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BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 2002 Sociedade com o Capital Aberto ao Investimento Público Sede Social: Rua Dr. José Bruno Tavares Carreiro, Edifício BCA, Ponta Delgada Capital social: 51.892.365 Euros Pessoa Colectiva n.º 512004528 Matriculado na C.R.C. de Ponta Delgada sob o n.º 1804

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BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A.

RELATÓRIO E CONTAS 2002

Sociedade com o Capital Aberto ao Investimento Público Sede Social: Rua Dr. José Bruno Tavares Carreiro, Edifício BCA, Ponta Delgada

Capital social: 51.892.365 Euros Pessoa Colectiva n.º 512004528

Matriculado na C.R.C. de Ponta Delgada sob o n.º 1804

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RELATÓRIO E CONTAS 2002

(ÍNDICE)

• Relatório do Conselho de Administração

1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

1.1 Conjuntura Internacional 1.2 Conjuntura Nacional 1.3 Economia da Região Autónoma dos Açores

1.3.1 Turismo 1.3.2 Construção Civil – Obras Públicas 1.3.3 Construção Civil – Construção de Habitação 1.3.4 Indústria 1.3.5 Agricultura e Pescas 1.3.6 Perspectivas Futuras

1.4 Sistema Financeiro

1.4.1 Situação Global 1.4.2 Mercado de Acções 1.4.3 Mercados Monetário e Cambial 1.4.4 Mercado de Obrigações 1.4.5 Mercado de Retalho

2. ACTIVIDADE DO BANCO EM 2002

2.1 O Ano do 90º Aniversário

2.2 Linhas Gerais de Acção

2.3 Actividade Comercial e de Marketing

2.3.1 Direcção Comercial 2.3.2 Redes de Distribuição

2.3.2.1 Rede de Agências 2.3.2.2 Rede de Centros de Empresas 2.3.2.3 Rede de Particulares e Institucionais 2.3.2.4 Rede de Canais Agenciados

2.3.2.5 Direcção de Residentes no Exterior

2.3.3 Produtos e Serviços

2.4 Banca Electrónica e Internet

2.5 Cross-Selling

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2.6 Actividade das Áreas Centrais e Operativas 2.6.1 Direcção Operacional 2.6.2 Direcção de Organização e Informática 2.6.3 Provedoria do Cliente

2.7 Controlo dos Riscos da Actividade

2.8 Recursos Humanos

2.9 Recursos Materiais

3. ANÁLISE DO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

5. NOTAS FINAIS 6. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

6.1 Balanço e Demonstração de Resultados 6.2 Inventário de Títulos e de Participações Financeiras 6.3 Imobilizações Corpóreas e Incorpóreas 6.4 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 6.5 Demonstração de Fluxos de Caixa 6.6 Demonstração de Resultados por Funções

• Anexos:

I – Relatório sobre o Governo da Sociedade

II– Outras Informações

• Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

• Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria

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Mensagem conjunta do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da

Comissão Executiva

O Banco Comercial dos Açores comemorou, em 2002, o seu 90º aniversário. Constituído em 22

de Março de 1912, a partir da iniciativa de um conjunto de 203 homens de negócios, com um

capital social inicial de duzentos e trinta contos de réis insulanos – o que então equivalia a cento

e oitenta contos em moeda nacional –, a criação do Banco consubstanciava um desejo de

afirmação e desenvolvimento económico, partilhado praticamente por todo o empresariado

açoriano.

A história de quase um século da Instituição é rica em acontecimentos e em desafios entretanto

sempre vencidos mas é atravessada, permanentemente, por uma profunda ligação do Banco aos

Açores e aos açorianos espalhados pelo mundo. O futuro de um e de outros esteve, sem dúvida,

sempre indissociavelmente ligado.

Quando hoje afirmamos que um dos nossos objectivos é o de manter o BCA como Banco de

preferência das famílias e de referência das empresas açorianas sentimos estar a dar continuidade

a essa cultura de grande proximidade com o tecido económico e social dos Açores. Porque, de

facto, a nossa estratégia é a de desenvolvimento orgânico e sustentado assente nas operações nos

Açores, que consideramos ser o nosso mercado natural e único. É uma estratégia muito

desafiante, dada a dimensão e dispersão geográfica do mercado, que obriga a um esforço de

racionalização acrescido, na procura de ganhos de produtividade consistentes.

Por isso, o esforço de investimento e a reengenharia de processos, aproveitando as sinergias que

decorrem da integração do Banco Comercial dos Açores num grupo financeiro, estão cada vez

mais direccionados para os ganhos de eficiência, de operacionalidade e de agilidade.

Paralelamente, o Banco acompanha a evolução do mercado e das necessidades dos seus clientes,

dispondo, hoje, de uma completa gama de produtos e de serviços financeiros, ao nível das

melhores práticas do mercado. Servimos o nosso cliente de forma universal, integrando na nossa

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oferta, não só os produtos e serviços de desenvolvimento interno, como os resultantes das

propostas de outras empresas do grupo financeiro que somos. A procura sistemática de

excelência no serviço completa, no essencial, o leque das nossas orientações.

No plano macroeconómico geral, o ano de 2002 confirmou um clima generalizado de

dificuldades e incertezas. No Japão, mantém-se um prolongado ciclo de não crescimento, na

União Europeia, para além de dificuldades de execução orçamental em alguns países, surgem

sinais de preocupação, sobretudo na Alemanha, com problemas de produtividade e

competitividade muito por força da valorização do euro face ao dólar e, nos Estados Unidos,

alguns indicadores recentes favoráveis, a par do anúncio de novas políticas para relançar a

economia, não confirmam novo ciclo de crescimento.

Os acontecimentos de 11 de Setembro de 2001 e as novas prioridades daí decorrentes,

continuaram a marcar a agenda política mundial em 2002 e condicionarão todo o ano de 2003,

quer do ponto de vista político, quer, implicitamente, do ponto de vista económico.

No plano nacional, as dificuldades orçamentais e a necessidade de cumprir um défice não

superior a 3% do Produto Interno Bruto condicionaram toda a política económica, determinando

o início de um ciclo de crescimento marginal.

Nos Açores, as dificuldades orçamentais nacionais tiveram também repercussão, obrigando já a

realinhamentos importantes na Região que afectaram alguns programas de investimento público.

No entanto, o comportamento de sectores de actividade como a construção civil e o turismo foi

positivo e espera-se que mantenha a dinâmica demonstrada.

Os cenários sintetizados foram acompanhados pela manutenção do comportamento depressivo

dos mercados de capitais, já conhecido em 2001.

Neste contexto, são grandes os desafios que se colocam à actividade bancária, nomeadamente no

que concerne a políticas ajustadas de rigor, prudência e de economia, e o Banco Comercial dos

Açores não será, seguramente, excepção. Estamos certos, porém, que, com uma estratégia bem

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definida, partilhada por todos, ajustada às necessidades de desenvolvimento, com o empenho e

espírito de missão de todos, afirmaremos cada vez mais o sucesso do “Nosso Banco”.

Terminamos com uma palavra de agradecimento a todos os nossos clientes pela preferência e

confiança depositada no nosso trabalho e que só nos motiva a fazer cada vez mais e melhor, bem

como aos nossos colaboradores pelo empenho e disponibilidade demonstrados. Aos membros

dos Órgãos Sociais agradecemos a competência e zelo postos no seu trabalho, aos senhores

accionistas, a confiança manifestada, ao Governo Regional dos Açores, ao Banco de Portugal e à

Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, a colaboração e contributos nunca regateados.

Joaquim Filipe Marques dos Santos Horácio da Silva Roque Presidente da Comissão Executiva Presidente do Conselho de Administração

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 1.1 CONJUNTURA INTERNACIONAL Depois do abrandamento macro-económico de 2001 nos Estados Unidos da América (EUA) ter sido agravado pelos atentados de 11 de Setembro, 2002 foi marcado pelos escândalos empresariais nos EUA, que culminaram com as falências da Enron e WorldCom, por exemplo. Porém, em termos macro-económicos, o ano transacto foi alvo de um estímulo fiscal muito forte, complementado por um estímulo monetário que se traduziu no corte da principal taxa de referência da Reserva Federal em 50 pontos base fechando o ano em 1,25%; Recorde-se que em 2001 o Fed já tinha cortado o Fed Funds Rate em 475 pontos base de 6,5% para os 1,75%. O PIB dos EUA deverá ter registado uma taxa média de crescimento anual (TMCA) de 2,2% em 2002, face ao crescimento de 0,3% registado em 2001. Na economia da Zona Euro espera-se que o PIB a preços constantes tenha registado um crescimento de 0,9% em 2002 contra o aumento de 1,5% em 2001 e os 3,5% de 2000, com uma taxa de desemprego de 8,4%, acima dos 8% registados em 2001, mas mesmo assim melhor que os 8,8% de 2000. Apesar da entrada em circulação da moeda única a 1 de Janeiro de 2002, a confiança, tanto dos produtores como dos consumidores europeus, sofreu uma deterioração ao longo do ano, tendo atingido valores não verificados desde 1993. Por exemplo, o índice IFO, que mede a confiança empresarial na Alemanha, caiu para os 84.8, o valor mais baixo desde os 80.3 alcançados em Fevereiro de 1993. No Japão, país que tem os EUA como principal parceiro comercial, assistimos a um agravamento do cenário recessivo, uma vez que se espera que o PIB tenha sofrido um novo decréscimo de aproximadamente 0,5% em 2002, com a taxa de desemprego a subir para um máximo histórico de 5,5%.

EVOLUÇÃO DO PIBCrescimento médio real

-1.0%

0.0%

1.0%

2.0%

3.0%

4.0%

5.0%

2000 2001 2002 (P)

EUA Zona Euro Japão

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- 2 -

Apesar de ter moderado substancialmente em relação a 2000, o crescimento do PIB a preços constantes dos principais países da Ásia deverá ter continuado positivo em 2002, com um crescimento em torno dos 3,6%. Mais uma vez, o destaque da região vai para o crescimento económico da China, que deverá ter testemunhado um crescimento do seu PIB a preços constantes de 7,5% em 2002. Apesar da aproximação à Comunidade Europeia de alguns países da Europa do Leste, a economia desta zona deverá ter registado uma moderação do crescimento do seu PIB em 2002, prevendo-se um crescimento de 2,7%, contra os 3% de 2001. Com uma evolução semelhante esteve a Rússia, que deverá ter registado uma taxa média de crescimento anual de 4,4% em 2002. Os problemas financeiros sofridos na Argentina em 2001, que levaram à intervenção do FMI, foram acompanhados no decorrer de 2002 pela incerteza política vivida no Brasil com as eleições presidenciais. Adicionalmente, a instabilidade social na Venezuela, que representa 3,8% da produção mundial de petróleo e 10% dos fornecimentos aos EUA, agravou-se durante as últimas semanas do ano. Assim, os países do Mercosur (Argentina, Brasil, Chile, e Uruguai, juntamente com a Bolívia e o Chile), deverão ter sofrido uma quebra no PIB de 2,6%, após terem terminado 2001 com uma taxa média de crescimento anual nula. Por seu turno, e de alguma forma sustentado pela desvalorização de 34,7% do Real face ao USD, que beneficiou as exportações, o PIB do Brasil deverá ter crescido 1,5% em 2002, ao mesmo ritmo que em 2001. Em suma, a economia da América Latina deverá ter perdido 0,6% do seu PIB em 2002, depois de ter registado crescimentos de 0,6% e 4% em 2001 e 2000, respectivamente. Dada a natureza anémica da recuperação económica verificada em 2002, assistiu-se novamente a uma moderação da subida dos preços. Contudo, o agravamento das tensões políticas entre os EUA e o Iraque na segunda metade do ano, fez com o preço médio do crude tenha subido dos USD 23.98/barril registado na primeira metade do ano para os USD 28.29/barril nos últimos seis meses. Somente no mês de Dezembro o preço do crude subiu 16%, para fechar o ano nos USD 31.20/barril. A taxa média de inflação na Zona Euro deverá ter-se reduzido dos 2,6% em 2001 para os 2,1% em 2002, mas mesmo assim acima do objectivo de 2% estabelecido pelo Banco Central Europeu. Por outro lado, o controlo de preços foi ainda mais evidente nos EUA, onde o índice de preços no consumidor deverá ter registado uma subida de 1,5% em 2002, abaixo do aumento de 2,8% e 3,4% registado em 2001 e 2000, respectivamente.

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EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃOTaxa média anual

-2.0%

-1.0%

0.0%

1.0%

2.0%

3.0%

4.0%

2000 2001 2002 (E)

EUA Zona Euro Japão

Em grande parte devido à incerteza geo-política que se agravou no final do ano com a eminência de um possível confronto bélico no Iraque, os Bancos Centrais dos EUA e Europa reforçaram as suas políticas monetárias expansionistas. Como tal, e depois de ter cortado a sua taxa directora 475 pontos base em 2001, a Reserva Federal norte-americana reduziu o Fed Funds Rate em 50 pontos base na reunião de Novembro. Por seu turno, o Banco Central Europeu (BCE) fechou 2002 com uma taxa de refinanciamento de 2,75%, uma redução de 50 pontos base face aos 3,25% com que iniciou o ano, após o corte de 150 pontos base ao longo de 2001.

TAXAS DIRECTORAS NOS EUA E ZONA EURO

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

Jan-01

Mar-01

Mai-01

Jul-01

Set-01

Nov-01

Jan-02

Mar-02

Mai-02

Jul-02

Set-02

Nov-02

Fed Funds Rate ECB

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Depois do estímulo monetário a que assistimos em 2001, e em conjunto com uma injecção fiscal em grande escala nos EUA em 2002, é natural que o nível de actividade económica tenha estabilizado em 2002. De facto, o ritmo de queda nas existências continuou, tendo o rácio de inventários nos grossistas sobre vendas alcançado o seu mínimo histórico nos EUA ao fechar o passado mês de Novembro nos 1.21.

1.2 CONJUNTURA NACIONAL

Afectada por uma profunda crise de confiança, que foi agravada pelas dificuldades do Estado português em cumprir os objectivos do Pacto de Estabilidade, nomeadamente no que diz respeito à política orçamental, a economia nacional sofreu de uma forma aguda o abrandamento mundial. O PIB nacional deverá ter crescido 0,4% em 2002, um crescimento inferior ao registado na Zona Euro no mesmo período, e abaixo da taxa média de crescimento anual de 1,7% e 3,2% registada em 2001 e 2000, respectivamente. Apesar desta crise ter um maior impacto em termos de consumo privado, para o qual se espera uma variação entre os –0,25% e +0,75% em 2002. O investimento deverá ter sofrido também uma quebra entre os 5,25% e 3,25% em 2002.

EVOLUÇÃO DO PIB - PORTUGALCrescimento médio real

-2.0%-1.0%0.0%1.0%2.0%3.0%4.0%5.0%6.0%

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

Português Zona Euro

Ao conjugar uma deterioração da confiança dos consumidores e uma redução do investimento, é natural que o desemprego no país aumente. De facto, e depois de se ter mantido quase inalterada em 2001 nos 4,1%, a taxa de desemprego em Portugal deverá ter aumentado para os 4,7% em 2002. A Zona Euro deverá ter registado uma taxa de desemprego de 8,4%, acima dos 8% alcançados em 2001 mas ainda assim inferior à taxa de 8,8% de 2000.

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INDICADOR DE CONFIANÇA DO CONSUM IDOR

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

Jun-

87

Jun-

88

Jun-

89

Jun-

90

Jun-

91

Jun-

92

Jun-

93

Jun-

94

Jun-

95

Jun-

96

Jun-

97

Jun-

98

Jun-

99

Jun-

00

Jun-

01

Jun-

02

Portugal Zona Euro

A débil situação económica nacional sentiu-se também na evolução dos preços, com a inflação média, medida pelo Índice de Preços no Consumidor Harmonizado, a chegar aos 3,7%, um ritmo inferior ao dos 4,4% de aumento nos preços, registado em 2001.

EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃOVariação anual do IPC

0.01.02.03.04.05.06.0

1996

/01/31

1996

/06/30

1996

/11/30

1997

/04/30

1997

/09/30

1998

/02/28

1998

/07/31

1998

/12/31

1999

/05/31

1999

/10/31

2000

/03/31

2000

/08/31

2001

/01/31

2001

/06/30

2001

/11/30

2002

/04/30

2002

/09/30

Portugal (%) Zona Euro (%)

Apesar de estar inserida no contexto de abrandamento global, a economia nacional parece ter beneficiado da valorização do Euro face ao USD, já que em termos de comércio externo, o défice da balança de transacções correntes e de capitais deverá ter melhorado dos 8.4% em 2001, para um valor entre os 6.75% a 5.25% em 2002.

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1.3 ECONOMIA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES A actividade económica nos Açores registou em 2002 um desempenho globalmente positivo podendo referir-se, de um modo geral, que os sinais de abrandamento da economia nacional se reflectiram de modo visível na economia insular. Os diversos sectores de actividade contribuiriam para o crescimento económico, essencialmente estimulado pela procura interna, e por um sector de construção que mostrou vitalidade. Essa dinâmica permitiu manter o nível de emprego estável na Região, cuja taxa de desemprego é a mais baixa no conjunto das regiões do país, situando-se no 3º trimestre em 2,7%. A taxa de inflação regional foi de 3,9% em 2002, cerca de 0,2% superior ao mesmo indicador nacional. De seguida apresentam-se alguns comentários relativamente aos principais sectores de actividade: 1.3.1 TURISMO A actividade do turismo na Região registou um comportamento favorável em 2002. Até ao 3º trimestre o número de dormidas registou um aumento de 10,2% em termos homólogos. As receitas totais registaram um crescimento de 13,1% face a igual período de 2001. Os estabelecimentos hoteleiros registaram uma taxa de ocupação de 63,5% e a estada média fixou-se em 3,1 dias. Esse crescimento da procura turística tem também contribuído para a atenuação da sazonalidade. Refira-se ainda que este sector tem sido visto como uma forte aposta futura de desenvolvimento económico dos Açores, tendo decorrido no ano de 2002 importantes investimentos da iniciativa privada na construção e melhoramento de diversas unidades hoteleiras. 1.3.2 CONSTRUÇÃO CIVIL – OBRAS PÚBLICAS O investimento de iniciativa pública continua a ter um peso determinante na economia da Região sendo, deste modo, parte importante do plano de actividades do Governo. Para 2003, o seu valor ascende a 396 milhões de euros, dos quais 185 milhões de euros referentes a despesas de investimento programadas pelo sector público empresarial e organismos autónomos. Ainda assim, deve referir-se que o investimento previsto para 2003 é 16% mais baixo que o valor de 2002, reflectindo dificuldades orçamentais conhecidas.

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1.3.3 CONSTRUÇÃO CIVIL – CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO O fim do crédito bonificado em Setembro de 2002 fazia prever dificuldades no sector da habitação. No entanto, a procura de habitação não registou decréscimos expressivos, o que poderá ser justificado pelas baixas taxas de juro do mercado e por um parque habitacional antigo. De acordo com as estatísticas do SREA verifica-se uma tendência crescente para o número de licenças de construção, bem como para o número de novos fogos. 1.3.4 INDÚSTRIA A Indústria não é um sector muito representativo da Região. Destacam-se os lacticínios como unidades produtivas relevantes. A produção de leite entregue nas fábricas de lacticínios até Outubro atingiu os 438.332 mil litros, o que representa um crescimento de 4,7 % face a igual período de 2001. 1.3.5 AGRICULTURA E PESCAS Trata-se de um sector de reduzida dimensão na economia açoriana, mas que ainda mantém bastantes postos de trabalho e do qual depende um número significativo de famílias. É um sector com problemas estruturais profundos e que enfrenta ainda factores exógenos adversos, que influenciam negativamente as capturas de peixe. Apesar disso, a quantidade de peixe descarregado em 2002 cresceu 4,8% face a 2001. 1.3.6 PERSPECTIVAS FUTURAS Mau grado as desvantagens competitivas da economia açoriana – descontinuidade geográfica, dependência do exterior, reduzida dimensão – existem algumas potencialidades e oportunidades que se realça e que determinarão a actividade e o desenvolvimento económico no futuro próximo: potencial de crescimento do subsector Turismo com a manutenção de visíveis programas de investimento; investimento público na modernização de equipamentos básicos, III Quadro Comunitário de Apoio que consagra importantes fundos para apoio ao investimento na Região. 1.4 SISTEMA FINANCEIRO 1.4.1 SITUAÇÃO GLOBAL Ao longo de 2002 o sector bancário nacional concentrou-se essencialmente numa maior contenção de custos, bem como no reforço em áreas de negócio relacionadas com a banca de retalho tradicional. De igual forma, houve uma crescente vontade de concentrar os seus negócios a nível doméstico, em detrimento dos investimentos que foram feitos no exterior. Por outro lado, e apesar do recurso ao crédito continuar atractivo com taxas historicamente baixas, assistiu-se a um novo abrandamento do crédito concedido em 2002. Contudo, e depois de ter crescido 20,3% e 13% em 2000 e 2001, respectivamente, o crédito à habitação

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em Portugal cresceu 13,5% até Outubro de 2002. A contribuir para esta aceleração face a 2001 estiveram dois factos: i) a queda das taxas de financiamento; e ii) o fim do crédito subsidiado pelo Estado português no passado mês de Setembro, que provocou um aumento da procura de crédito imobiliário no terceiro trimestre de 2002. Uma evolução semelhante é observável no crédito ao consumo, que depois de ter crescido 20,8% em 2000 e de ter caído 1,7% em 2001, cresceu 2,6% em 2002 impulsionado por taxas atractivas. Em suma, o crédito total a particulares cresceu 12.1% até Outubro de 2002, influenciado positivamente pelo crédito à habitação. Apesar desta evidente recuperação dos volumes de crédito concedido, verificou-se um novo reforço nos spreads, que resultou numa melhoria de 3 pontos base na margem de intermediação financeira global do sector até Setembro de 2002 para os 2,31%, contra os 2,29% registados em Setembro de 2001. 1.4.2 MERCADO DE ACÇÕES Com poucos sinais a serem dados ao longo do ano sobre a sustentabilidade da recuperação económica, os mercados accionistas continuaram a correcção iniciada em Março de 2000. Esta conjuntura macro-económica levou as principais empresas multinacionais a sofrerem com o enfraquecimento da procura, agravado pelo facto de muitas já terem esgotado as melhorias de eficiência possíveis. Manteve-se a grande incerteza no que diz respeito à capacidade das empresas virem a alcançar os seus objectivos de resultados. Desta forma, os principais índices mundiais registaram um terceiro ano consecutivo de quedas.

ÍNDICES DE ACÇÕES - EUA

02000400060008000

1000012000

2000

/12/29

2001

/02/28

2001

/04/30

2001

/06/29

2001

/08/31

2001

/10/31

2001

/12/31

2002

/02/28

2002

/04/30

2002

/06/28

2002

/08/30

2002

/10/31

2002

/12/31

050010001500200025003000

DOW Jones NASDAQ

O índice Dow Jones perdeu 16,8% do seu valor, o Nasdaq 31,5%, e o S&P500 23,4% em 2002, depois de já se terem desvalorizado 7,1%, 21,1%, e 13% em 2001, respectivamente. Na Europa, a elevada exposição das empresas à América Latina, agravada pela continuação das dificuldades ao nível da estrutura de capital das empresas que, no caso particular das operadoras de telecomunicações se caracterizam por uma elevada alavancagem, foram os

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principais factores de pressão sobre o mercado accionista. Assim, o EuroStoxx50 caiu 37,3%, depois de se ter desvalorizado 19,8% em 2001, enquanto que o PSI20, Ibex35, FTSE-100, e DAX, caíram 25,6%, 28,1%, 24,5%, e 43,9%, respectivamente, depois de terem registado quedas de 24,7%, 7,8%, 16,2%, e 19,8%, em 2001. O mercado Japonês (Nikkei), sofreu uma desvalorização de 18,6% em 2002, após ter registado uma queda de 2,5% em 2001.

ÍNDICES ACÇÕES - EUROPA

-2,0004,0006,0008,000

10,00012,000

2000

/12/29

2001

/02/28

2001

/04/30

2001

/06/29

2001

/08/31

2001

/10/31

2001

/12/31

2002

/02/28

2002

/04/30

2002

/06/28

2002

/08/30

2002

/10/31

2002

/12/31

-1,0002,0003,0004,0005,0006,000

PSI 20 EuroStoxx50

O contexto do mercado nacional ao longo de 2002 foi muito similar ao registado nos restantes mercados mundiais, tendo sido novamente marcado pela falta de Ofertas Públicas de Venda (OPV). Como tal, as sessões normais da Euronext Lisboa registaram um total de 23,7 mil milhões de Euros de transacções em 2002, um decréscimo de 28,7% face aos 33,2 mil milhões de Euros alcançados em 2001. Um aumento na aversão ao risco, traduzido no aumento da procura de produtos de poupança tradicionais, como os depósitos a prazo, fundos de tesouraria, e os planos de reforma, em detrimento do mercado accionista, foi de novo a principal causa desta redução da actividade na bolsa nacional. Deste modo, o segmento accionista testemunhou novamente uma redução do seu peso no total de transacções nas sessões normais, caindo dos 94,9% e 92,4% em 2000 e 2001, respectivamente. Por outro lado, o Mercado Especial de Operações por Grosso, agora denominado Mercado Não Regulamentado, sofreu uma queda de 93,2% no volume transaccionado em relação ao ano transacto.

1.4.3 MERCADOS MONETÁRIO E CAMBIAL A entrada em circulação física do Euro a 1 de Janeiro de 2002, veio trazer algum apoio à moeda única no final de 2001 e início de 2002. Conjugando uma situação de incerteza quanto à recuperação nos EUA, com um agravar de tensões geo-políticas entre os EUA e o Iraque, o apoio ao Euro gerado no início do ano traduziu-se numa valorização do Euro face ao USD de 18%, dos 0.8895 com que iniciou o ano para uma cotação EUR/USD de 1.0492 a 31 de Dezembro de 2002.

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TAXAS DE CÂMBIO

0.70.750.8

0.850.9

0.951

1.051.1

2000

/12/29

2001

/02/28

2001

/04/30

2001

/06/29

2001

/08/31

2001

/10/31

2001

/12/31

2002

/02/28

2002

/04/30

2002

/06/28

2002

/08/30

2002

/10/31

2002

/12/31

100105110115120125130135140

Euro Dolar Yen Dolar

Como consequência da política expansionista dos bancos centrais dos EUA e União Europeia, as taxas de referência Euribor desceram em todos os prazos, com maior incidência para os prazos mais longos. Assim, e tendo como base o corte de 50 pontos base efectuado no final do ano pelo BCE, as taxas de juros a 1 e 3 meses caíram de 3,33% e 3,29% no final de 2001, para 2,90% e 2,87%, respectivamente, uma redução de 43 pontos base em ambos os casos. No mesmo período, as taxas Euribor a 6 meses e 1 ano, tomadas como referência para as taxas praticadas no crédito bancário, caíram de 3,26% e 3,32% para 2,80% e 2,75%, reflectindo quedas de 45 e 57 pontos base, respectivamente.

EURIBOR

2.5

3.0

3.5

4.0

1M 2M 3M 4M 5M 6M 9M 1Y

12/31/2001 3/30/2002 6/28/2002 9/30/2002 12/31/2002

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1.4.4 MERCADO DE OBRIGAÇÕES A conjugação de uma maior incerteza económica e política com consecutivas desvalorizações das bolsas internacionais, resultou numa maior inclinação das curvas de rendimentos tanto nos EUA como na Zona Euro. Nos EUA, a rendibilidade das obrigações do Tesouro norte-americano a 2 anos caiu 144 pontos base, de 3,05% para os 1,61%. Apesar da política monetária nos EUA estar agora algo limitada, com uma taxa de referência nos 1,25%, e a política de último recurso ser a de um maior estímulo fiscal, os prazos mais longos continuam a reflectir uma elevada incerteza na sustentabilidade da recuperação da procura. Como tal, a taxa de juro a 10 anos desceu 126 pontos base, de 5,12% para os 3,85%, enquanto que a 30 anos decresceu 71 pontos base para os 4,84%.

CURVAS DE RENDIMENTOS - EURO

2.50

3.00

3.50

4.00

4.50

5.00

5.50

6.00

3M 6M 1Y 2Y 3Y 4Y 5Y 6Y 7Y 8Y 9Y 10Y 15Y 20Y 25Y 30Y

12/31/2001 3/30/2002 6/30/2002 9/30/2002 12/31/2002

Na Zona Euro, as curvas de rendimentos seguiram a mesma tendência que a verificada nos EUA, com a economia Europeia a registar um crescimento anémico ao longo do ano, mas com movimentos de menor dimensão dada a política conservadora de cortes de taxas prosseguida pelo BCE. Desta forma, o diferencial de taxas de juros entre as duas economias situou-se nos 35 pontos base nos prazos de 10 anos, sendo de 111 pontos base nos 2 anos.

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CURVAS DE RENDIMENTOS - ALEMANHA

2.50

3.00

3.50

4.00

4.50

5.00

5.50

6.00

6M 1Y 2Y 3Y 4Y 5Y 6Y 7Y 8Y 9Y 10Y 15Y 20Y 25Y 30Y

3/30/2002 12/31/2002 6/30/2002 9/28/2002 12/31/2001

Em Portugal, e como é natural, a evolução das taxas de juro de longo prazo esteve de acordo com as taxas praticadas na Zona Euro, com os diferenciais de taxas de juro a 10 anos face à Alemanha a reduzirem-se, de 18 para 13 pontos base.

DIFERENCIAL PORTUGAL - ALEMANHAYields a 10 anos

0.00

0.05

0.10

0.15

0.20

0.250.30

0.35

0.40

0.45

0.50

Jan-

01

Apr

-01

Jul-0

1

Oct

-01

Jan-

02

Apr

-02

Jul-0

2

Oct

-02

1.4.5 MERCADO DE RETALHO Ao contrário das curvas de rendimentos, no mercado de retalho assistiu-se a uma manutenção nas taxas de juro. Desta forma, as taxas de juro para operações activas entre 181 dias e 1 ano, a empresas não financeiras, subiram em média, dos 5% registados em Dezembro de 2001 para os 5.1% em Novembro de 2002.

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Nesse período, as taxas de juro activas praticadas em operações com prazo superior a 5 anos com particulares (na sua maioria, crédito imobiliário), decresceram em média de 5% para 4,9%. Da mesma forma, as taxas de juro médias aplicadas a depósitos a prazo entre 181 dias e 1 ano, e a mais de um ano, mantiveram-se inalteradas nos 2,9% e nos 3,1%, respectivamente. 2. ACTIVIDADE DO BANCO EM 2002 2.1 O ANO DO 90º ANIVERSÁRIO O Ano de 2002 assinalou o 90º aniversário do Banco. Nascido da iniciativa empresarial local, em 22 de Março de 1912 constituía-se o então designado Banco Micaelense. O entusiasmo de todos os que, ao longo de quase um século, viveram como seu, o Banco, permitiu assegurar o sucesso e perenidade de uma Instituição que já conheceu a gestão pública e privada, ultrapassou duas guerras mundiais e várias revoluções e, hoje, acompanha e prepara-se, diariamente, para os desafios da economia global. Procurando interpretar os valores e a cultura que um registo histórico desta dimensão encerra, lançou-se em 2002 um conjunto de iniciativas destinadas, justamente, a relevar esses valores e essa cultura. A campanha institucional relativa ao aniversário e mantida durante todo o ano sintetiza na sua assinatura, o passado e os caminhos para o futuro: “a nossa história é, também, um pouco da história dos Açores”. No âmbito das comemorações do 90º aniversário do Banco, merece ser destacada a inauguração da sua sede histórica, um projecto de reconstrução que procurou conjugar a modernidade, dinamismo e inovação do Banco expressos no interior do edifício, com a longevidade da Instituição demonstrada na sua fachada exterior. Ainda neste edifício, foi criado um núcleo museológico designado “Espaço Museu BCA”, onde o Banco oferece publicamente a possibilidade de se revisitar quase um século da história da Instituição. Aqui se contextualiza a vida do Banco, os seus momentos mais relevantes e a sua evolução, num percurso enquadrado pelos períodos históricos gerais mais importantes. 2.2 LINHAS GERAIS DE ACÇÃO O Banco Comercial dos Açores manteve e aprofundou as suas grandes linhas de orientação estratégica: Banco de retalho universal, com operação comercial unicamente nos Açores e junto das comunidades açorianas no Continente Americano; manutenção das suas quotas de mercado; melhoria da operacionalidade; procura sistemática de ganhos de produtividade; aposta firme na modernização e na melhoria da qualidade do serviço. Com este enquadramento orientador, desenvolveu-se um conjunto de acções que, na área comercial, tiveram por principais objectivos, o enriquecimento da oferta de produtos e serviços, a melhoria do atendimento e a inovação ao nível dos canais e fórmulas de distribuição. Paralelamente, foi operacionalizada a estratégia de cross-selling ensaiada no exercício anterior.

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No que concerne às áreas centrais, as políticas seguidas visaram, no essencial, garantir uma adequada resposta do Banco aos constantes desafios comerciais, a par de um esforço reestruturador, na procura de ganhos de eficiência, produtividade e harmonização a nível grupal. Nesta linha, manteve-se o programa de investimentos em novas dotações tecnológicas, bem como projectos de reengenharia de processos e de concentração de serviços em áreas em que tais medidas representam valor acrescentado para o Banco. Reforçaram-se, igualmente, as acções de acompanhamento da carteira de crédito do Banco, seja numa óptica prudencial de análise e monitorização do seu risco, seja numa óptica de recuperação de créditos com mora. A conjugação destas acções permitiu que o comportamento geral da carteira continuasse a ser, em geral, muito favorável, tendo o exercício sido encerrado com o crédito vencido a pesar 1,87 % na carteira de crédito do Banco. 2.3 ACTIVIDADE COMERCIAL E DE MARKETING 2.3.1 DIRECÇÃO COMERCIAL O Banco Comercial dos Açores mantém a sua estrutura comercial orientada para uma abordagem segmentada dos mercados, e tem vindo a aprofundar e a refinar essa metodologia de acordo com os sinais e as necessidades do mercado. Desta forma, a Direcção Comercial, que aglutina toda a acção comercial do Banco, integra, hoje, 4 redes de distribuição. Para além da Rede de Centros de Empresas, da Rede de Agências e da Rede de Particulares e Institucionais, foi criada a Rede de Canais Agenciados, projecto lançado em 2001 e estabilizado em 2002, através da qual se assegura a gestão da procura e do negócio a partir de promotores externos ao Banco. Em 2002, a Direcção Comercial passou a integrar no seu staff um núcleo de marketing operacional, ao qual compete a detecção de novas oportunidades de negócio sobre a base de clientes do Banco bem como as correspondentes orientações às redes de negócio, numa estratégia de campanhas comerciais continuadas e sistemáticas. Os resultados alcançados animam o reforço da acção deste núcleo para o corrente exercício. A rede clássica de distribuição continuou a ser ajustada e melhorada. Procedeu-se à abertura de uma nova dependência no Hiper Modelo da Lagoa e de uma nova Agência na Avenida D. João III em Ponta Delgada, num dos mais visíveis pólos de desenvolvimento da cidade. Também foi possível concluir negociações para a instalação do Banco no futuro Centro Comercial de Ponta Delgada. Paralelamente, e uma vez concluído o levantamento de necessidades e estabelecidas prioridades, foi iniciado um programa de remodelações em diversas agências do Banco. A rede de distribuição do Banco Comercial dos Açores era constituída, no final do exercício de 2002 por:

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43 Agências e Dependências em todas as Ilhas da Região

5 Centros de Empresas (Edifício Sede e Calheta em Ponta Delgada; Ribeira Grande; Angra do Heroísmo e Horta)

4 Centros de Particulares e Institucionais (Edifício Sede em Ponta Delgada; Ribeira Grande; Angra do Heroísmo e Horta)

2.3.2 REDES DE DISTRIBUIÇÃO 2.3.2.1 REDE DE AGÊNCIAS A rede de Agências assegura todo o negócio de retalho, essencialmente o destinado a particulares, bem como o servicing necessário no suporte à actividade das outras Redes do Banco. Para além disso, a sua acção passou a integrar, de forma constante e sistematizada, a venda cruzada de produtos e serviços de todas as empresas do Grupo. O sucesso das iniciativas de cross-selling foi fundamental para garantir a natureza universal da actividade do Banco, e a acção da Rede de Agências foi determinante para assegurar este desiderato e objectivo estratégico. A actividade creditícia da Rede de Agências mantém-se assente nos produtos estratégicos padronizados do Banco – Crédito à Habitação, Crédito ao Consumo e Cartões – que contribuíram, de forma expressiva, para o desempenho global. O crescimento do crédito nesta Rede foi de 23%. Os depósitos tiveram um comportamento mais modesto, crescendo 4% nesta Rede. 2.3.2.2 REDE DE CENTROS DE EMPRESAS A rede de Centros de Empresas é hoje uma referência incontornável junto do mercado empresarial açoriano. Totalmente vocacionada para a relação bancária com as empresas, esta Rede opera com reconhecida qualidade de serviço, medida pela eficácia da resposta e das soluções que propõe aos seus clientes. Participando também activamente na dinamização do cross-selling, viu em 2002 a sua oferta enriquecida com o leasing mobiliário e imobiliário. O factoring é outro dos produtos estratégicos que está disponível através da Rede de Centros de Empresas. O crédito por desembolso cresceu 5%, enquanto os recursos registaram um decréscimo de 4%. 2.3.2.3 REDE DE PARTICULARES E INSTITUCIONAIS Também a Rede de Particulares e Institucionais é um projecto totalmente consolidado. Apostando numa abordagem personalizada, distinta e de excelência junto dos clientes particulares de maior rendimento e de grandes clientes de natureza institucional, a RPI tem tido um desenvolvimento muito consistente. Em 2002, o crédito cresceu 32% enquanto os recursos registaram um decréscimo de 16%.

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Dada a sua natureza, a Rede de Particulares e Institucionais é também um canal privilegiado de colocação de produtos de poupança alternativos, designadamente Fundos de Investimento, Obrigações e produtos estruturados. Na conclusão do terceiro exercício de actividade completo, foi realizado um inquérito à satisfação dos clientes desta Rede, cujos resultados foram muito positivos, confirmando a bondade da ideia e animando para continuar a desenvolver este projecto. 2.3.2.4 REDE DE CANAIS AGENCIADOS A rede de Canais Agenciados foi criada para enriquecer as fórmulas de distribuição tradicionais, assegurando o aumento da capilaridade e da capacidade de intervenção do Banco no mercado, através de uma rede externa de promotores com relações de direito e obrigações devidamente contratualizadas. A primeira fase de actividade desta Rede, que previa unicamente negócios no âmbito do crédito imobiliário foi cumprida e está consolidada. Os resultados obtidos justificaram que se iniciassem projectos de desenvolvimento com outros produtos e serviços, o que também foi concretizado, passando esta Rede, já no início de 2003, a operar no âmbito do crédito ao consumo. 2.3.2.5 DIRECÇÃO DE RESIDENTES NO EXTERIOR A estrutura e o modelo desta Direcção não conheceram alterações no ano de 2002 mantendo-se, assim, a sua vocação de captação de recursos junto da comunidade açoriana residente nos Estados Unidos e Canadá, para o que dispõe de uma rede composta por 3 pontos de contacto: S. José na Califórnia, Fall River, Massachusetts e Toronto na Canadá. 2.3.3 PRODUTOS E SERVIÇOS O Marketing deu suporte a diversas iniciativas visando a divulgação de produtos e serviços do Banco, mantendo-se uma estratégia agressiva de comunicação. Merecem destaque as seguintes iniciativas ocorridas ao longo do ano: — Campanha relativa aos cartões de crédito do Banco, produto estratégico em fase de

grande desenvolvimento; — Suportes promocionais dirigidos à Rede de Canais agenciados, concretamente aos

promotores imobiliários; — Campanha desenhada para suporte à Conta BCA Nova Geração que passou a integrar

um novo cartão de débito especificamente desenvolvido para o segmento jovem a quem se dirige aquela conta;

— Campanhas dirigidas aos produtos com eficiência fiscal, designadamente os Planos

Poupança Reforma / Educação e Conta Poupança Habitação;

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— Suportes promocionais relativos à emissão de dívida subordinada do BCA. Para além das referências citadas, o Marketing deu igualmente suporte às incitavas realizadas no âmbito das comemorações do 90º aniversário, como já referido, mas o investimento em comunicação durante o ano de 2002 foi muito alocado ao lançamento e divulgação de um novo serviço do Banco Comercial dos Açores: a banca electrónica. Com efeito, em 2002 o BCA lançou o seu serviço de banca remota que, sob a designação de bcaglob@l, veio enriquecer a oferta do Banco, posicionando-o de forma definitiva neste mercado. 2.4 BANCA ELECTRÓNICA E INTERNET O site do BCA na Internet continuou a ser enriquecido ao nível dos conteúdos disponíveis e lançou-se em 2002 o projecto do seu refrescamento que se espera que venha a ser concretizado em 2003. Mas merece particular destaque o lançamento do bcaglob@l, o novo serviço da banca electrónica do Banco Comercial dos Açores. Activado e lançado em produção em Agosto de 2002, com um leque inicial de transacções disponíveis já muito significativo e adesão gratuita, este novo serviço vem garantir aos clientes do BCA – particulares e empresas – toda a conveniência e conforto, posicionando o Banco ao nível das melhores práticas do mercado no que concerne a novos canais de distribuição. Com o bcaglob@l, fica concretizada, igualmente, a estratégia multicanal que foi prevista, estando agendadas para 2003 diversas iniciativas de colocação deste serviço com base em objectivos muito ambiciosos. Paralelamente, decorreram já desenvolvimentos de novas transacções e funcionalidades que irão enriquecer a banca electrónica do BCA. Uma nota final sobre este projecto para referir que ele constitui um exemplo de trabalho ao nível grupal. De facto, este tipo de investimento em novas tecnologias dificilmente seria comportável, isoladamente, por um Banco da dimensão do BCA. Só a escala decorrente de um projecto integrado possibilitou situar este esforço financeiro a níveis ajustados aos limites do mercado natural do Banco. 2.5 CROSS-SELLING Após o diagnóstico da situação do Grupo, realizado em 2001, e a partir da realização de diversos projectos piloto, o cross-selling foi absorvido como estratégia central de desenvolvimento do Grupo e do Banco. De facto, considerando a nossa vocação de Banco orientado para a relação e fidelização do cliente era vital garantir, em concreto, uma actividade de natureza universal, desiderato só alcançável através de uma estratégia multicanal e multiproduto. Deste modo, por um lado, foram enriquecidas as fórmulas de distribuição como já salientado em pontos anteriores, e por outro, deu-se andamento à estratégia multiproduto, num esforço combinado de desenvolvimento interno de novos produtos e serviços, a par da colocação de diversos outros produtos e serviços com origem em outras empresas do Grupo.

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A venda de seguros, fundos, produtos estruturados, leasing mobiliário e imobiliário, fazem hoje parte integrante dos objectivos de natureza comercial a atingir no Banco Comercial dos Açores, dispondo o Grupo de uma estrutura centralizada, justamente, com o objectivo de dinamizar, sustentadamente, o cross-selling. Para além dos objectivos em volume, estão definidos objectivos de natureza estratégica – nº de produtos por cliente – a atingir no próximo triénio que, uma vez concretizados, situarão o Banco e o Grupo a par das melhores referências neste domínio. 2.6 ACTIVIDADE DAS ÁREAS CENTRAIS E OPERATIVAS 2.6.1 DIRECÇÃO OPERACIONAL No 1º semestre de 2002 a actividade desta Direcção ainda foi condicionada pela transição para o Euro na medida em que ocorreu neste período todo o processo logístico de recolha de notas e moedas de escudo. Para além deste envolvimento concreto, a Direcção Operacional continuou a acompanhar o projecto de tratamento de Imagem do cheque, consolidou a nova plataforma swift, participou activamente na implementação da nova aplicação de factoring, o que exigiu um profundo trabalho de migração de dados e de revisão de circuitos e procedimentos, e concluiu o trabalho de reorganização e racionalização dos arquivos de crédito. Ainda em 2002, e no âmbito da Secção de Operações de Valores Mobiliários, foi adjudicada e lançada a implementação de uma nova aplicação de títulos. Foram ainda criadas, no âmbito da DOP, equipas de trabalho visando o acompanhamento dos processos relativos ao Acordo de Basileia sobre as novas exigências de Fundos Próprios e às Normas Internacionais de Contabilidade, que exigem profunda análise e, eventualmente, alterações relevantes nas actuais metodologias. 2.6.2 DIRECÇÃO DE ORGANIZAÇÃO E INFORMÁTICA Foram vários e de diversas naturezas os projectos desenvolvidos em 2002 por esta Direcção. Merece destaque a sua participação no desenvolvimento e suporte técnico do projecto de banca electrónica do BCA, que exigiu forte investimento em recursos da Direcção de Organização e Informática. Também a manutenção e melhoria das aplicações internas motivaram a intervenção da DOI. A este nível saliente-se o desenvolvimento efectuado na nova aplicação de factoring, que veio possibilitar uma maior automatização e controlo deste processo, a par do investimento em novos módulos para o sistema central do Banco, também visando maiores automatismos e mais agilidade operacional. Na sequência da implementação do novo parque microinformático e redes de comunicação concretizada no exercício anterior, foi realizada, com o apoio de consultores externos especializados, uma auditoria completa a estes sistemas, visando aferir da sua segurança, fiabilidade e escalabilidade.

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Foi igualmente concluído o projecto de disaster recovery que veio garantir a continuidade das operações em caso de catástrofe. A DOI participou ainda em diversos projectos de natureza grupal tendo em vista a racionalização operativa ou o desenvolvimento de novas áreas de negócio. Destes, merece relevo o projecto em curso para a melhoria das operativas da rede dos dois Bancos comerciais do Grupo, através do qual se pretende garantir a diminuição de cargas administrativas nas unidades de negócio, bem como a harmonização de processos nos dois Bancos e que culminará com uma nova plataforma de balcões comum. 2.6.3 PROVEDORIA DO CLIENTE O Gabinete de Provedoria do Cliente centraliza, analisa e responde a todas as dúvidas, sugestões e reclamações recebidas no Banco. O seu desempenho assegura uma resposta rápida, concreta e eficaz a este tipo de contacto e, simultaneamente, contribui para a melhoria de procedimentos internos que se mostrem desajustados. O seu raio de acção tem vindo a ser desenvolvido competindo-lhe, por exemplo, a realização de inquéritos à satisfação de clientes, iniciativas repetidas com alguma frequência e que visam perceber o grau de qualidade do serviço prestado pelo Banco, bem como determinar áreas de melhoria. 2.7 CONTROLO DOS RISCOS DE ACTIVIDADE O controlo dos reais riscos da actividade assume um papel cada vez mais importante e as orientações decorrentes de Basileia vêm reforçar a necessidade de investir neste âmbito. A sistematização e melhoria das metodologias de segregação de funções, as acções internas de natureza preventiva e pedagógica, a melhoria dos modelos de análise de risco, bem como a monitorização e actuação sobre a carteira de crédito constituem os domínios onde a acção deve ser reforçada. A gestão e o controlo dos riscos da actividade está repartida e segregada por várias áreas de trabalho, às quais competem actuações específicas: — Na Direcção Operacional que agrega os meios de contabilidade, controlo de gestão e

estatísticas fundamentais para as decisões de gestão. Para além disso, cabe a esta Direcção a responsabilidade pela formalização de todas as operações de crédito do Banco, de forma centralizada, quer na contratação, quer na sua manutenção, contribuindo assim para minimizar o risco operacional. Basileia vem introduzir nova relevância ao risco operacional pelo que a actividade desta Direcção assumirá um papel central nos desenvolvimentos a verificar neste particular.

— Na recuperação de crédito, que no BCA está centralizada no Gabinete de Recuperação de

Crédito Vencido, ao qual compete a responsabilidade da gestão de todo o crédito com mora desde a sua fase mais embrionária. O desempenho deste Gabinete tem sido consistente, o modelo está consolidado e os resultados obtidos têm permitido manter indicadores favoráveis. No encerramento do exercício a carteira de crédito vencido pesava 1,87% no crédito total, valor completamente alinhado com os melhores indicadores do sector.

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— Na Inspecção e Auditoria que tem vindo a reformar as acções de natureza preventiva e

pedagógica, sem prejuízo das intervenções no terreno pré-determinadas nos seus planos de actividade. Paralelamente, têm-se aumentado de forma sistemática o número de auditorias à distância como medida complementar de monitorização.

No decurso de 2002, foi ainda possível concluir o processo de integração com os serviços de auditoria do Banif, o que veio garantir uma melhor sistematização e harmonização das práticas de auditoria.

— Na gestão e controlo do risco, assegurado no BCA pela Direcção de Gestão Global de

Risco à qual compete a monitorização da qualidade da carteira, a análise das envolventes macroeconómicas, o aperfeiçoamento das metodologias conducentes a um melhor risco da carteira, bem como a produção estatística de análise e suporte relativa a concentração de crédito (grandes riscos) e à distribuição do crédito por sectores de actividade e graduação de risco. A revisão do Acordo de Basileia também trará inovações no domínio dos riscos da carteira que estão a ser analisados por equipas de trabalho desta Direcção.

A assessoria e a procura de soluções tecnológicas de suporte, conducentes à adequada monitorização e controlo dos riscos da actividade, complementam o conjunto de iniciativas elencadas.

2.8 RECURSOS HUMANOS Em geral e em diversas áreas, manteve-se a política de rotação de empregados tida como motivadora de melhor desempenho. Foi iniciado um novo sistema integrado de gestão de Recursos Humanos, que tem como objectivo permitir o melhor aproveitamento das capacidades de todos os colaboradores e está assente em novos modelos de competência e novos sub-sistemas de avaliação do desempenho, definições de carreira, formação e desenvolvimento. O quadro de efectivos do Banco no final de 2002 era constituído por 451 empregados, o mesmo número que um ano antes. De notar, porém, que se verificou a abertura de mais 2 agências bem como o lançamento da Rede de Canais Agenciados e o arranque do serviço de Banco Electrónica, aos quais foi, naturalmente, necessário alocar recursos. No movimento geral de entradas e saídas há a registar 12 saídas e 12 entradas, estas com efeitos positivos na distribuição etária da população e na sua formação académica. O efectivo, em 31 de Dezembro de 2002, encontra-se afecto às áreas comerciais e às áreas centrais na proporção de, respectivamente, 63% e 37%. 2.9 RECURSOS MATERIAIS O Gabinete de Recursos Materiais conheceu em 2002 um exercício de intensa actividade. Para além da concretização do projecto da Sede Histórica do Banco e Espaço Museu BCA, garantiu a abertura de 2 novas agências — Av. D. João III, em Ponta Delgada e Lagoa.

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Foi também efectuado um levantamento integral das necessidades de melhorias e ajustamentos em todas as redes, definindo-se, assim, boa parte do plano de actividades para 2003. Outras iniciativas merecem destaque, no âmbito do património: foi realizado o refrescamento integral da Agência dos Arrifes e inauguradas duas novas agências — Calheta de S. Jorge e Santa Cruz das Flores, que vieram substituir outros espaços naquelas localidades que já não ofereciam condições de atendimento e acolhimento compatíveis com os actuais standards do Banco Comercial dos Açores. Diversas outras pequenas intervenções foram realizadas. Foi concluído o projecto e apresentado o estudo prévio com vista à integral remodelação das instalações do BCA em Angra do Heroísmo. A desafectação do imobilizado não afecto à exploração, atingiu valores próximo dos 4.700 milhares de euros. A expansão da actividade e os diversos projectos de investimento justificam a variação anual de 18,3% de Fornecimentos e Serviços de Terceiros. Ainda assim, o exercício foi encerrado com aquela rubrica a pesar 20% no Produto Bancário, valor abaixo da média conhecida do Sector. 3. ANÁLISE DO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Em síntese, os factos mais relevantes que sobressaem da análise das Demonstrações Financeiras do BCA, em 2002, são:

§ O total do Activo Líquido aumentou 161,4%, principalmente em resultado de operações de tomadas e cedências de fundos intra Grupo Banif, situação que não se verificara no exercício anterior;

§ O agregado “Crédito a Clientes” continuou a apresentar um crescimento assinalável, com um aumento de 18,3% entre 2001 e 2002. O indicador de conversão de Depósitos em Crédito, passou de 87% em 2001 para 106% em 2002;

§ O indicador “Crédito Vencido/Crédito Total” continua a situar-se em níveis historicamente baixos, apesar da ligeira subida que se verificou, de 1,7%, em 2001, para 1,87%, em 2002;

§ O saldo de “Débitos para com Clientes” diminuiu cerca de 3% entre 2001 e 2002, devido ao baixo nível de poupanças das famílias e à valorização do euro face aos dólares dos Estados Unidos e Canada, em aproximadamente 19%, moedas de referência para cerca de 10% dos recursos registados em Balanço;

§ Os “Outros Resultados Correntes” aumentaram o seu peso no “Produto Bancário”, passando de 23% em 2001, para 25,6% em 2002, em sintonia com a tendência do Sector na desintermediação do negócio bancário;

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§ A estimativa dos “Impostos sobre os Lucros”, para o exercício de 2002, teve por base a taxa normal de IRC, 30%, ao contrário do verificado nos anos anteriores, em que foi utilizada a taxa reduzida aplicável na Região Autónoma dos Açores. Este cálculo deriva da Decisão Europeia de 11 de Dezembro de 2002, relativa à “Adaptação do Sistema Fiscal às Especificidades da Região Autónoma dos Açores”, da qual resulta a exclusão do sector financeiro do âmbito da aplicação da taxa reduzida de IRC nos Açores, em vigor desde 1 de Janeiro de 1999 e posta em execução através do Decreto Legislativo Regional nº 2/99/A de 20 de Janeiro.

O Banco Comercial dos Açores decidiu interpor recurso daquela Decisão junto das Instituições Judiciais Europeias competentes.

§ A remuneração dos capitais próprios em 2002 cifrou-se em 10,2%, mais 0,4% absolutos do que no exercício transacto.

3.1 BALANÇO Durante 2002, e no âmbito do Grupo Banif, o BCA participou num conjunto de operações de tomadas e cedências de fundos, de natureza e valores sem paralelo no exercício anterior. De modo a tornar comparável os Balanços de 2002 e 2001, isolou-se o efeito directo destas operações do Activo e Passivo do Balanço. Em 31 de Dezembro de 2002, as “Operações Intra Grupo” influenciavam o Total do Balanço do BCA em 1.406.862 milhares de euros, dos quais 1.399.136 milhares de euros reportavam-se, de modo idêntico, a cedências e tomadas de fundos. Estas operações afectavam directamente os agregados “Caixa e Disponibilidades à Vista”, “Outros Créditos s/ Instituições de Crédito” e “Contas de Regularização”, do lado do Activo, e “Recursos de Instituições de Crédito” e “Contas de Regularização”, no Passivo. A análise dos agregados do Balanço, que a seguir se apresenta, exclui o impacto directo das referidas “Operações Intra Grupo”.

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Activo Líquido

Activo Líquido Restantes Operações (em milhares de euros) 2002 Peso Relativo Var %

2001

Operações Intra Grupo

Restantes Operações

2001

2002

02/01

Caixa e Disponibilidades à Vista 32.719 630.444 95.613 3,4% 8,6% 192,2% Outros Créditos s/ Inst. Crédito 136.909 768.692 105.076 14,2% 9,4% -23,3% Crédito s/ Clientes 683.057 - 808.357 70,8% 72,6% 18,3% Aplicações em Títulos 48.970 - 41.755 5,1% 3,8% -14,7% Participações 7.607 - 5.734 0,8% 0,5% -24,6% Imobilizações Incorpóreas 1.673 - 1.214 0,2% 0,1% -27,4% Imobilizações Corpóreas 22.432 - 20.277 2,3% 1,8% -9,6% Outros Activos 8.290 - 12.854 0,9% 1,2% 55,1% Contas de Regularização 22.463 7.726 22.582 2,3% 2,0% 0,5%

Totais 964.121 1.406.862 1.113.462 100,0% 100,0% 15,5%

O agregado “Caixa e Disponibilidades à Vista” subiu 192,2%, passando a representar 8,6% do Total do Activo Líquido contra 3,4% um ano antes. A componente “Depósitos à Ordem no Banco de Portugal”, é a principal responsável pelo aumento verificado no saldo deste agregado, devido à necessidade em constituir maiores reservas de caixa. O saldo de “Outros Créditos s/ Instituições de Crédito” desceu 23,3%, correspondendo a uma diminuição de 31.833 milhares de euros, devido, principalmente, ao aumento de saldo em “Crédito s/ Clientes”. Em consequência desta situação, o peso de “Outros Créditos s/ Instituições de Crédito” no Total do Balanço, passou de 14,2% no final de 2001 para 9,4% em 31 de Dezembro de 2002. Por sua vez, o “Crédito s/ Clientes” aumentou 125.300 milhares de euros, representando uma subida de 18,3%, o que demonstra que o crédito continuou a expandir-se a bom ritmo no exercício de 2002. O crescimento registado conduziu a que este agregado passasse a deter maior quota no total do Activo Líquido: cerca de 72,6% em 2002, contra 70,8% no ano anterior. Em 2002, a concessão de Crédito manteve praticamente igual a distribuição por sectores da actividade económica, relativamente ao ano anterior:

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(em milhares de euros) 2001 % 2002 %

Particulares 402.285 58,2% 461.499 56,4% Comércio, Restaurantes e Hotéis 77.144 11,2% 98.575 12,1% Serviços 66.575 9,6% 77.248 9,4% Construção e Obras Públicas 45.490 6,6% 56.580 6,9% Indústrias Transformadoras 30.640 4,4% 32.291 3,9% Transportes, Armazenagem e Comunicações 16.892 2,4% 14.698 1,8% Agricultura, Silvicultura, Caça e Pesca 4.284 0,6% 5.273 0,6% Industrias Extractivas 1.555 0,2% 1.908 0,2% Outros Sectores 46.192 6,7% 69.629 8,5%

Total 691.056 100,0% 817.702 100,0%

Os “Particulares” continuam a ser o segmento da base de clientes do BCA, com maior peso no total do crédito concedido, seguidos do Sector de “Comércio, Restaurante e Hotéis”, que foi o Sector que apresentou maior taxa de crescimento entre 2001 e 2002, reflectindo a dinâmica que se assiste na Região no desenvolvimento do sector do turismo. Em 2002, o BCA vendeu créditos, no montante de 6.583 milhares de euros, no âmbito do programa de securitização de crédito ao consumo do Grupo Banif, iniciado em 1999, e, participou num novo programa de securitização, de idêntica natureza, no âmbito do qual registou cedências no total de 29.397 milhares de euros. No total, durante 2002, foram vendidos 35.980 milhares de euros de crédito ao consumo, mais 126% do que em 2001.

O crédito vencido no total do crédito concedido subiu ligeiramente, passando de 1,7% no final de 2001 para 1,87% no exercício findo. Este comportamento era esperado, atendendo à evolução do actual ciclo económico. Contudo, é de registar a melhoria continuada que este indicador tem apresentado ao longo dos últimos anos.

Crédito Vencido / Crédito Total

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

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Durante o ano de 2002 foram abatidos ao Activo cerca de 3.623 milhares de euros relativos a créditos cuja probabilidade de cobrança era considerada muito reduzida. No final do exercício em análise, as “Provisões para Crédito de Cobrança Duvidosa e Crédito Vencido” cobriam 61,1% do saldo do Crédito nesta situação, contra 69,8% um ano antes. Quando adicionadas às “Provisões para Riscos Gerais de Crédito”, o grau de cobertura ascende a 115,9%. O saldo de “Aplicações em Títulos” desceu 14,7%, situação que decorre da fraca atractividade destes activos face à aplicação alternativa na actividade creditícia. O saldo deste agregado apresentava a seguinte composição em 31 de Dezembro de 2002: (i) 67,7% em títulos de rendimento fixo emitidos por residentes, (ii) 4,1% em títulos de rendimento fixo emitidos por não residentes, (iii) 12,7% representavam títulos de rendimento variável emitidos por residentes, (iv) 12,8% de títulos de rendimento variável emitidos por não residentes, e, finalmente (v) 2,6% do saldo eram relativos a títulos subordinados. O peso das “Participações” no total do Activo Líquido passou de 0,8% em 2001 para 0,5% em 2002, como consequência da diminuição do saldo em 24,6%, que resultou, principalmente, da alienação da participação de 2.000 milhares de euros no Banif – Banco de Investimento, SA, no âmbito da reorganização das participações em empresas do Grupo Banif. Ainda em 2002, o BCA alienou parcialmente a sua participação na Euronext NV, realizou o aumento de capital de USD 1.000,00 para USD 100.000,00 no Banif & Comercial dos Açores, Inc, escritório de representação na costa leste dos Estados Unidos da América, e adquiriu uma participação na Banif – Information and Technology Holdings, Lda no valor de 10 milhares de euros. As “Imobilizações Incorpóreas” reduziram representatividade no total do Activo Líquido, tendo o saldo passado de 0,2% em 2001 para 0,1% em 2002. As “Imobilizações Corpóreas” também perderam peso no total Balanço, menos 0,5% entre 2001 e 2002, originado pela descida do saldo em -9,6%, em consequência da alienação de imóveis não afectos à exploração. Nos “Outros Activos” registou-se um aumento de saldo em 55,1% e, em consequência, uma subida de 0,3% absolutos no peso deste agregado no total do Activo Líquido. Em 31 de Dezembro de 2002, o saldo deste agregado era composto por (i) 61% de “Devedores”, (ii) 36% por “Aplicações por Recuperação de Crédito”, principalmente em imóveis, a que estava associada uma provisão no valor de 669 milhares euros, para cobrir potenciais perdas de diferenças de avaliação, e, o restante , (iii) 3% do saldo, era relativo a “Ouro, Numismática e Medalhística” e “Outras Disponibilidades”. Finalmente, no lado do Activo, o saldo das “Contas de Regularização” registou uma subida de 0,5%, representando 2,0% do total do Activo Líquido em 2002, contra 2,3% no final do exercício anterior. A decomposição do saldo deste agregado por naturezas em 31 de Dezembro de 2002, era a seguinte: (i) 22% de “Proveitos a Receber”, (ii) 44% de “Despesas com Custo Diferido”, dos quais, cerca de 93% reportam-se a contribuições extraordinárias para o Fundo de Pensões do BCA, na sequência da reestruturação do quadro de pessoal do Banco, e contabilizadas como despesas de custo diferido, ao abrigo do Aviso nº 12/2001, do Banco de Portugal, (iii) 21% relativos a diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados, e os valores efectivamente verificados no fecho do Fundo de Pensões

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do BCA em 31 de Dezembro de 2002, contabilizados em “Flutuação de Valores”, ao abrigo do já referido Aviso nº 12/2001, e, por último (iv) 13% referem-se a “Operações Activas a Regularizar”. Passivo O saldo da rubrica ”Débitos para com Instituições de Crédito”, constituída maioritariamente por recursos obtidos no Mercado Monetário Interbancário, subiu 278,9%, constituindo-se como principal fonte de financiamento da expansão do crédito. Em virtude da subida de saldo, o peso deste agregado aumentou substancialmente no total do Balanço, passando de 5,8% em 2001 para 18,9% no final do exercício de 2002.

Passivo Restantes Operações (em milhares de euros)

2002 Peso Relativo Var %

2001 Operações

Intra Grupo Restantes Operações 2001 2002 02/01

Débitos p/ c/ Inst. Crédito 55.662 1.399.136 210.893 5,8% 18,9% 278,9% Débitos p/ c/ Clientes à Vista 284.221 - 282.583 29,5% 25,4% -0,6% Débitos p/ c/ Clientes a Prazo 500.837 - 479.890 51,9% 43,1% -4,2% Outros Passivos 7.935 - 5.706 0,8% 0,5% -28,1% Contas de Regularização 11.805 7.726 13.841 1,2% 1,2% 17,2% Provisões 7.238 - 8.372 0,8% 0,8% 15,7% Fundo p/ Riscos Bancários Gerais

688 - 464 0,1% 0,0% -32,6%

Passivos Subordinados 19.976 - 29.976 2,1% 2,7% 50,1% Capitais Próprios e Resultados 75.758 - 81.737 7,9% 7,3% 7,9%

Totais 964.121 1.406.862 1.113.462 100,0% 100,0% 15,5%

O saldo do agregado “Débitos para com Clientes” desceu, na globalidade, cerca de 3%, que resulta das descidas de 0,6% nos “Débitos p/ c/ Clientes à Vista” e 4,2% nos “Débitos p/ c/ Clientes a Prazo”. Dos factores que contribuíram para a diminuição de saldo importa sublinhar o baixo nível de poupança das famílias, confirmado pela estagnação dos recursos primários no mercado da RAA, (“Depósitos em IC’s na RAA”, excluindo depósitos de emigrantes, conforme estatísticas divulgadas pelo Banco de Portugal e relativas ao 1º semestre de 2002), e ainda a valorização do euro face aos dollares, dos Estados Unidos e Canada, em cerca de 19%, durante 2002, que, por si só, influenciou negativamente o contravalor do saldo de recursos nestas moedas. Os recursos em moeda estrangeira, onde 99% são nas moedas atrás referidas, representam cerca de 10% do total de “Débitos para com Clientes”.

Apesar da redução dos recursos, o Banco manteve a sua quota no mercado dos Açores, em cerca de 30% tendo por base as estatísticas divulgadas pelo Banco de Portugal.

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O peso dos “Débitos p/ c/ Clientes à Vista” no Total do Passivo e Situação Líquida, passou de 29,5% em 2001, para 25,4% em 2002, enquanto que o mesmo indicador para os “Débitos p/ c/ Clientes a Prazo”, evoluiu de 51,9% para 43,1%. O saldo dos “Outros Passivos”, que integra “Credores” e “Outras Exigibilidades”, desceu 28%, entre o final dos exercícios em análise. A diminuição de saldo reporta-se, maioritariamente, à rubrica de fornecedores de bens e serviços do Banco. As “Contas de Regularização” passivas mantêm em 2002 o mesmo peso de 2001, 1,2% do Total do Balanço , apesar do saldo ter subido 17,2%. O saldo desta rubrica era composto por 56% de “Custos a Pagar”, 3,6% de “Receitas com Proveito Diferido” e 40,2% de “Operações Passivas a Regularizar”. Durante 2002, registou-se um aumento de 15,7% no saldo de “Provisões”. Este agregado é constituído principalmente pelas provisões para riscos gerais de crédito, e o aumento do seu saldo, é explicado pela expansão verificada na actividade creditícia. Este agregado, também inclui uma provisão no valor de 75 milhares de euros, em “Provisões para Outros Riscos e Encargos”. O saldo existente na rubrica “Fundo para Riscos Bancários Gerais” cobre potenciais menos valias num imóvel do Banco desafecto da exploração. A redução de saldo verificada entre os dois exercícios, deveu-se à reclassificação de 224 milhares de euros em “Provisões para Outros Riscos e Encargos”, destinada a cobrir eventuais indemnizações decorrentes de um processo judicial, relacionado com obras no imóvel em causa. Do valor reclassificado, foram utilizados, em 2002, 149 milhares de euros, em consequência do referido processo judicial. Em Setembro de 2002, o BCA emitiu obrigações de caixa subordinadas, no valor de 10.000 milhares de euros, que em conjunto com outras três emissões, realizadas entre 1998 e 2000, justificam o saldo do agregado “Passivos Subordinados” no final do exercício. Fundos Próprios e Rácio de Solvabilidade O agregado “Capitais Próprios e Resultados” subiu 7,9% entre 2001 e 2002, mais 5.979 milhares de euros, que corresponde ao saldo do “Lucro Líquido” apurado em 2002, 7.536 milhares de euros, com os dividendos distribuídos por conta do resultado de 2001, 1.557 milhares de euros. O resultado de 7.536 milhares de euros, proporcionou aos “Capitais Próprios” do Banco uma remuneração à taxa de 10,2% no exercício de 2002, contra 9,8% no ano anterior. Os “Fundos Próprios”, calculados nos termos do Aviso nº12/92, ascendiam a 96.626 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2002, e o rácio de solvabilidade situou-se em 8,9%, incluindo as operações Intra Grupo atrás referidas. Não considerando aquelas operações, o rácio ascenderia a 11,9%, que compara com 10,8% em 2001.

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3.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Margem Financeira A Margem Financeira, para o total das operações de intermediação financeira realizadas pelo BCA, ascendeu a 30.900 milhares de euros em 2002, contra 29.528 milhares de euros em 2001, evidenciando uma subida de 4,6%. A decomposição da variação da margem financeira é a seguinte:

(em milhares de euros) Efeito Volume Efeito Taxa Var. Líquida

Activo Remunerado 8.124 -9.417 46.702 Depósitos Banco de Portugal 725 -266 459 Aplicações em Instituições de Crédito -223 -2.324 -2.547 Títulos -863 16 -847 Crédito a Clientes 8.486 -6.843 1.643 Outras Aplicações -117 Operações Intra Grupo 0 0 48.111

Passivo Remunerado 5.293 -7.988 45.330 Recursos de Instituições de Crédito 4.267 -2.160 2.107 Depósitos de Clientes 881 -5.554 -4.673 Títulos de Participação e Emp. Subordinados

145 -274 -129

Outros Recursos 7 Operações Intra Grupo 0 0 48.018

Margem Financeira Total 2.831 -1.428 1.371

O aumento verificado na Margem Financeira, não considerando as “Operações Intra Grupo”, é atribuído exclusivamente ao “Efeito Volume”, pois o “Efeito Taxa”, embora positivo no lado do Passivo, foi negativo no conjunto do Activo gerador de juros. Em virtude desta situação, a “Margem Financeira” unitária, passou de 3,51% no exercício de 2001, para 3,16% em 2002.

Outros Resultados Correntes Em 2002, os “Outros Resultados Correntes” cifraram-se em 10.610 milhares de euros, que corresponde a uma subida de 20,3%.

(em milhares de euros) 2001 2002 ∆ Abs. ∆ %

Outros Resultados Correntes 8.816 10.610 1.794 20,3% Resultados Serviços Bancários 5.776 6.752 976 16,9% Resultados Operações Financeiras 550 1.921 1.371 249,1% Recup. Créditos, Juros e Despesas 2.490 1.937 -553 -22,2%

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Os “Resultados de Serviços Bancários” registaram uma subida de 16,9% face ao ano anterior, reflexo do aumento dos proveitos provenientes da prestação de serviços, onde se destacam os proveitos relacionados com garantias prestadas, cartões de débito e crédito, e operações de “cross-selling”. Saliente-se que, em 2002, registou-se uma descida no volume de transacções de títulos por conta de clientes, reflexo da instabilidade do mercado de capitais, com impacto negativo nas comissões cobradas. Os “Resultados em Operações Financeiras” aumentaram significativamente, subindo 249,1%, relativamente a 2001. Como se pode observar no quadro seguinte, esta evolução estendeu-se a todas as componentes do agregado. No “Rendimento de Títulos”, destacam-se os dividendos recebidos da Companhia de Seguros Açoreana, no valor de 255 milhares de euros.

(em milhares de euros) 2001 2002 ∆ Abs. ∆ %

Resultados Operações Financeiras 550 1.921 1.371 249,1% Rendimento de Títulos 154 366 212 137,1% Reavaliação Posição Cambial 268 315 47 17,7% Lucros Carteira Títulos -365 -167 198 -54,2% Outros Resultados Financeiros 494 1.407 914 185,1%

Em 2002, os “Resultados em Operações Financeiras” beneficiaram da mais valia gerada pela operação de troca de acções da BVLP com a Euronext, no âmbito da fusão da primeira na segunda, e de mais-valias obtidas na venda de créditos, no âmbito dos programas de securitização de crédito, em curso, ambas contabilizadas em “Outros Resultados Financeiros”. Por último, a componente “Recuperação de Créditos, Juros e Despesas”, gerou menos 553 milhares de euros em 2002, relativamente ao exercício anterior.

Produto Bancário O “Produto Bancário” gerado pelo negócio do BCA em 2002, subiu 8,3% relativamente ao exercício anterior, que se traduz num aumento de 3.165 milhares de euros. O quadro seguinte apresenta a desagregação do “Produto Bancário”:

(em milhares de euros) 2001 % 2002 % ∆ Abs. ∆ %

Produto Bancário 38.345 100,0% 41.510 100,0% 3.165 8,3% Margem Financeira 29.528 77,0% 30.900 74,4% 1.371 4,6% Outros Resultados Correntes 8.816 23,0% 10.610 25,6% 1.794 20,3% Resultados Serviços Bancários 5.776 6.752 976 16,9% Resultados Operações Financeiras 550 1.921 1.371 249,1% Recup. Créditos, Juros e Despesas 2.490 1.937 -553 -22,2%

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O peso dos “Outros Resultados Correntes” no “Produto Bancário” continuou a subir em 2002, passando de 23% em 2001 para 25,6% no exercício em análise, em sintonia com a tendência do Sector na desintermediação do negócio bancário. Por sua vez, o peso da “Margem Financeira” no “Produto Bancário”, desceu de 77% em 2001, para 74,4% em 2002. Custos Administrativos Os “Custos Administrativos” aumentaram 2.103 milhares de euros entre o exercício de 2001 e o de 2002, ou seja, + 10,1%. A componente “Custos com Pessoal” foi responsável pelo aumento de 814 milhares de euros, que reflecte uma subida de 5,9%, e, os “Fornecimentos e Serviços de Terceiros”, sofreram um acréscimo de 1.289 milhares de euros, + 18,3%.

(em milhares de euros) 2001 2002 Var. Abs Var. % Custos Administrativos 20.758 22.861 2.103 10,1% Custos com Pessoal 13.732 14.546 814 5,9% Remunerações e Encargos 12.276 12.935 659 5,4% Contribuição Fundo Pensões 1.456 1.611 155 10,6% Fornecimentos e Serviços de Terceiros 7.026 8.315 1.289 18,3%

Devido à entrada em vigor do Aviso n º 12/2001 do Banco de Portugal, de 23 de Novembro, o BCA passou a contabilizar em «Resultados Extraordinários - Perdas relativas a exercícios anteriores» a amortização anual do acréscimo de responsabilidades resultantes de programas de reformas antecipadas e da insuficiência de cobertura de RSPA (responsabilidades de serviços passados de activos) em 31/12/94. Este procedimento foi iniciado em Janeiro de 2002, mas para efeitos da análise comparativa do agregado “Custos com Pessoal” de 2002, estendeu-se aquela reclassificação ao exercício de 2001.

O aumento verificado na componente “Custos com Pessoal” reflecte a actualização salarial e os encargos decorrentes com a progressão na carreira, conforme previsto no ACTV para o Sector, e a contribuição anual para o Fundo de Pensões do BCA, conforme cálculo actuarial da Sociedade Gestora do Fundo de Pensões. Os “Fornecimentos e Serviços de Terceiros” subiram 18,3% em 2002 relativamente ao exercício anterior. Além do aumento da actividade do negócio corrente do Banco, que originou a contabilização de mais custos variáveis, ocorreram dois factores de carácter extraordinário que concorreram para o aumento verificado neste agregado, a saber, (i) a introdução física do euro e (ii) as comemorações do 90º aniversário do Banco Comercial dos Açores.

Cash Flow de Exploração Em 2002, o negócio gerado proporcionou a subida do “Cash Flow” em 6%, que corresponde a um aumento de 1.062 milhares de euros sobre o realizado em 2001.

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Resultados Extraordinários Em consequência da já referida aplicação do Aviso nº 12/2001, do Banco de Portugal, passaram-se a contabilizar em “Resultados Extraordinários” a amortização anual do acréscimo de responsabilidades resultantes de programas de reformas antecipadas e da insuficiência de cobertura de RSPA (responsabilidades de serviços passados de activos) em 31/12/94. O valor contabilizado em 2002 ascendeu a 2.437 milhares de euros, idêntico ao valor que teria sido contabilizado em 2001, e que para efeitos desta análise foi reclassificado em “Resultados Extraordinários”. Excluindo aquele efeito, os “Resultados Extraordinários” aumentaram substancialmente, relativamente a 2001, devido à contabilização em 2002 de mais-valias decorrentes das vendas de imóveis desafectos da exploração do Banco, e de imobilizações financeiras. Provisões Em 2002, o BCA reforçou provisões (líquidas de reposições e anulações) em 5.256 milhares de euros, dos quais 4.914 milhares de euros destinaram-se a “Provisões para Crédito de Cobrança Duvidosa e Crédito Vencido”. Foram também criadas “Provisões para Riscos Gerais de Crédito” no valor de 1.060 milhares de euros.

(em milhares de euros) Provisões do Exercício

Reposição e Anulação

Provisões Líquidas

Crédito Cobrança Duvidosa e Vencido 6.483 1.569 4.914 Depreciação Títulos 1.583 1.126 458 Outras Aplicações 76 8 68 Depreciação Imobilizado Financeiro 4 53 -48 Risco País 56 1.252 -1.196 Riscos Gerais Crédito 1.454 394 1.060 Total 9.658 4.401 5.256

O reforço de provisões decorreu da expansão da actividade do Banco e da evolução da carteira de “Crédito Vencido”, calculadas nos termos dos Avisos do Banco de Portugal que regulamentam esta matéria.

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Resultado Líquido

(em milhares de euros) 2001 2002 Var. Abs Var. % Margem Financeira 29.528 30.900 1.372 4,6%

+ Outros Resultados Correntes 8.816 10.610 1.794 20,3% = Produto Bancário 38.345 41.510 3.165 8,3% - Custos Administrativos 20.758 22.861 2.103 10,1% = Cash Flow de Exploração 17.587 18.649 1.062 6,0% - Amortizações 2.440 2.624 184 7,5% - Provisões 3.556 5.256 1.701 47,8% + Resultados Extraordinários -2.577 -407 2.169 -84,2% = Resultados Antes Impostos 9.014 10.362 1.347 14,9% - Impostos s/ Lucros 2.249 2.826 577 25,6% = Resultados Líquidos 6.765 7.536 771 11,4%

A estimativa do “Imposto s/ Lucros” foi efectuada com a taxa normal de IRC, em consequência da decisão da Comissão Europeia relativa à adaptação do sistema fiscal nacional às especificidades da Região Autónoma dos Açores, que excluiu o sector financeiro do âmbito da aplicação daquela redução da taxa de imposto. O “Resultado Líquido” apurado em 2002 ascendeu a 7.536 milhares de euros, que representa um aumento de 11,4% relativamente ao “Resultado Líquido” apurado no exercício anterior.

4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Em resultado da actividade exercida em 2002, o Banco gerou um Resultado do Exercício, líquido de impostos, no montante de 7.535.904,54 Euros. Considerando que: 1. A admissão à negociação das acções do BCA na Euronext Lisbon - Sociedade Gestora

de Mercados Regulamentados, S.A. recomenda a adopção, sempre que possível, de uma política de remuneração dos accionistas, consentânea com as práticas do mercado;

2. A política de dividendos deve, em simultâneo, adequar-se ao prosseguimento de uma

estratégia orientada para o crescimento, o que passa pelo reforço da solidez financeira do Banco;

Page 39: BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A

- 33 -

O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral, em conformidade com o disposto no artigo 97º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e no artigo 21º do Contrato de Sociedade, a seguinte aplicação de resultados:

• Para Reserva Legal .............................................. EUR 753.590,45

• Para Distribuição de Dividendos (1) ................................

EUR 2.594.618,25

• Para Resultados Transitados ................................ EUR 4.187.695,84 (1) Correspondente a EUR 0,25 por acção 5. NOTAS FINAIS A concluir, o Conselho de Administração do Banco Comercial dos Açores deseja manifestar o seu agradecimento a todos os clientes que nos honraram com a sua preferência e confiança, animando-nos neste projecto, e ao Governo da Região Autónoma dos Açores, ao Banco de Portugal e à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, entidades com as quais nos relacionamos de forma estreita, pela atenção dedicada às questões associadas á nossa actividade. Aos trabalhadores dirigimos uma palavra de reconhecimento pela dedicação e empenho revelados e que foram decisivos na concretização dos objectivos definidos. Finalmente, o Conselho de Administração agradece ao Conselho Fiscal a colaboração nunca regateada. Ponta Delgada, 20 de Fevereiro de 2003

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Horácio da Silva Roque – Presidente ___________________________________________ Joaquim Filipe Marques dos Santos – Vice-Presidente ______________________________ António Manuel Rocha Moreira – Vice-Presidente ________________________________ Carlos David Duarte de Almeida _______________________________________________ Rui Manuel Silva Gomes do Amaral ____________________________________________ Eduardo da Silva Vieira _____________________________________________________

Page 40: BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A

Sociedade Aberta Sede: Rua Dr.José Bruno Tavares Carreiro, Edifício BCA, 9500-119 Ponta Delgada

Capital Social : 51 892 365 EUROS (Milhares EURO)Actividade Global * Balanço em 31 de Dezembro de 2002

ANO ANO ANTERIOR

A C T I V O ACTIVO BRUTO AMORT./PROV. ACTIVO LIQUIDO (LIQUIDO) P A S S I V O ANO ANO ANTERIOR

1. Caixa e disp. em bancos centrais ....................... 59,898 59,898 10,128 1. Débitos p/ c/ inst. de crédito............................ 1,610,029 55,663 a) - À vista.............................................................. 19,401 951

2. Disp. à vista s/ inst. crédito............................ 666,159 666,159 22,592 b) - A prazo ou com pré-aviso........................ 1,590,628 54,712

3. Outros créditos s/ inst. crédito......................... 873,768 873,768 136,909 2. Débitos para com clientes............................... 762,473 785,058 a) - Depósitos de poupança.......................... 54,264 51,976

4. Créditos sobre clientes...................................... 817,702 9,345 808,357 683,057 b) - Outros débitos............................................ 708,209 733,082 ba) - À vista................................................ 282,583 284,221

5. Obrig. e outros tit. rendimento fixo........................ 32,850 513 32,337 42,361 bb) - A prazo............................................. 425,626 448,861

a) Obrig. e outros títulos rendimento 3. Débitos representados por títulos.................. 0 0 fixo - de emissores públicos............................ 16,300 0 16,300 18,963 a) - Obrigações em circulação....................... 0 0

b) - Outros........................................................... 0 0 b) Obrig. e outros títulos rendimento fixo - de outros emissores............................ 16,550 513 16,037 23,398 4. Outros passivos................................................. 5,706 7,935 (Dos quais: Obrigações próprias)................. (0) (0) (0) (0)

5. Contas de regularização................................ 21,567 11,805 6. Acções / títulos rendimento variável....................... 11,139 1,721 9,418 6,609

6. Provisões p/ riscos e encargos................................... 8,372 7,238 7. Participações..................................................... 5,737 3 5,734 7,607 a) - Provisões para pensões e

encargos similares.................................... 0 0 8. Partes do capital - empresas coligadas...................... 0 0 0 0 b) - Outras provisões...................................... 8,372 7,238

6A. Fundo p/ riscos bancários gerais.................................. 464 688 9. Imobilizações incorpóreas............................... 5,204 3,990 1,214 1,673

8. Passivos subordinados.................................... 29,976 19,976 10. Imobilizações corpóreas.............................. 39,096 18,819 20,277 22,432 (Dos quais: Imóveis ).......................................... (19,854) (3,546) (16,308) (18,020) 9. Capital subscrito................................................ 51,892 51,892

11. Capital subscrito não realizado........................ 0 0 0 0 10. Prémios de emissão........................................ 0 0

12. Acções próprias/partes cap. próprias.......................... 0 0 0 0 11. Reservas............................................................. 6,954 6,277

13. Outros activos.................................................. 13,523 669 12,854 8,290 12. Reservas de reavaliação.............................. 2,190 2,190

14. Contas de regularização.................................................. 30,308 0 30,308 22,463 13. Resultados transitados.................................. 13,165 8,634

16. Prejuízo do exercício..................................... 0 0 0 0 14. Lucro do exercício.......................................... 7,536 6,765 TOTAL do ACTIVO.......................................... 2,555,384 35,060 2,520,324 964,121 TOTAL do PASSIVO........................................ 2,520,324 964,121 * Inclui as Sucursais Financeiras da Zona Franca de Stª Maria e de Cayman. O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

R U B R I C A S E X T R A P A T R I M O N I A I S 1. Passivos Eventuais 89,087

Serviço de Contabilidade Dos quais: Horácio da Silva Roque - Aceites e compromissos por endosso de efeitos Presidente redescontados.............................................................................. 0 - Cauções e activos dados em garantia................................. 0 Joaquim Filipe Marques dos Santos António Manuel Rocha Moreira

Maria Fernanda T. Ramos de La C. Gomes 2. Compromissos 189,986 Dos quais: Carlos David Duarte de Almeida Rui Manuel Silva Gomes do Amaral - Compromissos resultantes de operações de venda com opção de recompra............................................. 0 Eduardo da Silva Vieira

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Ponta Delgada, sob o nº 1804.Contribuinte nº 512004528

6.1- Balanço e Dem

onstração de Resultados

Page 41: BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A

Sociedade Aberta DEMONSTRAÇÃO de RESULTADOS em 31 de DEZEMBRO de 2002 (Milhares EURO)

Actividade Global *

D É B I T O ANO ANO ANTERIOR CRÉDITO ANO ANO ANTERIORA. CUSTOS B. PROVEITOS 1. Juros e custos equiparados............................................ 68,796 23,466 1. Juros e proveitos equiparados...................................... 99,696 52,995

Dos quais: 2. Comissões.................................................................................. 655 499 (- de títulos de rendimento fixo).................................. (1,783) (2,580)

3. Prejuízos em operações financeiras.............................. 1,068 6,780 2. Rendimento de Títulos...................................... 366 154 a) - Rendimento de acções, de quotas e de

4. Gastos gerais administrativos........................................... 22,860 23,195 de outros títulos de rendimento variável....................... 19 29 b) - Rendimento de participações.................... 347 125

a) - Custos com pessoal.................................................................14,546 16,170 c) - Rendimento de partes de capital em Dos quais: empresas coligadas....................................................... 0 0 (- salários e vencimentos)...................................... (10,676) (10,201) (- encargos sociais)............................................................ (3,500) (5,641) 3. Comissões............................................................................. 4,827 4,121 Dos quais: (- c/pensões).......................................................... (1,611) (3,893) 4. Lucros em operações financeiras............................... 2,623 7,175

b) - Outros gastos administrativos.............................. 8,314 7,025 5. Reposições e anulações respeitantes a correcções de valor relativas a créditos

5. Amortizações do exercício........................................... 2,624 2,440 e provisões para passivos eventuais e para compromissos.................................................................... 4,348 3,718

6. Outros custos de exploração........................................ 316 139 6. Reposições e anulações respeitantes a

7. Provisões para crédito vencido e para outros correcções de valor relativas a valores riscos...................................................................................... 9,653 7,274 mobiliários que tenham o carácter de

imobilizações financeiras, a participações 8. Provisões para imobilizações financeiras.............................. 4 0 e a partes de capital em empresas coligadas.......................... 53 0

10. Resultado da actividade corrente..................... 11,049 9,380 7. Outros proveitos de exploração.................................. 5,112 5,010

11. Perdas extraordinárias.................................................. 2,701 795 8. Resultado da actividade corrente............................... 0 0

13. Impostos sobre lucros.................................................... 2,826 2,249 9. Ganhos extraordinários.................................................. 2,293 656

14. Outros impostos................................................................ 279 227 11. Resultado do exercicio................................................... 0 0

15. Resultado do exercício............................… 7,536 6,765

TOTAL....................................................................................... 119,318 73,829 TOTAL....................................................................................... 119,318 73,829

* Inclui a Sucursal Financeira Exterior "Off-shore" na Zona Franca de S.Maria e de Cayman. O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Horácio da Silva RoqueServiço de Contabilidade Presidente

Joaquim Filipe Marques dos Santos António Manuel Rocha Moreira

Maria Fernanda T. Ramos de La Cerda Gomes Carlos David Duarte de Almeida Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo da Silva Vieira

6.1- Balanço e D

emonstração de R

esultados

Page 42: BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A

6.2. Inventário de Títulos e de Participações Financeiras em 31de Dezembro de 2002

(em euros)VALOR VAL. MÉDIO VALOR VALOR

NATUREZA E ESPÉCIE DOS TÍTULOS QUANT DE DE DENOMINAL AQUISIÇÃO COTAÇÃO BALANÇO

A. TÍTULOS - NEGOCIAÇÃO 0.00

Títulos de rendto.fixo - emitidos por residentes 0.00

De dívida pública portuguesa............................................................ - A curto prazo ......………………...............………………………………………………….........................…………............. - A médio e longo prazos...................................................................

De outros emissores públicos nacionais.............................................................................. - A curto prazo.............……………………………………….......................................……………........………………………………………………… - A médio e longo prazos.................................................................

De outros residentes.....................................………......................... - A curto prazo.....................................……...............………........ - A médio e longo prazos.......................……....................................................

Títulos rendto. fixo-emitidos por não residentes 0.00

De emissores públicos estrangeiros...……………………………………………………………….…….......………………….........………………..… - A curto prazo................................................…………................ - A médio e longo prazos........................................…………....................

De organismos financeiros internacionais……………….............………………...

De outros não residentes..............................………….................... - A curto prazo......................................……………….......................... - A médio e longo prazos............................………….........................................

Valores de rendimento variável 0.00

Emitidos por residentes...................................……….......................... - Acções....................................................……............……........

- Quotas...............................................................……................................................................... - Títulos de Participação...............………………………………………….......……..............………..... - Unidades de Participação......................…………….............………………... - Outros valores.....................................…………............…………….....…

Emitidos por não residentes........................…………………….............……………….. - Acções.............................................................………................................................................. - Quotas................................................................…....................... - Títulos de Participação……………………………………............………….............................………………………………………….... - Unidades de Participação..........…………........................................ - Outros valores....................................................…...........................

Títulos subordinados 0.00

- A curto prazo.........................…………………………………………..............…………………………………………..………………………………………..…….………….. - A médio e longo prazos............………….........................................................

Títulos próprios 0.00

De rendimento fixo........................................................................................ - A curto prazo...................................................………....................... - A médio e longo prazos............………….........................................................

De rendimento variável...................…………............................................... - Acções ..........................................................………....................... - Títulos de participação ................…………….......................................................... - Outros títulos..............................…….…………………........………….........

Page 43: BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A

6.2. Inventário de Títulos e de Participações Financeiras em 31de Dezembro de 2002

(em euros)VALOR VAL. MÉDIO VALOR VALOR

NATUREZA E ESPÉCIE DOS TÍTULOS QUANT DE DE DENOMINAL AQUISIÇÃO COTAÇÃO BALANÇO

B. TÍTULOS - INVESTIMENTO 43,988,954.73

Títulos de rendto. fixo - de emissores públicos 16,299,870.45

De dívida pública portuguesa............................................................................ 13,141,339.84 - A curto prazo....................................……………..............……….............................................. - A médio e longo prazos ............................................................................................ 13,141,339.84 Obrig. Tes. O.T. Fevereiro/1997-2007 521,243,900 EUR 0.01 107.94% 112.00% 5,626,207.62 Obrig. Tes. O.T. Setembro/1998-2013 498,798,000 EUR 0.01 105.68% 108.33% 5,271,132.66 Obrig. Tes. O.T. Agosto/1999-2004 221,083,700 EUR 0.01 101.50% 101.50% 2,243,999.56

De outros emissores públicos nacionais...……………..............…………... 3,158,530.61 - A curto prazo.....................................................……....................... - A médio e longo prazos................................................................................. 3,158,530.61 Obrig. GRA/1992-2005 - 1ª Emissão 19,951,916 EUR 0.0083 99.69% 99.56% 165,743.23 Obrig. GRA/1993-2005 - 1ª Emissão 199,519,159 EUR 0.01 100.00% 100.00% 1,995,191.59 Obrig. GRA/1996-2006 99,759,579 EUR 0.01 100.00% 100.17% 997,595.79

De emissores públicos estrangeiros.........……………...............………....................... 0.00 - A curto prazo.......................……………………..........................………………………..…….................................................... - A médio e longo prazos..................................................................................

Títulos de rendto. fixo - de outros emissores 15,403,983.31

Emitidos por residentes...................………................................................. 13,620,481.69 - A curto prazo.................................................................................... 5,450,000.00 Papel Comercial EDA-ELECTRICIDADE DOS AÇORES 20ª EM 2,500,000 EUR 1.00 2,500,000.00 MUNDILEASING- SOC LOC FINANCEIRA 3ª EM 1,200,000 EUR 1.00 1,200,000.00 SOMAGUE ENGENHARIA S A 17ª EM 750,000 EUR 1.00 750,000.00 LISGRÁFICA 23ª EM 1,000,000 EUR 1.00 1,000,000.00

- A médio e longo prazos...............………….................................................... 8,170,481.69 Obrig. Cx. Banif Europa Rend. Garant.-2003 15,225 EUR 50.00 100.00% 761,250.00 Obrig. Cx. BNC/1999-2003 5,000 EUR 50.00 100.00% 99.80% 250,000.00 Obrig. Cx. CEMG/1998-2003 99,759,579 EUR 0.01 100.00% 99.85% 997,595.79 Obrig. EDP/1996-2006 - 22ª Emissão 30,925,470 EUR 0.01 100.00% 99.94% 309,254.70 Obrig. Imoloc/1998-2003 135,000 EUR 1.87 100.00% 252,444.45 Obrig. Petrogal, SA./1994-2004 -1ª Emissão 49,879,790 EUR 0.01 100.00% 99.75% 498,797.90 Obrig. Petrogal, SA./1996-2003 -1ª Emissão 24,939,895 EUR 0.01 100.00% 100.00% 249,398.95 Obrig. Petrogal, SA./1996-2003 -2ª Emissão 52,348,839 EUR 0.01 100.00% 99.98% 523,488.39 Obrig. Sonae Industria/1998-2003-C/ Warrants 2,487,006 EUR 0.01 100.00% 99.00% 24,870.06 Obrig. Modelo Continente/1995-2003 24,939,895 EUR 0.005 100.00% 99.84% 124,699.47 Obrig. Mundicenter/1997-2004 100,000 EUR 4.99 100.00% 99.90% 499,000.00 Obrig. Fnacinveste/91 38,761,585 EUR 0.01 100.00% 0.00% 387,615.85 Obrig. Cobre/87 - Série A 2,493,989 EUR 0.01 100.00% 0.00% 24,939.89 Obrig. Agerg 2,493,989 EUR 0.01 100.00% 0.00% 24,939.89 Topinvest/98 1ª Serie 5 EUR 498,797.90 100.00% 2,493,989.50 Topinvest/98 3ª Serie 3 EUR 249,398.95 100.00% 748,196.85

Emitidos por não residentes............……………………………….………………...……………...............…………………………………………..... 1,783,501.62 - Por organismos financeiros internacionais…………...………………….............................. 1,284,703.72 Obrig. BEI/1996-2006 74,819,685 EUR 0.01 106.28% 114.75% 795,207.11 Obrig. BEI/1999-2007 49,600,000 EUR 0.01 98.69% 107.30% 489,496.61

- Por outros não residentes……………………….............................................. 498,797.90 - A curto prazo..................................................……............. - A médio e longo prazos...................................…........................................... 498,797.90 Obrig. Bayerische Hypoteken/1997-2007 49,879,790 EUR 0.01 100.00% 498,797.90

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6.2. Inventário de Títulos e de Participações Financeiras em 31de Dezembro de 2002

(em euros)VALOR VAL. MÉDIO VALOR VALOR

NATUREZA E ESPÉCIE DOS TÍTULOS QUANT DE DE DENOMINAL AQUISIÇÃO COTAÇÃO BALANÇO

Valores de rendimento variável 11,138,563.73

Emitidos por residentes..............…………………………..…....................................... 5,551,961.23 - Acções............................................……................................ 1,509,733.64 PORTUGAL TELECOM 18,495 EUR 1.00 EUR 9.05 EUR 6.55 167,367.59 INAPA 90,000 EUR 4.99 EUR 5.47 EUR 3.82 492,600.00 EDP - NOM 100,000 EUR 1.00 EUR 3.01 EUR 1.59 300,650.00 PT MULTIMÉDIA 5,250 EUR 1.00 EUR 13.86 EUR 10.02 72,765.00 SONAE SGPS - NOM 106,000 EUR 1.00 EUR 0.98 EUR 0.40 103,380.00 IMPRESA SGPS - NOM 20,270 EUR 1.00 EUR 7.00 EUR 1.90 141,809.00 SEMAPA SGPS 58,265 EUR 1.00 EUR 3.97 EUR 3.30 231,162.05

- Quotas................................................……………………….…………......……………………... - Títulos de participação..……………………………….............................……...... - Unidades de participação......................……………………………………...………….……...………………………………………………….. 4,042,227.59 Banifundo Obrig. Brasil 99,759 EUR 5.00 EUR 5.00 EUR 5.214 498,795.00 Banifundo Estratégia Conservadora 29,927 EUR 5.00 EUR 5.00 EUR 4.876 149,635.00 Banifundo Estratégia Equilibrada 19,951 EUR 5.00 EUR 5.00 EUR 3.712 99,755.00 Banifundo Estratégia Agressiva 9,975 EUR 5.00 EUR 5.00 EUR 2.374 49,875.00 Banifundo Euro Acções 299,278 EUR 5.00 EUR 5.00 EUR 1.848 1,496,390.00 Banif Imogest 69,805 EUR 24.94 EUR 25.04 EUR 27.175 1,747,777.59

- Outros valores.........................................……...........................................

Emitidos por não residentes..................……..................................................... 5,586,602.50 - Acções............................................……....….......................

- Quotas................................................……………………….…………......……………………... - Títulos de participação..……………………………….............................……...... - Unidades de participação......................……………………………………...………….……...………………………………………………….. 1,896,595.79 Portugal Equity Fund 1,000 EUR 100.00 EUR 100.00 EUR 79.16 100,000.00 European Equity Fund 1,000 EUR 100.00 EUR 100.00 EUR 69.31 100,000.00 European Bond Fund 3,000 EUR 100.00 EUR 100.00 EUR 105.75 300,000.00 European Money Market Fund 3,000 EUR 100.00 EUR 100.00 EUR 101.91 300,000.00 Balanced Strategy Fund 1,500 USD 100.00 USD 100.00 USD 90.19 143,034.23 Aggressive Strategy Fund 1,000 USD 100.00 USD 100.00 USD 75.99 95,356.16 Conservative Strategy Fund 2,000 USD 100.00 USD 100.00 USD 102.25 190,712.31 Brasilian Equity Fund 1,000 USD 100.00 USD 100.00 USD 57.88 95,356.16 Brasilian Bond Fund 3,000 USD 100.00 USD 100.00 USD 88.43 286,068.47 Brasilian Money Market Fund 3,000 USD 100.00 USD 100.00 USD 102.84 286,068.47

- Outros valores.........................................……................................... 3,690,006.71 Obrig. Atlantes nº1 Residual Certificates 270,000,000 EUR 0.01 57.03% 1,539,924.59 Atlantes Finance nº 2 Class D 91 EUR 23,627.28 100.00% 2,150,082.12

Títulos subordinados 1,146,537.24

- A curto prazo.....…………………………….........................….........…………….. - A médio e longo prazos................……............................................................ 1,146,537.24 Obrig. Cx. Sub. BCP/1995-2005 74,819,685 EUR 0.01 99.93% 99.00% 747,653.66 Obrig. Cx. Sub. ESSI/1996-2006 8,000 EUR 49.88 99.96% 99.75% 398,883.58

Títulos próprios 0.00

De rendimento fixo..........................……..................................................... - A curto prazo............................…......…………………………….....………………........……. - A médio e longo prazos..............…............…………………….................... De rendimento variável.....................…….................................................... - Acções....................………………………..................…….........……………........…….. - Títulos de participação................…….................................................. - Outros títulos...........…………………................….............…………........….

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6.2. Inventário de Títulos e de Participações Financeiras em 31de Dezembro de 2002

(em euros)VALOR VAL. MÉDIO VALOR VALOR

NATUREZA E ESPÉCIE DOS TÍTULOS QUANT DE DE DENOMINAL AQUISIÇÃO COTAÇÃO BALANÇO

C. TÍTULOS A VENCIMENTO 0.00

De emissores públicos 0.00 De dívida pública portuguesa........……………………………………………………………………...…………………………………..………...................... - A curto prazo..........................…………………….....................……... - A médio e longo prazos...........…………………...............................................

De outros emissores publicos nacionais...…………………………………………….….……………………………..…………........ - A curto prazo.....................................………………….………...............…........................... - A médio e longo prazos.......................………………………………………..……………..…………......………………………………….....

De emissores publicos estrangeiros…………………………………………..…................................... - A curto prazo..........................…………….........................…............. - A médio e longo prazos............…………………..............................................

De outros emissores 0.00 Emitidos por residentes................……………............................................. - A curto prazo..........................……………........................…............. - A médio e longo prazos............……………......................................................

Emitidos por não residentes.........………………................................................ -Por organismos financeiros internacionais..…………………………………………..…………………………………….…...…………............. -Por outros não residentes.........................…………………………….………………………..……….…………………………………......... - A curto prazo................................…................................................ - A médio e longo prazos.....……………………………….....................................

D. IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS 5,737,411.12

Participações 5,737,411.12 - Em instituições de crédito no País..………………................................................................ 0.00

- Em instituições de crédito no Estrangeiro..……………………………………………………..…………………………...……………………………………………………….......

- Em outras empresas no País....……………………………………………………………...………………………........………………………………………............... 5,631,153.78 Atlântico Clube Int. Férias Açores 250 EUR 4.99 EUR 4.99 1,246.99 Cabo TV Açoreana, SA 66,000 EUR 5.00 EUR 5.39 355,543.14 CINAÇOR-Soc. Teatro e Cinema Açores,SA 20 EUR 1.25 EUR 4.99 99.76 NORMA Açores-Soc. Est. Apoio Des. Reg.,SA 10,000 EUR 5.00 EUR 4.99 49,879.79 SIBS-Soc. Interbancária de Serviços,SA 68,957 EUR 5.00 EUR 4.47 308,459.80 SOGEO-Soc. Geotermica dos Açores, SA 24,529 EUR 5.00 EUR 4.99 122,350.14 TRANSINSULAR (Açores)-Transp.M.Insul.,SA 2,000 EUR 5.00 EUR 5.49 10,973.55 UNICRE-Cartão Internacional de Crédito, SA 8,250 EUR 5.00 EUR 29.21 240,979.24 BANIF Açor-Pensões-Soc.Gest. F.Pensões, SA 40,000 EUR 5.00 EUR 6.01 240,267.01 Companhia de Seguros Açoreana, SA 1,020,000 EUR 5.00 EUR 4.22 4,301,354.36

- Em outras empresas no Estrangeiro......………………................................................ 106,257.34 BANIF & COMERCIAL DOS AÇORES, INC.-Fall River 100,000 USD 1.00 95,356.15 95,356.15 COMERCIAL DOS AÇORES, INC.-S.José Calif. 100 USD 1.00 95.36 95.36 S.W.I.F.T. 1 EUR 125.00 EUR 718.89 718.89 EURONEXT NV 103 EUR 1.00 EUR 0.84 86.94 BANIF-INFORMATION AND TECHNOLOGY,LTD 10,000 EUR 1.00 EUR 1.00 10,000.00

Partes de Capital em empresas coligadas - Em instituições de crédito no País....…………………………….…….....…………………….....… - Em instituições de crédito no Estrangeiro……………....………………………........................ - Em outras empresas no País...............……………………………………………………...……………...………..………………………………………... - Em outras empresas no estrangeiro.......……………………………………………………………….…...….....………………………………………. - Outras imobilizações financeiras…………………………………........…..………………………………...………………….……

T O T A L . . . 49,726,365.85

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IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS E INCORPÓREAS

(em euros)

SALDO DO EXERCÍCIO AUMENTOS AMORTIZAÇÕES ABATES VALOR

CONTAS ANTERIOR TRANSFERÊNCIAS DO REGULARIZ. LÍQUIDOAMORTIZAÇÕES REAVALIAÇÕES EXERCÍCIO LÍQUIDO EM 31.12.02

VALOR BRUTO ACUMULADAS AQUISIÇÕES (LÍQUIDO)

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS 4,586,667.79 3,264,997.00 266,059.14 0.00 351,557.90 725,040.61 0.00 0.00 1,214,247.22

Trespasses 0.00Despesas de estabelecimento 0.00Custos plurianuais 1,868,744.94 1,293,606.70 67,049.30 214,547.95 293,472.75 0.00 563,262.74Despesas de investigação e desenvolvimento 701,920.01 233,973.36 0.00 137,009.95 279,643.32 325,313.28Sistemas de tratamento automático de dados (Software) 1,932,054.78 1,694,641.65 199,009.84 0.00 129,466.66 0.00 306,956.31Outras 83,948.06 42,775.29 0.00 22,457.88 0.00 18,714.89

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 39,404,698.26 18,255,055.14 2,933,921.02 0.00 1,077,869.09 1,898,731.96 0.00 3,573,346.33 19,689,354.94

Imóveis de serviço próprio 19,996,580.90 3,335,347.57 1,956,488.90 703,742.48 343,321.30 0.00 3,568,598.94 15,409,544.47Despesas em edifícios arrendados 686,157.09 303,640.03 67,974.86 27,279.22 69,409.55 0.00 408,361.59Outros imóveis 10,622.87 10,622.87 0.00Equipamento 18,622,179.61 14,605,444.67 903,594.57 346,847.39 1,486,001.11 0.00 4,747.39 3,776,428.40Património artístico 88,983.21 5,862.69 0.00 94,845.90Outras imobilizações corpóreas 174.58 174.58

IMOBILIZAÇÕES EM CURSO 1,633,484.16 0.00 424,655.44 0.00 -1,429,426.99 0.00 -41,233.75 0.00 587,478.86

Imobilizações incorpóreas 351,557.90 -351,557.90 0.00Imóveis 976,632.77 355,544.55 -842,433.64 489,743.68Equipamento 470.90 470.90Património artístico 0.00Outras imobilizações corpóreas 305,293.49 68,639.99 -235,435.45 -41,233.75 97,264.28Adiantamentos por conta de imobilizações 0.00 0.00 0.00

TOTAIS 45,624,850.21 21,520,052.14 3,624,635.60 0.00 0.00 2,623,772.57 -41,233.75 3,573,346.33 21,491,081.02

6.3. Imobilizações C

orpóreas e Incorpóreas

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6.4 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

31 de Dezembro de 2002 (expressas em milhares de euros)

No cumprimento das normas emanadas pelo Banco de Portugal relativamente aos elementos para publicação oficial explicitam-se a seguir, pela ordem especificada na Instrução 4/96, as informações sobre as rubricas mencionadas no Balanço e na Demonstração de Resultados.

1. Não foram efectuados quaisquer ajustamentos aos valores publicados no exercício anterior.

2. Não existem situações de ambiguidade ou incorrecção quanto à sua relevação contabilística.

3. As demonstrações financeiras foram elaboradas segundo a convenção contabilística do custo histórico, modificada pela reavaliação das imobilizações corpóreas, em conformidade com o Plano de Contas para o Sistema Bancário, estabelecido pelo Banco de Portugal na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo artº 115º do Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, e de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites.

As demonstrações financeiras integram as operações realizadas pelas Sucursais Financeiras da Zona Franca de S. Maria (Offshore) e de Cayman, o que representa a actividade global do Banco. Todos os saldos e transacções entre a Sede e as Sucursais foram eliminados no processo de combinação das respectivas demonstrações financeiras.

Os princípios contabilísticos mais significativos, utilizados na preparação das demonstrações financeiras são os a seguir indicados:

a) Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e os proveitos são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização do exercício. Nos termos das normas estabelecidas pelo Banco de Portugal, os juros sobre crédito vencido são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos, com excepção dos juros de créditos sobre ou com garantia das entidades indicadas no Aviso nº3/95.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os Activos e Passivos expressos em moeda estrangeira são contabilizados de acordo com os seguintes critérios:

Posição à vista

Constituída pelo saldo líquido de activos e passivos da mesma moeda, resultados em moeda estrangeira e operações à vista a aguardar liquidação.

A posição à vista é reavaliada diariamente ao câmbio médio informativo do Banco de Portugal e as diferenças cambiais apuradas são registadas mensalmente como custos ou proveitos do exercício.

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Notas e moedas estrangeiras

As notas e moedas estrangeiras são reavaliadas diariamente com base nos câmbios médios indicativos divulgados pelo Banco de Portugal.

As diferenças cambiais apuradas são registadas mensalmente como custos ou proveitos do exercício.

c) Juros

Os juros decorrentes das operações activas e passivas são contabilisticamente relevados como Proveitos e Custos dia a dia, independentemente do momento do seu vencimento. Não são registados em Proveitos juros sobre crédito vencido, até que a cobrança dos mesmos se efective, com excepção dos juros de créditos sobre ou com garantia das entidades indicadas no Aviso nº3/95. Também não são registados em Proveitos os juros vencidos e não pagos desse crédito, com antiguidade superior a 90 dias.

d) Imóveis e Equipamento

As imobilizações corpóreas são registadas pelo custo de aquisição e líquidas de amortizações. Algum imobilizado corpóreo encontra-se registado ao custo, reavaliado ao abrigo das disposições legais aplicáveis.

As amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo são calculadas pelo método das quotas constantes, em duodécimos, de acordo com o disposto no Aviso nº9/94, de 2 de Novembro.

e) Provisões

Foram constituídas as provisões impostas pelo Aviso nº3/95, Aviso nº4/2002 e Instrução nº27/2000 do Banco de Portugal, para riscos específicos de crédito, riscos gerais de crédito, menos-valia de títulos e imobilizações financeiras, risco país e menos-valia de outras aplicações.

f) Bens Obtidos por Recuperação de Créditos

Os imóveis e outros bens arrematados, obtidos por recuperação de créditos vencidos, são registados em “Outros Activos” pelo valor de arrematação, por contrapartida da respectiva conta de crédito vencido.

Caso o valor de mercado dos bens recuperados seja inferior aos montantes registados nesta rubrica, as respectivas menos valias são integralmente provisionadas.

g) Fundo de Garantia de Depósitos

Em Novembro de 1994, foi criado o Fundo de Garantia de Depósitos, cujo objectivo é garantir os depósitos constituídos nas Instituições de Crédito, de acordo com os limites estabelecidos no Regime Geral das Instituições de Crédito. As contribuições iniciais para o Fundo, fixadas por Portaria do Ministério das Finanças, efectuadas através da entrega de títulos de depósito, foi amortizada por um período de 60 meses.

Adicionalmente, as contribuições anuais regulares para o Fundo são reconhecidas como custo do exercício a que se referem.

4. Não existem derrogações dos critérios valorimétricos definidos pelo Plano de Contas em vigor.

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5. A avaliação efectuada no Balanço não difere, significativamente, das avaliações que têm por base o último preço de mercado conhecido antes da data de encerramento de contas.

6. As empresas nas quais o Banco detém uma participação igual ou superior a 20% são as seguintes:

Nome e Sede Capital

Social %

Participação Valor Participação

Banif & Comercial Açores, INC

Fall River USA USD 100.000 100 % EUR 95.356,15

Comercial dos Açores INC

S.José Califórnia USA USD 100 100 % EUR 95,36

7. As “Obrigações e Outros Títulos de Rendimento Fixo” vencíveis em 2003, totalizam 8.634 mil euros e encontram-se discriminadas a seguir :

Títulos Vencíveis em 2003 Valor

Balanço OBRIGAÇÕES CAIXA CEMG 1998/2003 998OBRIGAÇÕES CAIXA BNC 1999/2003 250OBRIGAÇÕES CAIXA BANIF EUROPA REN.GAR. 761OBRIGAÇÕES PETROGAL, SA 1996/2003 1ª EMISSÃO 249OBRIGAÇÕES PETROGAL, SA 1996/2003 2ª EMISSÃO 524OBRIGAÇÕES MODELO CONTINENTE 1995/2003 125OBRIGAÇÕES IMOLOC 98/03 252OBRIGAÇÕES SONAE INDUSTRIA 1998/2003 25PAPEL COMERCIAL MUNDILEASING 3ª EMISSÃO 1.200PAPEL COMERCIAL EDA 20 ª EMISSÃO 2.500PAPEL COMERCIAL SOMAGUE ENGENHARIA SA 750PAPEL COMERCIAL LISGRAFICA 23 ª EMISSÃO 1.000

8.634

8. CRÉDITOS SOBRE EMPRESAS PARTICIPADAS

COMPANHIA SEGUROS AÇOREANA SA 9NORMA AÇORES SA 770

9. CRÉDITOS SOBRE EMPRESAS COLIGADAS E ASSOCIADAS

Não aplicável.

10. Inventário Títulos da Sociedade, de acordo com o modelo do Banco de Portugal, Anexo III à Instrução nº 4/96, encontra-se inserido no ponto 6.2.

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11. Mapa Imobilizado da Sociedade, de acordo com o modelo do Banco de Portugal, Anexo IV à Instrução nº 4/96, encontra-se inserido no ponto nº 6.3.

12. Os activos com carácter subordinado, contabilizados na conta 255 - Títulos de Investimento, e com reflexo na rubrica 5b) do Balanço, referem-se a:

Obrig. Cx. Sub. BCP/1995-2005 748 Obrig. Cx. ESSI/1996-2006 399 1.147

13. Não existem activos cedidos com acordo de recompra.

14. OUTROS CRÉDITOS SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E CRÉDITOS SOBRE CLIENTES

OUTROS CRÉDITOS SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

O saldo dos outros Créditos sobre outras Instituições de Crédito decompõe-se da seguinte forma:

Dezembro 2002 Dezembro 2001 Aplicações em Instituições de Crédito no País

− Mercado Monetário Interbancário e Tit.Dep... 9.763 11.640 − Empréstimos ............................................….. 35.608 32.392 − Outras Aplicações ....................................….. 828.397 92.877

-------------- -------------- 873.768 136.909 Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro

− Empréstimos .............................................. - - − Outras Aplicações ...................................... - -

--------------- -------------- - - --------------- -------------- Saldo Bruto …………. 873.768 136.909

− Provisões .………….................................... - - --------------- -------------- Saldo Líquido …..….. 873.768 136.909

O escalonamento dos valores desta rubrica, por prazos residuais para o vencimento, apresenta-se da seguinte forma:

− Até 3 meses ................................................… 547.215 125.269 − De 3 meses a 1 ano ........................................ 321.356 1.877 − De 1 ano a 5 anos ...... ..................................... 5.197 9.763 − Mais de 5 anos ............................................... - - − Duração Indeterminada ……………………. - -

--------------- ---------------- 873.768 136.909

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CRÉDITOS SOBRE CLIENTES Dezembro 2002 Dezembro 2001 Esta rubrica tem a seguinte composição:

− Desconto Comercial ................................... 16.294 12.755 − Crédito Titulado por Efeitos ....................... 12.253 11.751 − Créditos em Conta Corrente ....................... 104.418 87.276 − Descobertos em D.O. ................................. 17.991 13.617 − Factoring .................................................... 60.916 53.675 − Outros Créditos .......................................... 590.537 500.525

---------------- ---------------- 802.409 679.599

− Crédito e Juros Vencidos ............................ 15.293 11.457 ---------------- ---------------- 817.702 691.056

− Provisões para Crédito, Juros Vencidos e

Crédito de Cobrança Duvidosa .................. 9.345 7.999 ---------------- --------------- 808.357 683.057

O escalonamento dos Créditos sobre Clientes por prazos de vencimento apresenta-se da seguinte forma:

Dezembro 2002 Dezembro 2001 − Até 3 meses ................................................. 157.859 65.436 − De 3 meses a 1 ano ..................................... 80.454 133.516 − De 1 ano a 5 anos ....................................... 118.714 151.582 − Mais de 5 anos ............................................ 445.382 329.065 − Duração indeterminada ............................... 15.293 11.457

(Crédito Vencido) ---------------- -------------- 817.702 691.056

15. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZADO Reavaliações ocorridas em exercícios anteriores

Rubrica Custo Histórico

Amort.acum. Históricas

Reavaliação Custo

Reavaliação Amortização

Diploma Legal

Imobilizado Financeiro 232 - 35 - Acções recebidas

gratuitamente por incorporação de reservas no Capital

Social

Imobilizado Corpóreo 8.864 1.583 2.566 411 D-L 31/98

Totais 9.096 1.583 2.601 411

Reavaliações ocorridas no exercício

Rubrica Custo Histórico

Reavaliação Amortização Mov. Cap. Próprios

Diploma Legal

Imobilizado Financeiro - - - - -

Imobilizado Corpóreo - - - - -

Totais - - - -

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Total de Reservas de Reavaliação : 2.190 mil euros.

Não existem amortizações excepcionais resultantes de medidas de carácter fiscal.

16. TRESPASSES, DESPESAS DE ESTABELECIMENTO E DESPESAS DE INVESTIGAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO.

Em 31 de Dezembro de 2002, encontram-se registados 839 mil euros relativos a despesas de investigação e desenvolvimento com “Procurement” da Nova Plataforma Bancária e Elaboração de Manuais Técnicos, de Procedimentos e Outros.

17. Não foram introduzidas quaisquer correcções ao Activo não imobilizado.

18. RECURSOS OBTIDOS

DÉBITOS PARA COM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

O saldo dos Débitos para com Instituições de Crédito decompõe-se da seguinte forma: Dezembro 2002 Dezembro 2001 À Vista

− No País ....................................................... 137 651 − No Estrangeiro ........................................... 19.264 300

---------------- -------------- 19.401 951 A Prazo ou com pré-aviso No País

− Mercado Monetário Interbancário ................ 150.000 19.000 − Depósitos a Prazo e outros recursos ............. 28.108 35.540

--------------- --------------- 178.108 54.540 No Estrangeiro

− Depósitos a Prazo e outros recursos ............. 1.412.520 172 --------------- -------------- 1.590.628 54.712 ---------------- ------------- 1.610.029 55.663 ========= ========

Quanto ao prazo residual para o vencimento, a situação apresenta-se da seguinte forma:

− Até 3 meses ................................................... 1.315.847 55.663 − De 3 meses a 1 ano ........................................ 294.182 - − De 1 ano a 5 anos .......................................... - - − Mais de 5 anos ............................................ - - − Duração indeterminada ............................... - -

---------------- ------------- 1.610.029 55.663

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DÉBITOS PARA COM CLIENTES

O saldo dos Débitos para com Clientes decompõe-se da seguinte forma: Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Depósitos de Poupança .................................. 54.264 51.976 − Depósitos à Ordem ........................................ 282.583 284.221 − Depósitos a Prazo .......................................... 424.132 446.146 − Cheques e Ordens a pagar .............................. 1.488 2.709 − Outros Recursos ............................................ 6 6

--------------- --------------- 762.473 785.058

Quanto ao prazo residual para o vencimento, a situação apresenta-se da seguinte forma:

Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Até 3 meses .................................................. 559.808 578.412 − De 3 meses a 1 ano ....................................... 202.617 206.614 − De 1 ano a 5 anos ......................................... 48 32 − Mais de 5 anos ............................................ - - − Duração indeterminada ............................... - -

---------------- ---------------- 762.473 785.058

DÉBITOS REPRESENTADOS POR TÍTULOS

Não existem débitos representados por títulos sobre empresas participadas e coligadas.

19. Não existem obrigações em circulação, para além dos empréstimos subordinados referidos na Nota 22.

20. DÉBITOS PARA COM EMPRESAS PARTICIPADAS

Os débitos para com empresas participadas são discriminados a seguir (valores em milhares de euros):

Companhia Seguros Açoreana 8.535 Banif Açor Pensões 5 Unicre 59 Transinsular 52 Sogeo 4 SIBS 1 Norma Açores 229 Cabo TV 961

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21. DÉBITOS PARA COM EMPRESAS COLIGADAS E ASSOCIADAS

Não aplicável.

22. Os passivos subordinados do BCA referem-se aos empréstimos de obrigações de caixa subordinadas no montante de 29.976 mil euros; e são os seguintes:

i ) Obrigações de Caixa Subordinadas BCA/98 Taxa Variável - 1998 - 2008

Em 27 de Novembro de 1998, o Banco emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 1.000.000 contos representado por 100.000 títulos de 10.000$00 cada.

Em 25 de Outubro de 2001, procedeu-se à redenominação deste empréstimo obrigacionista, passando esta emissão a estar representada por 498.797.897 obrigações de valor nominal de um cêntimo, no montante total de 4.987.978,97 euros.

Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 27 de Maio e 27 de Novembro e foram calculados, para o 1º cupão, com base na taxa de 4,5%, e para os cupões seguintes a taxa de juro nominal é a que resulta da média aritmética simples das taxas Lisbor a 6 meses, registadas nos últimos cinco dias úteis anteriores ao penúltimo dia útil anterior ao início do período semestral de contagem de juros, adicionada de 0,5% e arredondada para 1/16 do ponto percentual superior. As taxas dos 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º cupões foram, respectivamente, de 3,1875%, 4,0625%, 5,25%, 5,75%, 5,125%, 3,875%, 4,25% e 3,5625%. O empréstimo será amortizado ao par, de uma só vez, em 27 de Novembro de 2008, podendo ser reembolsado antecipadamente por opção do Banco (“call option”), mediante autorização prévia do Banco de Portugal, no vencimento do 10º, 12º, 14º, 16º e 18º cupões.

ii) Obrigações de Caixa Subordinadas BCA/00 Taxa Variável - 2000 - 2010 - 1ª Emissão

Em 23 de Outubro de 2000, o Banco emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 1.000.000 contos representado por 100.000 títulos de 10.000$00 cada.

Em 25 de Outubro de 2001, procedeu-se à redenominação deste empréstimo obrigacionista, passando esta emissão a estar representada por 498.797.897 obrigações de valor nominal de um cêntimo, no montante total de 4.987.978,97 euros.

Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 23 de Abril e 23 de Outubro e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao do início de cada período de contagem de juros, acrescida de 0,75%. A partir do 11º cupão (inclusive) e até ao final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 6 meses acrescida de 1,15%. As taxas de juro do 1º, 2º, 3º, 4º e 5º cupões foram de 5,847%, 5,369%, 4,249 %, 4,322% e 3,958%.

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iii) Obrigações de Caixa Subordinadas BCA/00 Taxa Variável - 2000 - 2010 - 2ª Emissão

Em 4 de Dezembro de 2000, o Banco emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 10.000.000 Euros representado por 200.000 títulos de 50 Euros cada.

Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 4 de Junho e 4 de Dezembro e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao do início de cada período de contagem de juros, acrescida de 0,75%. A partir do 11º cupão (inclusive) e até ao final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 6 meses acrescida de 1,15%. As taxas de juro do 1º, 2º, 3º ,4º e 5º cupões foram de 5,848%, 5,258% , 4,037%, 4,438% e 3,768%.

iv) Obrigações de Caixa Subordinadas BCA/02 Taxa Variável - 2002 - 2012

Em 25 de Setembro de 2002, o Banco emitiu Obrigações de Caixa Subordinadas no montante de 10.000.000 Euros representado por 200.000 títulos de 50 Euros cada.

Os juros destas obrigações vencem-se semestral e postecipadamente em 25 de Março e 25 de Setembro e são calculados, durante os cinco primeiros anos de vida do empréstimo, à taxa equivalente à Euribor a 6 meses, em vigor no segundo dia útil anterior ao do início de cada período de contagem de juros, acrescida de 0,75%. A partir do 11º cupão (inclusive) e até ao final da vida do empréstimo, a taxa de juro será a equivalente à Euribor a 6 meses acrescida de 1,15%. A taxa de juro do 1º cupão é de 4,022%.

23. RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Garantias e Avales Prestados ............................ 83.706 56.704 − Créditos Documentários Abertos ...................... 4.257 1.142 − Cartas de Crédito “Stand By” ........................... 1.124 4.996

---------------- ------------- 89.087 62.842

24. PENSÕES DE REFORMA E SOBREVIVÊNCIA

Os compromissos assumidos em matéria de pensões de reforma e respectivas coberturas encontram-se discriminadas na nota 49 deste Anexo às Contas.

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25. PROVISÕES

Saldo

em Dotações Utilizações Anulações

Transfe Ajust.

por Dif . Saldo em

31/12/01 E Reposições

rências Cambiais 31/12/02

Para Crédito Cobrança Duvidosa . 79 893 - 573 769 - 1.168 Aplicações em IC’s no País - - - - - - - Aplicações em IC’s no Estrangeiro - - - - - - - Empresas Participadas - - - - - - Empresas Coligadas - - - - - - Outros Créditos 79 893 - 573 769 - 1.168

Para Crédito e Juros Vencidos .... 7.907 5.591 3.623 996 -769 - 8.110 Aplicações em IC’s no País - - - - - - - Aplicações em IC’s no Estrangeiro - - - - - - - Empresas Participadas - - - - - - - Empresas Coligadas - - - - - - - Outros Créditos 7.907 5.591 3.623 996 -769 - 8.110 Para Títulos Rend.Fixo Vencidos 437 - - - - - 437 Para Depreciação de Títulos 1.538 1.583 198 1.126 - - 1.797 Para Outras Aplicações 621 76 20 8 - - 669 Para Imobilizações Financeiras 51 4 - 52 - - 3 Para Riscos Gerais de Crédito .... 7.238 1.454 - 394 - - 8.298 Para Riscos Bancários Gerais . ... 688 - - - -224 - 464 - Para Risco País…………. 1.263 56 - 1.252 - - 67 Disponibilidades .... - - - - - - - Crédito Concedido. 13 56 - 2 - - 67 Títulos …………. 1.250 - - 1.250 - - - Outros ......………………. - - 150 - 224 - 74

Para Pensões de Reforma e Sobrevi. - - - - - - -

19.822 9.657 3.991 4.401 - - 21.087

26. Títulos de Negociação, de Investimento e Participações Financeiras

Os Títulos de Negociação de Rendimento Fixo são registados pelo valor de aquisição e reavaliados diariamente com base na cotação de mercado, capital mais juros corridos. Na ausência de cotação, o valor da componente capital corresponde à diferença entre o valor de aquisição e os juros corridos, calculados à taxa nominal. Os Títulos de Negociação de Rendimento Variável que fazem parte dos índices BVL 30 ou PSI 20, são igualmente registados pelo valor de aquisição e reavaliados diariamente com base na cotação do mercado. As diferenças de reavaliação apuradas são registadas em Contas de Proveitos ou Custos por Natureza. Se os títulos não estiverem inseridos nos indicadores (BVL30 e PSI20) então as diferenças entre o custo de aquisição e o seu

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valor de mercado são registadas em Contas Internas e de Regularização e só são relevadas em Custos ou Proveitos após a efectivação da venda.

Os Títulos de Investimento de Rendimento Fixo, emitidos com base no valor nominal, são registados pelo valor de aquisição e os emitidos a valor descontado são registados pelo valor de reembolso (nominal).

Os Títulos de Investimento de Rendimento Variável e as Participações Financeiras, são mantidos ao custo de aquisição. As menos valias resultantes da diferença entre o valor contabilístico e o valor de mercado estão integralmente cobertas por provisões.

26-A) Não existem Títulos a Vencimento que tenham sido alienados ou transferidos durante este exercício, e antes do seu vencimento, para outras rubricas de Títulos.

27. CONTAS DE REGULARIZAÇÃO ACTIVAS ACTIVAS Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Proveitos a Receber ..................................... 12.599 4.759 − Despesas com Custo Diferido ...................... 9.932 11.054 − Outras Contas de Regularização .................. 3.119 3.711 − Flutuação de Valores.................................... 4.658 2.939

------------- ---------- 30.308 22.463

PASSIVAS Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Receitas com Proveito Diferido .................... 504 452 − Custos a Pagar ............................................. 13.847 5.272 − Responsabilidades c/Férias e Sub.Férias ....... 1.642 1.541 − Outras Contas de Regularização .................. 5.574 4.540

--------------- --------------- 21.567 11.805

28. CARTEIRA DE TÍTULOS

OBRIGAÇÕES E OUTROS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO

A composição desta rubrica encontra-se discriminada no Inventário de Títulos e Participações Financeiras, incluída neste Relatório.

Sinteticamente, a composição é a seguinte: Dezembro 2002 Dezembro 2001 Obrigações Emitidas Emissores Públicos: Títulos de Dívida Pública Portuguesa ................. 13.141 16.037 Obrigações de O/Emissores Públicos ………..... 3.159 3.190 -------------- -------------- Saldo Bruto 16.300 19.227 Provisões ....................................................... - 264 -------------- --------------- Saldo Líquido 16.300 18.963

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Obrigações Emitidas por Outros Emissores, Residentes: − Obrigações de Caixa Subordinadas................ 1.147 2.945 − Outras Obrigações, não Vencidas .................. 7.733 11.201 − Papel Comercial ............................................ 5.450 3.750 − Outras Obrigações, Vencidas ......................... 437 437

-------------- ----------- 14.767 18.333

Obrigações Emitidas por Outros Emissores, não Residentes: − Obrigações de Caixa Subordinadas.............. - - − Outras Obrigações, não vencidas ….…….... 1.783 6.796 − Papel Comercial ………………………….... - -

-------------- -------------- 1.783 6.796 Saldo Bruto 16.550 25.129 Provisões ................................................... 513 1.731 --------------- -------------- Saldo Líquido 16.037 23.398

ACÇÕES E OUTROS TÍTULOS DE RENDIMENTO VARIÁVEL

A composição desta rubrica do Balanço encontra-se discriminada no Inventário de Títulos e Participações Financeiras incluída neste Relatório, sendo:

Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Acções, emitidas por Residentes ...................... 1.510 1.510 − Unidades de Participação emitidos por Residentes 4.042 4.290 − Acções, emitidas por Não Residentes .............. - 146

− Unidades de Participação, Não Residentes ...... 1.897 -

− Outros Títulos ……………………………….. 3.690 1.893 --------------- -------------- Saldo Bruto 11.139 7.839

− Provisões ....................................................... 1.721 1.230 --------------- --------------

Saldo Líquido 9.418 6.609

a) As diferenças, em 31 de Dezembro de 2002, entre o valor contabilístico dos Títulos de Investimento e o seu valor nominal, apresenta-se da seguinte forma:

− Títulos emitidos por valor inferior ao

valor de reembolso .........................……… - - Títulos adquiridos por valor superior ao seu valor nominal ...................................... 777 mil euros − Títulos adquiridos por valor inferior ao

seu valor nominal ...................................... 8 mil euros − Títulos a vencimento, alienados antes do

respectivo reembolso ................................. -

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b) As Provisões para Obrigações e outros Títulos de Rendimento Fixo decompõem-se, em 31/12/02, da seguinte forma:

Títulos Vencidos OB. AGERG 25OB.FNACINVESTE/91 387OB.COBRE/87 –SÉRIE 25 De outros emissores – residentes OB. BNC 1999/2003 1OB. CEMG/98 1OB. IMOLOC 1998/2003 63OB.PETROGAL 1994/2004 1ª EM. 1OB.MUNDICENTER 1997/2004 1OB.CAIXA SUB BCP 95/2005 8OB.CAIXA SUB ESSI 96/2006 1Total de Provisões 513

As provisões para depreciação de Títulos de Rendimento Variável decompõem-se, em 31/12/02, da seguinte forma, em milhares de euros:

Acções Emitidas por Residentes PORTUGAL TELECOM 46IMPRESA SGPS 103SONAE SGPS 61PT MULTIMEDIA 20SEMAPA SGPS 39EDP NOM 142INAPA 149 Unidades de Participação - residentes BANIFUNDO ESTRATÉGIA AGRESSIVA 26BANIFUNDO ESTRATÉGIA CONSERVADORA 4BANIFUNDO ESTRATÉGIA EQUILIBRADA 26BANIFUNDO EURO ACÇÕES 943 Unidades de Participação - não residentes EUROPEAN EQUITY FUND 31PORTUGAL EQUITY FUND 21BALANCE STRATEGY FUND 14AGGRESSIVE STRATEGY FUND 23BRAZILIAN EQUITY FUND 40BRAZILIAN BOND FUND 33

Total de Provisões 1.721

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As diferenças, em 31 de Dezembro de 2002, entre o valor contabilístico dos Títulos de Investimento e o seu valor de mercado, apresenta-se da seguinte forma:

− Títulos adquiridos por valor superior ao valor de mercado ........................................ 452 mil euros − Títulos adquiridos por valor inferior ao

valor de mercado ...................................... 76 mil euros

c) Não existem títulos em carteira de negociação.

d) Não existem títulos em carteira de negociação.

29. Não foram subscritas acções no ano de 2002.

30. A Região Autónoma dos Açores, na qualidade de accionista do Banco com 15% do Capital Social, detém direitos especiais, estipulados no Decreto-Lei nº 91/95, de 9 de Maio, dos quais se destacam o direito de veto em deliberações da Assembleia Geral, referido no artigo 5º deste decreto e o poder de designar um dos membros do Conselho de Administração.

31.

OUTROS ACTIVOS Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Devedores ................................................... 8.285 3.137 − Ouro e O/Materiais Preciosos, Numismá- tica, Medalhística e O/Disponibilidades ... 346 540 − Imóveis não afectos ao serviço.................... 4.889 5.230 − Outras Aplicações ....................................... 3 4

------------- --------------- 13.523 8.911

OUTROS PASSIVOS Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Exigibilidades Diversas ................................. 3.537 3.173 − Credores ......................................................... 455 1.075 − Fornec.de Imobilizado em Locação ............... 123 247 − Outros Passivos .......... ................................... 1.591 3.440

------------- --------------- 5.706 7.935

32. Fundos que administra em nome próprio, mas por conta de outrem

O Banco não administra quaisquer fundos em nome próprio, mas por conta de outrem.

33. Contratos por vencer, bem como as posições em aberto com contratos de derivados.

Não existem operações desta natureza.

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34. O numero efectivo médio de trabalhadores ao serviço do BCA foi de 449.

O BCA apresentava, no final do exercício de 2002, o seguinte quadro de pessoal distribuído pelas várias categorias profissionais:

Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Direcção ......................................................... 22 21 − Técnicos ......................................................... 19 20 − Quadros Intermédios ....................................... 112 114 − Administrativos................................………… 282 280 − Outros………………… .................................. 16 16

-------- -------- 451 451 Nr. Médio de efectivos no ano………………………… 449 452,5

CUSTOS COM O PESSOAL Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização ............................................. 968 926

− Remuneração de Empregados .................... 9.708 9.275 − Encargos com Pensões ............................... 1.611 3.893 − Outros Encargos ......................................... 2.259 2.076

------------- -------------- 14.546 16.170

35. As remunerações dos Órgãos de Administração e Fiscalização, eleva-se a 949,4 mil euros, em 31 de Dezembro de 2002

Os membros do Conselho de Administração do BCA, auferiram uma remuneração total de 927,8 mil euros.

Os membros do órgão de fiscalização do Banco (excluindo o respectivo ROC) auferiram uma remuneração total de 21,6 mil euros.

Não existem quaisquer créditos concedidos aos membros destes órgãos, para além dos que resultam de políticas de pessoal e para fins sociais.

36. O Banco não dispõe de serviço de gestão e representação de terceiros com dimensão significativa.

37. Os Activos e Passivos expressos em moeda estrangeiras, em 31 de Dezembro de 2002, correspondem a 318.490 e 317.744 mil euros, respectivamente.

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38. DISTRIBUIÇÃO DOS PROVEITOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS

POR MERCADOS SECTORIAIS

2002 2001 VALOR % VALOR % Comércio, Restaurantes e Hotéis 1.238 1,10 530 0,76 Industrias Transformadoras 382 0,34 405 0,58 Serviços 3.277 2,91 2.544 3,66 Construção e Obras Públicas 5.708 5,07 2.556 3,68 Transportes e Comunicações 3.309 2,94 2.534 3,65 Particulares 32.272 28,65 43.215 62,22 Outros Sectores 66.438 58,99 17.671 25,44

39.

OUTROS CUSTOS DE EXPLORAÇÃO Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Donativos e Quotizações ............................ 72 104 − Custos de Avaliações .................................. - - − Menos valias venda Imobiliz. de Locação Financeira ................................................... - - − Outros ......................................................... 244 35

------------ ------------ 316 139

S.F.I. OFFSHORE e CAYMAN

CONTINENTE

RAA Total

Juros e Proveitos Equiparados .............. 52.408 2.066 45.222 99.696 Rendimentos de Títulos de Rendimento Variável ................................................ - - 366 366 Comissões ............................................. - 55 4.772 4.827 Lucros em Operações Financeiras ........ 104 - 2.519 2.623 Outros Proveitos de Exploração ............ - 143 4.969 5.112

52.512 2.264 57.848 112.624

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PERDAS EXTRAORDINÁRIAS Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Menos Valias na Venda de Imobilizado ..... - 198 − Prejuízos de Exercícios Anteriores ............. 2.548 474 − Outros ......................................................... 153 123

------------ ----------- 2.701 795

OUTROS PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Proveitos por Prestação de Serviços ........... 60 61 − Reembolsos de Despesas ............................ 1.754 1.254 − Rendimentos de Imóveis ............................. 18 62 − Mais valias venda Imobiliz. de Locação Financeira .................................................. - - − Outros Proveitos ........................................ 3.280 3.633

------------ ------------- 5.112 5.010

GANHOS EXTRAORDINÁRIOS Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Indemnizações ........................................... 194 - − Lucros na Venda de Imóveis ....................... 1.910 375 − Outros ........................................................ 189 281

-------------- ------------- 2.293 656

40. Relativamente a passivos subordinados, estão imputados ao exercício de 2002 o montante de 951 mil euros de juros, dos quais 191 mil euros encontram-se na conta “Custos a Pagar”, respeitantes aos empréstimos obrigacionistas no montante global de 29.976 mil euros, das quais se encontram em circulação 29.976 mil euros.

41. Carga Fiscal

As diferenças entre a carga fiscal imputada ao exercício e aos dois exercícios anteriores e a carga fiscal paga referente aos mesmos são:

Carga Fiscal

Exercício Imputada Paga Diferença 2000 1.643 251 1.392 2001 2.249 2.855 (606) 2002 2.826 2.756 70

42. Proporção do I.S.L. que incide sobre os resultados correntes e os resultados extraordinários

A proporção em que o imposto sobre lucros imputado ao exercício de 2002 incide sobre os Resultados Correntes e os Extraordinários, é a seguinte :

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Referentes a Resultados Correntes 103,69 % Referentes a Resultados Extraordinários -3,69 %

43. As contas do Banco são consolidadas na Banif SGPS, como Empresa-Mãe do Grupo Banif.

44. O Banco não tem empresas filiais instaladas noutros Estados membros da Comunidade Europeia, dispensadas da fiscalização e da publicação da Demonstração de Resultados.

45. O Balanço de 31 de Dezembro de 2002, contempla na rubrica “Imobilizações Corpóreas” equipamento informático adquirido em regime de locação financeira no valor bruto de 246,6 mil euros e amortizações acumuladas de 98 mil euros.

46. Não existem compensações entre saldos devedores e credores, em contas de terceiros e em Contas Internas de Regularização.

47. As operações realizadas com entidades em relação às quais existam relação de domínio ou que sejam filiais da mesma empresa mãe geraram os seguintes valores, de acordo com as respectivas rubricas da Demonstração de Resultados, e excluindo os juros recebidos ou pagos relativos a operações de tomadas e cedências de fundos nos mercados interbancários:

(em mil euros) DÉBITO 1. Juros e Custos Equiparados - 2. Comissões - . Prejuízos em Operações Financeiras - . Fornecimento e Serviços de Terceiros 1.304

. Outros Custos de Exploração 212

1.516

(em mil euros) CRÉDITO

1. Juros e Proveitos Equiparados -

Rendimentos de Títulos 255

3. Comissões 232

Lucros em Op. Financeiras -

7. Outros Proveitos de Exploração 76

563

48. OPERAÇÕES DE TITULARIZAÇÃO

A exemplo de outros grupos financeiros nacionais, o Grupo Banif, através do Deutsche Bank, concretizou duas operação de titularização de créditos pessoais e de contratos

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de leasing, em 17 de Novembro de 1999 e em 10 de Maio de 2002, designadas “Atlantes Nº 1” e “Atlantes Nº 2”, respectivamente.

Na operação “Atlantes Nº 1”, no valor de 200 milhões de Euros, estiveram envolvidas, na qualidade de cedentes de créditos pessoais, o Banif – Banco Internacional do Funchal, SA (com cerca de 57,5 milhões de Euros), o Banco Comercial dos Açores, SA (com cerca de 32,1 milhões de Euros) e a Mundicre – Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, SA (com cerca de 25,5 milhões de Euros) e, na qualidade de cedente de contratos de leasing, a Mundileasing – Sociedade de Locação Financeira, SA (com cerca de 84,9 milhões de Euros).

Esta operação “Atlantes Nº 1” tem uma duração máxima prevista de 9,5 anos e um período de revolving de 2,5 anos, que terminou em Maio p.p., durante o qual as entidades envolvidas puderam proceder, trimestralmente, à alienação de novos créditos pessoais e contratos de leasing, destinados a substituir os créditos e contratos entretanto reembolsados. Esta faculdade de reposição do valor dos créditos e contratos cedidos estava condicionada à verificação de uma série de condições relacionadas com as características desses créditos e contratos e à manutenção de níveis de delinquência e de contencioso dentro de limites máximos definidos na documentação da operação. De notar que esta faculdade de reposição foi exercida pelas empresas do Grupo Banif na sua totalidade.

No âmbito da operação “Atlantes Nº 2”, no valor total de 300 milhões de Euros, foram já cedidos créditos no valor de 150 milhões de Euros, estando envolvidas, na qualidade de cedentes de créditos pessoais, o Banif (com cerca de 65,4 milhões de Euros) e o Banco Comercial dos Açores (com cerca de 24,6 milhões de Euros) e, na qualidade de cedente de contratos de leasing, a Mundileasing (com cerca de 60,0 milhões de Euros).

Esta operação “Atlantes Nº 2” tem igualmente uma duração máxima prevista de 9,5 anos e um período de revolving de 2,5 anos, existindo ainda a possibilidade de, no prazo de um ano após a data da primeira cedência, efectuar uma nova cedência de créditos no valor de 150 milhões de Euros, atingindo-se, assim, o valor global da operação de 300 milhões de Euros.

À semelhança do verificado na operação “Atlantes Nº 1”, durante período de revolving da operação “Atlantes Nº 2”, as entidades envolvidas podem proceder, trimestralmente, à alienação de novos créditos pessoais e contratos de leasing, destinados a substituir os créditos e contratos entretanto reembolsados. Esta faculdade de reposição do valor dos créditos e contratos cedidos está também condicionada à verificação de uma série de condições relacionadas com as características desses créditos e contratos e à manutenção de níveis de delinquência e de contencioso dentro de limites máximos definidos na documentação da operação.

No âmbito desta operação “Atlantes Nº 2” e ao abrigo da legislação em vigor, foi constituído um Fundo de Titularização de Créditos designado Fundo Atlantes Finance No. 2, administrado pela Servimédia – Sociedade Gestora de Fundos de Titularização de Créditos, SA, que adquiriu aos cedentes os créditos pessoais e os contratos de leasing, financiando-se através da emissão de unidades de participação do Fundo.

Através destas operações de titularização o risco associado aos créditos pessoais e aos contratos de leasing cedidos pelas entidades do Grupo Banif foi integralmente transferido para sociedades veículo, no caso da operação “Atlantes Nº 1”, para a sociedade Atlantes No. 1 Limited sediada em Jersey, nas Ilhas do canal, e no caso da

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“Atlantes Nº 2”, para a sociedade Atlantes Finance No. 2 Plc, sediada em Dublin, na Irlanda.

Para se financiar, a sociedade Atlantes No. 1 Limited emitiu títulos de dívida (Notes) no valor global de 200 milhões de Euros, com uma vida máxima de 9,5 anos, garantidos exclusivamente por esses créditos pessoais e contratos de leasing, e Certificados Residuais (Residual Certificates), títulos com maior grau de subordinação e sem notação de rating, com um valor nominal de 16,768 milhões de Euros e a mesma maturidade.

A sociedade Atlantes Finance No. 2 Plc, para se financiar, emitiu igualmente títulos de dívida (Notes) no valor global de 160,325 milhões de Euros, com uma vida máxima de 9,5 anos, garantidos exclusivamente por esses créditos pessoais e contratos de leasing. O montante referido inclui 10,325 milhões de Euros de Class D Note”, títulos com maior grau de subordinação e sem notação de rating que foram adquiridos por entidades do Grupo Banif.

As sociedades Atlantes No. 1 Limited e Atlantes Finance No. 2 Plc terão como única actividade deter as carteiras de créditos pessoais e de contratos de leasing vendidas pelo Grupo Banif, pelo que o pagamento do capital e juros das Notes emitidas por estas entidades dependerá exclusivamente dessas carteiras e dos valores obtidos com a emissão dos Residual Certificates e das Class D Notes.

O Grupo Banif não poderá assim ser responsabilizado por um eventual montante de incumprimentos das carteiras de crédito ao consumo e de contratos de leasing vendidas, superiores aos valores de Balanço dos referidos Residual Certificates e Class D Notes nos seus livros.

Dos 200 milhões de Euros de Notes emitidas pela Atlantes No. 1 Limited foram atribuídas, pelas Agências de Rating Standard & Poor´s e Fitch Ibca, as notações de rating “AAA” a 182 milhões de Euros (Senior Secured Floating Rate Notes), “AA” a 10 milhões de Euros (Mezzanine Secured 5,515% Notes) e “A” a 8 milhões de Euros (Junior Secured Floating Rate Notes). As Notes com as notações de rating “AAA” e “A” foram emitidas a taxas de juro variáveis indexadas à taxa Euribor a 3 meses, enquanto que as Notes com a notação de rating “AA” foram emitidas a taxa fixa.

A sociedade Atlantes Finance No. 2 Plc emitiu 150 milhões de Euros de Notes com as seguintes notações de rating atribuídas pelas Agências de Rating Standard & Poor´s, Moody’s e Fitch Ibca: “AAA” a 139,5 milhões de Euros (Class A Secured Floating Rate Notes); “A”, “A1” e “A+”, respectivamente, a 7,35 milhões de Euros (Class B Secured Floating Rate Notes); e “BBB”, “Baa2” e “BBB”, respectivamente, a 3,15 milhões de Euros (Class C Secured Floating Rate Notes). Todas estas Notes com notação de rating foram emitidas a taxas de juro variáveis indexadas à taxa Euribor a 3 meses.

As remunerações dos Residual Certificates e das Class D Notes são variáveis e dependentes do comportamento dos créditos cedidos, correspondendo às mais valias e aos lucros residuais apurados nas Sociedades Veículo, sendo pagas trimestralmente e reconhecidas como proveito na conta de exploração das entidades detentoras.

As Notes com notação de rating, emitidas pelas referidas sociedade veículo, foram integralmente colocadas pelo Deutsche Bank nos mercados financeiros internacionais, pelo que nenhuma sociedade do Grupo Banif as detém nos seus activos ou as transaccionou até 31 de Dezembro de 2002.

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Em 31 de Dezembro de 2002, após os reembolsos parciais ocorridos nos rollover de 20 de Agosto e de 20 de Novembro de 2002, o valor nominal das Senior Secured Floating Rate Notes emitidos pela Atlantes No. 1 Limited era de 133,9 milhões de Euros. Não ocorreu ainda qualquer reembolso das Notes com notação de rating emitidas pela Atlantes Finance No. 2 Plc.

Os Residual Certificates e as Class D Notes, por outro lado, são detidos na sua totalidade por sociedades do Grupo Banif, sendo o seu valor de balanço em 31 de Dezembro de 2002 de cerca de 9,564 milhões de Euros e 9,758 milhões de Euros, respectivamente. De referir que, actualmente, os Residual Certificates representam, na sua quase totalidade, as disponibilidades de caixa (Cash Reserve) da sociedade veículo (8,786 milhões de Euros), o mesmo se verificando com parte substancial do valor das Class D Notes (5,775 milhões de Euros).

Para além das já referidas entidades do Grupo Banif, que intervêm nestas operações de titularização na dupla qualidade de entidades cedentes dos créditos e de agentes administradores (servicers) dos mesmos, por conta e em representação das sociedades Atlantes No. 1 Limited e Atlantes Finance No. 2 Plc, e da Servimédia – SGFTC, SA, na sua qualidade de sociedade gestora do Fundo Atlantes Finance No. 2, intervêm ainda nesta operação várias entidades do Grupo Deutsche Bank, na qualidade de entidades adquirentes, agentes, agentes pagadores, gestores de liquidez (cash administrators), contrapartes de swaps e trustees.

Pelo serviço administrativo de gestão e cobrança dos créditos objecto das operações de titularização, cada entidade do Grupo Banif que efectuou a venda dos créditos pessoais ou dos contratos de leasing recebe, anualmente, uma comissão (Servicing Fee) de 1% do valor da carteira por si titularizada.

No registo destas transacções e dos fluxos associados, têm sido seguidos pelas sociedades do Grupo Banif os princípios e políticas contabilísticas definidas pelo Banco de Portugal, tendo, assim, os activos cedidos deixado de constar dos balanços das entidades cedentes, estando registados em contas de ordem e sendo imediatamente reconhecidos como proveitos as diferenças entre o valor nominal dos créditos cedidos e o valor da cedência. No que respeita ao provisionamento dos activos cedidos tem sido seguido o disposto no Aviso nº 3/95 e na Instrução nº 27/2000 do Banco de Portugal.

Neste contexto e com referência a 31 de Outubro de 2002, data do ultimo rollover efectuado até 31 de Dezembro de 2002, a sociedade veículo Atlantes nº 1, Limited tinha riscos associados a contratos de crédito pessoal cedidos pelo Banco Comercial dos Açores, SA no valor de cerca de 22,6 milhões de Euros, com uma duração média remanescente de 33,8 meses e uma taxa de juro média ponderada de 11,729%.

Com referência a 31 de Dezembro de 2002, data do ultimo rollover, a sociedade veículo Atlantes Finance No. 2 Plc tinha riscos associados a contratos de crédito pessoal cedidos pelo Banco Comercial dos Açores, SA no valor de cerca de 22,1 milhões de Euros, com uma duração média remanescente de 47,6 meses e uma taxa de juro média ponderada de 10,946%.

Em 31 de Dezembro de 2002, o Banco Comercial dos Açores, SA tinha registado na sua carteira de títulos: Residual Certificates emitidos pela Atlantes nº 1, Limited com um valor nominal inicial de 2.700 milhares de Euros e com um valor de Balanço de 1.540 milhares de Euros; e Class D Notes emitidos pela Atlantes Finance No. 2 Plc,

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com um valor nominal de 2.275 milhares de Euros e de balanço de 2.150 milhares de Euros.

49. Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário, o Banco Comercial dos Açores, SA, assume a responsabilidade do pagamento de pensões de reforma, invalidez e sobrevivência aos seus empregados ou às suas famílias, uma vez que estes não se encontram integrados no sistema nacional de segurança social.

O Banco Comercial dos Açores, SA, com vista ao financiamento das suas responsabilidades neste domínio, constituiu, em 30 de Dezembro de 1988, ao abrigo do Decreto-Lei nº 396/86, de 25 de Novembro, um Fundo de Pensões autónomo. A entidade gestora deste Fundo de Pensões é a Banif Açor Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA.

A partir do exercício de 2001, inclusivé, a cobertura destas responsabilidades e o reconhecimento do custo com as contribuições para o Fundo de Pensões passaram a observar o regime estabelecido no Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, de 23 de Novembro.

Em 31 de Dezembro de 2002, o Fundo abrangia uma população de 159 Pensionistas e 452 Activos.

As responsabilidades e respectivas coberturas eram naquela data:

Responsabilidades Valor Actual das Pensões em Pagamento 26.959 Valor Actual da Responsabilidade por Serviços Passados 29.394 Total 56.353 Cobertura das Responsabilidades Valor do Fundo de Pensões 49.450 Saldo Plano Amortização (al.c), nº1 do Aviso 12/2001) 5.727 Valores a Pagar 1.598 Total 56.775

O plano de amortização, previsto na alínea c) do nº 1 do Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, respeita à insuficiência de financiamento das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo em 31 de Dezembro de 1994, cuja data presumível de reforma tenha ocorrido, ou venha a ocorrer, depois de 31 de Dezembro de 1997, e que está a ser reconhecido como custo e financiado de acordo com aquele plano de amortização, de prestações uniformes por 20 anos, que termina em 31/12/2014.

Os valores a pagar correspondem à parte não financiada das responsabilidades, nos termos do nº 5º do Aviso 12/2001, que se encontram reconhecidas como um passivo do Banco, relevadas na conta “395- Outras Exigibilidades – Contribuições para Fundo de Pensões”.

O excesso de cobertura verificado em 31 de Dezembro de 2002 é relativo aos juros da prestação anual do plano de amortização acima referido, cuja contabilização poderá ser revista em função da resposta a um pedido de esclarecimento apresentado ao Banco de Portugal.

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O Valor Actual da Responsabilidade por Serviços Futuros, à data de 31 de Dezembro de 2002, era de 24.253 milhares de euros.

No exercício de 2002, o Banco reconheceu os seguintes custos com cobertura de responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência:

+ Custo do serviço corrente 1.224 + Custo dos juros 3.160 - Rendimento esperado dos activos do Fundo 2.773 + Custo dos serviços passados (al. C) do nº 1º do Aviso

12/2001) 721

+ Custo de programas de reformas antecipadas 1.716 Total 4.048

Em 31 de Dezembro de 2002, o Banco registou em conta específica de “Flutuação de Valores”, por não ultrapassar os limites do “corredor” fixado na alínea e) do nº 1) do nº 2º do Aviso 12/2001, o montante de 4.658 milhares de euros.

Durante o ano de 2002, o Fundo de Pensões pagou pensões no valor de 1.913 milhares de euros e recebeu contribuições no valor de 4.632 milhares de euros, dos quais 2.368 milhares de euros relativos a contribuições correntes e 2.264 milhares de euros de contribuições extraordinárias. As contribuições foram realizadas em numerário.

O Banco utiliza, por arrendamento, dois imóveis que constituem activos do Fundo de Pensões, cujo valor ascende a 1.197 milhares de euros.

Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados foram:

Método de valorização actuarial: Unit Credit Projected (UCP) Taxa de desconto: 6,00% Taxa de rendimento esperado dos activos do fundo: 6,00% Taxa esperada de crescimento dos salários e out. benef.: 3,00% Taxa esperada de crescimento das pensões: 2,00% Tábua de mortalidade: TV 73/77 Tábua de invalidez: EVK 80 Tábua de turnover: Não aplicada Tipo de decrementos utilizados: Invalidez 3) artº 7º Aviso 12/2001

Os principais valores efectivamente verificados no exercício foram:

Taxa de rendibilidade do valor do fundo de pensões: 3,08% Taxa de crescimento dos salários e out. benef.: 4,02% Taxa de crescimento das pensões: 2,76% Taxa de mortalidade: 0,65% Taxa de invalidez: 0,00% Taxa de turnover: 1,33%

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50. De acordo com o Aviso nº 4/2002, o Banco efectuou o cálculo de provisionamento e de dedução aos Fundos Próprios das menos valias latentes em participações financeiras como a seguir se indica:

S.Líquida % detida Valor

Aquisição Valor

Balanço Valor

transação 15%

balanço MValia latente

MV excede 15% V.Bal.

Unicre 22.120 0,485% 250 250 161 36 -80 -44

Sibs 50.069 1,399% 308 308 1.051 46 742 789

Banif Açor Pensões 2.429 10,811% 240 240 394 36 154 190

Companhia Seguros Açoreana 52.128 14,069% 4.301 4.301 11.001 645 6.699 7.345

Sogeo 11.186 0,689% 122 122 116 18 -7 12

Cabo TV Açoreana 8.730 10,000% 356 356 1.309 53 954 1.007

Norma Açores 1.147 12,500% 50 50 215 7 165 173

Transinsular (Açores) 263 6,667% 11 11 26 2 15 17

Cinaçor 265 0,130% - - 1 - - -

De acordo com o regime transitório do Aviso nº 4/2002 aplicável à menos valia latente de 44 mil euros, que excede 15% do valor de balanço, o Banco está a registar, por um período de 10 anos, o montante de 18 mil euros em provisões do exercício e a deduzir 26 mil euros aos Fundos Próprios. O valor imputado a custos do exercício por via das provisões foi de 1,8 mil euros.

Existe uma provisão constituída para a totalidade da participação financeira no Atlântico Clube Internacional Férias Açores (€ 1.246,99), ao abrigo do Aviso nº 3/95, uma vez que a empresa se encontra inactiva e como tal não são conhecidos valores de mercado.

O total de provisões à data de encerramento do Balanço é:

Participação Provisão constituída

Unicre €1.752,44 Atlântico Clube Inter,Ferias Açores €1.246,99 Total €2.999,43

51. OUTRAS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

a) CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Dezembro 2002 Dezembro 2001

− Notas e Moedas Nacionais ............................. 4.938 6.262

− Notas e Moedas Estrangeiras .......................... 439 758

− Depósitos à Ordem em Bancos Centrais …..... 54.521 3.108 -------------- -------------- 59.898 10.128

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b) DISPONIBILIDADES À VISTA SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Dezembro 2002 Dezembro 2001 Disponibilidades Sobre Instituições de Crédito no País

− Depósitos à Ordem ............................... ........... 651.155 7.649

− Valores a Cobrar .............................................. 11.157 11.334

− Outras Disponibilidades……............................ - - -------------- -------------- 662.312 18.983 Disponibilidades Sobre Instituições de Crédito no Estrangeiro

− Depósitos à Ordem .......................................... 2.165 2.227

− Valores a Cobrar .............................................. 1.682 1.382 -------------- --------------

3.847 3.609 -------------- -------------- Saldo Bruto 666.159 22.592 Provisões ............................................................... - - -------------- -------------- Saldo Líquido 666.159 22.592

c) OUTRAS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

Esta rubrica do Balanço contempla as participações no capital de empresas, no montante de 5.737 milhares de euros, cuja composição se apresenta da seguinte forma (valores em milhares de euros):

Dezembro 2002 Dezembro 2001 Nºaçções montante Nºacções montante S.I.B.S - Soc. Interbancária de Serviços, SA 68.957 309 68.957 309 UNICRE - Cartão Internacional de Crédito, SA 8.250 241 8.250 241 ATLÂNTICO CLUBE INT. FÉRIAS AÇORES 250 1 250 1 CABO TV AÇOREANA, S.A. 66.000 356 66.000 356 NORMA AÇORES- SOC EST. APOIO DES. REG., S.A. 10.000 50 10.000 50 TRANSINSULAR (AÇORES)- TRANS. M. INSUL.,S.A 2.000 11 2.000 11 SOGEO- SOC. GEOTERMICA DOS AÇORES, S.A. 24.529 122 24.529 122 S.W.I.F.T. 1 1 1 1 EURONEXT N.V. 103 - - - BANIF & COMERCIAL DOS AÇORES INC 100.000 95 1.000 1 BOLSA VALORES LISBOA PORTO - - 36.645 25 BANIF INFORMATION AND TECNOLOGY LTD 10.000 10 - - BANIF AÇOR PENSÕES,SGFP, SA 40.000 240 40.000 240 COMPANHIA SEGUROS AÇOREANA,SA 1.020.000 4.301 1.020.000 4.301 BANIF BANCO INVESTIMENTOS,SA - - 400.000 2.000 COMERCIAL DOS AÇORES, INC., S.JOSÉ 100 - - - 5.737 7.658 Provisões 3 51 5.734 7.607

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6.5- Demonstração de Fluxos de Caixa

(milhares de euros)

1. Fluxos de Caixa da Actividade Operacional1.1. Resultado de Exploração

Lucro do exercício 7,536 6,765Provisões para riscos de crédito 7,582 5,325Outras provisões 2,075 1,949Amortizações do exercício 2,624 2,440Impostos 2,826 2,249Perdas excepcionais, líquidas 408 23,051 139 18,867

1.2 Variação nos Activos e Passivos Operacionais

Aplicações em outras instituições de crédito -736,858 36,379Aplicações em títulos 8,206 12,077Crédito a clientes -126,646 -124,012Outros activos -4,612 -87Contas de regularização activas 1,916 -698Recursos de outras instituições de crédito 1,554,367 -42,008Recursos de clientes -22,584 98,325Outros passivos 7,771 681,559 714 -19,309Total dos Fluxo da Actividade Operacional 704,610 -442

2. Fluxos de Caixa da Actividade Investimento

Aquisição de imobilizado -3,625 -4,169Venda de imobilizado 3,615 2,316Regularizações em Imobilizado 0 0Variação em participações financeiras 1,921 -2,000Mais valias obtidas na venda de imobilizado 1,910 3,821 178 -3,675

3. Fluxo de Caixa da Actividade de Financiamento

Dividendos distribuídos -1,557 0Utilização de provisões -3,991 -1,672Reposição de provisões -4,401 -3,718Ganhos excepcionais -2,318 -317Impostos -2,826 -2,249Aumento Capital 0 -15,093 0 -7,956

693,338 -12,073

4. Fluxo de Caixa e Equivalentes

Caixa e seus equivalentes no início do período 32,719 44,793Caixa e seus equivalentes no fim do período 726,057 32,719

693,338 -12,073

em 31 de Dezembro de 2002

Ano Ano Anterior

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6.6- Demonstração de Resultados por Funçõesem 31 de Dezembro de 2002

(milhares de euros)

ANO ANO ANTERIOR

Margem Financeira 30,900 29,529Provisões para riscos de crédito 6,029 3,604Recuperações de crédito 1,937 2,489

Margem de intermediação 26,808 28,414

Comissões Líquidas 4,172 3,622Outros Resultados de Exploração 2,931 2,486

Margem de Serviços 7,103 6,108

Rendimento de Títulos 366 154Resultados consolidados metodo equivalencia patrimonial 0 0Resultados de Operações Financeiras 1,555 395Provisões para Depreciação de Títulos -792 31

Margem da Função Investimento 2,713 518

Amortização do "Goodwill" 0 0Outros custos 351 331

Resultado antes dos Custos de Transformação 36,273 34,709

Custos com o Pessoal 14,546 16,170Outros Custos Administrativos 8,314 7,025Amortizações 2,624 2,440

Custos de Transformação 25,484 25,635

Resultado Operacional 10,789 9,074

Outras Provisões 20 -79Resultados na Alienação de Participações Financeiras 805 0Outros Resultados Extraordinários -1,212 -139

Resultado antes de Impostos e de Interesses Minoritários 10,362 9,014

Impostos 2,826 2,249Interesses Minoritários 0 0

Resultado Líquido 7,536 6,765

Resultado por Acção (em euros) 0.73 0.65

Produto Bancário 41,861 38,675

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ANEXO I - RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE INTRODUÇÃO O presente Relatório é elaborado em cumprimento do Regulamento da CMVM n.º 7/2001, encontrando-se organizado de acordo com o esquema anexo ao citado Regulamento. Este Relatório contém informação sobre os aspectos considerados relevantes para o melhor esclarecimento dos accionistas e investidores quanto ao grau de adopção das Recomendações emitidas pela CMVM sobre o governo das sociedades, e apenas contém remissões para o Relatório Anual de Gestão, do qual faz parte integrante como anexo. CAPÍTULO I - DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO 1. Órgãos e repartição de competências no quadro do processo de decisão empresarial Os Órgãos Sociais do BCA são a Assembleia Geral, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. No exercício de 2002, a Assembleia Geral reuniu no dia 21 de Março para analisar, discutir e votar sobre os seguintes pontos: - Relatório e Contas de 2001; - Proposta de Aplicação de Resultados; - Apreciação da Administração e Fiscalização da Sociedade.

Nesta Assembleia registou-se a presença e representação de accionistas detentores de 84,75% do capital social, tendo todos pontos da Ordem do Dia sido aprovados por unanimidade. De acordo com os Estatutos dos BCA, o Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos, havendo dois suplentes. O Conselho Fiscal reúne ordinariamente pelo menos uma vez por mês e extraordinariamente sempre que convocado pelo presidente ou pela maioria dos seus membros. No ano de 2002, o Conselho Fiscal efectuou as reuniões estatutariamente previstas e desenvolveu os trabalhos de fiscalização das contas da Sociedade, tendo procedido às análises e formulado as sugestões que entendeu adequadas. Ao Conselho de Administração compete gerir as actividades do BCA no âmbito das suas competências e dentro das linhas de orientação aprovadas para este exercício. O capítulo IV do presente Relatório divulga informação detalhada sobre a composição, funcionamento e competências do Conselho de Administração.

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Tal como é referido no ponto 3 do capítulo IV deste Relatório, o BCA dispõe de uma Comissão Executiva, composta por três membros efectivos e um membro suplente, a qual propõe ao Conselho de Administração políticas e orientações para a gestão corrente da Sociedade. O BCA dispõe de uma estrutura organizacional com uma clara segregação de funções entre as áreas de negócio que analisam, aprovam e gerem as operações e as áreas operativas que as verificam, processam e controlam. A seguir se apresenta o organigrama funcional do Banco no quadro do processo de decisão empresarial:

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMISSÃO EXECUTIVA

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

GABINETE DE INSPECÇÃO E AUDITORIA

SECRETARIADO

DIRECTOR GERAL

GABINETE DE RECURSOS MATERIAIS

GABINETE DE RECURSOS HUMANOS

DIRECÇÃO DE GESTÃO GLOBAL DE RISCO

GABINETE DE MARKETING

DIRECÇÃO FINANCEIRA

GABINETE DE ASSESSORIA JURÍDICA

DIRECÇÃO DE

ORGANIZAÇÃO E INFORMÁTICA

GABINETE DE PROVEDORIA DO

CLIENTE

DIRECÇÃO COMERCIAL

DIRECÇÃO DE RESIDENTES NO EXTERIOR

GABINETE DE RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO VENCIDO

DIRECÇÃO OPERACIONAL

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2. Evolução da cotação das acções O BCA tem acções representativas do seu capital social admitidas à cotação no mercado de cotações oficiais da Euronext Lisbon (nova designação da Bolsa de Valores de Lisboa e Porto a partir de 6 de Fevereiro de 2002), desde 18 de Dezembro de 2001. Em 31 de Dezembro de 2001 encontravam-se admitidas à negociação 7.421.691 acções, tendo em 18 de Abril de 2002 sido igualmente admitidas à negociação as 1.400.000 acções alienadas nos segmentos de Trabalhadores e de Pequenos Subscritores e Emigrantes da Oferta Pública de Venda no âmbito da 4ª fase de reprivatização do Banco e que tinham ficado indisponíveis pelo prazo de três meses contados a partir do dia da respectiva Sessão Especial de Bolsa, que teve lugar em 17 de Dezembro de 2001. Em 31 de Dezembro de 2002 encontravam-se, assim, admitidas à negociação 8.821.691 acções escriturais e nominativas do BCA, com um valor nominal unitário de 5 Euros, representativas de 85% do capital social. As restantes 1.556.782 acções, representativas de 15% do capital social do Banco encontram-se na titularidade da Região Autónoma dos Açores, não estando admitidas à cotação. As acções do BCA foram transaccionadas em 100 das 248 sessões normais da Euronext Lisbon, tendo-se transaccionado, durante o ano de 2002, cerca de 900 mil acções num valor total de cerca de 5,1 milhões de Euros, o que se traduziu numa média de 9 mil acções do BCA transaccionadas diariamente. A capitalização bolsista das acções do Banco admitidas à cotação era de 50,6 milhões de Euros em 31 de Dezembro de 2002, o que representava 0,07% da capitalização bolsista das acções cotadas no mercado de cotações oficiais, naquela data. Em 18 de Janeiro e em 27 de Agosto de 2002 foram publicados os anúncios com a divulgação dos resultados do ano de 2001 e do 1º semestre de 2002, respectivamente. Os resultados relativos aos 1º e 3º trimestre de 2002 foram divulgados em 29 de Abril e 21 de Outubro de 2002, respectivamente. A partir de 22 de Abril de 2002, na sequência do deliberado na Assembleia Geral Anual de Accionistas de 21 de Março de 2002, foi colocado à disposição dos accionistas um dividendo ilíquido, por acção, referente ao exercício de 2001, de 0,15 Euros, tendo as acções negociado sem direito a dividendo a partir de 17 de Abril. O valor líquido deste dividendo foi de 0,13125 Euro, por acção, detida por residentes no continente, de 0,1335 Euro, por acção, detida por residentes na Região Autónoma dos Açores, e de 0,1275 Euro (pessoas singulares) e 0,129375 Euro (pessoas colectivas), por acção, detida por não residentes. O gráfico seguinte representa a evolução comparativa das cotações das acções do Banco Comercial dos Açores e o índice BVL do sector da intermediação financeira (Índice PSI 209) entre 2 de Janeiro de 2002 e 3 de Fevereiro de 2003.

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Evolução Comparativa da Cotação das Acções do BCA vs. Índice Sectorial

Valores Diários

4.0

4.5

5.0

5.5

6.0

6.5

Cot

ação

BC

A

1,500

2,000

2,500

3,000

Val

or Ín

dice

Acções BCA Índice PSI209

A tabela seguinte apresenta a evolução dos principais indicadores relativos ao comportamento e avaliação bolsista das acções do BCA nos últimos 2 anos, tomando por referência os valores contabilísticos: 31/12/2001 31/12/2002 N.º de acções Emitidas 10.378.473 10.378.473 N.º de acções admitidas à Cotação 7.421.691 8.821.691 Cotação (€) 5,68 5,74 Capitalização Bolsista (€ 10 3) 58.949,7 50.636,5 Resultado Líquido por Acção (€)

0,6518

0,7261

Cash Flow por Acção (€) 1,4597 1,7970 Valor Contabilístico por Acção (€) 7,2995 7,8756 Cotação/Valor Contabilístico (PBV)

0,78

0,73

Cotação/Cash Flow (PCF) 3,89 3,19 Cotação/Res. Líquido p/ Acção (PER) 8,71 7,91 Dividendo Bruto por Acção (€)

0,15000

0,25000 (*)

Dividendos Brutos/Resultado Líquido

23%

Dividendo p/ Acção/Valor Contab.Médio 1,97% Dividendo p/ Acção/Cotação Média 2,70% (*) conforme proposta de aplicação de resultados

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3. Política de distribuição de dividendos Pela primeira vez, o BCA distribuiu dividendos aos seus accionistas, referentes ao exercício de 2001. Privilegiou-se, por um lado, o prosseguimento de uma estratégia orientada para o crescimento, o que passou pelo reforço da solidez financeira do Banco, e, por outro lado, uma política de remuneração dos accionistas consentânea com as práticas do mercado. 4. Planos de atribuição de acções e/ou opções de aquisição de acções No exercício de 2002, não existiram planos de atribuição de acções e/ou opções de aquisição de acções a trabalhadores e/ou a membros do órgão de administração. 5. Utilização de novas tecnologias de informação na divulgação de informação Através do site institucional na internet “www.bca.pt”, o BCA tem vindo progressivamente a adoptar a utilização de novas tecnologias para a difusão de informação considerada relevante sobre a vida da Sociedade, nomeadamente: os acontecimentos marcantes na esfera da actividade do Banco; a divulgação dos resultados do Banco no âmbito dos deveres de prestação de informação financeira trimestral, semestral e anual; um conjunto de informação de carácter institucional (v.g. história, principais orientações estratégicas, a composição dos órgãos sociais); a configuração dos principais negócios em que o BCA intervém e a localização das suas redes de distribuição. O BCA utiliza igualmente o site para colocar à disposição dos accionistas os documentos preparatórios das reuniões das Assembleias Gerais, nomeadamente o relatório e contas anual, do qual consta a proposta de aplicação de resultados do exercício e a convocatória da Assembleia Geral Anual da sociedade. No relacionamento com as entidades de supervisão e as entidades reguladoras dos mercados, o BCA utiliza, sempre que possível, o correio electrónico (“e-mail”), no âmbito dos seus deveres de envio e publicação de informação. 6. Gabinete de Apoio ao Investidor O BCA não dispõe especificamente de um Gabinete de Apoio ao Investidor. No ano de 2002, em face do reduzido número de contactos que os investidores estabeleceram com o Banco, o apoio aos mesmos foi prestado directamente pela Comissão Executiva ou pelo Representante para as Relações com o Mercado. O Representante para as Relações com o Mercado é a Senhora Dr.ª Vanda Maria Marcelino de Melo e Silva, sendo o seu endereço profissional o seguinte: Rua Dr. José Bruno Tavares Carreiro, Edifício BCA, 9500-119 Ponta Delgada. Telefone: 296303010 Fax: 296 629041 E_mail: [email protected]

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CAPÍTULO II – EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO E REPRESENTAÇÃO DE

ACCIONISTAS De acordo com o artigo 9.º do contrato de sociedade do BCA, podem participar na Assembleia Geral os accionistas com direito a, pelo menos, um voto. Nos termos dessa mesma disposição, a cada 100 acções corresponde um voto, não sendo consideradas para efeitos de participação em Assembleia Geral as transmissões efectuadas durante os oito dias que precedem a reunião de cada Assembleia Geral, em primeira convocação. A prova da titularidade das acções far-se-á mediante o envio ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, no prazo indicado na convocatória da respectiva Assembleia Geral, de certificado emitido por intermediário financeiro a quem estiver cometido o serviço de registo em conta das acções, do qual deverá constar que as acções em causa se encontram registadas na respectiva conta desde, pelo menos, o oitavo dia anterior ao da data da realização da referida Assembleia. Nos termos do n.º 5 do artigo 379.º do Código das Sociedades Comerciais, os accionistas possuidores de um número de acções inferior ao exigido pelo contrato de sociedade para participação na Assembleia Geral, podem agrupar-se para perfazer aquele número, devendo fazer-se representar por um deles ou por qualquer outro accionista com direito de voto. No que se refere ao exercício do direito de voto por correspondência, a metodologia a adoptar é publicitada no aviso convocatório das Assembleias Gerais. Deste modo, os accionistas com direito de voto podem exercê-lo por correspondência, devendo, para tanto, dirigir uma carta ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, registada com aviso de recepção, endereçada para a sede da Sociedade, a qual deve ser recebida até às 17 horas do último dia útil anterior à data marcada para a reunião. Cada carta deverá conter, além do certificado que comprove a legitimação para o exercício dos direitos sociais emitido nos termos dos artigos 78º e 104º do Código dos Valores Mobiliários, um sobrescrito fechado por cada ponto da “Ordem de Trabalhos” mencionando cada sobrescrito tratar-se de voto por correspondência, a reunião da Assembleia Geral e o ponto da “Ordem de Trabalhos” a que se refere; dentro de cada sobrescrito deve o accionista (i) indicar o nome completo (ii) declarar de forma expressa o sentido de voto identificando o teor da proposta a que respeita, bem como se o mesmo se mantém caso a proposta venha a ser alterada pelo seu proponente. Cada declaração de voto deve ser assinada, devendo o signatário, em caso de pessoa singular, indicar o número, data e entidade emitente do Bilhete de Identidade ou documento equivalente emitido pela autoridade competente de um dos países da União Europeia ou do Passaporte, ou, tratando-se de accionista pessoa colectiva, mencionar o respectivo número de pessoa colectiva e a qualidade do representante. Os votos por correspondência, tempestivamente recebidos na Sociedade, são entregues ao Presidente da Mesa no inicio da Assembleia Geral a que respeitam. Caberá ao Secretário da Sociedade organizar a votação por correspondência, e, em especial: (i) verificar o número de votos do votante e a autenticidade dos votos através do certificado supra referido, (ii) no inicio da votação de cada ponto da “Ordem de Trabalhos” abrir cada um dos votos exercidos por correspondência, apondo no respectivo sobrescrito a hora de abertura e a sua rubrica. Na contagem de votos de cada um dos pontos da “Ordem de Trabalhos” incluir-se-á os votos exercidos por correspondência, de acordo com a manifestação exarada na declaração de voto.

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CAPÍTULO III – REGRAS SOCIETÁRIAS 1. Códigos de Conduta/Regulamentos Internos Para além do quadro regulador aplicável ao exercício da actividade de intermediação financeira, o BCA dispõe de um Regulamento Interno registado na CMVM, de onde constam as normas e procedimentos de conduta que devem ser observados pelos titulares dos órgãos sociais e por todos os colaboradores no exercício da actividade de intermediação em valores mobiliários e no que respeita particularmente às matérias de conflito de interesses, sigilo e incompatibilidades. Este Regulamento Interno não se encontra disponível para o público em geral, podendo contudo os investidores com interesse fundamentado na sua consulta requerer ao Conselho de Administração acesso ao mesmo. 2 . Controlo dos riscos da actividade No ponto 2.7. do Capítulo 2 do Relatório de Gestão (“Actividade do BCA em 2002 - Controlo dos Riscos da Actividade”) consta uma descrição das metodologias e instrumentos adoptados pelo BCA na gestão dos riscos da actividade da Sociedade. 3. Limites ao exercício do direito de voto/direitos especiais/acordos parassociais Direitos especiais da Região Autónoma dos Açores O Decreto-Lei n.º 91/95, de 9 de Maio, que aprova a transformação do BCA em sociedade anónima e aprova os respectivos estatutos, estabelece direitos especiais a favor da Região Autónoma dos Açores (RAA), que serão mantidos enquanto a RAA detiver, pelo menos, 5% do capital social do BCA. Estão assim dependentes de voto expresso favorável da RAA as deliberações da Assembleia Geral que tenham por objecto a redução significativa da actividade do Banco na Região Autónoma dos Açores, a fusão, cisão ou transformação da sociedade e a alteração dos seus estatutos, incluindo a redução do capital social e a mudança da localização da sede, mas excluindo o aumento de capital social. Nas deliberações da Assembleia Geral relativas a aumentos do capital social do BCA a preferência da Região Autónoma dos Açores na subscrição das novas acções, em número proporcional às que possuir ou em número inferior a este, não pode ser objecto de deliberação em contrário da Assembleia Geral. Adicionalmente, o Decreto-Lei n.º 91/95 confere ainda à RAA o poder de designar um dos membros do Conselho de Administração, que disporá de direito de veto nas deliberações do conselho que tenham idêntico objecto às deliberações da Assembleia Geral dependentes do voto expresso favorável da RAA.

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Acordos parassociais O BCA não tem conhecimento que existam quaisquer acordos parassociais da natureza dos previstos no artigo 19º do Código dos Valores Mobiliários relativamente ao exercício de direitos sociais sobre o capital do BCA. CAPÍTULO IV – ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO 1. Caracterização do Órgão de Administração A actual composição do Conselho de Administração é a seguinte:

Presidente, não executivo: Horácio da Silva Roque Vice-Presidente e Administrador executivo:

Joaquim Filipe Marques dos Santos

Vice-Presidente e Administrador executivo:

António Manuel Rocha Moreira

Administrador executivo:

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Administrador executivo (suplente):

Carlos David Duarte Almeida

Administrador, não executivo:

Eduardo da Silva Vieira, em representação da Região Autónoma dos Açores

O administrador Eduardo da Silva Vieira representa o accionista Região Autónoma dos Açores. Os restantes administradores foram eleitos em nome próprio, pelo que são, para este efeito, considerados “administradores independentes”.

Cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração, em 31 de Dezembro de 2002

HORÁCIO DA SILVA ROQUE Presidente do Conselho de Administração das Sociedades: BANIF – SGPS, S.A., BANIF COMERCIAL – SGPS, S.A., BANIF – Banco Internacional do Funchal, S.A., BANIF - Banco de Investimento, S.A., BANCO BANIF PRIMUS, S.A., BANIF PRIMUS – Corretora de Valores e Câmbio, S.A., BANIF - INVESTIMENTOS, SGPS, S.A., BANIF - (Açores) - S.G.P.S., S.A., BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A, BANIF – SEGUROS, SGPS, S.A., COMPANHIA DE SEGUROS AÇOREANA, S.A., RENTIPAR – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., SOIL – SGPS, S.A., RENTIGLOBO – SGPS, S.A., MUNDIGLOBO - Habitação e Investimentos, S.A., RENTIMUNDI - Investimentos Imobiliários, S.A., RENTICAPITAL - Investimentos

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Financeiros, S.A., SIET- Sociedade Imobiliária de Empreendimentos Turísticos Savoi, S.A., TIVIL – Sociedade Imobiliária, S.A., RENTIPAR INDUSTRIA, SGPS, S.A.

Administrador da Sociedade BANIF Securities Holding, Ltd. Vice-Presidente do Conselho de Administração das Sociedades: EMT - Empresa Madeirense de Tabacos, S.A., RAMA - Rações para Animais, S.A., VITECAF - Fábrica de Rações da Madeira, S.A., AVIATLÂNTICO – Avicultura, S.A. Presidente da Mesa da Assembleia Geral das Sociedades: BANIFUNDOS CISALPINA - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A (em representação da RENTIPAR - SGPS, S.A), BANIF IMOBILIÁRIA, S.A (em representação da RENTIPAR - SGPS, S.A), BANIF IMO – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. (em representação da RENTIPAR - SGPS, S.A), MUNDILEASING - Sociedade de Locação Financeira, S.A. (em representação da RENTIPAR - SGPS, S.A), MUNDICRE - Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, S.A (em representação da RENTIPAR - SGPS, S.A), INVESTAÇOR - S.G.P.S., S.A. (em representação da RENTIPAR - SGPS, S.A), MUNDIGLOBO TRADING - Comércio Internacional, S.A., MUNDIPLANOS - Planeamento e Construção, S.A., RENTIMEDIS - Mediação de Seguros, S.A., GENIUS – Mediação de Seguros, S.A., EMT - Empresa Madeirense de Tabacos, S.A., RAMA - Rações para Animais, S.A., VITECAF - Fábrica de Rações da Madeira, S.A., SIP – Sociedade Imobiliária Piedade, S.A. (em representação da RENTIPAR - SGPS, S.A.), BANCO BANIF PRIMUS, S.A., BANIF PRIMUS – Corretora de Valores e Câmbio, S.A.

Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade: SIET - Sociedade Imobiliária de Empreendimentos Turísticos Savoi, S.A Gerente das Sociedades: RONARDO - Gestão de Empresas, Lda., MUNDIGLOBO - Mediadores de Propriedades, Lda. JOAQUIM FILIPE MARQUES DOS SANTOS

Presidente do Conselho de Administração das Sociedades: MUNDICRE - Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, S.A., MUNDILEASING - Sociedade de Locação Financeira, S.A., Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd. Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Sociedade BANIF – Banco Internacional do Funchal, S.A. Vice-Presidente do Conselho de Administração das Sociedades: BANCO BANIF PRIMUS, S.A., BANIF PRIMUS – Corretora de Valores e Câmbio, S.A., BANIF Securities Holding, Ltd., BANIF – SGPS, S.A.

Administrador das Sociedades: BANIF - INVESTIMENTOS, SGPS, S.A., BANIF - (Açores) - S.G.P.S., S.A., BANIF COMERCIAL – SGPS, S.A., BANIF – SEGUROS, SGPS, S.A.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral das Sociedades: BANIF – Banco de Investimentos, S.A., COMPANHIA DE SEGUROS AÇOREANA, S.A.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral, em representação do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., das Sociedades: UNICRE – Cartão Internacional de Crédito, S.A., SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A.

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- Presidente do Conselho de Administração pelo Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. na BanifServ-Empresa de Serviços e Tecnologias de Informação, ACE.

- Representante em nome próprio do Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. no Conselho Geral

da AMBELIS –Agência para a Modernização da Base Económica de Lisboa, S.A.

- Vogal do Conselho Fiscal, em representação do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., da Associação Portuguesa de Bancos.

ANTÓNIO MANUEL ROCHA MOREIRA Administrador das Sociedades: BANIF – Banco Internacional do Funchal, S.A., MUNDICRE - Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, S.A., BANIF AÇOR PENSÕES – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., BanifServ - Empresa de Serviços e Tecnologias de Informação, ACE., BANIF - (Açores) - S.G.P.S., S.A., Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd., BANIFUNDOS CISALPINA - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., BANIF – SGPS, S.A., BANIF COMERCIAL – SGPS, S.A., BANIF – Multifund, Ltd. RUI MANUEL SILVA GOMES DO AMARAL

Administrador das Sociedades: BANIF – SGPS, S.A., BANIF – Banco Internacional do Funchal, S.A., Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd., BanifServ - Empresa de Serviços e Tecnologias de Informação, ACE., Econofinance, S.A. CARLOS DAVID DUARTE DE ALMEIDA

Presidente do Conselho de Administração das Sociedades: BANIF FINANCIAL SERVICES, INC., BANIF AÇOR PENSÕES – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., BANIF MORTGAGE COMPANY Vice-Presidente do Conselho de Administração das Sociedades: BANIF – Banco de Investimentos, S.A., BANIF – SGPS, S.A., BANIF – Banco Internacional do Funchal, S.A. Administrador das Sociedades: Banif – Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd., COMPANHIA DE SEGUROS AÇOREANA, S.A., BANIF - (Açores) - S.G.P.S., S.A., BANIF - INVESTIMENTOS, SGPS, S.A., BANCO BANIF PRIMUS, S.A., BANIF PRIMUS – Corretora de Valores e Câmbio, S.A., BANIF Securities Holding, Ltd., BanifServ - Empresa de Serviços e Tecnologias de Informação, ACE., ECONOFINANCE, S.A., BANIF COMERCIAL – SGPS, S.A., BANIF – SEGUROS, SGPS, S.A. - Administrador em nome próprio e em representação do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. da BVLP – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A., até Janeiro de 2002.

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2. Comissão Executiva Nos termos da lei e do nº 1 do artigo 13º dos Estatutos do BCA, S.A., foi constituída uma Comissão Executiva, para exercer funções no triénio 2000-2002, com a seguinte composição:

Presidente: Joaquim Filipe Marques dos Santos Vogal efectivo:

António Manuel Rocha Moreira

Vogal efectivo:

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Vogal suplente:

Carlos David Duarte Almeida

3. Modo como o Órgão de Administração exerce um controlo efectivo da vida societária As principais regras de funcionamento do órgão de administração são, de acordo com os respectivos Estatutos, as seguintes: a) O Conselho de Administração reúne ordinariamente pelo menos uma vez por mês e extraordinariamente sempre que convocado pelo presidente ou pela maioria dos seus membros; b) O Presidente do Conselho de Administração, designado em Assembleia Geral, tem voto de qualidade; c) O Conselho de Administração poderá designar de entre os seus membros um ou dois Vice-Presidentes; d) O Conselho de Administração não pode deliberar sem que esteja presente a maioria dos seus membros, não sendo permitida a representação de mais de um administrador em cada reunião; e) O Conselho de Administração pode encarregar alguns dos seus membros de se ocuparem de certas matérias de administração, ou delegar a gestão corrente da sociedade numa comissão executiva constituída por três ou cinco dos seus membros.

Foi delegada na Comissão Executiva a gestão corrente do Banco, conferindo-lhe o Conselho de Administração os mais amplos poderes de gestão e administração, nos termos da lei e dos estatutos, com excepção dos a seguir indicados, que são da exclusiva competência do Conselho de Administração:

a) a cooptação de Administradores; b) a aprovação dos Relatórios do Conselho de Administração, das Contas Anuais e da

proposta de Aplicação de Resultados do Exercício; c) o pedido de convocação de Assembleias Gerais;

d) a aprovação da prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela Sociedade, com excepção de garantias e avales bancários que se relacionem com o seu negócio;

e) a aprovação de propostas de alteração dos Estatutos, incluindo a alteração do montante do Capital Social e a mudança da Sede;

f) a aprovação da abertura e do encerramento de filiais, de sucursais, de agências e delegações ou de outras formas de representação social no país e no estrangeiro;

g) a aprovação de projectos de fusão, de cisão e de transformação da Sociedade; h) a aprovação dos planos e dos orçamentos anuais, incluindo as respectivas estratégias

comerciais; i) a aprovação de propostas de emissão de empréstimos obrigacionistas;

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j) a aprovação de operações e de limites de crédito a clientes ou a grupo de clientes entre si relacionados, que não sejam instituições de crédito, desde que detenham responsabilidades perante o Banco superiores a 10% dos seus Fundos Próprios, tal como definido pelo BANCO DE PORTUGAL.

l) o estabelecimento ou cessação de cooperação duradoura e importante com outras empresas;

m) a indicação de membros para os órgãos sociais das empresas onde o Banco participe e onde tenha essa prerrogativa;

n) qualquer outro assunto sobre o qual algum Administrador requeira a deliberação do Conselho de Administração.

As competências previstas nas alíneas d) e j) são passíveis de ratificação pelo Conselho de Administração sempre que, por motivo de urgência ou manifesto interesse para a Sociedade, a mesma deva ser exercida pela Comissão Executiva que, para o efeito, a não poderá delegar. Encontra-se ainda estabelecido que as reuniões da Comissão Executiva se realizem semanalmente ou sempre que forem convocadas pelo seu Presidente ou por dois quaisquer dos seus membros e que as suas deliberações sejam tomadas por maioria dos membros presentes; que a Comissão Executiva reuna com um mínimo de dois dos seus membros, e que, na nas faltas ou impedimentos de dois membros da Comissão Executiva, assume funções efectivas o membro suplente desta Comissão. Durante o exercício de 2002, realizaram-se doze reuniões do Conselho de Administração e quarenta e três da Comissão Executiva. 4. Comissões de Controlo Internas Não se encontram implementadas quaisquer comissões de controlo internas com atribuições de competências em matérias em que existam potenciais situações de conflito de interesses. O BCA dispõe do Gabinete de Inspecção e Auditoria que, em conjugação com o recurso a auditores externos, contribui para dar resposta a situações de conflito de interesses. Não estão consagradas quaisquer medidas impeditivas do êxito de Ofertas Públicas de Aquisição. 5. Natureza das remunerações dos membros do Órgão de Administração A remuneração de todos os titulares do Órgão de Administração não se encontra dependente dos resultados da sociedade ou da evolução da cotação das acções por esta emitidas. 6. Remunerações dos membros do Órgão de Administração As remunerações auferidas pelos membros do Órgão de Administração no exercício de 2002 foram as seguintes: Parte fixa Parte variável Administradores não executivos € 115.650 € 105.500 Administradores executivos € 490.705 € 185.000

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ANEXO II – OUTRAS INFORMAÇÕES 1. Posição accionista e obrigacionista dos Órgãos de Administração e Fiscalização. Informação nos termos do artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais

Movimento em 2002

Accionistas/obrigacionistas Valor Mobiliário

(v.m.)

Nº de v.m. à data de 31/12/02

Aquisições

Alienações

Data

Preço

unitário Conselho de Administração Horácio da Silva Roque

Acções BCA

Acções Banif

SGPS

7.315

124.656

31.164 (a)

17/12/02

€ 5 Joaquim Filipe Marques dos Santos Acções BCA

Acções Banif

SGPS

2.080

92.000

23.000 (a)

17/12/02

€ 5 António Manuel Rocha Moreira Acções BCA

Acções Banif

SGPS

600

6.666

1.666 (a)

17/12/02

€ 5 Carlos David Duarte de Almeida Acções BCA

Acções Banif

SGPS

579

20.000

5.000 (a)

17/12/02

€ 5

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Acções BCA 1.410

Eduardo da Silva Vieira Acções BCA

Obrig. Caixa BCA 2002/2012

7.499

400

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Movimento em 2002

Accionistas/obrigacionistas Valor Mobiliário

(v.m.)

Nº de v.m. à data de 31/12/02

Aquisições

Alienações

Data

Preço

unitário Conselho Fiscal

Carlos Alberto Rosa

Acções BCA

Acções Banif SGPS

2.480

22.024

5.506 (a)

17/12/02

€ 5

José Pedro Lopes Trindade Acções BCA 5.503

Sociedades abrangidas pela alínea d) do n.º2 do art.º 447º do CSC

Banif SGPS, S.A.

Acções Banif Comercial SGPS

56.000.000

Banif Comercial – SGPS, S.A.

Acções BCA

7.678.361

1.175.878 (c)

Entre 23/04/02 e 26/12/02

€ 7.346.388,59 (preço global)

Rentipar SGPS, S.A. Acções Banif SGPS

14.893.668 3.337.064 (a)

1.545.407 (b) 17/12/02

17/12/02

€ 5

€ 5

Renticapital – Investimentos Financeiros, S.A.

Acções Banif SGPS

3.989.998 997.499 (a) 17/12/02

€ 5

Mundiglobo – Habitação e Investimento, S.A.

Acções Banif SGPS

1.853 463 (a) 17/12/02

€ 5

Investaçor, SGPS, S.A. Acções BCA 519.924 194.989 (d) 19/07/02 € 9

(a) Exercício do direito de preferência no aumento de capital social por novas entradas, de 150.000.000 Euros para até 200.000.000 Euros. (b) Rateio no aumento de capital social por novas entrada, de 150.000.000 Euros para até 200.000.000 Euros. (c) Operações realizadas no Mercado de Cotações Oficiais da Euronext Lisbon (d) Operação realizada fora de Mercado Regulamentado

2. Informação nos termos do artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais

Dando cumprimento ao disposto no nº4 do artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, e segundo os registos do Banco e informações prestadas, a seguir se apresenta a lista de Accionistas que, na data do encerramento do presente Exercício a que se reporta o presente Relatório Anual, eram titulares de, pelo menos, um décimo, um terço ou metade do capital social do Banco Comercial dos Açores, SA:

- Banif Comercial – S.G.P.S., S.A. titular de 73,98%, correspondente a mais de metade do capital social.

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- Região Autónoma dos Açores, titular de 15%, correspondente a mais de um décimo e a menos de um terço do capital social. 3. Informação sobre acções próprias Nos termos do n.º2 do artigo 324º do Código das Sociedades Comerciais informa-se que o Banco Comercial dos Açores, S.A. durante o exercício de 2002, não efectuou directamente qualquer movimento de acções próprias, não detendo quaisquer acções próprias quer em 31/12/01, quer em 31/12/02. 4. Informação nos termos do artigo 486º do Código das Sociedades Comerciais Em 31 de Dezembro de 2002, a Banif Comercial – SGPS, S.A. detinha uma participação maioritária no capital social do Banco Comercial dos Açores, S.A., correspondente a mais de metade dos direitos de voto. 5. Titulares de participações sociais qualificadas Nos termos do artigo 6º n.º 1 alínea e) do Regulamento da CMVM n.º 11/2000, informa-se sobre os accionistas titulares de participações qualificadas no Banco Comercial dos Açores, S.A., em 31 de Dezembro de 2002, em conformidade com os elementos disponíveis na sociedade:

Accionistas

Dezembro de 2002

N.º de acções % direitos de voto

Banif Comercial - SGPS, S.A. - directamente (*) - através dos membros dos órgãos sociais da Banif

Comercial – SGPS, S.A. - através dos membros dos órgãos sociais da Banif

SGPS, S.A., sociedade em relação de grupo com a Banif Comercial – SGPS, S.A.

Total Imputável

7.678.361

10.574

4.380

7.693.315

73,98

0,10

0,04

74,12 Região Autónoma dos Açores

- directamente Total Imputável

1.556.782 1.556.782

15 15

Investaçor, SGPS, S.A. - directamente - através dos membros dos órgãos sociais da Investaçor,

SGPS, S.A. Total Imputável

519.924 19.853

539.777

5

0,19

5,19

(*) Esta participação era detida, até 31 de Março de 2002, pelo Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., cuja denominação passou a partir de 1 de Abril de 2002 para Banif S.G.P.S., S.A., a qual detém 100% do capital social e direitos de voto da Banif Comercial –S.G.P.S., S.A.

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RELATÓRIO E PARECER Senhores Accionistas, 1. Em cumprimento ao disposto no Artº 420º, nº 1, alínea g), do Código das Sociedades Comerciais,

o Conselho Fiscal elaborou o presente relatório sobre a sua acção fiscalizadora referente ao Exercício de 2002 e dá parecer sobre o relatório, as contas e as propostas apresentados pela Administração à Assembleia Geral.

2. A acção fiscalizadora do Conselho Fiscal tem continuado a realizar-se, como nos anos anteriores,

não só através das reuniões mensais que os Estatutos do Banco lhe impõem, mas igualmente de permanentes contactos tidos quer com o Conselho de Administração, quer com a Comissão Executiva, quer com os Serviços da Instituição, sempre prontos – de novo salientamos – ao fornecimento de informações e ao esclarecimento das questões que lhes foram sendo colocadas durante o ano.

3. O Relatório do Conselho de Administração dá notícia das alterações, inovações e progressos

ocorridos durante o Exercício de 2002.

Consideramos essa informação suficientemente desenvolvida e pormenorizada, para transmitir aos Senhores Accionistas a imagem de como decorreu todo o Exercício. Permitimo-nos, em todo o caso, salientar alguns aspectos, muito em especial os que se referem às preocupações essenciais do Conselho Fiscal.

4. Dada a liderança do mercado que o Banco tem na Região Autónoma dos Açores e numa fase de abrandamento da economia nacional, parece-nos importante salientar o que vem referido quanto a alguns sectores económicos da Região, nomeadamente o turismo, salientando-se a progressão do crédito à habitação e a existência de uma taxa de desemprego ainda reduzida.

5. Releva-se a preocupação de garantir a melhoria da gestão dos riscos e salienta-se a manutenção de uma percentagem perfeitamente aceitável do crédito vencido sobre o crédito concedido, acompanhada pelo aumento do grau de cobertura do crédito vencido por provisões para crédito. Para tal, é importante o esforço que se faz permanentemente quanto à recuperação do crédito vencido.

Estes aspectos têm sido muito acompanhados pelo Conselho Fiscal, que continua a dar prioridade à análise relativa à constituição das provisões em geral e não apenas às relativas ao crédito vencido.

Refere-se ainda o cuidado que tem havido quanto à análise do conteúdo das contas de regularização.

6. Devemos ainda referir a preocupação havida quanto à necessidade de medidas especiais para dar

execução às novas exigências de Fundos Próprios e às Normas Internacionais de Contabilidade, resultantes da implementação dos princípios do Acordo de Basileia, que tem de ser, como se vem fazendo, atempada e gradualmente considerada.

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7. O Conselho Fiscal tem igualmente acompanhado, com o maior interesse, o que vem sendo feito para melhorar o Sistema de Controlo Interno, para isso ressaltando, nomeadamente, as melhorias introduzidas e a introduzir nas operativas das redes dos dois Bancos Comerciais do Grupo e a integração progressiva dos seus serviços de auditoria e inspecção.

8. Mantém-se, como objectivo essencial do Banco, o desenvolvimento das potencialidades derivadas da sua inserção no conjunto de empresas do Grupo Banif, cada uma delas fornecendo serviços que complementam o oferta feita aos clientes do Grupo. Em termos comerciais, são de referir os desenvolvimentos na área do cross selling, a utilização de promotores externos e a criação e funcionamento da Banca electrónica.

9. Não podemos deixar de fazer uma referência muito especial à passagem do 90º aniversário da

criação do Banco e às cerimónias que lhe foram inerentes, com especial relevo para a criação do Espaço Museológico inaugurado, que servirá para gravar e manter viva a história da Instituição.

10. Pelas razões atrás indicadas, poderemos concluir que o Exercício de 2002 se caracteriza por

evolução e resultados bastante positivos. 11. O Conselho Fiscal analisou o Relatório da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas e a

Certificação Legal das Contas, com a qual declara concordar, para os efeitos do disposto no nº 2 do Artº 452º do Código das Sociedades Comerciais.

12. Em conclusão, o Conselho Fiscal é de parecer que a Assembleia Geral:

a) Aprove o Relatório do Conselho de Administração relativo ao Exercício findo em 31 de Dezembro de 2002;

b) Aprove as Contas relativas a esse Exercício;

c) Aprove a Proposta de Aplicação de Resultados feita no Relatório do Conselho de Administração, a qual se encontra de acordo com a norma legal aplicável – Artº 97º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras;

d) Nos termos do Artº 455º do Código das Sociedades Comerciais, proceda à apreciação da administração e fiscalização do Banco;

e) Emita um voto de louvor ao Conselho de Administração e à Comissão Executiva, pela forma como procederam à gestão do Banco durante o Exercício;

f) Manifeste o seu apreço aos empregados do Banco, pela colaboração dada aos Órgãos Sociais no exercício das respectivas funções.

Lisboa, 27 de Fevereiro de 2003 Dr. CARLOS ALBERTO ROSA (Presidente) _____________________________ ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS – S.R.O.C., SA, representada por Dr. ALFREDO GUILHERME DA SILVA GÂNDARA (R.O.C.) _______________ Dr. JOSÉ PEDRO LOPES TRINDADE __________________________________

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA INTRODUÇÃO 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de

Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de gestão e nas demonstrações financeiras anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, do BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A., as quais compreendem: o Balanço em 31 de Dezembro de 2002, (que evidencia um total de 2.520.324 milhares de euros e um total de capital próprio de 81.737 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 7.536 milhares de euros), as Demonstrações de resultados por naturezas e por funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e nos correspondentes Anexos.

RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração:

a) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa;

b) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;

c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição

financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de

prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

ÂMBITO 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de

Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das

demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações

financeiras; e - a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

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5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. OPINIÃO 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada,

em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do BANCO COMERCIAL DOS AÇORES, S.A. em 31 de Dezembro de 2002 o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Lisboa, 27 de Fevereiro de 2003 ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS – SROC, S.A. Registada na CMVM com o N.º 9011 Representada por: Alfredo Guilherme da Silva Gândara

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Extracto da Acta n.º 1/2003, da Assembleia Geral Anual de 28 de Março de 2003

(....) Encontravam-se presente e representados accionistas titulares, no seu conjunto, de 9.757.130 acções, de valor nominal unitário de 5 Euros, representativas de 94,01% do capital social da Sociedade. (...) De seguida, entrou-se no primeiro ponto da ”Ordem de Trabalhos” : Deliberar sobre o Relatório de Gestão e Contas do Banco Comercial dos Açores, S.A., respeitantes ao exercício de 2002. O Presidente da Mesa deu a palavra ao Senhor Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos, Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, que apresentou sucintamente os principais indicadores da actividade da Sociedade no ano em análise. Não tendo nenhum dos senhores accionistas pretendido usar da palavra, o Presidente da Mesa submeteu à votação o Relatório de Gestão e Contas do Banco Comercial dos Açores, S.A., apresentados pelo Conselho de Administração, os quais foram aprovados por unanimidade. Entrou-se, de seguida, no segundo ponto da “Ordem de Trabalhos”: Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados do Exercício. O Presidente da Mesa submeteu à discussão e votação da Assembleia a proposta apresentada pelo Conselho de Administração, do seguinte teor: “Em resultado da actividade desenvolvida em 2002, o Banco gerou um Resultado do Exercício, líquido de impostos, no montante de 7.535.904,54 Euros. Considerando que: 1. A admissão à negociação das acções do BCA no Mercado de Cotações Oficiais da Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. recomenda a adopção, sempre que possível, de uma política de remuneração dos accionistas, consentânea com as práticas do mercado; 2. A política de dividendos deve, em simultâneo, adequar-se ao prosseguimento de uma estratégia orientada para o crescimento, o que passa pelo reforço da solidez financeira do Banco; O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral, em conformidade com o disposto no artigo 97º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e no artigo 21º do Contrato de Sociedade, a seguinte aplicação de resultados: a) Para Reserva Legal: EUR 753.590,45; b) Para Distribuição de Dividendos: EUR 2.594.618,25 (corresponde a EUR 0,25 por acção); c) Para Resultados Transitados: EUR 4.187.695,84. “ Realizada a votação, verificou-se que a proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração foi aprovada por unanimidade. (...)