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Nossos sábios relatam que, antes de Hashem outorgar a Torá, Ele pediu fiadores. Os Yehudim sugeriram os Patriarcas, Moshe e outros Neviyim. Hashem rejeitou todas as opções, até que o povo declarou: “Nossos filhos serão os fiadores, ates- tando que o povo judeu guardará a Torá”. D’us os aceitou imediatamente. Shavuot é o dia em que devemos reafirmar nossa responsabilidade e dedicação ao chinuch de nos- sos filhos. Devemos inspirá-los com Ahavat Ha- shem e Ahavat HaTorá. O nome Shavuot” vem da palavra “savea” – satisfeito – indicando que Hashem nos satisfaz com a força necessária para cumprir nossa missão sagrada. Que possamos dar essa força aos nossos filhos com muita inspiração! Chag Sameach! Palavra do Rabino Lag Baomer: parar para festejar Bastidores de uma vida chassídica-escolar n o 3 Be Simcha Capricho e criatividade na decoração dos carros que desfilaram R. Ari Shapiro B”H Capa “Banda, pode começar!”, gritou rebe Ilan, dando o aval para que o batuque feito pelos alunos da Ye- shivá Tomchei Tmimim Lubavitch se extravasasse pelas ruas do Bom Retiro. Era a Parada de Lag Baomer em que cada turma do Cheder se caracter- izou como os mivtsaim do Rebe de Lubavitch e des- filou pelo bairro, numa atmosfera contagiada pela alegria dos rebes. Uma kitá estava dividida em azul chalavi e vermelho bassari; na outra, os pequenos vinham enrolados em papel vermelho como Torot; outra kitá montou fantasias quadradas em forma de livros e ainda em outra, exibiam tefilin na cabeça. A festa já havia começado no pátio do Lubavitch, quando saíram os carros enfeitados. Escoltados por um veículo da Polícia Civil, partiram da rua Prates e seguiram pela rua dos Bandeirantes, pas- sando pela rua Afonso Pena, rua Três Rios, rua Amazonas, rua Guarani e rua Talmud Torá, até o Gani. “A Parada de Lag Baomer é a base do chi- nuch, pois mostra ao judeu que ele deve ser um yid nas ruas e não apenas dentro de casa. É a maior manifestação de orgulho judaico da nossa geração”, explica rabino Shamai Ende, Rosh Ye- shivá, a respeito do grande incentivo do Rebe A música tocada pelos bachurim da Yeshivá ecoou pelo Bom Retiro maio/yiar 2012 / 5772

Besimcha 3

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Jornal das Escolas Lubavitch - Gani

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Nossos sábios relatam que, antes de Hashem outorgar a Torá, Ele pediu fiadores. Os Yehudim sugeriram os Patriarcas, Moshe e outros Neviyim. Hashem rejeitou todas as opções, até que o povo declarou: “Nossos filhos serão os fiadores, ates-tando que o povo judeu guardará a Torá”. D’us os aceitou imediatamente. Shavuot é o dia em que devemos reafirmar nossa

responsabilidade e dedicação ao chinuch de nos-sos filhos. Devemos inspirá-los com Ahavat Ha-shem e Ahavat HaTorá. O nome “Shavuot” vem da palavra “savea” – satisfeito – indicando que Hashem nos satisfaz com a força necessária para cumprir nossa missão sagrada. Que possamos dar essa força aos nossos filhos com muita inspiração! Chag Sameach!

Palavra do Rabino

Lag Baomer: parar para festejar

Bastidores de uma vida chassídica-escolar

no3

Be Simcha

Capricho e criatividade na decoração dos carros que desfilaram

R. Ari Shapiro

B”HCa

pa

“Banda, pode começar!”, gritou rebe Ilan, dando o aval para que o batuque feito pelos alunos da Ye-shivá Tomchei Tmimim Lubavitch se extravasasse pelas ruas do Bom Retiro. Era a Parada de Lag Baomer em que cada turma do Cheder se caracter-izou como os mivtsaim do Rebe de Lubavitch e des-filou pelo bairro, numa atmosfera contagiada pela alegria dos rebes. Uma kitá estava dividida em azul chalavi e vermelho bassari; na outra, os pequenos vinham enrolados em papel vermelho como Torot; outra kitá montou fantasias quadradas em forma de livros e ainda em outra, exibiam tefilin na cabeça.

A festa já havia começado no pátio do Lubavitch, quando saíram os carros enfeitados. Escoltados por um veículo da Polícia Civil, partiram da rua Prates e seguiram pela rua dos Bandeirantes, pas-sando pela rua Afonso Pena, rua Três Rios, rua Amazonas, rua Guarani e rua Talmud Torá, até o Gani. “A Parada de Lag Baomer é a base do chi-nuch, pois mostra ao judeu que ele deve ser um yid nas ruas e não apenas dentro de casa. É a maior manifestação de orgulho judaico da nossa geração”, explica rabino Shamai Ende, Rosh Ye-shivá, a respeito do grande incentivo do Rebe

A música tocada pelos bachurim da Yeshivá ecoou pelo Bom Retiro

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A Parada apresentou uma produção completa de fantasias, música, dança e carros enfeitados para invadir as ruas e divulgar a alegria

em colocar as crianças nas ruas nessa data que celebra dois Tsadikim, Rabi Akiva e Rabi Shimon Bar Yochai. Rabino Shamai ainda ressalta que “o Rebe disse, certa vez, que Bar Yochai está presente nas paradas. Daí a força tão percebida nesse momento”.

Parada de curiosos Um olhar que se voltasse às calçadas do Bom Re-tiro, durante a atração, poderia perceber que aquele evento não estava apenas tocando os sentimentos de quem desfilava. Nas portas das lojas, nos car-ros, nas esquinas, debruçados nas janelas no alto dos prédios - os curiosos do bairro, trabalhadores, moradores e transeuntes estavam contagiados. Na esquina da rua Guarani com a rua Cor-reia de Melo, a manicure Kelly Almeida, 37, per-gunta se pode fotografar. “Estou maravilhada! Eu vim ao Bom Retiro visitar uma amiga e agora que saí da casa dela, me deparei com esses me-ninos na rua”, relata. Para dona Ivani, 63, que trabalha numa loja de aviamentos na rua Afonso Pena, o dia começou diferente: “sei que é festa boa, porque me trouxe alegria”. Para o sr. Joseph, 79, morador do bairro, a Parada trouxe boas lem-branças. “Revivi tempos daquele velho Bom Re-tiro, quando os judeus moravam aqui”, comenta.

Os pais Acompanhando a Parada, os pais não escondiam o orgulho de seus filhos. De acordo com Haim Mosco-vich, pai de alunos, “ao ver as crianças desfilando, sentimos conexão com o Rebe. Com chuva ou sol, o Rebe estimulava as crianças a vibrar com a data de Lag Baomer”. Ele ainda acrescenta que percebeu como os filhos se sentiram à vontade para desfilar, “é uma maneira de afirmar a auto-estima como ju-deu e há um sentimento de pertencimento, pois se trata de um evento mundial”. Na porta da Sinagoga Talmud Torá, a rua parou para a animada dança dos bachurim da Yeshivá. Após a festa, as meninas foram ao Parque Vila-Lobos e os meninos, ao Parque Ibirapuera. Aquela sensação de alegria intensa certamente não vai sair da memória dos alunos.

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“É tempo de aumentar as mits-vot”, afirma a morá Rivka que, junto com a morá Chana, trouxe vivências de amor ao próximo às meninas do pré do Gan. O pro-jeto Bên Adam Lachavero, ide-alizado pelas morot e ligado ao período da contagem do Omer, põe em prática ajuda aos doen-tes, respeito aos idosos e hos-pitalidade, por exemplo. “Visita-mos o Espaço Baby Ganoni, onde elas viram que cuidar de um bebê exige muito carinho e

afinidade com nada; precisamos despertar interesse para algo que realmente goste”, destaca a educadora. Ela salientou que os pais devem aumentar o nível de exigência para melhor desem-penho em relação a estudos, mi-dot e respeito ao próximo.

Sorriso que aproxima O tema discutido com os pais veio para a escola por meio do Projeto Chessed, idealizado pela morá Eva em que meninas do 9º ano e Colegial visitam ins-tituições beneficentes. O foco é ajudar o próximo de forma a amenizar as diferenças e me-lhorar a aceitação do outro. “Um sorriso e um ‘bom dia’ podem parecer pequenos para um, mas são muito importantes para o outro”, exemplifica Zellerkraut. O Projeto realizou visitas ao Lar dos Velhos e ao Ten Yad. As alu-nas conversaram com os idosos e perceberam que um simples gesto gera alegria e emoção. Elas ajudaram na cozinha do Ten Yad e montaram kits de Pessach para distribuir. “Há mitsvot sim-ples de fazer e que têm reflexos muito profundo”, comenta morá Eva.

“Quando a escola, a família e a comunidade estão unidas, o desenvolvimento do aluno pros-pera”, afirma morá Eva Zeller-kraut, orientadora pedagógica e educacional do Gani, que está se dedicando a projetos para unir na prática os diferentes universos da rotina da criança. Ela acredita que a escola participa na forma-ção do caráter e no acúmulo de experiências para a vida, mas planejar a educação dos filhos em conjunto com pais, professores e outros profissioais é fundamental. Um exemplo de atividade que coloca em prática a união casa-escola foi a palestra sobre Educa-ção que a morá Eva ministrou às mães do Gani-Lubavitch. Orga-nizado pela Comissão de Mães, a aula deu início a um ciclo de pa-lestras que visa esclarecer dúvi-das e expor novos conceitos liga-dos à criação dos filhos. Contou com a presença de 60 mães. “Eu me emocionei bastante”, comen-ta Paula Petresco, mãe de alu-nos, sobre filme transmitido lá. Ponto importante da discussão foi a necessidade de valorizar as particularidades de cada filho. “Não há criança que não tenha

paciência”, explica morá Rivka. Outra atividade do projeto é rece-ber as colegas de classe em casa. Todas as meninas vão às casas umas das outras e a mãe deve enviar um bilhete à morá dizen-do como a filha recebeu a visita. Festa do pijama e lanches com nash são alguns exemplos da re-ceptividade. Mas o que vale aqui é algo maior: a união. “O Ahavat Israel aprendido na escola for-talece a amizade”, comemora a professora.

Ahavat Israel de muitas formas

Projetos que tocam o coraçãoCoração é simbolo da união das alunas do pré

Palestra para mães e visitas às instituições

Nota

Espe

cial

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Os alunos do Cheder estão se preparando para o Chidon, concurso de estudos sobre as mitsvot do dia-a-dia, chaguim e detalhes sobre casamento, trazidas no Sêfer Hamitsvot, do Rambam. Como há temas distantes da realidade dos me-ninos, a escola está traduzin- do um livro especial elaborado pelo Tsivot Hashem dos Estados Unidos e que traz a linguagem do livro do Rambam adequada ao universo infantil. “Temas como divórcio e violência são muito bem explicados no novo livro”,

Fogueira de verdade na festa de Lag Baomer do Espaço Baby Meninas do pré levaram Torot de presente aos bebês do berçário

“Barulhinhos do silêncio”, trabalho da área laica As meninas como voluntárias no Ten Yad Fundamental do Gani participou da Parada

EXPEDIENTE

exemplifica rebe Ilan. Ele desta-ca que a escolha do tema para o Chidon veio a partir do incentivo do Rebe às crianças para estudar as 613 mitsvot. Os estudos são divididos em números de mits-vot semanais e há provas e ativi-dades ligadas aos temas. O aluno que tem média 8 no mínimo, vai para a final. Um concurso, em geral, valoriza quem tira o pri-meiro lugar, mas aqui também vale o esforço de cada um. “O intuito não é gerar competição e sim, estudar, o que é mais pra-zeroso”, ressalta o rabino.

O estudo vale mais

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Jornalista responsável:: Brenda DorfComissão Editorial :: P. Kaufman, P. Petresco e R. Moscovitch

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Nota

Dedicação nos estudos para o Chidon

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