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cupações comuns sobre as ameaças cons- tantes e crescentes à biodiversidade do nosso planeta, e uma forma de envolvermos um número cada vez maior de elementos da comunidade estudantil. São os jovens que poderão marcar a diferença, numa época em que a preserva- ção da biodiversidade (natural e cultural) é uma luta diária. Esperamos, por isso, con- tribuir para a sua consciencialização e mobilização. Maria Margarida Pereira Coordenadora de Curso de Biologia 2010Ano Internacional da Biodiversidade Num ano que pretende ser um marco na problemática da conservação da bio- diversidade, os alunos do curso de licen- ciatura em Biologia (da Escola Superior Agrária de Beja) pretenderam contri- buir, de forma activa, para a divulgação desta preocupação global e criar uma plataforma de discussão e divulgação de iniciativas, aberta a toda a comunidade estudantil. Surgiu, assim, o Bioletter , em duas versões: o jornal e blog. Este é um contributo, sem dúvida modesto, face à dimensão do problema de perda de biodiversidade que ameaça o planeta Terra e, consequentemente, a espécie humana, tão dependente dos recursos naturais, ainda que, negada ou minorada por muitos “poderes” da nossa sociedade global. É no entanto, uma forma de nos jun- tarmos à “aldeia global” que partilha preo- EDITORIAL A Opinião de ….. Há décadas que investigadores e divulgadores andam a tentar mostrar à sociedade a importância e o valor económico que dependem dos bens e serviços fornecidos pela diversidade biológica, nos seus diferentes níveis de organização funcional e, em particular, nos ecossistemas. Não foi fácil porém pregar esta evidência que, geralmente encontrava no valor intrínseco o seu mais alto reconhecimento. Com efeito, as sociedades desenvolvidas, na melhor das hipóteses, lá foram con- cedendo o chamado direito à existência da biodiversidade, em nome do valor universal do conceito de vida. É o clássico valor espiritual da biodiversidade, bem reconhecido mas sem expressão de mercado, logo muitas vezes ignorado quando se trata de proceder a avaliações e definição de estratégias. As alterações climáticas e a mudança global são factores decisivos para esta mudança. Passou a ser fácil entender que a perda de biodiversidade não é apenas o usual folclore associado aquelas espécies emblemáticas com que se foi construindo o ambientalismo idealista do século XX. Os actores agora são outros. Bancos, multinacionais ligadas à produção, seguros, governos, vêm juntar-se aos militantes de sempre. Hoje a biodiversidade é encarada de forma séria pelo mercado, que procura então aprender como assegurar uma posição privilegiada neste sector. Finalmente parece que a biodiversidade pode ser traduzida em Euros ou dólares. Aliás é essa a medida que deveria se utilizada para avaliar as suas fun- ções prestadas no turismo, na regulação climática, na depuração de contaminações, ou no fornecimento de matérias primas utilizadas desde a alimentação à farmacêutica, com toda a explosão que as biotec- nologias estão a sugerir neste início de novo século. É tempo de procurar, não só conhecer e avaliar o valor objectivo da biodiversidade, mas sobretudo integrá-lo na equação que mede o desenvolvimento, seja ele o de uma empresa, região, ou de um país. Portugal tem na biodiversidade, uma nova oportunidade. O sucesso da afirmação de uma posição privilegiada requer decisões urgentes e coerentes. Precisamos de conhecimento e inovação. Isso impli- ca, no que diz respeito à I & D, na área da conservação da natureza e biodiversidade, que se definam estratégias e compromissos que mudem rapidamente o paradigma ao estilo: “de projecto em projecto”, para uma verdadeira linha de ID&T sobre a biodiversidade a médio e longo prazo. Uma ID&T que dispo- nibilize informação segura de apoio à decisão e gestão do recurso biodiversidade. António Domingos Abreu Bastonário da Ordem dos Biólogos Jornal do Curso de Biologia Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Beja BioLetter Editorial A Opinião de …. Links úteis Próximas Activida- des Nesta Edição( Workshop de Cogume- los Silvestres 2 Craig Venter volta a dar cartas 3 Pólo Ictiológico do Gua- diana 3 Biólogos da ESAB na Europa 4 António Domingos Abreu, Bastonário da Ordem dos Biólogos Nº 1/2010: Março/Abril

BioLetter - IPBeja · Nº 1/2010: Março/Abril Página 3 não são detectadas por estas paragens algumas há já deze-nas de anos, como o esturjão, famoso pelas características

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Page 1: BioLetter - IPBeja · Nº 1/2010: Março/Abril Página 3 não são detectadas por estas paragens algumas há já deze-nas de anos, como o esturjão, famoso pelas características

cupações comuns sobre as ameaças cons-

tantes e crescentes à biodiversidade do

nosso planeta, e uma forma de envolvermos

um número cada vez maior de elementos da

comunidade estudantil.

São os jovens que poderão marcar a

diferença, numa época em que a preserva-

ção da biodiversidade (natural e cultural) é

uma luta diária. Esperamos, por isso, con-

tribuir para a sua consciencialização e

mobilização.

Maria Margarida Pereira

Coordenadora de Curso de Biologia

2010— Ano Internacional da

Biodiversidade

Num ano que pretende ser um marco

na problemática da conservação da bio-

diversidade, os alunos do curso de licen-

ciatura em Biologia (da Escola Superior

Agrária de Beja) pretenderam contri-

buir, de forma activa, para a divulgação

desta preocupação global e criar uma

plataforma de discussão e divulgação de

iniciativas, aberta a toda a comunidade

estudantil. Surgiu, assim, o Bioletter , em

duas versões: o jornal e blog.

Este é um contributo, sem dúvida

modesto, face à dimensão do problema de

perda de biodiversidade que ameaça o

planeta Terra e, consequentemente, a

espécie humana, tão dependente dos

recursos naturais, ainda que, negada ou

minorada por muitos “poderes” da nossa

sociedade global.

É no entanto, uma forma de nos jun-

tarmos à “aldeia global” que partilha preo-

EDITORIAL

A Opinião de ….. Há décadas que investigadores e divulgadores andam a tentar mostrar à sociedade a importância e

o valor económico que dependem dos bens e serviços fornecidos pela diversidade biológica, nos seus

diferentes níveis de organização funcional e, em particular, nos ecossistemas.

Não foi fácil porém pregar esta evidência que, geralmente encontrava no valor intrínseco o seu mais

alto reconhecimento. Com efeito, as sociedades desenvolvidas, na melhor das hipóteses, lá foram con-

cedendo o chamado direito à existência da biodiversidade, em nome do valor universal do conceito de

vida. É o clássico valor espiritual da biodiversidade, bem reconhecido mas sem expressão de mercado,

logo muitas vezes ignorado quando se trata de proceder a avaliações e definição de estratégias.

As alterações climáticas e a mudança global são factores decisivos para esta mudança. Passou a ser

fácil entender que a perda de biodiversidade não é apenas o usual folclore associado aquelas espécies

emblemáticas com que se foi construindo o ambientalismo idealista do século XX. Os actores agora são

outros. Bancos, multinacionais ligadas à produção, seguros, governos, vêm juntar-se aos militantes de

sempre. Hoje a biodiversidade é encarada de forma séria pelo mercado, que procura então aprender

como assegurar uma posição privilegiada neste sector. Finalmente parece que a biodiversidade pode ser

traduzida em Euros ou dólares. Aliás é essa a medida que deveria se utilizada para avaliar as suas fun-

ções prestadas no turismo, na regulação climática, na depuração de contaminações, ou no fornecimento

de matérias primas utilizadas desde a alimentação à farmacêutica, com toda a explosão que as biotec-

nologias estão a sugerir neste início de novo século.

É tempo de procurar, não só conhecer e avaliar o valor objectivo da biodiversidade, mas sobretudo

integrá-lo na equação que mede o desenvolvimento, seja ele o de uma empresa, região, ou de um país.

Portugal tem na biodiversidade, uma nova oportunidade. O sucesso da afirmação de uma posição

privilegiada requer decisões urgentes e coerentes. Precisamos de conhecimento e inovação. Isso impli-

ca, no que diz respeito à I & D, na área da conservação da natureza e biodiversidade, que se definam

estratégias e compromissos que mudem rapidamente o paradigma ao estilo: “de projecto em projecto”,

para uma verdadeira linha de ID&T sobre a biodiversidade a médio e longo prazo. Uma ID&T que dispo-

nibilize informação segura de apoio à decisão e gestão do recurso biodiversidade.

António Domingos Abreu

Bastonário da Ordem dos Biólogos

Jornal do Curso de Biologia

Escola Superior Agrária

Instituto Politécnico de Beja

BioLetter

Editorial

A Opinião de ….

Links úteis

Próximas Activida-

des

Nesta Edição(

Workshop de Cogume-

los Silvestres 2

Craig Venter volta a dar

cartas 3

Pólo Ictiológico do Gua-

diana

3

Biólogos da ESAB na

Europa 4

António Domingos Abreu, Bastonário da Ordem dos Biólogos

Nº 1/2010: Março/Abril

Page 2: BioLetter - IPBeja · Nº 1/2010: Março/Abril Página 3 não são detectadas por estas paragens algumas há já deze-nas de anos, como o esturjão, famoso pelas características

Aproveitando o ano inter-

nacional sobre a biodiversida-

de, não nos podemos esquecer

de todos os organismos vivos

que habitam o planeta Terra.

Os fungos não foram esqueci-

dos, e como tal, foi realizado

um workshop sobre cogumelos

silvestres no Ecocentro de

Compostagem Caseira, em

Gasparões, Ferreira do Alen-

tejo, com objectivo de dar a

conhecer a enorme diversida-

de de cogumelos que emergem

em solos nacionais e sensibili-

zar os participantes para a

importância dos fungos nos

ecossistemas e preservação

dos nossos recursos micológi-

cos. Com a colaboração

imprescindível dos biólogos e

oradores do Centro de Estu-

dos da Avifauna Ibérica, Car-

los Vila-Viçosa e Luís Morga-

do, no passado dia 06 de

Fevereiro de 2010, pelas

10h00, deu-se inicio ao work-

shop de cogumelos, Como

tema de abertura, iniciação à

micologia e morfologia de

cogumelos, onde Luís Morgado

abordou os temas sobre graus

taxonómicos, as característi-

cas dos fungos e caracteriza-

ção das estruturas morfológi-

cas, identificação de macro-

fungos, identificação e taxo-

nomia de cogumelos.

Workshop de Cogumelos Silvestres

abordou temas sobre ecologia

e habitats, gestão do recurso

micológico, a importância eco-

lógica e sócio- económica do

recurso. Foram feitas reco-

lhas de esporos (esporadas),

dos cogumelos colhidos no

campo. e observações de

estruturas do cogumelo ao

microscópio.

Com a chegada da primave-

ra e melhoria de condições

climatéricas, aguardam-nos

mais saídas micológicas, tal

como outro tipo de activida-

des a realizar no Ecocentro.

Agradecimentos: Associação

de Estudantes da ESAB, Ins-

tituto Politécnico e Direcção

da Escola Agrária, EC3-

Ecocentro de Compostagem

Caseira, Carlos Vila-Viçosa,

Luís Morgado, e a todos os

participantes no workshop.

Texto/ Fotos: Miguel Capela.

Depois de um reforço

energético, seguiu-se a saída

de campo, onde se colheu,

observou e identificou os

cogumelos que ali surgiam,

num típico montado alenteja-

no. Apesar de não haver muita

quantidade de cogumelos, a

variedade era imensa, o que

foi bastante positivo para os

participantes.

De regresso ao Ecocentro,

Carlos Vila-Viçosa falou sobre

os recursos micológicos e

“Há quem passe pelo bosque e

só veja lenha para a fogueira”

Leon Tolstoi

Página 2 BioLetter

Foto3 (à esquerda): Russula ssp;

Foto4 (à direita): Clathrus ruber.

Foto 5 (em baixo): Montado.

Foto2: Amanita muscaria

Nem todos os cogumelos são

comestíveis: se for parecido

com os que costuma apanhar,

mas se lhe falta alguns aspec-

tos característicos da espé-

cie, e se não tiver a certeza,

não arrisque. O cogumelo

fará mais falta na natureza

do que no seu prato.

h t t p : / / w w w . d b i o . u e v o r a . p t /

ectoiberica/GUME/

http://

miscara.blogspot.com/2007/08/

associao-micolgica -marifusa.html

http://www.fungos.net/

Foto1: Pleurotus ostreatus.

Cogumelos comestíveis já

são comercial izados, depois

de emergirem do saco,

estão prontos a ser colhi-

dos e cozinhados.

http://www.youtube.com/

watch?

v=4r6qiJoT0ps&feature=player

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Page 3: BioLetter - IPBeja · Nº 1/2010: Março/Abril Página 3 não são detectadas por estas paragens algumas há já deze-nas de anos, como o esturjão, famoso pelas características

Nº 1/2010: Março/Abril Página 3

não são detectadas por estas

paragens algumas há já deze-

nas de anos, como o esturjão,

famoso pelas características

gastronómicas das suas ovas

(caviar).

A promoção deste centro

está a cargo do Instituto da

Conservação da Natureza e

Biodiversidade (ICNB), com o

apoio da Câmara Municipal de

Mértola e da EDIA, empresa

Vai ser criado pólo dedicado

aos peixes do rio Guadiana

em Mértola

Mértola foi escolhida

para acolher o pólo ictiológico

do Guadiana, ou seja, um cen-

tro onde serão expostas e

estudadas espécies de peixes

originárias daquele rio, algu-

mas delas em risco de extin-

ção, como por exemplo o

Saramugo, e outras que já

que gere o projecto Alqueva,

e uma das grandes dinamiza-

doras do Baixo Alentejo.

Prevê-se que comece a

funcionar em 2011. Numa

próxima edição vamos tentar

aprofundar este tema junto

de algum dos responsáveis

pelo projecto.

Texto de Ivo Monteiro

Aluno do 2º ano de Biologia

Polo Ictiológico do Guadiana

revistas científicas afirmam

que a investigação abriu cami-

nho ao estudo do património

genético individual, para

alcançar uma medicina perso-

nalizada.

Indiferente a tudo isto,

John Craig Venter está, des-

de 2003 ,a dar a volta ao

mundo a bordo do navio Sor-

cerer II, ao estilo de

“Charles Darwin e a origem

das espécies”. O cientista

está convencido de que no

fundo dos oceanos estará a

chave para a criação de fár-

macos ajustáveis ao ADN de

cada um. Mas o seu principal

objectivo é descobrir um

novo combustível, sem emis-

sões de CO2. Venter montou

um laboratório a bordo do

navio onde junta amostras de

água que vai recolhendo dos

locais por onde passa. O

objectivo? Sequenciar o

genoma de milhões de micror-

ganismos, esperando encon-

trar, em alguns deles, uma

bactéria capaz de transfor-

mar a luz solar em energia

limpa.

O cientista esteve nos

Açores em 2009 e andará

pelo Mediterrâneo em 2010.

Se os prazos se cumprirem,

acabará a sua aventura no

final do ano. Esperamos assim

que a viagem seja frutuosa e

que em poucos anos tenhamos

combustível sem emissões de

CO2.

Texto de Eunice Santos

Aluno do 2º ano de Biologia

Craig Venter volta a dar cartas O nome Craig Venter poderá

não ser estranho ao ouvido.

Isto deve-se ao facto de

este cientista ter descodifi-

cado o genoma humano de

uma só pessoa - ele próprio.

Esta investigação foi bas-

tante criticada devido aos

elevados custos (dezenas de

milhares de dólares) envolvi-

dos nesta técnica de decifra-

gem e ainda ao facto de “os

resultados obtidos sobre a

variabilidade do genoma

humano são interessantes

mas, por si só não trazem

nada de novo sobre o conheci-

mento de doenças genéticas”,

comentou o director da

Génescope (Centro Francês

de Genética Molecular) à

France Press.

Apesar das críticas as Pensamentos e

reflexões

"Há um tempo em que

é preciso abandonar as

roupas usadas que já

têm a forma do nosso

corpo e esquecer os

nossos caminhos que

nos levam sempre aos

mesmos lugares. É o

tempo da travessia e,

se não ousarmos fazê-

la, teremos ficado, para

sempre, à margem de

nós mesmos."

Fernando Pessoa Nova ameaça no rio Guadiana De acordo com informações

fornecidas pelo nosso colabora-

dor em Mértola, o biólogo Carlos

Carrapato, no dia 7 de Feverei-

ro de 2010, foram capturados 2

indivíduos da espécie Lúcioperca

(Sander lucioperca) no Rio Gua-

diana.

Esta é uma espécie invasora

natural da Europa Central, que

foi introduzida na década de

70, numa bacia hidrográfica da

Catalunha (Espanha), .

A Portugal esta ameaça

apenas chegou há cerca de 10

anos, sendo detectado primeira-

mente no rio Ave.

A chegada desta espécie ao

Guadiana, representa uma amea-

ça a várias outras espécies,

algumas delas endémicas e em

risco, como o Saramugo

(Anaecypris hispanica), ou

comercialmente importantes

como o Sável (Alosa alosa), visto

o Lucioperca ser uma espécie

carnívora que se alimenta quase

exclusivamente de peixes,

podendo atingir 60 cm de com-

primento.

Texto de Ivo Monteiro e

Carlos Carrapato

Fonte

“elproyectomatriz.wordpres

s.com”

Sabia que…

Craig Venter foi surfista na sua

juventude e passou pela Guerra

do Vietname, onde foi

paramédico no hospital de

campanha ?

Sander lucioperca

Foto: Miguel Capela

Page 4: BioLetter - IPBeja · Nº 1/2010: Março/Abril Página 3 não são detectadas por estas paragens algumas há já deze-nas de anos, como o esturjão, famoso pelas características

IMPORTANTE

No dia 5 de Maio vai realizar-

se, na Escola Superior Agrária de Beja, um Seminário para assi-nalar o Ano Internacional da Biodiversidade.

As inscrições são gratuitas e devem ser enviadas para o nosso mail :

[email protected] Mais informações na próxima

BioLetter e também no blog.

15 a 19 Março: Avaliação do Impacte Ambiental. Organização: LPN, Lisboa.

http://projectos.lpn.pt/formacaohttp://projectos.lpn.pt/formacao

20/ Março: Vamos limpar Portugal ! Para se inscrever no PLP, registe-se em http://

limparportugal.ning.com

20 Março a Junho: Workshop “2010 Biodiversidade”. Local : Jardim Zoológico de Lisboa.

http://www.zoo.pt

22/Março: 10.º Congresso da Água. Local: Hotel Pestana Alvor Praia; http://www.aprh.pt/

congressoagua2010

27 e 28 Março: IV Jornadas da Biologia da Conservação. Local: Campo Maior. Mais informa-

ções: [email protected]

2 a 4 de Abril: Identificação de Aves Marinhas e sua Observação em Portugal. Organização:

SPEA. Contacto para mais informações: [email protected]

10 e 11 Abril: Fotografia da Natureza em Castro Verde II. Local: Castro Verde. Organização:

LPN. http://projectos.lpn.pt/formacaohttp://projectos.lpn.pt/formacao

Próximas Actividades .....para Março/Abril

Eunice Santos

Ivo Monteiro

Miguel Capela

Comissão Técnico-Científica e Pedagógica do curso de Biologia

Correio electrónico: [email protected]

Redacção

Organização

Este pequeno jornal digital pretende ser um elemento de ligação interactiva entre os alunos do Curso de licenciatura em Biolo-gia da Escola Superior Agrária de Beja e a comunidade estudantil e profissional com interesses na área da conservação da natureza. Contamos, por isso, com a colaboração de todos os interes-sados e aguardamos, com expec-tativa, notícias, sugestões e informações que nos queiram enviar. Só com a colaboração exter-na é possível alcançar os objecti-vos a que nos propusemos com a criação da BioLetter. As vossas contribuições podem ser enviadas para o mail : [email protected] em ficheiro Word, e com identifi-cação dos autores.

PARTICIPEM !

Links úteis

Biólogos da ESAB na Europa

http://ambiente.maiadigital.pt/educacao-

ambiental

http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/

http://www.naturlink.sapo.pt

http://www.quercus.pt/scid/webquercus/

http://www.ceai.pt http://www.lpn.pt/

http://www.e-escola.pt/canal.asp?nome=biologia

http://www.ordembiologos.pt

http://www.johnkyrk.com/index.pt.html http://speco.fc.ul.pt http://www.iucn.org

ESTAMOS TAMBÉM NO FACEBOOK

E EM http://biologiaipb.blogspot.com

Duas antigas alunas do curso de Biologia vão iniciar,

em Março, estágios profissionais, em Itália e na

República Checa, ao abrigo do programa Leonardo da

Vinci. Resolvemos conhecer as expectativas de Lia

Valido antes da partida.

BioLetter: Como tiveste conhecimento deste programa de estágios?

Lia: Tomei conhecimento do Programa Leonardo da Vinci o ano passado, mas a

parceria deste ano com o IPB foi através de uma amiga ex-aluna, que por sua

vez foi informada por uma professora da Escola Superior Agrária.

B.: Para que locais e instituições vais estagiar?

L.: Vou estar 6 meses a viver no centro de Praga, República Checa e fui aceite

para estagiar no Departamento de Hidrobiologia e Limnologia, pertencente à

Faculdade de Ciências da Universidade de Charles.

B.: Que tipo de trabalho (ou áreas) vais desenvolver?

L.:Apesar de ainda não estar definido o tema especifico, escolhi a Limnologia

como área principal de trabalhos, sendo esta uma área com grandes avanços na

faculdade. Espero fazer parte de um projecto já a decorrer e que se prolonga-

rá até 2013.

B.: Quais as expectativas que levas? Que benefícios esperas recolher

desta experiência?

L.: Primeiro que tudo, espero adaptar-me facilmente à cultura, linguagem e ao

clima. Depois, sem dúvida, os benefícios virão ao enriquecer conhecimentos

na área que gosto, com pessoas já destacadas no tema, e evoluir aprendendo

com o sistema de ensino e funcionamento de uma faculdade estrangeira. Por

último, não só concretizar um trabalho experimental, útil de modo a ser publi-

cado, mas que também possa ser aproveitado para projectos ou estudos no

meu país. Por outro lado, seriam opções a considerar, se no futuro ocorrer

uma oportunidade de tirar um mestrado ou até mesmo trabalhar em Praga.

Entrevista realizada por:

Doutora Margarida Pereira