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Painel de mercado

BIM é exigência em três licitaçõesEntre elas estão a do projeto executivo e construção da sede do pré-sal, para a

Petrobras

Já são três as licitações públicas de obras no Brasil que

exigem o desenvolvimento de projetos em BIM (Building

Information Modeling), traduzido para o português como

modelagem da informação na construção. A primeira

delas foi feita pela Petrobras para a elaboração do

projeto executivo e construção da Unidade Operacional

da Bacia de Santos - a sede do pré-sal -, em Santos. A

obra de 25 mil m2 está sendo executada pela

Construcap e o projeto executivo, sob coordenação do

escritório Contier Arquitetura, será inteiramente

desenvolvido em BIM nas disciplinas de arquitetura,

estruturas, instalações prediais e fundações, por

exigência da estatal.

A Cdurp (Companhia de Desenvolvimento Urbano da

Região do Porto do Rio de Janeiro) também realizou, em fevereiro deste ano, uma

licitação para elaboração, em BIM, de estudos de viabilidade físico-financeira de

terrenos na Área de Especial Interesse Urbanístico do Porto do Rio de Janeiro. De

acordo com Sérgio Leusin, "A Cdurp está fazendo esses estudos para conhecer

melhor o potencial construtivo da área e, principalmente, para saber se os estoques de

Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) estão adequados", explica

Sérgio Leusin, proprietário da GDP Gerenciamento e Desenvolvimento de Projeto e,

neste projeto, associado da Contier Arquitetura - vencedora do pregão.

O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) prepara também a licitação do

projeto básico de reforma do edifício "A Noite", no Rio de Janeiro, que abriga boa parte

dos departamentos do órgão. De acordo com Régis de Azevedo Lopes, coordenador

de engenharia e arquitetura do INPI, "é fundamental que o projeto arquitetônico seja

desenvolvido em BIM, desde a representação do estado atual do edifício até a

conclusão do projeto básico". Ele explica que a exigência se limita à arquitetura devido

ao estágio incipiente das demais disciplinas na utilização do BIM. Com o tempo os

demais projetos deverão migrar também para a nova tecnologia.

O objetivo do INPI é integrar o modelo virtual a softwares específicos de gestão de

instalações prediais para gerenciar a manutenção, uso e operação do edifício. "Os usos

envolvem controle de histórico de manutenção de equipamentos, controle da vida útil

dos componentes, gestão de ocupação pela população, distribuição de bens e

facilidades prediais", exemplifica Lopes. A publicação do edital deve acontecer em

agosto.

Condomínio recebe selo Leed de operação

Olá Allan Lopes Lima

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Sustentabilidade nas Obras enos Projetos - questõespráticas para profissionais eempresas

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O condomínio comercial CYK (Comendador Yerchanik Kissajikian), localizado na avenida

Paulista em São Paulo, conquistou a certificação Leed (Leadership in Energy and

Environmental Design) de operação e manutenção sustentáveis. Segundo a

Sustentax, consultoria responsável pelo processo de certificação, o edifício é o

primeiro do País a receber o certificado no quesito Edificações Existentes.

O selo serve para auxiliar os condomínios a melhorar as condições de salubridade aos

ocupantes, aumentar a eficiência operacional e diminuir impactos ambientais. Para

obter a Leed, o edifício CYK teve que alterar e criar políticas. "O processo, que levou

dois anos, envolveu mais de 50 profissionais e teve desafios, como estabelecer novos

procedimentos para compras sustentáveis", explica Gil Carvalho, gestor do

condomínio, que iniciou suas operações em 2003.

Quanto à eficiência energética, o condomínio tem a previsão de pelo menos 10% de

economia. Outra ação que deve trazer benefícios é o incentivo ao uso de transportes

alternativos, como instalação de bicicletário e vagas para veículos carona.

Cadastro positivo beneficiará crédito imobiliário

Para especialistas da CBIC, spread bancário e taxa de

juros devem diminuir

presidente Dilma Rousseff sancionou no dia 10 de

junho a lei que cria o cadastro positivo, um banco de

dados em poder dos bancos, comércio e financeiras

para oferecer juros mais baixos ao consumidor com

histórico de bom pagador. A inclusão de dados

pessoais no cadastro é optativa e o consumidor

poderá ter acesso gratuito às informações existentes

sobre ele três vezes ao ano. Além disso, poderá pedir

a impugnação de qualquer informação erroneamente

anotada.

Para o economista Luís Fernando de Melo Mendes, da

CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)

o cadastro vai beneficiar, principalmente, o crédito

imobiliário. "Num financiamento, o banco atua por

vários anos com o cliente e o risco de inadimplência é

grande, o que aumenta o spread bancário. Mas,

agora, o banco vai conhecer o histórico do comprador

e vai poder reduzir as taxas para atraí-lo", conta.

Mendes também aposta que o "bom pagador" será disputado pelos bancos.

"Atualmente, o cliente é conhecido apenas pelo seu próprio banco. No entanto, com o

histórico acessível a todos, os melhores pagadores terão mais ofertas de crédito."

Celso Petrucci, secretário da comissão da indústria imobiliária da CBIC, também aprova

a medida. "É um instrumento que, com o tempo e adesão de todos, poderá ajudar

muito na redução do spread e, consequentemente, na taxa de juros", acredita.

Não-cobrança de boleto afeta imobiliárias

Para especialistas da CBIC, spread bancário e taxa de juros devem diminuir

presidente Dilma Rousseff sancionou no dia 10 de junho a lei que cria o cadastro

positivo, um banco de dados em poder dos bancos, comércio e financeiras para

oferecer juros mais baixos ao consumidor com histórico de bom pagador. A inclusão

de dados pessoais no cadastro é optativa e o consumidor poderá ter acesso gratuito

às informações existentes sobre ele três vezes ao ano. Além disso, poderá pedir a

impugnação de qualquer informação erroneamente anotada.

Para o economista Luís Fernando de Melo Mendes, da CBIC (Câmara Brasileira da

Indústria da Construção) o cadastro vai beneficiar, principalmente, o crédito imobiliário.

"Num financiamento, o banco atua por vários anos com o cliente e o risco de

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inadimplência é grande, o que aumenta o spread bancário. Mas, agora, o banco vai

conhecer o histórico do comprador e vai poder reduzir as taxas para atraí-lo", conta.

Mendes também aposta que o "bom pagador" será disputado pelos bancos.

"Atualmente, o cliente é conhecido apenas pelo seu próprio banco. No entanto, com o

histórico acessível a todos, os melhores pagadores terão mais ofertas de crédito."

Celso Petrucci, secretário da comissão da indústria imobiliária da CBIC, também aprova

a medida. "É um instrumento que, com o tempo e adesão de todos, poderá ajudar

muito na redução do spread e, consequentemente, na taxa de juros", acredita.

Não-cobrança de boleto afeta imobiliárias

Está proibida em todo o Estado de São Paulo a cobrança de taxa para emissão de

carnê ou boleto bancário. A medida atinge as contas emitidas por imobiliárias,

condomínios, estabelecimentos comerciais, escolas, empresas de água, luz, telefone,

entre outras. As empresas que não cumprirem a nova regra podem levar multas, que

variam de R$ 405,00 até R$ 6 milhões, dependendo da reincidência, além de outras

sanções, como a interdição do estabelecimento.

Para a advogada da Lex Magister, Darlene Vieira Santos, a nova lei afeta diretamente

as imobiliárias, que cobravam a emissão do boleto bancário no aluguel. "Se a fatura

continuar com essa cobrança, o inquilino deve entrar em contato com a imobiliária para

solicitar a retirada do custo", explica Darlene. O valor do boleto bancário ou carnê é um

repasse ao consumidor do que a empresa paga ao banco, e costuma girar em torno

de R$ 1 a R$ 4 por cobrança emitida. Segundo Darlene, o custo pode parecer

pequeno, entretanto, como é fixo, pode gerar uma quantia adicional de até 40% do

valor total do produto ou serviço.

CURTAS

Desempenho energético

Será lançada neste ano a ISO 50.001, que certificará empresas que adotarem políticas

de sustentabilidade no uso adequado da energia e na promoção da eficiência

energética. A certificação é uma iniciativa de Brasil e EUA, que assumiram em conjunto

a secretaria do ISO PC242, órgão que coordena os trabalhos internacionais para

elaboração da ISO 50.001. "O desempenho está baseado em três pontos específicos:

uso, quantidade e eficiência energética", explica Alberto Fossa, consultor do Procobre,

entidade que ajudou na elaboração do texto.

Há 20 anos

A edição de novembro de 1990 da Construção Mercado trazia na

capa uma reportagem sobre os novos mecanismos usados pelos

empresários para a captação de recursos, devido à recessão e à

falta de financiamentos por parte do governo para

empreendimentos imobiliários. A matéria abordava formas

alternativas de buscar crédito, como atrair capital externo e

apostar em mercado de hipotecas, debêntures, fundos

imobiliários e consórcios. As ideias foram discutidas por mais de

300 profissionais num evento realizado pelo Secovi-SP.

Errata

A seção web da revista Construção Mercado 119 fez menção a um material extra que

estaria disponível na versão online da reportagem "Promessas de construção". Essa

reportagem, no entanto, não foi publicada, mas a menção ao material, por erro

editorial, continuou na seção. Para ler a reportagem citada e o material extra, acesse o

site da Construção Mercado e clique na capa da edição 119. A reportagem aparecerá

no sumário da edição.

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