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APRESENTAÇÃO
O final de 2018 é um momento especial para todos que fazem a saúde pública de Pernambuco, porque representa o fechamento de quatro anos de uma gestão marcada pelo trabalho árduo e extrema dedicação frente a um dos períodos mais difíceis da história do Brasil. Mesmo diante de uma gravíssima crise econômica, que acentuou o subfinanciamento crônico do setor por parte do Governo Federal, os esforços de Pernambuco não só garantiram a manutenção de todas as unidades e programas da rede estadual, na contramão do que foi observado no restante do país, como ampliaram o acesso da população aos serviços de saúde e possibilitaram o enfrentamento de novos desafios, colocando o Estado como referência nacional do setor.
Os dados obtidos no período provam isso. O número de procedimentos na rede de saúde do Estado teve um aumento de 20% no período entre 2015 e 2017. Além disso, nestes quatro anos, o Governo de Pernambuco realizou a maior contratação de profissionais de saúde em toda sua história, com a convocação de mais de 6,4 mil concursados de todas as áreas. Tudo isso também teve impacto na melhoria da assistência à saúde e Pernambuco conseguiu reduzir, em 2017, a taxa de mortalidade infantil em 35,1%, atingindo o patamar de 13,7 - o menor de toda série histórica.
O Estado também teve destaque na saúde pública mundial ao ser pioneiro na notificação e acompanhamento dos casos da Síndrome Congênita do Zika Vírus. Neste novo capítulo que o Brasil está escrevendo na história da medicina, Pernambuco foi responsável pela criação de um protocolo de atendimento que se tornou modelo para outros Estados e países e conseguiu ampliar a rede de assistência a estas crianças de forma regionalizada e sustentada, encurtando as distâncias e diminuindo as dificuldades das famílias.
A priorização da saúde pública ainda colocou Pernambuco na dianteira do Nordeste com relação aos investimentos próprios na área. Nos últimos anos, o Estado vem cumprindo com folga a legislação (Emenda Constitucional 29), que regulamenta que os Estados devem investir por ano, no mínimo, 12% da receita corrente líquida dos impostos no setor. Pernambuco destina, desde 2015, em média, 15,7%.
Resumir o enorme volume de informações e ações da pasta da Saúde é a difícil missão desta publicação. O objetivo é tornar público e compilar projetos e dados estratégicos em um produto de fácil consulta e de formato direto. Todos que fazem a Secretaria Estadual de Saúde estão amplamente representados nos bons indicadores e avanços destacados.
Apresentação............................................................................03Emenda 29................................................................................07Seleções e Concursos.....................................................................08ESPPE.......................................................................................10Programas de Residência........................................................11FormaSUS.................................................................................12Hospital Geral do Sertão.........................................................13Ampliação de Atendimento.....................................................14UPAE.........................................................................................16UPA.............................................................................................17Novo Modelo de Gestão...........................................................18Hospital São Sebastião............................................................19Hospital Mestre Vitalino...........................................................20Interiorização da Oncologia....................................................21Rede de Atendimento..............................................................22Hospital Getúlio Vargas...........................................................24Tomógrafo.................................................................................24Proadi-SUS...............................................................................25Urgência e Emergência..........................................................25Doenças Raras.........................................................................26Síndrome Congênita do Zika Vírus........................................28 Arboviroses..............................................................................30Mortalidade Infantil e Materna...............................................33Mãe Coruja...............................................................................36Central de Transplantes.........................................................38Programa de Imunização.......................................................39Lafepe.......................................................................................40Farmácia de Pernambuco.........................................................41Hemope....................................................................................42
INDICE
Operação Prontidão..................................................................43Regionais de Saúde....................................................................44Economia da Saúde..................................................................45Telessaúde.................................................................................45Atenção Primária......................................................................46Boa Visão...................................................................................47Saúde Mental.............................................................................48Comitê de Equidade..................................................................49Sistema Prisional.....................................................................49População LGBT.........................................................................50IST/Aids......................................................................................51Sanar...........................................................................................52Esporotricose.............................................................................53Saúde do Trabalhador...............................................................54Lacen..........................................................................................55Cievs...........................................................................................56Apevisa......................................................................................57Lei Seca / Cepam.....................................................................58Comunicação............................................................................60Ouvidoria...................................................................................62Expediente................................................................................63
07
PERNAMBUCO É O PRIMEIRO DO NORDESTEEM INVESTIMENTOS NA SAÚDE
Área prioritária do Governo do Estado, a saúde ocupa lugar de destaque desde o início da gestão, cumprindo com folga as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. Pernambuco é o estado do Nordeste com maior investimento no setor desde o início da gestão do governador Paulo Câmara. De 2015 a 2017, o Governo repassou um total de R$ 13,7 bilhões para a saúde, sendo R$ 8,9 bilhões (64,9%) de recursos do tesouro estadual. A Emenda Constitucional 29 regulamenta que os Estados devem investir por ano, no mínimo, 12% da receita corrente líquida
dos impostos no setor. Pernambuco destina, desde 2015, em média, 15,7%.
Os crescentes investimentos do Governo do Estado na saúde foram fundamentais para a ampliação e descentralização da assistência em todo o território pernambucano, levando um serviço de melhor qualidade à população. O modelo adotado pelo Governo de Pernambuco vem servindo de exemplo para os demais entes da região.
ORIGEM DOS INVESTIMENTOS - Nos últimos anos, a participação do tesouro estadual na saúde pública de Pernambuco vem aumentando consideravelmente, ao mesmo tempo em que ocorreu uma dramática redução da participação federal. Em 2008, o Ministério da Saúde era responsável por 47% do custeio público com saúde na rede estadual, enquanto o Governo do Estado bancava 53%. Hoje, mesmo após a grande ampliação na rede de assistência, a participação do Governo Federal caiu para apenas 33% e a do Estado, que tem menor arrecadação, cresceu para 67%.
2011
15,7 15,54 14,96 16,58 16,23 15,00 16,35 15,79
15,6 14,15 14,54 14,30 15,20 14,38 13,01 14,45
12,2 12,45 12,43 13,62 13,49 12,37 12,31 12,70
12,0 13,45 13,66 13,69 13,00 12,51 13,58 13,13
9,9 11,64 12,74 13,39 13,52 12,31 12,45 12,28
11,9 12,06 12,11 12,06 12,95 12,19 12,34 12,23
15,5 13,77 13,83 15,76 14,25 13,90 14,30 14,47
12,7 12,77 12,93 12,72 12,40 12,15 12,10 12,54
13,4 12,19 12,02 12,94 12,45 12,26 13,35 12,66
PERNAMBUCO
RIO GRANDE DO NORTE
PIAUÍ
ALAGOAS
2012 2013 20162014 20172015 Média2011-2017
MARANHÃO
PARAÍBA
CEARÁ
SERGIPE
BAHIA
Fontes: Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops) e Secretaria da Fazenda dos EstadosDados referentes ao 2º bimestre/1º quadrimestre de 2018
CUSTEIO SUS3.500.000.000
3.000.000.000
2.500.000.000
2.000.000.000
1.500.000.000
1.000.000.000
500.000.000
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
ORÇAMENTOFINAL MINISTÉRIODA SAÚDE
ORÇAMENTOFINAL GOVERNODE PERNAMBUCO
2018
EMENDA 29
08
O Governo de Pernambuco tem se empenhado para reforçar as escalas das unidades da rede estadual de saúde. Desde 2015, o quantitativo de servidores públicos concursados convocados alcançou a marca de 6.415 profissionais, sendo 843 médicos, 1.018 enfermeiros, 3.277 técnicos de enfermagem, 319 de outras categorias técnicas e 958 de outros cargos de nível superior, como fisioterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas. Dessa forma, a atual gestão estadual já entrou para a história da saúde em Pernambuco com a maior contratação de profissionais concursados para a área. Essa medida foi fundamental para valorizar os vínculos de trabalho, qualificar o cuidado com os pacientes e diminuir a necessidade de plantões extraordinários, que tiveram uma redução de 23% na comparação entre 2015 e 2017.
Além de concurso público, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) também realizou seleções públicas simplificadas para diversas áreas do órgão. Entre 2015 e 2018, foram 22 seleções, com um total de 909 pessoas contratadas para áreas como vigilância em saúde; engenharia; biomedicina; e enfermagem; além de 139 médicos para suprir vagas que estavam com o banco zerado do concurso público vigente e para apoiadores institucionais da Gerência do Sistema Prisional.
Com a grande quantidade de profissionais convocados, os bancos de reserva dos concursos vigentes já estão zerados para vários cargos, ou seja, várias categorias tiveram todos os candidatos classificados chamados para ocuparem um posto de trabalho nos hospitais estaduais. Para manter o compromisso de qualificar o atendimento à população, o Governo de Pernambuco lançou, em 2018, um novo concurso público com 1 mil vagas, com cargos de nível médio e superior que serão lotados em diversas unidades de saúde espalhadas por todo o Estado.
MAIOR CONVOCAÇÃO DE PROFISSIONAISDA HISTÓRIA DA SAÚDE DE PERNAMBUCO
NOVO CONCURSO: COMPROMISSO COM AVALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
MÉDICO
OUTRAS CATEGORIASNÍVEL SUPERIOR
OUTRAS CATEGORIASNÍVEL TÉCNICO
ENFERMEIRO
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
TOTAL DECONVOCADOS
ESPECIALIDADE VAGAS DOCONCURSO
6.4152.154
TOTAL DECONVOCADOS (2015 - 2018)
248 843
387 1.018
435
60
958
319
1.024 3.277
DIMINUIÇÃO NO PLANTÃO EXTRAQUEDA TOTAL (2015 - 2017): 23,34%
-7,63%
-17,63%
2015
11.478.745
2016 2017
8.799.98810.602.820
DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS
NÍVEL MÉDIO (ASSISTENTE EM SAÚDE)MÉDICONÍVEL SUPERIOR (ANALISTA EM SAÚDE)FISCAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
460260
250
30
Ao todo, mais de 80 mil pessoas se inscreveram e estão concorrendo a uma vaga no certame, que terá o resultado final divulgado em janeiro de 2019. Este novo concurso vai reforçar os plantões com profissionais de áreas como cardiologia, oncologia, vascular, intensivista, neonatologia, neurocirurgia, neuropediatria, pediatria, psiquiatria, traumatologia, enfermagem, fisioterapia, sanitarista, técnico de enfermagem, entre outros (ver quadro), além de recompor a saída de profissionais que se aposentaram.
CONCURSO SES 2018Especialidades Médicas
CONCURSO SES 2018Especialidades Não Médicas
Assistente SocialBiomédicoEnfermeiro (assistencial, cardiologista,obstetra, oncologista e uteísta)Farmacêutico Fisioterapeuta (em terapia intensiva erespiratório)FonoaudiólogoNutricionistaPsicólogoSanitaristaVeterinárioAdministradorContadorAnalista em Educação na SaúdeAssistente Técnico de AdministraçãoTécnico de EnfermagemTécnico de Imobilização OrtopédicaTécnico de LaboratórioTécnico de NecrópsiaTécnico em RadiologiaTécnico em Saúde BucalTécnico em Farmácia
AnatomopatologistaAnestesiologistaCardiologistaCirurgião (cabeça e pescoço, geral,oncológico, pediátrico, torácico e vascular)ColoproctologistaEndoscopistaInfectologistaIntensivista (de Adulto e pediátrico)NeonatologistaNeurocirurgiãoNeuropediatraNeurologistaOncologistaOtorrinolaringologistaPediatraPneumologistaPsiquiatraRadiologia e Diagnóstico por ImagemTocoginecologistaTraumato OrtopedistaUrologista
AVALIAÇÃO POR DESEMPENHO: DEMOCRATIZAÇÃO DO BENEFÍCIOAté 2015, apenas a categoria médica fazia parte do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) da Secretaria Estadual de Saúde. Em 2016, o Governo do Estado incluiu no processo as demais categorias da pasta (cargos de analistas, assistentes e auxiliares de saúde).
Com isso, o número de profissionais que participam do processo de avaliação de desempenho, mecanismo que busca valorizar a meritocracia, subiu de apenas 2.923, em 2015, para mais de 13 mil, em 2018 - um aumento de 3 5 7 % . P ro fi s s i o n a i s d e e n fe r m a g e m , fisioterapia, técnico de enfermagem, entre
outros, agora também participam da avaliação, que oferece oportunidades e estímulos ao desenvolvimento pessoal e profissional dos servidores. O incentivo acontece no âmbito financeiro, com ganhos reais de até 2,5% ao ano. Div id ida em t rês e tapas , que inc lu i a autoavaliação, avaliação da chefia imediata e plano de metas, que leva em consideração indicadores do servidor e da unidade em que atua, a avaliação de desempenho tem por objetivo avaliar o desempenho dos servidores na realização de suas funções e atividades, bem como no alcance dos resultados institucionais.
PLANO DE CARGOS E CARREIRAS DA SAÚDE
AUMENTODE 357%
2.923 13.3602015 2018
APENAS MÉDICOS MÉDICOS E DEMAISCATEGORIAS DE
SAÚDE
09
O Governo do Estado tem atuado com muita determinação não só na ampliação do quadro de servidores da rede estadual de saúde como também na valorização e desenvolvimento profissional. Criada em 1989 e estabelecida como uma Escola de Governo a partir de 2013, a Escola de Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE) destaca-se como protagonista na resposta às demandas de formação e qualificação dos trabalhadores do SUS em Pernambuco.
Desde 2015, mais de 24 mil vagas de formação para os trabalhadores da rede estadual de saúde foram ofertadas pela Escola de Saúde Pública em todo o Estado, entre cursos técnicos, atualização, aperfeiçoamento e pós-graduação lato sensu. Ressalta-se o papel da instituição na regionalização e interiorização dos programas de residências em área profissional da saúde (multiprofissional e uniprofissional), ofertando, de 2015 até 2018, um total de 236 vagas em áreas estratégicas e contribuindo no fortalecimento da gestão e estruturação das redes de atenção à saúde em Pernambuco.
ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA REFORÇAPAPEL NA FORMAÇÃO PARA O SUS
NÚMERO DE CURSOS E PROFISSIONAIS CAPACITADOS
ANO
13
12
17
16
2015
2016
2017
2018
18.006
2.332
2.715
1.259
CURSOS PROFISSIONAISCAPACITADOS
TOTAL 58 24.312
PROGRAMA DERESIDÊNCIA
Residência Multipro�ssional em AtençãoHospitalar com ênfase em Gestão doCuidado
Residência Multipro�ssional em SaúdeColetiva com ênfase em Gestão de Redesde Saúde*
Residência em Enfermagem Obstétrica
NÚMERO DE VAGAS POR PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA
* Programa com oferta bianual de vagas
TOTAL
38
112
22
TOTAL
172
10
11
RESIDÊNCIA: MAIS VAGAS PARA GARANTIRFORMAÇÃO ESPECIALIZADA
Reconhecido como principal polo formador de mão de obra para a saúde de todo o Norte e Nordeste, Pernambuco segue, pela atuação firme do Governo do E s t a d o , a m p l i a n d o a s v a g a s d e especialização para os profissionais de saúde . Nos ú l t imos anos , foram implantados programas de residência em áreas estratégicas para o fortalecimento do SUS, como em Saúde Coletiva e Enfermagem Obstétrica, com vagas oferecidas de forma regionalizada.
De 2015 até 2018, 5.593 vagas foram ofertadas, sendo 3.465 de Residência Médica e 2.128 de Residência Multiprofissional. Na atual gestão, a oferta de vagas de Residência teve um aumento de 66%. Em 2014, eram ofertadas 932 vagas por ano. Em 2018, esse número saltou para 1.550. Apenas no interior (Caruaru, Garanhuns e Petrolina), de 2015 para 2018, o número de vagas de residência aumentou em 340%, saltando de 13 para as atuais 57.
Atualmente, são investidos R$ 115 milhões nos programas de Residência ofertados na rede estadual de saúde. Desse montante, R$ 77 milhões (quase 70%) são investimentos oriundos do tesouro estadual. Além disso, nos últimos dois anos, o Governo Federal realizou cortes na Residência. Pernambuco, no entanto, continuou garantindo não só a manutenção, como a ampliação das vagas e do valor investido nos Programas de Residência.
PROGRAMA DERESIDÊNCIA
MÉDICA
PROFISSIONAL DE SAÚDE
TOTAL
627
932
305
818
1.213
395
856
1.363
507
864
1.467
603
927
1.550
623
47,85%
104,26%
INCREMENTO
INCREMENTO
2014 20162015 2017 2018
FIN
AN
CIA
MEN
TO (R
$ M
ILH
ÕES
)
INVESTIMENTO EM BOLSAS DE RESIDÊNCIA 2013 - 2018
70
60
50
40
30
20
10
Fonte: Diretoria Geral de Educação na Saúde/SEGTES/SESPE FINANCIAMENTOMS+MEC
FINANCIAMENTOSES
2013 2014 2015 2016 2017 2018
90
100
80
R$ 38.157.621,60
R$ 77.600.000,00
12
Estudantes que concluíram o ensino médio em escolas públicas ou privadas como bolsistas integrais têm no Programa FormaSUS a opor tun idade de buscar qua l ificação profissional em cursos técnicos ou de nível superior em saúde no Estado de Pernambuco. Desde 2015, a iniciativa, transformada em lei estadual em 2013, ofertou 422 bolsas integrais em instituições de ensino superior e 385 para os cursos de nível técnico.
Entre 2015 e 2018, a Secretaria Estadual de Saúde teve a parceria de 55 instituições de ensino privadas conveniadas, sendo 19 instituições de graduação e 36 de nível técnico, que ofertam bolsas para o FormaSUS.
Elas estão espalhadas por 22 municípios: Abreu e Lima, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Belo Jardim, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Carpina, Caruaru, Escada, Goiana, Jaboatão dos Guararapes, Limoeiro, Olinda, Palmares, Recife, Salgueiro, Santa Cruz do Capibaribe, Serra Talhada, Garanhuns, Vitória de Santo Antão, Araripina e João Alfredo.
As bolsas integrais são uma contrapartida das instituições de ensino privadas que utilizam as unidades da rede estadual de saúde como campo de estudo e prática para a formação de seus estudantes. De nível superior, as instituições ofertam vagas para os cursos de medicina, biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social e tecnólogo em radiologia. Já para o nível técnico, as vagas foram para cinco cursos: técnico em análises clínicas, em radiologia, enfermagem e farmácia, além de instrumentação cirúrgica.
HISTÓRICO - Criado por meio de decreto, em 2011, e transformado em lei estadual em 2013, o FormaSUS está no seu sétimo ano de existência. Entre 2012 e 2018, foram ofertadas 1.454 bolsas, 754 para nível técnico e 700 para cursos de nível superior.
FORMASUS DÁ ACESSO À FORMAÇÃO EM SAÚDE
SERTÃO VAI GANHAR HOSPITAL GERAL
receberá um investimento de R$ 60 milhões, terá capacidade para realizar, em média, 500 internamentos por mês e oferecerá, entre outros serviços, atendimento ambulatorial nas especialidades de traumato-ortopedia, clínicas geral, cardiológica e neurológica, além de cirurgias geral e oncologia.
A unidade, que terá foco no trauma, vai evitar que a população do Sertão Central, do Pajeú, do Moxotó e Itaparica precise se deslocar para Petrolina ou Caruaru para conseguir esse tipo de atendimento.
Mesmo em um período de grave crise, o Governo de Pernambuco vem trabalhando para ampliar a rede hospitalar, levando especialidades a locais onde havia o vazio assistencial. Em Serra Talhada, já foram iniciadas as obras do Hospital Geral do Sertão (HGS) Governador Eduardo Campos.
O serviço de terraplanagem, executado em uma área de 30 mil m², localizada às margens do km 418 da BR-232, já foi finalizado. A previsão é de que as obras totais do hospital sejam concluídas em dezembro de 2019. A unidade, que
Com aproximadamente 10 mil metros quadrados de área construída, a estrutura física da unidade contará com 5 salas de cirurgia, 60 leitos de
internamento e 10 leitos de UTI, com possibilidade de expansão para um total de 140 leitos de internamento e 20 leitos de UTI. O HGS irá
complementar a rede de saúde da III Macrorregião, que possui 35 municípios e atende uma população de 842.153 habitantes. A III Macrorregião é composta pelas VI, X e XI Gerências Regionais de Saúde, com sedes em Arcoverde, Afogados de Ingazeira e Serra Talhada, respectivamente.
13
HOSPITAL GERAL DO SERTÃO EDUARDO CAMPOS
ESTADO AMPLIA ATENDIMENTO AOSPERNAMBUCANOS USUÁRIOS DO SUS
14
20132012
PRODUÇÃO TOTAL DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
381.251
298.570 316.249
2009 2010 2011
349.007387.356
20182017
522.922495.029
558.653
2014 2015 2016
560.273
602.860projeção
278.033
20080
10.000.000
50.000.000
30.000.000
70.000.000
80.000.000
20.000.000
60.000.000
40.000.000455.358
até setembro
20132012
PRODUÇÃO TOTAL DE ATENDIMENTOS NA REDE ESTADUAL
41.767.14436.917.608
42.558.356
2009 2010 2011
44.800.975 46.813.435
20182017
58.347.12456.154.895
62.148.583
2014 2015 2016
68.716.300 70.388.602projeção
30.630.029
20090
10.000.000
50.000.000
30.000.000
70.000.000
20.000.000
60.000.000
40.000.000 48.203.683até agosto
Cerca de 85% dos 9 milhões de pernambucanos utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS). A crescente demanda por ampliação do acesso aos serviços públicos de saúde e a busca pela integralidade do cuidado levaram a uma crescente produção de toda a rede estadual, que vem qualificando os seus serviços e reorganizando os fluxos para acolher essa demanda. Para se ter uma ideia, exames com finalidade diagnóstica, laboratoriais e de imagem computaram mais de 65 milhões de procedimentos na rede estadual entre 2015 e agosto de 2018. Ano a ano houve uma ampliação de quase 5% no volume total. As consultas médicas nesse mesmo período somaram mais de 21 milhões de registros. Responsável por mais da metade dos internamentos eletivos e de urgência/emergência nas unidades assistenciais, os hospitais sob a gestão estadual receberam 1,4 milhão de pessoas entre 2015 e 2018. A ampliação é de 12% se comparados os anos de 2014, quando foram internados 359 mil pacientes, com 2017, quando foram registradas 402 mil internações hospitalares.
Com o compromisso de ampliar e melhorar a assistência à saúde em Pernambuco, a evolução da produção total, incluindo os internamentos e os procedimentos ambulatoriais, também mantém um crescimento anual. Em 2015, mais de 58 milhões de procedimentos foram realizados nas unidades de saúde do Estado, entre atendimentos de urgência, ambulatoriais e cirurgias. Esse quantitativo saltou para mais de 68 milhões em 2017 – um aumento de quase 20%. Até agosto de 2018, já são mais de 48 milhões de procedimentos, o que gera uma expectativa de superar, novamente, os dados do ano anterior. Além disso, ainda houve aumento no número de partos, que saltou de 53 mil, em 2014, para 59 mil, em 2017, uma ampliação de 10%. Os procedimentos cirúrgicos na rede estadual também expressam um aumento progressivo, desde 2011. Nas cirurgias, que totalizaram 560 mil em 2017 houve uma variação positiva de 13% em relação a 2014 (495 mil). A projeção é que até o final de 2018 sejam realizados mais de 600 mil procedimentos.
* Dados até agosto/2018
* Dados até setembro/2018
15
20182017
OFERTA DE PROCEDIMENTOSAMBULATORIAIS
527.301
304.628
663.325
2014 2015 2016
751.230799.914projeção
599.936até
setembro
Desde 2011, a regulação ambulatorial registra uma ampliação na quantidade de procedimentos e consultas reguladas em todas as 12 Regionais de Saúde, realizando a gestão do acesso dos procedimentos oferecidos pelo SUS. Entre as ações desenvolvidas em 2015 e 2016, estão destacadas a ampliação da oferta de consultas e exames especializados, principalmente com a regulação integral do acesso aos serviços oferecidos pelas Unidades Pernambucanas de Especialidades (UPAEs); o aumento de oferta de vagas de terapia renal substitutiva; o acesso regulado para os casos suspeitos de Síndrome Congênita do Zika (SCZ/Microcefalia) relacionada às arboviroses, com oferta de acesso a linha de cuidado integral para os pacientes acometidos.
Entre 2017 e 2018, destaca-se a ampliação da oferta das consultas especializadas e exames de média e alta complexidade nas Regionais de Saúde; regulação das consultas de pré-natal de alto risco, garantido a oferta de forma regionalizada; regulação dos exames de genética; ampliação das vagas de radiologia intervencionista
(arteriografia); mutirões para atendimento das crianças com SCZ; ampliação da oferta de vagas de terapia renal substitutiva, que acarretou no aumento do número de pacientes regulados; mutirão de exames de ressonância magnética; regulação das consultas especializadas na UPAEs de Ouricuri e Abreu e Lima.
Em 2014, a oferta ambulatorial, regulada no sistema informatizado, computou cerca de 300 mil procedimentos; em 2017, o número chegou a mais de 750 mil, representando uma ampliação de 146%. Os tratamentos para insuficiência renal oferecidos pela rede estadual, as terapias renais substitutivas, são crescentes desde 2014.
O aumento no número de equipamentos a cada ano possibilita um maior quantitativo de pacientes assistidos, uma média anual de 4 mil pessoas. Os procedimentos cardiológicos, realizados entre 2014 e 2017, também registraram ampliação de 25%, passando de 373.997 para 468.858 em 2017.
MAIS PROCEDIMENTOS REGULADOS EM TODAS AS REGIÕES DE SAÚDE
* Dados até setembro/2018
16
UPAES: REDE CRESCE E OFERTA MAISCONSULTAS COM ESPECIALISTAS E EXAMES
X
20.191
X
X
X
X
X
X
17.298
19.536
X
37.209
64.306
16.583
40.710
50.323
57.135
38.153
20,683
36.153
34.114
44.693
9.240
64.576
21.407
3,767
43.913
129.206
47.714
174
40.965
54.318
X
224.648
592.662
424.456
999.498
430.666
370.325
163.480
216.994
211.250
311.656
164.106
30.034
380.514
306.920
67.244
663.761
773.648
642.111
X
1.244.271
386.524
378
ATENDIMENTOSMÉDICOS CIRURGIASEXAMES TOTAL
ATENDIMENTOS DEOUTROS PROFISSIONAIS
DE NÍVEL SUPERIOR
SESSÕES DEFISIOTERPIA
PRODUÇÃO UPAEs (2015 a 2018*)
*Dados até setembro de 2018**UPAE Ouricuri foi inaugurada em maio de 2017
***UPAE Grande Recife foi inaugurada em setembro de 2018
57.0253.399.447 5.205.699542.729 366.931
146.016
281.629
77.170
120.384
86.808
76.714
24.203
174.758
283.254
264.956
204
AFOGADOS DAINGAZEIRA
GARANHUNS
ARCOVERDE
LIMOEIRO
SALGUEIRO
BELO JARDIM
**OURICURI
SERRA TALHADA
CARUARU
PETROLINA
GRANDE RECIFE***
TOTAL 1.536.096
UNIDADE
As Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs), já consolidadas na saúde de Pernambuco, disponibilizando consultas com médicos especialistas e exames de última geração, continuam sendo ampliadas no Estado. Em 2017, foi inaugurada a unidade de Ouricuri, no Sertão do Araripe, e, em setembro de 2018, o Governo do Estado entregou a UPAE Grande Recife, no município de Abreu e Lima. As duas u n i d a d e s t o t a l i z a r a m u m investimento de R$ 34,8 milhões de recursos do tesouro estadual.
Com 11 unidades em funcionamento, as UPAEs realizaram, juntas, de 2015 a setembro de 2018, cerca de 2,5 milhões de atendimentos, sendo 1,5 milhão de consultas com médicos de diversas especialidades, 542 mil consultas não médicas e mais de 309 mil sessões de fisioterapia. Além disso, foram
quase 3,4 milhões de exames e mais de 57 mil cirurgias de baixa complexidade nas unidades de Caruaru, Garanhuns e Petrolina.
A primeira UPAE de Pernambuco foi inaugurada no município de Garanhuns em julho de 2013. No
Sertão do Estado, além da UPAE de Ouricuri, já estão em funcionamento as unidades
de Petrolina, Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, Salgueiro e Arcoverde. Ainda há UPAEs estaduais em Caruaru, Belo Jardim, Grande Recife e Limoeiro. Além disso, o Governo de Pernambuco investiu cerca de R$ 7 milhões na UPAE
do Arruda, na zona norte do Recife, que foi construída com recurso estadual e
repassada para a administração municipal. A unidade da capital, inaugurada em 2016, tem
capacidade para realizar, mensalmente, 21 mil procedimentos de média complexidade.
PROTOCOLO INTEGRA UPAES COMATENÇÃO PRIMÁRIA
Para integrar a rede estadual com a Estratégia de Saúde da Família (ESF) em âmbito regional, a Secretaria Estadual de Saúde elaborou, em 2016, o Protocolo de Regulação do Acesso às Referências Especializadas, com o objetivo de organizar o fluxo de pacientes enviados pela Atenção Primária dos municípios às UPAEs, garantir que o usuário chegue, efetivamente, ao serviço, além de direcionar o plano terapêutico a ser utilizado na rede municipal após a consulta com especialista. A ação foi implantada como projeto-piloto na UPAE de Belo Jardim, com resultados significativos na redução das perdas
primárias de consultas e ampliação do matriciamento dos pacientes pelos municípios. As consultas na unidade tiveram um aumento de 8%, passando de 19.336 em 2016 para 20.895 em 2017.
Para ter acesso à consulta na UPAE, o usuário precisa ser, primeiramente, atendido e referenciado pela Atenção Primária. Quando identificada a necessidade da consulta, a unidade de saúde ou a secretaria de Saúde do município faz o encaminhamento para a UPAE, que depois reencaminha o usuário de volta para a Atenção Primária para dar continuidade ao seu tratamento.
17
MAIS DE 6,8 MILHÕES DE PESSOASATENDIDAS NAS UPAS EM 4 ANOS
Em 2010, a rede de saúde pública de Pernambuco iniciou uma reestruturação do seu perfil com a inauguração da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Desde então, 15 equipamentos iniciaram suas atividades, preenchendo a carência de atendimento de emergência de média complexidade no Sistema Único de Saúde e desafogando os grandes hospitais, que passaram a focar em casos mais complexos.
Entre 2015 e outubro de 2018, 6.855 milhões de pessoas foram atendidas nas 15 UPAs, sendo 13 espalhadas por 8 municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) e 2 no Interior (Caruaru e Petrolina). Somando com os cinco anos anteriores, entre 2010 e 2014, totalizam 15 milhões de atendimento nas unidades. Funcionando 24 horas por dia, as UPAs podem contar com as especialidades de ortopedia, clínica médica, pediatria e odontologia, sendo ofertadas de acordo com o perfil de cada região. Em média, os equipamentos têm um grau de resolutividade de 95%, ou seja, apenas 5% dos pacientes precisam ser encaminhados para outras unidades.
479.754
368.159
532.991
379.193
480.046
431.797
531.925
542.020
491.724
401.094
593.879
601.613
358.647
392.414
270.663
6.855.910
UPA OLINDA
UPA SÃO LOURENÇO
UPA CAXANGÁ
UPA ENGENHO VELHO
UPA CARUARU
UPA PAULISTA
UPA IBURA
UPA NOVA DESCOBERTA
UPA CURADO
UPA BARRA DE JANGADA
UPA TORRÕES
UPA IMBIRIBEIRA
UPA PETROLINA
UPA IGARASSU
UPA CABO DE SANTO AGOSTINHO
TOTAL
PRODUÇÃO 2015 - 2018UNIDADES TOTAL
*Dados até outubro de 2018
NOVO MODELO DE GESTÃO EXPANDE SERVIÇOS NO INTERIOR
Nos anos de 2016 e 2017, o Governo de Pernambuco investiu na qualificação do atendimento no Interior do Estado. A mudança no modelo de gestão dos hospitais regionais Ruy de Barros Correia, em Arcoverde, e Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, resultou na retomada da realização de procedimentos cirúrgicos e oferta de serviços para mais de 20 cidades do Sertão. As duas unidades de saúde passaram a ser geridas por Organização Social.
Em 2016, quando a Organização assumiu o Hospital Ruy de Barros Correia, a unidade tinha uma média mensal de 4,3 mil atendimentos de emergência, cerca de 50 cirurgias e 150 partos. Já comparando com 2018, a média anual de atendimento de emergência cresceu 140% e as cirurgias 460%. O principal ganho, no entanto, foi a retomada de cirurgias eletivas na unidade a partir de agosto de 2016. Os procedimentos ofertados são nas áreas de cirurgia geral, ginecologia, traumatologia e pediatria. A mudança na gestão ainda foi responsável pela ampliação da assistência em Terapia Intensiva na Região. Após o investimento de R$ 145 mil, o Ruy de Barros Correia ainda inaugurou o seu novo ambulatório, com consultas de clínica médica, urologia, traumato-ortopedia, ginecologia obstétrica, cirurgia geral, cardiologia, dermatologia, hepatologia, pneumologia, endoscopia, endoscopia, colonoscopia e pediatria. Nos primeiros oito meses de 2018, o setor realizou mais de 1,4 mil consultas mensais.
A mudança do modelo de gestão também trouxe bons números para o Hospital Regional Emília Câmara. Com a modificação, em setembro de 2017, a unidade contabiliza aumentos nos atendimentos de urgência e emergência (geral, pediátrica e obstétrica), ampliando em 116% quando comparado com os dados de 2018. Já no quesito cirurgia, o crescimento foi de 297% no mesmo período.
4,3 MIL
53
152
0
URGÊNCIA/EMERGÊNCIA
CIRURGIAS
PARTOS (NORMAL/CESÁREA)
AMBULATÓRIO (MÉDICO/NÃO MÉDICO)
10,5 MIL
297
291
1,4 MIL
HOSPITAL REGIONAL RUY DE BARROS CORREIA
ATENDIMENTOS (MÉDIA MENSAL)
2016 2018
460%
91%
AMPLIAÇÃO
4,3 MIL
47
69
495
URGÊNCIA/EMERGÊNCIA
CIRURGIAS
PARTOS (NORMAL/CESÁREA)
AMBULATÓRIO (MÉDICO/NÃO MÉDICO)
9,3 MIL
187
127
965
HOSPITAL REGIONAL EMÍLIA CÂMARA
ATENDIMENTOS (MÉDIA MENSAL)
2017 2018
297%
116%
84%
94%
AMPLIAÇÃO
18
140%
-
19
APÓS 14 ANOS, HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO REABRE EM CARUARU
Em 2018, um dos maiores bens imateriais de Caruaru teve suas portas reabertas, beneficiando a população de toda a região. Fechado desde 2004, quando fortes chuvas interditaram a unidade, o Hospital São Sebastião (HSS) foi reinaugurado no final de agosto de 2018. Destinado a atuar como unidade de retaguarda, recebe os pacientes encaminhados pelos hospitais de alta complexidade da região, principalmente do Hospital Regional do Agreste (HRA). Ao todo, foram
investidos mais de R$ 10 milhões nos equipamentos, reforma e qualificação. A implantação dos leitos e serviços da unidade foi feita seguindo um cronograma específico, com a integração dos setores e dimensionamento da demanda, favorecendo a estruturação do hospital. O cronograma foi seguido integralmente e, em um período de dois meses, no final de outubro, a unidade já tinha atingido 100% dos leitos ativos, totalizando 60.
A reinauguração do Hospital São Sebastião não é uma ação isolada no desenho da rede estadual de saúde do Agreste. Caruaru, cidade polo e referência para
toda a Região, ganhou, nos últimos anos, o maior investimento em saúde pública de sua história. A cidade ainda recebeu, dentro do planejamento da SES, a
Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), inaugurada em 2010; a Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE), em 2013; e o Hospital Mestre Vitalino, em 2014. Atualmente, está sendo concluída a construção do Hospital da Mulher do Agreste. Dessa forma, Caruaru conta com seis serviços de saúde estaduais.
HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO
RAIO-X DO HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO
PERFIL
FUNÇÃO NA REDE
INVESTIMENTO
LEITOS
ESPECIALIDADES MÉDICAS
ESPECIALIDADES NÃO MÉDICAS
ESTRUTURA
média e alta complexidade em clínica médica
retaguarda para o HRA e Mestre Vitalino
R$ 10 milhões
60
clínica geral, radiologia, endoscopia, ultrassonogra�a, cardiologia, neurologia e nefrologia
assistência social, bioquímica, nutrição, enfermagem, farmácia, �sioterapia, fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional
sala de estabilização, laboratório, apoio ao diagnóstico, terapia e hemodiálise
MESTRE VITALINO AMPLIA SERVIÇOS E QUALIFICA ATENDIMENTOS NO AGRESTE
Inaugurado no segundo semestre de 2014, o Hospital Mestre Vitalino (HMV) passou a ser gerido pela Organização Social (OS) de saúde Hospital do Tricentenário no final de 2015. Localizado em Caruaru, a unidade, especializada em atendimentos de média e alta complexidade, beneficia a população de 53 municípios do Agreste pernambucano. Nos últimos quatros anos, o hospital qualificou e ampliou a assistência à população, inaugurando importantes equipamentos próprios.
Em 2016, o hospital inaugurou a Central de Hemo-dinâmica, onde são realizados diversos procedimentos cardiológicos, a exemplo do cateterismo e angioplastia coronariana. Mais de 1,5 mil pessoas já foram benefi-ciadas com o serviço. Em 2017, foi a vez da implantação do serviço próprio de hemodiálise para pacientes internados na unidade. Desde a inauguração, mais de 2 mil pessoas passaram pelo setor. Vale lembrar que pacientes transplantados de rins também são atendidos na nefrologia do hospital, totalizando cerca de 2 mil beneficiados entre 2015 e 2018.
Já em 2017, a unidade inaugurou a UTI coronariana, serviço de alta complexidade que já é referência para a IV Gerência Regional de Saúde (Geres). Até outubro de 2018, a UTI admitiu cerca de 900 pacientes, funcionando como complementação ao atendimento cardiológico já prestado na unidade.
Desde 2015, a unidade ainda inaugurou o centro cirúrgico, passou a ofertar atendimento de neuropediatria e gastropediatria para crianças com síndrome congênita do zika/microcefalia, implantou serviço de hemodiálise, fixou a odontologia para pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e estruturou a Organização de Procura de Órgãos (OPO), que busca por potenciais
doadores, objetivando um aumento do número de captações e, consequentemente, transplantes.
A otimização dos serviços só reforça a importância da unidade para a região, uma vez que o Mestre Vitalino ampliou em mais de 100% os atendimentos de urgência (de 2015 até outubro de 2018). Já em relação aos números do ambulatório, o hospital aumentou, no mesmo período, em mais de 1.000% os atendimentos, saltando de 2.611 atendimentos em 2015 para quase 30 mil até outubro de 2018. A população também aprova a gestão, classificando como excelente ou bom o atendimento prestado na unidade em 98% das entrevistas realizadas pela Ouvidoria do hospital.
NÚMEROS DE URGÊNCIA 2014 A 2018
20182017
14.0863.384 22.808
2014 2015 2016
36.264 29.802
NÚMEROS DE AMBULATÓRIO 2014 A 2018
20182017
2.611632 21.524
2014 2015 2016
34.111 29.802
20
*Dados até outubro de 2018
*Dados até outubro de 2018
LEITOS
60 13201
LEITOS DE UTI LEITOS DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA
PERFIL DO HOSPITAL
EXAMES DE IMAGEM (2015 A 2018)
DA
DO
S ODONTOLOGIA
VÍTIMAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS
CIRURGIAS
72.550 exames de biomagem
25.655 atendimentos odontológicos
613 atendimentos
7.144 cirurgias realizadas
*Dados até outubro de 2018
35.462projeção
35.762projeção
TRATAMENTO DO CÂNCER: NOVOS CENTROS INTERIORIZAM ASSISTÊNCIA
21
Percentual de Crescimento dos ProcedimentosOncológicos entre 2008 e 2017
Brasil
CIRURGIA ONCOLÓGICA
71%
60%Região Nordeste
90%Pernambuco
Brasil
QUIMIOTERAPIA
75%
84%Região Nordeste
96%Pernambuco
Brasil
RADIOTERAPIA
53%
80%Região Nordeste
90%Pernambuco
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SIA/SUS) - Período: 2008 e 2017
O Governo de Pernambuco vem qual ificando e interiorizando a assistência aos pacientes com câncer no Estado. Em novembro de 2018, o Hospital Dom Tomás, filantrópico e localizado em Petrolina, foi habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) pelo Ministério da Saúde. Com a habilitação, o Dom Tomás passou a prestar serviços ao SUS, sendo referência em oncologia para mais de 2 milhões de pessoas residentes no sertão pernambucano e de cidades da Bahia. Por ano, a unidade receberá R$ 4,974 milhões de recursos estaduais.
Além disso, em dezembro de 2018, o Governo do Estado inaugurou o Centro de Oncologia do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. Com investimento de R$ 1,4 milhão, o novo espaço conta com 30 leitos, 4 consultórios e vai realizar cirurgias oncológicas, além de ampliar o serviço de quimioterapia, ofertado na unidade desde agosto de 2018.
A Secretaria Estadual de Saúde também dialoga permanentemente com o Ministério da Saúde para a ampliação da radioterapia em Pernambuco, já que, em 2012, o Governo Federal havia pactuado a entrega de novas máquinas para o Estado. No início de 2019, o órgão federal vai viabilizar uma máquina para o Hospital de Câncer de Pernambuco e assinar a ordem de serviço para outra no Imip. Além dessas, também houve solicitação de máquinas de radioterapia para o Dom Tomás, em Petrolina; Hospital Geral do Sertão, que está sendo construído em Serra Talhada; e Hospital Mestre Vitalino.
PRODUÇÃO – Nos últimos anos, a rede estadual vem apresentando sucessivos aumentos de produção na área oncológica. Para se ter ideia, em 2008, foram realizados pouco mais de 4 mil procedimentos cirúrgicos; em 2014 foram 5.774; e, em 2017, 7.748. Já com relação às sessões de quimioterapia, em 2017 foram 148.479, enquanto em 2014 foram contabilizadas 135.244 e 75.910 em 2008. Também nos campos de radioterapia houve um grande incremento. Os números saltaram de 201.024 em 2008 para 381.313 em 2017. Dessa forma, os percentuais de incremento da produção oncológica em Pernambuco, entre 2008 e 2017, superaram a média nacional e do Nordeste. Nas cirurgias e campos de radioterapia, o Estado apresentou aumento de 90%, enquanto que no Brasil o crescimento foi de 71% e 53%, respectivamente. Já com relação à quimioterapia, Pernambuco aumentou em 96% o número de sessões, enquanto a média nacional ficou em 75% e a da Região Nordeste em 84%.
REDE DE SAÚDE FOCADA NA MELHORIADO ATENDIMENTODurante os últimos quatro anos, a Secretaria Estadual de Saúde e os gestores das unidades sob gestão estadual trabalharam para qualificar o atendimento aos usuários do SUS. Para isso, foram realizadas readequações e melhorias físicas, criação de novos espaços e compra de equipamentos. A seguir, a lista com as principais ações realizadas.
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RECIFEOTÁVIO DE FREITAS- Reabertura de 06 leitos de UTI pediátrica;- Abertura da segunda UTI adulta, com 10 leitos;- Abertura do serviço ambulatorial de Pneumologia Pediátrica;- Reforma do Bloco Cirúrgico e Sala de Recuperação Pós-anestésica;- Reforma do Bloco do Ambulatório Dr. Queiroga.- Reforma da Enfermaria de Clínica Médica
RECIFEGETÚLIO VARGAS- Abertura de 10 leitos de UTI Adulto;- Abertura do serviço ambulatorial de ortopedia pediátrica;- Melhoria no serviço de imagem com substituição do Tomógrafo;- Implantação do Ambulatório de Chikungunya;- Inaugurada a primeira etapa da reforma da emergência.
RECIFEBARÃO DE LUCENA- Reabertura de 02 leitos de UTI Adulto; 06 leitos de Clínica Médica e 08 leitos de Clínica Cirúrgica;- Ampliação das vagas de neuropediatria;- Reforma e estruturação do setor de Oncologia;- Inauguração do novo setor de Endoscopia.
RECIFEGERAL DE AREIAS- Aquisição de equipamentos odontológicos e oftalmológicos;- Climatização do Hospital da Face;- Readequação estrutural: lixeira e necrotério.
RECIFE
ULYSSES PERNAMBUCANO
- Reestruturação da estrutura física com conserto da coberta;- Reforma da cozinha;- Readequação das instalações elétricas;- Quali�cação da emergência.
RECIFECORREIA PICANÇO- Construção do Ambulatório de Multidrogas Resistente.- Inauguração do Ambulatório de HIV para o público infantil.
JABOATÃO
JABOATÃO PRAZERES
- Implantação de mais 06 Leitos Integrais em Saúde Mental;- Implantação do Acolhimento com Classi�cação de Risco na Maternidade;- Aquisição de equipamentos: 01 eletrocardiógrafo com cardioversor, 01 monitor multiparâmetro e 04 ventiladores pulmonares;- Pintura externa do prédio e fachada da unidade.
VITÓRIA
JOÃO MURILO
- Implantação de 10 leitos de Psiquiatria;- Readequação da Emergência Pediátrica;- Implantação de 16 Leitos Integrais em Saúde Mental infantojuvenil.
RECIFERESTAURAÇÃO- Instalação de mais 01 Tomógrafo.- Entrega da nova emergência pediátrica.
RECIFEAGAMENON MAGALHÃES- Ampliação do serviço da hemodinâmica para 24h;- Reabertura de 4 leitos de UTI Adulto e 8 leitos de UTI coronária;- Abertura do serviço de neuropediatria;- Implantação de Ecocardiograma pediátrico;- Reforma do Centro Obstétrico;- Participação no projeto parto adequado em parceria com MS e Hospital Albert Einstein (SP);- Implantação no Centro Obstétrico de espaço para assistência aos Recém-Nascidos em adaptação respiratória.- Aparelho de densitometria óssea,
CARUARU
GOIANA
MESTRE VITALINO
BELARMINO CORREIA
- Abertura da Cirurgia cardíaca;- Abertura de 10 leitos para UTI Cardiológica;- Implantação da especialidade de Gastropediatria;- Implantação do ambulatório de Gastropediatria;- Implantação da Cirurgia de Abdômen agudo – 24h;- Abertura de 06 leitos de cirurgia/emergência;- Oferta de exames de Arteriogra�a e do serviço de Hemodiálise;- Inauguração do Centro de Oncologia.
- Reforma das emergências adulto e pediátrica;- Implantação do Programa em Atenção à Saúde do Idoso;- Implantação do novo Centro de Reabilitação para atender às crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus;- Início ao processo de habilitação, junto ao Ministério da Saúde, de mais 04 Leitos Integrais em Saúde Mental;- Climatização do refeitório e reforma da sala vermelha pediátrica e refeitório.
ARCOVERDERUY DE BARROS CORREIA- Implantação do novo Ambulatório;- Climatização de todas as enfermeiras;- Construção da Casa de resíduos sólidos;- Implantação do serviço de cirurgias eletivas nas especialidades de Cirurgia Geral, Pediátrica e Ginecológica;- Implantação da sala pós-anestésica no bloco obstétrico;- Construção da sala amarela com 07 leitos na emergência.
SERRA TALHADA
PROF. AGAMENON MAGALHÃES
- Construção da Lavanderia;- Implantação do Programa em Atenção à Saúde do Idoso;- Climatização das enfermarias, do isolamento e do posto de enfermagem da clínica médica, que possui 25 leitos;- Inauguração do centro de estudos e de evolução clínica da unidade, com nova mobília;- Ampliação da emergência de 10 para 22 leitos de observação;- Reforma e ampliação dos repousos do nível superior e médio;- Implantação do ambulatório de Saúde Indígena;- Implantação do serviço especializado ao paciente queimado;- Requali�cação e ampliação da emergência;- Requali�cação do repouso multipro�ssional feminino;- Climatização da clínica cirúrgica obstétrica e posto de enfermagem do setor.
CARUARUJESUS NAZARENO- Melhoria no parque tecnológico com aquisição de Carro de Anestesia e Autoclave de 300 litros;- Aquisição de 04 detectores de batimentos fetais;- Implantação do teste da orelhinha e do coraçãozinho;- Climatização da recepção, alojamento conjunto e pré-parto.
LIMOEIROFERNANDES SALSA- Recuperação do telhado;- Readequação do Bloco Cirúrgico e sala odontológica;- Climatização das enfermarias e pintura externa de toda unidade.
AFOGADOS DA INGAZEIRA
EMÍLIA CÂMARA
- Reabertura dos Leitos Integrais em Saúde Mental;- Instalação da Central de Gases.
INÁCIO DE SÁ
- Melhoria no serviço de imagem com aquisição de Gerador e Aparelho de Ultrassonogra�a;- Aquisição de equipamentos: 01 processadora de Raio-X, mesa cirúrgica ortopédica e 03 camas para o Pré-parto, Parto e Puerpério;- Pintura das emergências: Adulto, Pediátrica e Obstétrica;- Implementação das Cirurgias eletivas de Ginecologia;- Implantação do teste do olhinho;- Reforma da Clínica Cirúrgica.
SALGUEIRO
23
CARUARUREGIONAL DO AGRESTE- Iniciada implantação do serviço de tomogra�a com aquisição de 01 Tomógrafo e readequação física para instalação;- Lotação de pro�ssionais para adequação de escalas da UTI, Nutrição e Enfermaria;- Reequipagem de unidade por meio de recursos �nanceiros oriundos de emendas parlamentares.
PAULISTAMIRUEIRA- Implantação do serviço de Geriatria no ambulatório;- Ampliação do almoxarifado e arquivo da unidade;- Aquisição de 01 autoclave para o serviço de odontologia.
DOM MOURA- Pintura externa de toda unidade;- Aquisição de 02 ambulâncias de Suporte Avançado (com UTI) e 01 de Suporte Básico (USB).
GARANHUNS
HOSPITAL GETÚLIO VARGAS GANHANOVA EMERGÊNCIA
24
SES INVESTE R$ 4,6 MILHÕES NA COMPRA DE TOMÓGRAFOS
Para qualificar o atendimento aos usuários do SUS, a SES instalou, em março de 2018, um novo tomógrafo computadorizado no Hospital Getúlio Vargas, com capacidade para 550 exames/mês. O equipamento custou R$ 910 mil. Além de otimizar o atendimento dos pacientes, a tecnologia é importante para a formação profissional das equipes da instituição.
Outros três tomógrafos também foram adquiridos pela SES. Em 2017, foi colocado em uso o equipamento do Hospital da Restauração (HR), principal emergência do Norte e Nordeste. Em dezembro de 2018 foi a vez do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) inaugurar sua nova máquina. No Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru, está sendo finalizada a adequação da área que abrigará o tomógrafo. Ao todo, a SES investiu mais de R$ 4,6 milhões na compra de todos os equipamentos.
O Hospital Getúlio Vargas (HGV), referência na área de traumato-ortopedia, inaugurou, em setembro de 2018, a primeira etapa das obras de readequação da emergência da unidade de saúde, que totaliza uma área reformada de 1.443 m². O setor passou a contar com 72 leitos, uma ampliação de 44% em relação aos 50 existentes anteriormente. Ao todo, o Governo de Pernambuco investiu R$ 16,6 milhões nas obras e compra de equipamentos.
A nova emergência conta com salas sinalizadas de acordo com a gravidade do paciente, o que facilita a classificação de risco dos doentes, sala de gesso e de sutura, consultórios nas especialidades de clínica médica, cirurgia geral, traumatologia e cirurgia vascular, espaço para o serviço social, farmácia, sala de inalação/medicação e leitos de hemodiálise para pacientes em atendimento.
O espaço que abrigava a antiga emergência da unidade também está passando por reformas. Com essa nova fase, a emergência do HGV será ampliada para um total de 100 leitos, dobrando a capacidade. Ao todo, a área reformada será de 2.243 m².
PROADI-SUS: PARCERIA FOCA EM FORMAÇÃO PROFISSIONAL E QUALIFICAÇÃO
DO ATENDIMENTO Em quatro anos, o Ministério da Saúde (MS) e diversos hospitais de reconhecida excelência, por meio do Projeto de Reestruturação de Hospitais Públicos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), desenvolveram atividades em parceria com unidades pernambucanas visando a melhoria das condições de saúde dos usuários do SUS. Entre as áreas de atuação do projeto, a aplicação de estratégias de educação continuada, incorporação de novas tecnologias nos processos de gestão e readequação de medidas administrativas e de recursos.
Por meio da iniciativa, vem sendo possível fazer um redesenho dos fluxos internos assistenciais, administrativos e de gestão de risco das unidades participantes. A transferência de conhecimento também é uma constante, com encontros e capacitações periódicas com as lideranças dos hospitais filantrópicos. Uma das principais ações fomentadas pelo Proadi-SUS foi a implantação do Núcleo Estadual de Segurança do Paciente , que tem o objetivo de orientar os serviços de saúde quanto a sua importância e a criação de ações estratégicas, buscando a melhoria da qualidade da assistência e segurança do paciente e, consequentemente, com foco a reduzir a ocorrência de eventos adversos que são inerentes ao processo do cuidado.
Atualmente, 51 unidades de saúde já implantaram seus Núcleos de Segurança do Paciente, representando 86% dos serviços sob gestão estadual. As oito unidades que faltam já estão em processo de implantação. Permanentemente, a Coordenação de Qualidade e Segurança do Paciente da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apoia, orienta e faz visitas técnicas às unidades para qualificar as ações implementadas.
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URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: 7 MILPROFISSIONAIS CAPACITADOS
Além de ampliar o número de profissionais atuando nos seus serviços, a Secretaria Estadual de Saúde intensificou as atividades de capacitação e atualização dos profissionais da rede de urgência e emergência de todo o Estado, além dos municípios e das instituições filantrópicas e privadas. Entre 2015 e 2018, 7 mil pessoas participaram das atividades, que envolveram abordagens diversas com o intuito de padronizar as informações e a conduta a ser adotada com os pacientes, independente do local de atendimento. Com a tríplice epidemia das arboviroses (dengue, zika e chikungunya), além da
mudança do padrão da microcefalia e dos casos de doenças neurológicas relacionadas às arboviroses no Estado, a Gerência de Urgência e Emergência realizou diversas capacitações sobre tratamento, diagnóstico e reabilitação, contemplando mais de 2,6 mil participantes. Outros temas abordados no período foram doença falciforme, controle de infecção em UTI, urgências cardiovasculares, urgências oculares e conjuntivites, acidentes com animais peçonhentos, teste do coraçãozinho, oncologia, prevenção à mortalidade materna, entre outros.
PERNAMBUCO GANHA DOIS CENTROS DE DOENÇAS RARAS
Reforçando seu compromisso com a saúde da população pernambucana, o Governo do Estado inaugurou, em 2018, dois importantes equipamentos de saúde voltados, exclusivamente, para a assistência às pessoas que vivem com doenças raras. No Hospital Maria Lucinda, começou a funcionar o Centro de Doenças Raras de Pernambuco. Já no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), o Centro de Tratamento de Erros Inatos do Metabolismo (Cetreim) passou a receber investimento estadual para a qualificação do atendimento, se tornando também um serviço voltado para pessoas que convivem com doenças raras.
A implantação dos dois Centros foi possível graças a um convênio entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, e os hospitais Maria Lucinda e Imip. Os equipamentos são custeados integralmente pelo tesouro estadual. No serviço do Maria Lucinda, serão investidos, anualmente, R$ 2,7 milhões. Já no Centro do Imip, o investimento anual será de R$ 2,2 milhões. As estruturas desenvolvem suas atividades de maneira integrada e complementar, com regulação da SES, realizando o acompanhamento clínico
especializado multidisciplinar dos pacientes, além de atuarem na pesquisa e ensino científico, contribuindo também como polos de difusão de conhecimento para outras regiões do Estado.
Um protocolo especial orienta os profissionais de saúde e municípios sobre as doenças que são tratadas nos ambulatórios, entre elas, síndrome congênita do zika vírus, doenças relacionadas a erros inatos do m e t a b o l i s m o ( l i s o s s o m a i s , m i t o c o n d r i a i s , peroxissomais, aminoacidopatias, acidemias orgânicas, distúrbio de glicolisação, entre outras); e anomalias congênitas ou de manifestação tardia (doenças neuromusculares, cromossomopatias, e artrogriposes de origem genética).
A partir da indicação de um especialista, o município de origem do paciente faz a marcação da consulta por meio da Regulação Ambulatorial do Estado. Os pacientes encaminhados passam por triagem nos Centros, onde são avaliados pela equipe. Se houver a suspeita de alguma doença rara, é iniciado o acompanhamento para investigação e diagnóstico.
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27
O Centro de Doenças Raras do Maria Lucinda conta com equipe multidisciplinar e possui, na sua estrutura, laboratório de análises clínicas; exames radiológicos; laboratório especializado em investigação de erros inatos do metabolismo, em parceria com o Hospital das Clínicas de Porto Alegre; e laboratório de investigação genética, em parceria com o Laboratório Genomika. O serviço tem capacidade de atender, inicialmente, cerca de 100 pacientes por mês, com expectativa de ampliação.
No Imip, o Centro de Tratamento de Erros Inatos do Metabolismo (Cetreim), que atua desde 2012 no atendimento aos pacientes com doenças metabólicas, é considerado um dos maiores centros de reposição enzimática do mundo. Em 2017, cerca de 80 pacientes fizeram terapia de reposição enzimática para as doenças de Gaucher, mucopolissacaridoses, Fabry e Pompe. Além disso, a unidade realiza, em média, mais de 2 mil internamentos e 5,4 mil consultas por ano.
ESPECIALIDADES TRATADAS
UNIDADES
Doenças Autoimunes/ In�amatória(Miosite, Síndrome de Guillain Barre, Polineuropatias) .
Doenças relacionadas a Erros Inatosdo Metabolismo (Lisossomais,Mitocondriais, Peroxissomais,Aminoacidopat ias , AcidemiasOrgânicas, Distúrbio de Glicolisação,entre outras)
Anomalias Congênitas ou de manifestação tardia (Doenças Neuromusculares,Cromossomopatias, e Artrogriposes deorigem genética)
De�ciências Intelectuais secundáriasà doença rara conhecida, DoençasInfecciosas (Síndrome Congênita doZika Virus)
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SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA:PIONEIRISMO NA ASSISTÊNCIA O final de 2015 e o início de 2016 foi um período atípico para a saúde pública mundial, quando a Secretaria de Saúde de Pernambuco foi notificada da mudança no perfil da microcefalia, constatando depois que se tratava de uma nova doença: a Síndrome Congênita do Zika Vírus. Desde então, o Governo do Estado não mediu esforços para enfrentar este novo capítulo que Pernambuco e o Brasil estão escrevendo na literatura médica mundial. Em pouco mais de 2 semanas, profissionais de saúde pernambucanos elaboraram um protocolo de atendimento às crianças. Esse documento tornou-se referência mundial, e, um mês antes de qualquer outro Estado da Federação, Pernambuco iniciou a notificação da doença, com um sistema de vigilância já estruturado. Além disso, todos os esforços foram lançados para que nenhuma criança com a Síndrome ficasse sem atendimento, já se destacando no cenário nacional pela organização da rede de assistência.
Em 2015, apenas duas instituições atendiam as crianças com microcefalia em Pernambuco. Hoje, 32 unidades, distribuídas por todo o território, já oferecem a assistência, sendo 25 com serviços específicos de reabilitação – pelo menos um em cada uma das 12 Regionais da Saúde –, totalizando mais de 1,7 mil consultas mensais ofertadas. Vale destacar que todas as equipes dos serviços de referência receberam capacitação para prestar esse tipo de assistência. Atualmente, das crianças com diagnóstico positivo para a doença no Estado, 96% estão inseridas na rede de reabilitação. E as sem acompanhamento de reabilitação, não estão tendo as informações atualizadas pelos seus respectivos municípios, não apresentam alteração no desenvolvimento, ou mudaram de Estado.
? MARÇO2015 1
OUTUBRO2015 3
JUNHO2015
NOVEMBRO2015
2
4
Doenças exantemáticas a esclarecer em Pernambucoe outros estados do Nordeste
Noti�cação de Pernambuco para o MSInstituição da Noti�cação imediata e compulsória deMicrocefaliaReunião OPAS/MS/SUSPrimeira versão do Protocolo Clínico e EpidemiológicoInvestigação de campo (EPISUS)
Con�rmação dos primeiros casos de Zika em Pernambuco
Monitoramento semanal com o governadorOrganização da rede de referência
Declaração de situação de emergência estadual e nacionalMinistério da Saúde con�rma a relação do vírus zika e o
surto de microcefalia
DEZEMBRO2015 5 Segunda versão do Protocolo Clínico Epidemiológico
Noti�cação de Gestantes com exantema
JANEIRO20166OMS declara situação de emergência internacional
FEVEREIRO2016 7
Ações interesetoriais para o controle vetorial: atuação do ComitêEstadual de Combate ao Aedes aegypti e do Centro Integrado deComando e Controle Regional (CICCR), monitorando ações decombate ao mosquito, além da coleta e análise das informaçõessobre os indicadores epidemiológicas das doenças
MAR/ABR20168
Busca ativa de casos noti�cados com classi�cação de microcefaliae microcefalia severa para encerramento da investigação
Início da realização de mutirões com o objetivo de encerrar oscasos em investigação
NOV/DEZ2016 9 OMS encerra situação de emergência internacional
Publicação das novas orientações do MS
MAIO201710Encerramento da Situação de Emergência Nacional
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s respostas de Pernambuco à Síndrome Congênita do Zika AVírus foram motivos de elogios de entidades internacionais ligadas à saúde. Em fevereiro de 2016, no auge da doença, a
então presidente da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margareth Chan, visitou o Estado e afirmou que os protocolos criados e implantados em Pernambuco sobre cuidados para bebês com malformações neurológicas seriam referência para todo o planeta. "Vamos disseminar esse trabalho para que todo o mundo possa se beneficiar do excelente trabalho vindo deste país".
Mais recentemente, em junho de 2018, o representante da Organização Panamericana de Saúde da Organização Mundial de Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Joaquín Molina, destacou, durante seminário em Pernambuco, a rapidez nas respostas aos primeiros casos atípicos de microcefalia no final de 2015. “A atuação destacada da vigilância em saúde no Estado foi essencial para que conseguíssemos dar respostas efetivas durante a eclosão da Síndrome Congênita do Zika e dos primeiros casos de microcefalia no ano de 2015".
AGOSTO2017
JUNHO2016
12
24
DEZEMBRO2015
MARÇO2016
2632
SETEMBRO2015
LOCAIS DE ATENDIMENTOCRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS
02
Em outra ação pioneira no Brasil, Pernambuco conta, desde 2016, com o Núcleo de Apoio às Famílias de Crianças com a Síndrome Congênita do Zika Vírus, que faz o acompanhamento de cada paciente com microcefalia, ouvindo permanentemente as famílias com o intuito de fazer a interlocução entre os responsáveis pelas crianças e os dispositivos da rede de saúde. Quando os problemas são apontados, o Núcleo atua para resolvê-los.
Por se tratar de um evento novo e sem precedentes na literatura médica, a Secretaria Estadual de Saúde está atenta ao desenvolvimento das crianças e, a partir do surgimento das necessidades, tem atuado para garantir o tratamento específico. Desta forma, o Estado já vem ofertando a especialidade de gastropediatria, a realização de cirurgias ortopédicas específicas, distribui medicamento para evitar crises convulsivas e já está oferecendo tratamento com toxina botulínica para os pacientes que
apresentam rigidez muscular.
Esses dados apenas ressaltam a resposta efetiva que o Governo de Pernambuco, a comunidade científica e as próprias famílias estão dando à doença. No entanto, este trabalho é permanente. Primeiramente para avançar na eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, freando um novo surto de casos de zika e, em outra frente, para acompanhar a evolução dessas crianças e das novas necessidades que serão colocadas. Além disso, ainda há inúmeras perguntas sem respostas sobre a própria Síndrome. Para começar a desvendar essas questões, o Governo de Pernambuco tomou uma iniciativa pioneira de fomento à pesquisa científica nessa área, com o investimento de R$ 4 milhões, via Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia (Facepe), para apoio às pesquisas que buscam identificar e conhecer melhor a doença e o vírus da zika.
Margareth Chan - Presidente da OMS entre 2007 e 2017
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VIGILÂNCIA GARANTE REDUÇÃO DOS CASOS DE ARBOVIROSES
ENTRE 2016 E 2017, HOUVE UMA REDUÇÃO NOS CASOS CONFIRMADOS DAS ARBOVIRORES:
-85% -96% -100%DE DENGUE DE CHIKUNGUNYA DE ZIKA
Após o enfrentamento de um ano epidêmico para as três arboviroses – dengue, zika e chikungunya –, a partir do segundo semestre de 2015, Pernambuco vem avançando significativamente na redução dos coeficientes de incidência da tríplice epidemia. Desde agosto de 2016, o Estado registra diminuição dos casos confirmados de infecções virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, caracterizando, assim, a saída da zona epidêmica.
Enquanto em 2016 foram registrados mais de 37,5 mil casos confirmados de dengue, no ano seguinte foram menos de 6 mil, assinalando uma redução de 85%. Os casos confirmados de chikungunya também saíram dos 29 mil casos confirmados para 1,1 mil, de um ano para outro, apontando uma redução de 96%. Em 2016, foram 179 ocorrências confirmadas de zika. Já em 2017, não houve nenhuma confirmação laboratorial.
O impacto da diminuição dos casos de arboviroses tem relação direta com o controle da Síndrome Congênita do Zika (SCZ). Neste ano de 2018, houve apenas 2 registros de bebês nascidos vivos com a doença. Outros 13 casos confirmados são relativos aos anos anteriores. Entre 2015 e 2017, quando houve o início das notificações, foram confirmadas 461 crianças com a síndrome.
Para fomentar e assegurar as ações realizadas para o controle do Aedes
aegypti, junto aos municípios p e r n a m b u c a n o s , a l é m d a s supervisões e visitas técnicas às cidades, capacitações e treinamentos para a eliminação de criadouros, ocorreu a contratação de 12 técnicos de saúde para atuarem em todas as Gerências Regionais de Saúde (Geres) a fim de fortalecer a vigilância e controle da incidência dos casos e da infestação do mosquito de forma regionalizada. Ainda há cinco técnicos atuando no nível central.
O Estado também atuou para ampliar a aquisição e distribuição de materiais e equipamentos. Foram entregues mais de 220 mil itens para as cidades em situação de risco, entre veículos para pulverização, bombas costais manuais e motorizadas, máscaras e fi l t ro s f a c i a i s , v e s t i m e n t a s impermeáveis, luvas e óculos de proteção, além de materiais de campo para ações dos agentes de controle de endemias, como lanternas, tubos de ensaio para capturas de larvas, pranchetas, capas para caixa d’água, entre outros produtos.
Outra importante medida foi a realização de reuniões sistemáticas trimestrais do Comitê Estadual de Mobilização Social e fóruns mensais com apresentação da situação atual d a s a r b o v i r o s e s e t e m a s correlacionados para secretários municipais e profissionais de saúde. Entre 2015 e 2017, 15 encontros permitiram a troca de informações para aprimorar a vigilância.
Desde 2015, quando foram d e t e c t a d o s o s q u a t ro s o r o t i p o s d a d e n g u e circulando ao mesmo tempo, fato até então inédito, e outros dois agentes infecciosos, o da chikungunya e o da zika, todos os vírus transmitidos pelo Aedes, Pernambuco vem investindo sistematicamente no sentido de enfrentar as epidemias. Ao todo, já foram investidos mais de R$ 38 m i l h õ e s n a s a çõ e s d e enfrentamento às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Com esse valor, foram realizadas ações de combate ao mosqu i to , compra de equipamentos (material de campo, bombas costais, EPI) e campanha de mídia, além de verba utlizada para estruturação de centros regionais de atenção às crianças com microcefalia.
INVESTIMENTOS
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CHIKUNGUNYA: AMBULATÓRIO ACOMPANHA PACIENTES COM QUADRO CRÔNICO
Desde agosto de 2016, o Ambulatório de Acometimento Articular da Chikungunya, implantado no Hospital Getúlio Vargas (HGV), realiza o atendimento e acompanhamento de pacientes com dores articulares crônicas provocadas pela febre chikungunya. A estrutura conta com reumatologistas para o atendimento a pacientes com mais de 15 dias de dor articular após o início dos sintomas (fase subaguda e/ou crônica).
Durante o acompanhamento, é possível o tratamento com imunossupressores nos casos refratários e o diagnóstico diferencial com outras doenças reumatológicas, além do diagnóstico sorológico disponível na unidade e fisioterapia motora quando indicado. Por mês, o ambulatório recebe uma média de 150 pessoas.
Além desse serviço, a rede de reumatologia estadual está presente em todas as macrorregiões de saúde do Estado, por meio das Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs) de Caruaru, Garanhuns, Salgueiro, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, que também dispõem de fisioterapia motora. Os hospitais das Clínicas (HC) e Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) também ofertam a especialidade de reumatologia. A marcação é feita pelos municípios de residência do usuário juntamente com a Regulação Ambulatorial do Estado.
ÓBITOS: NOVO PROTOCOLO DÁ AGILIDADE E SEGURANÇA ÀS DISCUSSÕES
De forma pioneira, para garantir maior agilidade e qualidade nas discussões e classificação final, confirmação ou descarte de casos de arboviroses que evoluíram para óbito, Pernambuco lançou, em setembro de 2018, um novo protocolo estadual para auxiliar nas investigações e orientar serviços locais e regionais.
O documento apresenta elementos operacionais, informações e instrumentos essenciais para se executar de maneira correta e completa a investigação dos casos no âmbito domiciliar, hospitalar e laboratorial. Equipes de vigilância, atenção à saúde, profissionais de laboratório e
patologistas, sob a coordenação de infectologistas, revisam todos os dados dos pacientes que evoluíram para o óbito, qualificando a discussão para sua classificação final, confirmando ou descartando as hipóteses diagnósticas das arboviroses.
Após a instituição do Comitê, houve a ampliação das discussões dos casos, de forma sistematizada. Enquanto em 2015, foram discutidos 37 casos; em 2016, 59 discussões; em 2017 este número saltou para 228, resultando em uma ampliação de 516% nas análises.
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PE INICIA MONITORAMENTO POR APLICATIVO DE CELULARO uso da tecnologia para reforçar o combate às arboviroses também foi uma iniciativa lançada em 2018 pela Secretaria de Saúde, permitindo a aplicação e consolidação das informações em tempo real e de forma integrada entre os municípios e o nível central. O projeto-piloto envolve, inicialmente, três Regionais de Saúde – Caruaru, Salgueiro e Goiana –, beneficiando 49 cidades pernambucanas.
Para isso, foram elaborados manuais operacionais e técnicos para atualização do número de imóveis dos municípios para reconhecimento geográfico, além do manual de vigilância dos casos de arboviroses que evoluíram ao óbito. Cinco capacitações, envolvendo
6 7 3 a g e n t e s d e co n t ro le d e e n d e m i a s , 8 6 supervisores, 49 coordenadores e 49 digitadores foram realizadas pela equipe de Vigilância das Arboviroses.
Após o término das qualificações, os agentes serão equipados com telefones celulares que já estarão com aplicativos instalados, permitindo, assim, substituir os relatórios impressos das visitas domiciliares realizadas pelos agentes, além de mapear os locais com focos do mosquito e receber informações sobre casos das doenças. A ferramenta já é utilizada pela Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul, que cedeu a tecnologia para Pernambuco.
FOTOASE FAZER
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ESTADO REGISTRA MENOR ÍNDICE DEMORTALIDADE INFANTIL DA HISTÓRIA
As políticas públicas implantadas em Pernambuco com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência à saúde para a prevenção e redução da mortalidade infantil já mostram resultado. O Estado registra, atualmente, o menor índice de mortalidade infantil da história da saúde pública pernambucana. O índice de 2017 (dado mais recente) é de 13,7 óbitos infantis a cada mil nascidos vivos. Nos últimos dez anos, a taxa de mortalidade infantil teve uma queda acumulada de 35,1%, passando de 20,1 em 2007 para o patamar atual de 13,7. Analisando a série histórica, no período específico entre 2015 e 2016, foi registrado um aumento da Taxa de Mortalidade Infantil, apesar de uma redução de 3,4% no número de óbitos
infantis (foram 2.264 óbitos de menores de 1 ano em 2015, contra 2.188 em 2016). Esse fato sofreu o efeito da redução de 8,4% no número de nascidos vivos de mães residentes no Estado, já que a taxa é obtida a partir do número de óbitos de crianças menores de um ano de idade dividido pelo número de nascidos vivos multiplicado por 1.000. Assim, a taxa de mortalidade aumenta se o número de nascidos vivos diminui. É importante ressaltar que, nesse período, o Estado registrou uma epidemia da Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ) e o desconhecimento dos seus efeitos, acrescido dos fatores condicionantes para ocorrência dos óbitos infantis, pode justificar, em parte, o aumento da taxa em 2016.
Entre as ações do Governo de Pernambuco que foram fundamentais para essa expressiva redução está o Programa Mãe Coruja, presente em 105 municípios pernambucanos. Além disso, destaca-se a qualificação da rede materno-infantil, com o estímulo ao parto normal, a ampliação de acesso aos métodos contraceptivos e a formação contínua dos profissionais da rede. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado tem atuado na implantação do pré-natal de alto risco na rede própria, principalmente no Interior, nos hospitais regionais e nas Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs), com o objetivo de qualificar a assistência ao pré-natal de alto risco e, assim, reduzir o número de internamentos excessivos por conta de problemas durante a gestação.
2011
2011
2010
2010
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL EM PERNAMBUCO
ÓBITOS INFANTIS EM PERNAMBUCO
*NÚMERO DE ÓBITOS INFANTIS (MENORES DE 01 ANO) / 1000 NASCIDOS VIVOS
17,2
2496
15,7
2352
2007
2007
2008
2008
2009
2009
19,4
2970
20,1
3229
18,1
2928
2016
2016
2015
2015
2012
2012
2013
2013
2014
2014
2017
2017
14,7
2264
15,8
2188
16,0
2400
16,1
2413
14,9
2270
13,7
1970
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MORTALIDADE MATERNA TAMBÉM EM QUEDA
Ao contrário do atual cenário brasileiro, que aponta um crescimento da taxa de mortalidade materna de 62 em 2015 para 64,4 em 2016 (dados mais recentes), Pernambuco vem registrando queda no indicador, que diminuiu de 60 em 2015 para 58,1 em 2016 (abaixo da média nacional). Durante o período, Pernambuco figura entre os 11 estados brasileiros que conseguiram reduzir a taxa. Em todos os outros 16 houve aumento no indicador. No Nordeste, além de Pernambuco, apenas Alagoas e Bahia também registraram queda.
Em 2017, o Hospital Agamenon Magalhães (HAM) implantou o Projeto Redução de Mortalidade Materna (RMM), uma parceria entre a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, a empresa farmacêutica MSD e a Secretaria de Saúde de Pernambuco. Em um ano, o projeto-piloto, que tinha como objetivo inicial uma diminuição de 30% na taxa de mortalidade materna no referido hospital, superou a expectativa e atingiu 54,23% de redução em sua conclusão.
As ações se iniciaram em 2016 com as primeiras avaliações diagnósticas e capacitações das lideranças do HAM, incluindo cerca de 100 profissionais e treinamento de mais de 200 funcionários envolvidos diretamente na assistência. Em maio de 2017, as mudanças institucionais começaram a ser colocadas em prática, com a implantação de protocolos assistenciais para as principais condições ameaçadoras à v ida das gestantes (sepse, prevenção de tromboembolismo venoso, hemorragia, hipertensão, por exemplo), processos de análise de eventos adversos, reestruturação do comitê de óbitos, análise de custos
envolvidos com o atendimento subótimo das gestantes e/ou com uma morte materna, dentre outras medidas.Além disso, por se tratar de uma maternidade de referência para todo o estado de Pernambuco, mais de 200 gestores e profissionais de outras unidades de saúde da rede de assistência estadual também foram capacitados para identificar os casos mais graves e com r isco de morte para as gestantes , ag indo adequadamente para que elas tivessem um parto seguro e sem consequências negativas também para os bebês. Assim, o projeto teve uma repercussão positiva também a nível estadual, com a replicação de boas práticas e capacitação de profissionais de toda a rede.
Assim, o projeto Redução de Mortalidade Materna já está sendo replicado na rede materno-infantil de Pernambuco. Gestores de outras unidades também foram capacitados, reforçando a assistência como um todo. Além disso, a SES tem organizado capacitações abordando temas como boas práticas na obstetrícia e na atenção ao parto e nascimento, planejamento reprodutivo, pré-natal de alto risco, assistência ao parto humanizado. Mais de 5,5 mil profissionais já participaram dos cursos.
AUMENTOU EMRELAÇÃO A 2015
DIMINUIU EMRELAÇÃO A 2015
Fontes: Ministério da Saúde eOrganização Mundial da Saúde
PARCERIA NO HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃESATINGE RESULTADOS ANIMADORES
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As ações de vigilância em saúde também foram fundamentais para os bons resultados alcançados por Pernambuco na redução da mortalidade infantil e materna. A SES, em parceria com os municípios, fortaleceu, nos últimos anos, o monitoramento dos indicadores incluídos no Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQAVS). Com isso, pela primeira vez, o Estado assegurou 100% dos incentivos do programa federal, totalizando, em 2017, R$ 3,1 milhões. Criado pelo Ministério da Saúde em 2013, o PQAVS abrange 15 indicadores, entre eles o número de exames de sangue para detecção de sífilis em grávidas e percentual de cobertura vacinal nas crianças. O
programa define compromissos e responsabilidades para as três esferas de governo: federal, com financiamento e apoio técnico; estadual e a municipal, buscando induzir a implementação de iniciativas que garantam a melhoria das ações de vigilância em saúde. Pelo programa, os estados e municípios que cumprem as metas preestabelecidas recebem mais recursos do Ministério da Saúde. A partir do aumento dos recursos, o Governo do Estado tem investido cada vez mais na qualificação dos serviços, apoiando os municípios e as Gerências Regionais de Saúde, além de promover ações e compra de equipamentos com o objetivo de fortalecer as atividades das equipes que atuam nesta área.
AÇÕES DE VIGILÂNCIA TAMBÉM CONTRIBUEMCOM MELHORIA NOS ÍNDICES
R$ 2.500.000,00
R$ 2.000.000,00
R$ 1.500.000,00
R$ 1.000.000,00
R$ 500.000,00
2014 2015 2016 2017 2018
R$ 3.500.000,00
R$ 3.000.000,00
INCENTIVO MÁXIMO
INCENTIVO RECEBIDO
%
R$ 3.120.102,43
R$ 1.560.051,22
50,00%
R$ 3.148.976,45
R$ 787.244,11
25,00%
R$ 3.148.976,45
R$ 1.574.488,22
50,00%
R$ 3.156.165,92
R$ 1.578.082,96
50,00%
R$ 3.169.826,39
R$ 3.169.826,39
100,00%
50% 50%
50%
100%
25%
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MÃE CORUJA JÁ BENEFICIOU MAIS DE 191 MILMULHERES E 155 MIL CRIANÇASHá dez anos, o Governo do Estado uniu nove secretarias no Programa Mãe Coruja Pernambucana com o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil , desenvolvendo ações estratégicas e intersetoriais nos eixos de saúde, educação e desenvolvimento social; cultura, esporte e lazer. Com isso, objetiva-se garantir às mulheres uma gestação de qualidade e um bom período posterior ao parto; e às crianças o direito a um nascimento e desenvolvimento saudável e harmonioso. Na SES, o Programa atua, nas áreas de: saúde da mulher, parto humanizado, imunização, aleitamento materno, segurança al imentar e nutricional, monitoramento da criança de risco, entre outros.
Atualmente, o Programa Mãe Coruja está implantado nas 12 Regionais do Estado, total izando 105 municípios, sendo os municípios de Recife e Ipojuca de gestão municipal com cooperação técnica do Estado. Desde 2008, o Programa cadastrou e acompanhou mais de 191.573 mulheres e 155.623
crianças. As iniciativas ligadas à saúde englobam o t r a b a l h o e m c o n j u n t o c o m a V i g i l â n c i a Epidemiológica, resultando no fortalecimento dos Grupos Técnicos de Vigilância dos óbitos maternos, fetais e infantis, atuando no auxílio e na coleta de informações e monitoramento dos encaminhamentos e recomendações; e a implantação do Plano Operativo para redução da mortalidade infantil, além da reativação do Comitê Estadual de Prevenção e Redução da Morta l idade In fant i l e Feta l de Pernambuco, junto com a Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.
Com essas ações, o Programa Mãe Coruja constatou a melhoria do indicador de gestantes com vacina antitetânica, realizando um trabalho intersetorial e integrado com as coordenações estadual, regional e municipal de Imunização, totalizando 94% das gestantes vacinadas em todos os municípios que contam com gestão estadual.
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PREMIAÇÃO
PRÊMIOS
O Mãe Coruja teve seu trabalho reconhecido em diversas ocasiões. Em 2015, o Programa ficou em 1º lugar em Modelo de Gestão de Política Pública (2015) pela Organização dos Estados Americanos (OEA); e o 8º Prêmio Márcia Dangremon (CEDCA) - Pessoa Jurídica de Direito Público (2016). O sistema informatizado “SIS Mãe Coruja” também foi premiado na 16ª edição do Prêmio Excelência em Governo Eletrônico, na categoria Administração Pública, para cadastramento e acompanhamento das gestantes e das crianças, para monitoramento das ações e avaliação de resultados, via web e interligado a todas as áreas.
2015 – Modelo de Gestão de Política Pública pela Organização dos Estados Americanos (OEA)2016 – 8º Prêmio Márcia Dangremon (CEDCA) - Pessoa Jurídica de Direito Público2017 – 16ª edição do Prêmio Excelência em Governo Eletrônico, na categoria e Administração Pública
CONSCIENTIZAÇÃO E FORMAÇÃO – Para ampliar o número de doadores e de transplantes, a Central de Transplantes tem investido na conscientização do público e na constante atualização dos profissionais de saúde sobre o tema. Entre 2015 e 2018, foram realizadas oito campanhas de incentivo à doação de órgãos; seis simpósios para profissionais e estudantes de saúde; sete cursos de formação de coordenadores estaduais de transplantes nos municípios de Recife, Caruaru e Petrolina; 70 cursos de capacitação/atualização para hospitais públicos, filantrópicos e privados no Recife, em Caruaru e em Petrolina; e 11 cursos sobre diagnóstico de morte encefálica, com mais de 200 médicos participantes.
CENTRAL DE TRANSPLANTES BATE RECORDE DE PROCEDIMENTOS
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O ano de 2017 ficou marcado na história da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) com a marca do maior número de procedimentos realizados. Foram 1.790, 5,9% a mais do que o recorde anterior, de 1.690, em 2012. Esse ano também bateu o recorde no número de transplantes de rim (404) e de coração (54). Entre os fatores que ajudaram a alavancar o número de pessoas transplantadas em 2017, esteve o empenho para retomar, em junho daquele ano, o status de córnea zero. Isso significa que todo paciente que tiver indicação para esse tipo de transplantes, depois de realizar os exames necessários para ser inscrito na fila de espera, fará o procedimento em até 30 dias. Só em 2017, 968 pessoas saíram da fila por uma córnea.
Com esses dados, o Estado tem mantido posição de destaque no ranking nacional, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Em 2016 e 2017, e até junho de 2018, Pernambuco se mantém na quinta colocação entre os Estados que mais fazem transplantes, sendo o melhor colocado no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Já em 2017 e até junho de 2018, Pernambuco ficou em segundo lugar no número de transplantes de coração. Outro fato a comemorar é a diminuição da negativa familiar, que é quando os familiares não aceitam fazer a doação de órgãos e tecidos do potencial doador. Em 2017 e 2018 (até outubro), a negativa se mantém abaixo de 50%.
* Dados entre janeiro e outubro de 2018.
TRANSPLANTES REALIZADOS 2015 2016 2017 2018*
TOTAL 1.348 1.464 1.790 1.396
2º LUGAR NO NÚMERO DE TRANSPLANTES DE CORAÇÃO
2º
1º LUGAR NO NORTE/NORDESTE/CENTRO-OESTE NO NÚMERO DE TRANSPLANTES
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CT-PE
3
Em 2018, o Brasil fez uma força-tarefa para evitar a propagação dos casos de sarampo, além de ter reforçado a proteção contra a poliomielite, fora de circulação em território nacional desde 1989. Em todo o país, mais de 11 milhões de crianças entre 1 ano e menores de 5 (4 anos, 11 meses e 29 dias) estavam aptos a participar da iniciativa.
Em Pernambuco, eram mais de 540 mil. Em um grande trabalho de mobilização, que envolveu os gestores municipais e estaduais, além dos profissionais de saúde, o Estado conseguiu ficar entre os três que primeiro atingiram a meta da campanha, de imunizar, no mínimo, 95% do público contra a poliomielite e o sarampo. Até o final da campanha, Pernambuco atingiu uma população superior a 100% para as duas doenças.
Entre 2017 e 2018, o Estado também mostrou sua preocupação com a saúde coletiva ao atingir a meta mínima de imunização da população prioritária contra a influenza. Em 2017, 95% do público foi imunizado. Já em 2018, o quantitativo subiu para 97%.
Os dados mostram o esforço do Programa Estadual de Imunização no trabalho de mobilização do público, por meio de campanhas de mídia e divulgação periódica na grande
imprensa. Também foi feito um combate permanente às fake news que circularam sobre as vacinas, evitando quedas drásticas no público vacinado.
O Programa ainda focou na capacitação dos que trabalham na ponta. Só entre 2015 e 2018, foram mais de 1 mil profissionais capacitados sobre sistemas de informação e sala de vacina.
PROGRAMA DE IMUNIZAÇÃO AMPLIA COBERTURA
MUDANÇAS DO CALENDÁRIO VACINAL
1º dose a partir da 2 0 º s e m a n a d e g e s t a ç ã o o u n o puerpério (até 45 dias após o parto).
dTpa1º dose aos 15 meses, podendo ser aplicada a t é o s 4 a n o s . Implantada 2º dose para crianças de 4 até 6 anos.
VaricelaReforço ou dose única para garotos e garotas de 11 e 14 anos. Ampliada idade do reforço na infância: aos 12 meses, podendo ser aplicado até os 4 anos.
Meningite CAmpliado públ ico beneficiado: meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, além de pessoas vivendo com HIV/Aids e trans-plantados de órgãos sólidos ou de medula e pacientes oncológicos entre 9 e 26 anos.
HPV
1º dose aos 15 meses, podendo ser feita até os 4 anos.
Hepatite A 2º dose para pessoas até 29 anos. Entre 30 e 49 anos, é indicada apenas uma dose.
Tríplice viral
Única dose.
Febre amarela
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LAFEPE É REFERÊNCIA NA AMPLIAÇÃO DO ACESSO A MEDICAMENTOS
O Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes (Lafepe) atingiu os 50 anos de serviços prestados à saúde pública acelerando o ritmo de modernização e garantindo os padrões de produção, embalagem e distribuição.
No ano de 2015, a unidade, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde (SES), i n i c i o u u m p r o g r a m a d e investimentos, com aporte em torno dos R$ 40 milhões. O montante foi programado para capacitação de pessoal, qualificação e modernização d a e s t r u t u r a f í s i c a ( c o m reestruturação da fábrica de comprimidos), além da aquisição de insumos e novos equipamentos.
Desde então, diversas iniciativas estão sendo implementadas, como a expansão da ótica Lafepe, atualmente com, 31 unidades. Com isso, agora é possível adquirir óculos a partir de R$ 54,50. Ao todo, mais de 31 mil pessoas já foram beneficiadas. As farmácias também passam por processo de reestruturação física e investimentos na climatização, garantindo conforto e segurança para colaboradores e clientes. Ainda no âmbito da saúde ocular, o Lafepe criou o Projeto Visão do Futuro, realizado com patrocínio do Banco Itaú. A iniciativa beneficiou 3,5 mil alunos da rede pública de Pernambuco, gerou 500 consultas o f t a l m o ló g i c a s e e n t re g o u , gratuitamente, 300 óculos aos estudantes.
PARCERIAS – Com a garantia dos certificados de Boas Práticas assinados pela Anvisa, creditam-se ao Lafepe as habilitações necessárias a prosseguir nas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs). Essas parcerias com laboratórios privados têm como foco a ampliação do acesso a medicamentos e produtos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2017, o Lafepe destacou-se nacionalmente como o primeiro laboratório público a cumprir todas as etapas de PDP, internalizando a produção dos psicotrópicos Clozapina, Hemifurato de Quet iap ina e Olanzapina usados no tratamento de esquizofrenia e transtorno bipolar. O Lafepe ainda é referência na produção dos antirretrovirais Zidovudina + Lamivudina e o Ritonavir 100 mg.
Entre dezembro de 2017 e abril de 2018, o Lafepe teve novas parcerias aprovadas pelo Ministério da Saúde. As pr imeiras foram para os m e d i c a m e n t o s D a r u n a v i r e Dolutegravir (para tratamento de Aids, com os laboratórios Janssen e Blanver, respect ivamente) e Oseltamivir (antiviral para pacientes com o H1N1, em parceria com o Cristália). Laboratórios parceiros também fecharam contratos com o Lafepe para atender a população com o fornecimento dos remédios da cesta básica a preços acessíveis.
de comprimidos produzidos e repassados ao Ministério da Saúde, gerando um faturamento de mais de R$ 1,2 bilhão.
óculos vendidos nas farmácias do Lafepe a baixos preços. 31 MIL
900 MILHÕES
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*Dados de 2015 até 2018
FARMÁCIA EXPANDE SERVIÇOS E INCORPORA NOVOS TRATAMENTOS
TERAPÊUTICOSA assistência farmacêutica em Pernambuco tem ampliado, ano a ano, os serviços no Estado, que atualmente, é o maior incorporador de fármacos do Brasil. Desde 2010, foram publicadas 35 normas técnicas que resultaram na inclusão de mais 75 novos remédios, além dos medicamentos especializados que já são disponibilizados pelo programa. Com isso, a Farmácia de Pernambuco oferece de forma total 386 apresentações de medicamentos destinados ao tratamento de patologias específicas para a população pernambucana, de uso contínuo e de alto custo.
O remédio levetiracetam (Keppra), usado no tratamento de convulsões em pacientes com microcefalia, e o trastuzumabe, para pacientes oncológicos, passaram a ser disponibilizados gratuitamente em 2017. As incorporações são financiadas pelo tesouro estadual, que investe cerca de R$ 5 milhões/mês, enquanto recebe de financiamento do Governo Federal pouco mais de R$ 1 milhão/mês.
A ampliação do serviço também tem facilitado ainda mais o acesso aos remédios especializados. Atualmente, existem 32 unidades distribuídas em todo o Estado. Em 2007 havia apenas uma Farmácia, no bairro da Boa Vista, e um quantitativo de 10 mil usuários. Em 2015, a Farmácia de Pernambuco tinha 35 mil pessoas cadastradas; e, atualmente, presta atendimento a mais de 54 mil pacientes. Todo mês cerca de 1 mil pessoas ingressam no programa.
INOVAÇÃO – De forma pioneira, Pernambuco é o único Estado do Nordeste que participa do projeto piloto “Expansão do cuidado farmacêutico e do uso racional de medicamentos”, promovido pelo Ministério da Saúde (MS). A iniciativa, que contempla Minas Gerais e São Paulo, além do Distrito Federal, é voltada para profissionais que fazem a dispensação de remédios. O objetivo é expandir e desenvolver o serviço de acompanhamento farmacoterapêutico de forma estruturada.
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HEMOPE: 489 MIL COLETAS DE SANGUE EM 4 ANOS
O esforço em sensibilizar a população sobre a importância de ser doador de medula óssea e de sangue faz parte da rotina da Fundação Hemope há 41 anos. A organização, de caráter científico, educacional e assistencial, atua nas áreas de hematologia, hemoterapia, ensino e pesquisa. O órgão busca atender as necessidades de saúde da população em transfusão sanguínea, utilizada em atendimentos a pacientes clínicos e cirúrgicos, pacientes politraumatizados, realização de cirurgias na rede de saúde e no diagnóstico e tratamento das doenças do sangue.
Por ano, os hemocentros atendem, em média, 165 mil candidatos à doação, dos quais 130 mil conseguem realizar o ato. Isso proporciona a produção de, em média, 340 mil bolsas de hemocomponentes por ano, que são disponibilizadas a toda rede hospitalar do Sistema Único de Saúde do Estado. A busca constante é por doadores regulares e permanentes a fim de assegurar o estoque estratégico, para não comprometer o atendimento.
Nos últimos anos, a Hemorrede vem registrando oscilações no quantitativo de doações, levando o órgão a realizar campanhas de sensibilização e chamamento de doadores, principalmente nos períodos correspondentes a feriados prolongados e datas comemorativas. Fazendo um retrospecto, em 2015 foram realizadas 128.841 coletas de sangue; no ano seguinte, 132.665; em 2017 foram efetivadas 132.732 doações. No ano de 2018, até o mês de setembro, o Hemope contabilizou 95.626 coletas de sangue. Somando todos os anos, foram 489.864 coletas de sangue. Além da capital
pernambucana, os candidatos à doação podem comparecer aos centros de coleta nos municípios de Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Salgueiro, Petrolina, Ouricuri e Serra Talhada. É
preciso ter entre 16 e 69 anos e ter mais de 50 kg. Para os menores de 18 anos, é necessário autorização e
acompanhamento de um responsável durante a doação. No caso de maiores de 60 anos que queiram realizar a doação pela primeira vez, a iniciativa deve ser aprovada por um médico. A ação dura, em média, 50 minutos. A população pode tirar dúvidas pelo Disque Doação, no
0800.081.1535.
Além da doação de sangue, o público também pode se cadastrar como doador de medula óssea no Hemope.
De 2015 a setembro de 2018, o número de potenciais doadores cadastrados no banco de dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) foi de 31.370. Com isso, totalizam 131.245 doadores cadastrados em Pernambuco, um crescimento de 32,62% no período.
127.501projeção
DOAÇÕES DE SANGUE NO HEMOPE
20182017
128.841 132.665
2015 2016
132.732 95.626
*
31.370POTENCIAIS
DOADORES DE MEDULA ÓSSEA CADASTRADOS
(2015 a 2018)
*Dados até setembro de 2018
Entre maio e julho de 2017, enchentes atingiram a Mata Sul de Pernambuco, gerando danos materiais e de infra-estrutura, além de desabrigar milhares de pessoas. No entanto, graças à resposta rápida do Estado e às ações de prevenção desenvolvidas, não foi registrado, no período, nenhum surto de doenças, como leptospirose e doenças diarreicas agudas, comuns em situações como essas. Dentre o conjunto de ações realizadas pelo G o v e r n o d e P e r n a m b u c o n o atendimento às vítimas das chuvas, por meio da Operação Prontidão, a Secretaria Estadual de Saúde se mobilizou para prestar apoio aos municípios atingidos. .
Diariamente, equipes formadas por p r o fi s s i o n a i s d e v i g i l â n c i a ep idemiológ ica , ass istênc ia e regulação em saúde, além de engenharia, visitaram as regiões afetadas com o intuito de realizar o levantamento das principais necessidades. A SES promoveu, em parceria com os municípios afetados, mutirões de vacinação para atualizar os cartões da população. Ao todo, foram enviadas 44 mil doses de vacina para reforçar os estoques das cidades atingidas. Também distribuiu mais de 76 mil frascos de hipoclorito de sódio a 2,5% para as secretarias municipais de Saúde com o objetivo de purificar a água para uso e consumo
humano nas cidades atingidas pelas enchentes. Para auxiliar os municípios a reabastecerem seus estoques e reforçarem as ações de prevenção de doenças, o Governo de Pernambuco distribuiu pastilhas de cloro para a desinfecção de reservatórios de água; tiras de glicemia; aparelhos de medição de glicemia e insulina, garantindo o controle e tratamento aos pacientes diabéticos; além de
kits da própria Secretaria, com diversos medicamentos, insumos e equipamentos. .
Em Rio Formoso, uma das cidades mais atingidas e que teve seu hospital municipal fechado devido às fortes chuvas, o Governo de Pernambuco investiu cerca de R$ 104 mil para a reabertura da un idade . A lém das obras , a Secretaria Estadual de Saúde realizou a troca e melhoria dos equipamentos perdidos com as chuvas. Ao todo, mais de 27 itens
foram entregues. Durante o período em que o Hospital Municipal de Rio Formoso ficou fechado, a população ficou sendo atendida pelo Hospital de Campanha do Exército, que dispôs, diariamente, de 35 profissionais, entre médicos, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, oriundos da Marinha, do Exército, da Força Aérea, do Governo do Estado de Pernambuco e dos municípios atingidos. .
CHUVAS NA MATA SUL: AÇÕES DEPREVENÇÃO EVITAM DANOS À SAÚDE
44.205 DOSES
24.000 UNIDADES
25.190 UNIDADES
76.800 FRASCOS
1.000 UNIDADES
110 UNIDADES
120 UNIDADES
9.900 UNIDADES
1.000 UNIDADES
VACINAS
TIRAS GLICÊMICAS
INSUMOS MÉDICO-HOSPITALARES
HIPOCLORITO DE SÓDIO
PASTILHAS DE CLORO
MICRONEBULIZADORES
GLICOSÍMETROS
MEDICAMENTOS
KITS DE SAÚDE BUCAL
OPERAÇÃO PRONTIDÃOINSUMOS ENVIADOS AOS MUNICÍPIOS
HOSPITAL DE CAMPANHA
690
294
33
2.145
1.948
127
PEDIATRIA
PROCEDIMENTOS
ORTOPEDIA
EXAMES-DIAGNÓSTICOS
CLÍNICA MÉDICA
REMOÇÕES
CONSULTAS
TOTAL DE CONSULTAS
TOTAL DE ATENDIMENTOS
ATENDIMENTOS
2.671
5.237
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*Dados de 02/06/2017 a 04/07/2017
Entre as prioridades da gestão da saúde nos últimos quatro anos, conferir de perto as ações desenvolvidas nas 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) ocupou lugar de destaque na agenda. Prova disso é a criação, em 2015, do Geres Itinerante, projeto da Secretaria Estadual de Saúde (SES) que promove a ida das áreas técnicas do órgão estadual e das gerências aos municípios que compõem cada Geres. Nesses encontros, o grupo avalia, em conjunto, os principais indicadores e dificuldades da região, traçando, com base nos assuntos discutidos, diversas agendas de intervenções compartilhadas.
Durante esse período, foram centenas de visitas aos municípios por meio do Geres Itinerante. Nesses encontros, além de analisar os indicadores de saúde, o projeto - que reúne profissionais de diversas áreas, como Vigilância, Assistência, Planejamento, Regulação, Atenção à Saúde e Intersetorialidade do Sistema Único de Saúde (SUS) - oferece apoio técnico aos gestores municipais, com o intuito de fortalecer as políticas públicas da saúde. Por ano, foram realizadas, em média, 180 capacitações, entre oficinas, cursos e seminários, nas 12 Regionais de Saúde, envolvendo não apenas gestores e profissionais, mas também usuários do SUS em Pernambuco.
Houve, ainda, a estruturação das Gerências Regionais, com realização de seleção pública para contratação dos novos gerentes. A reorganização da rede também permitiu implantação de serviços importantes, como o Núcleo de Apoio às Famílias de Crianças com Microcefalia e, dos Comitês Regionais de Prevenção aos Acidentes de Transportes Terrestres.
GERES MAIS PERTO DOS MUNICÍPIOS
797
180
44
VISITAS DOS TÉCNICOS AOS MUNICÍPIOS
CAPACITAÇÕES POR ANO
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NÚCLEO DE ECONOMIA FOMENTA USO EFICIENTE DOS RECURSOS NA SAÚDE
Em busca de maior eficiência na aplicação de recursos públicos na saúde, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) implantou em 2015, após assinatura de convênio com o Ministério da Saúde, o Núcleo de Economia da Saúde (NES-PE). A estrutura fomenta o uso racional dos investimentos a partir de uma cultura de informações econômicas para a tomada de decisões eficazes. As ações no Estado vêm mostrando resultados, uma vez que Pernambuco saiu do zero, em 2016, para 17 Núcleos de Economia da Saúde Hospitalares (NES-Hosp) implantados até 2018, além de outros 3 em andamento.
Na prática, o NES coordena as ações de Economia da
Saúde e Gestão de Custos nas unidades de saúde para a implementação dos Núcleos, dando todo o suporte técnico necessário. A equipe estadual também estimula a capacitação dos profissionais envolvidos no processo, investindo constantemente na formação especializada. Nesses quatros anos, cerca de 300 pessoas participaram de capacitações diversas, entre cursos, oficinas, palestras e especializações na área, gerando quase 40 publ icações de trabalhos científicos, bolet ins informativos, além de apresentações em Congressos.
Com o intuito de detectar os setores que demandam mais gastos, o NES também realizou um levantamento que
apontou os grupos de maiores custos nas unidades hospitalares pernambucanas. São eles: recursos humanos (61%); serviços de terceiros (23%); material de consumo (15%); despesas gerais (1%). Vale ressaltar que os custos com quadro de funcionários se encontram dentro dos parâmetros recomendados pelo Ministério da Saúde, que preconiza até 70% dos custos totais em uma unidade hospitalar. Ao monitorar o aperfeiçoamento da gestão pública, a Política Estadual de Economia da Saúde contribui não apenas com o funcionamento eficiente do SUS, mas também reforça o compromisso do Governo de Pernambuco em prezar pela transparência da gestão.
AMPLIAÇÃO DOS NES-HOSP EM PERNAMBUCO (2014-2018)
2018
02016 2017
9 17
TELESSAÚDE OTIMIZA FLUXO COM REUNIÕES À DISTÂNCIA
35 MILpro�ssionais bene�ciados
753Sessões de Telessaúde
Em apenas quatro anos, mais de 35 mil profissionais foram beneficiados com as ações desenvolvidas pelo Núcleo Estadual de Telessaúde. Criado em 2015, após elaboração estratégica da pasta e norteado por meio da Política Estadual de Telessaúde, o serviço tem como objetivo implementar e integrar as atividades de educação permanente, assistência e gestão para os diversos níveis de atenção à saúde no SUS, por meio das Tecnologias da Informação e Comunicação. Diariamente, são realizadas reuniões em alguma das três áreas de atuação – Teleassistência, Teleducação e Telegestão.
Mais do que agregar as ações nos diferentes segmentos da saúde, o Núcleo tem papel fundamental no funcionamento eficiente da gestão pública, já que as atividades desenvolvidas otimizam o trabalho dos profissionais, reduzindo significativamente os custos para o Governo do Estado com a pasta. A plataforma on-
line do Núcleo, além de reunir as principais informações sobre o serviço, conta com sistema de agendamento para marcação de videocolaboração por colaboradores da rede estadual de saúde.
Com presença forte nas ações da Secretaria Estadual de Saúde , o Núcleo Estadual de Telessaúde também implantou de forma pioneira ações em Telegestão, área que articula reuniões técnicas e administrativas à distância com as Gerências Regionais de Saúde (Geres). Atualmente, cerca de 70% das reuniões técnicas e administrativas da saúde em Pernambuco são realizadas online, em tempo real, por meio de videoconferência e webconferência.
*Dados de 2015 a outubro de 2018
GUIA ORIENTA E REFORÇA IMPORTÂNCIADA ATENÇÃO PRIMÁRIAA Atenção Primária é a porta de entrada da população aos serviços de saúde, tendo como foco a promoção e prevenção à saúde e atuando para que o paciente não necessite de serviços mais complexos de assistência. Para disseminar informações sobre a porta de entrada do sistema, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) lançou, em meados de 2017, o Guia Pernambucano de Atenção Primária. O material, disponibilizado impresso e on-line para os gestores e profissionais dos municípios, objetiva, principalmente, ampliar a resolutividade do Sistema Único de Saúde (SUS).
No Guia, destacam-se as principais áreas de atuação da Atenção Primária, que são as atividades relacionadas à saúde da criança e da mulher, controle da hipertensão e diabetes, controle da tuberculose, eliminação da hanseníase e ações de saúde bucal, além das atividades para as pessoas privadas de liberdade no sistema prisional, numa perspectiva de ampliação do acesso, humanização do cuidado e promoção das relações com as Políticas de Direitos Humanos. Além disso, a cartilha frisa para os gestores municipais todos os sistemas de in formações que prec isam ser alimentados e que são fundamentais para que, a partir da organização dos dados coletados, Estado e municípios possam analisar suas situações e desenvolverem desenvolverem políticas públicas.
O material ainda descreve os diversos programas federais e estaduais que dão apoio às atividades municipais, como o Programa Sanar, de enfrentamento a diversas doenças negligenciadas e o Programa Mãe Coruja, um dos programas sociais brasileiros de referência na área materno-infantil; além do Chapéu de Palha e Projeto Boa Visão.
Outras iniciativas descritas no Guia são gestadas pelo Governo Federal, como o Programa Brasil Sorridente, que busca garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população brasileira; e o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que estimula e valoriza o profissional de saúde que atua em equipes multiprofissionais no âmbito da Atenção Primária e da Estratégia de Saúde da Família.
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O Governo de Pernambuco vem ofertando consultas oftalmológicas para alunos, professores e servidores da rede estadual de ensino por meio do Projeto Boa Visão. A iniciativa, que é uma parceria entre as secretarias estaduais de Saúde (SES) e Educação (SEE) e o Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe), já atendeu 103.522 pessoas desde 2012, ano de criação do Projeto. Dessas, 65.497 precisaram de lentes corretivas.
O Boa Visão objetiva melhorar o desempenho dos alunos em sala de aula, bem como o desenvolvimento profissional de docentes e funcionários da rede, por meio do diagnóstico de problemas oculares e, quando necessários, a entrega de lentes corretivas. A triagem dos alunos é realizada no próprio ambiente escolar pelos professores e servidores das escolas, que são capacitados e recebem informações sobre os principais agravos que acometem a visão. Nos casos suspeitos, os triadores podem encaminhar os estudantes para consultas oftalmológicas.
A partir de 2015, o Projeto Boa Visão começou a ser implantado nas Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs), que passaram a ofertar, de rotina, as consultas oftalmológicas. A mudança proporcionou a interiorização das ações no Estado, com os atendimentos sendo realizados em oito unidades: Limoeiro, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Arcoverde, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns e Petrol ina. Só nas UPAEs, desde 2015, foram beneficiados 18.731 escolares, com prescrição de 15.055 óculos.
De 2015 a 2018, o projeto também desenvolveu ações paralelas em formato de mutirões em parceria com a Fundação Altino Ventura (FAV) e a ONG norte-americana OneSight nos municípios de Arcoverde, Salgueiro e Garanhuns. Nesse período, foram atendidos 11.255 alunos, sendo que 6.567 deles receberam diagnóstico indicativo para o uso de lentes corretivas.
Para ampliar o seu alcance, em agosto de 2018 o Boa Visão contemplou também os estudantes que se encontram em regime semi-aberto no Centro de
Ressocialização do Agreste, localizado em Canhotinho. Na ocasião, 133 reeducandos passaram por consultas e 126 receberam óculos corretivos. Os atendimentos aconteceram na UPAE de Garanhuns.
PROJETO BOA VISÃO JÁ BENEFICIOU MAISDE 100 MIL ALUNOS E PROFESSORES
No primeiro semestre de 2018, com o registro de a u m e n t o n o s c a s o s d e co n j u n t i v i t e e m Pernambuco, o Projeto Boa Visão realizou capacitação voltada aos profissionais médicos da Atenção Primária e da Rede de Urgência e Emergência, com o tema "Abordagem do Paciente com Queixa Oftalmológica e Conjuntivites". Ao todo, 239 médicos foram capacitados em nove Gerências Regionais de Saúde (Geres).
CAPACITAÇÃO
PERNAMBUCO AMPLIA ATENÇÃO À SAÚDE MENTALDestacando-se como um dos Estados brasileiros que mais reduziu o número de leitos hospitalares psiquiátricos de longa permanência, Pernambuco continua investindo em estratégias de expansão e fortalecimento da rede de atenção à saúde mental de base territorial.
Prova disso é que, nos últimos anos, a Gerência de Saúde Mental (Gasam) pactuou a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) em todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. Essas ações já mostram resultados expressivos: se em 2015 Pernambuco contava com 83 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) em 2018, o Estado contabiliza 137 unidades - o que equivale a um aumento de 61% na cobertura desse tipo de assistência.
Para garantir os direitos humanos e à saúde das pessoas em sofrimento psíquico, seja em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas ou por transtornos menta is , inc lus ive as que v i vem no in ter ior pernambucano, o Estado abriu mais 36 leitos integrais em saúde mental, distribuídos em cinco hospitais regionais. Com isso, totalizam 106 leitos integrais em todo o Estado. Todas as ações desenvolvidas na área
estão fundamentadas na Política Estadual de Atenção à Saúde Mental, aprovada por Resolução do Conselho Estadual de Saúde (CES/PE). Para articular as ações, a SES real iza qual ificações permanentes dos profissionais que atuam nas redes intra e intersetorial, além de apoiar e participar ativamente de Fóruns temáticos e dos colegiados regionais nas 12 Geres.
Além disso, vale destacar o forte processo de desinstitucionalização no Estado. Mais de 300 pacientes internados em hospitais psiquiátricos de longa permanência voltaram, nos últimos quatro anos, para as suas comunidades de origem. O Governo, em parceria com os municípios, vem ampliando serviços que possibilitem a ressocialização e o tratamento dessas pessoas em locais de base comunitária e territorial. Pernambuco dispõe, atualmente, de 95 residências terapêuticas, lugar de moradia para mais de 750 pessoas.
Há, ainda, auxílio-reabilitação psicossocial, por meio do Programa De Volta pra Casa, para pacientes que passaram por longas internações psiquiátricas. Atualmente, são mais de 450 beneficiários em Pernambuco, o que coloca o Estado na 4º posição nacional.
PACIENTES DESINSTITUCIONALIZADOS EM 4 ANOS340
RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS EM FUNCIONAMENTO
95
CAPS, UMA AMPLIAÇÃO DE 61% NOS ÚLTIMOS 4 ANOS
137
RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS EM FUNCIONAMENTO
106
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Em novembro de 2017, o Governo de Pernambuco institui o Comitê de Equidade e Educação Popular em Saúde do Estado. O grupo, coordenado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), é formado por órgãos estaduais, instituições de ensino, movimentos sociais e pelo controle social. O objetivo é fazer articulação, apoio técnico e monitoramento de políticas públicas específicas voltadas para População Negra, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), em Situação de Rua, do Campo, da Floresta e das Águas, da Educação Popular em Saúde e das Práticas Integrativas e Complementares.
A criação do Comitê atendeu as determinações de portaria ministerial que versa sobre a qualificação no Sistema Único de Saúde (SUS) com foco na equidade em saúde e na garantia de acesso às ações e serviços para toda população. O Governo do Estado reforça a importância das atividades em educação popular em saúde para que a população conheça melhor o SUS e auxilie na sua construção, fortalecimento e humanização. Esse trabalho
COMITÊ PROMOVE EQUIDADE E FORTALECE EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE
Durante os últimos anos, a Secretaria Estadual de Saúde atuou para ampliar o acesso da população aos serviços do Sistema Único de Saúde, principalmente para públicos vulneráveis ou historicamente negligenciados. Entre as ações dos últimos quatro anos, está a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional, implantada no Brasil em 2014 e que teve Pernambuco como o primeiro Estado a aderir à iniciativa.
A Política visa garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral no SUS. Atualmente, 23 equipes de Atenção Primária e Saúde Mental, totalizando cerca de 250 profissionais, são responsáveis por fazer o atendimento e acompanhamento dessa população. Essa organização possibilitou ampliar de 29%, em 2013, para um potencial de 83%, em 2018, de cobertura da população
privada de liberdade por essas equipes. Há, ainda, profissionais para monitorar os atendimentos e os indicadores de saúde, como dos casos de hanseníase, tuberculose e HIV/Aids, auxiliando, assim, nos encaminhamentos necessários.
Nos últimos anos, ainda foi qualificado o acesso e dispensação de medicamentos para a população privada de liberdade. O rol de insumos foi ampliado de 198 para 291 itens; e farmacêuticos foram contratados para compor as equipes. Já para tratar da saúde bucal, 20 consultórios odontológicos estão em pleno funcionamento.
Para que esse trabalho seja exitoso, a Secretaria Estadual de Saúde estruturou uma Coordenação Estadual, informatizou todas as equipes de saúde prisional e implantou a educação permanente desses profissionais.
SISTEMA PRISIONAL: ACESSO À SAÚDEFOI QUALIFICADO
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de educação também visa a construção de bases pedagógicas para a formação de equipes de saúde. Entre as atribuições do Comitê de Equidade e Educação Popular em Saúde está a realização de encontros com gestores, trabalhadores da saúde, conselheiros de saúde e lideranças sociais que atuam nos movimentos de mulheres, negros (as), quilombolas, do campo, floresta e das águas, população em situação de rua, juventude, população LGBT e ciganos sobre gestão participativa, controle social e políticas de promoção da equidade em saúde. É atribuído ao Comitê o apoio à formação de fóruns e comissões, bem como a elaboração das políticas ainda não implantadas no Estado.
Em seu primeiro ano de funcionamento, foi instituído um núcleo central, responsável por coordenar as ações desenvolvidas pelo Comitê e dar sustentação às Comissões Temáticas, que representam cada uma das políticas inseridas nesse dispositivo e que possuem caráter amplo de participação, sendo coordenadas por representantes de cada política de equidade inseridas no núcleo central.
POLÍTICA CONTEMPLA AÇÕES DE SAÚDE PARA POPULAÇÃO LGBTPernambuco é destaque por ter sido o primeiro Estado do Nordeste a possuir uma Política Estadual de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTs), criada em 2015. Entre as ações da iniciativa, está o trabalho para aliviar o sofrimento, dor e adoecimento relacionados aos aspectos de inadequação identitária, corporal e psíquica nas travestis e pessoas transexuais, além de garantir a atenção necessária durante todo o processo de redesignação sexual. A iniciativa é considerada uma grande conquista para essa população no âmbito do SUS no Estado.
Pernambuco é também um dos poucos Estados brasileiros que contam com um ambulatório espec ia l i zado para a população t rans . Em funcionamento no Hospital das Clínicas (HC), o Espaço Trans foi credenciado pelo Ministério da Saúde (MS) em novembro de 2014 para responder às demandas e necessidades de cuidado dessa população. É um dos cinco serviços habilitados no Brasil e segue as d i re t r i z e s q u e re g u l a m e n t a m o P ro ce s s o Transexualizador no SUS.
O ambulatório visa a integralidade da atenção a transexuais e travestis, por meio de intervenções com equipe interdisciplinar e multiprofissional (psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, médico ginecologista, urologista, endocrinologista, fonoaudiólogo entre outros). A Secretaria Estadual de Saúde tem o papel de fazer o acompanhamento das atividades do centro e atua na pactuação dos serviços em permanente qualificação da assistência.
Outro avanço comemorado pela SES foi a instrução normativa para o uso do nome social nos serviços de saúde do Estado. A iniciativa reforça a decisão do Governo do Estado de lançar estratégias de acolhimento humanizado com as especificidades de cada grupo. O Hospital Correia Picanço, referência estadual para o tratamento de doenças infecto-contagiosas, foi a primeira unidade a receber a equipe técnica da Coordenação Estadual de Saúde LGBT da SES para orientar os profissionais de saúde sobre a realização do atendimento correto desse público. A norma é um marco no trabalho de inclusão do público de travestis e transexuais nos serviços de saúde. De acordo com a portaria da SES, o nome social deve estar presente em todos os registros dos Serviços da Rede Pública de Saúde do Estado, como fichas de cadastro, formulários e prontuários. O nome social deverá ser colocado por escrito, antes do respectivo nome civil, que deverá estar entre parênteses em letras menores.
Entre os outros avanços conquistados pela Coordenação de Saúde LGBT da SES, com o aporte da Política Estadual de Saúde Integral da População LGBT, está a inserção das variáveis de orientação sexual e identidade de gênero nas fichas de notificação de violência; a ampliação dos Comitês Técnicos de Saúde LGBT nas Gerências Regionais de Saúde (Geres); o processo de interiorização da Política Estadual; e a ampliação da responsabilidade sanitária dos municípios do Recife e Camaragibe, que implantaram ambulatórios LGBTs. A Coordenação Estadual ainda realizou oficinas de capacitação de profissionais de saúde em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), seminários e encontros estaduais e regionais.
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IST/AIDS:78 MILHÕES DE PRESERVATIVOS FORAM DISTRIBUÍDOS
O Programa Estadual de IST/Aids/HV tem um papel importante na efetivação das políticas públicas de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (IST), além de atuar em ações para o diagnóstico e tratamento. Entre 2015 e 2018, o Programa distribuiu mais de 78 milhões de preservativos masculinos e femininos, além de 7 milhões de sachês de gel lubrificante para todos os municípios pernambucanos e entidades parceiras. O Programa também realizou 125 treinamentos, seminários, jornadas e visitas técnicas a serviços de saúde.
O trabalho do Estado também foi essencial para expandir o acesso à testagem rápida de HIV, sífilis e hepatites B e C, auxiliando no diagnóstico precoce e, consequentemente, no tratamento oportuno das pessoas infectadas. Entre 2015 e 2018, aumentou em 660% a distribuição dos testes para os serviços de
saúde: foram 206.716 em 2015 e 1.571.135 em 2018 (até o mês de setembro). Também houve uma ampliação expressiva no número de municípios que passaram a realizar a testagem rápida em gestantes na Atenção Primária. Em 2015, eram 38,9% das cidades pernambucanas, percentual que subiu para 92,4% até setembro de 2018.
Ainda na área de prevenção, o Programa distribuiu 136 mil latas de fórmula láctea infantil, beneficiando as crianças de mães com HIV até o 6º mês de vida, evitando a transmissão vertical. Já para ampliar a assistência às pessoas vivendo com HIV/Aids, o Estado fomentou a ampliação dos Serviços de Atenção Especializada em HIV/Aids (SAE), saltando de 30 para 37 – crescimento de 23%. No Recife, o SAE do Hospital Correia Picanço ganhou, em março de 2018, um ambulatório exclusivo para o acolhimento de criança exposta ou infectada pelo HIV
Em março de 2018, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) começou a fazer a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), mais uma estratégia de prevenção ao vírus. A profilaxia é voltada para populações consideradas mais vulneráveis e que tenham práticas sexuais de risco (trabalhadores do sexo, pessoas trans, gays e outros homens que fazem sexo com homens e casais sorodiferentes).
A PrEP é a combinação de dois medicamentos que impede que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo. Para receber a medicação profilática, de uso diário, o paciente precisa estar cadastrado no serviço do Huoc e comparecer a consultas periódicas. Hoje, mais de 120 já fazem uso.
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PrEP JÁ É REALIDADEMunicípios que realizam testagem rápida de gestantes
92,4%
2018*2015
38.9%
Distribuição de teste rápido de HIV, sí�lis e hepatite B e C
2018*2015
206.716 testes
entregues
1.571.135 testes
distribuídos
*Dados até setembro de 2018
*Dados até setembro de 2018
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SANAR ATUA NO COMBATE ÀS DOENÇAS NEGLIGENCIADASA vigilância e controle das doenças negligenciadas, intensificada a partir de 2011, com a criação do Programa Sanar, credita Pernambuco como o primeiro Estado brasileiro a desenvolver um programa específico para enfrentamento a essas enfermidades, que atingem, principalmente, as populações mais carentes. O objetivo da iniciativa é reduzir ou eliminar, enquanto problema de saúde pública, as seguintes doenças transmissíveis negligenciadas: esquistossomose, geo-helmintíases, Chagas, filariose linfática, leishmaniose visceral, tracoma, tuberculose e hanseníase. As ações de vigilância e controle são realizadas de forma transversal e integradas à atuação das equipes de saúde da família, buscando concentrar esforços na atenção primária para detecção precoce e tratamento adequado das pessoas.
Os principais resultados do Programa Sanar foram:
Esquistossomose (26 municípios prioritários)• 5.431 tratamentos de esquistossomose ofertados, entre 2015 e 2018• redução de 23% no percentual de positividade de esquistossomose, entre 2014 e 2017• redução de 28,6% no número de óbitos, entre 2015 e 2017
Geo-Helmintíases (108 municípios prioritários)• 1.191.399 escolares tratados nas campanhas de prevenção, entre 2015 e 2018• aumento de 11,5% na cobertura de tratamento de escolares nas campanhas, entre 2014 e 2018
Doença de Chagas (19 municípios prioritários)• 93.684 domicílios pesquisados quanto à presença de triatomíneos, no período de 2015 a 2018• 5.911 domicílios com ação de controle químico do vetor, de 2015 a 2018• redução de 66,7% no índice de infestação vetorial da Doença de Chagas, entre 2014 e 2018
Filariose• realização de 294.392 exames de gota espessa para vigilância ativa da doença em Jaboatão dos Guararapes,Olinda, Paulista e Recife• número de casos positivos encontrados no período de 2015 a 2018 foi compatível com o percentual preconizado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) para obtenção da certificação deEstado/país livre da filariose linfática• elaboração de dossiê a ser enviado para o Ministério da Saúde para obtenção do certificado de Estado/paíslivre da filariose linfática
Leishmaniose Visceral (11 municípios prioritários)• redução de 45,2% no coeficiente de incidência, entre 2014 e 2017• descentralização do diagnóstico por meio de teste rápido humano
Tracoma (14 municípios prioritários)• 53.320 examinados durante a realização de campanhas em escolares de 60 municípios e no Distrito deFernando de Noronha, em 2016 e 2018• 7.756 examinados nas ações de prevenção, diagnóstico e tratamento, em 14 municípios, entre 2015 e 2018• redução de 67,3% na positividade de tracoma entre os examinados no período de 2014 e 2018
Tuberculose e Hanseníase (15 municípios prioritários)• 531 Unidades Básicas de Saúde assessoradas e 127 monitoradas• diminuição de 13,5% no coeficiente de incidência de hanseníase entre os anos de 2014 e 2017• aumento de 10,3% do percentual de cura por tuberculose entre os anos de 2014 e 2017
SES ESTRUTURA VIGILÂNCIA E CONTROLE DA ESPOROTRICOSE
Com a intenção de reforçar a importância do diagnóstico e tratamento da esporotricose, micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix sp. e que pode acometer humanos e animais, sobretudo gatos, o Estado de Pernambuco implantou o diagnóstico da doença no final de 2016. Desde então, a pasta ampliou a vigilância com a inclusão dessa zoonose na lista de Doenças de Notificação Compulsória, estabeleceu o diagnóstico laboratorial animal e humano, além de promover oficinas sistemáticas de trabalho para implantação da vigilância e definir diretrizes e fluxos com a participação de técnicos dos municípios.
Para incentivar o trabalho de prevenção da esporotricose junto às cidades, a SES elaborou, em julho de 2017, informativo lançado no 4º Congresso da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). O folder trouxe explicações sobre o fungo causador, sintomas, manifestações clínicas no homem e no gato, diagnóstico e tratamento, além de dicas de prevenção. O material foi distribuído para as secretarias municipais, já que o atendimento a esses pacientes é realizado nos postos de saúde, e também aos serviços de controle de zoonoses, responsável pelo tratamento no animal.
COMISSÃO DE VIGILÂNCIA - Instituída na I Regional de Saúde com a participação dos representantes dos municípios para discussão e execução das ações de vigilância e controle das zoonoses, os trabalhos tiveram início em janeiro de 2018. Já foram realizadas seis reuniões do grupo, tendo como pauta a discussão sobre o programa da Vigilância da Raiva Animal, apreensão e encaminhamentos de animais de grande porte, vigilância da esporotricose, padronização de estrutura mínima para vigilância de animais, dentre outros aspectos.
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ESPOROTRICOSE FELINOCASOS CONFIRMADOS
20182017
44
2016
127 213
*
* Dados até outubro de 2018
ESPOROTRICOSE HUMANACASOS NOTIFICADOS / CONFIRMADOS
201820172016 *
* Dados até outubro de 2018
13 8
133
30
140
47
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SAÚDE DO TRABALHADOR INTENSIFICA PREVENÇÃO AO ADOECIMENTO
As relações entre trabalho, ambiente e saúde são objeto de estudo e intervenção da Vigilância em Saúde do Trabalhador, que atua de forma articulada com as demais vigilâncias (epidemiológica, sanitária e ambiental) a fim de prevenir o adoecimento da população. Em Pernambuco, a rede estadual está estruturada com os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), sendo um estadual e mais oito Cerests Regionais, localizados no Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Palmares, Goiana, Caruaru, Ouricuri e Petrolina.
Responsável pelo assessoramento técnico, treina-mento e formação de profissionais, a área realizou a capacitação, entre 2015 e 2018, de quase 3 mil pessoas que atuam na vigilância e na assistência, além de outros profissionais de saúde das 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), visando o aumento da sensibilidade na detecção de casos.
Em Pernambuco, a área também desenvolve ações voltadas para os públicos expostos a agrotóxicos. No período de 2015 a 2018, mais de 200 profissionais de saúde de 15 cidades foram treinados para identificar intoxicações e entregar aos agricultores a carteira do
aplicador de agrotóxicos para registrar os principais sintomas durante a exposição aos pesticidas. Desde 2007, quando foi instituída a notificação compulsória desse tipo de intoxicação, já foram 9.181 casos de envenenamentos. No entanto, é estimado que para cada registro, outros 50 não são notificados, o que evidencia a magnitude do problema.
Já em 2017, Pernambuco recebeu o VI Encontro Macrorregional Nordeste de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, com a presença de representantes de nove estados do Nordeste com 173 participantes. O encontro, que ocorre a cada dois anos, tem o objetivo de fortalecer a articulação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) na região.
O Estado também promoveu, em agosto de 2018, o I Seminário de Precarização do Trabalho e Saúde dos Trabalhadores e estudo sobre as condições de vida, trabalho e adoecimento dos trabalhadores do setor de telecomunicações de Pernambuco. Realizado em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações e a Fiocruz/PE, o encontro envolveu 819 trabalhadores do setor da telecomunicação.
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LACEN-PE IMPLANTA DIAGNÓSTICOSDE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
O Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), referência para diagnósticos de doenças, eventos e agravos em saúde pública, vem priorizando a estruturação de uma rede de apoio diagnóstico no Estado, com a implantação de novas metodologias e fortalecimento da descentralização de diagnósticos para laboratórios regionais, municipais e de hospitais.
Com isso, Pernambuco avançou com a implantação de exames diagnósticos específicos para os vírus da chikungunya e da zika, que podem ser detectados por meio dos testes sorológicos e moleculares. Foram implantadas, também, diagnósticos de biologia molecular para dengue, febre amarela, meningite bacteriana e coqueluche, além do método de pesquisa direta e cultura fúngica para detecção da esporotricose humana e animal e sorologia para peste animal.
O Lacen-PE realiza exames de triagem neonatal (teste do pezinho) para detecção da fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística. Também são realizados ensaios de pesquisa de endotoxina bacteriana, usado para quantificar endotoxinas liberadas por bactérias gram negativas presentes em amostras de águas para diálise, para soluções parenterais de grande e pequeno volume. Para isso,
foram realizados 1.737 ensaios para quantificação de endotoxina bacteriana no período de 2015 e 2018.
Para pesquisa de cianotoxinas em água de consumo humano, foram realizadas 1.941 análises em água para Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Piauí, e realização de 1.310 de análises de cianotoxinas em água para consumo humano para Pernambuco.
O Lacen-PE também descentralizou sete diagnósticos para os laboratórios das Regionais de Saúde, diminuindo assim o tempo de espera dos resultados para tuberculose, chikungunya, leishmaniose visceral canina, dengue e hepat i tes v ira is , a lém de descentralização de ensaios analíticos de baixa complexidade para água de consumo humano (microbiológico e físico-químicos). Visando a qualificação dos serviços, ampliou seu parque tecnológico, adquirindo 81 equipamentos para realização dos exames laboratoriais que foram cedidos a outros laboratórios regionais e municipais.
Nesse período, também foi realizada a implantação do Sistema de Informação Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), módulos Biologia Médica e Ambiental, nos 184 municípios e Fernando de Noronha, além da realização de 459 cursos de capacitação para profissionais da rede de laboratórios estadual.
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INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS GARANTEM RESPOSTAS ÀS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICAPara garantir respostas oportunas às situações de emergência em saúde pública em Pernambuco, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) busca compreender as ações a serem desenvolvidas para o manejo das emergências a fim de minimizar os riscos e reduzir, ao máximo, as consequências sobre a saúde da população pernambucana.
Entre 2015 e 2018, foram elaborados instrumentos para avaliação de risco, notificação de eventos, além da participação na construção de planos de contingência para gestão de Emergência em Saúde Pública do Porto de Suape e do Aeroporto Internacional do Recife - Guararapes/Gilberto Freyre.
Na emergência da Síndrome Congênita do Zika, em 2015, foram produzidos 177 informes epidemiológicos, 48 relativos às gestantes com exantema, além de
clínico e epidemiológico para investigação de casos.
Há sete anos, o Cievs realiza o monitoramento de eventos de massa, como o desfile do Galo da Madrugada, maior aglomerado populacional do Estado, com a utilização do Ambiente de Monitoramento de Risco (Amber), sistema que produz relatórios, em tempo real, com informações de vigilância e assistência à saúde, geradas ao longo do percurso da agremiação e nas unidades de atendimento. Entre 2015 e 2018, 2.909 eventos foram monitorados durante o Carnaval e cerca de 250 profissionais atuaram nesse processo.
A Plataforma Cievs também possibilitou o comparti-lhamento dos processos de trabalho e ferramentas digitais utilizadas por Pernambuco com os Cievs da Bahia, Roraima, Rondônia, Alagoas, Goiás e Minas Gerais.
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APEVISA LANÇA SELO SANITÁRIO PARAGARANTIR CONTROLE E PROCEDÊNCIA DO GELO
De forma pioneira e para garantir a qualidade do gelo em circulação, Pernambuco foi o primeiro Estado do País a lançar um selo sanitário para normatizar a comercial ização do produto, assegurando a procedência e evitando a distribuição clandestina. Desde 2015, a lei nº 15.566 obriga a fixação do selo nas embalagens, visando garantir a origem do gelo sem oferecer riscos à saúde da população pernambucana. Em 2016, o decreto nº 43.075 regulamentou a legislação, dispondo sobre as condições sanitárias relativas à fabricação, armazenamento, transporte e também distribuição.
Dessa forma, as empresas fabricantes de gelo destinado ao consumo humano e/ou à conservação de
alimentos devem exibir nos seus produtos um selo obtido junto à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), responsável por fiscalizar as especificações técnicas.
Até o final de 2018, 81 empresas pernambucanas já tinham sido cadastradas, além de 8 empresas dos estados de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, que também comercializam gelo em território pernambucano. As penalidades pelo não cumprimento das normas estão dispostas no Regulamento do Código Sanitário Estadual. Em 2008, a Apevisa também foi o primeiro órgão a lançar um selo para garantir a qualidade da água mineral.
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OPERAÇÃO LEI SECA MUDA O COMPORTAMENTO DOS MOTORISTAS Em sete anos de atuação em Pernambuco, a Operação Lei Seca (OLS) se consolidou como uma das responsáveis pela mudança de comportamento dos motoristas no quesito bebida e direção. Com o objetivo de reduzir o número de acidentes de trânsito causados por embriaguez, o programa abordou nas blitze, nos últimos quatro anos, cerca de 1,5 milhão de condu-tores. As fiscalizações diárias, que contam com ações educativas, já surtiram efeito considerável, diminuindo em 34,5% os registros de crimes de trânsito entre 2015 e 2017. O número de multas por alcoolemia também caíram 9% nos três anos .
Os dados de vigilância sentinela de Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) no Estado, programa pioneiro no País, continuam servindo de apoio para as ações da Lei Seca. É com base nas notificações obr igatór ias reg ist radas nos 17 hosp i ta is , denominados de Unidades Sentinelas, espalhados pelas 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), que a OLS define os locais de fiscalização. Diariamente, 11 equipes - entre fiscalização e educação - atuam em todo o Estado.
O Relatório Estatístico de Segurança Viária II - Álcool, estudo lançado em 2018 e realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Observatório Nacional de Segurança Viária e Coordenação Nacional da Operação Lei Seca, também mostra que a OLS funciona, de fato, em Pernambuco. O Estado é um dos que registram melhor desempenho nos indicadores, como a proporção entre testes realizados, frota de veículos e número de condutores habilitados, assim como o percentual que indica os Estados que registram menos de 5 autos de infração para cada teste realizado. Recife, por exemplo, é a capital brasileira com menor percentual (3,4%) de condutores que declararam dirigir após consumir bebida alcoólica.
Desde sua implantação, o percentual de multas por alcoolemia do total de condutores abordados registrados pela OLS estadual também diminuiu. Se em 2012 foram 8.613 multas de um total de 251.139 motoristas parados nas blitzes (3,4%), em 2017 foram computadas 5.291 multas entre os 378.006 motoristas fiscalizados (1,4%).
33.538
5.291 (1.209 constatações, 106 crimes, 3976 recusas)
VEÍCULOS ABORDADOS:
MULTAS GERAIS:
2017
MULTAS POR ALCOOLEMIA:
1,4%* PERCENTUAL DE MULTAS POR ALCOOLEMIA DO TOTAL DE CONDUTORES ABORDADOS:
378.006
371.099
29.345
5.823 (1.302 constatações, 162 crimes, 4.359 recusas)
VEÍCULOS ABORDADOS:
MULTAS GERAIS:
2015
MULTAS POR ALCOOLEMIA:
1,5%* PERCENTUAL DE MULTAS POR ALCOOLEMIA DO TOTAL DE CONDUTORES ABORDADOS:
5.847 (1.333 constatações, 194 crimes, 4.320 recusas)
VEÍCULOS ABORDADOS:
MULTAS GERAIS:
2016
MULTAS POR ALCOOLEMIA:
* PERCENTUAL DE MULTAS POR ALCOOLEMIA DO TOTAL DE CONDUTORES ABORDADOS:
415.350
38.841
1,4%
3.579 (789 constatações, 89 crimes, 2.701 recusas)
VEÍCULOS ABORDADOS:
MULTAS GERAIS:
2018
MULTAS POR ALCOOLEMIA:
* PERCENTUAL DE MULTAS POR ALCOOLEMIA DO TOTAL DE CONDUTORES ABORDADOS:
377.184
24.054
0,94%
OLS EM NÚMEROS
*Dados até outubro de 2018
AÇÕES ARTICULADAS NA SOCIEDADE PARA DIMINUIR OS ACIDENTES DE MOTO
Diminuir o número de acidentes envolvendo motociclistas segue sendo prioridade do Governo do Estado. Por isso, em seus sete anos de existência, o Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco (Cepam) continua a trabalhar fortemente para entender o perfil dos casos notificados, atuando como órgão articulador das estratégias intra e intersetoriais desenvolvidas nas 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres). Nos últimos anos, 75% das ocorrências de acidentes de transportes terrestre envolvem moto.
Mais do que estudar e colaborar com ações específicas do segmento, como a municipalização do trânsito em diversas regiões do Estado, o que qualifica a fiscalização e contribui para a diminuição do número de acidentes, o Cepam incentiva o desenvolvimento de iniciativas que envolvam toda a sociedade, principalmente nos Comitês Regionais de Prevenção de Acidentes de Moto (Crpam), presentes nas 12 Geres. Mobilizações em escolas, empresas, eventos culturais e universidades, além de programações especiais em campanhas expressivas - como o Maio Amarelo e a Semana Nacional do Trânsito – já fazem parte da rotina dos Crpam, que buscam atender as especificidades observadas em cada região.
59
60
No segundo semestre de 2015, a mídia mundial voltou seus olhos para o país, após a identificação da alteração no padrão da microcefalia. O decreto de emergência em saúde pública, em âmbito nacional, despertou a atenção de agências de comunicação, redes de televisão, organizações internacionais de saúde, instituições de ensino, pesquisa e intervenção. Pernambuco recebeu, sistematicamente, a visita de comitês de emergência, comissões mundiais de saúde pública e de monitoramento. O lançamento de documentos inéditos e a publicação semanal de protocolos clínicos e epidemiológicos pelo órgão estadual geraram solicitações da imprensa especializada em saúde de todas as partes do mundo. O volume de informações produzidas e divulgadas para subsidiar os meios de comunicação demandou um trabalho diário integrado entre a Superintendência de Comunicação e o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs). A assessoria de comunicação chegou a realizar, em média, uma coletiva de imprensa por semana, entre novembro e dezembro de 2015, quando ocorreram as primeiras transmissões por streaming de vídeo ao vivo pelo aplicativo Periscope, com compartilhamento para outras redes sociais. As entrevistas coletivas foram acompanhadas por comunicadores e jornalistas de várias partes do mundo, em tempo real, possibilitando a produção imediata de notícias em escala global. Além disso, a Secretaria de Saúde de Pernambuco foi uma importante fonte de informação e entrevistas para as redes de comunicação de países de todos os continentes, que vieram ao Estado durante o período. O planejamento envolveu, além da gestão da comunicação digital, gerenciamento da infraestrutura; preparação de gestores para diálogo com a mídia, com foco no conteúdo; produção fotográfica, editorial e gráfica para elaboração de materiais de apoio às redes sociais Twitter, Facebook, Youtube, Flickr, Whatsapp e portal da Secretaria Estadual de Saúde. Para comunicar com rapidez e frequência, ações de mobilização social também foram contempladas no Plano de Contingência, lançado em dezembro de 2015 pelo Governo do Estado, quando foram produzidos cartazes, fluxogramas, folhetos, além de spot de rádio, outbus e outdoor.
CAMPANHA CONTRA O PRECONCEITO - Paralelamente a essas ações e a ampliação da rede de assistência e com o intuito de enfrentar o preconceito e preparar o público para acolher as crianças com Síndrome Congênita do Zika/Microcefalia na sociedade, o Governo do Estado lançou a campanha “Em Pernambuco, quem nasce com microcefalia é recebido pela família com amor, pelo Estado com atenção e por todos com respeito”. Baseada em casos reais de famílias pernambucanas, a campanha teve origem em um ensaio fotográfico sensível, que apresentou a relação de carinho e afeto entre pais e filhos. As fotos deram vida não só a uma campanha de mídia, mas a uma exposição itinerante, que passou por diversos locais públicos; centros comerciais; e unidades de saúde. As peças ainda puderam ser observadas em mídia exterior (backbus e frontlight), anúncios de jornal e revista, além de ações noturnas de walkmídia, internet, blogs e cinema. Comerciais também foram exibidos na grade de programação das TVs, com depoimentos e relatos de cada família participante.
CHUVAS NA MATA SUL – Além do período da Síndrome Congênita do Zika Vírus, a Comunicação da Secretaria Estadual de Saúde teve papel de destaque durante as fortes chuvas que atingiram as cidades da Mata Sul em 2017. A Superintendência de Comunicação reforçou a atuação com a produção de postagens e textos sobre as ações realizadas e, principalmente, os cuidados e alertas que a população deveria ter durante o período de chuvas e enchentes. O objetivo foi prevenir as doenças mais comuns nessas situações, como leptospirose e diarreias agudas.
COMUNICAÇÃO EM SAÚDE: INFORMAÇÃO, PREVENÇÃO E RESPOSTA
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Também foi realizada uma campanha com o intuito de alertar a população para cuidados com o consumo de água pós-enchentes e alertas sobre o possível aparecimento de animais, como escorpião e cobras, com envio de cartazes informativos aos municípios afetados. Essas ações também contribuíram para que não fosse registrado nenhum surto de doenças - comuns em situações como essas.
COMBATE A BOATOS É DESAFIO – Nos últimos anos, com a popularização do uso das redes sociais e aplicativos de mensagens, surgiu um novo desafio para a sociedade e, especialmente, para a informação em saúde pública. As chamadas Fake News são usadas, constantemente, para manipular, enganar e prejudicar a sociedade. Na saúde, a p r o p a g a ç ã o d e b o a t o s p e l a i n t e r n e t v e m , progressivamente, trazendo preocupações infundadas e resistência por assuntos relacionados à vacinação, medicamentos, curas milagrosas, entre outros assuntos.Desde 2015, a Secretaria de Saúde de Pernambuco tem feito um trabalho permanente de monitoramento das mídias sociais e aplicativos de mensagem para combater esses boatos, em especial sobre a questão das vacinas. Graças a este trabalho, Pernambuco alcançou resultados animadores na ampliação da cobertura vacinal e ganhou destaque nas campanhas nacionais de imunização, atingindo as metas dos últimos anos para influenza e para as mobilizações contra sarampo e poliomielite. Para reforçar a importância da imunização e atuar contra os boatos, o Estado, produz, de forma contínua, material com informações sobre o calendário nacional de vacinação, ressaltando a importância de cada imunizante e informando o público que pode ser beneficiado com cada tipo de dose. NÚMEROS - Acompanhando a priorização da saúde pelo Governo de Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde pautou, como rotina, a mídia positivamente sobre as ações da pasta. Atualmente, a SES-PE é uma das principais fontes de informações com credibilidade para os mais diversos tipos de veículos, locais, nacionais e até de fora do país. Para se ter ideia, no período entre julho de 2016 e novembro de 2018, foram noticiadas 9.585 notícias sobre a Secretaria de Saúde nos principais veículos de comunicação do Estado, entre jornais impressos, rádios e redes de televisão. Deste total, 50,21%% foram inserções positivas e 24,32% neutras. Entre os assuntos de destaques divulgados pela SES estão obras, os investimentos, as ações e campanhas feitas ao longo desse período.
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*Dados julho/2016 a novembro/2018
50,21% POSITIVAS
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Informe: zika e microcefalia
Saúde pública é coisa séria.
Evitem espalhar
BOATOS
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OUVIDORIA COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE SOCIAL NO SUS
Há 10 anos a Ouvidoria Central da Saúde faz parte da Rede de Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse período, recebeu milhares de demandas envolvendo elogios, pedidos de informações, reclamações e sugestões, tornando-se importante instrumento de controle social para os usuários do SUS em Pernambuco. De janeiro de 2015 a setembro de 2018, o setor recebeu 466.217 ligações. Desse total, 13.326 demandas foram protocoladas no Sistema OuvidorSUS, ou seja, foram encaminhadas para as áreas técnicas responsáveis apurarem e darem um retorno à Ouvidoria, que fica responsável por responder ao usuário. As demais foram resolvidas no ato da ligação.
Em números gerais - que envolvem as ligações, demandas recebidas por e-mail e nas caixas de sugestões presentes nas unidades hospitalares do Estado e Gerências Regionais de Saúde (Geres), formulário web, cartas e correspondências oficiais -, a Ouvidoria da SES protocolou um total de 29.082 demandas, divididas em: elogios (2.315), sugestões (221), solicitações (6.895), pedidos de informação (939), reclamações (17.453) e denúncias (1.259).
A Ouvidoria Central da Saúde atuou também como apoio técnico junto à Ouvidoria Geral do Estado no Projeto Ouvidoria em Ação, realizado nos municípios de Caruaru, Afogados da Ingazeira e Petrolina. O setor auxiliou os municípios de Ipojuca e Arcoverde no processo de adesão ao Sistema Nacional de Ouvidoria do SUS.
A Ouvidoria Central ainda recebeu, nos últimos quatro anos, 357 pedidos de acesso à informação feitos diretamente ao setor com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), sancionada em 2011.
RECONHECIMENTO – Em 2017, a Ouvidoria da SES recebeu o 3º lugar no quesito demandas respondidas no prazo em premiação nacional do Departamento de Ouvidorias Gerais do SUS. Como forma de reconhe-cimento e incent ivo ao trabalho dos diversos departamentos de saúde do Estado, foi lançado, em março de 2018, o Programa Amigos da Ouvidoria, evento anual que premiará todos os departamentos que responderam as demandas com celeridade.
