Biomassa

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  • 7/17/2019 Biomassa

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    ASSOCIAO BRASILEIRA DAS INDSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVINSTITUTO BRASILEIRO BIOMASSA PELLETS BRIQUETE

    BRASIL BIOMASSA E ENERGIA RENOVVEL

    ATLAS BRASILEIRO BIOMASSA FLORESTAL E INDUSTRIALAGROINDUSTRIAL

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    Atlas Brasileiro Biomassa Florestal e Industria e Agroindus

    Brasileira das Indstrias de Biomassa e Energia Renovve

    Instituto Brasileiro Biomassa Pellets Briquetes e do Comit Co

    Biomassa e Energia Renovvel. Coordenado pelo presidente

    Oliveira Curitiba. Paran. 2015

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Co

    da Biomassa e Bioenergia no Brasil 2. Projees de Produ

    Biomassa 3. Gerao energia com o uso da Biomassa - 4. e Nacional da Biomassa - 5. Energia Renovvel 6. Eficin

    Energia eltrica Brasil - 8. Fonte alternativa de energia.

    CDU 620.95(81)CDD333.95

    II. Ttulo. CDU 621.3(81)2030: 338.28

    Registrado na Biblioteca Nacional

    Todos os direitos reservados a Associao Brasileira d

    Biomassa e Energia Renovvel

    Copyright by Celso Marcelo de Oliveira

    Nenhuma parte deste estudo tcnico pode ser reproduzida

    qualquer forma ou meio, incluindo fotocpia, gravao ou in

    meio eletrnico, sem a permisso ou autorizao por esc

    autora. Traduo e reproduo proibidas: total ou parcial s

    expressa do autor. Lei 9.610, de 19de fevereiro de 1998.Ed

    Brasil e Portugal

    ASSOCIAO BRASILEIRA DAS INDSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVVEL

    Sede Administrativa Brasil Av. Candido Hartmann, 570 24 andar Conj. 243 80730-440 Champagnat Curitiba ParanFone: 41 33352284 - Celular 41 88630864 41 9Skype Brazil Biomass (celso.marcelo.de.oliveira) E-mail [email protected] ou [email protected]

    URL Brasil Biomassa www.brasilbiomassa.com.brBrasil Biomassa Empresa http://www.wix.com/abibbrasil/brasilbiomassaBrasil Biomassa Consultoria http://brasilbiomassa.wix.com/consultoria Brasil Biomassa - WoodPellets http://abibbrasil.wix.com/woodpelletsBrazil Biomass http://www.wix.com/abibbrasil/brazilbiomass Brasil Biomassa Wood Bio Briquete http://www.wix.com/abibbrasil/briquete

    ATLAS BRASILEIRO BIOMASSA FLORESTAL E

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    Apoio aos projetos nacionais e

    discusso com os players comerciais e

    de e fundos nacionais e internacionais

    de investimentos em biomassa. Os

    nossos valores envolvem o

    desenvolvimento de projetos

    sustentveis e de valorizao ao meio-

    ambiente.

    O principal objetivo da ABIB Brasil

    apoiar as indstrias brasileiras de

    biomassa e bioenergia, woodchips,

    pellets e briquetes a todos os nveis, de

    promover a utilizao da biomassa

    como fonte renovvel de energia, a

    desenvolver conceitos inovadores

    bioenergia e fomentando a cooperao

    internacional no mbito das energias

    renovveis.

    Buscamos contribuir para o

    desenvolvimento social, econmico e

    ambiental, por meio da utilizao

    responsvel dos recursos naturais

    renovveis para a gerao de energia.

    Cabe ainda Associao em promover

    cursos/seminrios e editar publicaes

    tcnicas; trocar informaes com

    entidades nacionais e internacionais,visando ao desenvolvimento e

    capacitao de suas Associadas com

    nfase na defesa dos interesses do

    Setor de Biomassa e Bioenergia.

    ASSOCIAOBRASILEIRA DAS INDSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVVEL

    A Associao Brasileira das Indstrias de Biomassa e Energia Renovvel fundada em abril de 2009 como

    uma associao nacional representativa do setor das indstrias de biomassa e bioenergia no Brasil.

    Atualmente temos 1259 empresas associadas no Brasil sendo a maior entidade internacional do setor de

    biomassa e bioenergia (com estatutos sociais, ata de fundao e de eleio). Como princpios, a

    Associao Brasileira das Indstrias de Biomassa e Energia Renovvel busca:

    Garantir a sustentabilidade na produo, consumo e no uso da biomassa, woodchips, pellets e briquetes

    para fins de energia.

    Assegurar a realizao de projetos industriais que incrementem a eficincia operacional do sistema

    energtico.

    Buscar melhoria contnua da qualidade dos produtos industriais sustentveis.

    1.Colaborao

    biomassa e bioe

    desenvolvimento

    poltica de pa

    certificao n

    produtos industri

    pellets e briquete

    2.Pesquisa inddesenvolvimento

    nacional

    industriais.

    3.Apoio tcnic

    desenvolvimento

    brasileiro de

    tecnologia n

    queimadores

    industrial e aos

    industriais qu

    mercado internac

    4.Estudos de ord

    mais de 3

    publicados e est

    de mercado e o

    de Biomassa e B

    5.Acompanhame

    mercado inte

    consumo e a

    Revista Brasileira

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    13.Colaborao com instituies pblicas

    e privadas, agentes financeiros e demais

    interessados com relao pesquisa,

    estudos e projetos de biomassa.

    14.Fornecimento de subsdios para a

    formulao e execuo das polticas

    energticas nacionais aproveitamento

    florestal, industrial e agroindustrial.

    15.Estudos e projetos sobre o uso de

    Mecanismos de Desenvolvimento

    Limpo(MDL) de gerao de energia, de

    Certificados de Crdito de Carbono(CRCs),

    dos benefcios da Conta de Consumo de

    Combustveis(CCC).

    Mantemos um acordo de cooperao com

    a European Biomass Industry Association,European Biomass Association, Austrian

    Biomass Association, Bulgarian Biomass

    Association, Croatian Biomass Association,

    Danish Biomass Association, The

    Bioenergy Association of Finland, France

    Biomass Energy, German BioEnergy

    Association, Greek Biomass Association,

    Italian Biomass Association , The

    Netherlands Bio-energy Association,

    Norwegian Biomass Association,

    Renewable Energy Spain, Swedish

    Bioenergy Association, Renewable Energy

    Association e American Council on

    Renewable Energy

    ASSOCIAOBRASILEIRA DAS INDSTRIAS DE BIOMASSA E ENERG

    6.Participao de projetos

    governamentais e de acordo bilateral de

    bioenergia e biomassa.

    7.Apoio aos projetos nacionais e

    discusso com os players comerciais e

    de e fundos nacionais e internacionais

    de investimentos em biomassa.

    8.Participao e organizao de eventos

    nacionais e internacionais biomassa.

    9.Desenvolvimento do sistema de

    catalogao, divulgao e difuso de

    informaes cientficas, tecnolgicas,

    econmico-comerciais, scio-ambientais,

    estudos e programas de biomassa.

    10.Desenvolvimento de estudos para a

    formao de uma rede de laboratrios

    especializados em ensaios, pesquisas

    para estimulao de credenciamento

    das indstrias brasileiras.

    11.Interao com rgos responsveis

    pelos recursos energticos com vistas a

    difuso de dados sobre aproveitamentos

    de biomassa.

    12.Desenvolvimento cientfico e

    tecnolgico e promoo de intercmbio

    de informaes com instituies no

    Brasil e no exterior.

    CONSELHO DIRETOR ABIB 2014-2018

    PRESIDENTE CELSO MARCELO DE OLIVEIRA DIRETOR DA BRASIL BIOMASSA EENERGIAVICE PRESIDENTE BIOMASSAE PELLETS JORDANO BUSATTO MILANI DIRETOR BR BIOM

    VICE PRESIDENTE FLORESTAL E MADEIRA MARCOS STOLF DIRETOR STOLFIBER FIBRA E

    VICE PRESIDENTEINTERNACIONAL THIAGO ANDRADE-EUROPA DIRETORDA WOOD PELL

    VICE PRESIDENTESUSTENTABILIDADEAMBIENTALGERSON SAMPAIO FILHO DIRETOR D

    SECRETARIAGERAL E DIRETORIA JURDICA MARIA DENISE MARTINS EMPRESA MDM CO

    DIRETORIAEXECUTIVA EM BIOENERGIA DIRETOR NORIVAL RICO FILHO BEIJA FLOR AGRO

    DIRETORIAEXECUTIVA EM PROJETOSSUSTENTVEIS DIRETORJOS SOARES SOBRINH

    DIRETORIA EXECUTIVAEM DESENVOLVIMENTOCARLOS ALBERTO DALPRAT DIRETORMA

    DIRETORIAEXECUTIVA EM PRESERVAOAMBIENTAL DIRETORANTONIO CARLOS MON

    DIRETORIAEXECUTIVA PROJETOSDE RESDUOSDIRETOR JOSCARLOS SOTTO MAIOR E

    DIRETORIA EXECUTIVANEGCIOS INTERNACIONAIS DIRETORPEDRO MARTINS DE AZEV

    DIRETORIAEXECUTIVA EM ENGENHARIAINDUSTRIAL DIRETORIVO DARCY BUSETTO IB C

    DIRETORIAEXECUTIVA EM PROJETOSBIOMASSAE PELLETS DIRETORJOS SCHARTNER

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    Avaliao do potencial de biomassa, que

    compreende a formulao de cenrios sobre o setor

    florestal, industrial valorando os resduos gerados

    (explorao florestal e industrial) em cada setor e a

    denominao do potencial de gerao de resduos.

    Avaliao do potencial energtico da silvicultura

    (florestal e industrial) denominando por gerao

    total de biomassa no Brasil por regio e pelos

    setores industriais tendo uma tendncia final do

    volume total de biomassa disponvel noBrasil.

    Avaliao da disponibilidade de biomassa com o

    acesso comercial no Brasil tipificando a sua

    disponibilidade e um preo por fonte produtiva

    (custo por fonte) para um estudo futuro de

    viabilidade econmica, bem como a tendncia de

    disponibilidade futura.

    Os objetivos especficos do atlas: Identificar e

    quantificar os resduos gerados na, silvicultura;

    quantificar o potencial total de gerao de energia a

    partir dos resduos gerados (biomassa); identificar

    os impactos ambientais potenciais dos resduos

    gerados, mostrando os principais problemas atuais

    e futuros; e analisar o cenrio brasileiro e regional

    em relao gerao de resduos e ao seu

    potencial energtico para uma avaliao tcnica.

    O aproveitamento da biomassa florestal e industrial

    podem ser parte integrante do processo de gesto

    sustentvel e da cadeia de responsabilidade. Aspopulaes locais deveroser sensibilizadasacerca

    das vantagens de utilizao da biomassa, e das

    repercusses positivas em termos econmico,

    social e ambiental.

    APRESENTAO

    O Atlas Brasileiro de Biomassa Florestal e Industrial desenvolvido pela Associao Brasileira das

    Indstrias de Biomassa e Energia Renovvel visa reunir esforos entre diversos setores polticos e

    empresariais no Brasil no sentido de implementar uma estratgia integrada para o consumo,

    produo dabiomassa e no desenvolvimento de projetos industriais sustentveis

    O estudo envolveu levantamento de dados acerca da situao atual de gerao de resduos no

    segmento florestal, industrial, visando auxiliar na formulao e reformulao de polticas pblicas e

    programas de desenvolvimento brasileiro.

    Os resultados apresentados podero servir de base para uma melhor avaliao dos impactos

    ambientais do setor e para a anlise de possibilidades econmicas de utilizao dos resduos para

    gerao de energia por meio de reaproveitamento da biomassa, subsidiando a elaborao de planos

    de reduo, reutilizao e reciclagem dos resduos gerados. Nos aspectos metodolgicos os estudos

    desenvolvidos podem ser estruturados em grandes grupos, a saber:

    Neste sentido, dedicainicial identificao das principais culturaspas apresentando os tovariveis de rea plantaproduzida e rendimeproduo, apresentadoUnidades da FederaoPas, usando como refede dados estatsticos organismos dedicados

    quantificao destes Brasil que destacamos:

    Instituto Brasileiro deEstatstica IBGE, do GSecretaria de Assuntos Presidncia da RepbliPesquisa Econmica Ministrio do Planejamee Gesto MP, com Produo Agrcola MunLeguminosas e OleaginAgrcola Municipal

    Temporrias e Permanda Extrao Vegetal e daCompanhia Nacional de CONAB, do Ministrio Pecuria e Abastecimentde Pesquisa e Desenvodo Ministrio do MConsultas de ordem tcFlorestal Brasileiro. ImCenbio. Embrapa. Assocde Produtores de FloresABIB Associao B

    Indstrias de BiomasRenovvel.

    Celso OliveiraPresidente da AssociaIndstrias de BiomasRenovvel

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    CELSO MARCELO DE OLIVEIRA. Consultor Esp

    Desenvolvimento de Projeto Empresarial Sustentve

    biomassa e bioenergia. Especializao em Bioenergia e

    Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Lis

    Autor das Obras Energia Renovvel, Wood Pellets Bras

    Bioenergia. Diretor Executivo da Brasil Biomassa e Eneempresa responsvel pelo desenvolvimento de 44 proj

    de produo de biomassa, bio woodpellets e bio wo

    Brasil, Estados Unidos e Europa. Conferencista com m

    cinco palestras em Congressos Nacionais e Inter

    destaque All About Energy, Biomass Investing Brazil,

    2011 e Amrica Pulp & Paper Outlook Conference. Res

    Acordo de Cooperao Internacional Brasil Frana

    Bioenergia e Pellets com a interveno do Syndicat Pgranuls de Bois France. Organizador de acordos ope

    companhias de produo e consumo de energia limpa

    os fundos clean energy nos Estados Unidos. E de acord

    exportao de WoodChips Paper e Biomassa para a

    Malaysia e Coria do Sul com a Beijing Nandu Trade

    Executivo da European EnergySRL.

    Coordenador do Congresso Brasileiro de Biomassa

    Convidado pelo Governo Federal para a participao d

    Holanda Acordo Bilateral de Bioenergia e Biomassa. Pr

    2018 da Associao Brasileira das Indstrias de Biom

    Renovvel. Diretor Executivo do Instituto Brasileiro Pell

    Briquete

    EDITOR E DIRETOR EXECUTIVO

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    BRASIL BIOMASSA E ENERGIA REN

    Fundada em 2005, com sede em Curitiba e filial em

    Brasil Biomassa a empresa pioneira no desenv

    projetos industriais sustentveis (participao, produ

    para fins de energia trmica e para exportao, engenh

    e gesto empresarial e investimentos e de desenvolvim

    negcios e marketing internacional) e lder na rea d

    especializada em estudos e projetos de uso e de

    biomassa (forma industrial pellets e briquetes) e c

    energia (trmica) e energias renovveis. Parceria

    German Pellets.

    Atuamos com uma equipe de 22 profissionais na rea d

    industrial e florestal, economia e planejamento estrat

    internacional e administrao. A Brasil Biomassa ap

    equipe multidisciplinar, com profissionais plenos e ex

    mais diversas especialidades. A Brasil Biomassa ap

    equipe multidisciplinar, com profissionais plenos e exmais diversas especialidades.

    Temos mais de 150 parceiros internacionais para o des

    de negcios. detentora de uma tecnologia industri

    na rea de produo de biomassa para energia trmic

    ao mercado internacional de celulose, projetos e

    woodpellets e bio wood briquete, na gesto de novos

    desenvolvimento da indstria de equipamentos e

    internacional. a empresa responsvel pelo desenvoprincipais projetos industriais (atendendo as maiores

    setor florestal, industrial, madeira, papel e

    sucroenergtico). Veja o vdeo de apresentao da Bras

    Energia Renovvel em Youtube (somente clicar aqui)

    BRASIL BIOMASSA E ENERGIA RENOVVEL

    Sede Administrativa BrasilAv. Candido Hartmann, 570 24 andar Conj. 243 80730-440Champagnat Curitiba Paran Fone: 41 33352284 - Celular 41 88630864 41 96473481

    Skype Brazil Biomass (celso.marcelo.de.oliveira)E-mail [email protected] ou [email protected]

    Brasil Biomassa Empresa http://www.wix.com/abibbrasil/brasilbiomassa

    Brasil Biomassa Consultoria http://brasilbiomassa.wix.com/consultoriaBrasil Biomassa - WoodPellets http://abibbrasil.wix.com/woodpellets

    Brazil Biomass http://www.wix.com/abibbrasil/brazilbiomassBrasil Biomassa Wood Bio Briquete http://www.wix.com/abibbrasil/briquete

    http://www.youtube.com/v/ehcIi1UMrTIhttp://www.youtube.com/v/ehcIi1UMrTI
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    8/154ENERGIA

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    Como conseqncia desta evoluo, as emisses de gases de efeito estufa n

    cresceram 38% entre 2000 e 2013, chegando a 35 GtCO2 ou mais de 6

    globais. A partir de 2011, as emisses comearam a desacelerar, mas ainda

    2% ao ano. Um fenmeno importante acontece nos Estados Unidos que,

    reduzidoo consumo de carvo (quevai sendo substitudo por gsde xisto), vm

    de aumentode produo de petrleo que passou a ser produto de exportao.

    tornar exportadores lquidos de petrleo na prxima dcada.

    Apesar de este ser um cenrio cruel, com contnuo aumento do cons

    combustveis fsseis, existe um universo em transformao. As energias renov

    as fontes fsseis na capacidade instalada anual em 2013 e a proporo de e

    matriz continua a crescer anualmente, aproximando-se de 20% (nos inicio dos

    em 2035.

    A participao dos combustveis fsseis no contexto mundial extremamente

    internacional parareduzir a utilizao do petrleoe derivados na produode e

    anos foi bem sucedido. Isto foi possvel devido a trs razes principais:

    econmica desfavorvel do petrleo e derivados para produzir eletricidade; 2)

    maisnobreseeficientespara estes combustveis, fora do setor eltrico; e 3)

    outras fontes energticas mais adequadaspara a produo de energia el

    natural, a nuclear e o carvo mineral, este ltimo apesar das emisses de CO2.O mundo utiliza majoritariamente no seu suprimento energtico, as fontes energticas primrias no

    renovveis, em particular, os combustveis fsseis petrleo, carvo mineral e gs natural. Estes

    combustveis so grandes emissores de CO2, um dos gases relacionados com o efeito estufa,

    causador de elevao da temperatura do planeta e de mudanas climticas. A matriz de energia

    mundial, teve uma oferta que evoluiu de 7.183 milhes de tep, em 1980, para 12.717 milhes de tep,

    em 2012com uma taxaanual mdia de crescimento de 1,9% no perodo.

    Entre 2000 e 2013, a demanda mundial de energia cresceu 38% e foi acompanhada do crescimento

    do consumo das fontes fsseis na mesma proporo (3%), sendo o crescimento mais acentuado para

    o carvo (70%), em especial por causa da China, e menos acentuado para o petrleo (17%). As

    energias renovveis tiveram crescimento de 81% no mesmo perodo, com destaque para solar(+14.000%), elica (+2.000%) e biocombustveis (622%). A participao das energias renovveis subiu

    de 7% para 9,3%, mas a participao das fontes fsseis permaneceu estvel em 86%, isso porque a

    oferta de energia nuclear caiu 4% e a proporo na matriz energtica global caiu de 6,3 para 4,4%. Ou

    seja, na ltima dcada, as energias renovveis tm ocupado espao da energia nuclear e ainda no

    tm sido capazesde reduzir o consumo das energias fsseis.

    MATRIZ ENERGTICA MUNDIAL

    Esta elevada utilizao dos combustveis fsseis na produo de eletricidade explicada por quatro

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    .A Administrao de Informao de Energia dos

    Estados Unidos (EIA, na sigla em ingls) no

    International Energy Outlook 2013 (Panorama da

    Energia Mundial 2013), projeta que, devido ao

    crescimento demo-econmico, o consumo de

    energia passar das atuais 524 quadrilhes de

    unidades trmicas britnicas (Btu) para 820

    quadrilhes deBtu em 2040 .

    Given current policies and regulations limiting

    fossil fuel use, worldwide energy-related carbon

    dioxide emissions rise from about 31 billion

    metric tons in 2010 to 36 billion metric tons in

    2020 and then to 45 billion metric tons in 2040,

    a 46-percentincrease.

    Coletando, revisando e projetando os dados

    energticos globais para o perodo 2010-2040, o

    EIA assume premissas econmicas e

    tecnolgicas para elaborao do IEO-2013, as

    quais lhe permitem a criao de um CenrioEnergtico de Referencia futuro e outros Cenrios

    Energticos Alternativos. Em suas publicaes,

    normalmente o EIA realiza distines entre pases

    membros da OCDE (Organisation for Economic

    Co-operation and Development) e os pases no

    membros (no- OCDE). De acordo com o cenrio

    de referncia do IEO-2013, o consumo de energia

    global dever aumentar 49% entre 2010 e 2040,

    elevando-se de 524,0 para 820,0 Quatrilhes de

    Btu (British thermal unit) durante este perodo.

    Observa-se, que aps uma retrao mundial

    entre 2008-2009, China e ndia hoje aceleram

    nveis de recuperao da demanda, enquanto o

    Japo e pases da Unio Europia tm atrasado

    este processo.

    O IEO-2013 tambm

    crescimento do PIB de pase

    OCDE), com expanso da a

    e aumento mdio anual

    poder aquisitivo .

    Neste cenrio, a demand

    elevar em 84% nas

    enquanto que nos pases m

    crescimento econmico pre2,0% a.a., e aumento tota

    apenas 14% durante todo o

    Os combustveis fsseis

    domnio. O petrleo co

    principal fonte de energ

    registrar um aumento

    demanda, o que deve pre

    Em suas premissas, o IE

    preos do petrleo bruto Unidos . Destaca-se que e

    fundamental para qualquer

    energtico, pois os preos

    afetam diretamente as

    consumo e a viabilidade eco

    de fontes alternativas de ene

    O gs natural deve cresce

    carvo dever manter a

    especialmente porque Ch

    grandes produtores e

    entanto, a EIA prev que a

    combustvel fssil na matriz

    partir de 2025, devido

    ambientais e climticas.

    Esta elevada utilizao dos combustveis fsseis na produo de eletricidade explicada por quatro

    razes principais:

    1) grande disponibilidade de recursos energticos, particularmente do carvo mineral;

    2) vantajosa competitividade econmica e ambiental (exceto as emisses de CO2 e mudanas

    climticas) com outras fontes energticas;

    3) favorvel viabilidade tcnica e econmica do seu transporte, inclusive a longas distncias (o comrcio

    de energia um dosmaioresdo mundo);

    4) adequadatecnologia, plenamente desenvolvida para o seu aproveitamento energtico.

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    Segundo o World Energy Outlook elaborado pela Agncia Internacional de Energia (IEA), a participao das en

    no hidreltricas na matriz energtica mundial ser de 15 20% em 2035. Biomassa tem sido uma importan

    Hoje, a percepo da biomassa est mudando e isso est sendo reconhecido como um valioso combustvel m

    proporcionar uma energia renovvel na gerao de energia. O Relatrio Especial sobre os Cenrios de Emiss

    a Mudana Climtica (IPCC) estima que o maior potencial em energia renovvel (2025), seja proveniente da b

    (70 a 140 EJ), seguido pela energia solar (16-22 EJ)e a elica (7-10 EJ).

    A Unio Europia publicou recentemente o Relatrio Annual de Biocombustveis 2013 com a Rede Global d

    Agricultura USDA dos Estados Unidos (Annual Biofuels Report for 2013 The European Union USDA Foreign Ag

    Global Agricultural Information Network). O relatrio revela que o consumo de biomassa, onde Estados-Memb

    forneceram estimativas do consumo final de energia da biomassa, a fim de atingir suas metas para 2020. A U

    atingir as metas de uso de energias renovveis em 2020 com o uso de bioenergia e biomassa devem aum

    energtico de 82 milhes de tepem 2010 para 135 Mtep em 2020. Os maiores aumentos so no setor eltric

    onde se espera que o uso da bioenergia deve dobrar de 10 milhes de tep para 20 Mtep para o setor de ener

    dobrar de 14 a 28 Mtep no setor dos transportes. Temos um crescimento de consumo de energia e da necess

    de biomassa, com destaque para a Blgica, Frana, Alemanha, Itlia, Holanda, Polnia e Reino Unido. O prin

    respeito da biomassa slida e gasosa utilizada no setor eltrico e calor, em vez de biocombustveis lquidos (

    setor de transporte. A utilizao destes doissetoresde energia em 2020 dever totalizar em 107 milhes dete

    Perspectivas Futuras Horizonte 2030. A oferta de energia dever

    acompanhar o crescimento da economia mundial, com uma

    elasticidade unitria, resultando numa elevao, em termos absolutos,

    do consumo dos combustveis fsseis e das emisses de CO2. Faz-se

    referncia aos estudos desenvolvidos pelo DOE-Department of Energy

    dos Estados Unidos da Amrica, de cenrios energticos mundiais ato ano 2030.

    A seguir, esto apresentados alguns resultados destes estudos. A

    oferta evolui de 12.809,5 milhes de tep, em 2007, para 17.094,6

    milhes de tep, em 2030, taxa anual mdia de crescimento de 1,5%,

    no perodo. A participao dos combustveis fsseis em 2030

    estimada em 83%, diante do valor de 85%, em 2010. Isto implica

    numa elevao,em valores absolutos, do consumo destes energticos,

    no perodo. A participao das fontes renovveis evoluiria de 9% para

    11%, neste horizonte. A oferta evolui de 1.767 milhes de tep, em2010, para 2.730 milhes de tep, em 2030, taxa anual mdia de

    crescimento de 2,2%, superior a correspondente da energia de 1,5%. A

    participao dos combustveis fsseis se mantm elevada, no patamar

    constante de 66%, e a das fontes renovveis, evoluiria de 14%, em

    2010,para 16 a 20%, em 2030.

    BIOMASSA NO CONTEXTO MUNDIAL

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    Evoluo da Matriz EnergticaBrasileira. No PNE-2030 se projeta para o Brasil

    239 milhes de habitantes, ou seja, 55 milhes de pessoas a mais do que em

    espera um aumento da renda nacional e uma melhor distribuio da mesma.

    Este conjunto de fatores, de acordo com o plano, impulsionar o consumo

    capita de energia no Pas, evoluindo-se dos atuais 1,2 para2,3 tepat 2030.A

    manter baixo grau de dependncia externade energia, custos da produo co

    nveis percentuais de emisses de gases.

    No PNE-2030 tambmse aponta que a diversificao da matrizenergtica brasesta estrategicamente incorporada dinmica da evoluo energtica do Pa

    plano, baseado em estudos de tendncia.

    Exemplifica-se que em 1970,apenasduas fontes de energia respondiam por 7

    energia: o petrleo e a lenha. J em 2000, eram trs energticos que respon

    consumo: petrleo, lenha e energia hidrulica. Para 2030, plano projeta q

    abrangendo 77% do consumo: petrleo, energia hidrulica, cana-de-acar

    contraponto desta diversificao de fontes a reduo da importncia da le

    nacional.

    O Brasil um pas que rene inmeras vantagens comparativas que o tornam capaz de atuar comolder no mercado mundial de produtos agrcolas, agroindustriais e silviculturas, em particular aqueles

    dedicados ao aproveitamento da biomassa residual para a gerao de energia. Destacam-se as reas

    disponveis para a agricultura com impactos ambientais circunscritos ao socialmente aceitos, a

    possibilidade de mltiplos cultivos ao longo de um nico ano, a intensa radiao solar recebida, alm

    da diversidade de clima, exuberncia de biodiversidade e a existncia de desenvolvimento cientfico e

    tecnolgico agrcola especfico da zona tropical,associado uma agroindstria slida eprodutiva.

    Perspectivas para Economia Brasileira. Para a economia brasileira se construiu quatro cenrios

    econmicos no PNE-2030, todos com crescimento do Pas bem acima da mdia mundial. No cenrio

    de referncia, admite-se no PNE-2030 um crescimento mdio 4,1% a.a. entre 2005 e 2030. Tambmse espera um forte crescimento nademandade energia primria interna,com esta saltando dos 218,7

    milhes de tep (2005) para cerca de 555 milhes de tep em 2030. Entretanto, a expectativa que a

    dinmica deste aumento no ser linear, sendo em mdia 5% a.a. entre 2005-2010, 3,7% a.a. entre

    2010-2020 e 3,5% a.a. entre 2020-2030. Esta variao no percentual justificada no plano por

    ganhos de eficincia energtica, tanto do lado da demanda quanto da oferta.

    MATRIZ ENERGTICA NACIONAL

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    .A poltica energtica brasileira pretende moldar a atual matriz energtica pelas iniciativas

    derivados de petrleo por fontes energticas nacionais (etanol da cana-de-acar, hidroe

    mineral e o uso da biomassa).

    Sem dvida, a reduo do ritmo de crescimento econmico nos ltimos anos no Brasil tam

    sobre o crescimento do consumo de petrleo e derivados, mas a reverso da tendncia d

    participao acabou se cristalizando e gerou, por exemplo, a oportunidade para um aumento

    biomassa na matriz energtica. Atualmente, os derivados de petrleo predominam na matriz d

    energia (41%), o que seexplica pela prevalncia do modal rodoviriono setor de transporte.

    A eletricidade a segunda forma de energia mais utilizada (19%). Biomassa e os produtos dtambm um grupamento relevante (12%), como resultado da insero do etanol nesta ma

    adio gasolina, do consumo na frota de veculos a lcool hidratado e, mais recentemente,

    veculos flex fuel. Dentro de uma perspectiva de longo prazo, uma questo que naturalm

    capacidade de a economia brasileira crescer com maior eficincia no uso da energia, portan

    intensidade energtica. A resposta a essa questo depende do cenrio em que se inscrever

    das opes estratgicas que forem feitas para sustentar tal crescimento.

    .

    O ponto que a forte presena da energia hidrulica e o crescimento do uso da cana-de-

    acar na produo de energia do Pas sustentam no longo prazo uma proporo de

    fontesrenovveis que deve manter a matriz energtica brasileira entre as mais limpas do

    mundo.

    Pelas expectativas apresentadas no PNE-2030, mesmo ao final do perodo, 45% da

    energia consumida no Brasil ser proveniente de fontes renovveis, graas ao etanol e a

    co-gerao eltrica de bagao de cana, assim como o aproveitamento do potencial

    hidreltrico daregio amaznica.

    Contexto Energtico Brasileiro. A busca das polticas mais apropriadas para tornar o

    planejamento energtico eficaz requer que, inicialmente, se identifiquem os

    determinantes de maior relevncia para a evoluo do setor de energia. A anlise dos

    determinantes econmico-energticos constitui-se em parte fundamental do processo de

    elaborao de estudos prospectivos. A evoluo do contexto energtico moldar a

    ambincia na qual os agentes do setor iro atuar ese posicionar estrategicamente.

    Dessa forma, a matriz energtica de um determinado perodo reflete a interao das

    decises correntes e passadas, tomadas pelos agentes setoriais dentro de um contexto

    energtico especfico.

    N f t i t l b l d i t f i d 4 9% O t l l t b

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    Na biomassa, o destaque fica com o bom desempenho da gerao por bagao de cana, com crescimento de 8,1% em 2014. De

    fato, o setor sucroalcooleiro gerou 32,3 TWh em 2014, sendo 19,1 TWh destinados ao mercado e 13,2 TWh destinados ao

    consumo prprio. Assim, a gerao por bagao de cana representa 70% da gerao total por biomassa, tendo sido gerados os

    30% restantes, principalmente, pela indstria de papel e celulose, coma utilizao de lixvia, lenha e resduos de rvores.

    A oferta total de bioenergia em 2014 foi de 84,4 milhes de tep (1.640 mil bep/dia), montante correspondente a 27,6% da matriz

    energtica brasileira. Os produtos da cana (bagao e etanol), com 48,1 Mtep, responderam por 57% da biomassa e por 15,7% da

    matriz. A lenha, com 24,7 Mtep, respondeu por 29,3% da biomassa e por 8,1% da matriz. Outras biomassas (lixvia, resduos de

    madeira, resduos da agroindstria e biodiesel), com 11,6 milhes tep, responderam por 13,7% da biomassa e por 3,8% da

    matriz.

    Nas fontes no-renovveis, a taxa global de crescimento foi de 4,9%. O gs natural, pelo porte, se sobr

    acentuado aumento do seu uso na gerao de energia eltrica. Em seguida vem o carvo mineral tambm in

    uso na geraoeltrica.Neste contexto, as fontes renovveis passaram a uma participao de 39,4% na dema

    de 2014, contra os 40,4% verificados em 2013.

    A expressiva participao da energia hidrulica e o uso representativo de biomassa na matriz energtica bras

    indicadores de emisses de CO2 bem menores do que a mdia mundial e dos pases desenvolvidos. No p

    tCO2/tep de energia consumida, o indicador do Brasil ficou em 1,59 (2014), enquanto que, nos pases da OC

    ficouem 2,31 (2012) e,no mundo, ficou em 2,37 (2012).

    Em 2014, o Brasil reduziu o seu patamar de dependncia externade energia em relao a 2013, resultado priaumento da produo de petrleo. Assim, a dependncia externa de energia ficou perto de 40 Mtep (4

    correspondendo a 12,7% da demanda total de energia do Pas. Na rea de petrleo e derivados, o Brasil aind

    6,3% da demanda de 2014 (13,8% em 2013), com importaes lquidas de 160 mil bep/dia (339 mil bep/dia

    Na composio da oferta de produtos da cana, aparece o etanol, com 14,9 Mtep (31,1%) e o bagao de ca

    (68,9%). Na matriz energtica brasileira, o bagao representou 10,9%, e o etanol, 4,9%. Em 2014, a produo

    28,5 milhes m, mostrando aumento de 3,3% sobre a produo de 2013. O consumo rodovirio, de 25 m

    9,3%, e as exportaes lquidas recuaram 83%,correspondendo a 0,5 milhesm (3,2 milhes m em 2013).

    A produo de biodiesel foi de 3.420 mil mem 2014, mostrando umcrescimento de 17,2% sobre 2013, e co

    mistura de 7% ao diesel fssil. O biodiesel representa 0,95% da matriz energtica brasileira. A capacidad

    unidades produtoras de biodiesel, existentes em dezembro de 2014, totalizou 7.502 mil m/ano, sendo 44%

    Oeste, 35% na regio Sul, 12% na Sudeste, 6% na Nordeste, e 3% na Norte. So 42 usinas detentoras do Selo

    correspondendo a 88,7% da capacidade instalada total.

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    BIOMASSA FLORESTAL E INDU

    A Biomassa toda a matria orgnica A gesto sustent

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    BIOMASSA

    A Biomassa, a mais antiga forma de energia renovvel, tem sido utilizada desde h milhares de anos. Contudo, a sua

    taxa de utilizao relativa decresceu com o aumento da utilizao de combustveis fsseis, como o carvo. O termobiomassa foi inicialmente introduzido por Eugene Adam, que referiu que a biomassa constituda pelo material

    produzido por todos os seres vivos (animais, vegetais, fungos).

    Todo o recurso renovvel oriundo de matria orgnica, que pode ser utilizada na produo de energia.Assim como a

    energia hidrulica e outras fontes renovveis, a biomassa uma forma indireta de energia solar. A energia solar

    convertida em energia qumica, atravs da fotossntese, base dos processos biolgicos de todos os seres vivos. No

    contexto da produo de energia, entende-se por biomassa a frao biodegradvel de produtos e resduos

    provenientes da agricultura (incluindo substncias vegetais e animais), da silvicultura e das indstrias conexas, bem

    comoa frao biodegradvel de resduos industriais e urbanos (Directiva 2001/77/CE).

    De acordo com a definio anterior, a biomassa pode subdividir-se em biomassa slida, lquida e gasosa. A biomassa

    slida tem como fontes os produtos e resduos slidos provenientes da fileira agro-florestal e das indstrias conexas,

    assim como a frao biodegradvel dos resduos industriais e urbanos. A biomassa lquida, isto , os biocombustveis,

    tm a sua origem principal em culturas agrcolas. A biomassa gasosa, ou biogs, tem origem nos efluentes

    agropecurios, agro-industriais e urbanos (ex. lamas das ETARs e aterrosde Resduos Slidos Urbanos).

    A Biomassa toda a matria orgnica

    produzida e acumulada num ecossistema. As

    plantas e as rvores removem o dixido de

    carbono (CO2) da atmosfera e armazenam-

    no sob a forma de compostos orgnicos

    enquanto crescem, atravs do processo da

    fotossntese. Neste processo a luz, a gua, os

    sais minerais do solo e o CO2, so utilizados

    como matrias-primas. A fotossntese

    decorre enquanto tiver disponvel luz, gua eCO2. A queima de biomassa em habitaes,

    em processos industriais, para a produo

    de energia eltrica, devolve atmosfera o

    CO2 retido. O crescimento de novas plantas

    e rvores mantm o ciclo do carbono

    atmosfrico em equilbrio, atravs da

    reabsoro deste CO2. Este ciclo de carbono

    zero ou neutro pode ser repetido

    indefinidamente, desde que a biomassa seja

    regenerada nos prximos ciclos, colhida parautilizao e replantada de novo.

    A gesto sustent

    biomassa de ext

    para garantir que o

    no seja interrom

    esta condio ape

    excluir, para efeito

    emisses adiciona

    libertadas na

    tratamento e transp

    De qualquer formado CO2 neste sist

    que o balano de

    de produo de e

    partir de um combu

    por exemplo,

    combustveis fss

    gs, o petrleo e o

    considerados neu

    visto que libertam

    armazenado durante no possuem qu

    de armazenamento

    A biomassa um tipo de matria utilizada na produo de energia a partir de p

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    p p g p p

    combusto de material orgnico produzida e acumulada em um ecossistema,

    produo primria passa a incrementar a biomassa vegetal do ecossistema. P

    acumulada empregada pelo ecossistema para sua prpria manuteno.

    No Congresso Internacional da ACORE definiu-se o conceito de biomassa

    aplicamos a nossa realidade nacional. Biomassa qualquer material orgnico.

    Matria-prima do processo de desbaste (resduos) florestal onde:

    (I) so subprodutos do processo florestal (madeira, celulose), industrial ou agrc

    (II) socolhidos de acordo com as leis de manejo florestal.(III) materiais residuais, incluindo:

    A) resduos de culturas;

    (B) outros materiaisvegetativos e leos minerais (incluindo resduos de madeira

    (C) de resduos animais e subprodutos (incluindo as gorduras, leos, grax

    animais); e

    (D) a frao de materiais biognicos, incluindo todos os resduos seg

    alimentares, resduos de jardim e de guas residuais bioslidos estao de trat

    (IV) materiais vegetais, incluindo

    (A) gros; (

    (B) B) outros produtos agrcolas;

    (C) rvores colhidas em conformidade com as leis de manejo florestal, as regra

    (D) de outras plantas, e

    (E) algas, plantas aquticas e derivados (incluindo leos).

    A biomassa constitui uma fonte renovvel deproduo energtica para a produo de eletricidade, calor ou combustvel.

    Com o crescente protagonismo dos efeitos dos combustveis fsseis no ambiente, tais como as alteraes climticas, o Homem est a redescobrir as vantagens da biomassa. Os po

    incluem:

    - A reduo das emisses de carbono,se geridas (durante a produo, transporte e utilizao) de forma sustentvel;

    - O aumento dasegurana energtica pela diversificao das fontes deenergia e utilizao de fontes locais;

    - A criao de proveitos adicionais para os setores agrcola e florestal;

    - A reduo da produo de resduos perigosos.

    A utilizao da biomassa apresenta vantagens de natureza to diversa como a reduo da emisso de gases com efeito de estufa, o aumento da diversidade de oferta de energia. As va

    custo, ser renovvel, permitir o reaproveitamento de resduos e ser menos poluente que outras formas de energias, como aquela obtida a partir da utilizao de combustveis fsseis com

    mineral .

    O termo biomassa florestalpodeser dividido em:

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    O termo biomassa florestal podeser dividido em:

    a) Biomassa florestal primria (BFP), a frao biodegradvel dos produtos gerados pela floresta e que so

    processados para fins energticos, nomeadamente os materiais vegetais procedentes das operaes silvcolas

    como: podas, toias, desbastes, cortes fitossanitrios, bem como, cortes finais ou cortes intermdios, lenhas de

    podas e desramaes e material vegetal proveniente de culturas energticas, lenhosas ou herbceas, instalados

    em reas florestais;

    b) Biomassa florestal secundria, a matriaorgnica residual, composta por costaneiras, serriagem, maravalha ou

    p de serra, licores negros, recortes, aparas, biomassa etc., que gerada nos processos da indstria detransformao e processamento de madeiras, tal como as serrarias e madeireiras, fbricas de papel e celulose,

    laminadoras e embalagens, painel de madeira, mdf e compensado ou de movelaria, bemcomo, restosde madeiras

    oriundos de outras atividades industriais como paletes, embalagens e resduos urbanos de demolies.

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    Biomassa Energtica Florestal. So os biocombustveis provenientes dos recu

    produtos e subprodutos, que incluem basicamente biomassa lenhosa, p

    sustentvel a partir de florestas cultivadas ou de florestas nativas, obtida por de

    floresta nativa para abertura de reas para agropecuria, ou ainda originada

    processam ou utilizam a madeira para fins no energticos, destacando-se a i

    celulose, industria moveleira, serrarias. O contedo energtico desta classe

    associado celulose e lignina contidas na matria e seu baixo teor d

    aproveitamento no uso final energtico se realiza, principalmente, atravs das rotransformao termoqumica mais simples, como combusto direta e carboniza

    complexas tambm so empregadas para a produo de combustveis lquido

    metanol, etanol, gases de sntese, licor negro (um subproduto da indstria

    outros.

    Benefcios Econmicos no Uso da Biomassa. Aumentar a diversificao da

    reduzindo a dependncia de combustveis fsseis com a utilizao da bioma

    energtico para a garantia do suprimento, reduzindo a vulnerabilidade s oscila

    s instabilidades polticas dos pases produtores.

    Benefcios Sociais no Uso da Biomassa. A gerao de empregos, direreconhecidamente uma das maiores vantagens das energias renovveis, em es

    A atividade contribui para um ciclo virtuoso de aumento dos nveis de consumo e

    incluso social, gerao de mais atividades econmicas, fortalecimento

    promoo do desenvolvimento regional e reduo do xodo rural. No Brasil, o se

    cana-de-aar tem importncia relevante na gerao de empregos, contando

    milho de pessoas diretamente empregadas, sendo a produo de biomassa, e

    os outros recursos energticos, a atividade que envolve mais empregos.

    Benefcios Ambientais no Uso da Biomassa. O aquecimento global, agravad

    emisso de gases de efeito estufa (GEE) por fontes antrpicas, levou pases m

    assinarem o Protocolo de Quioto, que determina a reduo nas emisses desegundo perodo de compromisso do Protocolo de Quioto, existe uma tend

    aumente a presso sobre alguns pases em desenvolvimento, como China e nd

    venham a terque assumir algum compromisso (meta) com a reduo de emiss

    BIOMASSA ENERGTICA

    Energia da Biomassa. A biomassa, essencialmente uma forma de energia solar armazenada, as

    rvores usam a luz solar, na fotossntese, para converter o dixido de carbono (CO2) e gua (H2O)

    em produtos de alto teor energtico, que soos carboidratos e oxignio. No processo de combusto

    a energia armazenada na biomassa blindada e aproveitada para a gerao de calor, vapor ou

    eletricidade. A quantidade de energia liberada pela madeira por unidade de massa na combusto,

    conhecida como poder calorfico. Esta energia pode ser expressa como poder calorfico superior

    ou poder calorfico inferior, dependendo se o calor blindado pela condensao de gua de

    constituio docombustvel ou no considerado.

    O poder calorfico de um combustvel a quantidade de energia liberada durante a combusto

    completa por unidade de massa do combustvel a presso constate. No Sistema Internacional de

    Unidade (SI), o poder calorfico expresso em joules por grama (J/g) ou quilojoules por quilograma

    (kJ/kg). Porm, a unidade mais usada para combustveis slidos calorias por grama (cal/g), ou

    quilocalorias por quilogramas (kcal/kg), e para combustveis gasosos calorias por metro cbico(cal/m). A energia pode ser expressa como poder calorfico superior (PCS) ou poder calorfico

    inferior (PCI). O PCS obtido a partir do combustvel seco, enquantoque o PCI considerao contedo

    de gua constituinte do combustvel e o calor perdido com a vaporizao da gua. Portanto, o PCI

    retratamelhor a quantidade de energia de um combustvel.

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    Toda atividade florestal deve ser planejada para a

    obteno de um determinado produto, o qual se pode

    chamar de produto principal, como toras de madeira,

    cascas, sementes, leos e resinas. No caso das toras

    de madeira, o processo de obteno implica,

    necessariamente, na formao de outros materiais

    que no sero aproveitados como produto principal, o

    que se deve a suas dimenses ou caractersticasdiferentes das requeridas para tanto. Porm,

    dependendo das espcies que constituem o

    ecossistema florestal e do manejo adotado, grande

    parte do material lenhoso acaba no sendo utilizado

    permanecendo na floresta sem valor comercial e, por

    estarazo, chamado resduo florestal.

    Caractersticas dos Resduos da Colheita Florestal. Os

    resduos resultantes das operaes de colheita

    florestal geralmente so deixados na floresta por no

    possurem aproveitamento, como galhos e ramos,

    parte superior das rvores, toras que no atingem

    dimenses necessrias mnimas de uso ou de valor

    comercial insuficiente que justifique a sua remoo.

    Chamados tambm de resduos de explorao

    florestal, quando so formados a partir desse tipo de

    atividade, os resduos florestais, na verdade tm como

    origem principal a queda natural de rvores ou partes

    delas. Definimos os resduos florestais como todo o

    material resultante da explorao comercial da

    madeira e que permanece sem utilizao industrial

    definida. Esses resduos podem ser compostos de

    galhos, copas, rvores cujo dimetro inferior ao

    dimetro comercial mnimo, rvores doentes, rvores

    mortas, tocos e razes.

    BIOMASSA RESIDUAL FLORESTAL

    As partes que constituiro os re

    dependem das prticas de expl

    da utilizao florestal, assim q

    apenas do fuste sem casca, o re

    casca, a copa, toua e razes.

    menos de dois teros de u

    retirados da floresta para a co

    seja, cerca de 33% da massa ddeixados na floresta por ocas

    Alm dos resduos, h perd

    durante as operaes da colhei

    torno de 8 a 10%. Os resduos

    ser classificados em dois difer

    acordo com o dimetro das p

    peas menores so conside

    Lenhosos Finos (RLF) e pe

    chamadas Resduos Lenhosos

    Entretanto, a definio dos dimmximo, de incluso em ca

    classes varia bastante entre o

    sentido importante classif

    aqueles com dimetro10 cm,

    esto as peas com maiores c

    nutrientes, porm, em geral

    estes so compostos de peas

    dimetro igual ou superior a 7

    Normativa 302/84 do IBDF (IB

    resduos florestais como sobrasno o objeto prioritrio da ativ

    da alterao sofrida pela matr

    quando submetida ao ex

    processos mecnicos, fsicos e/

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    C lassificao dos Resduos Florestais. Basicamente, os resduos florestais podem ser classificados em resduos do manejo florestal e tratos silviculturais (referentes a desbastes e desr

    colheita florestal (galhos, topos, folhas, tocos, casca e outros resduos) e resduos do beneficiamento da madeira (gerados na indstria de base florestal, como cascas, resduos de serrachapas de madeira, licor-negro). No que tange aos resduos florestais podemos considerar todos os materiais orgnicos que sobram na floresta aps a colheita como os resduos len

    madeira, com ou sem casca, os galhos grossos e f inos, as folhas, os tocos, as razes, a serapilheira e o descarte (tora com defeitos). Os resduos florestais, obtidos a partir de um manejo

    de reflorestamento, pode incrementar a produtividade energtica futura das florestas. Os mtodos para caracterizao dos resduos so definidos em funo do objetivo dessa carac

    ento caracterizar o resduo em funo de sua origem, de seu tipo, de seus fatores geradores, de sua quantidade, de sua composio/periculosidade, de suas caractersticas fsicas, de su

    sua disperso espacial e de suas formasde manejo.

    Os resduos da colheita florestal podem ser compostos por galhos, copa, casca, raiz, rvores mortas, rvores abatidas acidentalmente, cepas, cips, outras espcies no arbreas

    abandonadas. Osresduos so gerados ao longo de toda a cadeia produtiva. A quantidade e os tipos gerados variam com as caractersticas da floresta, da espcie, da natureza da matri

    do grau de processamento, da eficincia do processo de transformao, tipos de mquinas empregadas ela indstria, nmero de operaes do processamento, qualificao da m

    exigncias do mercado. A valorizao e a minimizao de resduos so estratgias dos modelos de gesto emProduoMaisLimpa,que busca a maior sustentabilidade nos sistemasda reduo no consumo de energia, do uso racional dos recursos e da reduo dos impactos ambientais negativos. A produo mais limpa a aplicao contnua de uma estratgia am

    integrada, empregada nos processos, nos produtos e nos servios para aumentar a eco eficinciae reduzir os riscos para os seres humanos e para o meio ambiente. A quantidade d

    que permanece no campo depende de uma srie de causas associadas qualidade da floresta, homogeneidade das rvores, limite mnimo pr-estabelecido para o secionamento

    industrial, equipamentos disponveis para a colheita, cuidados e qualificao dos operadores florestais, e gesto que se pretende adotar na coleta e utilizao dos resduos lenhosos. As

    na colheitada floresta plantada podem ser significativas. Alm dos resduos, h perdas de madeira durante as operaes da colheita, que giramem torno de 8 e 10% (FAO).

    RESDUOS FLORESTAIS

    TIPO RESDUO FLORESTAL

    RVORE Todos os componentes da rvore, razes, touas, fuste total,

    ramos, folhas ou acculas e frutos

    RAZES E TOUA Toua (depende da sua altura) e todas as razes

    FUSTE Tronco da rvore englobando a casca, da toua ao topo, exceto

    folhas ou acculas, ramos e frutos.

    PONTAS Parte do fuste total que no aproveitado em explorao

    normal.

    COPA Todos os ramos, folhas ou acculas, ponteiro e frutos.

    RAMOS Todos os ramos e galhos, excluindo folhas ou acculas

    FOLHAGEM Todas as folhas ou acculas, flores e frutos.

    A quantidade de madeira utilizvel perdida est presente em todas as fases da colheita florestal, desde o corte, a

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    extrao e o transporte, e este material representa uma significante parte do total removido de uma floresta. So as

    seguintes as principais formas de se perder madeirana colheita florestal:

    Toco alto. Quando o operador da motosserra ou da colheitadeira florestal corta a rvore, ele deixa no campo uma

    cepa ou toco. Podemos perder entre 0,5 de madeira no campo, se o corte para o abate da rvore for mais alto do

    que o necessrio.

    Tocosaltssimo. Podemsignificar perdas de 3 a5% do volume dasrvores assim abatidas.No cortedas torasdevido

    aos rotores ou s lminas de corte (serras). As mquinas modernas de colheita possuem dispositivos de corte que

    variam de 0,8 at 3 cm, conforme seu desenho e conceito de operao.As motosserras possuem largura de lmina

    de corte de cerca de 0,9 cm.

    Quando secionamos a rvore em toras, a cada passe do equipamento de corte, perdemos essa largura mdia de

    madeira que se transforma em serragem e cai ao solo. Quanto mais curtas as toras, mais cortes sero necessrios.

    Gastamos mais energia e perdemos mais madeira como serragem. So cerca de 0,45% da rvore que se perde

    somente com essa operao. S para se cortar as rvores e as secionar em toras, estaremos perdendo 0,2% ou

    mais do volume de madeira do povoamento. Se o povoamento estiver rendendo 300 m/hectare no corte, s nessa

    operao perderemos 0,6 m de madeira. Somando mais outros 0,5 deixados no toco alto, j termos um

    rendimento de1,1m a menos na produtividade da floresta.

    A operao de descascamento feita no campo violenta e brutal. Sempre teremos rvores que no resistem e se

    quebram. Alm disso, sempre na raspagem da rvore para se retirar a casca se raspa um pouco de madeira junto.

    Os resduos do descascamento acumulam-se na unidade de extrao gerando um passivo ambiental. Essas perdas

    somadas j foram computadas em alguns experimentos correspondem a 0,1 a 0,15% da madeira total. Nos

    ponteiros,galhosgrossose rvores finas deixadas aps a colheita.Essesvalores correspondem a 2 a 8% do volume

    slido total da madeira comercial do povoamento. Essa ampla faixa varia em funo da qualidade da floresta, das

    especificaes do dimetro mnimo a colher, do equipamento usado na colheita e das habilidades e cuidados dos

    operadores das mquinas. Mesmo com cuidadosa catao manual dos resduos de madeira, ainda permanece

    como resduo na floresta algo como 0,5 a 1,5% de madeira potencialmente aproveitvel para lenha ou biomassa

    energtica. De qualquer forma, a retirada de ponteiros, galhos grossos e torrentes uma maneira ecoeficiente de seusar bem a floresta plantada. Como resduos florestais consideramos todo material florestal orgnico resultanteda

    colheita, como sobras de madeira, galhos, parte de cima do fuste isenta de galhos, e ainda materiais deixados em

    campo como, tocos altos das rvores colhidas, galhos grossos das copas das rvores, rvores finas descartadas,

    toras perdidas, esquecidas ou largadas no campo e ainda serragem gerada no abate da rvore e corte das toras.

    O poder calorfico da madeira pode ser definido como a quantidade de energia na forma de calor liberada durante a O poder calorfico mais alto quanto maior o teor de lignina e ex

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    combusto completa de uma unidade de massa (ou volume) do combustvel. Quando ocorre combusto completa

    de uma unidade de combustvel este libera energia trmica e geralmente medido em termos da energia por

    contedo por unidade de massa ou volume, da Mj/kg (slidos), a Mj/l para lquidos e por fim para gases para

    Mj/Nm3. De uma maneira geral, essa propriedade depende da composio da biomassa e do seu grau de umidade

    O poder calorfico divide-se em superior e inferior. O poder calorfico superior aquele em que a combusto se

    efetua a volume constante e no qual a gua formada durante a combusto condensada e o calor que derivado

    desta condensao recuperado. A umidade pode ser definida como a medida de quantidade de gua presente na

    biomassa e que pode ser avaliada pela diferena entre os pesos de uma amostra, antes e logo aps ser submetida

    a secagem. possvel apresentar os valores de umidade em base seca ou base mida, conforme a condio de

    referncia adotada. O fato de a umidade ser colocada como uma caracterstica tcnica na produo de madeira

    para energia porque necessrio que a madeira seja pelo menos parcialmente seca, antes de ser usada como

    fonte energtica. Teor de umidade pode ser definido como a massa de gua contida na biomassa e pode ser

    expressa tanto na base mida quanto na base seca, qual pode ser avaliada pela diferena entre os pesos de uma

    amostra,antes e logo apsser submetida secagem.

    mesmo contm menos oxignio que os polissacardeos present

    (celulose e hemicelulose).

    A massa especfica um dos principais ndices de qualidade

    mtodos que se apiam na massa especfica bsica, s

    satisfatoriamente mede a quantidade de substncia madeira por

    A Massa especfica pode ser dividida em massa especfica ou

    aparente. A Massa Especfica de uma substncia a razo ent

    quantidade da substncia e o volume correspondente. Quando a

    (no existem descontinuidades), esta representa Massa Especficpara resduos este conceito no se aplica, pois existem vrios p

    material ocupando o mesmo volume.

    A densidade a quantidade de massa, expressa em peso, cont

    volume. A densidade com alguns parmetros anatmicos e qumic

    densidade bsica da madeira, maior o teor de lignina e extrativos

    e comprimento das fibras e menor o teor de holocelulose. O te

    diretamente a qualidade e a produo e pode ser considerado

    caractersticas da madeira produo de energia, em fun

    estabilidade trmica e do seu maior teor de carbono. O teor de m

    usualmente expresso como teor de cinzas, corresponde, em geral

    base de madeira absolutamente seca. Muitos desses min

    presentes em combinao com compostos orgnicos, e os co

    desempenham funes fisiolgicas. Os principais minerais enco

    magnsio, fsforo e silcio. Os resduos resultantes da combust

    orgnicose oxidaesdos inorgnicos so caracterizadas como te

    as cinzas so resultadas da combusto da biomassa, a qual se

    temperaturas, tornando-se necessrio conhecimento do com

    cinzas para evitar operaes inadequadas. As mesmas pod

    elementos metlicos j presentes no combustvel; de argila, areia

    estar na biomassa e ainda por solos misturados a biomassa dura

    manuseio. As cinzas vegetais contm clcio, magnsio, fsforo e

    alguns essenciais para o desenvolvimento dos seres vivos, com

    Quando em alta concentrao podem diminuir o poder calorfico

    causar perda de energia esua presena afeta tambm a transfer

    Resduos de Floresta Nativa. A floresta amaznica uma das maiores florestas tropicais do mundo com

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    caractersticas diversas tanto ambiental quanto sociocultural e bastante complexa, e a maior reserva contnua de

    floresta tropical mida existente,na Amrica do Sul, ocupando umareade aproximadamente 6 milhes de km . A

    Amazniabrasileirarepresenta cerca de um tero das florestas tropicais do mundo, abrigando algumas centenasde

    espcies de rvores.

    A Amaznia Legal no Brasil ocupa cerca de 5 milhes de km, o que corresponde a 60% do territrio nacional,

    ocupado nos estados do Acre (3,64%), Amap (2,37%), Amazonas (37,24%), Par (28,12%), Rondnia (5,13%),

    Roraima (4,13%) e parte dos estados do Maranho(3,32%), Mato Grosso (13,65%), Tocantins e Gois (2,40%).

    O conhecimento da quantidade e da qualidade dos resduos florestais permite avaliar o seu potencial de

    aproveitamento. Para exemplificar o quanto elevado o desperdcio de madeira, um estudo realizado pelo SFB e

    IMAZON (2010), registraram que foi processado 14,2 milhes de metroscbicos de madeira em tora, o que resultou

    na produo de 5,8 milhes de metros cbicos de madeira processada. A maioria (72%) dessa produo era

    madeira serrada com baixo valor agregado, os outros 15% foram transformados em madeira beneficiada com

    algum grau de agregao de valor, o restante (13%), em madeira laminada e compensada. Isso representou um

    rendimento mdio de processamento de 41%. Os outros 8,4 milhes de madeira em tora foram categorizados como

    os resduos do processamento.

    Desse total, cerca de 1,6 milho de metros cbicos desses resduos foram aproveitados na produo de carvo,

    outros 2,7 milhes, na gerao de energia, e 2,0 milhes, em usos diversos. Os 2,1 milhes restantes foram

    considerados resduos sem nenhum aproveitamento, os quais foram queimados ou abandonados como entulho.

    Para a avaliao quantitativa da biomassa a fim de obter informaes dos resduos disponveis (tronco e galhos)

    devem ser determinados os volumes estimados para o fuste comercial e o volume da copa das rvores

    selecionadas durante o manejo florestal,almdo volume das espciesque caemjuntamente com a rvore principal

    durante aextraoda mesma, demodoque tenhao mximo aproveitamento da rvore.

    O volume total estimado das rvores (fuste e copa) deve ser efetuado atravs do volume comercial mais o BEF

    (biomass expansion factor), que consta na adio da biomassa das copas sobre o volume inventariado do fuste, de

    acordo. Para realizao dos clculos foram utilizado o dimetros e a altura do fuste comercial, e a massa especfica

    bsica da madeira obtidas com base no banco de dados de madeira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renovveis - IBAMA, Mundo Florestal. Determinado o BEF, houve a necessidade de eliminar o

    peso dos galhos inferiores a 6 cm e das folhas. Os valores do peso dos galhos e folhas) e convertido para volume.

    Peladiferena entre o volume total estimado(fuste e copa)e o volume dos galhos e folhas, encontrou-se um volume

    total estimado de colheitapara um ciclode rotaode 55,54m.ha-1.

    BIOMASSA RESIDUAL INDUSTRIAL

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    Biomassa de Origem dos Resduos Industriais da

    Madeira. A Associao Brasileira da Indstria da

    Madeira Processada Mecanicamente no Frum

    Nacional das Atividades de Base Florestal enunciou

    um importante estudo sobre os Resduos de Madeira

    em fase industrial: O processo de fabricao de

    qualquer indstria madeireira implica na gerao de

    grandes quantidades de resduos durante oprocessamento da matria-prima (madeira).

    No Brasil, possvel constatar que grande parte

    desses resduos no so aproveitados

    economicamente. Pelo contrrio, eles so queimados

    acu abertoou depositados em locais inadequados,

    sendo comum encontr-los em margens de rios e

    lagos, aterros sanitrios e outros. O tratamento

    inadequado dado aos resduos de madeira, conforme

    os exemplos, pode se transformarem um grande

    problema para o empresrio, tanto no aspecto

    ambiental quanto na perspectiva econmica. Resduos

    do Processamento Mecnico da Madeira.

    Os resduos industriais de madeira se classificam em

    serragem, cepilho, slidos de madeira, cascas e outros

    e so gerados desde o transporte da madeira em tora

    indstria, at seu manuseio e processamento,

    finalizando no produto acabado. Deste

    processamento so gerados resduos de diferentes

    formatos e caractersticas que, em maior ou menor

    grau tem sido aproveitados atravs de outras

    utilizaes deste material madeireiro.

    Este setor dividido:

    Microsserrarias (ou pequen

    desdobro da madeira em tora

    simples, atravs de serras

    funcionam com o uso de motore

    ou serras-de-fita horizontais (tam

    como engenhos).

    Serrarias de mdio e gr

    processamento das toras oco

    utilizao de serras-de-fita,

    verticais, e em alguns cas

    Induspan. O produto acabado a

    qualidade (madeira processada

    mais precisas) e o equipam

    processamento de quase toda

    valor comercial. O porte da s

    acordo com a quantidade de s

    ela possui, o que significa maio

    processamento instalada. Gera

    de empresa madeireira empr

    pessoas. Algumas serraria

    beneficiamento de parte da m

    maior parte da produo comer

    mais) trata-se damadeira serrad

    Beneficiadoras da Madeira Serr

    empresas que realizam o be

    madeira serrada. O beneficiam

    gerao de produtos com maio

    tais como pisos, decks e forros.

    Decises como o mtodo de desdobro da tora, equipamentos de serra (tipo de serra, espessura da

    serra afiao nmero e altura dos dentes de serra velocidade de corte e avano) formato das

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    serra, afiao, nmero e altura dos dentes de serra, velocidade de corte e avano), formato das

    peas associado s especificaes das toras (dimetro, presena de ns, espessura da casca),

    dentre outros determinaro um volume maior ou menor de resduos do processo de desdobro. Estes

    resduos esto assimidentificados:

    Cascas. As cascas, revestimento externo das toras, deveriam ser deixadas, atravs do descascamento

    mecnico ou manual, preferencialmente no talho de onde foi retirada a tora. Isto, alm de reduzir

    parte do volume a ser transportado possibilita o emprego das cascas como condicionador do solo da

    prpria floresta.

    Wood Chips, Biomassa ou Cavacos, Aparas, Refilos e Destopos. Os cavacos ou a biomassa residual

    referem-se queles resduos da padronizao do comprimento e da largura das peas(refilo), que so

    as aparas das pontas e laterais das tbuas (destopo e refilos), pranchas ou outras peas de sees

    quadradas e retangulares. Este resduo tem uma significativa aceitao para ser utilizado no processo

    de gerao de energia especialmente para a indstria cermica e na gerao de vapor em caldeiras,

    neste caso temsido comum seu acrscimo serragem.

    Costaneiras. As costaneiras so as peas externas obtidas quando do processamento primrio das

    toras de madeira. As costaneiras tm sido utilizadas como lenha para produo de energia da mesma

    forma que os cavacos. Neste caso, as costaneiras so selecionadas, dimensionadas e refiladas

    parque possam ter tal uso. Embora exista um mercado para as costaneiras, trata-se de um produto

    debaixo valor agregado, pois, alm de sua forma irregular, as costaneiras apresentam um percentual

    elevado de slica, implicando em degradao maisrpida.

    Serragem ou p de serra. A serragem o produto da passagem da lmina de serra de reduo na

    tora, formada por pequenas partculas de madeira cujo volume significativo. a principal matria-

    prima para a produo de briquete e pellets.

    Micro-pe Maravalha. Define-se maravalha como sendo aqueles resduos do aplainamento das peas

    de madeira aps seu desdobro. um resduo mais comum nas indstrias de beneficiamento da

    madeira, em geral, realizado somente com a madeira seca. O beneficiamento atravs da plaina

    realizado em uma linha de produo junto serraria gerando a maravalha, que mistura-se com a

    serragem do desdobro nos ptios das erraria ou nos silos de armazenamento de resduos. As aparas

    de plaina ou maravalha ainda so produzidas naquelas serrarias que realizam o reprocessamento ou

    reserva de peas com defeitos (peas com rachaduras, colapso, ns, bolsas de resina).

    Como as serrarias, essas empresas utilizam serras-de-fita para o desdobro dfazerem uso de plainas para o beneficiamento da madeira serrada. A maior p

    (50%) composta por madeiraserrada beneficiada.

    Laminadoras: so empresas que produzem lminas de madeira de 1 a 3 mm de

    fabricao de compensados. Os equipamentos utilizados para o desdobro

    empreendimentos so os tornos laminadores oumquinas faqueadoras.

    Fbricas de painis: desdobram a madeiraem tora e possuem a mesma tecnolog

    laminadoras,ou seja, utilizam tornos ou faqueadoras. As lminas de madeira soe, posteriormente, submetidas colagem e prensagem para a fabrica

    compensados.

    Resduos na Indstria Madeireira Serraria). Os Contudo, estes usos foram ide

    maior freqncia nos

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    principais resduos da indstria madeireira so:

    a) a serragem, originada da operao das serras,

    que pode chegar a 12% do volume total de

    matria-prima;

    b) os cepilhos ou maravalhas, gerados pelas

    plainas, que podem chegar a 20% do volume

    total de matria-prima, nas indstrias de

    beneficiamento; c) a lenha ou cavacos, composta

    por costaneiras, aparas, refilos, cascas e outros,

    que pode chegar a 50% do volume total de

    matria-prima, nas serrariase laminadoras.

    As perdas e a gerao de resduos, de quase

    50% do total da cadeia produtiva da madeira, so

    causadas tanto pela baixa qualidade da matria-

    prima quanto pela falta de conhecimento bsicodas propriedades fsicas, mecnicas e

    organolpticas da madeira, e tambm pela

    aplicao de tecnologias inadequadas para seu

    processamento.

    A maioria das serrarias no Brasil no tem um

    programa de aproveitamento dos seus resduos,

    gerando um passivo ambiental com volume

    espacial ocupado pelos resduos dentro da rea

    das serrarias e os danos ambientais de prticasincorretas da destinao de resduos, como a

    queima e a deposio irregular.

    maior freqncia nos

    primrios realizados nas regie

    Sudeste e Sul do pas, em q

    aproveitam os resduos de

    queima em caldeiras e for

    (olarias).

    A maravalha, por sua vez, co

    serrarias e mesmo do reproc

    madeira em empresas de mv

    material normalmente utiliza

    intensiva de frangos de corte n

    cama de avirio. No entanto,

    escassez do produto no

    conseqente aumento nos p

    dificuldades aos produtores.

    Na regio norte e no centro-oeso simplesmente queimados

    ou sofrem combusto esp

    emanao de particulados

    atmosfera.

    O beneficiamento da madeira

    15 a 30% de resduos, que a

    queimados ou simplesmente

    natureza causando graves probambiente (risco de impact

    negativos que representa

    destinao final de resduos).

    A calcinao da lama de cal reduz seu descarte para

    nveis da ordem de 24 kg/tonelada de celulose ficando

    Resduos na Indstria de Celulose e Papel. No

    Brasil a indstria de celulose e papel utiliza como

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    nveis da ordem de 24 kg/tonelada de celulose, ficando

    sua gerao para descarte restrita as ocorrncias de

    paradas dos fornos.

    Na descarga da caldeira de recuperao temos um

    fundido (smelt) que constitui o dregs. O dregs gerado

    na ordem de 10 kg/t celulose e o grits na ordem de 3

    kg/t.O dregs um material slido, de cor escura do tipo

    das escrias, de onde constitui a designao do seunome. A concentrao de nutrientes no Dregs, como o P,

    Ca, Na, K, Mg, S, Cu e Zn, facilmente solveis

    apresentam em relao aos macros elementos uma

    concentrao abundante de clcio, acompanhado de

    magnsio e sdio.

    Na reao da cal com o licor verde (Raw Green liquor),

    liquido resultante aps separao do dregs, ocorre a

    precipitao do resduo slido denominado de grits.

    Para cada tonelada de celulose produzida so gerados,no mnimo, em torno de 60 kg ou 6% de resduos

    slidos.

    Considerando que este segmento altamente

    dependente de energia no processo industrial, os

    resduos de madeira so comumente utilizados como

    biomassa na co-geraode energia. A indstriade papel

    e celulose a principal consumidora de biomassa como

    combustvel e como matria-prima, gerando uma grande

    quantidade de resduos (casca, rejeitosde cavaco, dregs,

    grits, lama de cal, cinza leve, cinza pesada, rejeitos do

    digestor, lodo de ETE, rejeito de celulose) onde

    aproximadamente 48 t de resduos para cada 100 t de

    celulose produzida.

    Brasil, a indstria de celulose e papel utiliza como

    matria prima madeira oriunda exclusivamente de

    florestas plantadas (principalmente de plantios de

    rpido crescimento de pinus e eucalipto). Os

    principais resduos slidos inorgnicos gerados

    pelas industrias de celulose so as cinzas, lama de

    cal, dregs e grits. As cinzas, consideradas como

    resduo inerte resultamda queimada biomassa em

    caldeiras, principalmente da queima de cascas damadeira utilizada para produo de celulose. So

    gerados cerca de 20 kg de cinzas por tonelada de

    celulose produzida.

    Os demais resduos (dregs, grits e lama de cal) so

    considerados como de Classe IIA (no-inertes)

    devido presena de sdio, cloro e sulfato, seja no

    lixiviado ou solubilizado, com concentrao acima

    dos limites aceitveis.

    A lama de cal se forma aps a reao completa da

    cal com o licor, quando praticamente todo o sdio

    foi recuperado, tendo novamente adquirido a forma

    de hidrxido, e a cal, oxido de cal hidratado, se

    transformou em carbonato de clcio. Esse

    carbonato de clcio (lama de cal) eliminado do

    sistema por filtragem a vcuo. A lama de cal

    (CaCO3) tem a maior relao de produo por

    tonelada de celulose produzida, na ordem de 240

    kg/ tonelada. Entretanto, na maior parte das

    fabricas atuais de celulose, especialmente nas

    mais modernas, esse material calcinado em

    fornos rotativos horizontais para produo de Cal

    (CaO), com a eliminao do CO2, substituindo em

    90% a aquisio de Cal nova.

    A produo de celulose gera vrios tipos de resduos orgnicos e ino

    de madeira d origem s cascas, enquantoo tratamento de guas re

    com fibras, lodo biolgico e uma frao inorgnica removida na de

    Parte da frao orgnica, como cascas e demais resduos da made

    utilizada pararecuperao de energia por meio da queima em calde

    Alm dos resduos gerados na prpria indstria, a cadeia de pro

    celulose envolve uma importante atividade florestal, da qual aprov

    geralmente deixando no campo resduosde biomassa,os quais repr

    25% da massa seca da rvore. Resduos slidos gerados no cam

    galhos e pontas) e na produo de papel e celulose (finos, casc

    orgnico).

    Os resduos florestais e os rejeitos de madeira da indstria de paalgumas desvantagens em relao a outras biomassas como

    desvantagens so o teor de cinzas, principalmente nas folhas e ca

    b.s.), a elevada umidade (acima de 50% b.u.) e sua difcil manipula

    Resduos na Indstria de Painis de Madeira: Este segmento caracterizado pr

    consumidor de resduos, no tanto para fins energticos, mas principalmente com

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    Painis MDP. Para a produo de painis de partculas, so necessrios dois m

    partculas de madeira e os adesivos.

    Os adesivos (resina ureia-formaldedo ) apresentam alto teor de toxicidade

    sintticos podem ser classificados em funo da sua termo-estabilidade (termo

    plsticos) ou em funo da sua durabilidade quanto expostos a gua ( prova d

    gua e os no resistentes gua).

    Os principais e mais difundidos so: fenol-formaldedo (resinas fenlicas, desig

    polmeros resultantes de fenis e aldedos), resorcinol-fenol-formaldedo, me

    uria-formaldedo.

    Bastante conhecidos, ainda, so o isocianato e o acetato de polivilina (PVA).

    consumidor de resduos, no tanto para fins energticos, mas principalmente com

    prima necessria para seus produtos manufaturados de fibra de madeira (MDP,

    duras). Estas empresas somam cerca de 10 no total no pas, concentradas

    Sudeste.

    Todas as empresas deste segmento consomem madeira e resduos de ma

    florestas plantadas prprias ou adquiridas deterceiros.

    Os painis podem se resumir em duas categorias: os de madeira slida, tam

    painis de madeira processada mecanicamente, so formados por cam

    (compensados e laminados) ou sarrafos de madeira, e os reconstitudos, que s

    partculas ou fibras de madeira reconstituda, tendo como principais produtos:

    Os aglomerados/Medium Density Particleboard (MDP), o Oriented Strand Boar

    Density Fiberboard (MDF), o Hard Density Fiberboard (HDF), o Super Density F

    chapas isolantes.

    C hapas de lminas de madeira ou Compensado de lminas de madeira (Plywood) um painel composto por vrias lminas finas de madeira, obtidas atravs do processo de l

    (principalmentepor toras de maior dimetro) coladasentre siporum adesivo

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    (principalmente por toras de maior dimetro), coladasentre si por um adesivo.

    Compensado sarrafeado ou Blockboard. so compostos tanto por lminas como por sarrafos de madeira e, sua fabricao envolve as operaes presentes na produo das chap

    (Plywood), somada a algumas operaes caractersticas de serrarias, onde a tora desdobrada e se transforma em madeira serrada. Este painel especial de madeira apresenta um

    sarrafos estreitos colados lateralmente (edge glued) ou juntados por um fio decola (string glued), em suas superfcies (capa e contracapa) uma camada de lmina ou lminas de madeira.

    Chapas de partculas de madeira aglomerada Particleboard ou Chipboard como chapa de partculas de madeira (Particleboard), sua produo envolve a aglutinao de pequenas partc

    outro material lignocelulsico, os quais so misturados com adesivos sintticos (fenol-formaldedo, resorcinol-fenol-formaldedo, melamina formaldedo, uria formaldedo, isocianato e a

    sob a ao de calor e presso por um determinado perodo de tempo.

    Chapa OSB ou chapa de flocos orientados um painel estrutural, de natureza multilaminar, com as partculas da superfcie alinhadas no comprimento do painel; as partculas que forma

    so depositadas aleatoriamente ou orientadas perpendicularmente s camadas da face. Chapas de fibra de madeira isolante ou Insulationboard. O princpio bsico a formaoda mant

    de arame e a posterior retirada do excesso de gua por suco. Uma suave compresso implementada para reduzir o contedo de gua e definir a espessura final da chapa. Finalm

    esquadrejadas e tratadas com eventuais impregnantes, selantes e preservativos contra fungos e insetos.

    Chapa de Fibra de Alta Densidade ou Hardboard. As chapas de fibra denominadas de chapas duras de fibras de madeira so produzidas partir de filamentos de materiais lenho-cel

    polpa das fibras da madeira, comadio de alguns produtos qumicos para melhorar suas propriedades, principalmente quanto a resistncia, umidade e a resistncia ao fogo.

    C hapa de Mdia Densidade Medium Density Fiberboard. uma chapa de fibra de mdia densidade,

    constituda partir da aglutinao de fibras de madeira com resinas sintticas que o tornam um

    produto homogneo em toda a sua superfcie. A presena de resinas sintticas confere

    caractersticas adicionais de resistncia mecnica e resistncia umidade e ao fogo.

    Os problemas identificados pelas principais indstrias de chapas e painis instaladas os quais

    inviabilizam ou dificultam sua maior utilizao como matria-prima madeireira so: elevado grau de

    umidade; elevado grau de impureza; presena ou contaminao de agentes deteriorantes como o

    fenol-formaldedo (resinas fenlicas, designao genrica de polmeros resultantes de fenis e

    aldedos), resorcinol-fenol-formaldedo, melamina-formaldedo, uria-formaldedo, isocianato e o

    acetatode polivilina (PVA); problemas decorrentes da armazenagem.

    O peso do fator transporte (grandes distncias entre a indstria e a serraria), o preo da madeira no

    mercado e a adequao de processos e equipamentos para o recebimento de resduos soapontados pelas indstrias produtoras de painis como fatores que ainda inviabilizam

    economicamente o uso de resduos no seu processo industrial. As etapas referentes ao transporte e

    armazenagem, podem afetar decisivamente (inviabilizando pelos elevados custos de remoo) a

    possibilidade do aproveitamento do resduo em um determinado processo produtivo (reciclagem).

    Resduos em Painis Aglomerados. A matria-

    prima pode resultar de madeira extrada das

    O fcil acesso s espcies

    preferidas est diminuindo rap

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    florestas ou reflorestamentos, bem como do

    aproveitamento de resduos industriais florestais

    com a finalidade direta de abastecer a indstria

    de chapas aglomeradas.

    As fbricas de madeira aglomerada utilizam,

    principalmente, as seguintes fontes de matria-

    prima:

    a) resduos industriais (serrarias, fbricas de

    mveis e de chapas);

    b) resduos provenientes de explorao florestal

    (toras curtas, galhos etc);

    c) madeiras de qualidade inferior, no

    industrializveis de outra forma;

    d) madeira proveniente de trato cultural de

    florestas plantadas; e,

    e) reciclagem de madeira sem uso (demolies,

    etc).

    As chapas aglomeradas podem ser fabricadas apartir de toras de pequeno dimetro, resduos e

    madeiracom menor densidade.

    crescimento do consumo, po

    emprego de toras de dime

    menor, sobretudo de confera

    folhosas em nmero cada vez m

    menos utilizadas e men

    individualmente.

    Utilizando-se tambm misturatropicais e cavacos de madei

    feitos num mesmo povoamento.

    O material lignocelulsico par

    fabricao das chapas os resd

    resduos da indstria madeireira

    cultivos anuais. O desafio da im

    uso de resduos de madeir

    aglomerados consiste em

    contaminantes que possam apeles, os quais podem ser remov

    material seja modo.

    As trs categorias principais d

    so os contaminantes duros

    cermicas e concreto), os conta

    (plstico, borracha, produtos

    tecidos), asujeira, a lamae a are

    Para poder passar o mater

    madeira no moinho, deve contr

    geometria, a densidade, o teor

    demais caractersticas de manip

    O retalho de madeira consiste em sobras da

    produo. As chapas de madeira que possuem

    Resduos na Indstria Moveleira: A indstria

    moveleira no Brasil se concentra principalmente

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    pequenas avarias como arranhes, partes

    amassadas ou erros de corte e que no passam

    pelo controle de qualidade.

    Logo, pode-se perceber que h uma alta variedade

    de resduos que variam em forma, tamanho e

    estado, tornando complexas as prticas de

    reciclagem e reutilizao. O principal problema acomplexa mescla de resduos de madeira, de

    diferentes dimenses, granulometria e distintos

    graus de limpeza ou contaminao (solvente de

    tinta, borra de tinta e gua utilizada na cabine de

    pintura).

    A indstria moveleira integra uma grande variedade

    de materiais, sendo os principais: materiais

    derivados da madeira (madeira bruta, painis,

    lminas e derivados); metais (principalmentealumnio, ao e lato, utilizados em puxadores,

    dobradias, corredias, etc.); vidros e cristais;

    produtos qumicos (tintas, solventes, colas, vernizes,

    etc.); plsticos (fitas de borda, lminas, puxadores,

    deslizadores, etc.) e tecidos e couros (naturais e

    sintticos).

    Esta mescla de materiais utilizados tem como

    conseqncia uma grande e complexa diversidade

    de resduos, que, pela falta de um plano de gesto

    adequado, acabam dificultando programas de reso,

    reciclagem e outras formas de destinao final

    adequada.

    em plos ao redor de alguns municpios de

    destaque nas regies Sul e Sudeste. De um

    modo geral observou-se nos plos analisados a

    existncia de mercados produtores e

    consumidores em processo de consolidao em

    torno dos resduos de madeira oriundos de plos

    moveleiros.

    Os resduos da madeira na indstria moveleira

    so utilizados pelas chapas, painis e madeira

    macia para a elaborao de mveis, sendo o

    restante transformado em resduos. Entre os

    resduos slidos encontram-se os derivados

    diretosda madeira, como p, cepilhos e aparas.

    O resduo fino eraformado por:

    (i) cavacos - resduos com dimenses mximas

    de50X20mm;

    (ii) maravalha - resduo com maisde 2,5 mm;

    (iii) serragem - resduo com dimenses entre 0,5

    e 2,5 mm;

    (iv) p - partculas menores que 0,5 mm. O

    resduo grosso era formado por peas de refugo,

    com defeito, com medidas inadequadas, etc.

    Os resduos finos (cavacos, maravalha, serragem

    e p), resduos grossos (peas desclassificadas,com defeito, destopos de peas de madeira

    serradas, como por exemplo, tbuas) e material

    de aproveitamento nas fases de preparao da

    matria-prima e de transformao.

    Segundo ABIMVEL, no levantamento efetuado na Relao Anual de In

    (RAIS), do Ministrio do Trabalho, existem no Brasil cerca de 16.104

    moveleiro que geram206.352 empregos com faturamento anualde 12,5nmero de empresas pode chegar a 50.000, devido atuao informa

    nmeros, pode-se teruma idia do volume deresduos gerados somente

    Por utilizar, principalmente, produtos derivados da madeira (um recurso

    no dada indstria da madeira a devida importncia no que se r

    ambientais. No pas, estima-se que no chegam a 5% as empresas q

    esquema de conservao ambiental, com preveno de impactos ambie

    seus processos produtivos, matrias-primas, insumos e component

    gerao de resduos e pela disposio destes.Porm, devido ao elevado

    primas e componentes utilizados, a indstria moveleira vem amadu

    otimizar o uso desses materiais; ainda assim, mais por questes e

    propriamente ambientais. Entre os vrios resduos slidos encontrados, o

    foram mesmo os de madeira como p, cepilhos e aparas de p

    compreendem as sobras laterais das chapas aps a sua manufatura).

    Resduos da Construo Civil: De acordo com a

    Associao Brasileira de Empresas de Limpeza

    A Construo civil pesada intern

    serrada na forma de vigas, cai

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    Pblica e Resduos Especiais, estima-se que, no

    Brasil, os municpios coletaram mais de 45

    milhes de toneladas de Resduos de

    Construo e Demolio, o que representa cerca

    de 60% de todo o resduo slido urbano

    coletadonaquele ano.

    O emprego da madeira na construo civil, feitona forma de elementos temporrios como

    frmas, escoramentos e andaimes, ou na forma

    de elementos definitivos como estruturas de

    coberturas, forros, pisos, esquadrias e

    acabamentos, gera grande quantidade de

    resduos, principalmente considerando que

    todos os elementos temporrios sero

    posteriormente descartados.

    Os resduos de madeira representam cerca de31% de todo o volume de resduo de construo

    gerado numa obra de um edifcio residencial. Se

    considerada somente a fase de execuo

    estrutural, podem chegar a representar 42% dos

    resduos gerados durante o processo.

    Uma grande quantidade de resduos descartada

    sem tratamento adequado ou sem nenhum

    tratamento. A Construo civil pesada externa

    utiliza madeira serrada usadas para estacas

    martimas, trapiches, pontes, obras imersas,

    postes, cruzetas, estacas, escoras e dormentes

    ferrovirios, estruturas pesadas, torres de

    observao e vigamentos.

    tbuas utilizadas em estrutura

    Muitos resduos de madeira

    contaminados por outros mater

    graxas, pregos, parafusos e pls

    Dessa forma, a complexidade

    contaminantes presentes no m

    processo de beneficiamento, reciclagem.

    No segmento da construo

    comum no haver a segregao

    outros resduos slidos e seu d

    de regra o aterro sanitrio. Em

    principalmente nas regies Su

    pequena reciclagem de resduo

    civil, mas a madeira no recusinas epermanece comodejet

    Quando ocorre a segregao da

    da obra, estes resduos so

    categoria dos resduo

    preferencialmente reutiliza

    armazenagem temporria. O fa

    a reciclagem da madeira utiliza

    civil o fato desta es

    contaminada com outros

    concreto/argamassa, metais e

    desmoldantes.

    Resduos de Arborizao Urbana e Municipal: Os resduos provenientes da poda de arborizao urbana e remoo

    de rvores pblicas e de residentes particulares em um municpio podem gerar srios problemas urbanos quando

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    no so devidamente aproveitados, sendo descartados em locais imprprios como aterros sanitrios e lixes

    clandestinos.

    Nas atividades silviculturais, o que determina se um componente ser produto, sub-produto ou resduo, o

    mercado, a qualidade das operaes realizadas e as caractersticas inerentes s espcies. As operaes de poda e

    remoo da arborizao urbana geram resduos na forma de galhos, ramos, folhas, sementes, frutos, fustes e

    razes.

    Os resduos da poda da arborizao urbana enquadram-se como resduos pblicos, os quais ficam, em geral, aoencargo das Prefeituras Municipais e so regulamentados pelas leis orgnicas dos municpios ou baseados em leis

    estaduais e federais.

    A Poltica Estadual de Resduos Slidos, define princpios e diretrizes, objetivos, instrumentos para a gesto

    integrada e compartilhada de resduos slidos, com vistas preveno e ao controle da poluio, proteo e

    recuperao da qualidade do meio ambiente, e promoo da sade pblica, assegurando o uso adequado dos

    recursos ambientais no Estado de So Paulo. Entretanto, no h diferenciao e diretriz especfica para os resduos

    da arborizaourbana, somente sua categorizao como resduos urbanos.

    A Lei cita no seu Artigo 6 que inclui-se comoresduosurbanos: os provenientes de residncias, estabelecimentos

    comerciais e prestadores de servios, da varrio, de podas e da limpeza de vias, logradouros pblicos e sistemasde drenagem urbana passveis de contratao ou delegao aparticular, nos termos de lei municipal.

    No Brasil, so poucas as iniciativas regulamentadas que tratam do destino dos resduos de poda da arborizao

    urbana, sendo que h apenas algumas iniciativas pontuais para reso. So Paulo criou uma lei pioneira no Estado

    para enfrentar essa questo, denominada projeto PAMPA - Programa de Aproveitamento de Madeira de P