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Beatriz Sarlo Mezcla Como Espaco Hiato Da Critica Cultural Na Videosfera Rdilma Beatriz Rocha Juliano Sobre Cultura

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Beatriz Safio:mezcla como espaço-hiato

da crítica cultural na videoesfera'

Dama Beatriz Rocha JulianoDoutoranda em Teoria Literária — UFSC

"Situado, ele IO autor] não pode deixar desituar-se, distinguir-se, e isso, fora de qualquer

busca pela distinção: ao entrar no jogo, eleaceita tacitamente as limitações e as

possibilidades inerentes ao jogo, que seapresentam a ele como a todos aqueles que

tenham a percepção desse jogo, como 'coisas afazer', formas a criar, maneiras a inventar, emresumo, como possíveis dotados de uma maior

ou menor 'pretensão de existir'. "(Pierre Bourdieu, Razões Práticas.)

Qué se mezcla en la mezcla?, pergunta Beatriz Sarlo,em Retomar el debate'. Aí está posto que a mistura é um fato— há uma mescla. Descrevê-la, dizer do que se compõe, é adifícil tarefa colocada na interseção entre intelectual e mídia(eixo desta discussão) que impõe Safio, a ela mesma e aosdemais intelectuais da contemporaneidade.

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Beatriz Sarlo: mezc/a...

Esgarçar a tecitura da mescla e expor os matizes damistura exige posições e delações ideológicas da percepção.Para Sarlo estamos vivendo um tempo onde o imperativo dasleis mercadológicas rege o campo da cultura, transformandoas relações no interior deste campo conforme os preceitos docapital.' A mescla é global, e o que vai nacionalizar a discussãodentro dela é o percurso histórico-cultural de cada sociedade(seus ensaios analíticos, embora restritos à história argentina,em certa medida servem de parâmetro à crítica brasileira, nãodeixando de ter presente a proximidade da história coloniallatino-americana).

É o tempo da videoesfera, o "espaço hegemônico emexpansão."4. Ela diz: "um novo cenário em que a cultura maisfamiliar aos intelectuais, a cultura da letra, sofre um retrocessodiante de uma cultura nova que não pode alinhar-se entre asantigas dicotomias de culturas popular e cultura `culta'" 5 . Nestecenário surgem os intelectuais eletrônicos, que "formatados"na linguagem midiática, estão plenamente identificados como senso comum, no qual estão inseridos e o qual ajudam aconstruir. "Seguem o senso comum na sua forma: as questõesrespondem sempre a um regime discursivo no qual asimplicidade é a máxima virtude argumentativa."6

A Mescla

A reorganização social a partir dos processos midiáticosé o movimento centrífugo que promove a mescla. Diferenteda combinação, na mescla não há ajuste, nem é possível umadelimitação exata dos limites do que a compõe. O que há sãomisturas e interposições que se mostram em dégradé de tonsque se avivam e esmorecem, de acordo com o que está ativo.Em oposição à combinação que pressupõe encaixe, na mesclaa previsibilidade na (in)acomodação dos elementos não existe.Na combinação está pressuposto o homogêneo, na mescla a30

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bilma Beatriz Juliana

heterogeneidade pode estar tanto no fio que constituiu a tramacomo no resultado tecido. A combinação pode gerar umterceiro, a mescla é híbrida. O resultado da combinação exigeordem na reunião das coisas, a mescla é feita na desordem.

Questionar, para Saflo, é intervenção metodológica; éparte da construção crítica do panorama na medida em quepolemizar é rechear as zonas conflituosas do debate. Suasperguntas não buscam respostas imediatas, mas armam ocenário. "Non son preguntas del qué hacer sino del Mino armaruna perspectiva para ver."'. Com este método, ela constróium panorama da videocultura:

1,es imprescindible aceptar la reorganizaciónde la cultura producida por lo audiovisualmassmediático bajo las formaspropagandizadas por un mercado que operasegún la ley del beneficio y, en nuestro caso,sin contrapesos del Estado ni de la esferapública? ¿Mercado y revolución audiovisualhan soldado su destino a tal punto que sóloel mercado hace posible la innovaciónaudiovisual? ,Intervenir en el mercadoimplica necesariamente convertirse enobstáculo al desarollo y expansão de unanueva cultura?'

Se, por um lado, a exclusão dos binarismos teorizadapelos pós-estruturalistas apontava, impudica, para aconvivência plural; por outro lado, há a mescla mostrando aconvivência indiscriminada na diversidade. As transformaçõesmidiáticas, pretendendo-se hegemônicas, borram as fronteirasinvadindo as instâncias culturais com todo tipo de tópico, desdeaqueles que não possuem significado por não terem o registroespecífico fornecido pela experiência, até aqueles que passama fazer sentido como emblemáticos de outro grupo sócio-

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Beatriz Sarlo: mezc/a...

cultural (como é o caso do desejo de consumo representativoda ascensão de classe). Para Safio, o que as modificaçõesintroduzidas pela esfera midiática "fez com maiororiginalidade é o rearranjo das fronteiras entre o que é públicoe o que é privada". O que é importante para a mídia superaas esferas da política, da justiça, dos direitos individuais etc.O que para a mídia é considerado prioritário está acima detodo o resto.

A mescla não é um campo "esterilizado"'; nelaproliferam experiências que produzem sentidos individuais emodificações em seus cruzamentos com as instituições sociais.A mescla se faz na constante produção/reprodução do que estáinstitucionalizado, nos diferentes momentos históricos, emconfronto com as elaborações/experiências dos sujeitos sociais.É no resultado do embate entre o individual e o social que osobjetos culturais se movimentam. "Por eso, para mi lointeresante de la cuéstion sobre intelectuales, sectorespopulares, opinión pública y medios es el modo en que seconfigura su interacción."2

Transitar no labirintoNos artigos de Beatriz Safio, duas cenas cotidianas

aparecem como representativas da mescla: as grandes cidadese a televisão» As grandes cidades como representações,construções dependentes do olhar de quem as descreve. Cidadecomo "categoria ideológica e um mundo de valores."'. Parafalar das cidades, utiliza-se dos quadros de Xul Solar, os quaisanalisa e dá uma definição da mescla: "modernidade européiae diferença rioplatense, aceleração e angústia, tradicionalismoe espírito renovador; crioulismo e vanguarda. Buenos Aires: ogrande cenário latino-americano de uma cultura da mescla."".Em relação à televisão como cenário, em outro artigo, trabalhacom as idéias de Oscar Landi. "La televisión es el espacio de32

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bilma Beatriz Julianala mezcla de 'géneros', discursos, temas, formatos; y tienecomo estrategia predilecta el reciclaje. Como muchos, Landipiensa acertadamente que la televisión y lo audiovisual ensentido amplio han reorganizado la cultura contemporánea."'.

A diferença entre o cenário da mescla de Xul e o deLandi é que enquanto o primeiro mostra a transformação doselementos sociais de forma desordenada e tensa através dascores, das formas, dos planos; o segundo vê com entusiasmo,segundo Sarlo, a reorganização que resultará em benefíciosglobais. Se para Xul há uma crise e uma desterritorializaçãodos símbolos, para Landi há uma nova ordem positiva para osobjetos sociais.

A contraposição entre Xul e Landi serve também parailustrar a opinião da crítica, tanto no que se refere à posiçãodo intelectual no impasse teórico quanto para indicar anecessidade, que ela vê, de buscar a diferença na mescla, ouseja, o que está mesclado na mescla. Quanto aos intelectuais,ela diz: "Não é estranho (...) que o pensamento crítico seencontre num abismo: de um lado, a crise de seus própriosparadigmas; de outro, a crise dos seus cenários tradicionais;por outra parte, a tentação de mudar seu regime para conquistaraudiência."". Assim, Xul refletiria sobre a arte na tensão sociale no constante movimento de transmutação, enquanto Landiencarnaria o crítico que opta pelo engajamento massmidiáticoem busca de audiência.

No artigo "¿Arcaicos o marginales?" 16, Safio fala daexistência de uma crítica otimista tendendo a pensar asmodificações técnicas ininterruptas como possibilidade de seproduzir uma nova cultura. No entanto, a autora afirma queuma nova estética só poderia surgir caso "el mercado no seael régimen hegemónico de producción y circulación de losbienes simbólicos."" Mas é legítimo perguntar: há espaço de

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Beatriz Serio: mexia...

produção artística fora do mercado de bens simbólicos? Se amescla é labiríntica, as "saídas" remetem a outraencruzilhada.'8

Emboras as incertezas teóricas atinjam todas asmanifestações culturais e artísticas, são muitos os críticoslatino-americanos — especialmente Beatriz Sarlo —afirmando ter seu campo de intervenção na videoesfera e aindispensável tarefa de examinar as manifestações culturais emidiáticas. Rejeitando um realismo que acaba por despolitizara própria crítica, Sarlo sustenta que a garantia de autonomiada crítica está na dimensão política que deve permear odiscurso dos intelectuais. Mas se a dimensão política seconstrói no coletivo, e há uma exaltação do individualismo navideocracia, onde situar o discurso intelectual? Mais umcorredor labiríntico pela frente.

A pós-modernidade foi anunciada por alguns teóricoscomo o tempo/lugar das máximas realizações individuais, agrande libertação do sujeito das amarrações sociais queconfiguravam a normalidade padronizando os desejos.Analisando a mescla e denunciando as leis mercadológicasque configuram as relações em seu interior, Sarlo' 9 coloca comclareza o paradoxo contemporâneo: na medida em que omercado é quem dita as necessidades, e que os desejos sãoreproduções crónicas veiculadas na videoesfera, onde estariao individualismo das escolhas?

Neste caso, a mescla é representativa deste paradoxo:se de um lado há a exaltação do individual negando a existênciade uma mesclagem, de outro a sobrevida da individualidadedepende da capacidade de separar o local do global no interiorda mistura, o que depende do reconhecimento dela. A diluiçãodas crises se dá pela aceitação das particularidades e dafragmentação. Reconhecer o pluralismo e o abandono da Razão

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bilma Beatriz Juliana

e da Verdade como fatos retira a tensão e deslegitima a crítica.

As frestas na mesclaTambém as artes, no interior da videoesfera, vivem o

paradoxo que não é tão novo, mas que poderia ser comparadoao dilema rousseauniano sobre a educação do homem a partirde suas próprias perspectivas e experiências (espontaneísta),ou àquela que segue as leis gerais da sociedade (formação docidadão). Nas artes há a exaltação dos critérios individuais deavaliação estética (um relativismo estético) e, por outro lado,a aceitação da universalidade cultural que é o "tom" da época.

Nas relações artísticas Beatriz Safio redobra a tarefa docrítico, primeiro no reconhecimento e na nomeação dasdiferenças no interior do campo; segundo, na incorporaçãodas artes nas reflexões sobre a cultura, no sentido ampliadodas matrizes antropológicas. No entanto, sem crer na"salvação" das manifestações culturais e artísticas do processode globalização, ela aposta nestas tarefas como espaços ondea crítica pode se manter como desveladora dos processossocioculturais simbólicos.

Pero hay algo en la experiencia del arte quela convierte en un momento de intensidadsemántica y formal diferente ala producidapor las prácticas culinarias, el deporte o elcontinuum televisivo. Todas lasmanifestaciones culturales son legítimas yel pluralismo enseria que deben serigualmente respetadas. Pero no todas lasmanifestaciones culturales son iguales. Unacultura debe estar en condiciones de`nombrar las diferencias que Ia integram' . 20

Assim, para Beatriz Safio a arte tem a possibilidade de

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Beatriz Sarlo: mezda..

enfrentamento à pasteurização das manifestações artísticaspromovida pela videocultura. Não mais a arte como objetoautônomo, uma vez que ela assinala a necessidade de inclusãodesta nas discussões sobre a cultura, mas sempre ressaltandoo caráter político que possui na luta contra-hegemônica.Também não parece referir-se à arte como objeto "capaz depor si romper o fluxo indistinto e incessante das imagenscompensatórias continuamente ofertadas pelos tecnocircuitosda diversão e da informação", como atribui Ítalo Moriconi aBeatriz Sarlo, ao analisar os dois últimos capítulos de Escenasde la vida posmoderna. 21 Neste caso, o descontínuo que a arteprovocaria estaria na sua capacidade de promover um outrosentido que não o do capital e do lucro, um não reflexo dasleis mercadológicas.

Numa perspectiva gramsciniana, Sarlo trabalha avideoesfera como uma "hegemonia em expansão" semdesconsiderar os espaços-hiatos no interior dos fenômenos,onde as lutas não se fazem totalitárias, onde há sempre frestasde atuação. Ela supõe a "virtualidade de um espaço" entre a"hegemonia" e a "insignificância" onde poderia atuar acrítica22 . Resta saber se a virtualidade tem seu sentido noimaginário ou no potencial.

Há ainda um outro aspecto em relação ao trabalho deBeatriz Sarlo que vem sendo apontado pela crítica como anostalgia do intelectual, não exclusivamente o latino-americano. "Si es cierto que el tópico emerge cuando un ordemestá en proceso de ser reemplazado por otro, no se limita aevocar el pasado con nostalgia o proponerlo como espaciomás ordenado, justo y deseable, sino que plantea, implícita oexplicitamente, un conflicto con los valores que rigen el ordenpresente."23 . É certo que a posição de Sarlo é de oscilação, dabusca de um lugar da critica; ao mesmo tempo ela admite amescla, fala dos estudos culturais como campo de36

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bibe Beatriz Julianamovimentação critica, aponta o mercado como ditador dosparadigmas nas manifestações culturais; ela sublinha tambéma arte e o crítico moderno, por vezes ainda como resistênciasfora da videoesfera, tateando de um labirinto de transição aum outro momento histórico. Talvez a nostalgia esteja emconceber espaços existentes dentro do processo de hegemoniavideoçultural. Ou talvez o que pode estar sendo adjetivadocomo nostálgico seja a resistência em situar-se por completono tempo/espaço denso da videoesfera. Como diz ClaudiaGilman: "Muchos de nosotros aún no nos hemos entregado aese presente y no sabemos si debemos hacerlo" Ou ainda: "Nose trata sólo de calcular cúantos pasos atrás há dado el artesino de ver en qué compaffla transita ese sendero com la marchadel cangrej o"?'

NOTASEste texto, originalmente, fez parte dos seminários Intelectuais e Mídia,apresentados no curso A crítica cultural latino-americana - UFSC, 1°semestre de 1998.Beatriz Sarlo. "Retomar el debate". Punto de Vista, n.55, pp. 38-42.Buenos Aires, agosto de 1996. p. 40.Entretanto, no VI Congresso da Abralic, intitulado LiteraturaComparada-Estudos Culturais? (UFSC, agosto de 1998), Sarlo fazum alerta quanto à necessária distinção entre mercado de um lado eeconomia e cultura de outro, sendo que estes espaços conflituosos devemser pensados separadamente.B. Sarlo. "Sete hipóteses sobre a videopolítica". In: PaisagensImaginárias. São Paulo: Edusp, 1997. p. 129.B. Safio. "A voz universal que toma partido". In: Paisagens Imaginárias.São Paulo: Edusp, 1997. p. 168.Idem, p.168.B. Santo. Escenas de la vida posmoderna. Intelectuales, arte yvideocultura en la Argentina. Buenos Aires: Ariel, 1994. p.10 (grifosda autora).Idem, p.11.

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Beatriz Siaria: mezc/a..

B. Sado. "A democracia midiática e seus limites". In: PaisagensImaginárias. São Paulo: Edusp, 1997. p. 123.B. Sado. "Retomar el debate". Op. cit., p. 41 (grifo da autora).Também Canclini aponta a indústria cultural e a cidade como os lugaresda pluralidade cultural. "Estos son dos de los principales lugares, nolos únicos, en que hoy se vive la multiculturalidad, en que laproblemática cultural debe ser experimentada como problemáticamulticultural." CANCLINI, Néstor Garcia. Cultura y Comunicación:entre I global y lo local. Ediciones de Periodismo y Comunicación : LaPlata, 1997.

B. Sado. "Buenos Aires, Cidade Moderna". In : Paisagens Imaginárias.São Paulo: Edusp, 1997. p. 203.Idem, p.201 (grifo da autora).B. Sarlo. "La teoria como chatarra. Tesis de Oscar Landi sobre latelevisión". Punto de Vista, n.47, p.12-18. Buenos Aires, novembro de1992. p. 13.

B. Sado. "A voz universal que toma partido". Op. cit., pp. 168-69.B. Sado. "¡,Arcaicos o marginales? Situación de los intelectuales en elfin de siglo". Punto de Vista, n.77. Buenos Aires, dezembro de 1993,p.1-5.Idem, p. 4.No debate "Literatura e Valor" do VI Congresso da Abralic (citado nanota 3), quando questionada sobre o valor estético, Sarlo disse: "a listados melhores deve ser feita da ótica da produção e não do gosto. Oproblema está no acesso à possibilidade de produzir e circular minhaprodução — o objeto artístico. Isto é um problema político, político-cultural."B. Sarlo. Escenas de la vida posmoderna. Op. cit..B. Sarlo. Escenas de la vida posmoderna. Intelectuales, arte yvideocultura en la Argentina. Buenos Aires: Ariel, 1994. p.197.

Ítalo Moriconi. "Sublime da estética, corpo da cultura". In: Raúl Anteloet al. (org.). Declínio da Arte/Ascensão da Cultura. Florianóplis:Abralic/Letras Contemporâneas, 1998.B. Sado. "A voz universal que toma partido". Op. cit..B. Sarlo. "Respuestas, invenciones y desplazamientos". In: UnaModernidad Periferica: Buenos Aires 1920 y 1930. Buenos Aires:Ediciones Nueva Visión. p. 32.Claudia Gilman. Tres momentos del espectáculo. Espectáculo yInstituciones: declive del arte, declive de lo político. In: Raúl Antelo

38 et al. (org.). Op. cit., p. 153.