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Forças Armadas, Base Industrial de Defesa e polí tica industrial de defesa PETERSON FERREIRA DA SILVA Doutor em Relações Internacionais (USP)

Base Industrial de Defesa e Cooperação Regional

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Forças Armadas, Base Industrial de Defesa e política industrial de defesa

PETERSON FERREIRA DA SILVADoutor em Relações Internacionais (USP)

Centro de Estudos Estratégicos do Exército

Criado em 2003;

Subordinado à 7ª Subchefia (Política e Estratégia) do Estado-Maior do Exército (EME);

Os trabalhos produzidos pelo CEEEx servem para subsidiar a Sistemática de Planejamento do Exército (SIPLEx) e os planejamentos internos do Órgão de Direção Geral (ODG), Órgão de Direção Operacional e dos Órgãos de Direção Setorial (ODS).

Mais informações: http://www.ceeex.eb.mil.br/

Instabilidades orçamentárias

Instabilidades no planejamento e nas aquisições

militares brasileiras

UMA SIMPLIFICAÇÃO DO EMPREGO DE FORÇAS MILITARES

Conflito bélico

Dissuasão

Missões de Paz

Diplomacia Militar

Missões Subsidiárias

CANADIAN ARMED FORCES (CAF)

Op. Palaci (British Columbia, CAN)

Canadian Leopard 2A6M(Afghanistan)

• 68,000 Regular Force members• 27,000 Reserve Force members• 24,000 civilian employees

UMA SÍNTESE DOS PAPÉIS EXERCIDOS POR UMA BASE INDUSTRIAL DE DEFESA

Conflito bélicoCooperação Internacional

Instrumento de política externa

Geração de Tecnologia “Dual”/Empregos

EXEMPLO: DESENVOLVIMENTO DO MÍSSIL A-DARTER

Fatores Políticos e

burocráticos

Fatores Tecnológicos

Fatores estratégico-

militaresFatores

diplomáticos

Fatores econômicos

e comerciais

Gestão complexa:- Vários atores e interesses- Extrapola nível estritamente militar

O COMPETITIVO E POLITIZADO MERCADO INTERNACIONAL DE PRODUTOS DE DEFESA E DE SEGURANÇA

O COMPETITIVO E POLITIZADO MERCADO INTERNACIONAL DE PRODUTOS DE DEFESA E DE SEGURANÇA

CERCEAMENTOS TECNOLÓGICOS NO SETOR DE DEFESA SÃO COMUNS

Indústria de defesa: - Não é apenas uma “indústria”

- Nem abrange só “armas”

- Não é viável produzir 100% das necessidades militares domesticamente (trade-off entre custos, prazos e desempenho tecnológico).

Índia Brasil

Política de industrial de defesa: tem como objetivo, essencialmente, garantir o equipamento adequado, no momento certo por um custo razoável em meio a uma série de fatores político-burocráticos, diplomáticos, econômico-comerciais, tecnológicos e, sobretudo, estratégico-militares.

A multidimensionalidade das políticas industriais de defesa

“Política de Estado” ou “Política de Governo”?Política de Governo com horizonte de Estado

Austrália

Capability Acquisition and Sustainment Group (CASG)

“In 2014-15 we are spending more than $12.5 billion acquiring and sustaining military

equipment and services, and we will employ over 5,000 people in around 70 locations

here in Australia and overseas. “< http://www.defence.gov.au/dmo/aboutcasg/ >

• Civis/APS: 18.787• Army: 29.534 • Air Force: 14.096• Navy: 14.088

+ Reserva: 19.362• Army: 14.301• Air Force: 2.988• Navy: 2.073

Sistemas de aquisições militares

• FRANÇA – DGA: aproximadamente 9.800 pessoas (cerca de metade é composta por engenheiros);

• REINO UNIDO – Defence Equipment & Support (DE&S): cerca de 12.500 (civis e militares);

• ALEMANHA - Federal Office of Bundeswehr Equipment, Information Technology and In-Service Support” (BAAINBw), criado em 2012. Estima-se que cerca de 9.600 pessoas atuem na nova organização, das quais, aproximadamente, 1.400 serão militares;

• SUÉCIA – FMV: “3303 employees working at the FMV, 954 of them are working at the Procurement & Logistics division” (2015)

?

PRINCIPAIS DESAFIOS

• O MD deteve um dos maiores gastos diretos por órgão executor em 2015• 2004-2015 oscilação entre o 3º e o 5º lugar (+- 1,5% do PIB)

PERCEPÇÃO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS BRASILEIROS (CNI, 2015)

- Hoje, há pouca margem na agenda política para aumentos de gasto com Defesa em um contexto de entorno regional relativamente pacífico.

- PAED 2012: projetos somam aproximadamente R$ 400 bilhões (2012-2031)- Cerca de R$ 20 bi/ano

DESAFIO 1Buscar melhor planejamento e maior previsibilidade orçamentária

para os principais projetos militares brasileiros (diferença entre “planos” e realidade orçamentária)

DESAFIO 21) Quais são as PRIORIDADES de atuação das Forças Armadas?2) Qual o montante de RECURSOS disponibilizados no médio prazo? 3) Qual a ESTRUTURA DE FORÇA desejada para as Forças Armadas?

• MB: 77.377

• EB: 201.383

• FAB: 69.402

Blindado GUARANI 6x6:

R$ 20,8 bi (2035)(WAGNER, 2015)

KC-390:R$ 12 bi (2025)

(WAGNER, 2015)

FX-2 (Gripen):R$ 21 bi (2024)

(WAGNER, 2015)

SISGAAZ:R$ 12,095 bi (2024)

(BRASIL - LBDN, 2012)* SUSPENSO*

PROSUB: R$ 31 bi (2025)

(WAGNER, 2015)

SISFRON:R$ 11 bi (2035)

(WAGNER, 2015)

2ª Esquadra/2ª FFER$ 9,141 bi (2031)

(BRASIL - LBDN, 2012)

H-XBR:R$ 6,46 bi

(ESTADAO, 2015)

PROTEGER:R$ 13,230 bi (2035)

(BRASIL - LBDN, 2012)

DESAFIO 3Ainda não há um efetivo “sistema” brasileiro de aquisições militares

Marinha do Brasil: EMA-420 + Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos (DGePEM)

Exército Brasileiro: IG-01.018 + Escritório de Projetos do Exército (EPEx)

Força Aérea Brasileira: DCA 400-6 + Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de

Combate (COPAC).

MD: Busca coordenar as principais aquisições, mas não controla de forma

integrada (desde o início) o surgimento dos principais projetos militares brasileiros

DESAFIO 3Ainda não há um efetivo “sistema” brasileiro de aquisições militares

ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS DESSE QUADRO:

ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS DESSE QUADRO:

ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS DESSE QUADRO:

Considerações Finais: Essencialmente, é possível afirmar que uma política de industrial de

defesa objetiva garantir o equipamento adequado, no momento certo por um custo razoável em meio a uma série de fatores político-burocráticos, diplomáticos, econômico-comerciais, tecnológicos e, sobretudo, estratégico-militares.

NECESSIDADE DE FORTALECIMENTO DO MD (ESTABELECIMENTO DE UM EFETIVO SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E AQUISIÇÕES DE PRODUTOS DE DEFESA);

Necessidade da criação da carreira CIVIL de defesa.

Obrigado!