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PÁGs. 06 e 07 PÁG. 05 PÁG. 03 PÁG. 09 PÁG. 12 Novembro de 2015 | Ano XXVI N o 225 www.diocesedeosasco.com.br IGREJA EM AÇÃO PALAVRA DO BISPO FORMAÇÃO PERMANENTE PROGRAME-SE Os fiéis leigos são cha- mados a participar ativa- mente da missão e da edifi- cação do Povo Deus, numa comunhão com todos os membros do Corpo Mís- tico de Cristo, segundo os diversos ministérios e ca- rismas. Nossa diocese con- ta com um serviço muito importante dos leigos em todas as suas paróquias e comunidades, especial- mente por meio do minis- tério não ordenado. Co- nheça um pouco dos frutos deste serviço. IGREJA EM MISSÃO Setor Juventude: um olhar de ternura e amor para os jovens Crescem as movimentações em torno das eleições Por que a Igreja comemora o dia dos Fiéis Defuntos? Catedral Santo Antônio abre as portas para o Jubileu Extraordinário da Misericórdia

BIO 225 - Novembro 2015

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225 - Boletim Informativo da Diocese de Osasco - BIO – Ano XXVI - Nº 225 - Bio Novembro de 2015

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Novembro de 2015 | Ano XXVI No 225www.diocesedeosasco.com.br

IGREJA EM AÇÃOPALAVRA DO BISPO

FORMAÇÃO PERMANENTE PROGRAME-SE

Os fiéis leigos são cha-mados a participar ativa-mente da missão e da edifi-cação do Povo Deus, numa comunhão com todos os membros do Corpo Mís-tico de Cristo, segundo os diversos ministérios e ca-rismas. Nossa diocese con-ta com um serviço muito importante dos leigos em todas as suas paróquias e comunidades, especial-mente por meio do minis-tério não ordenado. Co-nheça um pouco dos frutos deste serviço.

IGREJA EM

MISSÃO

Setor Juventude: um olhar de ternura e amor para os jovens

Crescem as movimentações em torno das eleições

Por que a Igreja comemora o dia dos Fiéis Defuntos?

Catedral Santo Antônio abre as portas para o Jubileu Extraordinário da Misericórdia

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EDITORIAL

Estamos no mês em que muitos dos nossos leigos assumirão ou renovarão o mandato ministerial. Ministério é o carisma assumido em forma de serviço à comunidade e à sua missão no mundo e na Igreja como um todo, e por esta

é reconhecido. Para exercê-lo, portanto, é necessário: a graça de Deus (dom do alto), carisma e capacidade (habilidade humana) e reconhecimento da Igreja.

Em geral todo serviço realizado com dedicação, humildade e gratuidade na Igreja pode ser chamado ministério, por exemplo: ensinar o catecismo, distribuir alimento aos pobres e limpar a Igreja. Para evitar a confusão dos termos, a palavra ministério foi, desde muito tempo, consagrada a designar os serviços que atendem as exigências permanentes da missão da Igreja na comunidade. Logo, a missão do leigo é “ser luz do mundo e sal da terra” (Mt 5,13). Os leigos devem cuidar da atuação da Igreja na socie-dade: família, mundo do trabalho, política, escola e mundo da cultura. Nenhum outro ministério pode alienar este ministério que é próprio do leigo exercer.

São João Paulo II, numa exortação apostólica pós-sinodal Christifideles Laici, (n.23), afirma: “ A missão da igreja no mundo realiza-se, não só pelos ministros, que o são em virtude do sacramento da ordem, mas também por todos os fiéis leigos: estes, com efeito, por força da sua condição batismal e da sua vocação específica, na medida própria a cada um, participam no múnus sacerdotal, profético e real de Cristo.”

Nesta edição queremos elucidar este protagonismo laical, marcada por uma amadu-recida iniciação cristã e chegando a constituir-se em um processo de formação perma-nente, evidenciando um caminho de encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que é capaz de mudar nossa vida, levar ao engajamento pessoal na comunidade ecle-

Os ministérios na vida da Igreja e o protagonismo do leigo

Boletim Informativo de Osasco

Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFMAssessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJSSecretária Executiva: Meire Elaine de SouzaRevisão: Natália Paula Pereira e Sem. Ricardo RodriguesColaboração: Pe. Flávio dos Anjos, Pe. Jorge Augusto, Pe. Marcelo Pereira, Pe. Alexandre Pessoa Garcia, Diácono Franco Abelardo, Sem. Vinícius Soares, Sem. Diego Medeiros, Sem. Thiago Wesley.E-mail: [email protected]

sial e ao compromisso missionário. Quem se encontra com Ele põe-se a caminho em direção aos irmãos, à comunidade e à missão. Quem se encontra com Cristo também faz a experiência do discipulado, como segui-mento do Caminho, pois é nesse caminho que Cristo faz o coração arder e o discípulo mergulhar, de modo cada vez mais profundo nas Escrituras, na Liturgia, na teologia, na evangelização e no compromisso pastoral, fruto da experiência do partir o pão (cf.: Lc 24,13ss). Para isso, é fundamental que toda a Igreja assuma esta identidade ministerial como processo formativo, siste-mático, progressivo e permanente de educação da fé, da esperança e do amor.

Padre Henrique Souza da SilvaVice-Reitor do Seminário Diocesano de Filosofia

Dia Nacional dos Leigos

Renovando as esperanças e direcionando a vida pelas veredas corretas nesse mundo, vamos celebrar o dia dos cristãos leigos e leigas com animação, encanto e espe-rança. Pela graça do batismo, somos incorporados a este Reino anunciado por

Jesus Cristo. O texto de Estudos da CNBB, Edição revisada e ampliada 107A (n.3), procura definir com simplicidade quem é o leigo cristão: O Concílio Vaticano II definiu o cristão leigo de maneira positiva e afirmativa a sua plena incorporação à Igreja e ao seu mistério. Segundo o texto da Lumem Gentium, “Estes fiéis foram incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos Povo de Deus e, a seu modo, feitos partícipes do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, pelo que exercem sua parte na missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo”. (n.31). A maioria absoluta dos cristãos são os leigos que, em tantos momentos da vida sofrida, não desanimam em seguir a Nosso Senhor Jesus Cristo na família e no mundo do trabalho profissional. Cabe a Igreja dar um alento sincero e acolhedor, fomentando a es-perança e abrindo espaços para que no seguimento possam viver com dignidade, liberdade e autenticidade a mensagem do Cristo Rei e Senhor do Céu e da terra. Diz ainda o texto: Por esta definição, fica claro que o leigo é Igreja, não apenas pertence à Igreja, assim como “so-mos em Cristo um só corpo, e, cada um de nós, membros uns dos outros” (Rm 12,5).

Trecho da mensagem de Dom Frei Severino Clasen, OFMPresidente da Comissão Episcopal de Pastoral para o Laicato

ORAÇÃOSenhor Jesus Cristo, Tu, que caminhastes no chão deste mun-

do, testemunhando o Projeto de Deus para a humanidade, ensi-nando homens e mulheres a viverem a radicalidade dos valores do Reino de Deus, chamando todos à decisão do seguimento e a assumirem as exigências da Missão. Faze com que nós, cristãos leigos e leigas, respondamos com a vida ao Teu chamado, na nos-sa vida pessoal, na família, na comunidade, no trabalho, na ação política e na sociedade. Que hoje se revigorem em nós as motiva-ções e a graça dos sacramentos do Batismo e da Crisma, doados pelo amor da Trindade Santa, tornando-nos “protagonistas da evangelização”, testemunhando presença na construção de uma sociedade justa e solidária. Que nossa disposição de conversão nos leve a amar os excluídos e a superar a exclusão - particular-mente a exclusão dos empobrecidos, dos menores abandonados, dos doentes, da mulher, do negro, dos povos indígenas, dos al-coólatras, dos encarcerados, dos drogados, dos desempregados, dos idosos e dos moradores de rua - para assumir com respon-sabilidade e discernimento a exigência de novos ministérios, res-pondendo criativamente aos desafios de nosso tempo, no novo milênio. Amém.

Fonte: CNBB

Este ano o “Dia Nacional dos Leigos” será celebrado no dia 22 de novembro.

Diagramação: Iago Andrade VieiraTiragem: 13.000 exemplaresImpressão: Jornal Última Hora do ABC(11) 4226-7272Cúria Diocesana de OsascoRua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 Osasco/SPTel: (11) 3683-4522 / (11) 3683-5005E-mail: [email protected]: http://www.diocesedeosasco.com.brDISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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PALAVRA DO BISPO

Prezados irmãos do clero e fiéis de Osasco, Paz e Comunhão em Cristo!

Embora falte ainda quase um ano, todos estamos sentindo crescer a movimentação em torno das eleições de 2016. Por serem municipais e, portanto,

mais próximas dos eleitores, ela se torna mais aguerrida. Em nossas comunidades há pré-candidatos que se apresentam, muitos estão entre as nossas lideranças, mostram os seus propósitos e esperam que a comunidade os apoie. A pedido de muitos padres, o Colégio de Consultores refletiu sobre o assunto. Com simplicidade partilho com todos a nossa reflexão. Pensamos que haverá, como todos os anos, uma cartilha de conscientização para o trabalho com o povo. No entanto, alguns pontos precisam ficar claros entre nós, pois já estão movimentando as nossas comunidades.

1. A política partidária em tempos de crise – Estamos vivendo uma crise político-institucional e uma crise econô-mica que afetam muito a vida de todos nós e tudo indica que são de longo prazo. As investigações e notícias sobre cor-rupção geram descredito quanto aos atores da vida pública e partidos. Nesse contexto, o embate eleitoral se torna mais acentuado e o tom da disputa muitas vezes se torna ácido. As contradições e jogo bruto do plano nacional acaba se repro-duzindo no plano municipal. O risco é sempre de divisões e confrontos que deixam fortes sequelas na vida comunitária e, por isso, devem ser objeto de cuidadosa atenção.

2. A posição da Igreja – Enquanto instituição, a Igreja católica valoriza a atividade política e tudo o que diz respei-to à cidadania. Ela não foge da política, porém, não se filia a partidos nem adota candidatos. O clero não se candidata a cargos políticos por entender que um padre ou diácono é muito mais necessário à comunidade no seu ministério, para promover a comunhão, mais do que se defendesse uma par-te, um partido. Entende a Igreja, no entanto, que a política partidária é campo dos leigos que se sentem vocacionados para esta missão. E é um fato: nas nossas comunidades es-tão presentes pré-candidatos que são catequistas, ministros, membros dos conselhos e outras lideranças. Os movimentos se articulam em torno deste ou daquele nome. O modo como outras religiões apoiam os seus candidatos nos faz entender que é necessário e vantajoso fazer o mesmo, caso contrário perdemos espaço na vida pública e ganhamos consequên-cias péssimas para a nossa igreja. Somos mais numerosos estatisticamente, mas, temos a impressão de ser um gigante adormecido, apanhamos feio no resultado final das urnas, com relação outros grupos de interesse. Existe a bancada da bola, do boi, da bíblia, da bala, e até do gênero. Não poderí-amos ter uma bancada católica mais visível e atuante?

3. Então, por que não? – Nós sabemos, sim, o porquê, mas vamos reafirmá-lo, para termos a mesma linguagem en-tre nós, clero e fiéis leigos:

a) O motivo para um leigo cristão se candidatar não pode ser o interesse pelo poder ou o ganho pessoal, a vo-cação à política não pode estar nem mesmo atrelada aos

Eleições 2016Candidatos, Partidos e Programas visitam as nossas comunidades

interesses da Igreja. Se o bem comum, a caridade social, o horizonte amplo do serviço a todos não for o objetivo de um candidato cristão, não vai se diferenciar daqueles que se deixam corromper por vantagens de qualquer natureza. Será que os candidatos que se apresentam nas nossas comunida-des passariam por esse primeiro critério da vocação à políti-ca?

b) O presbítero, o ministro, o catequista, em sua função ministerial, falam sempre aquilo que Deus quer que se fale a todas as pessoas. Isso tem uma força de convicção muito grande. Não se usa o microfone, reuniões da comunidade, dependências da Igreja, condição de presbítero, diácono, mi-nistro, o que quer que seja, para privilegiar uma parte (par-tido) ou pessoa, em detrimento de outra. Isso cria divisão. Isso põe em risco a credibilidade da Palavra a quem servi-mos. As consciências mais débeis não distinguem o que é uma opinião pessoal do padre, daquilo que é verdade a ser acreditada. Ou dá motivos para duvidar ou não aceitar o que deve ser tido como verdade. Como pode o padre ser sinal de unidade se é ele mesmo quem divide?

c) Mas, então, o padre, o ministro, o catequista, como cidadãos, não pode ter sua opinião, não pode manifestá-la? Claro, como cidadão deve ter sua opinião bem formada. Pode manifestar aos amigos, sem problema. Mas não pode usar a função, o ministério. E um leigo, caso seja candidato, é bom que não fique em evidência. Que seja orientado para não ultrapassar esse limite.

d) As redes sociais merecem um cuidado especial, hoje em dia. Especialmente no caso dos padres, é bom lembrar: redes sociais são espaços públicos. Um simples banner pos-tado, ou uma opinião ou crítica, logo suscita resposta, quan-do não, conflitos e divisões. Evitar fotos com candidatos, dis-cussões públicas, identificação nos veículos, são sinais dessa postura construtiva e de respeito ao dom da unidade eclesial. Todo cuidado é pouco. A experiência mostra que as campa-nhas passam. As mágoas ficam por muitos anos, por vezes de forma irremediável.

e) Outro cuidado: as doações, favores e benefícios. Há comunidades que prometem votos a um candidato, em troca de alguma doação ou influência. Cuidado com a lei 9840, que foi uma conquista da nossa Igreja: a compra de voto não se caracteriza apenas pela distribuição de dinheiro ou cesta básica. Qualquer bem, ou favor, ou promessa pode ser objeto de punição.

f) Neste tempo de pré-candidatos, é bom alertar para o que significam as eleições proporcionais: há sempre o risco de se promo-ver um candidato da comu-nidade e ver depois os votos migrarem para outros que não são próximos nem com-prometidos com a Igreja, ou até contrários a ela.

g) E os debates, e reuni-ões com partidos no espaço da Igreja, isso pode? Ainda é cedo para essas atividades. Porém mais próximo das eleições é comum acontecer. As regras devem ser de co-mum acordo entre todos os partidos e em iguais condi-ções, é o que diz a lei.

4. O respeito à cons-ciência de cada eleitor, o cultivo da comunhão na co-munidade eclesial, a cons-cientização para a liberdade e a democracia, o respeito às leis e à igualdade de direitos, são valores que não podem ser negociados. Outros o fa-zem, por certo, mas isso não libera a nossa consciência para fazer o mesmo. Positi-vamente, defender valores, apresentar critérios, com-parar propostas com a ver-dade do evangelho, lançar sementes do Reino é tudo o que queremos. Que Deus nos ajude a ter prudência e amor.

Dom João Bosco, ofm e Colégio de Con-

sultores Diocesanos.

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TESTEMUNHO DA FÉ

“Ó Mãe e Rainha do Santo Rosário, Mãe Admi-rável, Mãe do Santuário! O mundo sem fé, na dor se consome, ajuda esse mundo com

o Terço dos Homens!” A cada semana, de Norte a Sul do território brasileiro, milhares de homens, reunidos em ora-ção, elevam à Virgem Maria este canto que, na simplicidade de suas palavras, traduz o amor e a devoção daqueles que são os “Homens do Terço”. Por meio do piedoso exercício do Santo Rosário e necessariamente por meio do intermédio de Maria Santíssima, uma crescente e considerável quantidade de homens tem aderido a este movimento, que teve a sua origem no dia 08 de Setembro de 1936 – Festa da Natividade de Nossa Senhora – na cidade de Itabi, em Sergipe.

Em 2007, no âmbito da V Conferência Geral do Episco-pado da América Latina e do Caribe, o Terço dos Homens sofreu uma junção ao Movimento Apostólico de Schoens-tatt, conhecido a nível nacional pela propagação da devoção à Mãe Rainha Três Vezes Admirável. Dessa junção resultou a atual configuração deste movimento.

Terço dos homens gera frutos para famílias e comunidades

A sua rápida propagação e os profícuos frutos obtidos nos vinte e sete estados do país asseguraram ao Movimento do Terço dos Homens, assim considerado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), um bispo referencial - Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora (MG). O movimento tem sido um importante canal de evangelização e um agente transformador da reali-dade eclesial em diversos locais do Brasil.

A quantidade reduzida de homens engajados na vida pas-toral em muitas paróquias e comunidades tem sido invertida graças à estreita colaboração do Terço. O Santuário Nacional de Aparecida tem promovido anualmente a Romaria Nacio-nal do movimento no quarto sábado de fevereiro, registran-do neste ano corrente a participação de 43 mil homens. Neste dia, inúmeros testemunhos de famílias e vidas reconduzidas à presença e ao senhorio de Deus comprovaram a eficácia e o bem que o Terço dos Homens tem produzido no país.

“A missão do Terço dos Homens é resgatar para o seio da Igreja de Cristo homens de todas as idades, pois a pre-

sença masculina na Igreja é imprescindível para a for-mação da família e de uma sociedade cristã. O Terço dos Homens é um exemplo de fé e devoção. A oração do Terço, além de nos con-duzir para a oração, leva-nos a meditar sobre os principais mistérios da Redenção que Cristo nos oferece” (Dom Gil Antônio Moreira). Na Diocese de Osasco, o Terço dos Homens está presente em paróquias das seis regi-ões pastorais.

Na Paróquia Nossa Se-nhora Aparecida, situada no bairro do Jardim Piratinin-ga, em Osasco, cujo pároco é o Pe. Rogério Lemos, o movimento do Terço exer-ce presença forte e dinâmi-ca na vida da comunidade paroquial. Com início em fevereiro de 2013, está ati-vamente presente nas três comunidades que integram a Paróquia, contando com a participação de aproxi-madamente 70 homens. Sempre uma hora antes das Missas dominicais e feriais, os homens do Terço encon-tram-se na Matriz e nas res-pectivas comunidades para juntos rezarem.

Além disso, contam com uma reunião mensal rea-lizada na 1ª Quarta-Feira. Desenvolvem trabalhos mis-sionários, rezando nas casas e levando consigo a imagem peregrina de São José. Re-centemente, adentraram a área livre do Jd. Previdên-cia, próxima à Igreja Matriz, evangelizando as famílias ali presentes durante uma semana. Ali, além de rezar, recolheram dados sobre a vida sacramental de cada fa-mília, auxiliando, dessa for-ma, a Paróquia, que poderá conceder atenção especial para aqueles que buscam de modo particular viver em plenitude a sua vida cristã.

Sem. Vinícius Soares3º. Ano Filosofia

Seminário Dioc. São José

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Guardiões do Andor

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IGREJA EM AÇÃO

Nos últimos tempos temos ouvido diversas expres-sões juvenis, tais como: “A juventude do Papa!”, “Aqui tem jovem, aqui tem fogo!” e tantas outras

que vão manifestando-se ao longo da história de nossa ju-ventude, e que nos convida a um olhar de ternura e amor. E, isso a Igreja tem feito ao ver a juventude com muito carinho, e por vezes declarou sua opção preferencial pelos jovens, re-conhecendo neles a vitalidade e a força que os identifica com o poder renovador do Evangelho de Cristo.

O Setor Juventude da Diocese de Osasco quer em comu-nhão com a Igreja do Brasil favorecer a evangelização da ju-ventude, acolher a contribuição trazida pelas diversas pasto-rais e movimentos de nossa diocese e formar um caminho profundo de comunhão e unidade, além de estabelecer uma união fraternal com todos em seus trabalhos e carismas. Por outro lado, constatamos que muitos jovens que fizeram a ex-periência com o Senhor Jesus são sinais vivos de amor de Deus, do amor que a Igreja tem pela juventude, e que, por-tanto, merece toda a nossa atenção diocesana.

Nossa diocese vem por meio do setor juventude articu-lando e dinamizando diversos trabalhos que trouxeram fru-tos para o desenvolvimento das nossas paróquias e comuni-dades de base, como: a criação do Encontro Diocesano de Crisma, que este ano comemorou sua segunda edição em parceria com a Comissão Bíblico Catequética, e que contou com mais de seis mil jovens, que com sua alegria e certeza de ser Igreja renovaram a sua fé. Também não posso deixar de mencionar o Congresso Diocesano da Juventude, que este ano teve a sua terceira edição, e que tem como objetivo re-fletir a situação de nossos jovens e sua atuação na sociedade.

Em meio a tantos acontecimentos e entusiasmo juvenil,

Um olhar de ternura e amor para os jovens

temos o Dia Nacional da Juventude que sempre ocorre no 3º domingo de outubro, e que tem como objetivo despertar a evangelização da juventude a partir de três eixos: missão, capacitação e estrutura de acompanhamento. Esses três ei-xos têm seus desdobramentos no evento Firmes na Fé, que está na sua 5ºedição, e que a cada ano vem percorrendo as regiões pastorais de nossa diocese, acompanhado da réplica da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude.

A Cruz e o Ícone são instrumentos fortes de fé para a nos-sa juventude, que a cada ano aguarda ansiosa para participar deste evento em comemoração ao Dia Nacional da Juven-tude. Há também aqueles que, emocionados pelo ícone de Nossa Senhora, são capazes de despertar em seus corações

a vida de oração e contem-plação a Maria Santíssima. O Firmes na Fé quer trazer a toda a Igreja diocesana este sinal de esperança de nossa juventude e dizer a cada jo-vem que Deus o ama.

Padre Marcelo Pereira da Silva

Assessor Diocesano para a Juventude

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IGREJA EM MISSÃO

A espiritualidade dos ministérios é trabalhada em três níveis: diocesano, regional e paroquial. No nível diocesano, acontece por meio da semana

ministerial, realizada simultaneamente em todas as regiões, no mês de novembro. A finalidade é rezar, informar e formar para atender os desafios pastorais de cada paróquia. Cada região tem um assessor padre, que atende os aspectos da es-piritualidade, do conteúdo teológico-pastoral e os caminhos para exercerem bem o ministério. No nível regional, são promovidos retiros para todos os ministérios, e cada região se organiza de acordo com sua demanda. Os retiros tem a missão de fazer com que cada ministro cresça na vida espi-ritual pessoal, pastoral e comunitária. Já no nível paroquial,

Ministros extraordinários chamados a participar da edificação do povo de Deus

Na Solenidade de Cristo Rei do Universo, em 22 de novembro, a Igreja no Brasil celebra a pre-sença e o testemunho dos fiéis leigos nas várias

comunidades espalhadas pelo nosso país. Segundo o docu-mento conciliar Lumen Gentium (Luz dos Povos), todo o leigo, por virtude dos dons que recebeu, é testemunha e, ao mesmo tempo, instrumento vivo na missão da própria Igreja “segundo a medida do dom de Cristo” (Ef 4,7). Neste senti-do, os fiéis leigos são chamados a participar ativamente da missão e da edificação do Povo Deus, numa comunhão com todos os membros do Corpo Místico de Cristo, segundo os diversos ministérios e carismas. Ao analisarmos a realidade em que vivemos, percebemos que é necessário ter presente a urgência e a importância da ação apostólica dos fiéis leigos em um mundo cada vez mais distante de Deus. Pelo batismo, o fiel leigo torna-se também responsável pela missão evan-gelizadora confiada por Jesus Cristo aos seus discípulos.

Atualmente, nossa Diocese conta com um serviço muito importante dos leigos em todas as suas paróquias e comuni-dades, especialmente por meio do ministério não ordenado. São muitas as pessoas que se dispõem a evangelizar e anun-ciar Jesus Cristo, respondendo ao apelo de Deus em favor da salvação da humanidade. Verdadeiramente, o ministério não ordenado confiado aos leigos é um exercício do sacer-dócio comum do Povo de Deus e testemunhamos continu-amente os frutos deste serviço em nossa Igreja particular de Osasco. Conscientes de sua cooperação junto aos ministros ordenados (Bispo, Padres e Diáconos), os ministros leigos representam em nossa Diocese um exemplo de amor a Cris-to e a Igreja.

Os ministérios leigos são orientados e desenvolvidos em três dimensões: Litúrgico Sacramental, Litúrgico Celebrante e Litúrgico Missionária. Na dimensão Litúrgico Sacramental são compreendidos os ministros que celebram os sacramen-tos do Batismo e Matrimônio. Entretanto, conforme a orien-tação das Diretrizes e Critérios 2015-2018, para indicação ou renovação dos ministros leigos, os batizados e matrimônios deverão ser administrados e assistidos apenas por ministros ordenados (diáconos, padres e bispo), devido a presença su-ficiente de sacerdotes para atender essa demanda.

Na dimensão Litúrgico Celebrante estão aqueles minis-tros extraordinários aos quais foram conferidos os ministé-rios de celebrar e anunciar a Palavra de Deus, de auxiliar na distribuição da Santa Comunhão aos fiéis e de demais ser-viços que costumam realizar em favor da assembleia. Estes são conhecidos como ministros extraordinários da palavra e ministros extraordinários da Santa Comunhão.

Por fim, na dimensão Litúrgico Missionária estão os mi-nistros dos enfermos que levam Santa Comunhão aos enfer-mos, e os ministros das exéquias, que celebram as exéquias nos velórios ou nas casas.

A cada três anos os párocos e as comunidades realizam a indicação dos novos ministros e também a renovação daque-les que já exercem o ministério. A Celebração do Mandato dos ministros leigos não ordenados para o triênio 2016-2018 acontecerá na Missa Diocesana de Cristo Rei do Universo, que será no Ginásio José Corrêa, em Barueri.

cada pároco se utiliza de uma dinâmica própria para incentivar os ministros, e na semana ministerial um dia é reservado para que o pároco se reúna com os ministros da paróquia para rezar e tra-tar os assuntos de sua reali-dade.

O Assessor Diocesano dos Ministérios Extraordi-nários, padre Flavio Silva dos Anjos, relata aconteci-

“Os fiéis leigos, em virtude do Batismo, são protagonistas na obra de evangelização e promoção humana.” Papa Francisco.

O zelo na missão da vida pastoral ministerial

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mentos que traduzem a importância do ministério leigo na vida da comunidade e da Igreja. Durante uma visita aos en-fermos, ele conta que encheu seu coração de alegria quando uma senhora lhe disse: ”Muito obrigado padre por nos per-mitir que esses anjos venham trazer a mim, Jesus na Eucaris-tia. É a minha única companhia. Todos sumiram, menos os meus anjos e Jesus”.

O padre falou também, da experiência vivida na reali-zação de exéquias, onde a presença majoritária não era dos parentes e amigos, mas sim, dos ministros da saúde e exé-quias. A família, assistida por cinco anos pela pastoral mi-nisterial, manifestou publicamente a gratidão. “Os dias de dores e sofrimentos foram aliviados pelos ministros que nos visitavam, rezavam, davam banho, comida e remédio para o nosso enfermo, nosso parente. Amigos não podiam, mas os ministros sempre puderam”, conta o padre.

A beleza e missão contidas no ministério estão cada vez mais esclarecidas também para os ministros, que hoje com-preendem melhor que o serviço vai além dos limites da igre-ja, mas alcançam aqueles que, por diferentes razões, estão distantes, seja pela enfermidade, idade ou por motivos vo-luntários.

Elenice Jorgeto de Souza é ministra extraordinária da Eu-caristia na Paróquia São José, na cidade de Mairinque. Ela considera que a importância do ministério vai além de auxi-liar o padre na Santa Missa, está em poder levar Jesus onde algumas pessoas não podem ir buscar. “ Seja um enfermo ou um idoso, é gratificante e muito importante poder assistir a pessoa menos favorecida, sendo o elo entre o fiel e a Igreja”, afirma Elenice.

Para Diego Silva da Rocha, ministro da Palavra na Paró-quia Imaculada Conceição, do Jardim Dracena (São Paulo), resume a vivência do ministério em três sentimentos: amor, por estar perto do Jesus Eucarístico e poder levá-lo às pesso-as; gratidão, por ter sido escolhido para ser instrumento de Deus; e a responsabilidade em ser modelo de cristão e levar Cristo por meio de atitudes para a comunidade. “Não adian-ta eu falar coisas bonitas, mostrar um Deus maravilhoso, di-zer o caminho que as pessoas precisam seguir,mas quando virar as costas, aquele mesmo fiel que ouviu as minhas pala-vras ver minhas atitudes todas diferentes”.

A Semana dos Ministérios de 2015 acontece em nova data, de 09 a 13 de novembro nas regiões pastorais.

IGREJA EM MISSÃO

Ministros extraordinários chamados a participar da edificação do povo de Deus

Pe. Flávio dos Anjos, Assessor Dioc. dos Minist. Extraordinários Diego Silva, Ministro da Palavra – Paróq. Imaculada ConceiçãoElenice Jorgete, Ministra da Eucaristia – Paróq. São José

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“Os fiéis leigos, em virtude do Batismo, são protagonistas na obra de evangelização e promoção humana.” Papa Francisco.

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A primeira missão do batizado é ser autêntico anunciador da verdade e da justiça; é ser fermen-to na massa e a dar gosto para o mundo que vive

na mesmice e numa vida claramente egocêntrica. Este mun-do precisa ver a face do amor, olhar a expressão salvífica em nossos rostos, de modo que possamos ser ponte da palavra aos que mais necessitam. E a Igreja vive dessa magnífica vo-cação: a vocação leiga, expressão de Cristo ao próximo, por meio do Sacramento do Batismo, impulsionada pela graça do Espírito Santo.

Nesse sentido, não se pode fechar os olhos, é preciso antes abri-los para enxergar os leigos como protagonistas da ação dos frutos da evangelização. É com eles que a Igreja parte para sua sublime missão de levar Jesus Cristo a todos os po-vos. Basta ouvir a voz da Igreja na Lumen Gentium, nº 51,

A vocação leiga e as novas formas de evangelizardizendo que o conjunto dos fiéis é chamado por Deus a con-tribuir, do interior, à maneira de fermento, para a santifica-ção do mundo, por meio do cumprimento do próprio dever, guiados pelo espirito evangélico.

A grande forma de evangelizar, então, é abraçar a nossa vocação, de modo a sermos portadores da palavra, levando a Igreja ao diálogo. O catecismo nos apresenta uma grande diretriz sobre a vocação leiga: “Os fiéis leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja: graças a eles a Igreja é o princípio vital da sociedade humana. Por isso, especialmen-te, eles devem ter uma consciência sempre mais clara, não somente de pertencerem à Igreja, mas de ser Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis na terra sob a direção do chefe co-mum, o Papa, e os bispos em comunhão com ele. Eles são Igreja”.(CIC 899)

É essa comunhão que nos une e nos faz Igreja plena em Jesus. A vocação leiga é ser Igreja, viver pela Igreja e viver com a Igreja. E, como Igreja, devemos olhar para as exigên-cias sociais que nos cercam, como São João Bosco dizia: “ser bom cristão e honesto cidadão”.

O Santo Padre, o Papa Francisco, nos exorta na Evangelii

VOCAÇÃO

Gaudium: “Saí para evange-lizar, a Igreja clama por vós! Sair de nós, para ir ao encon-tro do outro, o que nos atrai e nos une em Cristo Jesus, pois: “os leigos exercem sua missão profética também pela evangelização, isto é, pelo anúncio de Cristo Jesus feito por meio do testemu-nho de vida e pela palavra; nos leigos, esta evangeliza-ção adquire características especificas e eficácia pecu-liar, pelo fato de se realizar nas condições comum do século” (CIC 905) - como se pode ler ainda no Catecismo da Igreja Católica.

Por fim, a vocação é vi-ver o próprio Batismo para o caminho da santificação, anunciar e colaborar com uma civilização do amor, na responsabilidade de povo de Deus, fiel aos seus ensina-mentos. De tal maneira que não há vocação inferior, to-das são para a busca da sal-vação e da santificação. Por isso a vocação leiga é ser a face de Cristo no meio da humanidade. E que cada um de nós abrace o seu apos-tolado para brotar em nós, verdadeiras e frutuosas vo-cações, uma vez que todos somos chamados à santida-de!

Sem. Diego Medeiros

2º ano de Teologia do Seminário São José

“A vocação leiga é ser Igreja, viver pela Igreja e viver com a Igreja.”

Vocação do leigo consagrado: presença cristã na sociedade

Me chamo Renata Scalari Quintiliano, tenho 36 anos, participo da Paróquia Santa Isabel e sou membro do Instituto de vida secular consa-

grada Nossa Senhora da Anunciação. Nosso Instituto das “Anunciatinas” faz parte da família Paulina e foi fundado por Tiago Alberione em 1959 na Itália, somente para moças solteiras. As irmãs anunciatinas têm o objetivo e missão de testemunhar Jesus Cristo atuando na paróquia em suas di-versas pastorais. Estamos presentes em cinco países: Argen-tina, Itália, Peru, Colômbia e no Brasil, com 30 consagradas.

Vivemos com a nossa família ou sozinhas, com uma vida normal de trabalho e estudo. Professamos e nos comprome-

temos em viver os três votos: pobreza, obediência e castida-de. Temos o costume de nos reunir mensalmente em comu-nidade para momentos de reflexão, estudo e convivência.

Meu chamado aconteceu ainda criança, com aproxima-damente 5 anos de idade, quando já desejava ser freira. Com 15 anos, realizei algumas experiências em congregações re-ligiosas, discernindo a vocação com a ajuda dos encontros vocacionais. Refletindo, percebi que Deus pensava em outro projeto de vida pra mim. Participo do Instituto há três anos e em 2016 inicio o caminho em preparação para os votos perpétuos.

Os passos para a consagração no Instituto são: os encon-

tros vocacionais, o postulan-tado (período de aprofun-damento espiritual e estudo dos documentos da Igreja e do Instituto) e o noviciado, que é um tempo de prepara-ção para profissão perpétua dos votos de pobreza, obedi-ência e castidade.

Renata Scalari Quintiliano

www.paulinos.org.com

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FORMAÇÃO PERMANENTE

Por que a Igreja comemora o Dia dos Fiéis Defuntos?

A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos é ce-lebrada anualmente pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana e, está vinculada à Solenida-

de de Todos os Santos. Essas duas datas significativas cor-respondem à fé professada pela Igreja.

Na Solenidade de todos os Santos celebramos o mistério da Comunhão e participação plena dos fiéis na vida divina. Conforme a visão de São João no Apocalipse: “Depois disso, eis que vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados com vestes brancas e com palmas nas mãos. E, em alta voz, proclama-vam: ‘A Salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro!’” (Ap 7,9ss). Sendo assim, celebra-mos a comunhão dos Santos, dos que já participam da fe-licidade eterna. Já o dia de Finados é marcado por reunir inúmeros sentimentos em torno de uma mesma verdade. É o dia no qual celebramos e comemoramos aqueles que nos precederam no caminho para a eternidade.

Sabemos que a morte é uma realidade e certeza para cada pessoa, é um discurso natural que se destina a todo ser vivo. Porém, os sentimentos são esperança, reconhecimento, gra-tidão, saudade e fé na vida eterna. É neste sentido que nós cristãos somos chamados a professar a fé na vida eterna e na ressurreição, movidos não por qualquer esperança, mas em

Jesus Cristo, Senhor dos vivos e dos mortos.Este dia é fundamentado em várias passagens da Sagrada

Escritura, bem como na Tradição e no Magistério da Igre-ja. Desde os primeiros tempos – diz o Catecismo da Igreja Católica n. 1031 – “a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial, o Sacrifício Eucarístico, a fim de que purificados eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as es-molas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos”.

A oração pelos mortos é feita pela Igreja, porque se crê na vida eterna e na ressurreição. Uma das fundamentações bíblicas que move a esta prática de orar pelos mortos está no livro de 2 Macabeus que diz: “No dia seguinte, sendo já ur-gente a tarefa, partiram os homens de Judas, para recolherem os corpos dos que já haviam tombado, a fim de inumá-los junto com os seus parentes, nos túmulos de seus pais. Então encontraram, debaixo das túnicas de cada um dos mortos, objetos consagrados aos ídolos de Jâmnia, cujo uso da Lei vedava aos judeus. Tornou-se assim evidente, para todos que por esse motivo que eles sucumbiram. Todos, pois, tende bendito o modo do proceder do Senhor, justo Juiz que torna manifestas as coisas escondidas, puseram-se em oração para pedir que o pecado cometido fosse completamente cance-lado. De fato, se ele não esperasse que os que haviam su-cumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerava que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram a piedade, então era santo e piedoso seu modo de pensar”(cf. 2Mc 12,39ss.). Portanto, rezar pelos mortos é uma realidade já existente

“Somos chamados a professar a fé na vida eterna e na ressurreição”

antes da vinda do Messias, Cristo Jesus.

Por fim, entre as verdades relativas à vida e à morte, está a mais importante, ou seja, a Verdade da ressurrei-ção de Jesus e, n’Ele, a res-surreição de todos. Graças a Cristo, a morte tem um sentido positivo, como diz São Paulo: “Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1,21). Assim como Jesus Cristo ressuscitou dos mor-tos, todos nós ressuscitare-mos, no corpo e alma, para a vida eterna ou para a conde-nação eterna.

“Eu sou a ressurrei-ção e a vida. Quem crê em mim, ainda que te-nha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?” (João 11,25)

Sem. Thiago Wesley e Pe. Jorge Augusto

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FORMAÇÃO PERMANENTE

Anualmente a Igreja destina o mês de novembro para uma reflexão aprofundada sobre a dimensão de uma atitude de todo aquele que assume o com-

promisso batismal – o dízimo.Ao recebermos o Sacramento do Batismo somos inse-

ridos na comunidade dos discípulos de Jesus e assumimos levar a todos a alegria da Boa Nova para uma vida plena. A Igreja é o instrumento para que a vontade de Deus, anuncia-da pelo Cristo, aconteça na sociedade.

O dízimo é uma resposta concreta à proposta evangélica da caridade e partilha cristã. A gratidão com Deus por tudo

Dízimo: compromisso de fé!que nos dá e nos possibilita conseguir tem o sentido maior na disponibilidade de ajudar aqueles que pouco ou nada tem. O fruto do trabalho provê o sustento da família e as condições para se viver dignamente na sociedade. Participar de uma comunidade cristã é assumir compromissos com a caridade nas mais diversas formas de se exercê-la.

A Igreja tem uma missão religiosa e social delegada pelo próprio Cristo e, para que isso aconteça, precisa de estrutu-ras humanas e físicas. A Igreja precisa cada vez mais estar inserida na sociedade para concretizar essa missão.

A administração de uma paróquia hoje requer recursos para se conservarem os espaços internos de evangelização e do culto. Nossas igrejas precisam atender a legislação no que tange a segurança das edificações, a higiene, a regularização dos títulos de propriedade e outros requisitos dos poderes públicos para garantir a vida e a dignidade do povo que a frequenta. A evangelização via catequese em todas as ins-tâncias, as celebrações das missas, batizados, matrimônios e outros momentos celebrativos também requerem estruturas físicas mínimas para que aconteçam num clima de espiritu-alidade e conforto para as pessoas.

O sustento do padre e os funcionários da paróquia, as contas de água, luz, telefone, impostos, material de limpe-za, manutenção em geral (pinturas, elétrica, hidráulica, etc.), material litúrgico, dentre outras despesas são compromissos que os dizimistas assumem mensalmente. Uma contribuição esporádica ajuda muito, porém, sentimo-nos mais unidos à

comunidade quando a con-tribuição acontece de forma regular. O pouco de cada um torna-se o muito para man-ter as estruturas. Além disso, o dízimo possibilita também a contribuição à Cúria Dio-cesana e na formação dos futuros sacerdotes.

A comunidade paroquial ainda tem o compromisso social de ajudar os pobres, os idosos, doentes e suprir outras necessidades dos marginalizados pelo sistema social, já que muitas vezes o Estado não cumpre sua função de dividir de forma igualitária os bens de todos.

Lembremo-nos das pri-meiras comunidades cristãs (At 2, 42-47) que eram assí-duas aos ensinamentos dos apóstolos, exerciam a comu-nhão fraterna, partiam o pão e juntos oravam! Que o Bom Pastor ilumine e fortaleça a todos os que exercem aqui e agora o que o Filho de Deus nos ensinou.

Diácono Franco Abelardo

A nossa Semana de Fé e Compromisso Social

A afirmação do Papa “prefiro uma Igreja acidenta-da, ferida e enlameada por ter saído pelas estra-das a uma Igreja enferma pelo fechamento e pela

comodidade de se agarrar às próprias seguranças” (EG 49) soa talvez como novidade. Mas será que é mesmo? Sim e não.

Recordemos aquele quase paradoxo agostiniano, a bele-za sempre antiga e sempre nova que Agostinho tarde amou (cf. Confissões 10,38). Sair é constitutivo da nossa fé: Êxo-do, Páscoa, Ide e Anunciai, “Ite Missa est”, Santas Missões Populares, missão permanente, missão continental. A Igreja em saída é expressão continuada do próprio ser da Igreja de Cristo. Assim, o Papa nos lembra de uma beleza sempre an-tiga e que deve tornar-se sempre de novo nova.

O cristão é aquele que anda. Paulo emprega o verbo pe-

A Semana de Fé e Compromisso Social aconteceu dos dias 27 a 29 de outubro, com a presença de instituições sociais de diversas cidades da diocese. O evento teve como objetivo abor-dar a dimensão e os princípios concretos da evangelização.

ripatein (andar, passear, conduzir-se) mostrando o que deve ser a vida do cristão: “andai em amor” (Ef 5,2), “andai como filhos da luz” (Ef 5,8), “vede, pois, cuidadosamente como an-dais” (Ef 5, 15), “conduzi-vos pelo Espírito” (Gl 5,16). Para o apóstolo, o amor é um caminho superior a todos os outros (1Cor 12, 31). Caminho também é uma antiga designação do cristianismo; podemos encontrá-la nos Atos dos Apósto-los (cf. 9,2; 19,9; 22,4). Jesus, que sempre se pôs a caminho, apresenta-se como o caminho (Jo 14,6).

Nossa Semana de Fé e Compromisso Social quis ser ex-pressão também de um caminho, caminho já traçado por tantos, caminho ainda a se fazer. Ao unir aspecto teórico, princípios práticos e concretos com ações motivadas pela fé, queremos colocar-nos num caminho de conhecimento, fortalecimento e aprendizado. Como gente que somos, va-mos sentir saudade de realizações e passos já dados; como cristãos, vamos encher-nos de esperança, pois sabemos que podemos dar passos à frente.

Unir saudade e esperança com a verdade da vida - eis aí um chamado para nós hoje! Sem esta verdade, sem amor a Deus, ao nosso tempo e ao nosso povo, podemos sentir uma saudade que idealiza o passado e deixa de ter esperan-ça. Não tardemos em ter esperança, “a esperança que tarda deixa doente o coração” (Pr 13, 12). Lembremos que “uma fé autêntica – que nunca é cômoda nem individualista – com-porta sempre um profundo desejo de mudar o mundo” (EG 183). Louvado seja Deus pelo caminho que foi a nossa Se-

mana de Fé e Compromisso Social. Somos agradecidos por todos que caminharam conosco na alegria. A alegria do Senhor é a nossa força (Ne 8,10).

Padre Alexandre Pessoa Garcia

Coordenador do Setor Pastorais Sociais

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ploração das mulheres e a violência exercida sobre o seu corpo estão muitas vezes unidas ao aborto e à esterili-zação forçada”. Pede-se tam-bém uma maior valorização da responsabilidade femini-na na Igreja, com interven-ção nos processos de deci-são, participação no governo de algumas instituições e en-volvimento na formação do clero.

Sobre as crianças, o do-cumento entregue ao Papa ressalta a beleza da adoção e do acolhimento temporário, que “reconstroem relações familiares rompidas” e men-ciona também os viúvos, os portadores de deficiência, os idosos e os avós, que permi-tem a transmissão da fé nas famílias e devem ser prote-gidos da cultura do descarte. Também as pessoas não ca-sadas são lembradas por seu engajamento na Igreja e na sociedade.

Família, porto seguro

Enfim, o a Relatório su-blinha a beleza da família, Igreja doméstica baseada no casamento entre homem e mulher, porto seguro dos sentimentos mais profun-dos, único ponto de conexão numa época fragmentada, parte integrante da ecologia humana. Deve ser protegida, apoiada e encorajada.

Pedido ao Papa um documento sobre a

família

O documento se encerra com o pedido dos Padres Si-nodais ao Papa de um docu-mento sobre a família, indi-cando a perspectiva que ele deseja dar neste caminho.

PAPA FRANCISCO

XIV Sínodo Ordinário dos Bispos aponta caminho pastoral às famílias feridas

Com a autorização do Papa, foi publicado no dia 24 de outubro de 2015, o Relatório Final do XIV Sí-nodo ordinário sobre a Família. Composto de 94

parágrafos, votados singularmente, o documento foi aprova-do por maioria de 2/3, ou seja, sempre com o mínimo de 177 votos. Os padres sinodais presentes eram 265.

Indissolubilidade matrimonial

O Relatório define a doutrina da indissolubilidade do matrimônio sacramental como uma verdade fundada em Cristo, mas ressalva que verdade e misericórdia convergem em Cristo e, portanto, convida ao acolhimento das famílias feridas. Os padres sinodais reiteram que os divorciados re-casados não são excomungados e reafirmam que os pastores devem usar o discernimento para analisar as situações fami-liares mais complexas. O ponto 84 explica que a participação nas comunidades dos casais em segunda união pode se ex-pressar em diferentes serviços: “Deve-se discernir quais for-mas de exclusão atualmente praticadas nos âmbitos litúrgi-co, pastoral, educativo e institucional podem ser superadas”.

Discernimento

À situação específica dos casais em segunda união, o pon-to 86 do documento faz referência a um percurso de acom-panhamento e de discernimento espiritual com um sacerdo-

te, pois a ninguém pode ser negada a misericórdia de Deus. Neste sentido, “para favorecer e aumentar a participação destes fiéis na vida da Igreja, devem ser asseguradas as con-dições de humildade, discrição, amor à Igreja e a seu ensina-mento, na busca sincera da vontade de Deus e no desejo de dar uma resposta a ela”.

Em relação ao crescente fenômeno dos casais que convi-vem antes de se casar ou depois de um matrimônio sacra-mental, é uma situação que deve ser enfrentada de maneira construtiva e vista como uma oportunidade de conversão para a plenitude do matrimônio e da família, à luz do Evan-gelho.

Pessoas homossexuais e uniões homossexuais

Pessoas homossexuais não podem ser discriminadas, mas a Igreja é contrária às uniões entre pessoas do mesmo sexo. O Sínodo julga também inaceitável que as Igrejas locais so-fram pressões neste campo e que organismos internacionais condicionem ajudas financeiras aos países pobres à introdu-ção do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo.

Valorizar a mulher, tutelar crianças e idosos

Os padres sinodais condenaram a discriminação contra mulheres em todo o mundo, incluindo a penalização da maternidade. Em relação à violência, ressaltam que “a ex-

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Leia na íntegra:

www.diocesedeosasco.com.br

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PROGRAME-SE

O Santo Padre promul-gou no dia 11 de abril de 2015 a Bula de Pro-

clamação do Jubileu Extraor-dinário da Misericórdia a ser celebrado em Roma e em to-das as Dioceses do mundo. O Papa Francisco dará início a este Jubileu com a abertura da Porta Santa em Roma, no

dia 8 de dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Con-

ceição. Em seguida, cada Diocese fixará uma data para realizar a aber-

tura da Porta Santa. O jubileu se esten-derá até o dia 20 de novembro de 2016, so-

lenidade de Cristo Rei. Assim, o Papa convoca a Igreja toda a celebrar um Jubileu, precisamente sobre a Misericórdia, e não deseja que seja celebrado só em Roma, mas em cada uma das Dioceses do mundo todo.

A abertura deste Jubileu coincidirá com o cinquentenário do encerramento do Concílio Vaticano II, que aconteceu em 1965, e reveste este Ano Santo de um significado especial, encorajando a Igreja a prosseguir a obra iniciada no Concí-lio.

O lema do Ano Santo da Misericórdia é: “Misericordio-sos como o Pai”, e foi tirado do evangelho de São Lucas no Sermão da Montanha (Lc 6,20-49). A celebração do Jubi-leu está cercada de sinais e acontecimentos. Eis alguns que o Papa Francisco na Misericordiae Vultus nos apresenta:

• A Porta da Misericórdia que o Papa Francisco vai abrir em Roma na Festa da Imaculada Conceição e que será aberta aqui na Diocese de Osasco, na Catedral Santo Antô-nio, por Dom João Bosco, nosso bispo diocesano em 11 de dezembro de 2015, com uma Santa Missa às 20h.

• A realização das 24 horas para o Senhor, que consis-tirá no atendimento ininterrupto durante 24 horas dos fiéis que desejarem se confessar. Este evento está marcado para os dias 04 e 05 de março de 2016.

• As peregrinações que os fiéis são chamados a realizar nesse período, de modo especial, ao local onde se encon-tra a Porta da Misericórdia. Ao passar por ela, deixar-se-ão abraçar pela misericórdia do Pai como na Parábola do Pai Misericordioso (Lc 15,11ss), que abraça o Filho que saiu de casa.

• O esforço que cada fiel deve fazer para praticar as obras de misericórdia corporal e espiritual. Assim diz o Papa: “Redescubramos as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não nos esqueçamos das obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pesso-as molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos” (MV 15).

Por fim, no número 24 da Misericordiae Vultus o Papa lembra de Maria, a Mãe da Misericórdia e nos convida a di-rigirmo-nos a ela pedindo-lhe que não se canse de “volver

É tempo de tratar as feridas com o olhar da Misericórdia

para nós os seus olhos misericordiosos” e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus. Nos re-corda também o Papa de Santa Faustina Kowalska, a “grande apóstola da Misericórdia”; ela que foi chamada a entrar nas profundezas da misericórdia divina, interceda por nós e nos obtenha a graça de viver e caminhar sempre no perdão de Deus e na confiança inabalável do seu amor.

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Calendário do Ano da Misericórdia

201511/12/15

Abertura do Ano da Misericórdia – Catedral

com a abertura da Porta da Misericórdia – 20h

2016Fevereiro

Jubileu dos Religiosos04 e 05 de março

24 horas para o Senhor com atendimento ininterrupto de

confissões07/05

Jubileu das famílias na Romaria Diocesana à Aparecida do Norte

01 a 13/06Trezena de Santo Antônio –

Santo da Misericórdia20 e 21/08

Jubileu dos sacerdotes e Jovens no Comvocação

OutubroJubileu dos Idosos

20/11Encerramento do Ano da Misericórdia na Festa de Cristo Rei do Universo

Agenda Diocesana

9 a 13/11Semana dos Ministérios nas regiões (*nova data,

devido a alteração do calendário diocesano)

13 a 15/11Retiro Coord. Catequese –

CTE São Roque 14/11

4º Acolhei-vos – Pastoral da Acolhida – Paróquia

São Lucas15/11

14º EDIAM –Encontro Diocesano da IAM –

Centro Pastoral 22/11

Solenidade de Cristo Rei do Universo – Ginásio José

Corrêa – Barueri24 a 26/11

Formação Permanente do Clero01/12

52° Aniversário de Ordenação Sacerdotal de

D. Ercílio Turco03/12

Missa Diocesana - 171 anos do Apostolado de

Oração08/12

Aniversário Natalício de D. João Bosco