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n o 105 | ANO IX | JUNHO DE 2015 | R$ 6 ,00 | www.balcaoautomotivo.com.br | OPORTUNIDADES À FRENTE Entrevistados da reportagem de capa mostram que, em meio a essa turbulência, é possível ter a oportunidade de se fazer bons negócios e ter chances de crescimento. Agora, é preciso arregaçar as mangas e colocar as mãos na massa! PÁG. 12 MULTICANALIDADE Cada vez mais o cliente escolhe o canal de compra e o espaço é grande para o varejo, principalmente o de autopeças PÁG. 36 2015 RECESSÃO PROATIVIDADE TENDÊNCIAS RESULTADO COMPETITIVIDADE PESSIMISMO TURBULÊNCIA RENEGOCIAÇÃO Iniciativa pioneira na cidade de São Paulo oferece um modelo de reciclagem e reutilização de peças e componentes RECICLAGEM DE VEÍCULOS Renova Ecopeças Regulamentação Federal promete favorecer setor nas áreas de segurança pública, econômica, social e ambiental Com tecnologia japonesa, usina piloto na capital mineira servirá de escola para disseminação do conhecimento Lei dos Desmanches Usina de Reciclagem PÁG. 6 PÁG. 22 PÁG. 45 Novo Ka+ e Novo Versa são compactos espaçosos com propulsor 1.0L moderno, potente e apenas 3 cilindros SEDÃS 3 CILINDROS PÁG. 40

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no 105

| ANO IX | JUNHO DE 2015 | R$ 6,00 | www.balcaoautomotivo.com.br |

OPORTUNIDADES À FRENTE

Entrevistados da reportagem de capa mostram que, em meio a essa turbulência, é possível ter a oportunidade de se fazer bons negócios e ter chances de crescimento. Agora, é preciso arregaçar as mangas e colocar as mãos na massa!

PÁG. 12

MULTICANALIDADE Cada vez mais o cliente escolhe o canal de compra e o espaço é grande para o varejo, principalmente o de autopeças

PÁG. 36

2015RECESSÃO

PROATIVIDADE

TENDÊNCIAS

RESULTADO

COMPETITIVIDADE

PESSIMISMO

TURBULÊNCIA

RENEGOCIAÇÃO

Iniciativa pioneira na cidade de São Paulo

oferece um modelo de reciclagem e reutilização de peças e componentes RECICLAGEM

DE VEÍCULOS

Iniciativa pioneira na Renova Ecopeças

Regulamentação Federal promete favorecer setor

nas áreas de segurança pública, econômica,

social e ambiental Com tecnologia japonesa, usina piloto na capital mineira servirá de escola para disseminação do conhecimento

Lei dos Desmanches

Usina de Reciclagem

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Novo Ka+ e Novo Versa são compactos espaçosos com

propulsor 1.0L moderno, potente e apenas 3 cilindros

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ossa reportagem de capa do mês passado trazia a opinião de empresários do varejo e reparação sobre o momento que atravessa o País. Claro que não podemos

fechar os olhos e dizer que não estamos sofrendo os impactos desse período, porque estamos.

E também é natural que num ano de recessão como o que estamos vivendo haja um ambiente de pessimismo no ar. Nossas fontes da reportagem de capa desta edição deixam claro que não se deve entrar nesse clima.

Segundo elas, se recorrermos à memória é possível lembrar que o Brasil já passou por muitas crises (e até piores do que a que vivemos hoje). O momento é de execução e profi ssionalização da equipe. Olhar para dentro de casa pode fazer a diferença.

Um outro assunto desta edição é a reciclagem de veículos. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos quase a totalidade da frota que sai de circulação é reciclada (95%), já no Brasil esse percentual é de apenas 1,5%.

De olho nesse fi lão, a Renova Ecopeças, iniciativa pioneira do Grupo Porto Seguro para reciclagem e reaproveitamento de peças e componentes automotivos; Belo Horizonte (MG) ganhará uma usina de reciclagem; e a Lei Federal dos Desmanches.

Nesta edição, falaremos sobre Entrega, mais um importante quesito do Prêmio Loja em Destaque. Segundo especialista ouvido, estudar o público-alvo e elaborar estratégias de marketing são fatores essenciais para a eficácia do processo de entrega.

Ainda: da loja física ao mobile, cada vez mais o cliente escolhe o canal de compra e o espaço é grande para o varejo. E pensar que até pouco tempo atrás cada empresa se especializava em um único canal.

Para inaugurar a seção Pérolas da Reposição, trazemos este mês a história de um verdadeiro desbravador da distribuição, Edeward Pedro Acerbi, um dos fundadores da Jahu Borrachas e Autopeças.

Por fi m, Novo Ka+ e Novo Versa são sedãs compactos espaçosos com propulsor 1.0L moderno, potente e apenas 3 cilindros; e a Mercedes AMG apresenta no Brasil a nova geração dos modelos C63 S, GT S e S63 Coupé com motor V8 biturbo de 510 cavalos.

Até o nosso próximo encontro!

Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação

E vamos à luta!

O Editor

DESTAQUES DA EDIÇÃO

REFERÊNCIA EM DISTRIBUIÇÃOnos t empos em que a indústria automobilística nacional era incipiente, edeward Pedro acerbi foi um desbravador do setor conquistando o interior paulista e outras regiões.

PÁG. 04 PÁG. 42

LANÇAMENTOS MERCEDES-BENZ a divisão de superesportivos da montadora, aMG, apresenta no Brasil a nova geração dos modelos c63 S, Gt S e S63 c oupé. t odos são equipados com motor V8 biturbo 4.0 L de 510 cv.

PRÊMIO LOJA EM DESTAQUEPara a eficácia do processo de entrega, é preciso estudar o público-alvo para elaborar estratégias de marketing que atendam as expectativas e conquistem a confiança do consumidor.

PÁG. 44 PÁG. 46

18 ............................................................... Indústria26 .................................................. Fique por Dentro30 ............................................................ Fabricante

32 .............................................................. Sindicato34 ...................................................... Capa Pesados35 ....................................................... Fique de Olho

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 105edit ORiaL3

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TEORIA DAS EXPECTATIVASd iante do atual cenário político e econômico, especialista analisa motivação do indivíduo na realização de seus objetivos baseados nos fatores macroambientais e no ambiente de negócio.

ANO IX - Nº 105 - JUNHO DE 2015www.balcaoautomotivo.com.br

Editor executivoBernardo Henrique Tupinambá

Editor-chefeSilvio Rocha ([email protected])

Editor de veículosEdison Ragassi ([email protected])

RedaçãoSimone Kühl ([email protected])

ColaboradoresArthur Henrique S. Tupinambá /

Fauzi Timaco Jorge / Ingo Hoffmann / Karin Fuchs

Departamento de Arte ([email protected])Supervisor de Arte - Fabio Ladeira

Assistente de Arte - Juan Castellanos

Fotograf aEduardo Portella Amorim / Estúdio Prána

Departamento Comercial ([email protected])

Diretor ComercialEdio Ferreira Nelson

([email protected])Executivo de ContasRichard Fabro Faria

([email protected])

Marketing / AssinaturasLetícia Kido

([email protected])

Internet ([email protected])

Supervisor de DesenvolvimentoAryel Tupinambá

([email protected])

FinanceiroAnalista Financeira

Tatiane Nunes Garcia([email protected])

Assistente Administrativa: Stéphany Lisboa

([email protected])

Atendimento ao leitorTelefone: 11 5084-1090

([email protected])

ImpressãoCoan Gráf ca

Jornalista ResponsávelSilvio Rocha – MTB: 30.375

Tiragem: 20 mil exemplaresOs anúncios aqui publicados são de responsabilidade

exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Prána Editora & Marketing Ltda. com distribuição nacional dirigida aos prof ssionais automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para

melhor conhecimento de seus prof ssionais e representantes.

Contato: 11 5084-1090 ([email protected])Prána Editora & Marketing Ltda

Jornal Balcão AutomotivoRua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - CEP 04362-060

Vila Mascote - São Paulo - SP

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Teoria das Expectativas

ec OnOMia e GeSt ÃO

Por: Fauzi Timaco Jorge* | Foto: Divulgação

País vive um momento parecido com tantos outros que já nos afligiram nas últimas décadas. Um destes momentos diz respeito à incerteza política, com encontros e desencontros em relação aos programas político-partidários vis-à-vis intenções da

parte do poder Executivo, legalmente eleito pela maioria dos eleitores. Outro momento diz respeito à incerteza com relação à política cambial, um aspecto de extrema importância para todos aqueles que dependem de fornecimentos do exterior ou para todos aqueles que atuam de forma direta e indireta com o comércio exterior, em sua verdadeira acepção. Existe, ainda, uma incerteza com relação à condução da política econômica, que reluta em equilibrar as contas do governo federal via aumento de alíquotas de tributos existentes ou mesmo criação de novos tributos – ampliação da receita – e, do outro lado, eliminação de benefícios sociais mal geridos nos últimos tempos – diminuição dos gastos públicos. E, se não bastasse, temos ainda uma incerteza quanto à própria condução dos assuntos de ordem legal e judiciária, sujeito a interpretações diversas de regulamentos mal observados por todos aqueles ungidos de um poder nessa área que deveriam ser os primeiros a cumprir com os ditames da ordem estabelecida. Evidentemente que estas referências não esgotam o mar de incertezas que nos assola cotidianamente. Apenas são excertos de uma leitura dos veículos de comunicação que nos chegam às mãos todos os dias.

Dessa leitura, observamos alguns jornalistas e também alguns economistas se referirem ao pífio crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) como se isso fosse da responsabilidade exclusiva do governo federal de plantão, que não mais consegue aprovação de medidas provisórias em sua base de sustentação política, apesar do “presidencialismo de cooptação” em que se transformou nosso regime político. Crescimento do PIB, ou seja, crescimento da soma de todos os produtos e serviços que chegam até o fim da linha, isto é, de posse daquele que irá usufruir deste produto ou serviço, quer seja ele a empresa, o indivíduo, o governo ou mesmo os não residentes, tem a ver com a expectativa dos agentes econômicos, que são as famílias, as empresas, os governos e também todos os demais que estão fora de nossas fronteiras, dada a importância das contas externas neste medidor da atividade econômica cantado em prosa e verso. Como uma reação “ponderada”, o empresário coloca em ação medidas “corretivas”, tais como cortes de pessoal, de verba de publicidade e redução em suas compras de material produtivo e improdutivo, quando lê uma notícia informando que o PIB brasileiro decresceu 0,2% no primeiro trimestre do ano de 2015! Com isso, projeta-se um decréscimo da atividade econômica também para o próximo trimestre. Por seu turno, bombardeada por notícias plenas de viés político-ideológico, a dona de casa reduz suas compras e busca produtos substitutos com preços menores em cada gôndola do supermercado, independentemente dos aspectos qualitativos que tal demanda possa envolver. E lá vai o PIB pra baixo mais um tiquinho... Os governos se ressentem desta queda da sua receita, já que, infelizmente nestes momentos, tal receita está atrelada fundamentalmente à base consumo, e não à base renda. Daí decorre um efeito multiplicador às avessas, com uma típica construção de um círculo vicioso da pobreza, em que menos consumo gera menos produção que gera menos emprego que gera menos renda que gera menos consumo que gera menos produção e... Daí advém outro tiquinho a menos na formação de riqueza do país.

Também da leitura de alguns artigos assinados na Folha de São Paulo no decorrer dos últimos dias de maio, vimos um debate sobre a importância da taxa de juros Selic para o combate à inflação. Esta taxa Selic é considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, mas, na realidade, apenas do ponto de vista da remuneração para o poupador. Neste particular aspecto, a celeuma nos remete, de um lado, a uma consideração da taxa Selic como se fora a verdadeira taxa de juros apregoada nos livros-textos de economia e presente nos simuladores de universidades saxônicas que praticam juros anuais de mercado da ordem de 2% ao ano! Infelizmente, passa despercebido àqueles que defendem o aumento da taxa Selic como instrumento de combate à inflação que há um brutal descolamento desta “taxa básica de juros” daquela praticada no mercado financeiro deste país, em que o spreadbancário – a diferença entre a taxa de juros de captação e a taxa cobrada dos tomadores de empréstimos junto aos intermediários financeiros – é um dos mais altos do mundo e que, por isso mesmo, constitui uma das maiores afrontas à racionalidade econômica, de enorme

dificuldade para uma explicação sensata aos nossos colegas economistas radicados em países com taxas de juros “civilizadas”. Evidentemente, fica mais fácil de entender quando se destaca a enorme concentração dos ativos financeiros em mãos de alguns poucos bancos, aqui neste solo tupiniquim. De outro lado, no debate proporcionado pela Folha, temos a sensatez de um estudioso das repercussões do aumento desta que é a taxa que remunera os que aplicam em títulos da dívida pública sobre o volume de encargos que deverão ser suportados pelo Tesouro Nacional junto ao Banco Central, que tem a incumbência de “rolar” esta (enorme) dívida interna junto ao sistema financeiro nacional e, muito particularmente, no mercado financeiro mundial. É quando o paradoxo na condução da atividade econômica do País vem à tona: o Ministro da Fazenda corta o orçamento em R$69 bilhões para fazer frente aos gastos com juros da dívida interna e, numa penada, o presidente do Banco Central e os seus diretores, que formam o Comitê de Política Monetária - Copom, aumentam a despesa financeira do governo em mais de R$43 bilhões, dada a variação desta taxa Selic em dois pontos percentuais desde dezembro de 2014, quando estava em 11,15%, para 13,15% em termos nominais, em fins de maio passado. Isso se a dívida bruta permanecer no nível de R$2,3 trilhões, como estava dezembro de 2014! Daí decorre a necessidade de reforço na receita do governo, com o aumento seletivo de tributos, como é o caso de uma tributação sobre grandes fortunas e sobre o lucro dos intermediários financeiros, ao lado de considerações sobre reduções de gastos, sobretudo de custeio e manutenção, que não proporcionam geração de caixa nas contas públicas.

Outro aspecto relevante na leitura dos jornais aponta para a baixa produtividade da mão de obra brasileira, comparativamente a outras economias, notadamente à dos EUA, Coreia do Sul e Chile. Esta medição se faz pela mera divisão do PIB pelo total de empregados, ao longo dos anos. Aqui, deve-se levar em consideração uma série de aspectos, que vão da escolaridade formal até a falta de infraestrutura adequada em um sem-número de externalidades, desde meios e vias de transporte de produtos até mobilidade urbana para o trabalhador. Há, ainda, uma nítida transferência de mão de obra qualificada do setor industrial para o de serviços e a força de trabalho está envelhecendo. São infinitas as possibilidades que se abrem às empresas de pequeno e médio portes ao aperfeiçoarem processos internos, prestarem melhores serviços ao cliente e competirem no mercado internacional. Não se trata apenas de investir em máquinas e equipamentos, portanto. Mas... E quanto às expectativas da economia? Ela favorece tais atitudes, no curto prazo?

Segundo alguns estudiosos da Teoria das Expectativas, nosso tema básico neste ensaio, a força da motivação de uma pessoa depende do objetivo e da probabilidade de se alcançar este objetivo. Quanto maior for esta probabilidade, maior será a motivação. E também acontecerá maior motivação se o valor deste objetivo for maior para a pessoa diretamente envolvida na sua consecução. Outros pesquisadores se juntaram a esta formulação teórica e acrescentaram as competências e os conhecimentos para a realização das tarefas, a percepção de tudo o que é necessário para a sua realização e, ainda, quais os resultados pretendidos. É aqui que entram o valor atribuído pela pessoa às recompensas extrínsecas, isto é, fora da sua alçada, como é o caso das condições de trabalho, e também as recompensas intrínsecas, como é o caso do sentimento de autorrealização. Há que se considerar, ainda, a percepção individual do que seja efetivamente justo nas recompensas, que acaba influenciando sobremaneira a intensidade da satisfação que resulta dessas recompensas.

Reflita sobre tudo isso e veja se a sua própria expectativa em relação ao alcance de suas metas e objetivos está mais atrelada aos fatores macroambientais a que nos referimos nos primeiros parágrafos ou se ela diz respeito ao seu ambiente de negócios. Deu pra perceber como os aspectos relacionados ao PIB, à taxa de juros Selic e à produtividade implicam muito pouco na motivação de cada um de nós? Talvez seja por esta razão que a frase “Por não saber que era impossível, ele foi lá e fez” se aplica a tantos apelos de uma liderança servidora, não é mesmo?

O

*Economista, escreve regularmente nesta coluna e pode ser acessado pelo e-mail

[email protected]

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 1056 RecicL aGeM

Operação Renova Ecopeças

Por: Simone Kühl | Fotos: Eduardo P. Amorim

os Estados Unidos quase a totalidade da frota que sai de circulação é reciclada (95%), já no Brasil esse percentual cai para 1,5%, o que faz com os veículos acabem em desmanches e coloquem em risco o meio ambiente. Diante deste cenário a

Renova Ecopeças, empresa do Grupo Porto Seguro, trouxe uma solução sustentável para o mercado.

Somado o fato de que a cada dia mais veículos entram em circulação, e também saem, seja por roubo, batidas ou envelhecimento, sendo que a idade média da frota brasileira é de 13 anos, a Renova, que tem como pilar do projeto a sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente, garante uma destinação ambientalmente correta aos veículos através de sua operação e da comercialização de peças de reuso.

De acordo com a empresa, com base na responsabilidade ambiental, 85% do veículo são peças reaproveitáveis (reposição), 10% são materiais recicláveis e 5% são descartados de forma segura. Para conhecermos mais sobre todo o processo que reaproveita e recicla a maioria dos componentes dos automóveis de forma legalizada e com garantia, Fábio Frasson Giusti, gerente da Renova Ecopeças, explica como funciona toda a operação, que é uma iniciativa pioneira no Brasil.

Projeto e aplicaçãoPara desenvolver a operação, Fábio revela que primeiro foram realizadas pesquisas em

outros países, como nos Estados Unidos, Japão, Espanha e Argentina. “Estudamos suas operações e como são mercados mais maduros aprendemos as melhores práticas como: trabalhar por box, cada operador ter uma atividade específica e a ordem das peças a serem retiradas”.

A primeira desmontagem da Renova ocorreu no início de 2013 e durou mais de 8 horas. “Nós estávamos passando por um aprendizado e com o estudo nos mercados mais maduros conseguimos otimizar o tempo. Hoje o processo dura 2h30m e pretendemos chegar em 2h15m. Estamos crescendo nossa operação e queremos fazer 1.000 veículos ao mês até o começo de 2016 e, se trabalharmos em 3 turnos, podemos chegar em 1.500”, acredita.

Hoje, com uma média diária de 20 carros e capacidade para 500 ao mês, a empresa trabalha com 2 boxes e possui 56 funcionários, divididos em Comercial, Administrativo e Desmontagem, sendo que no último são 30 profissionais, a maioria vinda do Senai. Além disso, Fábio ressalta que a Renova ainda conta com dois professores da instituição, que foram responsáveis pela elaboração do processo e o revisam constantemente.

Outra importante ação que acompanha a operação da Renova é a inclusão social de mão de obra nas comunidades carentes, projeto este que já faz parte do Grupo Porto Seguro, os componentes que não são reciclados são transformados, como cintos de segurança que viram mochilas, carteiras, bolsas e molas que viram artesanato.

Fábio também enfatiza que mesmo essa iniciativa sendo do Grupo Porto Seguro a Renova Ecopeças está aberta para todo o mercado, qualquer seguradora que tiver interesse em fazer parceria e dar a destinação ambientalmente correta para o seu veículo pode procurar a Renova.

O mesmo vale para as companhias financeiras, pessoas jurídicas e oficinas também que não tiverem suporte para darem a destinação de resíduos automotivos.

Estoque, preço e vendasO estoque da Renova Ecopeças foi desenvolvido

com o conceito de latitude e longitude para facilitar a busca pelas peças, ou seja, na hora da procura o sistema já indica onde está o item, sendo que os produtos de maior circulação estão localizados embaixo. A empresa também tem parcerias com fabricantes e tem em seu estoque peças novas, tudo para fornecer para o cliente a solução em apenas um lugar, suas vendas são através do balcão e e-commerce.

Em relação ao preço, Fábio explica que o cálculo foi

desenvolvido com base no que é praticado nos desmanches, para que assim estimule cada vez mais o consumidor a comprar um produto de credibilidade, garantia e não fomentar o mercado informal. Desta forma as peças custam aproximadamente 70% em relação ao valor da concessionária. Já comparado ao preço das autopeças, o valor de desconto é de aproximadamente 50%.

“Hoje 70% da frota circulante no Brasil nã o tem seguro e eles estã o expostos tanto a roubos, furtos ou colisõ es como os veículos que têm seguro. Desta maneira, quando o condutor bate o carro, dependendo do preço das peças nas concessioná rias e de seu orç amento familiar, acaba buscando uma alternativa de menor valor através dos desmanches. A ideia da Renova é praticar o mesmo valor de peças dos desmanches para estimular a mudanç a de mentalidade e a prá tica da compra de um produto legalizado e com procedê ncia”, afirma.

Legislação X Índice de furtosA regulamentação da Lei de Desmanches, além de estimular a moralização do setor,

também diminui o índice de roubos. Desde que começou a vigorar, há um ano, no Estado de São Paulo a lei do desmanche, que regulamenta a atividade de desmontagem de carros e a venda das peças usadas, o índice de roubos e furtos de veículos caiu aproximadamente 16%, comparado ao mesmo período do ano anterior, conforme os dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

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Iniciativa pioneira do Grupo Porto Seguro apresenta um modelo de reciclagem e reaproveitamento de peças e componentes automotivos

Fábio Frasson Giusti, gerente da Renova Ecopeças

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 1058 RecicL aGeM

Além disso, 1.040 desmanches foram fiscalizados e desses, 700 fechados. E mais, a legislação está impulsionando dois outros temas de interesse para a sociedade como um todo: a reciclagem automotiva e o Seguro Popular. A Porto Seguro está otimista em relação ao futuro, uma vez que a lei do desmanche passou a vigorar em âmbito nacional, desde junho deste ano, e pode impulsionar a aprovação do Seguro Popular, que está sob avaliação da SUSEP.

Uma vez aprovado, a modalidade permitirá que as seguradoras utilizem peças de reuso nos consertos dos carros nas oficinas, o que atualmente não é permitido. Com isso, o custo da apólice pode ser reduzido em até 30%, proporcionando assim a inclusão securitária para cerca de 20 milhões de carros com mais de cinco anos, que não possuem seguro. No Brasil, apenas 30% da frota em circulação é segurada.

Antes de o veículo entrar no processo da Renova, ele deve ter toda a sua documentação em ordem no Detran atestando que ele não vai mais circular. Ele pode vir de uma companhia seguradora, de uma ÿ nanceira, de uma pessoa jurídica ou do pr óprio Detran. Após isso, quando ele chega à Reno va é checado se o mot or e o câmbio estão associados ao veículo, caso não estejam é preciso ir até a delegacia e apresentá-los, e com a autorização da polícia os c omponentes são destruídos, pois nestas condições são potenciais ofensores à legislação e à operação da Renova. Após a baixa no Detran, o carro deixa de ser um automóvel e passa a ser um conjunto de peças e componentes a serem reutilizados e reciclados.

Nesta etapa o v eículo também r ecebe uma série de etiquetas ( de 80 a 180) em suas peç as par a permitir a r astreabilidade de c ada it em, seja por c ódigo da montadora ou da peç a. O pr ocesso de desmon tagem segue uma or dem lógic a: desmon tagem das peç as

móveis de la taria, remoção dos itens de la taria, remoção dos vidros, r emoção dos c omponentes mec ânicos, r emoção dos it ens de segur ança, r emoção dos c omponentes elétric os e eletr ônicos e recorte do monobloc o. Esse c orte é f eito c om t écnicas especíÿ cas e caso o componente esteja em bom estado v ai para o estoque, caso não, é destinado à c ompactação. A empresa conta com uma máquina para a limpeza das peç as do motor, onde o mesmo é c olocado em um recipiente que é aquecido a 78º e utiliza um det ergente biodegradável sem consumir água e após 10 minut os as peç as estão limpas . A c ada 15 dias uma empr esa especializada também r etira esse det ergente e devolve para a Renova, ele limpo e pronto para o reuso.

Feita a desmontagem, as peças são classiÿ cadas como A, B e C. A peç a A está em per feitas condições de uso, é uma peç a chamada de Plug Pla y, que é r etirada do v eículo e c olocada em outr o sem t er que fazer nenhuma benfeitoria. A peça B é uma peç a que tem uma pequena avaria estética que não compromete a sua funcionalidade . E a peç a C é uma peç a que está c omprometida funcionalmente e t oda e qualquer peç a r elacionada à segur ança do v eículo, c onforme determina a legislação do Estado e a Lei Federal também, a únic a forma dessas peças serem comercializadas é a través de logístic a r eversa par a o pr óprio fabricante par a r emanufatura ou par a retirar a peç a de cir culação no set or, impedindo o fomento do mercado informal e o c omprometimento da imagem da mar ca, par a ist o a Renova t em par cerias c om empr esas fabricantes de peças.

Com toda a documentação em ordem, o veículo inicia o processo pela área de descontaminação. Nesse momento é retirado e destinado de forma ambientalmente correta tudo o que for potencialmente lesivo par a o v eículo, c omo: óleo , c atalisador, ba teria, líquido de arr efecimento, fluido de fr eio, gás r efrigerante do ar- condicionado. Essa destinaç ão v ai par a c ada empr esa especializada e homologada que dá c ontinuidade ao pr ocesso. E m r elação ao c ombustível, ele não é r eciclado por estar muit o tempo parado e per der sua qualidade de c ombustão, então ele é designado par a uma indústria cimen teira que c om os filtr os adequados o r eutiliza. D entro desta etapa o espaç o da Renova Ecopeças está de acordo com a legislação e apresenta três processos de contenção para eventuais problemas ambientais. O 1º são os r ecipientes que v ão embaixo das bombas onde são armazenados os líquidos retirados na descontaminação (combustível, óleo e fluidos). O 2º alinhado com a Lei de São Paulo e a Lei Federal é o piso de epóxi, que está presente em toda a operação, pois caso haja vazamento de óleo durante algum processo o solo está protegido. O 3º são as canaletas de contenção que estão dentro da área de descontaminação e conduzem os líquidos para uma caixa separadora, que são destinados para uma empresa que a cada 15 dias faz a descontaminação desses

materiais, a t orneira par a os oper adores la varem suas mãos são também ligadas a essa caixa separadora. D epois de descontaminado o veículo, é realizada uma lavagem a seco, inclusiv e nas peç as mecânicas, sem c onsumir uma gota de água. E m cada etapa o v eículo recebe uma etiqueta indicando por qual processo ele já passou.

Operação Renova

1) Documentação e Baixa no Detran

2) Descontaminação

3) Desmontagem

4) Classifi cação

móveis de lataria, remoção dos itens de lataria, remoção dos vidros, remoção dos componentes mecânicos, remoção dos itens de segurança, remoção dos componentes elétricos e eletrônicos e recorte do monobloco. Esse corte é feito com técnicas especí� cas e caso o componente esteja em bom estado vai para o estoque, caso não, é destinado à compactação. A empresa conta com uma máquina para a limpeza das peças do motor, onde o mesmo é colocado em um recipiente que é aquecido a 78º e utiliza um detergente biodegradável sem consumir água e após 10 minutos as peças estão limpas. A cada 15 dias uma empresa especializada também retira esse detergente e devolve para a Renova, ele limpo e pronto para o reuso.

SAIBA MAIS

Renova EcopeçasLocalização: Rua Manoel Monteiro de Araújo, 655, Vila Jaguara – São Paulo (SP)Metragem do prédio: 6.300 m 2, expansív eis até 40.000 m2 Portal: www.renovaecopecas.com.br

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Depois de classiÿ cadas, as peças v ão par a o pr ocesso de r astreabilidade, onde recebem duas mar cações que se complementam. A primeira é com microdots, tecnologia importada da Repúblic a Tcheca, onde a través de um tubo a peç a ganha uma série de micr opontos praticamente in visíveis a olho nu que apresentam um código que permite associar o item à nota ÿ scal, situação legal e todo o histórico do veículo (Esta tecnologia só existe em dois países: Austrália e República Tcheca e a Reno va já possui c ontrato com número de serial e xclusivo). O segundo é o código QR Code, que pode ser visualizado por qualquer cidadão ou agente ÿ scalizador que também dá acesso a todas as informações relacionadas ao veículo. Além disso, todas as peças recebem uma etiqueta do Detran.

Por último, depois de classiÿ cadas e marcadas, as peças dos tipos A e B são armazenadas no est oque para a v enda. E as peç as C são armaz enadas e destinadas a seus respectivos fabricantes ou são compactadas e enviadas a uma empr esa especializada c omo ma téria-prima. Na c ompactação, as peças são depositadas em uma caçamba (peças Renova e peças retiradas de oÿ cinas que ainda não possuem pr ocessos para destinação ambientalmente c orreta), e depois são pr ensadas e c ompactadas, e en viadas por t oneladas par a a G erdau, empr esa que t em c ontrato exclusivo com a Renova e retira o material a cada 3 dias, em que através dos pr ocessos adequados faz uso das peç as c omo ma téria-prima par a construção civil . D esta f orma t ermina o pr ocesso de desmon tagem e destinação correta dos componentes automotivos.

5) Rastreabilidade 6) Armazenagem e Expedição

RecicL aGeM

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 10512 JUnHO de 2015 / ediÇÃO 10512

2015RECESSÃO

PROATIVIDADE

TENDÊNCIAS

RESULTADO

COMPETITIVIDADE

PESSIMISMO

TURBULÊNCIA

RENEGOCIAÇÃO

m um ano de recessão como o que estamos vivendo é natural que um clima de pessimismo paire no ar. Mas nada de entrar neste clima, ainda mais porque o Brasil já passou por muitas crises e até piores

do que a que vivemos hoje. Quem é que não se lembra dos tempos em que a inflação rondava ou superava a casa dos 1.000% ao ano? Dos planos econômicos mirabolantes e tantas mudanças no nome da moeda?

Nas palavras de Sara Carvalho, consultora nas áreas de Finanças e Contabilidade, “apesar de todos os problemas econômicos, segundo o economista brasileiro e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, o Brasil vive uma crise e não um colapso, ou seja, não iremos esmorecer como a Argentina e a Venezuela. Isso significa que em meio a essa turbulência é possível ter a oportunidade de se fazer bons negócios e ter

chances de crescimento”, afirma. Segundo ela, o quê insólito da questão vem em como

isso pode ser possível. “O que deve ser de ciência de todos, principalmente de empresários, é que, nesses momentos de estagnação e crise, o mercado abre novas frentes para serem trabalhadas. As palavras certas a serem usadas nesse momento são: inovação e otimização”, destaca a consultora, que também é professora do Curso de Aperfeiçoamento Profissional “Gestão de Inadimplência e Formas de Pagamento” do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG).

Na avaliação de Carlos Cruz, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas, IBVendas, “o momento que vivemos não é de muito planejamento, mas sim de execução. Quando o mercado diminui de tamanho, a procura tende a diminuir também e, com isso, o varejista precisa ter uma equipe mais pró-ativa para ganhar a fatia da concorrência; o pedaço maior da pizza”, diz.

Para ter uma equipe pró-ativa, Cruz indica que o primeiro passo é medir os indicadores de resultados de cada um. “O empresário de autopeças precisa ter vendedores profissionais em sua equipe, prepará-la para vender mais para novos clientes ou reativar clientes antigos que pararam de comprar, ou trabalhar para melhorar o tíquete médio da venda”, orienta.

Ele lembra que em muitas lojas há os atendentes que ganham salários fixos e, por consequência, não são adotadas métricas para avaliá-los. “E nesta equipe há os que são ótimos atendentes e outros que nem tanto. Eles também precisam ser avaliados”, destaca.

Com a cabeça ou com a perna. “Há a teoria, quem não tem cabeça tem perna, assim, ou se vende mais correndo atrás do cliente com o relacionamento e as ferramentas de marketing, ou trabalha melhor o que está na loja, que é a estratégia da cabeça, descobrindo outros itens que ele precisa, além do qual ele foi buscar. Consequentemente, aumentando o tíquete médio, o valor médio de cada venda. Outra forma é melhorar o índice de conversão: falou com dez clientes, ao invés de

vender para três, vende para cinco”, especifica.Cruz resume que a palavra-chave é medir o resultado

da equipe. “Transformando atendentes em vendedores, preparando-os para melhorar os indicadores do tíquete médio, do índice de conversão, e para conseguir investigar melhor as necessidades dos clientes”, sintetiza.

Inove e motiveSob o seu guarda-chuva, a equipe tem que estar em

harmonia e motivada. Para tanto, o sócio da Tiex Consultoria, Samuel Lopes, diz que transparência é fundamental. “Manter todos cientes das condições da empresa e do mercado pode motivar a equipe a sentir-se parte do processo. E não somente com a transparência na comunicação, mas com qualidade da comunicação de forma a valorizar a equipe. Partilhar conhecimento, incentivar o processo de compartilhamento do conhecimento, sem ficar apenas no discurso, mas efetivamente partilhar conhecimentos. E, claro, reconhecimento e remuneração compatíveis com os desafios apresentados”, pontua.

Autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”, Erik Penna, que também é palestrante motivacional e especialista em vendas, destaca que a palavra-chave é criatividade. “É hora de o líder inovar até mesmo com o objetivo de manter a equipe motivada. A maioria das pessoas se motiva pelo amor ou pela dor”, afirma.

Pelo amor, diz ele, “eu gosto muito da teoria RAP de David McClelland, que apresenta ferramentas para manter a equipe sempre motivada, como por exemplo, desafios, fatos novos, sinergia, elogio e reconhecimento. Pela dor, é quando o líder é transparente e mostra o que poderá ocorrer caso as metas não se concretizem, não em tom ameaçador, mas com sinceridade para que todos tenham chance de melhorar, valorizar o emprego e não serem pegos de surpresa. Ele pode, ainda, oxigenar a equipe estimulando a leitura de novos livros e proporcionar treinamentos que abram a mente e ampliem as ferramentas da força de vendas”, sugere.

Sara Carvalho, consultora nas áreas de Finanças e Contabilidade

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Transformando ameaças em oportunidades

O momento não é de planejamento, mas sim de execução e profi ssionalização da equipe. Olhar para dentro de casa pode fazer a diferença. Tarefa que especialistas vão lhe ajudar nesta empreitada...

Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

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Penna também comenta que, em tempos difíceis, é hora de o líder pedir um extra e cada colaborador se dispor a dar um algo a mais. “Conscientize cada funcionário que, para vencer a crise, será preciso fazer mais do que ele já tem feito até agora, um sacrifício que será recompensado logo à frente. Se está difícil vender, não adianta ficar reclamando da vida e culpando a crise”, ressalta.

Para exemplificar uma mudança de hábito, ele ilustra que “se o vendedor tem o hábito de visitar dez clientes por dia, é melhor que comece a fazer pelo menos doze visitas. Ou, se costuma realizar vinte e cinco ligações por dia, é hora de fazer trinta para possíveis compradores. Cinco ligações a mais por dia podem significar por volta de 750 novas e diferentes oportunidades no semestre. Ou seja, a ordem é aumentar as possibilidades!”, revela.

Repense seu negócioEspecificamente no caso de empresas familiares,

Maurício Seriacopi, fundador e presidente do ITE - Instituto Transformar de Empreendedorismo e sócio-diretor da M2R2 Consultoria Empresarial, comenta sobre os desafios em prover mudanças. “O problema se origina na formação da empresa, quando raríssimas vezes, os fundadores seguem as recomendações de um bom planejamento equilibrando-o com o entusiasmo e a euforia da realização de um sonho: o de ter seu próprio negócio. As resistências às mudanças se agravam quando o comando é feito de maneira caseira e amadora, confundindo o que é ser empreendedor com ser empresário”, ilustra.

Ele orienta que para uma empresa, particularmente a familiar, ser solidificada é preciso que seus proprietários tenham a clareza que ela deva ser mais rica que eles próprios. “É muito comum ouvir queixas dos proprietários dizendo que não sobra dinheiro no caixa, mas a empresa continua ‘pagando’ diversas contas pessoais, além do uso desenfreado do cartão corporativo ao mesmo tempo em que não fazem investimentos na mesma. Empresas de varejo, onde os clientes pagam em dinheiro, o desfalque no caixa é ainda maior”.

Ele traduz que essa falta de educação financeira acarreta numa cegueira da real capacidade de rentabilidade,

aumentando o risco de quebra. Para rever este cenário ele faz a seguinte orientação: “definir uma retirada mensal fixa aos proprietários que não desestabilize o caixa e ao final de determinado período (semestral ou anual) promover a divisão dos lucros, depois de separar a verba para reinvestimentos; e realizar reuniões regulares entre os sócios para avaliação dos resultados operacionais e do desempenho das atribuições designadas a cada um no organograma”, pontua.

Independentemente de ser ou não uma empresa familiar, Lopes, da Tiex Consultoria, fala sobre a importância de um planejamento adequado. “Em primeiro lugar, analisar seus objetivos. O estabelecimento de metas é ferramenta importante para o empresário iniciar seu planejamento, contudo é importante pesar a dose de otimismo e realismo, metas inalcançáveis podem causar frustração e metas excessivamente folgadas podem causar acomodação”, alerta.

Em seguida, ele diz que “deve-se definir suas prioridades, saber onde concentrar esforços e recursos é peça fundamental na elaboração de um planejamento adequado. Por fim, planejar envolve também conhecer a empresa a fundo, é hora de pensar e, se necessário, redefinir conceitos”, finaliza.

Empresas mais competitivasPara Seriacopi, sócio-diretor da M2R2 Consultoria

Empresarial, quase sempre cabe aos diretores, o dever em encontrar alternativas para tornar a empresa mais competitiva. “No entanto, essa atribuição pode ser amenizada com o estímulo da participação dos colaboradores com reuniões de brainstorm como manda a regra: nenhuma ideia ou sugestão deve ser ridicularizada, tampouco seu idealizador, que, na maioria das vezes, sabe as melhores soluções para problemas das áreas em que atua. Vendedores, por exemplo, estão em contato permanente com os clientes e o próprio mercado, avaliando o termômetro dos negócios”, afirma.

Ele também diz que observar e entender novas tendências podem ser uma grande vantagem e excelente gerador de oportunidades, fortalecendo os relacionamentos com participações em eventos e pesquisas que revelem tais tendências mercadológicas, buscando, antecipadamente, construir estratégias inovadoras e pioneiras. “E também estimular a criatividade, de diretores e demais líderes, com leitura de bons veículos, inclusive os segmentados, que exaltem o positivismo com informações sobre pessoas e empresas que deram a volta por cima”, afinal, nada como um bom exemplo.

Outra sugestão de Seriacopi é desenvolver e testar permanentemente ações paralelas ao negócio principal. “Afinal, há sempre alguém lucrando na crise e tornar-se um fornecedor para essas pessoas ou empresas pode render excelentes lucros. E atentar-se às ações dos concorrentes, principalmente os indiretos, pode evitar um distanciamento com o futuro, pois muitas atividades são findadas pela substituição de novas tecnologias”, conclui.

Na visão de Lopes, para se manter competitivo é preciso otimizar processos de forma a redirecionar recursos e esforços, para concentrar-se na excelência de seus produtos e serviços, de forma a fidelizar o mercado e expandir sua base de clientes. “Quebrar paradigmas para colocar em prática ações e novos conceitos, de forma a identificar oportunidades e, se necessário, mudar os rumos do negócio

como o desenvolvimento de novos produtos ou novos mercados. Manter a mente aberta, pensar prospectivamente sem esquecer as lições aprendidas com os erros do passado. E não se esquecer de três tarefas cruciais: planejamento, planejamento e planejamento”, acrescenta.

De olho nos custosEm tempos de incertezas, um dos primeiros pensamentos

é demitir, por mais que não se queira isso. Para Carlos Cruz, do IBVendas, em momentos como este é preciso reduzir custos, mas ao invés de reduzir a equipe, otimizá-la. “É o fazer mais com menos, cortar custos onde é possível, e otimizar a equipe, avaliando se a crise é externa ou interna, ou seja, se há pessoas que não estão desempenhando adequadamente as suas funções, treiná-las e melhor aproveitá-las antes de pensar em demissões”, sugere.

Erik Penna comenta que neste sentido há algumas opções simples que fazem a diferença, como por exemplo, otimizar a jornada de trabalho, eliminando a hora extra ou criando

Carlos Cruz, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas, IBVendas

Samuel Lopes, sócio da Tiex Consultoria

Erik Penna, palestrante Motivacional e especialista em Vendas

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um banco de horas. “Renegociar tarifas bancárias como o custo mensal na cobrança de títulos também pode ser um caminho, como economizar com o telefone”, cita.

Para exemplificar, ele conta que “certa vez visitei uma empresa que começou a descontar as ligações pessoais de

cada funcionário. Outra fez algo ainda melhor: como atendia clientes de todo o Brasil, a conta chegava a R$ 1.800,00. Então, ela fez um acordo com uma empresa de telefonia e passou a utilizar um plano com ligações ilimitadas por apenas R$ 99,00 ao mês, uma economia anual de R$ 20.000,00”, ilustra.

Iniciativa para parceriasIniciativas do próprio varejo podem não apenas

incrementar as vendas como também potencializar os negócios dos seus parceiros, no caso, distribuidores de autopeças. “O varejista pode criar uma campanha para conseguir melhorar o resultado, como por exemplo, de meta de vendas com premiação que pode vir de uma parceria com fornecedores. Há muitas autopeças que ficam dependendo da campanha dos fornecedores, enquanto são elas que deveriam definir qual é o produto-foco, qual gera mais rentabilidade para a loja”, ressalta.

E, para tanto, ele diz que se faz necessário uma análise do estoque. “Para produtos que não giram há muito tempo, por exemplo, pode-se fazer um trabalho ativo para clientes que tenham interesse neles. Assim, o varejista consegue renovar e comprar itens de maior giro, mais rentabilidade. Vale ressaltar que muitos varejistas ainda compram dos fornecedores sem um planejamento”, alerta Carlos Cruz, referindo-se a estoques que podem ficar obsoletos.

Na avaliação de Erik Penna, é hora de rever e talvez ampliar os fornecedores. “Também é o momento ideal para fazer

parcerias com não concorrentes, por exemplo, já pensou em somar os clientes de outra empresa em seu banco de dados? Outro dia, um restaurante e uma agência de viagem fizeram uma parceria interessante. O restaurante tinha cinco mil clientes cadastrados e a agência algo em torno disso também. Uma empresa divulgou o seu produto na base de dados da outra e novos clientes apareceram”, exemplifica.

Ilustrando a importância de inovar para não sucumbir, Penna conta que, em 1973, a Exame/FGV elaborou um ranking com as 500 maiores empresas do Brasil e que, atualmente, 77% dessas organizações simplesmente desapareceram, conforme aponta um estudo da Fundação Dom Cabral. “Portanto, agora é a hora, inove, seja ainda mais proativo e saiba que, daqui a algum tempo, será muito motivador lembrar que o sacrifício foi momentâneo, mas a vitória ficará para sempre!”, ressalta.

Para finalizar, Sara Carvalho comenta que nessa época de finanças enxutas, as pessoas irão querer comprar e reparar carros usados, ao invés de comprar novos. “O diferencial será a oferta a esses clientes, já que os produtos e serviços terão que ser de qualidade, modernos e com preço acessível. Para não deixar de agarrar essas oportunidades de bons negócios em meio à crise, a empresa deverá ficar atenta à sua saúde e gestão financeira. Torna-se obrigatório fazer análise de fluxo de caixa periodicamente; reformulação do plano de negócio; refazer planos estratégicos e orçamentários; traçar novos projetos de cobranças, etc.”, conclui.

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Maurício Seriacopi, fundador e presidente do ITE - Instituto Transformar de Empreendedorismo e sócio-diretor da M2R2 Consultoria Empresarial

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eferência em correias, tensores, polias, cabos de ignição e mais recentemente cilindros e atuadores hidráulicos, a Dayco trabalha com uma política de sempre estar mais próxima do cliente para melhor atendê-lo e com produtos de qualidade

e eficiência na entrega, como principais diferenciais.Dado o crescimento da empresa e ampliação de marcas, a fabricante, alinhada com

seus objetivos, apresenta uma nova estratégia para aprimorar o atendimento ao cliente, com profissionais técnicos dedicados exclusivos aos distribuidores.

Novo atendimentoSilvio Alencar, diretor Comercial América do Sul da Dayco, explica que a estratégia

foi planejada de acordo com as exigências do mercado. “Percebemos a necessidade de ter profissionais dedicados full time nas duas marcas, Dayco e Nytron, nos distribuidores, tanto nas filiais, como nos regionais”.

Para isto, a empresa conta que agora fará uma transição nos canais de venda, em que não mais irá trabalhar com representantes, mas sim com promotores e supervisores de venda. “Queremos destacar que temos muito respeito pelo trabalho que já realizaram, mas essa mudança foi feita para termos profissionais mais focados nas linhas das duas marcas”.

O diretor Comercial explica que o promotor de Vendas, além de promoções e ações, oferecerá assistência técnica e também consultoria ao cliente. “Eles estão treinados para dar uma resposta imediata, sem ter que esperar pelos canais de comunicação da empresa. Trouxemos profissionais experientes e conhecidos no mercado para facilitar esse processo de substituição, eles vão fazer um trabalho bem prático e objetivo no sentido de ajudar na comercialização do produto”.

E os supervisores de Vendas atuarão de maneira mais efetiva na parte Comercial, em que terá todas as informações para atender e suprir as necessidades do cliente. Desde fevereiro, a empresa já está em fase de implantação desses profissionais e até julho esse processo será finalizado. No total serão 22 pessoas, sendo 10 supervisores e 12 promotores, que cobrirão o território brasileiro.

A empresa também tem uma área Customer Service focada no atendimento ao cliente, que além da equipe que estará em campo, seis profissionais farão todo o processamento do pedido, e caso haja alguma dúvida ou seja necessário alguma informação adicional, eles ficarão responsáveis por contatar o cliente, sem precisar passar pelo promotor ou supervisor de Vendas.

Em relação à equipe técnica, Luiz Gustavo Zappa, gerente Nacional de Vendas da Dayco e Nytron, ainda comenta que o número de colaboradores não diminuiu e, pelo contrário, aumentou. “Continuamos com o mesmo time de técnicos no nosso suporte 0800. O reparador se sentirá muito mais seguro com as nossas marcas”.

Mais perto do clienteZappa também reforça que o objetivo da empresa é estar mais próxima. “Tendo em

vista que nossos produtos são extremamente técnicos, temos que ter esse cuidado de melhor respondê-lo, e os promotores e supervisores irão ajudar muito neste sentido”.

“Temos um portfólio em constante crescimento e diversos lançamentos. Precisamos ter pessoas tecnicamente treinadas para atender na ponta”, emenda Zappa. “Ano passado foram quase 8.000 técnicos treinados e esse programa só tende a expandir porque agora estaremos mais próximos, o próprio promotor estará capacitado para realizar treinamentos, eles serão multiplicadores de conhecimento. Outro fator importante é que os promotores serão da própria região, por isso além de conhecerem bem a frota, eles conhecem as principais necessidades dos reparadores”, aponta.

Essa nova estratégia reflete na mudança de conceito também no quesito treinamento. “O mercado encara o treinamento apenas no formato de sala, aula e lanche, e queremos fazer esse treinamento de maneira mais efetiva, no local das oficinas, mostrando na prática do dia a dia”, diz Silvio.

Outra ação que junto com esse novo atendimento vem para facilitar o trabalho do cliente é o E-business, que através do portal da empresa é possível realizar o pedido direto na Dayco e não precisa passar antes pelo supervisor, o que agiliza ainda mais os processos. “Esse sistema já está inserido e em funcionamento em 95% do volume do nosso negócio”, garante o diretor Comercial para América do Sul.

Investimentos e açõesEm relação ao momento

De olho no futuro, Dayco foca no atendimento ao cliente

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Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação

Nova estratégia nos canais de venda ampliam a atuação e aproximação com o mercado

Silvio Alencar, diretor Comercial América do Sul

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Sobre as dificuldades encontradas para se investir no setor, Silvio alerta a respeito da acomodação de muitas empresas, que tendem a praticar as mesmas ações com resultados que muitas vezes não condizem com a realidade. “Pelo momento que o País atravessa, é necessário ter as verbas mais controladas e com os recursos mais escassos, é preciso ter criatividade para se sobressair e medir corretamente os resultados”.

Em relação ao ano, Silvio revela que a Dayco traçou grandes metas. “Já temos praticamente 40% da fatia do mercado e buscamos mais, queremos também aumentar nosso faturamento na ordem de 13% neste ano.

Formado em Engenharia Elétrica - Eletrônica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), tem mais de 10 anos de experiência na indústria automobilística, atuando nos segmentos de peças originais (OEM) e reposição (AM) pelas empresas Continental (VDO), ZF (Sachs) e está há dois anos na Dayco.

Prova de sua qualidade e consolidação no setor são os constantes reconhecimentos que a Dayco recebe, como a premiação da Revista Autodata, que avalia a participação da empresa no mercado e as conquistas já alcançadas. E agora recentemente o Prêmio Sindirepa-SP, este que foi fruto do forte trabalho com os reparadores.

“Nosso 0800 atende diariamente em média de 120 a 150 ligações, a maioria para pedir informações sobre os produtos, então oferecemos todo o suporte aos aplicadores e isto reflete na preferência pela nossa marca”, analisa Silvio. A Nytron também, segundo Zappa, é líder nas pesquisas das marcas mais lembradas pelo reparador por oferecer o melhor custo/benefício.

O gerente nacional de Vendas da Dayco e Nytron ressalta: “Nossa principal mensagem é apresentar este novo modelo de atendimento com foco na aproximação do cliente, melhoria nos processos, cobertura de linha e E-Business, enfim, todas as ações para garantir a excelência no serviço ao cliente”, completa.

Balanço do primeiro semestre

Luiz Gustavo Zappa

Duas marcas

de crise que o País se encontra, Silvio enfatiza que a Dayco sempre trabalhou com o princípio de ética e independentemente da economia a empresa continua investindo forte no Brasil. “O que fazemos é redirecionar nossos investimentos de acordo com o que o mercado precisa hoje, sempre com uma política séria, equilibrada e constante para darmos suporte ao distribuidor”.

Zappa também completa e diz que o foco da empresa é prestigiar o canal de vendas com um atendimento diferenciado ao cliente e uma política séria. “Esta é a decisão

da Dayco para os próximos anos. Além disso, realizamos constantes investimentos nas nossas linhas de produtos”.

Um fator que exemplifica o bom trabalho com que a empresa já atua no mercado é seu diferencial na entrega. “Nossa entrega atualmente é de 48 horas em relação à data do pedido. Nós tivemos uma atenção especial nessa área, investimos em logística e temos esse desempenho excepcional, que é fundamental nos dias de hoje”, destaca Silvio.

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esde o dia 20 de maio de 2015, a Lei Federal nº 12.977, que regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos automotores

terrestres, passou a vigorar. Para isto, é importante as empresas estarem atentas às adequações que devem ser feitas, pois o prazo é de três meses.

Para entendermos melhor sobre a Lei, falamos com o Administrador e Perito Judicial, também Arquiteto do SIDEL (Sistema Desmanche Legal), Marcelo Magalhães, que contou como foi o processo de regulamentação e os benefícios que serão gerados.

A regulamentaçãoDe acordo com Magalhães, a regulamentação das

atividades de desmontagem de veículos, comercialização das partes e peças, reciclagem de inservíveis descartados no processo de desmontagem vem sendo um desafio para os Estados da Federação.

Em 1986, a Lei Paulista 4.980/ 1986 disciplinou o registro de oficinas mecânicas de desmanche de veículos, complementada pela Lei Federal 9503/ 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Já em 2007 (vinte e um anos depois e ainda em São Paulo-SP), através da Lei 12.521/ 2007 de autoria do Deputado Vanderlei Siraque, no mesmo ano no Rio Grande do Sul 12.745/ 2007, de autoria do Deputado Adroaldo Loureiro, foi regularizado

o funcionamento de e s t a b e l e c i m e n t o s comerciais de desmonte de veículos automotores de via terrestre.

Depois, no dia 2 de janeiro de 2014, em São Paulo pela Lei 15.276, são estabelecidas normas sobre a destinação de veículos em fim de vida útil. E agora pela Lei Federal nº 12.977, que passou a vigorar a

partir do dia 20 de maio, é regulamentada e disciplinada a atividade de desmontagem de veículos automotores terrestres; a lei altera o Art. 126 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro.

Primeiro passo: o registroEm relação às normas que os estabelecimentos

devem seguir, Magalhães diz que para o registro as empresas devem se adequar primeiramente às documentações exigidas em cada estado e no distrito

federal. As empresas deverão apresentar no Detran do seu estado e do DF diversas certidões (Fazenda, Segurança Pública, Meio Ambiente e Bombeiros), alterar o CNAE, se necessário, adotar NF-e em alguns estados, adequar área de desmontagem, apresentar um responsável técnico, inventariar o estoque e adotar sistema de rastreabilidade.

Após entrega correta da documentação o estabelecimento receberá a visita do Detran para constatar a conformidade das instalações. O registro terá validade de um ano na primeira solicitação e renovação a cada cinco anos após o primeiro. As penalidades são divididas entre leves, médias e graves. “Que são multas de 2 a 8 mil, cobradas em dobro em caso de reincidências e se somarem 20 mil em multas no período de 12 meses o registro será caçado”.

Sobre as influências que a regulamentação acarretará no setor, está a redução do valor do seguro, conforme comenta Magalhães. “Sendo os índices de criminalidade um dos fatores para formação do valor do seguro, com a redução será possível pleitear esse repasse ao consumidor, além da possível criação do Seguro Popular, que trata sobre a possibilidade de utilização de peças oriundas de desmanches pelos segurados para reparação de veículos, quando aceitas e autorizadas na apólice”, explica.

Benefícios para todos “A regulamentação colabora para desmarginalização

no setor de desmontagem e comércio de peças usadas, para a transparência aos consumidores quanto à origem das peças”, informa. Magalhães também aponta benefícios nos âmbitos:

Social• Geração de empregos diretos e indiretos.• Desmarginalização do segmento de peças.• Redução de furtos, roubos e latrocínios ligados a veículos e motocicletas.• Fomento do mercado de peça.

Econômico: • Aumento do volume de negócios em toda a cadeia.• Surgimentos de novos modelos de negócios e expansão dos já existentes.

Ambiental: • Destinação correta de resíduos e inservíveis.• Acompanhamento da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).• Sem geração de passivo ambiental.

Portal: www.leidodesmanche.com.brFacebook: leidodesmanche

Mais informações

Lei Federal dos Desmanches

DPor: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

Regulamentação promete benefi ciar setor nas áreas de segurança pública, social, econômica e ambiental

Marcelo Magalhães, Administrador, Perito Judicial e Arquiteto do SIDEL (Sistema Desmanche Legal)

ReGULaMent aÇÃO

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Os númer os obtidos no decorrer dos últimos tr ês anos de a tividades do Centro T ecnológico de Jundiaí (SP ) mostr am que a unidade de excelência br asileira deposit ou 82 no vos pedidos de patentes e muitos deles no Patent Cooperation Treaty (PC T). S egundo dados do PC T, essa cifr a c onsolida a empr esa c omo líder nacional na solicitaç ão de pa tentes para novas invenções no segmento automobilístico nacional. O Tech Center MAHLE também está entre os dez maiores depositários de pedidos de patentes em meio às principais empresas e universidades brasileiras.

Magneti Marelli entra na Open Automotive Alliance

A F ras-le e a Freios Controil, integrantes das Empresas R andon, c onquistaram o P rêmio Expor tação RS 2015, respectivamente, nas categorias Diversiÿ cação de Mercados e Destaque Setorial Autopeças. Além da categoria na qual é vencedora, a Fras-le também recebeu uma Distinção Especial – Exportador Diamante, em reconhecimento à sua postura exportadora que demonstra perenidade em seus resultados. Em sua 43ª edição, sob a temática “Inovação como caminho para exportar mar ca e ala vancar a competitividade no mercado in ternacional”. Promovido por inúmer as entidades, o prêmio objetiva valorizar as organizações que consolidam os produtos brasileiros no exterior e distingue as empresas que obtiveram os melhores resultados mercadológicos e desenvolveram estratégias inovadoras para expor e comercializar seus produtos neste mercado.

Fras-le e Controil conquistam Prêmio Exportação RS

Neste mês de junho , a F ord lanç a o médio N ovo Focus, a primeir a apariç ão do c arro ac onteceu em S ão P aulo. N o ev ento f oi divulgado que o sistema SYNC de c onectividade ev oluiu, ele t em comandos de voz para operação do celular, rádio e clima tização, A ppLink, de ac esso a aplic ativos dos smar tphones, en tre outros. O c arro também conta com estacionamento automático para vagas paralelas e perpendiculares, sem que o mot orista precise mexer no volante.

MAHLE é líder nacional na solicitação de patentes no setor automobilístico

Ford mostra Novo Focus e investe em tecnologia

ZF América do Sul conquista o Prêmio REI 2015 com seu presidente O presidente da ZF A mérica do Sul , Wilson Bricio (10 da esq. p/ dir.), foi eleit o como o melhor prof ssional de aut opeças no V Prêmio Rei – R econhecimento à Ex celência e Ino vação, realizado no dia 10/06 em São Paulo (SP). A premiação é organizada pela revista especializada Automotive

Business. A esc olha pelo pr esidente da ZF A mérica do Sul foi motiv ada por div ersos fa tores, c omo o aumen to o por tfólio de pr odutos pr oduzidos pela ZF no B rasil, antecipando-se às demandas cada vez mais competitivas do mer cado aut omotivo. O utro fa tor que destac ou o executivo foi o seu papel como artíf ce, na ultima década, de um e xpressivo processo de in tegração organizacional e utilizaç ão de sinergias en tre as diferentes unidades de negócios do Grupo ZF na América do Sul, indo ao encontro das demandas do mer cado por pr odutos c ada v ez mais competitivos e com qualidade reconhecida pelos clientes.

A Magneti Marelli passou a integrar a Open Automotive Alliance (OAA), uma aliança global de empresas líderes do setor automotivo e de tecnologia, comprometidas em disponibilizar as soluções Android para os carros. O anúncio foi feit o durante o Google I/O, conferência de desenvolvedores da Google ocorrida recentemente em São F rancisco, nos Estados Unidos . A empr esa fornecerá sistemas de Infotainmen t automotivo equipados c om esse r ecurso a par tir do f nal de 2016. O A ndroid Auto leva a e xperiência do sistema Android para dentro dos carros através de aplicativos e serviços acessíveis na tela de centrais multimídia e é pr ojetado par a tr ansmitir as informaç ões de que o mot orista nec essita de maneir a mais fácil e segura. No Brasil, modelos das marcas Citroën, Peugeot e Fiat, entre outras, já contam com modernos sistemas multimídia desenvolvidos e produzidos pela Magneti Marelli.

CURTAS

A fabricante de material de fricção tem como visão a c onstante c apacitação t ecnológica, destinada a oferecer segurança e excelência em seus c omponentes. C om uma c apacidade inicial de 12 milhões de peç as ao ano , of erece a seus clien tes a gama mais c ompleta do mercado, cobrindo as aplicações europeias, americanas e asiáticas. As operações no Brasil fazem parte de um avanço estratégico na América do Sul, por ser um dos mer cados com uma frota renovada, um maior potencial de c onsumo e um gr au de e xigência por par te das c adeias de suprimento compatíveis com a visão mer cadológica da Litt on. As operações no B rasil ser ão c omandadas por Danilo Z ille D utra ( ex-Remsa) no segmento de freios automotivos.

Litton BRAKES inicia atividades comerciais no Brasil em julho de 2015

Inicialmente conhecida como Dayton Rubber Manufacturing Company, a empresa iniciou seus negócios em 17 de maio de 1905 t ornando realidade o sonho de seus cinc o fundadores. Depois de um modesto começo com a fabricação de mangueiras e anéis de vedação de borracha, a Dayco cresceu mundialmente. Hoje é uma fabric ante mundial de c orreias sincronizadoras, correias de acessórios, pr odutos de tr ansmissão, sist emas e soluç ões. C om 4.300 c olaboradores e mais de 40 fábric as, c entros de distribuiç ão e de t ecnologia e escrit órios de vendas em 16 países , a empr esa tem aproveitado sua pr esença global para manter o r elacionamento com todos os equipamen tos originais, fabricantes (OE) e mais de 1.500 distribuidor es em t odo o mundo . A Da yco também anuncia João S imões R amon c omo novo diretor-presidente para seus negócios na América do Sul. O executivo é formado em Engenharia e Administração de Negócios.

Dayco: 110 anos de mercado mundial

acessórios, produtos de transmissão, sistemas e soluções. Com 4.300 colaboradores e mais de

A empresa mon tou em S ão Paulo um c entro especializado numa área de 10 mil m², dos quais 7 mil m² são de ár ea c onstruída, para a tender os modelos da H yundai de fabric ação nacional e importados. N o C AOA H yundai P remium S ervices, a c apacidade é de atender até 3 mil veículos/mês. As instalações têm uma moderna estrutura para descarte de resíduos formada por uma linha aérea de 2 mil metros de tubulações, por onde são dispensados óleo e ° uidos extraídos dos v eículos e por onde também passam lubriÿ cantes e ° uidos novos para abastecimento dos carros em reparo nos boxes de serviço. N o espaç o há f erramentas de última ger ação e ser á utilizado para tr einamento das equipes de pós-vendas das c oncessionárias de todo o Brasil.

Grupo CAOA investe em pós-vendas

A divisão Mot orparts, da F ederal-Mogul, anuncia o lanç amento da linha de ° uidos J urid par a automóveis e v eículos c omerciais. O lanç amento faz par te do pr ograma de ampliaç ão da gama de produtos da empr esa par a a tender aos v eículos em cir culação nos mercados do B rasil e da A mérica do S ul. Toda a linha está disponív el em frascos de 500 ml , nas especiÿ cações DOT 3 e DO T 4, que indic am os elevados níveis de r esistência ao pon to de ebuliç ão do líquido em função da ação de frenagem.

Anualmente ac ontece o P rêmio GM de S ustentabilidade par a Concessionárias e F ornecedores da C hevrolet. Est e ano a en trega f oi feita dia 3 de junho e os v encedores na categoria fornecedores foram: Eaton, AR aymond e White Mar tins. Na c ategoria de c oncessionárias venceram: Espacial Veículos, de Natal (RN), Uvel, de Brusque (SC) e CVC,

de Vitória (ES). “O objetivo do prêmio é difundir e estimular a aplicação prática de ações baseadas nos princípios da sust entabilidade, ger ando, assim, benefícios par a os c oncessionários, fornecedores e para toda a comunidade”, declara Marcos Munhoz, vice-presidente da GM do Brasil e Chairman do Comitê de Sustentabilidade.

Federal-Mogul lança linha de fl uidos Jurid e recomenda revisão do carro antes das férias

General Motors premia fornecedores com Prêmio de Sustentabilidade

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novo diretor-presidente para seus negócios na América do Sul. O

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Com o objetivo de ampliar seu portfólio, e incorporar tecnologias de en tretenimento e c onforto em seus pr odutos, a P ósitron lanç a o SP4330 B T, D VD Player c om t ela TFT L CD Wide de 3” e c onexão Bluetooth®. D entre as principais c aracterísticas do equipamento, destaque par a a funç ão Hands F ree, que permite a r ealização de chamadas t elefônicas pelo viv a-voz, e par a o A udio S treaming, que reproduz as músic as armazenadas em dispositiv os móveis sem a utilizaç ão de c abos. Também é possível comandar as funções do aparelho por meio do controle remoto integrado ao volante.

Pósitron lança novo DVD Player automotivo

Diferente de qualquer outro c anal de TV coorporativa em que o f oco é falar sobr e a empresa, a T V T akao tem por objetiv o trazer a “voz” dos seus clientes em t odos os ac ontecimentos onde a Takao estiv er presente nest e meio . A estr eia do c anal aconteceu na última Automec 2015 onde a

apresentadora Cintia Silotto fez a cobertura do evento, entrevistando visitan tes, aplic adores, distribuidor es e mostr ando um pouc o dest e c uidado da Takao em trazer o futur o par a o mer cado de mot or. A ssista a reportagem completa no www.takao.com.br/blog

TV Takao estreia na Automec 2015

PRODUÇÃO DE MOTOCICLETAS ATINGE O MENOR NÍVEL EM 10 ANOSA produção acumulada de motocicletas de janeiro a maio dest e ano totalizou 582.528 unidades, v olume 16,2% inf erior ao r egistrado em igual período de 2014, que ha via chegado a 695.155 unidades . O r esultado dos primeir os cinc o meses dest e ano , no entanto, é o pior do set or desde 2005, quando f oram pr oduzidas apenas 495.098 motocicletas em igual período , c onforme lev antamento divulgado pela A braciclo, Associação B rasileira dos F abricantes de Mot ocicletas, C iclomotores, Mot onetas, Bicicletas e S imilares. “A instabilidade macroeconômica, atrelada à falta de c onÿ ança do consumidor, reforça o momento de c autela. O setor já havia feito uma redução nas projeções de produção e vendas para 2015, porém, diante da piora do cenário, novos ajustes não estão descartados”, aÿ rma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

Referência de bons negócios par a o mer cado de r eposição de aut opeças, a P erfect P eças A utomotivas ampliou seu por tfólio de pr odutos e passa a of erecer ao mer cado div ersos it ens de c abos axiais , piv ôs, t erminais de direção e amortecedores, par a dif erentes mar cas e modelos de v eículos em circulação no P aís. O utra novidade anunciada pela empr esa é a pr omoção de Débora Coronado (foto) ao cargo de gerente de Marketing. Nesta nova função, Débora manterá a r esponsabilidade por Estr atégia, Marketing e C omunicação Corporativa e assumir á as ár eas c omo Planejamen to de M ídias, C ontrole de Metas, C ampanhas In ternas e Mapeamen to de Vendas. A P erfect t em c omo missão ac eitar e of erecer aos clien tes e f ornecedores soluç ões, e xperiências memoráveis e produtos competitivos com qualidade e tecnologia para o mercado automotivo globalizado.

PERFECT ANUNCIA NOVIDADES

A Anfavea, divulgou o balanço da indústria automobilística em maio e na soma dos primeiros cinco meses do ano. Segundo a associaç ão a no va expectativa é de queda de 20,6% no lic enciamento e de 17,8% na produção de autoveículos. A entidade ainda não revisou a previsão para exportações em função da expectativa de anúncio do Plano Nacional de Expor tação e dos ac ordos comerciais com outros países que estão em andamen to. As projeções para o segmen to de máquinas aut opropulsadas também não foram alteradas em razão da apresentação das condições do Plano Agrícola e Pecuário. De acordo com a Fenabrave sobre o mês de maio e do acumulado de 2015, para o setor da distribuição de veículos o mês

de maio apr esentou r etração de 2,70% em relação a abril . F oram emplac adas 333.806 unidades em maio , c ontra 343.068 no mês anterior. Na c omparação en tre os meses de maio 2014 (440.109 unidades) e o mesmo mês de 2015, o setor teve queda de 24,15%.

Entidades divulgam projeções para 2015

A Audi inaugurou em São Paulo (SP), na região de Santo Amaro, dia 28 de maio , o Centro de Treinamento e Competência Tecnológica (CT). Os investimentos somam R$ 10 milhões a té 2016. O prédio de mais de 4 mil m² conta com oÿ cinas, salas de aulas, escritório e showroom, modelo padrão para a rede de concessionários. No loc al está o Technical S upport C enter L atin A merica (TSC L ATAM), que c onta c om uma equipe inicial de cinc o engenheiros par a of erecer supor te t écnico aos mer cados da A mérica L atina, no t otal de 29 países . E les tr abalham no desen volvimento de t ecnologias especíÿ cas, c omo os sist emas de injeç ão de c ombustível, já que a gasolina brasileira tem a mistur a do etanol e mot or do A3 sedã que será produzido no Brasil, 1.4L turbo, conta com a tecnologia Flex, características exclusivas do nosso mercado.

Fabricante alemã reforça estratégia de voltar a produzir no Brasil com a inauguração do CT para capacitação da equipe e desenvolvimento de tecnologia locais

AUDI APRESENTA CENTRO DE TREINAMENTO

MANN+HUMMEL promove atividade voluntária em hospital

A Schae ̨ er, que r eúne as mar cas INA, FAG e L uK, recebeu o Certiÿ cado de Desempenho 2014 – Evolução em Qualidade e E ntrega, c oncedido pela Mot o H onda A mazônia. F oram premiadas 13 empr esas em qua tro c ategorias: Ex celência em Q ualidade e E ntrega, Evolução em Q ualidade e E ntrega, Destaque E mpresarial, e Q ualidade C usto E ntrega – D ivisão de P eças. Os r equisitos analisados par a que a S chae ̨ er fosse esc olhida f oram: Q ualidade, C usto e E ntrega, além de apresentar novas tecnologias.

Schaeffl er tem seu desempenho reconhecido pela Moto Honda

A P eugeot r eduziu o númer o de c oncessionárias, t em agor a 108 e dev e chegar a 120 a té o ÿ m do ano . Não aumen tou o pr eço do c ompacto 208 linha 2016 e ampliou a lista de equipamentos. A primeir a versão, Active, que já tr azia direção elétrica, ar- condicionado, r ádio c om en trada USB e c onexão Bluetooth, luzes diurnas e lanternas em Leds, ganhou faróis de neblina, vidros elétricos nas por tas traseiras, retrovisores com ajuste elétrico, alarme ultrassom, banco traseiro com apoio de cabeça para o passageir o do c entro e v olante multifuncional.

As r evisões t êm pr eços ÿ xos (R$ 314,00 par a a de 10 mil km/ R$ 486,00 de 60 mil km). Os preços do 208 variam de R$ 45.990 ( Active mot or 1.5L F lex)/ R$ 62.890 ( Gri ̋e Automática, motor 1.6L Flex).

Peugeot comunica reposicionamento da marca

A MS Motorservice, Divisão de Aftermarket do Grupo KSPG, iniciou o mês de maio com lançamentos de anéis de segmen to para motos Honda 125cc modelos Biz 125 e CG 125

produzidas entre 2006 e 2011. No segmento leve os novos produtos abrangem tanto a linha de camisas como a linha de ÿ ltros de óleo das mon tadoras Fiat, F ord, G eneral Mot ors e Volkswagen. P ara mais informações, entre em contato com a fábrica através do SAKS 0800 721 7878 ou por meio do e-mail [email protected]

Kolbenschmidt (KS) apresenta lançamentos

No dia 12 de junho , uma equipe de c olaboradores da multinacional MANN+HUMMEL realizou mais uma visita do Projeto Sexta-Feira da A legria. Caracterizados de palhaç os, eles percorrem os corredores das alas feminina, masculina e pediátrica do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC) levando música, brincadeiras e c onversando com os internos. Os enc ontros são mensais e oc orrem em períodos alternados neste hospital, loc alizado em Indaiatuba (SP).

Diferente de qualquer outro canal de TV coorporativa em que o foco é falar sobre a empresa, a TV Takao tem por objetivo trazer a “voz” dos seus clientes em todos os acontecimentos onde a Takao estiver presente neste meio. A estreia do canal aconteceu na última Automec 2015 onde a

Peugeot comunica

As revisões têm preços � xos (R$ 314,00 para a de 10 mil km/ R$ 486,00 de 60 mil km). Os preços do 208 variam de R$ 45.990 (Active motor 1.5L Flex)/ R$ 62.890 (Gri� e Automática, motor 1.6L Flex).

lançamentos de anéis de segmento para motos Honda 125cc modelos Biz 125 e CG 125

Schaeffl er tem seu

CURTAS

Por: Edison Ragassi

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 105 TÉRIA DE CAPA30 FaBRic ante

om 22 anos de história, a Juntalima é referência quando se trata de produtos de qualidade e um portfólio completo. De acordo com Felipe e Sérgio Lima, diretores

da empresa, enquanto outras fábricas deram pouca atenção às novas linhas de veículos, a Juntalima buscou investir em todas, para assim oferecer ao consumidor uma variedade maior de itens, se tornando hoje essa referência no setor.

Atualmente a empresa conta com duas plantas próprias, onde além de processar a matéria-prima, possui o maquinário necessário para desenvolver suas ferramentas e agilizar o processo de lançamento. Para este ano, a fabricante pretende investir ainda mais na linha asiática e nos modelos novos de veículos.

Diferenciais competitivosAtravés de seu forte trabalho de investimento em todas

as linhas de veículos ao longo dos anos, a empresa realiza lançamentos constantes. “Recentemente, investimos na linha

chinesa, que tem crescido muito no mercado. Nossos objetivos são: sermos pioneiros no segmento, estarmos sempre atualizados e ampliar nossos produtos. E, por causa disso, chegamos no patamar atual. Pois, nossos clientes sabem que vão encontrar as linhas mais completas do mercado na Juntalima”, destaca Felipe.

Um dos principais fatores responsáveis pelo sucesso da empresa é o desenvolvimento próprio do ferramental. “Tomamos a decisão de ir por este lado há muitos anos, criamos toda uma estrutura para chegarmos nesta velocidade e qualidade de lançamentos, investimos em maquinários muitas vezes caros e em treinamentos, não foi fácil e nem rápido, mas hoje colhemos os frutos”, ressalta Felipe.

“Desta forma, nós saímos na frente nos lançamentos, e por estarmos fabricando no Brasil, podemos garantir uma maior estabilidade e continuidade aos clientes, estamos menos vulneráveis a problemas como alta do dólar, atraso de entrega e canal vermelho, dificuldades estas da importação”, emenda Sérgio.

Já no caso da Juntalima, a diferença do dólar veio a fortalecer ainda mais a empresa. “Essa diferença aumentou a nossa competitividade na exportação, sempre vendemos bem para o mercado sulamericano, mas estávamos sofrendo para competir com os chineses em território neutro. Hoje, quando mandamos nossa tabela de valores, percebemos na hora que ganhamos em competitividade”, afirma Felipe.

Cenário econômicoPara a Juntalima, a primeira

atitude que deve ser tomada em um cenário de crise é continuar a investir no negócio e não deixar de lançar produtos. “Sempre com criatividade, estamos ampliando as campanhas de vendas com os clientes, mantemos a mesma velocidade de lançamentos e confiamos que este momento do mercado em breve vai passar”, ressalta Felipe.

Sérgio também comenta: “A economia leva algum tempo para se adequar, mas acredito que no ano que vem já estaremos ensaiando uma recuperação. A Juntalima está completamente preparada para um momento como este, não temos despesas com aluguéis, por exemplo, e o grosso do maquinário foi adquirido anos atrás, somos uma empresa familiar e honramos os profissionais que trabalham conosco, então não tenho dúvidas que atravessaremos bem este momento”.

Juntalima destaca investimentos

CPor: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

Fabricação própria e lançamentos constantes fazem parte dos diferenciais da empresa

Sérgio e Felipe Lima, diretores da empresa Investimentos em equipamentos são um dos diferenciais da empresa

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Sincopeças em Ação

Sindic at O

O Sincopeças-SP está na rede mundial - acesse: - facebook.com/sincopecas - twitter.com/sincopecas - youtube.com/portaldaautopeca.com.br

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o dia 8 de junho, a unidade produtiva da Ford Caminhões em São Bernardo do Campo (SP) atingiu

a marca de 400.000 unidades produzidas, desde o início das atividades em 2001. O modelo responsável por este número foi o Cargo 2429 da linha de pesados.

No segmento de caminhões as vendas estão em queda livre, mas a empresa é a que vem demonstrando menor queda. De janeiro a maio foram emplacadas 31.416 unidades, o que representa redução de 41,6%. Somente o mês de maio, a redução foi de 52% (6.064 unidades). Já na empresa de São Bernardo do Campo, a queda de volume foi de 15% no acumulado do ano (5.926 caminhões) e de

31,5% em maio (1.122 unidades).Apesar das incertezas do mercado, a companhia investe em novos produtos. Sem

ainda divulgar mais detalhes, promete seis lançamentos, entre eles modelos com transmissão automatizada e de configuração 8x2.

Também apresentou o novo diretor para as operações na América do Sul, João Pimentel. Ele está na companhia há 35 anos, atuou em diversas funções nas áreas de Desenvolvimento de Produto, Qualidade e de Compras, as quais foi diretor. O executivo sucede a Guy Rodriguez, que passou a comandar a diretoria de Marketing, Vendas e Serviços para automóveis e picapes.

NPor: Edison Ragassi | Fotos: Divulgação

CAPA

Ford Caminhões produz 400 mil unidades

A marca foi alcançada em São Bernardo do Campo. A empresa ainda programa seis lançamentos este ano, entre eles o de câmbio automatizado e a confi guração 8x2

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FIQUE DE OLHOVoith Turbo fornece 190 transmissões automáticas A Voith, por meio da divisão Voith Turbo, acaba de fornecer 190 transmissões automáticas DIWA.5 para operadores de transporte da Argentina e do Equador. A solução equipa 150 ônibus Mercedes-Benz O500U (padrón) adquiridos por clientes argentinos - com destaque para a empresa Rosário Bus, que recebeu a maior parte dos veículos. Outras 40 transmissões equipam o modelo O500MA (articulado), fornecido para a Empresa Pública Metropolitana de Transportes de Passageiro de Quito (EPMTPQ), que opera o BRT da capital equatoriana.

Goodyear lança banda pré-curada AGSA Goodyear do Brasil está lançando no mercado de recapagem a banda pré-curada AGS. Trata-se de uma banda para pneus radiais recomendada para eixo livre e tração moderada em veículos comerciais que atuam no serviço regional. Com performance premium, a AGS é uma banda pré-curada leve que preserva a carcaça dos pneus. Seus ombros arredondados diminuem o atrito com o solo e minimizam os efeitos de arraste lateral que podem gerar arrancamento. Além disso, seu desenho com cinco raias proporciona maior refrigeração da banda de rodagem e melhor escoamento de água.

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Novo Alternador Delco Remy® 18SI para aplicações Mercedes-BenzRemy International, Inc fabricante dos motores de partida e alternadores Delco Remy® para linha pesada, anuncia o lançamento do Alternador 18SI – 8600658 – 12V 75A. O novo alternador Delco Remy® projetado para aplicações Mercedes-Benz (caminhão Accelo e diversas versões Sprinter), chega para complementar o amplo portfólio da marca, e conta também com os vários benefícios para atender as exigências do mercado de reposição. Para baixar catálogos, informativos e mais informações sobre as novidades, acesse ao portal www.remyinc.com

MWM Motores realiza Encontro Regional com a Rede de Distribuição

A MWM Motores, fabricante independente de motores diesel no Mercosul, realizou no mês de maio o primeiro encontro regional do ano com sua Rede de Distribuição – evento denominado Road Show. A edição ocorreu em Belo Horizonte (MG). O evento mineiro contou com a participação dos executivos da MWM Motores, das áreas de Vendas de Motores e Peças de Reposição, Marketing e Assistência ao Cliente/Pós-Vendas, além de 20 representantes que compõem a Rede de Distribuição da empresa no Estado de Minas Gerais.

Eaton chega à marca de 8 mil transmissões remanufaturadas no BrasilO Grupo Veículos da Eaton alcançou um número expressivo: oito mil transmissões foram remanufaturadas no Brasil desde o lançamento da Linha ECOBox. Aproximadamente 50 modelos diferentes passam pelo processo de reindustrialização executado pela empresa com os mesmos critérios e a mesma qualidade da fabricação de um equipamento novo. Mais de dois terços das transmissões remanufaturadas pela Eaton correspondem a modelos destinados a caminhões de uso urbano, ônibus e micro-ônibus, entretanto a procura por modelos de caixa de câmbio reman para caminhões pesados e pick ups aumenta ano a ano.

Castrol apresenta óleo lubrificante para picapes e SUVs movidos a DieselA Castrol, referência mundial em produção e distribuição de lubrifi cantes premium, lança o Castrol GTX Diesel, especialmente desenvolvido para picapes e SUVs a Diesel que possuem recomendação específi ca API CI-4, Mineral, SAE 15W-40, para modelos entre 2009 e 2014 de diversas montadoras. Composto por uma base mineral, apresenta fórmula exclusiva que ajuda a evitar o acúmulo de fuligem no motor, evitando o aumento da viscosidade do lubrifi cante. Ao facilitar a circulação, garante uma vida mais longa ao veículo e protege as principais peças.

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té pouco tempo atrás, cada empresa se especializava muito bem em um único canal, seja a loja física, comércio eletrônico, telemarketing, venda direta e, até mesmo, visitas às oficinas. Ultimamente, como bem explica Gustavo Carrer,

consultor do Sebrae-SP, vem se intensificando os canais internet e mobile, pelo tablet ou smartphone, associados à mobilidade.

“O conceito de omni-channel é quando se une todas as ferramentas de mobilidade mantendo também os canais tradicionais, de forma que o consumidor tem à sua disposição todos os canais e a percepção de uma empresa única, uma marca somente”, explica o consultor.

Conceito que também oferece a opção ao cliente de comprar onde quiser (loja física, virtual ou pelo celular) e receber o produto onde escolher (casa, trabalho ou retirar na loja física). “É o omni-channel sem a costura de canais, a possibilidade de o cliente ter acesso a todos eles sem barreiras. Uma costura seria, por exemplo, você comprar pela internet e não poder trocar em uma loja física”, especifica Carrer, acrescentando que a empresa pode também adicionar serviços como a garantia estendia ou instalação. “Com uma única relação com a empresa, com a marca que proporciona toda a experiência de compra”, pontua.

Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do PROVAR/IBEVAR, cada vez mais o consumidor comprará pelos diversos canais e a crença que a loja física deixará de existir não é verdadeira. “Existe uma máxima da tecnologia que diz que as pessoas e empresas tendem a superestimar os seus efeitos em curto prazo, então, a loja física acabará e ela não acabou. Por outro lado, subestimam os efeitos da tecnologia acreditando que por elas não deixarem de existir, serão modificadas por essa nova tecnologia, o que não é verdade”, diz.

Segundo ele, “fala-se muito do omni-channel presente em vários mercados, todo mundo diz que faz, mas ninguém sabe exatamente como é. Hoje há uma grande discussão a respeito destas possibilidades e claramente estes canais tendem a fazer com que os preços gradativamente convirjam para um valor médio. A grande discussão neste ano na NRF - National Retail Federation foi que não cabe mais saber se de fato devo ou não atuar desta forma, pois, como dito anteriormente, é o consumidor que escolhe por qual canal quer comprar”.

E, para ilustrar este cenário, Carrer cita uma pesquisa do varejo americano que foi apresentada na NRF, maior feira do mundo sobre tecnologia para varejo, indústrias e prestadores de serviços, realizada anualmente em Nova Iorque. “A pesquisa da NRF mostrou que 74% dos varejistas diziam que suas operações de omni-channel ainda precisavam de ajustes, 85% disseram que vão fazer mais investimentos no omni-channel neste ano e 5% que vão

mantê-lo. Já 10% não vão entrar nisso, provavelmente por serem mercados que não têm esta aderência”, comenta.

Resultados que mostram que ele está esta transformação. “Talvez no início de um processo de uma revolução na maneira de lidar com o consumidor e as pessoas entenderem que precisam melhorar, investindo no omni-channel. O mais importante é que a pesquisa mostrou que o assunto faz parte da pauta destes varejistas”, destaca.

Traçando um paralelo com o Brasil, Carrer avalia que não estamos tão atrasados. “Não estamos no patamar do varejo americano, mas por ser algo

recente, de cerca de três anos, não estamos tão atrasados. Quando se fala em omni-channel algumas

empresas já estão neste caminho, como por exemplo, o Pão de Açúcar com

uma operação piloto de compra pela internet e retirada

na loja. Nós temos aqui empresas que no mínimo já estão pilotando este tipo leitura do mercado”, informa.

Aplicado às autopeças

Para o presidente do PROVAR/IBEVAR, o segmento

de autopeças será um dos mais impactados pelas mudanças

tecnológicas. “Por comercializarem produtos padronizados, o consumidor estará

muito mais bem informado sobre eles e a respeito das diversas alternativas que tem (canais). Dificilmente alguém no futuro poderá ficar afastado desta maneira de se relacionar com o cliente, particularmente neste segmento”, prevê.

Até porque o custo de operação na internet e nas lojas físicas é um dos desafios no varejo, não exclusivamente das autopeças. “E a tendência é que estes preços se aproximem cada vez mais. Portanto, será preciso ter estruturas logísticas capazes de suportar esta condição ou o lojista perderá mercado”, alerta.

Carrer destaca que é preciso separar o que é B2B do B2C. “Na relação entre empresas permanece crescente a participação da internet, a interatividade com outros meios online, não somente pelo comércio eletrônico, como também pelos aplicativos como Skype e WhatsApp. Ainda temos o que crescer no B2B, criar mecanismos mais

Os caminhos da multicanalidade

APor: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

Da loja física ao mobile, cada vez mais o cliente escolhe o canal para comprar e o espaço é grande para o varejo

Gustavo Carrer, consultor do Sebrae-SP

Claudio Felisoni de Angelo, presidente do PROVAR/IBEVAR

João Appolinário, presidente e fundador da Polishop

Sebastião Bomfim Filho, CEO do Grupo SBF, rede de varejo esportivo

tendência

somente”, explica o consultor.Conceito que também oferece a opção ao cliente

de comprar onde quiser (loja física, virtual ou pelo celular) e receber o produto onde escolher (casa, trabalho ou retirar na loja física). “É o omni-channel sem a costura de canais, a possibilidade de o cliente ter acesso a todos eles sem barreiras. Uma costura seria, por exemplo, você comprar pela internet e não poder trocar em uma loja física”, especifica Carrer, acrescentando que a empresa pode também adicionar serviços como a garantia estendia ou instalação. “Com uma única relação com a empresa, com a marca que proporciona toda a experiência de compra”, pontua.

Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do PROVAR/

Quando se fala em omni-channel algumas empresas já estão neste caminho, como

por exemplo, o Pão de Açúcar com uma operação piloto de compra

pela internet e retirada na loja. Nós temos aqui

empresas que no mínimo já estão pilotando

autopeças

PROVAR/IBEVAR, o segmento de autopeças será um dos

mais impactados pelas mudanças tecnológicas. “Por comercializarem

produtos padronizados, o consumidor estará muito mais bem informado sobre eles e a respeito das

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JUNHO de 2015 / ediç ãO 105 38

modernos para se ter uma sintonia maior entre fornecedores, sejam atacadistas ou indústrias”, analisa.

Ele cita que nos Estados Unidos é mais comum o atacadista abrir o estoque para o comprador e vice-versa ou ter tabelas de descontos, ou de comissões pré-definidas e abertas. “À medida que se estabelece melhores regras nas negociações, os custos de transação diminuem, aumenta a confiança, diminuem as especulações e o jogo do vendedor e comprador”, afirma. Sobre o B2C, Carrer avalia que “hoje, por exemplo, muitos acessórios são comprados pela internet, uma tendência que crescerá. E se antes a compra era associada a serviço, hoje o consumidor adquire o produto e escolhe onde o serviço será executado”, conclui.

O Grupo SBF, que nasceu com a Centauro, atualmente a maior rede de varejo esportivo da América Latina, com mais de 230 lojas em 22 estados mais o Distrito Federal, tem também sob seu guarda-chuva a By Tennis, a licença das lojas da Nike no Brasil e a operação de comércio eletrônico Centauro.com, operando como varejo multicanal.“Antes, tratávamos o comércio eletrônico como algo adicional, uma loja a mais. Há alguns anos, decidimos que ele seria um business próprio com gente especializada. Assim, o cliente pode comprar pelo site e retirar o produto em uma das nossas lojas ou comprar na loja e receber em casa, por exemplo”, diz Sebastião Bomfim Filho, CEO do grupo.E com a tecnologia em constante evolução, ele traça um paralelo. “Antes, as empresas desenvolviam tecnologias para se relacionarem com o consumidor, hoje são as pessoas que as carregam no bolso. Se antes para nos comunicarmos com elas o esforço era todo nosso, hoje, elas conversam com a gente em tempo real”, comenta.

Para Bomfim, não há dúvida que o futuro do varejo é ser multicanal, omni-channel. “O que faz com que a marca esteja mais próxima ao cliente por mais tempo, por mais momentos. Não acho que as redes que têm apenas lojas físicas ou comércio eletrônico sejam as empresas do futuro. Mas sim as que conseguirão trabalhar bem e juntar os canais de vendas”, finaliza.

Grupo SBF

Com mais de 6 mi lhões de clientes cadastrados, 218 lojas próprias em 26 estados, um b atalhão de 80 mi l vendedores porta a p orta e co m os c anais in ternet e T V, in cluindo m obile, a P olishop inicio u s uas atividades em 1999, adquirindo espaços em horários de TV. Hoje, tem seu próprio canal.

“A P olishop é a hi stória do m ulticanal q ue v irou o mni-channel, uma forma não linear de fazer va rejo, diferentemente d a linear que tem começo, meio e fim, ou seja, começa na ponta com o p roduto, depois tem o marketing e propaganda, colocação no ponto de venda, demonstração ao c liente e co ncretização da venda. O n ão linear é a interação com o consumidor, inclusive pelo próprio e-commerce”, diz o presidente e fundador da empresa, João Appolinário.

Polishop

tendência

NRF - National Retail Federation 2015

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 105 40

m novembro do ano passado, a Ford Motor Company iniciou as vendas no mercado nacional do Ka+, a versão sedã do hatch Ka com motor fl ex

de 3 cilindros, 1.0 TiVCT, 12 válvulas, comando variável na admissão e escape. Sua potência é de 85cv (E)/ 80cv (G) a 6.500 rpm e torque de 10,7 kgfm (E)/10,2 kgfm (G) a 4.500 rpm. O sistema de partida a frio utiliza velas aquecedoras e não o tanquinho de gasolina. A transmissão é manual de cinco marchas. Trata-se de um modelo global da empresa, desenvolvido no Centro de Desenvolvimento do Produto em Camaçari (BA).

O design usa na frente uma grande grade central na cor preta, outra inferior na mesma cor do veículo e conjunto ótico embutido nos para-lamas. As laterais com vincos na região das maçanetas e na parte debaixo das portas. A traseira usa um vinco, o break light está acima e as lanternas nas colunas.

Não demorou, em março deste ano, a Nissan iniciou as vendas do Novo Versa para rivalizar com o carro da Ford. O modelo antes importado do México passou a ser produzido no Complexo Industrial de Resende (RJ). Recebeu na frente um novo conjunto ótico, semelhante ao do Sentra, em forma de bumerangue e grade cromada. O para-choque traseiro foi reestilizado também para fi car mais angular.

Embaixo do capô, o propulsor 1.0L 3 cilindros, 12 válvulas, com variador na admissão, também fabricado no Complexo Industrial, o qual entrega 77 cv a 6.200 rpm (etanol/gasolina) e torque de 10 kgfm a 4.000 rpm (E/G).

Ele é derivado do HR12 (1.2L) comercializado em vários países do mundo. Seu desenvolvimento contou com

a participação da engenharia brasileira e japonesa. Também fl ex, aceita etanol, gasolina ou a mistura dos dois em qualquer proporção, sem tanquinho de partida a frio e velas aquecedoras. Completa o trem de força o câmbio manual de cinco marchas.

Os dois sedãs compactos têm suspensão dianteira

independente McPherson. Na parte traseira, o eixo do Ka+ é autoestabilizante tipo Twist Beam, enquanto que no Versa o eixo é de torção com barra estabilizadora. Os freios são a disco na dianteira e tambores na traseira.

O interior do carro Ford é no estilo cockpit, os mostradores com fundo escuro, grafi a branca e luzes ice blue, no total são 21 porta-objetos.

Por dentro, o modelo Nissan tem os bancos em tecido, camurça ou couro, de acordo com a versão. O novo console apresenta a opção de acabamento Piano Black e as portas, forração em tecido. Há detalhes cromados no botão do freio de estacionamento e maçanetas das portas, o volante pode ser forrado com couro.

O comprimento do Ka+ é de 4.254 mm, largura de 1.911 mm, altura de 1.525 mm e distância entre os eixos de 2.491 mm. Com tampa de dobradiças pantográfi cas, a capacidade volumétrica do porta-malas é de 445 litros. Enquanto que o Novo Versa mede 4.492 mm de comprimento, largura de 1.695 mm, a altura é de 1.695 mm e distância entre- eixos de 2.600 mm. No compartimento traseiro a capacidade volumétrica é de 460 litros.

O Novo Ka+ 1.0L tem preço sugerido de R$ R$41.990 na versão SE, vem equipado com: ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com controle remoto, som MyConnection com rádio AM/FM, USB, Bluetooth e MyFord Dock, ajuste de altura da coluna de direção, indicador de troca de marcha e abertura elétrica do porta-malas. As rodas são de aro 14 polegadas e pneus verdes 175/65. A opção SE Plus inclui vidros elétricos traseiros e o sistema de conectividade SYNC, com rádio, CD

E

Painel

c OMPaRatiVO

Ford e Nissan inovaram no mercado brasileiro ao oferecer sedãs compactos espaçosos com propulsor 1.0L moderno, potente e apenas 3 cilindros Ford e Nissan inovaram no mercado brasileiro ao oferecer sedãs compactos espaçosos com

Sedãs compactos com motor 3 cilindros

Por: Edison Ragassi | Fotos: Estúdio Prána

Os compactos têm painel amplo, tanto o Ford como o Nissan utilizam mostradores que misturam informações analógicas e digitais

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 105 MATÉRIA DE CAPA41 c OMPaRatiVO

Amortecedor e mola traseira

Colaboraram: Ford Motor Company, Nissan do Brasil, concessionária Ford Navesa- Morumbi e concessionária Nissan AR Motors- Nações Unidas.

Custos de peças e serviços

Novo Ka + 1.0L 3 cilindros Novo Versa 1.0L 3 cilindros

Filtro de óleo

Filtro de combustível

Suspensão traseira

Motor

e MP3-player com Bluetooth, controles no volante e comandos de voz para celular e áudio, leitor de SMS e download automático da agenda de telefones, por R$ 44.090.

O Nissan Novo Versa 1.0 Flex com preço sugerido de R$ 41.990 é o modelo básico, vem equipado de série com direção elétrica progressiva, bancos do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, ar-condicionado, ajuste de altura da coluna da direção, desembaçador do vidro traseiro com temporizador, vidros dianteiros elétricos, rodas de aço aro 15

polegadas com calotas e pneus 185/65 R15, alarme de acionamento por controle remoto, entre outros. A opção seguinte 1.0 S sai por R$ 44.990, tem a mais sistema de som com rádio, CD Player, função RDS, entrada auxiliar, conector USB e quatro alto-falantes, comando de áudio e telefone Bluetooth, comandos no volante e rodas de liga leve aro 15 polegadas.

Os motores de 3 cilindros chegaram para ficar, nos próximos meses, mais novidades nesta configuração chegam ao mercado, inclusive com turbo. É só aguardar.

Peças ServiçosAmortecedor dianteiro: ........................................................................R$ 197,00- cada ...........................R$ 90,00 -cada ladoAmortecedor traseiro: ...........................................................................R$ 175,00- cada ...........................R$ 90,00 -cada ladoDisco de freio dianteiro: ........................................................................R$ 58,00- cada ..............................R$ 85,00 -cada ladoJogo de pastilhas dianteiras: .............................................................R$ 235,00 .........................................R$ 85,00Lonas de freios traseiras: ......................................................................R$ 206,00 .........................................R$ 90,00 -cada ladoÓleo/ litro: .....................................................................................................R$ 42,56.............................................R$ 40,00Filtro de óleo: ..............................................................................................R$ 31,00.............................................R$ 25,00Filtro de ar: ....................................................................................................R$ 68,00.............................................R$ 25,00Filtro de combustível: ............................................................................R$ 40,00 ............................................R$ 25,00Filtro anti-pólen: ........................................................................................R$ 25,00.............................................R$ 25,00Velas: ................................................................................................................R$ 76,00- jogo................................R$ 40,00

Peças ServiçosAmortecedor dianteiro: .............................R$ 219,00- cada ...........................................................................R$ 178,15- cada ladoAmortecedor traseiro: .................................R$ 199,00- cada............................................................................R$ 127,25- cada ladoDisco de freio dianteiro: ..............................R$ 161,39- cada............................................................................ R$ 254,50 - o parJogo de pastilhas dianteiras: ...................R$ 99,00 ........................................................................................... R$ 127,25 - o parLonas de freios traseiras: ............................R$ 99,00............................................................................................ R$ 254,50Óleo: (5W30 GF5 Nissan)/ litro: ...............R$ 35,90 ........................................................................................... R$ 127,25Filtro de óleo: ...................................................R$ 39,90 ........................................................................................... R$ 127,25Filtro de ar: ..........................................................R$ 45,00 ........................................................................................... R$ 50,90Filtro de combustível: ..................................R$ 29,90 ........................................................................................... R$ 50,90Filtro anti-pólen: .............................................R$ 69,00 ........................................................................................... R$ 50,90*Vela: ......................................................................R$59,00- cada ............................................................................... R$ 254,50*Velas de platina, recomenda-se a troca com 100 mil km

Ka + e novo Versa utilizam na parte traseira as molas separadas dos amortecedores. Isso facilita acesso e substituição

Na foto da esquerda o filtro do óleo do carro da Ford e na da direta o do Nissan, ambos são do tipo convencional

O elemento filtrante de combustível do Ka +, na foto à esquerda, é encoberto pelas mangueiras, já o do novo Versa não tem obstáculo para acesso

No Ka+ o eixo é autoestabilizante tipo Twist Beam, já o novo Versa tem eixo de torção com barra estabilizadora

O propulsor 3 cilindros da Ford utiliza correia sincronizadora embebida em óleo, enquanto que o 3 cilindros da Nissan tem corrente sincronizadora

Serviços

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m dos fundadores da “Jahu Borrachas e Autopeças”, Edeward Pedro Acerbi, atual diretor Comercial da empresa, foi um desbravador da distribuição em

uma época em que a indústria automobilística nacional era ainda incipiente, prevalecendo os veículos importados, entre eles, Chrysler, Plymouth, Dodge e Fargo. Nascido no interior de São Paulo, na cidade de Jaú, Acerbi mudou-se para a capital paulista com a família em janeiro de 1958, mas anteriormente, em sua cidade natal, ele já havia trabalhado nas agências Fargo, Chrysler e Volkswagen, no ano de 1952.

“Naquela época nós começávamos a trabalhar cedo, eu tinha 12 anos quando trabalhei na Sajac, uma das primeiras agências da Volkswagen no interior de São Paulo a entrar no mercado com o carro de fabricação nacional. Eu trabalhava na seção de peças e atendia a oficina da própria empresa. A venda no balcão era pequena e a quantidade de carros também”, recorda-se.

Na capital, Acerbi conseguiu emprego na Borghoff, uma das maiores distribuidoras de autopeças à época. Coincidentemente, mais tarde, o prédio que abrigava essa empresa viria a se tornar a sede da Jahu.

Em 1961, surgiu a oportunidade da compra de 50% da sociedade de uma pequena loja de autopeças na rua Lopes Oliveira, na Barra Funda, mas a sociedade não prosperou.

“Em 1963, eu e mais três irmãos, fundamos a Comercial Jahu, no nº 448 da rua Lopes de Oliveira e, posteriormente, nos mudamos para os nºs 477 e 501 da mesma rua, já em prédio próprio. Em 1994 um dos sócios fundadores, por

motivo de mudança, deixou a sociedade. Em 1997, ampliando nosso espaço físico, viemos para o

atual endereço, à rua Robert Bosch, nº 280, onde estamos há 18 anos”, diz Acerbi.

Primeiros itens Inicialmente no portfólio da Comercial Jahu constavam

artigos de borracha para as linhas automobilística, industrial e doméstica. “A linha de veículos importados Ford 48, Dodge, Chevrolet 50 e 51, entre outros, era atendida por algumas indústrias nacionais que fabricavam mangueiras, guarnições de para-brisa, coxins, buchas e tapetes de borracha. Aliás, os tapetes nós chamávamos de “universais”, pois havia um único modelo que recortávamos para adequá-lo a cada veículo, conforme a necessidade”, revela.

“Por sorte ou coincidência, a localização da Jahu era extremamente privilegiada. Nessa época começavam a surgir os veículos nacionais da linha Volkswagen, DKV, Ford, Chevrolet e os caminhões Chevrolet, Ford, Mercedes-Benz e F.N.M. Desenvolvemos e ampliamos essa linha nacional na Barra Funda, região que concentrava um grande número de oficinas mecânicas, sendo que as lojas de peças se fixavam mais na rua Duque de Caxias e Barão de Limeira. Como estávamos no bairro, estávamos mais próximos dos mecânicos, o que pode ser considerada uma estratégia para a época”.

Aos poucos, a Jahu ficou pequena para abrigar os três mercados. “De comum acordo, em meados de 1965, resolvemos não comercializar mais as duas outras linhas (industrial e doméstica) e aumentar a automobilística. Também em nossas imediações havia algumas concessionárias, como a Codema (DKV e Scania), Cipan (hoje Caltabianco), Itatiaia (Mercedes-Benz). Começamos a fornecer para elas e buscamos contatar os fabricantes de peças para a linha nacional. Assim, oferecíamos produtos originais a preços mais atraentes. E não era somente uma questão de preço, mas as montadoras não conseguiam suprir as necessidades dessas concessionárias, e a logística era problemática, o que para nós foi favorável”, comenta.

Porta a porta Com um portfólio que contemplava as necessidades

dos clientes locais, inclusive já atendendo concessionárias fora da região da Barra Funda, Acerbi teve a ideia de expandir sua atuação para outros mercados. “Montei duas

pastas, uma para o mostruário e outra com a tabela de preços, e parti para Jaú de trem, pois lá conhecia todo mundo e podia ficar hospedado em casa de parentes. Isso foi antes do início dos anos 70 e havia coisas que só aconteciam naquela época”.

Ele se lembra do Sr. Alécio, dono de uma casa de peças no interior do estado, representante da DKV, que morava em frente à sua loja. “Eu era um dos primeiros a chegar e, logo depois, ele mandava trazer para mim um café completo com produtos que vinham da sua fazenda; pedia ao seu gerente para verificar quais itens faltavam para fazer o pedido, e nem via o preço. Enquanto isso, queria conversar e saber o que estava acontecendo na capital, pois o jornal chegava lá três dias depois, não havia TV e, para escutar rádio e acompanhar o repórter Esso, era preciso grudar o ouvido no aparelho”. E, assim, muitas outras histórias aconteceram em sua trajetória. “São coisas boas, impossíveis de esquecer”, ele nos conta.

De Jaú, Acerbi começou a cobrir toda a região e, posteriormente, a região de São José do Rio Preto,

Desbravador da distribuição

Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação

Nos tempos em que a indústria automobilística nacional era incipiente, Edeward Pedro Acerbi foi um dos pioneiros no setor a conquistar o interior paulista e, posteriormente, outras regiões

peças para a linha nacional. Assim, oferecíamos produtos

U

PÉROLaS d a RePOSiÇÃO

Edeward Pedro Acerbi, diretor Comercial

Edeward em 1965 na Rua Lopes de Oliveira

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Edeward em 1965 na Rua Lopes de Oliveira

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 105 44

Araçatuba até Três Lagoas (Mato Grosso). Sozinho, ele levava os mostruários, tirava os pedidos e fazia a cobrança das duplicatas. “A comunicação entre as agências bancárias levava dias e depois o pagamento demorava cinco dias ou mais para entrar na conta. No começo nem havia conta corrente para isso”. Ele voltava então para São Paulo com os pedidos em mãos (pelo Correios levaria dias para chegar ) e fazia a separação da mercadoria. As entregas eram feitas por transportadoras e usava-se muito, naquela época, o trem da Sorocabana ou da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Nas estações havia os chamados carroceiros, que faziam as entregas das mercadorias para os clientes da cidade.

Por um bom tempo, essa sua trajetória era feita de trem, ônibus, ou melhor, de “jardineira”, até ser comprado o primeiro carro da empresa. “Um Gordini usado que compramos na CIPAN. São coisas boas que acontecem e que a gente nunca se esquece”, afirma.

Posteriormente, expandindo sua área de atuação, passou a atender outros estados do Brasil: Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, quando então vieram os primeiros representantes. Hoje a “Jahu” conta com 150 representantes, que atendem todo o País, um portfólio de mais de 30 mil itens e uma estrutura que inclui a matriz e mais quatro filiais, em Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Ontem e hoje Aos 75 anos de idade, Acerbi continua fazendo

viagens, visitando clientes, fazendo reuniões setoriais com seus representantes, acompanhado os funcionários do Departamento de Vendas. Ele faz uma reflexão do que mudou desde os tempos que começou. “Antes não havia tanta concorrência no mercado. Porém, as dificuldades estavam em adquirir produtos com qualidade e ganhar com preços competitivos e honestos o mercado. A figura do viajante, hoje conhecido como representante comercial, era extremamente importante, profissional esse que encontrava enormes dificuldades para abrir novas fronteiras. As estradas não eram asfaltadas, a comunicação por telefone era precária (uma carta demorava até 15 dias para chegar) e também era difícil conquistar clientes pela desconfiança que eles tinham. Quando o profissional chegava a determinado lugar e o cliente fazia uma compra, se ele não era atendido conforme o combinado, a dificuldade era grande para mandar os itens de volta (devolução)”.

Ao término da nossa entrevista, Acerbi também comenta sobre a ampliação de marcas e modelos de veículos e as oportunidades que há no Brasil. “Um país de grande extensão territorial e que oferece oportunidades para todos que ousam sonhar com um futuro melhor. Trabalhando corretamente, o crescimento do aftermarket dá oportunidade a todos

da cadeia, pois a cada dia entram mais carros no território nacional, daí a crença no crescimento do nosso setor automobilístico”, enfatiza Acerbi.

da cadeia, pois a cada dia entram mais carros no

Em 1983, o diretor Comercial em uma reunião com representantes

PÉROLaS d a RePOSiÇÃO

JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 105LanÇ aMent O

Nova geração de superespotivos

Por: Edison Ragassi | Foto: Divulgação

divisão de superesportivos da Mercedes-Benz, AMG, reuniu a imprensa especializada brasileira, dia 21 de maio, em Mogi Guaçu (SP), e lançou os

modelos C63 S, GT S e S63 Coupé. Todos são equipados com motor V8 biturbo 4.0 L de 510 cv, disponíveis entre 5.500 a 6.250 rpm e 71,4 kgfm de torque entre 1.750 e 4.500 rpm.

A injeção direta de terceira geração é piezelétrica, o processo de combustão dirigido por aspersão e os turbocompressores são montados dentro do V formado pelos cilindros.

Já o sistema de arrefecimento do motor utiliza um radiador adicional na caixa de roda.

De acordo com as condições de rodagem e estilo de condução, os coxins do motor modificam sua rigidez, pois são dinâmicos.

O propulsor é montado manualmente segundo o princípio da fabricante, “um homem, um motor”. É uma marca registrada da AMG para atestar a qualidade e precisão, e o logotipo dos motores AMG vem com a assinatura do técnico responsável.

A transmissão é esportiva AMG SPEEDSHIFT MCT com sete velocidades, suspensão dianteira com quatro braços, a qual utiliza conexões de freios especiais para competição e diferencial blocante traseiro. Os amortecedores são controlados eletronicamente, a elastocinemática foi

desenvolvida especificamente para estes modelos.Entre as tecnologias embarcadas está o sistema de

controle de estabilidade (ESP) de três estágios, com as funções “ESP ON”, “ESP SPORT Handling Mode” e “ESP OFF”.

A AMG comercializa estes veículos com os preços em dólar e fixou o câmbio de R$ 2,60.

O C63 S AMG custa US$ 209.900 (R$ 545.740), o AMG GT S sai por US$ 329.900 (R$ 857.740) e o S63 AMG Coupé custa US$ 346.900 (R$ 901.940).

A

Mercedes AMG lança no Brasil a nova geração dos modelos C63 S, GT S e S63 Coupé com motor V8 biturbo de 510 cavalos

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 105 MATÉRIA DE CAPA45 RecicL aGeM

Minas Gerais se prepara para receber usina de reciclagem

Por: Simone Kühl | Foto: Divulgação

tema reciclagem está em alta no setor, contudo ainda são poucas as iniciativas

neste sentido. Pensando nisto, a parceria da Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e a empresa Kaiho Sangyo, líder em reciclagem de veículos no país oriental, apresentam um novo projeto de reciclagem de veículos voltado ao treinamento de profissionais que em breve chegará à cidade de Belo Horizonte (MG).

O projetoDe acordo com professor de Engenharia Mecânica do Cefet-MG,

Daniel Enrique Castro, que coordena o projeto, a ideia surgiu em uma viagem ao Japão a convite do governo nipônico aos profissionais das instituições de ensino na América Latina para conhecerem o processo de reciclagem no país. “Me surpreendi com o processo e resolvi trazer este conceito para o Brasil”, destaca.

A Usina está sendo montada no Campus II do Cefet-MG, em uma área de 400m2 e irá reaproveitar 95% dos veículos no fim da vida útil. “A Usina terá como foco treinamentos, queremos mostrar à sociedade como se recicla um veículo e treinar mão de obra nessa linha. Não iremos comercializar as peças”, informa.

Com um prazo de dois anos para a conclusão de todo o projeto, as tecnologias empregadas estão sendo importadas do Japão com o apoio de seu governo. A Jica, também parceira do programa, investiu R$ 1 milhão na formação de professores e técnicos, que irão passar uma temporada no país para aprender as técnicas de reciclagem de veículos.

Segundo Daniel, inicialmente a usina piloto terá 10 profissionais, estes professores do próprio Campus da Universidade, que trabalharão no local, e à medida que o projeto começar a crescer esse número aumentará.

O professor ressalta que um dos principais objetivos do projeto é criar uma maior conscientização e prática de reciclagem. “Se fala muito sobre esse tema, mas ele não é muito abraçado pelas universidades. Por isso, vamos buscar evoluir nesta área trabalhando na linha de pesquisa e inovação tecnológica no que diz respeito à reciclagem de veículos”, completa.

O

Com tecnologia japonesa, usina piloto servirá de escola para disseminação do conhecimento

Daniel Enrique Castro, professor de Engenharia Mecânica do Cefet-MG

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JUnHO de 2015 / ediÇ ÃO 105 TÉRIA DE CAPA46

om o consumidor mais exigente e as atuais condições econômicas, é preciso mais do que atender as expectativas, mas conquistar a confiança dos clientes em todos os quesitos. E este mês falaremos sobre a Entrega e suas características que fazem a diferença na hora da escolha de uma autopeça.

E, para falar sobre este importante quesito do Prêmio Loja em Destaque, entrevistamos o Professor de Marketing e Consultor Organizacional, Luiz Claudio Zenone, que também é especialista em Comunicação Empresarial, Atendimento a Clientes e Marketing Estratégico, e autor de diversos livros de Marketing e Palestrante em temas relacionados a Marketing e Vendas.

Comportamento do consumidorIndependentemente do segmento, o professor ressalta que o consumidor está mais exigente

em relação ao produto e atendimento. “Isso acontece, primeiramente, porque a oferta de produtos e serviços está cada vez maior. A cada dia novos produtos, serviços e marcas são colocados no mercado e, cada um destes procura diferencial em relação aos seus concorrentes diretos e indiretos”.

Outro fato significativo para esse comportamento exigente é a quantidade de informações disponíveis nos meios de comunicação. “A Internet propicia ao consumidor um universo enorme de informações sobre produtos, serviços e marcas colocando-o em uma posição não mais de passivo em relação ao que recebe, mas ativo. O consumidor investiga, observa, interage e, somado a tudo isso,

vai até suas redes sociais e pede opiniões aos grupos virtuais aos quais pertence”, emenda.

Diante de todo esse cenário, o professor enfatiza que o ambiente, experiência com a compra e a atmosfera da loja possuem um papel fundamental no processo de decisão de compra. Portanto, além do preço e qualidade do produto, a eficiência e eficácia do atendimento, e a consequente entrega, são fatores determinantes também.

A entregaLuiz Claudio explica que a entrega é um dos elementos que compõem as estratégias de canais de

marketing, que por sua vez fazem parte de um composto mercadológico, que deve estar alinhado às estratégias de produto / marca, serviços, preço e comunicação. “Essa estratégia de canais de marketing envolve decisões sobre formatos de ponto de venda, níveis de distribuição, cobertura e abrangência no atendimento, ações de merchandising e logística”.

Neste sentido a entrega envolve todas essas ações e, por isso, deve estar alinhada às demais ferramentas do composto e integrar as estratégias de canais. “Tudo isso para não apenas ‘entregar’ um produto, mas agregar valor ao relacionamento”, destaca. “Quando uma entrega está de acordo com as expectativas do cliente, completa-se o ciclo do atendimento e, portanto, abre caminho para o processo de fidelização”.

O professor também comenta que o cenário econômico não deve abalar o empresário, pois crise representa também oportunidades, como: poder reavaliar o processo de comercialização de um produto ou serviço, verificar pontos de melhoria e, sobretudo, aumentar o valor da conveniência. “Quem determina o nível de conveniência é o consumidor de um produto ou serviço e, por isso, a forma que o produto será ‘entregue’ ao consumidor depende do nível de expectativa e de exigência que o mesmo busque. Tem consumidor que entende que é conveniente e cômodo que o produto chegue em casa, ou em algum lugar de sua preferência, outros entendem como conveniente e cômodo ir até o ponto de venda”, exemplifica.

“Um atendimento bem feito em relação à entrega não deveria aumentar o custo nem apresentar prejuízo. Se isso ocorre, algo está errado na estratégia! Ou a empresa não conduziu a estratégia adequadamente ou não mensurou os resultados de forma a verificar o grau de aderência do consumidor”, alerta.

Prazos e estratégiasPara planejar quais devem ser as ações da empresa, o professor frisa a importância de estudar

e pesquisar o público-alvo, para assim identificar quais são suas perspectivas em relação ao quesito entrega, pois os prazos de entrega devem estar de acordo com suas expectativas.

Como exemplo, ele aponta dois cenários: “Se consumidor está com seu carro em uma oficina e dependendo dele para realizar suas atividades diárias ou os profissionais que trabalham lá necessitam de forma urgente aquela peça para completar o serviço, evidente que o ‘para ontem’ se torna fator determinante no processo de compra. Mas, se é uma manutenção do veículo, para abastecer o estoque

da oficina esse prazo poderá ser maior. Recomendo que a empresa estruture um competente banco de dados e um sistema de informação onde será possível identificar as necessidades do consumidor e verificar a forma e o tempo que deverá ser atendido”.

Outro ponto determinante no processo de comercialização são os bons relacionamentos com fornecedores. Luiz informa que esse relacionamento equivale a um patrimônio que a empresa tem, pois permite desenvolver uma série de ações conjuntas de marketing aumentando a força das ações estratégicas. “No processo de entrega, essa parceria é de suma importância, pois permite acompanhar o processo de atendimento em todas as fases e garantir que o produto chegue na hora certa, com a qualidade certa e com o preço certo”, afirma.

Feita a entrega, é necessário também dar uma atenção especial ao pós-venda, pois é nesse momento que a empresa garante a eficiência e a eficácia de toda ação de marketing desenvolvida. “Esse pós-venda ou pós-marketing funciona como uma espécie de auditoria de marketing, onde se analisa todos os processos desenvolvidos e se estabelece métricas para avaliar o desempenho de todas as áreas envolvidas e todas as atividades realizadas. Essas métricas devem alimentar com informações todas as áreas para garantir as adaptações necessárias para, cada vez mais, agregar valor ao cliente através do atendimento. Esse processo ‘cíclico’, conduzirá os envolvidos a diagnosticar todo tipo de problema em relação à entrega e criar um processo de relacionamento que envolva o consumidor, ou seja, torná-lo parte do processo”, justifica.

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entReG a

Entrega: do planejamento à açãoEstudar o público-alvo e elaborar estratégias de marketing são fatores essenciais para a efi cácia do processo de entregaPor: Simone Kühl | Fotos: Divulgação

Como dicas, o professor lista três pontos importantes que devem ser levados em consideração:

• Estreitar cada vez mais a relação com os clientes e parceiros de negócios.

• Criar e trabalhar com banco de dados de clientes e desenvolver estratégias de relacionamento com o objetivo de agregar valor aos envolvidos.

• Entender que a entrega é parte de uma estratégia de canais de marketing e que envolve decisões conjuntas sobre formato e níveis de canal, cobertura e abrangência do atendimento, ações de merchandising conjuntas entre fabricante e ponto de venda e uma boa e eficiente logística.

Luiz Claudio Zenone, professor de Marketing e consultor Organizacional

em relação ao que recebe, mas ativo. O consumidor investiga, observa, interage e, somado a tudo isso,

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