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Biologia - Caderno do Professor - Volume 1
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1a SRIE ENSINO MDIOCaderno do ProfessorVolume 1
BIOLOGIACincias da Natureza
MATERIAL DE APOIO AOCURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
BIOLOGIAENSINO MDIO
1a SRIEVOLUME 1
Nova edio
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAO
So Paulo
Governo do Estado de So Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretrio da Educao
Herman Voorwald
Secretrio-Adjunto
Joo Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretria de Articulao Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formao e Aperfeioamento dos Professores EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gesto da Educao Bsica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gesto de Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informao, Monitoramento e Avaliao
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assuno
Coordenadora de Infraestrutura e Servios Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Oramento e Finanas
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo sente-se honrada em t-los como colabo-
radores nesta nova edio do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e anlises que
permitiram consolidar a articulao do currculo proposto com aquele em ao nas salas de aula
de todo o Estado de So Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analtico e crtico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currculo. Essa ao, efetivada por meio do programa Educao
Compromisso de So Paulo, de fundamental importncia para a Pasta, que despende, neste pro-
grama, seus maiores esforos ao intensicar aes de avaliao e monitoramento da utilizao dos
diferentes materiais de apoio implementao do currculo e ao empregar o Caderno nas aes de
formao de professores e gestores da rede de ensino. Alm disso, rma seu dever com a busca por
uma educao paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do
material do So Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enm, o Caderno do Professor, criado pelo programa So Paulo faz Escola, apresenta orien-
taes didtico-pedaggicas e traz como base o contedo do Currculo 0cial do Estado de So
Paulo, que pode ser utilizado como complemento .atriz Curricular. 0bservem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessrias,
dependendo do seu planejamento e da adequao da proposta de ensino deste material realidade
da sua escola e de seus alunos. 0 Caderno tem a proposio de apoi-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competncias e habilidades necessrias que comportam
a construo do saber e a apropriao dos contedos das disciplinas, alm de permitir uma avalia-
o constante, por parte dos docentes, das prticas metodolgicas em sala de aula, objetivando a
diversicao do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedaggico.
Revigoram-se assim os esforos desta Secretaria no sentido de apoi-los e mobiliz-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofcio de ensinar
e elevar nossos discentes categoria de protagonistas de sua histria.
Contamos com nosso Magistrio para a efetiva, contnua e renovada implementao do currculo.
Bom trabalho!
Herman VoorwaldSecretrio da Educao do Estado de So Paulo
Orientao sobre os contedos do Caderno 5
Tema A interdependncia da vida Os seres vivos e suas interaes 7
Situao de Aprendizagem 1 As plantas e os animais crescem 7
Situao de Aprendizagem 2 Produtores, consumidores, decompositores 17
Situao de Aprendizagem 3 Energia e matria passam pelos seres vivos 32
Situao de Aprendizagem 4 As muitas voltas do carbono 43
Situao de Aprendizagem Relaes ecolgicas entre espcies
Situao de Aprendizagem Equilbrio dinmico das populaes
Tema A interdependncia da vida A interveno humana e os desequilbrios ambientais 70
Situao de Aprendizagem 7 Crescimento populacional e ambiente 7
Situao de Aprendizagem 8 Cadeia alimentar, ciclo de carbono e os seres humanos 86
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreenso dos temas 95
Quadro de contedos do Ensino Mdio 100
SUMRIO
5Biologia 1a srie Volume 1
Caro(a) professor(a),
Este Caderno, identicado como material
de apoio ao Currculo 0cial, composto por
uma srie de Situaes de Aprendizagem ela-
boradas a partir de competncias e habilida-
des especcas, que devem ser desenvolvidas
ao longo de cada ano do Ensino Mdio, e tm
como objetivo auxili-lo no desenvolvimento
de suas aulas de Biologia.
As Situaes de Aprendizagem apresen-
tam-se organizadas de acordo com as seguin-
tes temticas A interdependncia da vida 0s
seres vivos e suas interaes e A interveno
humana e os desequilbrios ambientais. A
proposta apresentada nestas sequncias did-
ticas revela uma metodologia que referencia
o Currculo 0cial do Estado de So Paulo.
Esse documento indica que a educao
cientca no pode se resumir a informar ou
transmitir conhecimento, mas deve: instigar a
investigao cientca, a participao social,
a reexo e a atuao dos estudantes na resolu-
o de situaes-problema contextualizadas.
ORIENTAO SOBRE OS CONTEDOS DO CADERNO
De acordo com o Currculoa:
(...) o objetivo principal da educao for-
mar para a vida. 0s contedos de Biologia a
serem estudados no Ensino Mdio devem tratar
do mundo do aluno, deste mundo contempor-
neo, em rpida transformao, em que o avano
da cincia e da tecnologia promove conforto e
benefcio, mas ao mesmo tempo mudanas na
natureza, com desequilbrios e destruies mui-
tas vezes irreversveis. esse mundo real e atual
que deve ser compreendido na escola, por meio
do conhecimento cientco e nele que o aluno
deve participar e atuar.
Estes Cadernos possibilitam, tambm, o
uso de outros recursos didticos, tais como:
visita a museus, pesquisa em ambientes virtuais
de aprendizagem, consulta a peridicos, entre
outros, e que dependem do professor para sua
seleo e uso adequado. Espera-se, portanto,
que o ensino e a aprendizagem enfoquem o
conhecimento cientco, a integrao com o
contexto social e ambiental e, ao mesmo
tempo, estejam envolvidos com as tecnologias
da atualidade.
a S0 PA6-0 (Estado). Secretaria da Educao. Currculo do Estado de So Paulo: Cincias da Natureza e suas tecnologias. Coordenao geral Maria Ins Fini et alii. 1 ed. atual. So Paulo: SE, 212. p. 33.
60s Cadernos oferecem ainda um espao inti-
tulado 0 que eu aprendi..., no qual o aluno ter
a oportunidade de registrar o que foi trabalhado
e que servir tanto para ajud-lo a organizar o
conhecimento adquirido quanto para gerir auto-
nomamente as suas competncias e habilidades.
Assim, a proposta apresentada entende a ava-
liao da aprendizagem como uma ao contnua
e que deve ser considerada em todo o desenvolvi-
mento das atividades.
Por m, ressaltamos que a sua percepo da
realidade, enquanto professor, fundamental
para transpor as sequncias didticas contidas
neste material, que podem e devem ser reade-
quadas real necessidade de cada sala de aula,
considerando o ritmo de aprendizagem de cada
aluno e suas necessidades, bem como a uncia
com a qual os contedos sero desenvolvidos.
por esse motivo que consideramos que sua
ao, professor, insubstituvel e imprescind-
vel para a efetiva realizao do processo de
ensino e aprendizagem.
Bom trabalho, professor!
7Biologia 1a srie Volume 1
0 desenvolvimento dos seres vivos pressupe
o consumo contnuo de compostos orgnicos,
como protenas, aminocidos, acares, polis-
sacardeos, lipdios, vitaminas, entre outros.
Na natureza, h uma distino evidente
entre organismos capazes de sintetizar tais
compostos orgnicos a partir de compostos
inorgnicos (gua, sais minerais, gases) e
TEMA A INTERDEPENDNCIA DA VIDA: OS SERES VIVOS E SUAS INTERAES
outros que obtm esses compostos se alimen-
tando de outros seres vivos e os transfor-
mando de acordo com suas necessidades.
Diferenciar essas estratgias dos seres vivos
permitir aos alunos compreender as cadeias
e as teias alimentares, ou seja, relaes de
interao e interdependncia entre os seres
vivos e que constituem os diferentes ambien-
tes e biomas do planeta.
SI56A0 DE APRENDI;A(EM 1 AS P-AN5AS E 0S ANIMAIS CRESCEM
A aprendizagem dos alunos neste volume
depende, inicialmente, da construo do conceito
de matria orgnica, a partir do qual os estudan-
tes podero retomar e ampliar outros conceitos
da Ecologia. Nossa inteno fazer os alunos
reetirem sobre os materiais que conhecem, que
esto sua volta e que tm origem na fotossn-
tese. Utilizamos para isso atividades nas quais
eles possam explorar e relacionar informaes
contidas em grcos, tabelas e textos.
Ao nal desta Situao de Aprendizagem,
espera-se que os alunos tenham desenvolvido as
habilidades elencadas no quadro a seguir.
Contedos e temas: fotossntese.
Competncias e habilidades: converter tabelas em grcos (e vice-versa) identicar tendncias em sries de dados temporais localizar informaes em livros didticos reconhecer o processo de fo-tossntese em vrios contextos identicar e explicar as condies e as substncias necessrias realizao da fotossntese associar a produo de matria orgnica pelos seres clorolados transformao de energia luminosa em energia qumica.
Sugesto de estratgias: leitura e construo de tabelas e grcos.
Sugesto de recursos: textos e grcos presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno livros didticos de Biologia.
8Roteiro para aplicao da Situao de Aprendizagem 1
Etapa 1 Sondagem inicial e sensibilizao
No incio dos trabalhos, necessrio
chamar a ateno dos alunos para os assun-
tos que sero tratados neste volume. Com
essa inteno, leia em voz alta o texto Pin-
tinho come milho e rvore come terra e,
depois, pea que os estudantes respondam
pergunta seguinte por escrito em seus
cadernos.
verbo comer, referindo-se rvore. Utilize essa frase como
um termmetro para avaliar o conhecimento que a turma
possui sobre o modo de nutrio de animais e vegetais; em
outras palavras, essa questo servir para investigar se os alu-
nos sabem que as plantas fazem fotossntese e no tiram seu
alimento da terra. Contudo, no corrija esse aspecto nesse
momento; pea apenas que os alunos anotem suas respostas,
assim como a data. Mais tarde, eles reanalisaro essa mesma
questo.
Etapa Construo de grcos e tabelas
Explique aos alunos que neste volume eles
estudaro como os materiais de que so feitos
os seres vivos e a energia que utilizam uem de
um organismo para o outro. importante que
os alunos tenham bem claro o que se espera
deles. Reforce que vrias habilidades geralmente
associadas a Matemtica sero trabalhadas e
que elas so extremamente importantes para a
Biologia. A primeira delas a capacidade de ler
e construir tabelas e grcos, bem como conver-
ter cada um desses tipos de representao de
dados em outro.
1. A tabela a seguir (Quadro 1) representa o crescimento de uma planta. Cada linha
horizontal da tabela contm a massa da
planta em determinado dia do seu desen-
volvimento. 0 dia zero representa o dia em
que a semente foi plantada e comearam a
ser feitas as pesagens.
Pintinho come milho e rvore come terra
As crianas prestam muita ateno ao mundo que as rodeia e frequentemente falam o que pensam a respeito. Imagine que voc escutou o seu primo de 7 anos dizer para a sua tia: A rvore igual a um pintinho, mame. 0s dois comem para crescer. A diferena que o pintinho come milho e a rvore come terra.
1. Voc concorda com essa declarao do seu primo? Reelabore a frase que ele disse, cor-
rigindo o que achar necessrio.
Essa pergunta uma provocao, e a resposta , obviamente,
pessoal. Diferentes alunos observaro diferentes aspectos
da frase, mas se espera que o problema mais citado seja o
Sugesto de avaliao: releitura de anotaes feitas durante as atividades anlise dos grcos constru dos durante a Situao de Aprendizagem aplicao dos conceitos aprendidos em outras situaes.
9Biologia 1a srie Volume 1
Tempo (dias)
Massa (gramas)
,5
2 ,5
4 ,7
6 1,
8 3,
1 5,
12 7,
14 9,
16 1,
18 11,
2 11,
Quadro 1 Mudana na massa de uma planta ao longo do tempo.
a) Com base na tabela (Quadro 1), construa um grco que represente esses dados.
0 eixo horizontal dever expressar o
tempo, em dias, e o eixo vertical expres-
sar a massa da planta, em gramas.
b) Invente um ttulo para o seu grco. Anote-o na parte superior dele.
2. Agora, voc far o exerccio ao contrrio: com base no grco a seguir (Figura 2),
que representa o crescimento de um pinti-
nho, construa uma tabela (Quadro 2).
Mudana na massa de uma planta ao longo do tempo
20 4 6 8 10 12 14 16 18 200,5
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
Mas
sa (g
)
Tempo (dias)
Figura 1.
2 4 6 8 10 12 14 16 18 200100
500
1 000
1 500
2 000
2 500
Mas
sa (g
)Tempo (semanas)
Figura 2.
Mudana na massa de um pintinho ao longo do tempo
Tempo (semanas) Massa (gramas)
100
2 100
4 140
6 200
8 500
1 1 000
12 1 500
14 1 750
16 2 000
18 2 250
2 2 250
Quadro 2 Mudana na massa de um pintinho ao longo do tempo.
possvel que alguns estudantes no
tenham familiaridade com esse procedimento
nesse caso, esclarea os detalhes para a con-
feco. Se necessrio, voc poder construir
1
esse primeiro grfico com os estudantes,
auxiliando-os, mas explique que essa uma
habilidade que eles devem desenvolver.
Explique que cada linha da tabela representa
um ponto a ser colocado no grco, e os pon-
tos do grco podem ser convertidos em valo-
res a serem colocados nas linhas da tabela.
Caso a turma esteja familiarizada com a
leitura e a construo de grficos e tabelas,
conduza essa etapa rapidamente e passe dis-
cusso sobre grficos e seu significado
biolgico.
A produo do grco deve ser analisada
criticamente por voc e pelos prprios alunos.
Voc pode pedir a eles que, em dupla, compa-
rem os grcos e as tabelas que obtiveram.
Eles podero verificar se h diferenas,
buscando esclarecer por que elas surgiram.
Chame a ateno para o cuidado com as esca-
las, os nomes dos eixos e tambm para o capri-
cho com o acabamento.
Depois de discutir os aspectos formais do
grco, estimule os alunos a pensar sobre o que
signicam.
3. ) semelhanas entre os grcos (Figuras 1 e 2)? Se sim, indique quais. Se no, justi-
que o porqu.Os dois grcos tm um formato parecido, como o de uma
letra S inclinada para a direita. Ambos representam o cres-
cimento de um organismo, o que signica que sua massa
aumentou ao longo do tempo. Alguns alunos podero
notar que o padro de crescimento pode ser dividido em
trs fases: crescimento inicial lento, crescimento rpido e
estabilizao. A diferena entre os grcos est nas unida-
des de tempo utilizadas e nos valores para a planta e para
o pintinho.
4. 0 que aconteceu com a massa dos organis-mos ao longo do tempo?
Durante o perodo registrado no grco, a massa dos orga-
nismos aumentou at atingir uma estabilidade em seu
desenvolvimento.
5. De onde os organismos retiram as substn-cias necessrias para aumentar sua massa?
Os animais, como o pintinho, retiram as substncias do ali-
mento que ingerem (por exemplo, milho), e as plantas, como
o milho, as obtm pelo processo da fotossntese (em ltima
anlise, do gs carbnico presente no ar, da gua e da luz).
No necessrio que os alunos, neste momento, respondam
a essa pergunta corretamente: o conceito de fotossntese ser
trabalhado mais adiante. A ideia, portanto, faz-los reetir
sobre o assunto.
Etapa 3 Pesquisa no livro didtico
Pea aos alunos que, utilizando seus livros
didticos, procurem respostas para as pergun-
tas a seguir. fundamental que a atividade seja
realizada de maneira absolutamente individual,
de modo que os alunos pratiquem a busca de
informaes. 0bserve se eles utilizam o sum-
rio do livro para acelerar as buscas, se so
capazes de encontrar a informao que dese-
jam no meio de outras informaes, se so
capazes de inferir o contedo dos textos basea-
dos nos ttulos de captulos e sees. 0s estu-
dantes podem tambm se valer de um
dicionrio para a pesquisa.
11
Biologia 1a srie Volume 1
1. Por que a maioria das plantas tem folhas verdes? Em outras pala-
vras, que substncia faz as folhas
das plantas serem verdes?
As plantas possuem clorola, um pigmento verde, em suas
folhas.
2. 0 que clorola?Clorola a designao de um grupo de pigmentos pre-
sente nos cloroplastos das plantas, das algas e de algumas
bactrias autotrcas. A clorola capaz de absorver a luz
solar e canalizar sua energia para a produo de alimento.
3. D trs exemplos de organismos que pos-suem clorola.
Todas as plantas, com raras excees, possuem clorola. Exem-
plos: jequitib, ip, samambaia.
4. D dois exemplos de organismos que pos-suem clorola e no sejam plantas.
Algas verdes, cianofceas, protistas (por exemplo, euglena).
5. Para que uma planta utiliza a clorola?Para realizar a fotossntese e fabricar seu prprio alimento.
6. 0 que fotossntese? a converso da energia solar em energia qumica, que ser
usada pela planta como alimento. Os organismos que pos-
suem clorola, na presena de luz, transformam o gs carb-
nico do ar em glicose e, nesse processo, liberam gua e gs
oxignio. Esse o signicado da palavra fotossntese: produ-
o (de alimento) na presena (ou a partir) de luz.
7. Considerando o que voc entendeu sobre fotossntese, responda: Que organismos
no existiriam se no houvesse fotossn-
tese? Por qu?
Nenhum organismo, pois as plantas, algas e outros seres clo-
rolados no existiriam, e os que se alimentam deles (todos os
animais e fungos) tambm no.
8. Qual das questes anteriores foi mais difcil de responder? Por qu?
Essa questo procura chamar a ateno dos alunos para a
sua capacidade de pesquisar e encontrar informaes. Com
exceo da questo 7, todas as outras podero ser respon-
didas com base no livro didtico. Cabe a voc, professor, a
tarefa de avaliar quais so as diculdades dos estudantes em
relao pesquisa. Busque observar quais questes foram
mais difceis de serem respondidas e a razo disso. Por
exemplo: os estudantes tm mais diculdades de encon-
trar respostas para denies (questes 2 e 6) ou exemplos
(questes 3 e 4)? Chame a ateno deles para o sumrio,
para os ttulos dos captulos, para o signicado das palavras
(por exemplo, um livro pode no ter um captulo chamado
Plantas, mas pode ter um chamado Reino vegetal). Expli-
que para os estudantes que o livro um instrumento de
consulta, mas que nem sempre as informaes esto dis-
postas da maneira de que necessitamos; necessrio habili-
dade (que adquirida com a prtica) para encontrar aquilo
de que precisamos.
9. Faa um esquema que represente o processo de fotossntese. (aranta que as palavras
gua, gs carbnico, alimento, gs
oxignio e luz estejam representadas no
seu esquema.
Resposta pessoal. Observar, contudo, se os registros dos alunos
correspondem ao esquema a seguir.
Fotossntese
, na presena de luz
gua + gs carbnico = alimento + gs oxignio
12
Caso considere importante e dependendo
do nvel de habilidade da turma, inclua outras
perguntas na pesquisa. Algumas possibilida-
des: O que cloroplasto? O que matria
orgnica?
Etapa 4 -eitura e anlise de grco
Pea aos alunos que observem o gr-
co Variao do teor de gs oxignio
dissolvido na gua de um rio (Figura
3). Se julgar necessrio, copie-o na lousa. Leia
a legenda do grco, explique o que signicam
os eixos e mencione as unidades utilizadas.
Depois, instrua os alunos a responder s ques-
tes a seguir.
1. 0 grco Variao do teor de gs oxig-nio dissolvido na gua de um rio repre-
senta quanto tempo, em dias?
Trs dias.
2. Descreva, com suas palavras, o que acon-tece com a quantidade de oxignio na gua
ao longo de um dia.
A quantidade de gs oxignio aumenta e depois diminui.
Figura 3.
Variao do teor de gs oxignio dissolvido na gua de um rio
Teor
de
gs
oxig
nio
(em
mg/
l)
Tempo (em horas)
78
10
12
12 24 12 24 12 24
1o dia 2o dia 3o dia
0
3. Descreva, com suas palavras, o que acon-tece com o gs oxignio da h s 6h do pri-
meiro dia.
O teor de gs oxignio mantm-se relativamente constante,
em nveis baixos.
4. Faa o mesmo para o perodo das 6h s 12h do primeiro dia.
O teor de gs oxignio aumenta at atingir um pico s 12 h.
5. Faa o mesmo para o perodo das 12h s 18h do primeiro dia.
O teor de gs oxignio cai progressivamente.
6. Lembrando que o grco representa fen-menos que ocorrem em um rio e pensando
na fotossntese, que organismos voc diria
que so responsveis pelo aumento de
gs oxignio no perodo das 6h s 12h?
+ustique.
As algas e as plantas aquticas, que durante o dia fazem fotos-
sntese e liberam gs oxignio.
7. Por que o teor de oxignio cai aps as 18h? Que organismos podem ser responsveis
por essa queda?
Porque, quando no h luz, as algas e plantas aquticas param
de fazer fotossntese. E essa queda ocorre tambm porque os
outros organismos, como os peixes e as prprias algas, conti-
nuam respirando e consumindo o gs oxignio da gua.
Se nesse ponto da Situao de Aprendizagem
a turma j domina a leitura e a interpretao de
grcos, o momento de explorar com mais
cuidado as questes diretamente relacionadas
com a fotossntese e suas consequncias biol-
gicas. Se achar necessrio, acrescente outras
13
Biologia 1a srie Volume 1
perguntas s enumeradas anteriormente, para
enriquecer a discusso. Por exemplo: Que con-
sequncias traria um perodo escuro prolongado
QBSBFTTFSJP &QBSBVNBPSFTUB &QBSBVNBplantao? Essas so questes que merecem ser
abordadas, pois permitem a extrapolao das
discusses para horizontes mais amplos.
Neste ponto, com o intuito de acompanhar
e avaliar o aprendizado, os alunos podem res-
ponder s questes a seguir.
1. 0bserve o grco que voc construiu no incio da Situao
de Aprendizagem. Releia a sua
resposta para a questo 5: De onde os orga-
nismos retiram as substncias necessrias
para aumentar sua massa? Voc modicaria
a sua resposta?
2. Se sua resposta mudou, o que voc apren-deu que o fez mudar de opinio?
3. Releia a sua resposta questo 1, no incio da Situao de Aprendizagem.Voc modi-
caria a sua resposta?
Cultura de rabanetes em atmosfera controlada de CO2 (gs carbnico)
Lote 1 2 3
Quantidade de CO2 no ambiente fechado ,3* 3
Massa das sementes no momento em que foram colocadas para germinar (gramas) 2,5 2,5 2,5
Massa das plantas 20 dias mais tarde (gramas) 5 7,3 59
Quadro 3.
* ,3 de C02 a quantidade normal desse gs na atmosfera.
4. Voc acha adequado dizer que uma planta come terra? Explique por qu.
O objetivo dessas questes duplo: por um lado, permite
que voc avalie se os estudantes compreenderam o que a
fotossntese e, por outro lado, dirige o olhar da turma para
o prprio aprendizado, deixando claro que um caminho foi
percorrido e que suas ideias esto se modicando. Espera-
-se que os alunos sejam capazes de perceber eventuais
erros em suas respostas e consigam explicar corretamente
que a rvore no come terra, mas fabrica seu prprio ali-
mento a partir do gs carbnico do ar, na presena de luz.
Em relao a esta questo, vale a pena esclarecer aos alunos
que o termo comer aplicado aos vegetais inadequado.
A tabela (Quadro 3) a seguir mostra
o resultado de um experimento em
que trs lotes de sementes de raba-
nete foram cultivados em ambientes ilumina-
dos e fechados, recebendo exatamente as
mesmas quantidades de gua e sais minerais
e quantidades diferentes de gs carbnico
(C02). Ao final de 2 dias chegou-se aos
resultados apresentados na tabela. 0s valores
em gramas (g) representam a massa seca das
plantas, isto , elas foram pesadas depois que
toda a gua que continham foi eliminada.
14
Aps apresentar a tabela (Quadro 3),
desafie os alunos a resolver as questes a
seguir.
1. Compare a massa das plantas dos trs lotes depois de 2 dias. 0 que voc pode
concluir?
Que a massa de todas as plantas, em todos os lotes, aumen-
tou. Contudo, o aumento foi maior nos lotes 1 e 3 em rela-
o ao 2. O gs carbnico elemento importante na pro-
duo de matria orgnica, fazendo as plantas de rabanete
crescerem e aumentarem sua massa, pois em atmosfera
rica dessa substncia a massa das plantas maior.
2. Que substncia voc imagina que causou a diferena na massa nal das plantas?
O gs carbnico, pois, quanto maior a quantidade dessa
substncia na atmosfera, maior vai ser a massa das plantas.
3. 0 que voc faria para aumentar a pro-duo de rabanetes se pudesse construir
outro lote?
O gs carbnico est em maior quantidade no lote 3. Pro-
fessor, cabe esclarecer que a produo no aumentaria
linear e indefinidamente com o acrscimo desse gs; che-
garia um momento em que acrescentar mais gs carb-
nico no faria diferena.
4. Imagine que, em outro lote, as plan-tas esto sendo expostas luz articial,
mesmo durante a noite. Voc acha que
isso causar diferena na massa nal das
plantas? +ustique sua resposta.
possvel que a produo aumentasse em virtude do
maior tempo para a realizao de fotossntese; entretanto,
assim como em relao ao gs carbnico, existe um nvel
a partir do qual o acrscimo do tempo de luz no faz mais
diferena.
Pesquise em um dicionrio a
origem da palavra fotossn-
tese, ou seja, quais palavras
foram unidas para form-la e o que elas
signicam. Pesquise tambm a origem da
palavra fotograa. Anote essas infor-
maes e explique: 0 que a fotograa e a
fotossntese tm em comum?
Fotossntese: foto (luz) + sntese (produto, unio, pro-
duo, fabricao); significa, portanto, fabricao na
presena de luz. Fotografia: foto (luz) + grafia (escrita,
escrever); significa literalmente escrita com luz. Tanto
a fotografia como a fotossntese dependem de luz para
ocorrer.
Um fazendeiro resolveu fazer
alguns testes para descobrir como
aumentar a produo de batata de
sua plantao. Ele possui 4 estufas, mas
resolveu utilizar apenas 4 para testar se o
tempo que as plantas cam expostas luz
causa alguma diferena na produo nal de
batata. Para isso, ele ajustou o tempo de luz
dentro das estufas conforme a tabela (Qua-
dro 4) a seguir e manteve constantes todas as
outras condies (quantidade de gua, de gs
carbnico e de gs oxignio).
15
Biologia 1a srie Volume 1
Produo de batata de acordo com o tempo de luz em cada estufa
Nmero da estufa Tempo de luz (horas por dia) Produo de batata (kg)
1 6 5
2 8 8
3 1 1
4 12 12
Quadro 4.
Em seguida, ele resolveu fazer outro
experimento, desta vez mantendo constantes
o tempo de luz e a quantidade de gs carb-
nico e de gua. 0 nico fator que variou foi
a quantidade de gs oxignio em cada uma
das estufas.
Produo de batata de acordo com a quantidade de gs oxignio em cada estufa
Nmero da estufa Quantidade de gs oxignio Produo de batata (kg)
1 2 11
2 4 97
3 6 1
4 8 12
Quadro 5.
1. Descreva, em duas frases, qual foi o resul-tado de cada teste.
Quanto maior o tempo de luz, maior a produo de batatas.
A quantidade de gs oxignio, por sua vez, no interfere sig-
nicativamente da mesma maneira na produo de batata.
2. Imagine que o fazendeiro quer melhorar a produo das outras 36 estufas. Que fator
ele deve controlar: a quantidade de gs oxi-
gnio ou o tempo de luz? +ustique com
dados das tabelas.
Ele deve controlar o tempo de exposio luz, pois esse fator
est associado a um aumento na produo. A quantidade de
gs oxignio, ao contrrio, no afetou signicativamente a
produo de batata, pois todas as estufas produziram quanti-
dades semelhantes.
3. 0 fazendeiro quer aumentar a produo de batata, ou seja, aumentar a capacidade
dessa planta de produzir alimento. Qual
o nome do processo, executado pelas plan-
tas, que ele quer aprimorar? Consulte o
16
esquema que voc elaborou anteriormente.
Fotossntese.
4. Considerando sua resposta anterior, por que o tempo de luz aumentou a produo
de batata?
Porque as plantas passaram mais tempo fazendo fotossntese
e, portanto, produziram mais alimento, que cou reservado
nas batatas.
5. Por que o aumento da quantidade de gs oxignio no interferiu na produo?
Porque o gs oxignio no necessrio para que ocorra a fotos-
sntese; ele um produto desse processo.
6. Seguindo o mesmo raciocnio desses dois experimentos, que outros fatores poderiam
ser modicados nas estufas para aumentar a
produo de batata?
Quantidade de gua ou gs carbnico. Cabe ressaltar que
uma maior presena desses fatores no faz com que a pro-
duo cresa indenidamente. Conforme suas quantidades
aumentam, chega-se a um ponto em que a produo atinge
um mximo e se estabiliza.
Fique de olho nos grcos que v
por a. 0bserve os jornais, as revis-
tas e os sites de notcias na internet,
porque eles trazem grficos diariamente.
Adquira o hbito de, todas as vezes em que
vir um grfico, ler o ttulo, a legenda e os
eixos. Isso vai levar apenas alguns segundos,
mas ajudar a desenvolver uma habilidade
muito importante. Comece treinando com o
grco a seguir, que contm dados do Insti-
tuto Brasileiro de (eografia e Estatstica
(IB(E) embora ele no aborde o tema estu-
dado, certamente voc conseguir entender o
que aconteceu com a renda mdia dos brasi-
leiros nos ltimos dez anos.
Um desao: 0nde est o eixo y deste gr-
co? 0 que ele representa? Qual a unidade
utilizada?
Em
reai
s
1011 1003932 921 899
831 831 869932 960
1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Renda mdia dos brasileiros ocupados por ms
Figura 4.
Fonte: Instituto Brasileiro de (eograa e Estatstica (IB(E). Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios, 27. Disponvel em: http:XXX.ibge.gov.brhomeestatisticapopulacaotrabalhoerendimentopnad27sintesetab1@[email protected]. Acesso em: 17 maio 213.
Renda mdia dos brasileiros ocupados por ms
17
Biologia 1a srie Volume 1
SI5UA0 DE APRENDI;A(EM 2 PR0DU50RES, C0NSUMID0RES, DEC0MP0SI50RES
0 objetivo desta Situao de Aprendizagem
levar os alunos a reconhecerem a importncia
da presena do Sol para a produo da matria
orgnica pelos seres clorolados. fundamen-
tal que eles identiquem os diferentes nveis
trcos e o processo de decomposio, e veri-
fiquem a importncia da atividade de cada
organismo para o todo e no apenas a sua
posio na cadeia alimentar.
Ao nal desta Situao de Aprendizagem,
espera-se que os alunos tenham desenvol-
vido as habilidades destacadas no quadro a
seguir.
Contedos e temas: fotossntese cadeias e teias alimentares nveis trcos.
Competncias e habilidades: identicar e descrever relaes alimentares entre seres vivos e represent--las em esquemas (cadeias e teias alimentares) reconhecer o processo de fotossntese em vrios contextos reconhecer o processo de decomposio e sua importncia para o ambiente identicar o signicado de alguns termos tcnicos da Ecologia reconhecer que os produtores de matria orgnica no so apenas as plantas, mas todos os organismos clorolados, assim como os con-sumidores no se restringem aos animais identicar as substncias necessrias tanto para a produo de matria orgnica nos produtores como nos consumidores associar a fotossntese aos produtores e matria produzida que sustenta a teia alimentar identicar nveis trcos em cadeias e teias alimentares representadas em esquemas ou descritas em textos reconhecer, nos esquemas que representam cadeias e teias alimentares, que o sentido das setas indica como se d a circulao dos materiais na natureza.
Sugesto de estratgias: construo de esquemas leitura dirigida de textos comparao das relaes de espcies em diferentes ambientes.
Sugesto de recursos: imagens presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno livros didticos de Biologia.
Sugesto de avaliao: resoluo de problemas anlise dos esquemas construdos durante a Situao de Aprendizagem aplicao dos conceitos aprendidos em outras situaes.
Roteiro para aplicao da Situao de Aprendizagem 2
Etapa 1 Sondagem inicial e sensibilizao
Desae os alunos a construir uma cadeia alimen-
tar. Para isso, pea que observem as guras e leiam
o nome dos organismos representados na ativi-
dade Leitura e anlise de imagem presente no
Caderno do Aluno. Todos eles podem ser encon-
trados nas regies de cerrado do Brasil Central e
at mesmo algumas reas do Estado de So Paulo.
18
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Col
ombi
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Figura 1 Sapo.
Figura 11 Urutu. Figura 13 Tamandu.
Figura 16 Mofo em laranja.Figura 14 Borboleta.
Figura 12 Rato-silvestre.
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Figura 15 Bolor de po.
F
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Figura 9 0na-parda.Figura 8 Carcar.
H
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Figura 5 Pequi. Figura 7 Buriti.Figura 6 Formiga-sava.
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19
Biologia 1a srie Volume 1
Divida a classe em grupos de at quatro
alunos e pea que montem um esquema
seguindo as regras da questo 1 a seguir.
Depois, proponha as demais questes para que
aprofundem seus conhecimentos sobre o tema.
1. Represente por meio de um esquema as relaes alimentares que existem entre as
espcies mostradas nas guras em outras
palavras, monte um esquema que mostre
quais desses organismos se alimentam de
quais organismos.
Esse esquema deve seguir algumas regras:
1) deve ser feito com lpis, pois voc vai
modific-lo ao longo da aula 2) todos os
organismos devem estar representados
3) deve apresentar setas, ligando os orga-
nismos essas setas significam serve de
alimento para.
A imagem a seguir um exemplo entre as vrias possibi-
lidades que os alunos podem realizar. O mais importante,
neste ponto, que o esquema obedea s regras contidas
no enunciado. Todos os seres devem estar associados aos
decompositores.
provvel que muitos alunos j estejam
familiarizados com esse tipo de representao.
Depois de inform-los sobre o nome tcnico
dessa relao, sugira aos alunos que revisem
sua produo de acordo com as indicaes da
questo a seguir e busquem representar todas
as relaes possveis, o que resultaria em um
esquema com muitas setas como o seguinte.
sapo
carcar
borboleta
buriti
rato-silvestre
pequi
formiga-sava
decompositores
tamanduona-parda
urutu
Figura 17.
2
2. Talvez voc j conhea esse tipo de esquema, que em Biologia se chama teia
alimentar. Ele busca representar todas as
relaes alimentares que existem entre as
espcies de determinado ambiente. Fazer
essa composio o seu objetivo portanto,
conra novamente o seu esquema e asse-
gure-se de que todas as relaes alimenta-
res entre os organismos esto representa-
das. 0bserve o trabalho dos seus colegas,
pois possvel que eles tenham retratado
alguma relao que voc no identicou.
Por ltimo, invente um nome para o seu
esquema e anote-o acima dele esse nome
dever explicar que tipo de ambiente ele
descreve e tambm quais so as relaes
que ele representa.
Resposta pessoal. Uma possibilidade seria Relaes alimen-
tares entre animais e plantas do cerrado.
3. Circule com uma caneta de cor diferente (de preferncia verde) as espcies da teia
alimentar que fazem fotossntese. 0bserve
atentamente as setas que ligam essas esp-
cies s outras do esquema.
Os alunos devero circular apenas o pequi e o buriti. Ques-
tione os estudantes sobre o motivo de essas espcies no
possurem setas chegando at elas e o que isso signica.
Chame a ateno para o fato de, nesse esquema, todas as
setas terem origem nessas duas espcies.
Pea aos estudantes que montem outro tipo
de esquema utilizando apenas uma linha do
caderno a partir do enunciado a seguir:
carcar
sapo urutu
borboleta
buriti
rato
pequi
formiga-sava
decompositores
tamanduona-parda
Figura 18.
21
Biologia 1a srie Volume 1
4. Construa esquemas que mostrem apenas uma parte da teia alimentar. Para isso, parta
de uma das espcies que fazem fotossntese,
mostrando uma sequncia de organismos
que se alimentam um do outro at chegar aos
decompositores. Construa o maior nmero
possvel desses esquemas que conseguir.
O esquema a seguir um exemplo entre vrias possibilidades
que os alunos podem realizar, mas sempre iniciando de um
organismo produtor.
carcarsapoborboletaburiti ona-parda decompositores
0s estudantes chegaro a diferentes cadeias
vale a pena anotar trs ou quatro delas na
lousa para uma anlise mais detalhada.
Depois, pea aos alunos que discutam oral-
mente as perguntas a seguir e registrem suas
respostas.
5. Esse outro tipo de esquema tambm importante em Biologia e se chama cadeia
alimentar. 0bserve as cadeias que voc
representou e responda:
a) Existe alguma cadeia alimentar que no se inicie com uma planta? Por que
isso acontece?
No, pois as plantas so os seres que iniciam a produo de
alimento em um ambiente, transformando a energia solar
em alimento por meio da fotossntese.
b) possvel uma cadeia alimentar se ini-ciar em um animal? Por qu?
A resposta no, pois os animais no so capazes de pro-
duzir alimento, como as plantas fazem na presena de luz,
e tambm no so capazes de reciclar os nutrientes, como
fazem os decompositores. Esses questionamentos so apenas
provocaes iniciais para estimular os alunos a reetir sobre
o papel de plantas e animais em um ambiente. Nas etapas
subsequentes, os estudantes extrapolaro o que aprenderam
nesses exemplos simples para outros ambientes e tomaro
contato com os termos mais tcnicos da Ecologia.
Etapa 2 Construindo outras cadeias e teias alimentares: extrapolaes para outros ambientes
A partir da lista de organismos a seguir, os
estudantes devero construir uma teia alimentar,
como foi feito na etapa anterior. Porm, antes de
iniciarem, proponha que explorem os signica-
dos dos termos, conforme sugere o enunciado.
1. Leia os nomes dos organismos a seguir. Caso exista alguma palavra que voc no conhea,
procure o signicado dela em seu livro de
Biologia, dicionrios ou em sites. Verique se
outros colegas tm a mesma dvida e compar-
tilhe com eles os resultados de sua pesquisa.
f Algas microscpicas. f Plantas aquticas. f Crustceos microscpicos. f Caramujo. f Tartaruga. f (ara. f Peixe carnvoro. f Peixe herbvoro.
Figura 19.
22
f Decompositores.As respostas vo depender das dvidas dos alunos e das infor-
maes que eles encontrarem.
Lembre-os de que todos os organismos
devem ser representados e que as setas signi-
cam serve de alimento para. Espera-se que,
desta vez, os alunos executem esse procedimento
muito mais rapidamente.
2. Construa uma teia alimentar e as dife-rentes cadeias, representando os orga-
nismos da questo 1 da mesma maneira
como foi feito anteriormente. Lembre-
-se das regras para a elaborao da teia
alimentar.
Professor, a seguir, exemplos de possveis
respostas dos alunos.
3. 0bserve os organismos que iniciam as cadeias alimentares. 0 que eles tm em comum?
Todos so organismos capazes de produzir seu prprio ali-
mento por meio da fotossntese. Todos possuem clorola e
servem de alimento para outras espcies.
4. 0bserve todos os outros organismos das cadeias. 0 que eles possuem em comum no
que diz respeito alimentao?
Todos precisam se alimentar de outros organismos; em
outras palavras, nenhum deles produz seu prprio alimento.
plantas aquticas
peixe herbvoro
peixe carnvoro gara
decompositores
algas microscpicas
crustceosmicroscpicos
caramujo
peixeherbvoro
tartaruga
gara
peixecarnvoro
decompositores
plantas aquticas
plantas aquticas
caramujo gara decompositores
Figura 2.
Figura 21.
Figura 22.
23
Biologia 1a srie Volume 1
5. Certas palavras servem para designar um grupo grande de elementos. Por exemplo,
estudantes: pessoas que estudam mamferos:
animais que mamam. Invente um nome que
agrupe, sob o seu signicado, todos os orga-
nismos que iniciam as cadeias alimentares.
Espera-se que os alunos deem nomes que designem alguma
caracterstica dos seres em questo; alimentadores, iniciado-
res, fotossintetizantes, clorolados seriam respostas aceitveis.
6. Proponha um nome que agrupe todos os outros organismos das cadeias, ou seja, os
que no iniciam nenhuma cadeia.
Comedores, alimentados, no clorolados seriam res-
postas aceitveis.
No necessrio que os alunos respondam
de maneira precisa s questes 5 e 6, mas sim
que percebam a utilidade de um termo que
designe cada um desses grupos de organismos.
Etapa 3
0s bilogos utilizam termos tc-
nicos para se referir aos organis-
mos que ocupam d i ferente s
posies em uma cadeia alimentar. Existe,
por exemplo, um termo para os que esto na
base, ou seja, iniciam as cadeias outro
termo para os que se alimentam diretamente
desses que iniciam e assim por diante. Pro-
cure, no seu livro de Biologia, o captulo que
trata de cadeias e teias alimentares. Voc
capaz de encontrar, no livro, esses termos
tcnicos? Anote o que encontrar no espao
a seguir.
Produtores: organismos que produzem seu prprio alimento e
iniciam cadeias alimentares.
Consumidores: organismos que se alimentam de (ou conso-
mem) outros. Os seres que se alimentam de outros consumido-
res, dependendo de que nvel ocuparem na cadeia, podem ser
chamados de consumidores primrios (ou de primeira ordem),
consumidores secundrios (de segunda ordem), consumidores
tercirios (de terceira ordem) e assim por diante.
Para sistematizar toda essa nomenclatura,
escreva um esquema como o seguinte na
lousa, alinhando duas das cadeias alimenta-
res construdas at agora (Etapas 1 e 2).
Pea que os estudantes copiem o esquema
no caderno, observando as semelhanas.
Nveis trficos
Produtores Consumidores
Cadeia 1 pequiburiti rato-silvestre carcar
Cadeia 2plantas
aquticas e algas microscpicas
crustceos microscpicos, peixe
herbvoro ou caramujo
peixe carnvoroou gara
Consumidor primrio ou de primeira ordem
Consumidor secundrio ou de segunda ordem
Quadro 6.
24
A Biologia conhecida por ser uma dis-
ciplina com muitos termos tcnicos. Esses
termos faro mais sentido para os alunos se
eles conhecerem a origem das palavras e
seus signicados. Vamos tomar o exemplo
das cadeias alimentares: esses diagramas
esto relacionados ao fato de que os orga-
nismos precisam de alimento, ou trofos, em grego, que deu origem a vrias palavras
relacionadas a esse assunto. 0s produtores
tambm so chamados de seres auttrofos
(que produzem seu prprio al imento),
enquanto os consumidores so chamados de
hetertrofos (encontram o alimento no
outro) cada um dos nveis de uma cadeia
alimentar chamado de nvel trco (por
exemplo, os produtores esto no primeiro
nvel trco). Resta lembrar que os termos
em si no so to importantes quanto os
signicados dos processos implcitos nele: a
fotossntese e o uxo de energia e matria
nos seres vivos.
Etapa 4 Decompositores
Esta etapa constituda de uma leitura
dirigida de dois textos, que visam a introdu-
zir aos alunos a ideia de decomposio. Leia
em voz alta o texto a seguir. Aps a pri-
meira leitura, leia as perguntas que os alu-
nos devero responder e, em seguida, releia
o texto. Esse procedimento permitir que os
estudantes saibam quais informaes deve-
ro buscar enquanto ouvem e direcionar a
ateno deles para os aspectos mais impor-
tantes abordados no texto.
Pesquisadores descobrem restos de mamute preservados no gelo
Uma equipe de pesquisadores russos e franceses descobriu, em setembro de 23, restos de um mamute com mais de 18 mil anos. A expedio localizou a raridade no norte da Sibria, aps um caador russo encontrar e desenterrar as presas e o crnio do animal. 0s pesquisadores compraram a cabea e partiram para a Sibria em busca dos restos do mamute.
0 que chamou a ateno dos pesquisadores foi o grau de preservao de partes do corpo, como a cabea e uma pata ainda coberta por pele e pelos. Estavam conservadas tambm as vsceras, como parte do estmago, intestino e, ainda, ossos contendo tutano. Com a chegada do inverno, que muito rigoroso nessa regio, os trabalhos de escavao foram interrompidos e retomados no vero (boreal) seguinte. Durante este perodo em que no puderam trabalhar, os pesquisadores caram tranquilos, pois sabiam que o clima preservaria a descoberta.
Elaborado por Paulo Cunha especialmente para o So Paulo faz escola.
1. 0 que um mamute? Em que local foi encontrado o cadver do mamute?
um animal j extinto, semelhante a um elefante (s que
maior e mais peludo). Na Sibria, regio do nordeste da Rssia.
2. Que parte do texto d pistas de como o clima desse local?
Com a chegada do inverno, que muito rigoroso nessa
regio, os trabalhos de escavao foram interrompidos.
25
Biologia 1a srie Volume 1
3. Normalmente, o cadver de um animal como o mamute desapareceria em alguns
anos. Por que, nesse caso, ele foi preser-
vado por tanto tempo?
Porque o nordeste da Sibria uma regio muito fria, que
passa a maior parte do ano sob gelo e neve. Professor,
comente com os alunos que, na realidade, o cadver do
mamute estava completamente congelado sob uma camada
espessa de gelo. Nessas condies, o cadver no apodrece
nem se desfaz.
1. 0 que so mmias?So cadveres humanos que permanecem preservados por
longos perodos, intencionalmente ou no.
2. 0nde foram encontradas essas mmias?No Egito, na margem oeste do Nilo.
3. Com base no que voc sabe sobre o Egito, compare-o, quanto ao clima, quele em que
foi encontrado o mamute do texto anterior.
O Egito um pas de clima muito quente e seco (deserto), con-
trastando com a Sibria, que um dos locais mais frios do planeta.
4. Normalmente, as partes moles do cad-ver de um ser humano desaparecem aps
alguns anos. Como possvel que a pele
e at mesmo alguns rgos internos das
mmias permaneam conservados por
tanto tempo?
Os egpcios antigos tinham o costume de embalsamar os
corpos dos mortos, isto , trat-los com substncias que evi-
tavam o apodrecimento. Alm disso, o clima seco ajudava
na preservao.
5. 0s responsveis pela conservao das mmias no museu prepararam uma sala
especial para abrigar os cadveres. Com
que tipo de organismos eles estavam preo-
cupados? Por qu?
Com parasitas e bactrias que atuam como decompositores.
Exposio estreia com mmias rejuvenescidas
0 museu egpcio, na cidade do Cairo, abre exposio com 11 mmias rejuvenescidas. Quatro delas so os corpos dos faras Ramss 3, Ramss 4, Ramss 5 e Ramss 9, todos pertencentes 2 dinastia (1183-17 a.C.).
As mmias foram restauradas e rejuvenescidas para serem expostas pela primeira vez no centenrio do museu.
Elas esto em uma sala com ar-condicionado e sob iluminao mais fraca, privilgio que no existe nos outros sales do museu. 0 ambiente desperta nos visitantes um respeito quase sagrado.
As vitrines onde repousam as novas mmias tambm esto equipadas com um moderno sistema regulador de temperatura e umidade, para impedir o desenvolvimento de parasitas e bactrias.
A sala foi desenhada com um cu abobadado, ao estilo das tumbas faranicas, onde as mmias permaneceram por milnios. Elas foram encontradas na margem oeste do Nilo, que a margem da morte. Na margem leste, a da vida, ficavam os templos e palcios do Antigo Egito.
Elaborado por Paulo Cunha especialmente para o So Paulo faz escola.
26
Professor, comente com os alunos que alguns insetos e fun-
gos tambm se alimentam de restos dos corpos.
6. 0 que aconteceria com o mamute ou com os cadveres humanos se, em vez de
serem preservados pelas camadas de gelo
ou mumificados, tivessem sido coloca-
dos sobre o solo de um pasto no Brasil?
Faa uma lista dos organismos que che-
gariam at os cadveres e descreva o que
sucederia.
Resposta pessoal, para estimular a discusso. Possveis res-
postas: os urubus chegam ao cadver e se alimentam
dele; as formigas tambm; os cachorros alimentam-se
de carne; e a chuva amolece os cadveres. Espera-se que
os estudantes apontem a ao de alguns animais ou da gua
reduzindo os restos a pedaos menores, ou transportando-
-os para outros locais.
De uma forma ou de outra, certifique-se
de que os alunos notem a progressiva redu-
o de tamanho e eventual desaparecimento
dos cadveres nessa situa o. possvel que
alguns estudantes mencionem a participa-
o de bactrias e fungos se isso no acon-
tecer, professor, necessrio que voc
apresente aos alunos o importante papel
que esses seres possuem na decomposio
da matria orgnica. Embora os animais
tenham participao nisso, so os fungos e
as bactrias que efetivamente exercem a
funo de decompositores na natureza, con-
vertendo o material de que feito o corpo
dos animais e plantas em substncias que
podem ser novamente utilizadas pelas plan-
tas, fechando um ciclo.
A palavra-chave nessa etapa decomposi-
o. Comente com os alunos que decompor
o contrrio de compor, ou seja, desagregar,
quebrar em pedaos menores. Explique-lhes
que esse foi justamente o processo interrom-
pido pelo frio da Sibria e pelo processo de
mumicao, no Egito, o que permitiu a con-
servao dos mamutes e das mmias. Esclarea
que as plantas no podem utilizar diretamente
a matria orgnica e que os fungos e as bact-
rias so intermedirios fundamentais para
manter o equilbrio de um ambiente.
Cabe aqui uma sugesto para turmas ou
alunos que estiverem mais avanados. Conduza
uma discusso (ou investigao) sobre a relao
existente entre os decompositores e as formas
que utilizamos para conservar alimentos. Pea
que os alunos pesquisem como seus avs e bisa-
vs faziam para conservar o alimento e insti-
gue-os a encontrar as relaes entre esses
procedimentos e a interrupo do processo de
decomposio por meio da eliminao de bac-
trias e fungos. Algumas sugestes de mtodos
a serem investigados pelos estudantes: utiliza-
o de geladeira, salga, pasteurizao, confec-
o de doces em compotas, preservao em
vinagre ou leo, preservao em banha etc.
Procure, no seu livro de Biologia, o
termo utilizado para os organismos
que ocupam o ltimo lugar em
qualquer cadeia alimentar, ou seja, aqueles
responsveis por desintegrar os cadveres. D
tambm exemplos desses organismos.
Decompositores. Exemplos: fungos e bactrias.
27
Biologia 1a srie Volume 1
2. (Enem 1999) Um agricultor, que possui uma plantao de milho e uma criao
de galinhas, passou a ter srios problemas
com os cachorros-do-mato que atacavam
sua criao. 0 agricultor, ajudado pelos
vizinhos, exterminou os cachorros-do-
-mato da regio. Passado pouco tempo,
houve um grande aumento no nmero de
pssaros e roedores, que passaram a atacar
as lavouras. Nova campanha de extermnio
e, logo depois da destruio dos pssaros e
roedores, uma grande praga de gafanhotos
destruiu totalmente a plantao de milho,
e as galinhas caram sem alimento.
Analisando o caso acima, podemos perce-
ber que houve desequilbrio na teia ali-
mentar representada por:
1. Imagine que algum da sua casa esqueceu um prato de
comida com arroz, feijo,
frango e salada sobre a pia. provvel
que, dependendo da poca do ano, no dia
seguinte, esse prato esteja cheio de formi-
gas. Quais outros organismos, que nor-
malmente fazem parte de um ambiente
urbano, como a sua casa, podem usar essa
comida como alimento? Em seu caderno,
represente uma teia alimentar envolvendo
essa comida e todos os organismos e ele-
mentos que voc acredita fazerem parte
dessa teia.
Resposta pessoal, que depende dos organismos que os
alunos escolherem para representar. Mas eles podem
acrescentar, alm desses insetos, as bactrias e os fungos
decompositores.
a) milho gafanhotos pssaro ga linha roedores cachorro-do-mato
c) galinha milhogafanhotoroedorespssaro
cachorro-do-mato
b) milho gafanhotogalinharoedores
pssaro
cachorro-do-mato
d) cachorro-do-mato
roedorespssarogafanhotogalinha
milho
e) galinha milho gafanhotos pssaro roedores cachorro-do-mato
28
Uma alternativa interessante de avaliao
a anlise dos esquemas de cadeia alimentar
que os alunos produziram durante esta
Situa o de Aprendizagem. possvel, por
meio deles, verificar se os estudantes
compreen deram o papel dos produtores
(devem gurar nos esquemas sempre como
fonte de setas), dos decompositores (sem-
pre recebendo setas) e se foram capazes de
perceber que existem vrias possibilidades de
relaes alimentares (reveladas pela comple-
xidade e o nmero de setas).
Caso voc possa realizar este experimento, ele poder esclarecer alguns aspectos da ao dos decompositores e ajudar a descobrir qual o melhor mtodo de conservao dos alimentos. Antes de inici-lo, porm, converse com seus pais ou responsveis, pois
a execuo desta atividade depende da autorizao deles.
Com este experimento, voc poder descobrir qual mtodo o mais eficiente para conter a ao de decompositores: a geladeira, o congelador ou a conserva em acar.
Materiais f 4 potes pequenos de plstico com tampa (como o de margarina, por exemplo) f 4 pedaos pequenos de banana (ou de algum outro alimento, como quatro colheres pequenas
de arroz cozido ou de qualquer resto de comida). importante que sejam quatro pores aproximadamente iguais do mesmo alimento
f 1 colher (de sopa) de acar f 1 geladeira com congelador.
ProcedimentoTrs dos quatro potes serviro para testar os efeitos de diferentes mtodos de conservao de
alimentos, e com um deles faremos uma comparao chamaremos este ltimo de controle.
Cuide para que a quantidade de alimento seja igual em cada pote.
Em seguida, adicione uma colher de acar em um dos potes, para cobrir todo o alimento. 0 pote com o acar dever ser bem fechado, para evitar o contato com formigas e outros animais.
Coloque um dos potes no congelador e outro na geladeira. 0 pote com acar, bem como o pote-controle, devero permanecer temperatura ambiente, de preferncia no mesmo local.
Logo depois de organizar o experimento,
escreva o que voc imagina que acontecer em
cada pote aps duas semanas.
Registre em seu caderno, com o mximo de
detalhes possvel, as alteraes que voc espera
que ocorram em relao s mudanas de cor,
de cheiro, de textura, se vai aparecer algum
organismo vivo e de que tipo. Chamaremos as
mudanas que voc espera que aconteam de
hipteses. Anote todas essas ideias na coluna
correspondente do quadro a seguir:
29
Biologia 1a srie Volume 1
Resultados do experimento sobre conservao dos alimentos
Potes Hipteses Aps uma semana Aps duas semanas
Congelador
Geladeira
Acar
Controle
Quadro 7.
Depois de uma semana, abra cada um dos
potes. Verique o estado dos alimentos quanto
aos seguintes aspectos: Houve mudana de
cor? De cheiro? De tamanho? Como foram as
alteraes em relao ao aspecto inicial do
alimento? Com o maior detalhamento possvel,
responda s perguntas em seu caderno, nos
espaos correspondentes a cada pote.
Depois, feche os potes, retorne cada um
para o seu respectivo lugar e analise-os nova-
mente uma semana depois. No total, o experi-
mento ter duas semanas de durao.
Na tabela (Quadro 7), os alunos devero anotar, com o
mximo de detalhes possvel, o que esperam que acontea
em cada pote, indicando isso na coluna Hipteses. Ao
longo do experimento, eles vo preencher, tambm com
riqueza de detalhes, as outras colunas. Caso o espao no
seja suciente, devero construir uma tabela semelhante em
seus cadernos.
Aps duas semanas, quando a tabela estiver
preenchida, pense nos seus resultados e res-
ponda s questes a seguir:
1. As suas hipteses foram conrmadas? Explique detalhadamente em que pontos
elas foram conrmadas e em que pontos
elas foram contrariadas.
Essa resposta depende dos resultados do experimento e das
hipteses que os alunos levantaram. O importante que haja
coerncia entre a resposta dada, os resultados observados e
as hipteses levantadas.
2. Qual dos mtodos conservou melhor o alimento? Justique sua resposta com os
dados de seu experimento.
Na verdade, o congelador deve ser apontado como o mtodo
mais ecaz, mas isso depender do alimento utilizado e do
cuidado com que os alunos prepararam o pote com acar.
3. Por que voc acha que esse mtodo mais eciente?
Resposta pessoal, mas se espera que no seja difcil de explicar
que o mtodo protegeu o alimento de bactrias e fungos.
4. Para voc, qual foi a maior surpresa desse experimento?
Resposta pessoal.
3
Figura 24 Pitangueira.Figura 23 Anta.
F
abio
Col
ombi
ni
H
arol
do P
alo
Jr/K
ino
5. Qual dos potes sofreu maior ao de decompositores?
O pote-controle.
Figura 25 Caninana.
F
abio
Col
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ni
Figura 26 Besouro.
Figura 27 (oiabeira. Figura 28 Tucano.
F
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F
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Fab
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Analise as espcies da Mata Atlntica
nas fotos a seguir.
31
Biologia 1a srie Volume 1
Figura 29 Quati. Figura 3 (afanhoto.
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Figura 32 Fungos orelhas-de-pau.Figura 31 Rato-silvestre.
H
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Jr/K
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F
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1. Construa uma teia alimentar que inclua todas essas espcies.
2. Considerando a teia alimentar que voc construiu, imagine que a populao de
quatis foi extinta por causa da caa ile-
gal. Quais populaes de organismos voc
esperaria que aumentassem por causa
disso? Justique o porqu.
Provavelmente, as populaes de insetos (besouro e gafa-
nhoto) aumentariam, porque o quati se alimenta desses ani-
mais e tambm de frutos.
3. Quem so os decompositores da sua teia alimentar?
Os fungos orelhas-de-pau.
Orelha-de-pau
Pitangueira
Rato Tucano Gafanhoto Besouro
Anta Quati
Caninana
Goiabeira
Figura 33.
32
SITUA0 DE APRENDI;A(EM 3 ENER(IA E MATRIA PASSAM PEL0S SERES VIV0S
Aps reconhecer como os seres vivos
obtm compostos orgnicos, os alunos pode-
ro compreender como a energia presente
nesses compostos f lui pela natureza pelos
diferentes nveis trficos. Eles devem, por
exemplo, estabelecer uma relao entre o mon-
tante de energia disponvel nos produtores e
aquele efet ivamente incorporado nos
consumidores.
Nesta Situao de Aprendizagem, os alunos
vo trabalhar com o conceito de uxo de ener-
gia e podero compreender como a energia
acumulada em determinado nvel trfico
transferida a outro. Da mesma forma, eles
podero perceber que ao longo desse fluxo
apenas uma parcela dessa energia aprovei-
tada pelo nvel trfico seguinte, pois outra
parte perdida na forma de calor.
Ao final desta Situao de Aprendiza-
gem, espera-se que os alunos tenham desen-
volvido as habilidades destacadas no quadro
a seguir.
Contedo e temas: uxo de energia e matria nos seres vivos ciclo do carbono.
Competncias e habilidades: extrair informaes de diferentes tipos de esquemas reconhecer a continuidade do uxo de matria e energia na natureza reconhecer o processo de fotossntese em vrios contextos descrever como ocorre a circulao de energia ao longo das cadeias alimentares, identicando as perdas de energia que ocorrem de um nvel trco para outro.
Sugesto de estratgias: interpretao dirigida de diferentes esquemas resoluo de problemas.
Sugesto de recursos: imagens presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno.
Sugesto de avaliao: resoluo de problemas anlise dos esquemas construdos durante a atividade aplicao dos conceitos aprendidos em outras Situaes de Aprendizagem.
Roteiro para aplicao da Situao de Aprendizagem 3
Etapa 1 Sondagem inicial e sensibilizao
Conversando sobre o calor
1. Voc sabe qual a temperatura do nosso corpo quando estamos saudveis? Se medir-
mos a temperatura agora e daqui a duas
horas, haver grande diferena?
A mdia da temperatura do nosso corpo de 37 oC. No
haver grande diferena entre as medidas.
33
Biologia 1a srie Volume 1
C
onex
o E
dito
rial
capim 1 000 g (18 kJ)
800 g (14 4 kJ)
70 g (1 26 kJ)
matria no utilizada: 130 g
(2 34 kJ)
matria no assimilada
(fezes e urina): 320 g (5 76 kJ)
matria no assimilada: 28 g (54 kJ)
matria retida pela vaca: 80 g (1 44 kJ)
matria retida pelo gafanhoto: 7 g (126 kJ)
Figura 34 Esquema do rendimento da produo de matria pelos vegetais. As massas so expressas em grama de matria seca por m2 por ano. 0s nmeros em vermelho correspondem aos valores energticos dessa matria seca em quilojoules (kJ). 0 quilojoule uma medida de quantidade de energia, assim como a caloria (cal).
2. Agora, imagine que fervemos um bule de gua, medimos sua temperatura e, depois, o
deixamos sobre uma mesa. Ao vericar a tem-
peratura da gua duas horas depois, haver
grande diferena entre as duas medidas?
Nesse caso haver uma grande diferena, pois em duas horas
a gua vai esfriar.
3. Por que essas duas situaes (a do corpo e a do bule) so diferentes quanto con-
servao da temperatura? Pense em uma
explicao para esses resultados.
Resposta pessoal, mas o aluno pode dizer que o corpo
humano capaz de manter a temperatura, enquanto a gua
necessita de uma fonte externa de energia.
4. Elabore um esquema que mostre de onde vem e para onde vai o calor da gua do bule
e outro esquema que mostre o que aconte-
ceu no corpo humano. Tente traar a ori-
gem e o caminho desse calor o mximo para
trs que puder.
Resposta pessoal, mas se espera que os alunos retratem a
conservao de temperatura no corpo e a perda de calor,
sem reposio, no bule com gua quente. Alguns alunos
podero argumentar que a energia (calor) do corpo vem
dos alimentos.
0s esquemas e os comentrios dessas ativida-
des sero retomados posteriormente.
Etapa 2 Extrao de informao de esquemas
Pea aos alunos que observem a
Figura 34. Depois, um ou mais
voluntrios faro uma leitura
cuidadosa dos dados que ela mostra.
34
Ajude os alunos a interpretar as informaes
da Figura 34, em que vemos os valores numricos
referentes massa dos organismos, que aparece
expressa em gramas (g) de matria seca (aquela
que teve toda a gua retirada antes da pesagem).
0s valores em vermelho indicam os valores ener-
gticos (em quilojoulesa) que correspondem aos
valores em gramas de matria orgnica.
Aps a anlise da Figura 34, os alunos com-
pletaro a tabela (Quadro 8) a seguir e respon-
dero s questes propostas.
a Um quilojoule (kJ) igual a cerca de ,24 quilocaloria (kcal).
1. Quantos gramas de capim a vaca ingeriu?800 gramas.
2. Quantos gramas de fezes e urina a vaca eliminou?
320 gramas.
3. Voc diria que a vaca assimila toda a massa de capim que ela come? Que parte do
esquema indica isso?
No. Parte da massa de capim que a vaca come eliminada na
forma de fezes e urina, como mostra o item matria no assi-
milada no esquema apresentado.
4. Que quantidade de energia, contida no capim, ingerida pelo gafanhoto?
1 260 kJ.
Massa seca (g) Energia (kJ)
Planta que passa para a vaca 800 14 400
Matria retida no corpo da vaca 80 1 440
Matria no assimilada pela vaca 320 5 760
Planta que passa para o gafanhoto 70 1 260
Matria retida no corpo do gafanhoto 7 126
Matria no assimilada pelo gafanhoto 28 504
Quadro 8.
5. Que quantidade de energia eliminada pelo gafanhoto na forma de urina e fezes?
504 kJ.
6. Voc diria que o gafanhoto assimila toda a energia contida no capim? Que parte do
esquema indica isso?
No. Parte da energia proveniente do capim eliminada pelo
gafanhoto na forma de fezes e urina. Dentro do esquema isso
mostrado no item matria no assimilada.
7. Calcule que porcentagem da energia que est no produtor (capim) se transforma em ener-
gia na vaca. Dica: para fazer esse clculo,
use a quantidade de energia assimilada pela
vaca em uma regra de trs, considerando que
1 correspondem a 14 4 kJ.
35
Biologia 1a srie Volume 1
10%. Considerando que 100% do que a vaca come corres-
pondem a 14 400 kJ de energia, e o que fica no seu corpo so
apenas 1 440 kJ, a resposta vem do clculo: (1 440 kJ . 100%) /
14 400 kJ = 10%.
Em seguida, os alunos devero observar a
Figura 35 a seguir, que tambm est no
Caderno do Aluno. Esclarea que esse esquema
mostra uma etapa do anterior (apenas a pas-
sagem de energia do capim para a vaca,
incluindo tambm informaes sobre a perda
de energia (em porcentagem) que acontece
quando a vaca se alimenta de capim.
8. 0 que signica a matria no assimilada do esquema?
Trata-se da parte do capim que ingerida e eliminada como
fezes ou urina.
9. Como a vaca consegue energia para se locomover? Em outras palavras, como os
animais conseguem energia?
A energia que a vaca usa para se locomover e a que todos
os animais utilizam vem do alimento; neste caso, do capim.
10. Observe que grande parte da energia da vaca perdida durante a respirao.
Talvez perdida no seja uma boa pala-
vra... Para onde vai essa parte da energia?
Essa energia utilizada no metabolismo da vaca: utili-
zada para a locomoo, para a manuteno da tempera-
tura constante do corpo etc.
11. Voc reetiu sobre o fato de que nossa temperatura corprea se mantm cons-
tante ao longo do tempo. Considerando
que isso verdade tambm para a vaca, de
onde vem a energia utilizada para manter
o corpo quente?
Do alimento.
Por ltimo, os estudantes devero analisar
outro esquema, que uma ampliao do apre-
sentado na Figura 34: o gafanhoto, que se
alimenta de plantas, serve de alimento para um
rato-silvestre, que por sua vez pode ser ingerido
por uma serpente. Esse esquema consta do
Caderno do Aluno, mas tambm poder ser
copiado na lousa para facilitar a visualizao.
Ele tem a forma de uma pirmide, em que cada
degrau representa a massa total dos organis-
mos de determinada espcie. Esse esquema,
representado na Figura 36, tambm chamado
de pirmide de biomassa.
Figura 35.
60%
50%
10%
40%
Matriaorgnicaingerida
pela vaca
Matria absorvida pelo sistema digestivo da vaca
Matria no assimilada(fezes e urina)
Perdas na respirao
Matria retida no corpo da vaca100%
A transformao da energia ingerida na forma de alimento por uma vaca
36
12. O que acontece com a massa total de organismos medida que subimos de
nvel trfico?
A biomassa dos organismos cai de acordo com o
aumento do nvel trfico.
13. Quantas vezes a massa total (biomassa) de ratos-silvestres menor que a de
gafanhotos?
Dez vezes menor (basta dividir um pelo outro).
14. Quantas vezes a massa total (biomassa)
de serpentes menor que a de ratos-
-silvestres?
Dez vezes menor.
15. Por que a massa total de organismos no se mantm constante medida que os
nveis trcos aumentam? Dica: lembre-se
dos ltimos dois esquemas representados.
Porque grande parte da matria (aproximadamente 9/10
ou 90%) perdida na forma de fezes, urina, ou conver-
tida em energia para o metabolismo dos seres ao longo da
cadeia alimentar.
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Figura 36 Pirmide de biomassa em um campo de pastagem.
37
Biologia 1a srie Volume 1
Etapa 3 Resoluo de problemas
1. A tabela (Quadro 9) a seguir mostra um exemplo de transferncia de energia ao longo de uma cadeia alimentar.
Transferncia de energia ao longo de uma cadeia alimentar
Nveis trcosQuantidade de energia (kcal/m2/ano)
Total assimilado pelos organismos
Quantidade disponvel para os nveis trcos seguintes Diferena
Produtores 21 11 1
Consumidores primrios 9 4 8 4 2
Consumidores secundrios 3 5 1 5 2
Consumidores tercirios 5 1 4
Quadro 9.
Com base nos dados da tabela (Quadro 9),
assinale a alternativa correta.
a) A quantidade de energia existente em um nvel trco menor do que aquela
que ser transferida para o nvel trco
seguinte.
b) A perda de energia, ao passar de um nvel trco para outro, na verdade
muito reduzida, ao contrrio da que
est exemplicada.
c) Considerando-se cada transferncia de energia de um nvel trco para outro,
podemos armar que, quanto mais pr-
ximos os organismos estiverem do m
da cadeia alimentar, maior ser a energia
disponvel.
d) A coluna Diferena indica a quanti-dade de energia gasta em cada nvel tr-
co e utilizada para a manuteno da
vida dos seus organismos.
e) A transferncia de energia na cadeia alimentar unidirecional, tendo incio
pela ao dos decompositores.
Professor, talvez a questo 2 requeira algu-mas explicaes acerca da unidade de medida utilizada (kcal/m2/ano). Ela informa a quanti-dade de energia produzida (ou transferida) em determinada rea, em determinado tempo.
38
2. Com base na tabela da questo anterior (Quadro 9), construa uma pirmide de
energia. A escala a ser utilizada na sua pir-
mide a seguinte: cada 1 quilocalorias
por metro quadrado por ano (kcal/m2/ano)
devero ser representadas por uma barra
de 1 cm de comprimento a nica exceo
a barra correspondente aos produtores,
que no precisa estar em escala, pois ser
muito maior que as outras. Dicas: voc
deve usar apenas a coluna Total assimi-
lado pelos organismos e sua pirmide
dever ser semelhante, quanto ao formato,
estudada Pirmide de biomassa em um
campo de pastagem.
importante averiguar o comprimento de cada barra, que
dever estar de acordo com as instrues do problema.
3. (Fuvest25) Uma lagarta de mariposa absorve apenas metade das substn-
cias orgnicas que ingere, sendo a outra
metade eliminada na forma de fezes.
Cerca de 2/3 do material absorvido uti-
lizado como combustvel na respirao
celular, enquanto o 1/3 restante conver-
tido em matria orgnica da lagarta.
Considerando que uma lagarta tenha inge-
rido uma quantidade de folhas com matria
orgnica equivalente a 6 calorias, quan-
to dessa energia estar disponvel para um
predador da lagarta?
a) 1 calorias.
b) 2 calorias.
c) 3 calorias.
d) 4 calorias.
e) 6 calorias.
4. Com base nos dados da questo anterior, imagine que um sabi se alimentou da
lagarta. Construa uma pirmide que repre-
sente a energia assimilada por esses dois
organismos durante a alimentao. No
necessrio representar o produtor na pir-
mide, e a escala a ser utilizada ser a de 1
calorias = barra de 1 cm de comprimento.
1. (Fuvest21) A tabela a seguir mostra medidas, em massa seca
por metro quadrado (g/m2), dos
componentes de diversos nveis trcos em
dado ecossistema.
Nveis trficos Massa seca (g/m2)
Produtores 89
Consumidores primrios 37
Consumidores secundrios 11
Consumidores tercirios 1,5
Quadro 1.
a) Por que se usa a massa seca por unidade de rea (g/m2), e no a massa fresca, para
comparar os organismos encontrados
nos diversos nveis trcos?
Sabi
Lagarta
Figura 37.
39
Biologia 1a srie Volume 1
Porque a quantidade de gua nos organismos de diferentes
nveis trcos muito varivel e, por isso, a massa seca pode
reetir melhor a quantidade de matria orgnica presente
em cada um dos nveis.
b) Explique por que a massa seca diminui progressivamente em cada nvel trco.
Ela diminui porque a quantidade de matria orgnica
obtida em cada nvel consumida por ele e apenas o que
sobra poder ser incorporado e car disponvel para o nvel
seguinte.
c) Nesse ecossistema, identique os nveis trcos ocupados por cobras, gafanho-
tos, musgos e sapos.
Musgos: produtores; gafanhotos: consumidores primrios; sapos:
consumidores secundrios; cobras: consumidores tercirios.
2. (Fuvest27) A ilustrao mostra a pro-dutividade lquida de um ecossistema, isto
, o total de energia expressa em quilocalo-
rias por m2/ano, aps a respirao celular
de seus componentes.
a) Considerando-se que na fotossntese a energia no produzida, mas transfor-
mada, correto manter o nome de pro-
dutores para os organismos que esto
na base da pirmide? Justique.
Sim, correto porque os organismos que esto na base
da pirmide produzem matria orgnica a partir de subs-
tncias inorgnicas presentes no ambiente, utilizando a
energia luminosa, ainda que no sejam produtores de
energia.
b) De que nvel(eis) da pirmide os decom-positores obtm energia? Justique.
De todos os nveis trficos, j que os decompositores so
capazes de utilizar os restos orgnicos de quaisquer orga-
nismos pertencentes aos diferentes nveis.
Consumidores tercirios (6 kcal/m2/ano)
Consumidores secundrios (67 kcal/m2/ano)
Consumidores primrios (1 478 kcal/m2/ano)
Produtores (8 833 kcal/m2/ano)
LUZ SOLAR
Figura 38.
O krill e a vida marinha na Antrtica
Krill uma palavra de origem norueguesa que significa peixe que acabou de nascer e se refere a um grupo de crustceos muito parecidos com o camaro. Esses animais aparecem em grande quan-tidade nos mares da Antrtica, extremo sul do planeta, e podem atingir at 7 centmetros de compri-
4
1. Monte uma teia alimentar com todos os animais citados no texto.
O esquema dever conter: krill, pequenas algas (toplnc-
ton), pequenos animais (zooplncton), lulas, peixes, focas,
pinguins, outras aves, baleias. Alguns alunos podero repre-
sentar o ser humano na cadeia, por causa da meno
pesca, e os decompositores, que foram abordados anterior-
mente. Um exemplo de possvel resposta vem a seguir.
2. Represente uma cadeia alimentar que con-tenha krill, toplncton e baleia-azul.
Fitoplncton krill baleia-azul.
3. As baleias-azuis so animais muito grandes e tm grande apetite. Prximo da Antrtica,
ela pode comer, em um s dia, 2,5 milhes de
krills. De quantos milhes de krills precisaria
uma dzia de baleias-azuis para se alimentar
durante uma semana?
12 baleias-azuis . 7 dias . 2,5 milhes por dia = 210 milhes
de krills.
4. Reveja o esquema da transformao da energia e as pirmides de biomassa que voc
construiu anteriormente nesta Situao de
Aprendizagem. Depois, construa a pirmide
de biomassa referente cadeia alimentar que
voc esquematizou na questo 2. Para isso,
considere que existam cerca de 15 mil tone-
ladas de toplncton e que a cada nvel tr-
co se perca 9 da massa, como informa o
texto (outra maneira de pensar nisso imagi-
fitoplncton
baleias
peixes
lulas
focas pinguins outras aves
krill zooplncton
mento. O krill alimenta-se de pequenas algas (fitoplncton) e animais (zooplncton). A excessiva pesca do krill coloca em risco toda a vida marinha da Antrtica, pois ele serve de alimento para muitas espcies. Dessa forma, o krill muito importante para a maior parte das cadeias alimentares, servindo de alimento para lulas, peixes, focas, pinguins e outras aves. Quando o krill se desloca, todos os ani-mais vo atrs dele: os que comem krill e os que comem quem come krill.
Esses crustceos so especialmente importantes para as baleias. Sabe-se que, a cada nvel trfico de uma cadeia alimentar, perde-se cerca de 9 da energia presente no nvel anterior, como conse-quncia de atividades do corpo, como o aquecimento, a movimentao e a eliminao de fezes, entre outras. Assim, as enormes massas corporais das baleias, e das suas populaes, s so possveis porque elas se alimentam diretamente de algumas espcies de krill, que so consumidores primrios. Uma baleia-azul, que o maior animal existente no planeta, consome entre 2 e 3 toneladas de ali-mento por dia. Elas no poderiam existir caso se alimentassem da mesma quantidade de animais de nveis trficos mais elevados. Se elas se alimentassem de focas, que so consumidores secund-rios, rapidamente o nmero de focas diminuiria e, consequentemente, o nmero de baleias.
Elaborado por Felipe Bandoni de Oliveira especialmente para o So Paulo faz escola.
Figura 39.
41
Biologia 1a srie Volume 1
de krill e 1 500 toneladas de baleias-azuis.
5. Considerando os mesmos valores do item anterior e que uma baleia-azul pesa em
mdia 15 toneladas, responda: Quantas
baleias-azuis, no mximo, podem existir
em uma rea onde haja 15 mil toneladas
de toplncton?
No mximo 10 baleias-azuis, pois a cada nvel trco perde-
-se 90% da massa. Portanto, a massa de baleias-azuis deve
ser 10% da de krills, que por sua vez 10% da de toplnc-
tons. Como h 150 mil toneladas de toplncton, deve
haver 15 mil toneladas de krill e 1 500 toneladas de baleias-
-azuis. Como cada baleia-azul pesa cerca de 150 toneladas,
essa massa corresponde a apenas 10 baleias-azuis.
6. Copie o trecho do texto que explica por que cerca de 9 da energia perdida de
um nvel trco para outro.
Sabe-se que, a cada nvel trco de uma cadeia alimentar,
perde-se cerca de 90% da energia presente no nvel anterior,
como consequncia de atividades do corpo, como o aqueci-
mento, a movimentao e a eliminao de fezes, entre outras.
Reforce com os alunos a importncia dos
esquemas que viram nesta Situao de Apren-
dizagem, discutindo as ideias a seguir.
nar que apenas 1 estar presente no pr-
ximo nvel trco). A escala a ser utilizada
na sua pirmide a seguinte: cada 1
toneladas devero ser representadas por uma
barra de 1 cm de comprimento.
A pirmide construda dever ser semelhante, em termos
do formato, pirmide de biomassa vista anteriormente.
importante averiguar o comprimento de cada barra, que
deve estar de acordo com as instrues do problema. Como
a barra que representa a biomassa das baleias proporcio-
nalmente muito pequena, no se espera a preciso indicada
(0,15 centmetro); o importante que os alunos percebam
que essa barra bem menor que as outras. A imagem a
seguir est fora de escala, mas representa esquematicamente
como dever car a gura depois de construda.
Figura 4.
O enunciado informa que, quando se passa de um nvel
trco a outro, perde-se 90% da massa, ou seja, apenas 10%
da massa do nvel anterior passa para o seguinte. Seguindo
esse raciocnio, a massa de baleias-azuis deve ser 10% da de
krill, que por sua vez 10% da de toplncton. Como h 150
mil toneladas de toplncton, deve haver 15 mil toneladas
Fitoplncton (15 cm)
Baleia-azul (0,15 cm)
Krill (1,5 cm)
Fique atento!Nesta Situao de Aprendizagem, voc pde observar esquemas que so tpicos da Biologia,
como as cadeias alimentares e as pirmides de biomassa. Todas as outras disciplinas e reas do conhecimento, como a Fsica, a Histria e a Matemtica, possuem tambm os seus esquemas espe-cficos (lembre-se, por exemplo, das linhas do tempo nas aulas de Histria ou dos diagramas de conjuntos nas aulas de Matemtica). s vezes, esses esquemas usam um mesmo smbolo para repre-sentar coisas muito diferentes, como as setas, por exemplo: elas aparecem em vrios esquemas e, mesmo dentro de uma mesma rea, podem ter significados distintos.
Observe as figuras a seguir. Na figura que mostra os sapos, as setas querem dizer mudana de estgio ou dessa fase, muda para a seguinte na cadeia alimentar, as setas querem dizer serve de
42
Esquemas em que as setas tm signicados diferentes.
L
ie K
obay
ashi
Iva
nia Sa
ntan
na/K
ino
Figura 41.
alimento para; na linha do tempo, elas indicam a direo em que o tempo passa, ou seja, de que lado esto os fatos mais antigos e de que lado esto os mais recentes. E, em uma placa de trnsito, podem significar algo totalmente diferente.
Esteja atento aos diferentes significados que os vrios esquemas trazem e faa, mentalmente, perguntas simples como esta: O que quer dizer a seta neste esquema?. Sempre que tiver dvida, procure perguntar a uma pessoa que j esteja familiarizada com o esquema, como os seus profes-sores. Isso sem dvida ajuda a entender melhor o seu livro didtico, os jornais, as revistas e muitas outras coisas que voc ver fora da escola.
1 500 1 822 1 888
Descobrimento Independncia Abolio da do Brasil do Brasil escravatura
43
Biologia 1a srie Volume 1
Contedos e temas: uxo de energia e matria nos seres vivos; ciclo do carbono.
Competncias e habilidades: resumir informaes em esquemas; redigir textos a partir de esquemas; reconhecer a continuidade do uxo de matria e energia na natureza; reconhecer o processo de fotossntese em vrios contextos.
Sugesto de estratgias: interpretao dirigida de