04/05/2015

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Bases epistemológicas, influências e princípios

básicos da Terapia Cognitivo

Comportamental

Carlos Eduardo Seixas Curso de Especialização -Bloco 01

Cronograma do bloco 01 caduseixastcc@gmail.com

Sexta Feira 14h às 19:20 e 20:20 às 22horas

1. Aspectos filosóficos

2. Teorias do conhecimento

3. Linhas teóricas de influência

4. Psicologia Cognitiva

5. Princípios básicos

Sábado 8:30 às 12h e 13:20 às 17horas

1. Tríade cognitiva e introdução

2. Princípios da TCC

3. Estruturas mentais

4. Diagrama de conceitualização

5. Psicodiagnóstico na TCC

6. Tratamento estruturado

7. Funcionamento mental

8. Psicopatologia e desmistificações

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Obras utilizadas

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Influências filosóficas e epistemológicas das TCCs

• “Não sofremos pelos fatos em si,mas pela percepção que fazemos dos fatos”

• “Os homens são movidos e perturbados não pelas coisas, mas pelas opiniões que têm delas”

(Epícteto 55-135)

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Correntes filosóficas /teóricas da TCC

• Governo por razão universal divina / homem sábio obedece à lei natural e racional, controle das emoções.

ESTOICISMO (333 a.C – 180 d.C)

• Importância à dignidade, ética, aspirações e capacidades humanas, a racionalidade; Relação terapêutica;

HUMANISMO

• Fenômenos da consciência como verdades, não importando a situação externa; Descobrir estruturas essenciais, Significação singular.

FENOMENOLOGIA

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• Destaca a liberdade individual, responsabilidade e subjetividade do ser; novas vivências redefinem novos conhecimentos, sucessivamente.

Existencialismo

• Processo ativo de organização emocional e cognitivo da experiência para entender e guiar a relação com o mundo; pessoa consciente de atribuições de significado e maior capacidade de flexibilizar suas construções = auto-organização, fundamentais, dinâmicas.

Construtivismo

• Processos Cognitivos, determinam o comportamento; Trabalho investigativo; A realidade tem uma racionalidade intrínseca que pode ser representada de maneira mais aproximada ou menos aproximada;

Racionalismo

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Paradigmas explicativos da dualidade Mente x Cérebro ....

F U N C I O N A L I S M O

• Mente não existe isolada do físico

Contra o Dualismo:

• estados mentais não são idênticos a estados físicos

Contra o Materialismo:

• Não há como negar o externo

Contra o Idealismo

O que importa é o modo como a substância

está organizada

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Teoria de conhecimento.... 8

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Behaviorismo

Watson (1913)

Generalização de respostas condicionadas de medo a determinados estímulos

para semelhantes;

Som forte ----- medo

Obstáculos ao

movimento ----- ira

Cócegas, balanço, carícias ----- amor

Pavlov (1904)

• Reflexologia de estímulos neutros, posteriormente eliciadores de respostas;

• Condicionamento clássico.

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Skinner (1931)

• Modificação no ambiente – modificação no comportamento

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Conclusões

• Se os organismos podem aprender novos reflexos, podem também aprender a sentir emoções que não estão presentes em seu repertório comportamental quando nascem;

• A razão de 'respondermos emocionalmente' de formas diferentes aos mesmos estímulos está na história de condicionamento de cada um de nós;

• A maior parte dos nossos comportamentos produz consequências no ambiente.

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Teoria da Aprendizagem Social Teoria Social Cognitiva

• “Todos os fenômenos que ocorrem por meio de experiência direta também podem ocorrer de forma vicariante – com a observação de outras pessoas e das consequências para elas.”

• Behaviorista com adoção dos processos cognitivos;

• Homem determinante das ações.

Albert Bandura

( 4/12/1925 ) 12

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T A S

Comporta mento

Ambiente Personali

dade

1) aquisição de desempenho (reforço direto)

2) experiências vicariantes

3) persuasão verbal

4) estimulação fisiológica ou emocional

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• Proximidade afetiva

• Gênero, idade, status

Características do modelo

• Expectativas

• Atenção

• Motivação

• Noção de eficácia

Características da pessoa

Baixa auto-eficácia Boa auto-eficácia

Incapacidade de lidar com os problemas

Habilidades satisfatórias para resolução

Não confiam em si Confiam em si

Desiste rápido Perserveram nas tarefas

Dificuldades = ameaça

Dificuldades = desafios

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Terapia Racional Emotiva Comportamental

• Psicólogo americano que em 1955 desenvolveu a TREC;

• “Os melhores anos da sua vida acontecem quando você decide que seus problemas são sua responsabilidade. Você não culpa sua mãe, a ecologia ou o presidente. Você descobre que controla o próprio destino.”

Albert Ellis

(1913-2007) 15

• O eixo central é obter mudança nos padrões de pensamento dos sujeitos, na forma de interpretação de seus acontecimentos de vida e nas crenças sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo.

Determinantes do estado psicológico

Pensamento racional flexível científico

Pessoas razoavelmente mais felizes

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O modelo A-B-C

A B C

Acontecimento Crenças irracionais -

interpretação Consequências 17

• Se os problemas são originados por crenças irracionais, poderiamos buscar crenças racionais pelo método de refutação ou debate/desafio:

CRENÇAS IRRACIONAIS:

Inflexíveis / Abrangentes / EU-OS OUTROS-MUNDO

Insatisfação com práticas

psicoterápicas (1955)

Outras abordagens, alívio das

perturbações

Mudanças filosóficas profundas

Tratamento científico

Foco no aqui e agora

Intervenções de curto prazo

Menor custo

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• Os transtornos psicológicos são produtos de avaliações pouco funcionais das situações de vida, as quais são distorcidas essencialmente por exigências absolutistas e deveres irracionais;

Imposições contra si

Eu tenho que...

Eu devo ...

Ansiedade

Insegurança

Depressão

Imposições contra os outros

Os outros (não) devem ...

Raiva

Ira

Violência

Imposições a condições de vida

É absolutamente necessários ...

Intolerância a frustração

Depressão

Evitação

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A refutação das crenças irracionais envolve três etapas:

1. Estimular o paciente a descobrir as crenças irracionais que fundamentam seus problemas;

2. Debater a validade de suas hipóteses e inferências absolutistas/dogmáticas, discriminando e

reconhecendo a irracionalidade de certos dogmas;

3. Diálogo socrático, estimula a pessoa a perceber suas distorções e irracionalidade de suas suposições, gerando crenças apropriadas,

adequadas. 21

• Tendência inata/biológicas dos humanos a irracionalidade:

regiões pré-corticais produtos da evolução;

• Historias de aprendizagens sócio-familiares; • Mecanismos de defesa psicológicos;

• Sintomas secundários;

• Desenvolvimento e propagação dos Transtornos Emocionais.

CRENÇA IRRACIONAL CRENÇA RACIONAL

Sou estúpido Meu comportamento foi estúpido

Não posso suportar Não gosto

Sou um fracasso Sou alguem que as vezes fracassa

Isso é tudo para mim Isso é uma parte importante da minha vida

Redução nos comportamentos destrutivos Emoções negativas saudáveis Auxiliar no alcance aos objetivos

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Psicologia Cognitiva

• Psicologia Cognitiva é herdeira do Behaviorismo em termos de cientificidade e comprovação dos fatos;

• Contra no que se trata de reducionismo e negação dos processos conscientes;

• Cognição é o ato ou processo de conhecer a si mesmo, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imagina- ção, pensamento e linguagem;

• Estuda processos e resultados de aprendizagem e aquisição de conhecimento ao longo de toda a vida.

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• Na medida em que o ser humano, processa, armazena, elabora e raciocina, ele é capaz de transformar informações. Liberdade do sujeito;

• Atividade cognitiva influencia o humor e o comportamento; podendo ser monitorada e alterada;

• O homem é agente ativo e adaptada ao meio bio-psico-social que o cerca;

• O comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança cognitiva.

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Desenvolvimento cognitivo

• Sistema de processamento de informações pronto ao nascimento e pela estimulação do ambiente vai se desenvolver mais ou menos;

• O desenvolvimento não respeita, necessariamente, etapas lógicas sucessivas, determinadas cronolo- gicamente como postulado por Piaget.

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• Beck, psicanalista e psiquiatra da Universidade da Pensilvânia,em 1956, explorou empiricamente o modelo psicanalítico da depressão como agressão retroflexa;

• Durante a livre-associação, pacientes não relatavam um fluxo de pensamentos préconscientes, em um auto-diálogo;

• Na exploração do conteúdo dos sonhos, apontou a depressão como refletindo padrões negativos de processamento de informação; fluxos de pensamentos;

• Descrições dos pacientes evidenciavam pensamentos e visões negativas de si, de suas experiências de vida, do mundo e do seu futuro.

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• Depressivos sistematicamente distorciam a realidade, aplicando um viés negativo em seu processamento de informação;

• Beck deu a esses pensamentos o nome de “pensamento automático”. Tais visões demonstram distorções cognitivas da realidade vivida.

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Depressão

Visão de si negativa

Visão do contexto/outro

negativa

Visão de mundo

abreviada

• Beck aponta a cognição, e não a emoção, como o fator essencial na depressão;

• Propôs a hipótese de vulnerabilidade cognitiva, como a pedra fundamental do novo modelo de depressão e a noção de esquemas cognitivos.

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Cronograma histórico evolutivo • Behaviorismo insatisfeito com o tratamento da depressão pelo viés

psicanalítico

• 1950 – Piaget e Kelly nos EUA, mais cognitiva; • 1959 – Analise dos sonhos em deprimidos • 1962 – Terapia Emocional Racional Emotiva (Ellis) • 1963 – Transtornos de humor = transtornos do pensamento • 1967 – Pensamentos automáticos e distorções cognitivas, tríade da

depressão • 1977 – Journal of Cognitive Therapy and Research – empirismo • 1985 – Transtornos de Ansiedade • 1986 – A. Beck entra AABT – cognição aceita; • 1990 – Passa a ser aceita para a maioria dos transtornos emocionais • 1995 – Beck institute – Philadephia.

Raiva retroflexa

Autopunição

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Alexandre Rivero 32

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Princípios básicos característicos da TCC

1. A TCC se orienta no conhecimento empírico da psicologia científica;

2. a TCC se orienta no problema (sintoma) atual do paciente;

3. a TCC baseia-se na análise dos fatores de vulnerabilidade (predisposições), fatores desencadeadores e mantenedores dos transtornos mentais;

4. por se orientar no problema, a TCC é também orientada para um objetivo definido (a modificação do comportamento problemático);

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5. a TCC é voltada para a ação e não apenas para a tomada de consciência (ing. insight, al. Einsicht) e uma compreensão mais profunda do problema;

6. a TCC não se restringe à situação terapêutica, mas se estende à vida diária do indivíduo;

7. a TCC é transparente, tanto quanto a seus objetivos quanto a seus meios;

8. a TCC procura ser uma ajuda para a autoajuda, ou seja, acentua a responsabilidade do próprio paciente no processo terapêutico;

9. a TCC se esforça por estar em desenvolvimento constante.

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