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DISCIPLINA DE MERCADO 31 de Dezembro de 2009 Banco Primus, S.A.

Banco Primus, S.A. · 2012-01-13 · 3.1.6. Risco de Mercado ... extrema importância com que o Conselho de Administração do Banco Primus avalia o processo de gestão e controlo

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DISCIPLINA DE MERCADO

31 de Dezembro de 2009

Banco Primus, S.A.

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ÍNDICE

1. Âmbito ...................................................................................................................................... 4

2. Declaração de Responsabilidades ............................................................................................. 4

3. Âmbito da Aplicação e Políticas de Gestão de Risco ............................................................... 5 3.1.1. Estratégias e Processos de Gestão de Riscos ............................................................... 6

3.1.2. Risco de Crédito ........................................................................................................... 7 3.1.3. Risco de Liquidez ......................................................................................................... 9 3.1.4. Risco de Taxa de Juro ................................................................................................ 10

3.1.5. Risco Cambial ............................................................................................................ 11 3.1.6. Risco de Mercado ....................................................................................................... 11 3.1.7. Risco Operacional ...................................................................................................... 11 3.1.8. Risco de Compliance .................................................................................................. 13

4. Adequação de Capitais ............................................................................................................ 13

4.1. Informação Qualitativa ..................................................................................................... 13 4.1.1. Características dos Elementos dos Fundos Próprios .................................................. 15 4.1.2. Método de Auto-Avaliação da Adequação de Capital ............................................... 15

4.2. Informação Quantitativa ................................................................................................... 16

5. Risco de Crédito ...................................................................................................................... 17 5.1. Informação Qualitativa ..................................................................................................... 17

5.1.1. Definições ................................................................................................................... 17

5.1.2. Descrição dos Modelos de Imparidade ...................................................................... 19 5.1.3. Risco de Concentração ............................................................................................... 21 5.1.4. Técnicas de redução do risco de crédito ..................................................................... 22

5.2. Informação Quantitativa ................................................................................................... 23 5.2.1. Posições em Risco ...................................................................................................... 23

5.2.2. Distribuição Geográfica ............................................................................................. 23 5.2.3. Correcções de Valor ................................................................................................... 24 5.2.4. Prazo Residual ............................................................................................................ 25

5.3. Método Padrão .................................................................................................................. 25

5.3.1. Informação Qualitativa ............................................................................................... 25

5.3.2. Informação Quantitativa ............................................................................................. 26

6. Risco de Taxa de Juro ............................................................................................................. 27 6.1. Informação Qualitativa ..................................................................................................... 27

6.1.1. Metodologia de Avaliação ......................................................................................... 27

7. Risco Cambial ......................................................................................................................... 27 7.1. Informação Qualitativa ..................................................................................................... 27

7.2. Stress Tests ....................................................................................................................... 28 7.2.1. Âmbito ........................................................................................................................ 28 7.2.2. Descrição dos Cenários .............................................................................................. 28

8. Risco Operacional ................................................................................................................... 29 8.1. Informação qualitativa ...................................................................................................... 29

8.1.1. Metodologia ............................................................................................................... 29

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1. Âmbito

Com o objectivo de contribuir para a estabilidade e solidez do sistema financeiro português, e

na sequência do previsto no Aviso nº 10/2007 do Banco de Portugal, sendo esta uma transposição do

enquadramento normativo do Pilar III do Acordo Basileia II, pretende-se com o presente relatório a

divulgação de informação detalhada sobre a solvabilidade do Banco Primus (doravante também

designado como Banco ou Instituição).

O detalhe dos resultados apresentados pretende divulgar de forma fidedigna a importância

relativa da actividade, resultados e riscos na globalidade de acção do Banco, destacando-se todos os

aspectos relevantes considerando a dimensão e características da actividade.

O conteúdo do presente documento foi elaborado numa óptica predominantemente prudencial,

uma vez que se pretende disponibilizar o maior volume de informação, que permita aos agentes

económicos envolvidos uma avaliação eficaz e eficiente.

A descrição de políticas internas dos diferentes riscos e os respectivos processos de gestão

serão apresentados ao longo do presente relatório, da seguinte forma:

Declaração de Responsabilidades;

Âmbito da Aplicação e Políticas de Gestão de Risco;

Adequação de Capitais;

Risco de Crédito;

Risco de Taxa de Juro

Risco Cambial

Risco Operacional.

Todos os riscos considerados como materialmente relevantes, serão abordados ao longo do

documento.

2. Declaração de Responsabilidades

O Banco Primus compromete-se com a fidedignidade, veracidade e qualidade da informação

disponibilizada, incluindo a informação referente às sucursais de Espanha e Hungria.

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A instituição compromete-se também a divulgar, tempestivamente, quaisquer alterações

significativas que ocorram no suceder do exercício subsequente àquele a que se refere o presente

relatório.

3. Âmbito da Aplicação e Políticas de Gestão de Risco

A gestão de riscos constitui no Banco Primus uma actividade de primordial relevância, para os

quais estão definidos princípios e processos de cobertura e monitorização dos mesmos. Revelando a

extrema importância com que o Conselho de Administração do Banco Primus avalia o processo de

gestão e controlo de riscos, continuou a assistir-se, durante o corrente ano, a um reforço substancial de

meios humanos, financeiros e informáticos ao serviço das actividades relacionadas com esta área.

Uma vez que a concessão de crédito é a actividade principal da Instituição, o Conselho de

Administração fomenta fortemente a procura sistemática do aperfeiçoamento de métodos para a

adequação do pricing aos riscos incorridos e cálculo da cobertura prudencial de eventuais perdas, tal

como a adequação das regras e exclusões a praticar no mercado, dependendo do produto e país, e de

acordo com o ciclo económico.

Este objectivo reflecte-se no contínuo desenvolvimento interno de aplicativos e modelos que

suportam as decisões de financiamento, e no estabelecimento de procedimentos de controlo interno de

forma a assegurar a fiabilidade das informações que suportam as decisões e a segurança dos fluxos

monetários envolvidos nos processos de pagamento e cobrança dos financiamentos.

Existe no Banco o princípio base da cobertura prudencial das perdas projectadas para cada

produto financeiro, directamente nos preços praticados de acordo com as segmentações de produto,

aplicáveis em cada mercado, e a disponibilização aos decisores de crédito de ferramentas necessárias à

avaliação global dos riscos envolvidos.

A actividade da instituição está diferenciada em quatro segmentos distintos, nomeadamente

Crédito, Leasing e Locação automóvel, e Consolidação de créditos / Crédito Hipotecário com garantias

hipotecárias, sendo concedido crédito tanto a clientes particulares como a empresas. Para além dos

anteriormente mencionados existem ainda produtos associados à fidelização e apoio à actividade

comercial de parceiros comerciais, sendo exemplo disso, os produtos Cash Advance e Credit Stock.

Dada a natureza do core business do Banco, a gestão do risco de crédito é uma actividade

transversal a vários estratos da organização, sendo estes:

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Conselho de Administração;

Comissão Executiva;

Direcção de Risco;

Departamento de Compliance;

Direcção de Auditoria Interna.

Comité de risco

Os restantes riscos financeiros a que o Banco se encontra exposto, são acompanhados numa base

mensal pelos seguintes órgãos:

Conselho de Administração;

Comissão Executiva;

Comité de gestão de activos e passivos (doravante ALCO)

Departamento de Planeamento e Controlo de Gestão

Direcção de risco

3.1.1. Estratégias e Processos de Gestão de Riscos

Apesar do perfil de risco prudencial da instituição e da tolerância ao risco ser estabelecido de

acordo com a natureza inerente a cada produto e país onde é comercializado, o principal objectivo a

médio e longo prazo é a rentabilidade dos activos investidos pelos seus accionistas.

A estratégia da instituição, de forma a proporcionar uma rendibilidade adequada aos objectivos

dos accionistas, assenta numa forte gestão dos riscos, originando e gerindo carteiras de crédito em

produtos diversificados por mercado geográfico e finalidade do crédito, com os pressupostos basilares

do risco de perda de capital pretender estar salvaguardada em cada segmento da carteira e o rácio de

créditos vencidos em carteira ser mantido num nível razoável e adequado às estruturas de gestão de

carteira e equipas de cobrança do Banco a cada momento.

Assim, são admitidos como significativos para as operações do Banco as seguintes classes de

riscos:

Risco de Crédito

Risco de Liquidez

Risco de Taxa de Juro

Risco Cambial

Risco Operacional

Riscos Financeiros

Risco Não Financeiro

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Adicionalmente, o risco estratégico será também considerado como relevante, considerando a

continuidade futura da relação risco/retorno perspectivado pelo Conselho de Administração para os seus

actuais objectivos.

Todos os riscos acima indicados serão abordados no presente relatório.

3.1.2. Risco de Crédito

O Banco tem uma política de gestão de riscos operacionalmente e culturalmente disseminada

por toda a organização, materializada em regulamentos e manuais internos, que permitem uma melhor

classificação do risco associado a cada um dos produtos e mercados. O processo de identificação do

risco de crédito é transversal a toda a instituição e às várias funções envolvidas no processo, que estão

devidamente identificadas nos manuais do Banco.

Nestes manuais estão definidos com clareza todas as directrizes operacionais, nomeadamente

no que se refere a:

Processo de concessão de crédito;

Gestão da carteira;

Recuperação/controlo do risco de crédito.

Todo o conhecimento empírico, adquirido no decorrer dos anos de actividade da instituição,

bem como a política de monitorização contínua de processos, permitem actualizações nas directrizes

definidas, optimizando todo o processo de análise e decisão, proporcionando simultaneamente um

maior controlo das operações de crédito em todas as fases.

As operações de financiamento são avaliadas pelo conjunto formado pelas três principais

componentes de cada operação: o perfil de risco do(s) proponente(s) e avalista(s) da operação, a

adequação e avaliação do bem objecto do financiamento ou dado como garantia, e a origem comercial

da operação.

Para melhor apoiar as decisões de crédito, é aplicado um modelo de classificação de perfis de

risco, o qual atribui uma classe de risco à operação de financiamento conforme a qualidade creditícia

esperada para a operação, avaliada através de um conjunto de informações internas e externas, à data de

entrada da operação (recurso à base de dados da central de risco de crédito do Banco de Portugal, sector

de actividade do proponente, relação entre a avaliação do valor do bem e o montante do financiamento,

etc.).

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Importa ainda referir que o nível de protecção, redução e mitigação do risco de crédito é um

elemento fulcral em todo o processo de concessão, ajustando-se os valores de pricing e de acções de

análise, conforme a classe de risco em que cada uma das operações se insere.

No crédito de base hipotecária estão sempre associadas garantias reais (hipoteca de bens

imóveis) e no crédito automóvel pressupõe-se a reserva ou hipoteca da propriedade do bem a financiar,

o que resulta no impedimento da sua livre transacção pelo proprietário. Na Locação, o bem a financiar é

efectivamente propriedade do Banco. O valor das garantias é sustentado, no caso de garantias

hipotecárias por avaliações elaboradas por entidades externas certificadas e nos bens associados ao

produto automóvel, por avaliações médias assentes em bases estatísticas fornecidas por uma entidade

reconhecida e independente (EUROTAX).

São igualmente desenvolvidos pela Direcção de Risco, com periodicidade semestral, tanto no

âmbito do report obrigatório ao Banco de Portugal como pela relevância deste exercício para a gestão

da exposição aos diferentes riscos em que o Banco incorre, análises de sensibilidade e de cenários

hipotéticos/excepcionais, mas plausíveis (stress tests), cujo objectivo é o de mensurar os embates

resultantes de alterações de factores nos riscos considerados como mais relevantes na instituição,

permitindo assim avaliar impactos potenciais na adequação dos fundos próprios. Estes impactos são

avaliados de acordo com as rubricas contabilísticas que seriam afectadas pelos cenários/análises

computada.

O Banco Primus efectua uma avaliação dos níveis de fundos próprios detidos, nomeadamente

no que se refere à adequação dos mesmos à sua realidade e vulnerabilidades características de cada um

dos mercados.

O Banco avalia (mensalmente desde Junho de 2009 e trimestralmente em datas anteriores) o

valor da imparidade na sua carteira de crédito, não só no âmbito do reporte periódico para o Banco de

Portugal e Conselho de Administração, mas também como uma forma de avaliar a consistência e

regularidade da sua exposição ao risco de crédito da carteira.

Um outro modo de controlo, acompanhamento e identificação de medidas correctivas e/ou

preventivas do risco de crédito é feito através de Comités de Risco, os quais são constituídos pela

Comissão Executiva e pelas Direcções de Risco, Operações, Comercial, Cobranças e Financeira. Estas

reuniões realizam-se periodicamente, ou forma extraordinária sempre que surjam mudanças inesperadas

no enquadramento de risco da Instituição ou sempre que exista informação julgada pertinente para

partilhar.

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Temas abordados pelo Comité:

Actividade de activação de novos parceiros, concentração de produção por canais de angariação

e relação entre qualidade de propostas de financiamento recebidas e concretizadas;

Análise das fraudes prevenidas e não prevenidas e concentração por parceiro;

Evolução dos índices mensais de cobrança normal e de recuperação de clientes em situação de

morosos;

Análise dos segmentos de risco de concessão das carteiras de crédito, globalmente, por

delegação e parceiro comercial;

Análise da evolução por mês ou ano de produção (Vintage de Risco). Comparação entre a perda

actual e a cobertura de risco à priori;

Resumo de produção e risco, segmentados por factores da carteira em observação sistemática

ou pontual, nomeadamente classificações de risco dos proponentes (perfil de risco de aceitação)

e classificações de risco dos parceiros comerciais.

Destes Comités resulta a alteração de regras/limites/exclusões de crédito, novos controlos

regulares, estudos pontuais para esclarecimento de pontos de alerta, inactivação de parcerias

comerciais e/ou adequação das classificações de risco dos parceiros.

3.1.3. Risco de Liquidez

O risco de liquidez está associado à incapacidade futura do Banco cumprir com as suas

obrigações, sem incorrer em perdas significativas decorrentes de uma degradação das condições de

financiamento (custo de financiamento).

Uma vez que a exposição do Banco no crédito hipotecário de longo prazo é a mais

significativa, o risco de liquidez assume uma relevância elevada no modelo de rentabilidade da

instituição.

No âmbito da monitorização do risco de liquidez, são elaborados mapas de liquidez numa

óptica estática, que permitem a análise de prazos residuais de activos e passivos. Para cada intervalo

definido, procede-se ao cálculo do gap de liquidez associado, sendo a sua mensuração efectuada com

recurso a indicadores regulamentares definidos pelas autoridades de supervisão, bem como indicadores

internos.

A elaboração dos mapas de liquidez é efectuada através da categorização dos activos e

passivos, de acordo com:

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Natureza dos instrumentos;

Grau de liquidez

Horizontes temporais;

Contexto institucional.

São também efectuados, mensalmente, planos de necessidades de financiamento de curto-

prazo, de acordo com as expectativas de negócio expressas no business plan de cada exercício.

O risco de incapacidade de obtenção de liquidez no mercado é reduzido, dado que o Banco é

financiado na íntegra pelo seu principal accionista, Groupe Crédit Foncier de France. Apesar deste

facto, existe um plano de contingência de liquidez. As necessidades de liquidez são planeadas e

comunicadas antecipadamente tendo em conta as projecções do negócio.

No ALCO, órgão responsável pela gestão e controlo de riscos, procede-se, à discussão das

necessidades de liquidez existentes num horizonte temporal de 5 anos e à atribuição de linhas

confirmadas de crédito por parte do Crédit Foncier de France de acordo com as referidas necessidades.

3.1.4. Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro tem relevância quando são contratadas operações com fluxos financeiros

futuros sensíveis a variações da taxa de juro. O risco de taxa de juro define-se como a perda potencial

na margem financeira decorrente de alterações de taxas de juro de mercado.

Mensalmente, o risco de taxa de juro é mensurado pelo modelo de repricing gap, o qual permite

estimar a potencial perda incorrida pela exposição a este risco. Adicionalmente, são realizadas análises

de sensibilidade, aplicando uma variação das taxas de juros em 200 basis points de forma a avaliar os

impactos na margem financeira.

Tendo presente as principais directrizes estratégicas estabelecidas para a actividade do Banco

Primus, foi definida uma politica de reduzida sensibilidade da margem financeira. Para isso os créditos

concedidos são financiados de acordo com a sua indexação e respectiva duração.

A definição da estratégia e políticas de gestão do risco de taxa de juro é da responsabilidade do

Conselho de Administração. A função de gestão e controlo deste risco encontra-se delegada na

Direcção Financeira e discutido no ALCO.

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3.1.5. Risco Cambial

A exposição da Instituição ao Risco cambial ocorreu aquando a abertura da sucursal Húngara.

Este evento despoletou a implementação de rigorosas políticas de gestão de risco para mensuração e

acompanhamento da exposição do Banco Primus ao Risco Cambial. Mensalmente é elaborado um

balanço por moeda, sendo que são extrapoladas as posições futuras com base no desenvolvimento da

actividade de acordo com o plano de negócio. Assim, são identificadas as perdas potenciais aquando

uma variação da taxa de câmbio de forma a definir estratégias de cobertura.

Numa óptica de monitorização, são elaborados vários cenários de evolução cambial das divisas

nas quais o Banco tem exposição no mercado Húngaro, de forma a identificar o impacto decorrente de

situações extremas de mercado.

Com o objectivo de mitigar o risco associado ao impacto de variações cambiais, o Banco

Primus, realiza operações de troca de moeda, de forma a manter uma reduzida exposição ao franco

suíço e ao forint.

A gestão e controlo deste risco encontra-se delegada na Direcção Financeira e é discutida no

ALCO, sendo neste definida a estratégia de mitigação de risco a seguir.

3.1.6. Risco de Mercado

A instituição não detém carteira própria de títulos pelo que não tem que alocar fundos próprios

a este risco. No entanto, o Banco está exposto a risco cambial e de taxa de juro, tal como descrito nos

pontos anteriores.

3.1.7. Risco Operacional

De acordo com as práticas comummente aceites no mercado, o Banco Primus está a

desenvolver um modelo/ciclo de gestão de risco operacional. Actualmente a instituição aplica uma

abordagem de Indicador Básico.

Numa primeira fase, a estratégia do Banco centrou-se na identificação e reconhecimento dos

principais focos de Risco Operacional a que encontra exposto - sejam estes advindos de falhas em

processos, pessoas, sistemas de informação ou de factores externos – com o intuito de estabelecer uma

prioridade na abordagem da mitigação desses riscos com a criação de controlos e eliminação dos pontos

mais críticos para a actividade.

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Neste sentido, o Conselho de Administração do Banco Primus promove e assegura,

continuamente, a existência de ferramentas e processos de controlo dos riscos avaliados como

relevantes, adequados e proporcionais à actividade, dimensão e complexidade das operações da

instituição, nomeadamente nas seguintes áreas:

Mitigação e controlo de todos os riscos de fraude externa, interna ou erros de carácter

operacional relativamente às operações de gestão que envolvam contrapartes e fornecedores;

Segregação de funções a todos os níveis do Banco, com destaque nas que resultam em

movimentos monetários associados à actividade de concessão de crédito, tomadas de decisão e

escolha de fornecedores de equipamento e serviços;

Reporte obrigatório da informação financeira ou outra, às autoridades externas de supervisão e

aos accionistas;

Adequação das operações bancárias às normas legais e regulamentares, bem como às

orientações e normativos internos emanados da Comissão Executiva;

Existência do Plano de Continuidade da Actividade e Disaster Recovery Plan, bem como a

qualidade dos aplicativos de gestão e dados armazenados nos sistemas de informação;

Gestão dos activos do Banco, para que os colaboradores exerçam as suas actividades de forma

coerente com os objectivos traçados, bem com a constituição das provisões contabilísticas

como forma de proporcionar uma adequada substituição ou actualização desses activos;

A prevenção de actividades de branqueamento de capitais e de financiamento a ilícitos ou

terrorismo.

O controlo dos riscos de base operacional tem sido alvo de especial enfoque por parte de todos

os colaboradores do Banco, tendo já sido desenvolvidos e colocados em prática um conjunto alargado

controlos que permitem mitigar os riscos mais relevantes.

Actualmente, o Banco encontra-se a desenvolver um projecto de implementação dos sistemas de

reporte e controlo do Risco Operacional utilizados pelo seu principal accionista - Crédit Foncier de

France-, e continuarão a ser desenvolvidos esforços no sentido de alcançar, de forma consistente, a

Abordagem Standard.

Nesse âmbito, e embora se tenha recolhido durante o ano 2009 um conjunto de eventos de risco

operacional, proceder-se-á a uma revisão do mapeamento das actividades de forma a sistematizar e

adequar o processo de recolha e reporte dos dados ao sistema de reporte do accionista, estimando-se

que este processo esteja finalizado durante o ano de 2010.

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O esquema de Responsáveis Locais de Risco Operacional – Operational Risk Officers – que

reportam actualmente os eventos ao Responsável de Risco Operacional na Direcção de Risco, foi

revisto, actualizado e aprovado pela Comissão Executiva, tendo sido proporcionadas novas formações a

todos os coordenadores.

O Sistema de Gestão de Risco Operacional a implementar tem como objectivo final conferir ao

Banco Primus a capacidade de efectuar de forma eficiente a gestão dos eventos de Risco Operacional e

a implementação de novos controlos mitigadores de risco, bem como responder aos objectivos do seu

accionista, permitindo gerir de forma abrangente o Risco Operacional em todo o grupo fomentando,

constantemente, uma forte cultura de risco a todos os colaboradores.

3.1.8. Risco de Compliance

A gestão do risco de Compliance é efectuada pelo Departamento de Compliance que tem como

objectivos a garantia do cumprimento do normativo externo e do normativo interno que está

devidamente enquadrado no anterior. Esta garantia permite mitigar os riscos potenciais decorrentes da

actividade do Banco Primus que poderiam traduzir-se em prejuízos financeiros.

Uma das áreas onde existe uma monitorização constante do risco de conformidade é a da

prevenção do branqueamento de capitais/financiamento do terrorismo, sendo realizada periodicamente

uma formação a todos os elementos da instituição.

As ocorrências que se traduzem em riscos de Compliance são monitorizados permanentemente

e apresentados trimestralmente à Comissão Executiva. Anualmente é elaborado um relatório que tem

como objectivo conseguir uma perspectiva agregada da materialidade e relevância deste risco.

4. Adequação de Capitais

Nesta secção serão apresentados os fundos próprios actuais, a sua evolução bem como a

adequação do capital interno.

4.1. Informação Qualitativa

A política de gestão de capital interno é da responsabilidade directa da administração, a qual

efectua um acompanhamento mensal destes indicadores.

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Os fundos próprios do Banco são apurados de acordo com as normas regulamentares descritas

no Aviso n.º 12/92 do Banco de Portugal, a qual define o conceito de capital regulamentar.

Conforme o estabelecido neste aviso, os fundos próprios são constituídos pelos fundos próprios

de base (comummente designado como Tier I), pelos fundos próprios complementares (também

designado por Tier II) e pelos fundos próprios suplementares (Tier III).

Durante o exercício de 2009 ocorreram três aumentos de capital através de entradas em

numerário integralmente subscritos pelo accionista maioritário Crédit Foncier de France sendo os

montantes:

- 8.000.000 euros em Maio de 2009;

- 7.000.000 euros em Julho de 2009 e

- 6.000.000 euros em Dezembro de 2009.

No seguimento destes reforços de capital, o accionista, João Manuel Pinto da Cunha Rosa,

passou a deter 8,82%, enquanto o accionista Crédit Foncier de France detém 91,18% do capital da

instituição. A 30 de Junho de 2009 o Banco procedeu à emissão de um empréstimo subordinado no

montante de 7.000.000 euros. Esta emissão foi convertida, em Janeiro de 2010, em capital.

Os principais elementos que constituíam os fundos próprios de base do Banco Primus a 31 de

Dezembro de 2009, eram o capital elegível e as reservas elegíveis1, sendo que os fundos próprios de

base integram os elementos com carácter de maior permanência. O Banco Primus, à data de 31 de

Dezembro de 2009, não detinha fundos próprios suplementares contudo, passou a deter 3.572.832€ de

fundos próprios complementares sendo estes relativos às provisões para riscos gerais de crédito. Estes

elementos integram o Upper Tier II.

Para o cálculo de requisitos de fundos próprios, o Banco utiliza o método padrão, assegurando a

cobertura das exigências regulamentares da actividade - nomeadamente no que se refere ao rácio de

1 Sobre estas rubricas ver Relatório e Contas de 2009

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solvabilidade - como também as necessidades estratégicas do crescimento susceptíveis às alterações do

mercado.

4.1.1. Características dos Elementos dos Fundos Próprios

4.1.2. Método de Auto-Avaliação da Adequação de Capital

O método de cálculo de capital económico, integra a realização de testes de esforço – Stress

Tests – que tem como objectivo a mensuração do impacto de cenários adversos sobre o consumo de

capital da instituição, reflectindo os vários riscos considerados como significativos pelo Banco Primus.

O modelo adoptado internamente permite avaliar a variação súbita do factor de maior impacto

nos requisitos de fundos próprios, assumindo que todos os restantes factores permanecem inalterados -

análise de sensibilidade.

Após o apuramento do capital económico são definidas oportunidades de melhoria no âmbito

do ICAAP, sendo comparados os valores apurados e os montantes de fundos próprios disponíveis.

2009 2008

1 Fundos Próprios Totais para Efeitos de Solvabilidade 27.363.825 12.916.795

1.1 Fundos Próprios de Base 23.790.993 12.916.795

1.1.1 Capital Elegível 51.000.000 30.000.000

1.1.1.1 Capital Realizado 51.000.000 30.000.000

1.1.1.2 (-) Acções Próprias - -

1.1.1.3 Prémios de Emissões - -

1.1.1.4 Outros Instrumentos Equiparáveis a Capital - -

1.1.2 Reservas e resultados elegíveis -25.384.119 -15.156.653

1.1.2.1 Reservas -6.623.812 -3.709.339

1.1.2.2 Interesses minoritários elegíveis - -

1.1.2.3 Resultados do último exercício e resultados provisórios do exercício em curso -18.760.307 -11.447.314

1.1.2.4 (-) Lucros líquidos resultantes da capitalização de receitas futuras provenientes de activos titularizados - -

1.1.2.5 Diferenças de reavaliação elegíveis para fundos próprios de base - -

1.1.3 Fundo para riscos bancários gerais - -

1.1.4 Outros elementos elegíveis para fundos próprios de base - -

1.1.4.1 Impacto na trânsição para a NIC/NCA (impacto negativo) - -

1.1.4.2 Outros elementos elegíveis para fundos próprios de base - -

1.1.5 (-) Outros elementos dedutiveis aos fundos próprios de base -1.824.889 -1.926.552

1.1.5.1 (-) Imobilizações incorpóreas/Activos intangiveis -1.824.889 -1.926.552

1.1.5.2 (-) Excedente em relação aos limites de elegibilidade de instrumentos incluidos nos fundos prórios de base - -

1.1.5.3 (-) Outros elementos dedutiveis aps fundos próprios de base - -

1.2 Fundos Prórios Complementares - -

1.2.1 Fundos Próprios Complementares - Upper Tier 2 3.572.832 -

1.2.2 Fundos Próprios Complementares - Lower Tier 2 - -

1.2.3 (-) Deduções de fundos próprios complementares - -

1.3 (-) Deduções aos fundos próprios de base e complementares - -

1.3.a. Das quais: (-) Aos fundos próprios de base - -

1.3.a. Das quais: (-) Aos fundos próprios complementares - -

1.5 (-) Deduções de fundos próprios totais - -

1.4 Fundos próprios suplementares totais disponiveis para cobertura de riscos de mercado - -

1.6 Por memória: - -

- -

1.6.1.1 Montante de correcções de valor e de "provisões" no método de Notações Internas - -

1.6.1.2 (-) Perdas esperadas determinadas pelo método de Notações Internas - -

1.6.2 Valor nominal dos empréstimos sobordinados reconhecidos como elemento positivo dos fundos próprios - -

1.6.3 Requisito mínimo de capital social - -

1.6.4 Fundos próprios de referência para efeitos dos limites relativos aos grandes riscos 27.363.825 12.916.795

Adequação de Capitais

Eur

1.6.1 (+) Excesso/(-) Insuficiência de correcções de valor e de "provisões" nas posições ponderadas pelo risco através do

método de Notações Internas

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16

4.2. Informação Quantitativa

Para os testes realizados considerou-se a informação disponibilizada a 31 de Dezembro de

2009, contudo, foram incorporados dados conhecidos à data, informação do orçamento 2009/2010 bem

como a evolução do negócio no corrente ano.

2009 2008

2 Requisitos de Fundos Próprios

2.1 Para risco de crédito de contraparte, risco de redução dos valores a receber e risco de entrega 20.850.948 12.391.204

2.1.1 Método Padrão 20.850.948 12.391.204

2.1.1.1 Classes de risco no Método Padrão, excluindo posições de titularização 20.850.948 12.391.204

2.1.1.1.1 Créditos ou créditos condicionais sobre admnistrações centrais ou sobre bancos centrais - -

2.1.1.1.2 Créditos ou créditos condicionais sobre admnistrações regionais ou autoridades locais - -

2.1.1.1.3 Créditos ou créditos condicionais sobre organismos admnistrativos e empresas sem fins lucrativos - -

2.1.1.1.4 Créditos ou créditos condicionais sobre bancos mulitlaterais de desenvolvimento - -

2.1.1.1.5 Créditos ou créditos condicionais sobreorganizações internacionais - -

2.1.1.1.6 Créditos ou créditos condicionais sobre intituições 66.539 168.643

2.1.1.1.7 Créditos ou créditos condicionais sobre empresas - -

2.1.1.1.8 Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho 8.744.157 2.942.945

2.1.1.1.9 Créditos ou créditos condicionais com garantias de bens imóveis 6.572.954 6.501.079

2.1.1.1.10 Elementos Vencidos 4.556.862 2.096.214

2.1.1.1.11 Elementos pertencentes a categorias regulamentares de risco elevado - -

2.1.1.1.12 Créditos sob a forma de obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público - -

2.1.1.1.13 Créditos sob a forma de organismos de investimento colectivo (OIC) - -

2.1.1.1.14 Outros Elementos 910.437 682.323

2.1.1.2 Posições de titularização no método padrão - -

2.1.2 Método de Notações Internas - -

2.1.2.1 Quando não são usadas estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão - -

2.1.2.1.1 Créditos ou créditos condicionais sobre admnistrações centrais ou sobre bancos centrais - -

2.1.2.1.2 Créditos ou créditos condicionais sobre intituições - -

2.1.2.1.3 Créditos ou créditos condicionais sobre empresas - -

2.1.2.2 Quando são usadas estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão - -

2.1.2.2.1 Créditos ou créditos condicionais sobre admnistrações centrais ou sobre bancos centrais - -

2.1.2.2.2 Créditos ou créditos condicionais sobre intituições - -

2.1.2.2.3 Créditos ou créditos condicionais sobre empresas - -

2.1.2.2.4 Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho - -

2.1.2.3 Créditos sobre acções - -

2.1.2.4 Posições de titularização - -

2.1.2.5 Outros activos que não sejam obrigações de crédito - -

2.2 Risco de líquidação - -

2.3 Requisitos de fundos próprios para riscos de posição, riscos câmbiais e riscos sobre mercadorias 385.924 282.447

2.3.1 Método Padrão 385.924 282.447

2.3.1.1 Instrumentos de dívida - -

2.3.1.2 Titulos de capital - -

2.3.1.3 Riscos câmbiais 385.924 282.447

2.3.1.4 Riscos sobre mercadorias - -

2.3.2 Método de Modelos Internos - -

2.4 Requisitos de fundos próprios para risco operacional 1.500.762 710.770

2.3.1 Método do Indicador básico 1.500.762 710.770

2.3.1 Método Standard - -

2.4.1 Métodos de Medição avançada - -

2.5 Requisitos de fundos próprios - Despesas gerais fixas - -

2.6 Requisitos transitórios de fundos próprios e outros requisitos de fundos prórpios - -

Eur

Adequação de Capitais

2009 2008

Excesso (+) / Insuficiência (-) de fundos próprios 4.626.190 -306.970

Rácio de Solvabilidade (%) 9,63% 7,81%

Adequação de fundos próprios ao nível do conglomerado financeiro 4.626.190 -306.970

Eur

Adequação de Capitais

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17

Conforme previsto no final de 2008, no decorrer de 2009, e à semelhança do que foi

anteriormente referido, o Banco implementou um plano de reforço dos seus Fundos Próprios,

consubstanciado em 3 aumentos de capital, num total de € 21 Milhões, integralmente subscritos pelo

accionista maioritário Crédit Foncier de France. Já no decorrer de 2010, procedeu-se a um novo

aumento de capital por conversão de um empréstimo do accionista Crédit Foncier de France, no valor

de € 7 Milhões.

Este reforço accionista, permitiu:

Repor a um nível adequado os Capitais Próprios do Banco, afectados pelos investimentos inerentes

ao lançamento de novos negócios/ sucursais e pelo impacto do incumprimento de produções mais

antigas,

Garantir o cumprimento dos níveis de rácios de solvabilidade regulamentares e

Dotar o Banco Primus da estrutura financeira adequada ao seu plano de crescimento.

A política de gestão de capital interno é gerida directamente pela Administração que

assegura que são tomadas as medidas necessárias para que os capitais internos sejam adequados às

necessidades do Banco e aos níveis regulamentares exigidos pelo supervisor.

5. Risco de Crédito

5.1. Informação Qualitativa

5.1.1. Definições

Crédito vencido: São considerados créditos vencidos, todos os financiamentos com atrasos no

pagamento de alguma das suas obrigações há mais de 30 dias.

Crédito em incumprimento: Definem-se por créditos em incumprimentos todos os contratos com

crédito vencido (superior a 30 dias), cujo montante em atraso ascende a 10% do valor de uma prestação

sendo este valor superior a €20,80 (valor que resulta da comissão de atraso).

Crédito com imparidade: Seguem-se as descrições devidamente distintas por unidade de negócio.

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Crédito Automóvel

Para os contratos de crédito automóvel considera-se a distinção entre responsabilidades

“Individualmente significativas” e “Com Incumprimento”.

Um cliente é considerado com responsabilidades “Individualmente significativas” se a

exposição de responsabilidade perante o Banco Primus for igual ou superior a 100.000€.

Um cliente é considerado como pertencente ao grupo “Com incumprimento”, se cumprir pelo

menos um dos seguintes critérios:

Em qualquer dos financiamentos no Banco Primus, existir pelo menos um contrato

com uma prestação considerada em incumprimento;

O cliente ter contratos de financiamento automóvel em fase de Contencioso;

O cliente ter contratos de financiamento automóvel incluídos no grupo de “Fraudes

não prevenidas”, independentemente de ter ou não valores vencidos;

O segmento de clientes anterior é dividido em subsegmentos, por tipologia de contrato de

crédito: Crédito e Leasing Financeiro (Leasing) / Leasing Operacional (Locação/ALD), sendo a cada

um dos segmentos aplicado regras de cálculo para a imparidade.

Crédito Hipotecário

O Banco considerou, como indicador da existência de imparidade, todos os contratos com

atraso de capital e juros superiores a 30 dias.

A imparidade na carteira de crédito Hipotecário é avaliada:

Numa base Individual para:

Créditos de montante significativo (exposições de montante de capital e juros

em dívida, à data da análise, superior a € 1.000 milhares e exposições

superiores a 300.000€ com crédito vencido) e

Contratos em processo de contencioso e para os quais foi instaurada uma acção

executiva;

Colectivamente para os restantes casos.

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5.1.2. Descrição dos Modelos de Imparidade

Crédito Automóvel

No modelo de imparidade, cada operação de crédito automóvel é classificada com uma Notação

de Rating interna, com esta notação pretende-se traduzir diferentes níveis de probabilidade de

incumprimento (PD) por parte de um cliente. Foram assim definidas cinco classes de rating de

incumprimento, baseadas nas notações entre AAA a BBB- e uma classe suplementar para os clientes

envolvidos na fase de litígio judicial, doravante designada como Contencioso.

Os clientes envolvidos em situações classificadas como Fraudes, estando ou não na fase

Contencioso, são classificados num segmento independente.

Para segmentos homogéneos em clientes “Sem incumprimento”, considerando o princípio da

prudência no cálculo do valor da imparidade, designado por imparidade IBNR – Incurred But Not

reported, aplicar-se-á uma taxa de perda ao crédito vivo de acordo com a probabilidade destes poderem

demonstrar imparidade à data do próximo exercício.

Crédito Hipotecário

O modelo utilizado para quantificar a perda por imparidade assenta no método de “discounted

cash flow” (DCF) e em estimativas de valor recuperável.

O montante da perda por imparidade corresponde à diferença entre a quantia registada nos

livros contabilísticos do Banco à data do cálculo e o valor recuperável, sendo este o valor presente dos

“cash-flows” esperados, descontados à taxa efectiva das operações.

Os pressupostos considerados na metodologia aplicada são:

Identificação dos “cash flows esperados” da carteira com imparidade;

Cálculo da taxa de desconto – Taxa de juro efectiva implícita nas respectivas carteiras;

Descontos dos “cash flows” esperados às respectivas taxas de desconto para cálculo do valor

recuperável.

Regime de provisionamento

Importa referir que o Banco aplica nas suas contas as NCA pelo que, de acordo com o definido

nos nº 2 e nº 3 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédito

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concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal. No entanto, mensalmente são

apurados os valores de imparidade associados às carteiras de crédito sendo registado o maior entre o

valor de imparidade e o valor apurado de acordo com os mínimos do Banco de Portugal que se descreve

de seguida:

De acordo com o Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, e outras disposições emitidas pelo

mesmo, o Banco constitui as seguintes provisões para riscos de crédito:

Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem

prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e

juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são crescentes em função do período

decorrido desde a data de incumprimento.

Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam

afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas.

Consideram-se créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

Todos os contratos cujas prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que

se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos

uma das seguintes condições:

i) Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

ii) Estarem em incumprimento há mais de:

Seis meses (para operações com prazo inferior a cinco anos);

Doze meses (para operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior

a dez anos);

Vinte e quatro meses (para operações com prazo igual ou superior a dez anos).

Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima

definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem

25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados

com base em metade das taxas de provisão aplicáveis aos créditos vencidos.

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Esta provisão é apresentada a deduzir à rubrica de crédito a clientes no activo. Os créditos

considerados incobráveis são anulados por contrapartida das respectivas provisões específicas

constituídas. A anulação de créditos (write-off) é efectuada após terem sido tomadas todas as medidas

possíveis de recuperação e ter sido determinado o montante da perda. As recuperações posteriores são

reconhecidas em proveitos no exercício em que ocorrem.

Provisão para riscos gerais de crédito

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do

crédito não vencido:

0,5%, relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de

locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a

habitação do mutuário;

1,5%, no caso de se tratar de crédito ao consumo;

1%, no que se refere ao restante crédito concedido, incluindo o representado por

aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga.

5.1.3. Risco de Concentração

À semelhança do que foi referido em secções anteriores, a exposição ao risco de crédito bem

como a sua mensuração é gerida de forma regular, com o objectivo de detectar precocemente situações

de alertas de incumprimento.

Deste modo, para além dos indicadores de alerta comummente usados, tais como níveis de

incumprimento a 30 e 90 dias por produto, níveis de incumprimento por canal de origem da proposta,

existem também procedimentos ligados à identificação, medição e gestão de risco de concentração de

crédito.

Assim, são mensalmente seguidos e analisados indicadores de concentração e exposição,

contribuindo assim para uma melhor mensuração e gestão de risco. Estes limites são, não só

estabelecidos em função dos limites regulamentares, mas também definidos em função do segmento do

cliente, produto, contraparte, garantias, entre outros.

Logo, dadas as características da carteira do Banco Primus, foram identificadas as variáveis de

carácter relevante no que se refere ao risco de concentração de crédito, nomeadamente no que respeita

ao montante em dívida, entidades relacionadas directa ou indirectamente com maior número de

contratos, sector de actividade, marca e modelo de veículo financiado.

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Numa óptica de vigilância individual são estudados, também com uma periodicidade mensal, os

créditos com características consideradas mais problemáticas, sendo criadas listas de contratos (watch

lists) nomeadamente: contratos de crédito considerados como grandes montantes, entidades com

responsabilidade directa e indirecta num elevado número de contratos e, no que se refere somente aos

contratos de crédito hipotecário, com LTV actual superior a 100%.Assim, para todos os segmentos

identificados quer na análise de concentração, quer nas Watch lists, são mensalmente revistos as suas

posições na central de risco de crédito do Banco de Portugal, posição no Banco Primus e montante em

dívida.. São também tomadas em consideração informações existentes na Coface, caso existam novos

alertas comunicados.

5.1.4. Técnicas de redução do risco de crédito

O Banco Primus define e estabelece os tipos de garantias aceites e a forma como são avaliadas,

de acordo com o produto em causa.

São aceites como garantia reais as hipotecas e avales pessoais, sendo que relativamente ao

produto crédito automóvel existem ainda as reservas de propriedade ou hipotecas relativa ao bem alvo

de financiamento, que não sendo consideradas como garantias reais, são usadas como forma de

avaliação do risco de crédito incorrido e sua mitigação no processo cálculo da imparidade. O Banco

Primus promove ainda a aquisição, por partes dos clientes, de seguros de protecção de pagamentos que

asseguram o pagamento das suas obrigações de crédito durante um período de tempo determinado e de

acordo com pressupostos pré-estabelecidos.

As operações de crédito hipotecário são constituídas por créditos à habitação/consolidação de

dívidas tendo sempre associadas a hipoteca de bens imóveis como forma de mitigação do risco. O

Banco Primus recorre a entidades independentes e especializadas na avaliação dos colaterais no

momento da análise do financiamento, e posteriormente, de acordo com as regras estabelecidas pelas

entidades de supervisão ou sempre que existir uma alteração significativa da envolvente de mercado ou

do cliente relacionado com a garantia.

O Banco Primus construiu e gere um aplicativo onde regista informação relativa às garantias

hipotecárias, à sua avaliação inicial e posteriores reavaliações, relacionando cada garantia com a

operação de financiamento em causa.

Nenhuma das garantias ou instrumentos mencionados nos pontos anteriores constitui factor de

ajustamento para o cálculo do rácio de solvabilidade da instituição.

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5.2. Informação Quantitativa

5.2.1. Posições em Risco

O quadro seguinte apresenta todas as posições em risco original por classe de risco:

A evolução da carteira de crédito do Banco Primus revela uma maior aposta no crédito

automóvel nos mercados Português e Húngaro no ano de 2009. Não obstante, o crédito hipotecário

continua a ser o negócio mais expressivo do Banco Primus.

5.2.2. Distribuição Geográfica

O quadro que se segue apresenta a exposição em risco original por país de actividade.

2009 2008 2009 2008

- - - -

- - - -

- - - -

- - - -

- - - -

4.158.681 10.540.194 7.349.438 9.470.033

149.798.234 49.049.076 99.423.655 -

- - - -

275.715.554 233.477.158 254.596.356 171.942.158

- - - -

- - - -

11.383.468 8.532.195 9.957.831 4.774.988

Total 441.055.937 301.598.623 371.327.280 186.187.179

Posição em risco originalPosição em risco original

(média ao longo do período)

Administrações centrais ou bancos centrais

Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público

Eur

Posições em Risco - Classes de Risco

Administrações regionais ou autoridades locais

Organismos admnistrativos e empresas sem fins lucrativos

Banco multilaterais de desenvolvimento

Organizações internacionais

Instituições

Carteira de Retalho

Empresas

Posições garantidas por bens imóveis

Posições em risco sobtre organismos de investimento de

Outros Elementos

2009 2008 2009 2008 2008

- - - - -

- - - - -

- - - - -

- - - - -

- - - - -

40% 62% 53% 24% 14%

79% 81% - - 19%

- - - - -

35% 45% 65% 55% -

- - - - -

- - - - -

100% 100% - - -

51% 53% 42% 43% 4%7%% do total de posição em risco original

Eur

Outros Elementos

2009

Hungria

-

-

-

-

-

7%

21%

-

-

-

-

-

Carteira de Retalho

Empresas

Posições garantidas por bens imóveis

Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público

Posições em risco sobtre organismos de investimento de

Organizações internacionais

Administrações centrais ou bancos centrais

Administrações regionais ou autoridades locais

Organismos admnistrativos e empresas sem fins lucrativos

Banco multilaterais de desenvolvimento

EspanhaPortugal

Instituições

Distribuição Geográfica das Posições em Risco - Classes de Risco -

(em % da posição em risco original)

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As posições em risco do Banco Primus, centram-se exclusivamente na zona Euro,

nomeadamente Portugal, com 51% de posição em risco, Espanha e Hungria com 42% e 7% de

exposição em risco, respectivamente.

5.2.3. Correcções de Valor

O quadro apresenta um resumo dos movimentos ocorridos nas provisões do Banco Primus nos

anos de 2008 e 2009.

O Quadro seguinte apresenta a Repartição das Posições de Risco Vencidas e Objecto de Imparidade.

2009 2008

2.008.184 651.392

1.729.165 1.470.964

Utilizações - -

-175.310 -106.867

- -

10.793 -7.305

- -

- -

- -

- -

Saldo Final 3.572.832 2.008.184

Saldo Inicial

Dotações

Correcções de Valor e Provisões Gerais de crédito

Reposições/Anulações

Outros Ajustamentos:

- Ajustamentos por

- Trânsferências de

- Combinações de

- Aquisições e alienações de

- Outros

Eur

2009 2008

5.346.441 380.009

15.469.995 4.976.677

Utilizações - -

-1.137.777 -6.878

- -

24.783 -3.367

- -

- -

- -

- -

Saldo Final 19.703.442 5.346.441

Eur

- Trânsferências de provisões

- Combinações de actividades

- Aquisições e alienações de

- Outros

Correcções de Valor e Provisões Especificas de crédito

Saldo Inicial

Dotações

Reposições/Anulações

Outros Ajustamentos:

- Ajustamentos por diferenças

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5.2.4. Prazo Residual

Os montantes de posições em risco originais, por prazos residuais, figuram no quadro seguinte.

5.3. Método Padrão

5.3.1. Informação Qualitativa

Conforme descrito no Decreto-lei nº 104/2007 de 3 de Abril, para efeitos de determinação dos

requisitos de fundos próprios destinados ao apuramento do rácio de solvabilidade prudencial, o Banco

Primus utilizou no ano de 2009, o Método Padrão.

Tal como foi referido numa secção anterior, dadas as características da actividade da

instituição, o risco de crédito – que representa a mensuração das perdas financeiras decorrentes do

incumprimento dos clientes relativamente às suas obrigações - apresenta-se como o mais relevante a

que o Banco se encontra exposto.

2009 2008 2009 2008 2008

41.396.896 14.082.039 95.983.652 118.823.244 5.900.000

Serviços - - - - -

Crédito ao Consumo 4.382.597 421.536 12.497.600 4.381.104 1.400.000

Construção - - - - -

Outros - - - - -

Portugal 27.263.337 9.865.340 59.645.705 56.348.604 4.900.000

Espanha 17.230.893 4.593.651 46.054.097 65.093.872 2.200.000

Hungria 1.285.263 44.584 2.781.453 1.761.871 200.0001.124.048

Decomposição pelas principais Zonas Geográficas

12.569.197

3.832.482

6.499.342

-

-

1. Consideram-se "Posições em risco vencidas" os valores vencidos há mais de 30dias

2. Consideram-se "Posições em Risco Objecto de Imparidade" as posições originais vencidas e vincendas associadas às posições vencidas e apenas

estas;

3. Consideram-se "Correcções de Valor e Provisões" o valor total das imparidades para as posições em risco e as consideradas com o IBNR

Decomposição pelas principais sectores económicos

11.026.386

-

Eur

Repartição das Posições em Risco Vencidas e Objecto de

Imparidade

Posições em Risco VencidasPosições em Risco Objecto de

Imparidade

Correcções de valor e

Provisões

2009

Crédito hipotecário

2009 2008 2009 2008 2008

- - - - -

- - - - -

- - - - -

- - - - -

- - - - -

100% 100% - - -

24% 4% 62% 89% 7%

- - - - -

9% 6% 41% 8% 85%

- - - - -

- - - - -

100% 100% - - -

17% 12% 47% 21% 67%% do total de posição em risco original 36%

Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público -

Posições em risco sobtre organismos de investimento de -

Outros Elementos -

Carteira de Retalho 15%

Empresas -

Posições garantidas por bens imóveis 49%

Banco multilaterais de desenvolvimento -

Organizações internacionais -

Instituições -

Administrações centrais ou bancos centrais -

Administrações regionais ou autoridades locais -

Organismos admnistrativos e empresas sem fins lucrativos -

Eur

Prazo de vencimento Residual - Classes de Risco - (em % da

posição em risco original)

VR< 1ano 1 ano<VR<5 anos VR>5 anos

2009

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O Banco Primus não utiliza nenhuma avaliação de crédito de agências de notação externa ou de

agências de crédito à exportação.

5.3.2. Informação Quantitativa

O quadro abaixo contempla os seguintes pontos:

1) Informação das posições em risco originais por classe de risco e por ponderador a usar;

2) Valores das posições ponderadas pelo risco;

3) Valores das posições ponderadas de acordo com o ponderador anunciado anteriormente

que multiplicados por 8% representam os requisitos de capital do Banco Primus por

classes de risco.

0% 20% 35% 50% 100%

- - - - - -

- - - - - -

- - - - - -

- - - - - -

- - - - - -

- 4.158.681 - - - 4.158.681

- - - - 1.006.520 149.798.234

- - - - - -

- - 200.022.234 15.297.297 60.396.022 275.715.553

- - - - - -

- - - - - -

3.008 - - - 11.380.459 11.383.468

3.008 4.158.681 200.022.234 15.297.297 72.783.002 441.055.936

- - - - - -

- - - - - -

- - - - - -

- - - - - -

- - - - - -

- 332.694 - - - 332.694

- - - - 80.522 11.983.859

- - - - - -

- - 16.001.779 1.223.784 4.831.682 22.057.244

- - - - - -

- - - - - -

241 - - - 910.437 910.677

241 332.694 16.001.779 1.223.784 5.822.640 35.284.475

- - - - - -

- - - - - -

- - - - - -

- - - - - -

- - - - - -

- 66.539 - - - 66.539

- - - - 80.522 9.187.547

- - - - - -

- - 5.600.623 611.892 4.831.682 11.044.196

- - - - - -

- - - - - -

0 - - - 910.437 910.437

0 66.539 5.600.623 611.892 5.822.640 21.208.719

Eur

Total de posição em risco deduzidas de fundos 8.747.980 359.045

TOTAL

Ponderadores de Risco

Posições em risco sobtre organismos de investimento - -

Outros Elementos - -

Posições garantidas por bens imóveis - -

Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector - -

Carteira de Retalho 8.747.980 359.045

Empresas - -

Organizações internacionais - -

Instituições - -

Organismos admnistrativos e empresas sem fins - -

Banco multilaterais de desenvolvimento - -

3. Posição em risco deduzida aos fundos próprios por classe de risco:

Administrações centrais ou bancos centrais - -

Administrações regionais ou autoridades locais - -

Outros Elementos - -

Total de posição em risco 11.663.974 239.363

Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector - -

Posições em risco sobtre organismos de investimento - -

Empresas - -

Posições garantidas por bens imóveis - -

Instituições - -

Carteira de Retalho 11.663.974 239.363

Banco multilaterais de desenvolvimento - -

Organizações internacionais - -

Administrações regionais ou autoridades locais - -

Organismos admnistrativos e empresas sem fins - -

1. Posição em risco original por classe de risco:

2. Posição em risco original por classe de risco (base de incidência dos ponderadores):

Administrações centrais ou bancos centrais - -

Total de posição em risco original 145.799.672 2.992.042

Administrações centrais ou bancos centrais

Administrações regionais ou autoridades locais

Organismos admnistrativos e empresas sem fins

Banco multilaterais de desenvolvimento

Organizações internacionais

Instituições

Carteira de Retalho

Empresas

Posições garantidas por bens imóveis

Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector

Posições em risco sobtre organismos de investimento

Outros Elementos

- -

- -

- -

- -

145.799.672 2.992.042

- -

- -

- -

- -

- -

- -

- -

Classes de Risco75% 150%

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6. Risco de Taxa de Juro

6.1. Informação Qualitativa

A taxa de juro define os custos associados à compra e venda de moeda sendo, tal como já foi

referido na secção 3.1.4 Risco de Taxa de Juro um factor de risco relevante.

6.1.1. Metodologia de Avaliação

A tomada de risco de taxa de juro ocorre sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, o

Banco Primus contrata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a variações da taxa de juro.

O risco de taxa de juro implica uma potencial perda sempre que exista um gap, entre activos e passivos

sensíveis à taxa de juro, em termos de montante e prazo de refixação.

No Banco Primus o risco de taxa de juro é mensurado mensalmente pelo modelo de repricing

gap e pela realização de análises de sensibilidade, sobre os activos e passivos sensíveis à taxa de juro.

Em linhas gerais, o modelo consiste no agrupamento de activos e passivos sensíveis à taxa de

juro por datas de revisão da taxa em intervalos de tempo.

7. Risco Cambial

7.1. Informação Qualitativa

No que se refere aos riscos cambiais, o Banco Primus procede mensalmente ao cálculo da

posição cambial sobre as moedas a que se encontra exposto. Complementarmente, são realizados

testes de esforço que permitam detectar vulnerabilidades e planear as respectivas medidas

correctivas.

2009 2008

+ -2.089.090 -2153549

- 2.089.090 2153549

+ -8% -13%

- 8% 13%

Eur

Riso de Taxa de Juro (Carteira Bancária)Impacto

Efeito na situação Líquida

de um choque de 200 p.b.

na taxa de juro:

Valor

% Situação Líquida

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7.2. Stress Tests

7.2.1. Âmbito

Dada a estratégia de crescimento no mercado Húngaro, tornou-se imperativa a mensuração e

acompanhamento da exposição do balanço ao valor do Florim Húngaro e do Franco Suíço. Neste

sentido, são realizados relatórios de periodicidade mensal que permitem quantificar potenciais perdas e,

consequentemente, o planeamento de medidas correctivas (caso sejam necessárias).

7.2.2. Descrição dos Cenários

Dada a realidade acima descrita, surgiu a necessidade de realizar testes de stress sobre as

posições curtas e longas em moeda estrangeira, sendo mensurados os cenários extremos de valorização

ou desvalorização em 15%.

Para o cálculo dos cenários de stress seguiu-se a seguinte metodologia:

1. Apuramento dos valores do activo e passivo em moeda estrangeira de acordo com o Plano de

Negócio;

2. As posições são reavaliadas com as novas taxas de câmbio simuladas para os cenários de stress;

3. Avaliação se a posição liquida ainda é superior a 2% dos Fundos Próprios;

4. Ao manter-se a necessidade de alocar fundos próprios, estes serão englobados nas necessidades

globais em cenário de stress, assumindo o valor do pior cenário possível entre a desvalorização

e valorização da moeda.

O mapa seguinte indica os valores dos requisitos de fundos próprios calculados de acordo com

a metodologia anteriormente descrita e aplicada ao actual Plano de Negócios para os anos de 2010-

2011.

Eur

2011 2010

Impacto Requisitos -668.973 -464.152

Impacto Requisitos 498.322 345.750

Riscos Cambial e de Mercadorias

Requisitos de fundos

Próprios

1) Cenário de valorização do Eur/Huf e Eur/CHF em 15%

2) Cenário de desvalorização do Eur/Huf e Eur/CHF em 15%

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8. Risco Operacional

8.1. Informação qualitativa

O Banco Primus calcula os requisitos de fundos próprios para efeitos de capital prudencial para

cobertura de risco operacional a partir do método do indicador básico.

8.1.1. Metodologia

Uma vez que a instituição utilizou o método do indicador básico, o capital regulamentar é dado

por uma percentagem fixa da média dos últimos 3 anos de resultado operacional positivo. Os requisitos

de fundos próprios para cobertura de risco operacional representam 1.5 milhões de Euros do total de

requisitos de fundos próprios do Banco Primus.

2007 2008 2009

1. Método do Indicador Básico 4.404.971 7.977.008 17.633.267

Eur

1.500.762

ActividadesIndicador Relevante Requisitos de fundos próprios para

cobertura de Risco Operacional