626
Relatório e Contas 2011 1 2011 Relatório e Contas Volume I

Banco Comercial Português, S.A. informa sobre Relatório e Contas

Embed Size (px)

Citation preview

  • Relatrio e Contas 2011

    1

    2011

    Relatrio e Contas Volume I

  • Relatrio e Contas 2011

    2

    Todas as menes, neste documento, aplicao de quaisquer normativos referem-se respetiva verso atualmente vigente.

  • Relatrio e Contas 2011

    3

    NDICE

    Sntese de Indicadores 4 Principais Destaques 6 Mensagem Conjunta do Presidente do Conselho de Administrao e do Presidente da Comisso Executiva 8 Grupo Millennium 11 Marca Millennium 14 Posicionamento Competitivo 20 Rede Millennium 23 Modelo de Organizao Interna 25 Enquadramento Econmico 29 Dilogo com os Stakeholders 34 Estratgia 40 Ao BCP 42 Participaes Qualificadas 50 Anlise Financeira 51 Fundo de Penses 78 Capital 79 Plano de Liquidez e Capital 82 Plano Estratgico de Capitalizao 83 Funding e Liquidez 84 Notaes de Rating Atribudas ao BCP 86 Anlise de Segmentos de Negcio 89 Gesto do Risco 143 Exposio a Atividades e Produtos Afetados pela Crise Financeira 165 Principais Fatores de Risco 166 Cultura de Rigor 177 Envolvimento com a Comunidade Interna 181 Envolvimento com a Comunidade Externa 192 Desempenho Ambiental 199 rgos e Corpos Sociais 207 Alteraes ao Governo Societrio 210 Principais Eventos em 2011 212 Demonstraes Financeiras 221 Proposta de Aplicao de Resultados do Banco Comercial Portugus, S.A. 223 Anexos 224

  • Relatrio e Contas 2011

    4

    SNTESE DE INDICADORES

    Milhes de euros

    2011 2010 2009 2008 2007Var. %

    11/10

    Balano

    Ativo total 93.482 98.547 95.550 94.424 88.166 -5,1%

    Crdito a clientes (lquido) (1) 68.046 73.905 74.789 74.295 64.811 -7,9%

    Recursos totais de clientes (1) 65.530 67.596 66.516 65.325 62.719 -3,1%

    Recursos de balano de clientes (1) 53.060 51.342 50.507 50.858 44.377 3,3%

    Depsitos de clientes (1) 47.516 45.609 45.822 44.084 38.268 4,2%

    Crdito total, lq. / Depsitos de clientes (2) 144,8% 163,6% 164,1% 169,3% 168,9%

    Capitais prprios atribuveis aos Acionistas do Banco e Passivos subordinados 4.973 7.153 9.108 8.559 7.543 -30,5%

    Rendibilidade

    Produto bancrio 2.569,6 2.902,4 2.522,3 2.872,8 2.888,0 -11,5%

    Custos operacionais 1.634,2 1.543,2 1.540,3 1.670,8 1.748,6 5,9%

    Imparidades e Provises 2.157,0 941,1 686,5 860,0 451,2 129,2%

    Impostos sobre lucros

    Correntes 66,9 54,2 65,6 44,0 73,0

    Diferidos (525,7) (39,8) (19,4) 40,0 (3,5)

    Interesses que no controlam 85,9 59,3 24,1 56,8 55,4 44,8%

    Resultado lquido atribuvel a Acionistas do Banco (848,6) 344,5 225,2 201,2 563,3

    Rendibilidade dos capitais prprios mdios (ROE) -22,0% 9,8% 4,6% 4,5% 14,9%

    Resultado antes de impostos e interesses que no controlam / Capitais prprios

    mdios (2) -28,0% 10,6% 5,7% 7,1% 17,1%

    Rendibilidade do ativo mdio (ROA) -0,8% 0,4% 0,3% 0,3% 0,7%

    Resultado antes de impostos e interesses que no controlam / Ativo lquido mdio (2) -1,3% 0,4% 0,3% 0,4% 0,8%

    Produto bancrio / Ativo lquido mdio (2) 2,6% 3,0% 2,7% 3,1% 3,5%

    Rcio de eficincia (2) (3) 58,4% 54,1% 62,9% 58,5% 60,2%

    Custos com pessoal / Produto bancrio (2) (3) 31,9% 29,0% 35,2% 32,2% 32,7%

    Qualidade do crdito

    Crdito vencido h mais de 90 dias / Crdito total 4,5% 3,0% 2,3% 0,9% 0,7%

    Crdito com incumprimento / Crdito total (2) 6,2% 4,5% 3,4% 1,5% 1,2%

    Crdito com incumprimento, lq. / Crdito total, lq. (2) 1,4% 1,2% 0,6% -0,4% -0,7%

    Crdito em risco / Crdito total (2) 10,1% 7,1% 6,0% 3,5% 2,6%

    Crdito em risco, lq. / Crdito total, lq. (2) 5,5% 4,0% 3,3% 1,6% 0,8%

    Imparidade do crdito / Crdito vencido h mais de 90 dias 109,1% 109,4% 119,0% 211,6% 251,8%

    Custo do risco 186 p.b. 93 p.b. 72 p.b. 71 p.b. 39 p.b.

    Capital (*)

    Rcio Core Tier I (2) 9,3% 6,7% 6,4% 5,8% 4,5%

    Rcio de Adequao de Fundos Prprios de Base (2) 8,6% 9,2% 9,3% 7,1% 5,5%

    Rcio de Adequao de Fundos Prprios (2) 9,5% 10,3% 11,5% 10,5% 9,6%

    Ao BCP

    Capitalizao bolsista (aes ordinrias) 980 2.732 3.967 3.826 10.545 -64,1%

    Resultado lquido por ao bsico e diludo ajustados (euros) (0,073) 0,048 0,031 0,032 0,118

    Valores de mercado por ao (euros) (4)

    Mximo 0,610 0,866 0,998 2,455 3,59 -29,6%

    Mnimo 0,097 0,515 0,516 0,636 2,15 -81,2%

    Fecho 0,136 0,540 0,784 0,756 2,44 -74,8%

    (1) A justado das participaes em associadas parcialmente alienadas - M illennium bank Turquia (2007 a 2008) e M illennium bcpbank EUA (2007 a 2009).

    (2) De acordo com a Instruo n. 23/2011 do Banco de Portugal.

    (3) Exclui impacto de itens especficos.

    (4) Valor de mercado por ao ajustado do aumento de capital.

    (*) Rcio de solvabilidade de acordo com o modelo de Notaes Internas (IRB) em 2011 e 2010 e de acordo com o mtodo padro entre 2009 e 2007 (informao detalhada na seco "Gesto do Capital").

    Nota: os indicadores referentes aos exerccios de 2011 e 2010, refletem os ajustamentos efetuados s contas com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2010.

  • Relatrio e Contas 2011

    5

    Unid. 2011 2010 2009 Var. 11/10

    CLIENTESTOTAL DE CLIENTES Milhares 5.384 5.164 5.008 4,1%

    Juros pagos sobre depsitos e outros recursos Milhes de euros 1.758 1.166 1.330 33,7%

    Reclamaes registadas Nmero 74.638 75.934 101.531 -1,7%

    Reclamae resolvidas Percentagem 98,5% 97,7% 104,6% 0,8%

    ACESSIBILIDADES (1)

    Sucursais Nmero 1.722 1.744 1.774 -1,3%

    Sucursais abertas ao Sbado 148 74 25 50,0%

    Sucursais com acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida (2) 1.015 1.142 624 -12,5%

    Internet N de utilizadores 1.203.679 1.111.480 929.518 7,7%

    Call Center N de utilizadores 276.315 349.536 327.788 -26,5%

    Mobile banking N de utilizadores 165.636 38.654 38.953 76,7%

    ATM Nmero 3.708 3.904 3.885 -5,3%

    COLABORADORES (3) Nmero 21.508 21.370 21.285 0,6%

    INDICADORES LABORAIS (4)

    Distribuio por categoria profissional Nmero

    Conselho de Administrao 36 30 22 16,7%

    Alta Direco 207 206 203 0,5%

    Direco 2.013 1.900 1.788 5,6%

    Comerciais 12.599 11.105 10.886 11,9%

    Tcnicos 4.226 3.854 3.621 8,8%

    Outros 2.486 2.252 2.326 9,4%

    Distribuio por faixa etria Nmero

    =50 3.427 2.925 2.520 14,6%

    Mdia de idades Anos 35 35 34 -1,6%

    Distribuio por vnculo contratual Nmero

    Contrato permanente 19.709 19.531 19.291 0,9%

    Contrato a termo 1.769 1.706 1.354 3,6%

    Estagirios 89 60 n.d. 32,6%

    Colaboradores a trabalhar a tempo parcial Nmero 184 171 142 7,1%

    Taxa de recrutamento Percentagem 10,5% 9,6% 6,0% 8,7%

    Taxa de mobilidade interna Percentagem 17,7% 15,2% 25,6% 14,2%

    Taxa de sadas Percentagem 10,2% 9,1% 10,3% 11,5%

    Livre associao (5) Percentagem

    Colaboradores abrangidos por Acordo Coletivo de Trabalho 99,7% 99,9% 99,9% -0,2%

    Colaboradores sindicalizados 76,2% 79,3% 83,4% -4,1%

    Higiene e segurana no trabalho (HST)

    Visitas de HST Nmero 651 673 462 -3,4%

    Taxa de acidentes de trabalho Percentagem 0,0% 0,0% 0,0% -9,2%

    Vtimas mortais Nmero 0 0 0 -

    Taxa de absentismo Percentagem 4,3% 4,7% 4,7% -9,2%

    Salrio mais baixo e o salrio mnimo local Rcio 1,5 1,4 1,2 5,0%

    AMBIENTE

    Emisso de gases com efeito de estufa tCO2eq 74.356 81.736 95.614 -9,0%

    Consumo de eletricidade MWh 127.837 127.210 140.070 0,5%

    Produo de resduos t 1.474 1.038 1.934 42,0%

    Consumo de gua m3 393.623 415.522 435.329 -5,3%

    FORNECEDORES

    Prazo de pagamento e prazo contratualizado, em Portugal Rcio 1 1 1 0,0%

    Montante pago a fornecedores locais Percentagem 90,7% 92,4% 92,4% -1,9%

    DONATIVOS Milhes de euros 3,2 3,8 2,4 -18,9%

    (1) No inclui informao de Angola em 2009, para os canais Internet, Call Center e Mobile Banking.(2) Informao no disponvel para Moambique em 2009.

    (5) Valor reflete as operaes em que estes regimes so aplicveis: Acordo Coletivo de trabalho - Portugal, Grcia, Moambique e Angola -, Sindicato - Portugal, Moambique e Angola.n.d. - Informao no disponvel.

    (3) Nmero de Colaboradores para todas as operaes exceto Polnia, em que esto reportados full time equivalent (FTE). Em 2009 o nmero est corrigido por alienao parcial das

    operaes na Turquia e nos EUA.(4) Informao de Colaboradores (no FTE's) para: Portugal, Polnia, Romnia, Grcia, Angola, Moambique e Sua. Informao no disponvel em 2009 para Angola e Sua.

  • Relatrio e Contas 2011

    6

    PRINCIPAIS DESTAQUES

    Garantido nvel de solvabilidadeacima dos requisitos regulatrios

    Processo de desalavancagempara estabilizar funding do balano

    Reduo do risco associado ao fundo de penses

    CT1>9% em 2011

    L/D120% em 2014

    ResponsabilidadesReduo >50%

    PROVEITOS BASEMilhes de euros

    2.328 2.369

    2010 2011

    +1,7 %

    1.536 1.501

    2010 2011

    CUSTOS OPERACIONAIS *

    -2,3%

    Milhes de euros

    * Excluindo itens especficos

    DOTAO PARA IMPARIDADE DE CRDITO (lquida de recuperaes)Milhes de euros

    +86,7 %

    381713

    1.332

    2010 2011

    Imparidades definidas pelo Programa Especial de Inspees

    CORE TIER I

    6,7% 6,7%8,5% 9,1%

    9,3%

    Dez 10 Mar 11 Jun 11 Set 11 * Dez 11

    * Inclui impacto da operao de liability management

    +260 p.b.

    RESULTADO LQUIDOMilhes de euros

    345

    -849-1.034

    2010 2011 Excecionais negativos

  • Relatrio e Contas 2011

    7

    RCIO DE CRDITO SOBRE DEPSITOS * (BdP)

    164% 164%157% 154%

    145%

    Dez 10 Mar 11 Jun 11 Set 11 Dez 11

    * De acordo com instruo n23/2011 do Banco de Portugal (calculado com crdito lquido edepsitos de clientes) / Recursos e crdito bruto encontram-se ajustados de operao de Repo, de2.256 milhes de euros, data de 30 de junho e setembro de 2011

    RESPONSABILIDADES DO FUNDO DE PENSES

    5.322

    2.452

    Dez 10 Dez 11

    -53,9%

    Milhes de euros

    79,3

    80,580,2

    79,178,8

    79,8

    2009 2010 2011

    SATISFAO GLOBAL DE CLIENTESPontos ndice

    PortugalConsolidado

    74,472,9

    76,0

    72,4

    69,370,8

    2009 2010 2011

    SATISFAO GLOBAL DE COLABORADORESPontos ndice

    PortugalConsolidado

    2,4

    3,8

    3,2

    2009 2010 2011

    DONATIVOSMilhes de euros

    20.186 18.029 17.629

    75.42863.707 56.727

    95.614

    81.73674.356

    2009 2010 2011

    EMISSES DE GEE (1)tCO2eq

    Emisses indiretas GEE(3)Emisses diretas GEE(2)Emisses totais

    (1) Inclui Portugal, Polnia, Grcia, Romnia e Moambique.(2) No inclui as emisses da frota automvel da Grcia e da eletricidade e calor da Grcia em 2009.(3) No inclui as emisses de mbito 3 da Grcia e Moambique. Emisses das viagens casa-trabalho-casa dos Colaboradores, calculadas para Portugal.

  • Relatrio e Contas 2011

    8

    MENSAGEM CONJUNTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAO E DO PRESIDENTE DA COMISSO EXECUTIVA

    Em 28 de fevereiro de 2012 realizou-se uma Assembleia Geral de Acionistas do Banco Comercial Portugus, S.A., tendo sido aprovada a alterao e reestruturao do contrato de sociedade, que se consubstanciou na adoo de um modelo de administrao e fiscalizao monista, composto por Conselho de Administrao, Comisso de Auditoria e Revisor Oficial de Contas, bem como na criao de um Conselho Estratgico Internacional. Na mesma Assembleia foram eleitos os membros dos novos rgos e corpos sociais para o mandato 2012-2014. Nos termos da legislao em vigor, incumbe ao Conselho de Administrao em funes a apresentao do relatrio de gesto e das contas de 2011 aos Acionistas, Entidades de Superviso, Clientes, Analistas e ao pblico em geral.

    Em conformidade com as melhores e mais recentes prticas internacionais de comunicao com os Stakeholders, o Millennium bcp adotou a partir de 2010 o conceito de Reporte Integrado na elaborao do Relatrio e Contas Anual. O Reporte Integrado permite evidenciar a ligao entre estratgia, governo corporativo, performance financeira e a envolvente social, ambiental e econmica em que o Banco opera.

    Em 2011, tornou-se mais acentuada a interao entre o risco da dvida soberana, o sistema financeiro e a economia, quer a nvel internacional, quer em Portugal, traduzindo-se num enquadramento ainda mais desafiante para o desenvolvimento da atividade bancria. O agudizar das dificuldades de financiamento do Estado portugus no mercado internacional conduziu a que o Governo solicitasse formalmente s Autoridades Europeias e ao Fundo Monetrio Internacional (FMI) a elaborao de um plano de assistncia econmica e financeira. Assim, desde maio de 2011, Portugal est sob um Programa de Assistncia Econmica e Financeira de mdio prazo, negociado e suportado conjuntamente pelo FMI e pela Unio Europeia.

    Num contexto de elevada incerteza, em particular no que respeita aos mecanismos de superao da crise de dvida soberana na rea do euro, os desafios enfrentados pela economia portuguesa e pelo sistema financeiro portugus ampliaram-se. Os bancos portugueses confrontaram-se com a generalizao das dificuldades no acesso a financiamento nos mercados internacionais de dvida por grosso. Este facto, a par das exigncias de reforo de capital, da gesto de um processo de desalavancagem e de um contexto macroeconmico e financeiro particularmente adverso, resultado das medidas de austeridade e de consolidao das finanas pblicas, condicionou a sua atividade, rendibilidade, qualidade dos ativos e solvabilidade. Apesar disso, o Millennium bcp evidenciou a sua robustez ao ultrapassar, com xito, os testes de esforo europeus e ao cumprir com as exigncias de regulamentao europeia, em matria de capital e liquidez.

    Perante a transformao estrutural do mercado em Portugal, o Millennium bcp procedeu em julho de 2011 adaptao da sua agenda estratgica, tendo por base quatro reas chave de atuao: i) Garantir nveis de solvabilidade acima dos requisitos regulamentares de 9% de Core Tier I em 2011 e 10% em 2012; ii) Gerir o processo de desalavancagem para estabilizar as necessidades e estrutura de financiamento, tendo redefinido como objetivo um rcio de Crdito sobre Depsitos de 120% em 2014; iii) Recuperar os nveis de rendibilidade do negcio em Portugal, com o objetivo de superar uma rendibilidade de capitais prprios (ROE) de 10% (aps estabilizao do ciclo); e iv) Focar o porteflio internacional em funo do seu atrativo e recursos disponveis.

    Entre as vrias iniciativas levadas a cabo pelo Millennium bcp com o propsito de atenuar os efeitos adversos provocados pela intensificao da crise de dvida soberana, salientam-se: i) a operao de liability management sobre aes preferenciais, concluda em outubro, bem como o processo de desalavancagem e o reforo de colaterais financeiros, que, entre outras medidas implementadas no mbito do plano de capital definido pelo Banco, permitiram um reforo do rcio Core Tier I. No final de 2011 este rcio ascendeu a 9,3%, o valor mais elevado de sempre; ii) as iniciativas de repricing da carteira de crdito e o enfoque no crescimento de recursos de balano que se traduziram na reduo do gap comercial em 7,8 mil milhes de euros. O crdito a clientes diminuiu 6,4% enquanto os depsitos aumentaram 4,2%, com particular destaque para a atividade domstica onde cresceram 7,2%, face ao final de 2010; iii) a expanso do ActivoBank, que inaugurou oito sucursais em 2011, consolidando assim o seu estatuto de liderana no mercado nacional na rea de inovao; e iv) o enfoque na prestao de um servio de excelncia com o ndice de satisfao dos Clientes a atingir o valor mais elevado (81,2 pontos de ndice), desde a criao da marca Millennium.

  • Relatrio e Contas 2011

    9

    Em 2011, o resultado lquido consolidado foi negativo em 849 milhes de euros, penalizado por fatores extraordinrios com um impacto agregado negativo de 1.034 milhes de euros. Entre estes eventos no recorrentes, destacam-se o provisionamento da dvida pblica grega e a desvalorizao de dvida soberana portuguesa, o reconhecimento de imparidade relativa ao restante goodwill da Grcia, o custo relativo transferncia parcial do fundo de penses e o reforo das dotaes para imparidades de crdito, resultante do Programa Especial de Inspees realizado no mbito do Programa de Assistncia Econmica e Financeira a Portugal.

    Importa, no entanto, sublinhar a contribuio muito positiva das operaes internacionais, que proporcionaram um efeito de diversificao face ao desempenho negativo em Portugal, embora insuficiente para mitigar na totalidade os efeitos dos eventos extraordinrios no resultado lquido consolidado do Grupo. O contributo do resultado lquido proveniente do exterior aumentou de 51,8 milhes de euros em 2010 para 122,7 milhes de euros em 2011, com especial relevo para as operaes polaca e africanas que evidenciaram um crescimento de 49,7% e apresentaram lucros histricos. Em particular, salienta-se o resultado lquido registado pela operao polaca de 113,3 milhes de euros, impulsionado pelo aumento dos proveitos e pela diminuio do custo do risco e a prossecuo dos planos de expanso em frica, tendo o Millennium Angola terminado o ano com 61 sucursais, o que lhe confere a presena em todas as provncias angolanas, e o Millennium bim ultrapassado a marca de um milho de Clientes ativos. Em conjunto, as operaes africanas registaram um resulto lquido de 122,7 milhes de euros, correspondentes a um crescimento de 60,6% face a 2010.

    Apesar do resultado lquido em 2011 ter sido condicionado por eventos negativos com carter extraordinrio, vrias reas do Grupo apresentaram um bom desempenho, sendo de realar: i) o crescimento da margem financeira, quer em Portugal quer nas operaes internacionais, tendo aumentado 4,1% em termos consolidados face a 2010; ii) a continuada reduo dos custos operacionais que diminuram 2,3%, em termos consolidados, excluindo o efeito de eventos no recorrentes, e evidenciaram uma reduo de 3,9% na atividade internacional no obstante os planos de expanso em curso e a abertura de sucursais nas operaes africanas; e iii) o cumprimento dos objetivos definidos no plano de liquidez, tendo-se observado uma reduo da exposio ao Banco Central Europeu em 2,2 mil milhes de euros face a dezembro de 2010.

    Os esforos empreendidos com vista execuo das medidas acordadas no mbito do Programa de Assistncia Econmica e Financeira estabelecido com as autoridades portuguesas, consubstanciaram-se na reduo do rcio de transformao do Banco, na diminuio da dependncia do Banco Central Europeu e na apresentao do plano de capitalizao ao Banco de Portugal, no dia 20 de janeiro de 2012, nos termos da comunicao da Autoridade Bancria Europeia de 8 de dezembro.

    Em 2011, prosseguiram as aes desenvolvidas junto das comunidades no mbito dos programas de responsabilidade social. Em Portugal, a Fundao Millennium bcp e, em Moambique, o programa Mais Moambique pra Mim, dinamizaram inmeras aes de apoio e interao social, em reas como a cultura, a educao e a beneficncia. Em Angola, atravs de uma parceria com o Grupo Amizade foram apoiadas iniciativas dirigidas a grupos da populao mais desfavorecidos. Tambm enquadrado na poltica de responsabilidade social do Banco, o Banco Millennium Angola e o Banco Privado Atlntico assinaram um protocolo para reforar o microcrdito em Angola, como veculo potenciador do empreendedorismo e da incluso social. Em Portugal, atravs deste instrumento manteve-se o apoio a inmeros empreendedores, concretizado em 2011 na criao de 214 novas microempresas que originaram 315 novos postos de trabalho.

    Nos ltimos anos, com o empenho e contributo de todos os Colaboradores, o Millennium bcp conseguiu continuar a inovar para responder de forma rpida s alteraes na forma de relacionamento e aos padres de consumo dos Clientes e melhorar a eficincia dos processos internos, bem como consolidar as operaes africanas e polaca e, ao mesmo tempo, reforar os nveis de capital e de solidez para valores sem paralelo no passado, apesar do efeito negativo de fatores extraordinrios. Aqui chegados e aps a estabilizao da base acionista, ser agora necessrio que o Millennium bcp avance, reforando e melhorando o que j foi concretizado.

    Os prximos anos no sero menos exigentes ou desafiantes. A atividade dos bancos ser confrontada com as exigncias decorrentes do programa de ajustamento que a economia portuguesa e o setor financeiro esto a realizar. O Millennium bcp ter que responder aos critrios configurados nos requisitos da Autoridade Bancria Europeia relativamente ao rcio de Core Tier I, para 30 de junho de 2012, e s exigncias prudenciais do Banco de Portugal para o final de 2012, como passo intermdio para estar consonante com os critrios de Basileia III em 2014. Em paralelo, o Millennium bcp ter que prosseguir o esforo de desalavancagem, com o propsito de melhorar a sua posio de liquidez e de reduzir a sua dependncia do financiamento obtido junto do Banco Central Europeu e manter uma apertada disciplina de custos.

  • Relatrio e Contas 2011

    10

    Com a execuo do plano de capitalizao que vier a ser aprovado, ser reforada a solidez financeira do Banco, o que, a par da alterao do modelo de governance, permitir lanar as bases de um novo projeto estratgico envolvendo todas as reas do Grupo e os Stakeholders, em particular os mais de 5 milhes de Clientes, 182 mil Acionistas e cerca de 21 mil Colaboradores. Tal certamente reforar o seu estatuto de instituio financeira de referncia no mercado nacional e internacional.

    Porto Salvo, 23 de abril de 2012

    Nuno Amado Antnio Monteiro

    Presidente da Comisso Executiva Presidente do Conselho de Administrao

    Vice-Presidente do Conselho de Administrao

  • Relatrio e Contas 2011

    11

    GRUPO MILLENNIUM

    O Banco Comercial Portugus, S.A. (BCP, Millennium bcp ou Banco) o maior banco privado portugus: o Grupo BCP detm ativos totais de 93.482 milhes de euros, crdito a clientes (bruto) de 71.533 milhes de euros e recursos de clientes de 65.530 milhes de euros, em 31 de dezembro de 2011. Desde a sua fundao, o Milennium bcp tem sido sinnimo de inovao, dinamismo e solidez financeira, mantendo estes vetores como pilares estratgicos que contribuem para a mxima eficincia da plataforma e constituem um elemento de diferenciao chave face concorrncia. O Banco, com centro de deciso em Portugal, responde vocao: Ir mais alm, fazer melhor e servir o Cliente, pautando a sua atuao por valores como o respeito pelas pessoas e pelas instituies, enfoque no Cliente, vocao de excelncia, confiana, tica e responsabilidade, sendo lder destacado em vrias reas de negcio financeiro no mercado portugus e uma instituio de referncia a nvel internacional.

    Em Portugal, o Banco opera com a maior rede de distribuio bancria do pas, com 885 sucursais, e o segundo banco em termos de quota de mercado, quer em crdito a clientes (cerca de 19,6%), quer em depsitos de clientes (cerca de 17,6%). A atividade em Portugal representa 76,1% dos ativos totais, 76,3% do crdito a clientes (bruto) e 68,4% dos depsitos de clientes.

    O Grupo assume tambm uma posio de destaque em frica, atravs das suas operaes bancrias em Moambique e Angola, e na Europa, atravs das suas operaes na Polnia, Grcia, Romnia e Sua. Desde 2010, o Banco opera em Macau atravs de uma sucursal de pleno direito, tendo assinado, nesse ano, um memorando de entendimento com o Industrial and Commercial Bank of China com o objetivo de reforar a cooperao entre os dois bancos, que se estende a outros pases e regies para alm de Portugal e China. Em 2011, o Banco formalizou um pedido de licena para a abertura de uma sucursal de pleno direito na Repblica Popular da China. O Banco tem tambm uma presena nas Ilhas de Caimo atravs do BCP Bank & Trust com licena tipo B. Realce ainda para a assinatura, em 2011, do acordo de parceria com o Banco Privado Atlntico para a constituio/aquisio de um banco no Brasil, visando a explorao de oportunidades no mercado brasileiro, nomeadamente nas reas de corporate e trade finance, atravs de parcerias. A entrada no mercado brasileiro completa o ltimo vrtice do losango estratgico Portugal, frica, China e Brasil.

    As operaes internacionais representam j 48,6% do total de 1.722 sucursais e 53,7% dos 21.508 Colaboradores do Grupo BCP, tendo apresentado uma contribuio em 2011 de 122,7 milhes de euros. So de salientar a manuteno dos planos de expanso em frica, tendo o Millennium Angola inaugurado o 61. balco e o Millennium bim, lder destacado em Moambique, atingido a marca de um milho de Clientes ativos. No seu conjunto, estas duas operaes apresentaram em 2011 uma contribuio de 77,2 milhes de euros, a que corresponde um acrscimo de 62,1% face ao perodo homlogo. Igualmente de referir os bons resultados da operao polaca, detida a 65,5%, que evidenciou uma contribuio de 74,2 milhes de euros em 2011 (+39,3% face a 2010, incluindo efeito cambial) e a crescente dimenso e importncia da operao do Bank Millennium na Polnia, com 451 sucursais e uma quota de mercado de cerca de 4,9% em depsitos e 5,0% em crdito a clientes.

    As aes do BCP esto admitidas cotao da Euronext Lisboa, sendo a capitalizao bolsista a 31 de dezembro de 2011 de cerca de 980 milhes de euros. Na mesma data, o Grupo apresenta um rcio de solvabilidade consolidado e de Core Tier I, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, de 9,5% e de 9,3%, respetivamente.

    VISO DO MILLENNIUM BCP O Millennium bcp aspira ser o Banco de referncia no servio ao Cliente, com base em plataformas de distribuio inovadoras, em que mais de dois teros do capital estar alocado ao Retalho e s Empresas, em mercados de elevado potencial, que apresentem um crescimento anual esperado de volumes de negcio superior a 10%, e ainda atingir um nvel de eficincia superior, traduzido num compromisso com um rcio de eficincia que se situe em nveis de referncia para o setor e com uma reforada disciplina na gesto de capital, liquidez e de custos.

    MISSO DO MILLENNIUM BCP Criar valor para o Cliente atravs de produtos e de servios bancrios e financeiros de qualidade superior, observando rigorosos e elevados padres de conduta e responsabilidade corporativa, crescendo com rendibilidade e sustentabilidade, de modo a proporcionar um retorno atrativo aos Acionistas, que fundamente e reforce a autonomia estratgica e a identidade corporativa.

  • Relatrio e Contas 2011

    12

    VALORES DO MILLENNIUM BCP Os valores do Millennium bcp traduzem a forma como o Banco pauta a sua atuao na relao com os Stakeholders.

    HISTRIA O Banco Comercial Portugus desde a fundao at ao presente tem vivido uma histria de sucesso, na qual se tornou, ao longo deste quarto de sculo, num banco lder em Portugal e numa instituio de referncia em diversas reas nos diferentes mercados onde atua, sob a marca Millennium.

    O Banco, constitudo em 1985 na sequncia da desregulamentao do sistema bancrio portugus, escalou diversos patamares de crescimento. A primeira fase do desenvolvimento caracterizou-se essencialmente pelo crescimento orgnico, atravs da explorao das oportunidades de mercado em consequncia da

    Crescimento orgnico para

    alcanar posio relevante

    Consolidao para atingir dimenso

    crtica

    Liderana em Portugal, preparando

    as bases para a expanso na Polnia

    e na Grcia

    Consolidao da expanso

    internacional com uma marca nica1985 - 1995

    1995 - 2000

    2000 - 2005

    2005 2010

    2011

    Enfoque em Portugal e em mercados de

    afinidade

    Banco de referncia em Portugal

    Portugal frica China - Brasil

    liderana em Portugal e presena internacional atravs do crescimento em mercados de retalho de afinidade

    Desde a fundao

  • Relatrio e Contas 2011

    13

    desregulamentao. Em 1989, o Banco lanou um conceito bancrio inovador, a Nova Rede, com o objetivo de evoluir para uma proposta de valor universal, oferecendo um leque de produtos e servios completo e a todos os setores da atividade econmica, com uma cobertura geogrfica abrangente. At 1994, o Banco Comercial Portugus conseguiu aumentar de forma expressiva a sua presena no mercado portugus, atingindo, naquele ano, quotas de mercado de cerca de 8% em ativos totais, crdito a clientes e depsitos, de acordo com informao da Associao Portuguesa de Bancos (APB).

    A segunda fase de desenvolvimento iniciou-se em 1995 com a intensificao da concorrncia no mercado bancrio domstico, na sequncia da modernizao das instituies financeiras existentes e da entrada de novas instituies bancrias e financeiras estrangeiras. Neste perodo, o Banco assentou o seu crescimento na aquisio de bancos domsticos com complementaridade de negcio para ganhar e consolidar a sua quota no mercado bancrio, nos seguros e noutros servios financeiros relacionados. Assim, adquiriu, em 1995, o Banco Portugus do Atlntico, que era poca o maior banco privado em Portugal, e, em 2000, o Banco Mello e o Banco Pinto & SottoMayor. O crescimento do BCP foi catalisador da evoluo do sistema bancrio portugus para um dos mais desenvolvidos e inovadores da Europa.

    Aps alcanar e consolidar uma posio relevante no mercado portugus, o Banco deu incio terceira fase do seu desenvolvimento, com enfoque na expanso do negcio de Retalho para novas geografias. Desde o incio, os objetivos implcitos no processo de internacionalizao assentaram nas perspetivas de crescimento e rendibilidade de mercados externos com uma ligao histrica prxima com Portugal ou que detinham grandes comunidades de lusodescendentes, bem como de mercados em que existia uma racionalidade comercial forte para estabelecer operaes bancrias suportadas em modelos de negcio e em plataformas tecnolgicas similares aos adotados pelo Banco com reconhecido sucesso no mercado portugus, adaptando-os s exigncias e necessidades financeiras dos Clientes locais.

    A quarta fase de expanso do Banco assentou na consolidao da expanso internacional com criao de uma marca nica (Millennium) e no enfoque no crescimento orgnico e na criao de valor, alicerada no objetivo de criar um banco verdadeiramente multidomstico com uma identidade supranacional, enfocado na criao de valor em negcios core. Neste contexto, no decurso de 2006, foram levadas a cabo importantes transaes, envolvendo a venda ou a reduo da exposio em ativos no core, com destaque para as operaes detidas em Frana, Luxemburgo e Canad.

    O agravamento das condies macroeconmicas globais, entre o final de 2008 e o incio de 2009, acresceu ao impacto da turbulncia financeira anterior, colocando uma tenso elevada sobre a rendibilidade e solvabilidade das instituies financeiras. Assim, em 2009, face a um enquadramento particularmente adverso e sob presso de mltiplas variveis exgenas, o Millennium bcp considerou que, aps um perodo de estabilizao institucional, se justificava o lanamento de novas prioridades estratgicas, que passaram a assentar em trs pilares fundamentais: Solidez e Confiana, Compromisso e Performance e Sustentabilidade e Valor, definindo como um dos seus vetores de atuao o enfoque no portfolio europeu e em mercados de afinidade. Como resultado da reanlise da carteira de operaes internacionais, o Banco alienou, em outubro de 2010, a totalidade da rede de sucursais do Millennium bcpbank nos EUA, a respetiva base de depsitos e parte da carteira de crdito, deixando de deter uma operao bancria nos EUA. Ainda no seguimento da referida estratgia de enfoque nos mercados prioritrios, o Banco concluiu tambm, em dezembro de 2010, o processo de alienao de 95% do capital social do Millennium Bank A.S. na Turquia.

    O ano de 2010, que se esperava de recuperao face crise financeira que se fez sentir nos anos anteriores, ficou marcado pela ecloso da crise da dvida soberana, que ensombrou os mercados europeus, em especial os designados pases perifricos. Em resposta ao agravamento da crise econmica e soberana, o Millennium bcp procedeu a um novo ajustamento da sua agenda estratgica, tendo implementado iniciativas assentes em trs vetores: i) Aumentar a Confiana, com destaque para o reforo do relacionamento com os Clientes, a melhoria dos rcios de capital via reduo dos ativos ponderados pelo risco (RWA) e reforo dos capitais, a manuteno do controlo do gap comercial e a melhoria dos resultados; ii) Preparar a sada da crise econmica e financeira, com realce para o repricing do crdito, o crescimento em recursos, a desalavancagem do balano e o lanamento de um banco inovador baseado na plataforma do ActivoBank; e iii) Enfoque e Sustentabilidade, mediante a simplificao organizativa, a conteno de custos e o enfoque no portfolio internacional.

  • Relatrio e Contas 2011

    14

    MARCA MILLENNIUM

    A marca Millennium traduz uma promessa de valor para os Clientes e possibilita a diferenciao do Banco e do seu servio em relao concorrncia, por personificar, de forma clara, os princpios e os valores assumidos pelo Millennium bcp e percecionados pelo mercado, entre os quais se destacam a Inovao, a Modernidade/Juventude, o Dinamismo e a Qualidade, de acordo com estudos independentes da Marktest (BASEF) e do Grupo Consultores (brandScore). A marca Millennium constitui uma base para toda a oferta do Banco e uma pea fundamental na sua estratgia comercial com impactos diretos nos seus resultados, permitindo posicionar o Millennium bcp na mente dos seus Clientes e projetar credibilidade, reforar a relao de confiana no Banco e criar um sentimento de lealdade, potenciando o valor da marca.

    Ao ter como assinatura de marca A vida inspira-nos, o Millennium bcp expressa no s a razo de ser da sua atividade, como o seu compromisso e programa de ao. A par de uma forte identidade visual, o Millennium bcp assume a sua personalidade de marca com a vontade de viver, alegria em ser til, abertura ao novo, seriedade e transparncia, num contnuo respeito pela comunidade em que se insere.

    A marca constitui um ativo intangvel do Banco e consiste num conjunto de percees prprias e alheias, responsveis pelo seu posicionamento no mercado. A sua gesto crucial para o sucesso comercial do Millennium bcp. O valor da marca encontra-se extremamente dependente da eficcia da comunicao - publicitria e institucional e do seu nvel de notoriedade, da lealdade marca, da qualidade percebida e da imagem de marca e contribu de forma crtica para o valor do Banco como um todo.

    A consultora internacional Brand Finance publica anualmente o estudo Global Banking 500, onde avalia o valor da marca das 500 instituies bancrias mais valiosas do mundo. No estudo publicado em fevereiro de 2012, a marca Millennium registou um valor de 357 milhes de dlares norte-americanos (cerca de 272 milhes de euros ao cmbio data do estudo), posicionando-se na 247. do ranking global (2. marca entre as instituies financeiras privadas em Portugal).

    O ano de 2011 foi marcado por uma nova fase na comunicao do Millennium bcp por forma a conferir um maior dinamismo e modernidade marca, potenciando ainda mais a sua notoriedade e projeo mediticas. Nesse sentido, o Banco contratou Jos Mourinho para rosto do Millennium bcp como expresso dos mesmos valores de sucesso e paixo, personalidade que constituram o leitmotiv das principais campanhas da instituio ao longo do ano. Em paralelo, o Banco reforou a aposta na comunicao para o segmento Jovem, com uma oferta de mercado inovadora e diferenciadora (Millennium GO!).

    Conceitos como confiana, segurana, tranquilidade e abertura ao dilogo constante e construtivo com todos os atuais e potenciais Clientes, Acionistas e demais Stakeholders, sublinhando a associao do Banco responsabilidade social, mantiveram-se como prioritrios durante o ltimo ano. Este esforo de comunicao foi transversal a todas as campanhas efetuadas, com a permanente preocupao de seguir as melhores prticas e assegurar o cumprimento dos requisitos impostos pelas entidades de superviso relativos transparncia, equilbrio, equidade e relevncia da informao prestada, contribuindo para uma maior clareza nas mensagens comerciais dirigidas ao mercado.

    O Millennium bcp est entre os melhores nos ndices no setor bancrio em Portugal em termos de notoriedade da Marca (Top-of-Mind e Recordao Espontnea) e de Campanhas (Recordao Espontnea), segundo o ltimo estudo disponvel da brandScore (2. banco nos dois primeiros ndices e 1. banco no ltimo). No ltimo estudo BASEF divulgado pela Marktest, o Millennium bcp encontra-se no primeiro lugar, entre os bancos privados a atuar em Portugal, em termos de Notoriedade Espontnea Total e Top-of-Mind.

    Dez.07 Jun.08 Dez.08 Jun.09 Dez.09 Jun.10 Dez.10 Jun.11 Dez.11

    CGD Millennium bcp BES BPIS.Totta Crd. Agrcola Montepio Barclays BankBANIF BPN

    Dez.07 Jun.08 Dez.08 Jun.09 Dez.09 Jun.10 Dez.10 Jun.11 Dez.11

    CGD Millennium bcp BES BPI S. Totta

    Notoriedade Espontnea Total(Referncias superiores a 10%)

    TOP of Mind de bancos 1. referncia(Referncias superiores a 10%)

    Base: totalidade dos indivduos (total)Fonte: BASEF Banca - Marktest

  • Relatrio e Contas 2011

    15

    Os principais desafios para 2012, tal como no ano anterior, passam por reforar a comunicao dos valores da marca Millennium junto do mercado e dos seus Clientes, reforar a confiana dos Clientes no Millennium bcp, estimular a criatividade e o orgulho em ser portugus, para manter a liderana no setor em Portugal.

    PRINCIPAIS CAMPANHAS

    Campanha Institucional

    Em fevereiro de 2011, no Dia Millennium, em reunio de quadros aberta a todos os Colaboradores, foi apresentada em primeira mo a campanha institucional Mourinho Paixo assente nos valores e princpios comuns a Mourinho e ao Millennium bcp: profissionalismo, liderana, ambio e excelncia. Sintetizando toda a mensagem no claim o nosso trabalho, a nossa paixo a nova campanha do Millennium bcp marca uma nova fase da estratgia de comunicao do Banco, reforando valores fundacionais e consolidando o seu posicionamento enquanto Banco lder. Atravs de um discurso direto, Jos Mourinho presta o seu testemunho e justifica as razes de agora tambm Ser Millennium: a partilha do mesmo esprito de vitria, ambio e busca pela perfeio.

    A estratgia comunicacional desenvolvida em 2011 obteve resultados assinalveis. Para alm da campanha publicitria Mourinho Paixo ter sido vencedora do prestigiado Prmio Ouro na categoria Servios Financeiros e Seguros dos Prmios Eficcia 2011, o Banco obteve a liderana em recordao comprovada do setor bancrio, conseguindo tambm o recorde histrico em valor de recordao do setor, com 31,8% (fonte: Marktest). De facto, esta campanha permitiu ao Banco alcanar (e at superar) objetivos reputacionais e de notoriedade previamente traados. Aps o lanamento da campanha, o Millennium bcp cresceu 31% no indicador de Recordao Espontnea, tendo obtido, paralelamente, um recorde histrico em Reputao, Satisfao e Equity da Marca, a par com um valor total recorde de 287% em Eficcia Top of Mind, de acordo com dados da Marktest.

    Campanha Somos Millennium

    Na sequncia da campanha institucional de lanamento, foi realizada uma forte ao de comunicao interna, sob o claim Procuram-se Mourinhos/as. Os Colaboradores foram convidados a participar na campanha atravs de um casting interno que decorreu durante quase um ms. Esta iniciativa abrangeu os Colaboradores a nvel nacional e suscitou um elevado interesse e entusiasmo por todo o pas, potenciando o verdadeiro esprito Millennium. A adeso foi significativa perto de uma centena de candidaturas tendo a seleo decorrido em diversas fases, sendo 14 Colaboradores apurados para a final.

    Respeitando o tom, atitude e ambiente do filme original, os Colaboradores do Millennium bcp - atuando por um dia como verdadeiros atores profissionais transmitem no filme os valores que partilham com Jos Mourinho: a busca pela perfeio, a paixo como suporte da carreira e o esprito de vitria.

    Campanha Orgulho de ser Portugus

    No incio do ltimo trimestre do ano, o Millennium bcp e Jos Mourinho lanaram ao pas um repto que procurou sublinhar e fazer ressurgir o sentimento de Portugalidade inerente a todos: Mostrar o orgulho de ser portugus. Foi este o mote da nova ao comunicacional do Banco: ao apresentar-se Jos Mourinho a afirmar sou o melhor treinador do Mundo e sou Portugus, apelou-se a uma vontade conjunta de crena no futuro e determinao em vencer. Mourinho no s acredita nos portugueses como confia na sua enorme capacidade de trabalho, talento e garra, sintetizando nestes atributos os valores, princpios e atitudes que rev quer em si mesmo quer no Banco do qual faz parte. E nesta partilha de comportamentos que se consubstancia a constatao e certeza de que o Futuro daqueles que trabalham com a mesma Paixo que ele e que os profissionais do Millennium bcp. O Futuro dos portugueses que, apesar das dificuldades, se esforam diariamente demonstrando a sua fora e carter lutador.

    Mas, mais que uma declarao de vontade, a nova campanha teve outra ambio, pretendeu lanar um repto que permitisse uma exibio fsica desse sentimento de Portugalidade: a expresso do orgulho atravs da utilizao de uma fita de pulso - a fita do orgulho. O objetivo da campanha consistia em que todos os Portugueses, quer fossem ou no clientes do Banco, aderissem a essa iniciativa, dirigindo-se a uma sucursal Millennium bcp, para levantarem as suas fitas e as colocarem no pulso, demonstrando tambm o orgulho em Portugal e na sua nacionalidade.

    Campanha Millennium GO!

    Dando resposta necessidade de comunicar com os Jovens dos 18 aos 25 anos, um segmento que se apresenta cada vez mais estratgico, foi lanado o Millennium GO!. Trata-se de uma soluo multiproduto composta por produtos e servios financeiros especificamente desenhados para a gesto diria dos mais jovens, expressa

  • Relatrio e Contas 2011

    16

    na mensagem Tudo o que precisas para ir mais longe e materializada num pack no qual so oferecidos: um Book GO!, um Guia de Vantagens GO!, um Marcador GO!, uns Headphones GO!, alm de descontos em vrios parceiros como a TMN, Pousadas de Juventude, ZON Lusomundo, ACP, Lightning Bolt e revistas Evases e Volta ao Mundo.

    A campanha teve como grande objetivo estabelecer uma nova dinmica na captao e fidelizao dos Clientes entre os 18 e os 25 anos, focando a sua mensagem no headline Conquista a tua independncia. Com forte impacto visual, a campanha teve grande enfoque na Internet, particularmente no Facebook onde foi criada uma pgina dirigida exclusivamente ao target com passatempos/posts dirios e interao com utilizadores em tempo real. Adicionalmente foi criada uma Msica GO!, composta pelo grupo Maria Amlia, que traduz uma mensagem positiva num momento de contexto econmico difcil. Esta campanha teve forte impacto, sendo que no dia que se disponibilizou o download da msica, na pgina Millennium GO! do Facebook, foram feitos mais de 8 mil downloads. A pgina conta j com cerca de 20 mil fs, tornando-se assim a pgina do Facebook, do setor bancrio, com mais seguidores.

    OUTRAS CAMPANHAS Num contexto econmico difcil, as campanhas comerciais de 2011 pretenderam, acima de tudo, fidelizar a base de Clientes, bem como potenciar a captao de recursos, merecendo, assim, destaque as seguintes campanhas:

    Campanha Rendimento M: No confie na sorte, jogue pelo seguro; Campanha Special One +: Acerte em cheio com o Depsito Special One+; Campanha Conta Ordenado: D mais vida ao seu Ordenado; Cliente Aplauso: captao/reteno de Clientes empresa e ENIs.

    O Banco nas Redes Sociais

    Tendo entrado ativamente nas Redes Sociais em maio de 2010, o Millennium bcp conta atualmente com vrias dezenas de milhares de seguidores, em particular no Facebook, onde o maior nmero de presenas e a atividade constante suportam uma estratgia de comunicao que se revela um valor acrescentado pela imediaticidade e proximidade com pblicos-alvo.

    Sempre com a misso de levar valor acrescentado aos Clientes e outros pblicos, as presenas do Millennium bcp nas redes sociais tm-se pautado pela divulgao de informao de interesse geral no mbito da atividade de cada uma das reas presentes. Tendo iniciado a abordagem a estes novos canais pelo tema do entretenimento com o Palco Millennium (presena oficial do Millennium bcp no Rock in Rio), o sucesso da iniciativa rapidamente se alargou a outras reas dando origem a presenas como o Millennium Mobile (para um pblico particularmente adepto das novas tecnologias e presenas online), o Microcrdito, o Millennium Sugere e a Fundao Millennium bcp (presenas mais prximas da responsabilidade social) e, recentemente, de ndole mais comercial, o Millennium GO!, produto de retalho destinado a uma faixa etria mais jovem.

    Uma gesto cuidada, com uma poltica de contedos coerente e uma superviso constante, tem garantido que esta experincia num campo novo, se desenrole sem percalos de maior, contando j com uma grande comunidade em seu torno que nos apoia e ajuda a crescer.

    Movimento Milnio

    Iniciativa promovida pelo Millennium bcp e pelo jornal Expresso, cujo principal objetivo foi lanar um desafio a todos os cidados na procura de solues para grandes questes que iro definir e caraterizar a vida das prximas geraes de portugueses, nas reas de democracia, negcios, cidades e consumo. O movimento registou a inscrio de 117 projetos, com mais de 20 mil votos online e quase 1 milho de visitas ao site oficial www.movimentomilenio.com plataforma central de toda a iniciativa.

    Os vencedores em cada categoria e os seus projetos beneficiaram de elevada projeo pblica e meditica, bem como de prmios pecunirios, tendo sido custeada a participao em conferncias ou workshops mundiais de referncia nas reas relativas s categorias premiadas.

    PATROCNIOS Em 2011, o Millennium bcp recebeu 700 propostas de patrocnios, tendo 168 merecido parecer positivo. Paralelamente aos apoios mais mediticos, tem sido poltica do Banco contribuir para aes e entidades de mbito local, que desempenham um papel fundamental no desenvolvimento das comunidades em que esto inseridas. O Banco continuou a ser a marca do setor mais destacada no patrocnio msica, em grande parte, pela sua associao ao evento Rock in Rio e pela mais recente comunicao da concretizao deste evento para 2012.

  • Relatrio e Contas 2011

    17

  • Relatrio e Contas 2011

    18

  • Relatrio e Contas 2011

    19

    PRINCIPAIS PRMIOS EM 2011

    PORTUGALMelhor Banco em Portugal EmeaFinance

    Melhor Banco Comercial no Ramo Imobilirio Euromoney

    Melhor Private Bank Euromoney

    Melhor Relatrio de Gesto em 2010 APCE

    MicroFinance Recognition Award na categoria Commitment to social and financial transparency ao

    Microcrdito Millennium bcp

    Microfinance

    Deal of the Year de 2010 ao Projeto ELOS, do qual o Millennium bcp acionista e assessor financeiro Euromoney

    Banco mais Inovador em Portugal ao ActivoBank World Finance

    Best Consumer Internet Bank em Portugal, Best Integrated Consumer Bank Site , Best Web Site Design e

    Best in Mobile Banking , na Europa ao ActivoBank

    Global Finance

    Marca Millennium bcp distinguida como a Mais Valiosa entre a banca privada em Portugal Brand Finance

    Millennium bcp e Mdis distinguidas como Marcas de Excelncia Superbrands

    Marca de Confiana 2011 na categoria de Seguros de Sade Medis Selec. Readers Digest

    Melhor Seguradora de 2011 em Portugal Millenniumbcp Ageas World Finance

    MOAMBIQUEBanco do ano 2011 The Banker

    "Melhor Banco em Moambique Global Finance

    Melhor Grupo Bancrio Moambicano 2011 World Finance

    "Melhor Banco em Moambique EmeaFinance

    Melhor Banco Local em frica IC Publications/African Banker

    Marca de Excelncia Superbrands

    "Melhor Marca de Moambique no setor bancrio GFK

    ANGOLABanco do ano 2011 The Banker

    Melhor Grupo Bancrio em Angola 2011 World Finance

    Melhor Banco em Angola Euromoney

    Banco Mais Inovador EmeaFinance

    Marca de Excelncia Superbrands

    POLNIAMelhor Banco para Empresas e atribuio da distino de Cinco Estrelas ao Bank Millennium Forbes

    Integrao no Respect Index Warsaw Stock Exchange

    Melhor Aco de Publicidade em Redes Sociais Media & Marketing

    Best Sustainability Deal 2010 ao Projecto Elico Margonin, financiado em regime de project finance pelo Bank

    Millennium na Polnia, tendo o Millennium Investment Banking assumido o papel de consultor financeiro

    EmeaFinance

    Top 3 em termos de qualidade do servio oferecido aos clientes, encontrando-se na terceira posio nas

    categorias Traditional Customer's Friendly Bank e Best Internet Bank

    Newsweek Friendly Banks

    Melhor carto para o Millennium Visa Impresja na categoria de Melhor Proposta para Novos Clientes Visa Europe

    Carto Millennium MasterCard World Signia posicionou-se em primeiro na categoria de servio de valor

    acrescentado e limite superior de despesa

    Forbes

    Special Award para conta corrente Dobre Konto e para o carto de dbito associado na categoria de cartes

    inovadores

    Publi-News

    GRCIAPrmio de Excelncia 2010 EUR Straight Through Processing Deutsche Bank

    ROMNIAEffie Award pela campanha de crdito de habitao Happiness Effie

    Melhor campanha de publicidade promovendo o uso das vantagens associadas aos cartes de dbito e crdito Visa Romania

  • Relatrio e Contas 2011

    20

    POSICIONAMENTO COMPETITIVO

    Dispondo da maior rede de sucursais em Portugal e de uma rede crescente nos pases em que detm operaes, com particular destaque para os mercados africanos de afinidade, o Millennium bcp oferece aos seus Clientes uma ampla gama de produtos e servios bancrios e financeiros, que vo desde contas ordem, meios de pagamento, produtos de poupana e de investimento, at private banking, gesto de ativos e banca de investimento, passando pelo crdito imobilirio, crdito ao consumo, banca comercial, leasing, factoring e seguros, entre outros, servindo a sua base de Clientes de forma segmentada.

    O Millennium bcp um banco centrado no Retalho em que oferece servios de banca universal, procurando concentrar todo o relacionamento com os seus Clientes. O Banco oferece complementarmente canais de banca distncia (servio de banca por telefone e pela Internet), que funcionam como pontos de distribuio dos seus produtos e servios financeiros. Os canais remotos esto tambm na base de um novo conceito de banca, assente na plataforma do ActivoBank, como forma privilegiada de servir um conjunto de Clientes urbanos, com esprito jovem, utilizadores intensivos de novas tecnologias de comunicao e que valorizam na relao bancria a simplicidade, a transparncia, a confiana, a inovao e a acessibilidade.

    O Millennium bcp encontra-se presente nos cinco continentes atravs das suas operaes bancrias, escritrios de representao e/ou atravs de protocolos comerciais, possuindo, no final de 2011, cerca de 5,4 milhes de Clientes. Em 2011, com a redefinio da viso estratgica, o Banco manteve o enfoque na distribuio de Retalho em Portugal e em mercados que assegurem uma presena competitiva e uma posio significativa no mdio e longo prazo. Todas as operaes desenvolvem a sua atividade sob a marca Millennium.

    PORTUGAL O Millennium bcp a maior instituio bancria privada nacional, com uma posio de liderana e destaque em diversos produtos, servios financeiros e segmentos de mercado alicerada numa franchise forte e bastante expressiva em Portugal. O Millennium bcp contava no final de 2011 com 885 sucursais e 9.959 Colaboradores em Portugal.

    Mesmo tendo em conta a conjuntura adversa vivida em 2011, resultante do agudizar da crise da dvida soberana e do processo de ajustamento macroeconmico acordado com a Troika, por um lado e, por outro, pelas incertezas quanto evoluo/composio da rea do Euro que se traduziram em processos acentuados de ajustamento pelos bancos portugueses, incluindo programas de desalavancagem e iniciativas de reforo do capital, o Millennium bcp mantm a sua posio relativa no mercado nacional, quer em crdito - onde se manteve como o primeiro banco em termos de crdito concedido s empresas -, quer em recursos.

    Dezembro 2011

    Milhes de euros

    RomniaGrciaPortugal * Outros** PolniaMoambique

    71.156

    1.793 1.38811.371

    6.364522 888

    54.552

    685

    49.615

    9.4011.0454.865 398

    9.4665061.061 1.338 872 275

    2.983

    19,6% 17,6% 35,9% 33,7% 5,0% 4,9% 2,0% 1,4% 0,8% 0,6%

    2.377 1.212 690 88885 138 61 451 120 66 1893

    9.9596.289

    Angola

    3,4% 2,6%

    Mercados de Afinidade

    Ativo Total

    Recursos de Clientes

    Crdito a Clientes (bruto)

    Ativo Total

    Recursos de Clientes

    Crditoa Clientes (bruto)

    Ativo Total

    Recursos de Clientes

    Crdito a Clientes (bruto

    Ativo Total

    Recursos de Clientes

    Crdito a Clientes (bruto)

    Ativo Total

    Recursos de Clientes

    Crdito a Clientes (bruto

    Ativo Total

    Recursos de Clientes

    Crditoa Clientes (bruto)

    Ativo Total

    Recursos de Clientes

    Crdito a Clientes (bruto)

    Colaboradores Sucursais Colaboradores Sucursais Colaboradores Sucursais Colaboradores Sucursais Colaboradores Sucursais Colaboradores Sucursais Colaboradores Sucursais

    Emdepsitos

    Em crdito a Clientes

    Emdepsitos

    Em crdito a Clientes

    Emdepsitos

    Em crdito a Clientes

    Emdepsitos

    Em crdito a Clientes

    Emdepsitos

    Em crdito a Clientes

    Emdepsitos

    Em crdito a Clientes

    Quota de Mercado Quota de Mercado Quota de Mercado Quota de Mercado Quota de MercadoQuota de Mercado

    Fonte: BCP. As quotas de mercado em Portugal so baseadas na informao divulgada publi camente pelo Banco de Portugal e pelos Bancos. As quotas de mer cado em Moambique so baseadas na informaodivulgada pelo Banco de Moambique e as de Angola pelo Banco Nacional de Angola e pelos Bancos. As quotas de mercado na Polnia so baseadas na informao divulgada publicamente pelo BancoNacional da Polnia e pelos Bancos, as da Grcia no Banco da Grcia e nos Bancos e as da Romnia no Banco Nacional da Romnia e pelos Bancos. (*) Inclui Macau; (**) BCP Banque Prive, BCP Bank &Trust, Ajustamento de Consolidao

  • Relatrio e Contas 2011

    21

    INTERNACIONAL O Millennium bcp prossegue os planos de expanso das suas operaes em frica. No final do 3. trimestre de 2011, o Millennium bim atingiu a marca de 1 milho de Clientes ativos e o Millennium Angola inaugurou o seu 61. balco. O Millennium bim o banco lder em Moambique, possuindo uma quota de mercado de 35,9% em crdito a clientes e de 33,7% em depsitos. Em Angola, o Grupo aspira, com o investimento em curso, tornar-se num player de referncia no setor, com quotas de mercado superiores a 10% no mdio prazo. O Banco detinha no final de 2011 uma quota de 3,4% em crdito a clientes e de 2,6% em depsitos. Realce ainda para a atribuio de vrias distines por diversas entidades de renome s operaes do Millennium bcp nestas regies. Assim, o Millennium bim foi reconhecido como o Melhor Grupo Bancrio 2011 em Moambique e o Melhor Banco Local em frica e o Millennium Angola como o Melhor Grupo Bancrio/Banco em 2011 e o Banco Mais Inovador em Angola.

    Na Polnia, o Bank Millennium detinha, no final de 2011, uma quota de mercado de 5,0% em crdito a clientes e de 4,9% em depsitos. Tendo presente que o Millennium bcp considera que uma posio sustentvel no mercado bancrio nas vrias geografias em que opera passa por uma presena com quotas de mercado superiores a 5%, o Grupo, no mbito do ajustamento da sua agenda estratgica anunciado em julho de 2011, analisou vrias opes, incluindo as decorrentes de ofertas de aquisio da participao no Bank Millennium que recebeu, tendo concludo que a opo que melhor defende os interesses dos seus Stakeholders e que melhor potencia a criao de valor a de manuteno da sua participao no Bank Millennium, tendo reafirmado o seu compromisso com o crescimento orgnico da operao polaca.

    Na Grcia, o Grupo detinha, em dezembro de 2011, uma quota de mercado de 2,0% em crdito a clientes e de 1,4% em depsitos, enquanto na Romnia a quota de mercado em crdito a clientes e em depsitos, ascendia a 0,8% e de 0,6%, respetivamente. Em ambas as operaes, onde a presena, no contexto desses mercados, pouco relevante, o Grupo encontra-se a avaliar diversas opes por forma a criar valor, que podero passar pela reduo da sua exposio e/ou por encontrar parceiros para suportar planos de expanso.

    INOVAO O Millennium bcp posiciona-se no mercado como um banco inovador e com uma forte tradio em inovao, sendo reconhecido pelo mercado como um banco lder em inovao. Desde a fundao do Millennium bcp e at ao presente, a inovao e continuar a ser um valor distintivo e diferenciador face concorrncia, quer nas operaes nacionais, quer internacionais, estando presente na oferta financeira para os Clientes, em particular nas solues de crdito e de poupana, seguindo um caminho de simplificao e transparncia no relacionamento bancrio, em particular nos canais de contacto com os Clientes e no prprio conceito de Banca, de que exemplo o ActivoBank, no servio e modelo de interao com os Clientes adotando as novas tendncias tecnolgicas de contato, com expresso na Internet e Mobile Banking, nos processos internos e nas operaes, incluindo a gesto das pessoas e do talento, no modelo de negcio atualmente em processo de reformulao - e na estratgia de comunicao, ao nvel quer da mensagem, quer dos prprios media.

    20,8% 21,2% 21,4%

    22,2% 22,3% 21,8%22,4%22,4%21,7% 22,3% 21,8%

    20,5% 20,2% 20,3% 20,3%19,6%

    15,2% 15,0% 15,1% 15,2% 15,0% 15,0%15,1% 15,2%

    10,7% 10,4% 10,4%10,0%

    10,2%10,0% 9,6% 9,8%

    12,3% 12,2% 12,0% 11,9%11,1% 10,7% 10,6% 10,8%

    Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

    Quotas de Mercado - Crdito Total - Portugal

    Banco 1 BCP Banco 2 Banco 3 Banco 4

    22,8% 23,0%23,5% 23,6% 23,5% 23,5% 23,5% 23,4%

    18,7% 18,3% 18,1% 17,5% 17,4% 17,2% 17,2% 17,1%

    11,6% 11,4% 11,2% 11,1% 11,0% 10,9% 10,9% 10,8%

    8,6% 8,9% 9,0% 8,7% 9,2% 9,2% 8,6% 8,6%

    12,5% 12,7% 12,4% 12,3% 12,3% 12,3% 12,2%12,2%

    Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

    Quotas de Mercado - Crdito a Particulares -Portugal

    Banco 1 BCP Banco 2 Banco 3 Banco 4

    18,5%

    19,2% 19,2%20,8%

    21,1%20,1%

    21,1% 21,3%

    25,3%26,6%

    25,7%23,7% 23,3% 23,6% 23,4%

    22,3%

    19,4%

    18,8% 19,2%

    19,6%

    19,3%19,2% 19,5% 20,1%

    13,0%12,1% 12,0% 11,5%

    11,2%

    10,8% 10,7% 11,2%12,1%11,8% 11,5% 11,5%

    9,7%

    9,1% 8,8%

    9,2%

    Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

    Quotas de Mercado - Crdito a Empresas -Portugal

    Banco 1 BCP Banco 2 Banco 3 Banco 4

    24,8% 24,9%26,6% 26,3% 26,9% 27,2% 27,5% 26,8%

    19,5% 19,0% 19,1% 18,7% 18,6% 18,8% 18,5% 18,1%

    14,9% 15,4%14,5% 14,8%

    14,4% 14,3% 14,4% 14,8%

    10,3% 10,3%10,4% 10,5% 10,6% 10,3% 10,1% 10,0%

    9,8% 9,7% 9,8% 9,9% 10,0% 9,8% 9,8% 9,9%

    Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

    Quotas de Mercado - Recursos Totais de Clientes - Portugal

    Banco 1 BCP Banco 2 Banco 3 Banco 4

    26,8% 26,3%28,2%

    27,6% 27,9%28,3% 28,6% 27,6%

    20,7% 20,2% 19,8%18,6% 19,0% 19,1% 19,0% 18,5%

    15,7% 15,7%13,8% 14,9% 14,6% 14,7%

    15,2% 15,6%

    10,8%12,2%

    12,0%11,6% 11,8% 11,3% 11,1% 10,9%

    8,4% 9,2% 8,7% 9,1% 9,2% 9,0% 9,4% 9,5%

    Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

    Quotas de Mercado - Recursos de Balano -Portugal

    Banco 1 BCP Banco 2 Banco 3 Banco 4

    21,5% 21,7%23,1% 23,2%

    24,5% 24,3% 24,5% 24,4%

    17,5%16,4%

    17,5%18,9%

    17,9% 18,0% 17,1% 16,8%

    13,5%14,5%

    16,1%14,7%

    14,1% 13,2%12,4% 12,4%

    9,3% 6,4% 7,0% 8,0%7,7% 7,6%

    7,5% 7,4%

    12,4%10,7%

    12,1% 11,8%

    11,8% 11,8%

    11,1%10,9%

    Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11

    Quotas de Mercado - Recursos Fora de Balano -Portugal

    Banco 1 BCP Banco 2 Banco 3 Banco 4

  • Relatrio e Contas 2011

    22

    O ActivoBank corporiza um novo conceito bancrio, baseado em fatores distintivos, como sucursais com horrios alargados, acesso ao banco atravs de smartphones, aplicaes de suporte ao investimento para iphones. O ActivoBank inaugurou oito Sucursais em 2011, consolidando assim o lugar cimeiro que o banco ocupa no mercado nacional na rea de inovao. Foi reconhecido pela comunidade financeira internacional, tendo sido distinguido com a atribuio de prmios como Banco Mais Inovador em Portugal, pela revista World Finance (Banking Awards 2011), Best Consumer Internet Bank in Europe e Best in Mobile Banking, atribudos pela revista Global Finance, entre outros, e na nomeao como um dos cinco finalistas, entre cerca de 200 candidatos, dos Prmios Global Banking Innovation Awards na categoria Inovao Disruptiva promovidos pela BAI.

    ACTIVOBANK: UM NOVO CONCEITO DE BANCO

    LISBOA (3) Amoreiras Saldanha Vasco da

    Gama

    OEIRAS (1) Lagoas Park

    PORTO (1) Pennsula

    GAIA (2) Arrbida Shopping Av. Repblica

    BRAGA (1) P Conde

    Agrolongo

    AVEIRO (1) Av. Dr. L.

    Peixinho

    CASCAIS (1) Cascais shop.

    COIMBRA (1) Dolce Vita

    LEIRIA (1) P Rodrigues

    Lobo

    O Banco passou de 4 sucursais em 2010 para 12 em 2011 localizadas em 6 grandes centros urbanos

    18,7 20,121,5 22,7

    25,1

    Dez 10 Mar 11 Jun 11 Set 11 Dez 11

    Nmero de clientes

    Depsitos de clientes

    221,9

    276,6

    Dez 10 Dez 11

    milhares

    milhes de euros+24,7%

    Fatores distintivos

    Canais OfertaOperativa

    Abertura de conta em 20 minutos, com todos os meios de pagamentos

    Sucursais com horrios alargados Acesso atravs de smartphones Aplicao de suporte aos

    investimentos para iphones

    Conta e carto sem comissesiphone a preos reduzidos

  • Relatrio e Contas 2011

    23

    REDE MILLENNIUM

  • Relatrio e Contas 2011

    24

  • Relatrio e Contas 2011

    25

    MODELO DE ORGANIZAO INTERNA

    Em 31 de dezembro de 2011, o Millennium bcp adotava o modelo dualista de governao, que permitia a separao da gesto e da superviso, com a primeira atividade assegurada pelo Conselho de Administrao Executivo (CAE) e a segunda realizada pelo Conselho Geral e de Superviso (CGS), composto por membros maioritariamente independentes em relao sociedade.

    Em 28 de fevereiro de 2012 realizou-se uma Assembleia Geral de Acionistas do Banco Comercial Portugus, S.A., tendo sido aprovada a alterao e reestruturao do contrato de sociedade, que se consubstanciou na adoo de um modelo de administrao e fiscalizao monista, composto por Conselho de Administrao, Comisso de Auditoria e Revisor Oficial de Contas, bem como na criao de um Conselho Estratgico Internacional.

    Em 31 de dezembro de 2011, o modelo de organizao interna do Millennium bcp contemplava quatro reas de negcio Retalho, Empresas, Asset Management & Private Banking e Negcios no Exterior (Europa, frica e Outros) e duas reas de suporte Processos e Servios Bancrios e reas Corporativas.

    COMISSES ESPECIALIZADASCOMITS DE COORDENAO

    REVISOR OFICIAL DECONTAS (ROC)

    CONSELHO GERAL E DESUPERVISO

    Retalho Empresas Asset Management & Private Banking Negcios na Europa Processos e Servios Bancrios

    Comisso de Planeamento e Alocao de Capital e Gesto de Ativos e Passivos Comisso de Crdito Comisso de Risco Subcomisso de Acompanhamento de Risco de Crdito Subcomisso de Risco dos Fundos de Penses Comisso de Acompanhamento dos Fundos de Penses Comisso de Stakeholders Comisso de Coordenao de Sustentabilidade

    Comisso para as Matrias Financeiras Comisso do Governo Societrio Comisso de Avaliao de Riscos Comisso de Nomeaes Comisso de tica e de Deontologia

    ASSEMBLEIAGERAL

    CONSELHO DEREMUNERAES EPREVIDNCIA

    PROVEDORDO CLIENTE

    REAS CORPORATIVAS

    CONSELHO DEADMINISTRAOEXECUTIVO

    ASSEMBLEIA GERAL

    CONSELHO DE ADMINISTRAO

    CONSELHO DEREMUNERAES E

    PREVIDNCIA

    REVISOR OFICIAL DECONTAS (ROC) COMISSO DE AUDITORIA COMISSO EXECUTIVA

    CONSELHOESTRATGICO

    INTERNACIONAL

    COMISSES ESPECIALIZADASCOMITS DE COORDENAO

    Retalho Empresas Negcios na Europa Processos e Servios Bancrios Recursos Humanos

    Comisso de Planeamento e Alocao de Capital e Gesto de Ativos e Passivos Comisso de Crdito Comisso de Risco Subcomisso de Acompanhamento de Risco de Crdito Subcomisso de Risco dos Fundos de Penses Comisso de Acompanhamento dos Fundos de Penses Comisso de Coordenao de Sustentabilidade

    Comisso de Stakeholders Comisso de Nomeaes e Avaliaes Comisso do Governo Societrio Comisso de Avaliao de Riscos Comisso de tica e de Deontologia

    PROVEDORDO CLIENTE

    SECRETRIO DASOCIEDADE

  • Relatrio e Contas 2011

    26

    COMITS E COMISSES QUE EMANAVAM DO CONSELHO DE ADMINISTRAO EXECUTIVO Em 31 de dezembro de 2011 existiam cinco Comits de Coordenao que tm por objetivo facilitar a articulao das decises de gesto corrente, envolvendo a Direo de topo das unidades integradas em cada uma das reas de Negcio e na Unidade de Servios Bancrios, com a misso de alinhar perspetivas e suportar a tomada de decises de gesto por parte do CAE:

    Comit de Retalho O Comit tem por objeto o acompanhamento e gesto dos Clientes do Retalho, com o objetivo de analisar a atividade do Banco neste domnio e de encontrar as melhores solues de crescimento e fidelizao nos vrios segmentos. Tem por funes: o acompanhamento da atividade e resultados relacionados com Clientes Particulares e Negcios e anlise do cumprimento dos objetivos; a definio das prioridades da ao comercial; a aprovao dos produtos e servios para Clientes do Retalho; a anlise do contexto de negcio e proposta de aes de natureza comercial de forma a responder a este contexto; a anlise dos principais indicadores de risco associados ao negcio de Particulares e Negcios; e a anlise dos modelos de articulao do negcio de Particulares relativamente sua migrao na proposta de valor e nas redes do Banco.

    Comit de Empresas O Comit tem por objeto a anlise, preparao e planeamento do acompanhamento e desenvolvimento do negcio do Banco nos segmentos de PME, Corporate e Banca de Investimento. Tem por funes: o acompanhamento da atividade relacionada com Clientes Empresas, Corporate e anlise do cumprimento dos objetivos; a definio das prioridades da ao comercial; a aprovao dos produtos e servios a lanar; a anlise do contexto de negcio e proposta de aes de natureza comercial de forma a responder a este contexto; a anlise dos principais indicadores de risco associados ao negcio; e a anlise dos modelos de articulao do negcio relativamente sua migrao na proposta de valor e interligao das redes do Banco.

    Comit de Asset Management & Private Banking O Comit tem por objeto o acompanhamento e coordenao de processos de investimento, polticas de investimento, benchmarks e guidelines de produtos de investimento geridos e/ou distribudos pelo Banco e os servios de aconselhamento (das reas relevantes Gesto de Ativos, Gesto de Carteiras de Clientes Particulares, Tesouraria e Mercados, Seguros de Vida e Private Banking); e a discusso e definio high level de cenrios de evoluo de mercados por rea geogrfica relevante. Tem por funes: a reviso e acompanhamento regular de processos de investimento, polticas de investimento, benchmarks e guidelines de produtos de investimento; a anlise das performances do universo de produtos de investimento geridos e/ou distribudos pelo Banco; a anlise da eficcia dos processos de aconselhamento implementados; e a anlise de mercados e definio de cenrios de evoluo de mercados. Discute a definio de high level de cenrios de evoluo de mercados por rea geogrfica relevante, baseando-se na anlise de eficcia dos processos de aconselhamento implementados e na anlise de cenrios de evoluo de mercados.

    Comit de Negcios na Europa O Comit tem por objeto o acompanhamento da atividade no domnio das operaes que o Grupo tem em territrio Europeu. Tem por funes: a anlise da evoluo das atividades nas

    * A Direo de Marketing secretaria os dois comits; ** Operaes consolidadas pelo mtodo de equivalncia patrimonial; *** Acordo de parceria com o Banco Privado Atlntico, S.A. para a constituio/aquisio de um banco no Brasil, visando a explorao de oportunidades no mercado brasileiro.Nota: o Modelo de Organizao Interna est estruturado segundo o critrio de segmentao geogrfica (Negcios em Portugal vs. Negcios no Exterior).

    NEGCIOS EM PORTUGAL

    RETALHO *

    Banca de Retalho (Sul, Centro Sul, Centro Norte, Norte)

    Direo Regional da Madeira e dos Aores

    Banca Direta Direo de Cartes

    Direo de Apoio Rede

    ActivoBank

    PROCESSOS ESERVIOSBANCRIOS

    Direo de Informtica e Tecnologia

    Direo de Operaes

    Direo de Crdito

    Direo de Recuperao Standardizada

    Direo de Recuperao Especializada

    REASCORPORATIVAS

    ASSETMANAGEMENT &PRIVATE BANKING

    Millennium bcp Gesto de Ativos Direo de Tesouraria e Mercados

    Direo de Private Banking

    EMPRESAS *

    Banca de Empresas (Sul, Norte)

    Direes de Corporate I e II

    Direo de Banca de Investimento

    Assessoria Fiscal Banca de Investimento

    Direo de Crdito Especializado

    Direo de Negcio Imobilirio / Interfundos

    Direo Internacional

    Microcrdito

    Direo de Comunicao

    Secretariado da Sociedade

    Gabinete da Presidncia

    FBSU - Foreign Business Support Unit

    Direo de Suporte Gesto das Pessoas

    Risk Office

    Direo de Rating

    Direo Participaes Financeiras

    Direo de Assets and LiabilitiesManagement

    Gabinete de Apoio ao Conselho de Administrao

    NEGCIOS NO EXTERIOR

    Bank Millennium (Polnia) Millennium Bank (Grcia) Banca Millennium (Romnia) Millennium bcp Banque Prive BCP (Sua) Banque BCP (Frana e Luxemburgo) **

    Millennium bim (Moambique)

    Millennium AngolaEUROPAFRICALUSFONA OUTROS

    Millennium bcp Bank and Trust (Ilhas Caimo)

    Desk Oriente Macau/China

    Brasil ***

    Compliance Office

    Direo de Planeamento e Controlo Oramental

    Gabinete de Estudos

    Direo de Informao de Gesto

    Direo de Contabilidade e Consolidao

    Direo de Relaes com Investidores

    Direo de Auditoria

    Direo Jurdica

    Direo Assessoria Fiscal

    Secretaria Geral

    Fundao Millennium bcp

    Direo de Contencioso

    Direo Administrativa e Patrimonial

    Gabinete de Preveno e Segurana

    Direo de Qualidade

  • Relatrio e Contas 2011

    27

    diversas operaes europeias; o estudo das melhores solues de controlo de custos, de aumento da eficincia e de racionalizao da atividade dos vrios Bancos; o acompanhamento do modelo de Gesto de Processos e da estrutura de governo das vrias operaes e a definio das principais polticas de atuao e linhas orientadoras.

    Comit de Processos e Servios Bancrios O Comit tem por objeto o acompanhamento da atividade no domnio das grandes reas de apoio aos servios de front end do Banco e a procura fundamental de mecanismos e processos de incremento da eficincia, de reduo dos custos e de melhoria dos processos de negcio e de acompanhamento da estrutura de gesto de processos implementada no Banco. Tem por funes: a anlise da evoluo das atividades das reas que integram o Comit; o estudo das melhores solues de controlo de custos, de aumento da eficincia e de racionalizao da atividade do Banco; o acompanhamento do modelo de Gesto de Processos, da estrutura de governo e da criao de novos processos, definio e dinamizao das funes e competncias dos process owners; a aprovao de propostas de inovao na gesto dos recursos do Banco e na otimizao da utilizao dos mesmos; a definio das polticas de aprovisionamento e de controlo de servios de terceiros a utilizar pelo Banco; a definio das polticas de contratao, acompanhamento e controlo de outsourcers e outros servios externos; e a definio das mtricas de anlise e evoluo das variveis controlveis pelas reas do Comit, de forma a medir em permanncia os nveis de eficincia e produtividade dos recursos.

    O acompanhamento da atividade do anterior segmento Corporate & Investment Banking passou a estar integrado no Comit de Empresas. No que respeita aos Negcios no Exterior em frica (Moambique e Angola) e Outros Negcios no Exterior (Macau/China), foi considerado que as especificidades destes mercados justificam tratamento individualizado, e que, consequentemente, no beneficiariam da integrao em comits de coordenao.

    Adicionalmente emanam do CAE seis comisses que tm atribuies essencialmente de mbito global e transversal, competindo-lhes proceder ao estudo e avaliao, para cada rea de interveno, das polticas e princpios que devem orientar a atuao do Banco e do Grupo. Estas Comisses so as seguintes:

    Comisso de Planeamento e Alocao de Capital e Gesto de Ativos e Passivos (CALCO) cabe ao CALCO a monitorizao e gesto dos riscos de mercado associados estrutura de ativos e passivos, o planeamento e propostas de alocao de capital e as propostas para definio das polticas adequadas gesto dos riscos de liquidez e de mercado, ao nvel do balano consolidado do Grupo.

    Comisso de Crdito delibera sobre concesso de crdito a Clientes, conforme Regulamento de Crdito.

    Comisso de Riscos tem por funes acompanhar os nveis globais de risco (riscos de crdito, de mercado, de liquidez e operacional), assegurando que os mesmos so compatveis com os objetivos, recursos financeiros disponveis e estratgias aprovados para o desenvolvimento da atividade do Grupo.

    Subcomisso de Acompanhamento do Risco de Crdito tem por funes: acompanhar a evoluo da exposio de crdito e do processo de contratao; acompanhar a evoluo da qualidade da carteira e dos principais indicadores de performance e risco; acompanhar o risco de contraparte e o risco de concentrao das maiores exposies; acompanhar a evoluo da imparidade e dos principais casos de anlise individual; analisar a performance dos processos de recuperao; o acompanhamento do desinvestimento da carteira de imveis; a elaborao de propostas para definio das polticas e normativos de concesso de crdito; o acompanhamento dos modelos de PD e LGD; e o acompanhamento dos modelos subjacentes ao clculo da imparidade e o acompanhamento dos processos automticos de deciso e de recuperao de crdito.

    Subcomisso de Risco dos Fundos de Penses tem por funes a monitorizao da performance e do risco dos Fundos de Penses do Grupo e o estabelecimento das polticas de investimento adequadas e das estratgias de cobertura.

    Comisso de Acompanhamento dos Fundos de Penses tem por funes o acompanhamento da gesto financeira dos Fundos de Penses e pronunciar-se sobre propostas de alteraes dos respetivos planos de penses, tendo sido constituda nos termos do art. 53 do Decreto-Lei 12/2006, de 20 de janeiro, na redao dada pelo Decreto-Lei 180/2007, de 9 de maio.

    Comisso de Stakeholders rgo de relacionamento com os Stakeholders, funcionando como um canal privilegiado de disseminao de informao interna da empresa e como um frum de debate e aconselhamento estratgico ao CAE.

    Comisso de Coordenao de Sustentabilidade tem como funes submeter para deciso propostas sobre temas relacionados com o plano de aes que materializa a poltica de sustentabilidade, monitorizar e reportar o grau de concretizao das iniciativas aprovadas, orientar a elaborao dos reportes e de outros suportes comunicacionais no mbito da sustentabilidade.

  • Relatrio e Contas 2011

    28

    COMISSES QUE EMANAVAM DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISO Em 31 de dezembro de 2011, existiam cinco comisses especializadas criadas com vista a assegurar e contribuir para o bom desempenho das funes de superviso do CGS:

    Comisso para as Matrias Financeiras (CMF) - responsvel pelas matrias de fiscalizao da gesto, dos documentos de reporte financeiro, das medidas qualitativas de aperfeioamento dos sistemas de controlo interno, da poltica de gesto de riscos e da poltica de compliance. Compete-lhe ainda analisar o processo de classificao de Clientes do Banco em termos de risco, efetuado pela Direo de Rating, bem como supervisionar a atividade de auditoria interna e zelar pela independncia do Revisor Oficial de Contas.

    Comisso do Governo Societrio tem como principal funo a anlise do modelo de governo societrio adotado pelo Banco, propondo as alteraes que lhe paream adequadas. Compete-lhe ainda a emisso de pareceres sobre a qualificao de independncia dos membros do CGS, podendo propor a alterao do seu Regimento e das suas Comisses. Adicionalmente, procede ainda emisso de pareceres sobre os Regimentos de todos os restantes rgos sociais e emisso de pareceres sobre o Relatrio sobre o Governo da Sociedade.

    Comisso de Avaliao de Riscos responsvel pelo aconselhamento do CGS e do CAE em matrias relacionadas com a definio da estratgia no que respeita ao risco e por monitorizar a execuo dessa estratgia por parte do Banco. Esta atuao deve incluir o aconselhamento sobre estratgias para a gesto de capital e liquidez, bem como para a gesto de riscos de mercado.

    Comisso de Nomeaes emite recomendaes sobre novos membros do rgo de Gesto, sobre a nomeao de Diretores Coordenadores e primeiras linhas de reporte e ainda sobre a nomeao de Administradores ou Diretores Coordenadores noutras instituies nas quais o Grupo tenha interesses. Compete-lhe propor anualmente ao CGS o documento de avaliao da performance do CAE e do CGS, podendo ainda participar na monitorizao das polticas do Banco no que respeita a recursos humanos e quadro de pessoal.

    Comisso de tica e de Deontologia tem como principal funo assegurar que o Banco possui os meios apropriados para promover um processo de tomada de decises adequado e em cumprimento da lei, regulamentos e regulamentos internos, efetuando tambm uma avaliao da funo de compliance.

    Na sequncia da referida Assembleia Geral de 28 de fevereiro de 2012 passaram a emanar do Conselho de Administrao as seguintes comisses: Stakeholders, Governo Societrio, Avaliao de Riscos, Nomeaes e tica e Deontologia. Da Comisso Executiva passaram a emanar os Comits de Coordenao (foi criado o Comit de Coordenao de Recursos Humanos e extinto o Comit de Coordenao de Asset Management & Private Banking), bem como as comisses especializadas que emanavam anteriormente do CAE, com exceo da Comisso de Stakeholders que passou a emanar do Conselho de Administrao. O novo Comit de Recursos Humanos tem por objetivo definir, decidir e acompanhar as polticas de Recursos Humanos do Banco para apoio eficincia operacional e de Negcio, visando o rigor e a meritocracia promovidos atravs de uma liderana forte, entusiasta, prxima das pessoas e assente na vivncia dos valores do Millennium bcp.

    Para informao mais detalhada sobre a composio, misso e funes de cada Comit de Coordenao e Comisses Especializadas do CAE e do CGS dever ser consultado o Relatrio sobre o Governo da Sociedade (Volume II do presente relatrio).

  • Relatrio e Contas 2011

    29

    ENQUADRAMENTO ECONMICO

    APRECIAO GLOBAL O processo de retoma econmica iniciado em 2010 teve continuidade na primeira metade de 2011, no obstante a persistncia de riscos associados ao mercado imobilirio nos EUA, crescente presso sobre a sustentabilidade da dvida pblica nos pases da periferia da rea do euro e respetivos processos de ajustamento econmico e de consolidao oramental, maior volatilidade nos mercados emergentes e ao processo de implementao de melhorias na regulao do sistema financeiro. Uma parte significativa destes riscos tendeu a concretizar-se em 2011, nomeadamente o aumento das tenses no quadro institucional europeu, contribuindo para a incerteza e expetativa quanto aos entendimentos e solues que venham a ocorrer em 2012. A degradao das condies de financiamento nos mercados interbancrios conduziu ao maior recurso por parte dos bancos europeus ao financiamento direto junto do Banco Central Europeu. Este enquadramento, de maior risco para o crescimento econmico na rea do euro, de par com uma reduo das presses inflacionistas e da disfuncionalidade do mecanismo de transmisso monetria, incentivaram o BCE a rever os parmetros de poltica monetria, reduzindo as taxas de juro e adotando medidas excecionais de suporte liquidez do sistema financeiro, cujos efeitos devero ser sentidos ao longo de 2012.

    Em abril de 2011, as autoridades portuguesas vincularam-se ao Programa de Assistncia Econmica e Financeira, que visa a correo dos desequilbrios macroeconmicos (dfice oramental e dfice externo), assegurar a sustentabilidade das finanas pblicas e a estabilidade financeira e implementar um conjunto de reformas estruturais que potenciem o crescimento da economia a prazo. Em contrapartida, assegurada pelo Fundo Monetrio Internacional, Comisso Europeia e Banco Central Europeu uma proporo expressiva das necessidades de financiamento pblico at 2013, esperando-se que o pas retome gradualmente a capacidade de financiamento em mercado ao longo deste perodo. No obstante, a consolidao das finanas pblicas ter fortes repercusses ao nvel do rendimento disponvel das famlias e das empresas, condicionando o crescimento econmico e a capacidade de poupana.

    A incerteza econmica e financeira tem condicionado o desempenho do sistema financeiro nacional e a procura de solues para o cumprimento das exigncias regulamentares de recapitalizao e de liquidez dos bancos. Destaca-se o relevo acrescido da captao de recursos financeiros estveis, a par de uma maior seletividade nos processos de atribuio de crdito e identificao de segmentos de negcio mais competitivos, fatores a ter em conta para o cumprimento das metas de desalavancagem e para a promoo do crescimento da economia em contexto de forte restrio de financiamento. A concretizao eficiente destes objetivos implica um reforo da confiana dos clientes e dos investidores, atravs da promoo da tica e da transparncia na gesto, do envolvimento de todos os Stakeholders, de uma gesto de risco mais eficaz e da procura de propostas e processos inovadores com vista satisfao das necessidades emergentes de um novo paradigma econmico, que procede da conciliao de objetivos financeiros, sociais e ambientais.

    ENQUADRAMENTO ECONMICO MUNDIAL A economia global foi negativamente afetada em 2011 por fatores exgenos atpicos e temporrios, como a catstrofe natural no Japo, por fenmenos de natureza sistmica com repercusses na evoluo do

    comportamento dos mercados e por desenvolvimentos polticos globais de impactos ainda indeterminados. A par da persistncia de nveis de consumo e de investimento moderados nas economias avanadas, devido ao processo de correo dos elevados nveis de endividamento pblico e privado e ao clima de incerteza, verificou-se um aumento das tenses polticas no Mdio Oriente e no Norte de frica e uma invulgar instabilidade no sistema financeiro europeu, com implicaes na evoluo do comrcio internacional e no potencial de crescimento da economia mundial.

    A atividade econmica nos pases europeus degradou-se ao longo de 2011, em resultado da intensificao dos mecanismos de interao entre o risco soberano, o sistema financeiro e a economia real, que, de forma progressiva, foram envolvendo pases de maior relevncia econmica. A volatilidade dos mercados

    financeiros aumentou, em consequncia da maior instabilidade institucional europeia, dadas as incertezas acerca da solidez dos mecanismos de suporte Unio Econmica e Monetria e s necessidades de desalavancagem e de recapitalizao do sistema financeiro. O legado persistente do endividamento excessivo continuar a afetar o desempenho econmico em 2012. A sustentabilidade das finanas pblicas poder exigir medidas de consolidao oramental adicionais e persistentes, por forma a compensar os efeitos negativos do

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    Dez-10 Jun-11 Dez-11

    Alemanha Frana Portugal

    Espanha Irlanda Itlia

    Blgica Grcia (esc.dta)

    Fonte: Datastream

    Intensificao e disseminao da crise da dvida europeiaDvida pblica europeia Yields de ttulos de dvida pblica 10 anos (em %)

  • Relatrio e Contas 2011

    30

    ciclo econmico num prazo mais imediato e dos desafios demogrficos a longo prazo. Estima-se um crescimento econmico moderado e incerto durante o ano de 2012, persistindo alguma disparidade de desempenho entre os pases da periferia europeia e os pases do centro e leste europeus, decorrente da margem de manobra conferida pela diferente condio das finanas pblicas. Os ganhos de emprego apresentam-se muito modestos e indiciam nveis de desemprego estruturalmente elevados. As perspetivas de negcio permanecem fracas, com evoluo muito moderada das encomendas, mas, em contrapartida, os nveis de existncias foram ajustados em conformidade, podendo constituir-se como um fator positivo para a atividade produtiva a prazo. O retorno a um crescimento mais robusto e sustentado no decorrer de 2012 depender da expectativa de correo dos desequilbrios econmicos e financeiros e das reaes dos investidores s medidas tendentes a atenuar a incerteza com o futuro da Unio Europeia.

    Os EUA apresentaram um melhor desempenho no final de 2011, suportado pelo impulso do consumo. Contudo, as restries oramentais e as limitaes a nvel das opes de poltica monetria, enquanto estmulo economia, condicionam o potencial de crescimento a prazo, com riscos mais relevantes para a evoluo da despesa das famlias. O ciclo poltico poder tambm ser motivo para o aumento da incerteza.

    O abrandamento da economia mundial atenuou as presses inflacionistas nas economias emergentes, o que permitiu a adoo de polticas monetrias menos restritivas. As polticas econmicas sero importantes para a correo dos desequilbrios macroeconmicos globais, constituindo um desafio estrutural para as economias emergentes, na medida em que tero de ser

    encontradas solues equilibradas para a transio de um modelo de desenvolvimento maioritariamente suportado no impulso externo para um regime que proporcione motores de crescimento mais sustentados na procura interna com melhoria generalizada dos padres de vida de forma sustentvel.

    As projees do FMI divulgadas em setembro apontam para um crescimento global de 4% em 2011 e 2012, uma reviso em baixa de 0,3 e 0,5 p.p. relativamente s previses do final do primeiro semestre, sobretudo pelos maiores riscos para o crescimento da rea do euro (1,6% em 2011 e 1,1% em 2012) e abrandamento do crescimento nos EUA (1,5% em 2011 e 1,8% em 2012). O efeito de contgio da turbulncia econmica e financeira dos pases europeus a outras zonas ser tanto maior quanto maiores forem as ligaes comerciais e a exposio ao setor financeiro europeu. Contudo, o FMI considera que os riscos de contgio s maiores economias emergentes sero limitados, projetando um crescimento das mesmas em torno dos 6% no binio.

    MERCADOS FINANCEIROS GLOBAIS O ano de 2011 caracterizou-se pelo regresso da volatilidade aos mercados financeiros e pelo maior grau de averso ao risco por parte dos investidores. A intermitncia da retoma econmica global e a redefinio em curso do quadro institucional europeu constituem fatores de risco importantes para o desempenho dos mercados financeiros para 2012.

    As matrias-primas mantiveram a tendncia de valorizao em 2011, mas mais moderada do que no ano anterior e menos homognea, destacando-se o ouro que registou novos mximos histricos como instrumento privilegiado pela sua natureza de investimento de refgio e pelas propriedades de diversificao de carteira de investimento que ainda proporciona.

    Com a reduo do ritmo de crescimento econmico global e das presses inflacionistas, as prioridades de poltica econmica evoluram do controlo das presses inflacionistas para a sustentao do crescimento econmico, assumindo polticas monetrias mais expansionistas (pases europeus e emergentes). A nvel europeu, as limitaes de poltica oramental e a instabilidade do clima econmico podero proporcionar a oportunidade para novas redues das taxas de juro, apesar das taxas de referncia do banco central j estarem em mnimos na histria da UEM. O agravamento das tenses associadas resoluo da crise da dvida soberana tornou o acesso das instituies financeiras da rea do euro aos mercados de dvida por grosso mais difcil e oneroso, especialmente para a dvida de longo prazo. Para mitigar estas dificuldades, o Banco Central Europeu (BCE) introduziu novos instrumentos de cedncia liquidez fundos ilimitados por um prazo de trs anos, dimi