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BELO HORIZONTE, 31 DE JANEIRO DE 2011 - ANO XVI - N” 160 AS FOR˙AS ARMADAS T˚M O DEVER SAGRADO DE IMPEDIR, A QUALQUER CUSTO, A IMPLANTA˙ˆO DO COMUNISMO NO BRASIL. l l [email protected] "Afirmo que o governo Lula Ø o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupçªo tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politizaçªo da Polícia Federal e das agŒncias reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituiçªo do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos. Afirmo ser obrigaçªo do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presi- dente". (15/11/05) Palavras do ex-ministro de Lula, Roberto Mangabeira Unger PÔR FIM AO GOVERNO LULA Ediçªo Especial Durante 3 anos, transcrevemos nesta pÆgina o "recado" do ex-ministro, Roberto Mangabeira Unger ao governo Lula, com o qual concordamos plenamente. Se ele sabia que o governo Lula Ø o mais corrupto da nossa história, como foi servi- lo? Virou corrupto? E o ex-presidente, como convidou quem denunciou seu governo corrupto, para ser ministro? Deduz-se que ambos concordaram que sªo corruptos. A partir desta ediçªo, esse texto serÆ substituído pelas palavras do general Olympio Mourªo Filho, que se enquadram perfeitamente na base de apoio do atual governo, que jÆ se destaca com vÆrios corruptos nomeados e aparelhados, alØm dos inœmeros puxa-sacos. A COMUNIZA˙ˆO DA EDUCA˙ˆO N ªo Ø de hoje que a comunizaçªo da Educaçªo vem acontecendo nas escolas de nosso país. Nos œltimos 30 anos, a revoluçªo cultural gramscista, com o apoio/ omissªo dos governos federal e estaduais, vem ocupando os espaços na mídia e na cÆtedra. O objetivo nªo Ø educar o estudante, mas sim ideologizÆ-lo para, futuramente, como socialista, participar da luta de classes e da tomada do poder, intentada desde os idos de 1935. Desde 1998, o InconfidŒncia vem denunciando os diversos livros didÆticos aprovados e adotados pelo MEC (sic) - PNLD e distribuídos às Secretarias de Educaçªo estaduais e municipais com a conivŒncia dos professores e dos pais de alunos. Comprovando a comunizaçªo, publicamos desde junho de 1998 em nossas pÆginas, alguns textos selecionados nesses livros, cartas recebidas de uns poucos pais e professores e artigos de jornalistas, dos quais apresentamos nesta ediçªo, uma resumida coletânea para a esclarecida avaliaçªo de nossos leitores. Quem sabe, talvez, o MinistØrio Pœblico, a Procuradoria Geral da Repœblica, o Congresso, a OAB, entidades de classe, se interessem pelo assunto e tomem as providŒncias que se fazem necessÆrias para tentar evitar a comunizaçªo da juventude brasileira. Infelizmente, nªo acreditamos que isso aconteça... E ste livro Capitalismo para principiantes, jÆ em sua 28“ ediçªo, Ø distribuído pelo MinistØrio da Educaçªo às bibliotecas das escolas pœblicas de todo o país, de acordo com o PNBEM/2008 Programa Nacional Biblioteca da Escola para o Ensino MØdio. Um exemplar nos foi apresentado por um grupo de professoras que se sentiram enganadas, revoltadas e ultrapassadas pelo proselitísmo desse livro didÆtico que prega abertamente a luta de classes e faz apologia ao socialismo, condenando o capitalismo. De posse do livro, jÆ o apresentamos à associaçıes de classe de Minas Gerais, causando grande apreensªo e revolta, principalmente por ser dirigido às mentes em formaçªo de jovens alunos do ensino mØdio. Mostra o socialismo (marxismo) como altamente democrÆtico e popular e o capitalismo como sistema opressor e injusto como se a realidade histórica nªo comprovasse exatamente o contrÆrio. O autor, Carlos Eduardo Novaes, na apresentaçªo do livro, dedica-o às crianças e aos militares: Curiosamente o capitalismo Ø o mais desumano, injusto, perverso e antidemocrÆtico de todos os sistemas eco- nômicos. Os militares que conheço nunca souberam disso; as crianças tambØm nªo. Daí dedicar-lhes este livro. Às crianças, na esperança de que cresçam interessadas em entender o capitalismo. Aos militares, para que reflitam duas vezes antes do próximo golpe. Uma verdadeira lavagem cerebral perpetrada, nªo mais subliminarmente, mas diretamente dirigida às mentes em formaçªo da juventude brasileira. TambØm em nosso poder o Manifesto Comunistade Karl Marx / Friedrich Engels, editado à Øpoca da fracassada Revoluçªo dos Cravos (em Portugal/1974), que parece ter sido plagiado pelo autor acima citado. Afinal, o fim justifica os meios. NR: Os professores apesar de terem tentado contato com a Secretaria de Educaçªo e órgªos da imprensa para denunciar a comunizaçªo dos alunos do ensino mØdio, nada consegui- ram, motivo pelo qual fomos procurados . Nªo Ø de se admirar, pois o governador do Estado estÆ se aliando ao PT, em Minas Gerais. TambØm aproveitaram para dizer da falta de segurança nas escolas, quando sªo constantemente ofendidas e atØ agredidas pelos alunos, sem que nada possam fazer. E ainda de seus parcos salÆrios. com mais de 20 anos de serviço, com curso universitÆrio, trabalhando em dois períodos (duas escolas), percebem liquido, um pouco mais de R$ 1.300,00, sem direito a vale-trans- porte e refeiçªo, conforme contra- cheques apresentados. Publicado no InconfidŒncia n” 126 de 23 de maio de 2008) PÆgina 51 PÆgina 31 Previsªo do general Olimpio Mourªo Filho, publicada no seu livro de 1978, A Verdade de um RevolucionÆrio: Ponha-se na presidŒncia qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto, e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estarÆ à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que Ø um gŒnio político e um grande homem, e de que tudo o que faz estÆ certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sÆbio, um louco em um gŒnio equilibrado, um primÆrio em um estadista. E um homem nessa posiçªo, empunhando as rØdeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulaçªo, transforma-se num mons- tro perigoso. Mentiras, bandalhas e canalhices Leia no caderno encartado nesta ediçªo

BELO HORIZONTE, 31 DE JANEIRO DE 2011 - ANO XVI - N” 160 A … · 2012. 5. 26. · BELO HORIZONTE, 31 DE JANEIRO DE 2011 - ANO XVI - N” 160 AS FOR˙AS ARMADAS T˚M O DEVER SAGRADO

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BELO HORIZONTE, 31 DE JANEIRO DE 2011 - ANO XVI - Nº 160

AS FORÇAS ARMADAS TÊM O DEVER SAGRADO DE IMPEDIR,A QUALQUER CUSTO, A IMPLANTAÇÃO DO COMUNISMO NO BRASIL.

l l

[email protected]

"Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupçãotanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federale das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa dedobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos. Afirmoser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presi-dente". (15/11/05) Palavras do ex-ministro de Lula, Roberto Mangabeira Unger

PÔR FIM AO GOVERNO LULA

Edição

Especial

Durante 3 anos, transcrevemos nesta página o "recado" do ex-ministro, RobertoMangabeira Unger ao governo Lula, com o qual concordamos plenamente.Se ele sabia que o governo Lula é o mais corrupto da nossa história, como foi servi-lo? Virou corrupto? E o ex-presidente, como convidou quem denunciou seugoverno corrupto, para ser ministro? Deduz-se que ambos concordaram que sãocorruptos. A partir desta edição, esse texto será substituído pelas palavras dogeneral Olympio Mourão Filho, que se enquadram perfeitamente na base de apoiodo atual governo, que já se destaca com vários corruptos nomeados e aparelhados,além dos inúmeros puxa-sacos.

A COMUNIZAÇÃO DA EDUCAÇÃONão é de hoje que a comunização da Educação vem acontecendo nas escolas de

nosso país. Nos últimos 30 anos, a revolução cultural gramscista, com o apoio/omissão dos governos federal e estaduais, vem ocupando os espaços na mídia e nacátedra.

O objetivo não é educar o estudante, mas sim ideologizá-lo para, futuramente,como �socialista�, participar da luta de classes e da tomada do poder, intentada desdeos idos de 1935.

Desde 1998, o Inconfidência vem denunciando os diversos livros didáticosaprovados e adotados pelo MEC (sic) - PNLD e distribuídos às Secretarias de Educaçãoestaduais e municipais com a conivência dos professores e dos pais de alunos.

Comprovando a comunização, publicamos desde junho de 1998 em nossaspáginas, alguns textos selecionados nesses livros, cartas recebidas de uns poucos paise professores e artigos de jornalistas, dos quais apresentamos nesta edição, umaresumida coletânea para a esclarecida avaliação de nossos leitores.

Quem sabe, talvez, o Ministério Público, a Procuradoria Geral da República,o Congresso, a OAB, entidades de classe, se interessem pelo assunto e tomem asprovidências que se fazem necessárias para tentar evitar a comunização dajuventude brasileira. Infelizmente, não acreditamos que isso aconteça...

Este livro �Capitalismo para principiantes�, já em sua 28ª edição, é distribuído pelo Ministério da Educação às bibliotecas das escolas

públicas de todo o país, de acordo com o PNBEM/2008 � Programa NacionalBiblioteca da Escola para o Ensino Médio.

Um exemplar nos foi apresentado por um grupo de professoras quese sentiram enganadas, revoltadas e ultrapassadas pelo proselitísmo desselivro �didático� que prega abertamente a luta de classes e faz apologia ao�socialismo�, condenando o capitalismo.

De posse do livro, já o apresentamos à associações de classe de MinasGerais, causando grande apreensão e revolta, principalmente por ser dirigidoàs mentes em formação de jovens alunos do ensino médio. Mostra o

socialismo (marxismo) como altamente democrático e popular e o capitalismo como sistemaopressor e injusto como se a realidade histórica não comprovasse exatamente o contrário.

O autor, Carlos Eduardo Novaes, na apresentação do livro, dedica-o às crianças e aosmilitares: �Curiosamente o capitalismo éo mais desumano, injusto, perverso eantidemocrático de todos os sistemas eco-nômicos. Os militares que conheço nuncasouberam disso; as crianças também não.Daí dedicar-lhes este livro. Às crianças, naesperança de que cresçam interessadas ementender o capitalismo. Aos militares, paraque reflitam duas vezes antes do próximogolpe�.

Uma verdadeira lavagem cerebral perpetrada, não maissubliminarmente, mas diretamente dirigida às mentes em formaçãoda juventude brasileira.

Também em nosso poder o �Manifesto Comunista� de KarlMarx / Friedrich Engels, editado à época da fracassada �Revoluçãodos Cravos� (em Portugal/1974), que parece ter sido plagiado peloautor acima citado.

Afinal, o fim justifica os meios.

NR: Os professores apesar de terem tentado contato coma Secretaria de Educação e órgãos da imprensa para denunciara comunização dos alunos do ensino médio, nada consegui-ram, motivo pelo qual fomos procurados . Não é de se admirar,pois o governador do Estado está se aliando ao PT, em Minas Gerais.

Também aproveitaram para dizer da falta de segurança nas escolas, quando sãoconstantemente ofendidas e até agredidas pelos alunos, sem que nada possam fazer. E ainda

de seus parcos salários. � com maisde 20 anos de serviço, com cursouniversitário, trabalhando em doisperíodos (duas escolas), percebemliquido, um pouco mais de R$1.300,00, sem direito a vale-trans-porte e refeição, conforme contra-cheques apresentados.

Publicado no Inconfidêncianº 126 de 23 de maio de 2008)

Página 51

Página 31

Previsão do general Olimpio Mourão Filho, publicada no seulivro de 1978, A Verdade de um Revolucionário:

�Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto,e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindoo elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grandehomem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se umignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em umestadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poderpraticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num mons-tro perigoso.�

Mentiras, bandalhas e canalhicesLeia no caderno encartado nesta edição

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2Nº 160 - Janeiro/2011

Já são inúmeras e continuam as campa-nhas sórdidas e mentirosas, promovi-

das pelos derrotados em 1964, contra asForças Armadas brasileiras. Agora, nossoscomunistas - ideólogos, terroristas e guer-rilheiros - e revanchistas de plantão, dirigi-dos pelos radicais José Gregori, secretárionacional de Direitos Humanos, CecíliaCoimbra, do Grupo Tortura Nunca Mais,dom Paulo Evaristo Arns, e o secretário deEducação/MG, João Batista dos Mares Guia,apoiados por certa imprensa podre, queremmudar a história do Brasil.

O jornal �Estado de São Paulo�, atra-vés da publicação �Help� (não teria umvocábulo na nossa língua?), recomendadapelo Ministério da Educação e do Desporto,com aval dos programas �Acorda Brasil� e�Está na hora da escola�, lançados pelaPresidência da República no fascículo �Lutapor cidadania e direitos humanos�, cita onome de grandes brasileiros (folhas 246/250): Luiz Carlos Prestes, Carlos Mariguella,Carlos Lamarca, Luís Inácio Lula da Silva ePaulo Evaristo Arns (gosta de seqüestra-dores...).

Em Minas, foi ado-tado pela Secretaria deEstado da Educação o li-vro didático (?!) "Históriae Vida" para a 8ª série do 1ªgrau em escolas das redesestadual e municipais. Acomeçar por sua capa - oenterro dos trabalhadoresrurais sem-terra mortos noconfronto com a PM emEldorado dos Carajás (Pa-rá), em abril/96. (Na oca-sião, centenas de integran-tes do MST, armados compaus, pedras, foices e ar-mas de fogo, atacaram eencurralaram um pelotão de policiais milita-res contra uma carreta. Se não reagissem emlegítima defesa, seriam massacrados).

Folheando as páginas, aflora a repul-sa de todos os que orgulham-se em chamar-se brasileiros, (quer sejam civis ou milita-res). Na página 29, orienta os alunos paraassistirem ao filme �Lamarca, capitão daguerrilha�. O capítulo 5 - �No campoos trabalhadores lutam pela terra�, jáfoi motivo de revolta de produtoresrurais no Triângulo Mineiro, que acu-saram o secretário de Educação de pro-selitismo e doutrinação dos invasores depropriedades. Na página 72, de �quem é

NOVA �ESTÓRIA� DO BRASIL*Carlos Claudio Miguez

ASSIM CAMINHA A SUBVERSÃO

Graças ao jornalista Cyro Siqueira,diretor do Estado de Minas,tornou-se público que, a coleção

de 15 livros didáticos �Sociedade e Histó-ria do Brasil�, editada pelo InstitutoTeotônio Vilela (órgão do PSDB) e que será(?) distribuída gratuitamente às escolaspúblicas e privadas do ensino médio, já noprimeiro número deturpa a verdadeira His-tória Pátria, particularmente a Inconfidên-cia Mineira. Para nós, não foi nenhumasurpresa. Em 1998, no governo EduardoAzeredo (PSDB) era adotado pela Secreta-ria de Educação para a 8ª série, o livro�História e Vida�. (ler artigo ao lado)

Na época, o livro foi contestado eprovocou a reação dos produtores ruraisno Triângulo Mineiro, cujas propriedadeseram invadidas pelo MST. �Assim cami-nha a subversão� é o título do discursoproferido pelo Deputado Hugo Rodriguesda Cunha, na Câmara de Deputados em 05de maio/98, pedindo o recolhimento do livroe �que essa providência não tarde a bem daalegria das crianças por nossa História�.Sabemos que o Comando da 4ª RM, oficio-samente, levou ao conhecimento do Gover-nador, sua preocupação. Também este re-dator, em entrevista ao Diário da Tarde(30.06.98), com o título de �Educação Po-lêmica� definiu o livro como perigosamen-te subversivo e mentiroso, pois só abordaum lado. Omite os atentados terroristas, osassassinatos e assaltos, os �justiçamentos�,os treinamentos em Cuba, os seqüestros,que o regime militar foi responsável pelomaior surto de desenvolvimento econômi-co já acontecido no Brasil, as reformasrealizadas, a criação do FGTS, do créditoeducativo e do Projeto Rondon (hoje am-bos, camuflados com outros nomes) etc. Naocasião, o Secretário de Educação, a Coor-denadora do Programa de Livros Didáticose o Conselho Estadual de Educação não semanifestaram, mas o deputado petista, GilmarMachado, então membro da Comissão deEducação da AL, disse: �Sou totalmentecontra o cerceamento da liberdade deescolha de livros didáticos. Acredito que,se esse livro foi indicado por professores,ele deve ter valor, e nenhum coronel ouqualquer outra pessoa poderá retirá-lo decirculação. Até porque a ditadura já aca-bou�.

Este deputado, agora federal, é atual-mente relator da subcomissão do Fundef -Fundação de Manutenção e Desenvolvi-mento do Ensino Fundamental e Valoriza-ção do Magistério. Como não podia dei-xar de ser, o PT procura ocupar os espa-ços na área educacional, o que nos fazlembrar, o ex-guerrilheiro Alfredo Sirkis,autor de �Os carbonários�: apesar dederrotados na �guerra�, conseguimoscriar uma outra versão da história, nasobras literárias, memorialisticas, audio-

sem-terra�, são definidos cinco ítens, fal-tando o mais importante - �São inimigos doregime que arregimentam famílias no campoe na periferia das cidades para levá-los ainvadir prédios públicos, propriedades par-ticulares e perturbar a ordem, com o patro-cínio de entidades nacionais e estrangeiras,sob o pretexto de reforma agrária�.

Citam-se como fontes de consulta oslivros �Brasil: Nunca Mais� (Arquidiocesede São Paulo) e �Batismo de fogo - Morte deCarlos Mariguella� (de �Frei� Beto). Apare-cem fotos de Mariguella vivo e metralhado.

Lembramos que os alunos que estu-dam nesse livro, estão em plena fase deformação de personalidade, sendo condu-zidos e induzidos a odiar as Forças Arma-das, os proprietários de terra e o regimeconstituído. São, também levados a apren-der uma falsa história, tudo sob a orien-tação maquiavélica do governo de MinasGerais, já com um precedente grave, quan-do jogou praças de nossa PM, contraseus oficiais.

Sabemos (e atéaceitamos) que o secre-tário da Educação foiguerrilheiro em sua mo-cidade. Hoje, com a que-da do muro de Berlim, jádeve saber que a ideolo-gia que defendeu (ouainda defende) fez 100milhões de vítimas. Per-sistir no erro é... Maisuma vez o Governadorfoi ultrapassado, ou é co-nivente com a adoção dolivro subversivo. Tam-bém o Conselho Estadu-al de Educação e a As-sembléia Legislativa de-veriam ter tomado conhe-

cimento e exigido o seu recolhimento.�História & Vida� é um atentado à

tradição de Minas, berço de heróis, comoTiradentes e de outros grandes vultos, comoSantos Dumont e JK. Não podemos permitiro acirramento do ódio e a catequização decrianças em favor do radicalismo, da violên-cia e da mentira, como preconiza a cartilha(de Mao Tsé Tung?) editada pelo governo�social-democrata�, sob os auspícios doMEC e da Secretaria de Educação do Estadode Minas Gerais.

* Cel R/1, coordenador do Grupo Inconfidência.(publicado no EM de 08 de junho de 1998 e no

Inconfidência nº 21 de ago/98)

visual, CD-Rom, na TV.Apesar das modificações introduzi-

das, ainda perduram capítulos tendencio-sos, meias verdades e a �estória� distorcidana edição/2000.

Concluímos que este trabalho sub-reptício é conseqüência da aplicação dosensinamentos do filósofo comunista Antô-nio Gramsci, que pregava a tomada do po-der, através do domínio dos �centros deirradiação cultural�, manipulando a opiniãopública, assumindo progressivamente ocontrole das escolas, do 1º grau à Universi-dade, do teatro, da TV, do cinema, rádios,jornais, associações.

Mais uma prova substancial dessamanipulação é a constante idolatria dedicadaao apátrida e assassino de aluguel, CheGuevara, que em 25.01, mereceu página in-teira no Estado de Minas!!

Esse mesmo jornal adotou recente-mente, como colunistas �Frei� Beto, LuizFernando Veríssimo, Roberto Drummond eoutros da esquerda festiva que nada acres-centam à cultura de Minas, chama Fidel depresidente e de líder cubano e Pinochet, deditador, corroborando cristalinamente osensinamentos de Gramsci.

Saberão esses estudantes da 8ª série(e seus professores) que Minas está pre-sente na construção da História e na forma-ção da nacionalidade brasileira desde ostempos das Minas do Ouro? Na expedi-ção de 1711, quando o Capitão - generalAntônio de Albuquerque Coelho de Car-valho, marchou a partir de Vila Rica, com6 mil homens para expulsar os francesesdo Rio de Janeiro, na Revolta de Vila Ricade 1720, a Revolta Liberal de 1842, com aação pacificadora de Caxias na batalha deSanta Luzia, participando da heróica reti-rada de Laguna em 1867, na 2ª GuerraMundial com o 11º RI, RegimentoTiradentes de São João del Rei e na Con-tra-Revolução de 1964, atendendo aosanseios da mulher mineira e da populaçãobrasileira. Com o apoio de Milton Cam-pos, Afonso Arinos, Pedro Aleixo, JK,José Maria Alkmin, Magalhães Pinto e daPMMG. Além de Tiradentes, conhecerãoeles Teófilo Otoni, Bernardo Pereira de Vas-concelos, Santos Dumont? Ensinarão osprofessores que Prestes jamais comandoua Grande Marcha, (se interiorizou em Minaspor duas vezes) exemplo claro de como ahistória é deturpada pela farsa ideológica?

Não demora a fotografia deGuevara vai ser transferida da capa doscadernos escolares, das camisetas e dosgabinetes e bandeiras do MST, para a dolivro didático (?) �História e Vida�, acom-panhada da mensagem do �paladino dapaz�: Hay que ser duro, pero sín perderla ternura�, também usada pelo PCC -Primeiro Comando da Capital...(Publicado no Inconfidência nº 37 - Março/2001)

NR: O artigo acima transcrito, publicado no Estado de Minas de 08 dejunho de 1998, originou a entrevista por mim concedida ao Diário da Tarde,apresentada na página seguinte. Como era de se esperar, nada foi apurado eesses mesmos livros didáticos continuam sendo utilizados pelas escolas estadu-ais e municipais. Até quando?

ASSISTA O FILME

LAMARCA, CAPITÃO DA GUERRILHAPÁGINA 29

Livro do Professor - Venda proibida

4ª Edição - 2000

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3Nº 160 - Janeiro/2011

diário da tardeCaderno 2 BELO HORIZONTE, 30 DE JULHO DE 1998

EDUCAÇÃO POLÊMICALivro do 1º grau abre discussão sobre o processo histórico brasileiro

NR � Nossos cumprimentos à Coordenadora do programa pela eficiênciana atualização dos eventos citados no livro, avaliado e aprovado em 1995. Naedição de 1997, já constam notícias de jornais sobre o massacre dos sem-terraem Rondônia (24/08-95): �31,4 mil famílias estavam envolvidas em conflitospela posse de terra e eram 198 as áreas ocupadas� e �Quem é sem terra� segundoo MST (24/09/95). Na capa, a marcha do enterro dos sem-terra em abril/96!!Qual era a capa em l995? Em 1997, o secretário de Educação já seria JoãoBatista dos Mares Guia, o guerrilheiro?

Já esperávamos a contestação de censura ou melhor dito pelo deputadopetista �Cerceamento de liberdade, até porque a ditadura acabou�. Ditaduraque jamais aconteceu. Ditador é o grande carniceiro do Caribe, que levou ao� paredón� mais de 17 mil pessoas e 2,2 milhões de cubanos (20% da população)a fugir. E é tratado por certa imprensa venal e por �eles�, carinhosa e respei-tosamente de comandante presidente FIDEL!!

Aconselhamos, data vênia, que o Secretário, a equipe didática e o depu-tado petista, leiam �Le Livre Noir du commnunisme� (Edições Robert Lafont� Paris/1977)...Lembramos ainda que o atual ministro da Educação e doDesporto, Paulo Renato, foi militante da AP � Acão Popular.

Tomamos conhecimento, oficiosamente, que o governador determinou orecolhimento do livro subversivo. Se confirmado, nada mais fez do que cumprircom o seu dever, para a satisfação dos verdadeiros educadores e dos pais dosalunos, que devem ter a obrigação de tomar conhecimento dos livros didáticosadotados para o ensino de seus filhos.

Em artigo publicado no jornal Estadode Minas no último dia 8, intituladoNova �Estória do Brasil�, o coronel

da reserva Carlos Cláudio Miguez faz umasérie de denúcias sobre � campanhas sór-didas e mentirosas� contra as Forças Arma-das Brasileiras. Segundo ele, comunistas erevanchistas de plantão estariam, proposi-tadamente, querendo mudar a história doBrasil�

Sua crítica atinge em cheio a Secreta-ria de Estado da Educação e, mais especifi-camente, o atual ocupante da pasta, JoãoBatista dos Mares Guia. O motivo é aadoção pela secretaria do livro didáticoHistória e Vida (Ed. Ática), de Nelson eClaudino Pilleti, que integra uma lista detítulos indicados para as escolas da redeestadual de ensino do 1º grau. �O Secretárioda Educação, que foi guerrilheiro durantesua juventude, está se mostrando um irres-ponsável por adotar uma obra subversiva�,declarou.

Para o coronel Carlos Cláudio Mi-guez, esse livro funciona como uma cartilhasubversiva e doutrinária que induz estu-dantes a odiar as Forças Armadas, os pro-prietários de terra e o regime constituído.Ele destaca as principais �falhas� come-çando pela capa, que reproduz uma foto doenterro dos sem-terra que foram mortos emconfronto com a Polícia Militar em abril de1996, em Eldorado dos Carajás (PA). Ocoronel contesta �apelo parcial� da ima-gem anotando que, na ocasião, centenas deintegrantes do MST, armados com paus,pedras, foices e armas de fogo, atacaram eencurralaram um pelotão de policiais mili-tares contra uma carreta, que agiram emlegítima defesa�.

Outros deslizes ideológicos conti-dos no livro seriam: a orientação para queos estudantes assistam ao filme Lamarca,Capitão da Guerrilha e a indicação comofontes de consulta dos livros do Brasil:Nunca Mais, obra editada pela arquidiocesede São Paulo que traz relatos de pessoasque foram torturadas durante o regime mi-litar instaurado em 64, e Batismo de fogo �Morte de Carlos Marighella, de �Frei�Beto.

CONTEÚDOA partir dessas constataçãoes, Carlos

Claudio Miguez define o conteúdo de His-tória e Vida como �verdadeira e perigosa-mente subversivo�. �Eu sou brasileiro epatriota e, por isso escrevi o artigo. Nãoposso admitir o que estão tentando fazercontra as Forças Armadas, que parece, setornou a bola da vez e é motivo de degra-dação por vários oportunistas de plantãoque querem se promover. E tudo siso sob osauspícios dessa política podre promovidapelo governo neoliberal de FernandoHenrique Cardoso, em que se prolifera acorrupção e a falta de ética e de patriotis-mo�.

Segundo o coronel, a transformaçãode Lamarca em um �quase herói� é umexemplo ilustrativo da orientação ideológi-ca do livro. �O Lamarca foi um capitão doExército que desertou, traindo o País e seuJuramento à Bandeira. Ele roubou arma-mento e assassinou muita gente, inclusiveoficiais, sempre com auxílio de Cuba e daUnião Soviética. Nessa campanha contraas Forças Armadas, outro fato que mechama a atenção é que se tornou comumouvirmos que o Exército Brasileiro come-teu o maior genocídio durante a Guerra doParaguai. Mas as pessoas se esquecem dequem invadiu nossas terras foram osparaguaios�.

Ressaltando que o regime militar foiresponsável pelo maior surto de desenvol-vimento econômico já vivido no Brasil, ocoronel diz ser imperdoável o fato de que setentem diminuir a participação positivados militares na história do Pais. �Foi du-rante o governo do general Médici que oBrasil tornou-se a oitava economia domundo, e isso alguns livros de Históriasempre omitem. Mas relatam sempre, ecom os já habituais exageros, sobre a tor-tura. E eu pergunto: nas cadeias de hojenão ocorrem torturas?�, questiona.

Para que não sejam cometidos �gra-ves erros históricos�, o coronel espera quea Secretaria de Educação retire das escolaso livro História & Vida, que também teveseu conteúdo questionado por produtoresrurais do Triângulo Mineiro durante visitado governador Eduardo Azeredo. �Nossosestudantes, que ainda estão em fase deformação, não podem ficar com uma ima-gem deturpada da nossa verdadeira histó-ria e da importância das Forças Armadasna vida brasileira. O livro deve ser imedi-atamente retirado das escolas, e essa me-dida deve ser tomada pelo Secretário deEducação, que não pode se omitir diantedessa grave questão.�

CERCEAMENTO

Procurado repetidas vezes pela repor-tagem do DIÁRIO DA TARDE, o secretáriode Educação, João Batista dos Mares Guia,preferiu não se manisfestar sobre o assunto.Ele limitou-se a dizer, através de sua assesso-ria de imprensa, que não quer polemizar como coronel Miguez e que o livro História &Vida será reavaliado por uma �comissão denotáveis�, que incluiria, por exemplo, a pre-sença do historiador Francisco Iglésias, paraverificar se realmente há falhas históricas nolivro.

A coordenadora do Programa de LivrosDidáticos da Secretaria da Educação de MinasGerais, Luzia Aparecida de Carvalho, escla-receu que a aquisição de livros pela Secretariaé feita através de concorrência pública, segun-do normas da Procuradoria do Estado. �To-dos os títulos inscritos pelas editoras sãoavaliados por uma equipe de professores darede pública. Depois de ser considerado oconteúdo pedagógico e também o preço, osdez primeiros classificados são indicadospara as escolas e professores, que podemescolher qualquer um�, disse Luzia de Car-valho.

No caso específico do livro História &Vida, Luzia Aparecida de Carvalho explicaque ele foi classificado numa avaliação reali-zada em 1995, portanto, antes de João Batistados Mares Guia assumir a Secretaria da Edu-cação. �Na época dessa seleção, a secretáriaera Ana Luíza Machado Pinheiro e o JoãoBatista era secretário-adjunto. O que tem que

ficar claro é que não há a menor possibili-dade de o atual secretário ter influenciadona escolha, pois ele não participou nemparticipa da comissão avaliativa�, infor-mou a coordenadora.

Ainda de acordo com o artigto do coro-nel Carlos Claudio Miguez, instituições comoa Assembléia Legislativa e o Conselho Esta-dual de Educação já deveriam ter agido epedido o recolhimento do livro História eVida. Mas, essa hipótese é inviável se depen-der das posições do deputado estadualpetista Gilmar Machado, membro daComisão de Educação da Assembléia. �daliberdade Sou totalmente contra o cercea-mento de escolha de livros didáticos. Acre-dito que, se esse livro foi indicado porprofessores, ele deve ter valor, e nenhumcoronel ou aualquer outra pessoa poderáretirá-lo de circulação. Até porque a dita-dura, felizmente, já acabou�.

Gilmar Machado, que além de depu-tado é professor licenciado de História,afirmou não conhecer a obra em questão,mas duvida que ela possa doutrinar e pregaro ódio às Forças Armadas. �Os militaresparticiparam e participam ativamente doprocesso histórico brasileiro. Cabe aoprofessor saber trabalhar criticamente osconteúdos, mostrando os contextos específi-cos em que os fatos ocorrerem. Não acreditoque um livro indicado pela Secretaria deEducação possa estimular algum tipo de ódioaos militares�, observou.

Inconfidência nº 21 - Agosto de 1998

O CoronelCarlos Claudio

Miguezdefende mais

critério naescolha dos

livros didáticos

3

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4Nº 160 - Janeiro/2011 4

No corrente ano, escolas das redesestadual e municipais de MINAS

GERAIS, vêm adotando o livro para a 8ªsérie do 1º grau � HISTÓRIA E VIDA� de Nelson e Claudino Piletti � EditoraÁtica, aprovado pelo MEC e pela Secre-taria de Estado da Educação trazendo nacapa �De acordo com a propostacurricular de MINAS GERAIS�.

FOTO DA CAPAEnterro dos trabalhadores sem ter-

ra mortos no confronto com a PolíciaMilitar em Eldorado dos Carajás (Pará),abril de 1996.

MINIATLAS HISTÓRICOA guerrilha do Araguaia � �De

um lado, cerca de 20 mil soldados dasFFAA, de outro, aproximadamente 70jovens idealistas�...

CAPÍTULO 1A apresentação dos primeiros 4

anos da década de 60, induzindo de queo presidente João Goulart promovia re-formas importantes para a sociedadebrasileira, quando os militares �golpistas�� na contra-mão desse processo � �nãose conformaram e derrubando o presi-dente, implantaram a ditadura�.

CAPÍTULO 2Os militares impõem nova ditadu-

ra, anulam as reformas e submetem opaís à mais violenta repressão.

O caráter revisionista continua:�os militares não defenderam a de-mocracia mas acabaram com ela� ...

LIVRO DIDÁTICO SUBVERSIVOADOTADO PELO GOVERNO DE MINAS

Trechos do Livro �História & Vida�

�longos anos de terror�.. e .. �osmilitares reprimiram violentamente� perseguindo, prendendo, matando..�

Referente ao Presidente Humbertode Alencar Castello Branco, existem cita-ções de �chefe de conspiração� e �pri-meiro de uma série de ditadores milita-res�.

Na página 29, orienta aos alunospara assistirem ao filme �Lamarca,Capitão da Guerrilha�, e explica queimpedidos de se opor pacificamente àditadura, vários grupos partiram para aluta armada... entre seus líderes estavamo Capitão Carlos Lamarca... e CarlosMarighella...�,

Na página 36, os autores � emOutras Atividades � sugere que osalunos tragam, para a sala de aula, al-guém que tenha sido perseguido peladitadura militar para falar à turma sobreo tema: �Valeu a pena arriscar a vida, naluta contra a ditadura?..., orienta, tam-bém, que os alunos aprendam a cantar asmúsicas de protesto, cujas letras estãoneste capítulo.

CAPÍTULO 5�No campo os trabalhadores lu-

tam pela terra� � foi o motivo da revoltados produtores rurais.

Liderados pela Federação da Agri-cultura do Estado de MINAS GERAIS(FAEMG) e pelo Movimento Nacionaldos Produtores (MNP), os fazendeirosacusaram o titular da Pasta da Educaçãodo Estado � JOÃO BATISTA DOS MA-RES GUIA � de proselitismo e doutrina-ção dos invasores de propriedades.

Neste capítulo, o deputado federalFRANCISCO JULIÃO (PSB/PE) é apre-sentado como �defensor combativo eorador brilhante� e dá especial atençãoao �Massacre de Sem Terra emRondônia.�

A publicação provocou a reaçãodos produtores rurais da Região do Tri-ângulo Mineiro e do vale do Alto Para-naíba, que entregaram ao GovernadorEDUARDO AZEREDO uma carta abertaque, além de versar sobre o livro, pediaprovidências para combater as invasõesde terras naquelas áreas.

�Assim caminha a subversão� éo título do discurso do Deputado federalHugo Rodrigues da Cunha, proferido naCâmara de Deputados em 05 de maio,que pede o recolhimento do livro e �queessa providência não tarde a bem daalegria das crianças por nossa História enão pela instilação da terrível peçonhado ódio. Não à divulgação de uma dou-trina já morta, depois de devastar por 70anos a maioria dos povos da terra!�.

Alguns aspectos devemser destacados:

a) Os alunos, das redes estadual emunicipais, que estudam a publicaçãoem pauta, estão em plena fase de forma-ção da personalidade;

b) Os autores procuram mos-trar que o culto aos grandes vultos eaos feitos heróicos de nosso passadohistórico é uma atividade vã e impro-dutiva, pois é �um passado distante,morto e enterrado, e que nada tem aver com a vida dos dias de hoje...�;

c) A região onde o livro vemsendo mais utilizado é a que possueas condições ideais para a violênciarural (já sendo, inclusive, chamadade Pontal do Triangulo);

d) A publicação é aprovada peloMEC e pela SEE, trazendo, inclusiveem sua capa, a ressalva �De acordocom a proposta curricular de MI-NAS GERAIS�.

(Publicado no Inconfidência nº 21Agosto/1998)

4ª edição/2000

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDASRecebemos no período de 22 de dezembro/2010 a 30 de janeiro/2011, as assinaturas (contribuições) abaixo, pelas quais agradecemos. Se algum valor remetido (cheque

bancário nominal e cruzado, cheque ou vale postal dos Correios) ao JORNAL INCONFIDÊNCIA não constar da relação, verifique onde foi depositado e comunique-nos:

NOSSO COMENTÁRIODesde 1998, o Inconfidência vem

denunciando a comunização da Educa-ção. E não somente nos livros de autoriade Mário Furley Schmidt, como em outrosadotados pela Secretaria de Educação deMinas Gerais: História & Vida Integradade Nelson e Claudino Piletti, desde o go-verno de Eduardo Azeredo/FHC o quemotivou o envio de correspondência aosjornais de Belo Horizonte e à Secretariade Educação/MG. E ainda circulam nasescolas públicas estaduais desde a déca-da de 1980, �Refazendo a História� - Ro-teiros de leituras e de atividades e �OSPB�- Introdução a Política Brasileira de FreiBeto !! (Dezembro/2001)

ASSINATURASAdolfo José Albano - Itapoá/SC, Empres Antonio Claret de Resende - Belo Horizonte/MG, Cel Antonio Paulo de Almeida - Belo Horizonte/MG, Adv BráulioCarsalade Vilela - Nova Lima/MG, Cel Carlos Ramos de Alencar - Rio de Janeiro/RJ, Médico Cesar de Araujo Galvão - Brasília/DF, Adm David Novo -Pedreira/SP, Adv Délcio Blascke - São José do Rio Pardo/SP, Prof Eliel Gomes da Silva - Casa Branca/SP, Adm Gabriel de Moura Siqueira - Brasília/DF,Cel Gilberto de Castro Castello Branco - Rio de Janeiro/RJ, Cel Av Gustavo O Borges - Rio de Janeiro/RJ, TCel José Benedito da Rocha Santos - Rio deJaneiro/RJ, José Bicca Larré - Santa Maria/RS, Cel José Leopoldino e Silva - Brasília/DF, Adv Luiz Alberto Santos Freire - Salvador/BA, Univ MatheusThibau Paulino - Belo Horizonte/MG, Adv Mauro Thibau Silva Almeida - Belo Horizonte/MG, Cel Mayrseu Cople Bahia - Niterói/RJ, Médico Renato Fabbri- São Paulo/SP, ST Sérgio Chaves - Porto Alegre/RS, Cel Sérgio Mário Pasquali - Brasília/DF, Cap Valnir Nascimento - Belo Horizonte/MG, Engº WaldirBraga de Freitas - Belo Horizonte/MG, Empres Wilson Martini Belo - Horizonte/MG e mais 10 civis e 02 militares e ainda, um depósito de R$ 500 (30.12)e 07 depósitos de R$ 100, não identificados; 04 transferências "on line" no Banco do Brasil em nome de Jarbas Dias, Luís Mauro Ferreira, Raul José Abreu e Maria José C.A., que não enviaram o cupom de assinatura, impedindo o cadastramento. Favor nos contatar.

CONTRIBUIÇÕES ESPONTÂNEASJorn. Adherbal Uzêda de Vasconcelos - Salvador/BA, Eng° Antonio Arantes Pereira - Belo Horizonte/MG, Ten Ary Victorino Dias - Belo Horizonte/MG, Adv CalilJorge Sallum - Belo Horizonte/MG, Juiz Décio de Carvalho Mitre - Belo Horizonte/MG, Engº Fábio Belgrado Simone - Belo Horizonte/MG, Cel Av Gustavo O Borges- Rio de Janeiro/RJ, SO Aer Haroldo Brega - Belo Horizonte/MG, Cap Ivo Pereira Martins - Santa Luzia/MG, Engº José Arthur de Oliveira - Belo Horizonte/MG, CelLineu Batista da Costa Negraes - Belo Horizonte/MG, Cel Av Olavo Nogueira Dell/Isola - Belo Horizonte/MG, Ruralista Renato Nunes de Resende - Barbacena/MG,Cel Reynaldo de Biasi Silva Rocha - Belo Horizonte/MG, Sgt Silvio de Souza - Belo Horizonte/MG.

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5Nº 160 - Janeiro/2011 5

Os livros de Históriaadotados pelas Secretarias Es-tadual e Municipal de Educa-ção, com aval do MEC, estãocompletamente tomados pelodiscurso gramsciano pró-so-cialismo (marxismo) e antica-pitalismo. Mostram o socialis-mo como altamente democráti-co e popular e o capitalismocomo sistema opressor e in-justo, como se a realidade his-tórica não comprovasse exata-mente o contrário. Exaltam aextinta União Soviética, Vietnã,Camboja, China, Cuba e até aNicarágua e não divulgam omassacre comunista que viti-mou mais de 100 milhões depessoas.

PARA CONHECIMENTO DO GOVERNADOR AÉCIO NEVES

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O livro intitulado "Violência Histórica"segue a pedagogia do marxista Paulo Freire conhecidacomo educação de conscientização. O conteúdo daobra explora o conceito da luta de classes e ossupostos antagonismos brancos x negros e opresso-res (classes dominantes) x oprimidos (classes subal-ternos) plantando perversamente o racismo em nos-sa Pátria. O autor aplica falaciosamente a recomen-dação do revolucionário bolchevista:  - �Explorar ascontradições internas... onde não as houver, criá-las�.

Foi adotado e distribuído pela Secretaria Mu-nicipal de Educação da Prefeitura �Popular� de BeloHorizonte, aos alunos e bibliotecas da rede pública.

Sua capa, em particular, é uma covarde epremeditada agressão à Polícia Militar de MinasGerais.Conta a história de um negro baleado porum PM- Policial Militar que morre numa favela.

A arma fumegante, o coturno no peito e o sangue escorrendo no chão, fazem o estudante,o menor, o pobre, o oprimido, o discriminado, o preto, subliminarmente odiarem a autoridadeconstituída, a lei, a ordem e tudo mais o que as esquerdas apontam como �contradições internas�.

(Inconfidência - nº 95 de 04/06/2006)

LUTA DE CLASSES

Você sabe que tipode livros de Históriaestão circulando nasEscolas?

O MEC sabe. E opior: ainda recomen-da. Consulte os livrosde seus filhos.

Por exemplo: Cubaresiste como úni-co exemplo latino-americano de de-mocracia social eeconômica (...)

Opinião de FreiBeto - Página 116

Tiradentes foi en-forcado porque erapobre. Os ricos sesalvaram.

Caxias, o maior vulto da História Pátria não é citadonem na guerra contra o Paraguai.

Não é preciso dizer mais nada!

Inconfidência - Página 12 - Nº 79 (Março/2005)

Região da Guerrilha

52º Batalhão de Infantaria de Selva (1974)

Algumas das bases de apoio do Exército

Casas dos destacamentos guerrilheiros

Divisão política atual

A GUERRILHA DO ARAGUAIA

HISTÓRIA E VIDA - 8ª SÉRIE

No início da década de 1970,a região conhecida comoBico do Papagaio, na con-fluência dos estados doPará, do Maranhão e doatual Tocantins, foi palcode intensa movimentação de tro-pas. De um lado, cerca de20.000 soldados das ForçasArmadas; do outro, aproxi-madamente setenta jovens ide-alistas, participantes de um mo-vimento guerrilheiro organizadopelo Partido Comunista do Brasil(PC do B), que pretendiam derrubara ditadura militar e implantar o soci-alismo no país. Resultado: quase todosos jovens guerrilheiros foram mortos.Até o final de 1995, suas famílias con-tinuavam desconhecendo o paradeiro deseus corpos. (Página 125)

Em 1972, o governo enviou tropas para reprimir aação. Cerca de 70 guerrilheiros comandados pelo lendárioOswaldo Orlando da Costa embrenharam-se na floresta eenfrentaram milhares de homens do exército, aeronáuticae polícia militar. Graças ao apoio da população, os poucosguerrilheiros puderam resistir durante dois anos. Final-mente uma expedição de seis mil soldados, incluindo des-tacamentos de elite do exército (pára-quedistas), mobiliza-dos numa guerra sem trégua (em que os guerrilheiros eramtorturados e degolados), conseguiu derrotar os rebeldes(janeiro de 1975) - Pág. 277 - O grifo é nosso!

Nova História Crítica8ª Série � FNDE

Ministério da EducaçãoA guerrilha do Araguaia

Soluções...Dê uma olhada na

foto de abertura deste ca-pítulo (foto ao lado). Vocêjá viu essa figura antes?Sabe de quem é? Trata-sede Ernesto Che Guevara.

Ele foi uma das pessoas mais admiradas porjovens de duas gerações de latino-america-nos, nos anos 60 e 70 do século XX. Umageração que colocava os ideais políticos emprimeiro plano, que acreditava que somenteuma revolução socialista poderia resolveros problemas da América Latina.

E você, considera a luta política impor-tante? Será que o capitalismo realmente é pre-judicial para os povos do continente? A guer-rilha é um meio válido de transformar a socie-dade?

(Pág. 213 da Nova História Crítica - 8ª Série)

NOSSOCOMENTÁRIO

São ridículos ostextos dos dois livros.Um, cita 20 mil e o outro,6 mil soldados para com-bater 70 jovens "idealis-tas". O efetivo atual doExército na Amazônia éde aproximadamente 25mil militares. Já imagina-ram, 40 anos atrás, comoseria o apoio logístico nomeio da selva amazônicapara 20 mil pessoas?Perde completamente acredibilidade, até para osalunos da 8ª Série.

Se para cada desaparecido políticohouvesse uma gota de sangue no peitode Pinochet, ele morreria esmagado

pelo peso - Página 325

Leia agora estes trechos com afirma-ções absurdas sobre a guerra do Paraguai esobre o Conde d�Eu:

"Vilas inteiras foram executadas.Doentes eram perfurados a baionetas nopeito nos hospitais. Meninas paraguaiasde 12 ou 14 anos eram presas e enviadascomo prostitutas aos bordéis do Rio deJaneiro. Sua virgindade era comprada aouro pelos barões do império! O próprioConde d�Eu tinha ligações com o meretrí-cio do Rio. Gigolô imperial.�

Eles apresentam os povoadores por-tugueses como invasores assassinos, trans-formaram o Padre Anchieta e os Jesuítasem cúmplices de criminosos, e mostramos Bandeirantes como exterminadores deíndios e caçadores de escravos...

Juvenal de Arruda Furtado -Coordenador

PROJETO REEDUCARSão Paulo/2002

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Grupo de pais de alunos do tradicional colégio São Bento pedeafastamento de professor de Geografia que usou cartilha com

referências ao comunismo para ensinar relações de poder. Escola man-tém o mestre, mas material vai ser descartado. (O Dia - 29/11/2007)

Ex-alunos do Colégio São Bento mandam carta paraReitor reclamando de trabalho de Geografia que só

apresenta versão marxista (O Globo - 29/11/2007)

Foi preciso o jornalista Ali Kamel denunciar pelo �O Globo� a comunizaçãoda Educação, através de livros didáticos adotados pelo Ministério da Educação,para que houvesse uma primeira reação. No entanto, isso vem ocorrendodesde governos anteriores, não só nas escolas públicas estaduais e munici-pais, como também em tradicionais colégios católicos. Recentemente, relata-mos fatos ocorridos em colégios de Brasília, Porto Alegre , Florianópolis e BeloHorizonte.

Em todos eles, é incentivada a luta de classes e destacadas realizaçõesmentirosas de governos comunistas. Voltaremos ao assunto!!

NOSSO COMENTÁRIO

Inconfidência - Nº 122 - Dezembro/2007

NR: Quadrinhos do livro "Capitalismo para principiantes", acima.

AULA MARXISTA EMCOLÉGIO CATÓLICO

Faça uma pesquisa sobre o MST(Movimento dos Sem-Terra) para co-nhecer quem sãoeles, quais são seusobjetivos, quais sãoas críticas que fa-zem ao governo,como são suas ações.Pesquise tambémsobre os conflitos entre os fazendeirose a polícia de um lado e, do outro, osmilitantes do MST. (Página 329 - 8ª Série)

João Pedro Stédile, dirigentenacional do MST. Haverá reformaagrária no século XXI?

Ser pai de aluno hoje em dia é umatarefa que merece, mais do que nun-

ca, toda a atenção e zelo que se possater. Principalmente pela tentativa desa-vergonhada de muitas direções de es-colas e professores de fazer lavagemcerebral nas crianças. As salas de aulaestão cheias de viú-vas do Muro de Ber-lim, saudosistas daUnião Soviética e apai-xonadas por Hugo Chá-vez. Os pais precisamestar atentos e con-versar muito sobre oque é tratado em aulacom seus filhos. Der-rubar diariamente amistificação mentirosa que só atrasanosso país é tarefa árdua, mas não sedeve desistir.

O caso do tradicional e rico Colé-gio Champagnat, de Porto Alegre, éemblemático.

É difícil entender o que pode terlevado a direção de uma escola tradici-onal, mantida por Maristas que não sefazem de rogados quando o negócio écolocar o custo do ensino na estratos-fera, a convidar alguém de extrema-esquerda como Frei Betto para falar aopúblico interno. Ainda mais quandoeste público é composto de jovens,muitos de tenra idade e consciênciasem formação, na maioria dos casos aber-tos para a pregação autoritária. E FreiBetto será o palestrante principal dascomemorações dos 60 anos da escola.Só que o palestrante não tem, conformefica patente em seus escritos e entre-vistas, nenhum compromisso com a de-mocracia. A internet está cheia dosartigos dele.

O evento acontece amanhã e quin-

A PALESTRA DE FREI BETTO NA ESCOLA MARISTA DEPORTO ALEGRE: SAUDADES DO COMUNISMO

Diego Casagrandeta-feira e o Frei falará sobre �Educarpara ser... humano�. Estranha humani-dade essa.

Frei Betto é defensor dos regimestotalitários espalhados pelo mundo,relativiza o genocídio de milhões deinocentes em nome do socialismo, e é

unha e carne com oditador Fidel Castro.Além disso, em vári-as opor tunidadestentou justificar osatentados terroris-tas de 11 de setem-bro. Acha normal aexistência dos ho-mens-bomba e a sa-nha odiosa que pro-

fessam contra o ocidente. E foi asses-sor direto de Lula, o presidente de umgoverno que criou o �mensalão�, o mai-or esquema de roubalheiras que se temnotícia até hoje.

Cuidado senhores pais. Cuidado.Seus filhos não são massa de manobrade ressentidos ideológicos.

Ao convidar um comunista sau-doso do Muro de Berlim, talvez osmaristas do Champagnat queiram exor-cizar a culpa de cravar a faca todo o mêsnas mensalidades. Aliás, se é coisa queos homens da batina fazem bem, alémde prover educação de qualidade, écobrar como verdadeiros capitalistas sel-vagens. Por um lado ajudam a diminuir arenda familiar dos pais de alunos. Poroutro, trazem um pregador da planifica-ção econômica e da supressão das liber-dades, idéias que se fossem levadas acabo, acabariam com o próprio negócioque enriquece as escolas maristas.

Nada pode ser mais incoerente. Epor que não dizer, triste.

(Inconfidência nº 92 - Março/2006)

Frei Betto é defensor dosregimes totalitários

espalhados pelo mundo,relativiza o genocídio demilhões de inocentes emnome do socialismo, e é

unha e carne com oditador Fidel Castro.

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Os soldados acreditavam estar �salvando a pátria�.Mas só os ricos não tiveram medo. Depois do serviço, osoldado saía do quartel e voltava para casa, na favela.

Reflexões Críticas

Exercício deRevisão

(Página 293)

4 - "Violência contra violência. A única solução é oque agora faremos: empregar a violência contra aqueles queprimeiro a usaram para atacar o povo e o país". (CarlosMarighela, dirigente da ALN.) Imediatamente após o AI-5,qual foi a principal forma de resistência à ditadura militar?

5 - "(...) foi conduzido às dependências do DOI-Codi,onde (...) após tomar um banho pendurado no pau-de-arara,onde recebeu choques elétricos (...) em seus órgãos genitaise por todo o corpo (...)". (Relatório Brasil nunca mais.)Analise o regime militar em termos de respeito aos direitoshumanos.

Exercício de Revisão(Página 224)

9 - Avalie a Revolução Cubana em termosde realizações sociais.

12 - Caracterize o regime do generalPinochet em termos de desrespeito aos direitoshumanos.

13 - "Adiante marchemos companheiros /Avancemos à revolução / Nosso povo é dono desua história / Arquiteto de sua libertação". (Hinosandinista.) Mostre as principais diferenças entreos regimes econômico, social e político da Cubade Fidel Castro e da Nicarágua sandinista.

Reflexões Críticas(Página 225)

1 - Cuba é um país pobre que conseguiu bonsresultados no campo da educação e da saúde. Por queo Brasil, que tem uma economia mais industrializada euma renda per capita superior à cubana, ainda nãoalcançou esses resultados?

5 - Logo depois da Revolução Cubana, inúmeroscomandantes do Exército e da Polícia do antigo ditadorFulgêncio Batista, conhecidos por suas ligações com atortura de presos políticos, a corrupção e as ligaçõescom a máfia, foram julgados por tribunais revolucioná-rios e fuzilados. Na revolução nicaraguense, ao contrá-rio, os oficiais somozistas desonestas e assassinosforam punidos penas com alguns anos de cadeia. Vocêconcorda que torturadores e assassinos de presospolíticos sejam executados depois de uma revoluçãopopular? (Publicado no Inconfidência nº 42 de 05 de Outubro/2001)

A LUTA ARMADA

Carlos Marighella, poeta e guerrilheiro,emboscado em São Paulo num fusca estacionado

na alameda Casa Branca

LATINO-AMÉRICA

DASDITADURAS

(Página 278)

A REVOLUÇÃO RUSSA(Páginas 52 a 71)

Mereceu 20 páginas!

No Domingo Sangrento, o povo russo percebeu a verdadeiraface do tzarismo: a violência a serviço dos ricos. Página 55

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8Nº 160 - Janeiro/2011

RECONSTITUINDO A HISTÓRIA DO BRASIL

Recebemos do historiador militar, coronelGay Cardoso Galvão, contestação à pro-

fessora de História, Patrícia Raffaini, autora dotexto da aula sugerida, apresentando dois de seus�deslizes�, em tão curto texto:

1. �Organizou (Prestes) em 1925, umarebelião tenentista contra a República Ve-lha�

a. Foi em 1924 (e não em 1925) quePrestes, entre as datas de 15 a 20 de Outubro,recebeu �carta de ligação�, assinada por JuarezTávora, datada de 10 de Outubro, posta emmãos (em ARTIGAS) de portador da confi-ança de ambos e na qualidade, o remetente, deporta voz do Alto Comando Revolucionário.

b. Recomendava Juarez Távora que odestinatário, LCP, promovesse na noite de 27para 28 de Outubro, em pelo menos cinco dasseis guarnições militares gaúchas, nominadas,uma �sublevação militar�.

c. �Servia� Prestes então, mansa e pa-cificamente, como Capitão de Engenharia, no1º Batalhão Ferroviário, na cidade de SãoLuiz, no interior do Rio Grande do Sul, emcontra posição a Juarez Távora que, tendodesertado das fileiras do Exército desde 1922,�conspirava� ativamente junto a ex-camaradasno eixo Minas - São Paulo - Paraná, até o segundo5 de julho (1924) para diferenciá-lo do primeiro5 de julho (1922), mais conhecido como �levan-te� do Forte de Copacabana.

d. Conhecendo-se tais fatos a, b e c,irrefutáveis, teria a Professora a desfaçatez deperpetrar tamanha barbaridade? Julgo que não eacrescento: se desconhece-os, não é lá muito boahistoriadora; se os conhece e diz ou escreve taldeslize, é....

2. �Nesse período (de 25 a 27) recebeua designação de Cavaleiro da Esperança�

a. A denominação de Cavaleiro da Espe-

Aula sugerida por Patrícia Raffaini, professora deHistória da Universidade Anhembi - Morumbi/SP

rança somente surgiu como re-sultado da fulgurante imaginaçãocriadora de JORGE AMADO,pelo menos uma década de-pois do triênio assinalado pe-la Professora, certamenteapós ter chegado ao conheci-mento do genial escritorbaiano o MANIFESTO À NA-ÇÃO, de Prestes, de Maio de1930, residindo ainda na AR-GENTINA, após a Grande Mar-cha, como exilado.

b. E não há que se duvidarcomo não tenha sido - a louvaçãogloriosa - usual �encomenda� dacúpula do PCB, religiosamenteobservada por JORGE AMA-DO, na hipótese não acompa-nhando atitude de RACHEL DEQUIROZ que abandonou oPARTIDÃO por motivo justa-mente (conforme confidenciou,

décadas mais tarde, ao seu amigo e conterrâneoCastello Branco) por não mais suportar a censu-ra prévia a seus artigos e o volume da produçãointelectual, sob encomenda.

c. Na elevada probabilidade da Profes-sora de História a que nos estamos reportan-do, contar com menos da metade dos anosde nossa vivência terrena, pedimos vênia,para subsidiá-la com pormenores que tal-vez desconheça, tais como sendo praxe,nas décadas de 20 a 40, da encomenda detextos - e epítetos - de impacto, a literatosmais em voga face a inexistência até então,de agências de publicidade e marquetólogos.

3. Como a bibliografia recomen-dada por VEJA, a título de complementoao texto da ilustre (mas nem tanto ilustrada)Professora, para manuseio da clas-se, aderea mais pura corrente GRAMSCIANA,vamos recomendar que também se leiaMARIA PRESTES, fiel companheira pormais de quarenta anos de seu marido/líder PRESTES, e que assim se refere aquem lhe outorgou a preciosa láurea:

�Conhecer o Cavaleiro da Espe-rança através do livro de JORGE AMADOé conhecer um homem que não existiu.Idealizado, o PRESTES desse livro se pa-rece com a visão acadêmica e infalível queseu autor tem do marxismo�.

4. Eleger, portanto, o verbete OL-GA BENÁRIO ao lado de GETÚLIO ePRESTES, referindo-se ainda à GRAN-DE MARCHA e deixar sem a mínimareferência tenentista a SIQUEIRACAMPOS e JUAREZ TÁVORA, beira auma facciosa e deturpada afronta aosrecentes e heróicos episódios de nossaHistória, em pura farsa ideológica, en-saiada e premeditada.

Prodígio de criatividade, ousa-dia e bravura, a 1ª Batalha dos Gua-rarapes, ocorrida em 19 de abril de1648, no Arraial do Bom Jesus, Recife/PE, é mais do que um memorável feitomilitar de nossos antepassados. É quan-do são assentadas as raízes da naciona-lidade Brasileira, miscigenada pelaintegração das três raças, representa-das pelos brancos João FernandesVieira e Vidal de Negreiros, pelo negroHenrique Dias e pelo filho da terra, oíndio Felipe Camarão, irmanados pelomesmo ideal, unidos por uma aspiraçãocomum, um desejo coletivo, um interes-se único, fazendo surgir uma nação emarmas. Um Exército em ação: o Exérci-to Brasileiro!

Fora os portugueses, que acabaramdominando todo o Brasil, foram os holan-deses os que ocuparam por mais tempoparte do território brasileiro. Durante 24anos, de 1630 a 1654, dominaram e explora-ram a mais rica região produtora de açúcarno Brasil. Só foram expulsos depois devárias batalhas, entre as quais a deGuararapes, em 1649. (Página 32).

E o livro didático (?) ado-tado pela Secretaria de Educa-ção de Minas Gerais com o avaldo MEC, ignora os heróis e citasomente Calabar e Maurício deNassau!!

BATALHA DE GUARARAPES

Homenagem da Construtora Líder aosPatriarcas da Força Terrestre - Felipe

Camarão (Índio Potí), Vidal de Negreirose Henrique Dias

A GUERRA DO PARAGUAIA história oficial, contada pelo governo, exalta o heroísmo dos soldados brasileiros que

ofereceram a própria vida em defesa da pátria e da liberdade contra o �tirano López�. Naverdade, houve muitos casos de heroísmo. Mas a maioria dos chamados �Voluntários da Pátria�foram escravos negros e brancos pobres, recrutados à força para a guerra, obrigados a enfrentara fome e as doenças, muitos dos quais fugiam quando podiam. (pag 33).

�Defendendo os interesses da Inglaterra, os aliados da Tríplice Aliança - Brasil, Argentinae Uruguai - lucraram com a guerra, ganhando territórios conquistados ao Paraguai - Nós comprávamosda Inglaterra, por exemplo esquis para neve!! (sic) Suplemento de Textos - pág. 10

Livro recomendado para leitura e consulta: A Guerra do Paraguai de Júlio JoséChiavenato - Este livro recebeu críticas do diretor do Estado de Minas, jornalista CyroSiqueira que o condenou em diversas oportunidades.

Caxias, Osório, Mallet, Sampaio, Tamandaré, Marcílio Dias e outros heróis sãoignorados pelos autores de acordo com a proposta curricular de Minas Gerais, aprovadapelo MEC.

LUTA DE CLASSESPág. 56 - O trabalho do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) é ajudar os índios a seorganizarem para poderem enfrentar os grandes fazendeiros que invadem suas terras ereivindicar junto ao governo a demarcação das terras a que têm direito.Pág. 22 - �Desde o início de nossa história quem manda no Brasil são os ricos�.Pág. 48 - Foto de Grupo do MST ocupando fazenda no Rio Grande do Sul/91Pág. 77 - O único a receber a pena capital foi um homem despossuído. Sem ser miserável,Tiradentes era um homem pobre.

Na união das raças a forçada Nação e do Exército Brasileiro

Inconfidência - Nº 74 (Setembro/2004)

Vargas (à esquerda) e Prestes(acima): figuras essenciais para

entender a trajetória nacional

(Publicado no Inconfidência nº 40 - Julho/2001)

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9Nº 160 - Janeiro/2011

No dia 30 de março, 6ª feira a noite,recebi- um telefonema de umaprofessora, aluna de História da UNI/

BH convidando-me para participar de umdebate no dia seguinte, sábado, às 9 horas, nasua Faculdade, promovido pelo curso de His-tória, sobre o Movimento de 31 de março.

Essa professora, acompanhada de ou-tras colegas, sempre comparecia às palestrasdo Grupo Inconfidência e distribuía nossojornal nas escolas de Santa Luzia, onde lecionaaté hoje.

Surpreendido, aleguei que já tinha umcompromisso e não compareceria. Fui dormircom a consciência pesada. Julgando que pode-ria passar por covarde, resolvi comparecer.

Ao acordar, no sábado pela manhã, tele-fonei para o coronel Pedro Cândido FerreiraFilho (Piracaia) e convidei-o para me acompa-nhar.

Disse ele, que não poderia ir. Não de-sisti, antes de sair de casa, liguei novamentee disse que sua presença era muito importan-te, pois havia participado ativamente doMovimento tendo marchado para Brasília nodestacamento Caicó/12º RI.Lembrei também, de seus 20anos de SNI. Disse que não.Insisti, disse que ia pensar.Saí de casa. No percurso li-guei pelo celular e me dirigipara sua residência que ficano caminho da Faculdade.Estava quase cedendo. Pareio carro em frente ao seu apar-tamento e telefonei novamen-te. Ele disse �vou, mas venhame buscar�. E eu �pode descer que estou lheesperando�.

E lá fomos nós, sem saber o que nospoderia acontecer.

Ao chegar, cumprimentos, apresenta-ções, conversas informais e já nos inscreve-mos para os debates. Ele, nº 1 e eu, o 2º.

Composição da mesa - São chamadas -a professora catedrática do curso; a professo-ra (petista fanática) da aluna que me convi-dou; um professor barbudo; um uruguaio quedepois se identificou como tupamaro e que sehomiziou em São Paulo; uma senhora idosaque posteriormente contou que foi presa,torturada (os torturadores colocavam farpasde madeira debaixo de suas unhas da mão) eexilada e que perdeu seus dois filhos na lutacontra a �ditadura� (um se suicidou e o outromorreu em acidente de motocicleta). A pro-fessora de História contou que a mulher mi-neira foi a grande responsável pela Anistiaconcedida em 1979! Que lutou na rua paraconseguir a Anistia, contra a vontade da dita-dura e do presidente Figueiredo. E daí poradiante. Só falaram meias-verdades e deturpa-vam a História do Brasil. Terminadas as apre-sentações ou melhor, as farsas, dos compo-nentes da mesa, os debates. O primeiro inscri-to, o Ferreira Filho, inicia dizendo que aHistória Universal apresenta 3 grandes revo-luções - a francesa, a inglesa e a brasileira de31 de março de 1964, que impediu pela 2ª veza tomada do poder pelos comunistas - marxis-tas, abriu caminho para a queda do muro de

31 DE MARÇO DE 2001Berlim e que graças a isso, estavam todosali,com liberdade para falar.

Nesse momento, um professor combarba tipo PT, pula no palco e tenta arrancaro microfone das mãos dele, que o segura firmee quase partem para a luta. Baixaria completa.Queria impedir que o Ferreira Filho continu-asse. Pára tudo, bate boca e eu na 1ª fila,pensei, vamos levar uma surra e sair daquicorridos.

Interfere a turma do deixa disso e éconcedido um minuto para o encerramento.Termina e nem uma palma. Sou ultrapassadopara falar. Pularam meu nome e eu contesto.�Vim aqui convidado e se estamos na demo-cracia, que vocês dizem, exijo o direito defalar�, que me é concedido. Noto que osparticipantes não são mais do que umas 70pessoas, 90% de meninas, alunas do curso deHistória. Começo apelando - o mais importanteem nossa vida são as mulheres: mãe, professora,irmã, noiva, filha, esposa e amiga. E ainda temgente que não gosta. Risos e aplausos. Tomeiconta. Inicialmente convidei todos para assistira palestra do general Denys sobre a Amazônia

que iria acontecer nos próxi-mos dias. Disse que tortura eterrorismo eram crimes hedi-ondos e lembrei dos atenta-dos a bomba.

Da Anistia, disse quefoi o Figueiredo que a conce-deu, contra a vontade deUlysses Guimarães e que amulher mineira foi à rua paracorrer com o Brizola, em1964. Notei que a atenção

era grande, sem qualquer contestação. Faleidas realizações dos governos militares - Itaipu,Embraer, crédito educativo (quem tem aqui?)Funrural, estradas, etc. Não sabiam de nada.Os professores nada divulgam. Só falam detorturas, atentados, AI-5,revoluções cubana,chinesa, sandinista, censura e perseguições.Dos 400 mortos, de ambos os lados, durante21 anos de governo �autoritário� (havia auto-ridade) nada sabiam..menos que em um fim desemana prolongado em São Paulo,Rio,BH

Ao terminar, fui aplaudido, cumpri-mentado pela professora de História e con-vidado por ela para apresentar palestraspara o curso. Passaram-se 5 anos e ainda nãorecebi o convite. Por falar em convite, o daformatura dessa turma de História, em agos-to/2001, apresentou uma frase de quem?Acredite se quiser - de Lenine!! Não existiriana comissão de formatura algum universitárioque houvesse aprendido qualquer frase histó-rica mencionada por um mineiro (ou brasilei-ro) em quinhentos anos de Brasil?

Não estou me auto-promovendo. Éum alerta para todos nós que temos filhos/netos em faculdades. Vocês leitores, acredi-tam que não temos heróis como diz o presi-dente Lulla? Sabem que Caxias não é citado naGuerra contra o Paraguai e que Tiradentesmorreu enforcado porque era o único pobreentre os Inconfidentes, segundo os livros deHistória adotados pelo Ministério da Educa-ção? A luta está recomeçando...

(Inconfidência - nº 92 - Março/2006)

O convite deformatura dessa

turma de Históriaapresentou em

destaque uma frasede Lenine!

SITE DO JORNAL INCONFIDÊNCIA

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www.jornalinconfidencia.com.br

Não espere tanques, fuzis e estado de sítio.Não espere campos de concentração eemissoras de rádio, tevê e as redações

ocupadas pelos agentes da supressão das liber-dades. Não espere tanques nas ruas. Não espereos oficiais do regime com uniformes verdes eestrelinha vermelha circulando nas cidades. Nãoespere nada diferente do que estamos vendo hápelo menos duas décadas.

Não espere porque você não vai encon-trar, ao menos por enquanto.

A revolução comunista no Brasil já come-çou e não tem a face historicamente conhecida.Ela é bem diferente. É hoje silenciosa e sorrateira.Sua meta é o subdesenvolvimento. Sua meta é quenão possamos decolar. Age na degradação dosprincípios e do pensar das pessoas. Corrói avaloração do trabalho honesto, da pesquisa e daordem. Para seus líderes, sociedade onde é pre-ciso ser ordeiro não é democrática. Para seuspregadores, país onde há mais deveres do quedireitos não serve. Tem que ser o contrário paraque mais parasitas se nutram do Estado e de suasindenizações. Essa revolução impede as pessoasde sonharem com uma vida econômica melhor,porque quem cresce na vida, quem começa a termais, deixa de ser �humano� e passa a ser umcapitalista safado e explorador dos outros. Ter éincompatível com o ser.

Esse é o princípio que estamos presenci-ando. Todos têm de acreditar nesses valoresdeturpados que só impedem a evolução daspessoas e, por conseqüência, o despertar de umpaís e de um povo que deveriam estar lá na frente.

Vai ser triste ver o uso político-ideológicoque as escolas brasileiras farão das disciplinas defilosofia e sociologia, tornadas obrigatórias noensino médio a partir do ano que vem. A decisãoé do ministério da Educação, onde não são pou-cos os adoradores do regime cubano mantidoscom dinheiro público. Quando a norma entrar emvigor, será uma farra para aqueles que sonhamcom uma sociedade cada vez menos livre, maisestatizada e onde o moderno é circular com acamiseta de um idiota totalitário como CheGuevara.

A constatação que faço é simples. Hoje,mesmo sem essa malfadada determinação gover-namental - que é óbvio faz parte dA revoluçãosilenciosa - as crianças brasileiras já sofrem umbombardeio ideológico diário. Elas vêm sendosubmetidas ao lixo pedagógico do socialismo, domofo, do atraso, que vê no coletivismo econômi-co a saída para todos os males. E pouco importaque este modelo não tenha produzido uma únicanação onde suas práticas melhoraram a vida damaioria da população. Ao contrário, ele sempredescamba para o genocídio ou a pobreza absolutapara quase todos.

No Brasil, são as escolas os principaisagentes do serviço sujo. São elas as donas dalavagem cerebral dA revolução silenciosa. Há

A REVOLUÇÃO SILENCIOSA* Diego Casagrande

exceções, é claro, que se perdem na bruma dossimpatizantes vermelhos. Perdi a conta de quantasvezes já denunciei nos espaços que ocupo norádio, tevê e internet, escolas caras de PortoAlegre recebendo freis betos e mantendo profes-sores que ensinam às cabecinhas em formaçãoque o bandido não é o que invade e destrói aprodução, e sim o invadido, um facínora que�tem� e é �dono� de algo, enquanto outros nadatêm. Como se houvesse relação de causa e efeito.

Recebi de Bagé, interior do Rio Grande doSul, o livro �Geografia�, obrigatório na 5ª série doprimeiro grau no Colégio Salesiano Nossa Senho-ra Auxiliadora. Os autores são Antonio Apare-cido e Hugo Montenegro. O Auxiliadora é umaescola tradicional na região, que fica em frente àpraça central da cidade e onde muita gente boa seesforça para manter os filhos buscando umaeducação de qualidade. Através desse livro, ascrianças aprendem que propriedades grandes sãode �alguns� e que assentamentos e pequenaspropriedades familiares �são de todos�. Apren-dem que �trabalhar livre, sem patrão� é �benefí-cio de toda a comunidade�. Aprendem que assen-tamentos são �uma forma de organização maissolidária... do que nas grandes propriedadesrurais�. E também aprendem a ler um enormetexto de... adivinhe quem? João Pedro Stédile, olíder do criminoso MST que há pouco temposugeriu o assassinato dos produtores rurais bra-sileiros. O mesmo líder que incentiva a invasão,destruição e o roubo do que aos outros pertence.Ele relata como funciona o movimento e seembriaga em palavras ao descrever que �meninose meninas, a nova geração de assentados... for-mam filas na frente da escola, cantam o hino doMovimento dos Sem-Terra e assistem aohasteamento da bandeira do MST�.

Essa é A revolução silenciosa a que merefiro, que faz um texto lixo dentro de um livrolixo parar na mesa de crianças, cujas consciênciasem formação deveriam ser respeitadas. Nadamais totalitário. Nada mais antidemocrático.Serviria direitinho em uma escola de inspiraçãonazi-fascista.

Tristes são as conseqüências. Um grupode pais está indignado com a escola, mas nãoconsegue se organizar minimamente para protes-tar e tirar essa porcaria travestida de livro didá-tico do currículo do colégio. Alguns até recla-mam, mas muitos que se tocaram da podridãotravestida de ensino têm vergonha de seremvistos como diferentes. Eles não são minoria, elesnão estão errados, mas sentem-se assim. A revo-lução silenciosa avança e o guarda de quarteirãoé o medo do que possam pensar deles.

O antídoto para A revolução silenciosa?Botar a boca no trombone, alertar, denunciar,fazer pensar, incomodar os agentes da Stazisilenciosa. Não há silêncio que resista ao barulho.(Inconfidência nº 97 - agosto/2006)

* Jornalista

uni-bh

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10Nº 160 - Janeiro/2011

Em 24 de abril deste ano, o general deExército, Rubens Bayma Denys, es-teve em Belo Horizonte para proferir

uma palestra sobre o tema �Amazônia, umaconsciência nacional� abrindo o Ciclo dePalestras/2001 do Círculo Militar, quandoconcedeu entrevista ao �Estado de Minas�,defendendo a inclusão nos currículos esco-lares, de matérias sobre a Amazônia. Comoidealizador do Programa Calha Norte e pro-fundo conhecedor dos problemas da Ama-zônia, justificou: �Sem a consciência nacio-nal sobre a importância daquela região, nãodaremos aos nossos dirigentes a força ne-cessária para resistir às investidas contrári-as aos interesses nacionais�. Denys foi oresponsável pelo programa �Nossa Nature-za� que reformulou toda a política ambientaldo governo federal, criando o Ibama eincluindo nos currículos escolares o estudo

A MARXIZAÇÃO DA HISTÓRIA DO BRASILdo meio ambiente. Recentemente estevecom o Ministro do Meio Ambiente paratratar do assunto. Devido ao curto espaçode tempo que permaneceu em Belo Hori-zonte, não pode visitar o Secretário deEducação, Professor Murilo Hingel, nem oPresidente da Cemig, Djalma Moraes.

Desde o início de maio, a pedido dogeneral Denys, o GI vem tentando agendaruma visita a ambos, para apresentar a pro-posta da inclusão da matéria sobre a Ama-zônia nos currículos escolares, denunciaros livros didáticos adotados nas escolaspúblicas e a marxização do ensino, a fim deque esses fatos chegassem ao conheci-mento do Governador. Inicialmente, a pedi-do das respectivas secretarias remetemosdocumentos e os nossos jornais. Finalmen-te, recebemos a carta abaixo transcrita, pelaqual agradecemos.

�A imprensa vem denunciando as bar-baridades perpetradas no Programa deCapacitação de Professores da Secretaria deEducação de Minas e nos livros didáticos (?)adotados nas escolas públicas mineiras. La-mentavelmente, o governador Itamar Francoe o secretário Murilo Hingel, da Educação,são coniventes e/ou omissos, permitindo adeturpação da História do Brasil, incentivan-do as lutas de classe e sociais e a adoção de umultrapassado socialismo �marxista, prejudi-cando a formação moral e intelectual da ju-ventude. Onde estão o Conselho Estadual deEducação e a Comissão de Educação da As-sembléia�? (EM 23/08/2001)

EDUCAÇÃOMarxismo prejudica moral dos jovens

Carlos Cláudio Miguez

Já é hora do �Estado de Minas" investigare denunciar a marxização do ensino, talqual fez com a A$$embléia Legislativa.

Belo Horizonte, 13 de julho de 2001.Carta CG 1764/01

Prezado SenhorCel. Carlos Cláudio MiguezGrupo Inconfidência

Em atenção aos termos de sua correspondência de 11.06.01, gostaríamos de prestar-lhealguns esclarecimentos sobre a aquisição de livros didáticos.

Esta Secretaria da Educação participa do Programa do Livro Didático Nacional que écoordenado pela Secretaria de Ensino Fundamental do Ministério da Educação - MEC,responsável pelo processo de avaliação dos livros didáticos.

Por convocação em edital público, os editores são chamados, dois anos antes, aapresentarem seus livros para avaliação, etapa que se constitui numa das fases da licitação.Essa avaliação, que inclui também o aspecto gráfico e estrutural dos livros, é feita por gruposde professores pertencentes às principais universidades públicas do País, entre as quais aUniversidade Federal de Minas Gerais - UFMG e a de Pernambuco.

A seguir, é elaborado um guia com a resenha da avaliação de cada um dos livros propostospara que cada escola possa fazer sua própria escolha.

A fase final consiste na aquisição dos livros e sua distribuição, no início do ano letivo,para cada unidade escolar - municipais e estaduais - conforme a escolha feita.

É bom lembrar que temos apenas cerca de uma dezena de editoras no mercado editorialbrasileiro, com porte e estrutura para participar desse Programa, que distribui exemplaresdidáticos para todo o País.

Por fim, esclarecemos que as obras citadas nos artigos de jornais que nos foramencaminhados por V.Sa. estão incluídas no referido Programa do Livro Didático Nacional.

Atenciosamente,Lucy Maria Brandão

Chefe de Gabinete da Educação

Esta carta é uma prova cabal de comoo MEC - Ministério da Educação e daCultura, através do Programa do Li-

vro Didático Nacional, está coordenando atarefa solerte de rescrever a História donosso país, segundo a ótica que convém àesquerda que hoje nos governa.

É estarrecedor constatar-se a queponto chegou o espírito de hostilidade,e até mesmo de vingança subjacente, quepermeia a mente daqueles a quem estáentregue, neste momento histórico, a no-bre tarefa de orientar o ensino, em nossasescolas de Primeiro Grau, em todo o país.

Exemplo inquestionável dessametodologia perversa pode ser encon-trado no livro �Nova História Crítica�- 8ª Série, de autoria de Mário FurleySchmidt, editado pela Editora Nova Ge-ração, SP/1999, destinado à orientaçãodos professores. Nele está registrada,sem meias palavras, a pretexto de His-tória, toda uma pregação ideológica,na verdade uma opinião eminentemen-te pessoal, impregnada de ódio e de sen-timentos menores, em relação aos fatosrecentes ocorridos em nosso país, tudoreforçado com charges histriônicas, fo-tos e desenhos escolhidos a dedo, paraservir como elementos de reforço à dou-trinação desejada. Só vendo para crer! Emesmo vendo, o choque é inevitável.

E pensar que o alvo preferencial

COMENTÁRIO SOBRE A CARTA DA CHEFE DEGABINETE, PROFESSORA LUCY MARIA BRANDÃO

dessa manobra, em última análise, são osalunos, jovens de 12 a 15 anos de idade,ainda incapazes de perceber o objetivofunesto que se esconde nessa pregação.

Até o �Programa de Capacitação deProfessores� - PROCAP, Caderno de His-tória - Volume 4, editado pela Secretaria deEducação de Minas Gerais, não escapa dainfluência desse enfoque rancoroso, dele-tério e doentio, que tem por meta �fazer acabeça� do professorado mineiro, para queatue segundo os objetivos desejados pe-los mentores do MEC.

É preciso que alguém, imbuído decoragem cívica, denuncie, enfrente edesmonte essa máquina que instiga,deprime e corrompe o que a nossa na-ção tem de melhor: a sua juventude.

Julgamos que a Secretaria de Edu-cação do Estado de Minas Gerais é omis-sa, conivente e incompetente por aceitar eadotar tais livros didáticos, que pregam aslutas sociais e a doutrinação socialista-marxista da nossa juventude, além de erroscrassos e omissões, devidamente compro-vados na leitura do Programa deCapacitação de Professores e nos pró-prios livros de História.

A História de uma Nação deveservir como um elemento construtivo deaglutinação de seus filhos e jamais comoum fator de discriminação excludente.

Violência contra violência. A única solução é o que agora faremos: empregar aviolência contra aqueles que primeiro a usaram para atacar o povo e o país". (CarlosMarghella, dirigente da ALN). Imediatamente após o AI-5, qual foi a principal formade resistência à ditadura militar? Página 293

EXERCÍCIOS DE REVISÃO

NOVA HISTÓRIA CRÍTICA - 8ª SÉRIE

Médici, o maissanguinário de todos.

Página 280

Revolução Cultural Chinesa (1966-1976). Milhões de jovensvestido com o uniforme da Guarda Vermelha

("Vanguarda da Revolução Proletária"), carregam o LivroVermelho de Mao Tsétung - (Página 246)

Inconfidência - Página 17 - Nº 41 (Agosto/2001)

LIVROSJosé Eustáquio de Freitas - Assessor de

Comunicação Social da Sec. da Educação"Na edição de 23/8 do EM, a seção Cartas

à Redação publica a manifestação do leitor CarlosCláudio Miguez, que merece, pelo menos, doisreparos. Os livros didáticos utilizados na capacitaçãode professores da rede pública foram elaborados porprofissionais de reconhecida capacidade, com vá-rios trabalhos publicados em suas especialidades,razão pela qual seus textos foram integralmenterespeitados.

Os livros de História destinados a esseprograma, de onde se deduz a origem das críticasfeitas pelo Sr. Miguez, estão em fase de revisão deprovas gráficas e somente serão distribuídos aosprofessores a partir de outubro. A Secretaria daEducação definiu, com a participação dos profis-sionais da educação, um plano político-pedagógicocuja base, em sua essência, provém do HumanismoIntegral. Quanto ao mérito das críticas, a Secretariada Educação respeita as opiniões de Carlos ClaudioMiguez, ainda que delas discorde quanto a argumen-tação, justificativas e conclusões". (EM 28/08/2001)

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11Nº 160 - Janeiro/2011

OS FARSANTESA reação contra o processo de abertura foi marcada por atosterroristas. O mais importante deles foi o atentado do Rio Centro,no Rio de Janeiro

(Página 13 - Abertura Política/PROCAP).

AS INCOMPETENTESEm junho/2001, a Secretaria de Educação ministrou um curso de Capacitação de

Professores em BH, de 8 horas diárias, durante duas semanas. A finalidade seriacapacitar professores previamente indicados pelos seus Diretores para uma

atualização de conhecimentos e posteriormente passá-los aos outros professores desuas próprias Escolas. Isto foi concretizado, utilizando-se o livro: PROCAP Cadernode História - Volume 4.

Deste livro, apresentamos abaixo algumas �pérolas� e com isso comprova-mos a incompetência e a farsa dos �livros didáticos utilizados na capacitação deprofessores da rede pública, elaborados por profissionais de reconhecida capaci-dade, com vários trabalhos publicados em suas especialidades�. (sic)

Segundo o assessor de Comunicação Social, �a Secretaria de Educaçãodefiniu, com a participação dos profissionais da educação, um plano políticopedagógico�... Não há dúvida de que se trata de um plano muito mais político do quepedagógico e talvez haja interesse mercantilista na adoção desses livros. Afinal, sãomilhões de exemplares... Fossem realmente capazes e competentes, não haveriatantos erros gramaticais e históricos. Quanto à farsa, são abordados assuntos deinteresses escusos e que deturpam a História Pátria.

Os erros gramaticais são inúmeros, mas ínfimos se comparados com amarxização da História do Brasil.

l �Existem em Minas Gerais uma grande diversidade, frutos...�l �Entre a segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas da República�l �O populismo de Vargas e seu carisma explode no Carnaval�.l O 13º salário e o Fundo de Garantia por tempo de serviço foram grandes conquistas

dos trabalhadores no governo de Vargas (em qual deles? Como ditador ou presidente?).Na verdade, foram criados pelo governo de Castello Branco.

- O único atentado terrorista citado entre 1964 e a redemocratização (1985) foi o doRiocentro.

- A Junta Militar formada após o impedimento do presidente Costa e Silva (1967)passa a governar desde abril/1964.

- A Guerra Fria é antecipada para os anos 30, pelo menos 15 anos antes.

SECRETARIACarlos Claudio Miguez

Livros cheios de erros de ortografia�Gostaria que a Secretaria de Edu-

cação contestasse o publicado abaixo,do Programa de Capacitação de Profes-sores e dos livros didáticos adotados emMinas, repletos de erros de ortografia ehistóricos, tais como: - Existem em MinasGerais uma grande diversidade; - Opopulismo de Vargas e seu carismaexploce; - Tiradentes foi enforcado porser pobre; - o 13º salário e o FGTS foramconquistas dos trabalhadores no gover-no Vargas; - Guerra do Paraguai - Caxiasnão é citado e o Uruguai ganha territórios(nem são limítrofes); - Batalha deGuararapes - berço da nacionalidade bra-sileira - Só Calabar é citado�.

Estado de Minas - 03.09.01

SECRETÁRIO DE ESTADODA EDUCAÇÃOMurilo de Avellar Hingel

CHEFIA DE GABINETELucy Maria BrandãoSECRETÁRIA DE

DESENVOLVIMENTO EDUCACIONALMaria Stela Nascimento

SUPERINTENDENTE DEDESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Maria Constança Dutra RochaDIRETORIA DE NORMAS E

PLANEJAMENTO CURRICULARDulcinéia de Oliveira Carvalhaes

COORDENAÇÃO DA ELABORAÇÃODOS MATERIAIS

Maria Helena BrasileiroELABORAÇÃO

Iara Vieira GuimarãesInês Luci Machado Carrijo

Iria Luiza de Castro MelgaçoJosé Raimundo Lisboa da CostaMaria Efigênia Lage de Resende

Maria Inês de Melo ToledoMarli Sales

Nair Apparecida Ribeiro de CastroRita Elizabeth Durso Pereira da Silva

Selva Guimarães FonsecaVirgínia Maria Trindade Valadares

Único atentado terrorista citado entre 1964 e 1985, foi o do Rio Centro. E quaisforam os outros, senhoras incompetentes e senhores farsantes? Foram os seguintes:

- (25/07/66) Atentado a bomba no Aeroporto de Guararapes em Recife, contra ocandidato a Presidência, general Costa e Silva, no qual morreram um almirante e umjornalista (até hoje a ABI e a OAB não se pronunciaram) e dezenas de feridos inclusivecrianças.

- (26/06/68) Atentado de carro-bomba contra o Quartel General do II Exército emSão Paulo. Morreu um soldado e outros quatro ficaram feridos.

- Seqüestros de diplomatas: Embaixador dos Estados Unidos (04/09/69), da Suíça(07/12/70), da Alemanha Ocidental (11/06/70), consul do Japão (11.03.70).

- Seqüestros de diversos aviões (69/70).- Assassinatos do Cap. Charles Chandler do Exército dos Estados Unidos (12.10.68),

em São Paulo; do marinheiro inglêsde 19 anos, David Cuthberg(05.02.72) no Rio de Janeiro, porser �imperialista�; de um major doExército Alemão �por engano�; do dele-gado Otávio G. Moreira Júnior (25/02/73); do industrial Henning Boillsen doGrupo Ultra (15/07/71); do tenentePMSP Alberto Mendes Júnior, morto acoronhadas de fuzil pelo traidor CarlosLamarca (10/05/70) em Registro/SP edezenas de outros, como o primeiropolicial a tombar em Minas Gerais, osub-inspetor Cecildes Moreira de Faria,morto por terroristas do Colina emBelo Horizonte (20/01/69).

Atentado de carro-bomba contra o QuartelGeneral do II Exército em São PauloCapitão Chandler assassinado na frente de

sua esposa e filhos em São Paulo Atentado no Aeroporto de Guararapes

A MARXIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Inconfidência - Nº 42 de Outubro/2001

CAMPANHA DESOLIDARIEDADE A

Realização:

Movimento A Hora É Essa!Ousar Lutar, Ousar Vencer!Apoio:

Fundação Dinarco ReisAssociação Cultural José Martí

19/03 a 06/04/2001Uerj - Maracanã

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12Nº 160 - Janeiro/2011

O MOVIMENTO POLÍTICO - MILITAR DE 31 DE MARÇO DE 1964 - ORIGENS

As lutas pelas reformas de base criam uma intensa mobilização na sociedadecivil. Sindicatos, partidos, organizações estudantis parecem possuir um imenso poten-cial para realizar o projeto reformista.

Pareciam mesmo, só que em sentido contrário! Não apresenta como origens(causas): Em 10.01.64, o Secretário geral do PCB, Luís Carlos Prestes, vai a Moscou parainformar pessoalmente a Nikita Kruschev o andamento dos planos para a tomada do poderno Brasil. As mulheres mineiras impedem o comício deLeonel Brizola e o enxotam de Belo Horizonte; em São Pauloé realizada a Marcha com Deus pela Liberdade reunindo maisde um milhão de pessoas e posteriormente no Rio (02.04.64).A nação sente-se ameaçada pelas greves constantes da CGT(hoje CUT), inflação em alta, falta de autoridade, quebra dadisciplina e da hierarquia nas Forças Armadas, agitações nocampo (hoje MST), e percebe a revolução comuno-sindica-lista iminente. A conseqüência foi o movimento cívico-militar reunindo todas as classes sociais, mídia, igreja, estu-dantes, governadores, indo a população brasileira espon-taneamente para as ruas, pondo fim às ameaças que coloca-vam em risco a sobrevivência das instituições, a liberdade eos valores básicos de nossa nacionalidade.

Deixar de reconhecer que ele surgiu e se fortaleceu noseio do povo, em cujo nome foi deflagrado, para impedir quea Nação fosse levada ao caos, é negar a História - que nãose apaga, nem se rescreve!

EDIFICAÇÃO DO ESTADO DE SEGURANÇA NACIONALEm 9 de abril de 1964, a Junta Militar edita o Ato Institucional nº 1.

Completamente falso. Essa �Junta Militar� jamais existiu.A pedido do PresidenteRanieri Mazzili, uma comissão de oito parlamentares, entre eles, Pedro Aleixo, DanielKrieger, Bilac Pinto e Ulysses Guimarães, elaborou um projeto de Ato Institucional, querestringiu-se a discordar do prazo de 15 anos proposto por Ulysses Guimarães. Esse projetofoi substituído por outro elaborado por Francisco Campos e Carlos Medeiros, muito maisliberal.

O fato muito pouco conhecido, é relembrado pela Folha de São Paulo (01.05.89/flA7): �Há 60 anos Ulysses Guimarães sonha em ser Presidente da República" e pelo Jornaldo Brasil (18.10.92) - "A contradição - do apoio em 64 à oposição".

- Nos dois últimos anos, no governo do Presidente Costa e Silva, embora se acenecom uma liberalização do regime, continua a ação repressiva contra manifestantes nasruas, as buscas e prisões de pessoas consideradas suspeitas pelos agentes do governo.

Por quê? Aconteciam atentados terroristas, seqüestros de aviões e de diplomatas,assaltos a bancos, roubo de armamento, assassinatos e tentativa da tomada do Poder coma guerrilha rural e urbana.

LIBERAÇÃO E ABERTURA POLITICA (1974 - 1985)- A anistia embora não fosse ampla, geral e irrestrita, permitiu o retorno

ao país de lideranças importantes. (o grifo é nosso)Os líderes da oposição (Ulysses, Tancredo, Vilela e outros) realmente não

desejavam uma anistia total, pois temiam que com o retorno dos exilados ao país,Brizola, Prestes e Arraes, empolgassem as lideranças e o poder. Mas o PresidenteJoão Figueiredo, surpreendido pela emenda substitutiva menos abrangenteapresentada pelo MDB ao Congresso Nacional excluindo aqueles, não permitiuqualquer modificação no projeto de anistia, afirmando que �lugar de brasileiroé no Brasil�. Seu pai, general Euclides Figueiredo, um dos líderes da RevoluçãoConstitucionalista de 1932 contra o governo de Getúlio Vargas, esteve exiladona Argentina com sua família.

- Além de incompetentes, os responsáveis pelo PROCAP, agem de má fé e estãoconiventes com a marxização da História do Brasil.

AS INCOMPETENTESPROCAP - Programa de Capacitação de Professores da Secretaria da Educação/MG

Marcha da Família comDeus pela LiberdadeSão Paulo - 19/03/64

NR: Havendo qualquer dúvida, as incompetentes e os farsantes poderão consul-tar os arquivos dos �Associados� que possuem farta documentação microfilmada dosjornais �Estado de Minas� e �Diário da Tarde� e da revista �O Cruzeiro�, na Gerênciade Documentação do Estado de Minas, à Av. Mem de Sá, 538, Santa Efigênia, BeloHorizonte. Também os estudantes de História, deveriam fazê-lo, pois são enganados porquem deveria ensiná-los.

Mulher, mãe, esposa, irmã, filha, amiga,namorada, dona-de-casa, guerreira: PROFESSORAA LUTA DE

CLASSES

Nova História Crítica - 8ª SérieMário Furley Schimidt

Edição 2005

Página 311

Até no Colégio Pitágoras Pampulha, um dos maistradicionais da classe média de Belo Horizonte, Guevara estápresente, acima da Bandeira Nacional!! (Clarear, nº 89 - Set/04)

DEBATES

NOITE CUBANA EMCANGUARETAMA

Alunos das escolas Fidel Castro e Che Guevara seapresentarão durante a primeira Noite Cubana realizada

no município (Diário de Natal - 26/08)

Teotônio Roque

A Prefeitura Municipal de Canguaretama, através desuas secretarias de Turismo, Educação, /Cultura e Cidadania,promove a primeira Noite Cubana, que será realizada no ClubeMunicipal do Município.

Um dos atrativos da noite será a apresentação dos alunosdas Escolas Municipais Che Guevara e Fidel Castro querealizarão shows musicais e de danças.

SUBSECRETARIA DE COMUNICAÇÃOINSTITUCIONAL DASECRETARIA-GERALDA PRESIDÊNCIA DA

REPÚBLICA

PROGRAMAÇÃO:Comemorações da

IndependênciaCiclo de Cinema

Nacional do MECAuditório do MEC

Entrada franca - 12 horasDia 08 - LAMARCA

Inconfidência - Página 06 - Nº 85 (Setembro/2005)

CURSO VERMELHO FernandoAlegret

abre cursode Estudos

Latino-Americanos

na UFJF

MINISTRO CUBANO DÁ AULA AO MST

Alegret (commicrofone)profere sua aulatendo ao seu ladoa reitora da UFde Juiz de Fora,MargaridaSalomão e aofundo, bandeiracom líderescomunistas (Publicado no Inconfidência nº 43 - Novembro/2001)(Publicado no Inconfidência nº 74 - Setembro/2004)

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13Nº 160 - Janeiro/2011

A MARXIZAÇÃO DA EDUCAÇÃOCAPITULO 18

A Conspiração Comunistade 1935

Contra a lógica mais elementar, jáque o governo estava de sobreaviso,os militares do III Regimento de Infan-taria, no Rio de Janeiro, atendendo aosapelos da Aliança Nacional Liberta-dora, desencadearam o movimento paradepor Getúlio. Em menos de doze ho-ras, a rebelião foi sufocada pelo gover-no. Cerca de cinqüenta jovens recrutasforam mortos. ( pág. 99)

CAPITULO 29

A América Latina depoisda Segunda Guerra

A Revolução Cubana foi o exemplomais representativo desses movimentos.Mas outros países também tentaram rom-per com os Estados Unidos e seguir a viasocialista. Foi o caso, por exemplo, doChile e da Nicarágua. (pág. 171 c/ foto deGuevara )

A Revolução Cubana...Finalmente, no dia 1º de janeiro

de 1959, os guerrilheiros tomaram Hava-na. O ditador Fulgêncio Batista se exilounos Estados Unidos. Milhares de cuba-nos contrários à revolução deixaram opaís... Para os líderes socialistas e na-cionalistas da América Latina, Cubaera um exemplo que os outros paísesdeveriam seguir. (pág. 174)

Governo Socialista no ChilePinochet assumiu o poder e ini-

ciou logo uma violenta repressão aos alia-dos de Allende. Dezenas de milhares depessoas foram asiladas, presas ou assassi-nadas. Pinochet devolveu aos antigosdonos cerca de 150 empresas naciona-lizadas por Allende. (pág. 176)

A Revolução NicaragüenseA Nicarágua passou na década de

1970 e 1980 por uma experiência revolu-cionária semelhante à de Cuba.

Enquanto a maior parte do povovivia miseravelmente, o país era domina-do por empresas norte - americanas, comoa United Fruit Company, e governadocom mão de ferro pelo ditador AnastácioSomoza Debayle. (pág. 176)

A Ditadura Militarna Argentina

A partir de 1976, os militares assu-miram o poder na Argentina e governaramo país com extrema violência. O número depessoas desaparecidas durante os gover-nos militares foi muito grande. Muitos falamem trinta mil mortos. (pág. 177)

A participação dos EstadosUnidos no Golpe de 1964

No dia 31 de março de 1964, o gover-no norte - americano prontificou-se aenviar armamentos e munições aos mili-tares brasileiros golpistas, caso os gru-pos de esquerda esboçassem uma reaçãoorganizada.

Consolidada a vitória da Revolu-ção de 1964, os Estados Unidos pronta-mente felicitaram os �militares e os go-vernadores dos estados democráticos,que derrubaram o presidente para defen-der a Constituição�, e prontificaram-se aoferecer ajuda econômica ao novo gover-no. (pág. 190)

Este livro, �História Integrada�, de José Jobson Arruda, foi adotado nasescolas públicas do Rio Grande do Sul.

- O autor omite que a finalidade da conspiração liderada por Luís Carlos Prestesera a implantação de um regime comunista no Brasil, inventa que 50 recrutas forammortos (por quem?), quando, na verdade, militares legalistas foram assassinadoscovardemente na calada da madrugada, dormindo.

- Não cita que Fidel Castro sacrificou 17 mil patriotas cubanos no �paredón�,foram presas mais de 30 mil pessoas (1.500 atual-mente), a metade da população de Cuba está nasForças Armadas e nos órgãos de segurança e deinformações, outros 20% fugiram para os EstadosUnidos e os �balseros� continuam remando...

- Na �violenta repressão� no Chile, morrerammenos de 1/3 das pessoas que foram assassina-das em Cuba e a devolução das empresas aosseus legítimos donos levou o Chile a ter umaeconomia de primeiro mundo.

- Na Argentina �falam� em 30 mil mortos...- A Nicarágua rejeitou o regime sandinista.- Os Estados Unidos �prontificaram-se� a

enviar armamentos e munições...Do exposto, chegamos à conclusão, que o

autor, José Jobson Arruda é:

r Incompetenter Mentirosor Facciosor Invencionista

r Marxista - leninistar Comunista - revanchistar Deturpador da Históriar Todas as opções.

O convite de formatura da tur-ma de História da UNI-BH de agos-to de 2001 apresenta como �Mensa-gem inicial� um texto da autoria de�LENIN� !! Não existiria na comis-são de formatura algum universitá-rio, que após quatro anos de brilhan-tes estudos houvesse aprendido qual-quer frase histórica mencionada porum mineiro (ou brasileiro) em qui-nhentos anos de Brasil?

Sabemos que uma das profes-soras de História é fanática pelo PTe, mesmo com todo o seu proselitismomarxista - leninista, ainda assimnão se justifica essa �Mensageminicial�.

E o professor coordenador docurso de História:

r foi ultrapassador é coniventer é �democrata�r acovardou-ser todos os itens acima

ComentárioCENTRO UNIVERSITÁRIO

DE BELO HORIZONTE

O que fez Guevara pelo Brasi la lém de semear mortes e ódio?

(Publicado no Inconfidência nº 49 de agosto/2002)

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Senhor,Fazei de mim um instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor,Onde houver ofensa, que eu leve o perdão................................................Ó Mestre, fazei que eu procure maisConsolar, que ser consolado.Compreender, que ser compreendido.Amar, que ser amado.Pois é dando, que se recebe.Perdoando, que se é perdoado eé morrendo, que se vive para a vida eterna !

Onde, Professor, pôde o senhor encontraralguma semelhança entre o Santo a quem sãoatribuídos esses versos e o monstro que pronun-ciou as seguintes palavras:

�O ódio como fator de luta. O ódio intran-sigente ao inimigo, que impulsiona além daslimitações naturais do ser humano e o converteem uma efetiva, violenta, seletiva e fria máqui-na de matar. Nossos soldados têm que ser assim.Um povo sem ódio não pode triunfar sobre uminimigo brutal.�

Que diabos o senhor tinha em mente aocomparar São Francisco de Assis a Ernesto�Che� Guevara? O senhor enxerga, realmente,uma afinidade entre esses dois personagens, oua tentativa de associá-los visou apenas a refor-çar, na imaginação dos seus alunos, o estereó-tipo romântico do guerrilheiro comunista?

Venho acompanhando há algum tempo oseu incansável esforço para doutrinar ideologi-camente as crianças ..., impingindo às suasfrágeis consciências a visão que o senhor tem domundo; e sei que para atingir esse objetivo, queo senhor certamente acredita ser necessáriopara a �construção de um mundo melhor� , osenhor não hesita em aplicar à complexa disci-plina que leciona o modelo de narrativa dashistórias infantis, onde o Mal jamais se confundecom o Bem.

Assim, na história que o senhor ensina, aIdade Média é �do mal� e o Iluminismo é �dobem�; os capitalistas são �do mal� e os socia-listas são �do bem�; os conservadores são �domal� e os revolucionários são �do bem�; osEstados Unidos são �do mal�, a ONU e Cubasão �do bem�, e por aí vai.

Ora, direis, se as crianças gostam e apren-dem, por que não? Além disso, não podemosesquecer que o senhor é um idealista e que o seuobjetivo não é propriamente transmitir aosalunos um conhecimento objetivo sobre o pas-sado, mas capacitá-los a �transformar o mun-do�, não é verdade? Daí a necessidade defornecer-lhes aquele conjuntinho básico de cer-tezas que eles mais tarde vão poder usar numamesa de botequim, num almoço em família, ouquem sabe até na vida pública. O senhor pensalonge, Professor.

A MARXIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Carta a um professorSei de tudo isso e se até hoje não procurei o

senhor e a direção do colégio para discutirpessoalmente essa pedagogia de cabo eleitoralfoi, primeiro, para não expor meus filhos a umapossível retaliação e, segundo, por estar cientede que esse contato, afinal de contas, resultariainútil, já que, na melhor das hipóteses, o senhorseria substituído por outro militante ?

... Mas com essa absurda comparação osenhor, francamente, passou dos limites. Afir-mar a existência de uma semelhança entre umdos santos mais amados da Igreja e um assas-sino frio e calculista, um apologista do ódio, doqual os seus pobres alunos, e talvez o senhormesmo, não conhecem mais do que a foto deAlberto Korda e o meloso �hay que endure-cerse...�, é ir longe demais; é abusar do direito,que o senhor decerto acha que tem, de mentirpara os alunos a pretexto de forjar neles uma�consciência crítica�, que é como vocês, mili-tantes, se referem ao processo de envenenamen-to das almas desses jovens, mediante ainoculação do marxismo mais grosseiro, e con-tribuir, desse modo, para a tal �construção deuma sociedade mais justa�.

�É inevitável que haja escândalos�, adver-tia Jesus Cristo, �mas ai daquele que os causar!Melhor lhe fora ser lançado ao mar com umapedra de moinho enfiada no pescoço do queescandalizar um só destes pequeninos.

Acautelai-vos!��Che� Guevara era tão parecido com Fran-

cisco de Assis quanto um discípulo de satanás separece com um discípulo de Nosso Senhor. Defamília rica, São Francisco de Assis abraçou apobreza para levar amor onde houvesse ódio;�Che� Guevara largou tudo para levar o ódioa toda parte. São Francisco olhava para o Céu;�Che� Guevara não olhava senão para suautopia materialista. O Santo dedicou sua vida aoEvangelho; o guerrilheiro, à mais assassinadas ideologias. Amigo de Deus, São Franciscoajudou a edificar o Seu Reino; amigo de Fidel,que o traiu, enviando-o para a morte na selvaboliviana , �Che� Guevara ajudou a implantaro único regime totalitário da história da AméricaLatina e uma das ditaduras mais antigas doplaneta.

Professor, a despeito de sua militância ede seus compromissos político-partidários,que eu respeito, o senhor ainda é um educa-dor e talvez conserve em sua alma um restode amor à Verdade. Pois bem. Em nome dessesentimento, gostaria de pedir-lhe para dizeraos seus alunos apenas isto: que Ernesto�Che� Guevara não tem nada a ver comFrancisco de Assis.

Atenciosamente,CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

DO EXÉRCITO

O Verde-Oliva On-line transcreve a seguir trechos de carta enviada por um pai a umprofessor de colégio localizado em Brasília. A iniciativa é um alerta sobre a necessidade deacompanhar aquilo que é transmitido a seus filhos em sala de aula. Precisamos reunirargumentos para enfrentar a disseminação de idéias aspiradas do lixo da história e desmascararfalsos ídolos, forjados, muitas vezes, em detrimento dos verdadeiros heróis nacionais. Oprofessor a quem a carta é dirigida ensinava a seus alunos que Che Guevara era um santo domesmo estofo moral de Francisco de Assis.

NR: Não temos conhecimento doandamento desse programa e se o mesmofoi ou não concretizado.

Mesmo assim, apelar para Cuba eVenezuela, quando sabemos que os progra-mas Escola Plural e Sagarana, fracassa-ram completamente, é o fim!

Os professores brasileiros não serãocompetentes para a alfabetização de adul-tos?

Como o professor Cristovam Buarquefoi recentemente despedido por telefone, docargo de Ministro, julgamos que o MEC,com Tarso Genro, candidato do PT derro-tado em 2002, vai sofrer um processo aindamaior de marxização da Educação e desva-lorização do professorado, tal qual aconte-ceu no Rio Grande do Sul.

E recentemente foi adotado o métodoPaulo Freire para a alfabetização...

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HISTÓRIAdas Cavernas ao Terceiro Milênio

7ª SérieMorto na

Bolívia, "Che"Guevara tor-nou-se um mitopara os jovensrebeldes do fi-nal da décadade 60 e iníciodos anos 70. Ointeresse peladescoberta dosrestos mortais de Guevara, em 1997, mostraque "Che" continua presente como exem-plo de desprendimento, coragem, honesti-dade e, sobretudo, solidariedade. (Página 252)

Programa de Alfabetização de Adultos

O MST (Movi-mento dos trabalhadoresrurais Sem-Terra) tornou-se um importante instru-mento na luta pela justiçasocial no Brasil do começodo séc. XXI. Seu objetivoé simples: a reforma agrá-ria. Ou seja, terra para quemtrabalha no país onde hátanta terra nas mãos dequem não trabalha. As pes-quisas de opinião mostramque a maioria da popula-ção brasileira é favorável àreforma agrária.

O PROBLEMA DA TERRA NO BRASIL

Nova história crítica - 6ª Série / 2005 - Mario Schmidt (Pág. 191)

O FIM DA PROPRIEDADE PRIVADAPor que o capitalismo é tão explorador, tão desumano, tão irracional? Qual a causa

disso tudo? A propriedade privada, diziam Marx e Engels. Como os burgueses são osdonos das fábricas, minas, terras, bancos e empresas em geral, eles submetem milhões detrabalhadores.

Qual é a solução? O capitalismo precisa ser destruído para que os trabalhadores setornem os donos de tudo. O proletariado deve expropriar a burguesia, isso é, tomar delatodos os seus bens. Na nova sociedade socialista, as terras e as empresas pertenceriamà coletividade. Tudo seria de todos, e os frutos, distribuídos de acordo com o trabalho decada um. Ninguém teria condições de explorar os outros.

Nova história crítica - 7ª Série / 2005 - Mario Schmidt (Pág. 205)

Livros adotados nas Escolas Estaduaise Municipais de Minas Gerais

O presidente interino da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos doBrasil), D. Jaime Chemmello, disse que "em alguns casos as invasões de terrassão justas".

São justas, em sua opinião, as invasões não-violentas, feitas por pessoasque não têm o que comer.

(Suplemento de Textos, página 21)

CNBB DEFENDE INVASÕES "NÃO-VIOLENTAS"

14Nº 160 - Janeiro/2011

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OS MASSACRES DOS JUDEUSUma das páginas mais tristes da História foram as perseguições perpetradas pelos nazistas

contra o povo judeu. A chamada "Solução Final" do problema judaico coube às SS. Ao todo, morrerammais de 5 milhões de judeus.

São explorados os crimes de Hitler, o holocausto da Solução Final. Mas os crimes de outrostiranos Stalin, Lenine e Mao Tsé Tung e outros genocidas comunistas são escondidos nãodivulgado que essa ideologia matou 100 milhões de pessoas.

OS MILITARES NO PODERDitadura, tortura, corrupção, assassinatos e terror policial, guerrilha é a matéria preferida.Projeto faraônicos como a ponte Rio Niterói e a construção de grandes usinas.- Já imaginaram a travessia da Baía de Guanabara sem a ponte? E o desenvolvimento do

país sem Tucuruí, Itaipu e outras, incluindo a usina nuclear?A ação mais violenta ocorreu em 30 de abril de 1981 no estacionamento do Riocentro. Esqueceram-se de citar o terrorismo da bomba do Aeroporto de Guararapes (25/07/66), o

atentado a bomba ao QG do II Exército (26/06/68), os seqüestros de aviões e diplomatas (1969/70),assassinatos e assaltos a banco e carros pagadores.

VIOLAÇÕES AOS DIREITOS HUMANOSA Anistia Internacional, entidade de defesa dos direitos humanos, com sede em Londres,

publicou em seu Informe anual 2000, referente ao ano de 1999, uma síntese das violações dos direitoshumanos em 144 países. Não consta Cuba nas violações dos Direitos Humanos. Estão desmora-lizando o "comandante" Fidel...

AS DITADURASGuatemala (1954), Chile (1973), Argentina (1976), Brasil (1964) - Milhares de pessoas

desaparecidas. Direitos Humanos pisoteados.Quantos milhares? No Chile (5 mil), na Argentina (uns 12 mil) que somadas não alcançam

os fuzilados e assassinados na ilha da fantasia e onde continuam sendo condenados e presos. Sobreisso nem uma linha na revolução cubana.

Na "ditadura" do Brasil (1964/85) morreram 257 pessoas, reconhecido até pelo GrupoTortura Nunca Mais. Em 21 anos, menos que nos dois primeiros meses deste ano nas enchentes,rodovias e guerra do narcotráfico!!!

GUERRA DO PARAGUAIDepois de várias vitórias dos aliados sobre as tropas do Presidente Solano López, no dia 1º

de março de 1870, o líder paraguaio foi derrotado e assassinado, na Batalha de Cerro Corá.Não cita o nome do Duque de Caxias e omite que o "presidente" Solano López

invadiu o Brasil e a Argentina

Esta é a carta que um pai, cansado dever a filha e suas colegas usadascomo platéia dócil para a propagan-

da comunista num colégio de Brasília, en-viou ao responsável por esse abuso intelec-tual de menores. É um documento humanoda maior relevância para a compreensão daatual loucura brasileira.

O professor ensinava às meninas queChe Guevara era um santo do mesmoestofo moral de Francisco de Assis. Maso que pode haver de comum, perguntavao remetente, entre o místico que professa-va: �Onde houver ódio, que eu leve oamor�, e o revolucionário sangrento queensinava seus seguidores a transformar-se, pelo cultivo sistemático do ódio, em�eficientes e frias máquinas de matar�?

A resposta, evidentemente, não seencontra nem nos escritos de São Fran-cisco, nem nos de Che Guevara. Encon-tra-se nos �Cadernos do Cárcere� deAntonio Gramsci, onde se ensina que aIgreja não deve ser combatida, mas esva-ziada de seu conteúdo espiritual e usadacomo caixa de ressonância da propagan-da comunista. Suprimido o conteúdo doseu discurso, esvaziado da fé cristã, dacaridade, da obediência a Deus, reduzidoao estereótipo banal do jovem rico queabandona a família para ir falar aos po-bres, Francisco torna-se indiscernível deGuevara. Eis o ensinamento de AntonioGramsci transformado em prática peda-gógica.

O atual ministro da Educação, sr.Christovam Buarque, não há de quereralegar que a conduta do professor deBrasília é um caso isolado. A mentiraperversa que esse cidadão inocula emsuas alunas é doutrina oficial ou pelomenos oficiosa do governo brasileiro,condensada na �teologia da libertação�,personificada no guru presidencial Frei

O ESTUPRO INTELECTUALDA INFÂNCIA

(Carta de Miguel Nagib ao professor Iomar)Betto e retransmitida diariamente a mi-lhões de crianças brasileiras nas escolaspúblicas e particulares. Que uma delastente objetar, mesmo timidamente, e sa-berá o que é ser alvo de discriminação, deintimidação psicológica, quando não daameaça explícita de ver sua carreira esco-lar arruinada.

O método pedagógico implantadoneste país é o do estupro intelectual,calculado por Antonio Gramci para al-cançar suas vítimas numa idade em queseus cérebros não estejam prontos parareagir criticamente a um assédio publici-tário incansável e brutal.

Mas os manipuladores não se con-tentam com a propaganda doutrinária.Passam à arregimentação ativa, usandoseus alunos como exército de reservapara engrossar passeatas convocadaspelo partido governista ou pela rede in-ternacional de ONGs esquerdistas milio-nárias, que, mui gramscianamente, seautodenomina �a sociedade civil organi-zada�, ou seja, o Partido sob outro nome.Aí, também, a indocilidade custa caro aoaluno. Um de meus próprios filhos já foivítima disso.

As escolas brasileiras, sustenta-das com o dinheiro de nossos impostosou de nossas mensalidades, transforma-ram-se em centros de adestramento dajuventude comunista, ou fascista, já qua-se pronta para denunciar os pais à autorida-de constituída quando ouvir em casa algu-ma conversa politicamente imprudente.

O que não posso, em sã consciência,é lançar a culpa de tudo no sr. ChristovamBuarque. Seu antecessor no cargo já fez opossível para aplanar os caminhos do de-mônio. O sr. Buarque é apenas o feliz herdei-ro e administrador desse legado macabro.

Olavo de Carvalho19 de setembro de 2003

O ex-guerrilheiro Alfredo Sirkis, queparticipou do sequestro dos embaixadoresda Alemanha e Suíça lembrou em seu livro"Os Carbonários" que, apesar de derrota-dos na "Guerra" conseguindo sair vence-dores criando uma outra versão da História"nas obras literárias, memorialísticas, noaudiovisual, na TV e em CD-ROM". DizSirkis - "se na primeira perdemos fragoro-samente, na segunda não nos saímos detodo mal".

No final do livro é apresentado o

OS FARSANTESnome de grande número de ex-guerrilheirose terroristas em atividades editoriais na cá-tedra universitária, na mídia e em cargospúblicos.

Recebemos cinco livros de Históriaadotados no ano passado pela Secretaria deEducação para as escolas de Minas Gerais,repassados por duas professoras de Histó-ria que se sentem enganadas política e ide-ologicamente. Vejamos algumas pérolas daeducação marxista, endossadas pelo MECe Governo de Minas Gerais.

Não é de hoje que a marxização da Educaçãovem acontecendo. Nos últimos vinte anos, a revo-lução cultural gramsciana, pouco a pouco, foiocupando os espaços na cátedra e na mídia. O sensocomum modificado consiste no domínio doscorações e das mentes. O objetivo não é educar oestudante, mas sim ideologizá-lo, incutindo-lhe namente, antes sub-repticiamente, e agora, escanca-radamente, que funcionará como um agente�socialista�e contestará a verdadeira História. Oslivros didáticos estão totalmente dominados pelamilitância comunista e o exemplo maior é aapologia à luta de classes mostrando Mao Tsé-Tung, Lenine, Fidel Castro, Sandino e Guevaralutando contra a �opressão e o imperialismo�.

Já é dado destaque ao MST (o braço armado

COMENTÁRIOdo PT), considerando-o um órgão reformista epopular, em vez de uma organização para-militar,(tal qual as FARC e EZLN) revolucionária comu-nista e até ao Movimento dos Sem-Teto.

Se existiam dúvidas, quanto aos objetivos eintenções das esquerdas brasileiras, capitaneadospelo Ministério da Educação, em relação ao cami-nho para o qual estão conduzindo a Nação e ajuventude, estas deixam de existir ao se manusearos livros didáticos adotados nas escolas públicas,destacando-se os adotados em Minas Gerais, mar-xistas e deturpadores da História Pátria: AssimCaminha a Humanidade, Das Cavernas ao TerceiroMilênio, Para Compreender a História, História -Martins / 8 e TV Escola.

Caso não haja uma maior reação dos pais e

professores, nenhum brasileiro poderá reclamar.Tiradentes será mais uma vez esquartejado por serpobre, Caxias sumirá de vez, Calabar substituirá ospatriarcas de Guararapes, Joaquim Silvério dosReis, será homenageado em Ouro Preto junto comFidel Castro e Guevara, os heróis da FEB darãolugar a Lamarca, Prestes, Marighella, que terãoseus nomes em mais outros logradouros públicos.

Como comprovação do que vem aconte-cendo mais dois assuntos recentes. No dia 21 defevereiro, data da heróica Tomada de MonteCastelo pela FEB, nenhum linha nos principaisjornais do país. No entanto, o "Estado de Minas",na mesma data, no caderno "Pensar" dedica todaa primeira capa a Olga Benário, espiã alemã a soldoda União Soviética e na contra capa, faz apologia

ao livro do filho do líder comunista Pedro Pomarsobre a "chacina que eliminou a direção do PCdoBem 1976", com foto do deputado Greenhalg acom-panhado de parentes e sobreviventes da Guerilha doAraguaia. Por isso não nos surpreende encontrarfotografias de Guevara na redação do jornal.

Em 13 de dezembro de 2003, fui à Conta-gem assistir a "formatura" do Jardim de Infância doInstituto Pedagógico Estrela do Saber, convidadopela filha de minha empregada doméstica, uma dasformandas, de seis anos de idade. Brincadeiras,danças, cantigas, dona baratinha, poesias e eis queuma das professoras discursa para as criancinhas,atacando a "ditadura militar"!

Os pais, os professores e nossos democratasprecisam acordar enquanto há tempo ....

(Inconfidência, nº 64 - Fevereiro/2004)

E DA HISTÓRIA DO BRASIL15Nº 160 - Janeiro/2011

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20Nº 160 - Janeiro/2011

JORNAL INCONFIDÊNCIA

3ª ParteAssuntos Gerais e Administrativos

O CRUZEIRO EXTRAEdição Histórica da Revolução

10 de abril de 1964Ao fazer ou renovar a sua assinatura, se desejar

receber via postal, um exemplar desta revista com64 páginas, como brinde, envie mais R$ 20,00,

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Esta revista pode ser encontrada nos seguintes locais: 1 - Loja da Bibliex, instalada no Saguão do PalácioDuque de Caxias, no Rio de Janeiro. 2 - Círculo Militar/BH, com Paula ou pelo telefone: (31) 9268-8484

Assinatura anualA. VIA POSTAL - Recortar (ou xerocar) e preencher o cupom abaixo, anexandocheque bancário nominal e cruzado, cheque dos correios ou vale postal, no valor deR$ 100,00, em favor do Jornal Inconfidência e remetê-los para para Rua Xingu, 497- Alto Santa Lúcia � CEP 30360-690 � Belo Horizonte � MG - Não enviar dinheiro.B. VIA BANCÁRIA - Depositar ou transferir para o Banco do Brasil o valor de R$100,00� agência 2655-7 - c/c 28172-7 e por e-mail, enviar o quadro preenchido e ocomprovante do pagamento para [email protected], ou telefax(31) 3344-1500, ou ainda o cupom citado e o xerox do pagamento para Rua Xingu,497 - Alto Santa Lúcia - CEP 30360-690 - Belo Horizonte - MG.C. Valores superiores serão muito bem recebidos.D. Informações - e-mail: [email protected]. Renovação da Assinatura � a cargo do interessado (idem providências acima).Verifique no canto superior direito da etiqueta de endereçamento postal, o mês/anodo vencimento. E RENOVE!!!

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21Nº 160 - Janeiro/2011

Preste atenção:a) No arraial de Canudos, a terra per-

tencia a todas as famílias, e as pessoas eramsocialmente iguais. Comunismo primitivo.Como no tempo dos primeiros cristãos.

b) Canudos se defendeu do jeito dopovo: com guerrilha.

c) As classes dominantes são vingati-vas.

d) A Princesa Isabel era feia como apeste e estúpida como uma leguminosa.

Você provavelmente supõe que eu es-teja citando a cartilha de algum movimentorevolucionário. Errou. São extratos da cole-ção de livros didáticos intitulada Nova Histó-ria Crítica, destinada ao ensino médio e fun-damental, em oito volumes, recomendada peloMEC.

Diante desse e de tantos outros abusosdo direito de ensinar, diante do uso políticoe ideológico da cátedra, diante da ideologizaçãodos concursos públicos para o magistério edos amáveis critérios com que se seleciona-ram companheiros para ministrar aulas naUergs, diante da exacerbada militância detantos mestres, diante da apropriação ideoló-gica dos recursos públicos para fins culturais,diante dessa falta de escrúpulos que beira adelinqüência, fica fácil compreender que em1999, jovens universitários brasileiros cujospais andavam de calças curtas quando Fideldesceu de Sierra Maestra tenham escolhido otirano do Caribe para patrono da UNE.

Como escrevi, então, para Zero Hora:

ABSOLUTA FALTA DE ESCRÚPULOS* Percival Puggina

�Quem fez a cabeça dessa gurizada? Duvidoque todos juntos, espontaneamente, tenhamresolvido proceder a uma leitura marxista dahistória, interpretar do mesmo e extravagantemodo os fatos ocorridos na América Latina nasegunda metade deste século, passar por cima detodos os crimes praticados pelo regime cubanoem nome dos ideais que afirmam defender, atro-pelar a ética social, aprovar o sacrifício daliberdade, apoiar uma ditadura e endossar oparedón. Sozinhos e por contra própria,pesquisando nas bibliotecas, é que não foi!

A única resposta sensata para essapergunta absolutamente necessária é a se-guinte: esses jovens aprenderam tais idéiasem sala de aula, de modo sutil. Um livro didáticocom a autoridade que essa condição lhe confere,uma frase aqui, um conceito ali, uma piada acoláe as sementes do totalitarismo, do atraso, datolerância para com a violência, do estado demo-crático quando convém e do estado de direito àmoda do partido, vão envenenando as mentes,conquistando corações e acabam por produ-zir esse monumento ao fracasso da educaçãodemocrática e pluralista que afirmam defen-der: Fidel patrono da UNE.�

Em seu desrespeito para com as res-pectivas disciplinas, esses novos e burlescosprofessores, que não constróem o saber eusam o vazio remanescente para fins torpes,fazem inveja a Raimundo Nonato.

(Porto Alegre - abril/2002)

*Presidente da Fundação Tarso Dutrawww.puggina.org

1) - A ação imperialista norte americanasobre a América Latina gerou profundas conse-qüências na História do continente.

8) - �(...) em 1964 a Nação recebeu um tirono peito. Um tiro que matou a alma nacional (...)Os personagens que pareciam fazer parte daHistória; ou da História do Brasil como nósimaginávamos, esses personagens de repentesumiram. Ou fora do poder, ou presas ou mortos.E em seu lugar surgiram outros, que eu nuncatinha visto. Idiotas que nem mereciam ser nota-dos. De repente, eles eram mais do que donos dopoder, eram donos da realidade! Aí me veio apercepção clara de que o Brasil tinha mudadopara sempre. (...) havia sido cometido umassassinato político. Ali morreu um país,morreu uma liderança popular, morreu umprocesso. Uma derrota política da qual jamaisvai se recuperar nos mesmos termos. (...) Nãose matam somente as pessoas, também sematam os paises,, os processos históricos�(Betinho)

HISTÓRIA - 1ª SÉRIEPROFESSOR - JOÃO AUGUST

9) - (PUC - MG) Leia os textos a seguir:�Quando o extraordinário se torna

cotidiano, é a revolução�. (Che Guevara). Arevolução cubana teve grande repercussãona América Latina, como atração ou repulsa,como �modelo a seguir ou perigo a evitar�.

10) - (UFMG) Leia o texto: A AméricaLatina apresentou, durante o século XX, umasérie de movimento revolucionários de feiçãoacentuadamente social. Ocorreu ao mesmotempo, a implantação de governos ditatori-ais, quase sempre apoiados pela políticaintervencionista dos Estados Unidos.

14) - A figura de Fidel Castro se fundeà própria revolução. O movimento revoluci-onário cubano deve muito a figura de seuprincipal líder, o qual, comandou a partir deseu poder pessoal, todo o processo revoluci-onário. Razão pela qual, ainda hoje se mantéma frente do governo da Ilha. A relação abaixoé composta por frases famosas do citadopersonagem, exceto uma, assinale-a.

COLÉGIOCATARINENSE

PROVA DE HISTÓRIA

Inconfidência Nº 95 - Junho/2006

NR: Selecionamos 5 das 15 perguntas da prova de História. Até na Fundação Osório,instituição de ensino do Exército, vinculada à DEPA - Diretoria de Ensino Preparatórioe Assistencial, uma professora tentou exibir o filme �Diários de Motocicleta�, sendoimpedida pela Diretoria.

Recentemente divulgamos a palestra de �frei" Beto no tradicional Colégio Champagnatde Porto Alegre e agora, a lavagem cerebral no Colégio Catarinense e a "catequese" na Igrejado Carmo, em Belo Horizonte. Se isso acontece em colégios católicos, imaginem nos outros.Onde estarão os verdadeiros religiosos? Serão padres de passeata coniventes com o regime�democrático� de Fidel e de Lula? Estamos encaminhando essa matéria para o Vaticano,tal qual as anteriores.

Em 1964, um golpe de Estado depôs o presidente João Goulart, instalando-seum sistema de governo dirigido pelos militares, que se estendeu até 1985. Você já deveter estudado sua história, além de ter ouvido pessoas mais velhas falando sobre operíodo.

l l lEm 1985, ao final do regime, foi publicado o livro Brasil: nunca mais, contendo

detalhadas informações sobre o sistema de repressão montado após 1964. Veja algumasdelas:

O labirinto do sistema repressivo montado pelo regime militar brasileiro tinhacomo ponta do novelo de lã o modo pelo qual eram presos os suspeitos de atividadespolíticas contrárias ao governo. Num completo desrespeito a todas as garantiasindividuais, previstas na Constituição (...), sem qualquer mandato judicial, nemobservância de qualquer lei.

O emprego sistemático da tortura foi peça essencial da engrenagem repressiva,posta em movimento (...) em 1964. [A tortura] era uma arma que representava, naverdade, a base da pirâmide do autoritarismo e do sistema de imposição da vontadeabsoluta dos governantes.

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO.Brasil: nunca mais. Rio de Janeiro: Vozes 1985.

Depois de analisar os artigos da Constituição de 1969 e as informações extraídas dolivro Brasil: nunca mais, compare-os e passe os dados para seu caderno. Em seguida,organize um pequeno roteiro para entrevistar ao menos dois familiares ou conhecidos quevivenciaram o período dos governos militares (1964 - 1985). Do roteiro, devem fazer parteas questões relacionadas abaixo, além de outras que poderão ser sugeridas pelo (a)professor (a):

1) Você se lembra do golpe de 1964?2) O que você fazia na época?3) Como você descreveria o período?4) Você sabia das prisões e outras violências praticadas?5) A imprensa e as manifestações culturais eram livres?6) Compare aqueles tempos com os dias atuais. As respostas devem ser anotadas, resumidamente, em seu caderno, para servirem

ao debate da próxima aula.

NOSSO COMENTÁRIOEste jornal, �Jornal do aluno�, editado pelo governo de São Paulo, nos foi

enviado por um Chefe de Instrução de Tiro de Guerra do interior do Estado.Note-se como são odientos! Apresentam somente uma fonte de consulta �

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO - o livro Brasil nunca mais. Nenhuma perguntasobre os atos de terrorismo, assassinatos, torturas, seqüestros, cometidos naqueleperíodo. Nem sobre a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, acontecida em 19de março de 1964 na Praça da Sé / Viaduto do Chá, quando mais de 500 mil paulistanossaíram às ruas exigindo a renúncia de João Goulart e �não� à cubanização do Brasil.

Mas o que mais poderia se esperar do governador José Serra e do PSDB?Somente o permanente revanchismo contra as Forças Armadas, em particular, contrao Exército Brasileiro. (Publicado no Inconfidência nº 129 - Julho/2008)

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo Governador: JOSÉ SERRA

JORNAL DO ALUNO

São Paulo faz escolaEDIÇÃO ESPECIAL DA PROPOSTA CURRICULAR

fev/2008 - ensino médio 2sériea 3série

a

Jornal do Aluno / 2ª e 3ª séries - ensino médio História - 21

Regimes de exceção no Brasil republicanoAulas 10 e 11 - O golpe de 1964

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22Nº 160 - Janeiro/2011

CORRUPÇÃO DE MENORESMais uma iniciativa do Estado contra

os alunos nas escolasCom razão o falecido Papa João Paulo II qualificou o aborto como �crime abominável� e�vergonha para a humanidade�. Dom Eusébio Oscar Scheid, Cardeal Arcebispo de SãoSebastião do Rio de Janeiro, em sua �Oração a Nossa Senhora Protetora dos Nascituros�afirma que o aborto é �o pior crime contra a humanidade toda�.2 Lamentavelmente, ogoverno federal não tem medido esforços para favorecer e financiar esse crime no SistemaÚnico de Saúde (SUS).3

No entanto, com tristeza e indignação somos obrigados a constatar que o Estadonão se contentou com esse tipo de ação contra os direitos das crianças e dos adolescen-tes. O que o programa federal �Saúde e Prevenção nas Escolas � Atitude para Curtira Vida� está fazendo supera a malícia do próprio aborto.

Explico-me: pior que matar um pequenino é corrompê-lo. Pior que esquartejar ascriancinhas é destruir sua inocência. Pior que tirar-lhes a vida é induzi-las a cometerpecado. Não foi à toa que Jesus pronunciou estas terríveis palavras: �Caso alguémescandalize um destes pequeninos que crêem em mim, melhor será que lhe penduremao pescoço uma pesada mó e seja precipitado nas profundezas do mar� (Mt 18,6).

UMA CARTILHA DE PORNOGRAFIAO governo federal elaborou

uma cartilha para ser distribuída aestudantes de escolas públicas de13 a 19 anos com o título �O cadernodas coisas importantes � Confi-dencial�. Trata-se de uma agendaem que os alunos, sem o conheci-mento ou consentimento dos pais,deverão anotar suas experiênciassexuais. A cartilha foi elaboradapelos ministérios da Saúde e daEducação ao longo de 2006 e expe-rimentada em alunos do Distrito Fe-deral. A primeira tiragem teve 40 milexemplares e o governo pretendedistribuir 400 mil cópias adicionaispelas escolas do país.

A cartilha explica o que são�ficadas� ou relacionamentos-re-lâmpago entre jovens:

Uma ficada pode significar uma porção de coisas. Beijar, namorar, sair e transar...4

Relate aí embaixo as mais espetaculares ficadas da história. Ou, pelo menos, da suahistória.Como foi: ______________________________________________________Com quem: ____________________________________________________Onde foi: ______________________________________________________Quando foi: ____________________________________________________

Há uma página inteira com figuras ensinando a colocar e a retirar o preservativo.O título é: �O maravilhoso espetáculo do preservativo�, com o subtítulo: �Episódio dehoje: o pirata de barba negra e de um olho só encontra o capuz emborrachado�.

Sob o título �Sedução�, a cartilha ensina:

Colocar o preservativo pode ser uma excelente brincadeira a dois. Sexo não é sópenetração. Seduza, beije, cheire, experimente!5

Notem-se os verbos no modo imperativo, incitando os adolescentes à práticasexual. Se isso não é corrupção de menores, que mais o será?

A cartilha ainda incita à prática da masturbação, descendo a detalhes, conformedescreve a Folha de S. Paulo:

Na parte de masturbação masculina, há a desmistificação sobre criar cabelos oucalos ou ficar com esperma �ralo�. Sobre a masturbação feminina, consideraçõeshigiênicas e dicas para uma exploração �tranqüila e relaxada�.6

Inconfidência - Página 12 - Nº 109 (Maio/2007)

A VERDADE HISTÓRICANos idos de 1950/1960, Assis

Chateaubriand comandava o impériojornalístico dos �Diários Associados� (jor-nais, revistas, emissoras de rádio e de tele-visão), que influenciava a opinião pública,mantinha relações com os altos poderes dogoverno, incluindo a Presidência da Repú-blica, criava ídolos de pés de barro, derru-bava quem desejasse. Tal qual, hoje, asOrganizações Globo, que começaram acrescer no final da década de 60, em plenogoverno �autoritário� (havia autoridade).

De comum, entre os dois impérios:ontem, o apoio irrestrito ao MovimentoCívico-Militar de 1964 e hoje, a mentiradeslavada deturpando as realizações doregime militar que levou o país ao maiorcrescimento jamais registrado em 500 anos,com um PIB de 14% e tentando mudar a sua

História. Por quê? A máquina da desinfor-mação montada nas redações de jornais erádios e nas centrais de telejornalismo,tudo faz para que a verdade não seja conhe-cida. Preferem a meia verdade ou a mentira,divulgadas pelos jornalistas aparelhados,patrulhados,venais e vendidos e petistasque ocupam 80% das redações e são aman-tes de Fidel, Guevara e Chávez.

O �Estado de Minas� apesar do acer-vo histórico de sua Gerência de Documen-tação (microfilmagem de todos os seusjornais e revistas), não o utiliza como refe-rência, intencionalmente, pois não é dointeresse da mídia e do governo petistamostrar a Verdade à nossa gente.

l Quem tem medo da Verdade?l Quem está mentindo?l A resposta é sua, prezado leitor!

A INTENTONA COMUNISTAVISTA PELOS LIVROS DIDÁTICOS

Nova História Crítica8ª Série / 2001

O revolucionário que Olga iria acom-

História - Uma abordagemintegrada / 2001

(Questões dos ENEMs)Em novembro de 1935, a Intentona

Comunista, um movimento armado que su-blevou três quartéis, um em Natal, outro emRecife e o terceiro no Rio de Janeiro. Osrevoltosos acreditavam que outras unida-des militares iriam aderir ao movimento,garantindo a sua vitória contra o governode Vargas. Mas a revolta não se alastrou,ficando restrita aos militares que deram osprimeiros tiros.

A repressão promovida pelo gover-no foi violenta, com prisão, tortura e atémesmo execução dos envolvidos no confli-to. Aproveitou-se para prender, torturar ematar pessoas que nada tinham a ver coma Intentona, mas que eram opositores dogoverno.

A maior crueldade desse período derepressão foi a deportação para a Alemanhade Olga Benário, esposa de Prestes (Pág.227) - O grifo é nosso.

COMENTÁRIOCom estes pequenos exemplos, devidamente comprovados, conclui-se que os livros

didáticos (e a imprensa) procuram deturpar a verdadeira História do Brasil, invertendo osautores de crimes hediondos, de traição e dos assassinatos cometidos em novembro de 1935e, posteriormente, nas guerrilhas urbanas e rurais nos anos 60/70. Onde estão os professorese pais que não reagem a essa lavagem cerebral marxista da nossa juventude?

Para conter as agitações, o governofechou a ANL � Aliança NacionalLibertadora em julho de 1935, prendeu edeportou diversas lideranças operárias epromulgou a Lei de Segurança Nacional.Com a ANL posta na ilegalidade, seus mem-bros mais moderados se afastaram do movi-mento, e a liderança ficou apenas com comu-nistas e militares de esquerda.

Em novembro de 1935, eles deraminício a um levante armado, nas cidades deNatal, Recife e Rio de Janeiro. A rebelião foirapidamente controlada pelo governo, emuitos militantes e simpatizantes da ANLforam presos e torturados. Pág 152 � Capí-tulo 10.

História - 8ª SérieCotidiano e Mentalidades

PNLD/2005

Inconfidência - Página 15 - Nº 120 (Novembro/2007)

panhar era Luis Carlos Prestes, que vol-tava secretamente ao Brasil para lutarcontra Vargas na revolta liderada pelaANL. Getúlio mandou prender milharesde pessoas. O chefe de Polícia, era oterrível Filinto Müller, nazista assumido,torturava barbaramente os presos quecaíam sob suas botas (pág. 145)

HISTÓRIA E VIDA(8ª Série, 4ª Edição/2000)

Editora Ática

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23Nº 160 - Janeiro/2011

O Colégio da Polícia Militar do Paraná- Coronel PM Felippe de Souza

Miranda, localizado em Curitiba, escolheseus livros didáticos entre aqueles maisradicalmente marxistas e com forte teor au-toritário. Exemplos disso são a cartilha deMário Schmidt, já comentada em outrosartigos deste jornal, e o livro Filosofia, deMarilena Chaui (Ática, 2009).

No capítulo A questão democrática,o livro de Chaui expõe o marxismo maisrasteiro e anacrônico ao se basear superfi-cialmente em teorias do subdesenvolvimen-to e da dependência que tiveram repercus-são considerável nos anos 1960 e 1970 paraexplicar as excelentes condições de vidavigentes nos países desenvolvidos. Veja-mos o que o livro diz a respeito:

�É verdade que as lutas popularesnos países de capitalismo avançado am-pliaram os direitos dos cidadãos e que aexploração dos trabalhadores diminuiumuito, sobretudo com o Estado do Bem-Estar Social. No entanto, houve um preçoa pagar: a exploração mais violenta dotrabalho pelo capital recaiu nas costasdos trabalhadores dos países subdesen-volvidos.

Houve uma divisão internacionaldo trabalho e da exploração que, ao me-lhorar a igualdade e a liberdade dos tra-balhadores de uma parte do mundo, agra-vou as condições de vida e de trabalho daoutra parte. E não foi por acaso que,enquanto nos países capitalistas avança-dos cresciam o Estado do Bem-Estar So-cial e a democracia social, no TerceiroMundo eram implantadas ditaduras e regi-

AULAS DE MARXISMOEM COLÉGIO DA POLÍCIA

MILITAR DO PARANÁmes autoritários com os quais os capita-listas desses países se aliavam aos capi-talistas das grandes potências econô-micas� (p. 273).

No mesmo capítulo, esse marxismo,tal qual nos anos 60 transmite aos alunosideias que servem de argumento para acensura aos meios de comunicação, aindaque sob eufemismos como �controle socialda mídia�.

�Um outro obstáculo ao direito àparticipação política é posto pelos meiosde comunicação de massa. Só podemosparticipar de discussões e decisões políti-cas se possuirmos informações corretassobre aquilo que vamos discutir e decidir.

Ora, os meios de comunicação demassa não informam; desinformam. Oumelhor, transmitem as informações deacordo com os interesses de seus proprie-tários e das alianças econômicas e políti-cas destes com os grupos detentores dopoder econômico e político. Assim, pornão haver respeito ao direito de informa-ção, não há como respeitar o direito àverdadeira participação política.

Os obstáculos à democracia nãoinviabilizam a sociedade democrática.Pelo contrário. Somente nela somos capa-zes de perceber tais obstáculos e lutarcontra eles� (p. 275).

Como se vê pelo último parágrafo,Marilena Chaui não defende o fim da demo-cracia representativa, mas apenas utilizá-lacomo instrumento para instituir órgãos decensura à imprensa disfarçados de controlede qualidade ou algo do gênero. Quem jánão ouviu falar disso, recentemente?

Todo presidente cumpridor das leis

constitucionais fixa-senos Objetivos de Es-tado para, de maneirasistêmica e contínua,

atender às necessidades da Nação, comuma única diretriz: a de desenvolver oPaís em benefício da coletividade. Situar-se acima da Lei Maior e do Estado parasatisfação pessoal e demolição intencio-nal das instituições é crime que a sempregenuflexa sociedade, cúmplice pela igno-rância, não deseja enxergar e punir.

A política de um partido escarnecedos valores característicos da nacionali-dade e os vai substituindo, paulatina-mente, pelos desvalores da doutrina es-tranha que regem tal agre-miação. São normas decomportamento avessas àstradições do País, estasalicerçadas no humanismoe no cristianismo, forma-dores da sociedade brasi-leira.

Humanismo não é omesmo que �direitos hu-manos�. Estes são a dis-torção do primeiro, paraproteger o erro, a ignorância, a mentira, ocrime, a promiscuidade, minimizando to-dos esses desvios de conduta com ate-nuantes eufêmicos, denominados �poli-ticamente corretos�.

Não há uma instituição brasileiraque não tenha sofrido a intromissão dogoverno, insistente no seu plano de so-lapar as salvaguardas da moral e da éticanacionais. Todas elas (instituições)apresentam sequelas da insidiosa dou-trina de um réprobo, elaborador demeios desconstrutores dos conceitosque definem as características de umpaís. Este abjeto fim, somente um ambi-cioso poderia atingir como disseminadordas ideias de desmoralização das leis e dosvalores éticos e hierárquicos. Fala-se aqui,de Antônio Gramsci e de Lula, que fez deleo seu alter ego.

Entre todas as instituições, as maisvisadas pela desconstrução gramscista sãoa Família, a Educação e as Forças Armadas.As duas primeiras são objetos deste artigo.

NR: Se isso acontece em um Colégio da Polícia Militar, imaginem nas escolaspúblicas municipais da periferia... Que mais poderia se esperar do ex-governadorRoberto Requião, fraterno amigo de Hugo Chávez?

*Ailedade Mattos Oliveira

* Professora UniversitáriaMembro da Academia Brasileira de Defesa

A EDUCAÇÃOEM ESTADO TERMINAL

A Família e a Educação estão amalga-madas O mal que atinge a primeira fere, noâmago, a segunda, e a reciprocidade é umfato. Constituem-se ambas no organismoalimentador da Nação e, debilitadas pelogérmen da corrupção em todos os níveis,corre perigo a própria Nação de ser con-sumida nas suas raízes.

A educação brasileira curvou-se àpedagogia de Gramsci. A passividade dospais quanto ao aprendizado dos filhos, atendência de parte dos professores, emater-se à sua disciplina sem crescer comoutras leituras permitem ao governo interfe-rir no processo ensino-aprendizagem e afe-tar psicologicamente o comportamento dascrianças do Ensino Fundamental, a idade daformação. A liberação de livros didáticos,

altamente perniciosos, elabo-rados por professores da mes-ma linha doutrinária e distri-buídos por órgãos governa-mentais, todos pagos com odinheiro do contribuinte paraanularem a consciência de seuspróprios filhos, é fato consu-mado.

Se a Educação está emfalência, por simbiose entraem falência a Família, sem von-

tade de lutar pelos filhos, achando que as�novas regras� são ditames da �era glo-balizada�, temática constante das teleno-velas e, certamente, argumento da condici-onada direção da escola.

Não satisfeitos com a criação da�nova história do Brasil�, em que persona-gens réus posam como heróis, partem paralevar a distorção sexual aos alunos, emlivros didáticos a serem distribuídos nasescolas, acompanhados de filmetes, exem-plos visuais da degradação moral a quedesejam levar as crianças do Ensino Fun-damental. Como prender, na sociedade,os desvirtuadores de criancinhas, se ogoverno é o maior criminoso?

Do programa de metas deste parti-do, somente duas foram cumpridas, cominteira perfeição metodológica: acorrupção integral da República e a infil-tração de matéria corrosiva nos alicercesque a sustentam: os da Educação e os daFamília.

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Presidente Mao Tsetung

1949 - 1999: 50 anos da gloriosa Revolução Chinesa!Viva o Presidente Mao Tsetung

Carteira Estudantil/MG - 1999

Não satisfeitos com a criaçãoda �nova história do

Brasil�, em que personagensréus posam como heróis,

partem para levar a distorçãosexual aos alunos, em livros

didáticos a seremdistribuídos nas escolas,

acompanhados de filmetes,exemplos visuais da

degradação moral a quedesejam levar as crianças do

Ensino Fundamental.

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24Nº 160 - Janeiro/2011

CAIXA POSTAL

Tenho 80 anos e durante 35 anos fui professora em escolas públicas e particularesno Rio de Janeiro, ministrando aulas para o ginasial e científico. Naquele tempo os

professores eram respeita-dos, o hino nacional eracantado, a bandeira brasi-leira hasteada, nossos he-róis eram cultuados etinhamos aulas de OSPB.

Lembro-me das revis-tas em quadrinhos que eramencontradas em bancas dejornais, intituladas �Gran-des Figuras� e �Os maioresmomentos de nossa histó-ria�, com figurinhas paraserem coladas.

Hoje, vejo meus netosserem enganados pelosprofessores que também osão. Não sabem quem foiRuy Barbosa, Caxias,Rondon, Benjamim Constant, Barão do Rio Branco, Castro Alves, Ana Neri, MariaQuitéria, Joana Angélica, só os conhecem como nomes de ruas. Após ler o Inconfidên-cia, me sinto muito preocupada, não por mim, mas por nossa juventude que �curte�Guevara, Fidel, Prestes e outros adeptos do materialismo e comunismo que nunca deucerto em lugar nenhum e muito menos no Brasil dará.

Ofereço ao Inconfidência, as duas revistas acima citadas e 12 gravuras de perso-nagens de nossa História do Brasil, que talvez possam ser úteis para vocês.

Que Deus os proteja! (12/04)NR � Agradecemos e colocamos o material à disposição dos professores que

desejarem consultá-lo. Inconfidência - Nº 67 (Abril/2004)

PROFª. CARMEM MARIA LOPES MIRANDARIO DE JANEIRO/RJ

Na tarde de 1º de agosto, durante as manifestações dos movimentos �CHE-GA DE CORRUPÇÃO� e �ÉTICA JÁ�, nas escadarias da Assembléia Legislativa,fomos mais uma vez procurados por professoras para se queixarem do que vemacontecendo com elas � Não existe plano de carreira; a violência campeia nasescolas, muitas vezes são agredidas verbal e fisicamente pelos alunos e seus pais;não são consultadas na escolha dos livros didáticos e muitos deles pregam abertae claramente a luta de classes e fazem apologia ao socialismo/comunismo; aHistória do Brasil é deturpada; apesar do salário baixo, lecionam em 2 escolas, pelamanhã e pela tarde, sem receber vale transporte e vale refeição e ainda pagam acontribuição previdenciária em dobro, quando possuem dois cargos; o seusindicato a UTE � União dos Trabalhadores da Educação, mais parece vendidoao governador Aécio Neves pois nada faz, tal qual a UNE, à inteira disposição doPT e de Lula, recebendo milhões de reais do Governo Federal

E não há dinheiro para nos pagar melhor, diz a professora que nos entregouo seu contra-cheque pedindo a sua publicação na íntegra, inclusive com o seunome o que deixamos de fazer, a fim de não expô-la. Com a palavra a Secretaria deEducação e o Governador. Não duvidamos que pouco antes das próximaseleições, seja aprovado o Plano de Carreira do Magistério Estadual...

ADM ÁLVARO PEDREIRA DE CERQUEIRA Belo Horizonte/MG

Sr. Senador Aloízio Mercadante,Dias atrás caiu-me nas mãos um exemplar do espantoso livro �Capitalismo paraprincipiantes�, distribuído pelo Ministério da Educação a todas as escolas de ensinomédio brasileiras. Envio anexos a capa e umas duas páginas. Trata-se de um bestialógicoimbecilizante que define o empresário privado como �bandido explorador do povo�e a propriedade privada como �roubo�. (sic) Então o governo Lula pretende mesmoimplantar um regime comunista no Brasil.

Esse livro é quase cópia do livro �Manifesto comunista�, publicado em Portugalquando da fracassada Revolução dos Cravos�, que levou esse país a destruição desua economia e à alta inflação. Adota o mesmo estilo de desenhos de péssimo gosto,com pessoas e bichos conversando. As pessoas são peludas e com boca cheias dedentes de tubarão, como para retratar o empresário privado, que é definido como�bandido explorador do povo�. E a propriedade privada como �roubo�. Então, o livroquer transformar os adolescentes escolares em trogloditas políticos robotizados, parapassar a reverenciar Lula como seu lider comunista, tal como o pobre povo cubanoé tratado pelo dono de Cuba, Fidel Castro, que está bilionário em dólares no exteriore o povo cubano passa fome. E até hoje é excluído digital.

Aguardo comentário que explique a razão da escolha do comunismo pelogoverno petista, em vez da economia de mercado capitalista que enriqueceu os povos antespobres como da Coréia do Sul, de Taiwan, Singapura e outros, enquanto o comunismo emquase um século arruinou as economias dos países que o adotaram, enriqueceu os poucosdirigentes do partido único e matou mais de 150 milhões de pessoas.

Saudações de protesto. (01/06/) Inconfidência - Nº 127 - Junho/2008

(Publicado no Inconfidência nº 143 - Agosto/2009)

NR: Não nos surpreendeu o arquivamento do inquérito civil público,instaurado a partir da representação contrária à edição e distribuição delivros didáticos às escolas de Ensino Fundamental, pelo MEC.

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25Nº 160 - Janeiro/2011

PROFESSORAMARIA RAQUEL F. CARNEIRO

Porto Alegre/RSParabéns! Parabéns! Não bastas-

se a denúncia aos livros didáticos aquiadotados, o conteúdo do jornal é SEN-SACIONAL!! É difícil escolher o melhorartigo. Não sei se fico com a cartaendereçada ao presidente Lula (página8), o �Temos Copa� do jornalistaparanaense ou com o do general que dáo nome à boiada que nos governa: �Ca-lhordas e Bandidos�.

Pena que os nossos jornais�Zero Hora�, �Correio do Povo� e �O

OCEANOPACÍFICO

OCEANOATLÂNTICO

1968

1953

1958

1963

1963

1956

19631961

1971

1968

1971

1964

19541973

1976 1973

DITADURAS NA AMÉRICA LATINA

Sul�, não tenham a mesma coragem do Inconfidência. Mas é fácil compreender- dependem das gordas verbas publicitárias dos governos federal e estadual.

Quanto ao caderno histórico da Intentona Comunista, assuntos que nemeu, como estudiosa professora de História, sabia que haviam acontecido. Naverdade, somos enganadas e enganamos os nossos alunos, por comodismo oupor omissão.

Guardei os jornais que recebi de um parente e ao mostrá-los na sala dosprofessores, tive que protegê-los, pois todos os queriam. Se puder, envieoutros mais. Muito obrigado.

PS: Se for possível, apresente novamente o mapa - Ditaduras na AméricaLatina - as datas ficaram ilegíveis, dificultando o entendimento. É preciso divulgá-lo para que os pais dos alunos e nós, professores, tomemos conhecimento a queponto chegamos, compactuando com tamanha mentira, que é mais do que umdeboche - é a comprovação da comunização da juventude brasileira através doslivros didáticos editados pelo Ministério da Educação, com a conivência dos

professores que não reagem (05/12)

NR: O mapa é apresentado na página 219 dolivro do professor: HISTÓRIA - COTIDIANO EMENTALIDADES - 8ª Série - adotado nas escolasdo Rio Grande do Sul, aprovado pelo MEC (sic)- PNLD/2005. Realmente, omitir as ditaduras deCuba e da Nicarágua, é mais do que um deboche,como afirma acima a professora - é duvidar dainteligência dos professores e caracterizar a ver-tiginosa corrida, não mais sub-repticiamente, àsescâncaras, para a comunização do Brasil.

CUBA

Inconfidência - Nº 121 - Dezembro/2007

PROFª BÁRBARA HELIODORAOuro Preto/MG

Pela primeira vez alguém teve a coragem de denunciar a verdadeira situação das professorase das escolas públicas de Minas Gerais. Mas não é só o que foi citado no Inconfidência (pág

15 nº 126), mais ainda: os crimes cometidos, o abuso sexual, o tráfico de drogas e o vandalismopraticado pelos alunos. Recentemente, um canal de TV apresentou uma diretora com dezenas deboletins de ocorrências na mão, reclamando que não foram tomadas quaisquer providências pelogoverno do Estado. Somos ofendidas e agredidas, quase diariamente, pelos alunos que não podemser expulsos e disso se aproveitam.

Os livros didáticos, principalmente os de História, deturpam o que realmente aconteceue ainda pregam a luta de classes, cultuam Fidel Castro e Guevara, promovem as revoluçõescomunistas acontecidas no século passado que não deram resultados em lugar nenhum do mundo.

O livro apresentado �Capitalismo para principiantes� faz a apologia do comunismoabertamente, agredindo e enganando as mentes em formação da nossa juventude. A quem apelar?(12/06)

NR: Recebemos diversas cartas de professores, não só de Minas Gerais, como também doRio de Janeiro, de Fortaleza, Florianópolis, Brasília e do Rio Grande do Sul. Deixamos depublicá-las, pois todas estão sintetizadas na carta acima, da qual retiramos o nome da autora,pois poderia sofrer represálias da Secretaria de Educação.

NR: A partir de 2007, deixamos de enviar aproximadamente 1500 jornaispara as escolas / faculdades por absoluta falta de condições financeiras. Atual-mente enviamos nossos jornais através de professores, para o Curso de Direito daFaculdade Newton Campos; Curso de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá;Curso de Administração da FUMEC; Diretoria do Colégio Estadual Central deBelo Horizonte e para diversos alunos de faculdades que os distribuem por contaprópria e ainda pela internet, para inúmeros estudantes.

AOS PROFESSORES

Neste mês de fevereiro cadastramos as escolas públicas estaduais de Juiz de Fora,Santos Dumont, Uberaba, Uberlândia, Araguari, Itajubá, Governador Valadares,

Contagem e Betim.Considerando que são mais de 500, decidimos republicar os assuntos de jornais

anteriores que tratam do PROCAP - Programa de Capacitação de Professores e dos livrosdidáticos adotados nas escolas públicas de Minas Gerais, para que o professoradomineiro tome conhecimento da incapacidade dos (i)responsáveis pela Educação emMinas Gerais e da marxização da História do Brasil.

A fim de que os professores das escolas recém cadastrados possam participar doconcurso, será prorrogado o prazo para a entrega dos trabalhos sobre o �MovimentoCívico-Militar de 31 de março de 1964� para 25 de abril/02, que terá o número de linhasaumentado de 70 para 80, totalizando 5.760 toques.

Serão solicitados aos autores dos trabalhos vencedores o currículo e a bibliogra-fia para publicação e divulgação por ocasião da entrega dos prêmios.

(Inconfidência, nº 45 - Fevereiro/2002)

Inconfidência - Nº 127 - Junho/2008

No início do mês de abril, cadastramos eremetemos nossos jornais (nº 38) para

133 escolas públicas (municipais e estaduais)da Grande Belo Horizonte, na esperança deque alguns professores, após lê-los, façamuma apreciação da verdadeira História doBrasil e concluam que estão sendo enganadospelos livros didáticos adotados pela Secreta-ria de Educação/MG, com o aval do MEC.Conseguindo convencer 10% dos professo-res, nos damos por satisfeitos nesta primeiraetapa. Até o fim do mês de abril, recebemos 18correspondências, duas das quais transcrevemosabaixo. Considerando o sucesso alcançado que,julgamos poderia ser maior (se alguns não tives-sem receio de assinar), decidimos cadastrarmais 262 escolas públicas, para as quais expe-dimos, no dia 7 deste mês, o mesmo jornal.

Temos conhecimento de que o profes-sorado mineiro, não concorda com as diretri-zes impostas pelo Ministério da Educação,assim como também com a falta de dignidadecomo é tratado pelo governo estadual. Comoexemplo: obrigatoriedade de aprovar alunos,mesmo analfabetos, a fim de cumprir as metasdeterminadas pelo MEC; (para agradar órgãos

AO PROFESSORADO MINEIROinternacionais?), manutenção de alunos comdeficiência mental na mesma sala de aula, preju-dicando o aprendizado; reclamações de alunos ede pais, cujos filhos, quando concluem os cursosdos projetos "Acertando o passo" e "A caminhoda cidadania", não encontram espaço no mercadode trabalho; sente a falta de segurança, principal-mente a noite; sofre ameaças físicas e morais porparte de pais e de alunos - problema; convive com"menores" infratores; queixa-se da inoperânciado Conselho Tutelar, tem o salário aviltado;convive com o tráfico de drogas nas escolas daperiferia e aguarda há anos aprovação do planode carreira.

O professor não foi e não está prepa-rado para enfrentar essas situações. Sua fun-ção primordial é orientar, ensinar e educar.

O professorado deve e merece ser va-lorizado e prestigiado pelas autoridades esociedade e não pode continuar a ser enganadoideológica e politicamente. Dele depende aformação moral, ética, psicológica e patrióti-ca de nossa juventude, hoje tão abandonadapor quem tem a responsabilidade constituci-onal de prover sua Formação e Educação.

(Publicado no Inconfidência nº 39 - Maio/2001)

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26Nº 160 - Janeiro/2011

A COMUNIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

�Um povo sem história é um povo vazio. E quem não relembra os feitos de seupovo,  não vive, não tem alma, não sente a vida, não vibra.� (Leon Frejda Szklarowsky)

* Hiram Reis e SilvaA �HISTÓRIA� RECONTADA

�Ressignificação da Memória�A historiografia moderna está de tal forma impregnada pela ideologia partidária que

se torna difícil ter acesso à versão real dos fatos. Os novos �historiadores� se preocupam,por demais, em atrelar suas convicções ideológicas aos eventos históricos comprometen-do, com isso, a veracidade dos acontecimentos.

A �história� reescrita pelos derrotados da �Revolução Redentora de 31 de Março�é carregada de revanchismos e atentados contra os verdadeiros heróis da nacionalidadebrasileira transformando-os em vilões enquanto os traidores de outrora são enaltecidos.Os �pseudo historiadores�, a serviço da máquina pública, são capazes de ultrajar a figurade um Duque de Caxias e enaltecer a do déspota paraguaio Solano López.

Os livros de História distribuídos pelo Ministério da Educação são um ultraje àmemória de nossos antepassados e à inteligência do povo brasileiro.

O termo �ressignificar� amplamenteusado pelos �Companheiros Acadêmicos�foi, na verdade, a maneira encontrada pelosmilitantes �petralhas� de atribuir um signi-ficado �politicamente correto�, segundo avisão deles, é claro, a eventos consideradosnão alinhados com a ideologia do partido.

A balaiada, por exemplo, foi uma ame-aça à integridade nacional. Caso não tives-se sido debelada por Caxias, o Maranhãoteria se tornado a �República Bem-Te-Vi�.Cosme Bento das Chagas, um dos líderes domovimento, que a esquerda enaltece comoum campeão da igualdade, e seautodenominava �Imperador, Tutor e De-fensor das Liberdades Bem-te-vis�, vendiatítulos e honrarias a seus sequazes.

O historiador, geógrafo, escritor, po-lítico e editor marxista Caio Prado Júniordepois de uma visita à União Soviética, naépoca de Stálin, publicou �URSS - um novomundo (1934)�, cuja edição foi apreendidapelo governo Vargas. Em relação à Balaiada,Prado Júnior faz a seguinte consideração:�na origem deste levante, vamos encontraras mesmas causas que indicamos para asdemais insurreições da época: a luta dasclasses médias, especialmente urbana,contra a política aristocrática e oligár-quica das classes abastadas, grandes pro-prietários rurais, senhores de engenho efazendeiros, que se implantara no país�.

Nelson e Claudino Piletti vão maislonge: �A Balaiada, uma das mais vigoro-

�Ressignificando� a Balaiada

sas revoltas populares da História do Bra-sil, chegava ao fim. Fora esmagada pelabotas, pelos fuzis e pelos sabres das forçasoficiais para garantir os privilégios (asterras, os escravos e o poder) das elites doMaranhão. (...) O comandante do massa-cre que inundou as ruas com o sangue dehomens brancos pobres, dos mestiços e dosnegros que buscavam a liberdade, LuisAlves de Lima e Silva, foi regiamente re-compensado pelo governo. Por esse� atode bravura recebeu o título de Barão, edepois, Duque de Caxias, posteriormentetornou-se o patrono do Exército Brasilei-ro.

(...) Os sertanejos, os artesãos, osnegros fugidos - o povo pobre do sertão,enfim  foram massacrados pelo Exército,simplesmente porque queriam uma vidamelhor. A preocupação do governo eraquanto ao fato das classes oprimidas esta-rem participando ativamente do processopolítico, com armas na mão�. (História eVida Integrada - Livro didático do 8° ano)

A Balaiada, uma rebelião liderada porfacínoras que defendiam seus próprios in-teresses, foi transformada em luta de clas-ses. Antes mesmo da intervenção de Caxias,a insurreição, que já se encontrava compro-metida e debilitada com as divergênciasentre seus chefes e as lideranças liberais, foi�ressignificada� para atender aos procla-mes da ideologia marxista.

* Coronel - Professor do Colégio Militar de Porto Alegre - Acadêmico da Academia de HistóriaMilitar Terrestre do Brasil - Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

A 17 de outubro de 2008, encaminhamos ofício ao Procurador Geral da Justiça do Estado de Minas Gerais, Dr Jarbas Soares Filho, versando sobre �A Comunizaçãoda Educação�. Na tarde do dia 22 do mesmo mês, fomos visitá-lo e encontramos grande receptividade de sua parte, prometendo também estudar  como poderia abordar

o assunto e tomar, se possível, as providências necessárias. Em conseqüência, determinou ao Centro de Apoio Operacional dos Promotores de Justiça de Defesa da Infânciae da Juventude (CAO-IJ), análise e eventuais providências de acordo com o of. GAB/3691 de outubro/2008, endereçado ao presidente do Grupo Inconfidência.

E ficou por isso. Passados 10 meses, nada mais nos foi informado. Estaremos voltando ao assunto junto ao novo Procurador-Chefe de Justiça/MG.

Estamos passando pela crise daEducação e como professores nossentimos agredidos e enganados por

aqueles que têm a obrigação de nos orientar edirigir a política educacional.

A crise no setor educacional não é dehoje, e a sua solução tem sido motivo de muitosdebates. Entretanto, as soluções milagrosas quetêm sido aplicadas ultimamente, como a EscolaPlural e o Projeto Sagarana de inspiração marxis-ta cubana, têm produzido os piores resultados.Em toda as avaliações internacionais os alunosbrasileiros sistematicamente têm tirado os últi-mos lugares. Que futuro terão eles quando sãodesprezados os avanços culturais desenvolvi-dos no Ocidente desde o Iluminismo e adotadosmétodos socialistas, completamente fracassa-dos?

É estarrecedor constatar-se a que pontochegou o espírito de hostilidade, que permeia amente daqueles a quem está entregue, nestemomento histórico, a nobre tarefa de orientar oensino em nossas escolas públicas.

Vemos, inertes, de como o MEC estácoordenando a tarefa solerte de rescrever a His-tória do nosso País, segun-do a ótica que convém àesquerda que hoje nos go-verna.

O alvo preferenci-al dessa manobra é a juven-tude, incapaz de perceber afinalidade dessa pregação.

De acordo com osnovos parâmetros curri-culares e a nova Lei de Di-retrizes e Bases, o papelque a escola desempenhahoje é bem diferente do pas-sado. É válida a modifica-ção mas não entendemos aspropostas pedagógicasveiculando ideologias mar-xistas e produzindo livros didáticos que pregama luta de classes e valores diferentes daqueles emque fomos educados.

O Hino Nacional não é mais cantadonas escolas e a proposta da LDB é de que nãose deve perpetuar mitos e heróis. A figuraexponencial do Duque de Caxias não pode seralvo de manipulação política, caindo no esque-cimento de muitos professores (a maioria), nãosendo sequer citado para os alunos. Quando setrata da revolução liberal ou mesmo da guerra doParaguai, a doutrinação passa a ser vergonhosa,dando crédito às mentiras, assim como fize-ram com outros grandes heróis, inclusiveTiradentes recentemente e que foi motivo dereação dos verdadeiros brasileiros.

Indignados, os professores sentem queestão sendo usados por mentes retrógradas

RESCREVENDO A HISTÓRIAinfiltradas e atuantes na Edu-cação, a serviço de ideologiasultrapassadas.

Como professora deHistória, ao ler o artigo doMinistro Jarbas Passarinhointitulado �A guerra contra oParaguai�, há dois anos, ocumprimentei pela antológicaaula sobre aquele acontecimento, reconstituindoa História do Brasil, tão deturpada nos livrosdidáticos adotados em Minas Gerais. Mais valeo conhecimento adquirido pelo artigo do ex-ministro da Educação, do que a leitura dos livrosde História distribuídos às escolas públicasestaduais e municipais com o aval do MEC.Jamais iríamos tomar conhecimento desses fa-tos que nos são sonegados por quem deveriaensinar a verdadeira História do Brasil, não fosseo Jornal do Grupo Inconfidência.

No Caderno da TV Escola, nº- 3, MEC/2003, o capítulo da Guerra do Paraguai só abordaaspectos desfavoráveis, tentando desmoralizaro Brasil e não cita o nome do Duque de Caxias.

Este exemplo, bem caracteriza a Histó-ria oficial apresentada e queestá sendo muito mal rescrita,transformando heróis embandidos e bandidos em he-róis, ocultando da juventudemomentos de bravura e dededicação à pátria, que con-sagraram ilustres vultos bra-sileiros, como o Duque deCaxias e o Barão do Rio Bran-co, que impediram a fragmen-tação da Nação Brasileira.

É isso que queremospara o nosso Brasil e para osnossos filhos?

Precisamos vencer essamentalidade retrógrada que temdominado nossos (?) go-

vernantes nos últimos tempos. Devemos istoaos nossos filhos. Estamos preocupadoscom o crescimento da marxização da Educa-ção e com os movimentos �sociais� de es-querda incentivando a luta de classe até noslivros didáticos...

A História de uma nação deve servircomo um elemento construtivo de aglutinaçãode seus filhos e jamais como um fator dediscriminação excludente, de desagregação edesvalorização dos heróis nacionais. Paraonde vamos?

l Graduação em Pedagogia, Letras e HistóriaPós-Graduação em Supervisão, Orientação e

Magistério Superior l ADESG/2002Profª de Geografia, História e Português naE.E. Rose Haas Klabin, em Santa Luzia/MG

* Nivalda Andrade

(Publicado no Inconfidência, nº 59 de 25/08/2003)

(Publicado no Inconfidência nº 143 - Agosto/2008)

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A guerra do Paraguaicomeçou em novembro de1864, quando Solano Lópezrompeu relações com o Brasil,apresou um navio brasileirono rio Paraguai e invadiu oMato Grosso.

O Brasil e a Argentinaconseguiram alguns milhares dequilômetros (sic) de terrasparaguaias, mas perderam mi-lhares de homens e aumentaram sua depen-dência da Inglaterra (pág. 33)

�Voluntários da pátria�: homenspreados, algemados e encarcerados (pág.36 - Júlio J. Chiavenato).

SUPLEMENTOS DE TEXTOSCapítulo 3 - Texto 2.

Enquanto o Brasil, a Argentina eo Uruguai importavam até alfinetes (nóscomprávamos da Inglaterra, por exem-plo, esquis para neve!), o Paraguai im-portava basicamente técnicos, forman-

A guerra do Paraguai

A Balaiada, uma das mais vigoro-sas revoltas populares da História doBrasil, chegava ao fim. Fora esmagadapelas botas, pelos fuzis e pelos sabresdas forças oficiais para garantir os privi-légios (as terras, os escravos e o poder)das elites do Maranhão.

O comandante do massacre, queinundou as ruas de Caxias com o sanguedos homens brancos pobres, dos mesti-ços e dos negros que buscavam a liber-dade, Luís Alves de Lima e Silva, foiregiamente recompensado pelo gover-no. Por esse �ato de bravura�, recebeu otítulo de Barão, e depois, Duque deCaxias, e posteriormente tornou-sepatrono do Exército Brasileiro (Pág. 49)

Os sertanejos, os artesãos, os ne-gros fugidos - o povo pobre do sertão,enfim - foram massacrados pelo Exército,simplesmente porque queriam uma vida

As Rebeliões RegenciaisRoberson Oliveira - Editora FTD/1996

O oficial do Exército Luís Alves deLima e Silva (Duque de Caxias)comandou, em 1841, o massacre

dos balaios

melhor. A preocupação maior do governoera quanto ao fato de as classes oprimidasestarem participando ativamente do proces-so político, com armas na mão. (Pág. 51)

A BALAIADA

A MARXIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Escrever sobre a Guerra contra o Paraguai e silenciarsobre o nome de Caxias, naquele episódio memorável, nãoé fazer História, é desfigurá-la, é demonstrar pouco apreçocom o magistério e com o seu elevado compromisso derevelar a verdade dos fatos às novas gerações.

É inacreditável que tal agressão à nossa memóriahistórica, esteja sendo praticada exatamente no ano em quea nação comemora o bicentenário do nascimento daquelevulto maior da História do Brasil e Militar, sob o olharcondescendente, omisso e desrespeitoso do nosso Minis-tério da Educação, órgão que deveria zelar pela integridadedo que a nossa nação tem de mais significativo: o patrimôniodo exemplo dos nossos maiores heróis e patriotas.

Este livro da TV ESCOLA, foi editado pelo MEC nesteano, ou seja já sob os auspícios do atual governo petista,é de se perguntar: para onde querem nos levar, com maisesta prática desleal e discriminatória?

Publicado no Inconfidência nº 59 de 25 de agosto de 2003Publicado no Inconfidência nº 43 de 30 de novembro de 2001

Publicado no Inconfidência nº 44 de 18 de janeiro de 2002

COMENTÁRIO

do profissionais.O Paraguai era um perigo ao cres-

cente imperialismo inglês... Juntaram-se questões de fronteiras, o cerco eco-nômico britânico - principalmente atra-vés de seus aliados brasileiros e argen-tinos - e daí, a guerra. (Julio JoséChiavenato)

Defendendo os interesses da In-glaterra, os aliados da Tríplice Aliança:Brasil, Argentina e Uruguai - lucraramcom a guerra, ganhando territórios con-quistados ao Paraguai.

COMENTÁRIOSNo início da guerra, o Brasil e a Inglaterra não mantinham relações diplomá-

ticas, que só foram reatadas em 23 de setembro de 1865, em Uruguaiana, encerrandoa Questão Christie, com a presença do Imperador D. Pedro II.

O Paraguai apresou o navio brasileiro Marquês de Olinda (12.11.1864) einvadiu o Mato Grosso (26.12.1864).

A província argentina de Corrientes também foi invadida (abril/1865) e SãoBorja, Itaqui e Uruguaiana, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul foram ocupadaspelas tropas do Coronel Antônio Estigarribia em julho, que rendeu-se aos brasilei-ros a 18 de setembro de 1865, em Uruguaiana.

Caxias, Osório, Mallet, Sampaio, Tamandaré, Marcílio Dias, Antônio João eoutros heróis são ignorados pelos autores. No entanto, �o presidente�, (também nãoé ditador, tal qual Fidel Castro) Francisco Solano López merece uma foto que ocupaespaço de um quarto de página (32) e até a sua amante, a irlandesa Elisa Lynch, élembrada.

A frase �Sigam-me os que forem brasileiros� não é citada, mas �Muero com (sic)mi patria" recebe especial atenção (pág. 37).

CERRO CORÁ - de um lado, 4500 soldados aliados, de outro, apenas 250combatentes paraguaios. Este fato lembra �A guerrilha do Araguaia�, publicadapelos mesmos autores, no livro de História da 8ª série (pág. 277): �De um lado, cercade 20 mil soldados das Forças Armadas; do outro, aproximadamente 70 (setenta) jovensidealistas, participantes de um movimento guerrilheiro organizado pelo Partido Comunista doBrasil, que pretendiam derrubar a ditadura militar e implantar o socialismo no Brasil.�

Gostaríamos que o Secretário da Educação/MG, Murílio de Avellar Hingel,Ministro da Educação no governo Itamar Franco e que trabalhou no MEC, duranteo regime �autoritário� do Presidente Emílio Médici (o mais sanguinário de todos- pág. 280 Nova Histórica Crítica / 8ª Série), subordinado à Ministra professoraEurides Brito, nos respondesse:

· Quem provocou a guerra?· Quem invadiu o território brasileiro?· Para onde foram os esquis para a neve?· Desde quando o Uruguai possui territórios conquistados ao Paraguai? Na

ocasião seriam limítrofes?· Quais os territórios apossados pelo Brasil?· Caxias participou da guerra contra o Paraguai?· Há conotação da foto de Solano Lopez com Fidel Castro?É lamentável a farsa montada pelos (i)responsáveis da Educação no Brasil,

permitindo a luta de classes e a marxização da História Pátria E tudo de acordocom a proposta curricular de Minas Gerais...

AO GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS

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28Nº 160 - Janeiro/2011

No início deste mês, mais uma vez, 5professoras (3 de BH e 2 de Betim)

nos procuraram trazendo-nos mais 4 li-vros de História que estão sendoadotados nas escolas públicas estaduaisde Minas Gerais.

Não mais os de autoria de MarioSchmidt, nem os de Nelson e ClaudinoPiletti. No entanto, desapareceram da capaos dizeres PNLD � FNDE � Ministério daEducação - Governo de Minas Gerais,escondendo os responsáveis pelos cri-mes ideológicos cometidos contra a ju-ventude brasileira.

Ainda não tivemos a oportunidadede dissecá-los, no entanto, folheando-ossuperficialmente, parece que mudaramsomente as moscas.

E o �manifesto comunista� em qua-drinhos, intitulado �Capitalismo para prin-cipiantes�, já em sua 28ª edição/2008,continua sendo distribuído pelo Minis-tério da Educação às bibliotecas das es-colas públicas de todo o país, de acordocom o PNBEM/2008 � Programa Nacional

Biblioteca da Escola para ao Ensino mé-dio, pregando clara e abertamente a lutade classes, fazendo a apologia ao comu-nismo (em que lugar do mundo deu resul-tado?) e condenando o capitalismo. Vol-taremos ao assunto.

O MST está em condições de provocar o caos no campo, se e quando quiser, claroestá que em conluio com os partidos de esquerda. E, nesse caso, de bem pouca valia serãoaeronaves supersônicas, submarinos nucleares, etc. Quem poderia enfrentá-los está semcomida, sem munição, com o efetivo reduzido e instrução limitada. E a END não temresposta para isso.

Abaixo, páginas de cartilhas do MST, que buscam moldar a mente das crianças emsuas escolas, induzindo-as às futuras formas de luta marxistas.

O QUE O MST ENSINAÀS SUAS CRIANÇAS

NOVOS LIVROS DE HISTÓRIA EDITADOSPELO GOVERNO, PARA ATRAIR A

JUVENTUDE AO COMUNISMO

Jovens de 13 a 25 anos recebem quase 4horas por dia de formação ideológica, emcentro de preparação de militantes do

MST, numa fazenda do Pontal do Para-napanema. O JT esteve lá e conta como é Avida no centro de preparação de militantes doMovimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST), em uma fazenda do Pontal doParanapanema, sudoeste do Estado, começacedo. Às seis, os 75 alunos - jovens de 13 a 25anos - pulam da cama.Às 7h, estão forma-dos para começar ostrabalhos. A bandei-ra do MST é hasteadae eles cantam o hinodo movimento.

Na parte damanhã, aprendem alidar com a terra (ocentro compreende asede e 10 alqueires dafazenda, desapropri-ada para assentamen-to). Esta atividade,como se verá, tem parao movimento um va-lor não apenas pro-dutivo, mas estraté-gico. À tarde, vêm osestudos de formaçãoideológica. Durantequase quatro horas(das 13h20 às 17h)dois dos três coorde-nadores do centropassam para os alu-nos os ensinamentosdos mestres que inspiram o movimento.

O rosto do mais popular deles - CheGuevara - está em uma pintura que cobre umaparede inteira da sala de aula. Outro, CarlosMarighella, líder da organização clandestinaAliança Libertadora Nacional (ALN), mortopelos órgãos de repressão nos anos do regimemilitar, tem um estandarte de um metro e meiode altura, pendurado em uma parede lateral.

�Eles são nosso exemplo de luta�, diz ocoordenador responsável pelas aulas, Ricardo deMoraes, 47 anos, licenciado em Geografia, ex-exilado político, há 14 anos no MST.

Para a História, entre os personagensexemplares, Moraes inclui outros, retratados emlivros e vídeos oferecidos aos alunos: CarlosLamarca, líder da organização Vanguarda Arma-da Revolucionária (VAR-Palmares), tambémmorto durante o regime militar; Zumbi e AntônioConselheiro. �Queremos preparar os jovenspara ser protagonistas da História, não especta-dores�, diz o coordenador.

�Para que cada um deles seja um luta-

ESCOLA DO MST QUER FORMARLÍDERES COMO CHE E LAMARCA

dor, um agente de formação.�As aulas de formação ideológica inclu-

em teoria e ensaio. Na parte de ensaio, osalunos aprendem coisas como técnicas decomunicação e discurso. Essas técnicas terãobom proveito para os militantes do setor decomunicação, um dos oito em que se divide oMST. Mas serão úteis também para amilitância da �frente de massa� (outro dosoito setores), incumbida de atrair seguidores

para o movimen-to.

As manhãsdos alunos no tra-to com a agricul-tura têm um se-gundo objetivo:�O trabalho edu-ca�, diz Moraes.�A convivênciacom o trabalhoprepara o jovempara atuar nosacampamentos eassentamentos, emsua organicidade.�Por isso eles são�co n v o c a d o s �para fazer o cur-so de militância.�Eles são convo-cados a atuar�, dizMoraes. �A nos-sa luta exige pre-paro, tanto teóri-co como prático.Os que não ser-vem para o curso,

não servem para outras atividades�.Fidel e Lampião Os momentos de cul-

tura e lazer incluem pouca televisão. Maisprecisamente, só os noticiários. No resto, osalunos podem jogar xadrez ou baralho, cantare tocar violão. Assistir a vídeos e ler livros.Entre os vídeos, o JT notou temas como aGuerra de Canudos ou a vida de personagenscomo Lampião e o revolucionário mexicanoEmiliano Zapata. E entre os livros, �Fidel e aReligião�, de Fidel Castro.

Às 22h a atividade cessa. Os alunos serecolhem aos quartos com beliches rústicos,fabricados por eles mesmos. Os três coorde-nadores do centro dormem em quartos juntocom os alunos. �Aqui não há espaço diferen-ciado�, diz Moraes. No dia seguinte pularãoda cama cedo, hastearão a bandeira do MST ecantarão seu hino. Uma das estrofes diz:

�Vem, lutemos, punho erguido, nos-sa força nos leva a edificar nossa pátrialivre e forte, construída pelo poder popu-lar.�

Valdir Sanches

NR: Esta matéria, cujo extrato reproduzimos, foi publicada pelo Jornal da Tarde, de SãoPaulo, em 31/07/00. Os fatos que ela registra são assustadores, particularmente pela indiferençacom que o atual governo se posiciona, diante dessa situação anômala e perigosa que vem sedesenhando no cenário nacional. Será que ninguém percebe que estamos caminhando parareproduzir, aqui, em nossa terra, o que outras nações já experimentaram, tragicamente, em passadonão tão distante? Com a palavra os Ministros da Defesa e da Justiça, ou será que eles estãoidentificados com essa causa?

Adriano, 13 anos. Pronto para a açãoExtrato

Adriano Gonçalves tem 13 anos, mas fala e agecomo um experiente militante do MST. Tem umaperto de mão decidido e um ídolo: Che Guevara.

Quem foi mesmo esse Che? �Foi um lutador dopovo, lutou para fazer a revolução na AméricaLatina�. Também cotados na admiração do me-nino, mas em segundo plano, estão AntônioConselheiro, o líder messiânico do Arraial deCanudos e Zumbi. ...............................................

O JT encontrou Adriano em um acampamento doMST, o "Carlos Marighella", em Euclides daCunha, no Pontal do Paranapanema. ...................

Diz que aprendeu �muito conhecimento�. Mas aparte prática veio de outra forma: �Eu aprendi ascoisas quando vim seguindo o movimento, fizocupação�. .........................................................

A ocupação de que participou foi a da FazendaSanta Maria, em Teodoro Sampaio, vizinha deEuclides da Cunha. ...........................................

E AdrianoGonçalves, o que almeja do futuro?�Quero ser uma liderança do MST�.

JORNAL DA TARDE, 31.07.00

(Publicado no Inconfidência nº 144 - Setembro/2009)

E continuam invadindo e destruindo propriedadesparticulares com a omissão e a conivência do

governo federal.

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Não vou importunar o leitor com teori-as sobre Gramsci, hegemonia, nadadisso. Ao fim da leitura, tenho certeza

de que todos vão entender o que se estáfazendo com as nossas crianças e com queobjetivo. O psicanalista Francisco Daudt mefez chegar às mãos o livro didático �NovaHistória Crítica, 8ª série� distribuído gratui-tamente pelo MEC a 750 mil alunos da redepública. O que ele leu ali é de dar medo.Apenas uma tentativa de fazer nossas crian-ças acreditarem que o capitalismo é mau e quea solução de todos os problemas é o socialis-mo, que só fracassou até aqui por culpa deburocratas autoritários. Impossível contartudo o que há no livro. Por isso, cito apenasalguns trechos.

Sobre o que é hoje o capitalismo:�Terras, minas e empresas são propriedadeprivada. As decisões econômicas são toma-das pela burguesia, que busca o lucro pessoal.Para ampliar as vendas no mercado consumi-dor, há um esforço em fazer produtos moder-nos. Grandes diferenças sociais: a burguesiarecebe muito mais do que o proletariado. Ocapitalismo funciona tanto com liberdadescomo em regimes autoritários.�

Sobre o ideal marxista: �Terras, mi-nas e empresas pertencem à coletividade. Asdecisões econômicas são tomadas democrati-camente pelo povo trabalhador, visando o(sic) bem-estar social. Os produtores são ospróprios consumidores, por isso tudo é feitocom honestidade para agradar à (sic) toda apopulação. Não há mais ricos, e as diferençassociais são pequenas. Amplas liberdades de-mocráticas para os trabalhadores.�

Sobre Mao Tse-tung: �Foi um grandeestadista e comandante militar. Escreveu li-vros sobre política, filosofia e economia. Pra-ticou esportes até a velhice. Amou inúmeras

O QUE ENSINAM ÀS NOSSAS CRIANÇAS* Ali Kamel

mulheres e por elas foi correspondido. Paramuitos chineses, Mao é ainda um grandeherói. Mas para os chineses anticomunistas,não passou de um ditador.�

Sobre a Revolução Cultural Chine-sa: �Foi uma experiência socialista muitooriginal. As novas propostas eram discutidasanimadamente. Grandes cartazes murais, osdazibaos, abriam espaçopara o povo manifestarseus pensamentos e suascríticas. Velhos adminis-tradores foram substituí-dos por rapazes cheios deidéias novas. Em todos oscantos, se falava da lutacontra os quatro velhos:velhos hábitos, velhas cul-turas, velhas idéias, velhoscostumes. (...) No início, opresidente Mao Tse-tungfoi o grande incentivadorda mobilização da juven-tude a favor da RevoluçãoCultural. (...) Milhões dejovens formavam a GuardaVermelha, militantes total-mente dedicados à luta pelas mudanças. (...)Seus militantes invadiam fábricas, prefeitu-ras e sedes do PC para prender dirigentes�politicamente esclerosados�. (...) A GuardaVermelha obrigou os burocratas a desfilarpelas ruas das cidades com cartazes pregadosnas costas com dizeres do tipo: �Fui umburocrata mais preocupado com o meu cargodo que com o bem-estar do povo.� As pessoasriam, jogavam objetos e até cuspiam. A Revo-lução Cultural entusiasmava e assustava aomesmo tempo.�

Sobre a Revolução Cubana e oparedão: �A reforma agrária, o confisco dos

bens de empresas norte-americanas e ofuzilamento de torturadores do exército deFulgêncio Batista tiveram inegável apoio po-pular.�

Sobre as primeiras medidas deFidel: �O governo decretou que os aluguéisdeveriam ser reduzidos em 50%, os livrosescolares e os remédios, em 25%.� Essas

medidas eram justificadasassim: �Ninguém possuio direito de enriquecercom as necessidades vi-tais do povo de ter mora-dia, educação e saúde.�

Sobre o futuro deCuba, após as dificul-dades enfrentadas, se-gundo o livro, pela opo-sição implacável dosEUA e o fim da ajuda daURSS: �Uma parte sig-nificativa da populaçãocubana guarda a esperan-ça de que se Fidel Castrosair do governo e o paísvoltar a ser capitalista,haverá muitos investi-

mentos dos EUA. (...) Mas existe (sic) tam-bém as possibilidades de Cuba voltar a terfavelas e crianças abandonadas, como no tem-po de Fulgêncio Batista. Quem pode saber?�

Sobre os motivos da derrocada daURSS: �É claro que a população soviéticanão estava passando forme. O desenvolvi-mento econômico e a boa distribuição de rendagarantiam o lar e o jantar para cada cidadão.Não existia inflação nem desemprego. Todoensino era gratuito e muitos filhos de operá-rios e camponeses conseguiam cursar as me-lhores faculdades. (...) Medicina gratuita, alu-guel que custava o preço de três maços de

cigarro, grandes cidades sem crianças abando-nadas nem favelas... Para nós, do TerceiroMundo, quase um sonho não é verdade? Acon-tecia que o povo da segunda potência mundialnão queria só melhores bens de consumo.Principalmente a intelligentsia (os profissio-nais com curso superior) tinham (sic) invejada classe média dos países desenvolvidos (...)Queriam ter dois ou três carros importados nagaragem de um casarão, freqüentar bons res-taurantes, comprar aparelhagens eletrônicassofisticadas, roupas de marcas famosas, jói-as. (...) Karl Marx não pensava que o socialis-mo pudesse se desenvolver num único país,menos ainda numa nação atrasada e pobrecomo a Rússia tzarista. (...) Fica então umavelha pergunta: e se a revolução tivesse estou-rado num país desenvolvido como os EUA ea Alemanha? Teria fracassado também?�

Esses são apenas alguns poucos exem-plos. Há muito mais. De que forma nossascrianças poderão saber que Mao foi um assas-sino frio de multidões? Que a RevoluçãoCultural foi uma das maiores insanidades queo mundo presenciou, levando à morte demilhões? Que Cuba é responsável pelos seusfracassos e que o paredão levou à morte, emjulgamentos sumários, não torturadores, masmilhares de oponentes do novo regime? E quea URSS não desabou por sentimentos deinveja, mas porque o socialismo real, umaditadura que esmaga o indivíduo, provou-senão um sonho, mas apenas um pesadelo?

Nossas crianças estão sendo enganadas, acabeça delas vem sendo trabalhada, e o efeitodisso será sentido em poucos anos. É isso o quedeseja o MEC? Se não for, algo precisa ser feito,pelo ministério, pelo congresso, por alguém.

* Jornalista.(Publicado no "O Globo" - 18/09

Inconfidência Nº 116 Setembro/2007)

* Olavo de Carvalho

* Filósofo, Escritor e JornalistaPublicado no JB em 20/09/2007 e no

Inconfidência nº 116 de 27/09/2007

REAÇÃO DÉBIL E TARDIAEm 17 de setembro de 1998, no

Jornal da Tarde de São Paulo,denunciei a propaganda comunistamentirosa e emburrecedora que, apretexto de ensinar História, o gover-no do senhor Fernando HenriqueCardoso - sim, o governo tucano -espalhava pelas escolas brasileiras.Mencionei especialmente, entre ou-tras obras usadas para esse fim, aNova História crítica, de MárioSchmidt (www.olavodecarvalho.org/semana/980917jt.htm).

Não me limitei a expor esse einumeráveis fatos similares. Tantoem livros e conferências quanto emartigos, mostrei, com todo o rigorpossível, que não se tratava de episó-dios isolados, mas de uma imensaarticulação estratégica baseada �re-volução cultural� de AntonioGramsci, fundador do Partido Co-munista Italiano, da qual o entãopresidente da República se gabava deser ainda melhor conhecedor eimplementador do que seus amigos,

De 1998 até agora, aideologia comunista

que entrou pelos livrosde História se alastroupelo sistema de ensinointeiro e infectou todas

as disciplinas - atématemática e

educação física

concorrentes e depois sucessorespetistas.

Segundo essa proposta, o mo-vimento revolucionário deveriaconquistar o controle hegemônicoda cultura, do imaginário social edos debates públicosantes de se aventurar aintroduzir mudançasradicais na políticaeconômica ou na es-trutura de poder.

Decorridos noveanos, O Globo finalmen-te conseguiu notar a exis-tência do livro acimamencionado - como sefosse o único do mesmo teor - e, aocomentá-lo na coluna de Ali Kamel,ainda se gaba de fazê-lo �sem inco-modar o leitor com teorias sobreGramsci, hegemonia etc�.

Se até um jornalista compe-tente como Ali Kamel leva quaseuma década para notar o que estáacontecendo, se o percebe somente

por um ângulo isolado e se ao falardo assunto ainda se sente inibidode pedir ao leitor um pequeno es-forço intelectual para apreender oconjunto de uma situação que nes-se ínterim evoluiu do perigoso ao

catastrófico, tão per-sistente letargia podeparecer estranha,mas não para mim.Sem medo de inco-modar, informo aosinteressados quehegemonia é preci-samente isso: é do-minar o fluxo dasidéias ao ponto de

controlar a velocidade de percep-ção do adversário, de modo que elesó note o perigo quando já nãotenha mais tempo nem força parareagir.

De 1998 até agora, a ideologiacomunista que entrou pelos livros deHistória se alastrou pelo sistema deensino inteiro e infectou todas as dis-

ciplinas - até matemática e educaçãofísica - de modo que para as novasgerações de estudantes brasileiros tudoo que escape da cosmovisão marxistase tornou inexistente e impensável.

Como previa Gramsci, o �sen-so comum modificado� é algo de maisprofundo e arraigado do que a meracrença consciente.

Ao longo desses anos, as or-ganizações Globo, em parte iludi-das pelo mito da morte do comunis-mo, em parte manipuladas desdedentro por agentes esquerdistas,não fizeram outra coisa senão co-laborar com o empreendimentogramsciano, cultuando os santosdo panteão comunista e glamou-rizando tudo aquilo que RobertoMarinho detestava.

Não espanta que, agora, aoemergir pouco a pouco de um longotorpor mental, o grupo não consigaesboçar senão gestos de reação débeise acovardados, dizendo mui polida-mente umas palavrinhas pró-capita-

listas pelaboca do se-nhor Eduar-do Gianettida Fonsecaou fazendona colunade Ali Ka-mel um ecoparcial, tímido e quase inaudívela minhas denúncias de uma déca-da atrás. Também não espanta que,como prêmio de sua paternal solici-tude para com os esquerdistas, aGlobo agora receba deles toda sortede insultos, acompanhados da amea-ça de fazer com ela o que Hugo Chávezfez com a rede de televisãovenezuelana RCTV.

Vocês não imaginam comque satisfação os comunistas ati-ram ao lixo um �companheiro deviagem� quando não precisammais dele.

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Que as escolas brasileiras se trans-formaram, umas mais, outras me-

nos, em centros de doutrinação política eideológica a serviço dos partidos e orga-nizações de esquerda, disso já não restaa menor sombra de dúvida. Não bastassea enorme quantidade de provas disponí-veis a quem queira conhecê-las - e o sitewww.escolasempartido.org reúne umaamostra bastante razoável -, há aexperiência direta de todos os que pas-saram pelo sistema de ensino nos últi-mos 40 anos, de modo que a instrumen-talização do ensino para fins político-ideológicos e partidários adquiriu o statusdaquilo que tecnicamente se denomina,em direito processual, �fato notório�.

Portanto, embora seja importantecontinuar coletando evidências da cres-cente ideologização e partidarização dasescolas - entre outras coisas, parapoder desmentir o Ministro FernandoHaddad, da próxima vez em que eletentar minimizar a gravidade do pro-blema, como fez em entrevista conce-dida à revista Veja, em outubro de2007, ao afirmar que "o dogmatismochega a algumas salas de aula dopaís"-, isto já não seria rigorosamentenecessário para justificar a provocaçãodo órgão estatal legalmente incumbido decoibir essa prática, a saber, o MinistérioPúblico.

Por outro lado, assim como é ine-gável a imoralidade intrínseca do ato deum professor que se vale da autoridadeque lhe é conferida pela cátedra escolarpara fazer a cabeça de jovens imaturos einexperientes, transformando-os em ali-ados de seus interesses ou militantes desua causa; assim, também, é inques-tionável, do ponto de vista jurídico, ailicitude dessa prática, seja à luz da Cons-tituição Federal - pois a doutrinaçãoideológica em sala de aula e nos livrosdidáticos representa um claro cercea-mento da liberdade de aprender porela assegurada (art. 206) -; seja à luz doEstatuto da Criança e do Adolescente,que proíbe qualquer forma de exploraçãodos indivíduos pertencentes a essas duascategorias.

Se a prática da doutrinação é notó-ria e se notórias também são a sua imo-ralidade e ilicitude, por que razão a mi-litância esquerdista continua a parasitarimpunemente o sistema de ensino emnosso país?

O QUE PODE SER FEITO Os motivos são vários. O primeiro

deles é efeito da própria doutrinaçãoideológica, que cria as condições neces-sárias para o seu alastramento e perpetu-ação. Como nas histórias de vampiro, avítima se transforma em agente, conta-minando novas vítimas. O doutrinado dehoje é o doutrinador ou, quando menos,o conivente de amanhã.

Coniventes, no mínimo, se torna-ram praticamente todas as autoridadeseducacionais do país, tanto as que ope-ram dentro do Estado - escolas e uni-versidades públicas, ministério e se-cretarias de educação, tudo gramscia-namente aparelhado pela esquerda -,como as que atuam fora dele, de modoespecialmente grave, os proprietários das

escolas particulares, que, quando nãoprofessam, de forma absolutamente con-traditória com a atividade empresarialque desempenham, o mesmo credo ide-ológico da esquerda, só têm olhos para assuas tesourarias. A propósito, um dessesempresários - o milionário ChaimZaher, dono do Sistema COC de Ensi-no - , está processando o Escola semPartido e a mãe de uma aluna que ousoucriticar o viés coletivista e anti-empresa-rial de suas apostilas.

Coniventes também se tornaram,desgraçadamente, os pais dos alunos. Deacordo com uma pesquisa do InstitutoSensus, publicada pela revista Veja (edi-ção de 20.08.2008), 61% dos pais acham

�normal� que os professores façamproselitismo ideológico em sala de aula.

A despeito da ambiguidade do adje-tivo �normal� - que deixa sem saber seesses pais apenas reconhecem que setrata de um fenômeno generalizadojá existente em sua época de estudan-te, ou também aprovam a doutrinação-, o fato é que, mesmo nas escolasparticulares, os pais não exigem dosprofessores a mínima observância dorespeito devido à liberdade de aprenderde seus filhos. É lamentável.

Quanto aos estudantes, a maiorianão só não têm consciência de estarsendo doutrinada, como nutre especialafeição pelos professores militantes (ge-ralmente, e não por acaso, mais simpáti-

cos e menos exigentes que os outrosprofessores quanto ao conteúdo espe-cífico das disciplinas). Depois de al-gum tempo, ou são cooptados, tornan-do-se servos cúmplices de seus mes-tres, ou se calam para não sofrer reta-liações.

Vem daí um dos maiores obstácu-los do combate à doutrinação: a dificul-dade de apanhar o doutrinador em fla-grante delito. No espaço protegido dasala de aula, o professor é a autoridademáxima. Os alunos o veneram ou otemem. Por falta de conhecimento, sãoincapazes de identificar as falsidades, asomissões, os exageros, as descontex-tualizações e as distorções do conteúdo

que lhes é transmitido. Por falta de expe-riência, não percebem que estão sendomanipulados. Ademais, enfrentar o pro-fessor é perigoso, exige coragem. Portudo isso, não é fácil saber o que aconte-ce dentro de uma sala de aula. Os livrosdidáticos constituem, é certo, um forteindício do enfoque adotado pelo profes-sor em suas aulas (e é fundamental que sefaça, periodicamente, um exame rigoro-so do seu conteúdo do ponto de vistapolítico e ideológico); mas um bom mi-litante obviamente não depende dessetipo de auxílio.

Trata-se, como visto, de um pro-blema complexo, e que se agrava acada dia, na medida em que as faculda-des não param de produzir professorescom a mesma mentalidade: jovensdespreparados que se julgam investi-dos de uma missão sagrada: despertara �consciência crítica� dos alunos,fazer deles �agentes de transformaçãosocial�, com o objetivo de �construiruma sociedade mais justa�.

Não admira que para 78% dosprofessores, segundo a mesma pes-quisa do Instituto Sensus, a principalmissão da escola seja �formar cida-dãos�, e para apenas 8%, �ensinar asmatérias� . Será que é por isso que, noBrasil, a educação vai tão mal, e o PTvai tão bem?

São essas, em linhas gerais, ascaracterísticas da doutrinação político-ideológica nas escolas brasileiras. Passe-mos, agora, à pergunta do título: o quepode ser feito para combatê-la?

Evidentemente, os adversáriosideológicos da esquerda têm de ir àluta. Queiramos ou não, existe nomundo, hoje, uma guerra cultural e devalores. A disputa entre conservativese liberals, nos EUA, é exemplar. Nãohá como fugir do confronto.

Essa é uma disputa, porém, quepode se arrastar por décadas. E enquantoisso? Continuarão os estudantes brasilei-ros submetidos ao monopólio ideológicoimposto pela esquerda?

Para o curto-prazo, nossa propos-ta é muito simples: afixar em todas assalas de aula do país, do ensino funda-mental e do ensino médio, um cartazcom os dizeres ao lado, em destaque.

O objetivo do cartaz é duplo: ex-plicitar ou recordar aos professores osdeveres éticos e jurídicos compreendi-

1. O professor não abusará da inexperiência, da falta deconhecimento ou da imaturidade dos alunos, com o objetivode cooptá-los para esta ou aquela corrente político-ideológi-ca, nem adotará livros didáticos que tenham esse objetivo.

2. O professor não favorecerá nem prejudicará os alu-nos em razão de suas convicções políticas, ideológicas,religiosas, ou da falta delas.

3. O professor não fará propaganda político-partidáriaem sala de aula nem incitará seus alunos a participar demanifestações, atos públicos e passeatas.

4. Ao tratar de questões políticas, sócio-culturais eeconômicas, o professor apresentará aos alunos, de formajusta isto é, com a mesma profundidade e seriedade , asprincipais versões, teorias, opiniões e perspectivas concor-rentes a respeito.

5. O professor não criará em sala de aula uma atmosferade intimidação, ostensiva ou sutil, capaz de desencorajar amanifestação de pontos de vista discordantes dos seus, nempermitirá que tal atmosfera seja criada pela ação de alunos

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dos no ato de educar; e dar aos estudan-tes os meios de que eles necessitam parase defender do professor militante (jáque, em razão das circunstâncias con-cretas em que se desenvolve a doutrina-ção, ninguém mais poderá fazer isto poreles).

Há um problema, porém. Quem vaideterminar a afixação do cartaz nas salasde aula? As autoridades educacionaiscertamente não o farão, pois são coni-ventes com a doutrinação, quando não afavorecem ou estimulam; os donos deescola talvez o fizessem, se os pais dosestudantes exigissem; mas, como vi-mos, é pouco provável que isto venha aacontecer.

Em tal situação, quem tem o deverlegal de agir é o Ministério Público, aoqual compete, nos termos do art. 201,VIII, do Estatuto da Criança e do Adoles-cente, �zelar pelo efetivo respeito aosdireitos e garantias legais asseguradosàs crianças e adolescentes, promovendoas medidas judiciais e extrajudiciaiscabíveis�.

Além disso, se tivermos em contaque o objetivo da doutrinação ideológicanas salas de aula e nos livros didáticos é

desequilibrar a disputa política em favorde um dos concorrentes, o MinistérioPúblico, enquanto guardião do regimedemocrático (CF, art. 127), não podeficar indiferente a essa prática, que ma-terializa também, emúltima análise, umagrave violação à liber-dade política de mi-lhões de futuros elei-tores.

Ora, qualquerpessoa pode provocaro Ministério Público,levando ao seu conhe-cimento fatos que de-monstrem a ocorrência de lesão a direi-tos coletivos ou difusos, e pedir ousugerir a adoção das providências quejulgar apropriadas (no caso, a afixaçãodo cartaz nas salas de aula). Não há ônusalgum; o direito de petição aos PoderesPúblicos é garantido pela Constituição.

Fizemos isso em Brasília. A repre-sentação deu origem a um inquérito civilpúblico que está sendo conduzido pelospromotores Trajano Melo e GuilhermeFernandes Neto, da Promotoria de Defe-sa do Consumidor.

Você, leitor, pode fazer o mesmo.Para facilitar o trabalho, disponibilizamosno www.escolasempartido.org um mo-delo de representação ao Ministério Pú-blico: basta preencher com seus dados

pessoais, imprimir, as-sinar e entregar ao pro-motor de justiça da suacidade.

Sim, as chancesde a representação serarquivada são bastantegrandes. A exemplo doque ocorre com os paisdos estudantes, a mai-oria dos promotores

acha �normal� o professor fazer a cabeçados alunos. Sendo otimista, eu diria queno máximo 10% dos promotores dejustiça não rejeitarão in limine a repre-sentação, seja por afinidade ideológicacom os que praticam a doutrinação, medode patrulhamento, ou preguiça pura esimples.

Pensamos, por isso, na seguinteestratégia: instituir o Dia Nacional deLuta Contra a Doutrinação Ideológicanas Escolas; nesse dia, apresentaríamosao Ministério Público o maior número

possível de representações no maior nú-mero possível de cidades; e torceríamospara que elas fossem parar nas mãosdaqueles 10%.

Não deu certo? Foram arquivadastodas as representações? Não faz mal.No ano que vem haverá um novo DiaNacional de Luta Contra a Doutrina-ção Ideológica nas Escolas, e uma novaleva de representações será apresentadaem todo o país. O promotor que determi-nou o arquivamento da representação noano anterior talvez tenha sido substituí-do. Em algum momento conseguiremos.

Basta que um só inquérito sejainstaurado e já teremos alcançado al-gum sucesso. E sucesso atrai sucesso.Na pior das hipóteses, chamaremos aatenção da sociedade para o problema.

Não temos nada a perder.Se quiser participar dessa iniciati-

va, entre em contato com o Escola semPartido para nos organizarmos. Mandeuma mensagem para [email protected], identificando o assuntocomo �Campanha do Cartaz An-tidoutrinação�.

Não admira que para 78%dos professores, a principal

missão da escola seja�formar cidadãos�, e para

apenas 8%, �ensinar asmatérias�. Será que é por

isso que, no Brasil, aeducação vai tão mal,e o PT vai tão bem?

Se existiam dúvidas quanto aosobjetivos e intenções dos go-

vernos de FHC e Lula (PSDB/PT)em comunizar a juventude brasi-leira (particularmente os estudan-tes menos favorecidos financeirae intelectualmente), estas deixamde existir ao se manusear os livrosdidáticos aprovados pelo Minis-tério de Educação e adotados nasescolas públicas estaduais e mu-nicipais em todo o território naci-onal, com o apoio das respectivasSecretarias de Educação.

Até as mais tradicionais es-colas católicas não escapam darevolução gramscista, que tentaconquistar, não mais sub-rep-ticiamente, agora às escâncaras,as mentes ainda em formação dosjovens alunos.

Fazem apologia à luta declasses, apresentando os maio-res facínoras da humanidade,Mao Tsé Tung, Lenine, Stálin, Fi-del, Sandino e Guevara, como li-bertadores, combatendo a opres-são e o imperialismo ianque.

É dado destaque ao MST(braço armado do PT), conside-

CONCLUSÃOrando- o democrático, reformista epopular, quando na realidade, éuma organização paramilitar, revo-lucionária e comunista (a sementedas FARBrasileiras).

Em contrapartida, é de sedestacar a excelência na Educa-ção básica dos 12 Colégios Mi-litares, devidamen-te comprovada pe-los ótimos resulta-dos alcançados noENEM e nos vesti-bulares, graças aoslivros adotados, prin-cipalmente os de His-tória, da coleção Ma-rechal Trompowsky,editados pela Bibliex � Bibliotecado Exército.

Não havendo reação porparte dos pais e professores, ne-nhum brasileiro poderá reclamar �Tiradentes será esquartejado porser pobre; Caxias, esquecido;Calabar substituirá os patriarcasde Guararapes; os heróis da FEBdarão lugar a Lamarca; o Decálogode Lenine, o Livro Vermelho e omini-manual do guerrilheiro de

Marighella, serão adotados comocurrículo nas escolas e o portaloficial da Presidência da Repúbli-ca distorcerá ideologicamente ahistória do Brasil e cultuará Lula,como já o vem fazendo.

Finalizando, lembramos aosprofessores, �historiadores� e jor-

nalistas que durante os21 anos dos anos de chum-bo da ditadura militar,morreram, de ambos oslados, aproximadamente400 pessoas. Menos doque em um único fim desemana nas principaiscidades do país, na guer-ra do narcotráfico, nas

estradas mal conservadas, noshospitais por falta de atendimentomédico ou de dengue/ febre amare-la, nos assaltos e ataques às guar-nições das Polícias Militares.

Fizemos a nossa obriga-ção, alertando os pais e profes-sores. E Você, caro leitor, vaiacordar enquanto há tempo oucontinuará acomodado assistin-do o BBB, quando será tardedemais para reagir?

* Miguel Nagib

* Advogado, Coordenador do sitewww.escolasempartido.org

CONTRA A DOUTRINAÇÃO27