo, re-

    zando e construindo um mundo mais

    sustentvel e solidrio, ver tambm

    adultos acompanhando e colaborando

    para que os jovens pudessem viver essa

    linda, desafi ante e prazerosa experin-

    cia de Deus e de comunho com a obra

    da Criao, nos deixa alegres e felizes

    e nos faz ter a certeza de que devemos

    continuar sendo presena proftica de

    Deus no meio da juventude, conclui.

    Ao fi nal do evento, houve uma celebra-

    o e a entrega de mudas aos comuni-

    trios e aos jovens com o simbolismo

    do SER + ECOLGICO.

  • 26 Em

    COMPANHIA DE JESUS JUVENTUDES E VOCAES

    CASA MAGIS MANAUS PROMOVE MOCHILAO JOVEM

    Durante o Mochilao, ns conseguimos refl etir a respeito de nossa casa co-mum, contemplando a realidade das

    comunidades por onde passamos,

    tanto pela questo da natureza e da

    beleza, como tambm pela questo da

    poluio e do lixo, afi rma Jacqueline

    Oliveira, membro da pr-comunidade

    CVX Amar e Servir (Comunidade de

    Vida Crist) e uma das participantes do

    4 Mochilao Jovem, promovido pela

    Casa MAGIS Manaus, entre os dias 24 e

    25 de setembro.

    O evento, que reuniu 65 pessoas,

    teve como tema Mochileiros, no servio

    e cuidado com a Casa Comum e, como

    lema, Para que venha o vosso reino de

    justia, paz, amor e beleza (trecho da

    Orao crist com a Criao Laudato

    Si). O intuito da temtica era propor-

    cionar momentos de refl exo sobre a

    responsabilidade de cada um com a

    obra da criao. O jovem pde viver a

    justia socioambiental a partir do seu

    estilo de vida pessoal e social, com

    uma sensibilidade ecolgica, envol-

    vendo a dinmica do seu comporta-

    mento no dia a dia, afi rma Ana Lcia

    Farias, articuladora da Equipe de Co-

    municao da Casa MAGIS Manaus.

    A edio deste ano foi marcada por

    dois momentos principais: a peregri-

    nao e a misso nas comunidades. Na

    peregrinao, os jovens caminharam

    por 23km. O percurso teve incio na

    rea Missionria Santa Margarida de

    Cortona, misso confi ada pela Arqui-

    diocese de Manaus Companhia de Je-

    sus e localizada na periferia da cidade.

    Durante o trajeto, os jovens foram ins-

    tigados a refl etir com os cinco sentidos

    (viso, audio, paladar, olfato e tato).

    Para Rafaella Moura, jovem atuante

    na Liturgia da Parquia Santo Antnio,

    membro da Pr-CVX Amar e Servir e in-

    VER TANTOS JOVENS PEREGRINANDO, REFLETINDO, REZANDO E CONSTRUINDO UM MUNDO MAIS SUSTENTVEL E SOLIDRIO [...] NOS FAZ TER A CERTEZA DE QUE DEVEMOS CONTINUAR SENDO PRESENA PROFTICA DE DEUS NO MEIO DA JUVENTUDEPadre Silas Mosio

    tegrante da Pastoral da Juventude, uma

    das experincias mais profundas foi a

    terceira parada de refl exo, em que os

    participantes rezaram o sentido do pa-

    ladar, na hora do almoo, no saborear

    do alimento, o que a fez recordar das

    pessoas que no o tem.

    Os peregrinos seguiram em direo

    a BR-174, onde vivenciaram o momen-

    to de misso junto s comunidades de

    So Joo Batista e Aparecida. Os jovens

    saram em pequenos grupos e fi zeram

    visitas s casas, encontrando-se com as

    famlias. Nas conversas, os participantes

    7Em

    calendrio litrgicoPrprio da Companhia de Jesus OUTUBRO

    So Francisco de Borja, presbtero Santos Joo de Brbeuf e Isaac Jogues,

    presbteros e companheiros mrtires

    Beato Diogo Lus de San Vtores,

    presbtero, e So Pedro Calungsod,

    catequista, e mrtires

    Nossa Senhora da Graa,

    Padroeira do Noviciado BRA

    Beato Domingos Collins, irmo

    Santo Afonso Rodrguez, irmo

    Beato Joo Beyzym, presbtero

    DIA 3 DIA 12 DIA 19

    DIA 21

    DIA 22

    DIA 30

    DIA 31

  • 8 Em

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    Pe. Josaf Carlos de Siqueira, SJ

    A paixo pela natureza, despertada ainda na

    infncia, levou o padre Josaf Carlos de Siqueira

    a formar-se em Cincias Biolgicas. Tempos

    mais tarde, ao ingressar na Companhia de

    Jesus, ele consolidou esse caminho por meio do

    mestrado e do doutorado na rea. Hoje, o reitor

    da PUC-Rio (Pontifcia Universidade Catlica

    do Rio de Janeiro) empenha-se ativamente na

    divulgao da Encclica Laudado Si, na qual o

    Papa Francisco alerta para o cuidado da casa

    comum. Por isso, alm de publicar um livro,

    ele tem realizado palestras sobre o tema, com

    participao inclusive na COP-21 (Conferncia

    das Naes Unidas sobre mudana climtica),

    em Paris (Frana), em novembro de 2015. Leia,

    a seguir, a entrevista que o jesuta concedeu ao

    informativo Em Companhia.

    Como tem sido dedicar-se Biologia e tambm mis-

    so da Companhia de Jesus?

    Assim que conclui o curso de Cincias Biolgicas, entrei

    no noviciado da Companhia de Jesus, em 1977. Durante o

    noviciado, tive pequenos contatos no Departamento de Bo-

    tnica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Ao

    terminar a Filosofi a no Rio de Janeiro (RJ), o provincial me

    destinou para fazer o mestrado na Unicamp. Em seguida, fui

    para Belo Horizonte (MG) fazer a Teologia. Depois da ordena-

    O senhor formou-se em Cincias Bio-

    lgicas, pela Universidade Catlica de

    Gois, antes de ingressar na Compa-

    nhia de Jesus. O que o motivou a esco-

    lher esse curso?

    Aprendi a gostar das coisas da natureza

    desde a minha infncia, vivida de maneira

    intensa na cidade de Pirenpolis (Gois),

    cercada pela vegetao dos cerrados e das

    matas ciliares, com muita abundncia de

    gua nos rios e cachoeiras. Mais tarde, fui

    cursar Cincias Biolgicas, em Goinia, na

    Universidade Catlica de Gois, onde traba-

    lhei coordenando laboratrios de Biologia

    e comeando a criar o primeiro herbrio da

    instituio. Fui monitor de vrias discipli-

    nas de Botnica e, nos fi nais de semana, de-

    dicava-me a coletar plantas nas reas de cer-

    rado de Goinia, com ajuda de uma pequena

    moto. Andei por vrias reas da cidade, onde

    hoje no existe mais a vegetao nativa dos

    cerrados. Embora gostasse de Entomologia,

    rea da Zoologia que estuda os insetos, mi-

    nha opo primeira foi sempre o estudo das

    plantas, paixo que carrego comigo at hoje.

    APAIXONADO PELA NATUREZA

    25 Em

    ALUNOS SO PREMIADOS EM COMPETIO

    RJE D INCIO AO PROGRAMA DE FORMAO CONTNUA

    Em 2016, a RJE (Rede Jesuta de Educao) consolidou o Progra-ma de Formao Contnua para os colaboradores de suas unidades edu-

    cacionais. Em outubro, a primeira turma

    deu incio aos cursos de Especializao

    em Educao Jesutica e de Mestrado

    Profi ssional em Gesto Escolar, ambos

    promovidos pela RJE em parceria com a

    Unisinos.

    Segundo Ana Loureiro, diretora Aca-

    dmica e Pedaggica do Colgio Santo

    Incio (RJ) e uma das participantes do

    GT (Grupo de Trabalho) da RJE, grupo

    que ajudou na elaborao do Programa

    de Formao Contnua, essa uma opor-

    tunidade de capacitar ainda mais os co-

    laboradores. Este um investimento na

    formao das pessoas, pois pretendemos

    promover uma qualifi cao na perspec-

    tiva da tradio educativa da Companhia

    de Jesus, explica.

    O Programa de Formao Contnua

    responde a um dos indicativos do PEC

    (Projeto Educativo Comum), que aborda

    a importncia e a necessidade de quali-

    fi car os educadores da RJE, por meio de

    Em setembro, alunos de cinco co-lgios da Rede Jesuta de Educa-o (RJE) conquistaram medalhas na Olimpada Brasileira de Astronomia e

    Astronutica (OBA), competio organi-

    zada anualmente pela Sociedade Astro-

    nmica Brasileira (SAB) em parceria com

    a Agncia Espacial Brasileira (AEB).

    No total, os alunos dos colgios

    Anchieta (Porto Alegre/RS), Diocesano

    (Teresina/PI), Jesutas (Juiz de Fora/

    MG), Loyola (Belo Horizonte/MG) e

    Santo Incio (Rio de Janeiro/RJ) con-

    quistaram 62 medalhas, sendo 20 de

    FOTO

    : REV

    ISTA

    GA

    LILE

    U.G

    LOB

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    OM

    FOTO

    : UN

    ISIN

    OS

    Estudantes conquistaram medalhas na Olimpada de Astronomia e Astronutica

    uma perspectiva humanista. Aqui, es-

    tamos falando de um currculo que con-

    temple experincias educativas capazes

    de formar e transformar pessoas para um

    mundo melhor, afi rma Loureiro.

    ouro, 19 de prata e 23 de bronze.Em sua 19 edio, a OBA contou

    com a participao de cerca de 800 mil

    estudantes do Ensino Fundamental e

    Mdio de escolas pblicas e privadas

    de todo o Brasil.

  • 24 Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    A Rede Jesuta de Educao (RJE) realizou, de 5 a 15 de outubro, o seu 1 Encontro de Formao Integral, que reuniu 45 alunos do En-

    sino Mdio, em Belo Horizonte (MG).

    O evento, realizado dentro da propos-

    ta do Projeto Educativo Comum (PEC),

    teve como objetivo colaborar com a

    formao integral dos estudantes da

    RJE, fortalecendo as dimenses espi-

    ritual, social e humano-afetiva, ilumi-

    nadas pelo modo de proceder inaciano

    e pelo incentivo ao protagonismo ju-

    venil. Alm da acolhida, realizada no

    Colgio Loyola, os jovens tambm par-

    ticiparam de vivncias em Vila Ftima,

    espao do colgio na regio da Pampu-

    lha, tambm em Belo Horizonte.

    Entre os participantes do 1 Encon-tro, esteve Juan Pablo Rodriguez, repre-

    sentante da Rede Jesuta da Colmbia. O

    educador coordena os chamados Cursos

    Taller, modalidade de ensino e apren-

    1 ENCONTRO DE FORMAO INTEGRAL

    dizagem caracterizada pela interao

    entre teoria e prtica, cujo modelo ins-

    pirou o formato da edio brasileira.

    Atualmente, ele atua diretamente na

    Formao Crist do Colgio San Jos,

    em Barranquilla, cidade do norte co-

    lombiano. Nossa experincia de 29

    anos fez com que a prtica evolusse

    e se adaptasse linguagem do jovem,

    mas de forma sempre fi el essncia

    original da atividade, inspirao nos

    Exerccios Espirituais de Santo Incio,

    oportunidade de fortalecimento de

    vnculos e de aprofundamento na expe-

    rincia da f, resume Rodriguez.

    E foi essa essncia que esteve pre-

    sente tambm durante o evento em

    Belo Horizonte. Aluna da 1 Srie do

    Ensino Mdio do Colgio Antnio Viei-

    ra, em Salvador (BA), Catharina Moura

    Moraes contou que, j na acolhida, foi

    possvel prever o clima do encontro.

    Foi possvel perceber que todos esta-

    vam muito abertos e interessados em

    trocar conhecimento, em conhecer o

    outro e ouvir, sem margem para julga-

    mentos, defi niu. Sentimento seme-

    lhante ao de Andr Tavares, aluno da

    1 Srie do Ensino Mdio do Loyola. Conversamos sobre nossos sotaques

    e sobre o que cada um gosta de fazer,

    por exemplo. Foi uma tima oportuni-

    dade para fazer amigos e tambm para

    trabalhar nossa espiritualidade, acres-

    centou o jovem.

    O professor de Filosofi a e orienta-

    dor do Servio de Orientao Religiosa e

    de Pastoral do Colgio Medianeira (PR),

    Carlos Martins Torra Helvig, revelou

    que o encontro trouxe uma experincia

    de autoconhecimento e afl oramento

    dos princpios humansticos que regem

    a Rede Jesuta. Acredito que os partici-

    pantes vo se tornar, em suas institui-

    es de origem, referncias do contexto

    da formao integral, concluiu.

    FOTO

    : CO

    LG

    IO S

    O

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    CISC

    O X

    AVIE

    R

    9Em

    o, fui destinado, em 1986, para trabalhar na PUC-Rio, onde

    ainda estou como professor e agora reitor, depois de exercer

    o cargo de vice-reitor por seis anos. No comeo da dcada de

    1990, fui cursar o doutorado na Unicamp. De volta PUC-Rio,

    fui nomeado diretor do Departamento de Geografi a, criando a

    nfase em Meio Ambiente. Em 1999, criei o NIMA (Ncleo In-

    terdisciplinar de Meio Ambiente). Hoje, embora com a misso

    de reitor, continuo dando cursos na Graduao e realizando,

    nos fi nais de semana, minhas pesquisas em Botnica e publi-

    cando artigos.

    Qual a importncia da criao do NIMA (Ncleo In-

    terdisciplinar de Meio Ambiente), em 1999?

    Quando criamos o NIMA, o objetivo era ter uma unida-

    de complementar da Universidade que pudesse congregar e

    ser um centro de referncia para estudos e projetos de Meio

    Ambiente na PUC-Rio. Os primeiros estudos e projetos fo-

    ram na rea de Direito Ambiental e Educao Ambiental.

    Estes projetos continuam at hoje, embora recentemente,

    em razo do crescimento do NIMA, outras reas do conhe-

    cimento foram sendo incorporadas.

    E hoje, qual a relevncia do NIMA dentro da PUC-Rio?

    O NIMA, hoje, uma unidade acadmica reconhecida no

    Brasil e no exterior, agregando professores e pesquisadores

    de vrios departamentos da PUC-Rio. Atualmente, estamos

    colaborando com a REPAM (Rede Eclesial Pan-amaznica),

    no projeto de estudos sobre a Amaznia.

    Este ano, o senhor publicou o livro Laudato Si: um pre-

    sente para o planeta, que rene artigos sobre o documento

    papal. O que o motivou a publicar a obra?

    Como reitor da PUC-Rio, assumi a misso de divulgar

    o mximo possvel a Encclica Ecolgica Laudato Si`, tendo

    realizado, at o presente momento, mais de 30 conferncias

    e palestras sobre as diversas abordagens do documento. De-

    pois de reunir 12 artigos que escrevi no jornal da PUC-Rio

    sobre a Encclica, achei por bem public-los como livro, em

    portugus e ingls. O objetivo fazer chegar os contedos

    da Laudato Si nas instituies de ensino, nas parquias e

    nos movimentos ecolgicos.

    O senhor j realizou dezenas de palestras sobre a Enccli-

    ca, inclusive na COP-21. verdade que a divulgao da En-

    cclica faz parte de uma promessa feita ao

    Papa Francisco?

    Disse pessoalmente ao Papa Francisco

    que faria o mximo possvel para divulgar a

    riqueza dos contedos da Laudato Si, pois

    considero que essa Encclica veio no mo-

    mento importante de nossa histria, tanto

    como subsdio tico, como por ser um do-

    cumento de convergncia entre as preocu-

    paes ambientais das cincias, da socieda-

    de mundial e da Igreja. bom lembrar que a

    Igreja Catlica no Brasil tem sido proftica

    nessa abordagem, pois j realizou algumas

    Campanhas da Fraternidade com esse vis

    socioambiental.

    O senhor j conquistou a Medalha

    do Mrito Jardim Botnico do Rio de

    Janeiro. Qual a importncia desse reco-

    nhecimento?

    A medalha de mrito foi um coroamen-

    to dos muitos anos que tenho dedicado ao

    Jardim Botnico do Rio de Janeiro, tanto

    como estagirio e pesquisador convidado,

    como por fazer parte de muitos conselhos

    da instituio. Atualmente, fao parte do

    Conselho de Sustentabilidade, criado pela

    ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella

    Teixeira.

    Qual a relao do carisma inaciano

    com as questes ambientais?

    Nos ltimos anos, tenho escrito artigos

    e livros mostrando que a preocupao am-

    biental faz parte de nossa espiritualidade

    inaciana. O ttulo de um dos meus livros

    Meditaes Ecolgicas de Incio de Loyola.

    Alm disso, a Companhia de Jesus j pro-

    duziu dois documentos sobre a Ecologia:

    Vivemos em um mundo fragmentado e Curar

    o mundo ferido. Com a Encclica Laudato

    Si, creio que a Companhia de Jesus refor-

    ar, nos prximos anos, o seu compro-

    misso com as questes socioambientais.

  • 10 Em

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S

    DOM SERGIO DA ROCHA NOMEADO CARDEAL

    Em 9 de outubro, o Papa Francisco anunciou a escolha de novos car-deais, entre eles, um brasileiro, o arcebispo de Braslia e presidente da

    CNBB (Conferncia Nacional dos Bispos

    do Brasil), dom Sergio da Rocha.

    O Papa Francisco afi rmou que, em

    19 de novembro, vspera do fechamen-

    to da Porta Santa da Misericrdia, rea-

    lizar um Consistrio para nomear os

    novos cardeais, de cinco continentes.

    A incluso dos novos cardeais na dio-

    cese de Roma manifesta a inseparvel

    relao existente entre a S de Pedro

    e as Igrejas particulares ao redor do

    mundo, disse o pontfi ce.

    Nascido no municpio de Dobrada

    (SP), dom Sergio da Rocha foi semina-

    rista no interior paulista, em So Carlos

    e Campinas, sendo ordenado padre em

    1984. Antes de se tornar bispo, passou a maior parte de sua vida

    como religioso em So Carlos, atuando como proco e professor

    de Filosofi a e Teologia moral rea na qual concluiu seu douto-

    rado na Pontifcia Universidade Lateranense, em Roma , com

    especial ateno a reas como a Pastoral da Juventude. Nomeado

    bispo auxiliar de Fortaleza pelo Papa Joo Paulo II em 2001, tor-

    nou-se arcebispo de Teresina em 2007 e foi para a arquidiocese

    de Braslia em 2011.

    Dos 17 cardeais que sero ofi cializados no prximo Con-

    sistrio, dom Sergio e outros 12 tm menos de 80 anos de

    idade, o que signifi ca que poderiam votar durante um con-

    clave. Os outros quatro so uma espcie de cardeais em-

    ritos, escolhidos como forma de destacar seu papel rele-

    vante na histria recente do catolicismo (embora, em tese,

    tambm possam receber votos em conclaves). Entre eles,

    destaca-se Ernest Simoni Troshani, 87, padre da Albnia que

    enfrentou a perseguio comunista aos catlicos e passou

    quase 30 anos em um campo de trabalhos forados.

    Fonte: CNBB | Folha de S. Paulo

    23 Em

    Memrias e curiosidades en-volvendo a cidade gacha de So Jos do Hortncio servem de inspirao para o mais

    novo livro da coleo Histria das

    Casas, que traz como pano de fundo

    uma das mais antigas instituies da

    Igreja na regio do Vale do Ca: a Par-

    quia So Jos.

    De autoria do padre jesuta Incio

    Spohr, a publicao apresenta um mi-

    nucioso relato cronolgico, resultado

    de pesquisas nos mais diversos docu-

    mentos da extinta Provncia do Bra-

    sil Meridional, destacando o intenso

    envolvimento da Companhia de Jesus

    na localidade.

    A Parquia So Jos traz consigo

    a peculiaridade de estar entre as pri-

    meiras parquias administradas pelos

    padres jesutas no Rio Grande do Sul,

    ainda na metade do sculo 19. Dessa

    maneira, o local tido como de im-

    portncia vital na instalao, na or-

    ganizao e no desenvolvimento dos

    imigrantes germnicos junto regio.

    O livro, publicado pela Editora

    Padre Reus, tem 153 pginas, prefcio

    assinado pelo padre Pedro Igncio

    Schmitz e reviso de padre Benno Le-

    opoldo Petry.

    LANADO NOVO LIVRO DA COLEO HISTRIA DAS CASAS

    Obra traz memrias e curiosidades da parquia da cidade de So Jos do Hortncio (RS)

    SERVIO

    Livro: Histria das Casas: um resgaste histrico dos jesutas no Sul

    do Brasil (Parquia So Jos/So Jos do Hortncio)

    Pginas: 153

    Editora: Padre Reus

    Site: www.livrariareus.com.br

    Tel.: (51) 3224-0250

    E-mail: [email protected]

  • 22 Em

    COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO

    Difi cilmente poderemos en-tender a histria da educa-o e da Igreja no Brasil sem nos debruarmos sobre a presena e a

    atuao dos jesutas, acredita o Prof.

    Dr. Carlos ngelo de Meneses Sousa,

    da Universidade Catlica de Braslia

    (UCB), um dos organizadores do livro

    Os Jesutas no Brasil: entre a Colnia e a

    Repblica, obra recm-lanada no pas.

    Segundo Sousa, a histria da edu-

    cao no Brasil registra uma produo

    e maior divulgao sobre a ao dos je-

    sutas no perodo Colonial. Entretanto,

    os religiosos tambm tiveram atuao

    ATUAO EDUCATIVA DOS JESUTAS NO BRASIL TEMA DE LIVRO

    Acesse o link http://bit.ly/2dVtpYO e

    faa o download do PDF.

    marcante em outros momentos hist-

    ricos. Um dos destaques e a principal

    inovao do livro se d justamente por

    trabalhar sobre essa lacuna, especial-

    mente sobre a atuao dos jesutas, ex-

    pulsos de Portugal, em seu retorno ao

    Nordeste do Brasil no incio do sculo

    passado, explica.

    O livro resultado de uma par-

    ceria interinstitucional envolvendo

    pesquisadores das universidades fe-

    derais do Cear (UFC), do Piau (UFPI),

    do Maranho (Ufma), de Alagoas

    (Ufal) e da Universidade Estadual da

    Bahia (Uneb), alm das universida-

    des catlicas de Braslia (UCB), de

    Pernambuco (Unicap) e da Pontifcia

    Universidade Catlica do Rio Grande

    do Sul (PUCRS).

    A Ctedra Unesco de Juventude,

    Educao e Sociedade, vinculada ao

    Programa de Mestrado e Doutorado

    da Universidade Catlica de Bras-

    lia, tambm participou da parceria,

    por meio do Prof. Dr. Carlos ngelo,

    assim como a Linha de Histria da

    Educao Comparada da Ps-Gradu-

    ao em Educao Brasileira da Uni-

    versidade Federal do Cear, por meio

    da Profa. Dra. Maria Juraci Maia Ca-

    valcante, uma das organizadoras da

    obra, ao lado de Sousa, e coordena-

    dora do projeto junto ao CNPq (Con-

    selho Nacional de Desenvolvimento

    Cientfico e Tecnolgico).

    A dedicatria do livro de 293 pgi-

    nas presta uma homenagem aos jesu-

    tas. No solo nordestino, eles semea-

    ram e fi zeram fl orescer a esperana e a

    justia. Dentre eles, destaco o Ir. Lind-

    bergh Pires, msico e regente piauien-

    se, falecido em 2014, com o qual tive a

    alegria de conviver, ainda no Colgio

    Diocesano, em Teresina (PI), e depois

    na Unicap, ressalta.

    O livro Os Jesutas no Brasil: entre

    a Colnia e a Repblica destinado a

    professores, a estudantes e a todos os

    interessados na histria da educao

    brasileira e da atuao educativa dos

    jesutas no pas. A obra, publicada ori-

    ginalmente impressa, est disponvel

    para download no site pedagogiaso-

    cial.net/textos. Em breve, ser dispo-

    nibilizada tambm no site do Progra-

    ma de Ps-Graduao em Educao da

    Universidade Catlica de Braslia.

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    DIFICILMENTE PODEREMOS ENTENDER A HISTRIA DA EDUCAO E DA IGREJA NO BRASIL SEM NOS DEBRUARMOS SOBRE A PRESENA E A ATUAO DOS JESUTAS

    Prof. Dr. Carlos ngelo de Meneses Sousa

    11Em

    PAPA VISITA A REGIO DO CUCASO

    Em viagem Gergia e ao Azerbai-jo, entre 30 de setembro e 2 de ou-tubro, o Papa Francisco cumpriu a segunda etapa de visita regio do Cu-

    caso a primeira aconteceu na Armnia,

    em junho passado. Para essa misso, o

    lema escolhido foi Somos todos irmos,

    inspirado na citao evanglica de Ma-

    teus 23,8 e no convite do pontfice para

    que todos os seres humanos sejam parte

    de uma nica famlia, chamados a viver

    em fraternidade e amizade.

    Na Gergia, Francisco foi recebido

    pelo presidente, Giorgi Margvelashvili, e

    sua esposa, alm do presidente do Parla-

    mento, David Usupashvili, e do patriarca

    do pas, Ilia II. Durante sua estada, o Papa

    levou conforto pequena comunidade

    catlica da Gergia, que tem forte presen-

    a de ortodoxos (85% da populao).

    A recusa por parte da delegao ofi-

    cial ortodoxa em participar da missa com

    o Papa foi uma mostra da tenso existente

    entre as duas comunidades. Assim, du-

    rante a celebrao, Francisco agradeceu

    aos fiis da Igreja ortodoxa presentes no

    estdio e no aos representantes dessa

    igreja, como estava previsto a princpio.

    Porm, apesar da situao, a porta-

    -voz da Igreja ortodoxa do pas, Nato

    Asatiani, ressaltou que a visita do Papa

    reforar ainda mais as relaes entre

    as duas Igrejas. O patriarca da Igreja or-

    todoxa georgiana, Ilia II, tambm afir-

    mou, diante de Francisco, que sua visita

    contribuir para reforar os laos entre

    as duas Igrejas crists.

    pequena comunidade catlica

    da Gergia, o Papa pediu que perma-

    nea unida e demonstre estar aberta

    maioria ortodoxa, apesar das tenses

    entre as duas igrejas crists. O que fa-

    zer diante dos ortodoxos?, perguntou

    o pontfice a padres, seminaristas e

    representantes catlicos georgianos.

    Permaneam abertos, sejam amigos,

    aconselhou, acrescentando: Nunca se

    deve fazer proselitismo com os orto-

    doxos. So nossos irmos e irms, no

    posso conden-los. E finalizou, pedin-

    do aos catlicos que sejam amigos, ca-

    minhem juntos.

    No domingo, 2 de outubro, Fran-

    cisco viajou ao Azerbaijo, pas de

    maioria muulmana e com apenas 570

    catlicos. Durante a visita, o pontfice

    reuniu-se com representantes de vrias

    Igrejas crists, responsveis judaicos e

    lderes islmicos.

    Na capital do pas, Baku, o Papa

    presidiu uma missa na igreja da Ima-

    culada Conceio e, durante a homlia,

    disse pequena comunidade catlica:

    Sois um pequeno rebanho precioso

    aos olhos de Deus. A igreja inteira, que

    sente por vs uma simpatia especial, os

    observa e os estimula.

    Ainda na celebrao, Francisco

    questionou: O Papa perde seu tempo

    ao visitar estas comunidades? E sob

    aplausos, respondeu: Certamente no.

    Assim, preocupado com as comunida-

    des perifricas, o pontfice convidou os

    fiis de Baku a seguir cultivando sua f

    com coragem.

    A visita ao Azerbaijo foi encerrada na

    Grande Mesquita de Baku, com uma men-

    sagem a favor do dilogo inter-religioso e

    contra a instrumentalizao violenta da

    f. Deus no pode ser invocado para in-

    teresses de parte nem para fins egostas;

    no pode justificar qualquer forma de

    fundamentalismo, imperialismo ou co-

    lonialismo. Mais uma vez, deste lugar to

    significativo, levanta-se o grito angustia-

    do: nunca mais a violncia em nome de

    Deus, concluiu Francisco.

    Fonte: G1 | Cano Nova | Rdio Vatica-

    no | Jornal do Brasil | Folha de S. Paulo

    Em sua segunda viagem regio do Cucaso, Papa visita a Gergia e o Azerbaijo

    FOTO

    S: L

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    ERVA

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  • 12 Em12 EmEmEmmmEm

    ESPECIAL

    Com cerca de 300 anos de histria, a Parquia de Nossa Senhora do Rosrio, conhecida como Par-quia de Russas (nome da cidade), consi-

    derada um patrimnio do Vale do Jagua-

    ribe, no Cear. Porm, nos ltimos anos,

    essa regio, composta por 21 municpios*

    e com uma populao de cerca de 550 mil

    FORMANDO CUIDADORESDA CASA COMUM

    Iniciativas, desenvolvidas ou apoiadas pela Companhia de Jesus

    no Brasil, promovem a Justia Socioambiental em suas aes

    habitantes**, vem sofrendo com os im-

    pactos socioambientais provocados por

    grandes projetos do Governo Federal e de

    empresas. Um dos exemplos a explo-

    rao comercial da criao de crustceos

    (carcinicultura), como o camaro. Esse

    tipo de atividade uma das causadoras de

    danos ao ecossistema natural por poluir

    as guas e os poos das comunidades em

    seu entorno.

    Segundo o padre Luiz Arajo Gomes

    Pinto Jnior, vigrio paroquial da Pa-

    rquia de Russas, a construo de duas

    grandes barragens (Castanho e Figue-

    redo), a instalao de uma fbrica de ci-

    mento e a expanso do agronegcio, nas

    21Em

    CEAS ELEGE NOVA DIRETORIA E ANUNCIA ANO JUBILAR

    Um encontro entre amigos e parceiros marcou a realiza-o da Assembleia Geral Or-dinria do CEAS (Centro de Estudos

    e Ao Social), localizado em Salva-

    dor (BA), no dia 27 de setembro. Na

    ocasio, foram eleitos os novos inte-

    grantes da sua diretoria para a gesto

    2017-2019, confira: Eliana Rolemberg

    (diretora Administrativa), Daniel Pi-

    colli (Diretoria de Movimentos So-

    ciais) e Adriana Lima (Diretoria de Es-

    tudos e Publicaes). Para o Conselho

    Fiscal foram escolhidos: Clovis Cabral

    (coordenador geral), Iraneidon Santos

    Costa, Luciano Ferreira, Lucyvanda

    Moura, Ubajareida Carvalho e Jovinia-

    no Neto (suplentes).

    Na ocasio, aconteceu a abertura

    do Ano Jubilar, em comemorao aos

    50 anos do CEAS, que ser celebrado

    em setembro de 2017. Com o tema

    Em tempos sombrios tecemos a espe-

    rana. 50 anos do CEAS Reflexo

    crtica, memria e luta popular, o Ju-

    bileu rene uma srie de atividades,

    que tm como proposta celebrar esse

    cinquentenrio por meio de reflexo

    sobre a caminhada do CEAS, lanan-

    do, assim, luzes sobre os prximos

    passos. Confira a programao do

    Ano Jubilar no site do CEAS (ceas.

    com.br) e participe das atividades!

    237 EDIO DA REVISTACADERNOS DO CEAS

    Em 14 outubro, o CEAS lanou a

    237 edio da revista Cadernos do

    CEAS, com o tema Dinmica capi-

    COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA

    Centro de Estudos e Ao Social completar 50 anos em 2017

    talista atual. Na ocasio, o professor

    da Universidade Federal Fluminense

    (UFF), Carlos Walter Porto-Gonalves,

    falou sobre os movimentos sociais no

    atual contexto latino-americano, provo-

    cando o pblico a refl etir sobre poder e

    saber, rompendo com o antropocentris-

    mo que nos orienta e nos habita. A pu-

    blicao est disponvel para download

    no site cadernosdoceas.ucsal.br.

  • 20 Em

    COMPANHIA DE JESUS SERVIO DA F

    RETIRO DO ADVENTO 2016

    Em sintonia com o Jubileu da Mi-sericrdia, convocado pelo Papa Francisco, o padre Lus Renato Carvalho de Oliveira, preparou o mate-

    rial do Retiro do Advento 2016, com o

    objetivo de oferecer um subsdio de pre-

    parao para o Nascimento do Salvador.

    Segundo Pe. Lus Renato, para Jesus, re-

    velar o rosto do Pai como amor e miseri-

    crdia foi o cerne de sua misso. A vida

    de Cristo foi uma eloquente demonstra-

    o da misericrdia divina para com a

    humanidade. O princpio de misericr-

    dia, portanto, o ncleo do Evangelho.

    E a misericrdia o amor em excesso.

    Assim, desejamos viver esse tempo de

    Advento, revela o jesuta.

    Em 2016, o tempo do Advento co-

    mea em 1 dezembro e prolonga-se at

    a tarde do dia 24, data em que se inicia o

    Tempo de Natal. De acordo com o padre

    Lus Renato, podemos distinguir o tem-

    po do Advento em dois perodos:

    No primeiro deles, que se estende

    desde o primeiro domingo do Advento

    at o dia 16 de dezembro, aparece com

    maior relevo o aspecto escatolgico e

    somos orientados espera da vinda de

    Cristo. As leituras da Missa convidam

    a viver a esperana na vinda do Senhor

    em todos os seus aspectos: sua vinda ao

    fi m dos tempos, sua vinda agora, cada

    dia, e sua vinda h dois mil anos.

    No segundo perodo, que abarca

    desde o dia 17 at 24 de dezembro, in-

    clusive, somos orientados mais dire-

    tamente preparao do Natal, pois

    somos convidados a viver com mais

    alegria, porque estamos prximos do

    cumprimento do que Deus prometera.

    Nesse caminho espiritual, esta-

    mos propondo essa experincia di-

    ria de orao, no encontro ntimo

    com o Senhor da vida, a partir dos

    textos bblicos de cada dia ao longo

    do Tempo do Advento/Natal, ressalta

    padre Lus Renato.

    ELEMENTOS BSICOS PARA FAZER O RETIRO

    a. Dedicar-se, trinta minutos, orao pessoal diria.

    b. Rever essa orao durante alguns minutos.

    Faa o download dos materiais do Retiro do Advento 2016 pelo link:

    http://bit.ly/2dfSCyy

    A VIDA DE CRISTO FOI UMA ELOQUENTE DEMONSTRAO DA MISERICRDIA DIVINA PARA COM A HUMANIDADE. [...] ASSIM, DESEJAMOS VIVER ESSE TEMPO DE ADVENTOPadre Lus Renato Carvalho de Oliveira

    13Em 1133EmEmmmEmEmmmmEmEm

    *Dados do site do Governo do Estado do Cear. Informaes acessadas em 20 de outubro de 2016 s 16h, pelolink http://bit.ly/2eax5rB.

    ** Estimativas do IBGE 2016.

    Z Maria do Tom era um lder comu-

    nitrio e ambientalista, que foi assassi-

    nado por denunciar as consequncias da

    utilizao de agrotxicos no Vale do Jagua-

    ribe. Como forma de fazer memria a ele,

    nasceu o Movimento 21 em aluso data

    de sua morte (21 de abril de 2010). Desde

    ento, h cinco anos, o grupo promove a

    Semana Z Maria, que, alm de debates,

    realiza uma romaria, com o com apoio das

    vrias parquias da regio, todos os anos

    na data de sua morte.

    De camisa listrada, o padre Luiz Arajo Gomes Pinto Jnior acompanha a filtragem de leo de cozinha usado, na associao de catadores de materiais reciclveis

    trs ltimas dcadas, tambm vm afe-

    tando o meio ambiente e a populao de

    forma signifi cativa. Alm de todos esses

    desafi os socioambientais trazidos por es-

    ses grandes projetos, existem tambm os

    desafi os da convivncia com o semiri-

    do, devido s secas e suas consequncias,

    o acesso terra e gua de qualidade, a

    sustentao dos assentamentos rurais, o

    fechamento do lixo e a incluso dos ca-

    tadores, destaca o jesuta.

    Assim, inserida nesse contexto, a Pa-

    rquia de Russas viu-se impelida a ajudar

    na transformao dessa realidade, por

    meio da conscientizao ambiental e da

    ao ecolgica. Hoje, poderamos dizer

    que a nossa atuao socioambiental se

    desenvolve em dois eixos: Formao e In-

    cidncia scio-poltica-cultural, explica

    padre Jnior.

    No eixo Formao, so organizadas

    diversas iniciativas como a Semana Z

    Maria, que promove debates sobre o uso

    de agrotxicos, a expanso do agroneg-

    cio, entre outros temas. H tambm os

    Encontros Regionais do frum de convi-

    vncia com o semirido, com temticas

    sobre segurana alimentar, sementes

    crioulas e transgnicas, tecnologias so-

    ciais, etc. Alm disso, a Parquia de Rus-

    sas ajuda na articulao dos catadores,

    por meio de reunies mensais e inter-

    cmbios com outros grupos. Na comuni-

    dade, so promovidos ainda encontros de

    formao, que discutem documentos da

    Igreja, como a Encclica Laudato Si, e ca-

    pacitao de lderes pastorais.

    No eixo Incidncia scio-poltica-

    -cultural, o jesuta destaca o trabalho

    junto aos catadores de materiais recicl-

    veis, realizado em parceria com a Critas

    Diocesana. O objetivo incidir nas pol-

    ticas pblicas por meio do dilogo com

    o poder pblico, levando pautas como

    o fechamento do lixo do bairro Alto de

    So Joo, em cumprimento Poltica

    Nacional de Resduos Slidos. A articu-

    lao junto sociedade civil para o apoio

    e acompanhamento na organizao dos

    catadores tambm uma das frentes de

    atuao desse trabalho.

    O resultado dessa articulao e da

    conscincia ambiental podem ser perce-

    bidas em conquistas concretas. Hoje, so

    realizadas diversas aes como a coletiva

    seletiva, que acontece duas vezes por se-

    mana, a campanha de coleta de leos e

    gorduras residuais, em conjunto com a

    Petrobras, alm do desenvolvimento de

    atividades no bairro Alto de So Joo, em

    parceria com o INEC (Instituto Nordeste

  • 14 Em14 EmEmEmmmEm

    ESPECIALESPECIAL

    Cidadania), diz padre Jnior.

    O jesuta conta que, em 2012, foi or-

    ganizado a I Marcha dos Catadores no

    municpio e que, por meio da presso po-

    pular, foi promulgada uma lei municipal

    que concretizou o convnio com a Asca-

    marru (Associao dos Catadores e Cata-

    doras de Materiais Reciclveis de Russas).

    Agora, a Prefeitura de Russas arca com as

    despesas de um galpo do grupo e com a

    coleta seletiva, explica ele.

    Por meio desse trabalho, a Parquia

    de Russas mostra que pessoas engajadas

    podem transformar realidades e o pri-

    meiro passo a conscientizao. A partir

    da conscincia ambiental possvel culti-

    var uma sociedade mais responsvel com

    a justia socioambiental. Para isso, ne-

    cessrio promover o conhecimento sobre

    a importncia da sustentabilidade.

    Em So Leopoldo (RS), o PASEC (Pro-

    grama de Ao Socioeducativa na Comu-

    nidade), do Centro de Cidadania e Ao

    Social da Unisinos (CCIAS), desenvolve

    um interessante trabalho nesse sentido.

    o Projeto Horta Me-da-Terra: Educao

    Ambiental e Cidadania, do qual partici-

    pam crianas e adolescentes com idades

    entre 6 e 15 anos.

    O intuito da iniciativa formar cida-

    dos com pensamento crtico e social,

    ou seja, pessoas capazes de analisar e

    agir no mundo e em suas complexas

    relaes entre processos naturais e so-

    ciais. Aqui, so desenvolvidas ativida-

    des estimuladoras do cuidado com o

    preparo do solo, produo de hortalias

    e plantas medicinais, manuteno de

    canteiros e colheita. Alm disso, so

    realizados mutires ecolgicos, recupe-

    rando reas de nascentes com o plantio

    de rvores nativas, explica Gelson Luiz

    Fiorentin, bilogo e coordenador do PA-

    SEC. Segundo ele, a horta um espao de

    dilogo, de convivncia e de produo

    de alimentos saudveis. Esse projeto

    uma ferramenta pedaggica que pode

    transformar homens comuns em ver-

    dadeiros sujeitos ecolgicos, ressalta.

    A equipe do PASEC constituda por

    professores, tcnicos e alunos das reas

    de Biologia, Nutrio, Psicologia e Ser-

    O logo do OLMA parte de uma

    refl exo do smbolo dos jesutas, o

    sol. E, desse modo, rel por meio da

    disperso de crculos concntricos

    que irradiam a luz e o movimento de

    incluso para o espao, reverberando

    o sentido ptico dos tons mais claros

    aos mais escuros. A letra utilizada

    tem um desenho de economia visu-

    al para manter a clareza na leitura e

    associar a importncia ao smbolo e

    nome da marca.

    vio Social. Alm desses atores, a ini-

    ciativa conta com o apoio de parceiros

    como organizaes governamentais e

    no governamentais. O espao da horta

    possibilita, alm da produo de horta-

    lias, oportunidades para intercmbio

    de informaes entre os participantes e

    a equipe tcnica do PASEC. O trabalhar

    com a terra gera um momento de troca

    de energia positiva, afi rma Daiani Fra-

    porti dos Santos, biloga do PASEC.

    Para ela, produzir o prprio alimento

    um diferencial para crianas e adoles-

    centes. Trata-se de incluso. importan-

    te salientar que ao longo do ano tambm

    so ofertadas ofi cinas para os pais dos

    participantes do projeto. Assim, alm da

    produo de alimentos orgnicos, o pro-

    jeto permite a divulgao de vrias tcni-

    cas para utilizao racional dos recursos

    naturais. Por exemplo, armazenamento

    da gua da chuva para irrigao e apro-

    veitamento dos resduos para produo

    de compostos orgnicos, explica Santos.

    O Projeto Horta Me-da-Terra atua

    por meio da prtica pedaggica trans-

    versal e multidisciplinar, promovendo

    a educao integral das crianas e dos

    adolescentes. A partir de refl exes e ex-

    perincias, a iniciativa contribui para a

    formao de um sujeito ecolgico, capaz

    de compreender o mundo e agir nele de

    forma crtica, acredita Fiorentin.

    Essas so apenas duas de dezenas

    de iniciativas, promovidas ou apoiadas

    pela Companhia de Jesus no Brasil, que

    cultivam em sua essncia a justia so-

    cioambiental. Hoje, elas j existem e,

    em menores ou maiores propores,

    promovem a reconciliao das pes-

    soas com a criao, com a nossa casa

    comum, como diz o Papa Francisco na

    encclica Laudato Si. Com o intuito de

    articular essas propostas, a Provncia

    dos Jesutas do Brasil (BRA) criou o Ob-

    servatrio Nacional de Justia Socio-

    ambiental Luciano Mendes de Almeida

    (OLMA), apresentado em setembro.

    ATUANDO EM REDE

    Criado pela Provncia BRA para ob-

    servar em profundidade as grandes

    questes emergentes da realidade, o

    Observatrio Nacional de Justia Socio-

    ambiental Luciano Mendes de Almeida

    nasce como um ncleo organizador de

    instituies e iniciativas jesutas que

    tm como foco temticas comuns liga-

    das promoo da justia socioambien-

    tal. O OLMA funcionar em rede, envol-

    vendo o mximo possvel de antenas

    presentes em nossos Centros Sociais,

    Universidades, ou seja, em todas as nos-

    sas obras. Eu acredito muito na poten-

    cialidade desta iniciativa, ressalta padre

    Jos Ivo Follmann, secretrio para a Jus-

    tia Socioambiental da Provncia BRA.

    A proposta do OLMA desenvolver

    aes de documentao, sistematizao,

    refl exo, formao e articulao, colocan-

    do em sinergia todo o potencial acumula-

    19Em

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA CPAL

    ENFRENTAMENTO DO TRFICO HUMANO

    ASSEMBLEIA DA FLACSI

    ENCONTRO DA TEOLOGIA NDIA

    Em continuidade ao dilogo ini-ciado em 2015 com os Reitores da Federao Latino-americana dos Colgios da Companhia de Jesus

    (FLACSI), em Bogot (Colmbia), padre

    Alfredo Ferro, coordenador do Projeto

    PAM SJ (Projeto Pan-Amaznico), teve a

    oportunidade de participar do encontro

    dos coordenadores de Pastoral dessas

    De 4 a 12 de setembro, foram re-alizadas vrias atividades nos municpios da trplice fronteira (Brasil-Peru-Colmbia) relacionadas

    sensibilizao e preveno ao trfi co hu-

    mano, que atinge os mais vulnerveis em

    seus diferentes aspectos.

    No sbado, dia 10, aconteceu o Semi-

    nrio da Rede de Enfrentamento do Trfi -

    co Humano, no Centro de Formao Frei

    Ciro, em Tabatinga (AM), com a participa-

    o de mais de 60 pessoas, representantes

    O VIII Encontro Continental de Teologia ndia, realizado em Pa-najachel (Guatemala), entre 26 e 30 de setembro, contou com a presena

    do padre Valerio Sartor, alm de cerca

    de 240 participantes, entre indgenas,

    leigos, religiosos e sacerdotes, vindos de

    diversos pases latino-americanos.

    Com o tema A Palavra de Deus na

    palavra dos povos indgenas, o evento

    foi um momento muito bonito de re-

    fl exo sobre a sabedoria teolgica exis-

    tente nos povos indgenas e de percep-

    o da manifestao de Deus ao longo

    da histria e da vida desses povos. Fo-

    ram abordadas ainda as diferentes ma-

    neiras como esses povos expressam a

    presena de Deus por meio da simbo-

    logia, dos mitos, das danas e da rela-

    o com a natureza.

    Para o Projeto PAM SJ, importante

    a participao nesses espaos, pois eles

    ajudam a conhecer e a compreender

    melhor a cosmoviso dos povos ind-

    genas, bem como entender sua relao

    com a espiritualidade inaciana.

    instituies, realizado em setembro,

    na Cidade do Panam. Nesse evento, o

    jesuta apresentou o Projeto PAM SJ e a

    proposta que vem sendo tratada com os

    respectivos diretores da FLACSI, visan-

    do sensibilizar os alunos sobre a reali-

    dade socioambiental e, principalmente,

    sobre a importncia da Amaznia para

    o futuro do nosso planeta.

    dos trs pases da fronteira. O objetivo do evento foi discutir a temtica e planejar

    atividades da Rede, como compromisso de todos que participam dela.

    Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Mensal n 30 Setembro 2016 - Acesse o link (http://bit.ly/2eEQp0W) do Portal Jesutas

    Brasil e faa o download das edies completas da Pan-Amaznia SJ Carta Mensal.

  • 18 Em

    A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CRIA GERAL

    PE. ARTURO SOSA, 31 SUPERIOR GERAL DA COMPANHIA DE JESUS

    A 36 Congregao Geral, realizada em Roma (Itlia), elegeu o padre Arturo Sosa Abascal, da Provn-cia da Venezuela, como o novo Superior

    Geral da Companhia de Jesus. Assim, ao

    substituir o padre Adolfo Nicols, que

    renunciou funo, o jesuta torna-se o

    31 sucessor de Santo Incia frente da

    Ordem religiosa. Ao todo, participaram

    da eleio 215 delegados, representando

    77 provncias do mundo.

    Padre Arturo Sosa nasceu em Caracas

    (Venezuela), em 12 de novembro de 1948.

    licenciado em Filosofi a pela Universi-

    dade Catlica Andrs Bello (1972) e doutor

    em Cincias Polticas pela Universidade

    Central de Venezuela. Fala espanhol, ita-

    liano e ingls, e compreende francs.

    Na 35 Congregao Geral, celebrada

    em 2008, foi escolhido pelo Padre Geral

    Adolfo Nicols como Conselheiro Ge-

    ral. E, em 2014, incorporou-se Cria da

    Companhia de Jesus, em Roma, como

    delegado para a Cria e as casas e obras

    interprovinciais da Companhia de Jesus

    em Roma. Trata-se de instituies que

    dependem diretamente do Padre Geral

    dos Jesutas e para as quais nomeia um

    delegado. Entre elas, encontram-se, alm

    da Cria Geral, a Pontifcia Universidade

    Gregoriana, o Pontifcio Instituto Bblico,

    o Pontifcio Instituto Oriental, o Observa-

    trio Vaticano, bem como diversos Col-

    gios Internacionais e Residncias.

    Entre 1996 e 2004, foi Superior Pro-

    vincial dos Jesutas da Venezuela. Ante-

    riormente, havia sido coordenador do

    apostolado social e diretor do Centro Gu-

    milla, um centro de pesquisa e ao social

    dos Jesutas naquele pas.

    O padre Arturo Sosa conta com uma

    longa trajetria de dedicao docn-

    cia e pesquisa. Desempenhou diver-

    sos cargos e funes no campo uni-

    versitrio. Foi professor e membro do

    Conselho Fundacional da Universidade

    Catlica Andrs Bello e Reitor da Uni-

    versidade Catlica de Tchira durante

    10 anos. De modo particular, dedicou-

    -se pesquisa e docncia no campo

    das Cincias Polticas, em diferentes

    centros e instituies, como a ctedra

    de Teoria Poltica Contempornea e a

    Ctedra Mudana Social da Venezuela,

    na Escola de Cincias Sociais. Foi pes-

    quisador no Instituto de Estudos Polti-

    cos da Faculdade de Cincias Polticas

    da Universidade Central da Venezuela

    e, na mesma instituio, professor da

    Escola de Estudos Polticos , na Ctedra

    de Histria das Ideias Polticas daquele

    pas. Em 2004, foi professor convidado

    pelo Centro para Estudos da Amrica

    Latina da Georgetown University, nos

    Estados Unidos, e professor da Ctedra

    de Pensamento Poltico Venezuelano,

    na Universidade de Tchira, na Vene-

    zuela. Publicou diversas obras, espe-

    cialmente sobre histria e poltica ve-

    nezuelana.

    PRIMEIRA HOMILIA

    Padre Arturo Sosa celebrou sua pri-

    meira homilia como Padre Geral na Igreja

    de Ges, em Roma (Itlia), onde encon-

    tram-se os restos mortais de Santo Incio

    e Pedro Arrupe. Durante a celebrao, o

    jesuta ressaltou que a audcia necess-

    ria para servir misso de Jesus Cristo

    s pode nascer da f e pediu: Como In-

    cio e os primeiros companheiros, como

    muitos de nossos irmos que lutaram e

    lutam sob o estandarte da cruz, servindo

    somente ao Senhor e sua Igreja, quere-

    mos tambm contribuir para o que hoje

    parece impossvel: uma humanidade re-

    conciliada na justia, que vive em paz em

    uma casa comum bem cuidada, onde h

    lugar para todos, porque nos reconhece-

    mos como irmos e irms, fi lhos e fi lhas

    do mesmo e nico Pai.

    Ainda na homilia, padre Arturo Sosa

    destacou que preciso pensar, com cria-

    tividade, maneiras mais efi cazes de servir

    a Cristo, compreendendo o tempo da his-

    tria humana em que vivemos, e contri-

    buir na busca de alternativas para superar

    a pobreza, a desigualdade e a opresso.

    Fonte: sites gc36.org e Centro Loyola de

    F e Cultura/PUC-Rio

    Padre Adolfo Nicols ( esq) cumprimenta o novo Superior Geral da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa

    FOTO

    : WW

    W.G

    C36.

    ORG

    15Em 1155EmEmmmEmEmmmmmEmEm

    O Marco de Orientao da Pro-

    moo da Justia Socioambiental

    fundamental para termos, em todas

    as nossas obras, um direcionamento

    comum em nossas buscas de exce-

    lncia, inovao e compromisso so-

    cioambiental, explica padre Jos Ivo

    Follmann, secretrio para a Justia

    Socioambiental da Provncia BRA.

    O documento, apresentado no 2

    semestre de 2016, tem como intuito

    ser horizonte iluminador e de refe-

    rncias para todas as obras jesutas. A

    Provncia dos Jesutas do Brasil (BRA)

    formada por diferentes frentes de

    presenas apostlicas e esse docu-

    mento dirige-se a todas essas frentes,

    de forma igual, afi rma o jesuta.

    O Marco resultado de longo

    processo de reunies, que envolveu

    diversas instncias da Companhia

    de Jesus no perodo de constituio

    da Provncia BRA, alm de encontros

    do Frum Permanente de Interlocu-

    o sobre a Justia Socioambiental,

    O MARCO DA JUSTIA SOCIOAMBIENTAL

    realizados em 2015. O documento

    foi elaborado com base nas reflexes

    que emanaram dessas conversas e que

    culminaram na realizao do Semin-

    rio-Oficina de Braslia, que aconteceu

    em outubro de 2015, ressalta padre

    Jos Ivo.

    Uma das questes abordadas no

    Marco o trabalho em rede. O intuito

    que, cada vez mais, as obras jesutas

    possam atuar em colaborao entre si

    e com outros atores tambm. A cul-

    tura de rede, ao mesmo tempo em que

    passa a ser requisito chave de poten-

    cializao de nossas aes, , tam-

    bm, oportunidade importante para

    estarmos atentos s potencialidades

    dos outros, afirma o documento (p.

    5). Em outro trecho, a importncia

    do cultivo dessa cultura ressalta-

    da: A cultura de rede tambm exige

    estarmos muito atentos ao que vem

    sendo realizado pelos outros para no

    desperdiar energias em aes incon-

    sequentes e replicadoras, duplicando

    esforos (p. 6).

    Segundo padre Jos Ivo, futura-

    mente ser realizado um trabalho

    junto aos responsveis das obras

    ou redes da Companhia de Jesus.

    Vamos estudar formas de criar res-

    sonncias pertinentes das orienta-

    es do Marco dentro de cada obra

    ou rede. O Marco j est disponvel

    no Portal Jesutas Brasil, em breve

    tambm haver uma publicao im-

    pressa, editada pela editora Edies

    Loyola, na qual o documento ser

    enriquecido com uma Introduo

    Histria Social da Companhia de Je-

    sus no Brasil. O Marco tambm ser

    contedo para seminrios de capaci-

    tao, conclui o jesuta.

    do nas obras jesutas, buscando tambm

    uma interlocuo contnua com os diver-

    sos atores dentro e fora da Igreja.

    O Observatrio atuar em parceria

    com outras instituies e seu escritrio

    est alocado em Braslia, dentro do CCB

    (Centro Cultural de Braslia). O Observa-

    trio no atuar exclusivamente no Dis-

    trito Federal, pois trata-se de uma insti-

    tuio em rede. Porm, a coordenao

    das atividades do OLMA ser realizada a

    partir do escritrio dessa central, que a

    base da articulao e da intermediao

    das aes e na Incidncia de toda Rede,

    esclarece Luiz Felipe Barboza Lacerda,

    secretrio executivo do Observatrio

    Nacional de Justia Socioambiental Lu-

    ciano Mendes de Almeida.

    Segundo Lacerda, a estrutura orga-

    nizacional do OLMA conta com uma co-

    ordenao executiva composta por um

    secretrio executivo e um coordenador

    local, em Braslia (DF), e um coordenador

    nacional, alm de um Conselho de Co-

    ordenao, no qual todas as instituies

    de base da Companhia de Jesus no Brasil

    possuem assento.

    Assim, o OLMA nasce inspirado em

    trs importantes documentos, que cons-

    tituem seus marcos orientadores:

    Encclica Laudato Si.

    Plano Apostlico da Provncia dos Jesu-

    tas do Brasil BRA.

    Marco de Orientao da Promoo da

    Justia Socioambiental da Provncia dos

    Jesutas do Brasil BRA.

    Na Encclica Laudato Si, o Papa

    Francisco apresentou a todos ns o pa-

    radigma da Ecologia Integral, que en-

    volve as dimenses humanas e sociais.

    Assim, o horizonte dessa ecologia a

    sociedade sustentvel, por meio da

    promoo da superao do abismo das

    desigualdades e do cuidado ambiental.

    O Plano Apostlico da Provncia BRA

    faz essa mesma refl exo ao escolher

    a Superao do abismo da desigualdade

    socioeconmica e suas graves implica-

    es sociais, culturais e ambientais como

    uma de suas preferncias apostlicas.

    E, para fortalecer ainda mais essa atu-

    ao, surge o Marco de Orientao da

    Justia Socioambiental, instrumento

    de trabalho que guiar as aes apost-

    licas da Provncia BRA no horizonte da

    dimenso da Justia Socioambiental

    [leia mais abaixo].

    Faa o download do Marco

    de Orientao da Promoo da

    Justia Socioambiental, no link:

    http://bit.ly/2ew16iD

  • 16 Em16

    ESPECIAL

    16 16 166 EmmmmmEmEmEEmmmEmEmmmmmEEEEEEmmmmmmmmmmmmmmmEEEmEmEmEmEm

    ESPECIALESPECIAL

    Dessa forma, baseado nesses trs do-

    cumentos, o OLMA traz como misso ser

    um servio em rede de informaes, an-

    lises, aes educadoras e incidncia na

    realidade brasileira em vista da promoo

    da justia socioambiental. Tendo como

    foco central a misso da Companhia de

    Jesus e da Provncia dos Jesutas do Brasil,

    o Observatrio Nacional de Justia Socio-

    ambiental Luciano Mendes de Almeida

    se orientar pelos princpios cristos da

    Ordem religiosa e pela defesa do esprito

    republicano e do Estado Democrtico de

    Direito, com perspectivas na superao do

    abismo das desigualdades e ateno para

    com a Amaznia, visando uma sociedade

    mais sustentvel.

    O nome do Observatrio uma home-

    nagem a dom Luciano Mendes de Almei-

    da, conhecido como defensor dos direitos

    humanos e cuidadoso para com os pobres.

    O OLMA se inspira e presta tributo, em seu

    nome, a um homem santo, uma referncia

    de entrega e entusiasmo na construo de

    um mundo mais justo e humano, dom Lu-

    ciano, um jesuta, cone da Igreja e da hist-

    ria recente do Brasil, afi rma padre Jos Ivo.

    NOSSOS APOSTOLADOS E A JUSTIASOCIOAMBIENTAL

    A desigualdade social est intima-

    mente conectada com as agresses que

    o meio ambiente sofre. Por isso, o culti-

    vo da ecologia integral necessrio para

    conquistarmos um mundo mais justo. Na

    encclica Laudato Si, o Papa Francisco faz

    um convite humanidade, um chamado

    para pararmos e pensarmos no impacto de

    nossas aes no planeta, para refl etirmos

    sobre formas de dilogo que contribuem

    para novas maneiras de cuidarmos de nos-

    sa casa comum.

    Na Companhia de Jesus, o Servio da F

    e a Promoo da Justia esto intimamen-

    te conectados e contemplam o conceito de

    ecologia integral. Para o padre Jos Ivo, a

    Promoo da Justia colocada como con-

    dio para o Servio da F ser autntico. O

    termo justia no lxico da Companhia de

    Jesus associado com reconciliao. Essa

    reconciliao deve-se dar em todos os n-

    acontece de forma transversal, ou seja,

    perpassando diversas obras e presenas

    apostlicas da Companhia de Jesus no

    Brasil e no mundo. O Marco de Orientao

    da Promoo da Justia Socioambiental da

    Provncia BRA aposta nessa transversali-

    dade para vencer os desafi os, que hoje so

    mais latentes em nossa sociedade.

    Santo Incio de Loyola ensina aos

    exercitantes, por meio do Princpio e Fun-

    damento, porta de entrada dos Exerccios

    Espirituais, que devemos sentir as marcas

    do amor de Deus por ns. A Criao uma

    dessas marcas, o cuidado com o meio am-

    biente e com as pessoas deve ser um dos

    princpios que orienta a vida do cristo. A

    espiritualidade d a base para a compre-

    enso do papel do homem e da mulher

    no mundo. O padre Jonas Elias Caprini,

    secretrio para Juventude e Vocaes da

    Provncia BRA e coordenador do Programa

    MAGIS Brasil, acredita que, na atualidade,

    no podemos viver a f sem a responsabi-

    lidade socioambiental.

    Para ajudar os jovens a compreender

    seu papel no mundo, a conscientizao

    socioambiental essencial. Por isso, na

    atuao com a juventude, essa uma pau-

    ta constante. Hoje, no trabalho com os

    jovens, buscamos criar uma cultura atenta

    ao cuidado com a casa comum. O MAGIS

    Brasil traz, em um de seus eixos de misso,

    a preocupao e a motivao de viver a f

    enraizada no compromisso e na sensibi-

    lidade socioambiental, ressalta o jesuta.

    Dessa forma, o Programa assumiu cin-

    co eixos centrais em sua proposta de atua-

    o com a juventude, dentre eles h o eixo

    Socioambiental, que acredita ser possvel,

    veis de relaes, acredita. Assim, essa re-

    conciliao com a criao fundamental

    e defi nir como este mundo se sustentar

    no futuro.

    Segundo o jesuta, as aes de Promo-

    o da Justia Socioambiental abarcam trs

    grandes nveis ou esferas da ao humana:

    As aes justas que so cultivadas

    e fundamentadas no reconhecimento

    dos seres humanos em sua dignidade,

    independente de raa, religio, cultura

    ou prestgio social, e que promovem um

    dilogo intercultural e inter-religioso e a

    reeducao das relaes tnico-raciais, de-

    nunciando as discriminaes contra ne-

    gros, indgenas e outros segmentos social

    e culturalmente estereotipados.

    Aes justas que refl etem em si um es-

    foro sincero e permanente por encontrar

    formas de superao das desigualdades,

    de erradicao das excluses, da misria e

    da pobreza, passando pelo cuidado com

    as polticas pblicas de assistncia social,

    sade, educao, assim como, pelas pol-

    ticas da terra e do trabalho, com ateno

    permanente aos indivduos e grupos mais

    desprotegidos.

    Aes justas que espelham um com-

    promisso duradouro no cuidado com

    o meio ambiente e os bens da criao,

    revelando cuidado com a vida em toda

    sua diversidade e com a conservao, pre-

    servao e cultivo do nosso ecossistema.

    Em suma, ser justo signifi ca empenhar-

    -se pela vida em todos os seus sentidos.

    Podemos chamar isto de prtica de justia

    socioambiental, afi rma padre Jos Ivo.

    Nos ltimos tempos, tem-se observa-

    do que a prtica da justia socioambiental

    17Em 177 117 17117EmEmmmmmmEmEmEmEmmmmEmEmmmmmmmEEEmEEEEEmmmmmmmmmmmmmEEEmEEmEmEEmEmEm

    Em sua 15 Edio (Junho/2015), o Informativo Em Companhia

    abordou a importncia desse do-

    cumento para a Companhia de

    Jesus. Acesse a publicao em

    issuu.com/noticiassj.

    a partir da sensibilidade das novas gera-

    es, construir novas formas de relao

    com o ambiente. Acreditamos que os jo-

    vens podem nos desafi ar na mudana de

    prticas pessoais e institucionais, acredita

    padre Jonas.

    No eixo Socioambiental do Programa

    MAGIS Brasil destacam-se trs dimenses

    programticas: Conhecer, Formar e Mu-

    dar. Na primeira, a prioridade estudar as

    problemticas ambientais, em especial as

    relacionadas Amaznia, e suas implica-

    es na vida das pessoas, principalmente

    dos jovens. Na segunda, a misso formar

    para a conscincia ambiental, favorecen-

    do experincias locais que comuniquem

    o compromisso de Deus com sua criao

    e com os mais pobres. Na terceira e ltima,

    incidir concretamente no modo de viver

    das novas geraes, em especial, confi r-

    mando o fortalecimento de uma nova

    conscincia ambiental.

    Para o padre Mrio Sndermann, de-

    legado para Educao Bsica da Provncia

    BRA, a temtica socioambiental requer um

    olhar ainda mais especial no mbito edu-

    cacional. O tema j abordado no currcu-

    lo, mas muitas vezes aparece desconectado

    de aes concretas e de incidncia social.

    Nas escolas e colgios da RJE (Rede Jesuta

    de Educao), e de acordo com as provoca-

    es do PEC (Projeto Educativo Comum),

    urge repensar esse currculo, considerando

    uma atuao mais efetiva e transformado-

    ra, a partir de estratgias de conscincia e

    consumo sustentvel, acredita.

    Atualmente, as instituies jesutas de

    ensino so as que mais possuem iniciati-

    vas voltadas para a preservao do meio

    ambiente. Ainda h muitos desafi os, mas

    os primeiros passos j foram dados.

    possvel avanarmos mais em compro-

    missos concretos como o endereamento

    correto dos resduos, no cuidado com o

    consumo de energia e gua, na captao

    da gua da chuva e de energia solar, ou

    seja, provocar alunos e educadores para

    que cuidem mais da casa comum, ressalta

    padre Mrio.

    Em Curitiba (PR), o Colgio Medianei-

    ra est com um interessante projeto em

    andamento. A iniciativa Abra seus olhos e

    veja coisas novas, criada em consonncia

    com a Companhia de Jesus para repensar

    questes socioambientais. A campanha

    envolve toda a comunidade educativa da

    instituio e busca promover a conscien-

    tizao ambiental, por meio de gincanas

    para arrecadar material reciclvel, coleta

    seletiva, dia do traga sua caneca, visando

    a no utilizao de copos descartveis, etc.

    Essas so algumas das aes que tm con-

    quistado resultados concretos na busca

    pela justia socioambiental.

    A Companhia nos orienta e insiste

    de diferentes formas que as presenas

    apostlicas, especialmente as educativas,

    cuidem de educar para um estilo de vida

    que garanta a sustentabilidade do planeta.

    Iniciativas como a do Colgio Medianeira e

    de outras instituies da RJE, enriquecem

    nossa perspectiva de um futuro melhor,

    afi rma padre Mrio.

    O jesuta ressalta tambm a impor-

    tncia do documento Curar um Mundo

    Ferido: Relatrio Especial sobre Ecologia

    (Revista Promotio Iustitiae, 2011) sobre a te-

    mtica socioambiental. Seu contedo traz

    observaes e orientaes bem especfi cas

    e que merecem um estudo e um olhar mais

    apurados sobre a questo. A problematiza-

    o das questes ecolgicas na proposta

    curricular deve fazer parte da rotina diria

    de nossas escolas e colgios, conclui.

    Em busca da justia socioambiental,

    a Companhia de Jesus e suas obras deram

    importantes passos nos ltimos anos. H

    ainda muitos desafi os, mas h tambm

    muita coragem e disposio para venc-

    -los. A Parquia de Russas mostrou que

    possvel transformar a realidade de uma

    comunidade incidindo positivamente e

    por meio da conscientizao. O projeto

    Horta Me-da-Terra, do PASEC, desenvolve

    um signifi cativo trabalho na formao de

    crianas e adolescentes que sero os agen-

    tes ecolgicos do futuro. Nos apostolados

    educacional e de juventude, nutrimos a

    esperana de que a atual e as novas gera-

    es compartilharo de uma conscincia

    ambiental mais ampla. Hoje, a Provncia

    BRA d um importante salto com o lan-

    amento do Marco de Orientao da Pro-

    moo da Justia Socioambiental, que j

    resultou em uma importante conquista: a

    inaugurao do Observatrio Nacional de

    Justia Socioambiental Luciano Mendes

    de Almeida.

    Todas essas atividades e conquistas

    sempre caminham entre luzes e sombras,

    avanos e retrocessos, nadando contra a

    corrente do grande capital avassalador,

    das insensibilidades com o social e de ten-

    dncias individualistas, sempre contando

    com poucas pessoas e equipes. Porm, no

    fi m de tudo, podemos ver que possvel

    realizar algo e deixar algo de concreto

    para as pessoas e o meio ambiente. Dei-

    xar, especialmente, sinais de esperan-

    a, fi naliza padre Jnior, vigrio paro-

    quial da Parquia de Russas.

    A COMPANHIA NOS ORIENTA E INSISTE DE DIFERENTES FORMAS QUE AS PRESENAS APOSTLICAS, ESPECIALMENTE AS EDUCATIVAS, CUIDEM DE EDUCAR PARA UM ESTILO DE VIDA QUE GARANTA A SUSTENTABILIDADE DO PLANETA.Padre Mrio Sndermann