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sr, ! BEL~M - F A ~ - BRASIL mOPOLOOIA N.0 4 JUf3fO De i959 AGRICULTURA DOS nvDIOS MUNDuR.UKO * I. COiWXMENTOS ATUAIS SbBW A AGPJCULTLRA DOS MUNDURUKO . A TWNICA DA RwXW P~IUB HEIAIS W. ~Q~ E, CW-QS, ~~ S&kE A Ak)mBtlBJ1 DOS MWNDURUKO como wn povo possuindo um certo gráu de agricultura primiwa. Esses fdqn dbs Iifntlmt&ú, cmo haMtanfes das marrgw & se um eleiento cultkwai antigo entre 6Ges índios. E talvez te- ' nha sido mesmo assim, país náo poderemás -ar @ contrário, f O q~ie sabemos dbre a agricultura dos Mundurukú, é pouco, 11 e b@a-se, em sua mór parte, nos relatos dos viajantes do século passado. Jb naquae tempo, os Mundunikfa, eram apresentados " rio Tapaips e nnm .p#hnehrs esthgio de adbaç%a as âmSpIen- ii te dessa boca. Wabm do assunto "agricultwa" como se fos- ' (+) A maior parte das notas que seguem, foram colhidas em M, daraak g u m a estada de doi8 tnêses entre " fl'ftf'r.,*,.-edjYBvi&&~ Me= 6 Cik&e&ntbpta. hiL%tambh~8@~~d0.MisSBU, b: devo vdrio8 apn-nftsa & vdm3 pd0 qa6 Ibdl fk pyr6. Biblioteca Digital Curt Nimuendajú http://www.etnolinguistica.org/biblio:frikel-1959-agricultura

BEL~M FA~ BRASIL - etnolinguistica.wdfiles.cometnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio:frikel-1959... · Falando destes produtos, ele memo 9s maiu das vezes, amplia o conceito

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sr,

! B E L ~ M - F A ~ - BRASIL

m O P O L O O I A N.0 4 JUf3fO De i959

AGRICULTURA DOS nvDIOS MUNDuR.UKO *

I. COiWXMENTOS ATUAIS SbBW A AGPJCULTLRA DOS MUNDURUKO

. A TWNICA DA RwXW P ~ I U B HEIAIS

W. ~Q~

E, CW-QS, ~~ S&kE A A k ) m B t l B J 1 DOS MWNDURUKO

como wn povo possuindo um certo gráu de agricultura primiwa. Esses fdqn dbs Iifntlmt&ú, c m o haMtanfes das marrgw &

se um eleiento cultkwai antigo entre 6Ges índios. E talvez te- ' nha sido mesmo assim, país náo poderemás -ar @ contrário,

f O q~ie sabemos dbre a agricultura dos Mundurukú, é pouco, 1 1 e b@a-se, em sua mór parte, nos relatos dos viajantes do século

passado. Jb naquae tempo, os Mundunikfa, eram apresentados

"

rio Tapaips e já nnm .p#hnehrs esthgio de a d b a ç % a as âmSpIen- ii te dessa boca. Wabm do assunto "agricultwa" como se fos-

' (+) A maior parte das notas que seguem, foram colhidas em M, daraak

g u m a estada de doi8 tnêses entre " fl'ftf'r.,*,.-edjYBvi&&~ Me=

6 Cik&e&ntbpta. h i L % t a m b h ~ 8 @ ~ ~ d 0 . M i s S B U , b: devo vdrio8 apn-nftsa & vdm3 pd0 qa6 Ibdl fk pyr6. Biblioteca Digital Curt Nimuendajú

http://www.etnolinguistica.org/biblio:frikel-1959-agricultura

S. ' iL i.; . I,

I ; !!

PM-BL - AGRICULTURA aos

as tr44%& mU~-@pWy 494, haNu"$$d@r"" arecer que nem sempre &ei foram um'poh ha itua o ao

&$w de plantas. Isto, p&&hil1&in passado remoto, não mais eontrollável por nós *de hoje. tempo? Ustóricos, desde que entraram em contacto com o; civilizados e ' se tornaram conheci- @% vç?ntpfqs, icultiva rogas q fazer fadnha. E,, cq@a,cqygrb fy ~undurukb ficaram mais f k o s o s como guerreiros, pois dada a ocasião, não hesitavam em atacar até cidades como Santarém (17801 i? GU;CU@ [4?44); 411, , q .L b b j j d L .

Mas na medida que o domido coloniai se fumou, e diminui- rm,2+ 5 r v M f i q ~ guerreiras, parece ter aumentado a tend8ncía bSFieF kkhiiki uma vida mais esthvel e para uma agricultura ;,

exte&a e diversa. Nêsse sentido, creio, devem ser enten- py textos que encontymos. Embora @o de todo acordes, 1

!i<,t) ...!. .I ,&TI 5 < . A i , 2 t ,i a b a schfores viajantes a e i x d 6q@L\RK A t . ~ . :##qvblvimento nas 4 cas de cultivo desses fne~y~ I, , , .,:i , , . :: Mnrüus, falando de um m o @ g m @ q ~ ~ tdhps iwpf do alto

Tapajós, incluindo os ~ a c è ; u ~ 6 , i & ~ ~ i 6 e ã W ~ ~jushmente por causa dêstes princfpios de agricultura, como sendo semi-nbma- des. Diz ele : ~'ÇBedfíckfi a a b a "itiqa' !ag&uItW .Br; pof rsso, em sentido próprio, não são ndmades; &&&maI&&ttnda via, não ficam invariáveis no mesmo lugar" (2). Monteiro Baena t e # ~ u n h a q ~ e , i~k i lpnenp , ,gq#. , ?nos depois ,qa pficifjiçaç ,dqs qbuqJ~pk4, a sqp tendência p$,q 3 agriçultvra não fbi mato g w e , neyi i+sa, R e e 4 M ~ q e ~ f i s "~vn;lrucú$' degidoi iil&@flos nQ 40 Mau6-assu e na p ~ s w o r Missâo devila $oirB'àl Msba, e& 1800 e , 1803, rgspektiyqe~tei,ipn$~ que êres. . . ':errhi~íam pouca Li~n$sBo 8 f i ~ e q , mgaq dp fariyhf; $

L .i ~ & u s , posteriwazente, .MdoO npt$dy m& epte~eas s tpe. os MunduruM, não fala de cuwvo q&~fivo ,bfer&se ap nas à produ~ão quantitativa das pças, isto' 4 : inbc? o @+de volume de farinha produzida pelos Mundurukú do Tapajbs, mas

' i ' ,

"1 - Wrtm, 1948:272-273. @);-‘%h trdbeii eiaan mf.hduagen Landbau, aher im strangeren '

@:' i W n e ksibe Noma&nl -do& b l e i b ihre Niêd;edapsmken gçht u n ~ m ' ' aenderlkh an dmelb~n Stdle". ' Mwtius, 1867:201.

~ 3 ) - Monteiro Baena, 1843 :283, &w':T * "

* i .

' - 2 -

úOLET'IM DO MUSEU BARAENSE EMÉLIO fiOE3.,DI; ANT GlA, 4

lesconhiece oai pele menos náo~menciona as variedades das p i e tas cultivadas prrr êles, embora dem dál* tenham cgltivado mais do que o algodão e a mandioca citados. Atribui &e d ~ ~ v 0 1 v i m e n t o quahtitativa ao poder ou A' força guerreka da tribo que, por meio dela, prategia as suas lavouras mn&a eitat.

-r?%, WBoa ora dev&&~ões frrsq@enbmnte malimd& gor outras t esperialmenta os Mura, Martiasdiz assim: HNtksr artes c#e tgrinrItura, os Mundurueú sòmente parecem estar d e i i l e ~ i ~ 6 l ~ i ~ em coinparaçtio aos outros, enquanto o poder da numerma s &i&-

cosa tribo ( . . . $ dá mais &eguraíiga às plantaçdes e porque a ptpulqilcl, um tarrto dema, n6o pode mais fieâr dependetada Bni- @mente de caça e pesca. Plkntam pouca de dg6dão e mui. ta mandwa, cuja farinha, empacotada em cestos e follias lútrgas de palmeiras. . . . , costumam vender aos navegantes do" Tqajós, desde que entraram em contácto pacífico." (4)

da dê idencalar aquj a pergunh : conhecia Mar- dfars WtS$k?s h Yespèito de urna em pr&ãgrbla dos Mundurukú ? Parece, pois e s r m no ten't;o acima ci- tado : " . . . a popzrfar;ão, um tanto densa não mais fim d q e n b d o bíeamente da caça e da pesca. "; o que pode dar a cozihecer um estado anterior dos Muo- &mW como casadores e coletores mas não aqrácuffu to&. ).

Aindib da mesma época, mais ou menos, t,emmo o testemunho de Bates que em .vários lugares do seu livro, embora muito à margem, faia das Mundurukfi como agricultores e bons trabalha- dores; aponta a fertilidade da terra e o relativamente pouco es- f8rço que o fndio tem de empregar para produzir o necessário

4) - Martius, 1867:390 "In den Kuenriten des Landbaus scheinen die Mun- d W f i nur insoweit Andern vorannistehen, als die Macht des zahlreichzn

Éricgeriochtn Stamiaea. . . den Pflonmingen mahr Sicherhait wrleiht, uncl &e m a @ gedraengtere Bevoelkerung nicht mehr blos von Jagd und F&cl&r& & h m 3 g seyn kann. Sie bauen etwas Baumwolle m d viel ~Maa&~(:f)-Wwd, deren Mehl, in Koerbe und breite Blaetter von P.lmEmn;ten.. . mrpackt, sie aa die Schiffer im Tapajaz zu verhandeln pfbgen, soitdem sie in niedlichen Verkehr getreten sind. . . ".

ém um certo com;C!rcio de farinha com os regatóes menciona, aifinal, que a16m de mandibca plantan

Do s&culo atual quase, não temos fontes s8bre oa Mundurw

: O Handbook of South American Indians resume o assunto-

''dHo, tabaco e genipapo. Tocantins-mmera perto de trinta plan-

E a isso limita-se, mais ou menos, o que se sabe sbbre a a@-

pl8nts cultivated by them includes two species of mbnioc, sweet potato, ' pfneamle, sugarcane, larious peppem and beabs, and ' m r a l t&des of

vated plants utiiiid in Munduruw eco. ' i h ~ ~ w f : ,,, ?]L & *-s, .,;* '..

A - 8.

BOLETIM DO MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI; ANT IA, 4 -*. .

waf. A experihcia pdtica no assunto ensina que a a@&& tura entre os índios das selvas da A m õ z 8 n i z r ' ~ t e ligeiras va- dantes, mas não diferenças essenciais.

i,

Ii. A 'n8cEfrCA DA ROGA r

' Considerando a agricultura entte os Indios hluhburulsú co-

mo um complexo da sua cultura, notam-se sem dif fbdm, doia elementos distintos. O primeiro i! o elemento &ame& ma- terial, manual ou téciiico, do'qual falaremos nesta parte. O se- gundo 6 constituido por vários fatores sociais que d e t e r p h m a agricultura não como trabalho ou fator'morto, sem inflhAnda, & como um complexo 'isokado'dentro da tribu, e sim, como algo que faz parte integrante da vida tribal, algo do qual depende, hoje em dia, o bem-estar da comunidade e da famiiia. N4ste sentido, a própria agricultura torna-se um fator social da vida -ndígena. (9) '

Todo o ,proceaao dos trabaihos agrícolas indígenas, notada- mente a' apUca"t$o e t5xeçuçáo do qÚe poderfamos'clí&ar de "téc- nf& da roça",' está baseado em normas h a s , tradfciohais, quais, por sua vez, são determinadas pelos dados ímpostbs pela natureza' como' clima, época, acidentes de terreno,r etc., e tgmb~m pelo seguimento I&@& dos prbprios serviços agricolas a

;+i-3--.-

7' -%a dada ainda a noção ou a idéia qiie a indip, faz do conceito "roça9 (ko). Para Cle "roça" é, essencialmente, a plantação de maniva, ou :m sentido mais geral, de tubérculos, como a macacheira, o cará, a ba- tata doce, o tajá, ctc.. este conceito assim restrito, deriva-se provkvd. dgntb, dos tempos qubdd bs tubérculos, e principalmente a maainr, eram ar 6nicm plantas oráftivadas. 'Hoje, naturalmente, o Munduruk6 dispõe de muito maior número de vegetam CUltivAveis que planta na mesma roça de maniva. Falando destes produtos, ele memo 9s maiu das vezes, amplia o conceito de "roça* por expressáes que, ao nwso comum entender, seriam desnecessárias, como por exemplo: "o gerima que tenho na minha roça dc rnaniva", etc. Tendo feito plantiriõss da jmníutos qw d o são tubérculos, por exemplo: 515 de milho, &, de, . , \ , , q7 -do, explica o assunto, falando em "roça de milho" ou p h t & ; i ,h d i d h o , etc. Mas "roça", wmo armo absoluto e em sentido pr6prio

? , .. para.€!e, a~tamãticamente, é a roça de maniva. Sobre a dupia designa- ~& (3t rwa por p ~ E ho homem e da mulher falaremos ao tratar dos). Y ' SWhis.

, F- - AGRICULTURA DOS W I O S MUNDURUKU $ 9 . .

- ..-i ..,*L

w;qa@tp bem cabem dentro do seguinte esquema de desenvol- mqrpto .teenjco de uma roça :

. . t- ,

1 Escolher o terreno e a quahdade da 'terra. i 2. Determinar o tamanho e a forma do novv -do. 3. Brocar o t q e n o .

I * , 4. Derrnibar a mata.

5. , Queimar a derruba. 6. Encoivarar e queimar a caivara.

. 7. Cavar e plantar. .8. Primeira e segunda limpeza do roçado. 9. "Deqanchar" x, roçado (arrancar a magdioca, colhrrr

a safra). , itO. Replantar a roça.

Vejamos agora estes trabalhos, ponto por ponto.

1. ESCOLHA DE -0 E DA ! b R A - 0 hdio 6, por naturem, . um homem prhtico. Pensando em fazer rcç. naj tumimente, olha para as c i rcuns~cias que mais lhe podem fal cilitar o trabalho ou garantir-lhe um seguro crescimento da pianl taç50, Por isso escolhe as terras que mais lhe favorecem a Ia-, voura, pois nem todos os lugares sáo adequados para a roça. D e preferência faz sua plantação em terreno levemente inclinado ou- 1 ,

em ladeira suave para que a 6gua das chuvas e das enxyrradas possa escoar logo. Terras planas aceita sòmente quando o ter- reno é um tanto arenoso, permitindo que a água das chuvas vase para o subsólo e não fique estagnada na roça. EMa ú1-a ra- aãlo é ao mesmo tempo o motivo, porque não faz roças em baixa- das fimldas : as raizes, os tubérculos apodreceriam. Além disso, o j a ainda se não existem sauveiros ou insetos daninhos no ter- reno escolhido. As formigas cortam todo o manival, estragando por eomgleta a roça.

- Mesmo achando um terreno em boas condifles, levanta-se Hu*a o índio a questão : o que poderá plantar nesse sblo. Em gerd, possue um bom conhecimento das terras, das suas quali- $ales e pela experienda de gerações, sabe, quase intuitivamente, í que dela pode esperar. Com outras palavras, Ble compreen-

-

~ ~ L E T M DO MUSEU P ~ S E &h10 ~ w r f t m w , . , .. -- 4

de. mpiricmente, o que alí pode plantaP e qual s d o - resnl. - tado. em candf@s normais. Pols desta apreciação depende, ao menos 6rn o tamanho de wia roça. Por repetidas pmvas v& o tipo da Wra e daí tíra as conclusões necesshrias. Em #e+ ral, procede desta forma : Cava com o terçado um buractr e extb mina a terra. Desmnchandod entre os &dos, conha pêlo tato, a qualidade. Distingue trbs tipos: arenoso, bcafeldta b preto, admitindo certas .or&agões ou tipos intermedihrios wnfer- me a eomposiçh ou perceatagem de barro ou areia. Tira estas provas de terra em vbrias profundidades e extensóes-quandd des- confia que sòmente se trata de uma camada fina ou para verifi- car até mde se prolonga. Da qualidade da terra depende tam- bém o tipo da planta*, ou em outm sentido: dependendo do que êle quer plantar, deve escolher um tipo de terra. Por isso, eni suas excumtks de caça pela mata, o índio presta atenção ao

ar t e m apropriada vale a seguinte regra :

I ' ' 'terra arenosa: - Ma sòmente! para a maniva; para outras planta@es 4 inadeqzada;

terra barrenta : - Ma eapecialniente para rnadva, tuber- d o s em gerâl e também para bmand- ras, outras plantas nao se desenvoheim multo bem nêgta ~610;

terra preta : - bSa para tudo. Por fsso sempre se prw curam t m m prêt86. e a elas se dá pre- ferQndh. ÉI terra especial paFa tabams .

2. TAMANHO E FORMA ~UI PLAWPAÇW - Da qualidade da terra depende, como já em parte foi aludido, também o =anho da.roça. Achando Ble a tema escolhida um tantb fra- a*.ralailando que a safra s d menos satisfat6ria, de ant&n%, # u s a r q a um tanto maior. M a prática que adquiriu desde a &venttgde, calcula empt r rcmde a área necessária. Não usa pkiara h% a e memas, i3 semelhanga de nossos d&oclm ("Braças"; 'ri$rpãsi,:?ois m a semelhante). Fiz várias tentettivas para saber @mBO d&lundarukfi cdcula o tamanho da roça a faer. As w

isinpe asi*rn~mw " . . .&ando, a gente j6 saõe. . ."

L . _ ' r2 - 8

8 I'

, d-l;, ,A& .zh,v&,g-L L b. IL . - ,Pi 8 ' Y -Lr ,'i iA, d

4. ' A DERRUBA - yup chign ou yup, chichQn - B~Q- a mata é. quase uma arte em si. Pois, para fazer uma d*

-~&ada em estilo, precisa-se de conhecimento e habilidade, , de ' +m olhar e cálculo certos, especialmente como as h o r *

c& ou como devem ser cortadas para cairem da n~aaeira mais , desejada. Há uma certa t6cnica na derrubada da mata: I . 8 ,

, l b s e (quando possivel, num dos Cantos OU, pelo meno% riu* ' . ' I ;i

dos lados m a altos do terreno), uma árvore maior e tira-se por1 " - I r

' - -1, empregando-o na compra de roupas, redes, terçados, etc. . . : m a linha imaginma, uma faixa que se vai alargando em for- '

A FDP4, portanto, lhe ajuda manter, nas atuais circunst&cia~ & ma de cunha. Cortam-se, dentro desta área, todos 0s troncQS W P % U T ~ G ~ ~ , O seu equilíbrio econBmico . , pela metade de seu dillmetro, mais OU menos, atp 0 Pau dar O, .

Outra causa que também, depende em parte dos acid811hes p a e h estalido. MPP 56 por fim se corta aquela árvore maiori 1' i

do t mmo , é a forma da roça. Mm aí já se madfestm ouws e esta, inteiramente, derrubando-a. Ela cai em cima das -,

demenbs, espeçialmente, influências de aculturação .néo-br&si. vidnhas já meio cortadas, arrastando-as na queda, e Por " l h a . O MundurukSr, podendo, dá preferbncia A forma tradido- delas, todos os outros troncos daquela faixa escolhida e . ~a que 6 a arredondada ou e l i~ t i cmvoi l~a , a;ssh 0s mces- peparada. Com grande barulho cai assim logo uma ora de : f* 0s roçados e assim sgo feitos até hoje, nas malmas mata inteira, abrindo uma enorme clareira, num cumprimento

dos campos. Ainda em 1957, podia-se diçtingub muito bem de, às vezes 100 metros ou mais. Depois derrubam-se 0s Paus e m forma de roça, sobrevoando de afio as malocas de a b i h - que,. por acaso, ainda ficaram em pé, como também 0s cantos tu e P~arokt i . isto já &o 6 regra de' todo certa. "Vai p @aram, 'para acertar a linha" arred~ndando ou esquadw- c @ m e o terreno", .me disseram. Maior quw 3 MuQnck do do o roçado. Mas "são s6 estes que se cortam um por um". *eno, 6, creio eu, a dos caboclos. E assim v & ~ - s e plantages A derrubada da mata se fae, geralmente, de abril Para &e Variadas, almgad ares e até quadradas. ' . maio. Da determinação da época da derrubada depende a da Estas ftltimas predominam es e na zona do Cururti e broca. (lue a precede por umas 2 a 4 semanas. Em m6dia. 08

, 90 T~P& em zon436, po-to, o t ~ b o Mundu- fi vive , d-kú fazem a derruba de q a . r o ç a comum em três dias mis nas COmmidad~ das rnal~cas~ e $m, em moradia. isoladar. .L de trabaiho . L L

O d ~ ~ m b r m e n t o da cornWdide.e a emancipação da f w a p$:&~ " ~ 5 ‘ :BAV rt14id! i( - ~ u f i d u ~ ~ ú do sistema de maloca reflete-se aqui como tamum . 5 . A Q ~ ~ I - A - imapign - A mata demubadi' @Wifln@t~ I M L ~ ~ O S @rn.st08 (E8 w1a CuEWra. . rib o novo roçado fica: "descansando" durante dois meses ou m*,

.si para secar bem. Os Muadurubú q u e h m seus roçados geral- $ g6 PBOCAR- %<ut htabm - Beocar é a qão de c o w mente,- pelo mes de agosto. Dão bastante tempo ao sol para

';" 0 0 twado, Ilinpande o terreno da f u b a roga secar até os troncos maiores. Éste espaço, relativamente longo, , árvores jovens e mato, Isto rn faz em pmpma. é para que 0 roçado queime o mais completamente possivel, A

a@ PrvSe0 a se@' qU8 6 a d t ~ ~ b d t ~ $ryoras. Awsfm,. caivara ,então, se torna um trabalho fácil ie ligeiro. 'l'~oncos coTZa@T@ de PatS.8 fêm maisiajs -liberdade de. qgp. D ~ f s da que, por acaso, ainda restarem, depois da coivara, fiem ali m- queda I ~ w . tm&w seria imp~~sfv@ lbppar 0 tefseno m* mo .e são utilizados, frequentemente, como fonte de lenha para bdxa~ *m )md fw-se a bmcs -em trds d i a da t-4, a a maloca ou casa. Via de regra, os MundmBú t6m r w d o s bem

O, ' para O mato cott@o . . I_

- 91;- - ?' -:,' S 7 7 p p y Y ~

/ " . = -

gwa-AGRICUL &A DÓS ÍNDIOS M ~ T I U R U K I C I

toear fogo, escoihem um dia de brisa em que o vento *. esteja demasiadamente forte. Pois assim, a brisa fomenta . o"iiogo, mas não o deixa passar rápido demais, ou's6 queimariam QdE galhos miúdos e folhagens, mas os troncos permaneceriam in~i tktos. O roçado ficaria sòmente chamuscado, mas não qwi, mado.!'ii- i.- i;" .. -.? . - % - * ? - : , I j - ~ ~ - . 7 ~ l j ~ ~ j + ,

Pira incendiar a derruba, os Mundurukú servem-se de to. chas, f e i h de palhas sêcas ou de certos páus resinosos. Coni elas distribuem o fogo em vários pontos do roçado. Se houver outras plantações ou ate casas por perto, com perigo de passar fogo para lá, muítas vezes queimam primeiro uma estreita faixa de roçado que fica abaixo do vento, para que mais tarde, O f-o grande da roça encontre um aceiro e não passe para a mata ou casa vizinhas. Também preferem, em geral, queimar os roça- dos antes de tocar fogo nos campos, como é costume entre &S. Como afirmam, queimando os campos gerais em enormes exten- sões, atrairiam chuvas que prejudicariam a queimada das raças.

q ' ~ llL,dn#{ r ,PA3-dy

6. A COIVARA - Taipa é a coivara; encoivarar - tsipo chSgn ou taipa chichign; queimar a coivara - taipa mupign oa simplesmente imapign, queimar.

Enquanto os galhos e troncos finos queimam dentro de ho- ras ou de um dia, os troncos maiores levam mais tempo, ardendo lentamente. Chega a vez da coivara. Juntam-se e empilham* se ramagens, galhos e pedaços de troncos que não foram a i a quefmados inteiramente, em cima dos troncos mais grouio& aln- da fumegantes, para melhor destrui-los. Depois ateia-se fogo, wvamente na ta coivara ,para reduzir h cinza as madeiras res- ta&~,~ e dmernbarqar o terreno para a plantqãa,

Como todo semiço de roça, a queimada, a coivara ,e a quei- mada da csivara, exigem p r h h e habilidade. Em caso can. tr8fia o índio obterá um roçado mal queimado.

< I *

7. CAVAR E PLANTAR - Em seguida, vem a 6poca da askx de sdemiiro ou outubro, conforme as pri- . Homem e mulher vií

: Rantar é um - d $ a cmjugado lh de dÉlas asões dserentes: cavar ou abrir a terra, ef

q , qa:krq -10-

' . s , - - y .:-. i;';?' <

'r- t - ' . (.)# i. -L

ou seja, enfiar os talos de maniva na terra. A primeira é ser- viço do homem; a segunda da mulher.

O homem cava ou abre um buraco na terra (ikudn). Faz Isto mediante um "pau de cavar", que consiste numa vara foae, de mais ou menos 2 metros de comprimento e que está apontada na parte inferior. O homem empurra esta vara com força, no chão, num tlngulo de 30 a 45 gráus, e endireitando-a para uma posição vertical, abre assim uma pequena cova, na qual a mu- iher que o acompanha, coloca dois, no máximo três talos de ma- niva (8) (masok taisabm ou masok zp maum). Tirando da cova a ponta da vara, ela pisa em cima para fechá-la e para apertar a terra, mas de maneira que as pontas superiores dos talos de maniva ficam fora para o desenvolvimento de galhos e de folhas. Pela influencia da civilização, hoje em dia, os Mundurukli j d usam enxadas e até ferros de cova. A disttlncia das várias co- vas de maniva, é, avaliadamente, de um metro em média.

Não resta dúvida que os Mundurukú executam os trabalhos de sua lavoura dentro de um certo sistema, não s6 quanto as etapas na abertura da sua roça, como também no próprio plantio. Existe um seguimento na ordem de plantar a roça. No tempo cntre a coivara e a época de plantar, geralmente já semeia- melancia que se desenvolve extraordinwamente bem nessa temi recém-queimada. S6 depois vão os tubSrculos. Num esquema gerai a ardem da plantação (embora nem - sempre estritamenb observada) 4 a seguinte: , - --- .- - - -

a) Cultura eventual de melancia (também jerfmum ?) b) PlantaçHo ou cultura definida de :

1. maniva 2. car& 3. cana 4. anzmta, abacad

* ~ c l o h u n i r ~ o p ~ s é ~ m 1 1 ~ ~ ~ n ~ d C 8 t b v ~ ( ~ m)., -umto as r-, apn; f w de p n W hi- dln

."I $emminados "mwdioca". As bsp da &v& depois da mfn. Jo

. pkrdadu para o novo plantio, ocasião em que s8io cortadas em pcdsçm Qe 20 cntr, no m&h5. &te8 pedaços ou ''taias de maafva" pimfmw

1% " 1 4- - U W ~ Y , ai& nãa so m a g a por g - m .

- Yi1 -

' 1 1 ,

I i #.. . . I - Esquema da roça Mundumkií

5. timb6 ~ , i * i+- . 6. arroz 1 A l i ,. .

r 7. milho , C 9 L 1. i ' , r

' V ' 8 . feijão, fava, jerhum, etc. -, ,

EL* ':L,P, Outras plantas como a macaxelra, o ta& a pimenta, =te., ajdtm-se nos cantos da roça ou ao lado, conforme p~~&il i .

e d r r u n s t h k . . todo caso 6 de notar que a $um- aimente-a mandioca e o cwh, oeupeni o &eo da

, quanto *"as ' ou(ras.; ~cultiva'ciag, qup, $ho n?n*la~ p roça.: Cyá, e p~pdiada,@i~t'~~&&s al-

e nuei ~ a d m ~ e . s a c l m i t + ~ , : ~ k & , ba.

- 12 -

1 2 t 2 1 . 2 < I

2 1 2 1 2 1 2

2 1 2 1 2 1

I1 -- Esquema da ;oça Munduruk6 (ampliada)

sntiío; m a distinçgo entre @tas que se cultivam na roça estrf- ,*merPta ata , e outrw, espedahente fruteiras, fora da roga, em "Woeirw, ao redor da casa, nos portos de *cm6a ou outros luga- +- fmquQnda r~g, atam Zbdt, No @mim m a trata-se

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BOLETIEf DQ MUSEU PA3AiALNSE EMfLTO GBELDI; ANT

t I -

.<. M a -c opipa 1

café - kap ; kape ip, vMas qualidades I

L W A I cacau mdyq três qualidades .o&& genipapo - m e r n ap; warem ap a

ingá - chirIri - limão - tMniãq brimáu

laranja - yarai; ysu'ai ip . ' ?

manga - mãga; mãka, várias qualidades cajú - murese, muroso, três qualidades

Também :

pimenta - achi, achi a, quatro qualidades - . banana - aku, onze qualidades , ' ? ' r r ' i -i

algodão - b m , duas qualidades -

urucú - tyuku; tyuku a mamão - wtsãu a, duas qualidades

Há, portanto, um pequeno grupo de plantas que'se encon- tram tanto nas roças como fora delas: pimenta, banana, algodão, urucú e mamão.

Para algumas espécies de plantas, separa-se, frequentemeg: m pequeno roçado B parte, assipn

Aldm destas plantas úteis para a subsist4ncia, os Mundumkdi f&m ainda uma certa quantidade de vegetais que os cabocl~s cha- .&ta de "cheiro" e que usam na ocasião dos banhos, para dar ao

c w o mais agradhel,

ter tido bwtante

-

HOLETIM DQ MUSEU PARAENSE EWfLlQ W D I ; AmROP~oGIA~ m . ,-- a.

o, nas malocas dos cam- ao uso do fabrico da larbilh~.

S. Se isto se deu com 0 sim- vada por eles, quanto proc=so talvez tenha

mais lento ainda. especialmente por influência da Nlfs-

em 1911, no 'Rio CUrUrÚ, ~ 5 0 produtm arroz, a fava e viirias outras hortaliças que, principalmenu

tivam, mas que, pelos fndios, são ad@ reduzidfssima . De árrores fmtfferas

nestes tiltimos decenios : a mangueira, a laranjei- e uma certa qualidade de 'cacaueiro. o, jerimum, etc., 8les jb conheciam,

plantavam-nos em muito pequena escala,

bivrp- OU CAPMAÇÃO - Falamos da planfa~ão. completar algumas notas s6bre 0s seTVigos de roça7 de-

pois de ser ela plantada. & claro que, depois * kminar a plan- tação pròpriamente dlta, a roça precisa ainda de alguns Cuida-

mas depois de % m a s semanas, Qu pLaatio e a coiheita, fazem-se,

em ou também da pdmeira ou que As vezes, até t~mavarn em cima de (chapas de) pedra. a, quase exclusivamente, a t e ~ a d o

80 anos parsados, no rnMrn'd. 0. Mund-a mar6;wda P= h o , '(ohuvas) e da nemwskWe. Ram a

ogn; fazer a segunda é: k-2 . . .

L,.. .g . . 4. ~ M R A - O ípdio uw mais da expressão *regional '!demwchar o roc;âdpI2 ou &da !'arrancar a mandioca" - MiI #?ta ogn. Dentro de:- ano, a-roça esta madum !? P*

, d m n a d a . Arranca-se a mandioca i4 mão Na0 se deSman- , conforme a necessidade. para e alguma *orça e jeito. Muitas ap%~rp.ot no .e 8stbb d e

a.-terçado ao Ia#@ das

I - 17-i -

3. Roça e gnipo tribal: migração intraterritosial. f tb :Y - Jt'

. L.

- ' W e, se houver necessidade, queima-se alguns galhos w b . ROÇA E INDIVÍDUO: A DIVISÃO DE TRABALHO PELOS SEXOS- , ; ' tos [email protected], o lixo da roça. Procede-se h nova plantaMo.

- . me PmceMO de replanta é usado também em casos de ufgdncia, i quando ao fndb PW qualquer circunst&ncia, ou doença, n a foi qual cada um é dono do que adquire, faz OU produz. Assim, es- , P O ~ V ~ ~ fazer novo roçado. Quando se faz replanta para d. tabelecem-se de antemão, para o indivíduo, certos direitos de

mente aproveitas a terra, quase sempre derrubam mais um novo roçado, embora pequeno, às vezes encostado, ampliandb *pl* mente 0 roçado veiho. O índio sabe perfeitamente que o resul- tado de Uma replmta 6 muito menor 'que o de m a roça nova. Por isso tem que suprir a parte @e a terra da =planta me ne wA. Fk-equent-ente, â capoeira nova, a roça recém4-m chada 6 apmveitada, simplerrmente, para plantar um banana M,

, a terra fbr apropriada.

Sabe apmvdtar a ma roça e as plantas que nela cultiva, w d o -a de subprodtihs @e Ihe ajudam o BUS-o. (10) eiramente. ~a agricultura h& serviços exclu9ivos iio hmem,

ecialmente na fase inicial da preparação do roçado; e d ~ o s exc~usfoos da mulher, principalmente desde o momento

-- simplmente ~3 thn>o<-guiis-: escolha de terras e aprmeitamew 'de capatiras (:roi), broca e dèmba (:103), queima, coivm, e pfm ( : 1 ~ ) , principais p i m i ~ de cttltivo ( :102), cultura8 acess6M ffO47* ~ 1 - (:i&%*. &&a compara&o, de iata, NsWici1 os %zmS ~m~ e 4UC 110 BBMQ -nas dtadea a+lU ~~ pcllaea

Wais ambos 0s sexos participam, como na plantação de maniva, w v a , carft, cana, milho, arroz, hanaz, bmd&a, etc*, etc- Ai 0 h~mem abre a Cova com o pau de cavar e a mulher põe os - D ~ t a w s ã o do trabalho em dois ciclos, conforme o 8-s galhos ou talos de malliva no buraco aberto e fecha-o, pisando em cima. L . e&&, tmbbm, a tednoiogia a respeito do conceito da roça-

@- dds ttjmos para a roça: kut, diz o homem; ko, fala a Cada etapa da Plantação, tem assim os serviços determina- maef . Estas duas expressões não sã0 pròpriamente, uma dum

dos pelo a t e m a dos C ~ C ~ O S ergol6gicos. Um esquema oferece o seguinte quadro : pb degignaçaos para a roça e sim, indicam a rWa enquanto 4

dtado'do trabalho de um dos dois SexoS. Sáo designações par- !

TEABALHOS ciais. pmtanto, kat, expressão usada pelos homens, abrange 0s preparativos da roça atb il plantação - O ro~ado, enquanto 6 trabalho do homem. KO, tbrmo das mulheres para a roça,

homem &range os trabalhos feitos pela mulher na roça, desde a planta- &oo. pelo sentido bbico poderiam traduzir-se Bstes dois ter- ms: k ~ t como derruba e ko como plant-ã0. d s w se torna

1. Escolher a terra e o terreno 2. Determinar o tamanho e a forma - 3 . Brocar 4. Derrubar a mata 5 . Queimar a derruba 6 . Encoivarar - 7 . Queimar a coivara - 8. Plantal: abrir a cova Plantar: enterrar os talos de maniva 9 . -

10. Fazer a segunda limpeza da m a Colher: arrancar a mandioca, dm- manchar o roçado.

>&A aste esquema básico vale para os casos nomais. Se hou- ver @ande necessidade, ou urgência no serviço, o homm pode ajudar, wasionalmente, nos trabalhos de capinição, limpeza e ate colheita. Mas por Si, Sã0 S ~ ~ ~ Ç O S pr6prios da mulher e pertencem Por &eito, devido ao ciclo de trabalho, g mulher

Esta divisão de trabalho, oferece ainda outro aqecto. não &te sómente em relação ao preparo ou uso da plantasão, tsmbem se refere especie das pr6prias plantas de altivo, AI tirbbm h& certa exclusividade, por exemplo: só o homem planb e melancia, j e r i m ~ , mendubf, mamão, fava e feijao.

- P* na miar P& das plantas ou sementes a serem cda. Vadasy ap-e um seWi~0 conjugado na forroa. já mf&da: o

- 20 -

\ eira grupo, dos campos, encontramos mais ou me- rimitiva ou tradicional do sistema agrfcola Mundu- ma de trabalho coletivo à base de auxílio natuo. a situaeão atual nas malocas dos campos, dizel:-

do : "Cada campineim adulto do sexo masculino, tem 'sua prdpria P roea que é limpa pelo esforço coletivo de todos os homens da 1, - -

I de mandioca com a cooperacão da aldeia intei- . - " a 1 B8ts trabalho cooperativo, de fato, até certo mhu. exis- - .

te nas inalocria, e deve aer entendido dentro das normas da di- visão de trabalho e suas bases jurfdicas que se referem em pri- meiro lugar, ao direito à propriedade particular ou individud. Aqui, no assunto de r q a , trata-se-de um serviço conjugado dos dois elementos sociais, masculino e feminino. e, dependendo d 4 Iea cios respectivos ciclos de trabalho. liornem e mulher, p e témf mesmo depois de casados, e formando, portanto, tamilia. "o perdem, pelo casamento, os seus direitos indlvimiais de p m prS8tBrios de sua parte da roça, pois o índio é essencialmente individualista, e não conhece direibs de propriedade em anipm. Para equilibrar esta situação, m o r r e a um conceito que poderia- mo8 ehmar de "direito de compensaqáo". que se apIies ao usu- fruto da roça-em comum : ao homem, à mulher e: n - a h t e , aos filhos pelos quais são responsávefs.

Conv6m expiicar mais à - d u d o &te assunto, a respeito da &, ~roprikdadd da roca. - Creio que seja necesshrio fazer uma distinçso entre o pm-

, ~riethrio da terra e o propriethrio dos trabalhos feitos nesta terra. cQW0 twp,b4m dos r&su~tados obtidos,

IA, 4 8

.. .

(12). Existe, portanto, unicamente, um direito de proprieda& ' ' tsamifbzio, enquanto estd sendo u-ada; M direito que melhor

- -

se poderia chamar de uso ou de usufruto. L

&te conceito é completado pelo outro aspecto da questão, quanto aos trabalhos e produtos da roça. Entra aqui o conjun- to dos trabalhos de homem e de mulher (conforme os ciclos de trabalho), e a famíiia, que já por sí forma uma pequena comuni- dade, faz valer os seus direitos.

O conceito deste direito de aparente propriedade em co- mum, deriva-se da divisão de trabalho entre homem e mulher. Pelo direito individual, cada um 4 dono e proprietaui:~ do que produz, faz, etc. O homem faz a roça, a derruba (kat ) e 6 pro- prietário dela. A mulher, portanto, planta, estritamente dito, em propriedade alheia (a saber do homem ou marido) e paga-lhe o usufruto dêste direito, mais tarde, com prodrit~s de sua planta- çgo. Com outras palavras : em compensa~ãa pelo preparo da roça, feito pelo homem ou marido, êle pode comer tamb6m da planta@o dela. Por outm parte, a mulher 6 doma' da sua 'plan- tação e o homem ou marido n8o pode, pelo direito de proprieda- de indiv@u&, Qdfmtar da qfantaçlo aB&a, mesmo sendo a da própria mulher. Adquire, porém, um certo direito, não de pro- priedadep mas, de usofmto, na plantagão, pelo trabalho de a. ter possibilitado pela derruba da mata. A mulher, corresponde, pois, a obrigação de deixar s marido usufruir de sua plantação, qentro dos moldes da divisão do trabalho. Trata-se pois, de di- rêitos (ou respe&amente, deveres) recfprocos que são normali- z@os e,contrabalançados pelo direito. de "compensaç~?~ - E, re- lativámente B divisão de babalho, este direito de r o m ~ ã o é -.L?. , absolutamente necesslnfo: O que faria o homem com %' derm- 5 j : h .sem ' poã& ' plantar, "o que é do direito da mulher? Sem o -:; tra$dlho prévio do homem, ela só plantar em quantida-

&ÇrS

-- -EbttL os Tenetehara, . . tdbçm tribo do grupo'tupl, obswsa$a. uma coisa W serhclhante. "ãirrden. Iands, that is to say, laa* on which people h h ~ e expiiiided labof, are either individual ar group *&. ~ u r i n *

i- e'. 2 W *e a man stiI1 has crops on +e %te, it beíongs to him, But 9 soon as Y"a 3MveM ttl?*his cmpa rinâ ãbndonod the .fahd t6 tbe séCòndary

tas de cultivo não se desenvolveriam bastante. Em ambos os des pequenas e por outra, por falta do preparo de terra, as plan-

casos, os resultados seriam mesqwinhos e o sustenta da familia, nesta parte, estaria periclitando. Resulta, daf, a necessidade deste direito de compensação mWa.

Cada homem, ou, respectivamente, cada farnfia, faz sua ro- ç@ própria e a possue com direitos de exclusividade, O dono,

pede a m o de seus parentes ou, dos homens do grupo com .que convive, para o ajudarem nos serviços (broca, derruba, etc.), enquanto a mulher, mais tarde, pede, por sua rez, (mas nem sempre), o auxflio das mulheres para os serviços tipicamente femininos, no sistema da divisão de trabalho jB mencionado (13). A comunidade auxilia o individuo, ou melhor, os membros se aju- dam mùlvamente; e cada um deve aulriliar os outros, quando chega a vez de fazer a roça. Existe pois, quanto a este trabalho coletivo, um elaborado sistema de receita e recompensa em baaes iguais. Recebem-se dias de trabalho e, mais tarde, paga-se este auxilio recebido, da mesma forma, com dias de trabaiho. Tra- ta-se, portanto, de um amplo sistema de auxílio mútuo. E: na- turai que o dono da nova roça achará o seu príndpal apoio den-

13) -Embora aqui se trate da a@cultura dos Mundurukú atuais, sejam ano-

Mundurukil adturados gélico em ama maloca

dos campos, em Dekudyem. Segundo estas informaçãcs. o sistema agrf- cola dos ancestrais mundurucl a respeito de auxíiio mútuo e de pro- priedade da roça teria sido um tanto diferente. Dizem que, primitiva- mente, o grupo todo fazia um roçado grande para todos os membrw da

, comunidade e que os direitos do indivíduo na se baseavam, jw-

comum e dihio do grupo ou ficava, sòmente, de resma para casos de

q "

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7 , . -

BOLETIM DO MUSEU PARABNSE EMfLIO GOELDI; A m

tro de sua parentela: filhos adultos, irmãos, cunhados, genros,

o auxíiio e combina-se o dia e mais outras circunstâncias da aju- da. Não h& dansas convidativas ou coisa semelhante. Para o dono da roça 6 importante acertar os dias de auxílio, porque tem que providenciar para estes dias o rancho: carne, peixe, beijh, bebidas. Pois da aquisição dêste rancho depende a continuida- de ou a interrupção dos serviços da roça. Quando são muitos os homens e o dono da roça nPo pode arrumar alimentação su- fldente, trabalha-se com intervalos. Broca-se um ou dois dias e depois para-se, para caçar e pescar. Continua-se, mais tarde, com a derruba, da mesma maneira, "conforme a b6iaW, como di- zem. Os intervalos ou, respectivamente, os dias de trabalho dependem, portanto, da provisão ou dos mantimentos eafsten-

- ' Assim se explica, também, porque homens e mulheres, a seu tempo, trabalham preferencialmente em grupos : porque trabalham a convite do dono da roça. Quando, porém, se trata do desfruto da roça jB madura, então a famflia manifesta e exer- ce 0 seu direito particular de propriet4ris s8bre a roça. E, b mais das vezes, para arrancar i mandioca, homem e mdher ou os membros âa família preferem lr a sós. Desfruta-se a roça, geralmente, sem o coacurso dos outros ou do grupo. Eis, pola, a situagáo da família Mundusuk6 em relaçgo h roça e planta@i0

para trabalhos em comum e & ucar os respectivos dim, existe também, nêste mesmo sentido de a d -

Amazonas. Na região de 9an- isso de "pwum", "marcar um

ida, tem &te costume rdzea & profundas C vem de longa data, da época em que 6 Baixo Amar&

ainda era terra de índias e de maloces. Em outras regi&, o "pu-

umente 1) fora da antiga comunidade, entre W Mund~mM M* '

wados. Observei um caso destes na própria missão, entre pai

a t ema de wnvivência em comunidades t@w pma dstw nóg hh ligação direta à vida da raaloca e suas comunidades sg, d i ~ o ~ v e ~ . As famílias se emancipam. m o hi m a casas em 'comum, mas cada familia tem casa pSópria. Possuem, por isso mesmo e neceesaiiamente, roça-e plantação particdm&~. E, e fins, gemimente, comerciais. .

como cada famfia sab, também cada homem ou cada f-a, - fa hKkid~-ahente 0 roçado. Isto fundamentalmente .. Ma& devido b dificuld8düs existentes e por necessidade, consemou-: de propriedade. Em casos de morte, O roçado Passa Para aa se &te elemento tHo proveitoso : O a u a o moho, convidam-, se os e vizinhos para auxiliarem na roça e, por. outrai

da vida em comunidade. juntamente com ele. Quando não há famllla, 0s

se sempre a plantaç80.

forma que, depois de um certo espaço de tempo, 0 grUP nisE, rmbente, mora distante de sua fonte de alfnentaçáo,

FBú . - AGKICULTURA D O S fNDIOS MUNDURUKO

&.ais favorável. E nesta ocasião, pode-se observar o sistema p-tivo e, sem dlvida, mais ideai desta relação reciproca de roça e maloca.

No caso da mudança e da construção de uma nova maloca, esta fica no centro do novo roçado do tuxaua ou chefe do grupo. A forma tradicional da roça é arredondada, como já menciona- mos. E no centro dela limpa-se o terreiro da nova aldeia, tam- bém redondo. Nêle se distribuem as casas num quadrado: a casa ou o barracão dos homens (hokso), aberto com a frente para leste e com a casa dos espíritos dos ancestrais (kaduke) ao lado;

i . as casas ovais para as mulheres e crianças (hok-a) à direita e à

F.J csquerda, Iechando-se o quadrado com outra hok-a no lado este, se houver necessidade.

/ -- \ / / '(-r>'\\

/ I \ \ T 0: 1

\ (h.) / /

\ -'--A /

/ .

I11 - Esquema de u'a maloca MundurukG T: terreiro; H: hoksa; h: hok-a; R: roçados

L ' h 0' nticleo assim formado torna-se, então, um novo centro do

&bo tgbal, do elá ou sipe. Roça e maloca formam, m, uma unidade e a maloca fica dentro da primeira m a e . Nos r

C?,.

I BOLETIM M) MUSEU PARAENSE EM~LIO GOELDI; AN' LOGIA, 4 &

guintes, ampliaae o roçado mais para os fundos. E, se a t e ~ a não for prbpria, transfere-se a roça para mais adiante, e sempte mais adiante, at6 que, depois de uma série de anos, sente-se ne- cessidade de transferir a aldeia e começar de novo. Orfgina- se, assim um ciclo de migração intraterrltorlr do8 gnipos. . - L.'.' l,*i', , .$a

L Desta relação de roça e aldeia, ou também, de roça e comu- nidade, resulta pois, relativa pouca estabilidade local dos grupos

E tribais que, porm, n80 chega I formas de nomadismo, talvez nem às de um semi-nomadismo estritamente dito. De fato, existe uma certa migração dos grupos, resultantes das condições agrwas, pois 6 a terra que obriga o índio a mudar-se sempre de novo. Mas estas migrações são um processo lento que não se nota tanto ou acentuadamente, porque as mudanças de um lu- gar para outro, realizam-se s6 espaçadamente, dentro de decgi- nios e porque se passam dentro de uma certa área bem definida que é justamente o habitat da tribo. Saindo, porém, este mo- vimento dos limites do territbrio prbprio, as causas devem ser procuradas, geralmente, em outras cfrcunst8ncias : em guerras, coação por outras tribos, ou como se nota entre os Mundurukfi atuais, as influgindas do comércio e da extraçáo da borracha. Mas, primitiva e normalmente, esta migração "interna", Isto 6, êsses deslocamentos e essas mudanças de grupos dentro da área própria da tribu, baseiam-se unicamente, nas ditas condições agrárias. Já Martius disse dos Tupf do alto Tapajós, a frase citada : "Dedicam-se a uma agricultura primitiva e, por isso, em sentido prbprio, não sáo nbmades; as suas malocas, todavia, nCi0 fiem iiivarihveis no mesmo lugar" (16). ale, portanto, já

, notou giste movimento e reconhecera a agricultura como respon- shvel pela maior ou menor estabilidade do fndio seu terri- tM6:' De fato, a m e k a cousa pode dizer-se concre tad te ba Mundurukíi. Ele nHo B nomade, justamente por causa da sua

I .

, a r - FjfflK~L - AGRICULTURA DOS I N ~ I Ò S kí~NbU#UKir l u - * 3 -

'?v-TERMINOLOGIA INDfGENA A RESPEITO DA ROÇA E PLANTAS 1 , #DE CULTIVO . v ,

, A RESPEITO DA ROÇA ( 17) . a) ferramenta : ..

' ':'?#(I,. v :;. I ', i * - . - 8 - 3

! , enxada - ,- 11, I , purure ferro de cova ; I -

chit ' q . , 3 . . páu de cavar I , I . . . i

+ 'b ip nzararai~arab i p ' ''.; ' ; i ' ( ' 5 1

r b) roça e s e r e 0 de roça: . - ,L.

I ; ' roça (enquanto é trabalho do ho- I _ -

' # . mem); êle diz : kat * , ' ,#f roça (enquanto é trabalho, da mu-

, iher);~ ela diz : '. . - i ko - . t , - , - i :

brocar r , ,, - . tyup tatabm . . . derruba* (mata) , I,, , . , ! L yup chign; yup chichign

queimar . , . , . s .- - ., #. ; r . - ; i im&n , , , J . r . , . , t * 3 - , .

coivara , taipa - . 8 ,, :l taipa chign; taipa chich@pt

- . , :i taipa mapign ,r?rr, ,-, (mmok) tatsabm; (mersokj

-. capinar, 1." iimpeza , limpar, 2.8 limpeza

warabm ypu mum; yabi - 3 .

- *

BOLETIM DO MUSEU PARAENSE EMfLlO GOELDI; ANTROPOLOGIA,

A RPSpEITO DAS PLANTAS DE CULTIVO.

algodão (Gessypium) " qualidade grande buru chichi

qualidade pequena buru anan ananaz (Ananaz sativus), abacaxi ipaia , '

9 9 qualidade grande, azedo ipara diidii " qualidade do campo ipara dy6 dy8 " qualidade sem espinhos,

ipara biraprap " qualidade pequena ipara anan " qualidade pequena, ama- .

ipara rem arroz (Oryza) arúir a banana (Musa sapientum) aku

" qualidade São Tom6 aku rabã chichi; (aku -,$, robõ) . . * (

9 9 " Caiena ou

aku h y a i - Cdana - ,

aku an an pa " RBxa aku pakpak " Branca aku ritrit

aku rorot: aku rim rim

na aku ipapan; aku chik pa - v . - " (Nlusa paradisíaca); quall- tr.,,r ,:

dade Pacoua aku chichi " qualidade Pacova grande aku ok gim: chichl

" aku o k p h t an " aku hi ba beredn pa batata doce (Ipomoea batatas) wechik

" qualidpde amarela wechik pakpak " doce qualidade meio roxa weçbik tuitui

branca we&k ririt " (pintada por dentrd w e a pirã para ra

" ) wadye akarap pa # - r kape (ip) murese; muros0 murese ririt ta murese pakpak hat ta murese krau

Cana (Saccharium offidnanim) kanya cará (Dioscorea) awai; puira " qualidade, dentro metade r&

xo, metade branca awai kurep (ta) " qualidade meio escura >I I> awai pugnpugn (ta)

meio escura 9 , ? 7

awai ruirui pretinha, pequena

f (Põe na manicue- . I . .S. f ra) awai tutu

S# >> ("parece mão de bl

$ 9 genteP1)

9 , awai panatyat

"bola grande" 9 , 9 ,

awai puira chik a a - r

fino comprido, -'

branco I 1, 99

awai puira brechidn (pui- 1 I de entresaca ver- ra beredn; puira ririt)

1 . melha I

I $ 9 awai puira ara be paL

grande, cará-assu awai puira ># vermelho aWai puira pakpak I'

" redondo, vermelho

cuia

ande feijáv; setoi i ' I I 1- ,*h.* ;

comum (pequeno wetoi anan c:.' - de fava comp* _r, da) hadyorõ ,,;v , ;'r

5 genipa~o (Genina americana) iaarem ap (a),: ti: I

d a ) 3lirurnu (a)

limão (Citrus) brimão, brimáu, brimáu macaxeira (Manihot esp . (Palma-

ta ?) makachi - '

macaxeira qualidade branca maikachi taritat >> " amarela makachi potpot

mamão (Carica papaya) asãu a " r8xo

' asãu rom rom (asãu rem -. rem) manga (Mangifera Indica) ' mága, mlka manicuera (Manihot, esp . ?) maso; manikue

" qualidade roxa na fo- lha maso

" qualidade branca na folha maso yubritat

maniva (Manihot utilíssima) masok " quaiidade amarela masok pekpek VI 9t de folha meio

rãxa masok tchukumai " de folha gran-

de W ~ P & ~ a i r i ~ n ~ e n 9 , de folha mes- 7 4

mo roxa @a- * r masok p a r a .

' 9 ' C

raiso) , 11 i , I >> branca masok tatya iim um a1 >> de folha miu-

da masok anan melancia (Citrullus vulgaris), car-

ne vermelbo barãchi, burãsi-a melancia qualidade de carne

branca baráchi a biu chep nyen . a a

melancia qualidade pequena barãchi an an a / '

I i. I> I> de carne rbxa barãchi rem rem a > . , w ' ,

m o (Zea mays) de bago duro

mura, mora mora tyatya (ra)

- hyf .. . . , . wenarnbone .? I * .

Tk " . " cheirosa

>r r achirew

j " malagueta &i kaí (a) r + )' " redonda achi kurêtanyen (a)

tabaco (Nicotiana tabacum) he; e tajh (Aracea esp.) qualidade do

mato, plantado poririt tajá qualidade de cobra kurudyudyut timb6 Paullinia ? Serjania ?) sã ok, sã ok papa 1.irucÚ (Bixa Orellana) . - tyuku (a) "

, 8 , . m > 1 i rri

r ' *:, . h , . ' . I.* I J i l / i'

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$ 1 t*

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