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1 Barragens - Conceituação e importância do PAE Professor da Universidade Federal do Paraná Engenheiro Consultor da COPEL José Marques Filho 23 de agosto de 2016

Barragens - Conceituação e importância do PAE · importância do PAE ... produção e transporte . José Marques Filho ... ELABORAÇÃO DE PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL DE BARRAGENS

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    Barragens - Conceituao e importncia do PAE

    Professor da Universidade Federal do Paran Engenheiro Consultor da COPEL

    Jos Marques Filho

    23 de agosto de 2016

  • Jos Marques Filho

    gua e Brasil

    2

  • Jos Marques Filho 3

    Recursos Hdricos Abundantes

    Energia Predominantemente hidrulica

    Situao energtica crtica

    Presso por gua tratada nos grandes centros

    Pssimo ndice de tratamento de dejetos

    Mudanas significativas no perfil econmico

    Alteraes ambientais profundas

    Legislao ambiental severa

    Pobreza endmica

  • Jos Marques Filho 4

    Recursos Hdricos Abundantes

    VANTAGEM COMPETITIVA

    A ser explorado com responsabilidade e anuncia da sociedade brasileira.A

  • Jos Marques Filho 5

  • Jos Marques Filho 6

  • Jos Marques Filho

    Sociedade Humana Atual

    Totalmente dependente da INFRA-ESTRUTURA Instalada

    Direito de ir e vir

    Acesso gua

    Energia

    Tratamento de Dejetos

    Empregos de Qualidade

    Manuteno do Tecido Social

    Responsabilidade com o Meio

    Ambiente

  • Jos Marques Filho

    Sociedade Humana Atual

    Grandes AGLOMERAES humanas

    Aumento constante da Populao

    Regies Metropolitanas com MILHES de habitantes

    Preocupao constante com: gua, Energia, Esgoto, moradia, Insumos para

    produo e transporte

  • Jos Marques Filho

    Dever crescer 35% at 2050: 7 bilhes 9,3 bilhes.

    (2,3 bilhes: pases pobres)

    Fonte: World Population Prospects, The 2000 Revision, Diviso de Populao, ONU, 2001.

    Populao Mundial

  • Jos Marques Filho

    Necessidade de Melhoria de Qualidade de Vida

  • Jos Marques Filho

    IPCC - Climate Change 2007: The Physical Science Basis - Summary for Policymakers http://www.ipcc.ch/

    240

    260

    280

    300

    320

    340

    360

    380

    8000 6000 4000 2000 0 2000

    CO2 n

    a at

    mos

    fera

    (ppm

    )

    Ano

    1750

    CO2 na atmosfera

  • Jos Marques Filho

    Aquecimento Global

    Escassez de

    gua

    Energia Esgotamento do

    petrleo e emisses

    Problemas possveis Sculo XXI

  • Jos Marques Filho

    gua no planeta

    Salgada 97,5%

    Geleiras 1,7%

    Subsolo 0,7%

    Rios 0,01

    Doce 2,5%

    UNEP Water

    Agradecimento: Prof Vanderley John

    ApresentadorNotas de apresentaohttp://www.unwater.org/statistics_res.html

  • Jos Marques Filho

    14

  • Jos Marques Filho

    Eventos Extremos

    15 Secas intensas e prolongadas Enchentes e chuvas torrenciais Frequentes

    Barr

    agem

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    Cant

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    007

    (Mar

    cos

    Bah

    )

  • Jos Marques Filho 16

  • Jos Marques Filho

    Estatisticamente hoje possvel afirmar que o clima mdio alterou

    17

    Verifica-se que os eventos extremos so mais frequentes

    MUDANAS ANTROPOMRFICAS

  • Jos Marques Filho

    PERGUNTA

    FALTA DE GUA EM SO PAULO: Faltaram obras

    E se PERDER um de seus reservatrios?

    SEGURANA HDRICA ALM DE NOVOS

    EMPREENDIMENTOS DEPENDE TAMBM DE MANTER ADEQUADAMENTE O PARQUE EXISTENTE

    18

  • Jos Marques Filho

    O crescimento da populao A necessidade de padro de vida digno Necessidades de gua, energia e esgoto

    Geram Necessidade de aumentar o parque de

    empreendimento hidrulicos Aumento da infraestrutura civil como um todo

    19

  • Jos Marques Filho

    O crescimento da populao A necessidade de padro de vida digno Necessidades de gua, energia e esgoto

    Geram Necessidade de aumentar o parque gerador de

    energia e de reservatrios Aumento da infraestrutura civil como um todo

    20

    Cenrio com falta de gua e energia catastrfico

  • Jos Marques Filho

    Engenheiros no constroem barragens por que querem

    Eles o fazem porque as pessoas necessitam

    dw2015 | 21

  • Jos Marques Filho

    Como se comportam as estruturas existentes em face a esses desafios?

    Qual ser a necessidade de obras para gerenciar os recursos hdricos disponveis no futuro?

    22

  • Jos Marques Filho

    Itaipu

    23

    Rio Paran - PI = 12.000 Mw (2 maior usina do mundo)

  • Jos Marques Filho 24

  • Jos Marques Filho 25

    Engenharia Modela a Realidade Fsica

    Modelos

    Baseados em ensaios e anlise do comportamento dos corpos

    Representa prediz comportamento

    Fsicos ou numricos

    Trabalha com prottipo Prev parmetros Verifica resultados num intervalo de tempo considervel aps a execuo

    Engenharia Civil

  • Jos Marques Filho 26

    Aproveitamento hidreltrico tpico

    TOMADA DGUA

    CONDUTOS FORADOS

    RESERVATRIO

  • Jos Marques Filho

    Modelo tridimensional - Camar

    27

  • Jos Marques Filho

    Resultados caso normal

    28 Fonte: VLB Engenharia

  • Jos Marques Filho 29

    Modelos Fsicos

  • Jos Marques Filho 30

    Escolha da Soluo (Projeto Bsico)

    Mitigao dos riscos

    Capacidade executiva

    Minimizao da interferncia ambiental

    Avaliao econmico-financeira holstica, levando em conta o arranjo fsico geral e o cronograma de obras com possveis antecipao de receita

  • Jos Marques Filho

    Ser que esses modelos funcionam?

    Existe construo perfeita?

    Como garanto durante toda a vida til que o empreendimento se comportar conforme projetado?

    E situaes de emergncia excepcionais?

    31

  • Jos Marques Filho

    Segurana de Barragens 32

    P

    Procedimento de Anlise QUAL?

  • Jos Marques Filho

    Segurana de Barragens 33

    P

    HIPTESES: Homogneo Isotrpico Obedece a Lei de Hooke Sees Planas

    Procedimento de Anlise QUAL?

  • Jos Marques Filho

    Caixa 1 Caixa 2 e 3 Caixa 4 e 5

    Caixa 6 e 7 Caixa 8 e 9

    Investigaes Preliminares

  • Jos Marques Filho

    Preparo de Fundaes

    35

  • Jos Marques Filho

    Caambas

    36

  • Jos Marques Filho

    Projeto Real

    37

  • Jos Marques Filho 38

    Cannon Time

  • Jos Marques Filho

    39/71 MOLDAGEM DE CORPOS-DE-PROVA

  • Jos Marques Filho 40

    Instrumentao

    Escolha dos instrumentos

    Anlise e controle das partes que possam ser as primeiras a sofrer eventual deteriorao

  • Jos Marques Filho 41

  • Jos Marques Filho 42

    Instrumentao de Salto Caxias

  • Jos Marques Filho

    Tecnologia de Barragens 43

    Instrumentao de Salto Caxias

    Basicamente corda Vibrante

  • Jos Marques Filho

    Estruturas Existentes

    Investigao Monitoramento e Instrumentao

    44

  • Jos Marques Filho 45

    Simplificao dos modelos Variaes de parmetros Variao Carregamentos No conformidades

    Difere do projetado

    Comportamento Real

    Probabilidade de falha Interligao com vida til

  • Jos Marques Filho 46

    Manuteno Interveno (De modo a manter a segurana e desempenho)

    Aumentam a probabilidade de Falha Anlise de Risco

    Manifestaes Patolgicas / Idade

  • Jos Marques Filho

    Desafio da Discusso

    Observar a reao pela tica da anlise

    de riscos

    47

  • Jos Marques Filho

    Na vida: O risco inerente a qualquer atividade humana

    Na Engenharia Civil Nenhum projeto de construo est livre de riscos. Riscos podem ser gerenciados, minimizados, compartilhados, transferidos ou aceitos. Mas jamais, ignorados. (Kochen)

    48

  • Jos Marques Filho

    Engenharia e Risco

    O risco em engenharia pode e deve ser reconhecido, mensurado e mitigado

    Engenharia Riscos relativos Segurana Fsica

    Durante a implantao Durante a operao (Manuteno da segurana e

    durabilidade)

  • Jos Marques Filho

    Plano de Gerenciamento de Riscos

    Controle de Riscos

    Identificao de Riscos e tolerncias

    Avaliao e Medio dos

    Riscos

    Monitoramen-to e

    comunicao dos Riscos

    50

    Objetivo do Processo

  • Jos Marques Filho

    Riscos em barragens - Abordagem

    O RISCO funo de 3 parmetros: Risco = f (danos, probabilidade, consequncias) Onde

    Danos: que pode dar errado? Probabilidade: Quanto isso provvel? Consequncias: que perdas (materiais,

    ambientais, vidas, etc.) o fenmeno causar?

    51

  • Jos Marques Filho

    Deciso

    O objetivo final da anlise de riscos a tomada de deciso Objetivo: analisar os problemas de riscos na

    construo e operao de uma forma mais estruturada, utilizando-se uma anlise formal, minimizando-se os riscos.

    Resultado: as decises deixam de ser intuitivas e empricas e passam a ser mais estruturadas.

    Evita-se de correr riscos sem a anlise de suas consequncias.

    52

  • Jos Marques Filho

    Reflexo Anlise de Riscos

    53

    Tomada de Deciso

    Depende de Dados Confiveis e da capacidade de anlise adequada

    Caracterizao e Modelos Preditivos

    Para garantir segurana, desempenho e durabilidade

  • Jos Marques Filho Tecnologia de Barragens 54

    PROBLEMA FINAL

    Delimitar e gerenciar o RISCO

    PROBLEMAS Presso sobre equipes de projeto e diminuio de custos

    de investigao

    Novas Equipes podem ainda estar em treinamento

    Diminuio de prazos podem gerar avaliaes apressadas contra a segurana

    Utilizao de solues existentes que nem sempre so aplicveis em sua totalidade, ou no representam completamente o problema

  • Jos Marques Filho

    MITIGAO DO RISCO

    Investigaes preliminares confiveis Projeto competente e tecnicamente

    embasado Construo cuidadosa com controle de

    qualidade criterioso Comissionamento focado e incisivo Operao e manuteno contnuas, perenes

    e cuidadosas REDUZIR EFEITOS E DANOS

    55

  • Jos Marques Filho

    PAE

    Plano de Ao Emergencial: Reduzir efeitos e danos s pessoas,

    propriedades e ao meio ambiente Conjunto de diretrizes, dados e informaes para

    criar procedimentos que minimizem impacto Procedimentos devem ser desencadeados

    rapidamente Baseado em avaliao de riscos Deve definir claramente responsabilidades e

    atribuies Faz parte da gesto de riscos

    56

  • Jos Marques Filho

    PAE

    Plano de Ao Emergencial: Deve ter todos os documentos necessrios ao

    processo Comunicao socioambiental contnua Sistema de alerta eficaz e tempestivo Fluxograma claro de decises Treinamento contnuo e baseado na procura das

    decises tcnicas e na preservao da vida e do meio ambiente

    Lei de Murphy (O que pode acontecer?)

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  • Jos Marques Filho

    PAE

    Avaliar todas as consequncias de possveis falhas:

    Simulao numrica das falhas Avaliar extenso Gerar estratgia da mitigao das consequncias Sistema de alertas monitorvel e em geral com

    redundncia e verificao cruzada Verificar possibilidade de fuga Atendimento populao e logstica de

    satisfao de necessidades bsicas

    58

  • Jos Marques Filho

    PAE

    Avaliar todas as consequncias de possveis falhas:

    Simulao numrica das falhas Avaliar extenso Gerar estratgia da mitigao das consequncias Sistema de alertas monitorvel e em geral com

    redundncia e verificao cruzada Verificar possibilidade de fuga Atendimento populao e logstica de

    satisfao de necessidades bsicas

    59

  • Jos Marques Filho

    PAE

    Problemas usuais: Situaes climticas adversas

    Grandes cheias Cuidados com abertura de comportas

    Elevao brusca de nveis tanto montante quanto

    jusante

    Deteco de anomalias na Barragem Sistema de instrumentao

    Anlises contnuas

    Eventos extremos

    60

  • Jos Marques Filho

    What if analysis

    61

  • Jos Marques Filho

    Simulao Numrica

    62

    FONTE: ESTUDO DE PROPAGAO DE ONDAS EM PLANCIE DE INUNDAO PARA ELABORAO DE PLANO DE AO EMERGENCIAL DE BARRAGENS UHE TRS IRMOS ESTUDO DE CASO EUCLYDES CESTARI JUNIOR

  • Jos Marques Filho 63

  • Jos Marques Filho 64

  • Jos Marques Filho

    EFICCIA DO PAE

    65

    Eficcia do PAE Capacidade de reao em tempo para uma situao de emergncia

    Treinamento Comunicao Organizao Ao e Infraestrutura

    Plano formal Educao

  • Jos Marques Filho

    EFICCIA DO PAE

    66

    Eficcia do PAE Capacidade de reao em tempo para uma situao de emergncia

    Treinamento Comunicao Organizao Ao e Infraestrutura

    Plano formal Educao Conscientizao

    CULTURA

  • Jos Marques Filho

    FATORES CULTURAIS

    Treinamento Contnuo Reviso e teste de processos peridicos Validao externa peridica Comunicao socioambiental contnua, em

    alguns casos com comits multidisciplinares Evitar complacncia Manter transparncia Evitar procrastinao OBEDECER E AMPLIAR A LEI

    67

  • Jos Marques Filho

    68

  • Jos Marques Filho 69

  • Jos Marques Filho 70

  • Jos Marques Filho 71

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  • Jos Marques Filho

    75

  • Jos Marques Filho 76

  • Jos Marques Filho 77

  • Jos Marques Filho 78

    Muito Obrigado pela Ateno

    Jos Marques Filho UFPR-Universidade Federal do Paran

    COPEL Companhia Paranaense de Energia [email protected]

    (41) 3331 4400

    mailto:[email protected]

    Barragens - Conceituao e importncia do PAEgua e BrasilNmero do slide 3Nmero do slide 4Nmero do slide 5Nmero do slide 6Nmero do slide 7Nmero do slide 8Populao MundialNecessidade de Melhoria de Qualidade de VidaCO2 na atmosferaProblemas possveis Sculo XXIgua no planeta Nmero do slide 14Eventos ExtremosNmero do slide 16Nmero do slide 17PERGUNTANmero do slide 19Nmero do slide 20Nmero do slide 21Nmero do slide 22ItaipuNmero do slide 24Nmero do slide 25Aproveitamento hidreltrico tpicoModelo tridimensional - CamarResultados caso normalModelos FsicosNmero do slide 30Nmero do slide 31Procedimento de AnliseQUAL?Procedimento de AnliseQUAL?Investigaes PreliminaresPreparo de FundaesCaambasProjeto RealNmero do slide 38Nmero do slide 39InstrumentaoNmero do slide 41Nmero do slide 42Instrumentao de Salto CaxiasNmero do slide 44Nmero do slide 45Nmero do slide 46Nmero do slide 47Nmero do slide 48Engenharia e RiscoPlano de Gerenciamento de RiscosRiscos em barragens - AbordagemDecisoReflexo Anlise de RiscosNmero do slide 54MITIGAO DO RISCOPAEPAEPAEPAEPAEWhat if analysisSimulao NumricaNmero do slide 63Nmero do slide 64EFICCIA DO PAEEFICCIA DO PAEFATORES CULTURAISNmero do slide 68Nmero do slide 69Nmero do slide 70Nmero do slide 71Nmero do slide 72Nmero do slide 73Nmero do slide 74Nmero do slide 75Nmero do slide 76Nmero do slide 77Nmero do slide 78