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Edição 06 ano 02 n° 03 2015
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NOSSO COMPROMETIMENTO COM O MERCADO FLORESTALEacute DO TAMANHO DO BRASIL
Por traacutes de cada maacutequina John Deere haacute uma empresa que eacute sua parceira dentro e fora da fl oresta Tudo porque nos envolvemos com o seu projeto desde a nossa equipe profi ssional de suporte ao cliente dedicada a oferecer as melhores soluccedilotildees ateacute peccedilas serviccedilos e treinamentos necessaacuterios para que a sua frota opere com os mais altos padrotildees
JohnDeerecombrFlorestal
AF-02anuncio 210X280mm florestalindd 1 060315 1633
1EXPEDIENTE B FORESTNOSSO COMPROMETIMENTO COM O MERCADO FLORESTALEacute DO TAMANHO DO BRASIL
Por traacutes de cada maacutequina John Deere haacute uma empresa que eacute sua parceira dentro e fora da fl oresta Tudo porque nos envolvemos com o seu projeto desde a nossa equipe profi ssional de suporte ao cliente dedicada a oferecer as melhores soluccedilotildees ateacute peccedilas serviccedilos e treinamentos necessaacuterios para que a sua frota opere com os mais altos padrotildees
JohnDeerecombrFlorestal
AF-02anuncio 210X280mm florestalindd 1 060315 1633
2 EXPEDIENTEB FOREST
3EXPEDIENTE B FOREST
4 EXPEDIENTEB FOREST
Indiacutece06
09
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58
EDITORIAL
ENTREVISTA
PRINCIPAL
ESPECIAL
TECNOLOGIA
MOMENTO EMPRESARIAL
NOTAS
FOTOS
VIacuteDEOS
AGENDA
5EXPEDIENTE B FOREST
ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar
para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo
Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Armando Santiago
Foto Divulgaccedilatildeo
6 EXPEDIENTEB FOREST
ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski
Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski
Executiva Comercial Josiana Camargo
Editora Giovana Massetto
Jornalista Amanda Scandelari
Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela
Financeiro Jaqueline Mulik
Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar
Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar
(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)
Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da
Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)
BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal
Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455
wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr
Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-
clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que
tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo
desenvolvimento do setor no paiacutes
A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do
mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do
mercado
Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing
e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e
vivecircncia com o setor de florestas plantadas
Saudaccedilotildees Florestais
Novas tendecircncias da silvicultura
6 EDITORIALB FOREST
copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados
7EXPEDIENTE B FOREST
quando o assunto FoRequipamento
FloRestal Falecom a tRacbel
Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios
a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais
Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras
fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner
uma referecircncia no mercado florestal
Entre em contato agora mesmo com
um dos nossos consultores e conheccedila
nossas solucotildees
8 ENTREVISTAB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
ulga
ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
1EXPEDIENTE B FORESTNOSSO COMPROMETIMENTO COM O MERCADO FLORESTALEacute DO TAMANHO DO BRASIL
Por traacutes de cada maacutequina John Deere haacute uma empresa que eacute sua parceira dentro e fora da fl oresta Tudo porque nos envolvemos com o seu projeto desde a nossa equipe profi ssional de suporte ao cliente dedicada a oferecer as melhores soluccedilotildees ateacute peccedilas serviccedilos e treinamentos necessaacuterios para que a sua frota opere com os mais altos padrotildees
JohnDeerecombrFlorestal
AF-02anuncio 210X280mm florestalindd 1 060315 1633
2 EXPEDIENTEB FOREST
3EXPEDIENTE B FOREST
4 EXPEDIENTEB FOREST
Indiacutece06
09
14
24
36
44
51
56
57
58
EDITORIAL
ENTREVISTA
PRINCIPAL
ESPECIAL
TECNOLOGIA
MOMENTO EMPRESARIAL
NOTAS
FOTOS
VIacuteDEOS
AGENDA
5EXPEDIENTE B FOREST
ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar
para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo
Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Armando Santiago
Foto Divulgaccedilatildeo
6 EXPEDIENTEB FOREST
ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski
Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski
Executiva Comercial Josiana Camargo
Editora Giovana Massetto
Jornalista Amanda Scandelari
Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela
Financeiro Jaqueline Mulik
Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar
Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar
(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)
Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da
Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)
BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal
Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455
wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr
Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-
clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que
tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo
desenvolvimento do setor no paiacutes
A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do
mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do
mercado
Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing
e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e
vivecircncia com o setor de florestas plantadas
Saudaccedilotildees Florestais
Novas tendecircncias da silvicultura
6 EDITORIALB FOREST
copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados
7EXPEDIENTE B FOREST
quando o assunto FoRequipamento
FloRestal Falecom a tRacbel
Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios
a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais
Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras
fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner
uma referecircncia no mercado florestal
Entre em contato agora mesmo com
um dos nossos consultores e conheccedila
nossas solucotildees
8 ENTREVISTAB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
ulga
ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
2 EXPEDIENTEB FOREST
3EXPEDIENTE B FOREST
4 EXPEDIENTEB FOREST
Indiacutece06
09
14
24
36
44
51
56
57
58
EDITORIAL
ENTREVISTA
PRINCIPAL
ESPECIAL
TECNOLOGIA
MOMENTO EMPRESARIAL
NOTAS
FOTOS
VIacuteDEOS
AGENDA
5EXPEDIENTE B FOREST
ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar
para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo
Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Armando Santiago
Foto Divulgaccedilatildeo
6 EXPEDIENTEB FOREST
ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski
Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski
Executiva Comercial Josiana Camargo
Editora Giovana Massetto
Jornalista Amanda Scandelari
Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela
Financeiro Jaqueline Mulik
Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar
Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar
(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)
Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da
Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)
BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal
Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455
wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr
Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-
clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que
tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo
desenvolvimento do setor no paiacutes
A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do
mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do
mercado
Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing
e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e
vivecircncia com o setor de florestas plantadas
Saudaccedilotildees Florestais
Novas tendecircncias da silvicultura
6 EDITORIALB FOREST
copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados
7EXPEDIENTE B FOREST
quando o assunto FoRequipamento
FloRestal Falecom a tRacbel
Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios
a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais
Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras
fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner
uma referecircncia no mercado florestal
Entre em contato agora mesmo com
um dos nossos consultores e conheccedila
nossas solucotildees
8 ENTREVISTAB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
ulga
ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
3EXPEDIENTE B FOREST
4 EXPEDIENTEB FOREST
Indiacutece06
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EDITORIAL
ENTREVISTA
PRINCIPAL
ESPECIAL
TECNOLOGIA
MOMENTO EMPRESARIAL
NOTAS
FOTOS
VIacuteDEOS
AGENDA
5EXPEDIENTE B FOREST
ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar
para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo
Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Armando Santiago
Foto Divulgaccedilatildeo
6 EXPEDIENTEB FOREST
ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski
Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski
Executiva Comercial Josiana Camargo
Editora Giovana Massetto
Jornalista Amanda Scandelari
Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela
Financeiro Jaqueline Mulik
Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar
Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar
(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)
Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da
Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)
BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal
Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455
wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr
Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-
clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que
tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo
desenvolvimento do setor no paiacutes
A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do
mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do
mercado
Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing
e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e
vivecircncia com o setor de florestas plantadas
Saudaccedilotildees Florestais
Novas tendecircncias da silvicultura
6 EDITORIALB FOREST
copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados
7EXPEDIENTE B FOREST
quando o assunto FoRequipamento
FloRestal Falecom a tRacbel
Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios
a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais
Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras
fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner
uma referecircncia no mercado florestal
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um dos nossos consultores e conheccedila
nossas solucotildees
8 ENTREVISTAB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
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ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
4 EXPEDIENTEB FOREST
Indiacutece06
09
14
24
36
44
51
56
57
58
EDITORIAL
ENTREVISTA
PRINCIPAL
ESPECIAL
TECNOLOGIA
MOMENTO EMPRESARIAL
NOTAS
FOTOS
VIacuteDEOS
AGENDA
5EXPEDIENTE B FOREST
ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar
para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo
Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Armando Santiago
Foto Divulgaccedilatildeo
6 EXPEDIENTEB FOREST
ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski
Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski
Executiva Comercial Josiana Camargo
Editora Giovana Massetto
Jornalista Amanda Scandelari
Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela
Financeiro Jaqueline Mulik
Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar
Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar
(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)
Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da
Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)
BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal
Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455
wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr
Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-
clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que
tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo
desenvolvimento do setor no paiacutes
A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do
mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do
mercado
Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing
e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e
vivecircncia com o setor de florestas plantadas
Saudaccedilotildees Florestais
Novas tendecircncias da silvicultura
6 EDITORIALB FOREST
copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados
7EXPEDIENTE B FOREST
quando o assunto FoRequipamento
FloRestal Falecom a tRacbel
Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios
a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais
Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras
fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner
uma referecircncia no mercado florestal
Entre em contato agora mesmo com
um dos nossos consultores e conheccedila
nossas solucotildees
8 ENTREVISTAB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
ulga
ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
5EXPEDIENTE B FOREST
ldquoHaacute 25 anos o setor florestal comeccedilava a se mostrar
para o mundo e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevelrdquo
Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Armando Santiago
Foto Divulgaccedilatildeo
6 EXPEDIENTEB FOREST
ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski
Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski
Executiva Comercial Josiana Camargo
Editora Giovana Massetto
Jornalista Amanda Scandelari
Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela
Financeiro Jaqueline Mulik
Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar
Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar
(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)
Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da
Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)
BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal
Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455
wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr
Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-
clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que
tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo
desenvolvimento do setor no paiacutes
A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do
mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do
mercado
Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing
e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e
vivecircncia com o setor de florestas plantadas
Saudaccedilotildees Florestais
Novas tendecircncias da silvicultura
6 EDITORIALB FOREST
copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados
7EXPEDIENTE B FOREST
quando o assunto FoRequipamento
FloRestal Falecom a tRacbel
Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios
a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais
Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras
fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner
uma referecircncia no mercado florestal
Entre em contato agora mesmo com
um dos nossos consultores e conheccedila
nossas solucotildees
8 ENTREVISTAB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
ulga
ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
6 EXPEDIENTEB FOREST
ExpedienteDiretor Geral Dr Jorge R Malinovski
Diretor de Negoacutecios Dr Rafael A Malinovski
Executiva Comercial Josiana Camargo
Editora Giovana Massetto
Jornalista Amanda Scandelari
Designer Responsaacutevel Viniacutecius Vilela
Financeiro Jaqueline Mulik
Conselho TeacutecnicoAires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria) Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Ameacuterica do Norte e do Sul da Caterpillar) Ceacutesar
Augusto Graeser (Diretor de Operaccedilotildees Florestais da Suzano) Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas) Germano Aguiar
(Diretor Florestal da Eldorado Brasil) Joseacute Totti (Diretor Florestal da Klabin) Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest)
Maacuterio SantrsquoAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau) Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal) Sergio da
Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel) Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America)
BForest - A Revista Eletrocircnica do Setor Florestal
Ediccedilatildeo 06 - Ano 02 - Ndeg 03 - Marccedilo 2015
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava 1541 Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) ndash CEP80040-455
wwwmalinovskicombr comunicacaomalinovskicombr
Como prometido no mecircs passado a partir desta ediccedilatildeo a Revista BForest traz tambeacutem reportagens ex-
clusivas sobre os processos silviculturais Para iniciarmos as discussotildees sobre o tema nada melhor do que
tratarmos sobre as perspectivas de mecanizaccedilatildeo da silvicultura assunto quente e primordial para o contiacutenuo
desenvolvimento do setor no paiacutes
A importacircncia das estradas de uso florestal adequadas para o transporte e as vantagens do controle do
mesmo tambeacutem satildeo apresentadas em mateacuterias que contam com as declaraccedilotildees dos principais players do
mercado
Para fechar a ediccedilatildeo com chave de ouro contamos com a entrevista do diretor de supply chain sourcing
e florestal da International Paper Armando Santiago que dividiu com a Revista BForest seu conhecimento e
vivecircncia com o setor de florestas plantadas
Saudaccedilotildees Florestais
Novas tendecircncias da silvicultura
6 EDITORIALB FOREST
copy 2014 Malinovski Florestal Todos os Direitos Reservados
7EXPEDIENTE B FOREST
quando o assunto FoRequipamento
FloRestal Falecom a tRacbel
Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios
a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais
Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras
fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner
uma referecircncia no mercado florestal
Entre em contato agora mesmo com
um dos nossos consultores e conheccedila
nossas solucotildees
8 ENTREVISTAB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
ulga
ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
7EXPEDIENTE B FOREST
quando o assunto FoRequipamento
FloRestal Falecom a tRacbel
Conhecida por apresentar soluccedilotildees adequadas aos mais variados desafios
a Tracbel possui toda linha de equipamentos florestais
Confiabilidade e alta tecnologia adaptada agraves condiccedilotildees brasileiras
fizeram dos equipamentos Tigercat e dos cabeccedilotes SP Maskiner
uma referecircncia no mercado florestal
Entre em contato agora mesmo com
um dos nossos consultores e conheccedila
nossas solucotildees
8 ENTREVISTAB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
ulga
ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
8 ENTREVISTAB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
ulga
ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
9ENTREVISTA B FOREST
Foto
Div
ulga
ccedilatildeo
In
tern
atio
nal P
aper
9ENTREVISTA B FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
10 ENTREVISTAB FOREST
Experiecircncia inquestionaacutevelArmando Santiago Diretor de Supply Chain Sourcing e Florestal da International Paper
Pode-se dizer que Armando Santiago
eacute um profissional completo O engenhei-
ro florestal iniciou a carreira na Internatio-
nal Paper e dentro da companhia teve a
oportunidade de trabalhar em diversas aacutere-
as natildeo correlatas a sua formaccedilatildeo Arman-
do jaacute atuou em funccedilotildees florestais de pla-
nejamento estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) Atual-
mente eacute diretor de supply chain sourcing
e florestal da IP Ele acredita que toda essa
experiecircncia foi fundamental para tornaacute-lo
o profissional que eacute hoje Em entrevista ex-
clusiva ele conta sobre a vida profissional e
como enxerga o setor florestal Confira
Quais foram seus primeiros passos no se-
tor florestal
Fiz graduaccedilatildeo em Engenharia Florestal
pela UnB (Universidade de Brasiacutelia) e mes-
trado em Manejo e Administraccedilatildeo de Re-
cursos Naturais na Universidade de Edim-
burgo (Escoacutecia) Trabalho na International
Paper desde que me formei Por muitos
anos atuei no departamento florestal e
hoje acumulo as funccedilotildees de diretor flores-
tal supply chain e sourcing
Pode contar um pouco mais sobre os mais
de 20 anos de trabalho na IP
Uma das melhores coisas que existe
na International Paper eacute a possibilidade
de se trabalhar em diversas aacutereas mesmo
que natildeo sejam correlatas com sua
formaccedilatildeo acadecircmica Desta maneira pude
trabalhar nas aacutereas florestal planejamento
estrateacutegico marketing logiacutestica
atendimento ao cliente manufatura
sourcing (suprimentos) e supply chain aleacutem
de participar como gerente do projeto da
construccedilatildeo da maior serraria de taacutebuas de
eucalipto do Brasil em Arapoti (PR) De
cada uma dessas aacutereas levo algo relevante
de aprendizagem pessoal e profissional
mas posso ressaltar senso de urgecircncia
importacircncia das pessoas importacircncia
de processos e sistemas de gestatildeo uso
disciplinadoorientado de recursos visatildeo
dos acionistas criaccedilatildeo de valor como
meacutetrica principal e principalmente o
respeito agraves pessoas
Como se preparou para assumir o cargo de
Diretor
Ao longo desses 25 anos de carreira a
preparaccedilatildeo para assumir mais e complexas
responsabilidades faz parte do ldquoJeito IPrdquo
de ser Tive oportunidade de passar dois
10 ENTREVISTAB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
11ENTREVISTA B FOREST11ENTREVISTA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo International Paper
ldquoNo longo prazo o setor de bioenergia deveraacute desenvolver teacutecnicas
proacuteprias de colheita mais apropriadas ao produto
finalrdquo
Armando Santiago
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
12 ENTREVISTAB FOREST
ldquoAinda somos extremamente tiacutemidos quando se
fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo setorial
A capacidade de inovar e reinventar eacute
extremamente importanterdquo
anos na matriz nos Estados Unidos antes
de assumir a minha primeira diretoria a de
planejamento estrateacutegico em 2000 Desde
entatildeo procuro sempre me aprimorar no
que faccedilo ou no que farei Mas os principais
meios satildeo treinamentos formais como o
MBA na FGV (Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas) e
diversos outros cursos em instituiccedilotildees de
ensino nacional e internacional Sempre
contei tambeacutem com muita ajuda dos meus
tutores formais e informais como chefes
e companheiros de trabalho Em uma
empresa com mais de 60 mil colaboradores
sempre tem algueacutem disposto a te ajudar de
alguma maneira
Quais satildeo os principais desafios deste car-
go
Satildeo sempre os mesmos de qualquer
cargo como dar um propoacutesito aos
profissionais que vocecirc lidera uma visatildeo que
seja instigante e desafiadora e que faccedila com
que todos sigam em uma mesma direccedilatildeo
maximizando e otimizando os recursos
disponiacuteveis Aleacutem disso a busca constante
pela maacutexima eficiecircncia com times de
alto desempenho A escolha das pessoas
certas para os cargos certos natildeo eacute menos
importante E como natildeo poderia deixar de
ser a preocupaccedilatildeo com a sustentabilidade
dos negoacutecios do ponto de vista mais
holiacutestico e natildeo somente com vistas ao meio
ambiente
Aleacutem do seu cargo na IP vocecirc tambeacutem foi
presidente do IPEF e Florestar Hoje atua
como coordenador do Conselho Florestal
da Ibaacute Ainda almeja alguma atividade do
setor
A presidecircncia do IPEF (Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais) foi uma das
funccedilotildees mais gratificantes que exerci Ele
como centro de referecircncia em pesquisas
florestais tem um papel fundamental no
setor Ter convivido com os profissionais
docentes e o corpo administrativo do IPEF em
especial o Professor Barrichelo acrescentou
muito na minha vida profissional e pessoal
Ao presidir a Florestar (Associaccedilatildeo Paulista
de Plantadores de Florestas Plantadas)
aprendi muito sobre o setor paulista de
florestas plantadas Atualmente atuo como
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
13ENTREVISTA B FOREST
coordenador do Conselho Florestal da Ibaacute
(Induacutestria Brasileira de Aacutervores) e estou
sempre disposto a ajudar o setor quando
necessaacuterio Natildeo haacute nesse momento um
cargo especiacutefico que eu almeje mas o
setor poderaacute contar comigo no que for
necessaacuterio
Quais satildeo as principais diferenccedilas no setor
florestal e de celulose e papel nestas uacutelti-
mas deacutecadas
Sem sombra de duacutevida a diferenccedila eacute o
niacutevel profissional e os ganhos expressivos de
produtividade e investimentos Haacute 25 anos o
setor comeccedilava a se mostrar para o mundo
e hoje eacute uma realidade inquestionaacutevel A
silvicultura nacional eacute referecircncia mundial e
o setor de celulose como consequecircncia
eacute o estado da arte Posso citar algumas
aacutereas especiacuteficas como colheita
florestal biotecnologia sustentabilidade
produtividade mecanizaccedilatildeo etc Todas
estas aacutereas especiacuteficas datildeo suporte a um
setor pujante que soacute faz crescer e trazer
divisas para o Brasil aleacutem de exportar
produtos e tecnologia
Qual sua visatildeo para o futuro em relaccedilatildeo agrave
colheita da madeira Os mesmos sistemas
deveratildeo ser mantidos
Vejo que no curtomeacutedio prazo sim Mas
no longo prazo posso antecipar algumas
mudanccedilas como o setor de bioenergia que
deveraacute desenvolver teacutecnicas proacuteprias de
colheita mais apropriadas ao produto final
A questatildeo ambiental e de certificaccedilatildeo por
consequecircncia que traratildeo alguns desafios
aos sistemas atuais que deveratildeo adequar-
se a esse requisito fundamental demandado
pela sociedade
Vocecirc vecirc a mecanizaccedilatildeo da silvicultura
como uma tendecircncia de curto prazo
A constante escassez de matildeo de obra os
custos crescentes e a competiccedilatildeo acirrada
fazem da mecanizaccedilatildeo uma das principais
prioridades do setor silvicultural
Quais seratildeo as dificuldades enfrentadas
pelo setor florestal nos proacuteximos anos
Como elas poderatildeo ser superadas
As dificuldades que qualquer setor de
matildeo de obra intensiva e que utiliza aacutereas
em grande escala possui competitividade
aumento de custos escassez de matildeo
de obra regulamentaccedilotildeeslegislaccedilatildeo
sustentabilidade niacuteveis de retorno ao
investidor substituiccedilatildeo de produtos
globalizaccedilatildeo competiccedilatildeo de regiotildees natildeo
tradicionais questotildees eacuteticas e morais
(biotecnologia por exemplo) para citar
algumas
Tem algum sonho em relaccedilatildeo ao setor flo-
restal
Sim que ele se torne um iacutecone no que
diz respeito agrave inovaccedilatildeo Essa eacute a uacutenica
maneira de se manter no topo do poacutedio
Ainda somos extremamente tiacutemidos quando
se fala em processos dirigidos de inovaccedilatildeo
setorial A capacidade de inovar e reinventar
eacute extremamente importante
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
14 PRINCIPALB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
15PRINCIPAL B FOREST
Nas uacuteltimas deacutecadas as operaccedilotildees de colheita florestal passaram pelo processo de me-
canizaccedilatildeo no Brasil tendo como referecircncia paiacuteses com origem florestal Agora graccedilas ao
crescimento do setor chegou a vez dos processos silviculturais No entanto as operaccedilotildees
no paiacutes satildeo diferentes das realizadas no restante do mundo o que exige o desenvolvimen-
to de teacutecnicas novas e exclusivas
A Dois Passos da Mecanizaccedilatildeo da Silvicultura
Foto Malinovski Florestal
15PRINCIPAL B FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
16 PRINCIPALB FOREST
Que a silvicultura no Brasil eacute di-
ferente do restante do mundo
natildeo eacute novidade As caracte-
riacutesticas de clima solo relevo e sistemas
de plantio tornam as operaccedilotildees realiza-
das aqui uacutenicas Mas o que ainda natildeo eacute
amplamente difundido eacute que essas pe-
culiaridades podem ser uacuteteis para o de-
senvolvimento de novas tecnologias Es-
pecialistas na aacuterea acreditam que o Brasil
tem tudo para ser pioneiro na mecaniza-
ccedilatildeo da silvicultura em larga escala
ldquoAtualmente os equipamentos utili-
zados na silvicultura brasileira satildeo adap-
tados da agricultura Mas as empresas
natildeo querem mais operar com adapta-
ccedilotildees devido a qualidade que necessitam
e a reduccedilatildeo de custosrdquo afirma Eduardo
Sereguin Cabral de Melo coordenador
teacutecnico do PCMAF (Programa Coopera-
tivo de Mecanizaccedilatildeo e Automaccedilatildeo Flo-
restal) Dessa forma uma tendecircncia estaacute
surgindo e profissionais do setor flores-
tal acreditam que nos proacuteximos anos
novidades em maacutequinas e equipamentos
estaratildeo disponiacuteveis no mercado
O diretor da Komatsu Forest Edson
Martini explica que os produtores flo-
restais teratildeo agrave disposiccedilatildeo uma mistura
de tecnologias para as operaccedilotildees silvi-
culturais ldquoJaacute temos tecnologias disponiacute-
veis mas natildeo existe um modelo de sil-
vicultura parecido com o nosso Nossa
atividade de grande escala natildeo existe em
outro local do mundo Por isto acredito
que desenvolveremos tecnologias ino-
vadorasrdquo
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
17PRINCIPAL B FOREST
Essa tendecircncia vem em um momento em que a produtividade e a reduccedilatildeo dos
custos em produtos de qualidade tecircm sido os maiores objetivos a serem atingidos
pelas empresas Na contramatildeo existe a escassez de matildeo de obra qualificada o que
torna essa meta difiacutecil de ser alcanccedilada ldquoJaacute estaacute havendo falta de profissionais em
algumas regiotildees do Brasil como nos estados de Mato Grosso e Satildeo Paulo Por isto
natildeo existe outra alternativa que natildeo seja a mecanizaccedilatildeo Para mim ela eacute evidente
e urgente Sem ela em um futuro proacuteximo natildeo teremos a capacidade produtiva
almejadardquo constata Sergio da Silveira Borenstain diretor florestal suprimentos e
logiacutestica da Veracel
Foto Malinovski Florestal
Operaccedilatildeo de irrigaccedilatildeo semi-mecanizada
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
18 PRINCIPALB FOREST
Um processo em andamento
Algumas empresas do setor jaacute percebe-
ram essa tendecircncia de mercado e comeccedila-
ram a se mexer A Veracel jaacute tem trabalhado
bastante com mecanizaccedilatildeo no uso de herbi-
cidas preacute-emergentes em substituiccedilatildeo agrave apli-
caccedilatildeo dos quiacutemicos pela atividade manual
ldquoTemos substituiacutedo a capina quiacutemica manual
pela mecanizada Tambeacutem estamos realizan-
do testes na junccedilatildeo de atividades de preparo
de solo adubaccedilatildeo e irrigaccedilatildeordquo acrescenta A
empresa tem conseguido de forma customi-
zada desenvolver internamente um imple-
mento de trator que desempenha de duas a
trecircs atividades que antes eram feitas separa-
damente ldquoOs resultados tecircm sido bonsrdquo co-
memora Borenstain
A Klabin desenvolve pesquisas no mane-
jo de planta daninhas buscando a otimiza-
ccedilatildeo do uso de quiacutemicos e reduccedilatildeo do custo
operacional A mecanizaccedilatildeo da fertilizaccedilatildeo eacute
outra linha de pesquisa que busca a padroni-
zaccedilatildeo e a reduccedilatildeo do custo e da dependecircn-
cia de matildeo de obra
Caio Eduardo Zanardo gerente geral de
planejamento e desenvolvimento florestal da
Fibria destaca que a empresa tambeacutem tem
investido em silvicultura ldquoTemos um projeto
denominado Floresta do Futuro no qual exis-
tem 14 vias de desenvolvimento que buscam
a maximizaccedilatildeo dos recursos e o aumento da
produtividade dos equipamentosrdquo Ele con-
ta que a empresa jaacute evolui bastante na me-
canizaccedilatildeo do preparo de solo aplicaccedilatildeo de
herbicidas e controle de formigas ldquoA meca-
nizaccedilatildeo do plantio em aacutereas de implantaccedilatildeo
tambeacutem estaacute bem encaminhada mas ainda
temos grandes desafios no plantio em aacutereas
de reforma pois a presenccedila do toco segue
como um desafio para a mecanizaccedilatildeordquo com-
pleta
Experiecircncias Promissoras
Em parceria com a UNESP Botucatu (Uni-
versidade Estadual de Satildeo Paulo) a John
Deere projetou uma plantadeira e acredita
que eacute esse o tipo de maacutequina que deve ser
desenvolvida ldquoEssa eacute uma linha outra en-
volve o preparo do solo O mercado precisa
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
19PRINCIPAL B FOREST
de uma maacutequina robusta o suficiente que consiga preparar o solo e realinhar o plantio de
maneira eficienterdquo acredita Rodrigo Junqueira gerente de vendas da John Deere Forestry
Jaacute a New Holland desenvolveu uma maacutequina forrageira para colheita de biomassa A
FR600 atende a produtores que colhem madeira das florestas destinadas para projetos de
geraccedilatildeo de energia Graccedilas a tecnologia aplicada o equipamento derruba corta e produz
o cavaco jaacute pronto para o transbordo Aleacutem disto os tratores das linhas TK TL e T7 segun-
do Alisson DrsquoAndrea especialista de produto da empresa tambeacutem auxiliam nas atividades
silviculturais
Tecnologia de base
Projetos e estudos jaacute estatildeo em andamento mas eacute de consentimento de todos que ainda
natildeo existe tecnologia ideal para a mecanizaccedilatildeo silvicultural ldquoTeremos que ser pioneiros e
buscar com os fornecedores de implementos o desenvolvimento de novas tecnologiasrdquo
aponta Borenstain Para ele as grandes empresas devem utilizar seus parques tecnoloacutegicos
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
20 PRINCIPALB FOREST
ldquoA mecanizaccedilatildeo eacute algo evidente e urgenterdquo
Sergio Borenstain da Veracel
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
21PRINCIPAL B FOREST
para tornar a silvicultura mais produtiva
Felizmente as grandes empresas de maacute-
quinas florestais tecircm a mesma visatildeo ldquoNossa
atividade de grande escala natildeo existe em ou-
tro lugar no mundo Poderemos adaptar os
equipamentos e tecnologias disponiacuteveis mas
vamos precisar inovar Neste caso estamos
falando em um novo sistema para o setor e
natildeo apenas de novas maacutequinasrdquo avalia Edson
Martini diretor da Komatsu Forest
O especialista de produto da New Holland
acredita que o avanccedilo tecnoloacutegico da produ-
ccedilatildeo nacional eacute comparaacutevel aos dos maiores
produtores mundiais ldquoAleacutem disto temos uma
seacuterie de vantagens em relaccedilatildeo agrave eles As con-
diccedilotildees de solo e de clima satildeo mais favoraacuteveis
ao crescimento das florestas temos ciclos de
rotaccedilotildees mais curtos e alta produtividaderdquo
pondera
Tempo X Novas Maacutequinas
Mas quando essas tecnologias seratildeo re-
alidade e efetivamente utilizadas no Bra-
sil Esse questionamento gera um pouco
de discussatildeo no setor mas os profissionais
preveem que isso aconteccedila daqui a uns trecircs
ou cinco anos Este prazo pode ser justifica-
do pelo burocraacutetico e dispendioso processo
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
22 PRINCIPALB FOREST
de desenvolvimento de uma nova maacutequina ldquoApesar de haver uma disponibilidade de equi-
pamentos que natildeo satildeo purpose built para a silvicultura alguns podem ser utilizados poreacutem
transformaacute-los em purpose built para a silvicultura pode levar tempo Afinal natildeo eacute apenas
uma questatildeo de projeto e engenharia as grandes empresas satildeo submetidas a uma porccedilatildeo
de certificaccedilotildees internacionais e a adaptaccedilatildeo exige tempordquo analisa Martini
Rodrigo Junqueira acredita no desenvolvimento dos sistemas atuais com soluccedilotildees que
iratildeo aumentar a produtividade ldquoEm dois ou trecircs anos vamos ver uma evoluccedilatildeo dos sistemas
atuais poreacutem caso alguma empresa esteja disponiacutevel a lanccedilar uma soluccedilatildeo que natildeo exista
hoje diria que demoraria cinco anosrdquo
Plantar agora para colher no futuroObservando essa carecircncia no mercado e os benefiacutecios que as soluccedilotildees podem pro-
porcionar para a produtividade um grupo de empresas jaacute tem se reunido para realizar
pesquisas a respeito da mecanizaccedilatildeo ldquoEsta eacute apenas uma semente que estaacute sendo plan-
tada segundo o grupo Todas as empresas que desejarem poderatildeo participar e auxiliar no
desenvolvimento da silvicultura no Brasilrdquo estimula Borenstain da Veracel O grupo que
ainda estaacute em periacuteodo de formaccedilatildeo legal faraacute parte da Ibaacute (Induacutestria Brasileira de Aacutervores)
Segundo previsotildees nos proacuteximos anos a demanda de madeira deveraacute aumentar e
consequentemente haveraacute necessidade de crescimento da aacuterea plantada A qualidade
do material geneacutetico tambeacutem continuaraacute em expansatildeo Estes aspectos juntos permitiratildeo
maior produtividade nas florestas jaacute existentes reduzindo a aacuterea necessaacuteria para expansatildeo
Com a inserccedilatildeo de processos silviculturais mais mecanizados certamente o Brasil conti-
nuaraacute na vanguarda da excelecircncia da produtividade florestal em relaccedilatildeo aos outros paiacuteses
com tradiccedilatildeo neste segmento
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
Natildeo perca Garanta seu ingresso agora
11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
23EXPEDIENTE B FOREST
Making more out of wood
LIGNA 2015Inovaccedilotildees ndash Soluccedilotildees ndash Eficiecircncia
O mais importante evento para a induacutestria do mundo Satildeo mais de 1500 expositores de quase 50 paiacuteses
Conheccedila as uacuteltimas novidades tecnoloacutegicas do setor industrial madeireiro
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11 ndash 15 Maio de 2015 Hannover Germanylignade
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
24 ESPECIALB FOREST
Um fator determinante na produtividade e custo do transporte florestal estaacute no reves-
timento aplicado nas estradas Uma malha viaacuteria de qualidade torna a operaccedilatildeo rentaacutevel
em contra partida quando as vias estatildeo em condiccedilotildees inadequadas o transporte fica mais
caro e arriscado para o motorista Aleacutem de comprometer a produccedilatildeo da unidade de trans-
formaccedilatildeo
Estradas florestais revestimentos e o impacto no transporte
24 ESPECIALB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
25PRINCIPAL B FOREST
Foto Malinovski Florestal
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
26 ESPECIALB FOREST
As estradas e o transporte adqui-
riram relevante importacircncia nas
operaccedilotildees florestais isso por-
que os custos do binocircmio estrada-trans-
porte afetam consideravelmente os custos
da produccedilatildeo Portanto o planejamento do
transporte eacute de grande relevacircncia tendo
que levar em conta caracteriacutesticas relativas
agrave carga transportada como tambeacutem o tipo
e o estado de conservaccedilatildeo das vias exis-
tentes e o material de construccedilatildeo empre-
gado nas mesmas No caso florestal o pla-
nejamento das operaccedilotildees teraacute ecircxito se as
estradas atingirem um padratildeo teacutecnico ade-
quado agraves exigecircncias das demandas Entre-
tanto o padratildeo comum de construccedilatildeo da
malha viaacuteria florestal eacute frequentemente
muito simples o que as tornam sensiacuteveis
agraves influecircncias climaacuteticas e requerem plane-
jamento cuidadoso e conservaccedilatildeo perma-
nente
De acordo com Jorge Malinovski dire-
tor geral da Malinovski Florestal a implan-
taccedilatildeo da malha viaacuteria tem como finalidade
principal permitir o acesso agraves aacutereas plan-
tadas viabilizar o traacutefego de matildeo de obra
e de produccedilatildeo que eacute indispensaacutevel para a
implantaccedilatildeo proteccedilatildeo extraccedilatildeo e trans-
porte de produtos florestais A constituiccedilatildeo
da rede viaacuteria florestal eacute definida a partir do
traacutefego associado agraves caracteriacutesticas teacutecni-
cas da estrada sendo classificado em es-
tradas primaacuterias que satildeo a ligaccedilatildeo entre o
centro consumidor e a aacuterea de produccedilatildeo
dando condiccedilotildees de trafegabilidade du-
rante todo o ano secundaacuterias que deman-
dam menor qualidade comparada com as
primaacuterias e caracterizam-se por serem im-
plantadas nas aacutereas de produccedilatildeo devem
levar o traacutefego ateacute as estradas primaacuterias
estas podem natildeo estar disponiacuteveis durante
todo o ano terciaacuterias as quais satildeo encon-
tradas somente na aacuterea de produccedilatildeo sen-
do utilizadas sazonalmente onde podem
ocorrer movimentaccedilotildees de terra e cami-
nhos de maacutequina que se caracterizam por
serem abertos dentro da floresta e utiliza-
dos somente pelas maacutequinas florestais
Carlos Cardoso Machado por meio do
livro ldquoConstruccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Estra-
das Rurais e Florestaisrdquo afirma que a cons-
truccedilatildeo das estradas satildeo consideradas o
primeiro passo das operaccedilotildees de colheita e
transporte florestal Elas tecircm como carac-
teriacutestica marcante o baixo volume de traacutefe-
go poreacutem usando veiacuteculos com capacida-
de alta tonelagem de transporte e traacutefego
em uacutenico sentido Entre outras finalidades
estatildeo adequar a distacircncia aceitaacutevel para a
extraccedilatildeo florestal facilitar a orientaccedilatildeo e
a realizaccedilatildeo do planejamento de logiacutestica
operacional auxiliar no combate a incecircn-
dios florestais e controles profilaacuteticos faci-
litar o transporte de maacutequinas materiais e
pessoas permitir o escoamento da produ-
ccedilatildeo e produtos florestais
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
27ESPECIAL B FOREST
ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavimentadas
interferem diretamente em vaacuterios aspectos que
vatildeo desde a produtividade da frota ateacute o risco de
acidentesrdquo
Foto Malinovski Florestal
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
28 ESPECIALB FOREST
Operaccedilatildeo essencial
Por ser parte fundamental na produccedilatildeo
florestal o desempenho do transporte deve
ser satisfatoacuterio Esse desempenho pode ser
expresso de vaacuterias maneiras todavia o ren-
dimento energeacutetico traduz melhor os resul-
tados por ser independente do tempo total
do ciclo operacional A eficiecircncia de um veiacute-
culo fica prejudicada com o aumento da ida-
de bem como com a queda na qualidade da
rodovia Estudos especializados concluiacuteram
que os benefiacutecios econocircmicos resultantes de
uma boa manutenccedilatildeo viaacuteria satildeo expressivos
De acordo com o Banco Mundial os custos
operacionais de um veiacuteculo em uma estra-
da mal conservada satildeo bem maiores que
em uma com a conversaccedilatildeo ideal Os gastos
com combustiacutevel e reparos mecacircnicos tam-
beacutem satildeo consideraacuteveis
Esses dados satildeo sentidos na praacutetica pelas
empresas de logiacutestica que realizam transpor-
tes florestais de forma terceirizada De acor-
do com Edimar Antunes coordenador ope-
racional da Breda Logiacutestica Ltda transitar em
uma estrada mal pavimentada causa o des-
gaste excessivo dos pneus eleva o iacutendice de
quebra de componentes de suspensatildeo e au-
menta o desgaste do sistema de freios o que
acarreta a depreciaccedilatildeo prematura dos veiacutecu-
los Aleacutem desses fatores que elevam os cus-
tos para a empresa contratante os mesmo
ainda prejudicam o motorista que fica obri-
gado a conduzir o caminhatildeo em velocidade
reduzida o que aumenta o tempo de viagem
e ldquoem muitas vezes excedendo o limite legal
da jornada de trabalhordquo alerta Edimar
Valmir Oliveira Alves Filho gerente geral
de operaccedilotildees florestais da transportadora
JSL compartilha a mesma opiniatildeo mas tam-
beacutem acrescenta outros fatores diretamente
influenciados pela maacute qualidade das estra-
das ldquoAs condiccedilotildees das estradas natildeo pavi-
mentadas que geralmente estatildeo dentro das
florestas interferem diretamente em vaacuterios
aspectos que vatildeo desde a produtividade da
frota ateacute o risco de acidentes caso natildeo haja
uma preocupaccedilatildeo pelas empresas e usuaacuterios
pois podem ser realizados cuidados contiacute-
nuos ou pontuais para minimizar impactos
da sua utilizaccedilatildeordquo Para ele a seguranccedila eacute o
ponto principal pois ldquoesses tipos de estradas
comprometem a aderecircncia dos pneus com o
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
29ESPECIAL B FOREST
solo aumentando a instabilidade do veiacuteculo
provocando o retardamento de uma frena-
gem ou ateacute mesmo provocando arraste invo-
luntaacuteriordquo adverte
De acordo com Fernando Luiz Gonccedilal-
ves autor do livro ldquoEstradas Rurais ndash Teacutecni-
cas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo a economia
que se faz ao trafegar em uma boa estrada eacute
reduccedilatildeo dos custos operacionais que soma-
da agraves outras economias como a reduccedilatildeo do
tempo de viagem resultaraacute em reduccedilatildeo dos
custos de transporte Os mesmos estudos
apontam que a reduccedilatildeo dos custos de ope-
raccedilatildeo de veiacuteculos em uma estrada em boas
condiccedilotildees com traacutefego de ateacute 250 veiacuteculos
dia equivale ao dobro dos custos da manu-
tenccedilatildeo eficaz dessa estrada Para traacutefegos
maiores essa relaccedilatildeo tambeacutem cresce e pos-
sibilita um retorno alto para a economia em
geral dos recursos aplicados na manutenccedilatildeo
rodoviaacuteria
A CMPC Celulose Riograndense tem
grande preocupaccedilatildeo com as estradas tan-
to internas da empresa quanto as externas
ldquoTransportamos uma meacutedia de 120 a 130 mil
msup3 por mecircs entatildeo as estradas satildeo vitais para
nossa produccedilatildeordquo salienta Leonardo Zanella
Giacomolli coordenador de estradas flores-
tais da empresa Ele conta que para conservar
a malha viaacuteria em boas condiccedilotildees a CMPC
tem equipes de manutenccedilatildeo que apoacutes o
transporte da madeira satildeo enviadas para fa-
zer os reparos necessaacuterios ldquoSatildeo refeitas sa-
iacutedas de aacuteguas lombadas e em algum ponto
que se possa observar algum processo mais
grave de erosatildeo podemos fazer a realocaccedilatildeo
da estradardquo exemplifica
Ele explica que dessa forma eacute possiacutevel
manter um ciclo saudaacutevel A empresa tam-
beacutem tem o cuidado na hora de escolher o
revestimento que eacute aplicado nas estradas
ldquoGeralmente utilizamos materiais encontra-
dos nas proacuteprias fazendas Somente quando
natildeo tem o material ideal procuramos mate-
riais proacuteximosrdquo explica Os mais usados pela
empresa satildeo saibro e cascalho
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
30 ESPECIALB FOREST
Tipos de materiaisJorge Malinovski explica que os materiais
utilizados na execuccedilatildeo do revestimento
primaacuterio podem ser granulares como
cascalho seixo rolado ou natildeo pedregulho
areia subprodutos industriais escoacuterias ou
mistura de quaisquer uns deles bem como
cimentantes e estabilizantes quiacutemicos
ldquoEstes materiais satildeo usados nas camadas
objetivando o reforccedilo do subleito nos
serviccedilos de agulhamento preparaccedilatildeo do
revestimento primaacuterio e na maioria das
correccedilotildees dos problemas comuns nas
estradas de uso florestalrdquo
Satildeo eles
Argila - solos de granulaccedilatildeo fina com gratildeos
menores que 0005mm
Silte - solos que podem apresentar
comportamento arenoso ou argiloso
dependendo da distribuiccedilatildeo granulomeacutetrica
Os gratildeos podem variar entre 0005 a
0075mm
Areia - solos de granulometria mais
grossa com gratildeos em formato cuacutebico ou
arredondado constituiacutedo principalmente por
quartzo Podem ser classificados em dois
tipos
Areia Fina - composta por gratildeos que
variam entre 0075 a 042mm
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
31ESPECIAL B FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
32 ESPECIALB FOREST
Areia Gross - composta por gratildeos que
variam entre 042 e 20mm
Saibro - solo residual argilo-arenoso
que pode conter pedregulhos em sua
composiccedilatildeo Eacute proveniente da composiccedilatildeo
incompleta de rochas Dependendo do tipo
de ocorrecircncia o iacutendice de suporte desse
material pode apresentar valores bastante
elevados Em regiotildees com presenccedila de
granito o saibro eacute o material mais usado
nos serviccedilos de manutenccedilatildeo de estradas de
terra
Pedregulho - materiais compostos em
sua maioria por quartzo Possui forma
arredondada e a granulometria varia entre
20 a 760mm Muitas vezes tambeacutem eacute
conhecido como ldquoseixo roladordquo
Cascalho - material granular com a
possibilidade de apresentar pedregulhos
Pode ter diversas origens como fluvial e
residual Recomenda-se para o revestimento
primaacuterio faixas granulomeacutetricas cujo
diacircmetro maacuteximo natildeo supere uma polegada
Pedra - pedaccedilo de rocha que tem diacircmetro
meacutedio compreendido entre 760 a 250 mm
Escoacuteria - subproduto proveniente da
fabricaccedilatildeo do ferro gusa que se forma pela
fusatildeo das impurezas do mineacuterio de ferro
juntamente com a adiccedilatildeo de fundentes
(calcaacuterio e dolomita) e as cinzas do coque
Tambeacutem satildeo utilizados alguns tipos de
aglutinantes para a melhoria de base da
estrada
bull Solo cimento
bull Solo cal
bull Argilamento do solo
bull Aglutinantes quiacutemicos ndash catalisador
de materiais terrosos complexos reativos ao
caacutetion entre outros
ProdutividadeO engenheiro florestal especialista em
logiacutestica florestal Francisco Eduardo de
Faria garante que as empresas que apre-
sentam maior produtividade florestal satildeo
tambeacutem as que em sua grande maioria
apresentam maior rentabilidade ldquoEste bom
desempenho econocircmico eacute resultante de um
investimento a longo prazo em infraestrutu-
rardquo esclarece A Ibaacute (Induacutestria Brasileira de
Aacutervores) indica que esse investimento seja
ser de cerca de 6 do orccedilamento anual
Aleacutem de reservar uma parcela do or-
ccedilamento para infraestrutura eacute preciso um
planejamento para esse dinheiro Para Ra-
fael Malinovski consultor senior da Mali-
novski Florestal ele natildeo pode ser aplicado
de forma equivocada Antes de comprar o
revestimento e principalmente o cascalho
eacute necessaacuteria uma reflexatildeo ambiental Esse
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
33ESPECIAL B FOREST
material eacute finito e sua extraccedilatildeo pode estar
com os dias contados Existem outros tipos
de revestimentos que podem ser aplicados
e propiciar bons resultados Pesquisas e es-
tudos podem determinar o material mais in-
dicado para cada situaccedilatildeo Uma boa opccedilatildeo
tambeacutem eacute observar o que estaacute sendo apli-
cado na Europa e Estados Unidos Materiais
muito bem sucedidos nesses lugares ainda
satildeo pouco usados aqui no Brasil
Procedimento de execuccedilatildeo do reves-timento primaacuterio
De acordo com o livro ldquoEstradas Rurais-
Teacutecnicas Adequadas de Manutenccedilatildeordquo de
uma maneira geral a aplicaccedilatildeo do revesti-
mento primaacuterio segue alguns passos baacutesi-
cos que podem ser observados a seguir
Foto Divulgaccedilatildeo
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
34 ESPECIALB FOREST
1 ndash Serviccedilos preliminares
Antes da recomposiccedilatildeo do revestimento
da estrada satildeo necessaacuterios reparos ou me-
lhorias nos sistemas de declividade da seccedilatildeo
transversal e de drenagem Caso contraacuterio
a recomposiccedilatildeo da pista iraacute se deteriorar
rapidamente O revestimento soacute pode ser
aplicado se a base e a sub-base estiverem
em condiccedilotildees ideias Caso isso natildeo ocorra
os materiais aplicados sobre elas iraacute desni-
velar e acabar se misturando com o mate-
rial que compotildee as camadas inferiores Por
esse motivo elas devem estar devidamente
compactadas e com espessura correta
2 ndash Execuccedilatildeo
21 ndash Preparo da plataforma
Nessa fase eacute feito o reestabelecimento
da condiccedilatildeo transversal ideal para a pista
de rolamento na forma de constituiccedilatildeo de
abaulamento entre 2 e 4 de declividade
para os bordos As faixas laterais e sarjetas
tambeacutem necessitam de atenccedilatildeo para fica-
rem nas conformidades
22 ndash Depoacutesito do material na pista
Deve-se depositar o material de revesti-
mento na aacuterea central da pista ou nos bor-
dos dependendo da largura da plataforma
com espaccedilamento suficiente para obter a
espessura final desejada Em seguida o re-
vestimento deve ser espalhado homoge-
neamente No caso de pedras de tamanho
indesejado bem como materiais estranhos
estes devem ser retirados
23 ndash Espalhamento na pista
Essa etapa deve comeccedilar quando houver
um trecho que jaacute tenha pelo menos 200 m
de material depositado e deve ser realizado
pela motoniveladora em toda a largura da
pista
Alternadamente ao espalhamento do re-
vestimento se houver necessidade o ma-
terial deveraacute ser irrigado ateacute o teor de umi-
dade esteja adequado para a compactaccedilatildeo
24 ndash Umidade da Mistura
Para saber se a umidade da mistura estaacute
correta eacute sugerida a realizaccedilatildeo de um expe-
rimento
Primeiro pega-se um pouco do material
e faz-se uma leve pressatildeo com os dedos so-
bre a palma da matildeo por alguns segundos
Se ao abrir a matildeo a mistura se desmanchar
ela estaacute seca Caso contraacuterio se ela estiver
lamacenta estaacute muito uacutemida Mas se a pres-
satildeo deixar no mistura a marca dos dedos o
teor de umidade estaacute correto
25 ndash Compactaccedilatildeo da camada
O revestimento espalhado deve ser
compactado Essa operaccedilatildeo deve comeccedilar
no sentido dos bordos para o eixo Jaacute nas
curvas o sentido deve ser do bordo interno
para o externo Durante a compactaccedilatildeo o
material natildeo deve sofrer irrigaccedilatildeo evitando
que o mesmo fique aderido ao rolo Ao final
das operaccedilotildees o sistema de drenagem deve
ser verificado para que natildeo ocorram obstru-
ccedilotildees caso contraacuterio o desempenho destes
dispositivos ficaraacute prejudicado
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
35ESPECIAL B FOREST
Anuacutencio Revista BForest 2015 - Ed Fevereiroindd 1 29012015 084456
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
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49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
36 ESPECIALB FOREST
O transporte de madeira eacute de grande importacircncia no setor florestal e por esse motivo
deve ser feito de forma planejada e controlada Para que ele seja executado de forma efi-
ciente e tenha o resultado esperado pela empresa eacute indicado o gerenciamento de frotas
um sistema tecnoloacutegico que faz o controle e aumenta a produtividade
Transporte sob controle
Foto Divulgaccedilatildeo
36 TECNOLOGIAB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
37ESPECIAL B FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
38 TECNOLOGIAB FOREST
O sucesso de uma empresa estaacute
em oferecer serviccedilos de qualida-
de executados no menor tempo
e com o menor custo possiacutevel Pensando
dessa forma eacute preciso analisar detalhada-
mente o sistema produtivo e otimizar todas
as operaccedilotildees nele contidas Uma das fases
de grande importacircncia para as empresas flo-
restais eacute o transporte da madeira tanto da
floresta para o paacutetio quanto da faacutebrica ateacute
o cliente Para que o transporte de madeira
seja feito da forma eficiente e com qualidade
produtiva nos dois momentos eacute preciso fa-
zer o gerenciamento de frota Dessa forma
o gerente de logiacutestica consegue acompa-
nhar passo a passo o que acontece durante
o transporte
A forma mais comum de se fazer esse
controle eacute por meio de planilhas eletrocircnicas
nas quais informaccedilotildees como distacircncia per-
corrida e tempo satildeo inseridas manualmente
pelo motorista No entanto esses levanta-
mentos geram dados imprecisos o que pre-
judica a exatidatildeo do planejamento Quando
os mesmos satildeo precisos auxiliam no aumen-
to da qualidade e produtividade formando
a base para o aumento da eficiecircncia Esses
aspectos levam agrave rentabilidade e competiti-
vidade contribuindo para o crescimento da
empresa Para isso os recursos mais indica-
dos para realizar o gerenciamento de frotas
satildeo os eletrocircnicos Nesse sentido vaacuterias tec-
nologias satildeo constantemente lanccediladas no
mercado Por meio delas eacute possiacutevel agrupar
um amplo nuacutemero de dados de forma preci-
sa e completa que possibilitam planejamen-
tos exatos e resultados satisfatoacuterios
Como o setor florestal eacute um nicho de
mercado promissor para as empresas de-
senvolvedoras de softwares tecnologias es-
peciacuteficas foram criadas para o controle do
transporte de madeira Deacutecio Segreto dire-
tor da Panorama Rastreamento conta que
desde 2006 a empresa oferece ao segmen-
to florestal um sistema de gestatildeo de logiacutesti-
ca automatizado o LogPan ldquoEacute um sistema
inteligente que administra operaccedilotildees em
estradas silvicultura colheita e transportes
Ele gera dados necessaacuterios que corroboram
para a otimizaccedilatildeo dos recursos e expressiva
reduccedilatildeo de despesas operacionaisrdquo explica
Ele completa dizendo que o software pode
Foto Linker
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
39TECNOLOGIA B FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
40 TECNOLOGIAB FOREST
ser integraacutevel ao SAP e outros sistemas ERPs
(sigla em inglecircs para sistema integrado de
gestatildeo empresarial) disponiacuteveis
Modo de funcionamento
Grande parte das decisotildees estrateacutegicas
da gestatildeo de uma frota tem como pontos de
anaacutelise a problemaacutetica do controle e a redu-
ccedilatildeo dos custos operacionais dos veiacuteculos os
sistemas de manutenccedilatildeo bem como o pla-
nejamento e formaccedilatildeo da frota de veiacuteculos
de uma organizaccedilatildeo Esses dados podem ser
obtidos por meio de sistemas de gerencia-
mento eletrocircnicos Andreacute Moreto gerente
de marketing da Zatix empresa de geren-
ciamento de frotas explica que rastreado-
res e acessoacuterios (como teclado multimiacutedia e
sensores) satildeo instalados nos veiacuteculos Estes
equipamentos se comunicam com os servi-
dores da empresa e o cliente por sua vez
pode acompanhar toda a operaccedilatildeo via inter-
net sem a necessidade de instalar sistemas
ou investir em servidores A Zatix natildeo tem
um software destinado especificamente para
o setor florestal mas indica o Linker que se
adequa as necessidades das operaccedilotildees
A transmissatildeo dos dados segundo Mo-
reto pode ser feita de duas formas integra-
das ldquoPor se tratar de um nicho de mercado
cujos veiacuteculos circulam fora das grandes me-
troacutepoles o ideal eacute que a comunicaccedilatildeo seja
hiacutebrida aliando o celular ao sateacuteliterdquo expla-
na Nos trechos onde natildeo haacute disponibilidade
de comunicaccedilatildeo GPRS (sigla em inglecircs para
Serviccedilo de Raacutedio de Pacote Geral) automa-
ticamente o rastreador passa se comunicar
pela rede satelital
Informaccedilotildees recebidas
Por meio dos sistemas automaacuteticos de
controle de frota o responsaacutevel pela logiacutestica
pode acompanhar em tempo real o movi-
mento dos veiacuteculos por um painel de contro-
le Ele tambeacutem recebe relatoacuterios perioacutedicos e
alertas caso aconteccedila algo inesperado
Nos relatoacuterios constam informaccedilotildees de
geolocalizaccedilatildeo ocorrecircncia de imprevistos
no trajeto como acidentes interdiccedilotildees bar-
reiras etc localizaccedilatildeo exata tempo de des-
locamento pontos de referecircncia entre ou-
tros
Entre outras funccedilotildees obtidas estatildeo
bull Replay ndash Possibilidade de reproduzir o
deslocamento de um veiacuteculo ponto a ponto
em um mapa a partir das posiccedilotildees recebidas
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
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A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
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56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
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ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
41TECNOLOGIA B FOREST
por meio do histoacuterico
bull Cercas eletrocircnicas ndash Recurso que monitora a circulaccedilatildeo dos veiacuteculos em aacutereas preacutede-
terminadas Nele satildeo cadastradas rotas e percursos indicados para a operaccedilatildeo que se natildeo
forem seguidos enviaratildeo um alerta para o responsaacutevel pela logiacutestica
bull Trocas de mensagens - Nos veiacuteculos que possuem teclado eacute possiacutevel enviar e receber
mensagens aumentando a interatividade entre o operador do software e o motorista
bull Desempenho do veiacuteculo - A gestatildeo do desempenho da frota permite reduccedilatildeo de
desperdiacutecios otimizaccedilatildeo logiacutestica e menor gasto de combustiacutevel
bull Manutenccedilatildeo ndash Atividades perioacutedicas sempre satildeo realizadas pela empresa mas a anaacute-
lise que o sistema permite que o operador saiba o momento exato para levar o veiacuteculo para
manutenccedilatildeo
Mas natildeo eacute soacute o veiacuteculo que interfere na produtividade do transporte O comportamento
do motorista tambeacutem Sendo assim os sistemas de gerenciamento tecircm recursos para avaliar
Foto Panorama Rastreamento
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
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59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
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JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
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2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
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2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
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Onde Curitiba (PR)
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JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
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60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
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SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
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JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
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2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
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61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
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2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
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2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
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62 EXPEDIENTEB FOREST
42 TECNOLOGIAB FOREST
o condutor A telemetria envia para a central
dados que informam como o motorista estaacute
dirigindo velocidade meacutedia no percurso
aceleraccedilatildeo e freadas bruscas marcha lenta
excessiva e forma de conduccedilatildeo na chuva
Tudo isso permite uma maior assertividade
no ato da tomada de decisatildeo para aumentar
a eficiecircncia nas operaccedilotildees logiacutesticas das em-
presas Os benefiacutecios satildeo muitos claro mas
o maior e mais visado pelas empresas eacute o au-
mento na lucratividade
Mas para que tamanhos de operaccedilotildees
florestais esses sistemas tecnoloacutegicos satildeo
indicados O coordenador de marketing da
Zatix explica que natildeo eacute possiacutevel estabelecer
uma estatiacutestica especiacutefica visto que o servi-
ccedilo oferecido pode variar conforme o clien-
te A mesma opiniatildeo eacute defendida por Deacutecio
Segreto da Panorama Rastreamento que
exemplifica ldquoTemos clientes com frotas a
partir de 10 caminhotildees e algumas maacutequinas
de carregamento mas tambeacutem atendemos
operaccedilotildees bem maioresrdquo
A experiecircncia que trouxe resultado
Segreto conta que a Panorama Rastrea-
mento tem como case principal a implanta-
ccedilatildeo do sistema LogPan na Klabin SA ldquoEm
2012 implantamos nosso serviccedilo na uni-
dade do estado do Paranaacute Na qual existem
140 caminhotildees que transportam aproxima-
damente 5 milhotildees de toneladas de madei-
ra por anordquo detalha
Ele afirma que a mudanccedila foi significativa
Antes a frota era gerida por planilhas ele-
trocircnicas Apoacutes a implantaccedilatildeo a operaccedilatildeo
ganhou uma rotina online que de acordo
com o diretor da Panorama possibilitou um
incremento de 46 de viagens por veiacutecu-
lodia ldquoNosso sistema LogPan possibilitou
a diminuiccedilatildeo das filas de caminhotildees para
o carregamento em conjunto a gestatildeo de
contingecircncia passou a ser realizada de for-
ma mais eficaz refletindo diretamente na
diminuiccedilatildeo da frota contratada para o trans-
porte das toras ou seja reduccedilatildeo de custos
certardquo constata Segreto
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
43TECNOLOGIA B FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
44 TECNOLOGIAB FOREST
Formada em 1992 a Atta-Kill foca suas atividades no combate agraves formigas cortadeiras
praga predominante no Brasil que pode causar danos devastadores aos plantios florestais
e agriacutecolas
Combate efetivo agraves formigas cortadeiras
44 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
45TECNOLOGIA B FOREST
Foto Divulgaccedilatildeo
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
46 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
As formigas cortadeiras estatildeo
presentes em todas as culturas
econocircmicas do agronegoacutecio
brasileiro e os danos causados por elas
satildeo assombrosos independentemente
do estaacutegio em que se encontra a cultura
sendo muito maior nos estaacutegios iniciais
Elas satildeo consideradas a principal pra-
ga do Eucalipto e foco de atenccedilatildeo com
constantes alocaccedilotildees de recursos ao
lado da preocupaccedilatildeo com fogo Um for-
migueiro adulto com trecircs anos de idade
tem uma populaccedilatildeo meacutedia de 5 milhotildees
de formigas De acordo com estudos
esses formigueiros satildeo capazes de con-
sumir 1 tonelada de folhas por ano o que
significa 86 aacutervores de eucalipto adulto
devoradas Dados da Unesp de Botuca-
tu (Universidade Estadual Paulista) qua-
tro formigueiros adultos em 1 ha podem
causar prejuiacutezo de 14 na produtividade
desta aacuterea
Sabe-se ainda que as formigas corta-
deiras estatildeo presentes do Sul da Ameacute-
rica do Norte ateacute o norte da Patagocircnia
concentrando sua incidecircncia no conti-
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
47MOMENTO EMPRESARIAL B FOREST
nente Americano Mais de 70 das espeacute-
cies existentes estatildeo presentes no Brasil
sendo 10 espeacutecies de sauacutevas e 20 espeacute-
cies de quenqueacutens Isso torna a formiga
cortadeira foco de preocupaccedilatildeo endecirc-
mica para as produtividades do agrone-
goacutecio especialmente para o setor flo-
restal onde elas satildeo consideradas como
o principal alvo de atenccedilatildeo e fator de li-
mitaccedilatildeo da produtividade
Foi pensando nisso que a Atta-Kill
empresa do Grupo Agroceres focou na
pesquisa produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas para o controle de
formigas cortadeiras dos gecircneros atta
(sauacutevas) e acromyrmex (quenqueacutens) ldquoA
Linha de iscas formicidas na Agroceres
tem uma histoacuteria de 45 anos Desde o
final dos anos 60 e iniacutecio dos anos 70
vem desenvolvendo tecnologias para o
controle das formigas cortadeirasrdquo des-
taca Augusto Tarozzo gerente comercial
e marketing da empresa
Formada com a fusatildeo das empresas
Agroceres e Fertibras as duas liacutederes do
mercado de iscas na eacutepoca a Atta-Kill
lanccedilou em 1993 a Mirex-S primeira isca
agrave base de sulfluramida de alta eficiecircncia
menor impacto ambiental e menor ris-
co para as pessoas e animais frente ao jaacute
proibido dodecacloro
Pesquisas que deram resultado
O gerente da Atta-Kill conta que des-
de 1958 mais de 7500 compostos quiacutemicos
para o controle de formigas foram estudados
em vaacuterios paiacuteses no entanto menos de 1
se mostraram promissores no controle Ele
explica que para um inseticida ser usado na
fabricaccedilatildeo de iscas formicidas deve conter
caracteriacutesticas baacutesicas e imprescindiacuteveis para
ser eficiente ldquoA accedilatildeo de um bom inseticida
para isca granulada deve se dar por ingestatildeo
e nunca por contato natildeo ser percebido pe-
las formigas e ter efeito suficientemente lento
para ser disperso pelos indiviacuteduos em toda
colocircnia Por isso muitos bons inseticidas natildeo
satildeo indicados para este fimrdquo esclarece
Atualmente a sulfluramida eacute o mais
conhecido princiacutepio ativo para o controle
de formigas cortadeiras na forma de
isca granulada que reuacutene todas essas
caracteriacutesticas Esse princiacutepio ativo funcionou
como um divisor de aacuteguas no conhecimento
sobre formigas cortadeiras e accedilatildeo das
iscas Desencadeou vaacuterias pesquisas em
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
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49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
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Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
48 MOMENTO EMPRESARIALB FOREST
parcerias com entidades e universidades
que resultaram nas atuais tecnologias e
conhecimentos sobre formigas cortadeiras e
seu controle
Histoacuteria de sucessoCom uma visatildeo voltada ao seu cliente a
Atta-Kill busca constantemente por inova-
ccedilotildees Em 1985 a linha de negoacutecio da Agro-
ceres lanccedilou no mercado o MIPIS (Micro
Porta-Iscas) em material plaacutestico No iniacutecio
dos anos 90 pesquisou e lanccedilou as iscas agrave
base de sulfluramida com pioneirismo nessa
inovaccedilatildeo Em 1999 implementou o primei-
ro serviccedilo teacutecnico o Tech Plus para reflo-
restadoras e iniciou o desenvolvimento do
mercado para o MIPIS de papel O qual foi
objeto de estudo pela Universidade Teacutecnica
de Lisboa e ganhou o Precircmio FINEP (Finan-
ciadora de Estudos e Projetos) de Inovaccedilatildeo
Tecnoloacutegica pela empresa Aracruz na eacutepoca
hoje Fibria a responsaacutevel por essa inovaccedilatildeo
Oito anos depois a Atta-Kill se tornou
uma empresa 100 Agroceres com a com-
pra da parte societaacuteria A empresa iniciou
projetos e programas de investimentos fo-
cados na qualidade de produccedilatildeo e produtos
que resultaram na certificaccedilatildeo do sistema
de gestatildeo da qualidade conquistando a ISO
90012008 De acordo com Augusto Taro-
zzo a Atta-Kill eacute a uacutenica empresa do setor
com o escopo nessa certificaccedilatildeo para ldquoDe-
senvolvimento produccedilatildeo comercializaccedilatildeo
de iscas formicidas e serviccedilos poacutes vendas no
controle das formigas cortadeirasrdquo
Alinhada com agraves diretrizes do Grupo
Agroceres o negoacutecio Mirex-S cumpre uma
missatildeo focada na importacircncia de quatro
valores essenciais tecnologia e inovaccedilatildeo
qualidade atendimento e resultado como
pilares da proposta de valor e compromisso
corporativo
Em 2014 foi lanccedilado o programa Result
que tem como objetivo alinhar com os clien-
tes florestais a buscas dos resultados espera-
dos nas suas principais necessidades ldquoTemos
sempre como meta a eficiecircncia do controle
com otimizaccedilotildees de recursos alinhados com
processos de certificaccedilotildees Mais um pionei-
rismo da Atta-Kill inovando no sistema de
atendimento ao mercadordquo finaliza o gerente
comercial
Mais informaccedilotildees
wwwmirex-scombr
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
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JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
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JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
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60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
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SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
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JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
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2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
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OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
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61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
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OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
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2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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NOV
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NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
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NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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62 EXPEDIENTEB FOREST
49TECNOLOGIA B FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
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ABR
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21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
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ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
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MAI
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5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
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MAI
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MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
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MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
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JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
50 NOTASB FOREST
Produtores rurais empresaacuterios e lideranccedilas do governo de Mato Grosso do Sul e da pre-
feitura de Trecircs Lagoas participaram do lanccedilamento da Feira Trecircs Lagoas Florestal O evento
que aconteceraacute entre os dias 02 e 04 de junho deste ano na cidade de Trecircs Lagoas (MS)
deve atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhotildees em negoacutecios
Para a prefeita da cidade Maacutercia Moura a realizaccedilatildeo da primeira ediccedilatildeo da Feira em
2012 gerou resultados acima das expectativas como negoacutecios realizados em torno dos R$
40 milhotildees ldquoTivemos a participaccedilatildeo de grandes empresas do setor florestal de todo o paiacutes
e nesta segunda ediccedilatildeo teremos um nuacutemero maior de empresas e marcas demonstrando
que mesmo em um cenaacuterio de dificuldades econocircmicas mundiais o setor florestal brasilei-
ro quer abrir novas frentes mercadoloacutegicasrdquo acredita
Mais informaccedilotildees httptreslagoasflorestalcombr
Trecircs Lagoas Florestal foi lanccedilada em marccedilo
Foto Painel Florestal
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
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01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
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JUN
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1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
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18
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2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
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JUL
AGO
SET
06
20
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Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
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SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
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JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
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SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
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04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
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OUT
OUT
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V Congresso Florestal Paranaense
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5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
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Florestas Plantadas
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62 EXPEDIENTEB FOREST
51NOTAS B FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
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56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
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Ligna
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OUT
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OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
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2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
52 NOTASB FOREST
Jaacute estaacute confirmada a data do 5ordm Congresso Florestal Paranaense O evento vai acon-
tecer entre os dias 06 e 09 de outubro na Fiep (Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do
Paranaacute) O tema central seratildeo As Novas Tecnologias Florestais ldquoA ediccedilatildeo 2012 do evento
teve mais de 500 participantes Esse nuacutemero nos encorajou a promover mais uma edi-
ccedilatildeo Nossa expectativa para esse ano eacute que mais de 600 profissionais estejam presentesrdquo
afirma Carlos Mendes diretor executivo da APRE (Associaccedilatildeo Paranaense de Empresas de
Base Florestal)
No iniacutecio de marccedilo a entidade fez o lanccedilamento oficial do Congresso e contou com a
participaccedilatildeo de empresaacuterios do setor florestal organizadores e colaboradores do evento
Benno Henrique W Doetzer presidente do Instituto de Florestas do Paranaacute que repre-
sentou o Secretaacuterio de Estado da Agricultura do Paranaacute Norberto Ortigara discursou a
respeito do setor no Paranaacute ldquoA importacircncia eacute indiscutiacutevel No ano passado os produtos
florestais ficaram em terceiro lugar no ranking do estado com cerca de U$ 15 milhotildees
e milhares de empregos gerados Mas apesar da forccedila temos muitos problemas a serem
resolvidos tecnologia eacute um exemplo Entendemos que nesse contexto a informaccedilatildeo e
o conhecimento satildeo fundamentais Daiacute a importacircncia de eventos como esterdquo considera
Lanccedilado o 5deg Congresso Florestal Paranaense
Foto Malinovski Florestal
53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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NOV
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Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
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Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
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53NOTAS B FOREST
Foi lamentaacutevel a accedilatildeo do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na
sede da Suzano Papel e Celulose em Itapetiniga (SP) Na ocasiatildeo mais de 300 manifes-
tantes invadiram os viveiros da sede e destruiacuteram o resultado de 14 anos de pesquisa da
FuturaGene O ato ocorreu no mesmo dia em que a liberaccedilatildeo comercial do eucalipto
geneticamente modificado seria analisada pela CTNBio (Comissatildeo Teacutecnica Nacional de
Biosseguranccedila) que pertence ao Ministeacuterio da Ciecircncia Tecnologia e Inovaccedilatildeo
Com os estudos relacionados ao melhoramento geneacutetico do eucalipto a espeacutecie H421
teria uma rentabilidade 20 superiora as outras E diferentemente do que o MST alega a
transgenia natildeo geraria impactos ambientais e sociais negativos como a contaminaccedilatildeo
da produccedilatildeo de mel brasileira o maior consumo de aacutegua e de agrotoacutexicos
A Revista BForest e a Malinovski Florestal condenam as accedilotildees de vandalismo realiza-
das e ressaltam que o desenvolvimento cientiacutefico e tecnoloacutegico deve ser alicerccedilado pelo
diaacutelogo e busca por informaccedilotildees teacutecnicas
Accedilatildeo condenaacutevel
Viacutedeo produzido pelo MST que apresenta a invasatildeo como algo beneacutefico para o paiacutes
54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
Mais informaccedilotildees wwwlogsetbioenergycom
Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
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56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
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ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
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ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
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MAI
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5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
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1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
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MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
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59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
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2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
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2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
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2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
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JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
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60 AGENDAB FOREST
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JUL
AGO
SET
06
20
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AGOSTO
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Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
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SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
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JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
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21
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2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
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OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
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V Congresso Florestal Paranaense
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Austrofoma
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5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
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Florestas Plantadas
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54 NOTASB FOREST
Apostando no uso da biomassa florestal como fonte energeacutetica a Logset e a francesa
Establissements Vigneau firmaram parceria ainda em 2014 para oferecer novas soluccedilotildees
para o mercado de bioenergia A parceria resultou na produccedilatildeo de um novo cabeccedilote o
Sh38 O implemento foi concebido para uma variedade de aplicaccedilotildees como desbaste de
aacutervores e arbustos corte de aacutervores problemaacuteticas e corte raso O sistema do SH38 pos-
sui lacircminas de corte de sobreposiccedilatildeo que proporcionam um bom resultado tanto para
aacutervores grandes quanto para aacutervores de pequeno porte Pesando 1500 Kg o SH38 pode
ser montado em qualquer maacutequina base entre 18 e 25 toneladas sendo mais indicado o
uso em escavadeiras
Recentemente a Logset lanccedilou tambeacutem um novo website exclusivo para bioenergia
Nele haveraacute uma seacuterie de informaccedilotildees sobre aplicaccedilotildees no setor produtos e mercado
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Logset investe em bioenergia
A Eldorado Brasil estaacute usando um novo
meacutetodo no levantamento de dados para o
inventaacuterio florestal Haacute um ano e meio a
companhia iniciou testes com a tecnolo-
gia de RNA (Redes Neurais Artificiais) no
inventaacuterio florestal permitindo estimativas
quantitativas e qualitativas das aacutervores de
eucalipto de maneira mais eficiente e pre-
cisa ldquoA expansatildeo de nossas aacutereas de flo-
restas acontece em um ritmo muito forte
A cada ano temos mais 50 mil ha planta-
dos e esse volume gera a necessidade de
acompanharmos uma aacuterea muito maior e
a inteligecircncia artificial colabora para a agi-
lidade no trabalhordquo explica Vieira
Desenvolvido pela proacutepria Eldorado em
parceria com alunos de doutorado e pes-
quisadores da UFV (Universidade Federal
de Viccedilosa) o programa de melhoria con-
tiacutenua em mensuraccedilatildeo florestal da empre-
sa estaacute utilizando a tecnologia para trecircs
aplicaccedilotildees principais reduccedilatildeo de tempo
na mediccedilatildeo da altura de aacutervores da forma
das aacutervores e no nuacutemero de parcelas de
inventaacuterio por aacuterea de plantio Com isso
foi possiacutevel diminuir custo na coleta de in-
formaccedilotildees e melhorar a precisatildeo das esti-
mativas obtidas
Inteligecircncia artificial na silvicultura
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
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56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
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ABR
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Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
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Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
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MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
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MAI
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Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
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MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
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MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
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JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
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Quando 01 a 04 de Junho de 2015
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1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
JUN
18
JUNHO
2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
55NOTAS B FOREST
A Bolsa de Valores Ambientais BVRio lanccedilou em marccedilo uma nova versatildeo de sua plata-
forma eletrocircnica de negociaccedilatildeo de ativos ambientais a BVTrade A plataforma possibilita
que mecanismos de mercado florestal e de logiacutestica reversa sejam comercializados para
o cumprimento de leis ambientais como o Coacutedigo Florestal e a Poliacutetica Nacional de Resiacute-
duos Soacutelidos Ela conecta proprietaacuterios e produtores rurais de todo o Brasil que precisam
regularizar a reserva legal Segundo o Coacutedigo Florestal todo propriedade rural precisa
manter um miacutenimo de vegetaccedilatildeo nativa e aqueles que tem excedente de floresta podem
vendecirc-la aos proprietaacuterios que natildeo tem reserva legal suficiente Aleacutem destes mecanismos
a BVTrade tambeacutem oferece o serviccedilo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) um registro ele-
trocircnico federal obrigatoacuterio para todos os imoacuteveis rurais com o prazo de realizaccedilatildeo ateacute
maio de 2015
Mais informaccedilotildees wwwbvtradeorg
Plataforma de negociaccedilatildeo da Bolsa de Valores Ambientais tem nova versatildeo
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando 11 a 15 de Maio de 2015
Onde Hannover (Alemanha)
Informaccedilotildees wwwlignade
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
Informaccedilotildees httpfmtcfpinnovationsca
2015
MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
Informaccedilotildees wwwfeiradaflorestacombr
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
MAIO
7th ICEP ndash International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando 26 a 29 de Maio de 2015
Onde Vitoacuteria (ES)
Informaccedilotildees www7thicepcombr
59AGENDA B FOREST
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restauraccedilatildeo Florestal
Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
Informaccedilotildees httpfealqorgbrinformacoes-do-eventoid=187
2015
JUN
02JUNHO
2deg Trecircs Lagoas Florestal
Quando 02 a 04 de Junho de 2015
Onde Trecircs Lagoas (MS)
Informaccedilotildees wwwpainelflorestalcombr
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando 01 a 04 de Junho de 2015
Onde Viena (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwweubcecom
2015
JUN
11
JUNHO
1ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Manejo Florestal para Produtos
Soacutelidos e Qualidade da Madeira
Quando 11 e 12 de Junho de 2015
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18
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2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando 18 e 19 de Junho de 2015
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60 AGENDAB FOREST
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4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
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SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
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JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
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SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
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61AGENDA B FOREST
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OUT
OUT
06
06
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V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
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22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
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Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
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NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
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62 EXPEDIENTEB FOREST
56 EXPEDIENTEB FOREST 56 FOTOSB FOREST
57NOTAS B FOREST57VIacuteDEOS B FOREST
58 AGENDAB FOREST
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21
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Quando 11 a 15 de Maio de 2015
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ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando 21 a 23 de Abril de 2015
Onde Montreal (Canadaacute)
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MAI
12MAIO
5ordf Feira da Floresta
Quando 12 a 14 de Maio de 2015
Onde Nova Prata (RS)
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1ordm Encontro Brasileiro de Seguranccedila Florestal
Quando 21 e 22 de Maio de 2015
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Quando 28 a 30 de Maio de 2015
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Quando 02 a 04 de Junho de 2015
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01
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Quando 01 a 04 de Junho de 2015
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XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
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48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
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Quando 28 a 30 de Maio de 2015
Onde Piracicaba (SP)
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Onde Trecircs Lagoas (MS)
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2deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico de Gestatildeo Socioeconocircmica e
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Quando 18 e 19 de Junho de 2015
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AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
Informaccedilotildees wwwfaoorgforestrywfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
Informaccedilotildees wwwforestandwater2015com
2015
SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde Linz (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwformecorg
61AGENDA B FOREST
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwapreflorestascombr
OUTUBRO
Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
Informaccedilotildees wwwaustrofomaat
2015
OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde Concepcioacuten (Chile)
Informaccedilotildees wwwexpocormacl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde Curitiba (PR)
Informaccedilotildees wwwmalinovskicombr
62 EXPEDIENTEB FOREST
60 AGENDAB FOREST
2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Custos Florestais
Quando 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde Curitiba (PR)
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SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde Durban (Aacutefrica do Sul)
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JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando 06 a 09 de Julho de 2015
Onde Kelowna (Canadaacute)
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SET
21
SETEMBRO
2deg Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando 21 a 23 de Setembro de 2015
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OUT
04
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48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando 04 a 08 de Outubro de 2015
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OUT
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Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
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Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
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22
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5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
nas Florestais
Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
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3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
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06
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V Congresso Florestal Paranaense
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
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Austrofoma
Quando 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde Hochficht (Aacuteustria)
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OUT
22
OUTUBRO
5deg Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Gestatildeo de Manutenccedilatildeo de Maacutequi-
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Quando 22 e 23 de Outubro de 2015
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3ordm Curso de Aperfeiccediloamento Teacutecnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando 19 e 20 de Novembro de 2015
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62 EXPEDIENTEB FOREST
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