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B.Forest - Edição 12 / Turnos de Trabalho - O desafio dos profissionais florestais para se adaptarem a produtividade das máquinas
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TRACBEL
WWW.TRACBEL.COM.BR
A MELHOR REVENDA DE MÁQUINAS DO BRASILSEGUNDO O ESPECIAL MELHORES & MAIORES
DA REVISTA EXAME 2015
PARA SER A MELHOR DO BRASIL PELA 6ª VEZ, É PRECISOSER ESPECIALISTA EM SOLUÇÕES PARA O SEU NEGÓCIO
n Motores Marítimosn Motores Estacionários
Perfuratrizes Hidráulicas n
n Feller Bunchersn Skiddersn Fowardersn Harvesters
Caminhões Articulados nEscavadeiras Hidráulicas n
Pás-Carregadeiras nMinicarregadeiras nMiniescavadeiras nVibroacabadoras n
Rolos Compactadores n
Pneus Radiaisn XHA2n X-Quarryn XADNn SGLA
n Unidades Móveis de Britagemn Plantas Móveis de Peneiramenton Britadores de Mandíbula
Tratores Agrícolas nPulverizadores n
Colheitaderiras nImplementos Agrícolas n
n Cabeçotes para colheitas Florestais
TRACBEL
WWW.TRACBEL.COM.BR
A MELHOR REVENDA DE MÁQUINAS DO BRASILSEGUNDO O ESPECIAL MELHORES & MAIORES
DA REVISTA EXAME 2015
PARA SER A MELHOR DO BRASIL PELA 6ª VEZ, É PRECISOSER ESPECIALISTA EM SOLUÇÕES PARA O SEU NEGÓCIO
n Motores Marítimosn Motores Estacionários
Perfuratrizes Hidráulicas n
n Feller Bunchersn Skiddersn Fowardersn Harvesters
Caminhões Articulados nEscavadeiras Hidráulicas n
Pás-Carregadeiras nMinicarregadeiras nMiniescavadeiras nVibroacabadoras n
Rolos Compactadores n
Pneus Radiaisn XHA2n X-Quarryn XADNn SGLA
n Unidades Móveis de Britagemn Plantas Móveis de Peneiramenton Britadores de Mandíbula
Tratores Agrícolas nPulverizadores n
Colheitaderiras nImplementos Agrícolas n
n Cabeçotes para colheitas Florestais
6 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 7
8 ENTREVISTA . B. FOREST
Há exatamente um ano, lançamos a primeira edição da Revista B.Forest com o objetivo
de oferecer ao mercado um novo conceito de mídia florestal. Depois de 12 edições, nos
sentimos realizados em olhar para trás e ver que o compromisso firmado de entregar uma
publicação com qualidade e independência editorial.
Oferecer para o mercado florestal, a cada edição, uma revista com conteúdo qualificado
e com a linguagem do setor faz com que a cada mês mais profissionais florestais leiam a
B.Forest e que as nossas parcerias se fortaleçam.
Nesta edição especial de 1 Ano, reforçamos o nosso compromisso e anunciamos que
este é apenas o começo de uma longa jornada. Desejamos continuar conectados, levando
informação gratuita e relevante feita de profissionais florestais para florestais profissionais!
Este também é o momento oportuno para agradecer os nossos anunciantes, por terem
acreditado na proposta da Revista B. Forest desde a primeira edição; aos nossos conselheiros,
que mensalmente nos ajudam a manter a qualidade editorial da revista; e, claro, aos nossos
mais de dez mil leitores mensais, que sempre opinam sobre as reportagens publicadas e
nos dão sugestões altamente relevantes. Fica aqui o nosso muito obrigado!
Nas próximas páginas, você encontrará uma revista repaginada, com layout mais
moderno e fotos cada vez mais bonitas e bem editadas.
Entre os assuntos da edição está a tecnologia aplicada à produção das mudas, a
importância da gestão das equipes por meio dos turnos de trabalho e o uso das florestas
como matéria-prima para geração de energia.
Além disto, leia uma entrevista exclusiva com o diretor florestal da Klabin, José A. Totti,
que falou sobre sua experiência com a gestão de equipes e a sua visão sobre o futuro do
setor florestal.
E para fechar com chave de ouro, a edição comemorativa, produzimos uma linha do
tempo para dividir com você tudo o que ocorreu de bom neste primeiro ano!
Bem-vindo ao segundo ano da Revista B.Forest!
Saudações florestais!
UM ANO COM MUITA DEDICAÇÃO E CARINHO COM O SETOR FLORESTAL
8 EDITORIAL . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 9
Expediente:
Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski
Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski
Editora: Giovana Massetto
Jornalista: Amanda Scandelari
Designer Responsável: Vinícius Vilela
Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Técnico:
Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para
América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações
Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano
Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard
dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior, Rodrigo Jun-
queira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor
Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal
Edição 13 - Ano 02 - N° 10 - Outubro 2015
Foto de Capa: Timber Forest
Malinovski Florestal
+55 (41) 3049-7888
Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 - Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252
www.malinovski.com.br / [email protected]
© 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados.
B. FOREST . EDITORIAL 9
10 ENTREVISTA . B. FOREST www.rotobec.com(41) 8852-5999/3287-2835
PRODUTIVIDADE, ROBUSTEZ E DISPONIBILIDADE MECÂNICA
DE PADRÃO INTERNACIONAL
GARRAS DE CARREGAMENTO ROTOBEC
AO SEU LADO NOS TRABALHOS MAIS DIFÍCEIS
B. FOREST . ENTREVISTA 11 B. FOREST . ENTREVISTA 11
Foto
: D
ivu
lgaç
ão
www.rotobec.com(41) 8852-5999/3287-2835
PRODUTIVIDADE, ROBUSTEZ E DISPONIBILIDADE MECÂNICA
DE PADRÃO INTERNACIONAL
GARRAS DE CARREGAMENTO ROTOBEC
AO SEU LADO NOS TRABALHOS MAIS DIFÍCEIS
12 ENTREVISTA . B. FOREST12 ENTREVISTA . B. FOREST
UM PROFISSIONAL
DE PESOJosé A. TottiDiretor Florestal da Kablin
Um dos profissionais de maior reno-
me no setor florestal, mais de 35
anos de experiência, 31 deles ape-
nas na Klabin. Vasto conhecimento sobre
colheita, estradas e, especialmente, gestão
de pessoas. Estas são apenas algumas das
características do diretor florestal da Klabin,
José A. Totti. O clássico gaúcho, objetivo
e que acredita que chegou onde está pela
dedicação, suporte de sua equipe e por es-
tar no lugar certo, na hora certa, bateu um
papo descontraído com a Revista B.Forest
em sua edição comemorativa. Confira!.
Como começou sua carreira e a ligação
com o setor florestal?
Meus primeiros passos profissionais
foram dados em uma empresa de Caxias
do Sul (RS) que trabalhava com plantio de
maçã, eucalipto e pinus. Fiquei dois anos lá
e depois fui para a Riocell, em Guaíba (RS),
que já era uma empresa do grupo Klabin. De
lá para cá, trabalhei praticamente o tempo
todo na empresa, depois do Rio Grande, no
Paraná e em São Paulo. Fiquei apenas um
ano e sete meses fora. Em todo o período
completei 31 anos de casa.
Quais são as experiências mais
marcantes que viveu?
Participei de alguns processos focados na
mudança de cultura de gestão. Transformar
um modelo de gestão anacrônico, no qual
as pessoas trabalham sob forte hierarquia
B. FOREST . ENTREVISTA 13
“Talvez eu tenha dado sorte de
estar no lugar certo na hora certa.
Mas o fato é que ter uma boa equipe
ajuda muito a te levantar e empurrar
para cima, por isto, sempre procurei
me cercar de pessoas de alto nível”
Foto: Divulgação
B. FOREST . ENTREVISTA 13
14 ENTREVISTA . B. FOREST
e transformá-lo em um modelo mais
contemporâneo de gestão, compartilhado
e em equipe, sempre me deu muito prazer.
Perceber que as pessoas têm condições
de mudar, dependendo do jeito com
que você começa a interagir, como as
incentiva e quais recursos mobiliza para
que elas mudem, me realiza. É muito bom
poder transformar o ambiente de trabalho,
deixando-o mais produtivo, onde as pessoas
olham as questões e as discussões por um
ponto de vista profissional e não pessoal,
e, além disto, perceber que elas evoluem e
se colocam de forma diferente a partir de
um trabalho estruturado de mudança de
cultura.
Quais fatores leva em consideração
para formar e gerir uma equipe de alta
performance?
De forma geral, formar uma equipe de
alta performance é um trabalho longo.
Não se faz isso da noite para o dia. Por
mais capacitado que você seja, por mais
ferramentas e apoio que tenha, em menos
de cinco anos é quase impossível. Para se
obter bons resultados, a equipe com que
se irá trabalhar já tem que estar em um
patamar razoável, do contrário leva-se mais
tempo. O mais difícil é gerir as pessoas,
mexer com o relacionamento entre elas e
com a forma como atuam. Muitas vezes
os processos precisam ser modificados,
assim como as estruturas, então a vida das
pessoas muda junto. Essa adaptação não
é fácil, precisa ser feita com calma, com
jeito, sem ameaças, mas ao mesmo tempo
sendo objetivo, senão nada acontece.
Eventualmente, alguns profissionais podem
ficar pelo caminho, não vai ter jeito, quem
não se adaptar fica para trás. O tempo neste
processo é essencial para que seja possível
levar o maior contingente de pessoas junto.
Até o momento a Klabin tem sido o
seu maior projeto profissional. Quais os
maiores desafios que enfrentou na empresa
e como se preparou profissionalmente
para acompanhar os saltos que a empresa
tem dado?
Tem uma boa dose de preparo pessoal
para enfrentar estes desafios. Logo no
“O país está passando por um momento delicado, que
não será superado facilmente, mas ele tem todas as condi-
ções para se tornar competitivo, voltar a crescer.
O setor florestal tem muito a colaborar nisso”
B. FOREST . ENTREVISTA 15
Fale com um dos nossos consultores.
0800 940 7372www.pesa.com.br© 2013 Caterpillar. All Rights Reserved. CAR, CATERPILLAR, BUILT FOR IT, their respective logos,“Caterpillar Yellow”, the “Power Edge”trade dress as well as corporate and product identity used herein,are trademarks of Caterpillar and may nor be used without permission.
FORWARDER 584CATERPILLAR .®
TRATOR FLORESTAL.
O Forwarder Cat® 584 atende às exigências de demanda do mercado �orestal. Essas unidades estruturalmente superiores fornecem conforto, con�abilidade e facilidades de manutenção imbatíveis para fazer o trabalho de maneira segura, produtiva e e�ciente.
/pesacat
@pesacat
16 ENTREVISTA . B. FOREST
início da carreira, nos meus primeiros anos,
no final dos anos 80, tive a oportunidade
de participar de um programa de
desenvolvimento gerencial. Com esta
experiência, tive condição de entender
um pouco mais as pessoas, os processos
e as interações e relacionamentos. A partir
daí gostei do tema e busquei aprofundar
meu conhecimento. Experimentando,
angariando ajuda e apoios, comecei a ser
um pouco “referência” no assunto, nas
empresas onde atuei. Não sei se realmente
sou, mas o fato é que gosto de lidar com
gente e ajudá-las a mudar pessoal e
coletivamente. É muito bom ver o resultado!
Mas acima de tudo, em minha vida
profissional, talvez eu tenha tido a sorte de
estar nos lugares certos, nas horas certas. O
fato é que ter uma boa equipe ajuda muito
a te levantar e empurrar para cima, por isto,
sempre procurei me cercar de pessoas de
alto nível. Uma combinação entre gente
jovem com alto potencial, e gente madura
que tinha capacidade de passar mensagens
e ajudar os jovens a crescer. Uma equipe
mista é essencial. Nunca tive medo de
sombra, sempre acreditei que ter os
melhores comigo me empurraria para cima.
Tem gente que tem medo de sombra e com
isso não vai ter uma equipe de qualidade.
Atualmente, a Klabin está passando
por uma de suas maiores expansões e
investimentos, o Projeto Puma. Quais
fatores estratégicos que a área florestal
contribuiu e está contribuindo para o
sucesso do projeto?
O Projeto Puma não surgiu ao acaso.
Ele foi planejado e quando a companhia
decidiu implementá-lo, nós do florestal,
tínhamos algumas questões a tratar. A
primeira foi um reforço na estrutura, afinal
no Paraná estamos saindo de uma colheita
acima de 6 milhões e indo para 12 milhões
de toneladas por ano.
Felizmente, a unidade do Paraná tem
uma vantagem competitiva muito grande.
Temos florestas próximas à fábrica atual
e à futura e teremos o menor raio médio
para um site de dimensões parecidas com
o que ficará naquela região - 2,5 milhões de
toneladas de celulose/papéis -. Nenhuma
outra empresa deste porte terá um raio
médio sequer parecido. Temos um site de
altíssima produtividade, também inigualável
no país e no mundo. Além disso, temos um
diferencial importante: nosso site produz
muito bem tanto eucalipto quanto pinus.
O Projeto já entrará em operação com
madeira disponível, temos um percentual
pequeno previsto de compra de madeira
na região. Se ela for necessária, sabemos
graças a um inventário florestal feito em
conjunto com os governos federal e
B. FOREST . ENTREVISTA 17
estadual e a APRE, que temos mais de 1
milhão de hectares de pinus e eucalipto
plantados, isso significa que se precisarmos
comprar madeira fora do nosso raio de
atuação, nós a compraremos em um uma
distância razoável. Isso é muito positivo
porque não precisamos sair do estado do
Paraná para comprar madeira.
Além dos cargos empresariais sempre foi
ligado as associações do setor e ajudou na
consolidação de grandes iniciativas como
o FSC, ABAF, ABRAF. O que te motivou a se
envolver com estas ações e entidades?
A crença de que quando estamos
juntos somos mais fortes. Uma empresa
isoladamente tem pouco poder de fogo,
pode ter influência, mas quando nos unimos,
profissionais e empresas, com o mesmo
objetivo fica muito mais fácil trabalhar e
alcançar objetivos. Acredito muito nisso e
tenho sido um defensor dessa ideia dentro
da minha companhia, porque já tive boas
experiências que comprovam isto.
As perspectivas para o crescimento do
setor florestal, divulgadas pela Ibá, há dois
anos, eram de duplicação da área plantada
até 2020. Levando em consideração o
panorama atual acredita que podemos
atingir esta meta?
Nestes últimos anos, a perspectiva
vem se modificando. Entendo que dobrar
a área florestal não é trabalho para 2020,
sinceramente, acho quase impossível
chegarmos aos 14 milhões de hectares.
Não sei nem se dobraremos a área florestal
em algum momento. O que existe é um
potencial de crescimento e no momento
estamos desenvolvendo na Ibá um trabalho
de identificação do potencial viável de
crescimento do ponto de vista da área
plantada, que vai nos dar um direcionamento,
vamos pode enxergar melhor essas
questões a partir do mercado e das nossas
potencialidades. Depois disto, teremos
números mais precisos, indicadores para
acompanhamento e deveremos trabalhar
nos gargalos que dificultam o atingimento
do potencial produtivo do país.
Consegue identificar o que falta para
que o setor seja reconhecido como um
expoente para a economia brasileira?
Tenho a impressão de que o governo
enxerga de uma maneira razoavelmente
adequada o setor. Ele sabe a importância
e entende o quanto contribuímos para a
melhoria da qualidade de vida em regiões
carentes do país e também reconhece a
forte ação na balança comercial. Porém,
o Brasil é deficiente no que diz respeito
a mão de obra e melhores condições
de operação. Enfrenta dificuldades de
18 ENTREVISTA . B. FOREST
infraestrutura logística (rodovias, ferrovias,
hidrovias e portos deficientes), de energia e
de comunicação. Esta série de fatores nos
afeta, mas não é algo vivido exclusivamente
pelo nosso setor. Por outro lado, temos
buscado mostrar aos governos (federal
e estaduais), os gargalos que dificultam o
crescimento.
Acho que a sociedade de forma geral
tende a perceber melhor os benefícios que
trazemos e ficará menos apegada a mitos
que vem sendo difundidos ao longo dos
anos. Temos que quebrar essas barreiras e
levar a informação correta à sociedade. No
entanto, com 35 anos de carreira garanto
que a forma como nós somos vistos hoje,
é muito melhor do que nos meus primeiros
anos de atividade.
Quais são as principais mudanças que
acompanhou nos mais de 30 anos de
atuação no setor?
Vivemos uma grande evolução. Quando
comecei minha carreira se conhecia muito
pouco da atividade florestal. Ela era ainda
muito recente e só começou para valer
em 1970 com a mecanização, antes disso,
as operações eram manuais, não havia
escala. Desde então, o avanço foi muito
grande, hoje as operações de colheita
acompanham o mesmo nível de outros
países. Temos o melhor melhoramento
genético do mundo e agora vamos sair
na frente porque estamos começando a
mecanizar a silvicultura e provavelmente
desenvolveremos equipamentos que o resto
do mundo não tem. Quando analisamos
o passado, vemos que evoluímos muito e
rápido. O setor florestal brasileiro está na
vanguarda mundial, não devemos nada sob
o ponto de vista ambiental, social e muito
menos tecnológico.
Qual sua perspectiva para o setor
florestal nos próximos anos?
O país está passando por um momento
delicado, que não será superado facilmente,
mas ele tem todas as condições para
se tornar competitivo, voltar a crescer,
melhorar a qualidade de vida das pessoas.
O setor florestal tem muito a colaborar
com este processo. Se o país realmente
se transformar, passar a ter uma lógica
econômica, social e política mais
contemporânea, se nos aproximarmos da
forma de pensamento de países jovens
como o Brasil, caso da Nova Zelândia,
Austrália, Estados Unidos, que têm uma
estabilidade política, alto nível educacional,
visão empresarial adequada... imagina
a potência que nos tornaremos com a
disponibilidade de terras que temos, clima
e tecnologia que já dominamos. Estou
animado com o futuro!
20 LINHA DO TEMPO . B. FOREST20 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 21
22 LINHA DO TEMPO . B. FOREST22 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 23 B. FOREST . LINHA DO TEMPO 23
24 LINHA DO TEMPO . B. FOREST24 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 25 B. FOREST . LINHA DO TEMPO 25
26 LINHA DO TEMPO . B. FOREST26 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 27 B. FOREST . LINHA DO TEMPO 27
28 LINHA DO TEMPO . B. FOREST28 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 29 B. FOREST . LINHA DO TEMPO 29
30 LINHA DO TEMPO . B. FOREST30 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 31 B. FOREST . LINHA DO TEMPO 31
32 LINHA DO TEMPO . B. FOREST32 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
34 LINHA DO TEMPO . B. FOREST34 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 35 B. FOREST . LINHA DO TEMPO 35
36 LINHA DO TEMPO . B. FOREST36 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 37
38 LINHA DO TEMPO . B. FOREST38 LINHA DO TEMPO . B. FOREST
B. FOREST . LINHA DO TEMPO 39 B. FOREST . LINHA DO TEMPO 39
40 SILVICULTURA . B. FOREST40 SILVICULTURA . B. FOREST
GENÉTICA TECNOLÓGICAO
ponto de partida para uma floresta de alta produtividade é a escolha de uma
boa muda. Depois de determinada a finalidade da floresta e com isso as espe-
cificações das espécies plantadas, a escolha certa das mudas é essencial para o
sucesso da floresta. Neste momento, as tecnologias e o modo de cultivo dos viveiros são
fundamentais.
Foto: Ivar Wendling
B. FOREST . SILVICULTURA 41 B. FOREST . SILVICULTURA 41
42 SILVICULTURA . B. FOREST
Com o aumento da
demanda por flores-
tas plantadas, houve
a necessidade de uma maior
efetividade nos plantios, as-
sim os viveiros cresceram e
se tornaram essenciais. Mas,
com o desenvolvimento do
setor, as demandas também
mudaram e novas tecno-
logias foram desenvolvidas
para aumentar a produtivida-
de do plantio, qualidade da
madeira, densidade, etc.
Atualmente, o processo
de produção de mudas mais
utilizado nos viveiros de eu-
calipto no Brasil é o processo
de clonagem com prática de
miniestaquia com minijar-
dins clonais. De acordo com
Paulo César Cacau Melo, di-
retor florestal do Centro Nor-
te Mudas e Sementes Ltda,
empresa do Grupo Plantar,
esse processo é caracteriza-
do pela utilização de peque-
nos brotos de eucalipto (es-
tacas) que possuem entre 4 e
7 cm de comprimento e um
par de folhas. “Estas estacas
são ‘plantadas’ em tubetes
com substrato apropriado.
Após este processo as mudas
permanecem em condições
de controle de temperatura
e umidade, em casas de ve-
getação, por um período de
12 a 15 dias para emissão das
novas raízes”, explica. Na se-
quência, as mudas são gra-
dualmente aclimatadas em
casas de sombra com redu-
ção de luminosidade de 50%
por mais 12 a 16 dias.
Segundo Marlon Moreira,
sócio-gerente do Viveiro Da-
cko, também existe uma prá-
tica mais antiga que ainda é
utilizada: a produção seminal,
nesta utilizam-se sementes
de pomares certificados. “Em
nosso caso, temos 90% de
produção clonal”, acrescenta.
A forma mais comum de
clonagem é por micropropa-
gação. Nela, se busca a mul-
tiplicação de gemas axilares
e ápices caulinares, ou seja,
a utilização de células meris-
temáticas já formadas. A uti-
lização da micropropagação
permite a produção de gran-
de quantidade de mudas em
um curto espaço de tempo,
além da obtenção de mudas
livres de patógenos e viroses.
Esta técnica pode ser dividida
em cinco etapas principais:
42 SILVICULTURA . B. FOREST
Foto: Divulgação
B. FOREST . ENTREVISTA 43
desinfestação, multiplicação,
alongamento, enraizamento
e aclimatização. No entanto,
Ivar Wendling, pesquisador
da Embrapa Florestas, ressalta
que podem ocorrer variações
de acordo com a espécie da
muda e seu comportamento
in vitro. Entenda as etapas:
Desinfestação
O estabelecimento in vitro
é uma etapa determinante no
processo de microprogapa-
ção, principalmente se o ma-
terial genético for provenien-
te de plantas do campo, isso
devido a alta taxa de conta-
minação. De acordo com
Ivar, vários procedimentos e
produtos podem ser utiliza-
dos para a desinfestação de
explantes. “Os mais utilizados
são o etanol, normalmente a
70%, e o hipoclorito de sódio,
em diversas concentrações”,
explica.
Após a desinfestação, os
explantes são inoculados,
onde podem ficar até 30 dias,
mas a percepção de conta-
minação pode ocorrer logo
na primeira semana de cul-
tivo. “Para evitar contamina-
ções generalizadas, é indica-
do a inoculação em tubos de
ensaio, onde ficam individu-
alizados, ao invés de frascos
de cultura”, alerta.
Multiplicação
Nesta fase, o objetivo é
produzir o maior número de
gemas ou brotos possíveis,
mantendo-se a estabilida-
de genética. Alguns fatores
influenciam no desenvol-
vimento da cultura durante
a multiplicação, como por
exemplo: a frequência de
subcultivos, o tipo e tamanho
dos explantes e os cuidados
tomados.
Esta etapa é fundamenta-
da na divisão e diferenciação
celular, de acordo com as
diferentes rotas morfogené-
ticas possíveis, como a orga-
nogênese e a embriogênese
somática, de modo direto ou
indireto. Neste estágio, deve-
-se determinar o número e
intervalo de subcultivos, bem
como determinar e otimizar a
taxa de multiplicação.
Alongamento
Essa é a fase da micro-
propagação em que ocorre
a propagação das brotações
para o enraizamento. “O indi-
cado é que a multiplicação e
B. FOREST . SILVICULTURA 43
44 ENTREVISTA . B. FOREST
o alongamento aconteçam simultaneamente.
No entanto, em função do genótipo e de ma-
teriais genéticos de difícil propagação in vitro,
algumas vezes é necessária uma fase exclu-
siva para o alongamento”, explica o pesqui-
sador.
Enraizamento
Após a multiplicação e o alongamento, as
brotações são induzidas ao enraizamento, o
que pode ocorrer in vitro ou ex vitro.
O enraizamento in vitro tem como obje-
tivo a obtenção de plantas completas para
posterior transplante à aclimatização para as
condições ex vitro. Ivar destaca que alguns
pesquisadores dispensam o enraizamento in
vitro. “Ele proporciona redução do custo de
mão de obra e economia de espaço e energia
elétrica”, explica o pesquisador.
Aclimatização
Neste estágio ocorre a transição da condi-
ção heterotrófica para autotrófica. O principal
objetivo é reduzir ao máximo as perdas que
ocorrem principalmente pela desidratação
dos tecidos da microplanta. “Geralmente, esta
etapa é realizada em região sombreada, onde
as plantas ficam entre 15 e 30 dias e na sequ-
ência são levadas para uma área de pleno sol,
onde ocorre a rustificação e o crescimento”,
completa.
Tecnologia
A clonagem por micropropagação já é uti-
lizada há mais de 30 anos, mas ainda é consi-
Foto: Noriega, Guadalupe Kristel Bueno
44 SILVICULTURA . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 45
MIREX-S sempre esteve à frente em tecnologias e inovações de produto e serviços para o controle das formigas cortadeiras.
Para isso investe continuamente em melhorias, com controle absoluto desde a qualificação de fornecedores até o recebimento de
matérias primas, assegurando sempre os melhores componentes para fabricação.
Seu princípio ativo, a Sulfluramida, é produzido sob as exigências e rigorosas normas de pureza e processo industrial da Atta-Kill.
A única empresa a conquistar a Certificação ISO 9001:2008 do seu processo de Gestão da Qualidade, com escopo para Desenvolvimento, Produção, Comercialização e Serviços Pós-Vendas.
A MARCA DA QUALIDADE
46 ENTREVISTA . B. FOREST
derada a melhor técnica. Marlon Moreira afir-
ma que o ganho na tecnologia de clonagem
é em relação à genética. “Em um lote de mu-
das seminais existe muita variabilidade gené-
tica, o que resulta em árvores boas e ruins. Já
com a clonagem é possível reproduzir apenas
os materiais elites”, explica. Há anos, o setor
florestal vem selecionando materiais para au-
mentar a produtividade. “Já saltamos de uma
produtividade média de 30 m³ por ha/ano
para produtividades médias de 50 m³ por ha/
ano. Este resultado é fruto de uma combina-
ção de melhorias em manejo florestal, mas
com certeza a melhoria na genética dos clo-
nes contribuiu muito”, justifica.
Como a clonagem ainda é o melhor ca-
minho, as tecnologias mais modernas foram
desenvolvidas para aprimorar esse processo.
Marlon também conta que já existem tubetes
biodegradáveis, que substituem os de plásti-
co. “Porém eles ainda necessitam de ajustes
para poder serem viáveis em grande escala
nos viveiros”, acrescenta. De acordo com ele,
o principal problema no sistema biodegradá-
vel é quando o plantio atrasa e a muda preci-
sa ficar mais tempo no viveiro, nestes casos,
os tubetes biodegradáveis iniciam o processo
de decomposição.
Paulo Melo, do Grupo Plantar, destaca
que as principais tecnologias desenvolvidas
atualmente estão relacionadas à estrutura do
viveiro e à automação dos processos de irri-
gação e nutrição, além da instalação de linhas
de produção que permitem otimizar a inter-
ligação dos processos e rotinas do viveiro.
Para ele, além de aumentar a produtividade
de mudas e reduzir o tempo de permanência
delas no viveiro, estas tecnologias permitem
46 SILVICULTURA . B. FOREST
Foto: Divulgação
B. FOREST . ENTREVISTA 47
“As principais tecnologias desen-
volvidas atualmente estão relaciona-
das à estrutura do viveiro e estão as-
sociadas à automação dos processos
de irrigação e nutrição, além da insta-
lação de linhas de produção”
B. FOREST . SILVICULTURA 47
Foto: Ronaldo Rosa
48 SILVICULTURA . B. FOREST
a racionalização e controle do consumo de
água e fertilizantes nos viveiros, reduzindo os
custos da muda e aumentando a competiti-
vidade.
Mas ele acredita que, em termos de tec-
nologia, existe muito espaço para o desen-
volvimento. “A automatização dos processos
e das linhas de produção é um ponto a ser
estudado. Atualmente, no Brasil, os viveiros
mais modernos possuem um indicador de
produção de mudas da ordem de 120 a 150
mil mudas por pessoa/ano. Recentemente,
estão sendo construídos viveiros tecnológi-
cos e modernos no continente africano e no
Chile com a promessa de produção de 300 a
450 mil mudas por pessoa/ano apenas com
automação e controle. Desta forma, o Bra-
sil ainda tem muito espaço para melhoria da
produtividade de mão de obra”, acrescenta.
Pesquisas
Toda tecnologia desenvolvida começa
com uma série de pesquisas e levantamentos.
Uma das pesquisas, que está sendo desen-
volvida atualmente e já começa a ser utilizada
em algumas das grandes empresas florestais,
está relacionadas aos materiais transgênicos.
“São clones com modificações genéticas que
buscam resistência às doenças e produtos
químicos. Além de proporcionarem ganhos
na produtividade e qualidade da madeira”,
explica Marlon. Ele acrescenta que essa tec-
nologia é parecida com a empregada em se-
mentes de milho e soja. “Acredito que demore
um pouco para estar disponível para o produ-
tor rural, hoje esta tecnologia está somente
em algumas das grandes empresas florestais”.
Paulo acrescenta que essas pesquisas têm
por objetivo disponibilizar clones superiores
que permitem o aumento de produtividade,
densidade da madeira além de maior eficiên-
cia nutricional e tolerância as principais pra-
gas e doenças.
Israel Gomes Vieira, coordenador do se-
tor de sementes e mudas do IPEF (Instituto de
Pesquisas e Estudos Florestais) aponta outro
fator que tem sido pesquisado no Brasil, o
enraizamento no processo de micropropaga-
ção. “Temos o objetivo de desenvolver plan-
tas com maior potencial de enraizamento e
crescimento em campo. Isso reduz o número
de perdas e aumenta a produtividade da flo-
resta”, destaca.
Desenvolvimento brasileiro
Os especialistas acreditam que, compa-
rado a outros países, o Brasil está bem em
termos de tecnologia na produção de mudas
florestais, mas ainda existem muitas etapas a
serem vencidas. Entre elas, Israel destaca a
sustentabilidade e a economia de água. “Um
desfio grande é reduzir a utilização da água na
produção das mudas e esta é uma das nossas
metas em pesquisas nos viveiros”, pondera.
52 SILVICULTURA . B. FOREST
Foto: Divulgação
52 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
B. FOREST . SILVICULTURA 53
MÁQUINAS X HUMANOSG
raças a tecnologia aplicada às máquinas florestais, elas se tornam constante-
mente mais produtivas. A maioria dos equipamentos têm capacidade para tra-
balhar 24 horas por dia, sete dias por semana. Com isso, as empresas precisam
determinar turnos de trabalho para suprir suas demandas e otimizar a produção.
B. FOREST . TURNOS DE TRABALHO 53
54 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
A evolução tecnológica resultou em
ganhos de produtividade e qualida-
de na atividade florestal. Permitiu
também atender aos crescentes níveis de
exigência dos clientes, reduzir o tempo de
operação e proporcionar mais segurança
na operação. No entanto, existe um ponto
que nem toda a tecnologia aplicada conse-
guiu mudar: ainda é preciso utilizar mão de
obra humana.
As máquinas foram projetadas para tra-
balhar horas a fio sem a necessidade de in-
terrupções, mas os operadores necessitam
de pausas e repouso para garantir a produ-
tividade. A legislação em vigência no Brasil
estabelece turnos de trabalho de 8 horas,
sendo permitida a realização de horas extra.
Não existe uma determinação para a execu-
ção dessas horas de trabalho, então as em-
presas estudam e estabelecem os horários
de início e término dos turnos, que podem
variar de acordo com as necessidades da
produção. Dependendo do caso, pode-se
trabalhar um, dois e até três turnos, quando
as operações não param.
A Siqueira Florestal, empresa presta-
dora de serviços para a unidade da Klabin
de Telêmaco Borba (PR), trabalha com três
turnos na colheita e dois no transporte.
Leandro Kozar Siqueira, gerente operacio-
nal da empresa, conta que na colheita, a
Siqueira trabalhava com dois turnos de 12
Foto: Divulgação
54 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 55
56 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST56 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
“A maior continuidade de dias trabalhados,
aliado ao período de folga que fornece um tem-
po maior para descanso tem um resultado muito
positivo e os funcionários respondem de forma
positiva a esse modelo”
Foto: Divulgação
B. FOREST . TURNOS DE TRABALHO 57
horas cada, com uma escala 4x2 (quando
o funcionário trabalha quatro dias seguidos
e folga dois), sendo três operadores traba-
lhando na mesma máquina. Para atender a
legislação trabalhista sem perder tempo de
produção, eles adequaram as jornadas para
8 horas e adicionaram um turno. Agora, os
operadores têm turnos 6x2. “Os pontos po-
sitivos que percebemos foi o aumento na
produção. Isso aconteceu porque com a
carga horária reduzida, os operadores têm
mais tempo com a família, o que melhora
a saúde e aumenta a satisfação”, destaca
Leandro. “É evidente que quanto menor o
descanso, menor será a satisfação e, conse-
quentemente, menor a concentração, ge-
rando improdutividade e risco operacional,
e ao contrário, quanto maior a satisfação,
maior será o foco e concentração, impac-
tando diretamente na produtividade e se-
gurança”, complementa. Como consequ-
ência, ele salienta que a redução nas horas
trabalhadas também contribui para redução
na ocorrência de acidentes.
Por outro lado, a alteração também teve
pontos negativos. “Precisamos contratar um
número maior de operadores, agora con-
tamos com quatro por máquina; e nossos
custos com o transporte dos operadores
até as máquinas aumentaram, isso porque
Foto: Divulgação
58 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
precisamos de mais motoristas, se gasta
mais combustível e a manutenção dos ve-
ículos aumenta”, detalha o gerente opera-
cional. Mas ele pondera que as vantagens
se sobressaem às desvantagens.
No transporte, a Siqueira sempre traba-
lhou em apenas um modelo de turno de
trabalho, sendo em dois turnos 6x2 fixos de
10 horas com 1 hora para refeição.
Já a Eldorado Brasil, optou por trabalhar
em apenas dois turnos 6x3, tanto para co-
lheita como para o transporte. Já na silvi-
cultura, um turno único ocorre de segunda
a sexta-feira. “Estes modelos foram empre-
gados em função da carga horária neces-
sária para cada negócio, visando atingir os
objetivos”, esclarece Elcio Trajano, diretor
de recursos humanos da Eldorado Brasil.
Entre os objetivos estão: plantar com qua-
lidade e eficácia a quantidade de hectares
programada, colher as madeiras progra-
madas atingindo as obrigações trabalhistas
dentro dos mapas geográficos desenhados
e, por fim, transportar a madeira até a fábri-
ca, cumprindo a legislação considerando a
distância das fazendas.
Elcio destaca que a Eldorado não en-
controu nenhuma dificuldade em trabalhar
com esse modelo. “A maior continuidade de
dias trabalhados, aliado ao período de fol-
58 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
Foto: Divulgação
B. FOREST . ENTREVISTA 59
O JOGO MUDOU.DE NOVO.
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60 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
ga que fornece um tempo maior para des-
canso tem um resultado muito positivo e os
funcionários respondem de forma positiva a
esse modelo”. Ele explica que a maior parte
dos motoristas ficam alojados na empresa
durante o período em que estão trabalhan-
do, o que proporciona maior continuidade
no trabalho. Já nos dias de folga, eles po-
dem ir para casa e têm mais tempo para
aproveitar com a família.
Outra empresa que optou por trabalhar
em dois turnos foi a Vale do Tibagi, que
atua na região de Telêmaco Borba (PR). A
empresa trabalha com colheita e preparo
de solo, ambos em dois turnos de segun-
da a sexta-feira e no sábado apenas em um
turno. “Decidimos trabalhar com o sistema
de dois turnos de trabalho após analisar os
dados de boletins de campo, mapear as ho-
ras efetivas trabalhadas e computar as gran-
des variações de produção de cada turno”,
justifica José Adriano Mainardes, Gerente
Comercial da empresa. Ele também desta-
ca que a alta demanda da equipe de apoio,
mecânicos e oficina central também foram
fatores determinantes para essa escolha de
modelo.
De acordo com Adriano, a Vale do Tibagi
já trabalhou com três turnos com reveza-
mento de segunda a sábado, mas em 2002,
começaram a mudar o estilo de trabalho.
Ele conta que entre as vantagens encontra-
das nesse novo modelo de gestão estão o
uso de apenas dois operadores por máqui-
na. “Isso é bastante produtivo porque quan-
do a dupla entra em sincronia a eficiência
melhora, os ajustes nas máquinas dimi-
nuem e a produtividade aumenta. Percebe-
Foto: Divulgação
B. FOREST . ENTREVISTA 61
“Quanto maior a satisfação, maior
será o foco e concentração, impac-
tando diretamente na produtividade
e segurança”
B. FOREST . TURNOS DE TRABALHO 61
Foto: Divulgação
62 TURNOS DE TRABALHO . B. FOREST
mos até um maior cuidado com os equi-
pamentos”, salienta. Com essa alteração, a
empresa conseguiu, inclusive, reduzir o nú-
mero de mecânicos na oficina central, por
não ser mais necessário uma grande equipe
de apoio.
Adriano explica que trocar o estilo dos
turnos de trabalho não foi fácil. “Quando fi-
xamos esse modelo de turnos foi complica-
do porque os funcionários já estavam acos-
tumados com o revezamento, mas depois
de um tempo todos se acostumaram e a
forma de trabalhar ficou melhor”, completa.
Gestão
A gestão dos modelos de turnos de tra-
balho varia de acordo com cada empresa.
Como cada uma tem uma estratégia organi-
zacional, o controle das atividades dos fun-
cionários também varia. Na Vale do Tibagi,
por exemplo, a equipe diurna é controlada
por um líder que ajuda na distribuição dos
locais de trabalho para os operadores flo-
restais. “Geralmente, as áreas mais simples
são feitas no turno da noite e as com maio-
res declividades e mais complexas são reali-
zadas durante o dia”, explica Adriano.
Como toda a sequência das áreas já foi
estabelecida no primeiro turno, o da noite
não necessita de um líder. “As manutenções
e consertos também são realizados durante
o dia”, completa o Gerente Comercial.
Na Siqueira Florestal, a gestão dos ser-
viços é feita por meio de registros pontos
preenchidos e assinados pelos próprios
motoristas e operadores. “Posteriormente
esses cartões são conferidos pelos super-
visores de campo e enviados ao departa-
mento de recursos humanos para aponta-
mento e análises de eventuais excessos de
jornada”, conta Leandro.
Na Eldorado Brasil, na colheita e na sil-
vicultura a gestão é feita de forma similar,
por meio de ponto eletrônico e manual. O
que difere um pouco é no transporte: as
trocas de turno e a jornada de trabalho são
acompanhadas por líderes e supervisores,
além de serem apontadas e geridas eletro-
nicamente no rastreador instalado em toda
a frota.
Cada empresa e cada região do Brasil
tem suas necessidades, com isso as formas
de controle e gestão dos funcionários acaba
sendo diferente e não é possível estabelecer
um padrão sem um estudo prévio. Como é
possível observar, existem estilos de turnos
de trabalho que podem ser testados pelas
empresas. Mas o que todas devem seguir é
a legislação trabalhista para garantir a se-
gurança, produtividade e qualidade de vida
para os funcionários.
B. FOREST . ENTREVISTA 63
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64 ENTREVISTA . B. FOREST
TUDO SE APROVEITAA
colheita florestal é uma operação que gera muitos resíduos, isso porque a ativi-
dade brasileira usa, em sua maioria, apenas o fuste. Assim, sobram outras partes
das árvores que podem ter uma finalidade. O reaproveitamento para a produção
de energia é uma das melhores opções.
64 BIOMASSA . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 65
Foto: Valterci Santos
66 ENTREVISTA . B. FOREST
Durante o processo de
colheita, uma par-
te da árvore fica no
solo. Galhos, folhas, tocos e
raízes permanecem no cam-
po e somente a madeira já
cortada é transportada para
as indústrias. Esses resíduos
remanescentes podem ser-
vir como nutrientes para o
solo e auxiliar na conserva-
ção do mesmo. No entanto,
eles podem levar anos para
serem reincorporados.
Por esses e outros moti-
vos, empresas realizam uma
complexa análise antes de
definir se os resíduos serão
mantidos ou não nos talhões,
isto porque esta decisão tem
impactos nas operações de
colheita e silvicultura.
A Klabin, por exemplo, faz
o uso da biomassa para redu-
zir a utilização de óleo com-
bustível na fábrica. “Uma das
vantagens é o baixo custo
operacional do cavaco posto
fábrica quando comparado à
compra do cavaco ou utili-
zação de lenha”, explica Al-
tair Negrello Júnior, gerente
de produção de madeira da
Klabin no Paraná. Ele conta
que a empresa gera, em mé-
dia, 78 MWh/h (megawatts
por hora), sendo que deste
total, 50% proveem da bio-
massa.
Sistema da colheitaO sistema de colheita
utilizado pelas empresas é
determinante para o apro-
veitamento da biomassa
florestal de forma rentável.
Neste caso, observa-se, que
o mercado geralmente opta
pelo sistema Full Tree.
A Klabin é um exemplo,
em alguns módulos de co-
lheita da unidade do Paraná,
a empresa adotou o sistema
de colheita, levando em con-
sideração diversos critérios,
entre eles a otimização do
aproveitamento do resíduo.
“O sistema foi instaurado
para podermos utilizar as so-
bras da colheita como fonte
de energia para alimentar a
fábrica”, destaca Altair. Ele
acrescenta que a Klabin pos-
66 BIOMASSA . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 67
sui uma caldeira que, além
de consumir a cascas das to-
ras utilizadas para o proces-
so de fabricação de celulose,
consome também resíduos
de serrarias e das operações
de colheita.
O Full Tree também é o
sistema utilizado pela Agrá-
ria Agroindustrial. Claudinei
Lopes, coordenador flores-
tal da cooperativa, conta
que 80% da colheita é feita
de forma mecanizada e 20%
de forma semi-mecanizada.
“Nesse sistema, as árvores
são colhidas e dispostas em
feixes no talhão, onde per-
manecem por aproximada-
mente 60 dias. Na sequência
são arrastadas até a beira da
estrada para o cavaquea-
mento”, acrescenta.
Essa espera para movi-
mentação da biomassa é um
ponto positivo. Os resídu-
os podem ser processados
no momento da colheita ou
após algumas semanas. Es-
perar um pouco tem duas
vantagens principais: a bio-
massa, por não formar pilhas
compactas, tem boa circula-
ção de ar, e reduz a umida-
de rapidamente nas primei-
ras semanas, aumentando o
poder calorífico, reduzindo
o peso para o transporte.
Neste período, as folhas ou
acículas vão se desprender
contribuindo para menor
exportação de nutrientes do
solo.
ProcessamentoClaudinei Lopes, da Agrá-
ria Agroindustrial, conta que
o fuste e as galhadas são ca-
vaqueadas ainda em campo.
B. FOREST . BIOMASSA 67
68 BIOMASSA . B. FOREST
“O estoque de cavaco é produzido direta-
mente no caminhão caçamba e posterior-
mente transportado às indústrias”.
Esta é a mesma estratégia utilizada pela
Klabin. “Antes de picar os resíduos, os pátios
de biomassa no campo são controlados pe-
las coordenadas geográficas e volumes para
gestão do estoque”, acrescenta Altair. Ele
afirma que isso facilita o planejamento oti-
mizado para a entrada dos picadores, con-
trolando o tempo de estocagem e o mix en-
tre resíduos de pinus e eucalipto que melhor
atendam às caldeiras, assim como a distân-
cia média de transporte.
A Klabin instala também picadores em
posições previamente definidas, com todas
as atividades anteriormente planejadas, vi-
sando minimizar a movimentação dos pica-
dores e facilitar a saída dos caminhões.
Equipamento específicoAo analisar essa tendência de mercado,
as fabricantes de equipamentos
e máquinas passaram a desen-
volver itens específicos ou vol-
tados para a coleta de resíduos
florestais. A Roder, por exemplo,
desenvolveu uma linha de garras
sem as chapas da pinça. “Assim,
é possível uma maior penetra-
ção, tanto na madeira, quanto
no resíduo. Ela também evita
o recolhimento de impurezas,
como terra e areia, que podem
deteriorar o sistema de corte
dos picadores”, destaca Dyme Anderson Ro-
der, diretor da empresa. A linha tem garras de
capacidades e tamanhos variados que 0,25 a
1,0 m².
A J de Souza também tem garras com de-
senho especial para biomassa florestal para
instalação em escavadeiras ou tratores com
grua. “Elas trabalham da mesma forma que
as garras para toras, têm rotator acoplado
para o giro e um cilindro hidráulico para abrir
e fechar a garra”, explica Anderson de Souza,
diretor de comércio e serviço da empresa,
que também fabrica um ancinho para mo-
vimentação de biomassa, garra concha para
movimentação de cavacos e caçambas para
escavadeiras. Anderson acrescenta que estas
garras podem ser apresentadas em versões
de 0,40 até 1,45 m², mas as mais vendidas
são a 0,80 e 1,0 m².
A Caterpillar e a PESA desenvolveram uma
solução completa para a extração e “quebra”
B. FOREST . ENTREVISTA 69
70 BIOMASSA . B. FOREST
dos tocos remanescentes no campo, que
além do alto potencial energético dificultam
as operações silviculturais, se deixado na área
de plantio. A Escavadeira Caterpillar 336D2L
com o Stump Harvester, fabricado pela PESA,
tem como diferencial a forma como o toco
é arrancado. Ao contrario de outros imple-
mentos que escavam o solo para a remoção
dos tocos, o Stump Harvester faz a extração
com o mínimo de mobilização do solo”, des-
taca Toru Sato, consultor florestal sênior da
Caterpillar Brasil. De acordo com ele, a pro-
dutividade do conjunto, em condições nor-
mais, extrai de quatro a sete tocos por minu-
to, em áreas onde o eucalipto é colhido com
sete anos.
Apesar da necessidade de adaptação do
sistema de colheita, aproveitar os resíduos
florestais como biomassa, reduz a necessi-
dade de outras fontes de energia. Além disto,
deixar nas áreas de cultivo menor quantidade
de sobras facilita as atividades da silvicultura,
no preparo de solo e contribui para redução
de custos.
B. FOREST . ENTREVISTA 71
72 ENTREVISTA . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 73 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 73
74 ENTREVISTA . B. FOREST74 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 75 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 75
76 ENTREVISTA . B. FOREST76 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 77 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 77
78 ENTREVISTA . B. FOREST78 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 79 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 79
80 ENTREVISTA . B. FOREST80 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 81 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 81
82 ENTREVISTA . B. FOREST82 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 83 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 83
84 ENTREVISTA . B. FOREST84 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 85 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 85
86 ENTREVISTA . B. FOREST86 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 87 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 87
88 ENTREVISTA . B. FOREST88 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 89 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 89
90 ENTREVISTA . B. FOREST90 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 91 B. FOREST . ANIVERSÁRIO 91
92 ENTREVISTA . B. FOREST92 ANIVERSÁRIO . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 93
94 ENTREVISTA . B. FOREST
5ºCONGRESSOFLORESTAL PARANAENSEPesquisadores, profissionais e estudantes se reuniram em Curitiba, no mês de outubro,
para discutir sobre o setor florestal.
94 5° CONGRESSO FLORESTAL . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 95 B. FOREST . 5° CONGRESSO FLORESTAL 95
96 ENTREVISTA . B. FOREST
Com o tema Novas
Tecnologias Flores-
tais, o 5º Congresso
Florestal Paranaense, reuniu
executivos, diretores, pes-
quisadores estudantes e pro-
fissionais do setor florestal.
Realizado entre os dias 07
e 09 de outubro, em Curi-
tiba (PR), o Congresso teve
como diferencial a informa-
ção qualificada e a troca de
experiências.
A cerimônia de abertu-
ra, realizada no dia 07, deu
o tom da importância do
evento. Um auditório lotado,
com alguns dos principais
nomes do setor florestal,
ouviu discursos alinhados
dos componentes da mesa,
que destacaram a importân-
cia do Congresso.
Carlos Mendes, diretor
executivo da APRE e coor-
denador do Congresso, deu
as boas-vindas aos parti-
cipantes e reforçou que o
encontro tem por objetivo
ajudar os florestais no de-
senvolvimento, na pesquisa
e na inovação, que é o que
todos buscam. Segundo ele,
o setor florestal teve uma
grande evolução nos últi-
mos anos graças à pesquisa
e à união com as universida-
des, os centros de pesquisa e
a Embrapa.
O superintendente da
ABIMCI (Associação Brasi-
leira da Indústria de Madei-
ra Processada Mecanica-
mente), Paulo Pupo, que na
ocasião representou o pre-
sidente da FIEP (Federação
das Indústrias do Estado do
Paraná), Edson Campagno-
lo, teve um discurso duro,
onde avaliou a importân-
cia do setor florestal para o
atual momento econômico
vivido pelo país. Na opinião
dele, o governo é omis-
so. Para resolver, a solução
Pupo sugere a coalizão do
setor produtivo. “Precisa-
mos fazer o nosso dever de
casa. Colocar as ideias no
papel e chegar ao governo
com o esquema pronto, se
não vamos ficar estagnados.
Eles precisam ter atenção
com as demandas pontu-
ais dos setores produtivos e
não podem continuar com
um comportamento passivo,
porque isso é transferência
da responsabilidade”, afir-
mou.
O Congresso
Dividido em quatro blo-
cos – Produção Florestal,
Ambiência Florestal, Indus-
trialização Florestal e Ges-
tão Florestal -, o Congresso
reuniu participantes de todo
o país e teve palestrantes de
renome. Ao todo, foram mais
de 20 palestras e apresenta-
ções de trabalhos de pesqui-
sa na área florestal. Carlos
96 5° CONGRESSO FLORESTAL . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 97
Mendes destacou o conteú-
do apresentado pela acade-
mia, empresas e executivos
do setor. “Há uma sinergia
que está se intensificando
e vamos trabalhar para que
este clima seja mantido e, é
claro, melhorado”, observou.
De acordo com o coordena-
dor, o setor florestal vem se
desenvolvendo com muitas
pesquisas eficientes. “É na-
tural que façamos mais con-
gressos, porque desenvol-
ver pesquisas é um grande
investimento e o congresso
é o local ideal para mostrar
os resultados de inovação”,
completou.
A equipe da Revista B.Fo-
rest acompanhou as pales-
tras e selecionou os temas
mais quentes apresentados.
Acompanhe!
Palestras
A palestra de abertura
do 5º Congresso Florestal
Paranaense, proferida pela
executiva da área de assun-
tos políticos e institucionais
da Indústria Brasileira de
Árvores (Ibá), Beatriz Milliet,
contextualizou o cenário do
setor florestal e a sua im-
portância para o país, além
das responsabilidades em
relação ao clima, inovações
que tem vivido e o aumen-
to da produtividade. “Temos
7,74 milhões de hectares
plantados. Somos a indústria
mais moderna do mundo, e
fazemos tudo isso em me-
nos de 1% do território bra-
sileiro. O setor é importante,
moderno, tecnológico. De
todo o território plantado,
4,8 milhões são certificados
- a maior área certificada do
mundo. Temos 5,43 milhões
de hectares de áreas preser-
vadas. E o Brasil vai além das
exigências legais. Para cada
hectare utilizado para fins
comerciais, temos 0,65 hec-
tares de área preservada”, re-
força.
Na manhã do dia 07,
quem deu início as palestras
foi José Luiz Stape, geren-
te executivo de tecnologia
florestal da Suzano Papel e
Celulose. O engenheiro flo-
restal ficou por cerca de 10
anos nos Estados Unidos,
realizando pesquisas e mi-
nistrando aulas no curso de
Engenharia Florestal na Nor-
B. FOREST . 5° CONGRESSO FLORESTAL 97
98 5° CONGRESSO FLORESTAL . B. FOREST
th Carolina State University e retornou para
o Brasil em 2015. Em sua palestra, Stape
abordou as pesquisas que realizou no Brasil
e nos Estados Unidos e apresentou fatores
importantes para a produtividade das árvo-
res, desde o melhoramento genético até a
segurança no manejo, que envolve o com-
bate às pragas e a incêndios, adubação e ir-
rigação. O gerente também apresentou uma
das pesquisas que desenvolve: a TECHS. O
estudo faz uma relação entre o clone utili-
zado, o clima da região, o regime hídrico e a
forma como é feito o manejo.
Assunto que também mereceu destaque
foi a silvicultura de precisão. Marcos Wichert,
gerente de desenvolvimento florestal da Fi-
bria, destacou que é preciso investir em no-
vas tecnologias para ter uma floresta mais
uniforme, minimizando os custos e maximi-
zando os resultados obtidos. Ele apresentou
exemplos de como a silvicultura de precisão
pode ajudar a conquistar melhores ganhos
por meio da geração de dados, que vão des-
de a seleção no viveiro até o volume de pro-
dutividade por árvore. Semelhante ao que
ocorre na agricultura de precisão, as máqui-
nas são equipadas com sensores que emi-
tem dados georreferenciados que ajudam na
melhoria dos desempenhos.
José A. Totti, diretor florestal da Klabin,
falou sobre os desafios da conservação e
produção nas empresas florestais. Ele des-
tacou os benefícios da floresta plantada para
diminuir a pressão sobre as áreas de preser-
vação, evitar o desmatamento, proteger os
recursos hídricos e fluxo da água, proteger a
biodiversidade, conservar o solo e capturar
gás carbônico.
O diretor florestal destacou também que
para preservar a biodiversidade de suas flo-
restas, a Klabin tem investido na identifica-
ção e monitoramento da fauna e flora, inclu-
sive as consideradas raras ou em extinção.
Por meio das ações implantadas, a Klabin
conseguiu, por exemplo, identificar 1.870
espécies de plantas nas áreas localizadas no
Paraná e em Santa Catarina.
Outro tema destacado no Congresso
foi o melhoramento genético. Dario
Grattapaglia, pesquisador da Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia,
salientou que as maiores inovações de setor
florestal aconteceram devido a hibridização.
Segundo o pesquisador, é possível reduzir o
ciclo do melhoramento de 12 a 15 anos para
perto de 6 anos. Isso representa um enorme
avanço.
Próxima edição
Satisfeito com a edição de 2015, Carlos
Mendes já anunciou a data do 6º Congresso
Florestal Paranaense. “Durante o Congresso,
tivemos a oportunidade de promover um
amplo intercâmbio de informações, o que
fortalece o setor e – com o fim do evento –
ficou um gostinho de ‘quero mais’. Por isso,
em 2018 teremos mais”, frisou.
B. FOREST . ENTREVISTA 99
100 ENTREVISTA . B. FOREST
Foto
: Div
ulga
ção
ANÁLISE MERCADOLÓGICAA
tendência de exportação dos produtores brasileiros e um alerta para essa abertura
de mercado, além de perspectivas macro e microeconômicas, são os destaques
do boletim informativo elaborado pelos profissionais da STCP.
100 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 101
Indicadores Macroeconômicos
• Perspectivas Econômicas: Em Out/2015, o BCB (Banco Central do Brasil) revisou para
-3,00% a previsão de queda do PIB da economia brasileira em 2015. Este cenário se deve à falta
de credibilidade do mercado em relação ao Governo oriunda da crise econômico-política e
dificuldade de gestão e de ajustes na política fiscal, a exemplo do anúncio de orçamento com
déficit primário em 2016. A reforma administrativa do governo federal realizada em Out/2015
poderá melhorar, apenas parcialmente, o quadro político atual e as perspectivas em torno do
ajuste fiscal. Para 2016, a expectativa do mercado é de retração do PIB em -1,22%.
• Inflação: Em Set/2015, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apre-
sentou variação positiva de 0,54%, superior ao índice do mês anterior (0,22%). O IPCA acumu-
lado entre Janeiro e Setembro é de 7,64%, a maior taxa para o período acumulado desde 2003,
quando atingiu 8,05%. Nos últimos 12 meses, o avanço do IPCA é de 9,49%, índice bastante
acima do teto da meta de inflação do BCB, que é de 6,5%. A estimativa do Banco é que o ano
de 2015 encerre com IPCA acumulado em 9,75%, e em 2016 com 6,12%.
• Taxa de Juros: A taxa Selic foi mantida em 14,25% ao ano pelo COPOM em Set/2015,
após sete aumentos consecutivos. Analistas de mercado preveem que a Selic irá encerrar 2015
no patamar atual. Em Set/2014 a taxa básica de juros estava em 11,0% ao ano, com aumento
de 3,25 pontos percentuais em 12 meses. O mercado financeiro estima que a Selic se situe em
12,75% a.a. em 2016.
• Taxa de Câmbio: A taxa média cambial fechou Set/2015 em BRL 3,91/USD, rompendo a
barreira de BRL 4,00/USD em alguns momentos pela primeira vez na história e resultando em
alta de 11,2% em relação à média do mês anterior. Na primeira quinzena de Out/2015, a taxa
média chegou a BRL 3,86/USD, influenciada pela reprovação das contas públicas do Governo
pelo TCU (Tribunal de Contas da União), a votação dos vetos presidenciais e, ainda, a possibili-
dade de o FED (Banco Central americano) elevar a taxa de juros somente no próximo ano. Até
meados de Out/2015, o Dólar Americano já acumulou valorização de 46,7% no ano.
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102 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35
cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA).
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Tora de Pinus:
B. FOREST . ENTREVISTA 103
“Apesar do mercado internacional, como um
todo, estar favorável à exportação de produtos
nacionais, esta demanda é limitada, não haven-
do espaço para a absorção da oferta excedente
do produto manufaturado nacional”
Foto: Divulgação / www.estivadoresaveiro.blogspot.com.br
B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 103
104 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
Índice de preços de madeira em tora no Brasil
Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100)
Tora de Eucalipto:
Nota de Sortimentos de Tora: Energia: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação
Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé.
Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral).
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Tora de Pinus:
B. FOREST . ANÁLISE MERCADOLÓGICA 105
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• Comentários - Tora de Eucalipto: De modo geral, as empresas do setor flores-
tal vêm sendo afetadas pela crise, seja por meio do aumento acelerado de custos e
impostos, seja pela redução na demanda por madeira em tora e outros produtos flo-
restais. Produtores de base florestal estão tentando manter estáveis os preços para di-
ferentes sortimentos, apesar dos custos de produção, principalmente com combustível
e mão de obra, terem aumentado. Nota-se dificuldade no repasse desses custos aos
consumidores de madeira em tora, os quais pressionam e tendem a exigir negociação
para queda dos preços, principalmente as empresas com alta dependência do merca-
do interno.
Apesar da crise ter afetado também o segmento de celulose e papel, com aumento
nos custos de produção e redução da demanda no mercado nacional, parte da indús-
tria tem obtido resultados positivos, beneficiada principalmente pelos ganhos com a
exportação. De acordo com a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), houve crescimento
elevado nas exportações de celulose neste ano, impulsionado pela recuperação da
economia norte-americana e europeia.
Em Set/2015, a receita oriunda com a exportação de celulose totalizou USD 499 mi-
lhões (1,03 milhão ton), crescimento de 15,9% em valor e de 16,5% em volume, em re-
lação ao mês de Ago/2015. A forte alta do Dólar no mês de setembro, que ultrapassou
BRL 4,00/USD, aumentou a atratividade da exportação de produtos brasileiros no mer-
cado internacional. Grande parte dos produtores florestais independentes, que vende
toras de eucalipto para a indústria de celulose, conseguiu manter estáveis os preços da
tora para processo em Set/15.
106 ANÁLISE MERCADOLÓGICA . B. FOREST
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• Comentários - Tora de pinus: Em função da desaceleração no comércio em ge-
ral, por conta da crise na economia brasileira, o mercado de toras de Pinus sofreu que-
da da demanda devido à instabilidade no consumo nacional de produtos de madeira.
Assim muitas reflorestadoras e serrarias com foco no mercado interno estão com alto
estoque de madeira em tora. A indústria de produtos madeireiros focada no mercado/
consumo nacional está desacelerada e as empresas exportadoras destes produtos não
tem a capacidade de absorver toda oferta existente de madeira em tora.
Alguns produtores florestais sentem pressão de clientes para uma redução de pre-
ços das toras grossas em um momento em que pretendiam aumentar o das de maior
diâmetro, a exemplo do sortimento > 35 cm. Todavia, se o Dólar Americano perma-
necer no patamar atual de alta valorização sobre o Real, os preços de tora grossa ten-
dem a se manter. Apesar do mercado internacional, como um todo, estar favorável à
exportação de produtos nacionais, esta demanda é limitada, não havendo espaço para
a absorção da oferta excedente do produto manufaturado nacional.
Ainda se observa sobre oferta de tora fina de pinus na região Sul do Brasil, enquanto
que a procura por toras grossas permanece alta, o que tem permitido algum aumento
de preços neste sortimento por parte de produtores florestais.
B. FOREST . ENTREVISTA 107
108 ENTREVISTA . B. FOREST108 SCORPION TOUR . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 109
SCORPION TOUR SINÔNIMO DE SUCESSO!E
m três apresentações realizadas em áreas da Klabin de Telêmaco Borba e Lages,
mais de 500 profissionais puderam ver o Scorpion, Harvester da Ponsse recém-
chegado ao Brasil em operação.
Foto: Divulgação
B. FOREST . SCORPION TOUR 109
110 ENTREVISTA . B. FOREST110 SCORPION TOUR . B. FOREST
Inovando no mercado florestal, a Ponsse em parceria com a dealer Timber Foreste,
realizou um tour de apresentação do Harvester Scorpion. A ação foi oportuna já
que a expectativa em relação a chegada da máquina era grande. Três dias de cam-
po, dois realizados em Telêmaco Borba e um em Lages, ambos em áreas da Klabin,
reuniram mais de 500 profissionais do setor florestal e madeireiro.
A Revista B.Forest esteve presente em todos os dias de campo. Enfrentou muita po-
eira, barro, chuva e até granizo para trazer parar seus leitores informações completas
sobre o Scorpion, assim como, fotos e vídeos do Harvester em operação.
Foto: Divulgação
B. FOREST . SCORPION TOUR 111
Na edição de setembro, apresentamos a nova máquina da marca finlandesa em
detalhes, dando destaque especial para as características técnicas que priorizam as
operações de desbaste. Agora, contamos o que aconteceu nas duas etapas do Scor-
pion Tour. No dia 24 de setembro, em Telêmaco Borba, profissionais do setor flores-
tal e madeireiro acompanharam a segunda etapa de demonstrações. Para Fernando
Campos, gerente de vendas da Ponsse Latin América, este dia de campo superou as
expectativas. “Nesta etapa trouxemos mais de 100 empresários e representantes de
empresas do setor florestal”, explica Fernando Campos.
De acordo com Claumar Baldissera, coordenador de vendas da Timber Forest, a
presença dos empresários foi animadora. “Temos certeza que faremos grandes ven-
das de diversos produtos Ponsse, com uma assistência técnica de primeira qualidade
e um amplo estoque de peças em toda a Região Sul. O Scorpion tem tecnologia avan-
çada e vai revolucionar a mecanização da colheita, ele tem tudo para ser um sucesso”,
acredita.
Posteriormente, a Timber Forest realizou outro dia de campo, desta vez em Lages
(SC). Entre os dias 07 e 08 de outubro, 400 profissionais viram o novo Harvester da
112 SCORPION TOUR . B. FOREST
Ponsse em operação. Na quarta-feira (07/10), o sol apareceu de forma tímida, mas
garantiu o tempo seco para que os presentes pudessem conferir a apresentação do
Scorpion, como também de dois Harvesters Ergo 8x8 e dos Forwarders Elephant e
Bufallo versão 2015. Mas foi na quinta-feira que o Scorpion mostrou para o que veio.
A chuva de granizo que caiu durante a demonstração provou que a máquina também
está pronta para atuar nas condições mais adversas.
A chuva não prejudicou a dinâmica nem diminuiu o ânimo dos presentes para o
lançamento da filial da Timber Forest. A costela de fogo de chão, tradicional nos
eventos da empresa, foi servida ao som de músicos nativistas, o que deixou o clima
bastante descontraído.
Jober Fonseca, gerente geral da Timber Forest, ficou satisfeito com o resultado.
“Conseguimos atrair mais de 400 clientes e parceiros. Inauguramos nossa filial de La-
ges em um momento estratégico para a empresa”, comemorou. Além de participantes
brasileiros, o evento contou com a presença de uma caravana do Uruguai e Argentina,
liderada pelo gerente da Ponsse, Martín Toledo, responsável pelos países vizinhos. A
filial da Timber Forest em Lages possui uma área de 2.700 metros quadrados e o in-
vestimento ultrapassa R$ 5 milhões.
O cabeçote PONSSE H6 é altamente versátil e seu uso pode ser desde operações de desbaste até o corte raso. Sua grande abertura e os controles precisos facilitam o trabalho, graças aos amplos movimentos de inclinação combinados com a alimentação e cortes rápidos, o PONSSE H6 é um cabeçote altamente confiável para todos os tipos de locais.
A estrutura curta e durável, os potentes rolos alimentadores e a excelente capacidade de desgalhamento do cabeçote PONSSE H6, bem como a baixa fricção de agarramento das lâminas são recursos que garantem alta produtividade também em condições difíceis. A eficiência, economia e o tamanho compacto do PONSSE H6 fazem dele uma excelente opção de cabeçote de harvester no Mercado.
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114 NOTAS . B. FOREST
TURMA DE ENGENHARIA FLORESTAL DE 1965 CELEBRA JUBILEU DE OURO
No dia 25 de setembro, os formandos da
turma de 1965 de Engenharia Flores-
tal da UFPR (Universidade Federal do Paraná),
celebraram o Jubileu de Ouro. A cerimônia foi
realizada no Salão Nobre do Setor de Ciências
Jurídicas, no Prédio Histórico, reunindo fami-
liares, amigos e convidados e contou com a
presença do reitor da UFPR, Zaki Akel Sobri-
nho, do diretor do setor de Ciências Agrárias,
Amadeu Bona Filho, e do coordenador do cur-
so, Umberto Klock.
A classe de 1965 foi a segunda formada em
Engenharia Florestal pela Universidade, quan-
do o curso ainda era qualificado como Escola
Nacional de Florestas. Estiveram presentes 10
dos 17 formandos da época. O engenheiro
florestal Nelson Venturini foi o orador e relem-
brou a trajetória dos colegas.
A Revista B.Forest também deixa sua ho-
menagem aos profissionais que escolheram
desbravar um campo que ainda estava nas-
cendo no Brasil quando escolheram esta área.
Foto: Divulgação / UFPR
B. FOREST . NOTAS 115
CODORNADA FLORESTAL 2015
E stá confirmada para o dia 10 de de-
zembro, a tradicional Codornada
Florestal. Em 2015, o jantar terá sua dé-
cima edição e, como de costume, será
realizado em Ponte Alta do Norte (SC). A
Codornada que começou pequena, re-
cebeu em sua última edição aproxima-
damente 500 participantes e conta hoje
com 18 patrocinadores máster (PESA,
Geoforest, Laminados Itália, Dinamac,
HBMax, Komatsu Forest, John Deere,
Breitkopf, Minusa Forest/Logset, Log
Max, Planalto Picadores, Timber Forest,
Ponsse, NP Cargas, RC Florestal, Mor-
bark, Posto Serrano, Elétrica Sandri e
Renovadora Fogaça).
Na edição deste ano, planejamos o
mesmo clima festivo e de encontro dos
profissionais do setor florestal e de ce-
lulose. Manteremos também o cunho
social em que todo participante deve-
rá levar um brinquedo para doação”,
contou Fábio Calomeno, organizador
da Codornada Florestal e diretor da NP
Transportes e Biomassa. A Codornada
Florestal, é destinada para os clientes
das empresas patrocinadoras e já está
com as cotas fechadas para 2015.
LIVRO NOVO PARA O SETOR
A Embrapa publicou recentemente o
livro “Serviços Ambientais em sis-
temas agrícolas e florestais do Bioma
Mata Atlântica”. São 32 capítulos redigi-
dos por 104 autores que discorrem so-
bre questões importantes sobre servi-
ços ambientais, tema bastante presente
atualmente nas discussões sobre a sus-
tentabilidade do mundo rural, em espe-
cial na formulação de políticas públicas.
Dividido em três partes, o livro discu-
te aspectos conceituais sobre serviços
ambientais. De acordo com Lucilia Maria
Parron Vargas, pesquisadora da Embra-
pa Florestas e uma das organizadoras do
livro, “a bibliografia existente se reporta
principalmente à discussão da política e
da apresentação de experiências de pa-
gamento por serviços ambientais, mas
a conceituação e as métricas relacio-
nadas ao tema foram pouco exploradas
até hoje na literatura brasileira”.
Para ler o livro: clique aqui
116 NOTAS . B. FOREST
BV-SUL É ANUNCIADA
Foi lançada a BV-Sul (Bolsa de Valores
Ambientais do Sul do Brasil), com a fi-
nalidade de fornecer um apoio intenso e
eficaz ao produtor rural. A nova organiza-
ção não governamental funcionará de for-
ma semelhante à BV-Rio, que apesar do
nome se restringir ao Rio de Janeiro, atua
em todo o País. “Não teremos fins lucrati-
vos e o escopo principal é a facilitação dos
negócios relacionados à compensação da
reserva legal, principalmente por meio dos
condomínios florestais e das cotas de re-
servas ambientais”, afirmou Paulo de Tar-
so Pires, professor da UFPR (Universidade
Federal do Paraná), durante palestra no 5º
Congresso Florestal Paranaense, realizado
em Curitiba (PR).
A BV-Sul vai trabalhar na concepção dos
planos de negócios para auxiliar na criação
dos condomínios florestais, que variam de
mil a 50 mil hectares, podendo ter uma área
ainda maior. De acordo com o professor, no
Paraná há um déficit de um milhão de hec-
tares para a reposição das propriedades ru-
rais. “O setor florestal tem este excedente,
além de know-how para gerir estas áreas.
Por isso, faremos um intercâmbio entre o
setor florestal, que detém o excedente para
as reservas ambientais, com os produtores
rurais agrícolas e pecuaristas”, comentou.
ESALQ ENTRE AS MELHORES
A ESALQ (Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiros), ligada à USP (Univer-
sidade de São Paulo) foi eleita a 5ª melhor
instituição de ensino de ciências agrárias
do mundo, de acordo com ranking divulga-
do pelo jornal semanal US News and World
Report. A publicação fundada em 1933, di-
vulga o chamado Best Global Universities,
que lista 750 instituições mundialmente.
Fundada em 1901, a Escola já formou
mais de 14 mil profissionais na graduação e
titulou quase 9 mil mestres e doutores. Atu-
almente, a instituição oferece sete cursos
de graduação (Engenharia Florestal, Admi-
nistração, Ciências Biológicas, Ciências dos
Alimentos, Ciências Econômicas, Engenha-
ria Agronômica, e Gestão Ambiental) e 16
programas de pós-graduação.
B. FOREST . NOTAS 117
A TODO VAPOR
Como parte da consolidação dos inves-
timentos no Brasil e para atender às ne-
cessidades de seus clientes com eficiência, a
John Deere inaugurou a expansão do Cen-
tro de Distribuição de Peças para a América
do Sul, em Campinas (SP). Com esse inves-
timento, o Centro praticamente dobrou de
tamanho: passou de 40.000 para 74.500 m².
Com a expansão, o espaço ganhou uma
novidade: um centro de treinamento des-
tinado à capacitação de concessionários,
distribuidores, funcionários e clientes. Os
investimentos fazem parte de um plano de
médio e longo prazo da John Deere no Bra-
sil, com valores que ultrapassaram US$ 200
milhões nos últimos cinco anos, em todas as
divisões em que a companhia atua.
Com esse pensamento e devido ao com-
promisso contínuo em apresentar tecnolo-
gias de ponta e gerar soluções integradas
e inovadoras, a John Deere fez parte pela
quinta vez do ranking das marcas mais va-
liosas do mundo com um valor de marca
na casa dos US$ 5.208 bilhões. Neste ano,
a John Deere conquistou a 83ª posição do
Top 100 Global Brands, na listagem feita
pela Interbrand, consultoria global que cria
e gerencia valor de marca no mundo inteiro.
Para elaborar seu ranking de marcas, a
Interbrand leva em conta fatores como o
desempenho financeiro dos produtos e ser-
viços da empresa, o poder de influência jun-
to ao consumidor e a capacidade de agregar
valor e garantir lucros. A consultoria também
analisa diversas etapas de uma determinada
marca, desde a entrega das expectativas do
consumidor até o aumento do valor econô-
mico.
Foto: Divulgação / John Deere
118 ENTREVISTA . B. FOREST118 FOTOS . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 119 B. FOREST . VÍDEOS 119
120 ENTREVISTA . B. FOREST120 VÍDEOS . B. FOREST
B. FOREST . ENTREVISTA 121
122 AGENDA . B. FOREST
2016
2015
NOV
NOV
10
18MARÇO
Encontro Brasileiro de Energia da Madeira
Quando: 10 e 11 de Março de 2016
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.energiadamadeira.com.br
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando: 18 a 20 de Novembro de 2015
Onde: Concepción (Chile).
Informações: www.expocorma.cl
2016
MAR
09
MARÇO
Lignum Brasil e 2° Expomadeira & Construção.
Feiras do Setor Madeireiro.
Quando: 09 a 11 de Março de 2016
Onde: Curitiba (PR).
Informações: www.lignumbrasil.com.br
B. FOREST . ENTREVISTA 123