13
Governo do Estado de Rondônia Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia Gerência de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal – GIDSV Programa de Distribuição de Cultivares de Bananas Resistentes a Sigatoka negra

Banana

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Cultivo da Banana

Citation preview

Page 1: Banana

Governo do Estado de RondôniaAgência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de RondôniaGerência de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal – GIDSV

Programa de Distribuição de Cultivares de Bananas Resistentes a Sigatoka negra

Porto velho, 15 de abril de 2009Introdução

Page 2: Banana

Sendo a fruta mais consumida, no Brasil e no mundo, a banana é um alimento energético muito utilizado pela população de Rondônia.

A produção de banana, em Rondônia, no ao de 2006, segundo dados do IBGE/GCEA foi de 46.117 t numa área de 5.401 há. Apresentando um decréscimo significativo nos últimos anos tanto na produção quanto na produtividade da cultura. Este fato deve-se ao baixo nível tecnológico aplicado a cultura, em pequenas propriedades de cerca de 1 ha e o alto índice de ataque de pragas, dentre as quais destacamos a sigatoka negra que vem dizimando os bananais nativos.

As cultivares mais plantadas no estado de Rondônia são “maçã”, “comprida ou de fritar” e “prata”. Todas altamente susceptíveis a Sigatoka negra.

Uma das alternativas mais viáveis e econômicas para a convivência com a Sigatoka Negra é o uso de variedades resistentes/tolerantes, como parte do manejo integrado de praga.

Segundo recomendações dos órgãos de pesquisa de Rondônia, as cultivares mais adaptadas para o estado são: Pacovan Ken , Thap Maeo, Conquista e Preciosa.

A cultivar Pacovan Ken é um híbrido tetraplóide do tipo Prata, resistente as três principais doenças ( sigatoka amarela e negra e mal do panamá). Os frutos pesam221 g, medem 19,05 cm de comprimento e possuem umdiâmetro de 3,47 cm, em média (SILVA, 2002).

'Thap Maeo' é um triplóide AAB proveniente da Tailândia resistente à Sigatoka-negra, Sigatoka-amarela e mal-dopanamá, mas suscetível ao moko. É uma variante da 'Mysore', cuja capacidade produtiva é de 30 a 35 t ha-1. O cacho pode apresentar mais de 10 pencas, com até 250 frutos, e pesar de 30 a 35 kg (CORDEIRO et al., 2003). Osfrutos medem 12,0 cm em média, a polpa é de cor creme.

A cultivar Preciosa é um híbrido tetraplóide, do grupo AAAB, resultante do cruzamento da cultivar Pacovan (AAB) com o híbrido diplóide M53 (AA), criada na Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas, Bahia. Apresenta número e tamanho de frutos com produtividades superiores aos da cultivar Pacovan, sendo mais doces e com resistência ao despencamento semelhante aos dessa cultivar.

A Cultivar BRS Conquista pertence ao grupo genômico AAB, subgrupo cultural Conquista. Foi obtida a partir da mutação natural em uma população de plantas da cultivar Thap Maeo. É resistente á Sigatoka negra, mal do panamá e a Sigatoka amarela. Apresentando uma alta produtividade e boa aceitação comercial pelos consumidores.

OBJETIVOS

Gerais

Page 3: Banana

Substituir gradativamente as cultivares suscetíveis ao ataque da sigatoka negra por cultivares resistentes, aumentando a produção e produtividade da cultura da banana no estado de Rondônia.

Específicos

Fortalecer o setor produtivo da banana no estado de Rondônia. Propiciar maior renda aos produtores de banana. Aumentar a produção e produtividade da bananicultura em Rondônia Implantar cultivares resistentes /tolerantes a Sigatoka negra no estado

de Rondônia. Diversificar a produção da banana com introdução de novas variedades

resistentes a Sigatoka negra.

METODOLOGIA

Repassar mudas resistentes a produtores rurais, sendo: 15.000 mudas em 2008; 30.000 mudas em 2009 e 30.000 mudas em 2010.Em 2008 será adquirida a seguinte quantidade de mudas por cultivares:

- Pacovan ken – 7.500 mudas (250 mudas/produtor )- Thap maeo – 4.500 mudas (150 mudas/produtor)- Conquista - 3.000 mudas (100 mudas/produtor)

Page 4: Banana

- Preciosa – 750 mudas (25 mudas/produtor )

Serão atendidos, no primeiro ano, os municípios de ( a ser definido ) Sendo distribuídas 500 plantas/produtor.

Os produtores assumirão o compromisso de repassarem 250 mudas, tipo chifrinho, no 1º ano e 250 mudas, tipo chifrinho no segundo ano , a outros produtores , previamente cadastrados na IDARON.

Os produtores devem, ainda, atender requisitos financeiros para implantação e condução do bananal, recomendados pelos órgãos de pesquisa, assinando termo de compromisso de devolução de mudas e de atender as recomendações técnicas e cronograma de implantação do bananal.

CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

Mês Atividade Responsabilidademaio Escolha de produtores e área de

plantioIDARON

julho Coleta de amostra de solo para análise laboratorial ( custo R$ 20,00/amostra)

produtor

novembro Recebimento da mudas pela IDARON IDARONdezembro Aclimatação das mudas IDARONdezembro Preparo das covas e calagem da área,

segundo recomendação da análise laboratorial

produtor

janeiro Plantio das mudas pelos produtores produtor

ESTIMATIVA DE CUSTOS

Análise de solo – realizada pelo produtor

Coreção do solo - idem

AnexosInstruções para coleta de amostra de soloTermo de compromissoRecomendações técnicas para instalação e manutenção do bananal

Page 5: Banana

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA IMPLANTAÇÃO E CONDUÇÃO DAS BANANAS RESISTENTES A SIGATOKA NEGRA

ACLIMATAÇÃO

A muda entregue, é do tipo raiz nua e parcialmente aclimatada. Antes de irem a campo necessitam de plantio em sacos de polietileno tamanho 18 x 25 cm contendo no mínimo 12 furos. Utilizando-se como substrato terra preta e esterco curtido na proporção de 3:1, respectivamente.Após o plantio as mudas são deixadas sob sombra de 50%, devendo ser molhadas diariamente pelo menos três vezes ao dia, evitando o murchamento por desidratação dos tecidos foliares.O viveiro onde ficarão as mudas, deverá ter um desnível para facilitar o escoamento das águas, evitando que as raízes sofram danos por encharcamento no interior do

Page 6: Banana

viveiro. Os canteiros deverão ser arrumados de forma retangular com largura de cinco sacos e comprimento no tamanho máximo possível dentro do mesmo.Durante o desenvolvimento as plantas devem ser separadas por tamanho, para padronização de mudas em um mesmo canteiro (por tamanho e variedade), evitando-se o abafamento das mudas menores e facilitando o escalonamento do plantio no campo.Na segunda semana de aclimatação as plantas poderão receber insolação direta, como no inicio da manhã até as 10 horas e novamente após as 15 horas até o final da tarde.Após a terceira semana, as mudas já estarão recebendo a incidência solar direta durante quase todo dia. Isto provocará a rustificação das mesmas, para que suportem bem as condições climáticas no momento do plantio direto no campo.Entre 35 a 50 dias, as mudas já terão atingido o porte de 35 a 40 cm, contendo 4 a 5 folhas expandidas e podem ser levadas para plantio no campo.

È importante evitar a instalação do viveiro próximo a cultivos de plantas das famílias das curcubitáceas, pois podem ser hospedeiras preferenciais do vírus do mosaico do pepino e podem transmitir para as mudas de banana.

ESCOLHA DA ÁREAAs bananeiras são cultivadas satisfatoriamente em uma grande faixa de solos, mas os mais adequados são os profundos, férteis e bem drenados. Solos com drenagem deficiente ou lençol freático raso causam problemas no desenvolvimento do sistema radicularOs solos ideais para o cultivo da bananeira são as aluviais profundas, ricas em matéria orgânica, bem drenadas e com boa capacidade de retenção de água. Mas a bananeira é cultivada e se adapta a diferentes tipos de solos, devendo-se preferir aqueles planos ou com declividades abaixo de 8%, onde são menores os riscos de erosão. É importante que as terras sejam profundas, com mais de um metro sem qualquer impedimento; terras com profundidade inferior a 25 centímetros são consideradas inadequadas para a cultura pois é pequena a quantidade de raízes que cresce em profundidade, fazendo com que as plantas fiquem sujeitas a tombamento. Áreas pouco drenadas e sujeitas a encharcamentos devem ser evitadas, pois as raízes da bananeira apodrecem rapidamente e morrem em três dias em solo com umidade excessiva.

Preparo do solo

O preparo adequado do solo é importante para o bom desenvolvimento das raízes da bananeira, o que facilita a absorção de água e nutrientes e melhora a produção. Caso a área a ser cultivada ainda tenha vegetação de médio a alto porte, inicialmente faz-se a limpeza da área, executando-se a derrubada ou roçagem do mato, destoca, encoivaramento e queima das coivaras. Em áreas já cultivadas a limpeza pode ser feita por máquinas, evitando-se remover a camada superficial do solo, rica em matéria orgânica. Em seguida faz-se a aração a uma profundidade mínima de 20 centímetros, seguida da gradagem e coveamento ou sulcamento para plantio. Áreas que vêm sendo cultivadas com pastagens ou que apresentam subsolos compactados ou endurecidos devem ser subsoladas a 50-70 centímetros de profundidade, para melhorar a infiltração de água, facilitar o aprofundamento das raízes e controlar as plantas daninhas, como também incorporar o calcário aplicado na superfície do terreno. Vale lembrar que o solo deve ser revolvido o mínimo possível, devendo ser preparado com umidade suficiente para não levantar poeira e nem aderir aos implementos; além disso, deve-se usar máquinas e implementos o menos pesados possíveis e acompanhar as curvas de nível do terreno.

Page 7: Banana

ÁNALISE QUIMICA DO SOLO

Deve-se realizar a análise química do solo, antes da implantação do bananal, para determinação dos teores de nutrientes presentes nos mesmos as recomendações das quantidades de corretivos e fertilizantes que devem se aplicados.A amostragem do solo deve ser feita 6 meses antes da implantação do bananal. Devendo ser coletada uma amostra composta de 15 a 20 amostras simples retiradas ao acaso, na camada de 0-20 cm.

CALAGEM – É uma prática recomendada porque eleva o pH do solo (ideal para bananeira entre 6,0 e 6,5), neutraliza o Alumínio e/ou Manganês trocáveis, fornece Cálcio e Magnésio as plantas e eleva a saturação de bases.A calagem deve ser feita, seguindo recomendação da análise de solo, no mínimo trinta dias antes do plantio. Recomenda-se o calcário dolomitico (25-30% de Cão e > 12% de MgO), pois contém cálcio e magnésio que evita a ocorrência do distúrbio fisiológico conhecido como “azul-da-bananeira”.O calcário deverá ser distribuído a lanço em toda a área do bananal, devendo ser incorporado a camada de 0-20 cm de profundidade.

ADUBAÇÃO - A quantidade adequada de adubo e a época de aplicação garantem o sucesso da resposta à adubação, pois facilitam a sua absorção pela planta e evitam perdas.A estrutura e a microfauna do solo é melhorada com a presença de matéria orgânica, que aumenta a capacidade de retenção de nutrientes e estimula o desenvolvimento do sistema radicular. O fornecimento de adubo orgânico é a melhor forma de fornecer o nitrogênio no plantio de mudas.O adubo orgânico deve ser colocado na cova de plantio, principalmente nos solos arenosos, na forma de esterco de curral (10 a 15 litros/cova), ou esterco de aves (1 a 2 kg/cova), ou torta de mamona (0,5 a 1 kg/cova), ou outras fontes orgânicas disponíveis. No bananal instalado, e sempre que viável, a adubação orgânica deve ser feita de seis em seis meses.

ESPAÇAMENTO

O espaçamento é definido em função da fertilidade do solo e sombreamento do bananal. Não pode ser pequeno a ponto de promover estiolamento e dificultar a circulação de ar com conseqüente elevação da umidade, favorecendo o desenvolvimento de doenças e pragas, e nem tão grande que favoreça o crescimento de plantas daninhas. Além do custo de seu controle, as plantas daninhas também promovem elevação da umidade do ar e conseqüente aumento da incidência de doenças fúngicas. Os espaçamentos utilizados para o cultivo da banana estão relacionados com o clima, o porte da variedade, as condições de luminosidade, a fertilidade do solo, a topografia do terreno e o nível tecnológico dos cultivos.

Thap Maeo:Densidades de 1667 plantas por hectare, sendo indicados os seguintes espaçamentos: 4,0 x 2,0 x 2,0 e 3,0 x 2,0 m.

Pacovan Ken:Densidades de 1111 a 1333 plantas/ha. sendo recomendados os espaçamentos de 3,0 x 3,0 a 4,0 x 2,0 x 2,5 m.

Preciosa:Pode ser plantada em espaçamentos variando de 3,0x 2,0m a 3,0x 3,0 m.com densidade de 1.111 a 2.222 plantas /ha.

Page 8: Banana

Conquista:Densidade de 1666 plantas/ha. Sendo indicado o espaçamento de 3,0 x 2,0 a 3,0 x 3,0 m.

CoveamentoEm áreas não mecanizáveis as covas devem ser abertas manualmente, com cavador e/ou enxadas, nas dimensões variando de 30 x 30 x 30 a 40 x 40 x 40 cm. Em áreas mecanizáveis pode-se utilizar sulcos com acabamento à enxada no ponto de plantio.

Plantio

As mudas micropropagadas, depois de climatizadas, são levadas para o local de plantio, em época de alta umidade, a fim de facilitar o seu estabelecimento. Devem ser retiradas cuidadosamente do recipiente que as contém, para não danificar as raízes, e distribuídas no centro das covas, sobre a terra misturada, com adubo orgânico, fechando-se a cova, com a terra retirada.

TRATOS CULTURAIS

Controle de plantas daninhas

Os processos normalmente utilizados para manutenção da cultura no limpo são as capinas manuais, mecanizadas ou químicas.

A competição com plantas daninhas no inicio da implantação do bananal, principalmente nos cinco primeiros meses, é bastante prejudicial, afetando o crescimento e sua recuperação será muito demorada, requerendo cinco a seis capinas durante esse período. Essas capinas são realizadas na área próxima a planta.

Nos meses seguintes são realizadas capinas quando as plantas daninhas estiverem com uma altura de 10 a 20 cm, nas entrelinhas deve-se realizar capinas, deixando os restos culturais para formar uma barreira protetora do solo.

Desfolha

A limpeza ou retirada das folhas velhas, totalmente secas, mortas, doentes ou pendentes, melhora o arejamento interno do bananal, aumenta a luminosidade, diminui as lesões nos frutos, favorece o controle de doenças. Também acelera o desenvolvimento dos rebentos, facilita o desbaste, capinas aplicação de defensivos, movimento de máquinas e permite maior rapidez na colheita dos cachos.

As folhas são eliminadas por meio de cortes feitos de baixo para cima, bem rentes ao pseudocaule, tomando-se o cuidado de não romper as bainhas que ainda estejam a ele aderidas, pois é o conjunto delas que suporta o peso do cacho. Aquelas que já estão se soltando devem ser aparadas na base, na região do colo da planta.

Desbaste

O desbaste geralmente é utilizado para favorecer o maior desenvolvimento do rebento selecionado, que será o responsável pela produção da nova safra. Junto à planta mãe são preservados apenas um filho e um neto. Durante esta operação danos ao sistema radicular devem ser evitados por acarretar sérios prejuízos à cultura.

Os rebentos a serem descartados são retirados utilizando-se uma faca, facão ou pequeno serrote, toda parte área é cortada rente à superfície do solo; em seguida o Desbrotador (lurdinha) é introduzido no centro do rebento cortado, até causar a

Page 9: Banana

quebra da gema terminal de crescimento. A eliminação deve ser feita o mais cedo possível, sempre que aparecerem novos rebentos, para evitar a concorrência com aqueles que permaneceram na planta que está crescendo.

Eliminação do coração

O coração, quando eliminado, proporciona o aumento e engorda dos frutos. Pode ser realizada de 10 a 15 dias do início do aparecimento da inflorescência ou entre 5 a 10 dias de abertura da última penca. O corte é feito abaixo da última penca, deixando-se de 10 a 20 cm da parte terminal da ráquis.A eliminação de pencas permite obter cachos mais homogêneos e bananas com formato mais longo e mais grosso, com a colheita mais precoce. Quando são decorridos de 20 a 30 dias da emissão da inflorescência, é feita a eliminação das duas últimas pencas do cacho, conservando-se sempre um fruto na última penca; nesta ocasião, elimina-se o coração, pode-se ensacar o cacho. Para evitar a entrada da traça da bananeira e do tripes é feito à retirada dos restos florais (despistilação). Para erradicar pragas os restos culturais devem ser enterrados.

Rebaixamento do pseudocaule

Na colheita do cacho o pseudocaule é cortado. Nessa ocasião, ele deve retalhado em pequenos toletes para acelerar sua decomposição.

INSTRUÇÕES PARA AMOSTRAGEM DE SOLOS

Alguns cuidados são necessários para que as amostras enviadas ao laboratório realmente representem o solo em que a cultura está instalada ou vai ser instalada:

A análise química do solo permite a determinação dos teores de nutrientes presentes no solo e, consequentemente, a recomendação das quantidades de calcário e de adubo que devem ser aplicadas.

• Época de amostragem: com pelo menos dois a seis meses antes do plantio (culturas anuais ou plantio de culturas perenes) ou 20 a 30 dias após a última adubação (culturas perenes);

• Material: deve ser apropriado para coleta (trado ou sonda ou enxadão, balde plástico sem contaminação, saquinhos plásticos para acondicionamento e remessa das amostras);

• Área: dividira área a ser amostrada separadamente por cultura, tipo de solo, tipo de manejo e idade da cultura. Não deve ultrapassar 1 hectares;

• Amostras: percorrer as áreas a serem amostradas em zig-zag, retirando as amostras de 15 a 20 pontos diferentes, que serão colocadas no balde plástico

Page 10: Banana

limpo. Finalmente, misturar bem toda a terra e retirar cerca de 500 gramas. Colocar este material no saquinho devidamente identificado;

• Local: nunca retire as amostras perto de carreadores, estradas, montes de esterco, palha de café ou calcário. Também evite amostrar próximo a sulcos de erosão ou manchas de solo;

• Profundidade: geralmente indica- se de O a 20 cm. No caso de aberturas de áreas novas ou para avaliara fertilidade em maior profundidade é recomendável também amostrar na profundidade de 20 a 40 cm;

• Umidade e seca: nunca amostrar o solo quando este estiver muito úmido, pois a umidade excessiva pode interferir nos resultados das análises. Também evitar amostrar com o solo muito seco porque isso dificulta excessivamente o trabalho de quem está amostrando.

Calagem

A bananeira pode se desenvolver em solos com pH extremos de 3,5 (ácido) e

9,0 (alcalino), porém, as maiores produtividades têm sido encontradas em solos

com pH entre 6,0 e 6,5. A aplicação do calcário, quando recomendada, deve ser

feita com trinta dias de antecedência do plantio. Não se recomenda aplicar o

calcário na cova e nem ao redor, deve-se aplicá-lo em toda a área do bananal,

devido às raízes crescerem rapidamente e se projetarem além do espaço limitado

da cova. Entre 40 a 50 dias as bananeiras já têm raízes com 1 m de comprimento,

chegando a atingir até 4 m, quando adultas. Recomenda-se o uso de calcário

dolomítico, que contém cálcio e magnésio, para evitar a ocorrência do distúrbio

fisiológico “azul da bananeira” (deficiência de Mg induzida pelo excesso de K).