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1 BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 2012

BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A. RELATÓRIO E …...REVISOR OFICIAL DE CONTAS (quadriénio 2012/2015) Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Deloitte e Associados, SROC, S.A., representada

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BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A.

RELATÓRIO E CONTAS 2012

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ÍNDICE

01. Principais Indicadores de Atividade

02. Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

03. História do Banco BIC Português

04. Órgãos Sociais

05. Estrutura Organizativa

06. Acionistas

07. Enquadramento Macroeconómico

08. Evolução da Atividade

09. Gestão dos Riscos

10. Análise Financeira

11. Proposta de Aplicação de Resultados

12. Demonstrações Financeiras

13. Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2012

14. Certificação Legal das Contas

15. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

16. Adoção das Recomendações do Financial Stability Forum (FSF) e do Committee of European Banking

Supervisors (CEBS) Relativas à Transparência da Informação e Valorização de Activos

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01. PRINCIPAIS INDICADORES DA ATIVIDADE

(Unidade: Milhares de Euros)

2012 2011

(pro-forma)

Var. (%)

Activo total líquido 3.948.710 4.437.828 -11,02% Volume de negócios: 5.252.874 5.746.520 -8,06% Crédito a Clientes (bruto) 2.517.528 3.581.343 -29,70% Garantias prestadas e créditos

documentários abertos

341.639 480.703

-28,93% Recursos de Clientes 2.393.707 1.684.474 42,10% Aplicações em instituições de crédito 1.265.805 837.005 51,23% Recursos de instituições de crédito e de

bancos centrais 670.107

952.073

-29,62% Situação líquida 357.445 (506.750) 170,54% Rendibilidade: Margem financeira 56.430 56.705 -0,48% Produto bancário 104.379 79.620 31,10% Produto bancário / Ativo líquido 2,64% 1,79% 47,34% Produto bancário por Colaborador 78 50 55,78% Prejuízo do exercício (7.959) (95.425) 91,66% Rendimento integral do exercício 74 (96.388) 100,08% Rácios de eficiência: Custos de estrutura / produto bancário 114% 161% -28,95% Custos com o pessoal / produto bancário 52% 82% -36,38% Capital: Rácio de adequação de fundos próprios 17,1% a) Rácio Core Tier I 12,0% a) Qualidade do crédito: Rácio de crédito com incumprimento (1) 3,49% 9,98% 186,01% Rácio de crédito em risco (1) 7,31% 16,92% 151,80% Rácio de crédito em risco, líquido (1) 1,20% 9,58% 771,30% Rácio de cobertura de crédito com

incumprimento (1)

177,32% 81,32%

117,89% Rácio de cobertura de crédito em risco (1) 84,59% 47,95% 76,26% Número de Agências, Gabinetes de Empresas

e Centros de Private Banking

210 231

-8,66% Número de Colaboradores 1.337 1.584 -15,85%

a) Em 31 de dezembro de 2011, os rácios de fundos próprios apresentavam valores negativos.

(1) Rácios calculados de acordo com a Instrução n.º 16/2004, do Banco de Portugal.

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02. MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO

Começámos em 2008 com as linhas de negócio da Banca de Empresas, Banca correspondente de Bancos

Angolanos e Private Banking. Na altura, a Banca de Retalho assumia apenas uma dimensão complementar

a essas linhas de negócio.

Em conjunto com o nosso irmão gémeo, o Banco BIC, S.A. (Angola), conseguimos desde logo atingir uma

posição privilegiada de apoio aos diferentes agentes económicos, no atual panorama de negócios entre

Portugal e Angola.

Com a aquisição em 2012 do ex-BPN passámos a ter no nosso banco uma Rede de Retalho operando à

escala nacional, com um funding que permite reforçar a nossa aposta no financiamento das PME e das

empresas exportadoras com boas perspetivas no domínio qualidade-risco.

Estamos agora num ambiente macroeconómico extremamente difícil para a economia portuguesa em

condições de reforçar o nosso papel de operador bancário no apoio à nossa economia e às relações

económicas Portugal – Angola.

Continuamos a contar com uma sólida estrutura acionista e com um corpo de Colaboradores altamente

qualificados e experientes. Esperamos assim continuar a merecer em 2013 a renovada confiança dos

nossos Clientes.

Fernando Mendes Teles

Presidente do Conselho de Administração

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03. HISTÓRIA DO BANCO BIC PORTUGUÊS

Motivados pela vontade de aumentar as relações de investimento e de comércio entre Portugal e Angola,

os acionistas do Banco BIC, S.A. (Angola) apostaram na constituição de um Banco de Direito Português, em

Portugal. O Banco BIC Português, S.A. foi assim constituído em janeiro de 2008.

A sua sede situa-se em Lisboa, onde foi fixado também o primeiro Gabinete de Empresas/Agência, tendo

aberto ao público no final do mesmo ano um Gabinete de Empresas/Agência no Porto.

Em 2009, surgem os Gabinetes de Empresas/Agências nas cidades de Viseu, Aveiro, Leiria e Braga e, em

2010, uma Agência em Alvarenga, a primeira com uma dedicação exclusiva ao negócio de retalho. No

mesmo ano, o Banco BIC foi registado como intermediário financeiro na CMVM, o que permitiu desenvolver

o negócio de Private Banking em articulação com o Núcleo de Mercado de Capitais.

Em 2012, a aquisição do Banco Português de Negócios por parte dos acionistas do Banco BIC e a

consequente fusão das duas entidades, permitiu ao Banco BIC dispor de uma rede de Agências para operar

à escala nacional, tendo o Banco passado a agregar aos vetores que já lhe eram reconhecidos a dimensão

de banco de retalho, conferida pelo aumento significativo da sua rede comercial que conta agora com mais

de duas centenas de novas Agências e Gabinetes de Empresas. As duas grandes linhas de negócios que

marcaram o arranque do Banco BIC – Banca de empresas e Banco correspondente de Bancos angolanos –

são agora complementadas com uma oferta mais diversificada e abrangente de produtos e serviços,

adequada às exigências do mercado.

Com uma estrutura acionista idêntica ao Banco BIC, S.A. (Angola), o Banco BIC Português integra acionistas

de referência no mercado empresarial português, nomeadamente no setor bancário, bem como na vida

económica e financeira angolana. A esta equipa junta-se um conjunto de profissionais com larga

experiência no sistema financeiro, não só em Portugal, mas também noutros países do continente

Africano, Brasil e Espanha.

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04. ORGÃOS SOCIAIS

ASSEMBLEIA GERAL

Pedro Canastra de Azevedo Maia (Presidente) Francisco Manuel Constantino Pinto (Vice-Presidente) Jorge Manuel de Brito Pereira (Secretário)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Fernando Teles (Presidente) Isabel dos Santos Américo Amorim Luís Mira Amaral Jaime Pereira Carlos Traguelho

Diogo Barrote Artur Marques Rui Pedras COMISSÃO EXECUTIVA

Luís Mira Amaral (Presidente) Jaime Pereira (Vice-Presidente) Carlos Traguelho Diogo Barrote Artur Marques

Rui Pedras

CONSELHO FISCAL

Henrique Camões Serra (Presidente) Abílio Morgado (Vogal Efetivo) Maria Ivone Santos (Vogal Efetivo) Célia Custódio (Vogal Suplente)

REVISOR OFICIAL DE CONTAS (quadriénio 2012/2015)

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Deloitte e Associados, SROC, S.A., representada por: José António Barata, ROC nº 1210

Carlos Loureiro, ROC nº 572 (Suplente)

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DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO QUANTITATIVA

No cumprimento do disposto no art.º 3.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho e do disposto no n.º 2 do art.º

17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, publicado em 9 de janeiro de 2012, divulgamos de forma

agregada e individual a composição e as remunerações auferidas no Exercício de 2012 pelos Conselhos de

Administração e Conselho Fiscal, antes e após a fusão jurídica dos dois Bancos:

ÓRGÃO N.º DE ELEMENTOS MONTANTE DE

REMUNERAÇÕES

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 13 a) 878.589€

CONSELHO FISCAL 6 a) 64.980€

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL 3 8.125€

TOTAL 20 951.694€

a) Inclui todos os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal que exerceram funções ao longo de todo o ano de

2012 no Banco BIC Português, S.A. e no BPN – Banco Português de Negócios, S.A., neste, antes e depois da reprivatização.

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ÓRGÃO NOME CARGO

MONTANTE

DAS

REMUNERAÇÕES

MONTANTE DA

PARTICIPAÇÃO

NOS LUCROS

PAGOS EM 2012

REFERENTES AO

EXERCÍCIO DE

2011 *

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Norberto Emílio Sequeira da Rosa Vice-Presidente do Conselho de Administração (1) (2)

8.089€ -

Pedro Manuel de Oliveira Cardoso Vogal do Conselho de Administração (1) (2)

8.089€ -

Rui Manuel Correia Pedras Vogal do Conselho de Administração (2) (3)

71.342€ -

Mario Manuel Garcia Faria Gaspar Vogal do Conselho de Administração (2)

44.039€ -

Jorge Antonio Beja Pessoa Vogal do Conselho de Administração (2)

44.039€ -

Fernando Leonídio Mendes Teles Presidente do Conselho de Administração (4)

- -

Américo Ferreira Amorim Administrador Não Executivo (4) - -

Isabel José dos Santos Administrador Não Executivo (4) - -

Luís Fernando de Mira Amaral Presidente da Comissão Executiva (4) 175.875€ 12.500€

Jaime Pedro Galhoz Pereira Vice-Presidente da Comissão Executiva (4)

140.871€ 10.000€

Carlos Prieto Traguelho Administrador Executivo (4) 154.788€ 11.000€

Diogo Vasco Ramos Barrote Administrador Executivo (4) 140.871€ 10.000€

Artur de Jesus Marques Administrador Executivo (5) 90.586€ -

TOTAL 878.589€ 43.500€

CONSELHO FISCAL

Carlos Manuel Durães da Conceição Vogal (2) 8.490€

Maria Helena Maio Ferreira de Vasconcelos

Vogal (2) 8.490€

Henrique Manuel Camões Serra Presidente do Conselho Fiscal (4) 24.000€

Maria Ivone de Freitas Pereira dos Santos

Vogal (4) 12.000€

Gracinda Augusta Figueiras Raposo Vogal (6) 4.000€

Abílio Manuel Pinto Rodrigues de Almeida Morgado

Vogal (7) 8.000€

TOTAL 64.980€

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MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Pedro Canastra de Azevedo Maia Presidente da Mesa (8) 3.750€ **

Francisco Manuel Constantino Pinto Vice-presidente da Mesa (8) 2.500€ **

Jorge Manuel de Brito Pereira Secretário (8) 1.875€ **

TOTAL 8.125€

TOTAL GERAL 951.694€ 43.500€

* Diz apenas respeito a Administradores executivos oriundos do Banco BIC Português, S.A.

** Pagamentos processados em 2013 mas referentes a 2012

(1) Acréscimo remuneratório por acumulação de funções de gestão

(2) As funções foram exercidas até à data de 30.03.2012

(3) Eleição para novas funções em 16.10.2012

(4) Eleição para iniciar funções no BPN em 02.04.2012

(5) Eleição em 02.04.2012

(6) Cessou funções em 02.04.2012

(7) Eleição em 02.04.2012

(8) Eleição em 29.06.2012

Ainda no cumprimento do disposto nos n.os 2 e 3 do art.º 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011,

publicado em 9 de janeiro de 2012, divulgamos de forma agregada e discriminada por área de atividade as

remunerações dos Colaboradores que cumpriram alguns dos critérios previstos no n.º 2 do art.º 1.º do

mesmo Aviso, antes e após a fusão jurídica dos dois Bancos.

Para efeitos de delimitação dos Colaboradores a que respeita esta informação considerou-se que o

universo de Colaboradores relevantes corresponde aos que ocuparam durante todo o ano de 2012 os

quadros diretivos dos órgãos que desempenham funções de controlo, a saber, Direção de Auditoria Interna,

Direção de Análise de Risco de Crédito, Gabinete de Risco e Gabinete de Compliance, bem como aqueles

que preencheram algum dos outros critérios previstos no n.º 2 do art.º 1.º do Aviso 10/2011.

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ÓRGÃO

REMUNERAÇÃO ANUAL

MONTANTE DA PARTICIPAÇÃO NOS

LUCROS PAGAS EM 2012 REFERENTES

AO EXERCÍCIO DE 2011 *

NOVAS

CONTRATAÇÕES

OCORRIDAS EM

2012 N.º DE

COLABORADORES MONTANTE

N.º DE

COLABORADORES MONTANTE

FUNÇÕES DE CONTROLO 9 396.449€ 3 44.730€ 4

OUTRAS FUNÇÕES 4 227.201€ - - 0

TOTAL 13 623.651€ 3 44.730€ -

* Diz apenas respeito a Colaboradores oriundos do original Banco BIC Português, S.A.

Não ocorreu, em 2012, qualquer pagamento por rescisão antecipada de contrato de trabalho, sendo de

realçar que, em resultado da fusão jurídica dos dois Bancos, no final do ano de 2012, dos 13 Colaboradores

indicados no quadro acima apenas 8 permaneciam naquele universo.

DIVULGAÇÃO ANUAL SOBRE A POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO

Durante o Exercício de 2012, o Banco BIC Português, S.A., na sua atual configuração, passou por várias

fases, havendo que proceder à distinção de 3 realidades:

• Primeiro trimestre de 2012, em que o BPN – Banco Português de Negócios, S.A. ainda era uma entidade

nacionalizada e em que o Banco BIC Português, S.A. tinha assinado com o Estado Português um Acordo-

Quadro em dezembro de 2011 para aquisição das ações do BPN detidas por este;

• De abril a novembro de 2012, em que existiam duas entidades jurídicas distintas, o Banco BIC Português,

S.A. e o BPN – Banco Português de Negócios, S.A. já reprivatizado;

• Desde 7 de dezembro de 2012, após fusão jurídica daquelas duas entidades.

Até à fusão jurídica das duas entidades, o BPN não dispunha de uma Política de Remuneração

formalmente aprovada.

Após a fusão, os Administradores então nomeados foram remunerados apenas pelo Banco BIC, pelo que, os

princípios gerais da Política de Remuneração a seguir referenciados dizem respeito à Política de

Remuneração em vigor em 2012 no Banco BIC Português S.A. antes da fusão jurídica e aplicável aos seus

Órgãos Sociais e Colaboradores:

1. Política de Remuneração dos Órgãos Sociais

1.1. A Política de Remuneração dos Órgãos Sociais do Banco BIC Português, S.A. em vigor no Exercício de

2012, foi aprovada pela Assembleia Geral em 29 de março de 2011, sob proposta do Conselho de

Administração.

11

1.2. Na definição da Política de Remuneração não participaram quaisquer consultores externos nem existia

uma Comissão de Remunerações.

1.3. A Política de Remuneração consubstanciou-se no pagamento de uma remuneração fixa aos

Administradores Executivos, definida por Assembleia Geral, não sendo devida qualquer componente

variável.

1.4. Deste modo, a Política de Remuneração em 2012 foi compatível com os interesses de longo prazo do

Banco e não incentivou a assunção excessiva de riscos.

1.5. Os Administradores não Executivos não beneficiam de qualquer remuneração fixa ou variável.

1.6. Os membros do Conselho Fiscal beneficiam apenas de remuneração fixa proposta pela Comissão de

Remunerações e aprovada pela Assembleia Geral, paga 12 vezes ao ano.

1.7. Em caso de destituição de um Administrador, sem justa causa, a indemnização a pagar rege-se pelo

disposto no Artigo 403º do Código das Sociedades Comerciais, isto é, não excederá o montante das

remunerações que presumivelmente aquele receberia até ao final do mandato. Em caso de destituição por

inadequado desempenho, não será paga qualquer compensação ou indemnização, nem existem quaisquer

pagamentos previstos em caso de cessação por acordo.

1.8. Remuneração dos membros da Comissão Executiva:

a) Todos os membros da Comissão Executiva auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes ao ano;

b) Em 2012 não foi atribuída qualquer remuneração variável, sistema de prémios ou qualquer outro

benefício não pecuniário àqueles membros;

c) Em março de 2012, a Assembleia Geral do Banco BIC Português, S.A. aprovou uma participação nos

lucros a distribuir pelos membros da Comissão Executiva equivalente a um mês de remuneração como

forma de reconhecimento pelo empenho na consolidação dos resultados do Banco.

d) Anualmente, a Assembleia Geral procede à avaliação da Administração, considerando o cumprimento dos

objetivos, os resultados quantitativos e qualitativos alcançados bem como a sua origem e natureza, a

sustentabilidade ou ocasionalidade dos mesmos, o risco associado à obtenção daqueles, o cumprimento

normativo, o valor acrescentado para os Acionistas e a forma como a instituição se relacionou com outros

stakeholders;

e) Os membros da Comissão Executiva não beneficiam de regimes complementares de pensões ou de

reforma antecipada.

1.9. Remuneração dos membros do Conselho Fiscal:

Os membros do Conselho Fiscal auferem apenas de uma remuneração fixa paga 12 vezes ao ano.

1.10. Remuneração dos membros não executivos do Conselho de Administração:

Os membros não executivos do Conselho de Administração não beneficiam de qualquer tipo de

remuneração.

1.11. Remuneração dos Membros da Mesa da Assembleia Geral:

Os membros da Mesa da Assembleia Geral auferem uma senha de presença, de valor fixo, por cada

participação nas reuniões da Assembleia Geral definida e aprovada por esta Assembleia.

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2. Política de Remuneração dos Colaboradores (conforme definido no n.º 2 do artigo 1.º do Aviso

do Banco de Portugal, n.º 10/2011, de 9 de janeiro de 2012)

2.1. A avaliação de desempenho dos Colaboradores é anual e realizada pelo respetivo superior hierárquico

e dos resultados daquela não depende a atribuição de qualquer componente variável da remuneração.

2.2. Os Colaboradores que mantêm uma relação jurídico-laboral com o Banco através de contrato de

trabalho abrangido pelo Acordo de Empresa, não beneficiam de outras formas de remuneração que não as

que decorram da normal aplicação do Acordo de Empresa ou do direito do trabalho, não beneficiando de

nenhum sistema de prémios anuais ou de quaisquer outros benefícios não pecuniários, sem prejuízo de

eventualmente auferirem uma participação nos lucros conforme referido em 2.5..

2.3. Os Colaboradores abrangidos pelo Acordo de Empresa beneficiam de um plano complementar de

pensões, de contribuição definida, para o qual concorrem, em percentagens iguais sobre a respetiva

remuneração, os Colaboradores e o Banco.

2.4. Os Colaboradores beneficiam apenas de uma remuneração fixa definida nos respetivos contratos de

trabalho ou de prestação de serviços.

2.5. Em março de 2012, a Assembleia Geral do Banco BIC Português, S.A. aprovou uma participação nos

lucros a distribuir pelos seus Colaboradores com base no mérito avaliado pela Comissão Executiva e na

antiguidade no Banco como forma de recompensar o esforço, competência, profissionalismo e dedicação

na fase de consolidação do Banco.

13

05. ESTRUTURA ORGANIZATIVA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Fernando Teles (Presidente) Isabel dos Santos Américo Amorim Luís Mira Amaral Jaime Pereira Carlos Traguelho Diogo Barrote Artur Marques Rui Pedras COMISSÃO EXECUTIVA

(1) Direções Regionais: Cascais, Lisboa, Margem Sul, Alentejo e Ilhas, e Algarve (2) Direções Regionais: Leiria, Ourém, Rio Maior e Almeirim

COMISSÃO EXECUTIVA

LUÍS MIRA AMARAL

(PRESIDENTE)

Direção de Sistemas de Informação

(DSIT)

Direção de Marketing e Comunicação

(DMKC)

Dir. de Canais Alternativos e Meios

de Pagamento (DCAMP)

Direção de Private Banking

(DPB)

Gabinete de Mercado de Capitais

(GMC)

JAIME PEREIRA

(VICE-PRESIDENTE)

Direção Coordenadora Empresas Sul

(DCES)

Direção Coordenadora Agências Sul

(DCAS) (1)

Dir. de Contabilidade, Planeamento e

Controlo de Gestão (DCP)

Direção Internacional e Financeira

(DIF)

CARLOS TRAGUELHO

(ADMINISTRADOR)

Direção de Auditoria Interna

(DAI)

Direção de Análise de Risco de Crédito

(DARC)

Gabinete de Risco

(GR)

Gabinete de Compliance

(GC)

Dir. Jurídica e Recuperação de

Crédito

(DJRC)

Direção de Recursos Humanos

(DRH)

DIOGO BARROTE

(ADMINISTRADOR)

Direção de Suporte Operacional

(DSO)

Direção de Recursos Materiais (DRM)

Gabinete Angola Portugal (GAP)

ARTUR MARQUES

(ADMINISTRADOR)

Direção Coordenadora de Empresas Norte

(DCEN)

Direção Coordenadora

Agências Norte

(DCAN)

Gabinete de Dinamização

Comercial (GDC)

RUI PEDRAS

(ADMINISTRADOR)

Direção Coordenadora Agências Sul

(DCAS) (2)

Gabinete de Organização (GO)

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06. ACIONISTAS

Em 31 de dezembro de 2012, o capital do Banco é detido pelos seguintes acionistas:

Estrutura acionista % capital N.º de ações Montantes em Euros

Amorim Projectos, SGPS, S.A. 25% 19.050.000 75.057.000

Santoro Financial Holding, SGPS, S.A. 25% 19.050.000 75.057.000

Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 15.240.000 60.045.600

Ruasgest, SGPS, S.A. 10% 7.620.000 30.022.800

Luís Manuel Cortez dos Santos 5% 3.810.000 15.011.400

Manuel Pinheiro Fernandes 5% 3.810.000 15.011.400

Sebastião Bastos Lavrador 5% 3.810.000 15.011.400

Outros acionistas 5% ----------

3.810.000 ------------------

15.011.400 -------------------

100% =====

76.200.000 =========

300.228.000 ==========

Em 31 de dezembro de 2011, o BPN era detido pelo Estado Português, seu acionista único. O Banco foi

reprivatizado em 2012, tendo os acionistas do Banco BIC adquirido a totalidade do seu capital, o que veio

a concretizar-se no primeiro semestre de 2012.

Neste contexto, em junho de 2012, o grupo de acionistas que passou a deter e controlar o BPN e o Banco

BIC deliberou, por questões de racionabilidade económica, incorporar este naquele, mediante a

concretização de uma fusão por incorporação, com a consequente extinção do Banco BIC. A 7 de dezembro

de 2012, após a aprovação do Banco de Portugal, foi registada a referida fusão por incorporação na

Conservatória do Registo Comercial, com efeitos retroagidos a 1 de julho de 2012. Na mesma data, o BPN

alterou a sua denominação social para Banco BIC Português, S.A..

Conforme previsto no projeto de fusão, foi realizado um aumento do capital do Banco BIC em 1 milhão de

Euros, mediante a emissão de 200 mil novas ações totalmente subscritas e realizadas pelos seus

acionistas, de acordo com as respetivas participações.

Na sequência da fusão, e conforme aprovado pelo Banco de Portugal, o Banco procedeu à reposição dos

níveis de capitalização previstos no âmbito do Acordo Quadro e do Contrato de Compra e Venda, tendo

para o efeito realizado uma redução do capital no montante de 40.772m€ para cobertura de prejuízos, e

no montante de 40.000m€ por alteração do valor nominal da ação de 5 Euros para 3,94 Euros.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o Banco BIC tinha aprovado um plafond global de descobertos em

depósitos à ordem no montante de 2.500m€, a um conjunto de empresas detidas direta ou indiretamente

pelo Senhor Comendador Américo Ferreira de Amorim. Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, estes

plafonds encontravam-se utilizados da seguinte forma:

15

2012

2011

Gierlings Velpor – Veludo Português, S.A. 1.475

1.378

Amorim Cork Research, Lda. 150

144

Amorim Serviços e Gestão, S.A. 211

133

OSI Sistemas Informáticos e Electrotécnicos, Lda. 183

35

Amorim Viagens e Turismo, Lda. 31

2

2.050

1.692

(Unidade: Milhares de Euros)

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o Banco BIC havia concedido os seguintes financiamentos à empresa

Cotarco – Comércio Internacional, Lda., divulgada em razão do seu capital social ser detido em 33% pelo

Senhor Dr. Luís Manuel Cortez dos Santos, também acionista do Banco:

Financiamento concedido

Saldo 31.12.2012

Saldo 31.12.2011

Operação de médio e longo prazo 1.200 883 1.012

Facilidade em conta corrente 500 500 500

TOTAL 1.700 1.383 1.512

(Unidade: Milhares de Euros)

De referir que, pese embora a percentagem de participação acima referida, o Senhor Dr. Luís Manuel Cortez

dos Santos não detém o controlo da empresa Cotarco.

Nas mesmas datas, encontrava-se aprovado um plafond para emissão de garantias bancárias no montante

total de 300m€, do qual se encontravam utilizados, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, por 250m€.

Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os seguintes membros dos Órgãos Sociais detinham um número de

ações do Banco BIC como segue:

Número de ações

Conselho de Administração 2012 2011

Fernando Leonídio Mendes Teles 15.240.000 6.000.000

Diogo Vasco Ramos Barrote 762.000 300.000

16

07. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

ECONOMIA MUNDIAL

O ano de 2012 foi um período difícil para a economia mundial com recessão em vários países da zona euro

a propagar os seus efeitos para zonas e com intensidade não previstas.

Em 2012, o PIB da economia mundial cresceu 3,2%, abaixo do valor registado em 2011 (3,9%).

Na verdade – sob pressão da acumulação dos desequilíbrios das balanças de pagamentos - a crise do euro

evoluiu para áreas para além das esferas das dívidas soberanas e dos setores bancários.

A recuperação da economia mundial que parecia estar em marcha em 2011 foi travada pela crise do euro,

obrigando a grandes ajustamentos em amplas zonas da economia mundial e a enorme reversão dos

movimentos internacionais de capitais.

Nas economias avançadas, as incertezas e riscos que dificultam o crescimento têm a ver com a

necessidade de consolidação fiscal e com a necessidade de reformar o setor financeiro.

Em 2012, os fluxos de capital privados para os países da periferia continuaram a ser substituídos por

fundos públicos do BCE, FMI e União Europeia.

A contração nos países em crise influíram no mundo via redução de importações e aumento de incerteza, o

que levou ao declínio dos fluxos de capital privado não só para esses países mas também para as

economias emergentes do Leste Europeu, América Latina e Ásia e o seu desvio para destinos seguros dos

EUA, Alemanha, Suíça e Japão.

A continuação da incerteza na zona euro adiou muitos investimentos privados levando à quebra acentuada

da procura de bens duráveis.

O comércio internacional conheceu em 2012 apreciável abrandamento do seu crescimento. O comércio

mundial cresceu 2,8% contra 5,9% em 2011. A maior quebra de ritmo registou-se nas importações dos

países avançados, facto que, conjugado com a dinâmica das exportações, levou a uma melhoria da balança

comercial destes países e a uma deterioração da balança comercial dos países emergentes. Na verdade, a

queda no crescimento das importações deu-se nos países avançados de 4,6% em 2011 para 1,2% em

2012; nas economias emergentes foi de 8,4% em 2011 para 6,1% em 2012. No caso das exportações, os

países avançados registaram uma desaceleração do crescimento de 5,6% para 2,1% em 2012 enquanto

nas economias emergentes se passou de 6,6% em 2011 para 3,6% em 2012.

A política monetária expansionista seguida nos EUA e mais moderadamente na zona euro desde o início da

crise teve um novo impulso nas duas regiões em 2012 com o anúncio de compras ilimitadas de obrigações

17

no fim do verão. Esta liquidez poderá provocar o aparecimento de bolhas nos vários mercados de ativos

devido ao suscitar do sentimento de menor independência dos bancos centrais e reduzir a confiança no

prosseguimento do objetivo de 2% das taxas de inflação.

As taxas de juro, globalmente, estagnaram a níveis historicamente baixos nos países avançados. Devido a

este facto, e à geral expansão monetária, houve uma realocação dos fundos abandonando baixas

remunerações e provocando a subida das cotações nos mercados bolsistas em todo o mundo. As principais

bolsas tiveram valorizações entre 8,1% (FTSE 100) e 15,8% (Nikkei 225).

Nos EUA a recuperação da crise financeira de 2007-2008 tem sido firme mas muito lenta. O PIB cresceu

2,3% a seguir ao crescimento de 1,8% registado em 2011. Houve viragem no mercado de habitação com

melhoria dos balanços das famílias com melhoria clara do consumo. No entanto, embora a consolidação

fiscal tenha sido adiada os futuros cortes na defesa e educação criaram perspetivas negativas que se

podem concretizar em 2013. Muitas famílias estão ainda a reduzir as suas dívidas para níveis mais

confortáveis. A lentidão e dificuldade da recuperação da crise levou o presidente Obama a anunciar o firme

empenhamento na concretização de uma zona de comércio livre entre os EUA e a União Europeia (TAFTA).

A inflação baixou de 3,9 % em 2011 para 2,2% em 2012.

O Japão não conseguiu ainda escapar à estagnação de longo prazo que conhece desde 1997. O PIB do

Japão cresceu 2,0% em 2012 depois de, em 2011, ter registado uma quebra da atividade de 0,6%. As

recentes pressões recessivas do fim do ano 2012 foram contrariadas por subsídios ao setor automóvel,

estímulos fiscais e política monetária expansiva. Embora a quebra de 2011 se possa atribuir ao tremor de

terra, o arrefecimento do fim de 2012 deve-se à quebra da procura mundial e aos problemas derivados da

disputa territorial com a China e decorrentes dos boicotes verificados. A inflação foi negativa em 2012 (-

0,1%) contra -0,3% em 2011.

Nos países emergentes e em desenvolvimento registou-se, em 2012, um aumento global do PIB de 5,1%

depois de forte crescimento de 6,3% em 2011. O crescimento verificado foi suportado por estímulos

estatais, possíveis devido à margem ainda permitida pela relativamente baixa dívida pública. No entanto,

os estímulos não conseguem compensar suficientemente a fraqueza da procura externa dos países

avançados.

ECONOMIA DA ZONA EURO

O ano 2012 viu o regresso da recessão à Europa tendo-se registado uma contração da atividade de 0,4 %.

A taxa de desemprego foi em média de 11,4% em 2012. A taxa de inflação está em declínio passando de

3,0% em setembro de 2011 para 2,2% em dezembro de 2012.

18

A economia europeia viveu ainda em 2012 sob o espectro da crise das dívidas soberanas dos países

periféricos. Embora os prémios de risco tenham decrescido significativamente, os seus níveis continuam

altos e superiores aos níveis de antes da crise. Apesar da melhoria verificada em setembro de 2012, não

desapareceram as preocupações com o futuro do euro e os respetivos riscos cambiais e de perturbações

graves nos mercados financeiros.

Registou-se uma melhoria na resposta política à crise com redução de riscos e melhoria das condições

financeiras. Mas esta melhoria foi também acompanhada de atrasos na transmissão da queda dos spreads

soberanos e da melhoria da liquidez do setor bancário às condições de crédito ao setor privado.

Em março de 2012 o BCE lançou a segunda ronda de facilidades de refinanciamento, a 3 anos (LRTO).

Em seguimento da cimeira europeia de junho de 2012, tomaram-se algumas medidas de acalmia na

segunda metade do ano. Foi decidido em julho que a Espanha teria acesso, para apoio ao setor bancário, a

100 biliões do fundo ESM. O BCE decidiu o programa de compra ilimitada de obrigações soberanas dos

países necessitados (Transações Monetárias Diretas); o BCE, se necessário, comprará obrigações

soberanas emitidas pelos países comprometidos em programas de ajustamento estrutural e cujos juros

sejam considerados pelo BCE como exagerados. Outras decisões como a aprovação do mecanismo do ESM

pelo Tribunal Constitucional alemão e os resultados das eleições holandesas reduziram o risco do euro e

diminuíram o prémio de risco nos mercados de dívida soberana.

Em julho de 2012 o BCE cortou 25 pontos base para 0,75% na taxa de juro para operações open market.

Em julho de 2012 foi também reduzida para 0% a taxa de juro nos depósitos overnight junto do BCE

provocando substancial redução destes depósitos e o aumento substancial da liquidez em circulação. Em

resultado destes movimentos as taxas de juro no mercado monetário interbancário registaram grande

redução em 2012, chegando a ser negativas para as operações a 3 meses com garantia (Eurepo) e

atingindo o nível de 0,2% para operações da mesma maturidade sem garantia (Euribor). Estes movimentos

arrastaram o prémio de risco no mercado monetário para níveis a escassos 10-15 pontos base acima dos

níveis em que se situavam antes do rebentamento da bolha imobiliária nos EUA, representando uma

quebra durante 2012 de cerca de 120 pontos base.

Esta expansão monetária provocou a redução das taxas de juro nos novos empréstimos às empresas e

consumidores entre 30 e 90 pontos base, com forte incidência nos países do centro da zona euro, mas

reduzido efeito sobre a sua periferia em crise devido à persistência do prémio de risco nestas economias.

Porém, o volume dos empréstimos ao setor privado decresceu globalmente.

Esta diminuição dos empréstimos ao setor privado foi compensada pelo aumento dos empréstimos ao

setor público acomodando assim a expansão monetária atrás referida a qual, em 2012, usando o indicador

M3, cresceu 3,5%.

19

Em setembro de 2012 o BCE anunciou a intervenção no mercado da dívida soberana nos montantes

considerados necessários para estabilizar a situação o que teve como resultado a queda acentuada dos

prémios de risco das dívidas soberanas. Na verdade, em resposta à subida das taxas espanholas e

italianas, o BCE sinalou o compromisso de compra de títulos soberanos dos países que sigam programas de

consolidação fiscal, prenunciando uma política monetária muito expansionista. Da mesma forma, a Reserva

Federal dos EUA anunciou novo reforço da expansão monetária em resposta à fraqueza do mercado de

trabalho: compra sem limites prévios de títulos representativos de dívida imobiliárias. Igualmente os

bancos de Inglaterra e do Japão seguiram políticas equivalentes.

No entanto, as condições de financiamento e a política monetária mais expansionista foram insuficientes

para dinamizar a procura nos países em crise suscitando respostas diferenciadas entre os países.

A diminuição das importações e aumento das exportações foi bem conseguida pela Irlanda através da

redução dos seus preços relativos, estando em marcha uma saída firme da crise. Os restantes países,

embora com situações diferenciadas, ainda não atingiram este limiar devido à rigidez dos preços e salários

e à baixa inflação nos países do centro. O aumento rápido do desemprego não foi acompanhado por

movimentos correspondentes nos preços e nos salários. A ligeira melhoria que alguns países registaram

deveu-se principalmente à redução da procura interna provocada pela recessão e menos pelo ajustamento

dos preços que tarda a verificar-se.

Os países em crise iniciaram ajustamentos estruturais nas áreas das finanças públicas, mercados de

trabalho e de bens e serviços bem como nos sistemas de pensões de saúde e de educação. Estes

ajustamentos visando o saneamento das finanças públicas, a competitividade e o crescimento no longo

prazo causam, porém, efeitos de curto prazo depressivos pouco compreendidos e mal suportados pelas

populações. Estes efeitos foram particularmente fortes em todos os países de crise à exceção da Irlanda,

país que iniciou o processo de ajustamento há mais tempo e é o único que já conseguiu estabilizar o

desemprego.

Não obstante a política monetária expansionista do BCE, as condições financeiras do setor privado nos

países de crise permanecem muito mais desfavoráveis do que nos países do centro. A diferenciação das

condições de crédito entre o centro e a periferia acentuou-se, devido à manutenção de prémios de risco

elevados na periferia.

Apesar da acalmia e descida das taxas de juro provocadas pelos compromissos do BCE, da decisão do

Tribunal Constitucional alemão de apoio aos fundos de resgate europeus e da decisão da União Europeia

em apoiar o setor bancário espanhol, a crise da dívida dos países da periferia não está resolvida e está

dependente de políticas estruturais que melhorem a competitividade dos países em crise.

20

ECONOMIA PORTUGUESA

A economia portuguesa conheceu, em 2012, uma quebra muito acentuada da atividade económica devido

a três causas principais. Primeiro, o continuado impacto dos problemas estruturais da oferta ainda não

resolvidos e que se tendem a agravar perante o avolumar da concorrência internacional. Segundo, a

política de austeridade empreendida desde 2011 para dar resposta à crise da dívida soberana. Terceiro, a

quebra da atividade na economia mundial e em especial nos nossos parceiros da zona euro, conforme é

referenciado nos parágrafos acima; globalmente, o PIB dos Clientes de Portugal caiu 0,3% com especial

destaque para a zona euro onde a quebra atingiu os 0,6%.

O PIB caiu 3,2% em 2012, contra a queda de 1,6% em 2011. Os valores da contração têm vindo a piorar ao

longo do ano 2012, atingindo no 4º trimestre o valor de 3,8%, a partir de 2,3% no 1º trimestre. O PIB

português caiu, em termos reais, 5,7% desde 2007 e está agora ao nível do valor registado em 2003.

A taxa de inflação situou-se, em 2012, nos 2,7% contra 3,6% em 2011. Estes valores representam ainda

valores superiores aos da zona euro, significando situação desfavorável à competitividade. No entanto, é

nítida uma visível aproximação aos valores médios da zona euro, sobretudo a partir do 4º trimestre de

2012.

A quebra do consumo privado acentuou-se, passando de uma variação negativa de 3,8% em 2011 para

uma evolução também negativa de 5,6% em 2012.

A contração do consumo foi particularmente acentuada nos bens duradouros cuja quebra atingiu 23,0% (-

18,5% em 2011) a comparar com a quebra de 3,9% (-2,1% em 2011) nas despesas em bens não

duradouros e serviços (alimentar e não alimentar). De destacar que, no conjunto destes bens, o consumo

alimentar teve, pela primeira vez, uma redução embora ligeira, de 0,4%, contra uma variação nula em

2011. Os bens não duradouros não alimentares tiveram uma quebra superior, e em agravamento, de 4,9%

em 2012 contra a quebra de 2,7% em 2011.

O consumo reduziu, em ternos reais, 9,2% entre 2012 e 2010, ano em que atingiu o seu maior valor. Em

valores reais, o consumo está agora ao nível de 2003, tal como ocorre para o valor global do PIB.

O valor do consumo privado em percentagem do PIB fixou-se em 2012 em 66,3% constituindo uma ligeira

redução em relação a 2011 (66,5%) e representando um valor ainda muito próximo do máximo de 66,8%

atingido em 2008.

A dívida privada em proporção do PIB atingiu, no 3º trimestre de 2012, valor de 249,0% contra 250% no 3º

trimestre de 2011 quando atingiu o máximo.

21

A taxa de poupança das famílias, que passara de 10,1% em 2010 para 9,2% em 2011, teve, em 2012, uma

recuperação significativa. Situou-se no 3º trimestre em 11,2% e aproximou-se do máximo dos últimos 10

anos (11,5% em 2003).

A queda do investimento (FBCF) acentuou-se em 2012, registando uma variação negativa de 16,2%

(contra -10,0% em 2011). Esta aceleração da queda do investimento deveu-se, principalmente, à quebra

de compras de Equipamento de Transporte (-25,5% em 2012 e -14,7% em 2011) e da parcela da

Construção (-18,5% em 2012 e -10,2% em 2010). As compras de Máquinas e Equipamentos foram as

menos afetadas tanto em 2012 (-7,7%) como em 2011 (-7,8%).

As vendas de cimento e de veículos caíram a um ritmo muito acelerado. As vendas de cimento reduziram

26,7% em 2012 contra uma redução de 15,3% em 2011. Por sua vez, as vendas de veículos ligeiros e

pesados caíram 54,1% em 2012 (-23,7% em 2011) e os veículos pesados viram as vendas diminuir 30,1%

em 2012 (contra -16,2% em 2011).

O desemprego médio foi, em 2012, de 15,7% e atingiu um máximo histórico no 4º trimestre de 2012 com

uma taxa de 16,9% (14,9% no 1º trimestre do ano). O número total de desempregados aumentou 21,8%

em 2012 (contra um acréscimo de 17,2% em 2011). Desde 2008 perderam-se 700 000 empregos líquidos

representando uma quebra do emprego de 13,3%.

Também o emprego acelerou a sua queda (-4,2% em 2012 e -2,8% em 2011). Os indicadores qualitativos

de emprego do INE mostram que o setor menos atingido é a indústria transformadora, com quebras

nitidamente abaixo da construção e do setor dos serviços.

A remuneração média mensal do trabalho, de acordo com os salários declarados, caiu 0,4% em 2012 contra

um aumento de 3,5% em 2011. Esta queda acentuou-se nos últimos 4 meses com valores próximos de

uma redução de 1,5%. Adicionalmente, o indicador do INE “remunerações pagas” para toda a economia

aponta para uma quebra dos salários muito superior, com valores próximos de uma quebra de 5,0% no final

de 2012.

O saldo da balança corrente e de capital (equivalente à antiga Balança de Transações Correntes – BTC)

atingiu em 2012 valor ligeiramente positivo de 0,8% do PIB. Em 2011 o valor fora ainda

significativamente negativo (-5,8%). Esta evolução favorável foi possível, sobretudo, devido à melhoria

dos saldos das balanças externas de bens e serviços e dos rendimentos primários.

Esta melhoria da balança corrente e de capitais resultou quer da contração da procura interna – consumo e

investimento - levando à redução das importações, quer do aumento das exportações. A competitividade-

preço teve um papel mais mitigado, embora já visível e em crescendo a partir dos últimos meses de 2012.

22

As exportações aumentaram 3,3% (7,2% em 2011) contra uma queda das importações de 6,9% (-5,9% em

2011). A taxa de cobertura das importações de bens pelas exportações continuou a melhorar em 2012,

situando-se em 80,6% contra 72,4% em 2011 e 63,5% em 2010.

O tradicional saldo negativo da balança externa de bens e serviços (balança comercial) registou uma forte

redução para atingir um ligeiro saldo negativo de 0,5% do PIB contra -4,3% em 2011 e -7,7% em 2010.

Os custos unitários do trabalho sofreram em 2012 uma redução de 0,4% contra um aumento de 2,7% no

período 1999-2011.

O ano 2012 conheceu uma melhoria da competitividade-preço. A variação dos preços dos produtos

industriais foi favorável: verificou-se em Portugal um aumento dos preços de +2,0%, contra +3,0% na zona

euro. Em 2011 a evolução ainda fora desfavorável: 7,3% em Portugal contra 6,8% na zona euro.

A taxa de crescimento das quotas de exportação de Portugal nos mercados mundiais conheceu uma

melhoria de 3,8% (contra quebra de -1,1% no período 1999-2011), representando a 2ª melhor

performance da UE a seguir à Eslováquia.

A receita do Estado conheceu, em 2012, uma redução de 6,8%. Os impostos diretos caíram 9,5% (-7,6% no

IRS e -17,3% no IRC) e os impostos indiretos reduziram 4,7%.

A despesa primária (sem juros da dívida pública) do Estado diminuiu 1,2% (-6,1% se se corrigissem as

despesas pontuais não repetíveis de pagamentos de dívidas de anos anteriores relativas ao Serviço

Nacional de Saúde).

Em 2012 o défice em contabilidade nacional foi de 6,0% do PIB (4,9% considerando os efeitos pontuais

entre o quais a receita de venda da ANA). Em 2011 o défice fora de 7,4% do PIB (-4,4% com efeitos

pontuais). Os objetivos previstos para o défice no programa da Troika eram de 5,0% em 2012 e 5,9% em

2011.

Em contabilidade pública o défice foi em 2012 de 8,4 mil milhões de euros contra 7,3 mil milhões em

2011. A dificuldade de cumprimento dos objetivos acordados com a Troika aumentou significativamente

de 2011 para 2012 (estes objetivos eram de 9,0 mil milhões de Euros em 2012 e 10,3 milhões de Euros

em 2011).

O limite do défice excessivo está agora programado para se atingir em 2015 em vez de 2014. Os limites

acordados com a Troika para o défice público têm vindo a ser sucessivamente flexibilizados. O objetivo de

2012 que era de 4,5% no início do programa (maio de 2011) passou para 5,0% em setembro de 2012. Para

2013 o objetivo começou por ser 3,0% em maio de 2011, passando a 4,5% em setembro de 2012 e agora,

em março de 2013, é de 5,5%. Para 2014 era de 2,3% em maio de 2011 e passou para 2,5% e 4,0%,

respetivamente, em setembro de 2012 e março de 2013. Finalmente, para 2015, o objetivo era de 1,9%

23

em maio de 2011 e setembro de 2012 e é agora, em março de 2013, fixado em 2,5%. Tudo isto mostra a

dificuldade de redução do défice numa conjuntura recessiva em que o forte aumento de impostos,

designadamente do IVA, e o arrefecer da economia, não gera as receitas fiscais previstas, enquanto do

lado da despesa, o agravamento do desemprego gera pressões significativas sobre as prestações sociais,

designadamente o subsídio de desemprego.

Em linha com o agravamento do saldo global das contas públicas (de 4,4% para 4,9%), a evolução do saldo

primário também foi negativa passando de -0,3% para -0,5%.

A dívida pública continuou a aumentar, atingindo 177 mil milhões de Euros em 2012 contra 168 mil

milhões de Euros em 2011. Os objetivos eram 180 em 2012 e 176 em 2011. Em proporção do PIB a dívida

pública atingiu 124,0% em 2012 contra 108,0% em 2011 e 93,5% em 2010.

Com a continuação de défices elevados, a dívida pública continua a aumentar e com a queda significativa

do PIB que a austeridade tem provocado, o rácio dívida pública/PIB atinge esses valores expressivos.

Em resultado da política de austeridade prosseguida pelo governo e das decisões de política monetária

tomadas pelo Banco Central Europeu - e apesar do agravamento da dívida pública - a taxa de juro das

obrigações soberanas a 10 anos caiu de 15% no início do ano para menos de 6% atualmente,

perspetivando-se a possibilidade em 2013 de regresso aos mercados com emissões de títulos de 10 euros.

Em 2012 o crédito à economia continuou a contrair-se.

Em 2012 melhorou o acesso ao crédito pelo Estado e pelas grandes empresas. Mas as PME continuaram a

encontrar grandes dificuldades, suportando ainda taxas muito elevadas relativamente às praticadas nos

países do centro do euro. A persistência do risco soberano nos países periféricos, como Portugal, é assim

um grande fator de desvantagem competitiva no acesso ao financiamento pelas nossas empresas face aos

países do centro da europa.

Em 2012 o crédito total (saldo em dezembro) ao setor privado não financeiro diminuiu 2,2% (contra -2,1%

em 2011). A redução do crédito às sociedades não financeiras foi muito ligeira (0,7%) sendo mais elevada

a quebra do crédito concedido aos particulares (4,4%).

Os empréstimos concedidos ao setor privado não financeiro diminuíram 4,2% em 2012 (-4,5% em 2011).

Por subsectores, a variação foi de -3,9% para sociedades não financeiras e -4,4% para particulares.

Os depósitos bancários do setor privado não monetário diminuíram 3,4% em 2012 (valores de dezembro

de 2012).

Em 2012, para operações ativas, a taxa de juro média sobre saldos de empréstimos a sociedades não

financeiras foi de 4,53%, enquanto que para os empréstimos a particulares para aquisição de habitação foi

de 1,59% e para consumo foi de 8,32%. Por sua vez para operações passivas, a média das taxas fixaram-

24

se em 2,87% e 3,04%, respetivamente, para saldos de depósitos com prazo até 2 anos e com prazo

superior a 2 anos.

Na sequência de estar praticamente terminado o processo de desalavancagem dos grandes bancos (tendo-

se atingido o objetivo de 120% no rácio de transformação dos depósitos em crédito), conjugado com a

evolução positiva que se está a verificar no aumento dos depósitos e com o apoio do BCE, as restrições de

liquidez para o financiamento das empresas com boa qualidade de risco de crédito, designadamente boas

empresas exportadoras, reduziram-se significativamente. Persiste no entanto para elas o problema do

princing associado ao risco soberano, risco esse que, como já dito, fragmentou aquilo que devia ser um

mercado único financeiro duma União Monetária.

Onde o problema persiste na dificuldade de acesso ao crédito é em empresas financeiramente

desequilibradas e muito dependentes de um mercado doméstico em contração. Aqui não se trata de um

problema de liquidez mas sim de um problema de risco de crédito, pois falta a essas empresas, mercado e

capitais próprios para terem acesso ao crédito bancário.

25

08. EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE

A aquisição do BPN em 2012, permitiu apresentar aos Clientes e ao mercado uma nova entidade bancária

capitalizando todos os valores e competências associadas à marca Banco BIC.

O Banco, assim renovado e redenominado, passou a agregar à marca Banco BIC e aos vetores que já lhe

eram reconhecidos - banco correspondente de bancos angolanos, corporate e private banking - a dimensão

de banco de retalho, conferida pelo aumento significativo da rede comercial a funcionar sob a marca única

Banco BIC.

A aliança entre a solidez financeira, a experiência internacional e de empresas do Banco BIC e a cobertura

nacional, com mais de duas centenas de Agências sob a mesma marca, permitiu que o Banco se assumisse

e apresentasse como uma nova entidade, dotada de rigorosos rácios e de modernos recursos operacionais.

Teve assim início o lançamento do Banco BIC à escala nacional, numa lógica de retalho bancário. O objetivo

é agora expandir a quota de mercado nos particulares e nas PME, apoiando o desenvolvimento de negócios

com cash flow, com uma muito particular atenção aos empresários e empreendedores que estejam ou

queiram estar envolvidos no processo de modernização económica de Angola.

Do processo de aquisição, resultou uma efetiva fusão das equipas comerciais dos dois Bancos, tendo sido,

desde logo, definida uma estrutura organizativa que permitisse potenciar as sinergias associadas à

integração das duas instituições.

Mantendo a distinção entre a rede de Agências, orientada para o negócio dos particulares e pequenos

negócios, e os Gabinetes de Empresas, vocacionados para as PME e grandes empresas, a rede comercial

manteve também a sua segmentação por área geográfica.

Rede de Empresas

Sob a dependência direta da estrutura responsável pelo acompanhamento das empresas no Norte do País

ficaram a Direção da Banca de Empresas (estrutura originária do Banco BIC), com 4 Centros de Empresas a

Norte (Braga, Porto, Aveiro e Viseu) e os 7 Gabinetes de Empresas do ex-BPN (Braga, Paredes, Porto 1,

Porto 2, Aveiro, Coimbra e Viseu). Para não existir duplicação de estruturas na mesma zona geográfica de

atuação, desapareceram funcionalmente algumas das unidades supra indicadas, tendo a Direção

Coordenadora de Empresas Norte (DCEN) encerrado o exercício de 2012 com 6 Gabinetes de Empresas:

Braga, Paredes, Porto, Aveiro, Coimbra e Viseu.

26

A Direção Coordenadora de Empresas Sul (DCES), cuja área de atuação se estende de Leiria a Setúbal,

contou com 5 Gabinetes de Empresas, dotados de um total de 41 Colaboradores, e sob a sua tutela está

também o Gabinete de Protocolos com 3 Colaboradores e uma atuação a nível nacional.

Com equipas reforçadas, concentraram-se esforços no crescimento sustentado do Volume de Negócios,

explorando e beneficiando daqueles que são alguns dos pontos fortes do Banco BIC, como a liquidez, a

ligação a Angola e a segurança, e também a já existente Rede Netpay.

A imagem que a marca Banco BIC possui no mercado, permitiu restabelecer a confiança dos Clientes,

abrindo caminho e eliminando barreiras existentes desde a nacionalização. Por outro lado, a integração do

Banco BIC permitiu aumentar, num curto espaço de tempo, a base de Clientes, mantendo o nível de

qualidade de serviço prestado, fruto do acompanhamento próximo e dedicado dos 50 Colaboradores da

rede norte e dos 41 da rede sul.

31-12-2011 31-12-2012

N.º de Clientes (DCEN) 3.508 3.890

Nº de Clientes (DCES) 3.348 3.743

Total 6.856 7.633

Sendo o Banco uma Instituição de Crédito Portuguesa, a sua carteira é maioritariamente composta por

Clientes nacionais ainda sem qualquer ligação a Angola.

Contudo, e porque o Banco BIC tem como uma das suas missões assumir um papel preponderante no

fortalecimento e desenvolvimento das relações económicas entre Portugal e Angola, foram potenciadas

(com a base alargada de Clientes e usufruindo da relação existente com o Banco BIC, S.A., em Angola)

operações que possibilitam a dinamização dos fluxos entre os dois países, apoiando o tecido empresarial

Português na sua estratégia de internacionalização para aquele país. Para tal, contribuiu também o apoio

prestado pelo Gabinete Angola Portugal em operações montadas entre os dois países e na identificação de

potenciais Clientes a abordar pela estrutura comercial.

Mesmo num contexto económico adverso, a integração das estruturas dos dois bancos permitiu o aumento

do volume de negócios que passou de 1.823M€ em 2011 para 2.106,7M€ em 2012.

27

31-12-2011 31-12-2012 ∆ 2011-2012

Volume de Negócios

. Recursos 298.748.478 382.859.761 1,3

. Crédito (incluindo créd. especializado e por assinatura) 1.524.300.344 1.723.921.959 1,1

1.823.048.822 2.106.781.719 1,2

(Unidade: Euros)

Uma nota muito positiva para a evolução dos Recursos, tendo-se conseguido no final de 2012, chegar aos

382,8M€. Este nível de Recursos foi em grande medida possível devido ao desaparecimento da marca

‘BPN’ e à confiança percebida pelos Clientes na marca ‘Banco BIC’, invertendo a tendência de “fuga” de

depósitos que vinha sendo notória desde finais de 2008 e início de 2009.

Em termos do crédito, o valor alcançado fixou-se nos 1.723,9M€. Este resultado foi alcançado num

contexto marcado por profundas mudanças estruturais internas (com a fusão das duas Instituições) e uma

envolvente nacional menos favorável que exige (ou pelo menos recomenda) uma maior seletividade na

concessão de crédito, balizando os objetivos de crescimento segundo o binómio risco/rendibilidade.

Foi, de resto, assumida como sendo de particular relevância a adoção de critérios prudenciais na alocação

do crédito, dada a conjuntura difícil que o país atravessa, reflexo da menor capacidade interna em

acomodar e reagir ao choque que a crise económica e financeira, a nível mundial, provocou nos mercados.

Não obstante o acompanhamento próximo e proativo efetuado à carteira de crédito, com o objetivo de

conseguir assegurar um crescimento sustentado, assistiu-se a uma evolução negativa do rácio de crédito

vencido/incobrável, que ascendeu a 3,9% em 31/12/2012.

Mesmo assim, o rácio de crédito vencido/incobrável continua a ser mais baixo do que a média do setor para

o segmento das empresas.

Quanto à composição da carteira de crédito, as tipologias de crédito com maior peso a 31/12/2012 foram

os mútuos e as contas correntes/financiamentos externos, seguidas do crédito por assinatura (garantias

prestadas/créditos documentários).

2011 2012

0,3%

3,9%

Rácio de crédito vencido/ incobrável

28

Dentro dos mútuos, destacamos os financiamentos protocolados, através das linhas especiais criadas pelo

Estado ao abrigo do QREN, produto que deverá continuar a ser dinamizado pela rede, para que as PME

sintam cada vez mais o Banco BIC como um parceiro na condução do seu negócio. A 31/12/2012, o valor

destes apoios ainda não era muito significativo em termos de valor absoluto (pouco acima dos 14M€, cerca

de 0,8% do total do crédito e 2,1% do total dos mútuos).

Efetuando a análise do crédito concedido, tendo em atenção a dimensão dos Clientes e utilizando como

critério a faturação dos mesmos, constata-se que a maioria dos Clientes empresa apresenta uma faturação

que não excede 50M€. De 2011 para 2012, o seu peso no total do crédito diminuiu ligeiramente mas

continuam a representar mais de 70% do total.

2011 2012

Empresas com faturação até 50M€ 1.148.444.505 75,3% 1.252.012.311 72,6%

Empresas com faturação superior a 50M€ 375.825.839 24,7% 471.909.647 27,4%

Total 1.524.270.344 100,0% 1.723.921.959 100,0% (Unidade: Euros)

Efetuando uma análise média por cliente, constata-se que o crédito concedido ronda os 225m€.

2011 2012

N.º de Clientes 6.856 7.633

Crédito (incluindo créd. Especializado e por assinatura) 1.524.302.355 1.723.921.959

Crédito por cliente 222.331 225.851

(Unidade: Euros)

28,83%

1,90%

2,72%39,72%

2,93%

1,31%

22,12%

0,46%

Contas correntes/Financiamentos Externos

Descobertos

Livranças/ Remessas/Letras

Mútuos

Papel Comercial

Crédito especializado

Garantias prestadas/ Créd.Documentários

Outros

29

Os Gabinetes de Empresas adotaram uma estratégia de maior seletividade em termos de concessão de

crédito, desenvolvendo esforços no sentido de explorar o potencial de crescimento existente no universo

dos atuais Clientes por forma a que parte do crescimento de crédito fosse suportado pelo aprofundamento

da relação comercial com empresas de bom risco já integradas nas suas carteiras.

A par dessa abordagem, foi também lançada uma campanha interna de angariação de novos Clientes,

conduzida com sucesso pelas equipas comerciais, tendo sido captados 390 novos Clientes no decurso de

2012.

31-12-2011 31-12-2012

Clientes Novos (DCEN) 70 207

Clientes Novos (DCES) 39 183

Total 109 390

Destaque ainda, no final do ano, para a campanha de instalação de novos terminais Netpay, tendo

terminado o ano com mais de 1.900 terminais Netpay ativos, em mais de seis centenas de Clientes.

Rede de Agências

Das 197 Agências que constituem a rede atual, 105 estão localizadas na zona norte e 92 na zona centro e

sul do país com duas agências no arquipélago da Madeira.

As 105 Agências sob a coordenação da Direção Coordenadora de Agências Norte (DCAN) estão distribuídas

pelos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Bragança, Viseu, Aveiro, Guarda, Coimbra e

Castelo Branco, com 482 Colaboradores distribuídos por 9 Direções Regionais.

Da Direção Coordenadora de Agências Sul (DCAS), fazem parte 92 Agências, afetas a 8 Direções Regionais

e distribuídas pelos distritos de Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Faro e arquipélago da

Madeira.

A DCAN gere uma carteira de 1,4 mil milhões de Euros de negócio financeiro, com a componente de

recursos de Clientes a representar 73% do volume de negócios. Verifica-se uma taxa de transformação de

depósitos em crédito de apenas 34%. Este indicador, que reflete uma modesta conversão, traduziu um

crescimento dos recursos de clientes desde Abril, em cerca de 236 milhões de Euros, enquanto o

crescimento do crédito registou uma variação positiva de apenas 0,7 milhões de Euros, no mesmo período.

O modesto crescimento do crédito traduz o facto da carteira ter ainda um peso de 68,7% de operações de

médio e longo prazo, nomeadamente mútuos e crédito habitação, cujo capital registou em 9 meses uma

redução de 6M€, mas também o facto das iniciativas de captação de Clientes de crédito e enquadramento

30

dos mesmos terem habitualmente um tempo de maturação mais longo, devendo tal impacto fazer-se

sentir na evolução do crédito ao longo de 2013.

No sul, o volume de negócios da DCAS em termos de crédito registou uma variação de 15,7M€

representando um crescimento de 2,83%, essencialmente alocado a Clientes empresa.

Com efeito, o crédito ao Cliente particular manteve uma evolução negativa, fruto da sua normal e corrente

amortização: o crédito habitação teve um decréscimo de cerca de 3,5% e o decréscimo no crédito pessoal

cifrou-se em aproximadamente 28%, dos quais cerca de 51% dizem respeito a crédito pessoal contratado

por valores inferiores a 75m€.

No que respeita aos recursos, a variação foi mais significativa: 205,2M€ atingindo cerca de 33,75%.

No final de 2012 a DCAS apresentava um crescimento do número de Clientes. Contudo, está ainda em

curso uma estratégia de saneamento da carteira de Clientes, da qual continuará a decorrer o encerramento

de contas inativas há mais de um ano, cuja manutenção constitui um custo acrescido para o Banco sem o

correspondente benefício.

Fruto do encerramento dessas contas decorreu também o consequente cancelamento dos cartões a elas

associados, razão por que o n.º de cartões ativos reduziu em 24.569, com maior impacto ao nível dos

cartões de débito (19.421), representando em termos globais um decréscimo de cerca de 28%.

Em termos líquidos, a carteira da DCAS variou positivamente 1.391, denotando um acréscimo de

aproximadamente 1,10% face a 2011.

Rede de Promotores

A Rede de Promotores Externos é uma rede complementar às redes comerciais tradicionais de Empresas e

Pequenos Negócios e Particulares. Esta rede assenta no desenvolvimento de protocolos e parcerias com

agentes externos e em 2012 foi responsável pela captação de cerca de 1.100 novos Clientes que

representaram um volume de negócios de 14,7M€, contando, no final do ano transato, com 623

promotores externos ativos e uma carteira sob gestão de aproximadamente 200M€.

Rede Netpay

Em 2012 o Banco BIC focalizou-se na reorganização do parque de Terminais de Pagamento Automático

(TPA) da Rede Netpay e na implementação de estratégias com vista à adoção das melhores práticas,

otimização de propostas de produtos e serviços, rentabilização da carteira e na obtenção de ganhos de

eficiência com redução substancial dos custos operacionais.

31

Foi com base nesta aposta que foram implementadas ações como o Programa “Defesa da Margem”, que

permitiu economizar custos na ordem dos 30% (-1,79M€) e consistiu, entre outros, na revisão de contratos

com fornecedores.

O mesmo programa alavancou os proveitos por via da eliminação dos “Negócios de Risco”. Identificaram-se

segmentos pouco atrativos e sensibilizou-se a estrutura comercial para a necessidade de reduzir a

exposição do Banco a este tipo de negócios.

Deste projeto destaca-se o trabalho desenvolvido no segmento de Comerciantes com rentabilidade

negativa, o que permitiu aumentar os proveitos Netpay em cerca de 190m€. Também a eliminação de TPA

inativos há demasiado tempo e atualização das TSC praticadas em gasolineiras conforme revisão das

Interchange Fees contribuiu para o aumento dos proveitos.

Relativamente à faturação, registou-se um decréscimo de 19%, resultante, em grande parte, da quebra da

confiança dos consumidores portugueses e da redução do consumo, consequências da crise económico-

financeira instalada em Portugal.

No final do ano de 2012, o número de estabelecimentos aderentes à Rede Netpay fixou-se nos 15.592,

totalizando 16.982 terminais. Apesar da conjuntura e da reorganização da carteira que provocaram uma

diminuição do nº de TPA, a Margem Bruta, manteve-se praticamente inalterada comparativamente a 2011.

A utilização de soluções integradas passou a ser cada vez mais comum. Os comerciantes procuram a

“fusão” do software de gestão e TPA, não só por imposição legal mas também devido à rapidez no

tratamento da informação e das várias funcionalidades que permitem gerir diariamente os negócios.

Atualmente, a Rede Netpay tem a possibilidade de promover diversas soluções integradas, sendo os seus

equipamentos compatíveis com vários softwares de gestão.

A Rede Netpay manteve a sua aposta no lançamento de soluções específicas para nichos de mercado,

criando packages adequados à especificidade de cada negócio, de que é exemplo o lançamento do TPA

IPA280.

Canais Alternativos

O tráfego online é significativo, com o site do Banco a ganhar protagonismo. O número de internautas tem

vindo a crescer, alcançando os 76.000 utilizadores em 2012, mais 25% do que no ano transato,

proporcionando assim cada vez mais operações. Em média, por mês, movimentaram-se através do

Interactivo cerca de 75M€.

32

No final do ano, o serviço contava com 97.705 contratos de adesão, com uma performance de 961 novas

adesões mês, o que corresponde a uma taxa de penetração de aproximadamente 22%. A carteira registou

uma ligeira redução (0,29%), face ao período homólogo, fruto das ações de desativação de contratos, cujas

contas de suporte se encontravam inativas.

Cientes de que os Clientes de canais online estão cada vez mais a usar o internet banking como o principal

canal de interação com o seu Banco, o Contact Center, que tem como atividade central o suporte aos

utilizadores do site, procurou assegurar elevados padrões de qualidade na resposta a todas as questões

relacionadas com o serviço e respetivo backoffice, criando mais eficiência e controlo na gestão do Contact

Center.

Outra das preocupações incidiu sobre as infra-estruturas de suporte à atividade e à necessidade de reduzir

custos ao mesmo tempo que se disponibilizam mais funcionalidades ao Cliente, com consequente

otimização de proveitos. Para o efeito, ao longo do ano foram realizados diversos estudos e consulta a

fornecedores com o objetivo de relançar os Canais Alternativos em 2013.

Transversal à gestão da Direção de Canais Alternativos e Meios de Pagamento (DCAMP), é de sublinhar a

manutenção da certificação NP EN ISO 9001:2008 no que respeita ao Sistema da Qualidade associado à

conceção e gestão dos Canais Alternativos e Meios de Pagamento (canais, cartões de débito e crédito,

ATM e Netpay). Esta certificação é o reconhecimento da aplicação de um conjunto de normas

internacionais, que estabelecem um modelo de gestão da qualidade que, consequentemente, contribui

para a melhoria dos processos internos, maior aptidão dos Colaboradores e a verificação da satisfação dos

Clientes, num processo contínuo de melhoria do sistema de gestão.

No seguimento da implementação da Norma ISO 9001:2008 e da obtenção do Selo de Qualidade da APCC,

foi implementada a Norma I5838:2009 “Customer Contact Centres – Requirements for service provision”.

A implementação desta norma é uma recomendação de Bruxelas, no que se refere à prestação dos

serviços disponibilizados pelos Contact Centers, sendo este, o 1º no nosso país, a merecer a chancela de

conformidade com a norma.

Deste modo, foi possível alcançar a qualidade mínima do atendimento e manter as certificações de

qualidade obtidas, destacando-se a área de canais do Banco, pela sua importância e potencial de

crescimento, devendo a aposta noutros canais alternativos, como o mobile/sms Banking e tablet banking,

ser uma prioridade em 2013, com vista a acompanhar a tendência do mercado e garantir a sua

continuidade.

33

Cartões

Na sequência do registo da fusão jurídica entre o BPN e o Banco BIC, a imagem dos Cartões foi substituída

e deu-se início, em dezembro, à emissão dos novos cartões, com novas funcionalidades, bem como ao

processo de substituição do parque existente.

Em termos de segmentação, distinguem-se os cartões de débito com uma representação de 87%,

assumindo os cartões de crédito, os restantes 13% da carteira.

O valor das transações com cartões, em 2012, totalizou os 952M€. O número de transações, por sua vez,

ultrapassou os 18 milhões. Estes indicadores revelam, também nesta vertente do negócio de meios de

pagamento, quebras face ao período homólogo – 11% e 7%, respetivamente – sustentadas, mais uma vez,

quer pelo atual contexto económico, quer pela reestruturação da carteira de Clientes do Banco. Ainda

assim, o valor de compra média, com cartões de crédito, situou-se próximo dos 80€, substancialmente

acima dos valores médios da rede SIBS (63€). A vertente de débito registou médias quase pela metade, na

ordem dos 45€.

Rede ATM

Em sintonia com a estratégia delineada para as restantes áreas de negócio da DCAMP, foram levadas a

cabo ações de monitorização dos equipamentos instalados, quer ao nível da sua performance, quer da sua

rentabilidade, com especial enfoque nas ATM instaladas fora das Agências. Para tal, foram envolvidas as

estruturas comerciais, que mensalmente avaliaram a continuidade dos contratos, tendo por base

indicadores de movimentação, receitas geradas pelas ATM e produto bancário do Cliente.

À posição de final de ano, o parque de ATM era constituído por 262 terminais - 189 em Agências e 73 em

Clientes - representando uma quota de mercado de 2%.

Foram realizadas, em média, mais de 1,2 milhões de operações por mês, sendo mais de 8% dessas

transações realizadas com cartões do Banco.

Ao contrário do efeito verificado na utilização de Cartões e na sua aceitação em TPA, a utilização das ATM

do Banco verificou um aumento de quase 1% (7,8 M€) no que respeita ao montante anual movimentado

face ao ano anterior. Já ao nível das quantidades, o comportamento revelou-se inverso, com um decréscimo

residual de 0,36%, menos 55.198 transações.

Das transações realizadas em 2012, 50% correspondem a levantamentos, fixando-se o valor médio dos

mesmos em aproximadamente 65€.

34

Gabinete Angola Portugal

Para a dinamização do negócio bilateral entre Portugal e Angola, assegurando a gestão dos fluxos

financeiros entre os dois países e apoiando os empresários portugueses e angolanos na sua atividade de

internacionalização, foi criado, em maio, o Gabinete Angola Portugal (GAP), que trabalha em articulação

com o Gabinete de Portugal, do Banco BIC S.A. sediado em Luanda.

Alinhado com a estratégia comercial do Banco, o objetivo deste Gabinete é estreitar cada vez mais as

relações comerciais entre os dois países assegurando os níveis de excelência e profissionalismo exigidos.

Para tal, o GAP:

- apoia localmente a atividade financeira corrente das empresas de ambos os países;

- presta informação sobre as especificidades de cada mercado;

- disponibiliza serviços de financiamento às exportações;

- garante rapidez no tratamento e processamento das transações, com pricing competitivo;

- garante excelência de serviço e atendimento personalizado, através de uma rede alargada de Gabinetes

de Empresas e Agências em ambos os países;

- monitoriza e acompanha o fluxo gerado entre os dois países;

- deteta potencial de negócio;

- dinamiza a atividade da rede comercial;

- disponibiliza apoio legal e processual à rede comercial e ao universo de atuais e potenciais Clientes.

Private Banking

O exercício de 2012 manteve o crescimento sustentado do Private Banking do Banco BIC enquanto

veículo autónomo de distribuição de soluções de investimento aos Clientes de elevados rendimentos.

Neste período conturbado, no que se refere a mercados financeiros, o Private Banking manteve como

principal objetivo, a sustentada preservação do património dos Clientes em detrimento de performance,

em linha com o perfil de risco identificado para cada Cliente.

A imagem de marca do Private Banking do Banco continua a ser a confidencialidade e a pronta

disponibilidade nos interesses dos nossos Clientes.

Em 2012 continuou-se a privilegiar o enfoque especial na atenção que é devida ao Cliente,

designadamente no seu perfil, nas suas necessidades e na sua especificidade, dando especial importância

à oferta de serviço de elevada qualidade, primando pela excelência e pela discrição.

35

Assim, para o ano 2013 defende-se a manutenção do crescimento e a consolidação da atividade,

essencialmente pautada por:

• Aumento da vinculação dos Clientes existentes e captação de novos Clientes, inovando na

tipologia de serviços e produtos oferecidos;

• Acompanhamento constante dos Clientes por uma equipa de profissionais idóneos e experientes;

• Expansão do raio de atuação da atividade do Private Banking no País, aproveitando a nova

realidade geográfica do Banco BIC;

• Afirmação de uma imagem própria que só por si constitua fator de diferenciação e de preferência.

Mercado de Capitais

A implementação de uma proposta de valor específica a disponibilizar aos Clientes, a assessoria e

formação especializada à rede de agências e à captação de Clientes, continuam a constituir os grandes

vetores de atuação do Gabinete de Mercado de Capitais.

O Gabinete de Mercado de Capitais continuará a proporcionar um leque alargado de soluções de

investimento adequadas ao perfil dos Clientes, com o objetivo de proporcionar retornos consistentes no

médio prazo.

O ano de 2012 pautou-se então pelos seguintes aspetos mais relevantes:

1. O registo de depósitos de valores mobiliários de Clientes ascende a 3.715, 9M€;

2. Obteve-se, a autorização da CMVM, no segundo semestre do passado ano, para constituir o Fundo Banco

BIC Investimento - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto Misto de Obrigações;

3. O Sub-Fundo de investimento Nevafunds Global Fixed Income, apresentou uma rentabilidade anual

positiva de 8,24% na sua classe institucional;

4. O Fundo Banco BIC Tesouraria fechou 2012 com uma rentabilidade positiva de 9,6% que representa a

melhor marca do ano no mercado português, de um universo concorrente de dezoito fundos, de acordo

com informação da APFIPP;

5. Continuidade na aposta de formação à rede comercial e áreas de suporte do Banco BIC.

36

BANCO BIC TESOURARIA

Em 31 de Dezembro de 2012, o montante sob gestão do Fundo ascendia a 45,109,055 EUR, sendo o

valor da unidade de participação da categoria A de 5.6036 EUR e de 7.4002 USD para a categoria B.

As unidades de participação em circulação das categorias A e B eram respetivamente 7,678,483 e

371,145.

No que se refere às unidades de participação em circulação e seu correspondente valor unitário, o quadro

seguinte apresenta o seu valor no final dos últimos exercícios:

Categoria A - EUR 2012 2011

Número de UP’s 7,678,483 1,671,790

Valor das UP’s 5.6036 EUR 5.1102 EUR

Categoria B - USD 2012 2011

Número de UP’s 371,145 202,474

Valor das UP’s 7.4002 USD

6.9350 USD

Desde o início do Fundo o valor das unidades de participação da categoria A teve a seguinte evolução:

Durante o ano de 2012 as comissões de gestão e de depósito ascenderam respetivamente a 151,337 EUR

e 25,222 EUR.

37

O quadro seguinte apresenta a evolução, desde o início do fundo, do volume sob gestão:

2012 2011

Volume Total sob Gestão 45,109,055 EUR 9,628,420 EUR

De seguida apresentam-se as medidas de rendibilidade e risco do Fundo ao longo da sua atividade:

Ano Rendibilidade Risco Nível de Risco

Categoria A - EUR 2012 9.66% 1.62% 2

BANCO BIC BRASIL

Em 31 de Dezembro de 2012, o montante sob gestão do Fundo ascendia a 10,768,003 USD, sendo o valor

da unidade de participação de 106.9786 USD e havendo em circulação 100,656 unidades de participação.

No que se refere às unidades de participação em circulação e seu correspondente valor unitário, o quadro

seguinte apresenta o seu valor no final dos últimos exercícios:

2012 2011

Número de UP’s 100,656 100,051

Valor das UP’s 106.9786 USD 99.6262 USD

Desde o início do Fundo o valor da unidade de participação teve a evolução que é descrita pelo gráfico

seguinte:

38

Durante o ano de 2012 as comissões de gestão e de depósito ascenderam respetivamente a 155,128 USD

e 20,851 USD.

O quadro seguinte apresenta a evolução, desde o início do fundo, do volume sob gestão:

2012 2011

Volume Total sob Gestão 10,768,003 USD 9,967,691 USD

De seguida apresentam-se as medidas de rendibilidade e risco do Fundo ao longo da sua atividade:

Ano Rendibilidade Volatilidade

Nível de Risco

2012 7,38% 2,01% 2

Acresce referir que, dando cumprimento ao disposto no art. 87º do Regulamento nº 15/2003 da CMVM:

a) a rendibilidade divulgada representa dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade

futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco

que varia entre 1 (risco mínimo) e 6 (risco máximo);

b) as rendibilidades mencionadas têm como base os valores das unidades de participação calculados no

último dia de cada ano e apenas seriam obtidas se o investimento fosse efetuado durante a totalidade do

período de referência.

NEVAFUNDS GLOBAL FIXED INCOME

Em 31 de Dezembro de 2012, o montante sob gestão do Fundo ascendia a 34,715,850 USD.

Desde o início do Fundo o valor das unidades de participação da categoria A USD teve a evolução descrita

pelo gráfico seguidamente apresentado:

39

Durante o ano de 2012 a comissão de gestão (fixa e variável) ascendeu a 318,108 USD.

O quadro seguinte apresenta a evolução, desde o início do fundo, do volume sob gestão:

O quadro seguinte apresenta a evolução, desde o início do fundo, do volume sob gestão:

2012 2011

Volume Total sob Gestão 34,715,850 USD 31,344,795 USD

De seguida apresentam-se as medidas de rendibilidade e risco do Fundo ao longo da sua atividade:

Ano Rendibilidade Risco

Nível de Risco

Categoria A - USD 2012 9,08% 2,49%

2

40

Perspetivas para 2013:

• Aumentar o volume sob gestão nos fundos de investimento, nomeadamente no Banco BIC

Investimento com a captação de novos Clientes;

• Criar e desenvolver novas soluções de investimento;

• Dotar a área de todas as ferramentas e recursos necessários para os desafios da nova realidade do

Banco BIC;

• Acompanhar a evolução desta área de negócio no processo de internacionalização do Banco BIC,

S.A. (Angola).

ÁREA INTERNACIONAL E FINANCEIRA

Gestão de Tesouraria

A gestão da tesouraria do Banco centrou-se no cumprimento das reservas mínimas de caixa e na

adequação eficiente das disponibilidades de liquidez às necessidades decorrentes da atividade do Banco.

O risco de liquidez e o risco de taxa de juro mantiveram-se como aspetos fundamentais na gestão da

tesouraria do Banco, com análises periódicas destes riscos, que são apresentadas e discutidas em sede de

Comité de Gestão de Ativos e Passivos. Adicionalmente, o Banco mantém níveis conservadores de liquidez

disponível de curto prazo, capazes de fazer face a necessidades não previstas. O Banco dispõe ainda de

linhas de financiamento disponíveis e não utilizadas.

Em 31 de dezembro de 2012, a tesouraria do Banco inclui investimentos em aplicações financeiras de

curto prazo no mercado monetário interbancário (MMI) no montante de 1.002M€ e tomadas de fundos de

outras instituições de crédito no montante de 668M€. Em alternativa aos investimentos no MMI, e com o

objetivo de otimizar a liquidez disponível, no segundo semestre de 2012, o Banco efetuou aplicações de

médio prazo (Euro Medium Term Notes, com Put options) junto de instituições financeiras no montante de

130M€ e participou ativamente em leilões de programas de papel comercial, tendo em 31 de dezembro de

2012 subscrito cerca de 228M€.

O Banco mantinha ativo um Programa de Papel Comercial no montante global de 400M€ com maturidade

em março de 2015. Ao abrigo deste Programa o Banco emitiu, em outubro de 2012, o montante de 150M€

pelo prazo de 364 dias.

41

Mercado Cambial

Em 2012, o comportamento do Euro no mercado cambial manteve-se condicionado pela evolução da crise

na zona euro, com a cotação face ao dólar a variar entre um máximo próximo de 1,35 dólares por euro em

fevereiro e um mínimo de 1,2040 dólares por euro no final do mês de julho.

No primeiro semestre do ano, a crise da dívida soberana europeia voltou a afetar o Euro, com destaque

para as eleições na Grécia e para as previsões mais pessimistas de saída deste país da zona euro.

Os receios de que Espanha e Itália viessem a necessitar de programas de ajuda financeira pressionaram

ainda mais o Euro que no final de julho atingia os níveis mínimos do ano face ao dólar.

A resposta do Banco Central Europeu em defesa do sistema financeiro e da moeda única, com o anúncio

decisivo por parte do Presidente Mario Draghi de intervenções ilimitadas ao abrigo dos programas de

financiamento de longo prazo (LTRO) e de compra em mercado secundário de dívida soberana dos estados

membros (OMT) veio inverter esta situação, com o mercado cambial a aliviar a pressão sobre a moeda

única.

O lançamento por parte da Reserva Federal de uma terceira série de medidas expansionistas quantitativas

Q3 (compra de ativos em larga escala) e os receios de um impasse fiscal nos EUA permitiram a recuperação

do euro para níveis próximos de 1,32 no final do ano.

Gestão da Posição Cambial

Em 2012, o Banco manteve uma política de risco cambial tendencialmente nulo, sendo os lucros cambiais

resultantes da cobertura das transações efetuadas com Clientes.

42

No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, o volume de divisas transacionadas pela Sala de Mercados

ascendia ao equivalente a cerca de 4.400M€.

% de Divida Transacionada em 2012

Em 2012, os resultados cambiais ascenderam a 4.645M€, incluindo cerca de 1.897M€ de lucros cambiais

apurados no primeiro semestre de 2012 pelo Banco BIC Português, antes da fusão por incorporação.

O aumento dos resultados cambiais no ano de 2012 resulta do incremento da atividade com a fusão por

incorporação do Banco BIC Português.

MARKETING E COMUNICAÇÃO

Na área de Marketing e Comunicação o Banco prosseguiu a sua ação, num contexto renovado, focando-se

inicialmente num processo de rebranding das mais de 200 Agências que traçam o seu novo mapa

comercial. Este processo fez parte de um plano operacional que privilegiou a urgência na remoção da

antiga marca, presente em vários elementos e plataformas, comunicando assim ao mercado e aos Clientes

o início de uma nova relação bancária.

Esta ação inseriu-se no processo de integração do BPN com o Banco BIC Português, processo que se

concretizou de forma gradual, sendo a alteração de identidade um dos pontos de execução mais

relevantes que dotou as Agências, não só da nova sinalética no exterior, mas também de outros elementos

estruturais e essenciais relacionados com a marca.

93,11%

1,10% 3,93% 1,86%

USD

CHF

JPY

Outras

43

O site corporativo foi atualizado, estando agora disponível em www.bancobic.pt, com acesso a ambos os

serviços de netbanking, BICnet e Interactivo. Também os cartões, a intranet, os aplicativos informáticos,

estacionário, formulários e impressos foram reformulados de acordo com a nova identidade.

No período que antecedeu a conclusão do processo de fusão jurídica das duas instituições, o que exigiu

uma especial atenção à gestão dos Clientes e da oferta de produtos e serviços dos dois Bancos que

convivem ainda em paralelo, merecem relevo algumas ações pensadas para minimizar o impacto desta

situação nos Clientes. Assim, tendo em conta as contingências decorrentes dos sistemas informáticos

permanecerem ainda distintos, o que se reflete ao nível da uniformização da oferta, destacamos:

- Lançamento do CAO – Centro de Apoio Operacional – que permitiu garantir o atendimento dos Clientes

Banco BIC originais em qualquer Agência ex-BPN, disponibilizando o acesso a um conjunto de produtos e

serviços mais amplo e a realização das operações mais frequentemente requisitadas. O objetivo foi

garantir o mesmo nível de serviço a todos os Clientes, independentemente da Agência à qual se dirigissem,

contribuindo para uma experiência uniforme e integrada no relacionamento com a nova marca Banco BIC.

No âmbito da gestão do portfólio de produtos para captação e aplicação de recursos de Clientes, destacam-

se as seguintes ações:

- Lançamento do depósito a prazo – Depósito BIC Mais - o primeiro produto sob a marca Banco BIC, lançado

no final do mês de julho, ainda antes da fusão jurídica, com o objetivo de materializar a nova realidade do

Banco perante os Clientes. O produto tem como elemento diferenciador a flexibilidade na escolha do prazo,

entre 183 e 365 dias, oferecendo o Banco a mesma taxa independentemente do prazo.

- Estruturação da oferta de produtos de passivo para aplicação de poupanças das famílias com a criação de

um package de produtos – Poupança BIC – no âmbito da celebração do Dia Mundial da Poupança.

Pretendeu-se assim contribuir para incentivar a criação de poupança, com destaque para produtos com

definição de planos de entregas programadas;

- Dinamização de iniciativas de captação de recursos, associadas ao evento patrocinado pelo Banco – 74.ª

Volta a Portugal em Bicicleta – tendo o Banco BIC assumido o estatuto de Banco Oficial do evento. Este

patrocínio marca ainda o posicionamento do Banco BIC como entidade socialmente responsável, que apoia

e pretende continuar a apoiar a prática do desporto, seja por razões competitivas ou meramente

recreativas.

No quadro dos apoios que foram sendo concedidos às PME portuguesas, e por forma a permitir o acesso ao

crédito bancário em condições mais favoráveis, o Banco manteve a disponibilidade de acesso às seguintes

linhas de financiamento, em 2012:

• Linha de Crédito Apoio ao Empreendedorismo

• Linha de Crédito Agrícola – curto prazo

44

• Linha de Crédito de Apoio ao Turismo

• Linha de Crédito PME Investe III

• FACCE (Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas)

• Linha Export Investe

• Linha de Crédito PME Crescimento, com aumento de dotação em julho, de 1.500M€ para 2.500M€

• Linha QREN Investe, disponível desde 2010 e encerrada em agosto de 2012

Com o intuito de assumir um papel relevante no setor dos seguros e com o propósito de desenvolver uma

oferta inovadora, completa e diferenciada para os seus Clientes, o Banco BIC iniciou ainda em 2012 o

projeto “BIC Seguros”. Através de um Mediador profissional vocacionado exclusivamente para a gestão dos

seguros do Banco BIC, este deverá assegurar não apenas a gestão da carteira de seguros do Banco, como

também a formação e dinamização da equipa comercial e a conceção dos produtos e soluções que

valorizem a oferta do banco na área seguradora. “BIC Seguros” será o nome da oferta que se pretende

implementar, desenvolver e afirmar como uma marca própria de seguros e cuja comercialização terá início

em 2013.

Do processo de integração dos dois bancos decorreu necessariamente a análise da base de Clientes e da

oferta existente para os diferentes segmentos de mercado de uma forma integrada com vista à sua

consolidação. Conclui-se existirem novas oportunidades, decorrentes quer do processo de fusão quer do

atual contexto do mercado e situação económica do país, para abordar de forma diferenciada novos

segmentos e reformular a atual segmentação, tirando partido das vantagens competitivas do Banco BIC e

adaptando a oferta ao longo do ano de 2013.

PARTICULARES

Recursos > 250 mil €

PRIVATE BANKING

Recursos > 25 mil €

AFFLUENTS

Crédito < 25% do negócio

JUNIORES JOVENS ADULTOS

AFORRADORES MASS MARKET

SENIORES

Crédito >= 25% do negócio

ADULTOS DEVEDORES

MASS MARKET

0-17 anos 18-25 anos 26-54 anos 55 + anos

45

EMPRESAS / OUTROS CLIENTES

- ENI

- PME (com vocação para a exportação)

- Empresas

As principais opções estratégicas do Banco e os grandes desafios que se colocam à gestão da instituição

financeira são diversos, tendo por esse motivo havido a necessidade de os expor ao universo de

Colaboradores que em 2012 integrou os quadros do Banco. A respetiva apresentação e debate sobre a

posição atual e o futuro da instituição teve lugar em Santarém e juntou cerca de 300 Colaboradores de

todas as áreas de atuação do Banco, naquele que foi o 2.º encontro de quadros de 2012 após a aquisição

do BPN.

No que respeita à relação com Angola, mereceu destaque a presença, já habitual, do Banco BIC Português

na FILDA – Feira Internacional de Luanda –, um evento multissetorial de exposição e negócios que junta

anualmente, empreendedores nacionais e de países de África, América, Europa e Ásia para exposição de

produtos e serviços, bem como o estabelecimento de contactos para potenciais parceiros.

Como entidade socialmente responsável, apoiante da prática do desporto, apostado em crescer com os

Clientes e em afirmar a sua dimensão nacional, o Banco BIC foi o “Banco Patrocinador da Taça da Liga” e o

“Banco Oficial da Taça de Portugal”, dois dos mais importantes eventos desportivos nacionais do futebol. O

Banco testemunha assim às comunidades que acolhem os jogos, a sua disponibilidade enquanto parceiro

de todos aqueles que acreditam nas suas capacidades, desenvolvendo negócios competitivos nos locais

onde residem ou à escala nacional e global. A marca está presente em todos os estádios onde, para além

da publicidade, se aproxima e relaciona com o público através das diversas atividades que promove.

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Após a aquisição do BPN, a área de Sistemas de Informação deu início à operação conjunta das duas

entidades, assegurando a operacionalidade mútua e iniciando os trabalhos necessários de consolidação,

cuja prioridade foi planear a migração aplicacional e a fusão operacional.

A migração operacional (bases de dados e softwares aplicacionais do Banco BIC para o sistema ex-BPN)

foi objeto da preparação de concurso técnico para a condução do projeto, que acabou por conduzir à

decisão de não adjudicar esta tarefa a qualquer dos concorrentes, assegurando as equipas internas da

DSIT a sua condução, incorporando sob seu controlo direto a Exictos, fornecedor do Core Bank. Esta tarefa,

de uma vastidão e complexidade notáveis, iniciou-se finalmente no último trimestre de 2012.

46

Em simultâneo com o projeto de migração aplicacional deu-se início ao projeto de fusão operacional, do

qual a componente mais importante iniciada no terceiro trimestre de 2012 foi o desenvolvimento de todo

o procedimento de transferência, transformação e gestão dos serviços de Data Center a prestar pela IBM.

A análise da infraestrutura de comunicações, antiquada e sem capacidade de suportar as novas

tecnologias de suporte ao negócio, decorreu ao longo do ano 2012. Foi elaborado todo o planeamento de

transformação e consolidação dos contratos existentes com a Portugal Telecom, no Banco BIC e BPN, de

maneira a consolidar uma rede de nova geração, permitindo a convergência de comunicações e unificação

de tecnologias, baseada do uso generalizado de FO (fiber optic) e adequadas larguras de banda em todas

as Agências. A voz e vídeo estarão disponíveis em toda a extensão na nova rede. Foi também renegociado

e otimizado, com um único operador móvel, um contrato flat fee que permitiu reduzir substancialmente o

custo associado a este serviço.

Apesar da necessidade de se congelarem, por motivos de lógica funcional, todos os desenvolvimentos

normais e pedidos de trabalho de suporte ao negócio, foram obviamente mantidas e cumpridas as

necessidades especiais, derivadas de imperativos legais ou de solicitações indispensáveis ao

desenvolvimento do negócio.

RECURSOS HUMANOS

No arranque do segundo trimestre do ano de 2012, iniciou-se um processo de reorganização de estruturas

e integração de sistemas, pessoas e metodologias de trabalho, na sequência da aquisição do BPN.

O Banco BIC havia definido como condição de compra do BPN a celebração de um Acordo de Empresa que

substituísse o ACT Bancário e que aproximasse e uniformizasse as condições resultantes da

regulamentação coletiva que vinculava o Banco BIC.

Assim, com a entrada em vigor do Acordo de Empresa no início do segundo trimestre de 2012, a Direção de

Recursos Humanos (DRH) procedeu a:

- Reformulação de normativos internos, implementação de processos e procedimentos;

- Adaptação do sistema informático de Gestão de Recursos Humanos;

- Reenquadramento profissional dos Colaboradores do ex-BPN,

Sobre este desígnio, a atividade de Recursos Humanos foi determinante para a empresa, neste momento

muito particular de mudança, num novo ciclo em que se revelou decisivo assegurar uma reestruturação

plena e eficaz das estruturas integrantes e das suas equipas.

47

Coube naturalmente à DRH assumir o seu papel no processo de integração, realocação e adaptação dos

Recursos Humanos, participando ativamente num conjunto de ações, garantindo que esta transição se

executasse de forma tranquila e colaborativa, com a envolvência das áreas e respetivas hierarquias.

Para aquele propósito, o conhecimento e apoio à área comercial é fundamental, e constitui um passo

imprescindível na criação de instrumentos que possibilitem uma gestão apoiada em critérios de

racionalidade no que concerne ao reforço de novos recursos, bem como a um enfoque muito especial na

retenção e fidelização dos já existentes.

Assim, foi iniciado em 2012 um apoio direto à área comercial com o levantamento das suas necessidades e

constrangimentos para o desenvolvimento estratégico da sua atividade.

A aferição do cumprimento das regras oficiais, prudenciais e comportamentais e levantamento dos perfis

de risco, são outros dos objetivos que a DRH se impôs concretizar ao implementar o apoio direto à área

comercial de modo a elevar os níveis de confiança dos seus recursos humanos que, quando motivados, são

o meio através do qual se produzem resultados. O êxito de qualquer organização está diretamente

relacionado com a qualidade do seu capital humano. E essa qualidade depende também de uma análise,

descrição e qualificação de funções que está intimamente relacionada com todos os processos de recursos

humanos, o que se pretende desenvolver com a participação direta dos seus intervenientes.

O Banco BIC está ciente que as pessoas não são apenas mais um recurso, são elas o verdadeiro recurso, e

que apostando no desenvolvimento das pessoas, terá como resultado o desenvolvimento da organização.

Por isso e para prosseguir este desiderato, tendo em conta as necessidades presentes e apesar de todos

os condicionalismos e da atipicidade própria do momento, o Banco levou a cabo, entre abril e dezembro de

2012, várias iniciativas formativas, instrumento imprescindível e fundamental na Gestão de Recursos

Humanos (GRH).

Deste modo, tiveram lugar diversas ações de Formação Interna e Externa:

48

Em função da metodologia adotada, em Formação Presencial e Formação em e-Learning, bem como,

relativamente à tipologia, as ações de formação realizadas tiveram a seguinte distribuição:

Com as ações realizadas procurámos dar resposta a necessidades transversais e específicas, no âmbito da

formação técnica especializada (Análise de Risco de Crédito, Auditoria Bancária, Crédito Habitação-Novas

Regras), de Compliance (Recirculação da Nota Euro, Workflow de Gestão das Reclamações, PEI – Plano de

Emergência Interno), da formação em produtos/serviços a comercializar pelo Banco BIC (Fundos Banco BIC,

Depósito a Prazo BIC Mais) e, formação de natureza instrumental (Inglês financeiro, informática na ótica do

utilizador).

No final de 2012, envolvemos nestas ações, 472 Colaboradores, em 561 presenças registadas, num total

de 2.365 horas de formação realizadas.

Ações Participantes Horas

11

276

839

19

285

1.526Tipo de Participação

Interna Externa

AçõesParticipantes

Horas

49 194

36 236

23546

1.935

Tipologia de Formação

Desenvolvimento Integração/Acolhimento Aperfeiçoamento e Reciclagem

49

O quadro de Colaboradores do Banco BIC, em 31 de dezembro de 2012, é composto na sua maioria por

Colaboradores com contrato sem termo, sendo residuais os vínculos precários (existência de apenas 7

Colaboradores com contrato a termo certo).

TIPO VÍNCULO TOTAL

Estágios 1

Efetivos 1322

Contratos a termo 7

Contratos a termo incerto 3

Prestação de serviços 4

Total 1337

Dos 1.337 Colaboradores, 512 são do género feminino e 825 são do género masculino, situando-se a

média etária nos 40 anos.

Distribuição Etária Género Total

Idade Homens Mulheres

Até 24 anos 4 1 5

25 a 29 19 26 45

30 a 34 137 126 263

35 a 39 207 176 383

40 a 44 201 119 320

45 a 49 150 37 187

50 a 54 63 22 85

55 a 59 31 4 35

60 e mais 13 1 14

1337

Ações Participantes Horas

26

4121777

4

149

588

Modalidade de Formação

Presencial e-learning

50

Quanto às categorias profissionais, 5% dos Colaboradores estão enquadrados em cargos de direção, 16%

em cargos técnicos, cerca de 43% com funções específicas de enquadramento, na sua maioria na rede

comercial, existindo aproximadamente 35% de Colaboradores com funções administrativas. Apenas1% dos

Colaboradores têm funções indiferenciadas.

Categorias Rede

Comercial Serviços Centrais

Total

Administrativas 379 93 472

Apoio 8 8

Diretivas 44 27 71

Específicas de Enquadramento 564 12 576

Técnicas 42 168 210

Total Geral 1029 308 1337

Verifica-se um rácio entre Colaboradores afetos aos serviços centrais e à rede comercial de 3,34.

Cerca de 50% dos Colaboradores apresentam habilitações académicas de nível superior.

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Até 24 anos

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 a 44

45 a 49

50 a 54

55 a 59

60 e mais

51

RECURSOS MATERIAIS

No âmbito das suas atividades, a Direção de Recursos Materiais teve como prioridade máxima, para além

da concentração dos Serviços Centrais de Lisboa no edifício da atual sede do Banco, a mudança de imagem

de todas as instalações, nomeadamente substituição dos reclamos e de outros elementos alusivos ao BPN,

que marcou uma nova era na vida deste Banco.

Tratando-se de um ano atípico, em que ocorreu a reprivatização do Banco, e fortemente condicionado pela

fusão jurídica ter ocorrido apenas em dezembro, a Unidade de Compras, Gestão de Contratos e Logística

(UCGCL), teve como prioridade criar as condições de base para preparar o lançamento de vários concursos

para o fornecimento de bens e serviços, que esperamos, venham a proporcionar um significativo impacto

positivo nos custos futuros, sendo o seu impacto mais notório, na prestação de serviços de manutenção de

instalações e reabilitação das mesmas que, pela falta de investimento nos últimos anos se degradaram

fortemente.

Apesar da coexistência de dois sistemas de suporte administrativo às compras, gestão de stocks e

pagamentos, foi possível assegurar, sem quebra significativa no nível de serviço, toda a operacionalidade

da rede comercial bem como dos serviços centrais, sem esquecer os nossos tradicionais fornecedores, cuja

compreensão para o processo complexo que vivemos, não pode deixar de ser relevado. Relevante foi

também, com a fusão jurídica, a capacidade em substituir em tempo recorde todo o estacionário e

impressos existentes no Banco.

Em meados de 2012, foi criada uma Unidade de Prevenção e Segurança, até à data integrada na Unidade

de Instalações, e que se justifica principalmente no período que a economia atravessa, com degradação do

nível económico da sociedade que naturalmente provoca um aumento da criminalidade.

EnsinoSecundário

EnsinoSuperior

Outras

47,54% 49,28%

3,17%

Distribuição por Habilitações Literárias

52

Já no último semestre de 2012, com a aquisição da carteira de Leasing e Crédito ao Consumo da BPN

Crédito, foram reforçadas as competências da Unidade de Gestão de Imóveis passando a contemplar

também a gestão de viaturas e equipamentos recuperados e a denominar-se Unidade de Gestão de

Imóveis, Viaturas e Equipamentos Recuperados (UGIVE).

COMPLIANCE

Um dos pilares do sistema de controlo interno do Banco BIC Português S.A. é o respeito pelas disposições

legais e regulamentares aplicáveis, vulgarmente chamados de objetivos de Compliance.

O Gabinete de Compliance é responsável por exercer de forma permanente e independente a função de

Compliance, coordenando, acompanhando e apoiando o exercício desta função, bem como o cumprimento e

a correta aplicação das disposições legais, regulamentares, estatutárias e éticas e das recomendações e

orientações emitidas pelas entidades de supervisão e outras autoridades competentes.

Este Gabinete tem como principais funções:

• Elaboração do Plano Anual de Compliance com o principal objetivo de assegurar a conformidade de

atuação do Banco relativamente às disposições legais, regulamentos, recomendações e

orientações das entidades reguladoras e supervisoras aplicáveis;

• Colaboração no parecer sobre a Política de Remuneração do Banco;

• Acompanhamento e divulgação da legislação publicada, no dia-a-dia do Banco, pelas diferentes

entidades de supervisão e regulamentares;

• Gap-analyse entre os procedimentos/regras introduzidas pela nova legislação e os

procedimentos/regras em vigor no Banco;

• Proposta de soluções que visem colmatar as não conformidades identificadas;

• Participação na conceção de novos produtos e de publicidade numa ótica de compliance.

• Elaboração, sempre que se justifique, de relatórios de não conformidades que resultam do trabalho

de análise dos procedimentos do Banco à luz da legislação em vigor; e

• Elaboração e atualização da matriz de responsabilidades do Banco perante entidades terceiras

(entidades de supervisão, administração tributária, autoridade para as condições de trabalho, entre

outras), que lhe permite controlar o cumprimento destas obrigações por parte do Banco.

No ano de 2012, o Gabinete de Compliance elaborou e divulgou o novo Código de Conduta do Banco BIC

Português, S.A.

53

Prevenção do Branqueamento de Capitais e do Financiamento do Terrorismo

O Banco BIC tem envidado todos os esforços para implementar os meios necessários à prevenção do

branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, nomeadamente através da definição de

políticas e procedimentos internos que assegurem que o negócio bancário é realizado no respeito pela

legislação em vigor.

A metodologia de trabalho aplicada assenta em cinco ferramentas principais sendo quatro delas

informáticas. Estes recursos, compõem o programa AML (Anti-Money Laundering) do Banco que se pode

definir como o conjunto de princípios e técnicas utilizadas para mitigar os riscos de existência de situações

de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo de acordo com requisitos legais e best

practices internacionalmente aceites.

Este Gabinete assegura, em colaboração com a Direção de Recursos Humanos, que a todos os

Colaboradores do Banco é ministrada formação em matéria de prevenção de branqueamento de capitais e

de financiamento ao terrorismo.

54

09. GESTÃO DE RISCOS

Enquadramento

Até à privatização do BPN, a função de gestão de riscos encontrava-se distribuída pelos seguintes órgãos

da estrutura orgânica: Direção de Análise de Risco (DAR), Projeto Basileia – Risco de Crédito, Gabinete de

Risco Operacional (GRO), Gabinete de Compliance (GC), Direção Internacional e Financeira (DIF) e Unidade

de Riscos de Mercado (URM).

No Banco BIC as mesmas funções encontravam-se repartidas pelo Núcleo de Gestão de Riscos (GOR),

Direção Financeira e Contabilidade (DFC) e Núcleo de Risco de Compliance (CPL).

Após 30 de março de 2012, no âmbito da privatização do BPN e subsequente processo de fusão com o

Banco BIC, foram definidas novas estruturas orgânicas com funções na gestão de riscos, designadamente:

Gabinete de Risco (GR), Direção de Análise de Risco de Crédito (DARC), Gabinete de Compliance (GC) e

Direção Internacional e Financeira (DIF).

A gestão dos diferentes riscos é assegurada da seguinte forma:

� O risco de compliance e o risco de reputação é assegurado pelo Gabinete de Compliance (GC);

� O risco de crédito é assegurado pela Direção de Análise de Risco de Crédito (DARC);

� Os riscos de liquidez, de taxa de juro e cambial são geridos pela Direção Internacional e Financeira

(DIF), competindo ao Gabinete de Risco efetuar o seu acompanhamento através de análise no

Comité ALCO.

� A gestão de riscos numa perspetiva integrada e o risco operacional são assegurados pelo Gabinete

de Risco (GR). O risco de sistemas de informação, apesar de integrado no Sistema de Mediação e

Gestão do Risco Operacional é gerido pela Direção de Sistemas de Informação e Tecnologia (DSIT).

O Gabinete de Risco (GR) integrou as funções do Gabinete de Risco Operacional e da Unidade de Riscos de

Mercado do BPN e parte das funções do Núcleo de Gestão de Riscos do Banco BIC.

Estratégia Prosseguida

A privatização do BPN e a sua fusão com o Banco BIC ocorridas no ano de 2012 tiveram forte impacto na

função de gestão de riscos. Nesse contexto, o GR teve como prioridade assegurar a continuidade de

funções e tarefas relativamente aos órgãos absorvidos, no sentido de evitar qualquer tipo de

descontinuidade, assim como assegurar condições para que fossem regularizadas e cumpridas todas as

exigências regulamentares de reporte que se enquadrassem dentro das competências do Gabinete.

55

Assegurados esses objetivos, iniciou-se um processo de evolução das metodologias de aferição e controlo

dos riscos.

No âmbito do processo de fusão e integração operacional, o GR procurou selecionar e adotar as

metodologias e ferramentas de gestão de risco mais sofisticadas entre as disponíveis nas duas entidades,

sendo de destacar do lado do BPN a manutenção do Sistema de Gestão e Medição do Risco Operacional e

do lado do Banco BIC a adoção das metodologias e ferramentas de realização dos exercícios de ICAAP e

Stress Tests.

A nível do risco operacional a prioridade foi assegurar o funcionamento dos workflows geridos pelo antigo

Gabinete de Risco Operacional, designadamente do WF de Risco Operacional e o de Notas Internas, com

especial destaque para este último dado a sua relevância para o funcionamento da rede comercial. O

impacto foi especialmente sentido a nível das atualizações necessárias pelas alterações verificadas nas

estruturas orgânicas e mudanças de Colaboradores. Uma vez assegurado esse objetivo iniciou-se uma

nova fase de revisão dos mapeamentos e de avaliação dos riscos das novas estruturas.

No que diz respeito às funções asseguradas pela antiga URM, existiu a preocupação de assegurar a

assimilação das respetivas tarefas e metodologias, seguiu-se uma fase de evolução daquelas funções, que

tiveram reflexo num significativo reforço dos procedimentos de controlo interno em áreas criticas, como

seja o carregamento e controlo de limites de contraparte e o controlo de perfis de acessos à Sala de

Mercados. Em termos da carteira de títulos passou-se, pela primeira vez a efetuar o cálculo do VaR da

carteira do BPN.

Aproveitando a metodologia de quantificação desenvolvida para o risco operacional, o GR adotou a

componente qualitativa do mesmo (Scorecard) para obter uma primeira aferição do risco reputacional,

gerido pelo Gabinete de Compliance.

No que diz respeito aos exercícios de Stress Tests e ICAAP, foi privilegiada a opção que permitia, com

menores custos e maior rapidez, dotar o Banco de condições técnicas para dar resposta aos referidos

requisitos regulamentares. Assim, optou-se pela revisão e upgrade das metodologias e ferramentas

existentes no Banco BIC, no sentido de assegurar a sua operacionalidade face à dimensão e características

do novo balanço.

Na área do controlo interno foram formalmente estabelecidos os princípios de coordenação entre as

estruturas com responsabilidades no sistema de controlo interno (Direção de Auditoria e Inspeção,

Gabinete de Risco, Gabinete de Compliance e Direção de Análise de Risco de Crédito). O GR, uma vez

concretizado o objetivo de elaboração do Relatório de Controlo Interno dentro dos prazos acordados com

os supervisores, concentrou os seus esforços no acompanhamento da regularização das fragilidades

detetadas, com especial enfoque nas situações classificadas de risco elevado, junto dos diferentes órgãos

de estrutura interna.

56

Em termos de Plano de Continuidade de Negócio, a dimensão e profundidade das alterações verificadas

obrigaram ao início de um novo ciclo de planeamento de continuidade de negócio, tendo sido definido

como prioritária a revisão da parametrização da aplicação de suporte do processo e a realização de novos

Business Impact Analysis (BIAs) em cada estrutura orgânica do Banco.

Controlo e Gestão de Riscos

No âmbito do controlo e gestão de riscos associados à sua atividade, o Banco tem vindo a consolidar

políticas e procedimentos específicos que visam uma avaliação, acompanhamento e controlo dos

diferentes tipos de risco a que se encontra exposto.

1.1. Risco Operacional

O Sistema de Gestão e Medição do Risco Operacional (SGMRO) assenta num modelo descentralizado,

situação que melhor se adapta à natureza do risco, designadamente a sua abrangência e disseminação.

Na sua função de gestão de risco operacional, o GR é coadjuvado por uma rede de Coordenadores Locais

de Risco Operacional afetos às diferentes Unidades da Estrutura Orgânica do Banco, a quem, para além das

suas habituais funções, são atribuídas tarefas específicas no âmbito do SGMRO.

O SGMRO é suportado por um conjunto de ferramentas informáticas destinado a garantir a sua qualidade e

eficiência, designadamente:

� Aplicação Risco Operacional, que se encontra disponível a todas as Unidades da Estrutura Orgânica

do Banco e que é composta pelo Módulo de Mapeamento, Registo e Aprovação de Eventos, Módulo

de Avaliação de Riscos e Módulo de Controlo dos Riscos;

� Aplicação de Gestão de Informação de Risco Operacional, desenvolvida com a finalidade de

permitir o tratamento dos dados, elaborar diferentes tipos de reportes e efetuar o controlo global

sobre o funcionamento do sistema;

� Ferramenta de modelização (LDA e Scorecard), desenvolvida por uma empresa internacional de

consultoria para quantificação do risco operacional.

Durante o ano de 2012, a atuação do GR a nível do risco operacional, centrou-se em assegurar o

funcionamento dos workflows (WF) de risco operacional e notas internas, tendo em conta as alterações

ocorridas a nível das estruturas orgânicas e da movimentação de Colaboradores entre diferentes

estruturas, no âmbito da fusão dos dois Bancos. Estes workflows assumem grande relevância,

nomeadamente, no tratamento de situações específicas que carecem de uma análise e decisão dentro de

57

cada estrutura hierárquica. No caso do WF de risco operacional, este permite o carregamento, validação,

aprovação e contabilização dos eventos de risco operacional, submetidos diretamente pelos diferentes

órgãos da estrutura orgânica sempre que ocorram situações que originem eventos de perda. O WF de

notas internas permite o tratamento desmaterializado de um vasto número de assuntos que requerem

autorização por parte da hierarquia comercial, onde se inclui, entre outros, o tratamento de comissões e

despesas e a regularização/correção de movimentos.

O GR, em colaboração com as novas estruturas orgânicas procedeu à revisão dos mapeamentos de risco

operacional, de forma a manter atualizado o mapa global de atividades e riscos de acordo com a nova

realidade, procurando capturar as exposições materiais ao risco operacional. Este mapeamento é um fator

essencial para o SGMRO, dado que o registo de eventos e a avaliação dos riscos são efetuados com base

no mesmo.

Deu-se também início ao processo de autoavaliações de risco operacional (self-assessment), que consiste

na avaliação qualitativa dos riscos e na inventariação dos controlos-chave associados, permitindo

identificar os riscos com maior severidade e, por conseguinte, a tomada de medidas mitigadoras de forma a

reduzir a exposição do Banco ao risco.

A nível do sistema de reporte, procurou-se introduzir melhorias nos relatórios de risco operacional,

nomeadamente no relatório de síntese mensal, de forma a incluir um maior nível de detalhe relativo aos

eventos registados na aplicação e a facilitar a apreciação e a tomada de medidas adequadas para a

mitigação dos riscos identificados.

No âmbito do processo de acompanhamento e controlos de riscos foi também efetuada a monitorização

dos Indicadores de Risco (KRI’s), no módulo de controlo de riscos da Aplicação de Risco Operacional, que

fornece a cada momento a situação dos indicadores face aos limites estabelecidos. Sempre que algum dos

indicadores atinge ou ultrapassa o limite definido são despoletados alertas no sentido de se avaliar a

situação e tomar as medidas para a redução do nível de risco.

Na prossecução da atuação do antigo Gabinete de Risco Operacional, o GR procurou prosseguir o esforço

de implementação de uma cultura interna sensível ao risco, procurando que os processos implementados

de gestão e medição do risco operacional se traduzam numa efetiva gestão de risco. Neste sentido, por

iniciativa do GR foram tomadas medidas concretas para solucionar/mitigar algumas das fragilidades

identificadas no âmbito do sistema de controlo interno, da análise dos eventos registados e das avaliações

de risco efetuadas, visando dar valor acrescentado ao Banco pela redução da exposição ao risco, redução

das perdas e pela melhoria da qualidade dos serviços e eficiência organizacional.

58

Em finais de 2012, o GR iniciou um novo ciclo de planeamento da continuidade de negócio com a

realização de BIAs (Business Impact Analysis) às diferentes unidades da estrutura orgânica do Banco BIC.

1.2. Gestão Integrada de Riscos

Testes de Esforço

De acordo com a Instrução n.º 4/2011 do Banco de Portugal os testes de esforço (Stress Tests) destinam-

se a avaliar os efeitos potenciais na condição do Banco de alterações em fatores de risco em função de

acontecimentos excecionais, mas plausíveis.

Em 2011 foram introduzidos no Banco BIC, no âmbito dos testes de esforço, os Reverse Stress Tests, um

exercício complementar que faz parte da metodologia de testes de esforço do Banco.

A condução dos Reverse Stress Tests envolve dois passos do ponto de vista operacional. Em primeiro

lugar, as instituições devem proceder à identificação dos pontos críticos na respetiva situação financeira a

partir dos quais estaria comprometida a viabilidade ou a sustentabilidade do modelo de negócio. Em

segundo lugar, as instituições devem avaliar o grau de severidade do cenário e/ou dos choques sobre os

fatores de risco suficiente para atingir os referidos pontos críticos. Este processo deve permitir identificar

as condições que comprometem o modelo de negócio da instituição, tendo em vista identificar as

vulnerabilidades do mesmo.

A responsabilidade última pela incorporação dos testes de esforço na gestão do risco da instituição é do

Órgão de Administração. Contudo, aquele órgão pode delegar, funcionalmente, algumas das suas

competências, no âmbito dos testes de esforço. No caso do Banco BIC Português, S.A., o Órgão de

Administração delegou no Gabinete de Risco.

Em Fevereiro de 2012 foi efetuado para o Banco BIC o reporte relativo à análise de cenários, análises de

sensibilidade e Reverse Stress Tests com referência a 31 de dezembro de 2011 (efetuado pelo Núcleo de

Gestão de Riscos). O BPN esteve dispensado da realização de tais análises até ao momento da sua

privatização.

As análises de sensibilidades com referência a 30 de junho foram efetuadas de forma individualizada para

ambas as entidades por parte do Gabinete de Risco.

A inclusão do ex-BPN nos referidos exercícios obrigou à revisão e atualização das ferramentas de suporte

ao exercício, com especial destaque para a ferramenta de ALM (Gestão de Ativos e Passivos) que o Banco

BIC possuía. Esses trabalhos preparatórios permitiram assegurar condições internas para a realização do

59

exercício regulamentar de análise de cenário, análises de sensibilidade e reverse Stress Tests, a realizar no

primeiro trimestre de 2013.

ICAAP

O ICAAP – Processo de Auto Avaliação da Adequação do Capital Interno – está regulamentado pela

Instrução n.º 15/2007 do Banco de Portugal, e cumpre os objetivos do Pilar II do Acordo de Basileia II, no

sentido de garantir que os riscos a que as instituições se encontram expostas são corretamente avaliados

e que o capital interno de que dispõem é adequado face ao respetivo perfil de risco.

O objetivo é dotar o Banco de um processo que permita avaliar periodicamente a adequabilidade de capital

da instituição face ao perfil de risco definido e face à regulamentação atualmente em vigor, efetuar uma

gestão pró-ativa das necessidades de capital interno e adicionalmente responder a um requisito

regulamentar.

Até à sua privatização, o BPN encontrava-se dispensado da realização do exercício de ICAAP, pelo que o

exercício de ICAAP com referência a 31 de dezembro de 2011 foi apenas efetuado para o Banco BIC e foi

enviado ao Banco de Portugal em março de 2012.

Não obstante tal dispensa, em dezembro de 2012, o Banco BIC (incluindo BPN) efetuou internamente o

seu primeiro exercício de ICAAP no sentido de testar a metodologia e ferramentas provenientes do Banco

BIC. Neste exercício de ICAAP, para além das melhorias introduzidas na ferramenta de suporte ao exercício,

foram também introduzidas algumas melhorias a nível metodológico, sendo de destacar as melhorias

verificadas na projeção de cash-flows previsionais.

Risco de Concentração

No seguimento da Instrução n.º 5/2011 do Banco de Portugal foram elaborados os relatórios sobre risco de

concentração do Banco BIC e do BPN, com dados de referência de 31 de dezembro de 2011. No caso do

BPN o Gabinete de Risco procedeu ainda à elaboração do relatório relativo ao ano de 2010, que se

encontrava em falta.

O Gabinete de Risco tem prevista a execução de análises trimestrais ao risco de concentração.

60

RISCO DE CRÉDITO

O Risco de Crédito é considerado um dos riscos mais relevantes da atividade das instituições financeiras.

Materializa-se nas perdas e na incerteza quanto a retornos futuros gerados pela carteira de crédito, pela

possibilidade de incumprimento dos tomadores dos empréstimos (e do seu garante, se existir) ou de um

emissor de um título ou da contraparte de um contrato.

Devido ao processo de aquisição do BPN, o ano de 2012 ficou assinalado por duas realidades distintas até

31 de março: a atividade do Banco BIC e a atividade do BPN, sendo que nos dois Bancos, as áreas de risco

estiveram envolvidas no processo de seleção dos créditos – quer na vertente de escolha das operações,

quer na vertente da cessão.

A atividade da DAR (Direção de Análise de Risco do BPN) até 31 de março de 2012 centrou-se,

essencialmente, na gestão corrente das operações de crédito dos vários workflows do Banco e na análise

e decisão de operações de reestruturação oriundas da Parvalorem (decorrentes da primeira cessão ocorrida

no final de 2010).

A DAR esteve também envolvida no projeto da segunda cessão de créditos para a Parvalorem, que incluiu

um levantamento exaustivo não só dos créditos como das garantias associadas: reais e pessoais.

A partir de 1 de abril, com a integração das duas áreas de risco de crédito, a função de gestão de Risco de

Crédito ficou sob a responsabilidade da DARC, órgão de 1.º nível da estrutura. Contudo, uma vez que ainda

não ocorreu a fusão operacional, na gestão de crédito ainda se mantêm ativos dois sistemas em paralelo.

A gestão e acompanhamento do risco de crédito regem-se pelos princípios e regras de concessão e

acompanhamento dos créditos concedidos, definidos no Regulamento de Crédito.

O processo de decisão do crédito a Clientes encontra-se repartido por dois segmentos: Empresas e

Retalho, existindo quatro escalões de decisão, definidos em função da natureza, do montante da operação,

do prazo, da exposição do Grupo Económico e do rating da empresa (no caso do segmento empresas). Este

processo de decisão encontra-se automatizado em aplicações informáticas (workflow de crédito, para

operações oriundas da antiga rede BPN e Pearson, para as operações oriundas da rede original do Banco

BIC).

A DARC prepara os Relatórios de Crédito, sempre que existem operações a serem aprovadas em sede de

Conselho de Crédito. Estes Relatórios são parte integrante do Workflow de Crédito, uma vez que são

extraídos automaticamente do mesmo. Este processo, proporciona ao analista de crédito mais uma

ferramenta de análise, com toda a informação sistematizada em documento único.

Existem ainda processos de avaliação distintos para tipologias de crédito específicas, como sendo:

61

� Financiamento à Construção: para além das ponderações já referidas, ainda é complementado

com uma análise relativa a projetos concluídos (informação histórica); obras em curso; projeto a

financiar (mapa de exploração, plano financeiro, descrição do projeto, licenças necessárias para a

sua concretização, etc);

� Crédito à Habitação e Cartões de Crédito: existem workflows específicos com modelos de scoring

(baseados em informação estatística, sem carácter vinculativo), com o objetivo de melhorar a

eficiência da classificação dos Clientes particulares e de estabelecer critérios objetivos e

coerentes de aceitação ou rejeição das propostas.

Com forte vocação de crédito às PME, no Banco BIC os dois segmentos acima referidos têm vindo a ter

produções residuais.

Para finalizar, todo o processo de análise inclui a valorização dos colaterais. Sendo que no caso específico

de créditos com garantia real hipotecária, os imóveis são avaliados por técnicos certificados, no momento

da concessão de crédito, e posteriormente, seguindo as regras do Banco de Portugal referentes à

valorização de imóveis.

Integrado no processo de acompanhamento de crédito, a Unidade de Análise de Risco de Crédito, efetua

periodicamente, uma revisão das provisões económicas dos Clientes que acompanha.

Acompanhamento e Gestão do Crédito

O acompanhamento do crédito concedido inicia-se no momento após a contratação e prolonga-se até ao

reembolso total, de forma a garantir o seu cumprimento. A Gestão de Risco de Crédito no Banco BIC

assenta no acompanhamento sistemático da carteira de crédito, onde se avalia continuamente, se os

fatores de risco se mantêm consistentes com a estratégia definida.

I) VIGILÂNCIAS ESPECIAIS

De forma a tornar mais evidente esta linha de atuação, o Banco dispõe de um Sistema de Vigilâncias

Especiais, que permite a toda a estrutura conhecer os Clientes (ou operações) que evidenciam alertas,

hierarquizados de ligeiro até ao mais gravoso. Este sistema, pretende mitigar o impacto de situações de

incumprimento, quer através do reforço de garantias ou da redução de responsabilidades. O Sistema

incorpora também as classificações decorrentes da nova legislação de proteção de devedores.

62

II) SISTEMA INTERNO DE NOTAÇÃO DE RISCO

O modelo interno de notação de risco é baseado em:

� Elementos Financeiros do Cliente, sendo estes inseridos na aplicação informática calculando os

rácios e, posteriormente, atribuindo um grau de rating em termos quantitativos;

� Preenchimento de um questionário pela área comercial (podendo este ser revisto em qualquer

momento pela DARC) compreendendo informação qualitativa que definirá o grau de risco. Este

deverá espelhar o verdadeiro valor em termos qualitativos da empresa.

Trata-se de um modelo genérico para Sociedades não financeiras e Empresários em Nome Individual, que

através de uma média ponderada (tendo em conta a antiguidade da relação do Cliente com o Banco),

atribui uma Nota Final de Risco. Existem 9 Notas de Risco, distribuídas por três níveis de Risco: Baixo,

Médio e Elevado.

Todas as propostas têm sempre um rating atribuído (a validação é efetuada pelo próprio Workflow, que

não permite a elaboração de proposta sem rating).

Por uma questão de acompanhamento e gestão de situações de incumprimento, existem ainda quatro

ratings de Contencioso (PP – Particular em Pré-Contencioso; EP – Empresa em Pré-Contencioso; PC –

Particular em Contencioso e EC – Empresa em Contencioso).

Como fator adicional à análise efetuada, o Banco utiliza a avaliação de crédito da Coface, entidade

reconhecida como ECAI pelo Banco de Portugal.

III) ACOMPANHAMENTO DO CRÉDITO CONCEDIDO

No âmbito do acompanhamento do crédito concedido, relativamente ao crédito em situação irregular, a

DARC implementou um sistema de monitorização, que mensalmente, se inicia com a divulgação dos

Clientes com crédito vencido há mais de 30 dias, superior a 20.000€ pelas várias Direções Coordenadoras

e Direção Jurídica e de Recuperação de Crédito, onde são recolhidos pontos de situação e diligências

efetuadas para a regularização, culminando nas Reuniões de Crédito Vencido, onde estão representantes

das áreas intervenientes e da Comissão Executiva.

Reforçou-se ainda o acompanhamento das reestruturações de crédito, não só com a automatização da

identificação como reestruturação no WF de Crédito, procurando mitigar o risco de concessão de novos

créditos, como também pelo trabalho de recuperação do histórico de operações reestruturadas, tendo em

vista o cumprimento da Instrução n.º 18/2012 do Banco de Portugal.

63

A gestão de colaterais foi desenvolvida para funcionar de forma contínua, promovendo a manutenção da

cobertura do crédito concedido. Por esse motivo, foi criada na DARC uma estrutura de controlo das

garantias recebidas em caução, tendo em conta o disposto nos avisos nº. 3/95 e nº. 5/2007 do Banco de

Portugal, no que diz respeito às necessidades de reavaliação dos imóveis.

IV) MANUTENÇÃO DOS GRUPOS E CÍRCULOS ECONÓMICOS

O Banco avalia as exposições agregadas dos Clientes, para efeitos de avaliação de risco de crédito, através

da exposição global ao Grupo Económico. Assim, a existência de uma base de dados de Grupos Económicos

que esteja atualizada e bem constituída é fundamental para a atividade primordial da análise e concessão

de crédito.

Em termos de avaliação dos Grupos Económicos, são considerados para efeitos de avaliação de risco:

� A notação de risco das diversas entidades que compõem o Grupo Económico;

� O limite regulamentar de exposição do Grupo Económico no âmbito dos Grandes Riscos e do seu

peso nos fundos próprios;

V) MODELO DE IMPARIDADE

De acordo com a IAS 39, a carteira de crédito deve ser sujeita regularmente a testes de imparidade. O

Banco tem implementada uma metodologia de cálculo das perdas por imparidade, que prevê que a

avaliação da carteira de crédito seja efetuada por dois métodos de análise: análise individual e análise

coletiva.

Para os créditos individualmente significativos, o cálculo da imparidade é efetuado considerando um

conjunto de fatores relativos ao devedor, às características das operações de crédito e seus colaterais, que

devem ser adequadamente justificados.

Segundo os critérios definidos, os casos que não são objeto de análise individual serão avaliados numa

base coletiva, tendo para isso sido definidos segmentos homogéneos que permitam agrupar ativos com

características de risco semelhantes e assim extrair uma amostra representativa da carteira, que será

avaliada através do preenchimento de questionários.

Novas iniciativas

No âmbito da gestão de risco de crédito, pretende-se avançar para as seguintes iniciativas:

• Validação do Modelo de Rating interno (trabalho a ser desenvolvido por entidade externa);

64

• Calibração e implementação de um modelo de risco para pequenos negócios;

• Revisão da aplicação de Grupos Económicos;

• Melhorias no Sistema de Avaliação da Imparidade.

Controlo Interno e Supervisão

1.1. Controlo Interno

Em cumprimento da Instrução n.º 20/2008 do Banco de Portugal e de acordo com art.º 25º do Capítulo VII

do Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008 e Regulamento n.º 27/2007, com a redação dada pelo

Regulamento n.º 3/2008, ambos da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o GR coordenou a

elaboração do relatório sobre o sistema de controlo interno do BPN e do Banco BIC.

Na sequência da realização do Relatório de Controlo Interno, o GR, em articulação com as restantes

funções de controlo, está a proceder a follow-ups bimestrais junto das diferentes unidades de estrutura

orgânica, sobre o grau de resolução das deficiências inventariadas.

1.2. Relatório Disciplina de Mercado

Em abril de 2012, o GR, com a colaboração da Direção de Contabilidade, Planeamento e Controlo de Gestão

(DCP), coordenou a elaboração do Relatório Disciplina de Mercado no cumprimento do Aviso n.º10/2007 do

Banco de Portugal, para o BPN, relativo aos anos de 2011 e 2012.

O Relatório Disciplina de Mercado do Banco BIC, foi realizado em abril de 2012, pelo Núcleo de Gestão de

Riscos e pela Direção Financeira e Contabilidade.

O Relatório Disciplina de Mercado insere-se no âmbito do Pilar III de Basileia II sobre a divulgação de

informação, e tem como objetivo apresentar um conjunto de informação mais detalhada sobre a

solvabilidade e a gestão de risco do Banco.

1.3. Política de Remuneração

Em janeiro de 2012, no sentido de dar cumprimento ao estabelecido no Aviso n.º 10/2011 do Banco de

Portugal, as funções de controlo procederam à revisão da política de remuneração do Banco. Desta

resultou um conjunto de sugestões de ajustamentos a efetuar à proposta de Declaração de Política de

65

Remuneração e aos respetivos procedimentos de elaboração da Declaração Anual da Política de

Remuneração e da Declaração de Cumprimento da Política de Remuneração.

Em abril foi publicada a Nota Informativa – 001/RHU/2012, sob a epígrafe “Declaração de Política de

Remuneração” que procurou incorporar as recomendações provindas da revisão atrás referida.

No âmbito da elaboração e reporte do Relatório de Controlo Interno para o ano de 2012, as unidades de

estrutura responsáveis pelo exercício das funções de controlo da instituição (Gabinete de Risco, a Direção

de Auditoria e Inspeção, Direção de Análise de Risco de Crédito e o Gabinete de Compliance), procederam a

uma nova avaliação da Política de Remunerações baseada no follow-up da implementação das

recomendações resultantes do trabalho de revisão realizado em janeiro de 2012.

Paralelamente a este trabalho, e em cumprimento de solicitação expressa da Administração, foi efetuada

uma análise aos impactos da criação de uma Comissão de Remunerações na Política de Remuneração e na

Declaração Anual publicada no relatório e contas.

66

10. ANÁLISE FINANCEIRA

Síntese

Na sequência do contrato de compra e venda das ações do BPN, celebrado em 30 de março de 2012, foi

efetuada a fusão por incorporação do Banco BIC no BPN, com efeitos contabilísticos a 31 de julho de 2012.

Os ativos e passivos do Banco BIC foram incorporados pelo seu valor contabilístico em 01 de julho de

2012, e o resultado líquido apurado no primeiro semestre, no montante de 3,1 milhões de Euros, foi

incorporado na situação líquida.

Adicionalmente, no âmbito do referido contrato de compra e venda do BPN, um conjunto de ativos e

passivos que integravam o balanço do BPN em 31 de dezembro de 2011 não foram incluídos na transação

realizada, tendo sido alienados pelo seu valor líquido contabilístico a entidades criadas para o efeito pelo

Estado Português.

Consequentemente, os elementos financeiros do Banco relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de

2012 não são comparáveis com os apresentados em 31 de dezembro de 2011.

No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, o Banco BIC apresentou um prejuízo líquido no montante

de 7,96 milhões de Euros, com um total de ativos nessa data de cerca de 3.949 milhões de Euros, que

incluem 2.517 milhões de Euros relativo a crédito concedido a Clientes. Por outro lado, o passivo inclui um

montante de 2.394 milhões de Euros relativos a depósitos de Clientes.

Se ao lucro líquido apurado considerarmos a valorização da carteira de títulos classificada em ativos

financeiros disponíveis para venda, a qual se encontra registada em rubrica específica de capitais próprios

do Banco, no exercício findo em 31 de dezembro de 2012, o Banco BIC apresenta um rendimento integral

positivo de 74 mil Euros.

(Unidade: Milhares de Euros)

-96.388

74

-110.000

-100.000

-90.000

-80.000

-70.000

-60.000

-50.000

-40.000

-30.000

-20.000

-10.000

0

Rendimento integral

2011 2012

-95.425

-7.959

-100.000

-90.000

-80.000

-70.000

-60.000

-50.000

-40.000

-30.000

-20.000

-10.000

0

Resultado líquido

2011 2012

67

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

(Unidade: Milhares de Euros)

O produto bancário no final do exercício de 2012, que ascendeu a 104 milhões de Euros, é resultado do

aumento do volume de negócios que se verificou após a privatização do BPN, bem como do impacto

decorrente da fusão por incorporação do Banco BIC, com destaque para a evolução positiva da margem

financeira, atendendo aos movimentos ocorridos na carteira de crédito, e à performance ao nível das

comissões líquidas, relacionadas essencialmente com a atividade de banca correspondente.

Os custos de funcionamento, em 2012, ascenderam a cerca de 120 milhões de Euros, revelando ainda

níveis de eficiência não satisfatórios face ao produto bancário do Banco, embora com melhoria

significativa verificada após o processo de privatização e de fusão ocorrido em 2012.

Margem financeira e complementar

A margem financeira do Banco ascendeu a 56 milhões de Euros, influenciada simultaneamente quer pela

redução da carteira de crédito (cerca de 1.064 milhões de Euros), quer pela redução do custo de captação

de recursos.

2012 2011

Margem financeira 56.430 56.705Comissões líquidas 34.347 16.492Activos avaliados ao justo valor através de resultados 2.975 1.205Lucros em operações financeiras (líquidos) 2.779 2.463Outros rendimentos e encargos operacionais 7.848 2.755Margem complementar 47.949 22.915Produto bancário 104.379 79.620Custos com o pessoal (54.504) (65.346)Gastos gerais administrativos (61.210) (56.712)Amortizações (3.793) (6.237)Custos de estrutura (119.507) (128.295)Resultado operacional (15.128) (48.675)Imparidade e provisões 10.650 (43.001)Resultado antes de impostos (4.478) (91.676)Impostos correntes (868) (1.050)Contribuição extraordinária sobre o sector bancário (2.613) (2.699)Resultado líquido (7.959) (95.425)

68

(Unidade: Milhares de Euros)

A margem complementar do BIC no exercício de 2012 ascendeu a 48 milhões de Euros, incluindo o

resultado das comissões líquidas, que ascenderam a 34 milhões de Euros, em resultado essencialmente

dos rendimentos da atividade de Banco correspondente, tendo-se verificado uma evolução muito positiva

com o processo de fusão.

(Unidade:

Milhares de Euros)

Os resultados obtidos em ativos avaliados ao justo valor, que em 2012 ascenderam a cerca de 3 milhões

de Euros, decorrem essencialmente da valorização verificada ao longo do segundo semestre de 2012 das

unidades de participação em fundos de investimento detidos pelo Banco BIC.

198.150

141.445

56.705

152.643

96.213

56.430

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

180.000

200.000

Juros e rendimentossimilares

Juros e encargossimilares

Margem financeira

Margem financeira

2011 2012

-23%

-32%

-0,5%

2012 2011 Var. (%)

Por operações extrapatrimoniais: 6.080 6.143 -1%

Créditos documentários abertos 475 278 71%

Garantias e avales prestados 5.605 5.865 -4%

Por serviços prestados: 27.623 10.608 160%

Transferência de valores e ordens de pagamento 21.487 6.306 241%

Gestão de cartões 985 1.131 -13%

Outros serviços prestados 5.151 3.171 62%

Rendimentos de serviços e comissões 12.792 14.521 -12%

Serviços prestados por terceiros (12.148) (14.780) -18%

Comissões líquidas 34.347 16.492 108%

69

De realçar ainda os resultados cambiais apurados no exercício de 2012, que ascenderam a 2,7 milhões de

Euros. Os resultados apurados resultam essencialmente de ganhos realizados na intermediação de compra

e venda de moeda estrangeira.

Custos de estrutura

No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, os custos de estrutura – custos com o pessoal, gastos

gerais administrativos e amortizações - ascenderam a 120 milhões de Euros.

(Unidade:

Milhares de Euros)

Está em curso a reorganização interna do Banco, em resultado do processo de fusão ocorrido no final do

exercício de 2012, que visa melhorar a eficiência da estrutura do Banco. No entanto, já no exercício de

2012, considerando a redução dos custos de estrutura e o aumento do produto bancário, o Banco BIC

evidencia uma melhoria nos seus rácios de eficiência.

Imparidade e provisões

No exercício de 2012, os ganhos líquidos com a reversão de perdas por imparidade e provisões resultam

essencialmente da reversão de perdas por imparidade para crédito concedido a Clientes em resultado da

cessão de um conjunto de créditos, efetuadas no âmbito da operação de privatização do Banco.

Custos de estrutura

2012 2011 Var. (%)

Custos com o pessoal 54.504 65.346 -17%

Gastos gerais administrativos 61.210 56.712 8%

Custos de funcionamento 115.714 122.058 -5%

Amortizações 3.793 6.237 -39%

Total 119.507 128.295 -7%

161

114

70

80

90

100

110

120

130

140

150

160

170

2011 2012

Custos de estrutura / produto bancário

82

52

30

40

50

60

70

80

90

2011 2012

Custos com pessoal / produto bancário

70

Impostos

A carga fiscal do Banco BIC registada na desmonstração de resultados relativa ao exercício findo em 31 de

dezembro de 2012 ascende a 3,5 milhões de Euros, tendo o Banco apurado um resultado negativo antes

de imposto de 4,5 milhões de Euros. A elevada carga fiscal decorre essencialmente do registo da

contribuição extraordinária sobre o sector bancário, estimada em aproximadamente 2,6 milhões de Euros,

nos termos da Lei nº 55-A/2010, de 31 de Dezembro e da Portaria nº 121/2011, de 30 de março, e da

tributação autónoma, que ascendeu a 868 mil Euros.

Balanço

(Unidade: Milhares de Euros)

2012 2011Volume de Negócio 5.252.874 5.746.520

Crédito a clientesBanca de empresas. Crédito geral 1.422.327 58% 2.302.275 75%. Papel comercial 278.737 11% 72.403 2%. Factoring 4.374 0% - 0%. Locação financeira 38.611 2% - 0%Total 1.744.049 72% 2.374.678 77%

Banca de particulares. Habitação 401.891 17% 479.405 16%. Consumo e outros 287.076 12% 228.941 7%Total 688.967 28% 708.346 23%

Total crédito vincendo 2.433.016 100% 3.083.024 100%Crédito titularizado não desreconhecido - 143.508Crédito vencido 78.908 342.803Juros e comissões associadas ao custo amortizado 5.604 12.008Provisões específicas para crédito (155.717) (290.614)Carteira de crédito líquida 2.361.811 3.290.729

Crédito por assinatura 341.639 480.703

71

(Unidade: Milhares de Euros)

Em 2012 o volume de negócio totalizou cerca de 5.253 milhões de Euros, para o qual contribui o crédito

(incluindo garantias) com cerca de 2.859 milhões de Euros e os recursos de Clientes com 2.394 milhões de

Euros. Em 2012, o rácio de transformação dos depósitos em crédito fixou-se em, aproximadamente, 100%.

O crédito concedido a empresas corresponde a cerca de 72% do total da carteira de crédito concedido,

refletindo o posicionamento estratégico do Banco BIC no apoio às empresas, nomeadamente a pequenas e

médias empresas e empresas exportadoras.

Durante o ano de 2012, previamente à privatização do Banco, foram celebrados diversos contratos de

cessão de créditos a favor de uma entidade designada pelo Estado Português, no montante de 1.200.806

milhões de Euros. A Cessão de créditos foi efetuada ao valor contabilístico dos mesmos à data de cedência.

Adicionalmente, em 2012, o Banco BIC adquiriu uma carteira de crédito especializado no montante de 187

milhões de Euros.

Em 2012, o crédito concedido através de papel comercial inclui o montante de 222 milhões de Euros

relativo a aplicações de curto prazo (até 90 dias) efetuadas em leilões de papel comercial.

O crédito concedido a empresas pode ser repartido em termos setoriais como segue:

2012 2011Recursos de clientes

Depósitos ordem 491.348 21% 364.808 22%Depósitos a prazo 1.875.213 79% 1.295.485 78%Total depósitos 2.366.561 100% 1.660.293 100%

Cheques e ordens a pagar 7.618 7.492juros a pagar 19.528 16.689Total 2.393.707 1.684.474

Depósitos por naturezasEmpresas 760.933 32% 500.944 30%Particulares 1.605.628 68% 1.159.349 70%Total 2.366.561 100% 1.660.293 100%

72

(Unidade: Milhares de Euros)

O Banco BIC, no final do exercício de 2012, apresenta rácios de incumprimentos e níveis de cobertura do

crédito vencido confortáveis, evidenciando os critérios prudentes considerados no provisionamento da

carteira de crédito atendendo à atual conjuntura do país. Neste sentido, em 2012, o Banco BIC apresentou

um rácio de crédito em incumprimento de 3,49% e de crédito em risco de 7,31%, com um rácio de

cobertura do crédito em incumprimento de 177%.

Os depósitos de Clientes observaram uma evolução muito positiva após o processo de privatização e de

fusão do Banco, apresentando um crescimento total de depósitos de Clientes no montante 706 milhões de

Euros, que equivale um crescimento de cerca de 42% face ao ano anterior.

Aplicações e recursos de instituições financeiras e bancos centrais

Em 31 de dezembro de 2012, as disponibilidades e aplicações em Instituições de Crédito totalizavam cerca

de 1.316 milhões de Euros, representando aproximadamente 33% do total do ativo do Banco.

As aplicações e recursos de Instituições de Crédito e de bancos centrais têm a seguinte repartição por

moeda em 31 de dezembro de 2012:

Crédito a empresas por sectores de actividade:

31-12-2012 31-12-2011

Crédito % Crédito %

Indústrias transformadoras 280.780 15,4% 315.740 11,3%

Construção 360.867 19,8% 68.068 2,4%

Actividades imobiliárias 80.106 4,4% 950.440 34,1%

Comércio, manutenção e reparação de veículos 315.216 17,3% 309.083 11,1%

Restaurantes e hóteis 67.609 3,7% 104.455 3,7%

Transporte, armazenagem e comunicações 73.707 4,0% 75.619 2,7%

Actividade e intermediação financeira 384.115 21,1% 393.285 14,1%

Consultoria, aquisição de títulos ou de créditos e respectiva gestão 50.347 2,8% 210.517 7,6%

Outros 208.550 11,5% 359.251 12,9%

1.821.297 2.786.458

2012 2011 Var. (%)Rácio de crédito com incumprimento 3,49% 9,98% 186,01%Rácio de crédito em risco 7,31% 18,41% 151,80%Rácio de crédito em risco, líquido 1,21% 10,51% 771,30%Rácio de cobertura de crédito com incumprimento 177,19% 81,32% 117,89%Rácio de cobertura de crédito em risco 84,52% 47,95% 76,26%

73

(Unidade: Milhares de Euros)

As aplicações a prazo são maioritariamente de curto prazo, por norma com vencimento até 3 meses. Em 31

de dezembro de 2012, do total de aplicações a prazo, que ascendia a cerca de 1.265 milhões de Euros,

cerca de 78% apresenta maturidade até 3 meses e 99% com maturidade, ou opção de saída do

investimento por parte do Banco BIC, até 1 ano.

Carteira de títulos

Em 31 de dezembro de 2012 o valor de balanço da carteira de títulos do Banco BIC, excluindo provisões

para risco do país, ascende a 124 milhões de Euros, com a seguinte decomposição:

2012 2011

Ao justo valor por resultados e detidos para negociação Acções - 79 Instrumentos derivados 13 20.066 Instrumentos de dívida corporate: – emitidas por instituições financeiras nacionais 3.913 - – emitidas por não residentes 2.836 - Unidades de Participação em Fundos de Investimento Mobiliário – Emitidas em Euros 26.219 - – Emitidas em Dólares dos Estados Unidos 8.617 -

41.598 20.145 Disponíveis para venda Acções (registadas ao custo histórico) 2.451 26.696 Títulos de dívida pública – Obrigações do tesouro 34.701 22.584 Instrumentos de dívida corporate: – emitidas por instituições financeiras nacionais 6.951 22.589 – emitidas por não residentes 14.315 - Unidades de Participação em Fundos de Investimento Mobiliário 1.669 -

60.087 71.869 Detidos até à maturidade Títulos de dívida pública – Obrigações do tesouro 23.040 -

124.725 92.014

(Unidade: Milhares de Euros)

Euro USD Outras moedas Total

Aplicações em Instituições financeiras 860.797 436.812 18.714 1.316.323

Recursos de instituições financeiras e bancos centrais 143.280 523.950 2.877 670.107

74

Em 2012 os ativos que fazem parte do portfólio de investimentos financeiros do Banco BIC estão

valorizados ao justo valor, com exceção das ações e dos títulos de dívida pública classificados como

detidos até à maturidade, cujo justo valor a 31 de dezembro de 2012 ascendia a 24 milhões de Euros.

No final do exercício de 2012, o investimento em instrumentos de dívida pública ascendia a 58 milhões de

Euros, representativo de 46% do total da carteira de títulos nesta data.

O investimento em unidades de participação de fundos de investimento mobiliário, em 31 de dezembro de

2012, ascendia a 36 milhões de Euros. No final do exercício este investimento originou uma rendibilidade

anual de cerca 4,7%, não considerando o impacto cambial relativo às unidades de participação expressas

em moeda estrangeira.

Responsabilidades representadas por títulos

Em 2012 o Banco BIC efetuou a emissão de 150 milhões de Euros de papel comercial, com vencimento em

outubro de 2013, ao abrigo de um programa de papel comercial em vigor até 30 de março de 2015, no

montante de 400 milhões de Euros.

Rácio de adequação de Fundos Próprios

Em 2012, o rácio de adequação de fundos próprios de base Tier I fixou-se em 12,0% e o rácio de

adequação de fundos próprios atingiu os 17,1%, apresentando assim níveis confortáveis face aos mínimos

exigidos pelo Banco de Portugal.

46%

22%

29%

2%

Composição da carteira de títulos

Títulos de dívida pública

Obrigações corporate

Unidades de participaçãoem FIM

Outros investimentos

75

11. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, o Banco BIC Português, S.A. obteve um resultado líquido

negativo de 7.959 milhares de Euros.

Assim o Conselho de Administração propõe que este resultado seja integralmente transferido para a

rubrica de Resultados Transitados.

Lisboa, 12 de março de 2013

O Conselho de Administração

76

12. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (PRO-FORMA) E EM 1 DE JANEIRO DE 2011 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em milhares de Euros)

2012 31.12.2011 01.01.2011Provisões,

Activo imparidade Activo Activo ActivoACTIVO Notas bruto e amortizações líquido líquido líquido

(pro-forma) (pro-forma)

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3 74.895 - 74.895 107.493 135.423Disponibilidades em outras instituições de crédito 4 50.518 - 50.518 53.761 64.642Activos financeiros detidos para negociação 5 13 - 13 20.137 23.160Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 6 41.585 (58) 41.527 - -Activos financeiros disponíveis para venda 7 59.727 - 59.727 49.959 35.781Aplicações em instituições de crédito 8 1.265.805 - 1.265.805 837.005 914.989Crédito a clientes 9 2.517.528 (155.717) 2.361.811 3.290.729 3.496.569Investimentos detidos até à maturidade 11 23.040 - 23.040 - -Activos não correntes detidos para venda 12 - - - 9.886 10.752Outros activos tangíveis 13 39.879 (27.005) 12.874 15.911 21.230Activos intangíveis 14 2.139 (1.749) 390 130 945Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 15 - - - 63 63Activos por impostos correntes 16 349 - 349 140 70Activos por impostos diferidos 16 1.166 - 1.166 - -Outros activos 17 64.670 (8.075) 56.595 52.614 46.235

Total do activo 4.141.314 (192.604) 3.948.710 4.437.828 4.749.859

PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO Notas 2012 31.12.2011 01.01.2011(pro-forma) (pro-forma)

Recursos de bancos centrais 18 233.927 - 70.018Passivos financeiros detidos para negociação 10 1 18.083 22.327Recursos de outras instituições de crédito 18 436.180 952.073 1.401.681Recursos de clientes e outros empréstimos 19 2.393.707 1.684.474 2.285.441Responsabilidades representadas por títulos 20 150.656 1.402.823 404.255Passivos financeiros associados a activos transferidos 21 - 177.822 250.806Derivados de cobertura 10 - 97 17Provisões 22 58.165 300.819 2.054.572Passivos por impostos correntes 16 3.074 1.027 602Passivos por impostos diferidos 16 637 - -Outros passivos subordinados 23 245.243 245.674 245.497Outros passivos 24 69.675 161.686 208.867 Total do passivo 3.591.265 4.944.578 6.944.083

Capital 25 300.228 380.000 380.000Prémios de emissão 26 6.790 6.790 6.790Reservas de reavaliação 26 1.694 (5.695) (51)Outras reservas e resultados transitados 26 56.692 (792.420) (2.478.543)Resultado do exercício 26 (7.959) (95.425) (102.420) Total do capital próprio 357.445 (506.750) (2.194.224) Total do passivo e do capital próprio 3.948.710 4.437.828 4.749.859

77

BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em milhares de Euros)

Notas 2012 2011(pro-forma)

Juros e rendimentos similares 27 152.643 198.150Juros e encargos similares 27 (96.213) (141.445)

MARGEM FINANCEIRA 56.430 56.705

Rendimentos de instrumentos de capital 28 30 217Rendimentos de serviços e comissões 29 46.495 31.272Encargos com serviços e comissões 29 (12.148) (14.780)Resultados de activos e passivos financeiros avaliados

ao justo valor através de resultados 30 2.975 1.205Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) 31 37 (1.382)Resultados de reavaliação cambial (líquido) 2.712 3.628Resultados de alienação de outros activos 32 (105) (1)Outros resultados de exploração 33 7.953 2.756

PRODUTO BANCÁRIO 104.379 79.620

Custos com pessoal 34 (54.504) (65.346)Gastos gerais administrativos 36 (61.210) (56.712)Amortizações do exercício 13 e 14 (3.793) (6.237)Provisões líquidas de reposições e anulações 22 (19.616) (32.955)

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 22 36.878 (9.528)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 22 (50) (7)Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 22 (6.562) (511)

RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS (4.478) (91.676)

Impostos sobre lucrosCorrentes 16 (868) (1.050)Diferidos 16 - -Contribuição extraordinária sobre o sector bancário 16 (2.613) (2.699)

(3.481) (3.749)Resultado líquido do exercício (7.959) (95.425)

Número médio de acções ordinárias emitidas 25 76.200.000 76.000.000Resultado por acção (Euros) (0,10) (1,26)

78

BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (PRO-FORMA) E 2012

(Montantes expressos em milhares de Euros)

BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em milhares de Euros)

2012 2011

(pro-forma)

Resultado líquido do exercício (7.959) (95.425) Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda: Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda, líquido 8.033 (5.644) Desvios actuariais e financeiros relativos a encargos com pensões (Nota 2.4.) - 4.681 Resultado não reconhecido na demonstração de result ados 8.033 (963) Rendimento integral do exercício 74 (96.388)

ResultadoPrémios Reservas de Reserva Outras Resultados líquido do Capital

Capital de emissão Reavaliação legal reservas transitados Total exercício próprio

Saldos em 31 de Dezembro de 2010 380.000 6.790 (51) 24.621 24.690 (2.515.506) (2.466.195) (102.420) (2.181.876)

Impacto da alteração da política contabilística relativa a pensões (Nota 2.4.) - - - - (12.348) - (12.348) - (12.348)

Saldos em 1 de Janeiro de 2011 (pro-forma) 380.000 6.790 (51) 24.621 12.342 (2.515.506) (2.478.543) (102.420) (2.194.224)

Transferência para reservas por aplicação do resultado de 2010 - - - - - (102.420) (102.420) 102.420 -Anulação de provisões para fazer face aos capitais próprios negativos

de participadas e para as responsabilidades das cartas conforto emitidas (Nota 22) - - - - - 1.783.862 1.783.862 - 1.783.862Rendimento integral do exercício - - (5.644) - 4.681 - 4.681 (95.425) (96.388)

Saldos em 31 de Dezembro de 2011 (pro-forma) 380.000 6.790 (5.695) 24.621 17.023 (834.064) (792.420) (95.425) (506.750)

Transferência para reservas por aplicação do resultado de 2011 - - - - - (95.425) (95.425) 95.425 -Prestações acessórias - - - - - 600.000 600.000 - 600.000Anulação de provisões e outros passivos para fazer face aos capitais

próprios negativos, no âmbito do processo de recapitalização (Nota 2.18) - - - - - 266.063 266.063 - 266.063Incorporação do BIC (Nota 2.3) 1.000 - (644) - 37.702 - 37.702 - 38.058Redução do capital social (Nota 25) (80.772) - - - - 40.772 40.772 - (40.000)Rendimento integral do exercício - - 8.033 - - - - (7.959) 74

Saldos em 31 de Dezembro de 2012 300.228 6.790 1.694 24.621 54.725 (22.654) 56.692 (7.959) 357.445

Outras reservas e resultados transitados

79

BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em milhares de Euros)

2012

2011

(pro-forma) Fluxos de caixa das actividades operacionais

Recebimento de juros e comissões

209.751

235.345

Rendimentos adquiridos nos activos financeiros disponíveis para venda

37

(1.382)

Pagamento de juros e comissões (95.550) (119.645)

Pagamentos ao pessoal e fornecedores

(115.715)

(122.083)

Resultados cambiais e outros resultados operacionais

12.922

3.862

Recuperação de créditos incobráveis

-

34

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais

11.445

(3.869)

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao justo valor

10.935

(4.251)

Activos financeiros disponíveis para venda

(19.555)

-

Aplicações em instituições de crédito

59.129

81.018

Crédito a clientes

1.274.287

199.860

Investimentos detidos até à maturidade

1.720

-

Derivados de cobertura

-

80

Activos não correntes detidos para venda

9.586

501

Outros activos

39.791

(1.703)

1.375.893

275.505

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Recursos de bancos centrais

(73.902)

(70.000)

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura

(18.179)

4.245

Recursos de instituições de crédito

(979.375)

(449.608)

Recursos de clientes e outros empréstimos

518.298

(614.902)

Outros passivos

(97.818)

(120.166)

(650.976)

(1.250.431)

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o

rendimento 736.362

(978.795)

Impostos sobre os lucros

(4.876)

(695)

Caixa líquida das actividades operacionais

731.486

(979.490)

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Aquisição de activos financeiros disponíveis para venda

-

(19.824)

Aquisições de activos tangíveis e intangíveis (4.013) (108)

Vendas de activos tangíveis e intangíveis

-

4

Efeito da fusão

(99.463)

-

Investimentos em empresas filiais e associadas

-

1

Caixa líquida das actividades de investimento

(103.476)

(19.927)

80

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Prestações suplementares

600.000

-

Emissão/(reembolsos) de dívida titulada e subordinada

(1.250.000)

1.000.000

Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros

(6.049)

(31.128)

Remuneração paga relativa a passivos subordinados

(7.802)

(8.267)

Caixa líquida das actividades de financiamento

(663.851)

960.605

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes

(35.841)

(38.812)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 161.254 200.066 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício

125.413

161.254

81

13. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE

DEZEMBRO DE 2012

1. NOTA INTRODUTÓRIA

O Banco BIC Português, S.A. (adiante igualmente designado por “Banco BIC” ou “Banco”), entidade

anteriormente designada por Banco Português de Negócios S.A. (adiante designado por “BPN”), é uma

instituição de crédito com sede em Lisboa, que iniciou a sua atividade bancária em 1 de Julho de 1993.

Em Novembro de 2008, todas as ações representativas do capital social do anterior BPN foram

nacionalizadas ao abrigo da Lei nº 62-A/2008, de 11 de Novembro. De acordo com a referida Lei, a

nacionalização foi motivada pelo volume de perdas acumuladas pelo Banco, ausência de liquidez adequada

e iminência de uma situação de rutura de pagamentos que ameaçava os interesses dos depositantes e a

estabilidade do sistema financeiro. O BPN passou assim a ter a natureza de sociedade anónima de capitais

exclusivamente públicos, sendo detido pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças.

A gestão do BPN foi atribuída à Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD).

No âmbito do seu processo de reestruturação, o BPN constituiu durante o exercício de 2010, as entidades

Parparticipadas, SGPS,S.A. (Parparticipadas), Parvalorem, S.A. (Parvalorem) e Parups, S.A. (Parups), a quem

alienou, ao valor nominal, um conjunto de ativos que se encontravam no seu balanço e de outras entidades

por si detidas em 30 de Novembro de 2010. No exercício de 2011, no âmbito do processo de

reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º 825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo

Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, da totalidade das ações

representativas do capital social das entidades acima referidas, operação que se concretizou em Fevereiro

de 2012.

Durante o exercício de 2010, o Estado Português, acionista do BPN, aprovou a reprivatização do BPN

através do Decreto-Lei n.º 2/2010 de 5 de Janeiro, tendo em 9 de Dezembro de 2011 celebrado um Acordo

Quadro com os acionistas do Banco BIC Português, S.A. (adiante igualmente designado por “BIC”), através

deste. Este Acordo Quadro regula as relações entre o Estado Português e o BIC no âmbito da operação de

privatização, visando a aquisição por parte dos acionistas do BIC das ações representativas da totalidade

do capital social e direitos de voto do BPN. O contrato de compra e venda de ações foi celebrado a 30 de

Março de 2012, tendo sido adquiridas a totalidade das ações do BPN pelos acionistas do BIC em Junho de

2012.

82

Neste contexto, em Junho de 2012, o grupo de acionistas que passou a deter e controlar o BPN e o BIC

deliberou, por questões de racionabilidade económica, incorporar este naquele, mediante a concretização

de uma fusão por incorporação, com a consequente extinção do BIC. A 7 de Dezembro de 2012, após a

aprovação do Banco de Portugal, foi registada a referida fusão por incorporação na Conservatória do

Registo Comercial, com efeitos retroagidos a 1 de Julho de 2012. Na mesma data, o BPN alterou a sua

denominação social para Banco BIC Português, S.A..

Conforme previsto no projeto de fusão, foi realizado um aumento do capital social do Banco BIC em 1

milhão de Euros, mediante a emissão de 200 mil ações totalmente subscritas e realizadas pelos seus

acionistas, de acordo com as respetivas participações.

O Banco tem sede em Lisboa, na Avenida António Augusto Aguiar Nº 132, e dedica-se à obtenção de

recursos de terceiros, sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica, juntamente com os seus

recursos próprios, em todos os sectores da economia, na sua maior parte sob a forma de aplicações em

instituições de crédito no País e no estrangeiro, bem como na concessão de empréstimos a clientes

empresas e particulares, prestando ainda outros serviços bancários, designadamente enquanto banco

correspondente de bancos angolanos para a Zona Euro.

Para a realização das suas operações, em 31 de Dezembro de 2012, o Banco contava com uma rede

nacional de 197 agências, 11 gabinetes de empresa e 1 centro de private banking.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DE INFORMAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as demonstrações financeiras da Sede são agregadas com as da

Sucursal da Madeira, o que representa a sua atividade global (ou atividade individual). Todos os saldos e

transações entre a Sede e a Sucursal foram eliminados no processo de agregação das respetivas

demonstrações financeiras.

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras do Banco foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações,

com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas

Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das

Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é

conferida pelo Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme

83

adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e

do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17

de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere

aos seguintes aspetos:

Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os

créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como

tal, registados pelo justo valor;

i) Mantém-se o anterior regime de provisionamento do crédito e contas a receber, sendo definidos níveis

mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as

alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de

Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas

por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

ii) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível

o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Ativos fixos tangíveis. Como exceção, é

permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias

resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

2.2. Novas normas e interpretações, revisões e emendas adoptadas pela União Europeia

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória nos exercícios

económicos futuros, foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas

(“endorsed”) pela União Europeia:

- IFRS 1 (Emenda) “Hiperinflação” – Esta emenda fornece orientações sobre como as entidades

devem apresentar as suas demonstrações financeiras de acordo com as IFRS após um período em que não

as puderam apresentar pelo facto da sua moeda funcional estar sujeita a hiperinflação severa. É de

aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

- IFRS 7 (Emenda) – “Divulgações de instrumentos financeiros” – Esta emenda vem exigir

divulgações adicionais ao nível de instrumentos financeiros, nomeadamente informações relativamente

àqueles sujeitos a acordos de compensação e similares. É de aplicação obrigatória em exercícios iniciados

em ou após 1 de Janeiro de 2013.

- IFRS 9 – “Instrumentos financeiros” – A nova norma utiliza uma abordagem única para

determinar a contabilização de um ativo financeiro ao custo amortizado ou ao justo valor, simplificando a

classificação face à IAS 39. A classificação depende das características contratuais do ativo e da forma

84

como é efetuada a sua gestão. A norma não abrange os passivos financeiros. É de aplicação obrigatória

em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015.

- IFRS 12 – “Disclosures of Interests in Other Entities” - Esta norma vem estabelecer um novo

conjunto de divulgações relativas a participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e

entidades não consolidadas. É de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de

2014.

- IFRS 13 – “Fair Value Measurement” - Esta norma vem substituir as orientações existentes nas

diversas normas IFRS relativamente à mensuração de justo valor. Esta norma é aplicável quando outra

norma IFRS requer ou permite mensurações ou divulgações de justo valor. É de aplicação obrigatória em

exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

- IAS 12 (Emenda) – “Deferred tax: Recovery of Underlying Assets” – A alteração fornece uma

presunção de que a recuperação de propriedades de investimento mensuradas ao justo valor de acordo

com a IAS 40 será realizada através da venda. A alteração ao texto da norma é de aplicação obrigatória em

exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

- IAS 19 (Emenda) - “Benefícios dos Empregados” - Esta emenda vem introduzir algumas

alterações relacionadas com o relato sobre os planos de benefícios definidos, nomeadamente: (i) os

ganhos/perdas atuariais passam a ser reconhecidos na totalidade em reservas (deixa de ser permitido o

método do “corredor”); (ii) passa a ser aplicada uma única taxa de juro à responsabilidade e aos ativos do

plano. A diferença entre o retorno real dos ativos do fundo e a taxa de juro única é registada como os

ganhos/perdas atuariais; (iii) os gastos registados em resultados correspondem apenas ao custo do serviço

corrente e aos gastos líquidos com juros. As alterações ao texto da norma são de aplicação obrigatória em

exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

- IAS 32 (Emenda) - Esta emenda vem clarificar determinados aspetos da norma devido à

diversidade na aplicação dos requisitos de compensação. A alteração ao texto da norma é de aplicação

obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2014.

O Banco não procedeu à aplicação antecipada de qualquer destas normas nas demonstrações financeiras

do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012. Não são estimados impactos significativos nas

demonstrações financeiras decorrentes da adoção das mesmas.

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios

económicos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adotadas

(“endorsed”) pela União Europeia:

85

- IFRS 1 (Emenda) “Subsídios governamentais” – Cria uma exceção à aplicação retrospetiva dos

requisitos definidos na IAS 20 para aplicação a subsídios governamentais concedidos a taxas de juro

bonificadas. É de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

- IFRS 9 – “Instrumentos financeiros”. Esta norma estabelece os requisitos para a classificação e

mensuração dos ativos financeiros. A norma não abrange os passivos financeiros. É de aplicação

obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015.

- IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12 (Emenda) “Regras de transição” – Emendas às IFRS 10, IFRS 11 e

IFRS 12 de modo a clarificar as regras do processo de transição para as referidas normas. É de aplicação

obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013.

- IFRS 10, IFRS 13 e IAS 27 (Emenda) “Entidades de investimento” – Criam uma exceção para a

preparação de demonstrações financeiras consolidadas por entidades de investimento. É de aplicação

obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014.

Estas normas não foram ainda adotadas (“endorsed”) pela União Europeia e, como tal, não foram

aplicadas pelo Banco BIC no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.

As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2012, estão pendentes de aprovação pela

Assembleia Geral. No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Banco que estas

demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.3. Comparabilidade da informação

Conforme referido na Nota Introdutória, a 7 de Dezembro de 2012 ocorreu a fusão por incorporação do

Banco BIC no Banco. A fusão para efeitos contabilísticos foi reportada a 1 de Julho de 2012. O Banco

integrou os ativos e passivos do Banco BIC pelo seu justo valor com referência a 1 de Julho de 2012. O

impacto do aumento de capital realizado no âmbito da fusão reflete a incorporação do justo valor dos

ativos e passivos do BIC com referência àquela data.

O impacto desta fusão nos capitais próprios do Banco pode ser demonstrado como segue:

Capital próprio do BIC à data da fusão 39.400 Transferência das reservas de reavaliação 644 Ajuste do justo valor dos ativos e passivos ( 2.342 ) ---------- Outras reservas 37.702 ---------- Transferência das reservas de reavaliação ( 644 ) Aumento do capital social 1.000 ---------- Impacto da fusão por incorporação 38.058 =====

86

No âmbito da aplicação da norma IFRS 3, o Banco ajustou o justo valor da carteira de títulos e de crédito

concedido a clientes em 2.097 mil Euros e 245 mil Euros, respetivamente. Na determinação do justo valor

da carteira de títulos foi utilizado o bid price divulgado por meios de difusão de informação financeira,

enquanto que, para a carteira de crédito à habitação foi considerado o valor atual dos fluxos financeiros

futuros (prestações), descontados a uma taxa de juro que reflete as atuais condições de mercado.

Consequentemente, uma vez que o balanço e a demonstração de resultados dos períodos anteriores não

foram reexpressos, os ativos, passivos, custos e proveitos do Banco em 31 de Dezembro de 2012 não são

diretamente comparáveis com os de 31 de Dezembro de 2011.

Apresenta-se de seguida um resumo por rubrica do balanço do BIC a 1 de Julho de 2012 que foi

incorporado no Banco nos termos atrás descritos (montantes expressos em Euros):

Apresenta-se de seguida um resumo por rubrica da demonstração dos resultados do BIC para o período

compreendido entre 1 de Janeiro de 2012 e 1 de Julho de 2012 (montantes expressos em Euros:

ACTIVO 01-07-2012 PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 01-07-2012

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 11.162.731 Passivo

Disponibilidades em outras instituições de crédito 89.300.377 Recursos de bancos centrais 308.440.847

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 29.269.967 Recursos de outras instituições de crédito 463.454.409

Activos financeiros disponíveis para venda 4.930.785 Recursos de clientes e outros empréstimos 188.793.222

Aplicações em instituições de crédito 490.445.437 Provisões 3.287.141

Crédito a clientes 316.219.573 Passivos por impostos correntes 2.085.262

Investimentos detidos até à maturidade 25.077.544 Outros passivos 9.233.414

Outros activos tangíveis 2.857.434 Total do Passivo 975.294.294

Activos intangíveis 434.214

Activos por impostos diferidos 1.371.721 Capital Próprio

Outros activos 43.624.430 Capital 30.000.000Reservas de reavaliação (644.479)Outras reservas e resultados transitados 6.920.237Resultado líquido do período 3.124.161

Total do Capital Próprio 39.399.919

Total do Activo 1.014.694.212 Total do Passivo e do Capital Próprio 1.014.694.212

87

2.4. Aplicação retrospetiva de alteração de políticas contabilísticas

Tal como referido na Nota 2.15, no exercício de 2012, o Conselho de Administração do Banco decidiu

alterar a política contabilística, deixando de utilizar o método do corredor e passando a reconhecer os

ganhos e perdas atuariais em capitais próprios, conforme permitido pela IAS 19.

De acordo com a Lei nº 64 – B/2011, relativa ao Orçamento de Estado para 2012, o impacto desta

alteração será aceite em termos fiscais durante um período de 10 anos.

Conforme requerido pela IAS 8, são apresentados em seguida os efeitos da alteração da política

contabilística no capital próprio em 1 de Janeiro de 2011, no resultado líquido do exercício de 2011 e no

capital próprio de 31 de Dezembro de 2011:

Juros e rendimentos similares 16.937.864Juros e encargos similares (8.898.873)

Margem financeira 8.038.991

Rendimentos de serviços e comissões 1.670.404Encargos com serviços e comissões (92.603)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 1.473.165Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 34.200Resultados de reavaliação cambial 1.931.706Outros resultados de exploração 353.603

Produto bancário 13.409.466

Custos com o pessoal (3.348.654)Gastos gerais administrativos (2.591.279)Amortizações do exercício (381.947)Provisões líquidas de reposições e anulações (584.271)Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) (1.510.055)

Resultado antes de impostos 4.993.260

Impostos Correntes (1.869.100)

Resultado líquido do período 3.124.161

88

2.5. Conversão de saldos e transações em moeda estrangeira

As contas do Banco são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente económico em que

operam (denominada “moeda funcional”). Os resultados e posição financeira são expressos em Euros, a

moeda funcional do Banco.

Na preparação das demonstrações financeiras, as transações em moeda estrangeira são registadas com

base nas taxas de câmbio indicativas na data em que foram realizadas. Em cada data de balanço, os ativos

e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional com

base na taxa de câmbio em vigor. Os ativos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são

convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os ativos não monetários

registados ao custo histórico, incluindo ativos tangíveis e intangíveis, permanecem registados ao câmbio

original.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são refletidas em resultados do exercício, com

exceção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, tal como ações, classificados como

disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.

2.6. Instrumentos financeiros

a) Crédito a clientes e valores a receber de outros devedores

Valorimetria

Conforme descrito na Nota 2.1, estes ativos são registados de acordo com as disposições do Aviso nº

1/2005, do Banco de Portugal. Deste modo são registados pelo valor nominal, sendo os respetivos

proveitos, nomeadamente juros e comissões, reconhecidos ao longo do período das operações, quando se

tratem de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre

31.12.2011 31.12.2010Capital próprio Resultado Capital Capitalsem resultado líquido próprio próprio

líquido do exercício do exercício total total

Saldos antes da aplicação retrospectiva (403.658) (95.450) (499.108) (2.181.876)

Impacto da aplicação retrospectiva em 01 de Janeiro de 2011:

Desvios actuariais acumulados em 01 de Janeiro de 2011 (12.348) - (12.348) (12.348)Desvios actuariais reconhecidos em 2011 4.681 - 4.681 -Desvios actuariais amortizados em 2011 (excesso do corredor) - 25 25 -Efeito fiscal - - - -

Saldos após aplicação retrospectiva (411.325) (95.425) (506.750) (2.194.224)

89

que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos

ativos incluídos nesta categoria são igualmente periodificados ao longo do período de vigência dos

créditos.

Desreconhecimento

De acordo com a Norma IAS 39, os créditos apenas são removidos do balanço (“desreconhecimento”)

quando o Banco transfere substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção. Neste

âmbito, em 2011, no que respeita à operação de titularização de crédito concedido (Nota 21), no âmbito da

qual foram efetuadas pelo Banco cessões de créditos nos exercícios de 2006 e 2007, o Banco não

procedeu ao respetivo desreconhecimento. Assim, o montante em dívida de créditos titularizados desde o

início da operação encontrava-se registado na rubrica “Créditos a clientes”, tendo sido reconhecido um

passivo financeiro associado aos ativos transferidos (Notas 2.6. c) e 21).

Em 2012, conforme estabelecido no Acordo Quadro e no Contrato de Compra e Venda (Nota introdutória), o

Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados à carteira de créditos

titularizados, tendo, por conseguinte, desreconhecido a respetiva carteira de crédito.

Provisionamento

O regime de provisionamento mínimo destes ativos corresponde ao definido no Aviso nº 3/95, de 30 de

Junho, do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelo Aviso nº 8/2003, de 30 de Janeiro e pelo

Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro, e inclui as seguintes provisões para riscos de crédito:

i. Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações

vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos

dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de

início do incumprimento.

ii. Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que

tenham outras responsabilidades vencidas.

Nos termos do Aviso nº 3/95 consideram-se como créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

90

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às

respetivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

(i) excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros vencidos;

(ii) estarem em incumprimento há mais de:

. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;

. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões,

sendo provisionados de acordo com a percentagem das provisões constituídas para crédito vencido.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se o crédito e juros vencidos de todas as operações

relativamente a esse cliente, acrescidos do crédito vincendo abrangido pela alínea anterior, excederem

25% do crédito total, acrescido dos juros vencidos. Os créditos nestas condições são provisionados com

base em metade das taxas de provisão aplicáveis aos créditos vencidos.

iii. Provisão para risco-país

Destina-se a fazer face aos problemas de realização de todos os ativos financeiros e extrapatrimoniais

sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento

utilizado ou a natureza da contraparte, com exceção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na

medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras;

- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que

estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, do

Banco de Portugal, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto prazo, que cumpram as condições definidas

pelo Banco de Portugal.

91

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas pelo Banco de

Portugal, o qual classifica os países e territórios segundo grupos de risco.

iv. Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, e destina-se a fazer face aos riscos de cobrança do crédito concedido e

garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito e

garantias e avales prestados, excluindo as responsabilidades incluídas na base de cálculo das imparidades e

provisões para crédito e juros vencidos e créditos de cobrança duvidosa:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não

possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel ou operações de locação financeira

imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

O efeito da constituição desta provisão é reconhecido na rubrica “Provisões líquidas de reposições e

anulações”, da demonstração de resultados.

Tal como referido anteriormente o Aviso 3/95 de 30 de Junho do Banco de Portugal define níveis de

provisionamento mínimo dos créditos a clientes. Face às especificidades da carteira de crédito do Banco, as

provisões estimadas excedem as provisões mínimas.

Para fazer face a potenciais problemas na recuperabilidade de créditos para os quais existem indícios de

imparidade, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as provisões registadas acima dos mínimos exigidos pelo

normativo do Banco de Portugal ascendem a 119.558 mEuros e 64.769 mEuros, respetivamente.

Em 31 de Dezembro de 2012, as imparidades e provisões para crédito foram apuradas da seguinte forma

Análise individual de todos os clientes com responsabilidades globais (incluindo responsabilidades

extrapatrimoniais) iguais ou superiores a € 1.000.000 (Ativos individualmente significativos), bem como

de entidades que possuam uma exposição igual ou superior a € 250.000 e que apresentem pelo menos

uma das seguintes situações de risco:

i. Crédito Vencido na carteira;

a. Crédito em Situação Irregular na Central de Responsabilidades do Banco de Portugal igual ou

superior a € 25.000;

92

ii. Afeto aos Departamentos de Contencioso ou Pré-Contencioso do Banco;

iii. Créditos identificados internamente com o código de “Extinção”, “Redução” ou “Reforço de Garantias”;

iv. Clientes com taxa de imparidade anterior igual ou superior a 5%.

Para o universo dos clientes não sujeitos a análise individual, foi efetuada análise coletiva baseada nas

respostas obtidas aos questionários de crédito enviados às áreas comerciais do Banco para uma amostra

de operações de crédito, que representou 45% do total da carteira.

b) Outros ativos financeiros

Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39,

sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Ativos financeiros detidos para negociação

Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável, obrigações e outros

títulos transacionados em mercados ativos, adquiridos com o objetivo de venda ou recompra no curto

prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo)

são incluídos na rubrica de ativos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com

valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para

negociação.

Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os

ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal

(prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efetiva e reconhecidos em

resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os

dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

93

ii) Empréstimos e contas a receber

São ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo. Dada a

restrição estabelecida no Aviso nº 1/2005, esta categoria inclui apenas valores a receber de outras

instituições de crédito.

No reconhecimento inicial estes ativos são registados pelo seu justo valor, deduzido de eventuais

comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à

transação. Subsequentemente, estes ativos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido

de perdas por imparidade e provisões para risco-país.

Reconhecimento de juros

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efetiva, que permite calcular o custo amortizado e

repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva é aquela que, sendo utilizada para

descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o

seu valor actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

iii) Ativos financeiros disponíveis para venda

Esta categoria inclui os seguintes instrumentos financeiros:

• Unidades de participação em fundos de investimento;

• Ações;

• Obrigações e outros títulos de rendimento fixo.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, com exceção de instrumentos

de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os

quais permanecem registados ao custo. Os ganhos ou perdas resultantes da reavaliação são registados

diretamente em capitais próprios, em “Reservas de reavaliação”. No momento da venda, ou caso seja

determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos ou custos

do exercício, sendo registadas nas rubricas de “Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda”

ou “Imparidade de outros ativos financeiros, líquida de reversões e recuperações”, respetivamente.

Para efeitos da determinação dos resultados na venda, os ativos vendidos são valorizados pelo custo

médio ponderado de aquisição.

94

Os juros de instrumentos de dívida classificados nesta categoria são determinados com base no método da

taxa efetiva, sendo reconhecidos em “Juros e rendimentos similares” da demonstração de resultados.

Os dividendos de instrumentos de capital classificados nesta categoria são registados como proveitos na

rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital” quando é estabelecido o direito do Banco ao seu

recebimento.

Justo valor

Conforme acima referido, os ativos financeiros registados na categoria de “Ativos financeiros detidos para

negociação” e “Ativos financeiros disponíveis para venda” são valorizados pelo justo valor.

O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um activo ou passivo

financeiro pode ser vendido ou liquidado entre partes independentes, informadas e interessadas na

concretização da transação em condições normais de mercado.

O justo valor de ativos financeiros é determinado com base em:

• Preços (bid prices) difundidos por meios de difusão de informação financeira;

• Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transacionados em mercados ativos.

Passivos financeiros

Os passivos financeiros são registados na data de contratação pelo respetivo justo valor, deduzido de

custos diretamente atribuíveis à transação. Os passivos são classificados nas seguintes categorias:

i) Passivos financeiros detidos para negociação

Os passivos financeiros detidos para negociação incluem instrumentos financeiros derivados com

reavaliação negativa.

Estes passivos encontram-se registados pelo respetivo justo valor, sendo os ganhos e perdas resultantes

da sua valorização subsequente registados nas rubricas de “Resultados de ativos e passivos financeiros

avaliados ao justo valor através de resultados”.

ii) Passivos financeiros associados a ativos transferidos

Em 2011, esta rubrica incluía os fundos recebidos no âmbito da operação de titularização de crédito

concedido (Notas 2.6.a) e 21).

95

iii) Outros passivos financeiros

Esta categoria inclui recursos de outras instituições de crédito e de clientes, obrigações emitidas, passivos

subordinados e passivos incorridos para pagamento de prestações de serviços ou compra de activos,

registados em “Outros passivos”.

Estes passivos financeiros são valorizados pelo custo amortizado sendo os juros, quando aplicável,

reconhecidos de acordo com o método da taxa efetiva.

d) Derivados e contabilidade de cobertura

Em 31 de Dezembro de 2012, o Banco não tem operações em que aplique a contabilidade de cobertura.

Em 2011, o Banco realizava operações com produtos derivados no âmbito da sua atividade, com o objetivo

de satisfazer as necessidades dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de

taxas de juro e de cotações.

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação.

Adicionalmente, são refletidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respetivo valor nocional

Subsequentemente, os derivados são registados ao justo valor, o qual é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados ativos (por exemplo, no que respeita a futuros

transacionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização normalmente utilizadas no mercado,

incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados de cobertura

Trata-se de derivados contratados com o objetivo de cobertura da exposição do Banco a riscos inerentes à

sua atividade. A classificação como derivados de cobertura e a utilização das regras de contabilidade de

cobertura, conforme abaixo descrito, dependem do cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Em 31 de Dezembro de 2011, o Banco utilizou apenas coberturas de exposição à variação do justo valor

dos instrumentos financeiros registados em balanço, denominadas “Coberturas de justo valor”. Os

derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados reconhecidos em

proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, nomeadamente através do

apuramento de uma eficácia entre 80% e 125%, o Banco reflete igualmente no resultado do exercício a

variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto nas rubricas de “Resultados em

96

ativos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de instrumentos que

incluem uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros

relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são refletidos em “Juros e rendimentos similares” e

“Juros e encargos similares”, da margem financeira.

Sempre que as coberturas deixem de satisfazer os requisitos para aplicação de contabilidade de cobertura

definidos na Norma, ou caso o Banco revogue a designação, a contabilidade de cobertura é descontinuada.

Nestas situações, os ajustamentos efetuados aos elementos cobertos até à data em que a contabilidade de

cobertura deixa de ser eficaz ou é decidida a revogação dessa designação passam a ser reconhecidos em

resultados pelo método da taxa efetiva até à maturidade do ativo ou passivo financeiro.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no ativo e passivo,

respetivamente, em rubricas específicas.

As valorizações dos elementos cobertos são refletidas nas rubricas de balanço onde se encontram

registados esses instrumentos.

Derivados de negociação

Inclui todos os derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes, de acordo com a

Norma IAS 39, nomeadamente:

• Derivados contratados para cobertura de risco em ativos ou passivos registados ao justo valor através

de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não reúnem as condições necessárias para a

utilização de contabilidade de cobertura ao abrigo da Norma IAS 39, nomeadamente pela dificuldade

em identificar especificamente os elementos cobertos, nos casos em que não se tratem de micro-

coberturas, ou pelos resultados dos testes de eficácia se situarem fora do intervalo permitido pela

Norma IAS 39;

• Derivados contratados com o objetivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados reconhecidos em

proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de ativos e passivos financeiros avaliados

ao justo valor através de resultados”, com exceção da parcela relativa a juros corridos e liquidados, a

qual é refletida em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”. As reavaliações

positivas e negativas são registadas nas rubricas “Ativos financeiros detidos para negociação” e

“Passivos financeiros detidos para negociação”, respetivamente.

97

e) Imparidade de ativos financeiros

Ativos financeiros ao custo amortizado

O Banco efetuou uma análise de imparidade dos seus activos financeiros registados ao custo

amortizado excluindo, conforme referido na Nota 2.1, o crédito a clientes e as contas a receber.

Ativos financeiros disponíveis para venda

Conforme referido na Nota 2.6. b), os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo

valor, sendo as variações no justo valor refletidas em capital próprio, na rubrica “Reservas de reavaliação”.

Sempre que exista evidência objetiva de imparidade, as menos valias acumuladas que tenham sido

reconhecidas em reservas são transferidas para custos do exercício sob a forma de perdas por imparidade,

na rubrica “Imparidade de outros ativos financeiros, líquida de reversões e recuperações”.

A Norma IAS 39 prevê os seguintes indícios específicos para imparidade em instrumentos de capital:

• Informação sobre alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de

mercado, económica ou legal em que o emissor opera que indique que o custo do investimento não

venha a ser recuperado;

• Um declínio significativo ou prolongado do valor de mercado abaixo do preço de custo.

As perdas por imparidade em instrumentos de capital não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-

valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas em “Reservas

de reavaliação”. Caso posteriormente sejam determinadas menos-valias adicionais, considera-se sempre

que existe imparidade, pelo que são refletidas em resultados do exercício.

O montante de perda por imparidade apurado é reconhecido diretamente em resultados do exercício. As

perdas por imparidade nestes ativos não podem igualmente ser revertidas.

2.7. Bens recebidos em dação de crédito

Os imóveis e outros bens arrematados obtidos por recuperação de créditos vencidos são registados por

contrapartida da rubrica de “Crédito a clientes”, quando existe a dação em cumprimento ou pela rubrica de

“Cheques e ordens a pagar”, quando há adjudicações judiciais nas quais o Banco não é dispensado do

respetivo pagamento. Os bens são subsequentemente registados nas seguintes rubricas:

98

- Nos casos em que a expectativa de venda seja altamente provável e se encontrem disponíveis para

venda imediata, os bens são registados em “Ativos não correntes detidos para venda”, cumprindo os

requisitos da Norma IFRS 5.

- Caso os ativos não se encontrem disponíveis para venda imediata, são registados na rubrica “Outros

ativos”.

Estes activos não são amortizados. Periodicamente, são efectuadas avaliações dos imóveis recebidos por

recuperação de créditos. Caso o valor de avaliação, deduzido dos custos estimados a incorrer com a venda

do imóvel, seja inferior ao valor de balanço, são registadas perdas por imparidade.

Pela venda dos bens arrematados procede-se ao seu abate do activo, sendo os ganhos ou perdas

registados nas rubricas “Outros proveitos e custos de exploração”.

Em 31 de Dezembro de 2012, o Banco não tem bens recebidos em dação de crédito.

2.8. Ativos não correntes detidos para venda

A Norma IFRS 5 – “Ativos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas” é aplicável a

ativos isolados e também a grupos de ativos a alienar, através de venda ou outro meio, de forma agregada

numa única transação, bem como todos os passivos diretamente associados a esses ativos que venham a

ser transferidos na transação (denominados “grupos de ativos e passivos a alienar”).

Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda

sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através de venda, e não de

uso continuado. Para que um ativo (ou grupo de ativos e passivos) seja classificado nesta rubrica é

necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:

- A probabilidade de ocorrência da venda seja elevada;

- O ativo esteja disponível para venda imediata no seu estado atual;

- Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a

classificação do ativo nesta rubrica.

Os ativos registados nesta rubrica não são amortizados, sendo valorizados ao menor entre o custo de

aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é

determinado com base em avaliações de peritos.

99

Caso o valor registado em balanço seja superior ao justo valor, deduzido dos custos de venda, são

registadas perdas por imparidade na rubrica “Imparidade de outros ativos líquida de reversões e

recuperações”.

Em 31 de Dezembro de 2012 o Banco não tem ativos classificados nesta rubrica.

2.9. Outros ativos tangíveis

São registados ao custo de aquisição, reavaliado ao abrigo das disposições legais aplicáveis, deduzido das

amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras despesas

associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rubrica “Gastos gerais

administrativos”.

As amortizações são calculadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem, a qual

corresponde ao período em que se espera que o ativo esteja disponível para uso, que é:

Anos devida útil

Imóveis de serviço próprio 50 Obras em edifícios arrendados 10 Equipamento 4 a 10 Outros ativos tangíveis 10 Os terrenos não são objeto de amortização.

As despesas com obras e beneficiações em imóveis ocupados pelo Banco como locatário em regime de

locação operacional são capitalizadas nesta rubrica e amortizadas, em média, ao longo de um período de 10

anos.

As amortizações são registadas em custos do exercício.

2.10. Locação financeira

As operações de locação financeira são registadas da seguinte forma:

Como locatário

Os ativos em regime de locação financeira são registados pelo justo valor no ativo e no passivo,

processando-se as respetivas amortizações.

100

As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas de acordo com o respetivo plano

financeiro, reduzindo-se o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros suportados

são registados em “Juros e encargos similares”.

Como locador

Os ativos em regime de locação financeira são registados no balanço como “Crédito a clientes”, sendo este

reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros

incluídos nas rendas são registados como “Juros e rendimentos similares”.

2.11. Ativos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso

de software utilizado no desenvolvimento das atividades do Banco.

Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por

imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual

corresponde a um período de 3 anos.

As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo no exercício em que são

incorridas.

2.12. Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Em 31 de Dezembro de 2012 o Banco não detinha ativos registados nesta rubrica. No âmbito da

recapitalização do Banco, conforme referido na nota introdutória e em conformidade com o estabelecido no

Acordo Quadro, estes ativos foram alienados a sociedades controladas pelo Estado.

Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica incluía as participações diretas em empresas nas quais o Banco

exercia um controlo efetivo sobre a sua gestão corrente, de modo a obter benefícios económicos das suas

atividades, as quais são denominadas “filiais”. Normalmente o controlo era evidenciado pela detenção de

mais de 50% do capital ou dos direitos de voto.

Estes ativos eram registados ao custo de aquisição, sendo objeto de análises periódicas de imparidade, de

acordo com a Norma IAS 36. Aquando da existência de imparidade, o valor do balanço é ajustado pelo

101

montante correspondente à participação nos capitais próprios das participadas (Nota 15). Nas situações

em que o valor dos capitais próprios das participadas é negativo, o Banco regista adicionalmente uma

provisão para a sua participação nas perdas dessas entidades na rubrica “Provisões para outros riscos e

encargos”.

2.13. Impostos sobre lucros

Impostos correntes

O Banco BIC está sujeito ao regime geral de IRC consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Coletivas (Código do IRC).

As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal do Banco BIC durante um período de 4

anos, exceto nos casos de utilização de prejuízos fiscais reportáveis, em que o prazo de caducidade é o do

exercício desse direito, podendo resultar devido a diferentes interpretações da legislação eventuais

correções ao lucro tributável dos exercícios de 2009 a 2012.

O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado

contabilístico devido a ajustamentos resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais,

ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos.

A taxa de IRC para o exercício de 2012 fixou-se em 25% sobre a matéria coletável, à qual acresce a

Derrama Municipal à taxa 1,5%, prevista na Lei das Finanças Locais, aplicável sobre o lucro tributável

apurado no exercício.

Com a publicação da Lei n.º 12 – A/2010, de 30 de Junho, foi introduzida a Derrama Estadual, alterada

entretanto pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (Orçamento do Estado para 2012), a qual,

relativamente ao exercício de 2012, deve ser paga por todos os sujeitos passivos que apurem um lucro

tributável sujeito e não isento de IRC superior 1.500.000 Euros. A Derrama Estadual corresponderá a 3%

sobre a parte do lucro tributável, sujeito e não isento de IRC, superior a 1.500.000 Euros e até 10.000.000

Euros. À parte do lucro tributável que exceda os 10.000.000 Euros será aplicável uma taxa de 5%.

Os prejuízos fiscais reportáveis apurados em exercícios anteriores são dedutíveis no exercício de 2012 e

seguintes, em 75% do respetivo lucro tributável, sem prejuízo da parte não deduzida poder ser reportada

dentro dos prazos previstos na lei.

102

Por outro lado, com a publicação da Lei n.º 55 - A/2010, de 31 de Dezembro, o Banco passou a estar

abrangido pelo regime de contribuição sobre o sector bancário. A contribuição sobre o sector bancário

incide sobre:

a) O passivo representativo de dívidas para com terceiros, apurado e aprovado pelos sujeitos

passivos, deduzido dos fundos próprios de base (tier 1) e complementares (tier 2) e dos depósitos

abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Ao passivo apurado são deduzidos:

- Elementos que segundo as normas de contabilidade aplicáveis, sejam reconhecidos como capitais

próprios;

- Passivos associados ao reconhecimento de responsabilidades por planos de benefício definido;

- Passivos por provisões;

- Passivos resultantes da reavaliação de instrumentos financeiros derivados;

- Receitas com rendimento diferido, sem consideração das referentes as operações passivas e;

- Passivos por ativos não desreconhecidos em operações de titularização.

b) O valor nocional dos instrumentos financeiros derivados fora do balanço apurado pelos sujeitos

passivos, com exceção dos instrumentos financeiros derivados de cobertura ou cuja posição em risco se

compensa mutuamente.

As taxas aplicáveis às bases de incidência definidas pelas alíneas a) e b) anteriores são 0,05% e 0,00015%,

respetivamente, em função do valor apurado.

Impostos diferidos

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros

resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e

passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são registados para todas as diferenças temporárias tributáveis,

enquanto que os impostos diferidos ativos só são reconhecidos até ao montante em que seja provável a

existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças

tributárias dedutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à

data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou

substancialmente aprovadas na data de balanço.

103

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto

nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital

próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestas

situações, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não

afetando o resultado do exercício.

O Banco tem registado ativos por impostos diferidos por diferenças tributáveis temporárias, até ao

montante que entende ser recuperável em função dos estudos de que dispõe e que demonstram a

probabilidade de obtenção de lucros fiscais no futuro.

2.14. Provisões e passivos contingentes

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de

eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser

determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a

desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos

contingentes são apenas objeto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja

remota.

As provisões para outros riscos e encargos destinam-se a fazer face a contingências diversas do Banco.

No âmbito do Acordo Quadro e do Contrato de Compra e Venda (Nota introdutória), as responsabilidades

desta natureza que resultem de eventos ocorridos até 30 de Março de 2012 foram transferidas para o

Estado, sendo esta uma medida enquadrada no âmbito da recapitalização do Banco. Neste sentido, o Banco

procedeu à reposição de provisões, por contrapartida de capitais próprios, no montante de 259.152 mEuros

(Nota 22).

2.15. Benefícios dos empregados

A integração dos trabalhadores das instituições de crédito e sociedades financeiras no sistema

previdencial, iniciada em 2009 com a inscrição no regime geral de segurança social dos novos

trabalhadores bancários, foi prosseguida, em 2011, com a integração naquele regime, para algumas

eventualidades, dos trabalhadores bancários no ativo abrangidos pelo regime de segurança social

substitutivo constante de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho vigente no setor bancário.

104

Em 31 de Dezembro de 2011, foi publicado o Decreto-Lei n.º 127/2011, que determinou a transmissão das

responsabilidades e ativos dos fundos de pensões de um conjunto de instituições financeiras para a

Segurança Social, tendo assim promovido a assunção, pela segurança social, da responsabilidade pelas

pensões em pagamento em 31 de dezembro de 2011 previstas naquele regime de segurança social

substitutivo, a transmissão para o Estado da titularidade do património dos fundos de pensões, na parte

afeta à satisfação da responsabilidade pelas pensões referidas anteriormente, e, bem assim, os termos do

financiamento pelo Estado da responsabilidade pelas mesmas.

Contudo, o referido decreto-lei não incluiu os trabalhadores do BPN, atentas as especificidades do

processo, já então em curso, de alienação pelo Estado da totalidade das ações representativas do capital

social deste Banco.

Reunidas as condições para essa alienação, procedeu–se, no primeiro semestre de 2012, de acordo com o

Decreto – Lei n.º 88/2012, aprovado em Conselho de Ministros de 22 de Março de 2012 e promulgado a 4

de Abril de 2012, à integração dos trabalhadores no ativo no regime geral de segurança social,

relativamente às eventualidades de doença, invalidez e morte, e à transferência para a Caixa Geral de

Aposentações, I. P. (CGA, I. P.), juntamente com os correspondentes meios financeiros, das

responsabilidades com as pensões em pagamento e a atribuir no futuro àqueles trabalhadores.

Assim, e de acordo com o estabelecido no âmbito do Acordo Quadro e no Contrato de Compra e Venda, em

31 de Dezembro de 2012, o Banco BIC não tem responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência

para com os seus colaboradores, incluindo responsabilidades com o subsídio por morte.

Outros benefícios pós emprego

Os colaboradores admitidos no Banco estão inscritos na Segurança Social, estando abrangidos por um plano

de pensões complementar de contribuição definida e direitos adquiridos ao abrigo da cláusula 114º do

Acordo de Empresa. O referido plano é financiado através de contribuições dos colaboradores (1,5%) e do

Banco (1,5%) sobre o valor da retribuição mensal efetiva. Para este efeito, cada colaborador pode optar por

um fundo de pensões aberto à sua escolha.

Aplicação da IAS 19

As responsabilidades com benefícios dos empregados são reconhecidas de acordo com os princípios

estabelecidos pela Norma IAS 19 – Benefícios dos Trabalhadores, com as adaptações previstas nos Avisos

do Banco de Portugal nº 4/2005 e nº 12/2005. Conforme referido anteriormente, até à sua extinção, os

105

principais benefícios concedidos pelo Banco incluíam pensões de reforma e sobrevivência e subsídio por

morte, para além dos encargos com saúde e outros benefícios de longo prazo que se mantêm em 31 de

Dezembro de 2012.

Responsabilidades com pensões e encargos com saúde

Até à referida extinção ocorrida no primeiro semestre de 2012, o Banco tinha um plano de pensões de

benefício definido, o qual tinha por objetivo garantir o pagamento de pensões de reforma, invalidez e

sobrevivência aos seus empregados, nos termos descritos na Nota 35.

Adicionalmente, a assistência médica aos empregados no ativo e pensionistas do Banco está a cargo do

Serviço de Assistência Médico-Social (SAMS). As contribuições obrigatórias para o SAMS, a cargo do Banco,

correspondem a 6,5% do total das retribuições efetivas dos trabalhadores no ativo, incluindo, entre outras,

o subsídio de férias e o subsídio de Natal.

A responsabilidade reconhecida em balanço relativa a planos de benefício definido correspondia à diferença

entre o valor atual das responsabilidades e o justo valor dos ativos dos fundos de pensões, caso aplicável,

ajustada pelos ganhos e perdas atuariais diferidos. O valor total das responsabilidades era determinado

numa base anual, por atuários independentes, utilizando o método “Unit Credit Projected”, e pressupostos

atuariais considerados adequados (Nota 35). A taxa de desconto utilizada na atualização das

responsabilidades reflete as taxas de juro de mercado de obrigações de empresas de elevada qualidade,

denominadas na moeda em que são pagas as responsabilidades, e com prazos até ao vencimento similares

aos prazos médios de liquidação das responsabilidades.

Os ganhos e perdas resultantes de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os

valores efetivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado do

fundo de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos atuariais, eram diferidos numa

rubrica de ativo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor atual das responsabilidades por

serviços passados ou do valor do fundo de pensões (ou, caso aplicável, das provisões constituídas), dos dois

o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e perdas atuariais excedessem o valor do

corredor, o referido excesso ara reconhecido em resultados pelo período de tempo médio até à idade

normal de reforma dos colaboradores abrangidos pelo plano. Os desvios acima do corredor eram

amortizados considerando um período médio de aproximadamente 25 anos até à reforma dos empregados

ativos.

O custo do exercício com pensões de reforma e encargos com saúde, incluindo o custo dos serviços

106

correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado, bem como a amortização de ganhos e

perdas atuariais, era refletido pelo valor líquido em “Custos com pessoal”.

No exercício de 2012 o Banco decidiu alterar a política contabilística de reconhecimento dos ganhos e

perdas atuariais, deixando de adotar o método do corredor e passando a reconhecer os ganhos e perdas

atuariais diretamente em capitais próprios, conforme permitido pela IAS 19. O Conselho de Administração

entende que esta alteração traduz de forma mais apropriada a posição económica e financeira do Banco

relativamente às responsabilidades com pensões.

Esta alteração de política contabilística foi aplicada retrospetivamente, conforme requerido pela IAS 8

(Nota 2.4.).

Outros benefícios de longo prazo

O Banco tem ainda outras responsabilidades por benefícios de longo prazo concedidos a trabalhadores,

incluindo responsabilidades com prémios de antiguidade.

As responsabilidades com estes benefícios são igualmente determinadas com base em avaliações atuariais.

No entanto, tal como previsto na Norma IAS 19, os ganhos e perdas atuariais não podem ser diferidos,

sendo integralmente refletidos nos resultados do período.

Benefícios de curto prazo

Os benefícios de curto prazo, incluindo prémios de produtividade pagos aos colaboradores pelo seu

desempenho, são refletidos em “Custos com pessoal” no período a que respeitam, de acordo com o princípio

da especialização de exercícios.

2.16. Comissões

As comissões relativas a operações de crédito e outros instrumentos financeiros, nomeadamente

comissões cobradas ou pagas na originação das operações, são reconhecidas ao longo do período das

operações pelo método da taxa efetiva em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”.

As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de

prestação do serviço ou de uma só vez, se corresponderem à compensação pela execução de atos únicos.

107

2.17. Valores recebidos em depósito

Os valores recebidos em depósito, nomeadamente os títulos de clientes, encontram-se registados em

rubricas extrapatrimoniais ao valor nominal, ou ao valor de mercado, caso exista cotação.

2.18. Estimativas contabilísticas críticas e aspetos julgamentais mais relevantes na aplicação das

políticas contabilísticas

Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, é necessária a realização de estimativas pelo

Conselho de Administração do Banco. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras do

Banco incluem as abaixo apresentadas.

Determinação das imparidades e provisões para crédito

As imparidades e provisões para crédito concedido são determinadas de acordo com a metodologia

definida na Nota 2.6. a). Deste modo, a determinação da provisão para créditos analisados individualmente

resulta de uma avaliação específica efetuada pelo Banco com base no conhecimento da realidade dos

clientes e nas garantias associadas às operações em questão.

A estimativa de provisões para créditos que não foram analisados individualmente foi efetuada com base

nas respostas aos questionários de crédito elaborados pelas áreas comerciais do Banco.

O Banco considera que as imparidades e provisões para crédito determinadas com base nesta metodologia

refletem adequadamente o risco associado à sua carteira de crédito concedido.

Avaliação dos colaterais nas operações de crédito

As avaliações dos colaterais de operações de crédito, nomeadamente hipotecas de imóveis, foram

efetuadas no pressuposto da manutenção de todas as condições de mercado imobiliário, durante o período

de vida das operações, tendo correspondido à melhor estimativa do justo valor dos referidos colaterais à

data do balanço.

Valorização de instrumentos financeiros não transaccionados em mercados ativos

De acordo com a Norma IAS 39, o Banco valoriza ao justo valor todos os instrumentos financeiros, com

exceção dos registados ao custo amortizado. Na valorização de instrumentos financeiros não negociados

em mercados líquidos, são utilizadas técnicas de valorização baseadas nas ofertas de compra e venda

108

difundidas através de entidades especializadas. As valorizações obtidas correspondem à melhor estimativa

do justo valor dos referidos instrumentos na data do balanço.

Benefícios dos empregados

Conforme referido na Nota 2.15. acima, as responsabilidades do Banco por benefícios pós-emprego e

outros benefícios de longo prazo concedidos aos seus empregados são determinadas com base em

avaliações atuariais. Estas avaliações atuariais incorporam pressupostos financeiros e atuariais relativos a

mortalidade, invalidez, crescimentos salariais e de pensões, rendibilidade dos ativos e taxa de desconto,

entre outros. Os pressupostos adotados correspondem à melhor estimativa do Banco e dos seus atuários

do comportamento futuro das respetivas variáveis.

Impostos diferidos ativos

O Banco reconheceu impostos diferidos ativos nas demonstrações financeiras referentes a diferenças

temporárias tributáveis, na medida em que dispõe de estudos que demonstram a probabilidade de

obtenção de lucros fiscais no futuro que possibilitam a recuperação dessas diferenças.

Continuidade de operações

As demonstrações financeiras estatutárias do Banco relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de

2011, apresentavam capitais próprios negativos no montante de 499.108 mEuros, situação que punha em

causa a continuidade das operações do Banco. Em 15 de Fevereiro de 2012, o anterior acionista do Banco

procedeu à realização de prestações acessórias pecuniárias e não onerosas no montante de 600.000

mEuros. Adicionalmente, a 30 de Março de 2012 o Banco foi reprivatizado dando sequência ao aprovado

durante o exercício de 2010, pelo Estado Português, anterior acionista do BPN, através do Decreto-Lei n.º

2/2010 de 5 de Janeiro, e conforme o Acordo Quadro celebrado em 9 de Dezembro de 2011.

Reconhecimento dos efeitos da alienação da Parvalorem, Parups, Parparticipadas e da anulação de

passivos

No âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o exercício de 2010, as entidades

Parparticipadas, Parvalorem e Parups, a quem alienou, ao valor nominal, um conjunto de ativos que se

encontravam no seu balanço e de outras entidades por si detidas em 30 de Novembro de 2010.

No exercício de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º

825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e

109

Finanças, da totalidade das ações representativas do capital social das entidades acima referidas,

operação que se concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades

Parvalorem e Parups passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das

Administrações Públicas, nos termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais,

tendo o Conselho de Administração do BPN, refletido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011,

o reconhecimento dos efeitos da alienação destas participadas, através da reversão, por capitais próprios,

das provisões constituídas em 2010 para as responsabilidades cobertas pelas cartas-conforto prestadas e

para os capitais próprios negativos daquelas entidades, no montante total de 1.820.784 mEuros. Em

2012, com o reconhecimento da alienação da Parparticipadas, o Banco reverteu provisões, por capitais

próprios, no montante de 149.520 mEuros (Notas 22 e 26).

Adicionalmente, e conforme estabelecido no Acordo Quadro e no Contrato de Compra e Venda, no âmbito

da recapitalização do Banco foram anuladas, por capitais próprios, um conjunto de responsabilidades que

se encontravam provisionadas na rubrica “provisões para riscos e encargos” (Nota 2.14) e registadas em

outros passivos, no montante de 109.632 mEuros (Notas 22 e 26) e 6.911mEuros (Nota 26),

respetivamente.

O Conselho de Administração do Banco considerou que estas operações se trataram de medidas de

recapitalização, similar a um aumento de capital, motivo pelo qual entendeu registar em capitais próprios e

não em resultados, os respetivos efeitos contabilísticos.

3. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Caixa 39.806 64.148 Depósitos à ordem em Bancos Centrais no estrangeiro 30.598 42.975 Depósitos à ordem no Banco de Portugal 4.485 - Juros a receber 6 14 --------- ------------ 74.895 107.493 ===== ======

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Caixa” incluía o montante de 26.804 relativo a moedas

comemorativas do Europeu de futebol - Euro 2004, que foram alienadas no âmbito do Acordo Quadro a

uma entidade controlada pelo Estado, durante o exercício de 2012.

110

A rubrica “Depósitos à ordem em Bancos Centrais no estrangeiro corresponde a depósitos mantidos no

Banco Central Europeu e visam satisfazer as exigências de reservas mínimas do Sistema Europeu de

Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados à taxa de 0,75% e correspondem a 2% dos

depósitos e títulos de dívida com prazo até dois anos, excluindo os depósitos e os títulos de dívida de

instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC.

4. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Disponibilidades sobre instituições de crédito no País: . Depósitos à ordem 3.262 5.040 . Cheques a cobrar 13.268 19.496 Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro: . Depósitos à ordem 33.159 28.652 . Cheques a cobrar 829 573 ---------- ----------- 50.518 53.761 ===== =====

Os cheques a cobrar correspondem a cheques sobre clientes de outros bancos enviados para

compensação. Estes valores são cobrados nos primeiros dias do exercício subsequente, geralmente não

permanecem nesta conta por mais de um dia útil.

5. ATIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

111

2012 2011 (pro-forma) Instrumentos de capital . De não residentes - 79 Instrumentos derivados com justo valor positivo (Nota 10) 13 20.066 ---- ----------- 13 20.145 ---- ----------- Provisão para risco país (Nota 22) - ( 8 ) ---- ----------- 13 20.137 == ===== Em 31 de Dezembro de 2012, os derivados referem-se a operações forward contratadas com clientes. 6. OUTROS ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Em 31 de Dezembro de 2012, esta rubrica tem a seguinte composição: Instrumentos de dívida . De outros residentes . Dívida não subordinada 3.913 . De outros não residentes . Dívida não subordinada 2.836 --------- 6.749 --------- Outros instrumentos financeiros . Unidades de participação . De residentes 14.278 . De não residentes 20.558 ---------- 34.836 ---------- 41.585 Provisão para risco país (Nota 22) (58) ----------- 41.527 =====

112

Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica “Instrumentos de dívida” inclui os seguintes títulos (montantes

expressos em mEuros):

Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica “Outros instrumentos financeiros” inclui as seguintes unidades

de participação:

Descrição QuantidadeValor de mercado Fair value

Juros acrescidos

Valor de balanço

De outros residentes: Dívida não subordinada

CAIXA GERAL DEPO CXGD 4 38 05/13/13 30.000 99,93 2.998 83 3.081

BCPPL 5 62 04/23/2014 8.000 100,17 801 31 832

3.799 114 3.913

De outros não residentes: Dívida não subordinada

PORTUGAL TEL FIN PORT EL 6 04/30/13 10.000 100,97 1.010 40 1.050

NBI BOND #2212 23-FEB-2017 20.000 87,58 1.752 34 1.786

2.762 74 2.836

Natureza Moeda QuantidadeValor de mercado

Montante (USD/EUR)

BIC Tesouraria USD 197.850 7,40 1.464BIC Brasil USD 79.469 106,98 8.502Nevafund Class I USD 11.956 117,36 1.403

11.369Contravalor em Euros 8.617

Nevafund Class I EUR 238.115 81,87 19.494BIC Tesouraria EUR 1.200.055 5,60 6.725

26.219

34.836

Imparidade (Nota 22) (58)

34.778

113

7. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Instrumentos de dívida . De outros emissores nacionais 6.591 22.589 . De dívida pública 34.701 22.584 . De outros emissores internacionais 14.315 - Instrumentos de capital . Ações Valorizadas ao custo histórico 2.451 26.696 . Unidades de participações Valorizadas ao justo valor 1.669 872 Valorizadas ao custo histórico - 50 ---------- ----------- 59.727 72.791 Imparidades (Nota 22) . Instrumentos de capital Ações - ( 22.369 ) Unidades de participação - ( 463 ) --- ----------- - ( 22.832 ) ---------- ----------- 59.727 49.959 ===== =====

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Instrumentos de capital – Valorizadas ao custo histórico” inclui

8.095.596 ações da Galilei, SGPS, S.A. (anteriormente denominada por Sociedade Lusa de Negócios, SGPS,

S.A.). No exercício de 2010, o Banco adquiriu a um cliente 6.578.948 ações a um preço unitário de 3,04

Euros, após este ter exercido uma opção de venda que detinha. No exercício de 2012, estas ações foram

alienadas a uma entidade controlada pelo Estado.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a reserva de justo valor apresenta a seguinte composição (Nota 26):

114

Em 31 de Dezembro de 2012, o detalhe dos títulos classificados nesta rubrica é o seguinte:

8. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011(pro-forma)

Mais-valias potenciais. Instrumentos de dívida 1.765 -. Instrumentos de capital 1 51

1.767 51

Menos-valias potenciais. Instrumentos de dívida (73) (5.740). Instrumentos de capital - (6)

(73) (5.746)1.694 (5.695)

Reserva de justo valorpositiva negativa

Instrumentos de dívida De outros emissores nacionais

CGD 8% 09/2015 6.435 123 33 - 33 6.5916.435 123 33 - 33 6.591

De dívida públicaO.T. PGB 4,2% 10/16/15 5.315 48 - (30) (30) 5.333O.T. PGB 5,45% 09/23/13 6.531 94 - (70) (70) 6.555O.T. PGB 5,45% 09/23/13 255 4 40 - 40 299O.T. PGB 6,4% 15/02/2016 18.596 1.110 2.080 - 2.080 21.786O.T. PGB 4,35% Outubro 640 7 81 - 81 728

31.337 1.263 2.201 (100) 2.101 34.701

De outros emissores internacionaisPortel 5,875% 4/18 249 3 10 - 10 262Portel 5,625% 2/2016 6.587 316 48 - 48 6.951Santander 3,381 01/2015 4.948 14 88 - 88 5.050EDP Finance BV 3,25% 03/2015 1.979 52 21 - 21 2.052

13.763 385 167 - 167 14.315

51.535 1.771 2.401 (100) 2.301 55.607

Instrumentos de capital. Acções

- Valorizadas ao custo históricoPME Capital de Risco, S.A. 2.343 - - - - 2.343PME Investimentos 4 - - - - 4SIBS 4 - - - - 4SWIFT 37 - - - - 37SWIFT 63 - - - - 63

2.451 - - - - 2.451. Unidades de participação

- Valorizadas ao justo valorBanco BIC Brasil - F.Esp.Invstimento Aberto 1.667 - 2 - 2 1.669

4.118 - 2 - 2 4.120

55.653 1.771 2.403 (100) 2.303 59.727

Valor de balanço

Custo de aquisição

Juros a receber Total

115

2012 2011 (pro-forma) Aplicações em instituições de crédito no país . Aplicações a muito curto prazo 769.075 1.932 . Outras aplicações 130.000 113 . Empréstimos 149.940 545.574

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro

. Aplicações a muito curto prazo 197.356 - . Outras aplicações 774 151.689 . Empréstimos 16.636 133.907 Juros a receber . De aplicações em instituições de crédito no país 1.615 3.462 . De aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 409 331 -------------- ------------- 1.265.805 837.008 -------------- ------------- Provisão para risco país (Nota 22) - ( 3 ) -------------- ------------- 1.265.805 837.005 ======== ======

Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica “Aplicações em instituições de crédito no país - Empréstimos” inclui

um montante de cerca de 114 milhões de Euros de valores a receber de entidades controladas pelo Estado,

no âmbito do Acordo Quadro e do Contrato de Compra e Venda.

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - Outras

aplicações” inclui o montante de 149.678 mEuros referente a um contrato de cessão de créditos celebrado

com o BPN (Cayman) Limited, ao abrigo do qual as aplicações mantidas junto de dois bancos angolanos

foram adquiridas pelo BPN durante o exercício de 2010. Estas aplicações encontravam-se colaterizadas por

depósitos de um banco central mantidos junto do BPN (IFI), S.A. no montante de 154.579 mEuros. No

âmbito do Acordo Quadro referido na Nota Introdutória, durante o exercício de 2012, estas aplicações

foram alienadas a uma entidade controlada pelo Estado.

O movimento nas provisões para aplicações em instituições de crédito durante os exercícios de 2012 e

2011 é apresentado na Nota 22.

116

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito têm a

seguinte classificação:

2012 2011 Até três meses 987.429 725.101 De três meses a um ano 259.005 14.417 De um a cinco anos 13.285 95.371 Mais de cinco anos 6.086 2.119 ------------- ------------- 1.265.805 837.008 ======= ======

9.CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: 2012 2011 (pro-forma) Crédito interno . Empréstimos 801.366 1.364.775 . Créditos em conta corrente 610.394 730.133 . Outros créditos 599.511 549.659 . Descontos e outros créditos titulados por efeitos 62.180 60.924 . Operações de locação financeira 41.891 - . Descobertos em depósitos à ordem 39.519 233.664 . Créditos tomados - factoring 4.374 - Crédito ao exterior . Outros créditos 31.345 17.012 . Empréstimos 6.096 10.491 . Créditos em conta corrente 5.147 43.947 . Operações de locação financeira 49 - . Descobertos em depósitos à ordem 7 16 Outros créditos e valores a receber Papel comercial 231.137 72.403 -------------- --------------- 2.433.016 3.083.024 Crédito titularizado não desreconhecido (Nota 2.6. a)) - 143.508 -------------- --------------- 2.433.016 3.226.532 Crédito e juros vencidos 78.908 342.803 Juros a receber, líquidos de proveitos diferidos e comissões 5.604 12.008 -------------- --------------- 2.517.528 3.581.343

117

2012 2011 (pro-forma) Provisões para crédito (Nota 22): . Provisões para crédito vencido ( 23.306 ) ( 197.425 ) . Provisões para crédito de cobrança duvidosa ( 132.292 ) ( 93.127 ) . Provisões para risco-país ( 119 ) ( 62 ) ----------- ------------ ( 155.717 ) ( 290.614 ) -------------- --------------- 2.361.811 3.290.729 ======== ========

Durante o exercício de 2012, o Banco celebrou diversos contratos de cessão de créditos com uma entidade

controlada pelo Estado, uns pelo valor contabilístico e outros pelo valor nominal dos créditos, nos

montantes de 838.984 mEuros e 256.078 mEuros, respetivamente. O valor valor em dívida dos créditos

cedidos ao valor contabilístico ascendia a 944.008 mEuros. Tendo transmitido todos os riscos e benefícios

associados a estes créditos, o Banco procedeu ao seu desreconhecimento contabilístico e à utilização e

reversão das imparidades que haviam sido registadas, no montante de 105.031 mEuros e 22.355 mEuros,

respetivamente (Nota 22).

Em Fevereiro de 2012, o Banco adquiriu uma carteira de crédito especializado a uma entidade controlada

pelo Estado no montante de 186.850 mEuros.

Em 31 de Dezembro de 2011, as rubricas “Crédito interno - créditos em conta corrente”, “Crédito ao

exterior - empréstimos “ e “Crédito e juros vencidos”, incluíam operações de crédito no montante de

100.572 mEuros e 107.633 mEuros, respetivamente, prometidos vender à Parvalorem entre 2012 e 2014,

no âmbito do contrato celebrado com esta entidade (Nota 24). Em 31 de Dezembro de 2010, as provisões

para estas operações de crédito encontravam-se registadas na rubrica “Provisões para outros riscos e

encargos”, no âmbito da carta-conforto prestada a esta entidade, tendo sido revertida, com a cessão desta,

nas demonstrações financeiras do exercício de 2011 (Nota 24).

O apuramento das provisões estimadas para crédito em clientes foi efetuado de acordo com a metodologia

descrita na Nota 2.6. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as provisões estimadas têm a seguinte

composição:

118

2012 2011 Análise individual 115.267 256.116 Provisões apuradas na extrapolação efetuada com base nos questionários de crédito 63.429 65.157 ----------- ------------- 178.696 321.273 ====== ======

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, estas provisões encontram-se refletidas da seguinte forma:

2012 2011 Provisões para crédito vencido e clientes de cobrança duvidosa (Nota 22) 155.717 290.614 Provisões para riscos gerais de crédito (Nota 22) 22.768 30.659 Provisões para garantias e compromissos assumidos (Nota 22) 211 - ----------- ------------- 178.696 321.273 ====== ======

O movimento nas provisões durante os exercícios de 2012 e 2011, é apresentado na Nota 22.

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Crédito titularizado não desreconhecido”, correspondia ao valor

nominal dos créditos cedidos referentes à operação de securitização “Chaves SME CLO Nº1”, concretizada

em 2006 pelo montante total de 601.100 mEuros (Nota 21).

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais do “Crédito a clientes” têm a seguinte

decomposição:

2012 2011 Até três meses 737.835 684.437 De três meses a um ano 371.297 696.431 De um a cinco anos 542.458 772.769 Mais de cinco anos 865.938 1.427.706 -------------- --------------- 2.517.528 3.581.343 ======== ========

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a antiguidade do "Crédito vencido” apresentava a seguinte

estrutura:

119

2012 2011 Até três meses 15.937 22.938 De três a seis meses 17.618 31.587 De seis a um ano 30.691 98.410 De um a três anos 12.077 117.827 Mais de três anos 2.173 59.922 Juros vencidos a regularizar 412 12.119 --------- ------------- 78.908 342.803 ===== ======

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o crédito concedido a clientes apresentava a seguinte estrutura por

sectores de atividade:

10. DERIVADOS

Em 31 de Dezembro de 2012, o montante nocional dos forwards cambiais, de compra e venda, e o respetivo

valor contabilístico registado nas rubricas “Ativos detidos para negociação” e “Passivos detidos para

negociação”, ascendiam a 1.591 mEuros e 1.577 mEuros, respetivamente, e a 13mEuros e 1mEuros,

Agricultura, silvicultura, caça e pescas 31.886 34.428Indústrias extractivas 6.882 8.352Indústrias transformadoras

Alimentação, bebidas e tabacos 48.170 61.513Têxteis 41.861 40.321Madeira e cortiça 9.219 13.045Papel, artes gráficas e editoras 10.653 10.459Químicas e actividades conexas 29.470 30.901Produtos minerais não metálicos 57.406 57.239Máquinas, equipamento e metalúrgicas de base 71.436 77.858Fabricação de mobiliário e outras indústrias transformadoras 12.565 24.404

Electricidade, água e gás 26.530 1.883Construção e actividades imobiliárias 440.973 1.018.508Comércio, manutenção e reparação de veículos 315.216 309.083Restaurantes e hóteis 67.609 104.455Transporte, armazenagem e comunicações 73.707 75.619Actividade e intermediação financeira 384.115 393.285Consultoria, aquisição de títulos ou de créditos e respectiva gestão 50.347 210.517Particulares 696.231 794.885Outros 143.252 314.588

2.517.528 3.581.343

2012 2011

120

respetivamente. Estas operações apresentam prazos residuais inferiores a 3 meses.

Em 31 de Dezembro de 2011, estas operações encontravam-se valorizadas de acordo com os critérios

descritos na Nota 2.6. d). Nestas datas, o seu montante nocional e o valor contabilístico apresentavam a

seguinte desagregação:

Em 31 de Dezembro de 2011, o derivado de cobertura destinava-se a cobrir o risco de taxa de juro de uma

aplicação mantida junto do BPN Crédito – IFIC.

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados do Banco em 31 de Dezembro de

2011 por prazos residuais apresentava o seguinte detalhe:

Montante nocional Valor contabilísticoDerivados Derivados Activos Passivos Derivados

de de detidos para detidos para de coberturanegociação cobertura Total negociação negociação passivos Total

(Nota 5)Swaps

Swaps cambiais 1 (1) - -Compras 11.590 - 11.590Vendas 11.596 - 11.596

Interest rate swaps:Swaps 20.065 (18.045) (97) 1.923

Compras 386.210 17.749 403.959Vendas 455.866 - 455.866

FuturosOperações cambiais a prazo

Forwards - (37) - (37)Compras 985 - 985Vendas 1.026 - 1.026

867.273 17.749 885.022 20.066 (18.083) (97) 1.886

> 3 meses > 6 meses > 1ano<= 6 meses <= 1 ano <= 5 anos

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais

Compras 985 - - - - 985Vendas 1.026 - - - - 1.026

SwapsSwaps Cambiais

Compras 11.590 - - - - 11.590Vendas 11.596 - - - - 11.596

Interest Rate Swaps Compras - 3.546 1.268 368.643 30.502 403.959Vendas 10.000 - 2.000 290.321 153.545 455.866

35.197 3.546 3.268 658.964 184.047 885.022

> 5 anos Total<= 3 meses

121

A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados do Banco em 31 de Dezembro de

2011, por tipo de contraparte apresenta o seguinte detalhe:

Em 31 de Dezembro de 2011, as contrapartes da rubrica “Interest rate swaps - Clientes” dividem-se da

seguinte forma:

Valor Valornocional contabilístico

Operações Cambiais a PrazoForwards Cambiais

Clientes 2.011 (37)Swaps

Swaps CambiaisInstituições Financeiras 23.186 -

Interest rate swapsInstituições Financeiras 685.916 (12.272)Clientes 173.909 14.195

859.825 1.923885.022 1.886

Tipo de contraparte

Entidades do sector dos transportes com capitais públicos 154.800Clientes 19.109

173.909

122

11. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Em 31 de Dezembro de 2012, esta rubrica tem a seguinte composição:

12. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Em 31 de Dezembro de 2011, esta rubrica tem a seguinte composição:

Imóveis 13.880 Participações financeiras 150 ----------- 14.030 Imparidade (Nota 22) . Imóveis ( 3.994 ) . Participações financeiras ( 150 ) ---------- ( 4.144 ) ---------- 9.886 =====

Valor Valor de Valor deNatureza e espécie dos títulos nominal balanço mercado

Titulos emitidos por residentes. Instrumentos de dívida . De dívida pública portuguesa PORTUGUESE OT's PGB 3.6 10/15/14 15.000 15.000 15.041 PORTUGUESE OT's PGB 5.45 09/23/13 5.000 5.000 5.084 PORTUGUESE OT's PGB 4 (3/8) 06/16/14 4.000 4.000 4.049

24.000 24.000 24.174

Juros a receber 283

Amortização prémio / desconto (1.243)

24.000 23.040

123

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Imóveis” tinha a seguinte composição:

No âmbito do Acordo Quadro referido na Nota Introdutória, durante o exercício de 2012, os imóveis

registados nesta rubrica foram alienados a uma entidade controlada pelo Estado.

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Participações financeiras” apresentava o seguinte detalhe:

ValorValor contabilístico

Imóvel de aquisição Imparidade em 31-12-2011Predio U 2970 Concelho Cascais Freguesia Cascais 1.923 (399) 1.524Predio U 634 Concelho Peso da Regua Freguesia Peso da Régua 2.180 (1.080) 1.100Rua Pinhal, Freguesia Agua Santas, Concelho Maia 740 (290) 450Prédio U 2653 Concelho Condeixa a Nova Freguesia Ega 518 (123) 395Vale da Proa, Semide, Miranda do Corvo; Vale Escuro, Semide, Miranda do Corvo 513 - 513Predio U 3562 Concelho Matosinhos Freguesia Leça da Palmeira 433 (58) 375Predio U 1156 Concelho Alcobaça Freguesia Bárrio 335 - 335Predio U 633 Concelho Peso da Regua Freguesia Peso da Régua 1.085 (775) 310Rua Eugénio de Castro, Ramalde, Porto 357 (57) 300Carvalhais de Cima, Freguesia de Assafarge 350 (200) 150Predio U 5883 Concelho Loulé Freguesia Loulé 300 - 300Predio Urbano, Freguesia de S. Martinho da Gândara, Oliveira de Azemeis 265 - 265Prédio U 393 Concelho Paredes Freguesia Madalena 240 (69) 171Rua Moinho do Gato, Quinta do Vale da Moura, Várzea de Sintra, Sintra 445 (202) 243Predio U 7380 Concelho Gondomar Freguesia Gondomar (S.Cosme) 236 (78) 158Prédio U 1053 - F Concelho Vila Nova de Famalicão Freguesia Vale (S.Martinho) 172 - 172Prédio U 513 - D Concelho Amadora Freguesia Reboleira 160 (58) 102Predio U 1495 Concelho Caldas da Rainha Freguesia Foz do Arelho 160 - 160Prédio U 3897 Concelho Leiria Freguesia Colmeias 154 - 154Prédio U 201 Concelho Ponte de Lima Freguesia Seara 150 - 150Predio U 2745-G Concelho Santa Maria Feira Freguesia Lourosa 146 - 146Predio U 6182 Concelho Sintra Freguesia Sintra 143 - 143Prédio U 1144 Concelho Gondomar Freguesia Valbom 140 - 140Prédio U 9219 Concelho Seixal Freguesia Fernão Ferro 135 (35) 100Avª dos Banhos, 466 e Rua Latino Coelho, 239-247 1º Dtº, Povoa Varzim 127 - 127Imovel Concelho Gondomar Freguesia Valbom CRP nº 1268 238 (116) 122Predio U 6775 Concelho Coimbra Freguesia Santo António dos Olivais 122 (17) 105Prédio R 22479 Concelho Leiria Freguesia Colmeias 121 - 121Predio U 632 Concelho Peso da Regua Freguesia Peso da Régua 347 (227) 120Avª dos Banhos, 466 e Rua Latino Coelho, 239-247 1º Esqº, Povoa Varzim 119 - 119Prédio U 15222/3 Cabo Verde 134 (30) 104Prédio U 11058 Concelho Seixal Freguesia Fernao Ferro 115 (25) 90Prédio U 1794 Concelho Coimbra Freguesia Eiras 109 - 109Prédio U 7602 Concelho Albufeira Freguesia Albufeira 124 (45) 79

12.836 (3.884) 8.952Outros imóveis cujo valor contabilístico

é inferior a 100 mEuros 1.044 (110) 93413.880 (3.994) 9.886

Custo Valor% de de de

Entidade participação aquisição Imparidade Balanço

Parparticipadas, SGPS, S.A. 100% 50 (50) -Parvalorem, S.A. 100% 50 (50) -Parups, S.A. 100% 50 (50) -

150 (150) -

124

Os dados financeiros obtidos das demonstrações financeiras provisórias e não auditadas destas empresas

em 31 de Dezembro de 2011, podiam ser resumidos da seguinte forma:

Em 31 de Dezembro de 2011, a comparação entre o capital próprio das empresas filiais e associadas com

os respetivos custos de aquisição apresentava o seguinte detalhe:

A rubrica “Imparidade” diz respeito à imparidade constituída pelo Banco para as participações acima

referidas e é relativa à diferença entre o valor de balanço de cada participação e o montante

correspondente à participação nos capitais próprios dessas participadas.

No âmbito do seu processo de recapitalização, o BPN constituiu durante o exercício de 2010, as entidades

Parparticipadas, Parvalorem e Parups, a quem alienou, ao valor nominal, um conjunto de ativos que se

encontravam no seu balanço e de outras entidades por si detidas em 30 de Novembro de 2010. No

exercício de 2011, no âmbito do processo de reprivatização do Banco, foi aprovada pelo Despacho n.º

825/11 – SETF de 3 de Junho, a aquisição pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e

Finanças, da totalidade das ações representativas do capital social das entidades acima referidas, operação

que se concretizou em Fevereiro de 2012. Com a aprovação deste despacho, as entidades Parvalorem e

Parups passaram, durante o exercício de 2011, a integrar o Sector Institucional das Administrações

Públicas, nos termos do código do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, tendo o Conselho de

Administração do BPN, refletido nas demonstrações financeiras do exercício de 2011, o reconhecimento

dos efeitos da alienação destas participadas, através da reversão, por capitais próprios, das provisões

% de Capitais Resultado Entidade Sede participação próprios (a) líquido

Parparticipadas, SGPS, S.A. Portugal 100% (149.520) (93.241)Parvalorem, S.A. Portugal 100% (1.903.988) (1.891.721)Parups, S.A. Portugal 100% (432.585) (427.987)

(a) Os capitais próprios incluem o resultado líquido do exercício.

Custo Provisões para% de Capitais de outros riscos

Entidade Sede participação próprios (a) aquisição Imparidade e encargos

(Notas 2.18. e 22)

Parparticipadas, SGPS, S.A. Portugal 100% (149.520) 50 (50) (149.520)Parvalorem, S.A. Portugal 100% (1.903.988) 50 (50) -Parups, S.A. Portugal 100% (432.585) 50 (50) -

(a) Os capitais próprios incluem o resultado líquido do exercício.

125

constituídas em 2010 para as responsabilidades cobertas pelas cartas-conforto prestadas e para os

capitais próprios negativos daquelas entidades, no montante total de 1.820.784 mEuros. O Conselho de

Administração do Banco considerou que esta operação se tratou de uma medida de recapitalização, similar

a um aumento de capital, motivo pelo qual entendeu registar em capitais próprios e não em resultados, os

efeitos da alienação destas participadas (Notas 1 e 22).

Durante o exercício de 2012, as participações financeiras registadas nesta rubrica foram alienadas ao

Estado.

13. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros ativos tangíveis” durante os exercícios de 2012 e

2011 foi o seguinte:

No exercício de 2012, o Banco procedeu, no âmbito do Acordo Quadro, ao abate de obras em edifícios

arrendados, no valor de 3.511 mEuros, e à alienação de património artístico (classificado em “Outros ativos

tangíveis”) a uma entidade controlada pelo Estado pelo valor de 1.795 mEuros.

Adicionalmente, o Banco procedeu ao abate de terminais POS obsoletos (que se encontravam classificados

em “Máquinas e ferramentas” e “Ativos em locação financeira”), no valor de 3.724 mEuros.

Fusão BIC Saldo em 31.12.2012Perdas por Amortiza- Constituição Utilização

Valor Amortizações imparidades Valor Amortizações Valor ções do líquida de de imparidade Valor Amortizações Valorbruto acumuladas acumuladas bruto acumuladas Adições bruto Amortizações exercício imparidade no exercício bruto acumuladas líquido

(Nota 22) (Nota 22) (Nota 22)

Imóveis de serviço próprioTerrenos 1.274 - - - - - - - - - 1.274 - 1.274Edifícios 6.429 (1.592) - 427 (150) - - - (149) - 6.856 (1.891) 4.965

Obras em imóveis arrendados 22.431 (18.739) - 2.125 (983) - (22.431) 18.920 (358) (3.512) 3.512 2.125 (1.160) 965Equipamento

Mobiliário e material de escritório 3.118 (3.103) - 450 (180) 333 - - (167) - 3.901 (3.450) 451Máquinas e ferramentas 8.493 (6.910) - 176 (106) 4.218 (3.141) 2.144 (1.829) (917) 917 9.746 (6.701) 3.045Equipamento informático 8.614 (8.611) - 557 (515) 245 - - (135) - 9.416 (9.261) 155Instalações interiores 2.474 (2.431) - 1 (1) 477 - - (122) - 2.952 (2.554) 398Material de transporte 342 (321) - - - - (51) 51 (11) - 291 (281) 10Equipamento de segurança 1.628 (1.567) - 63 (20) (35) - 1.691 (1.622) 69Outro equipamento 1 (1) - 2 (2) - - - - - 3 (3) -

Activos em locação financeiraEquipamento 14.655 (11.116) - 1.120 (61) - (14.655) 11.849 (746) (2.810) 2.810 1.120 (74) 1.046

Activos tangíveis em curso - - - - - 469 - - - - 469 - 469Outros activos tangíveis 4.672 (8) (3.821) 27 - - (4.664) - - 952 2.869 35 (8) 27

74.131 (54.399) (3.821) 4.948 (2.018) 5.742 (44.942) 32.964 (3.552) (6.287) 10.108 39.879 (27.005) 12.874

Saldo em 31.12.2011Alienações e abates

126

14. ATIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Ativos intangíveis” durante os exercícios de 2012 e 2011 foi o

seguinte:

15. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2011 esta rubrica apresentava a seguinte composição:

Saldo em 31.12.2010 2011 Saldo em 31.12.2011Perdas por Amortiza- Constituição Perdas por

Valor Amortizações imparidades ções do de imparidade Valor Amortizações imparidades Valorbruto acumuladas acumuladas Adições Abates exercício no exercício bruto acumuladas acumuladas líquido

(Nota 22) (Nota 22) (Nota 22)

Imóveis de serviço próprioTerrenos 1.274 - - - - - - 1.274 - - 1.274Edifícios 6.429 (1.463) - - - (129) - 6.429 (1.592) - 4.837

Obras em imóveis arrendados 22.450 (17.234) - - (19) (1.491) - 22.431 (18.739) - 3.692Equipamento

Mobiliário e material de escritório 3.118 (3.109) - - - 6 - 3.118 (3.103) - 15Máquinas e ferramentas 8.396 (6.136) - 103 (6) (774) - 8.493 (6.910) - 1.583Equipamento informático 5.842 (5.838) - - - (1) - 8.614 (8.611) - 3Instalações interiores 2.474 (2.415) - - - (16) - 2.474 (2.431) - 43Material de transporte 344 (335) - 4 (6) (9) - 342 (321) - 21Equipamento de segurança 1.628 (1.508) - - - (77) - 1.628 (1.567) - 61Outro equipamento 1 (1) - - - - - 1 (1) - -

Activos em locação financeiraEquipamento 17.427 (10.957) - - - (2.931) - 14.655 (11.116) - 3.539

Outros activos tangíveis 4.672 (8) (3.821) - - - - 4.672 (8) (3.821) 84374.055 (49.004) (3.821) 107 (31) (5.422) - 74.131 (54.399) (3.821) 15.911

2012 Saldo em 31.12.2012Valor Amortizações Valor Amortizações Amortizações Valor Amortizações Valor bruto acumuladas bruto acumuladas Adições Valor Bruto Amort. do exercício bruto acumuladas líquido

Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 10.100 (9.970) 1.667 (1.474) 4 (10.100) 10.097 (222) 1.671 (1.569) 102Outros activos intangíveis 2.439 (2.439) 384 (133) - (2.439) 2.439 (19) 384 (152) 232Activos intangíveis em curso - - 22 (28) 62 - - - 84 (28) 56

12.539 (12.409) 2.073 (1.635) 66 (12.539) 12.536 (241) 2.139 (1.749) 390

Saldo em 31.12.2011 Fusão BICAbates

Saldo em 31.12.2010 Saldo em 31.12.2011Valor Amortizações Amortizações Valor Amortizações Valor bruto acumuladas do exercício bruto acumuladas líquido

Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 10.100 (9.155) (815) 10.100 (9.970) 130Outros activos intangíveis 2.439 (2.439) - 2.439 (2.439) -

12.539 (11.594) (815) 12.539 (12.409) 130

127

No exercício de 2011, o BPN alienou a participação detida na BPN – Participações Financeiras SGPS, Lda., à

Parparticipadas pelo montante de 1 Euro, tendo reconhecido uma menos-valia de 50 mEuros, registada na

rubrica “Resultados de alienação de outros ativos” (Nota 30) e revertido provisões por resultados de igual

montante que se encontravam registadas na rubrica “Imparidade para investimentos em filiais e

associadas” e provisões no montante de 71.130 mEuros, registadas na rubrica “Provisões para outros

riscos e encargos “ para fazer face aos capitais próprios negativos desta participada (Nota 22).

No âmbito do Acordo Quadro referido na Nota Introdutória, durante o exercício de 2012, os investimentos

registados nesta rubrica foram alienados a uma entidade controlada pelo Estado.

16. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 eram

os seguintes:

2012 2011 (pro-forma) Ativos por impostos correntes . Imposto sobre o rendimento a recuperar 349 140 Ativos por impostos diferidos 1.166 - Passivos por impostos correntes . Imposto sobre o rendimento a pagar ( 3.074 ) ( 1.027 ) Passivos por impostos diferidos ( 637 ) - ------- ------ ( 2.196 ) ( 887 ) ==== ===

Os custos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela

relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o resultado líquido do exercício antes de impostos,

podem ser apresentados como se segue:

Participaçãodirecta (%)

Valor bruto Imparidade

Valor de balanço

Empresas no PaísBPN Serviços, ACE 63% 63 - 63BPN - Participações Financeiras SGPS, Lda. 100% - - -

128

2012 2011 (pro-forma) Impostos correntes: . Do exercício ( 1.403 ) ( 1.051 ) . Correções relativas a exercícios anteriores (líquido) 535 1 ------- --------- ( 868 ) ( 1.050 ) Contribuição extraordinária sobre o sector bancário ( 2.613 ) ( 2.699 ) ------- -------- ( 3.481 ) ( 3.749 ) ==== ====

Não obstante o resultado antes de imposto negativo verificado em 2012 e 2011, o Banco incorreu numa

carga fiscal de 3.481 mEuros e 3.749 mEuros, respectivamente.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2012 e 2011 pode ser

demonstrada como segue:

O imposto corrente registado em resultados diz respeito a tributação autónoma essencialmente de custos

com viaturas e ajudas de custo.

Com a publicação da Lei nº 55-A/2010, de 31 de Dezembro (Lei do Orçamento do Estado), o Banco passou

a estar abrangido pelo regime de contribuição sobre o sector bancário, tendo as condições de aplicação

desta contribuição sido definidas através da Portaria nº 121/2011, de 30 de Março. Nos exercícios de

2012 e 2011, o Banco estimou os montantes de 2.613 mEuros e 2.699 mEuros, respetivamente.

De acordo com o “IAS 12 – Impostos sobre lucros”, o Banco tem registado os impostos diferidos ativos até

ao montante em que, de acordo com os estudos efetuados, a existência de lucros tributáveis futuros

permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis e prejuízos fiscais (Nota 2.13).

2012 2011Taxa Imposto Taxa Imposto

Resultado antes de impostos (4.478) (91.676)

Imposto apurado com base na taxa nominal -26,50% 1.187 -26,50% 24.294Derrama estadual -2,50% 112 -2,50% 2.292

Contribuição extraordinária sobre o sector bancário 58,35% (2.613) 2,94% (2.699)

Imposto diferido activo não reconhecido 29,00% (1.299) 29,00% (26.586)Tributação autónoma 31,33% (1.403) 1,15% (1.051)Correcções relativas a exercícios anteriores (líquido) -11,95% 535 0,00% 1

Imposto registado em resultados n.a. (3.481) n.a. (3.749)

129

Em 31 de Dezembro de 2012, o Banco tem prejuízos fiscais reportáveis no montante de 1.737.302

mEuros, dos quais 1.671.241 mEuros foram objeto de reclamação graciosa, na sequência das liquidações

adicionais de imposto efetuadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira no âmbito dos trabalhos de

inspeção aos exercícios de 2008 a 2010.

17. OUTROS ATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Outros ativos . Outros 7.867 7.881 . Ouro, metais preciosos, numismática e medalhística - 18 Devedores e outras aplicações . Sector público administrativo 2.668 728 . Devedores por operações sobre futuros e opções 242 - Devedores diversos . Outros devedores diversos 44.903 6.102 . Bonificações a receber 1.210 986 Despesas com encargo diferido . Compromissos irrevogáveis 137 595 . Seguros - 194 . Outras 765 765 Responsabilidades com pensões e outros benefícios (Nota 35) - 24.852 Operações ativas a regularizar . Outras operações ativas a regularizar 3.923 2.074 . Operações de bolsa a liquidar 2.453 590 . Posição cambial a prazo 63 72 . Posição cambial à vista 439 2 . Bens recebidos em dação de crédito - 17.421 ---------- ----------- 64.670 62.280 ---------- ----------- Imparidade (Nota 22): . Outros devedores ( 8.075 ) ( 8.108 ) . Bens recebidos em dação de crédito - ( 1.558 ) ---------- ----------- ( 8.075 ) ( 9.666 ) ---------- ----------- 56.595 52.614 ===== =====

130

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo da rubrica “Operações ativas a regularizar – Operações de

bolsa a liquidar”, refere-se a operações de títulos de clientes que aguardam a liquidação financeira. Estes

montantes foram regularizados na sua maioria no início de 2013 e 2012, respetivamente.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Outros ativos – Outros” diz respeito a montantes a receber

de devedores diversos provenientes essencialmente do Banco Insular, SARL. Este montante encontra-se

totalmente provisionado na rubrica “Imparidade – Outros devedores”.

Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica “Devedores diversos – Outros devedores diversos” refere-se

essencialmente a valores a receber do Estado no âmbito do Acordo Quadro e do Contrato de Compra e

Venda.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo da rubrica “Devedores e outras aplicações – Devedores

diversos – Bonificações a receber”, diz respeito a bonificações de juros a receber, que se encontram ao

abrigo do programa PME Investimentos e cujo pagamento será efetuado pelo FINOVA (Fundo de Apoio ao

Financiamento à Inovação). Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o Banco tem constituída uma provisão

para as bonificações a receber no montante de 197 mEuros registada na rubrica “Provisão para outros

riscos e encargos” (Nota 22).

Conforme descrito na Nota 2.7, o Banco regista na rubrica “Bens recebidos em dação de crédito” os bens

obtidos por recuperação de crédito. O movimento nestes bens durante o exercício de 2011 foi o seguinte:

No exercício de 2012, estes bens foram alienados a uma entidade controlada pelo Estado pelo

correspondente valor contabilístico (Nota 22). Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Bens recebidos em

dação de crédito – Obras de arte” incluía o montante de 15.350 mEuros referente a obras de arte do pintor

Joan Miró recebidas em dação por recuperações de créditos concedidos pelo Banco. O Banco dispunha de

uma imparidade de 1.535 mEuros para estes ativos.

Saldo em 31.12.2010 2011 Saldo em 31.12.2011Valor Imparidade Valor Imparidadebruto acumulada Adições Imparidade bruto acumulada

Bens recebidos em dação de créditoObras de arte 15.350 (1.535) 1.154 (23) 16.504 (1.558)Outros 917 - - - 917 -

16.267 (1.535) 1.154 (23) 17.421 (1.558)

131

No exercício de 2011, as aquisições ocorridas na rubrica “Bens recebidos em dação de crédito – Obras de

arte” diziam respeito a obras de arte de outros autores que foram recebidas em dação por recuperação de

créditos concedidos pelo Banco.

O movimento na imparidade e provisões para outros ativos durante os exercícios de 2012 e 2011 é

apresentado na Nota 22.

18. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Recursos de bancos centrais . Depósitos e outros recursos 232.974 - ----------- --- Recursos de instituições de crédito no país . Depósitos e outros recursos 38.844 6.233 . Empréstimos 250 221.847 . Recursos de muito curto prazo - 212.003 ----------- ------------- 39.094 440.083 Recursos de instituições de crédito no estrangeiro . Recursos de muito curto prazo 279.581 - . Empréstimos 83.378 107.132 . Depósitos e outros recursos 33.222 404.590 ----------- ------------- 396.181 511.722 Juros a pagar . De bancos centrais 953 - . De instituições de crédito no país 564 127 . De instituições de crédito no estrangeiro 341 141 -------- ------ 1.858 268 ----------- ------------- 670.107 952.073 ====== ======

132

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Recursos de instituições de crédito no país” incluía financiamentos

concedidos pela CGD nos montantes de 433.849 mEuros. De acordo com a lei nº 6-A/2008 de 11 de

Novembro, as operações de crédito ou de assistência de liquidez que sejam realizadas pela CGD, a favor do

Banco no contexto da nacionalização e em substituição do Estado, até à data da aprovação dos objetivos

de gestão previstos no nº 7, beneficiavam de garantia do Estado.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais dos recursos de outras instituições de crédito

apresentam a seguinte estrutura:

2012 2011 Até três meses 572.742 952.073 De três meses a um ano 74.604 - Mais de cinco anos 22.761 - ----------- ------------ 670.107 952.073 ====== ====== 19. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 2012 2011 (pro-forma) Depósitos de poupança 9.571 9.829 Outros débitos . Depósitos a prazo 1.865.642 1.285.656 . Depósitos à ordem 491.348 364.808 Outros recursos . Cheques e ordens a pagar 7.480 7.215 . Outros 138 277 -------------- --------------- 2.374.179 1.667.785 Juros a pagar 19.528 16.689 -------------- --------------- 2.393.707 1.684.474 ======== ========

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos

apresentam a seguinte estrutura:

133

2012 2011 À vista 491.348 364.808 Até três meses 766.435 716.491 De três meses a um ano 1.052.277 528.306 De um a cinco anos 72.119 74.869 Mais de cinco anos 11.527 - -------------- --------------- 2.393.707 1.684.474 ======== ========

20. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Papel Comercial 150.000 1.400.000 Juros a pagar 656 2.823 ------------ --------------- 150.656 1.402.823 ============== Nos

exercícios de 2012 e 2011, o Banco realizou diversas emissões de papel comercial garantidas pela

República Portuguesa, subscritas integralmente pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. e que apresentam as

seguintes condições:

2012

Descrição MontanteData de emissão

Data de reembolso Remuneração

Papel Comercial BPN 2012 150.000 2012/10/26 2013/10/25 2,384%

150.000

134

21. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ATIVOS TRANSFERIDOS

Em Dezembro de 2006, o Banco procedeu à venda de parte da sua carteira de crédito no montante de

601.210 mEuros, através de uma operação de titularização denominada “Chaves SME CLO No.1”.

Em 31 de Dezembro de 2011, os passivos financeiros associados a esta operação ascendiam a 177.822

mEuros.

Em 31 de Dezembro de 2011, os passivos financeiros associados a ativos transferidos incluíam 911

mEuros, relativos a créditos amortizados no último dia do ano e ainda não compensados nas

responsabilidades titularizadas.

Os créditos foram vendidos pelo seu valor nominal (contabilístico) à Sagres – Sociedade de Titularização de

Créditos, S.A. (“Sagres”), na qual o BPN não detinha qualquer participação direta ou indireta. O BPN continua

a efetuar a gestão dos contratos, entregando à Sagres todos os montantes recebidos ao abrigo dos

contratos de crédito. Como forma de financiamento, a Sagres emitiu obrigações com diferentes níveis de

subordinação e de rating e, consequentemente, de remuneração.

Em 31 de Dezembro de 2011, estas obrigações apresentavam as seguintes características:

2011

Descrição MontanteData de emissão

Data de reembolso Remuneração

Papel Comercial BPN Dezembro 2011 - 3ª emissão 500.000 2011/12/27 2012/05/25 3,315%Papel Comercial BPN Dezembro 2011 - 4ª emissão 500.000 2011/12/28 2012/06/28 3,408%Papel Comercial BPN Outubro 2011 - 6ª emissão 400.000 2011/10/28 2012/04/27 3,535%

1.400.000

135

Adicionalmente foi emitida uma Tranche F, adquirida pelo Banco no momento inicial e alienada à Parups,

que foi utilizada como um fundo de reserva da carteira e para fazer face a despesas iniciais. Esta tranche

constitui o equivalente ao capital do Fundo, motivo pelo qual o crédito se encontrava no balanço. Esta

tranche não foi reconhecida nesta rubrica.

Em 31 de Dezembro de 2011, os montantes liquidados correspondiam à amortização de créditos ocorrida

nos meses de Dezembro de cada um dos exercícios. Conforme previsto nas condições de emissão, este

montante foi compensado no dia 20 dos meses seguintes, tendo o Banco transferido da rubrica “Crédito

vivo” para a rubrica “Crédito titularizado”, o montante de capital necessário para garantir o valor total das

obrigações emitidas.

No âmbito do Acordo Quadro e do Contrato de Compra e Venda, estes passivos foram desreconhecidos do

balanço do Banco (Notas 2.18 e 9)

22. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade do Banco durante os exercícios de 2012 e 2011 foi o

seguinte:

Rating (1) Data de

Dívida emitida 2011 Moody's S&P reembolso Remuneração

Class A Secured Floating Rate Notes 527.550 A1 AAA- Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,18%

Class B Secured Floating Rate Notes 21.000 Baa3 AA- Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,25%

Class C Secured Floating Rate Notes 38.050 Caa2 BBB Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,45%

Class D Secured Floating Rate Notes 4.900 Ca BB Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,55%

Class E Secured Floating Rate Notes 9.600 C B- Novembro de 2034 Euribor 3 m + 0,60%

601.100

Montante liquidado (423.278)

177.822

(1) Corresponde ao rating na data de emissão do título.

136

Em 31 de Dezembro de 2012, no âmbito do estabelecido no Acordo Quadro e no Contrato de Compra e

Venda, o Banco constituiu provisões para benefícios de longo prazo concedidos a colaboradores no

montante de 20.982 mEuros.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo da “Provisão para outros riscos e encargos” apresenta a

seguinte decomposição:

DiferençasSaldo em Fusão Por Por capitais de Saldo em

31.12.2011 BIC Reforços resultados próprios Utilizações câmbio 31.12.2012(Nota 2.18)

Provisões para riscos gerais de crédito (Nota 9) 30.659 3.056 2.330 (13.277) - - - 22.768Provisões para encargos com benefícios de empregados - - 20.982 - - - 20.982Provisões para garantias e compromissos assumidos (Nota 9) - 224 19 (32) - - - 211Provisões para outros riscos e encargos 270.160 7 14.000 (4.406) (259.152) (6.405) - 14.204

300.819 3.287 37.331 (17.715) (259.152) (6.405) - 58.165

Provisões para risco-país de aplicações em instituições de crédito (Nota 8) 3 - 2 (5) - - - -Provisões para crédito a clientes (Nota 9) 290.614 7.171 93.796 (130.671) - (105.193) - 155.717

290.617 7.171 93.798 (130.676) - (105.193) - 155.717

Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 7) 22.832 - - - - (22.832) - -Provisões para risco-país de activos financeiros detidos para negociação (Nota 5) 8 - - (8) - - - -Provisões para risco-país de outros activos financeiros ao justo valor através de resultados (Nota 6) - - 59 (1) - - - 58

22.840 - 59 (9) - (22.832) - 58

Imparidade de outros activos tangíveis (Nota 13) 3.821 - 7.239 (952) - (10.108) - -Imparidade de outros activos (Nota 17) 9.666 - 5 (30) - (1.559) (7) 8.075Imparidade de activos não correntes

detidos para venda (Nota 12) 4.144 - 450 (150) - (4.444) - -17.631 - 7.694 (1.132) - (16.111) (7) 8.075

631.907 10.458 138.882 (149.532) (259.152) (150.541) (7) 222.015

2012Reposições e anulações

DiferençasSaldo em Por Por capitais de Saldo em

31.12.2010 Reforços resultados próprios Utilizações câmbio 31.12.2011

Provisões para riscos gerais de crédito (Nota 9) 35.189 1.899 (6.429) - - - 30.659Provisões para outros riscos e encargos 2.019.383 118.645 (81.160) (1.783.862) (2.816) (30) 270.160

2.054.572 120.544 (87.589) (1.783.862) (2.816) (30) 300.819

Provisões para risco-país de aplicações em instituições de crédito (Nota 8) 116 5 (118) - - - 3Provisões para crédito a clientes (Nota 9) 284.662 186.946 (177.305) - (3.689) - 290.614

284.778 186.951 (177.423) - (3.689) - 290.617

Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 7) 22.830 18 - - (16) - 22.832Provisões para risco-país de activos financeiros detidos para negociação (Nota 5) 19 1 (12) - - - 8

22.849 19 (12) - (16) - 22.840

Imparidade para investimentos emfiliais e associadas (Nota 5) 50 - (50) - - - -

Imparidade de outros activos tangíveis (Nota 13) 3.821 - - - - - 3.821Imparidade de outros activos (Nota 17) 30.486 23 (4) - (20.850) 11 9.666Imparidade de activos não correntes

detidos para venda (Nota 12) 3.602 542 - - - - 4.14437.959 565 (54) - (20.850) 11 17.631

2.400.158 308.079 (265.078) (1.783.862) (27.371) (19) 631.907

2011Reposições e anulações

137

No exercício de 2012, foram constituídas provisões para perdas financeiras no montante de cerca de 14

milhões de Euros, conforme estabelecido no âmbito do Acordo Quadro e do Contrato de Compra e Venda.

Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Outras provisões – Outras” destina-se a fazer face a risco crédito e

a bonificações a receber.

No exercício de 2011, as reposições por capitais próprios na rubrica “Provisões para outros riscos e

encargos”, no montante de 1.783.862 mEuros, diz respeito a provisões que foram constituídas no exercício

de 2010 e que apresentam o seguinte detalhe:

Reversão de provisões constituídas no exercício de 2010 para as cartas

conforto prestadas 1.803.919

Reversão de provisões constituídas no exercício de 2010 para fazer face aos capitais próprios negativos da Parvalorem, S.A. e Parups, S.A. 16.865

-------------- (Nota 2.18) 1.820.784

Provisões para o passivo da BPN Creditus Brasil, constituídas ao abrigo das cartas conforto prestadas e que foram alocadas aos capitais próprios negativos da Parparticipadas, SGPS, S.A. ( 36.922 )

--------------- 1.783.862 ========

No exercício de 2011, o Banco procedeu à reversão da provisão relativa que estava registada na rubrica

“Provisão para custos a incorrer com a liquidação de uma empresa do Grupo”, referente à estimativa de

2012 2011

Provisões para contingências de investimentosem filiais e associadas: . Parparticipadas (Nota 12) - 149.520

Outras provisões:Provisão para eventual recompra de produtos financeiros a clientes - 26.925Provisão para contingências na BPN Internacional e na BPN Financeiras, SGPS, S.A. - 17.526Provisão para fraudes identificadas em diversos balcões do Banco - 16.188Provisões para perdas potenciais em activos tangíveis - 6.409Provisões para contingências fiscais do BPN Serviços, ACE - 9.483Provisão para títulos de investimento estruturado colocados como capital garantido junto de clientes - 9.769Provisão para processos judiciais desfavoráveis (Nota 42) - 24.674Provisões para garantias e compromissos assumidos 204 266Outras 14.000 9.400

14.204 120.640

14.204 270.160

138

custos a incorrer com a provável liquidação do BPN Créditus Brasil - Promotora de Vendas, Ltda., uma vez

que que esta entidade foi adquirida pela Parparticipadas.

23. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Obrigações subordinadas perpétuas BPN - 2008 94.500 94.500 Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003 50.000 50.000 Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2005 50.000 50.000 Obrigações de caixa subordinadas - BPN (SFE) - 2003 25.000 25.000 Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003 25.000 25.000 ------------ ------------- 244.500 244.500 Juros a pagar 743 1.174 ------------ ------------- 245.243 245.674 ====== ======= As condições das principais emissões podem ser resumidas da seguinte forma:

Valor Data de Taxa de juro nominal em:Obrigação nominal reembolso Remuneração 2012 2011 Cláusula de reembolso antecipado

Obrigações subordinadas perpétuas BPN - 2008

94.500 PerpétuoEuribor 6 meses

+ 2%2,437% 3,746%

No final do décimo ano de vida do empréstimo eposteriormente em cada data de pagamento dejuros subsequente, o Banco poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo apenas nasua totalidade, mediante autorização do Bancode Portugal.

Obrigações de caixa subordinadas BPN (SFE) - 2003

25.000 16-05-2013Euribor 6 meses

+ 2%2,358% 3,685%

Nos últimos cinco anos, mediante autorização doBanco de Portugal, o Banco poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo, total ouparcialmente.

Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003

50.000 16-06-2013Euribor 6 meses

+ 2%2,317% 3,669%

Nos últimos cinco anos, mediante autorização doBanco de Portugal, o Banco poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo, total ouparcialmente.

Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2003

25.000 16-06-2013Euribor 6 meses

+ 2%2,317% 3,669%

Nos últimos cinco anos, mediante autorização doBanco de Portugal, o Banco poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo, total ouparcialmente.

Obrigações de caixa subordinadas BPN - 2005

50.000 22-12-2015Euribor 6 meses

+ 1,15%1,819% 3,167%

Nos últimos cinco anos, mediante autorização doBanco de Portugal, o Banco poderá proceder aoreembolso antecipado do empréstimo, total ouparcialmente.

244.500

139

24. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Credores e outros recursos 17.905 128.027 Encargos a pagar: . Outros encargos a pagar 46.323 16.812 . Juros de outros recursos 17 32 Receitas com rendimento diferido 888 820 Outras contas de regularização: . Outras operações passivas a regularizar 4.215 15.951 . Operações de bolsa a regularizar 246 - . Posição cambial à vista 69 - . Posição cambial a prazo 12 39 . Outras operações a liquidar - 5 ---------- ------------- 69.675 161.686 ====== =======

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Credores e outros recursos” inclui os montantes de 946

mEuros e 1.227 mEuros, respetivamente, referentes a depósitos efetuados que servem de caução a

operações contratadas com clientes. Em 31 de Dezembro 2011, esta rubrica “Credores e outros recursos”

incluía o montante de 100.588 mEuros, pago antecipadamente pela Parvalorem, referente aos contratos

de promessa de venda de operações de crédito. Em 2012, este montante foi sendo desreconhecido com a

cedência das operações de crédito.

Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica “Encargos a pagar – Outros encargos a pagar” inclui,

essencialmente, uma estimativa de encargos com benefícios de longo prazo concedidos a colaboradores,

férias e subsídio de férias e encargos com despesas de saúde.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o saldo da rubrica “Outras contas de regularização – Outras

operações passivas a regularizar”, inclui movimentos às contas dos correspondentes de depósitos à ordem,

nomeadamente em moeda estrangeira ou de pagamentos em terminais, realizado pelos clientes do Banco,

e que ficam a aguardar a data-valor do movimento para serem realizados.

140

Em 31 de Dezembro de 2012, o saldo da rubrica “Outras contas de regularização – Operações de bolsa a

regularizar”, refere-se a operações de títulos de clientes que aguardam a liquidação financeira. Estes

montantes foram regularizados na sua maioria no início de 2013.

25. CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2012, o capital do Banco é detido pelos seguintes accionistas:

Estrutura acionista % capital N.º de ações Montantes em

Euros Amorim Projectos, SGPS, S.A. 25% 19.050.000 75.057.000 Santoro Financial Holding, SGPS, S.A. 25% 19.050.000 75.057.000 Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 15.240.000 60.045.600 Ruasgest, SGPS, S.A. 10% 7.620.000 30.022.800 Luís Manuel Cortez dos Santos 5% 3.810.000 15.011.400 Manuel Pinheiro Fernandes 5% 3.810.000 15.011.400 Sebastião Bastos Lavrador 5% 3.810.000 15.011.400 Outros acionistas 5%

---------- 3.810.000

------------------ 15.011.400

------------------- 100%

===== 76.200.000 =========

300.228.000 ==========

Em 31 de Dezembro de 2011, o Banco era detido pelo Estado, seu acionista único. Conforme referido na

nota introdutória, o Banco foi reprivatizado em 2012, tendo os acionistas do BIC adquirido a totalidade do

seu capital, o que veio a concretizar-se no primeiro semestre de 2012.

Neste contexto, em Junho de 2012, o grupo de acionistas que passou a deter e controlar o BPN e o BIC

deliberou, por questões de racionabilidade económica, incorporar este naquele, mediante a concretização

de uma fusão por incorporação, com a consequente extinção do BIC. A 7 de Dezembro de 2012, após a

aprovação do Banco de Portugal, foi registada a referida fusão por incorporação na Conservatória do

Registo Comercial, com efeitos retroagidos a 1 de Julho de 2012. Na mesma data, o BPN alterou a sua

denominação social para Banco BIC Português, S.A..

Conforme previsto no projeto de fusão, foi realizado um aumento do capital social do Banco BIC em 1

milhão de Euros, mediante a emissão de 200 mil ações totalmente subscritas e realizadas pelos seus

acionistas, de acordo com as respetivas participações.

Na sequência da fusão, e conforme aprovado pelo Banco de Portugal, o Banco procedeu à reposição dos

níveis de capitalização previstos no âmbito do Acordo Quadro e do Contrato de Compra e Venda, tendo para

141

o efeito realizado uma redução do capital no montante de 40.772 mEuros para cobertura de prejuízos, e no

montante de 40.000 mEuros por alteração do valor nominal da ação de 5 Euros para 3,94 Euros.

26. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS E RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 , as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma)

Prémios de emissão 6.790 6.790 Reservas de reavaliação . Reserva de justo valor (Nota 7) . Mais valias potenciais 1.767 51 . Menos valias potenciais ( 73 ) ( 5.746 ) ---------- ------------- 1.694 ( 5.695 ) ---------- ------------- Outras reservas e resultados transitados . Outras reservas 54.725 17.023 . Reserva legal 24.621 24.621 . Resultados transitados (Nota 2.18) ( 22.654 ) ( 834.064 ) ---------- ------------- 56.692 ( 792.420 ) ---------- ------------ Resultado líquido do exercício ( 7.959 ) ( 95.425 ) ---------- ----------- 57.217 ( 886.750 ) ====== =======

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os

prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de

ações próprias.

Em 15 de Fevereiro de 2012, o Estado Português através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças

procedeu ao reforço de capital próprio no montante de 600.000 mEuros, mediante a realização de

prestações acessórias pecuniárias e não onerosas, as quais ficam sujeitas ao regime jurídico das

prestações suplementares, conforme estabelecido no artigo 287º conjugado com os artigos 210º a 213º,

todos do Código das Sociedades Comerciais.

142

A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos ou para aumentar o capital. A legislação

portuguesa aplicável ao sector bancário, nomeadamente o artigo 97º do Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de

Dezembro, exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido

anual, até à concorrência do capital social.

As reservas de reavaliação representam as mais e menos valias potenciais, líquidas de imparidades

reconhecidas em resultados no exercício ou em exercícios anteriores, relativas à carteira de títulos

classificados como “ Ativos financeiros disponíveis para venda”.

27. JUROS E RENDIMENTOS E JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Estas rubricas têm a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Juros e rendimentos similares: Juros de disponibilidades em bancos centrais 207 570 Juro de disponibilidades em instituições de crédito 24 29 Juros de aplicações em instituições de crédito . No país 12.179 20.528 . No estrangeiro 5.146 5.423 Juros de crédito a clientes . Crédito interno 116.228 134.562 . Crédito ao exterior 1.925 3.011 . Outros créditos e valores a receber 2.286 2.451 Juros de ativos titularizados não desreconhecidos 2.905 12.853 Juros de ativos financeiros detidos para negociação 2.587 8.789 Juros de outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados 190 - Juros de ativos financeiros disponíveis para venda 2.097 2.331 Juros de crédito vencido 1.040 1.739 Outros juros e rendimentos similares 121 90 Juros de investimentos detidos até à maturidade 496 - ----------- ------------ 147.432 192.376 Comissões recebidas ao custo amortizado 5.212 5.774 ----------- ------------ 152.643 198.150 ====== ======

143

2012 2011 (pro-forma) Juros e encargos similares:

Juros de depósitos . De outros residentes 50.946 48.496 . De não residentes 3.432 1.729 . Do sector público 1.580 1.746 . De emigrantes 1.453 1.136 Juros e recursos de instituições de crédito . No país 2.558 13.435 . No estrangeiro 5.493 14.978 Juros de responsabilidades representadas por títulos 12.611 29.696 Juros de responsabilidades representadas por ativos não desreconhecidos de operações de titularização 1.235 10.853 Juros de passivos financeiros de negociação 3.926 10.162 Juros de passivos subordinados 7.666 8.444 Outros juros e encargos similares 1.064 596 Juros de recursos em bancos centrais 4.184 174 ----------- ------------ 96.147 141.445 Comissões pagas ao custo amortizado 66 - ----------- ------------ 96.213 141.445 ====== ====== 28. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Nos exercícios de 2012 e 2011, esta rubrica diz respeito a dividendos recebidos de instrumentos de

capital registados na rubrica “Ativos financeiros disponíveis para venda”.

29. RENDIMENTOS E ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Estas rubricas têm a seguinte composição:

144

2012 2011

(pro-forma)

Rendimento de serviços e comissões:

Por serviços prestados 27.623 10.608

Por garantias prestadas 6.080 6.143

Outras operações realizadas por conta de terceiros 4.846 5.411

Por compromissos assumidos perante terceiros 16 18

Outros 7.930 9.092

--------- ----------

46.495 31.272

===== =====

Encargos com serviços e comissões:

Por serviços bancários prestados por terceiros 8.855 9.965

Por garantias recebidas 700 1.847

Por compromissos assumidos por terceiros 876 953

Por operações realizadas por terceiros 1.717 2.015

--------- ----------

12.148 14.780

===== =====

Nos exercícios de 2012 e 2011, a rubrica “Encargos com serviços e comissões – por compromissos

assumidos por terceiros” diz respeito às comissões pagas à Caixa Geral de Depósitos pela subscrição de

papel comercial.

Nos exercícios de 2012 e 2011, a rubrica “Encargos com serviços e comissões – por garantias recebidas”

diz respeito às comissões pagas ao Estado Português pela garantia prestada por este nas emissões de

papel comercial.

145

30. RESULTADOS DE ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE

RESULTADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Resultados em ativos e passivos detidos para negociação: Instrumentos derivados 1.252 1.248 Instrumentos de capital - (40) -------- --------- 1.252 1.208 -------- --------- Resultados em outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados: Instrumentos de dívida 369 - Outros 1.369 - -------- --- 1.738 - -------- --- Resultados em operações de cobertura e elementos cobertos: Correções de valores de ativos que sejam objeto de operações de cobertura ( 112 ) 77 Derivados de cobertura 97 ( 80 ) ----- ----- ( 15 ) ( 3 ) -------- -------- 2.975 1.205 ===== ====

31. RESULTADOS DE ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição

2012 2011 (pro-forma) Ganhos em ativos financeiros disponíveis para venda: Instrumentos de dívida ( 2 ) 5 Instrumentos de capital 194 - ----- ---

146

192 5 ----- --- Perdas em ativos financeiros disponíveis para venda: Instrumentos de capital ( 155 ) ( 13 ) Instrumentos de dívida - ( 1.374 ) ----- --------- ( 155 ) ( 1.387 ) ----- --------- 37 (1.382 ) == ====

No exercício de 2011, a rubrica “Perdas em ativos financeiros disponíveis para venda – Instrumentos de

divida”, inclui 1.140 mEuros referente a menos-valias obtidas na alienação de bilhetes do tesouro.

32. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Perdas na alienação de créditos a clientes ( 7 ) ( 129 ) Perdas em investimentos em filiais (Nota 15) - ( 50 ) Ganhos e perdas em outros ativos não financeiros - ( 12 ) Ganhos e perdas em ativos não correntes detidos para venda ( 138 ) 170 Ganhos e perdas em outros ativos tangíveis 40 15 Ganhos na alienação de créditos a clientes - 5 ----- ------ ( 105 ) ( 1 ) === === 33. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: 2012 2011 (pro-forma) Outros proveitos de exploração: Rendas de locação operacional 94 363 Ganhos em rendimentos operacionais . Recuperação de crédito 1.378 2.456 . Ganhos em operações descontinuadas 43 34 . Reembolso de despesas - -

147

Rendimentos de prestações de serviços diversos 3.339 2.880 Outros . Indemnizações contratuais - 37 . Outros 8.390 741 --------- --------- 13.244 6.511 --------- --------- Outros custos de exploração: Impostos indiretos 2.485 1.062 Contribuições para o FGD e FGCAM 588 812 Quotizações e donativos 78 85 Impostos diretos 1 33 Outros 2.139 1.763 --------- --------- 5.291 3.755 --------- --------- 7.953 2.756 ===== ==== 34. CUSTOS COM PESSOAL E NÚMERO MÉDIO DE EMPREGADOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Remunerações dos órgãos de gestão e de fiscalização 543 715 Remuneração de empregados 42.912 47.656 Fundo de pensões (Nota 35) 21 2.440 Outros encargos relativos a remunerações 9.581 12.483 Outros encargos sociais obrigatórios 217 470 Outros custos com o pessoal 1.230 1.582 ---------- ----------- 54.504 65.346 ===== =====

O número efetivo de empregados em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, por tipo de funções, foi o

seguinte:

148

2012 2011 Técnicos 153 583 Administrativos 881 673 Chefias 284 312 Auxiliares 9 14 Direcção 10 2 -------- --------- 1.337 1.584 ==== ====

35. PENSÕES DE REFORMA E OUTROS BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

Até 31 de Dezembro de 1997 o Banco ainda não tinha aderido ao acordo coletivo de trabalho para o sector

bancário. Por essa razão, e até essa data, os seus empregados estavam enquadrados no esquema de

reformas da Segurança Social. Durante o ano de 1998, o Banco celebrou com os Sindicatos dos Bancários

do Norte, Centro e Sul e Ilhas e com o Sindicato dos Quadros e Técnicos Bancários, Acordos de Adesão ao

acordo coletivo de trabalho. Esses acordos preveem que o Banco assegure as responsabilidades com

pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência relativamente à totalidade do seu pessoal

abrangido pelo acordo coletivo de trabalho a partir de 31 de Dezembro de 1997. Com o objetivo de cobrir

as responsabilidades com pensões de reforma então assumidas foi constituído o Fundo de Pensões do

Banco gerido pela Real Vida Seguros, S.A.

As responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência assumidas pelas

subsidiárias do sector financeiro, estavam igualmente cobertas pelo Fundo de Pensões acima referido.

Em 31 de Dezembro de 2011, foi publicado o Decreto-Lei n.º 127/2011, que determinou a transmissão das

responsabilidades e ativos dos fundos de pensões de um conjunto de instituições financeiras para a

Segurança Social, tendo assim promovido a assunção, pela segurança social, da responsabilidade pelas

pensões em pagamento em 31 de dezembro de 2011 previstas naquele regime de segurança social

substitutivo, a transmissão para o Estado da titularidade do património dos fundos de pensões, na parte

afeta à satisfação da responsabilidade pelas pensões referidas anteriormente, e, bem assim, os termos do

financiamento pelo Estado da responsabilidade pelas mesmas.

Contudo, o referido decreto-lei não incluiu os trabalhadores do Banco, atentas as especificidades do

processo, já então em curso, de alienação pelo Estado da totalidade das suas ações representativas do

capital social.

149

Reunidas as condições para essa alienação, procedeu–se, no primeiro semestre de 2012, de acordo com o

Decreto – Lei n.º 88/2012, aprovado em Conselho de Ministros de 22 de Março de 2012 e promulgado a 4

de Abril de 2012, à integração dos trabalhadores no ativo no regime geral de segurança social,

relativamente às eventualidades de doença, invalidez e morte, e à transferência para a Caixa Geral de

Aposentações, I. P. (CGA, I. P.), juntamente com os correspondentes meios financeiros, das

responsabilidades com as pensões em pagamento e a atribuir no futuro àqueles trabalhadores.

Assim, e de acordo com o estabelecido no âmbito do Acordo Quadro e no Contrato de Compra e Venda, em

31 de Dezembro de 2012, o Banco BIC não tem responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência

e com o subsídio por morte.

Pensões de reforma e subsídio por morte após a idade da reforma

O plano de pensões de benefício definido do Banco seguia o estipulado no Acordo Coletivo de Trabalho do

Sector Bancário (ACT).

Em 31 de Dezembro de 2011, o plano de pensões de benefício definido do Banco era um plano

substitutivo e independente dos regimes públicos de Segurança Social para os colaboradores admitidos

antes de 1 de Março de 2009. Os colaboradores admitidos após esta data encontram-se inscritos no

Regime de Segurança Social, sendo que o Banco suportava o complemento à pensão definida pela

Segurança Social até ao limite da pensão definida pelo ACT.

O plano de pensões do Banco não era considerado um plano contributivo, uma vez que as contribuições

efetuadas pelos participantes decorriam do estabelecido do ACT do Sector Bancário. Estes participantes, e

apenas para os admitidos no sector bancário após 1 de Janeiro de 1995, efetuavam contribuições de 5%

da sua retribuição mínima mensal para o fundo de pensões. O Banco assegurava o esforço contributivo

necessário para a cobertura das suas responsabilidades por pensões através do Fundo de Pensões.

As pensões pagas são função do tempo de serviço prestado pelos trabalhadores e da respetiva retribuição

à data da reforma, sendo atualizadas com base nas remunerações vigentes para o pessoal no ativo.

Determinação das responsabilidades com pensões de reforma e subsídio por morte após a idade da

reforma

Para determinação das responsabilidades com pensões de reforma em pagamento e por serviços passados

dos empregados no ativo, com referência a 31 de Dezembro de 2011 foram efetuados estudos atuariais

por entidades especializadas.

150

As hipóteses e bases técnicas utilizadas foram as seguintes:

Nos estudos efetuados em 2011, foi considerado que a idade normal de reforma ocorrerá aos 65 anos.

A comparação entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados na determinação dos custos com

pensões para o exercício de 2011 e os valores efetivamente verificados é apresentada no quadro seguinte:

Pressupostos Real Taxa de rendimento 5,50%____ 0,36%____ Taxa de crescimento dos salários 2,50% 0,00% Taxa de crescimento das pensões 1,75% 0,00%

Em 31 de Dezembro de 2011 os saldos em balanço relativos ao fundo de pensões, eram os seguintes (Nota

17):

Em 2011 os custos relativos a pensões foram os seguintes (Nota 34):

Em 31 de Dezembro de 2011, as responsabilidades com serviços passados de acordo com os estudos

atuariais efetuados, assim como o fundo de pensões para cobertura das mesmas, ascendiam a:

Método actuarial Projected Unit CreditTábua de mortalidade TV 88/90Tábua de invalidez EVK 80Taxa de desconto 5,50%Taxa de rendimentos dos activos dos fundos 5,50%Taxa de crescimento dos salários 2,50%Taxa de crescimento das pensões 1,75%Tabela de saídas 0%

Valor do Fundo de Pensões 117.599Valor das responsabilidades com Fundo de Pensões (92.747)Diferencial 24.852

Custo serviço corrente 3.416Rendimento esperado (6.168)Custo dos juros 5.192

2.440

151

Em 31 de Dezembro de 2011, o número de beneficiários dividia-se da seguinte forma:

O movimento no valor do fundo de pensões durante o exercício de 2011 foi o seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2011, o Fundo de Pensões do Banco era gerido pela Real Vida Seguros, S.A..

Conforme previsto no contrato constitutivo, o fundo de pensões poderia contratar com uma seguradora um

ou mais seguros, com o objetivo de garantir os benefícios em caso de morte ou invalidez dos participantes.

No entanto, em 31 de Dezembro de 2011, não existiam contratos de seguros para garantir estes

benefícios.

O movimento nas responsabilidades por serviços passados pode ser demonstrado da seguinte forma:

Número de Responsa -pessoas bilidades

Responsabilidades por serviços passados 1.527 92.747

Fundos de pensões 117.599

Nível de financiamento 126,80%

Activos abrangidos pelo ACT 1.364Activos abrangidos pela Segurança Social 86Activos abrangidos pela SS admitidos no Sector Bancário após 1 de Janeiro de 2010 36Activos a termo certo 19Reformados 9Pensionistas viuvez/ orfandade 13

1.527

Saldos em 31 de Dezembro de 2010 117.144

Contribuições para o Fundo:Dos empregados 863

Pensões pagas (208)Rendimento esperado do fundo de pensões 6.168Desvios de rendimento (6.368)

Saldos em 31 de Dezembro de 2011 117.599

152

Em 31 de Dezembro de 2011, as responsabilidades por serviços futuros ascendiam a 48.042 mEuros.

Desvios atuariais e financeiros diferidos

Com a alteração da política contabilística os desvios atuariais foram registados por contrapartida de

capitais próprios (2.4. e 2.15.).

Encargos com Saúde

A assistência médica aos empregados no ativo e pensionistas do Banco está a cargo dos Serviços de

Assistência Médico-Social (SAMS). Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a contribuição anual do Banco para

os SAMS corresponde a 6,50% do total das retribuições efetivas dos trabalhadores no ativo. Em 31 de

Dezembro de 2011, as responsabilidades para o SAMS sobre as pensões, a pagar no futuro, encontravam-

se incluídas no fundo de pensões do Banco. Em 31de Dezembro de 2012, o correspondente passivo

encontrava-se registado em “Outros passivos” e ascende a 5.148 mEuros.

Outros benefícios de longo prazo

O Banco paga um prémio a todos os trabalhadores que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de

efetivo serviço, nesse ano, de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efetiva.

Adicionalmente, é pago um prémio aos trabalhadores que se encontrem numa situação de passagem à

situação de invalidez ou invalidez presumível de valor proporcional àquele de que beneficiaria se

continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte. Em 31 de Dezembro de 2012 e

2011 o correspondente passivo encontrava-se registado em “Outros passivos” e ascendia a 6.971 mEuros

e 6.315 mEuros, respetivamente.

Em 31 de Dezembro de 2012, os pressupostos demográficos e financeiros considerados na determinação

das responsabilidades com encargos com saúde e outros benefícios de longo prazo foram os seguintes:

Responsabilidades no início do exercício 94.533Desvios actuariais (11.049)Pensões pagas pelo fundo de pensões (208)Contribuições de empregados 863Custo de serviço corrente 3.416Custo dos juros 5.192Responsabilidades no final do exercício 92.747

153

No exercício de 2012 a contribuição efetuada pelo Banco para o plano de contribuição definida referido na

Nota 2.15. ascendeu a 420 mEuros.

36. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

2012 2011 (pro-forma) Rendas e alugueres 8.058 10.225 Com fornecimentos e serviços externos 8.298 1.999 Com serviços especializados . Informática 7.123 2.700 . Avenças e honorários 1.854 2.720 . Informações 448 198 . Judiciais, contencioso e notariado 536 435 . Mão-de-obra eventual 217 783 . Segurança e vigilância 219 - . Outros serviços especializados 6.122 6.257 Comunicações 3.730 3.458 Seguros 878 1.009 Deslocações 803 514 Conservação e reparação 2.963 1.308 Publicidade 1.805 12 Formação de pessoal 18 38 Transportes 583 1 Outros serviços . BPN Serviços, ACE 4.506 21.431 . Outros 13.049 3.624 ---------- ----------- 61.210 56.712 ====== =====

Método actuarial Projected Unit CreditTábua de mortalidade TV 88/90Tábua de invalidez EVK 80Taxa de desconto 4,50%Taxa de crescimento dos salários 2,50%Taxa de crescimento das pensões 0,00%Tabela de saídas 0%Revalorização dos salários até 2001 e crescimento da RMM 2,00%Revalorização dos salários após 2001 2,125%

154

Nos exercícios de 2012 e 2011, a rubrica “BPN Serviços, ACE” corresponde à refaturação ao Banco de

despesas incorridas por esta entidade, incluindo, entre outras, as despesas de comunicação, trabalhos

especializados, publicidade e propaganda e limpeza. A 10 de Fevereiro de 2012, foi assinado um contrato

de prestação de serviços com a Parvalorem (entidade controlada pelo Estado), mediante o qual esta

entidade presta serviços especializados em vários domínios. Em 31 de Dezembro de 2012 os montantes

incluídos na rubrica “Outros Serviços – Outros” referem-se essencialmente a serviços prestados pela

Parvalorem.

No exercício de 2012, a rubrica “Com Serviços especializados – Outros serviços especializados” inclui os

montantes de 239 mEuros e 285 mEuros, relativos a honorários de revisão legal das contas e de outros

serviços de garantia de fiabilidade, respetivamente, faturados pelo Revisor Oficial de Contas durante o

exercício de 2012 e divulgados para efeitos do cumprimento da alteração introduzida pelo Decreto-Lei nº

185/2009, de 12 de Agosto, ao Artigo 66º-A do Código das Sociedades Comerciais.

37. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas

extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

Passivos Contigentes e Compromissos2012 2011

Passivos eventuais

Garantias, avales prestadosResidentes 294.520 473.300Não residentes 681 54

Créditos documentários abertos 46.438 7.349341.639 480.703

Activos dados em garantia 30.686 27.285

372.325 507.988

Compromissos

Compromissos revogáveisLinhas de crédito revogáveis 288.912 300.263Facilidades de desconto em conta 48.801 54.742

Contratos a prazo de depósitosLinhas de crédito 41.363 56.879Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o FGD 4.384 4.384

383.460 416.268Responsabilidades por serviços prestados

Depósito e guarda de valores 3.715.875 856.693De cobrança de valores 39.972 40.278

3.755.847 896.971

4.511.632 1.821.227

155

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Ativos dados em garantia” inclui títulos dados em garantia

ao Banco Central Europeu nos montantes de 30.686 mEuros e 20.249 mEuros, respetivamente.

38. RELATO POR SEGMENTOS

Para cumprimento dos requisitos da Norma IFRS 8, o Banco adotou os seguintes segmentos de negócio:

- Negociação e vendas: compreende a atividade bancária relacionada com a gestão da carteira

própria de títulos, operações de mercado monetário e cambial, receção e transmissão de ordens em relação

com um ou mais instrumentos financeiros e execução de ordens por conta de clientes

- Banca de retalho: compreende a atividade bancária junto dos particulares e empresários em nome

individual, tais como a receção de depósitos e de outros fundos reembolsáveis, empréstimos, concessão de

garantias e assunção de outros compromissos. Inclui também o montante total devido à Instituição pelo

cliente ou grupo de clientes ligados entre si;

- Banca comercial: atividades creditícia e de captação de recursos junto de empresas, bem como a

tomada de fundos para fazer face aos compromissos com a concessão de crédito;

- Outros: compreende todos os segmentos de atividade que não foram contemplados nas linhas de

negócio anteriores.

A distribuição dos principais ativos, passivos e rubricas de resultados por linhas de negócio e mercados

geográficos nos exercícios de 2012 e 2011 é a seguinte:

Negociação e Vendas

Banca de Retalho

Banca Comercial

Outros Total

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 74.895 - - - 74.895

Disponibilidades em outras instituições de crédito 50.518 - - - 50.518

Activos financeiros detidos para negociação 13 - - - 13

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 41.527 - - - 41.527

Activos financeiros disponíveis para venda 59.727 - - - 59.727

Aplicações em instituições de crédito 1.265.805 - - - 1.265.805

Investimentos detidos até à maturidade 23.040 - - - 23.040

Crédito a clientes (líquido) 216.804 658.881 1.486.126 - 2.361.811

Outros - - - 71.374 71.374

Activo líquido total 1.732.329 658.881 1.486.126 71.374 3.948.710

Recursos de bancos centrais 233.927 - - - 233.927

Recursos de outras instituições de crédito 436.180 - - - 436.180

Recursos de clientes e outros empréstimos - 1.623.746 763.368 6.592 2.393.707

Responsabilidades representadas por títulos 150.656 - - - 150.656

Outros passivos subordinados 245.243 - - - 245.243

Outros - - - 131.552 131.552

Passivo Total 1.066.006 1.623.746 763.368 138.144 3.591.265

2012

156

Negociação e Vendas

Banca de Retalho

Banca Comercial

Outros Total

Margem Financeira estrita (7.819) (21.551) 83.393 2.407 56.430

Rendimentos de instrumentos de capital 30 - - - 30

Rendimentos de serviços e comissões 2.464 2.288 7.400 34.343 46.495

Encargos de serviços e comissões (1.907) - - (10.241) (12.148)

Resultados de activos e passivos avaliados ao

justo valor através de resultados (líquido) 2.975 - - - 2.975

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) 37 - - - 37

Resultados de reavaliação cambial (líquido) 2.712 - - - 2.712

Resultados de alienação de outros activos - - - (105) (105)

Outros resultados de exploração - - - 7.953 7.953

Produto Bancário (1.508) (19.263) 90.793 34.357 104.379

Outros custos e proveitos (112.338)

(7.959)

2012

2011 (pro-forma)

Negociação e vendas

Banca de retalho

Banca comercial Outros Total

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - - 107.493-Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 - - - 53.761

Aplicações em instituições de crédito 837.005 - - - 837.005

Activos financeiros detidos para negociação 20.137 - - - 20.137

Activos financeiros disponíveis para venda 49.959 - - - 49.959

Activos não correntes detidos para venda - - - 9.886 9.886

Crédito a clientes - 698.900 2.591.829 - 3.290.729

Outros 10.135 - - 58.723 68.858

Activo líquido total 1.078.490 698.900 2.591.829 68.609 4.437.828

Recursos de outras instituições de crédito - - 952.073 - 952.073

Recursos de clientes e outros empréstimos - 1.193.468 491.006 - 1.684.474

Responsabilidades representadas por títulos 1.402.823 - - - 1.402.823

Outros 245.674 - - 659.534 905.208

Passivo Total 1.648.497 1.193.468 1.443.079 659.534 4.944.578

2011 (pro-forma)

Negociação e vendas

Banca de retalho

Banca comercial Outros Total

Margem Financeira estrita (34.652) (27.160) 119.113 (596) 56.705

Rendimentos de instrumentos de capital 217 - - - 217

Rendimentos de serviços e comissões 5.733 7.042 - 18.497 31.272

Encargos com serviços e comissões (2.527) (12.241) - (12) (14.780)

Resultados de activos e passivos financeiros avaliadosao justo valor através de resultados 1.205 - - - 1.205

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (1.382) - - - (1.382)

Resultados da reavaliação cambial 3.628 - - - 3.628

Resultados da alienação de outros activos - - - (1) (1)

Outros resultados de exploração - - - 2.756 2.756

Produto bancário (27.778) (32.359) 119.113 20.644 79.620

Outros custos e proveitos (175.045)

Resultado líquido do exercício (95.425)

157

Os principais critérios de alocação utilizados pelo Banco na construção destes mapas foram os seguintes

• Para as rubricas “Crédito a clientes” e “Recursos de clientes e outros empréstimos”, detalhou a

informação entre “Particulares e “Empresas”, tendo alocado os respetivos saldos a “Banca de

retalho” e “Banca comercial”, respetivamente.

• A rubrica “Recursos de instituições de crédito” e “Recursos de bancos centrais”, foram alocadas a

“Banca comercial” dado que a finalidade é serem utilizados na atividade normal do Banco.

• Os outros ativos e passivos foram considerados em “Outros”, dado a impossibilidade de alocação

segmental.

Mercados Geográficos

Portugal União Europeia Outros Total

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 44.297 30.598 - 74.895

Disponibilidades em outras instituições de crédito 16.529 10.699 23.289 50.517

Activos financeiros detidos para negociação 13 - - 13

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 10.638 23.336 7.553 41.527

Activos financeiros disponíveis para venda 43.644 14.315 1.769 59.728

Aplicações em instituições de crédito 1.050.630 3 215.172 1.265.805

Crédito a clientes (líquido) 2.313.551 27.859 20.401 2.361.811

Investimentos detidos até à maturidade 23.040 - - 23.040

Activos não correntes detidos para venda - - - -

Outros 71.036 - 338 71.374

Activo líquido total 3.573.378 106.810 268.522 3.948.710

Recursos de bancos centrais - - 233.927 233.927

Recursos de outras instituições de crédito 39.657 130 396.393 436.180

Recursos de clientes e outros empréstimos 2.170.852 24.413 198.442 2.393.707

Responsabilidades representadas por títulos 150.656 - - 150.656

Outros passivos subordinados 245.243 - - 245.243

Outros 131.552 - - 131.552

Passivo Total 2.737.960 24.543 828.762 3.591.265

2012

158

PortugalUnião

EuropeiaOutros Total

Margem Financeira estrita 63.859 (1.171) (6.258) 56.430

Rendimentos de instrumentos de capital 29 - 1 30

Rendimentos de serviços e comissões 46.495 - - 46.495

Encargos de serviços e comissões (12.148) - - (12.148)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (líquido) 849 2.126 - 2.975

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) (2) - 39 37

Resultados de reavaliação cambial (líquido) 2.712 - - 2.712

Resultados de alienação de outros activos (105) - - (105)

Outros resultados de exploração 7.557 - 396 7.953

Produto Bancário 104.380 955 (5.822) 104.379

Outros custos e proveitos (112.338)

(7.959)

2012

PortugalResto da União

Europeia Outros Total

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - 107.493

Disponibilidades em outras instituições de crédito 25.109 8.241 20.411 53.761

Aplicações em instituições de crédito 551.078 - 285.927 837.005

Activos financeiros detidos para negociação 15.725 4.412 - 20.137

Activos financeiros disponíveis para venda 49.336 398 225 49.959

Crédito a clientes (líquido) 3.215.831 49.655 25.243 3.290.729

Outros 78.744 - - 78.744

Activo líquido total 4.043.316 62.706 331.806 4.437.828

Recursos de outras instituições de crédito 440.259 - 511.814 952.073

Recursos de clientes e outros empréstimos 1.612.614 41.631 30.229 1.684.474

Responsabilidades representadas por títulos 1.402.823 - - 1.402.823

Outros passivos subordinados 245.674 - - 245.674

Outros 659.534 - - 659.534

Passivo Total 4.360.904 41.631 542.043 4.944.578

2011 (pro-forma)

Portugal

Resto da União

Europeia Outros Total

Margem financeira estrita 51.766 734 4.205 56.705

Rendimentos de instrumentos de capital 217 - - 217

Rendimentos de serviços e comissões 31.272 - - 31.272

Encargos com serviços e comissões (14.780) - - (14.780)

Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 1.205 - - 1.205

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (1.365) (11) (6) (1.382)

Resultados da reavaliação cambial 3.628 - - 3.628

Resultados da alienação de outros activos (1) - - (1)

Outros resultados de exploração 2.756 - - 2.756

Produto bancário 74.698 723 4.199 79.620

Outros custos e proveitos (175.045)

Resultado líquido do exercício (95.425)

2011 (pro-forma)

159

39. ENTIDADES RELACIONADAS

Em 31 de Dezembro de 2012, eram consideradas entidades relacionadas do Banco as seguintes entidades

e pessoas singulares:

Em 31 de Dezembro de 2012, as demonstrações financeiras do Banco incluíam os seguintes saldos e

transações com entidades relacionadas:

Nome Participação directa (%)

Participação efectiva (%)

Accionistas

Amorim Projectos, SGPS, S.A. 25% 25%Santoro Financial Holding, SGPS, S.A. 25% 25%Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 20%Ruasgest, SGPS, S.A. 10% 10%Luís Manuel Cortez dos Santos 5% 5%Manuel Pinheiro Fernandes 5% 5%Sebastião Bastos Lavrador 5% 5%Outros inferiores a 5% 5% 5%

Membros do Conselho de Administração

Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 20%Isabel José dos Santos - 25%Américo Ferreira de Amorim - 25%Luis Fernando de Mira Amaral - -Jaime Pedro Galhoz Pereira - -Carlos Prieto Traguelho - -Diogo Vasco Ramos Barrote - 1%Artur de Jesus Marques - -Rui Manuel Correia Pedras - -

Outras entidades relacionadas

Banco BIC, S.A. (Angola) - -Amorim Holding Financeira, SGPS, S.A. - -Amorim Holding II, SGPS, S.A. - -Gierlings Velpor - Veludo Português, S.A. - -Amorim Serviços e Gestão, S.A. - -Amorim Global Investors, SGPS, S.A. - -OSI Sistemas informáticos e Electrónicos, Lda. - -Amorim Desenvolvimento, SGPS, S.A. - -Amorim Viagens e Turismo, Lda. - -Amorim Investimentos e Participações, SGPS, S.A. - -Amorim Cork Research, Lda. - -Cotarco Comércio Internacional, Lda - -

160

Em 31 de Dezembro de 2012 não havia crédito concedido a membros do Conselho de Administração.

Em 31 de Dezembro de 2011, eram consideradas entidades relacionadas do Banco, a Direcção Geral

do Tesouro e Finanças (acionista), outras entidades do Estado Português, o Fundo de Pensões do

Banco, as empresas controladas pelo Grupo BPN e os órgãos de gestão do Banco.

Outras entidades relacionadasAplicações Crédito Recursos Garantias

Linha não utilizada Custos Proveitos

Banco BIC, S.A. (Angola) 197.630 - 262.156 629 - 1.469 5.426 Amorim Holding Financeira, SGPS, S.A. - - 1 - - - 1 Amorim Holding II, SGPS, S.A. - - 3 - - - -Gierlings Velpor - Veludo Português, S.A. - 1.475 - - 25 - 38 Amorim Serviços e Gestão, S.A. - 211 - - 39 - 4 Amorim Global Investors, SGPS, S.A. - - - - - -OSI Sistemas informáticos e Electrónicos, Lda. - 183 - - 67 - 3 Amorim Desenvolvimento, SGPS, S.A. - - - - - - -Amorim Viagens e Turismo, Lda. - 31 - - 219 - 2 Amorim Investimentos e Participações, SGPS, S.A. - - - - - - -Amorim Cork Research, Lda. - 150 - - 100 - 3 Cotarco Comércio Internacional, Lda - 1.383 15 250 367 - 25

197.630 3.433 262.175 879 817 1.469 5.502

2012

161

Nome Sede

Participação directa (%)

Participação efectiva (%)

Empresas participadas

BPN Serviços ACE Portugal 63,0% 95,0%Parparticipadas, SGPS, S.A. Portugal 100,0% 100,0%Parvalorem, S.A. Portugal 100,0% 100,0%Parups, S.A. Portugal 100,0% 100,0%

Outras entidades do Grupo BPN

Gestão de Participações Sociais

BPN Participações Financeiras, SGPS, Lda Portugal - 100,0%BPN Internacional, SGPS, S.A. Portugal - 100,0%BPN Madeira, SGPS, S.A. Portugal - 100,0%BPN Participações Brasil Ltda Brasil - 93,7%Crossco (738) Ltd Reino Unido - 49,0%Pay Up Holding BV Holanda - 76,4%PR&A - Investimentos, SGPS, S.A. Portugal - 26,1%Lugab - Gestão e Participações, S.A. Portugal - 38,5%

Actividade Bancária

Banco Efisa, S.A. Portugal - 100,0%BPN Brasil Banco Múltiplo, S.A. Brasil - 86,5%BPN Cayman Ilhas Caimão - 100,0%BPN IFI, S.A. Cabo Verde - 100,0%

Fundos

BPN Acções Europa - Fundo de Investimento Aberto Portugal - 80,9%BPN Acções Global - Fundo de Investimento Aberto de Acções Internacionais Portugal - 68,6%CLIP Multi-Strategy Luxemburgo - 100,0%BPN Conservador - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações a Taxa Variável Portugal - 78,6%BPN Diversificação - Fundo Especial de Investimento Aberto Portugal - 100,0%BPN GA Valorização Patrimonial - Fundo de Capital de Risco Portugal - 94,1%BPN Imoglobal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Portugal - 93,1%BPN ImoMarinas - Fundo de Investimento Imobiliário Portugal - 100,0%BPN Imonegócios - Fundo de Investimento Imobiliário Portugal - 99,2%BPN Imoreal - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Portugal - 94,8%BPN Optimização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Obrigações Portugal - 81,1%BPN Real Estate - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Portugal - 50,0%BPN Taxa Fixa Euro - Fundo de Investimento Aberto de Obrigações de Taxa Fixa Portugal - 49,1%BPN Tesouraria - Fundo de Investimento Aberto de Tesouraria Portugal - 48,5%BPN Valorização - Fundo de Investimento Aberto Misto de Acções Portugal - 63,8%Fundo de Capital de Risco Banco Efisa - Dinamização e Competitividade Empresarial Portugal - 30,0%Mercapital - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Portugal - 0,5%

Segurador

Real Vida Seguros, S.A. Portugal - 100,0%

Crédito Especializado

BPN Crédito, IFIC, S.A. Portugal - 100,0%

Gestão de Activos

BPN Gestão Activos, SGFIM, S.A. Portugal - 100,0%BPN Imofundos, SGFII, S.A. Portugal - 100,0%

162

Nome Sede

Participação directa (%)

Participação efectiva (%)

Imobiliário

Candal Parque - Sociedade Imobiliária, S.A. Portugal - 99,1%Investimentos Dominiais Anglo Portugueses, S.A. Portugal - 100,0%Astroimóvel - Imobiliária, S.A. Portugal - 93,1%Monte da Quinta - Propriedades, Lda Portugal - 93,1%

Outras Entidades

ALC Leasing, S.A.R.L. Moçambique - -BPN Créditus Brasil - Promotora de Vendas Ltda Brasil - 100,0%Calzeus - Calçado e Acessórios de Moda, S.A. Portugal - 89,9%Censosf - Centro de Saúde Ocupacional de S. Francisco, S.A. Portugal - 33,8%Centro Hospitalar de S. Francisco, S.A. Portugal - 48,3%CHSF - Centro de Cardiologia de S. Francisco, S.A. Portugal - 48,3%CHSF - Centro de Imagiologia, Lda. Portugal - 48,3%CHSF - Consultoria de Gestão, Lda. Portugal - 48,3%CHSF - Health Club, Lda. Portugal - 48,3%Concretope - Fábrica de Betão Pronto, S.A. Portugal - -Controlauto - Controlo Técnico Automóvel, SA Portugal - 38,9%Ecoleiria - Ecografia de Leiria, Lda. Portugal - 48,3%Ergorent - Aluguer e Comércio de Equipamentos e Serviços, S.A. Portugal - 20,0%Imagran - Laboratório de Imagiologia da Marinha Grande, Lda Portugal - 43,5%Imalis - Meios de Diagnóstico de Imagiologia de Leiria, Lda Portugal - 66,8%Labicer - Laboratório Industrial Cerâmico, S.A. Portugal - 83,9%Locagest - Aluguer e Participações, Lda Portugal - 20,0%Nascimento & Sousa, Lda Portugal - 68,2%Nearent - Aluguer e Comércio de Equipamentos, S.A. Portugal - 20,0%Pay Up Desenvolvimento de Negócios, S.A. Portugal - 54,2%Pay Up Holding BV (ex-Dumpfe) Holanda - 76,4%Pay Up Iberia, S.A. Espanha - 76,4%Pay Up Polska, S.A. Polónia - 27,7%Pay Up Romania, S.A. Roménia - 54,2%Pay Up Servia Sérvia - 76,4%Precore II - Betão Pronto, S.A. Portugal - 47,1%Quimiceram - Químicos e Minerais, S.A. Portugal - 94,1%Sobrissul - Sociedade de Britas Seleccionadas do Sul, S.A. Portugal - 23,5%Valorceram - Subprodutos Cerâmicos, S.A. Portugal - 83,9%ZenRegra - Unipessoal, Lda Portugal - 25,0%

Accionistas do BancoDirecção Geral de Tesouro e Finanças

Outras entidades do Estado Português

Membros do Conselho de Administração do BancoPedro Manuel de Oliveira CardosoMário Manuel Faria GasparJorge António Beja PessoaRui Manuel Correia PedrasNorberto Emílio Sequeira da Rosa

Fundo de Pensões do Banco

163

Em 31 de Dezembro de 2011, as demonstrações financeiras do Banco incluíam os seguintes saldos e

transações com entidades relacionadas:

Em 31 de Dezembro de 2011, as demonstrações financeiras incluíam os seguintes saldos e transações

com entidades relacionadas, excluindo os órgãos de gestão:

Outras Direcção Geral entidades do Membros do

do Tesouro Estado Conselho de

e Finanças Português Associadas Administração

Activos:

Aplicações em instituições de crédito - - 683.424 -Títulos e Instrumentos Financeiros derivados de negociação - - 1.265 -Crédito a clientes - - 263.945 60

Passivos:Recursos de instituições de crédito - 433.849 494.850 -Recursos de clientes e outros empréstimos 182 62.505 56.752 43Títulos e Instrumentos Financeiros derivados de negociação - - 1.156 -Passivos subordinados - 1.402.823 - -

Garantias prestadas - 93 11.713 -

Proveitos:Juros e rendimentos similares - - 2.670 -Ganhos em operações financeiras - - 3.284 -Rendimentos de serviços e comissões - - 34.897 -

Custos:Juros e encargos similares - 127 1.646 -Perdas em operações financeiras - - 2.408 -Comissões 1.847 952 - -Outros custos de exploração - - 17.300 -

2.029 1.900.349 1.575.310 103

Entidades Filiais, Associadas e Outras Empresas do Grupo Aplicações Crédito Recursos Garantias Proveitos Custos

Banco Efisa 98.139 - 401 - 7.966 389 BPN - IFI, SA 105.004 - 447.789 - 1.021 14.838 BPN Brasil Banco Multiplo, S.A. 30.914 - 134 - 9.261 -BPN Cayman - - 41.454 - - 268 BPN Crédito, IFIC 449.367 2 5.072 1.572 18.309 2.047 BPN Imofundos, SGFIM, SA - - 7.640 - 107 210 BPN Internacional - 40.076 37 - 902 -BPN Madeira - - 28 - - 1 BPN Serviços ACE - 13.350 427 10.141 481 17.344 BPN, Gestão Activos, SGFIM, SA - - 3.525 - 1 117 Parparticipadas, SGPS, S.A. - 30.113 19 - 125 -Parups, S.A. - 68.328 974 - 223 3 Parvalorem, S.A. - 112.076 44.102 - 125 1.177

683.424 263.945 551.602 11.713 38.521 36.394

164

40. GESTÃO DE CAPITAL

O Banco dispõe de uma elevada solidez financeira consubstanciada na manutenção de um rácio de

adequação de fundos próprios – relação entre os Fundos Próprios Elegíveis e os ativos ponderados pelo

risco – acima de 10%, ou seja, acima dos mínimos estabelecidos para instituições financeiras em Portugal.

No quadro seguinte resume-se a composição do capital regulamentar e rácios prudenciais do Banco em

Dezembro de 2012 (montantes expressos em milhões de Euros):

As demonstrações financeiras estatutárias do Banco relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro

de 2011, apresentavam capitais próprios negativos no montante de 499.108 mEuros (Nota 2.18).

41. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

Nos exercícios de 2012 e 2011, o total de remunerações referentes à prestação de serviços de mediação

de seguros ascendem a 61 mEuros e 49 mEuros, respetivamente, dizendo respeito na sua totalidade a

comissões recebidas sob a forma de numerário.

A - FUNDOS PRÓPRIOS DE BASE (TIER I) 330.028 Capital Elegível 300.228 Reservas e Resultados Elegíveis 53.244 Impactos de transição IAS (regime transitório) Outros Elementos / Deduções aos Fundos Próprios de Base -23.444 B - FUNDOS PRÓP. COMPLEMENTARES (TIER II) 144.501 Passivos subordinados com vencimento indeterminado 94.500 Passivos subordinados com vencimento determinado elegíveis 50.000 Reservas de reavaliação 1 Outros Elementos / Deduções aos Fundos Próprios Complementares 0 C - DEDUÇÕES AOS FUNDOS PRÓPRIOS TOTAIS 0 D - TOTAL DE FUNDOS PRÓPRIOS ELEGIVEIS (A+B+C) 474.528 E - REQUISITOS DE FUNDOS PRÓPRIOS 222.511 RÁCIOS TIER I [A/(E*12,5)] 11,9% CORE CAPITAL 11,9% TIER I [B/(E*12,5)] 5,2% RÁCIO DE ADEQUAÇÃO DE FUNDOS PRÓPRIOS [D/(E*12,5)] 17,1%

165

As remunerações do exercício decorrem integralmente da prestação de serviços de mediação junto da Real

Vida Seguros, S.A. (empresa do Grupo), correspondendo integralmente à comercialização de produtos do

ramo Vida.

As comissões recebidas pela mediação de produtos do ramo Vida da Real Vida Seguros, S.A. através da sua

rede comercial eram integralmente reconhecidas pelo Banco em resultados do exercício no momento da

sua originação, encontrando-se contabilizadas na rubrica de “Rendimentos de serviços e comissões” (Nota

29).

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o Banco não apresenta saldos a receber junto da Real Vida Seguros,

S.A. relativos a comissões de mediação. No âmbito da sua atividade de mediador, o Banco não exerce

qualquer atividade de cobrança junto de clientes relacionados com pagamentos associados a contratos de

seguros.

42. CONTINGÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2011, existiam sobre o Banco um conjunto de processos judiciais e laborais, cuja

decisão final por parte dos respetivos tribunais ainda não tinha sido proferida. O montante total reclamado

pelos autores das diversas ações judiciais era o seguinte:

Processos de natureza judicial 321.667 Processos de natureza laboral 4.820 ------------ 326.487

=======

Para a grande maioria dos processos, com base nos pareceres dos advogados internos e externos, o Banco

considerava que a decisão lhe será favorável. Para fazer face a contingências decorrentes dos processos

que o Banco considera que a decisão poderá vir a ser desfavorável, registou em 31 de Dezembro de 2011,

uma provisão no montante de 24.674 mEuros na rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” (Nota

22).

Em 31 de Dezembro de 2011, os processos de natureza judicial incluíam uma ação interposta por um

cliente relacionada com uma opção de venda de ações da Galilei, SGPS, S.A., que era detida por este. O

Banco, baseado em pareceres jurídicos obtidos em 2010, não registou a responsabilidade na aquisição de

um lote adicional de 5.402.987 ações detidas por aquele cliente.

166

No âmbito do Acordo Quadro e do Contrato de Compra e Venda, o Banco não tem responsabilidades com

potenciais contingências por eventos imputáveis a data anterior a 30 de Março de 2012. Em 31 de

Dezembro de 2012, não existem quaisquer processos judiciais ou extrajudiciais e/ou quaisquer outras

responsabilidades contingentes que de alguma forma possam afetar ou ter reflexo sobre a atividade ou

situação financeira do Banco.

43. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Políticas de gestão do risco

Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro pode ser definido como o impacto nos resultados e nos capitais próprios de uma

variação adversa das taxas de juro de mercado. O Banco incorre na assunção de risco de taxa de juro

sempre que, no desenvolvimento da sua atividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros

sensíveis a eventuais variações da taxa de juro.

O Banco monitoriza regularmente o risco estrutural de taxa de juro com base em análises de sensibilidade

da margem financeira e dos fundos próprios prudenciais face a uma subida instantânea e paralela da curva

de taxas de juro em 200 pontos base. Esta avaliação é efetuada com base na técnica de gap analysis,

segundo a qual todos os ativos e passivos sensíveis a variações na taxa de juro e não associáveis às

carteiras de negociação são distribuídos de acordo com as suas maturidades ou datas de repricing

residuais. Esta análise segue as recomendações do Comité de Supervisão Bancária de Basileia e da

Instrução nº 19/2005 do Banco de Portugal.

A política adotada visa minimizar o impacto de um eventual choque adverso na margem e nos fundos

próprios prudenciais.

Risco de Liquidez

O risco de liquidez é o risco de uma instituição não possuir recursos suficientes para financiar os seus

ativos ou para honrar os seus compromissos sem incorrer em perdas inaceitáveis.

A gestão do risco de liquidez baseia-se na análise dos prazos residuais de maturidade dos diferentes

ativos e passivos do balanço, evidenciando, para cada um dos intervalos considerados, os volumes de cash

inflows e cash outflows esperados, bem como os respetivos gaps de liquidez.

167

O controlo e reporte do risco de liquidez para o Banco de Portugal é efectuado mensalmente ao abrigo de

um exercício de monitorização descrito na Instrução nº 13/2009.

Risco de Mercado

O risco de mercado é o risco da existência de perdas decorrentes da variação adversa de valor de um

instrumento financeiro como consequência da variação de fatores de risco, nomeadamente taxa de juro,

taxa de câmbio, spreads de crédito, preços de ações e preços de mercadorias.

O risco de mercado é medido diariamente em termos de sensibilidade a variações nos fatores de risco,

como sejam a taxa de juro (basis point value) e as taxas de câmbio. Os limites de exposição são

controlados diariamente por um órgão distinto da área de negócio, no respeito pelo princípio da

segregação de funções.

Risco Cambial

O risco cambial representa o risco de perdas devido a variações adversas nas taxas de câmbio. Em termos

de negociação encontram-se definidos limites à exposição a cada moeda e a todas as moedas globalmente,

os quais são estabelecidos de forma a minimizar o risco tendo em conta as restrições operacionais.

Natureza e extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros

Risco de liquidez

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os cash-flows previsionais (não descontados), dos instrumentos

financeiros, de acordo com a respetiva maturidade contratual, apresentam o seguinte detalhe:

2012

Prazos Residuais Contratuais

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 74.895 - - - - - - - - 74.895

Disponibilidades em outras instituições de crédito 50.518 - - - - - - - - 50.518 Aplicações em instituições de crédito 832.935 157.706 28.951 13.099 174.790 31.005 62.499 - - 1.300.985

Outros activos financeiros

ao justo valor através de resultados 34.836 21 4.642 41 1.051 1.895 - - - 42.486

Investimentos detidos até à maturidade - - 178 5.927 19.958 - - - 26.063 Activos financeiros disponíveis para venda 1.669 1.876 8 8.210 19.330 36.898 269 - 2.451 70.712

Crédito a clientes (saldo bruto) 426.233 365.126 371.704 211.353 479.565 263.482 261.533 379.081 - 2.758.078

1.421.085 524.729 405.483 238.630 694.696 333.281 324.301 379.081 2.451 4.323.737

Passivos

Recursos de Bancos Centrais 142.772 91.888 - - - - - - - 234.660

Recursos de outras instituições de crédito 292.393 46.976 75.059 347 1.383 1.385 3.460 30.558 - 451.562

Recursos de clientes e outros empréstimos 848.801 412.765 575.784 499.230 64.510 12.436 10.626 1.994 - 2.426.147

Responsabilidades representadas por títulos - - - 3.616 155.310 - - - - 158.925

Outros passivos subordinados - 1.164 101.725 1.691 57.580 5.428 13.560 146.028 - 327.176

1.283.967 552.794 752.567 504.884 278.784 19.250 27.646 178.581 - 3.598.470

Diferencial 137.119 ( 28.064) ( 347.084) ( 266.254) 415.912 314.031 296.656 200.500 2.451 725.267

De 5 Anos a 10 Anos

Mais de 10 anos Indeterminado TotalAté 1 MêsDe 1 Mês a 3

MesesDe 3 Meses a

6 MesesDe 6 Meses a

1 anoDe 1 Ano a

3 AnosDe 3 Anos a

5 Anos

168

Em 31 de Dezembro de 2011, na elaboração deste mapa, não foram incluídos juros projetados nem saldos

relativos a derivados.

Risco de taxa de juro

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o desenvolvimento do valor nominal dos instrumentos financeiros

com exposição a risco de taxa de juro, em função da sua maturidade ou data de refixação, é apresentado

no quadro seguinte:

2011

Prazos Residuais Contratuais

Activo

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - - - - - - - 107.493

Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 - - - - - - - - 53.761

Aplicações em instituições de crédito 708.847 16.616 13.903 460 39.814 55.248 2.117 - - 837.005

Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados

- - - - - - - - 79 79

Activos financeiros disponíveis para venda - 2.186 20.097 - 5.590 15.307 - 252 6.527 49.959

Crédito a clientes (saldo bruto) 508.521 133.589 358.080 313.017 189.369 412.283 809.312 857.172 - 3.581.343

1.378.622 152.391 392.080 313.477 234.773 482.838 811.429 857.424 6.606 4.629.640

Passivos

Recursos de outras instituições de crédito 947.934 4.139 - - - - - - - 952.073

Recursos de clientes e outros empréstimos 669.313 415.734 340.513 183.706 44.502 15.145 13.616 1.945 - 1.684.474

Responsabilidades representadas por títulos - - 1.402.823 - - - - - - 1.402.823

Outros passivos subordinados - - - - 100.229 50.040 - 95.405 - 245.674

1.617.247 419.873 1.743.336 183.706 144.731 65.185 13.616 97.350 - 4.285.044

Diferencial ( 238.625) ( 267.482) ( 1.351.256) 129.771 90.042 417.653 797.813 760.074 6.606 344.596

De 3 Anos a 5 Anos

De 5 Anos a 10 Anos

Mais de 10 anos Indeterminado TotalAté 1 MêsDe 1 Mês a 3

MesesDe 3 Meses a

6 MesesDe 6 Meses a

1 anoDe 1 Ano a

3 Anos

2012Datas de Refixação / Datas de Maturidade

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais - - - - - - - 74.895 74.895Disponibilidades em outras Instituições de crédito 14.162 - - - - - - 36.356 50.518Aplicações em Instituições de crédito 685.437 145.066 263.683 79.236 105 89.480 - 774 1.263.782Outros activos financeiros

ao justo valor através de resultados - - 1.786 4.367 - 832 - 34.836 41.821Investimentos detidos até à maturidade - - - - 5.103 19.234 - - 24.337Activos financeiros disponíveis para venda - - - - 6.854 13.692 34.976 4.120 59.642Crédito a clientes (saldo bruto) 245.909 689.554 1.079.430 217.043 19.012 34.628 83.572 63.866 2.433.016

945.508 834.621 1.344.899 300.647 31.074 157.867 118.548 214.848 3.948.011

PassivoRecursos de bancos centrais - (141.720) (91.254) - - - - (1) ( 232.974)Recursos de outras instituições de crédito (176.230) (99.891) (46.621) (74.502) - - (22.747) (15.283) ( 435.275)Recursos de clientes e outros empréstimos (577.033) (218.836) (426.132) (553.719) (475.405) (53.691) (7.809) (61.554) ( 2.374.179)Responsabilidades representadas por títulos - - - - (150.000) - - - ( 150.000)Outros passivos subordinados - - (94.500) (150.000) - - - - ( 244.500)

( 753.263) ( 460.447) ( 658.506) ( 778.221) ( 625.405) ( 53.691) ( 30.557) ( 76.838) ( 3.436.928)Exposição Líquida 192.245 374.174 686.393 ( 477.574) ( 594.331) 104.175 87.992 138.009 511.082

> 12 Meses < = 3 Anos

> 3 AnosNão

remuneradoTotal

> 6 Meses < = 12 Meses

< = 7 Dias> 7 Dias

< = 1 Mês> 1 Mês

< = 3 Meses> 3 Meses

< = 6 Meses

169

Os pressupostos utilizados na elaboração deste mapa foram os seguintes:

• A rubrica “Crédito a clientes (saldo bruto)” não inclui crédito vencido;

• Em 31 de Dezembro de 2011, a rubrica “Ativos financeiros detidos para negociação” não inclui os saldos

relativos à reavaliação positiva dos derivados, dado serem apresentados em rubrica separada, no caso dos

Interest rate swaps (IRS).

• Em 31 de Dezembro de 2011 este mapa incluía juros corridos.

Risco de crédito

Qualidade do risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as aplicações em instituições de crédito apresentam a seguinte

composição de acordo com o rating de referência utilizado pelo Banco:

2011Datas de Refixação / Datas de Maturidade

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 - - - - - - - 107.493Disponibilidades em outras Instituições de crédito 53.761 - - - - - - - 53.761Aplicações em Instituições de crédito 611.841 96.561 16.809 13.956 461 57.804 39.573 - 837.005Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - 79 79Activos financeiros disponíveis para venda - - 2.186 20.097 - 5.590 15.559 6.527 49.959Crédito a clientes (saldo bruto) 435.362 754.944 1.427.809 524.271 61.022 8.490 26.642 - 3.238.540

1.208.457 851.505 1.446.804 558.324 61.483 71.884 81.774 6.606 4.286.837

PassivoRecursos de outras instituições de crédito (531.777) (416.157) (4.139) - - - - - ( 952.073)Recursos de clientes e outros empréstimos (61.547) (242.945) (415.734) (355.992) (183.706) (44.502) (30.706) (349.342) ( 1.684.474)Responsabilidades representadas por títulos - - - (1.402.823) - - - - ( 1.402.823)Outros passivos subordinados - - (95.062) (150.612) - - - - ( 245.674)

( 593.324) ( 659.102) ( 514.935) ( 1.909.427) ( 183.706) ( 44.502) ( 30.706) ( 349.342) ( 4.285.044)

Derivados (Valor Nocional)Interest Rate Swaps (IRS) ( 7.406) 40.488 ( 163.645) 154.416 ( 6.942) ( 47.430) 30.518 - ( 1)

( 7.406) 40.488 ( 163.645) 154.416 ( 6.942) ( 47.430) 30.518 - ( 1)Exposição Líquida 607.727 232.891 768.224 ( 1.196.687) ( 129.165) ( 20.048) 81.586 ( 342.736) 1.792

< = 7 Dias> 7 Dias

< = 1 Mês> 1 Mês

< = 3 Meses> 3 Meses

< = 6 Meses> 6 Meses

< = 12 Meses> 12 Meses < = 3 Anos

> 3 Anos Indeterminado Total

170

As aplicações em instituições de crédito com rating de curto prazo R-2 (mid) referem-se a aplicações nos

Grupos Caixa Geral de Depósitos, Espírito Santo e BCP. As aplicações em instituições de crédito sem rating,

em Portugal, referem-se a entidades controladas pelo Estado Português.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os títulos de dívida apresentam a seguinte composição de acordo

com o rating de referência utilizado pelo Banco:

2012

Portugal Angola Brasil Outros Total

AA- 1 198.023 - - - 198.023

B 2 100.856 - - - 100.856

F3 2 16.675 - - - 16.675

R-2(mid ) 3 621.062 - - - 621.062

Sem Rating 114.017 197.630 16.768 774 329.189

1.050.633 197.630 16.768 774 1.265.805

1 Rating Standard & Poor's 2 Rating Fitch 3 Rating DBRS

2011

PortugalRestante

União EuropeiaBrasil Outros Total

Sem Rating 551.412 - 30.914 254.679 837.005

551.412 - 30.914 254.679 837.005

171

2012

PortugalRestante

União EuropeiaTotal

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

R-2(mid ) 3 3.913 - 3.913

Ba2 4 - 2.836 2.836

Sem Rating 15.341 19.495 34.836

19.254 22.331 41.585

Emitidos por:

Corporates - 1.050 1.050

Instituições Financeiras 3.913 1.786 5.699 Outros Emitentes 15.341 19.495 34.836

19.254 22.331 41.585

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

BB- 1 6.951 - 6.951

BB 1 34.701 - 34.701

BB+ 1 - 9.266 9.266

BBB 1 - 5.049 5.049

41.652 14.315 55.967

Emitidos por:

Corporates - 9.266 9.266

Governos e Outras Autoridades Locais 34.701 - 34.701 Instituições Financeiras 6.951 5.049 12.000

41.652 14.315 55.967

Investimentos detidos até à maturidade

BB 1 23.040 - 23.040

23.040 - 23.040

Emitidos por:

Governos e Outras Autoridades Locais 23.040 - 23.040

23.040 - 23.040

172

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento

financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

2012 2011

Patrimoniais: Crédito a clientes 2.517.528 3.581.343 Disponibilidades em outras instituições de crédito 50.518 53.761 Aplicações em instituições de crédito 1.265.805 837.008 -------------- -------------- 3.833.847 4.472.112 -------------- --------------

Extrapatrimoniais: Garantias prestadas 511.754 507.988 Compromissos revogáveis e irrevogáveis 383.460 416.268 ----------- -------------- 895.214 924.256 -------------- -------------- 4.729.061 5.396.368 ======== ========

Risco de mercado

O risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos “cash-flows” dos instrumentos

financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo os seguintes riscos: taxa de juro,

cambial e de preço.

2011

PortugalRestante

União EuropeiaTotal

Menor que A- 22.584 - 22.584

Sem Rating 22.589 - 22.589

45.173 - 45.173

Emitidos por:

Corporates 22.589 - 22.589 Governos e Outras Autoridades Locais 22.584 - 22.584

45.173 - 45.173

173

Risco de Taxa de juro

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o impacto no justo valor dos instrumentos financeiros sensíveis a

risco de taxa de juro de deslocações paralelas na curva das taxas de juro de referência de 50, 100 e 200

basis points (bp), respetivamente, pode ser demonstrado pelos seguintes quadros:

No quadro seguinte é apresentado o efeito na margem financeira projetada para os exercícios de

2013 e 2012, respetivamente, de uma deslocação paralela das curvas de taxas de juro de 50, 100 e

200 bp que indexam os instrumentos financeiros sensíveis a variações na taxa de juro:

-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bpCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais - - - - - -Aplicações em Instituições de Crédito 5.960 2.980 1.490 (1.490) (2.980) (5.960)Carteira de Títulos:. De negociação - - - - - -. Outros 3.548 1.774 887 (887) (1.774) (3.548)Crédito a Clientes (Saldo Bruto) 14.794 7.397 3.699 (3.699) (7.397) (14.794)

Total Activo Sensível 24.303 12.151 6.076 (6.076) (12.151) (24.303)

Recurso de Outras Instituições de Crédito (7.257) (3.628) (1.814) 1.814 3.628 7.257Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (15.255) (7.628) (3.814) 3.814 7.628 15.255Responsabilidades Representadas por Títulos (2.145) (1.073) (536) 536 1.073 2.145Outros Passivos Subordinados (1.382) (691) (346) 346 691 1.382

Total Passivo Sensível (26.040) (13.020) (6.510) 6.510 13.020 26.040(1.737) (869) (434) 434 869 1.737

2012

-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bpCaixa e Disponibilidades em Bancos Centrais 43 21 11 (11) (21) (43)Aplicações em Instituições de Crédito 4.329 2.165 1.082 (1.082) (2.165) (4.329)Carteira de Títulos:. De negociação - - - - - -. Outros 986 493 247 (247) (493) (986)Crédito a Clientes (Saldo Bruto) 13.280 6.640 3.320 (3.320) (6.640) (13.280)

Total Activo Sensível 18.638 9.319 4.660 (4.660) (9.319) (18.638)

Recurso de Outras Instituições de Crédito (1.058) (529) (265) 265 529 1.058Recursos de Clientes e Outros Empréstimos (8.708) (4.354) (2.177) 2.177 4.354 8.708Responsabilidades Representadas por Títulos (10.100) (5.050) (2.525) 2.525 5.050 10.100Outros Passivos Subordinados (1.389) (694) (347) 347 694 1.389

Total Passivo Sensível (21.255) (10.627) (5.314) 5.314 10.627 21.255Extrapatrimoniais 83 42 21 (21) (42) (83)

(2.534) (1.266) (633) 633 1.266 2.534

2011

174

Risco Cambial

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os instrumentos financeiros apresentam o seguinte detalhe por

moeda:

-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp

Proveitos com Juros (62.752) (31.376) (15.688) 15.688 31.376 62.752

Custos com Juros 47.784 23.892 11.946 (11.946) (23.892) (47.784)

Margem Financeira ( 14.968) ( 7.484) ( 3.742) 3.742 7.484 14.968

-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp

Proveitos com Juros (79.761) (39.880) (19.940) 19.940 39.880 79.761

Custos com Juros 60.834 30.417 15.209 (15.209) (30.417) (60.834)

Margem Financeira ( 18.927) ( 9.463) ( 4.731) 4.731 9.463 18.927

Projecção Margem Financeira - Exercício de 2012

Projecção Margem Financeira - Exercício de 2013

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 69.664 4.203 290 1 737 74.895Disponibilidades em outras instituições de crédito 28.453 20.735 287 26 1.017 50.518Activos financeiros detidos para negociação 13 - - - - 13Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

32.910 8.617 - - - 41.527

Activos financeiros disponíveis para venda 58.058 1.669 - - - 59.727Aplicações em instituições de crédito 808.862 438.277 18.393 - 273 1.265.805Investimentos Detidos até à Maturidade 23.040 - - - - 23.040Crédito a clientes (saldo bruto) 2.378.820 138.708 - - - 2.517.528Outros activos (saldo bruto) 63.020 1.592 58 - - 64.670

3.462.840 613.801 19.028 27 2.027 4.097.723

PassivoRecursos de instituições de crédito e Bancos Centrais ( 141.657) ( 525.189) ( 2.397) ( 11) ( 853) ( 670.107)Recursos de clientes e outros empréstimos ( 2.189.818) ( 186.182) ( 16.733) ( 10) ( 964) ( 2.393.707)Responsabilidades Representadas por Títulos ( 150.656) - - - - ( 150.656)Passivos subordinados ( 245.243) - - - - ( 245.243)Outros passivos ( 71.584) ( 368) - - ( 2) ( 71.954)

( 2.798.958) ( 711.739) ( 19.130) ( 21) ( 1.819) ( 3.531.667)Exposição Líquida 663.882 ( 97.938) ( 102) 6 208 566.056

Moeda

EurosDólares-Norte

AmericanosLibra

EsterlinaIene

Outras Moedas

Total

2012

175

Em 31 de Dezembro de 2011, na elaboração deste mapa, a rubrica “Ativos financeiros detidos para

negociação” não inclui os saldos relativos à reavaliação positiva dos derivados, dado serem apresentados

em rubrica separada.

Justo Valor

A comparação entre o justo valor e o valor de balanço dos principais ativos e passivos registados pelo custo

amortizado, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, é apresentado como se segue:

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 105.903 939 270 - 381 107.493Disponibilidades em outras instituições de crédito 42.600 8.742 836 49 1.534 53.761Activos financeiros detidos para negociação 20.057 80 - - - 20.137Aplicações em instituições de crédito 612.556 224.359 90 - - 837.005Activos financeiros disponíveis para venda 72.596 195 - - - 72.791Crédito a clientes (saldo bruto) 3.531.230 50.113 - - - 3.581.343Outros activos 39.521 4.159 11.259 2.657 2.660 60.256

4.424.463 288.587 12.455 2.706 4.575 4.732.786

PassivoRecursos de instituições de crédito e Bancos Centrais ( 684.170) ( 263.820) ( 1.766) ( 1.854) ( 463) ( 952.073)Recursos de clientes e outros empréstimos ( 1.649.464) ( 14.583) ( 3.506) ( 32) ( 1.410) ( 1.668.995)Responsabilidades Representadas por Títulos ( 1.402.823) - - - - ( 1.402.823)Passivos subordinados ( 245.674) - - - - ( 245.674)Outros passivos ( 144.299) ( 6.685) ( 7.183) ( 820) ( 2.700) ( 161.687)

( 4.126.430) ( 285.088) ( 12.455) ( 2.706) ( 4.573) ( 4.431.252)

Operações Cambiais a Prazo 985 1.026 - - - 2.011

Exposição Líquida 299.018 4.525 - - 2 303.545

2011Moeda

EurosDólares-Norte

AmericanosLibra

EsterlinaIene

Outras Moedas

Total

2012

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 74.895 74.895 - Disponibilidades em outras instituições de crédito 50.518 50.518 - Aplicações em instituições de crédito 1.265.805 1.265.805 - Investimentos detidos até à maturidade 23.040 24.174 1.134Crédito a Clientes 2.361.811 2.274.476 ( 87.335)

3.776.069 3.689.868 ( 86.201)

PassivoRecursos de bancos centrais 233.927 233.927 - Recursos de outras instituições de crédito 436.180 436.180 - Recursos de clientes e outros empréstimos 2.393.707 2.416.053 22.346Responsabilidades representadas por títulos 150.656 137.385 ( 13.271)Outros passivos subordinados 245.243 191.919 ( 53.324)

3.459.713 3.415.464 ( 44.249)

Saldos Analisados

Valor de Balanço

Justo Valor

Diferença

176

Os pressupostos utilizados na elaboração deste mapa foram os seguintes:

• As rubricas “Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais”, “Disponibilidades em outras instituições

de crédito” e “Aplicações em instituições de crédito”: dado tratarem-se de aplicações à vista ou de muito

curto prazo, o Banco considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do seu justo valor;

• As operações de crédito analisadas foram sujeitas ao desconto dos cash flows futuros (capital e

juros) para as datas de referência, à taxa de juro média ponderada pelo montante para créditos concedidos

nos 3 meses anteriores (em 31 de Dezembro de 2011 considerou-se nos 6 meses anteriores), para cada

segmento analisado, sendo que para as operações sem plano financeiro definido (créditos em conta

corrente e descobertos em depósitos à ordem), foi assumido um cash flow futuro em 31 de Janeiro pela

totalidade do capital vincendo e juros até essa data.

• Recursos de clientes: Do total de recursos de clientes mantidos junto do Banco em 31 de

Dezembro de 2012, o montante de 518.494 mEuros corresponde a recursos à vista. Para estes, o Banco

considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do seu justo valor, uma vez que a sua

política de pricing dos depósitos se manteve constante ao longo do ano. Para os restantes, que ascendem

em 31 de Dezembro de 2012, a 1.875.213 mEuros, o Banco aplicou a taxa média das operações

contratadas nos últimos três meses;

• Responsabilidades representadas por títulos e passivos subordinados: No caso destas

responsabilidades foi efetuado o desconto dos fluxos futuros, considerando na determinação da taxa de

desconto como proxy do risco de crédito do Banco o CDS (Credit Defaul Swap) de uma instituição de

crédito do sector financeiro português. Em 31 de Dezembro de 2011, devido ao facto de as emissões de

papel comercial registadas na rubrica “Responsabilidades representadas por títulos” terem maturidades

ActivoCaixa e disponibilidades em Bancos Centrais 107.493 107.493 - - 107.493Disponibilidades em outras instituições de crédito 53.761 53.761 - - 53.761Aplicações em instituições de crédito 837.005 837.005 - - 837.005Crédito a Clientes 3.138.582 2.968.952 ( 169.630) 152.147 3.290.729

4.136.841 3.967.211 ( 169.630) 152.147 4.288.988

PassivoRecursos de clientes e outros empréstimos 1.684.474 1.683.531 ( 943) - 1.684.474Responsabilidades representadas por títulos 1.402.823 1.402.823 - - 1.402.823Outros passivos subordinados 245.674 137.086 ( 108.588) - 245.674

3.332.971 3.223.440 ( 109.531) - 3.332.971

2011Saldos

Analisados Saldos

Não AnalisadosValor de Balanço

Justo Valor

DiferençaValor de Balanço

Valor Total de Balanço

177

até seis meses, o Banco considerava que o valor contabilístico era uma aproximação razoável do seu justo

valor. Adicionalmente, relativamente aos passivos subordinados, em 31 de Dezembro de 2011, não

existindo mercado, a emissão de obrigações subordinadas considerou-se um preço de 65% do valor

nominal. Para as obrigações perpétuas considerou-se um preço de 42% do valor nominal.

Em 31 de Dezembro de 2012, as taxas médias utilizadas e os segmentos considerados com base nas

operações iniciadas nos 3 meses anteriores foram os seguintes:

Para o Crédito Especializado, uma vez que não existem novas operações, utilizou-se como proxy a taxa

média do produto “Particulares - Mútuos Crédito Rendas”.

O justo valor foi apurado através da fórmula ∑ Cfn / [(1+i)^n/365], sendo n o número de dias que medeiam

entre 31 de Dezembro e a data do cash flow considerada, e sendo i a taxa de juro média ponderada pelo

montante para créditos concedidos nos últimos 3 meses, para cada segmento analisado.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a forma de apuramento do justo valor dos Instrumentos Financeiros

refletidos nas demonstrações financeiras, pode ser resumida como se segue:

42. EVENTOS SUBSEQUENTES

Não existem eventos subsequentes a relevar.

SegmentoValor de Balanço

(Euros)

Taxa Média Ponderada por

Montante

Contas Correntes e Descobertos 346.944.464 4,38%

Crédito Comercial 61.497.884 6,19%

Crédito Habitação 2.273.218 1,90%

Outros Créditos 87.144.485 6,74%

Crédito Pessoal Especializado n.d. 9,32%

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - 36.622 3.177 1.786 41.585Activos financeiros disponíveis para venda 2.451 1.669 55.607 59.727

2.451 38.291 58.784 1.786 101.312

Activos Financeiros Detidos para Negociação - - 20.066 79 20.145Activos Financeiros Disponíveis para Venda 6.672 22.584 20.295 408 49.959Derivados de Cobertura - - 97 - 97Passivos Financeiros de Negociação - - 18.083 - 18.083

6.672 22.584 58.541 487 88.284

Custo Histórico

Cotações de Mercado

Inputs Observáveis de Mercado

Fontes Externas

Total

2012

Custo Histórico

Cotações de Mercado

Inputs Observáveis de Mercado

Fontes Externas

Total

2011

178

14. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

179

180

181

15. RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

182

16. ADOÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DO FINANCIAL STABILITY

FORUM (FSF) E DO COMMITTEE OF EUROPEAN BANKING

SUPERVISORS (CEBS) RELATIVAS À TRANSPARÊNCIA DA

INFORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE ATIVOS

Para dar cumprimento à recomendação do Banco de Portugal através da carta circular n.º 97/08/DSBDR de

3 de Dezembro de 2009, apresenta-se de seguida a resposta ao questionário solicitado.

I. Modelo de Negócio

1.

Descrição do modelo de negócio (i.e., razões para o desenvolvimento das actividades/negócios e respectiva contribuição para o processo de criação de valor) e, se aplicável, das alterações efectuadas (por exemplo, em resultado do período de turbulência);

Ver Relatório e Contas: - 08. Evolução da Atividade

2.

Descrição das estratégias e objectivos (incluindo as estratégias e objectivos especificamente relacionados com a realização de operações de titularização e com produtos estruturados);

Ver Relatório e Contas: - 08. Evolução da Atividade; - 09. Gestão de Riscos. Ver Anexo às DF's: - Nota 9 (Crédito a Clientes); - Nota 21 (Passivos Financeiros Associados a Ativos Transferidos).

3.

Descrição da importância das actividades desenvolvidas e respectiva contribuição para o negócio (incluindo abordagem em termos quantitativos);

Ver Relatório e Contas: - 08. Evolução da Atividade Ver Anexo às DF's: - Nota 38 (Relato por Segmentos).

4.

Descrição do tipo de actividades desenvolvidas, incluindo a descrição dos instrumentos utilizados, o seu funcionamento e critérios de qualificação que os produtos/investimentos devem cumprir;

Ver Relatório e Contas: - 08. Evolução da Atividade Ver Anexo às DF's: - Nota 2.6 (Instrumentos Financeiros).

5.

Descrição do objectivo e da amplitude do envolvimento da instituição (i.e. compromissos e obrigações assumidos), relativamente a cada actividade desenvolvida;

Ver Relatório e Contas: - 08. Evolução da Atividade

183

II. Riscos e Gestão de Riscos

6.

Descrição da natureza e amplitude dos riscos incorridos em relação a actividades desenvolvidas e instrumentos utilizados;

Ver Relatório e Contas: - 09. Gestão de Riscos. Ver Anexo às DF's: - Nota 43 (Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros).

7.

Descrição das práticas de gestão de risco (incluindo, em particular, na actual conjuntura, o risco de liquidez) relevantes para as actividades, descrição de quaisquer fragilidades/fraquezas identificadas e das medidas correctivas adoptadas;

Ver Relatório e Contas: - 09. Gestão de Riscos. Ver Anexo às DF's: - Nota 43 (Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros).

III. Impacto do Período de Turbulência Financeira nos Resultados

8.

Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados com ênfase nas perdas (quando aplicável) e impacto dos "write-downs" nos resultados;

Ver Relatório e Contas: - 10. Análises Financeira.

9.

Decomposição dos "write-downs"/perdas por tipos de produtos e instrumentos afectados pelo período de turbulência, designadamente, dos seguintes: commercial mortgage backed securities (CMBS), residential mortgagebacked securities (RMBS), colateralised debt obligations (CDO), asset-backed securities (ABS);

N.A.

10.

Descrição dos motivos e factores responsáveis pelo impacto sofrido;

N.A.

11.

Comparação de i) impactos entre períodos (relevantes) e de ii) demonstrações financeiras antes e depois do impacto do período de turbulência;

N.A.

12.

Decomposição dos "write-downs" entre montantes realizados e não realizados;

N.A.

13.

Descrição da influência da turbulência financeira na cotação das acções da entidade;

N.A.

14.

Divulgação do risco de perda máxima e descrição de como a situação da instituição poderá ser afectada pelo prolongamento ou agravamento do período de turbulência ou pela recuperação do mercado;

Ver Relatório e Contas: - 09. Gestão de Riscos. Ver Anexo às DF's: - Nota 43 (Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros).

15.

Divulgação do impacto que a evolução dos "spreads" associados às responsabilidades da própria instituição teve em resultados, bem como dos métodos utilizados para determinar este impacto;

N.A.

IV. Níveis e Tipos das Exposições Afectadas pelo Período de Turbulência

16.

Valor nominal (ou custo amortizado) e justo valor das exposições "vivas";

Ver Anexo às DF's: - Nota 43 (Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros).

184

17.

Informação sobre mitigantes do risco de crédito (e.g. através de credit default swaps) e o respectivo efeito nas exposições existentes;

Ver Anexo às DF's: - Nota 2.6 d) (Instrumentos Financeiros - Derivados e Contabilidade de Cobertura); - Nota 10 (Derivados); - Nota 43 (Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros).

18.

Divulgação detalhada sobre as exposições, com decomposição por: - Nível de senioridade das exposições/tranches detidas; - Nível da qualidade de crédito (e.g ratings, vintages); - Áreas geográficas de origem; - Sector de actividade; - Origem das exposições (emitidas, retidas ou adquiridas); - Características do produto: e.g. ratings, peso/parcela de ativos sub-prime associados, taxas de desconto, spreads, financiamento; - Características dos ativos subjacentes: e.g. vintages, rácio "loan-to-value", privilégios creditórios, vida média ponderada do activo subjacente, pressupostos de evolução das situações de pré-pagamento, perdas esperadas.

Ver Anexo às DF's: - Nota 38 (Relato por Segmentos); - Nota 43 (Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros).

19.

Movimentos ocorridos nas exposições entre períodos relevantes de reporte e as razões subjacentes a essas variações (vendas, "write-downs", compras, etc.);

N.A.

20.

Explicações acerca das exposições (incluindo "veículos" e, neste caso, as respectivas actividades) que não tenham sido consolidadas (ou que tenham sido reconhecidas durante a crise) e as razões associadas;

N.A.

21.

Exposição a seguradoras de tipo "monoline" e qualidade dos ativos segurados: - Valor nominal (ou custo amortizado) das exposições seguradas bem como o montante de protecção de crédito adquirido; - Justo valor das exposições "vivas", bem como a respectiva protecção de crédito; - Valor dos "write-downs" e das perdas, diferenciado entre montantes realizados e não realizados; - Decomposição das exposições por rating ou contraparte;

N.A.

V. Políticas Contabilísticas e métodos de Valorização

22.

Classificação das transacções e dos produtos estruturados para efeitos contabilísticos e o respectivo tratamento contabilístico;

Ver Anexo às DF's:- Nota 2 (Bases de Apresentação, Comparabilidade de Informação e Resumo das Principais Políticas Contabilísticas).

23.

Consolidação das Special Purpose Entities (SPE) e de outros "veículos" e reconciliação destes com os produtos estruturados afectados pelo período de turbulência;

N.A.

185

24.

Divulgação detalhada do justo valor dos instrumentos financeiros: - Instrumentos financeiros aos quais é aplicado o justo valor; - Hierarquia do justo valor (decomposição de todas as exposições mensuradas ao justo valor na hierarquia do justo valor e decomposição entre disponibilidades e instrumentos derivados bem como divulgação acerca da migração entre níveis da hierarquia); - Tratamento dos "day 1 profits" (incluindo informação quantitativa); - Utilização da opção do justo valor (incluindo as condições para a sua utilização) e respectivos montantes (com adequada decomposição);

Ver Anexo às DF's: - Nota 2.6 d) (Instrumentos Financeiros - Derivados e Contabilidade de Cobertura); - Nota 5 (Ativos Financeiros Detidos para Negociação); - Nota 6 (Outros Ativos Financeiros ao Justo Valor Através de Resultados); - Nota 7 (Ativos Financeiros Disponíveis para Venda); - Nota 10 (Derivados); - Nota 43 (Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros).

25.

Descrição das técnicas de modelização utilizadas para a valorização dos instrumentos financeiros, incluindo informação sobre: - Técnicas de modelização e dos instrumentos a que são aplicadas; - Processos de valorização (incluindo em particular os pressupostos e os inputs nos quais se baseiam os modelos); - Tipos de ajustamento aplicados para reflectir o risco de modelização e outras incertezas na valorização; - Sensibilidade do justo valor (nomeadamente as variações em pressupostos e inputs chave); - Stress scenarios.

Ver Anexo às DF's: - Nota 2.6 d) (Instrumentos Financeiros - Derivados e Contabilidade de Cobertura); - Nota 43 (Divulgações Relativas a Instrumentos Financeiros).

VI. Outros Aspectos Relevantes na Divulgação

26.

Descrição das politicas de divulgação e dos princípios que são utilizados no reporte das divulgações e do reporte financeiro.

Ver Anexo às DF's: - Nota 2 (Bases de Apresentação, Comparabilidade de Informação e Resumo das Principais Políticas Contabilísticas).