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1 Benefícios da mobilização neural na lombociatalgia Sarah Matos Alves 1 [email protected] Luis Ferreira Monteiro Neto 2 Pós-graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapia Manual Faculdade FAIPE Resumo A incidência de dores na região lombar é de aproximadamente 80% da população mundial. A lombociatalgia refere-se a um quadro doloroso que se instala na região da coluna lombar com existência de irradiação da dor para os membros inferiores, admitindo-se o envolvimento do nervo ciático. A Mobilização Neural é uma técnica que visa restaurar o movimento e a elasticidade do Sistema Nervoso, promovendo às suas funções normais e a redução do quadro sintomático, além de ser utilizada também como um método de avaliação das mais diversas patologias. O objetivo desta pesquisa é realizar uma revisão de literatura sobre os benefícios da mobilização neural na lombociatalgia. Para a sua realização foram consultadas as bases de dados obtidos em livros, revistas e periódicos publicados em sites de busca tais como SCIELO, BIREME, LILACS e google acadêmico. De acordo com estudos pesquisados a mobilização neural teve como principal benefício a redução da dor em pacientes com lombociatalgia. Palavras-chave: Lombalgia; Lombociatalgia; Mobilização Neural. 1. Introdução A incidência de dores na região lombar é de aproximadamente 80% da população mundial, e 35% destes desenvolvem para a lombociatalgia que é caracterizada por uma irritação do nervo isquiático, causando distúrbios sensitivos em seu trajeto. A lombociatalgia constitui um problema de saúde em todos os países com certo grau de desenvolvimento, sendo que a perda da capacidade laboral e a aposentadoria são consequências significantes para a sociedade e economia (MORÁN, 2001). Uma das causas mais evidente da lombociatalgia chama-se hérnia de disco, entretanto, existem outras como: processos degenerativos, infecções, luxações traumáticas do quadril, anomalias congênitas (DOSANI et al., 2004), síndrome do piriforme (ROSSI et al., 2001) e estenose do canal lombar. Os sintomas manifestam-se como dor lombar, dor ao longo do trajeto do nervo, distúrbios sensoriais e fraqueza dos músculos do membro inferior inervados pelo isquiático (KOBAYASHI, YOSHIZAWA E YAMADA, 2004). Boeing (2004), afirma que a dor é relatada como uma sensação de queimação, pontada, lacinante, ocasionalmente formigamento e parestesia em dermátomo do membro inferior. Existem muitas técnicas de tratamento descritas na literatura com o objetivo de abolir ou controlar os sintomas álgicos do paciente, estando entre estas a Mobilização Neural, técnica que teve um grande desenvolvimento, principalmente nos últimos 35 anos, desde que autores como Grieve, Maitland, Elvey e Butler publicaram seus estudos relativos ao conhecimento da função mecânica do sistema nervoso. Posteriormente, foi criado o termo neurodinâmica por Shacklock, que veio revelando a importância em integrar a mecânica 1 Pós-graduanda em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais. 2 Fisioterapeuta Doutor em Ciências da Saúde.

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Benefícios da mobilização neural na lombociatalgia

Sarah Matos Alves1

[email protected]

Luis Ferreira Monteiro Neto2

Pós-graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapia Manual –

Faculdade FAIPE

Resumo A incidência de dores na região lombar é de aproximadamente 80% da população

mundial. A lombociatalgia refere-se a um quadro doloroso que se instala na região da

coluna lombar com existência de irradiação da dor para os membros inferiores,

admitindo-se o envolvimento do nervo ciático. A Mobilização Neural é uma técnica que

visa restaurar o movimento e a elasticidade do Sistema Nervoso, promovendo às suas

funções normais e a redução do quadro sintomático, além de ser utilizada também como

um método de avaliação das mais diversas patologias. O objetivo desta pesquisa é

realizar uma revisão de literatura sobre os benefícios da mobilização neural na

lombociatalgia. Para a sua realização foram consultadas as bases de dados obtidos em

livros, revistas e periódicos publicados em sites de busca tais como SCIELO, BIREME,

LILACS e google acadêmico. De acordo com estudos pesquisados a mobilização neural

teve como principal benefício a redução da dor em pacientes com lombociatalgia.

Palavras-chave: Lombalgia; Lombociatalgia; Mobilização Neural.

1. Introdução

A incidência de dores na região lombar é de aproximadamente 80% da população

mundial, e 35% destes desenvolvem para a lombociatalgia que é caracterizada por uma

irritação do nervo isquiático, causando distúrbios sensitivos em seu trajeto. A

lombociatalgia constitui um problema de saúde em todos os países com certo grau de

desenvolvimento, sendo que a perda da capacidade laboral e a aposentadoria são

consequências significantes para a sociedade e economia (MORÁN, 2001).

Uma das causas mais evidente da lombociatalgia chama-se hérnia de disco, entretanto,

existem outras como: processos degenerativos, infecções, luxações traumáticas do

quadril, anomalias congênitas (DOSANI et al., 2004), síndrome do piriforme (ROSSI et

al., 2001) e estenose do canal lombar. Os sintomas manifestam-se como dor lombar, dor

ao longo do trajeto do nervo, distúrbios sensoriais e fraqueza dos músculos do membro

inferior inervados pelo isquiático (KOBAYASHI, YOSHIZAWA E YAMADA, 2004).

Boeing (2004), afirma que a dor é relatada como uma sensação de queimação, pontada,

lacinante, ocasionalmente formigamento e parestesia em dermátomo do membro inferior.

Existem muitas técnicas de tratamento descritas na literatura com o objetivo de abolir ou

controlar os sintomas álgicos do paciente, estando entre estas a Mobilização Neural,

técnica que teve um grande desenvolvimento, principalmente nos últimos 35 anos, desde

que autores como Grieve, Maitland, Elvey e Butler publicaram seus estudos relativos ao

conhecimento da função mecânica do sistema nervoso. Posteriormente, foi criado o termo

neurodinâmica por Shacklock, que veio revelando a importância em integrar a mecânica

1 Pós-graduanda em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapias Manuais. 2 Fisioterapeuta Doutor em Ciências da Saúde.

2

do Sistema Nervoso com a fisiologia e explicando como elas se relacionam entre si e são

integradas à função musculo-esquelética (SHACKLOCK, 2007).

A Mobilização Neural é uma técnica que visa restaurar o movimento e a elasticidade do

Sistema Nervoso, promovendo às suas funções normais e a redução do quadro

sintomático (OLIVEIRA e TEIXEIRA, 2007). Logo, a Mobilização Neural, sendo uma

técnica de Terapia Manual, pode ser uma opção para o tratamento das lombociatalgias, já

que o uso da mão é o mais antigo remédio conhecido pelo homem para reduzir o

sofrimento humano (COX, 2002).

Considerando que a lombociatalgia é um problema mundial e que traz vários sintomas

desagradáveis podendo até causar limitações, verifica-se a importância em tratar esta

patologia com a Mobilização Neural com o intuito de reduzir a sintomatologia e o retorno

das funções normais tanto do sistema nervoso acometido como das estruturas musculo

esqueléticas que recebem sua inervação. Diante desse contexto, este artigo tem por

objetivo realizar uma revisão de literatura sobre os benefícios da mobilização neural na

lombociatalgia, com um intuito de comprovar cientificamente os dados já obtidos por tal

técnica de terapia manual.

2. Fundamentação Teórica

2.1. Lombociatalgia

A dor lombar tornou-se uma causa comum de morbidade e incapacidade, além de ser a

fonte mais dispendiosa de lesão relacionada ao trabalho em países industrializados

(DUTTON, 2006). Segundo Cecin (2000), há diversas etiologias que geram dores

lombares, dentre as mais frequentes são as de natureza mecânica-degenerativa produzidas

por desordens estruturais, desvios biomecânicos ou a interação desses dois fatores.

São várias as patologias que aparecem com o sintoma de lombalgia, e as vezes nem se

tem um diagnóstico fidedigno quanto a causa desta dor, pois existem inúmeras estruturas

da coluna que possivelmente estejam evolvidas sendo a fonte de dor (COX, 2002).

A lombalgia comum que é o tipo mais prevalente, se limita ao aparecimento de dores na

região lombar e nádegas na maioria das vezes. Raramente se irradia para as coxas. Pode

aparecer subitamente pela manhã e apresentar-se acompanhada de escoliose antálgica

(BRASIL et al, 2004). Já a lombociatalgia apresenta-se com o quadro doloroso que se

instala na região da coluna lombar com existência de irradiação da dor para os membros

inferiores, admitindo-se o envolvimento do nervo ciático (KNOPLICH, 2003).

Miranda (2004) afirma que o nervo isquiático ou ciático é o principal nervo do plexo

sacral, e também o maior nervo do corpo, formado pelos ramos anteriores de L4, L5, S1,

S2, S3. Ele sai da pelve pelo forame isquiático maior e passa entre o túber isquiático e o

trocânter maior. Na região glútea, localiza-se logo abaixo do músculo piriforme. Desce

verticalmente na região posterior da coxa, entre o músculo adutor magno e a porção longa

do bíceps femoral e ao chegar na face poplítea, divide-se em dois troncos: o nervo tibial

e o nervo fibular comum.

Na maioria das vezes o segmento L5-S1 é o local que mais acarreta problemas na coluna

vertebral, pois este nível sustenta mais peso que qualquer nível vertebral. O centro de

gravidade passa exatamente através dessa vértebra, diminuindo as forças de cisalhamento

neste segmento (MAGEE, 2005).

Para Mendes (2005), existem alguns fatores principais que contribuem para o surgimento

da dor lombar, dentre eles estão: problemas psicológicos, baixo nível de escolaridade,

atividade pesada ou em postura sentada, levantar grandes quantidades de peso,

3

sedentarismo, acidentes de trabalho, dirigir veículos, horas excessivas de trabalho,

gravidez, ferimentos, tabagismo, entre outros.

Uma das causas mais evidente da lombociatalgia chama-se hérnia de disco, entretanto,

existem outras como: processos degenerativos, infecções, luxações traumáticas do

quadril, anomalias congênitas (DOSANI et al., 2004), síndrome do piriforme (ROSSI et

al., 2001) e estenose do canal lombar. Os sintomas manifestam-se como dor lombar, dor

ao longo do trajeto do nervo, distúrbios sensoriais e fraqueza dos músculos do membro

inferior inervados pelo isquiático (KOBAYASHI, YOSHIZAWA E YAMADA, 2004).

Considera-se que a principal causa da lombociatalgia seja alguma alteração do disco

intervertebral, que se tornaria incapaz de amortecer as cargas que lhe são impostas.

Porém, a parte central do disco não possui inervação sensitiva e por isso a dor só aparece

quando as alterações discais atingem as lamelas superficiais e o ligamento posterior que

são estruturas ricamente inervadas. Neste caso, a raiz nervosa comprimida através da

herniação do disco é que dá a origem da dor e assume características de uma síndrome

radicular (O’SULLIVAN, 2004).

Segundo Negrelli (2001), os objetivos do tratamento da lombociatalgia estão em aliviar

a dor, aumentar a capacidade funcional e retardar a progressão da doença. O tratamento

pode ser conservador e em último caso cirúrgico. O tratamento conservador é baseado em

imobilização da região lombar com cintos ou coletes, oferecendo repouso durante todo o

processo inflamatório, tomando-se cuidado como os efeitos deletéricos do imobilismo,

acrescentando-se gradualmente manipulação, tração e atividades físicas. A crioterapia,

diatermia e eletroterapia garantem a melhora do quadro álgico. O tratamento cirúrgico é

indicado somente quando não se alcança sucesso com a terapia convencional ou quando

a doença evolui de forma significativa.

2.1.1. Anatomia e Biomecânica da Coluna lombar

A coluna vertebral de um adulto é composta geralmente por 33 vértebras dispostas em

cinco regiões: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacais e 4 coccígeas, além de possuir

quatro curvaturas que fornecem um suporte flexível para o corpo. As curvaturas torácica

e sacral são côncavas anteriormente e primárias por terem se desenvolvido no período

fetal, já as curvaturas cervical e lombar são côncavas posteriormente e secundárias por se

tornarem evidentes quando a criança começa a manter a cabeça ereta, a andar e assume a

postura ereta (MOORE E DALLEY, 2001).

As vértebras têm como função de envolver e proteger a medula espinal, sustentar o crânio,

permitir seus movimentos, além de articular com a caixa torácica e fornecer a fixação

para os músculos do tronco. Possuem os discos intervertebrais que garantem a

flexibilidade à coluna vertebral e absorvem os impactos verticais (GRAAFF, 2003).

As vértebras lombares (L1-L5) são as maiores e mais fortes vértebras da coluna vertebral,

pois a quantidade de peso corporal que tem que ser suportado, pelas vértebras, vai

aumentando conforme descemos para a região distal da coluna vertebral. Os processos

articulares superiores são localizados medialmente, em vez de superiormente, e os

processos articulares inferiores são localizados mais lateralmente, em vez de

inferiormente. Os processos espinhosos têm o formato quadrangular, são grossos e largos,

e projetam-se quase horizontalmente (TORTORA E GRABOWSKI, 2002).

O sacro é composto por cinco vértebras sacrais fundidas que formam um grande osso

cuneiforme triangular. A sua base é formada pela face superior da vértebra S1, cujo seus

processos articulares superiores articulam-se com os processos articulares inferiores da

vértebra L5. O sacro é inclinado formando o ângulo lombossacral que varia de 130° a

140° (MOORE E DALLEY, 2001).

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São vários os ligamentos que sustentam a coluna, contribuindo para a estabilidade dos

segmentos que realizam movimentos. Dentre eles podemos destacar o ligamento anterior

e o ligamento longitudinal posterior que conectam os corpos vertebrais nas regiões

cervical, torácica e lombar. O ligamento supra-espinal está inserido nos processos

espinhosos em toda a extensão da coluna e tem um aumento proeminente na região

cervical, onde recebe a designação de ligamento nucal ou ligamento do pescoço. As

vértebras adjacentes possuem conexões a mais entre os processos espinhosos, os

processos transversos e as lâminas, reforçadas respectivamente pelos ligamentos

interespinhais, ligamentos intertransversários e ligamentos amarelos. O último ligamento

aprimora a estabilidade vertebral, pois fica tensionado até mesmo quando a coluna está

em posição anatômica (HALL, 2005).

O disco intervertebral é formado por duas estruturas: um anel externo espesso, formado

por cartilagem fibrosa, denominado anel fibroso ou ânulo, circunda um material

gelatinoso central, conhecido como núcleo pulposo ou núcleo. Os discos e as articulações

facetárias têm em volta de 80% da capacidade da coluna em resistir à torção rotacional e

ao cisalhamento, sendo que parte das articulações facetárias contribuem com a metade

desta porcentagem (HALL, 2005).

A coluna vertebral possibilita a execução em todos os três planos de movimento, bem

como a circundução. Permitindo assim, uma amplitude de movimento na região da coluna

lombar de 20° (L5-S1) para flexão e extensão; de 6° para flexão lateral, exceto em L5-S1

que se reduz para cerca de 3º; e de 2° de movimento para rotação, devido a conexão

dos processos articulares nesse nível, porém na articulação lombossacra permite

um movimento de 5º (HALL, 2005).

A realização destes movimentos da coluna vertebral nas regiões cervical e lombar são

mais livres do que em outros locais porque:

- Os discos intervertebrais são consistentes em relação ao tamanho dos corpos das

vértebras neste nível, embora sejam finos em relação a maioria dos outros discos;

- As articulações planas são quase horizontais e as faces articulares das articulações dos

processos articulares são moderadamente grandes;

- As cápsulas articulares das articulações dos processos articulares são frouxas;

- O pescoço é mais fino (por ter menos massa de tecido mole adjacente) (MOORE E

AGUR, 2004).

2.1.2. Neuroanatomia

Conforme Hüter-becker e Dölken, 2008, o sistema nervoso é considerado um dos mais

importantes sistemas do nosso organismo. É ele que realiza todos os comandos dos

demais sistemas através da captação, transmissão e organização de impulsos elétricos.

Didaticamente o sistema nervoso pode ser dividido sob o ponto de vista anatômico e/ou

funcional, somente para facilitar a compreensão, pois na realidade as estruturas e funções

se superpõem. Anatomicamente é dividido em sistema em central (SNC) e periférico

(SNP). O SNC é constituído pelo encéfalo e pela medula espinal, enquanto o SNP pelos

nervos (raízes nervosas) que surgem a partir do encéfalo. Fisiologicamente (funcional), o

sistema nervoso é classificado de acordo com sua função em:

a) Sistema sensório-motor;

b) Sistema nervoso periférico;

c) Sistema nervoso autônomo (vegetativo).

O nosso organismo mantém o contato com o meio ambiente através do sistema nervoso

sensório-motor que recebe os impulsos sensoriais (visuais, auditivos, gustativos, táteis,

dolorosos ou térmicos, etc), os quais incidem sobre órgãos especiais, os estímulos

5

captados pelos receptores sensoriais são transmitidos em seguida pelas fibras nervosas do

sistema nervoso periférico, até onde são decodificados (percebidos). O sistema nervoso

sensório-motor além de receber e perceber os impulsos sensoriais, tem também como

função produzir a motricidade, ou seja, é capaz de produzir movimentos, gerando desta

forma as respostas necessárias (HÜTER-BECKER e DÖLKEN, 2008).

O tecido nervoso é constituído basicamente por dois tipos de células: os neurônios e as

células gliais ou neuróglia. O neurônio é a sua unidade principal e tem como função básica

receber, processar e enviar informações. Já as células gliais (neuroglia) são células que

ocupam os espaços entre os neurônios, com funções de sustentação, revestimento ou

isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa. Os neurônios são formados por

três estruturas: corpo celular, dendritos e axônio. O corpo celular funciona como o centro

metabólico do neurônio, nele contém o núcleo e o citoplasma, chamado também de

pericário, onde é encontrado os ribossomas, retículo endoplasmático granular e agranular

e aparelho de golgi; os dendritos são geralmente curtos, podem possuir os mesmos

constituintes citoplasmáticos do pericário, além de serem responsáveis em alterar o

potencial de repouso da membrana ao receberem estímulos; o axônio tem um

prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou até mesmo de um dendrito

principal, sua função é gerar e conduzir o potencial de ação ao longo de sua estrutura até

a sua porção terminal que irá fazer conexões com outros neurônios ou com células

efetuadoras (MACHADO, 2002).

Os neurônios classificam-se de acordo com seus prolongamentos em:

- Neurônios Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio. Os dendritos conduzem

um potencial graduável que percorre até o pericário e que por sua vez chega ao ponto

gatilho gerando um potencial de ação que se propaga até a terminação nervosa;

- Neurônios Bipolares: possuem um dendrito e um axônio que deixam o corpo celular;

- Neurônios Pseudo-unipolares: seus corpos celulares se localizam nos gânglios sensitivos

e somente um prolongamento deixa o corpo celular se dividindo em dois ramos com o

formato de um T, sendo que um é periférico, pelo qual forma a terminação nervosa

sensitiva, e o outro é central, que se dirige ao sistema nervoso central mantendo contato

com os outros neurônios (MACHADO, 2002).

Os nervos têm a aparência de cordões esbranquiçados que são formados por feixes de

fibras nervosas que unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos logo após

saírem do tronco encefálico, da medula espinhal ou de gânglios sensitivos, constituindo

desta forma os nervos espinhais e cranianos. As fibras nervosas que compõem os nervos

são reforçadas por três bainhas de tecido conjuntivo: epineuro, perineuro e endoneuro. O

epineuro envolve todo o nervo. O perineuro envolve os feixes de fibras nervosas. E o

endoneuro envolve cada fibra nervosa. Através de suas fibras, a função dos nervos é

realizar a condução de impulsos nervosos do sistema nervoso central para a periferia

(impulsos eferentes) e da periferia para o sistema nervoso central (impulsos aferentes)

(MACHADO, 2002).

2.2. Mobilização neural

A mobilização neural é uma técnica que parte dos princípios da aplicação das terapias

manuais ao tecido nervoso. Ela foi desenvolvida com a junção de novos conhecimentos

como neurobiologia, biomecânica e fisiopatologia do tecido neural e se baseia na

restauração do movimento elástico do sistema nervoso o que promove o retorno as suas

funções normais (MARINZEC, 2000).

Veras (2011), completa com o raciocínio que a mobilização neural é uma técnica

fisioterapêutica que passa a ser conhecida também por neurodinâmica. A mesma é

6

aplicada partindo do princípio que comprometimentos da fisiologia e da mecânica do

sistema nervoso (movimento, elasticidade, condução, fluxo axoplasmático) podem levar à

disfunções do mesmo ou em estruturas musculoesqueléticas por ele inervadas, e que o

restabelecimento de sua biomecânica e fisiologia adequada, por meio do movimento e/ou

tensão, permite a recuperação da extensibilidade e da funcionalidade normal desse sistema e

das estruturas comprometidas. Este método consiste em colocar tensão nos nervos periféricos realizando movimentos

oscilatórios e/ou brevemente mantidos, sendo importante ressaltar que, durante a aplicação

dos testes de tensão neural, é crucial haver cautela por parte do terapeuta (ALMEIDA, 2011).

De acordo com Butler e Jones (2003), a técnica deve ser aplicada de uma forma que o

paciente se sinta confortável, com grande amplitude, lenta e rítmica, porém iniciando o

processo distante da área dolorosa e sem inicialmente provocar sintomatologia ou

aumentá-la.

O movimento passivo dos tecidos neurais realizado através da técnica de mobilização do

sistema nervoso, serve para as alterações da neurodinâmica, tendo como explicação os

movimentos em uma parte do corpo que podem ser transmitidas para outro local através

de tensões. Contudo, o objetivo é normatizar tanto a função mecânica quanto a fisiológica

do sistema nervoso, restaurando tanto o seu próprio comprometimento quanto o das

disfunções ocasionadas em estruturas músculo-esqueléticas que recebem sua inervação

(MARINZECK, 2000). Oliveira Jr e Teixeira (2007), explicam e complementam que o

objetivo da mobilização neural é de melhorar a neurodinâmica e restabelecer o fluxo

axoplasmático, reestabelecendo a homeostasia dos tecidos nervosos, o que promove o

retorno às suas funções normais. E ainda afirma que a técnica é utilizada para o ganho de

flexibilidade articular.

O sistema nervoso não se limita somente em conduzir impulsos por meio de grandes

amplitudes e complexidades de movimento, mas também em adaptar-se mecanicamente

a esses movimentos, retraindo-se e alongando-se, podendo até mesmo limitar essas

amplitudes em certas combinações de movimentos. Quando a neurodinâmica está

alterada, ocorre o que se denomina de Tensão Neural Adversa, que consiste numa resposta

mecânica e fisiológica anormal quando a amplitude normal do sistema nervoso e sua

capacidade de alongamento são testadas (VASCONCELOS, 2011).

Através de uma lesão nervosa é gerado alterações em suas propriedades mecânicas

(movimento e elasticidade) e fisiológicas (condução de impulso nervoso e fluxo

axoplasmático) do nervo, alterando sua neurodinâmica, e dessa forma sustentando ou

agravando a lesão. A lesão implica na alteração das funções do nervo, que

consequentemente leva a alteração da condução elétrica acarretando distúrbios sensoriais

(dor e parestesias), distúrbios motores (distonias) e fraqueza autonômica (vasomotores e

pilomotores). Isso mostra que as lesões podem derivar para disfunções nas estruturas que

recebem sua inervação (MACHADO e BIGOLIN, 2010).

Desde 1970 os testes de tensão neural começaram a ser reconhecidos como terapia,

denominados também de testes de estiramento neural. São testes que avaliam a mecânica

e a fisiologia de uma parte do sistema nervoso através das sequências de movimentos.

Poderá ser considerado positivo quando houver diminuição da amplitude de movimento

ou quando os sintomas dolorosos e de alongamento profundo forem reproduzidos, quando

a resposta no lado envolvido variar unilateralmente entre respostas normais, e quando

houver diferenciação estrutural de uma fonte neurogênica. Nem todos os sintomas podem

ser considerados patológicos, pois como o tecido neural também é inervado, o seu

estiramento pode causar dor, sendo necessário que se conheça tais respostas e tais

diferenças entre um indivíduo sintomático e assintomático. Os testes neurodinâmicos para

membros inferiores podem isolar um nervo ou toda a cadeia nervosa, escolhendo o Slump

7

Test ou o teste da elevação da perna estendida, SLR (ZAMBERLAN e KERPPRES,

2007).

O SLR é realizado com o paciente em decúbito dorsal, relaxado e confortável, com os

quadris e tronco em posição neutra. O examinador deverá posicionar uma mão sob o

tendão de Aquiles e a outra acima do joelho, com o intuito de impedir a flexão deste, e

em seguida elevar a perna perpendicularmente à cama como uma barra sólida movendo

em um ponto fixo na articulação do quadril. A perna é elevada até revelar uma resposta

sintomática pré-determinada ou atingir sua ADM. Esta resposta é então comparada com

o SLR da outra perna, e ao que é considerado normal. A adição da dorsiflexão

acrescentará tensão adicional ao longo do trato tibial, pode ser adicionado primeiro e

depois o membro elevado, ou pode ser adicionado ao limite do SLR. Os autores também

utilizam uma forma mais útil para se realizar a técnica que é colocar o membro inferior

do paciente no ombro do examinador e depois com a outra mão flexiona dorsalmente o

pé (BUTTER e JONES, 2003).

Fonte: Butler e Jones (2003).

Figura 1: SRL com dorsiflexão do tornozelo.

O Slump Teste é realizado com paciente sentado, com as mãos no dorso. Deve-se pedir

que o paciente flexione a coluna torácica e lombar e, logo em seguida, realiza também

flexão cervical. O examinador exerce uma pressão na cervical do paciente, para que a

mesma seja acentuada. Já o paciente realiza flexão de quadril com o joelho estendido,

realizando dorsiflexão do tornoxelo (OLIVEIRA JR e TEIXEIRA, 2007).

Lima et al (2013), descreve que os exercícios da mobilização neurodinâmica podem ser

classificados como deslizantes ou tensionantes descritos abaixo:

a) Os exercícios deslizantes movimentam duas articulações ao mesmo tempo, de tal

forma que quando uma alonga o leito nervoso a tensão é contrabalançada por um

movimento da articulação adjacente, por exemplo, na extensão do punho associada a

flexão de cotovelo. Os benefícios dessa técnica incluem a facilitação do deslizamento

8

do nervo, redução da sua aderência sobre tecidos adjacentes, dispersão de substâncias

fluidas nocivas, aumento da vascularização neural e melhora do fluxo axoplasmático.

b) Os exercícios tensionantes são realizados através da movimentação de apenas uma

articulação causando o alongamento neural e das estruturas adjacentes. Os benefícios

do estiramento neural estão em reduzir o edema e o comprometimento circulatório e

induzir a irrigação do nervo devido ao efeito de bombeamento provocado pelo

exercício.

A contra-indicação relativa da aplicação dos testes neurodinâmicos se dá em casos de

afecções irritativas, inflamação, sinais medulares, malignidade, compressão de raízes

nervosas, neuropatia periférica e síndrome da dor regional periférica (ZAMBERLAN e

KERPPERS, 2007).

3. Metodologia

Para a produção deste estudo foi realizado uma pesquisa bibliográfica utilizando livros,

revistas e periódicos publicados em bases de dados SCIELO (Scientific Eletronic Library

Online), BIREME (Biblioteca Virtual em Saúde), LILACS (Literatura latino-Americana)

e Google acadêmico, utilizando as palavras-chaves: Mobilização Neural, Lombalgia e

Lombociatalgia, no período de novembro de 2014 à março de 2015.

4. Resultados e Discussão

A terapia manual existe há séculos e consiste na aplicação de técnicas que utilizam as

mãos sobre o corpo do paciente, com o objetivo de promover o retorno à função normal

dos mesmos. Dentre as técnicas de terapia Manual temos a mobilização do sistema

nervoso, além das demais como manipulação articular, mobilização articular, massagem,

mobilização facial, pompage e etc (PEREIRA, 2005).

Segundo Hall (2004), pacientes com lombociatalgia tratados com mobilização neural

obtiveram uma redução da sintomatologia dolorosa.

Abreu, Godinho e Aquino (2007) compararam em seus estudos 18 indivíduos com idade

entre 20 e 55 anos o efeito da mobilização neural (SLR) no ganho de amplitude de

movimento da coluna lombar, através do teste de schober. A técnica do SLR com a

manobra sensibilizante de dorso-flexão promoveu um ganho significativo na mobilidade

da coluna lombar.

No estudo de Cleland et al (2006), utilizou o SLR e avaliou um diafragma para análise de

deficiência, dor e centralização dos sintomas em 30 pacientes com idade entre 18 e 60

anos. Os resultados sugerem que o SLR é benéfico para melhorar em curto prazo

deficiência, dor e centralização dos sintomas.

No estudo de Jesus (2004), onde avaliou a mobilização do sistema nervoso e seu efeito

no alongamento da musculatura, foi aplicado a técnica de mobilização neural através de

oscilações lentas em 50 indivíduos distribuídos em dois grupos, um com 21 pacientes

com comprometimento neural ao Slump Test e o outro com 28 pacientes sem

comprometimento neural ao mesmo teste. Foi verificado um aumento da flexibilidade dos

isquiotibiais, concluindo que a mobilização do nervo interfere no fluxo axoplasmático,

podendo ser esperado a melhora da função neural.

Boeing (2004), realizou seu trabalho a avaliação e o tratamento de 6 voluntários com

objetivo de identificar a eficácia de um protocolo de técnicas de mobilização neural como

recurso para tratamento de pacientes portadores de lombociatalgia. Foram realizadas 10

sessões aplicando um protocolo de mobilização neural analisando as seguintes variáveis:

9

dor, sensibilidade e mobilidade da coluna lombar. Nos resultados obtidos, verificou que

houve melhora estatisticamente significativa somente na redução do quadro álgico.

Machado e Bigolin (2010), compararam a técnica de mobilização neural com o

alongamento muscular em lombálgicos crônicos. Pela análise dos resultados obtidos,

tanto o programa de mobilização neural como o programa de alongamento muscular

revelaram melhoras na execução das atividades funcionais, na flexibilidade da cadeia

posterior e na redução do quadro álgico. Ressalta-se, porém, que somente o programa de

mobilização neural obteve melhora estatisticamente significativa. Fonteque et al (2008),

também compararam a mobilização do sistema nervoso com o alongamento passivo e

observaram que o ganho de amplitude de movimento do quadril foi mais eficaz com a

técnica de mobilização neural do que o uso do alongamento passivo.

Malmann et al (2012), através de experiências sobre a prevenção de hipotrofia muscular

pelo uso da mobilização neural em modelo experimental de ciatalgia em 10 ratos,

concluíram que a mobilização neural como forma de terapia foi eficaz na redução da

hipotrofia, provinda de uma neuropraxia nos animais.

Em relação a força muscular, Lopes et al (2010), demonstraram que a mobilização neural

possibilitou um aprimoramento da força muscular do quadríceps antes das sessões de

treinamento em comparação com o alongamento muscular.

Pinto, Zeinedin e Vieira (2010), aplicaram a técnica de mobilização neural em 11

pacientes com o objetivo de tratar a dor em pacientes com lombalgia e lombociatalgia,

onde o diagnóstico clínico era realizado através do Slump Test. De acordo com os

resultados encontrados neste estudo, constatou-se que o emprego da mobilização neural,

fazendo uso de técnicas deslizantes e tensionantes, foi eficaz para a redução da dor,

melhora da capacidade funcional, obtenção de ganho na amplitude de movimento do

quadril e aumento da mobilidade da coluna lombar.

Em um estudo de caso, Monnerat e Pereira (2010), analisaram a influência da técnica de

mobilização neural na dor e incapacidade funcional da hérnia de disco lombar,

demonstraram que a técnica pode ser eficaz no tratamento da hérnia de disco lombar por

apresentar boa resposta terapêutica na regressão dos sintomas dolorosos e incapacidade

funcional.

5. Conclusão

A mobilização neural tem sido uma técnica alternativa de terapia manual para tratar

patologias que tenham um comprometimento neural. Seu conceito vem crescendo no

mundo através de pesquisas científicas proporcionando ao terapeuta uma maior eficiência

e eficácia no tratamento manual.

Esse estudo procurou analisar os benefícios da mobilização neural na lombociatalgia,

pelo qual foi constatado de acordo com as literaturas revisadas que o principal benefício

foi a redução da dor, porém foi observado outros como o ganho da amplitude de

movimento, o aumento da flexibilidade muscular, a melhora da capacidade funcional e o

aumento da mobilidade da coluna lombar.

Para se entender um pouco da aplicabilidade da técnica e de seus benefícios, houve a

necessidade de se explicar um pouco sobre o sistema nervoso e a anatomia e biomecânica

da coluna lombar. Pois, acredita-se como relatado anteriormente que o objetivo da

mobilização neural é de melhorar a neurodinâmica e reestabelecer o fluxo axoplasmático,

fazendo com que haja a homeostasia dos tecidos nervosos que consequentemente

promove o retorno às suas funções normais. Isto justifica os benefícios alcançados como

resultado desta pesquisa e verifica-se a importância do fisioterapeuta ter tal

conhecimento.

10

Espera-se que este levantamento de revisão literária venha servir de base tanto para outros

estudos como para os próprios profissionais desta área que almejam alcançar resultados

satisfatórios em seus pacientes com o diagnóstico de lombociatalgia. Sugere-se ainda,

que novos estudos sejam realizados, de preferência do tipo ensaios clínicos

randomizados, para que haja melhor aperfeiçoamento e validação desta técnica no âmbito

da fisioterapia traumato-ortopédica.

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