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A Basílica de São Pedro (em latim: Basilica Sancti Petri, em italiano Basilica di San Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano. Trata-se do maior e mais importante edifício religioso do catolicismo e um dos locais cristãos mais visitados do mundo.[1] [2] [3] Cobre uma área de 23 000 m² ou 2,3 hectares (5.7 acres) e pode albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a população do Vaticano). É o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo a sua cúpula uma característica dominante do horizonte de Roma, adornado com 340 estátuas de santos, mártires e anjos.[4] Situada na Praça de São Pedro, a sua construção recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais como Bramante, Miguel Ângelo,[5] Rafael e Bernini.

Basilica de Sao Pedro

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Bas[ilica e Praça de São Pedro - renascimento ou barroco

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Page 1: Basilica de Sao Pedro

A Basílica de São Pedro (em latim: Basilica Sancti Petri, em italiano Basilica di

San Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano. Trata-se do maior e mais

importante edifício religioso do catolicismo e um dos locais cristãos mais

visitados do mundo.[1] [2] [3] Cobre uma área de 23 000 m² ou 2,3 hectares (5.7

acres) e pode albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a população

do Vaticano). É o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo a

sua cúpula uma característica dominante do horizonte de Roma, adornado com

340 estátuas de santos, mártires e anjos.[4] Situada na Praça de São Pedro, a

sua construção recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história

da humanidade, tais como Bramante, Miguel Ângelo,[5] Rafael e Bernini.

Page 2: Basilica de Sao Pedro

A Basílica de São Pedro é uma igreja do estilo renascentista localizada em Roma a oeste do Rio Tibre. É através da Praça de São Pedro que a basílica é abordada, onde se destacam duas estátuas de 5,55 metros de altura dos apóstolos do século I Pedro e Paulo. A sua cúpula domina o horizonte de Roma, elevando-se a uma altura de 136,57 metros. Apesar dos primeiros projetos desenvolvidos repercutirem para uma estrutura de planta centralizada, o que é ainda evidenciado na sua arquitetura, a basílica é cruciforme, com uma alongada nave de cruz latina. O espaço central é dominado tanto no interior como no exterior, por um dos maiores domos do mundo. A entrada é feita através de um nártex, que se estende por toda a frente do edifício. A basílica em planta de cruz latina, possui três naves totalmente abobadadas, com pilares de apoio às abóbadas de berço. A nave principal é a mais alta de todas as igrejas. Estas são enquadradas por amplos corredores completados por um número de capelas a eles adjacentes. Em torno da cúpula existem também capelas. No coração da basílica, sob o altar-mor, está a Capela da Confissão, em referência à confissão de fé de São Pedro, que levou ao seu martírio. Duas escadarias curvas em mármore conduzem-nos a esta capela subterrânea ao nível da igreja constantiniana, onde logo acima se situa o túmulo de São Pedro.

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Antiga Basílica de São Pedro

O imperador Constantino entre 326 d.C. e 333 d.C. ordenou a construção da Antiga Basílica de

São Pedro.[19] Desta basílica nada restou, porém, através de descobertas arqueológicas,

descrições de peregrinos e desenhos antigos os especialista obtiveram as noções básicas da

sua estrutura. Como em quase todas as igrejas da antiguidade, seguiu-se o modelo da basílica

cívica romana: um salão retangular, dividido em nave central e naves laterais, que oferecia

espaço bastante para a congregação dos fiéis. As cerimónias no altar eram realizadas na abside

ao fim da nave central, bem visíveis a todos. Um fresco do século XVI na igreja de San Martino

ai Monti deu-nos uma ideia aproximada da aparência interior, com a sua cobertura em madeira,

porém é totalmente desconhecido quais estátuas ou pinturas que a ela pertenceram.

A basílica atual, com um estilo renascentista e

barroco, foi erguida sobre a antiga, o que exigiu

que o edifício fosse orientado para oeste, mas

também que a necrópole antiga fosse aterrada,

sendo construídas muralhas de suporte para

criar uma enorme base que servisse como

alicerce. Na plataforma, construiu-se então a

basílica, com nave central e quatro naves

laterais, ricamente adornada com frescos e

mosaicos, e um grande átrio dianteiro,

demarcado com colunas. Várias vezes alterado

e restaurado, o edifício de Constantino,

conhecido por velha igreja de São Pedro,

sobreviveu até ao início do século XVI.

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Construção

A basílica atual, com um estilo renascentista e barroco, foi erguida sobre a

antiga, o que exigiu que o edifício fosse orientado para oeste, mas também que

a necrópole antiga fosse aterrada, sendo construídas muralhas de suporte para

criar uma enorme base que servisse como alicerce. Na plataforma, construiu-se

então a basílica, com nave central e quatro naves laterais, ricamente adornada

com frescos e mosaicos, e um grande átrio dianteiro, demarcado com colunas.

Várias vezes alterado e restaurado, o edifício de Constantino, conhecido por

velha igreja de São Pedro, sobreviveu até ao início do século XVI.

A construção do actual edifício teve início a 18 de abril de 1506. O projecto foi

incumbido ao arquiteto Donato di Angelo di Pascuccio, que acabava de chegar

de Milão, depois deste ganhar confiança do papa que o escolheu em detrimento

de Giuliano da Sangallo. O projecto consistia num edifício com planta de cruz

grega inscrita num quadrado e coberta por cinco cúpulas – onde a central seria

a de maior dimensão em relação às abobadas das extremidades - e apoiada em

quatro grades pilares inspirados na Basílica de São Marcos, seguindo o padrão

da planta centralizada típica do Renascimento.[32] A cúpula central, inspirada

no Panteão de Agripa, situava-se acima do cruzeiro e as restantes nos quatro

cantos da planta de cruz grega inscrita. Este conceito do projecto foi expressa

numa medalha cunhada por Caradosso para comemorar a colocação da

primeira pedra do templo a 18 de Abril de 1506.

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Os trabalhos começaram com a demolição da basílica paleocristã. Isto foi

bastante criticado dentro e fora da igreja por personalidades como Erasmo de

Rotterdam e Miguel Ângelo.[34] Bramante foi apelidado de "mestre ruinoso”

enquanto que Andrea Garner zombaria dele na sátira Scimmia ("Mono"),

publicada em Milão em 1517, onde apresenta como crítica o falecido arquitecto

anterior a São Pedro, que repreendeu a proposta de demolição quando lhe foi

argumentada a reconstrução da cobertura na igreja.

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Altar Papal

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Praça de São Pedro A leste da basílica situa-se a Piazza di San Pietro (Praça de São Pedro). A mais importante

praça da cristandade é um exemplo das intervenções barrocas no espaço construído, tomado

pelo casario medieval, em Roma. Este espaço de inspiração barroca, construído entre 1656 e

1667 por Bernini, segue contudo um estilo clássico. No seu centro foi erguido o obelisco do

Vaticano que remonta do século XIII, de Heliópolis, Antigo Egito. A peça foi assentada frente à

fachada de Maderno. Este obelisco, conhecido como A Testemunha, possui 25 metros de

altura, e todo o conjunto, incluindo a base e a cruz no topo, alcança os 40 metros, sendo o

segundo maior obelisco existente, e o único a permanecer em pé, desde a transferência do

Egito e recolocação no Circo de Nero em 37 AD, onde se pensa testemunhar a outrora

crucificação de São Pedro.[93] Esta alternância de sítios foi ordenada pelo Papa Sisto V e

projetada por Domenico Fontana a 28 de setembro de 1586. Esta foi uma difícil operação,

perto de terminar em desastre quando as cordas que seguravam o obelisco começaram a

fumegar devido à fricção. Felizmente esse problema foi notado por um marinheiro, que pela

sua rápida intervenção, foi-lhe outorgadas palmas como agradecimento, habitualmente

realizadas na basílica a cada Domingo de Ramos.

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A engenhosa solução de Bernini foi criar uma praça com duas secções. A parte mais próxima

da basílica é trapezoidal, porém, ao invés de abrir a partir da fachada do edifício, esta se

fecha, contrariando assim a perspectiva visual. O que significa que através da segunda parte

da praça, a construção parece mais próxima do que o é, na verdade. Assim, a largura da

fachada é minimizada transmitindo a sensação de uma maior altura e proporção com a sua

largura. O segundo lado da praça é composto por um enorme circulo elíptico que estreita

delicadamente para o centro, do obelisco. Estas duas distintas áreas estão ladeadas por uma

imponente colunata formada por dois pares de colunas que suportam o entablamento da

subtil Ordem toscana.

As alterações de Bernini foram concebidas totalmente ao estilo barroco. Enquanto que

Bramante e Miguel Ângelo conceberam uma obra "auto-suficientemente isolada", Bernini fez

com que todo o complexo "se relaciona-se entusiasticamente com o seu meio ambiente.

Banister Fletcher afirma:"Nenhuma outra cidade tem proporcionado uma abordagem tão

ampla na aproximação da sua catedral, nenhum outro arquiteto poderia ter concebido um

projeto de maior nobreza... (é) o maior de todos os átrios ante da maior de todas as igrejas

da cristandade".

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