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7/17/2019 Biomassa
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ASSOCIAO BRASILEIRA DAS INDSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVINSTITUTO BRASILEIRO BIOMASSA PELLETS BRIQUETE
BRASIL BIOMASSA E ENERGIA RENOVVEL
ATLAS BRASILEIRO BIOMASSA FLORESTAL E INDUSTRIALAGROINDUSTRIAL
7/17/2019 Biomassa
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Atlas Brasileiro Biomassa Florestal e Industria e Agroindus
Brasileira das Indstrias de Biomassa e Energia Renovve
Instituto Brasileiro Biomassa Pellets Briquetes e do Comit Co
Biomassa e Energia Renovvel. Coordenado pelo presidente
Oliveira Curitiba. Paran. 2015
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Co
da Biomassa e Bioenergia no Brasil 2. Projees de Produ
Biomassa 3. Gerao energia com o uso da Biomassa - 4. e Nacional da Biomassa - 5. Energia Renovvel 6. Eficin
Energia eltrica Brasil - 8. Fonte alternativa de energia.
CDU 620.95(81)CDD333.95
II. Ttulo. CDU 621.3(81)2030: 338.28
Registrado na Biblioteca Nacional
Todos os direitos reservados a Associao Brasileira d
Biomassa e Energia Renovvel
Copyright by Celso Marcelo de Oliveira
Nenhuma parte deste estudo tcnico pode ser reproduzida
qualquer forma ou meio, incluindo fotocpia, gravao ou in
meio eletrnico, sem a permisso ou autorizao por esc
autora. Traduo e reproduo proibidas: total ou parcial s
expressa do autor. Lei 9.610, de 19de fevereiro de 1998.Ed
Brasil e Portugal
ASSOCIAO BRASILEIRA DAS INDSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVVEL
Sede Administrativa Brasil Av. Candido Hartmann, 570 24 andar Conj. 243 80730-440 Champagnat Curitiba ParanFone: 41 33352284 - Celular 41 88630864 41 9Skype Brazil Biomass (celso.marcelo.de.oliveira) E-mail [email protected] ou [email protected]
URL Brasil Biomassa www.brasilbiomassa.com.brBrasil Biomassa Empresa http://www.wix.com/abibbrasil/brasilbiomassaBrasil Biomassa Consultoria http://brasilbiomassa.wix.com/consultoria Brasil Biomassa - WoodPellets http://abibbrasil.wix.com/woodpelletsBrazil Biomass http://www.wix.com/abibbrasil/brazilbiomass Brasil Biomassa Wood Bio Briquete http://www.wix.com/abibbrasil/briquete
ATLAS BRASILEIRO BIOMASSA FLORESTAL E
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Apoio aos projetos nacionais e
discusso com os players comerciais e
de e fundos nacionais e internacionais
de investimentos em biomassa. Os
nossos valores envolvem o
desenvolvimento de projetos
sustentveis e de valorizao ao meio-
ambiente.
O principal objetivo da ABIB Brasil
apoiar as indstrias brasileiras de
biomassa e bioenergia, woodchips,
pellets e briquetes a todos os nveis, de
promover a utilizao da biomassa
como fonte renovvel de energia, a
desenvolver conceitos inovadores
bioenergia e fomentando a cooperao
internacional no mbito das energias
renovveis.
Buscamos contribuir para o
desenvolvimento social, econmico e
ambiental, por meio da utilizao
responsvel dos recursos naturais
renovveis para a gerao de energia.
Cabe ainda Associao em promover
cursos/seminrios e editar publicaes
tcnicas; trocar informaes com
entidades nacionais e internacionais,visando ao desenvolvimento e
capacitao de suas Associadas com
nfase na defesa dos interesses do
Setor de Biomassa e Bioenergia.
ASSOCIAOBRASILEIRA DAS INDSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVVEL
A Associao Brasileira das Indstrias de Biomassa e Energia Renovvel fundada em abril de 2009 como
uma associao nacional representativa do setor das indstrias de biomassa e bioenergia no Brasil.
Atualmente temos 1259 empresas associadas no Brasil sendo a maior entidade internacional do setor de
biomassa e bioenergia (com estatutos sociais, ata de fundao e de eleio). Como princpios, a
Associao Brasileira das Indstrias de Biomassa e Energia Renovvel busca:
Garantir a sustentabilidade na produo, consumo e no uso da biomassa, woodchips, pellets e briquetes
para fins de energia.
Assegurar a realizao de projetos industriais que incrementem a eficincia operacional do sistema
energtico.
Buscar melhoria contnua da qualidade dos produtos industriais sustentveis.
1.Colaborao
biomassa e bioe
desenvolvimento
poltica de pa
certificao n
produtos industri
pellets e briquete
2.Pesquisa inddesenvolvimento
nacional
industriais.
3.Apoio tcnic
desenvolvimento
brasileiro de
tecnologia n
queimadores
industrial e aos
industriais qu
mercado internac
4.Estudos de ord
mais de 3
publicados e est
de mercado e o
de Biomassa e B
5.Acompanhame
mercado inte
consumo e a
Revista Brasileira
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13.Colaborao com instituies pblicas
e privadas, agentes financeiros e demais
interessados com relao pesquisa,
estudos e projetos de biomassa.
14.Fornecimento de subsdios para a
formulao e execuo das polticas
energticas nacionais aproveitamento
florestal, industrial e agroindustrial.
15.Estudos e projetos sobre o uso de
Mecanismos de Desenvolvimento
Limpo(MDL) de gerao de energia, de
Certificados de Crdito de Carbono(CRCs),
dos benefcios da Conta de Consumo de
Combustveis(CCC).
Mantemos um acordo de cooperao com
a European Biomass Industry Association,European Biomass Association, Austrian
Biomass Association, Bulgarian Biomass
Association, Croatian Biomass Association,
Danish Biomass Association, The
Bioenergy Association of Finland, France
Biomass Energy, German BioEnergy
Association, Greek Biomass Association,
Italian Biomass Association , The
Netherlands Bio-energy Association,
Norwegian Biomass Association,
Renewable Energy Spain, Swedish
Bioenergy Association, Renewable Energy
Association e American Council on
Renewable Energy
ASSOCIAOBRASILEIRA DAS INDSTRIAS DE BIOMASSA E ENERG
6.Participao de projetos
governamentais e de acordo bilateral de
bioenergia e biomassa.
7.Apoio aos projetos nacionais e
discusso com os players comerciais e
de e fundos nacionais e internacionais
de investimentos em biomassa.
8.Participao e organizao de eventos
nacionais e internacionais biomassa.
9.Desenvolvimento do sistema de
catalogao, divulgao e difuso de
informaes cientficas, tecnolgicas,
econmico-comerciais, scio-ambientais,
estudos e programas de biomassa.
10.Desenvolvimento de estudos para a
formao de uma rede de laboratrios
especializados em ensaios, pesquisas
para estimulao de credenciamento
das indstrias brasileiras.
11.Interao com rgos responsveis
pelos recursos energticos com vistas a
difuso de dados sobre aproveitamentos
de biomassa.
12.Desenvolvimento cientfico e
tecnolgico e promoo de intercmbio
de informaes com instituies no
Brasil e no exterior.
CONSELHO DIRETOR ABIB 2014-2018
PRESIDENTE CELSO MARCELO DE OLIVEIRA DIRETOR DA BRASIL BIOMASSA EENERGIAVICE PRESIDENTE BIOMASSAE PELLETS JORDANO BUSATTO MILANI DIRETOR BR BIOM
VICE PRESIDENTE FLORESTAL E MADEIRA MARCOS STOLF DIRETOR STOLFIBER FIBRA E
VICE PRESIDENTEINTERNACIONAL THIAGO ANDRADE-EUROPA DIRETORDA WOOD PELL
VICE PRESIDENTESUSTENTABILIDADEAMBIENTALGERSON SAMPAIO FILHO DIRETOR D
SECRETARIAGERAL E DIRETORIA JURDICA MARIA DENISE MARTINS EMPRESA MDM CO
DIRETORIAEXECUTIVA EM BIOENERGIA DIRETOR NORIVAL RICO FILHO BEIJA FLOR AGRO
DIRETORIAEXECUTIVA EM PROJETOSSUSTENTVEIS DIRETORJOS SOARES SOBRINH
DIRETORIA EXECUTIVAEM DESENVOLVIMENTOCARLOS ALBERTO DALPRAT DIRETORMA
DIRETORIAEXECUTIVA EM PRESERVAOAMBIENTAL DIRETORANTONIO CARLOS MON
DIRETORIAEXECUTIVA PROJETOSDE RESDUOSDIRETOR JOSCARLOS SOTTO MAIOR E
DIRETORIA EXECUTIVANEGCIOS INTERNACIONAIS DIRETORPEDRO MARTINS DE AZEV
DIRETORIAEXECUTIVA EM ENGENHARIAINDUSTRIAL DIRETORIVO DARCY BUSETTO IB C
DIRETORIAEXECUTIVA EM PROJETOSBIOMASSAE PELLETS DIRETORJOS SCHARTNER
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Avaliao do potencial de biomassa, que
compreende a formulao de cenrios sobre o setor
florestal, industrial valorando os resduos gerados
(explorao florestal e industrial) em cada setor e a
denominao do potencial de gerao de resduos.
Avaliao do potencial energtico da silvicultura
(florestal e industrial) denominando por gerao
total de biomassa no Brasil por regio e pelos
setores industriais tendo uma tendncia final do
volume total de biomassa disponvel noBrasil.
Avaliao da disponibilidade de biomassa com o
acesso comercial no Brasil tipificando a sua
disponibilidade e um preo por fonte produtiva
(custo por fonte) para um estudo futuro de
viabilidade econmica, bem como a tendncia de
disponibilidade futura.
Os objetivos especficos do atlas: Identificar e
quantificar os resduos gerados na, silvicultura;
quantificar o potencial total de gerao de energia a
partir dos resduos gerados (biomassa); identificar
os impactos ambientais potenciais dos resduos
gerados, mostrando os principais problemas atuais
e futuros; e analisar o cenrio brasileiro e regional
em relao gerao de resduos e ao seu
potencial energtico para uma avaliao tcnica.
O aproveitamento da biomassa florestal e industrial
podem ser parte integrante do processo de gesto
sustentvel e da cadeia de responsabilidade. Aspopulaes locais deveroser sensibilizadasacerca
das vantagens de utilizao da biomassa, e das
repercusses positivas em termos econmico,
social e ambiental.
APRESENTAO
O Atlas Brasileiro de Biomassa Florestal e Industrial desenvolvido pela Associao Brasileira das
Indstrias de Biomassa e Energia Renovvel visa reunir esforos entre diversos setores polticos e
empresariais no Brasil no sentido de implementar uma estratgia integrada para o consumo,
produo dabiomassa e no desenvolvimento de projetos industriais sustentveis
O estudo envolveu levantamento de dados acerca da situao atual de gerao de resduos no
segmento florestal, industrial, visando auxiliar na formulao e reformulao de polticas pblicas e
programas de desenvolvimento brasileiro.
Os resultados apresentados podero servir de base para uma melhor avaliao dos impactos
ambientais do setor e para a anlise de possibilidades econmicas de utilizao dos resduos para
gerao de energia por meio de reaproveitamento da biomassa, subsidiando a elaborao de planos
de reduo, reutilizao e reciclagem dos resduos gerados. Nos aspectos metodolgicos os estudos
desenvolvidos podem ser estruturados em grandes grupos, a saber:
Neste sentido, dedicainicial identificao das principais culturaspas apresentando os tovariveis de rea plantaproduzida e rendimeproduo, apresentadoUnidades da FederaoPas, usando como refede dados estatsticos organismos dedicados
quantificao destes Brasil que destacamos:
Instituto Brasileiro deEstatstica IBGE, do GSecretaria de Assuntos Presidncia da RepbliPesquisa Econmica Ministrio do Planejamee Gesto MP, com Produo Agrcola MunLeguminosas e OleaginAgrcola Municipal
Temporrias e Permanda Extrao Vegetal e daCompanhia Nacional de CONAB, do Ministrio Pecuria e Abastecimentde Pesquisa e Desenvodo Ministrio do MConsultas de ordem tcFlorestal Brasileiro. ImCenbio. Embrapa. Assocde Produtores de FloresABIB Associao B
Indstrias de BiomasRenovvel.
Celso OliveiraPresidente da AssociaIndstrias de BiomasRenovvel
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CELSO MARCELO DE OLIVEIRA. Consultor Esp
Desenvolvimento de Projeto Empresarial Sustentve
biomassa e bioenergia. Especializao em Bioenergia e
Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Lis
Autor das Obras Energia Renovvel, Wood Pellets Bras
Bioenergia. Diretor Executivo da Brasil Biomassa e Eneempresa responsvel pelo desenvolvimento de 44 proj
de produo de biomassa, bio woodpellets e bio wo
Brasil, Estados Unidos e Europa. Conferencista com m
cinco palestras em Congressos Nacionais e Inter
destaque All About Energy, Biomass Investing Brazil,
2011 e Amrica Pulp & Paper Outlook Conference. Res
Acordo de Cooperao Internacional Brasil Frana
Bioenergia e Pellets com a interveno do Syndicat Pgranuls de Bois France. Organizador de acordos ope
companhias de produo e consumo de energia limpa
os fundos clean energy nos Estados Unidos. E de acord
exportao de WoodChips Paper e Biomassa para a
Malaysia e Coria do Sul com a Beijing Nandu Trade
Executivo da European EnergySRL.
Coordenador do Congresso Brasileiro de Biomassa
Convidado pelo Governo Federal para a participao d
Holanda Acordo Bilateral de Bioenergia e Biomassa. Pr
2018 da Associao Brasileira das Indstrias de Biom
Renovvel. Diretor Executivo do Instituto Brasileiro Pell
Briquete
EDITOR E DIRETOR EXECUTIVO
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BRASIL BIOMASSA E ENERGIA REN
Fundada em 2005, com sede em Curitiba e filial em
Brasil Biomassa a empresa pioneira no desenv
projetos industriais sustentveis (participao, produ
para fins de energia trmica e para exportao, engenh
e gesto empresarial e investimentos e de desenvolvim
negcios e marketing internacional) e lder na rea d
especializada em estudos e projetos de uso e de
biomassa (forma industrial pellets e briquetes) e c
energia (trmica) e energias renovveis. Parceria
German Pellets.
Atuamos com uma equipe de 22 profissionais na rea d
industrial e florestal, economia e planejamento estrat
internacional e administrao. A Brasil Biomassa ap
equipe multidisciplinar, com profissionais plenos e ex
mais diversas especialidades. A Brasil Biomassa ap
equipe multidisciplinar, com profissionais plenos e exmais diversas especialidades.
Temos mais de 150 parceiros internacionais para o des
de negcios. detentora de uma tecnologia industri
na rea de produo de biomassa para energia trmic
ao mercado internacional de celulose, projetos e
woodpellets e bio wood briquete, na gesto de novos
desenvolvimento da indstria de equipamentos e
internacional. a empresa responsvel pelo desenvoprincipais projetos industriais (atendendo as maiores
setor florestal, industrial, madeira, papel e
sucroenergtico). Veja o vdeo de apresentao da Bras
Energia Renovvel em Youtube (somente clicar aqui)
BRASIL BIOMASSA E ENERGIA RENOVVEL
Sede Administrativa BrasilAv. Candido Hartmann, 570 24 andar Conj. 243 80730-440Champagnat Curitiba Paran Fone: 41 33352284 - Celular 41 88630864 41 96473481
Skype Brazil Biomass (celso.marcelo.de.oliveira)E-mail [email protected] ou [email protected]
Brasil Biomassa Empresa http://www.wix.com/abibbrasil/brasilbiomassa
Brasil Biomassa Consultoria http://brasilbiomassa.wix.com/consultoriaBrasil Biomassa - WoodPellets http://abibbrasil.wix.com/woodpellets
Brazil Biomass http://www.wix.com/abibbrasil/brazilbiomassBrasil Biomassa Wood Bio Briquete http://www.wix.com/abibbrasil/briquete
http://www.youtube.com/v/ehcIi1UMrTIhttp://www.youtube.com/v/ehcIi1UMrTI7/17/2019 Biomassa
8/154ENERGIA
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Como conseqncia desta evoluo, as emisses de gases de efeito estufa n
cresceram 38% entre 2000 e 2013, chegando a 35 GtCO2 ou mais de 6
globais. A partir de 2011, as emisses comearam a desacelerar, mas ainda
2% ao ano. Um fenmeno importante acontece nos Estados Unidos que,
reduzidoo consumo de carvo (quevai sendo substitudo por gsde xisto), vm
de aumentode produo de petrleo que passou a ser produto de exportao.
tornar exportadores lquidos de petrleo na prxima dcada.
Apesar de este ser um cenrio cruel, com contnuo aumento do cons
combustveis fsseis, existe um universo em transformao. As energias renov
as fontes fsseis na capacidade instalada anual em 2013 e a proporo de e
matriz continua a crescer anualmente, aproximando-se de 20% (nos inicio dos
em 2035.
A participao dos combustveis fsseis no contexto mundial extremamente
internacional parareduzir a utilizao do petrleoe derivados na produode e
anos foi bem sucedido. Isto foi possvel devido a trs razes principais:
econmica desfavorvel do petrleo e derivados para produzir eletricidade; 2)
maisnobreseeficientespara estes combustveis, fora do setor eltrico; e 3)
outras fontes energticas mais adequadaspara a produo de energia el
natural, a nuclear e o carvo mineral, este ltimo apesar das emisses de CO2.O mundo utiliza majoritariamente no seu suprimento energtico, as fontes energticas primrias no
renovveis, em particular, os combustveis fsseis petrleo, carvo mineral e gs natural. Estes
combustveis so grandes emissores de CO2, um dos gases relacionados com o efeito estufa,
causador de elevao da temperatura do planeta e de mudanas climticas. A matriz de energia
mundial, teve uma oferta que evoluiu de 7.183 milhes de tep, em 1980, para 12.717 milhes de tep,
em 2012com uma taxaanual mdia de crescimento de 1,9% no perodo.
Entre 2000 e 2013, a demanda mundial de energia cresceu 38% e foi acompanhada do crescimento
do consumo das fontes fsseis na mesma proporo (3%), sendo o crescimento mais acentuado para
o carvo (70%), em especial por causa da China, e menos acentuado para o petrleo (17%). As
energias renovveis tiveram crescimento de 81% no mesmo perodo, com destaque para solar(+14.000%), elica (+2.000%) e biocombustveis (622%). A participao das energias renovveis subiu
de 7% para 9,3%, mas a participao das fontes fsseis permaneceu estvel em 86%, isso porque a
oferta de energia nuclear caiu 4% e a proporo na matriz energtica global caiu de 6,3 para 4,4%. Ou
seja, na ltima dcada, as energias renovveis tm ocupado espao da energia nuclear e ainda no
tm sido capazesde reduzir o consumo das energias fsseis.
MATRIZ ENERGTICA MUNDIAL
Esta elevada utilizao dos combustveis fsseis na produo de eletricidade explicada por quatro
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.A Administrao de Informao de Energia dos
Estados Unidos (EIA, na sigla em ingls) no
International Energy Outlook 2013 (Panorama da
Energia Mundial 2013), projeta que, devido ao
crescimento demo-econmico, o consumo de
energia passar das atuais 524 quadrilhes de
unidades trmicas britnicas (Btu) para 820
quadrilhes deBtu em 2040 .
Given current policies and regulations limiting
fossil fuel use, worldwide energy-related carbon
dioxide emissions rise from about 31 billion
metric tons in 2010 to 36 billion metric tons in
2020 and then to 45 billion metric tons in 2040,
a 46-percentincrease.
Coletando, revisando e projetando os dados
energticos globais para o perodo 2010-2040, o
EIA assume premissas econmicas e
tecnolgicas para elaborao do IEO-2013, as
quais lhe permitem a criao de um CenrioEnergtico de Referencia futuro e outros Cenrios
Energticos Alternativos. Em suas publicaes,
normalmente o EIA realiza distines entre pases
membros da OCDE (Organisation for Economic
Co-operation and Development) e os pases no
membros (no- OCDE). De acordo com o cenrio
de referncia do IEO-2013, o consumo de energia
global dever aumentar 49% entre 2010 e 2040,
elevando-se de 524,0 para 820,0 Quatrilhes de
Btu (British thermal unit) durante este perodo.
Observa-se, que aps uma retrao mundial
entre 2008-2009, China e ndia hoje aceleram
nveis de recuperao da demanda, enquanto o
Japo e pases da Unio Europia tm atrasado
este processo.
O IEO-2013 tambm
crescimento do PIB de pase
OCDE), com expanso da a
e aumento mdio anual
poder aquisitivo .
Neste cenrio, a demand
elevar em 84% nas
enquanto que nos pases m
crescimento econmico pre2,0% a.a., e aumento tota
apenas 14% durante todo o
Os combustveis fsseis
domnio. O petrleo co
principal fonte de energ
registrar um aumento
demanda, o que deve pre
Em suas premissas, o IE
preos do petrleo bruto Unidos . Destaca-se que e
fundamental para qualquer
energtico, pois os preos
afetam diretamente as
consumo e a viabilidade eco
de fontes alternativas de ene
O gs natural deve cresce
carvo dever manter a
especialmente porque Ch
grandes produtores e
entanto, a EIA prev que a
combustvel fssil na matriz
partir de 2025, devido
ambientais e climticas.
Esta elevada utilizao dos combustveis fsseis na produo de eletricidade explicada por quatro
razes principais:
1) grande disponibilidade de recursos energticos, particularmente do carvo mineral;
2) vantajosa competitividade econmica e ambiental (exceto as emisses de CO2 e mudanas
climticas) com outras fontes energticas;
3) favorvel viabilidade tcnica e econmica do seu transporte, inclusive a longas distncias (o comrcio
de energia um dosmaioresdo mundo);
4) adequadatecnologia, plenamente desenvolvida para o seu aproveitamento energtico.
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Segundo o World Energy Outlook elaborado pela Agncia Internacional de Energia (IEA), a participao das en
no hidreltricas na matriz energtica mundial ser de 15 20% em 2035. Biomassa tem sido uma importan
Hoje, a percepo da biomassa est mudando e isso est sendo reconhecido como um valioso combustvel m
proporcionar uma energia renovvel na gerao de energia. O Relatrio Especial sobre os Cenrios de Emiss
a Mudana Climtica (IPCC) estima que o maior potencial em energia renovvel (2025), seja proveniente da b
(70 a 140 EJ), seguido pela energia solar (16-22 EJ)e a elica (7-10 EJ).
A Unio Europia publicou recentemente o Relatrio Annual de Biocombustveis 2013 com a Rede Global d
Agricultura USDA dos Estados Unidos (Annual Biofuels Report for 2013 The European Union USDA Foreign Ag
Global Agricultural Information Network). O relatrio revela que o consumo de biomassa, onde Estados-Memb
forneceram estimativas do consumo final de energia da biomassa, a fim de atingir suas metas para 2020. A U
atingir as metas de uso de energias renovveis em 2020 com o uso de bioenergia e biomassa devem aum
energtico de 82 milhes de tepem 2010 para 135 Mtep em 2020. Os maiores aumentos so no setor eltric
onde se espera que o uso da bioenergia deve dobrar de 10 milhes de tep para 20 Mtep para o setor de ener
dobrar de 14 a 28 Mtep no setor dos transportes. Temos um crescimento de consumo de energia e da necess
de biomassa, com destaque para a Blgica, Frana, Alemanha, Itlia, Holanda, Polnia e Reino Unido. O prin
respeito da biomassa slida e gasosa utilizada no setor eltrico e calor, em vez de biocombustveis lquidos (
setor de transporte. A utilizao destes doissetoresde energia em 2020 dever totalizar em 107 milhes dete
Perspectivas Futuras Horizonte 2030. A oferta de energia dever
acompanhar o crescimento da economia mundial, com uma
elasticidade unitria, resultando numa elevao, em termos absolutos,
do consumo dos combustveis fsseis e das emisses de CO2. Faz-se
referncia aos estudos desenvolvidos pelo DOE-Department of Energy
dos Estados Unidos da Amrica, de cenrios energticos mundiais ato ano 2030.
A seguir, esto apresentados alguns resultados destes estudos. A
oferta evolui de 12.809,5 milhes de tep, em 2007, para 17.094,6
milhes de tep, em 2030, taxa anual mdia de crescimento de 1,5%,
no perodo. A participao dos combustveis fsseis em 2030
estimada em 83%, diante do valor de 85%, em 2010. Isto implica
numa elevao,em valores absolutos, do consumo destes energticos,
no perodo. A participao das fontes renovveis evoluiria de 9% para
11%, neste horizonte. A oferta evolui de 1.767 milhes de tep, em2010, para 2.730 milhes de tep, em 2030, taxa anual mdia de
crescimento de 2,2%, superior a correspondente da energia de 1,5%. A
participao dos combustveis fsseis se mantm elevada, no patamar
constante de 66%, e a das fontes renovveis, evoluiria de 14%, em
2010,para 16 a 20%, em 2030.
BIOMASSA NO CONTEXTO MUNDIAL
7/17/2019 Biomassa
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Evoluo da Matriz EnergticaBrasileira. No PNE-2030 se projeta para o Brasil
239 milhes de habitantes, ou seja, 55 milhes de pessoas a mais do que em
espera um aumento da renda nacional e uma melhor distribuio da mesma.
Este conjunto de fatores, de acordo com o plano, impulsionar o consumo
capita de energia no Pas, evoluindo-se dos atuais 1,2 para2,3 tepat 2030.A
manter baixo grau de dependncia externade energia, custos da produo co
nveis percentuais de emisses de gases.
No PNE-2030 tambmse aponta que a diversificao da matrizenergtica brasesta estrategicamente incorporada dinmica da evoluo energtica do Pa
plano, baseado em estudos de tendncia.
Exemplifica-se que em 1970,apenasduas fontes de energia respondiam por 7
energia: o petrleo e a lenha. J em 2000, eram trs energticos que respon
consumo: petrleo, lenha e energia hidrulica. Para 2030, plano projeta q
abrangendo 77% do consumo: petrleo, energia hidrulica, cana-de-acar
contraponto desta diversificao de fontes a reduo da importncia da le
nacional.
O Brasil um pas que rene inmeras vantagens comparativas que o tornam capaz de atuar comolder no mercado mundial de produtos agrcolas, agroindustriais e silviculturas, em particular aqueles
dedicados ao aproveitamento da biomassa residual para a gerao de energia. Destacam-se as reas
disponveis para a agricultura com impactos ambientais circunscritos ao socialmente aceitos, a
possibilidade de mltiplos cultivos ao longo de um nico ano, a intensa radiao solar recebida, alm
da diversidade de clima, exuberncia de biodiversidade e a existncia de desenvolvimento cientfico e
tecnolgico agrcola especfico da zona tropical,associado uma agroindstria slida eprodutiva.
Perspectivas para Economia Brasileira. Para a economia brasileira se construiu quatro cenrios
econmicos no PNE-2030, todos com crescimento do Pas bem acima da mdia mundial. No cenrio
de referncia, admite-se no PNE-2030 um crescimento mdio 4,1% a.a. entre 2005 e 2030. Tambmse espera um forte crescimento nademandade energia primria interna,com esta saltando dos 218,7
milhes de tep (2005) para cerca de 555 milhes de tep em 2030. Entretanto, a expectativa que a
dinmica deste aumento no ser linear, sendo em mdia 5% a.a. entre 2005-2010, 3,7% a.a. entre
2010-2020 e 3,5% a.a. entre 2020-2030. Esta variao no percentual justificada no plano por
ganhos de eficincia energtica, tanto do lado da demanda quanto da oferta.
MATRIZ ENERGTICA NACIONAL
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.A poltica energtica brasileira pretende moldar a atual matriz energtica pelas iniciativas
derivados de petrleo por fontes energticas nacionais (etanol da cana-de-acar, hidroe
mineral e o uso da biomassa).
Sem dvida, a reduo do ritmo de crescimento econmico nos ltimos anos no Brasil tam
sobre o crescimento do consumo de petrleo e derivados, mas a reverso da tendncia d
participao acabou se cristalizando e gerou, por exemplo, a oportunidade para um aumento
biomassa na matriz energtica. Atualmente, os derivados de petrleo predominam na matriz d
energia (41%), o que seexplica pela prevalncia do modal rodoviriono setor de transporte.
A eletricidade a segunda forma de energia mais utilizada (19%). Biomassa e os produtos dtambm um grupamento relevante (12%), como resultado da insero do etanol nesta ma
adio gasolina, do consumo na frota de veculos a lcool hidratado e, mais recentemente,
veculos flex fuel. Dentro de uma perspectiva de longo prazo, uma questo que naturalm
capacidade de a economia brasileira crescer com maior eficincia no uso da energia, portan
intensidade energtica. A resposta a essa questo depende do cenrio em que se inscrever
das opes estratgicas que forem feitas para sustentar tal crescimento.
.
O ponto que a forte presena da energia hidrulica e o crescimento do uso da cana-de-
acar na produo de energia do Pas sustentam no longo prazo uma proporo de
fontesrenovveis que deve manter a matriz energtica brasileira entre as mais limpas do
mundo.
Pelas expectativas apresentadas no PNE-2030, mesmo ao final do perodo, 45% da
energia consumida no Brasil ser proveniente de fontes renovveis, graas ao etanol e a
co-gerao eltrica de bagao de cana, assim como o aproveitamento do potencial
hidreltrico daregio amaznica.
Contexto Energtico Brasileiro. A busca das polticas mais apropriadas para tornar o
planejamento energtico eficaz requer que, inicialmente, se identifiquem os
determinantes de maior relevncia para a evoluo do setor de energia. A anlise dos
determinantes econmico-energticos constitui-se em parte fundamental do processo de
elaborao de estudos prospectivos. A evoluo do contexto energtico moldar a
ambincia na qual os agentes do setor iro atuar ese posicionar estrategicamente.
Dessa forma, a matriz energtica de um determinado perodo reflete a interao das
decises correntes e passadas, tomadas pelos agentes setoriais dentro de um contexto
energtico especfico.
N f t i t l b l d i t f i d 4 9% O t l l t b
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Na biomassa, o destaque fica com o bom desempenho da gerao por bagao de cana, com crescimento de 8,1% em 2014. De
fato, o setor sucroalcooleiro gerou 32,3 TWh em 2014, sendo 19,1 TWh destinados ao mercado e 13,2 TWh destinados ao
consumo prprio. Assim, a gerao por bagao de cana representa 70% da gerao total por biomassa, tendo sido gerados os
30% restantes, principalmente, pela indstria de papel e celulose, coma utilizao de lixvia, lenha e resduos de rvores.
A oferta total de bioenergia em 2014 foi de 84,4 milhes de tep (1.640 mil bep/dia), montante correspondente a 27,6% da matriz
energtica brasileira. Os produtos da cana (bagao e etanol), com 48,1 Mtep, responderam por 57% da biomassa e por 15,7% da
matriz. A lenha, com 24,7 Mtep, respondeu por 29,3% da biomassa e por 8,1% da matriz. Outras biomassas (lixvia, resduos de
madeira, resduos da agroindstria e biodiesel), com 11,6 milhes tep, responderam por 13,7% da biomassa e por 3,8% da
matriz.
Nas fontes no-renovveis, a taxa global de crescimento foi de 4,9%. O gs natural, pelo porte, se sobr
acentuado aumento do seu uso na gerao de energia eltrica. Em seguida vem o carvo mineral tambm in
uso na geraoeltrica.Neste contexto, as fontes renovveis passaram a uma participao de 39,4% na dema
de 2014, contra os 40,4% verificados em 2013.
A expressiva participao da energia hidrulica e o uso representativo de biomassa na matriz energtica bras
indicadores de emisses de CO2 bem menores do que a mdia mundial e dos pases desenvolvidos. No p
tCO2/tep de energia consumida, o indicador do Brasil ficou em 1,59 (2014), enquanto que, nos pases da OC
ficouem 2,31 (2012) e,no mundo, ficou em 2,37 (2012).
Em 2014, o Brasil reduziu o seu patamar de dependncia externade energia em relao a 2013, resultado priaumento da produo de petrleo. Assim, a dependncia externa de energia ficou perto de 40 Mtep (4
correspondendo a 12,7% da demanda total de energia do Pas. Na rea de petrleo e derivados, o Brasil aind
6,3% da demanda de 2014 (13,8% em 2013), com importaes lquidas de 160 mil bep/dia (339 mil bep/dia
Na composio da oferta de produtos da cana, aparece o etanol, com 14,9 Mtep (31,1%) e o bagao de ca
(68,9%). Na matriz energtica brasileira, o bagao representou 10,9%, e o etanol, 4,9%. Em 2014, a produo
28,5 milhes m, mostrando aumento de 3,3% sobre a produo de 2013. O consumo rodovirio, de 25 m
9,3%, e as exportaes lquidas recuaram 83%,correspondendo a 0,5 milhesm (3,2 milhes m em 2013).
A produo de biodiesel foi de 3.420 mil mem 2014, mostrando umcrescimento de 17,2% sobre 2013, e co
mistura de 7% ao diesel fssil. O biodiesel representa 0,95% da matriz energtica brasileira. A capacidad
unidades produtoras de biodiesel, existentes em dezembro de 2014, totalizou 7.502 mil m/ano, sendo 44%
Oeste, 35% na regio Sul, 12% na Sudeste, 6% na Nordeste, e 3% na Norte. So 42 usinas detentoras do Selo
correspondendo a 88,7% da capacidade instalada total.
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BIOMASSA FLORESTAL E INDU
A Biomassa toda a matria orgnica A gesto sustent
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BIOMASSA
A Biomassa, a mais antiga forma de energia renovvel, tem sido utilizada desde h milhares de anos. Contudo, a sua
taxa de utilizao relativa decresceu com o aumento da utilizao de combustveis fsseis, como o carvo. O termobiomassa foi inicialmente introduzido por Eugene Adam, que referiu que a biomassa constituda pelo material
produzido por todos os seres vivos (animais, vegetais, fungos).
Todo o recurso renovvel oriundo de matria orgnica, que pode ser utilizada na produo de energia.Assim como a
energia hidrulica e outras fontes renovveis, a biomassa uma forma indireta de energia solar. A energia solar
convertida em energia qumica, atravs da fotossntese, base dos processos biolgicos de todos os seres vivos. No
contexto da produo de energia, entende-se por biomassa a frao biodegradvel de produtos e resduos
provenientes da agricultura (incluindo substncias vegetais e animais), da silvicultura e das indstrias conexas, bem
comoa frao biodegradvel de resduos industriais e urbanos (Directiva 2001/77/CE).
De acordo com a definio anterior, a biomassa pode subdividir-se em biomassa slida, lquida e gasosa. A biomassa
slida tem como fontes os produtos e resduos slidos provenientes da fileira agro-florestal e das indstrias conexas,
assim como a frao biodegradvel dos resduos industriais e urbanos. A biomassa lquida, isto , os biocombustveis,
tm a sua origem principal em culturas agrcolas. A biomassa gasosa, ou biogs, tem origem nos efluentes
agropecurios, agro-industriais e urbanos (ex. lamas das ETARs e aterrosde Resduos Slidos Urbanos).
A Biomassa toda a matria orgnica
produzida e acumulada num ecossistema. As
plantas e as rvores removem o dixido de
carbono (CO2) da atmosfera e armazenam-
no sob a forma de compostos orgnicos
enquanto crescem, atravs do processo da
fotossntese. Neste processo a luz, a gua, os
sais minerais do solo e o CO2, so utilizados
como matrias-primas. A fotossntese
decorre enquanto tiver disponvel luz, gua eCO2. A queima de biomassa em habitaes,
em processos industriais, para a produo
de energia eltrica, devolve atmosfera o
CO2 retido. O crescimento de novas plantas
e rvores mantm o ciclo do carbono
atmosfrico em equilbrio, atravs da
reabsoro deste CO2. Este ciclo de carbono
zero ou neutro pode ser repetido
indefinidamente, desde que a biomassa seja
regenerada nos prximos ciclos, colhida parautilizao e replantada de novo.
A gesto sustent
biomassa de ext
para garantir que o
no seja interrom
esta condio ape
excluir, para efeito
emisses adiciona
libertadas na
tratamento e transp
De qualquer formado CO2 neste sist
que o balano de
de produo de e
partir de um combu
por exemplo,
combustveis fss
gs, o petrleo e o
considerados neu
visto que libertam
armazenado durante no possuem qu
de armazenamento
A biomassa um tipo de matria utilizada na produo de energia a partir de p
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p p g p p
combusto de material orgnico produzida e acumulada em um ecossistema,
produo primria passa a incrementar a biomassa vegetal do ecossistema. P
acumulada empregada pelo ecossistema para sua prpria manuteno.
No Congresso Internacional da ACORE definiu-se o conceito de biomassa
aplicamos a nossa realidade nacional. Biomassa qualquer material orgnico.
Matria-prima do processo de desbaste (resduos) florestal onde:
(I) so subprodutos do processo florestal (madeira, celulose), industrial ou agrc
(II) socolhidos de acordo com as leis de manejo florestal.(III) materiais residuais, incluindo:
A) resduos de culturas;
(B) outros materiaisvegetativos e leos minerais (incluindo resduos de madeira
(C) de resduos animais e subprodutos (incluindo as gorduras, leos, grax
animais); e
(D) a frao de materiais biognicos, incluindo todos os resduos seg
alimentares, resduos de jardim e de guas residuais bioslidos estao de trat
(IV) materiais vegetais, incluindo
(A) gros; (
(B) B) outros produtos agrcolas;
(C) rvores colhidas em conformidade com as leis de manejo florestal, as regra
(D) de outras plantas, e
(E) algas, plantas aquticas e derivados (incluindo leos).
A biomassa constitui uma fonte renovvel deproduo energtica para a produo de eletricidade, calor ou combustvel.
Com o crescente protagonismo dos efeitos dos combustveis fsseis no ambiente, tais como as alteraes climticas, o Homem est a redescobrir as vantagens da biomassa. Os po
incluem:
- A reduo das emisses de carbono,se geridas (durante a produo, transporte e utilizao) de forma sustentvel;
- O aumento dasegurana energtica pela diversificao das fontes deenergia e utilizao de fontes locais;
- A criao de proveitos adicionais para os setores agrcola e florestal;
- A reduo da produo de resduos perigosos.
A utilizao da biomassa apresenta vantagens de natureza to diversa como a reduo da emisso de gases com efeito de estufa, o aumento da diversidade de oferta de energia. As va
custo, ser renovvel, permitir o reaproveitamento de resduos e ser menos poluente que outras formas de energias, como aquela obtida a partir da utilizao de combustveis fsseis com
mineral .
O termo biomassa florestalpodeser dividido em:
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O termo biomassa florestal podeser dividido em:
a) Biomassa florestal primria (BFP), a frao biodegradvel dos produtos gerados pela floresta e que so
processados para fins energticos, nomeadamente os materiais vegetais procedentes das operaes silvcolas
como: podas, toias, desbastes, cortes fitossanitrios, bem como, cortes finais ou cortes intermdios, lenhas de
podas e desramaes e material vegetal proveniente de culturas energticas, lenhosas ou herbceas, instalados
em reas florestais;
b) Biomassa florestal secundria, a matriaorgnica residual, composta por costaneiras, serriagem, maravalha ou
p de serra, licores negros, recortes, aparas, biomassa etc., que gerada nos processos da indstria detransformao e processamento de madeiras, tal como as serrarias e madeireiras, fbricas de papel e celulose,
laminadoras e embalagens, painel de madeira, mdf e compensado ou de movelaria, bemcomo, restosde madeiras
oriundos de outras atividades industriais como paletes, embalagens e resduos urbanos de demolies.
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Biomassa Energtica Florestal. So os biocombustveis provenientes dos recu
produtos e subprodutos, que incluem basicamente biomassa lenhosa, p
sustentvel a partir de florestas cultivadas ou de florestas nativas, obtida por de
floresta nativa para abertura de reas para agropecuria, ou ainda originada
processam ou utilizam a madeira para fins no energticos, destacando-se a i
celulose, industria moveleira, serrarias. O contedo energtico desta classe
associado celulose e lignina contidas na matria e seu baixo teor d
aproveitamento no uso final energtico se realiza, principalmente, atravs das rotransformao termoqumica mais simples, como combusto direta e carboniza
complexas tambm so empregadas para a produo de combustveis lquido
metanol, etanol, gases de sntese, licor negro (um subproduto da indstria
outros.
Benefcios Econmicos no Uso da Biomassa. Aumentar a diversificao da
reduzindo a dependncia de combustveis fsseis com a utilizao da bioma
energtico para a garantia do suprimento, reduzindo a vulnerabilidade s oscila
s instabilidades polticas dos pases produtores.
Benefcios Sociais no Uso da Biomassa. A gerao de empregos, direreconhecidamente uma das maiores vantagens das energias renovveis, em es
A atividade contribui para um ciclo virtuoso de aumento dos nveis de consumo e
incluso social, gerao de mais atividades econmicas, fortalecimento
promoo do desenvolvimento regional e reduo do xodo rural. No Brasil, o se
cana-de-aar tem importncia relevante na gerao de empregos, contando
milho de pessoas diretamente empregadas, sendo a produo de biomassa, e
os outros recursos energticos, a atividade que envolve mais empregos.
Benefcios Ambientais no Uso da Biomassa. O aquecimento global, agravad
emisso de gases de efeito estufa (GEE) por fontes antrpicas, levou pases m
assinarem o Protocolo de Quioto, que determina a reduo nas emisses desegundo perodo de compromisso do Protocolo de Quioto, existe uma tend
aumente a presso sobre alguns pases em desenvolvimento, como China e nd
venham a terque assumir algum compromisso (meta) com a reduo de emiss
BIOMASSA ENERGTICA
Energia da Biomassa. A biomassa, essencialmente uma forma de energia solar armazenada, as
rvores usam a luz solar, na fotossntese, para converter o dixido de carbono (CO2) e gua (H2O)
em produtos de alto teor energtico, que soos carboidratos e oxignio. No processo de combusto
a energia armazenada na biomassa blindada e aproveitada para a gerao de calor, vapor ou
eletricidade. A quantidade de energia liberada pela madeira por unidade de massa na combusto,
conhecida como poder calorfico. Esta energia pode ser expressa como poder calorfico superior
ou poder calorfico inferior, dependendo se o calor blindado pela condensao de gua de
constituio docombustvel ou no considerado.
O poder calorfico de um combustvel a quantidade de energia liberada durante a combusto
completa por unidade de massa do combustvel a presso constate. No Sistema Internacional de
Unidade (SI), o poder calorfico expresso em joules por grama (J/g) ou quilojoules por quilograma
(kJ/kg). Porm, a unidade mais usada para combustveis slidos calorias por grama (cal/g), ou
quilocalorias por quilogramas (kcal/kg), e para combustveis gasosos calorias por metro cbico(cal/m). A energia pode ser expressa como poder calorfico superior (PCS) ou poder calorfico
inferior (PCI). O PCS obtido a partir do combustvel seco, enquantoque o PCI considerao contedo
de gua constituinte do combustvel e o calor perdido com a vaporizao da gua. Portanto, o PCI
retratamelhor a quantidade de energia de um combustvel.
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Toda atividade florestal deve ser planejada para a
obteno de um determinado produto, o qual se pode
chamar de produto principal, como toras de madeira,
cascas, sementes, leos e resinas. No caso das toras
de madeira, o processo de obteno implica,
necessariamente, na formao de outros materiais
que no sero aproveitados como produto principal, o
que se deve a suas dimenses ou caractersticasdiferentes das requeridas para tanto. Porm,
dependendo das espcies que constituem o
ecossistema florestal e do manejo adotado, grande
parte do material lenhoso acaba no sendo utilizado
permanecendo na floresta sem valor comercial e, por
estarazo, chamado resduo florestal.
Caractersticas dos Resduos da Colheita Florestal. Os
resduos resultantes das operaes de colheita
florestal geralmente so deixados na floresta por no
possurem aproveitamento, como galhos e ramos,
parte superior das rvores, toras que no atingem
dimenses necessrias mnimas de uso ou de valor
comercial insuficiente que justifique a sua remoo.
Chamados tambm de resduos de explorao
florestal, quando so formados a partir desse tipo de
atividade, os resduos florestais, na verdade tm como
origem principal a queda natural de rvores ou partes
delas. Definimos os resduos florestais como todo o
material resultante da explorao comercial da
madeira e que permanece sem utilizao industrial
definida. Esses resduos podem ser compostos de
galhos, copas, rvores cujo dimetro inferior ao
dimetro comercial mnimo, rvores doentes, rvores
mortas, tocos e razes.
BIOMASSA RESIDUAL FLORESTAL
As partes que constituiro os re
dependem das prticas de expl
da utilizao florestal, assim q
apenas do fuste sem casca, o re
casca, a copa, toua e razes.
menos de dois teros de u
retirados da floresta para a co
seja, cerca de 33% da massa ddeixados na floresta por ocas
Alm dos resduos, h perd
durante as operaes da colhei
torno de 8 a 10%. Os resduos
ser classificados em dois difer
acordo com o dimetro das p
peas menores so conside
Lenhosos Finos (RLF) e pe
chamadas Resduos Lenhosos
Entretanto, a definio dos dimmximo, de incluso em ca
classes varia bastante entre o
sentido importante classif
aqueles com dimetro10 cm,
esto as peas com maiores c
nutrientes, porm, em geral
estes so compostos de peas
dimetro igual ou superior a 7
Normativa 302/84 do IBDF (IB
resduos florestais como sobrasno o objeto prioritrio da ativ
da alterao sofrida pela matr
quando submetida ao ex
processos mecnicos, fsicos e/
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C lassificao dos Resduos Florestais. Basicamente, os resduos florestais podem ser classificados em resduos do manejo florestal e tratos silviculturais (referentes a desbastes e desr
colheita florestal (galhos, topos, folhas, tocos, casca e outros resduos) e resduos do beneficiamento da madeira (gerados na indstria de base florestal, como cascas, resduos de serrachapas de madeira, licor-negro). No que tange aos resduos florestais podemos considerar todos os materiais orgnicos que sobram na floresta aps a colheita como os resduos len
madeira, com ou sem casca, os galhos grossos e f inos, as folhas, os tocos, as razes, a serapilheira e o descarte (tora com defeitos). Os resduos florestais, obtidos a partir de um manejo
de reflorestamento, pode incrementar a produtividade energtica futura das florestas. Os mtodos para caracterizao dos resduos so definidos em funo do objetivo dessa carac
ento caracterizar o resduo em funo de sua origem, de seu tipo, de seus fatores geradores, de sua quantidade, de sua composio/periculosidade, de suas caractersticas fsicas, de su
sua disperso espacial e de suas formasde manejo.
Os resduos da colheita florestal podem ser compostos por galhos, copa, casca, raiz, rvores mortas, rvores abatidas acidentalmente, cepas, cips, outras espcies no arbreas
abandonadas. Osresduos so gerados ao longo de toda a cadeia produtiva. A quantidade e os tipos gerados variam com as caractersticas da floresta, da espcie, da natureza da matri
do grau de processamento, da eficincia do processo de transformao, tipos de mquinas empregadas ela indstria, nmero de operaes do processamento, qualificao da m
exigncias do mercado. A valorizao e a minimizao de resduos so estratgias dos modelos de gesto emProduoMaisLimpa,que busca a maior sustentabilidade nos sistemasda reduo no consumo de energia, do uso racional dos recursos e da reduo dos impactos ambientais negativos. A produo mais limpa a aplicao contnua de uma estratgia am
integrada, empregada nos processos, nos produtos e nos servios para aumentar a eco eficinciae reduzir os riscos para os seres humanos e para o meio ambiente. A quantidade d
que permanece no campo depende de uma srie de causas associadas qualidade da floresta, homogeneidade das rvores, limite mnimo pr-estabelecido para o secionamento
industrial, equipamentos disponveis para a colheita, cuidados e qualificao dos operadores florestais, e gesto que se pretende adotar na coleta e utilizao dos resduos lenhosos. As
na colheitada floresta plantada podem ser significativas. Alm dos resduos, h perdas de madeira durante as operaes da colheita, que giramem torno de 8 e 10% (FAO).
RESDUOS FLORESTAIS
TIPO RESDUO FLORESTAL
RVORE Todos os componentes da rvore, razes, touas, fuste total,
ramos, folhas ou acculas e frutos
RAZES E TOUA Toua (depende da sua altura) e todas as razes
FUSTE Tronco da rvore englobando a casca, da toua ao topo, exceto
folhas ou acculas, ramos e frutos.
PONTAS Parte do fuste total que no aproveitado em explorao
normal.
COPA Todos os ramos, folhas ou acculas, ponteiro e frutos.
RAMOS Todos os ramos e galhos, excluindo folhas ou acculas
FOLHAGEM Todas as folhas ou acculas, flores e frutos.
A quantidade de madeira utilizvel perdida est presente em todas as fases da colheita florestal, desde o corte, a
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extrao e o transporte, e este material representa uma significante parte do total removido de uma floresta. So as
seguintes as principais formas de se perder madeirana colheita florestal:
Toco alto. Quando o operador da motosserra ou da colheitadeira florestal corta a rvore, ele deixa no campo uma
cepa ou toco. Podemos perder entre 0,5 de madeira no campo, se o corte para o abate da rvore for mais alto do
que o necessrio.
Tocosaltssimo. Podemsignificar perdas de 3 a5% do volume dasrvores assim abatidas.No cortedas torasdevido
aos rotores ou s lminas de corte (serras). As mquinas modernas de colheita possuem dispositivos de corte que
variam de 0,8 at 3 cm, conforme seu desenho e conceito de operao.As motosserras possuem largura de lmina
de corte de cerca de 0,9 cm.
Quando secionamos a rvore em toras, a cada passe do equipamento de corte, perdemos essa largura mdia de
madeira que se transforma em serragem e cai ao solo. Quanto mais curtas as toras, mais cortes sero necessrios.
Gastamos mais energia e perdemos mais madeira como serragem. So cerca de 0,45% da rvore que se perde
somente com essa operao. S para se cortar as rvores e as secionar em toras, estaremos perdendo 0,2% ou
mais do volume de madeira do povoamento. Se o povoamento estiver rendendo 300 m/hectare no corte, s nessa
operao perderemos 0,6 m de madeira. Somando mais outros 0,5 deixados no toco alto, j termos um
rendimento de1,1m a menos na produtividade da floresta.
A operao de descascamento feita no campo violenta e brutal. Sempre teremos rvores que no resistem e se
quebram. Alm disso, sempre na raspagem da rvore para se retirar a casca se raspa um pouco de madeira junto.
Os resduos do descascamento acumulam-se na unidade de extrao gerando um passivo ambiental. Essas perdas
somadas j foram computadas em alguns experimentos correspondem a 0,1 a 0,15% da madeira total. Nos
ponteiros,galhosgrossose rvores finas deixadas aps a colheita.Essesvalores correspondem a 2 a 8% do volume
slido total da madeira comercial do povoamento. Essa ampla faixa varia em funo da qualidade da floresta, das
especificaes do dimetro mnimo a colher, do equipamento usado na colheita e das habilidades e cuidados dos
operadores das mquinas. Mesmo com cuidadosa catao manual dos resduos de madeira, ainda permanece
como resduo na floresta algo como 0,5 a 1,5% de madeira potencialmente aproveitvel para lenha ou biomassa
energtica. De qualquer forma, a retirada de ponteiros, galhos grossos e torrentes uma maneira ecoeficiente de seusar bem a floresta plantada. Como resduos florestais consideramos todo material florestal orgnico resultanteda
colheita, como sobras de madeira, galhos, parte de cima do fuste isenta de galhos, e ainda materiais deixados em
campo como, tocos altos das rvores colhidas, galhos grossos das copas das rvores, rvores finas descartadas,
toras perdidas, esquecidas ou largadas no campo e ainda serragem gerada no abate da rvore e corte das toras.
O poder calorfico da madeira pode ser definido como a quantidade de energia na forma de calor liberada durante a O poder calorfico mais alto quanto maior o teor de lignina e ex
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combusto completa de uma unidade de massa (ou volume) do combustvel. Quando ocorre combusto completa
de uma unidade de combustvel este libera energia trmica e geralmente medido em termos da energia por
contedo por unidade de massa ou volume, da Mj/kg (slidos), a Mj/l para lquidos e por fim para gases para
Mj/Nm3. De uma maneira geral, essa propriedade depende da composio da biomassa e do seu grau de umidade
O poder calorfico divide-se em superior e inferior. O poder calorfico superior aquele em que a combusto se
efetua a volume constante e no qual a gua formada durante a combusto condensada e o calor que derivado
desta condensao recuperado. A umidade pode ser definida como a medida de quantidade de gua presente na
biomassa e que pode ser avaliada pela diferena entre os pesos de uma amostra, antes e logo aps ser submetida
a secagem. possvel apresentar os valores de umidade em base seca ou base mida, conforme a condio de
referncia adotada. O fato de a umidade ser colocada como uma caracterstica tcnica na produo de madeira
para energia porque necessrio que a madeira seja pelo menos parcialmente seca, antes de ser usada como
fonte energtica. Teor de umidade pode ser definido como a massa de gua contida na biomassa e pode ser
expressa tanto na base mida quanto na base seca, qual pode ser avaliada pela diferena entre os pesos de uma
amostra,antes e logo apsser submetida secagem.
mesmo contm menos oxignio que os polissacardeos present
(celulose e hemicelulose).
A massa especfica um dos principais ndices de qualidade
mtodos que se apiam na massa especfica bsica, s
satisfatoriamente mede a quantidade de substncia madeira por
A Massa especfica pode ser dividida em massa especfica ou
aparente. A Massa Especfica de uma substncia a razo ent
quantidade da substncia e o volume correspondente. Quando a
(no existem descontinuidades), esta representa Massa Especficpara resduos este conceito no se aplica, pois existem vrios p
material ocupando o mesmo volume.
A densidade a quantidade de massa, expressa em peso, cont
volume. A densidade com alguns parmetros anatmicos e qumic
densidade bsica da madeira, maior o teor de lignina e extrativos
e comprimento das fibras e menor o teor de holocelulose. O te
diretamente a qualidade e a produo e pode ser considerado
caractersticas da madeira produo de energia, em fun
estabilidade trmica e do seu maior teor de carbono. O teor de m
usualmente expresso como teor de cinzas, corresponde, em geral
base de madeira absolutamente seca. Muitos desses min
presentes em combinao com compostos orgnicos, e os co
desempenham funes fisiolgicas. Os principais minerais enco
magnsio, fsforo e silcio. Os resduos resultantes da combust
orgnicose oxidaesdos inorgnicos so caracterizadas como te
as cinzas so resultadas da combusto da biomassa, a qual se
temperaturas, tornando-se necessrio conhecimento do com
cinzas para evitar operaes inadequadas. As mesmas pod
elementos metlicos j presentes no combustvel; de argila, areia
estar na biomassa e ainda por solos misturados a biomassa dura
manuseio. As cinzas vegetais contm clcio, magnsio, fsforo e
alguns essenciais para o desenvolvimento dos seres vivos, com
Quando em alta concentrao podem diminuir o poder calorfico
causar perda de energia esua presena afeta tambm a transfer
Resduos de Floresta Nativa. A floresta amaznica uma das maiores florestas tropicais do mundo com
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caractersticas diversas tanto ambiental quanto sociocultural e bastante complexa, e a maior reserva contnua de
floresta tropical mida existente,na Amrica do Sul, ocupando umareade aproximadamente 6 milhes de km . A
Amazniabrasileirarepresenta cerca de um tero das florestas tropicais do mundo, abrigando algumas centenasde
espcies de rvores.
A Amaznia Legal no Brasil ocupa cerca de 5 milhes de km, o que corresponde a 60% do territrio nacional,
ocupado nos estados do Acre (3,64%), Amap (2,37%), Amazonas (37,24%), Par (28,12%), Rondnia (5,13%),
Roraima (4,13%) e parte dos estados do Maranho(3,32%), Mato Grosso (13,65%), Tocantins e Gois (2,40%).
O conhecimento da quantidade e da qualidade dos resduos florestais permite avaliar o seu potencial de
aproveitamento. Para exemplificar o quanto elevado o desperdcio de madeira, um estudo realizado pelo SFB e
IMAZON (2010), registraram que foi processado 14,2 milhes de metroscbicos de madeira em tora, o que resultou
na produo de 5,8 milhes de metros cbicos de madeira processada. A maioria (72%) dessa produo era
madeira serrada com baixo valor agregado, os outros 15% foram transformados em madeira beneficiada com
algum grau de agregao de valor, o restante (13%), em madeira laminada e compensada. Isso representou um
rendimento mdio de processamento de 41%. Os outros 8,4 milhes de madeira em tora foram categorizados como
os resduos do processamento.
Desse total, cerca de 1,6 milho de metros cbicos desses resduos foram aproveitados na produo de carvo,
outros 2,7 milhes, na gerao de energia, e 2,0 milhes, em usos diversos. Os 2,1 milhes restantes foram
considerados resduos sem nenhum aproveitamento, os quais foram queimados ou abandonados como entulho.
Para a avaliao quantitativa da biomassa a fim de obter informaes dos resduos disponveis (tronco e galhos)
devem ser determinados os volumes estimados para o fuste comercial e o volume da copa das rvores
selecionadas durante o manejo florestal,almdo volume das espciesque caemjuntamente com a rvore principal
durante aextraoda mesma, demodoque tenhao mximo aproveitamento da rvore.
O volume total estimado das rvores (fuste e copa) deve ser efetuado atravs do volume comercial mais o BEF
(biomass expansion factor), que consta na adio da biomassa das copas sobre o volume inventariado do fuste, de
acordo. Para realizao dos clculos foram utilizado o dimetros e a altura do fuste comercial, e a massa especfica
bsica da madeira obtidas com base no banco de dados de madeira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renovveis - IBAMA, Mundo Florestal. Determinado o BEF, houve a necessidade de eliminar o
peso dos galhos inferiores a 6 cm e das folhas. Os valores do peso dos galhos e folhas) e convertido para volume.
Peladiferena entre o volume total estimado(fuste e copa)e o volume dos galhos e folhas, encontrou-se um volume
total estimado de colheitapara um ciclode rotaode 55,54m.ha-1.
BIOMASSA RESIDUAL INDUSTRIAL
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Biomassa de Origem dos Resduos Industriais da
Madeira. A Associao Brasileira da Indstria da
Madeira Processada Mecanicamente no Frum
Nacional das Atividades de Base Florestal enunciou
um importante estudo sobre os Resduos de Madeira
em fase industrial: O processo de fabricao de
qualquer indstria madeireira implica na gerao de
grandes quantidades de resduos durante oprocessamento da matria-prima (madeira).
No Brasil, possvel constatar que grande parte
desses resduos no so aproveitados
economicamente. Pelo contrrio, eles so queimados
acu abertoou depositados em locais inadequados,
sendo comum encontr-los em margens de rios e
lagos, aterros sanitrios e outros. O tratamento
inadequado dado aos resduos de madeira, conforme
os exemplos, pode se transformarem um grande
problema para o empresrio, tanto no aspecto
ambiental quanto na perspectiva econmica. Resduos
do Processamento Mecnico da Madeira.
Os resduos industriais de madeira se classificam em
serragem, cepilho, slidos de madeira, cascas e outros
e so gerados desde o transporte da madeira em tora
indstria, at seu manuseio e processamento,
finalizando no produto acabado. Deste
processamento so gerados resduos de diferentes
formatos e caractersticas que, em maior ou menor
grau tem sido aproveitados atravs de outras
utilizaes deste material madeireiro.
Este setor dividido:
Microsserrarias (ou pequen
desdobro da madeira em tora
simples, atravs de serras
funcionam com o uso de motore
ou serras-de-fita horizontais (tam
como engenhos).
Serrarias de mdio e gr
processamento das toras oco
utilizao de serras-de-fita,
verticais, e em alguns cas
Induspan. O produto acabado a
qualidade (madeira processada
mais precisas) e o equipam
processamento de quase toda
valor comercial. O porte da s
acordo com a quantidade de s
ela possui, o que significa maio
processamento instalada. Gera
de empresa madeireira empr
pessoas. Algumas serraria
beneficiamento de parte da m
maior parte da produo comer
mais) trata-se damadeira serrad
Beneficiadoras da Madeira Serr
empresas que realizam o be
madeira serrada. O beneficiam
gerao de produtos com maio
tais como pisos, decks e forros.
Decises como o mtodo de desdobro da tora, equipamentos de serra (tipo de serra, espessura da
serra afiao nmero e altura dos dentes de serra velocidade de corte e avano) formato das
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serra, afiao, nmero e altura dos dentes de serra, velocidade de corte e avano), formato das
peas associado s especificaes das toras (dimetro, presena de ns, espessura da casca),
dentre outros determinaro um volume maior ou menor de resduos do processo de desdobro. Estes
resduos esto assimidentificados:
Cascas. As cascas, revestimento externo das toras, deveriam ser deixadas, atravs do descascamento
mecnico ou manual, preferencialmente no talho de onde foi retirada a tora. Isto, alm de reduzir
parte do volume a ser transportado possibilita o emprego das cascas como condicionador do solo da
prpria floresta.
Wood Chips, Biomassa ou Cavacos, Aparas, Refilos e Destopos. Os cavacos ou a biomassa residual
referem-se queles resduos da padronizao do comprimento e da largura das peas(refilo), que so
as aparas das pontas e laterais das tbuas (destopo e refilos), pranchas ou outras peas de sees
quadradas e retangulares. Este resduo tem uma significativa aceitao para ser utilizado no processo
de gerao de energia especialmente para a indstria cermica e na gerao de vapor em caldeiras,
neste caso temsido comum seu acrscimo serragem.
Costaneiras. As costaneiras so as peas externas obtidas quando do processamento primrio das
toras de madeira. As costaneiras tm sido utilizadas como lenha para produo de energia da mesma
forma que os cavacos. Neste caso, as costaneiras so selecionadas, dimensionadas e refiladas
parque possam ter tal uso. Embora exista um mercado para as costaneiras, trata-se de um produto
debaixo valor agregado, pois, alm de sua forma irregular, as costaneiras apresentam um percentual
elevado de slica, implicando em degradao maisrpida.
Serragem ou p de serra. A serragem o produto da passagem da lmina de serra de reduo na
tora, formada por pequenas partculas de madeira cujo volume significativo. a principal matria-
prima para a produo de briquete e pellets.
Micro-pe Maravalha. Define-se maravalha como sendo aqueles resduos do aplainamento das peas
de madeira aps seu desdobro. um resduo mais comum nas indstrias de beneficiamento da
madeira, em geral, realizado somente com a madeira seca. O beneficiamento atravs da plaina
realizado em uma linha de produo junto serraria gerando a maravalha, que mistura-se com a
serragem do desdobro nos ptios das erraria ou nos silos de armazenamento de resduos. As aparas
de plaina ou maravalha ainda so produzidas naquelas serrarias que realizam o reprocessamento ou
reserva de peas com defeitos (peas com rachaduras, colapso, ns, bolsas de resina).
Como as serrarias, essas empresas utilizam serras-de-fita para o desdobro dfazerem uso de plainas para o beneficiamento da madeira serrada. A maior p
(50%) composta por madeiraserrada beneficiada.
Laminadoras: so empresas que produzem lminas de madeira de 1 a 3 mm de
fabricao de compensados. Os equipamentos utilizados para o desdobro
empreendimentos so os tornos laminadores oumquinas faqueadoras.
Fbricas de painis: desdobram a madeiraem tora e possuem a mesma tecnolog
laminadoras,ou seja, utilizam tornos ou faqueadoras. As lminas de madeira soe, posteriormente, submetidas colagem e prensagem para a fabrica
compensados.
Resduos na Indstria Madeireira Serraria). Os Contudo, estes usos foram ide
maior freqncia nos
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principais resduos da indstria madeireira so:
a) a serragem, originada da operao das serras,
que pode chegar a 12% do volume total de
matria-prima;
b) os cepilhos ou maravalhas, gerados pelas
plainas, que podem chegar a 20% do volume
total de matria-prima, nas indstrias de
beneficiamento; c) a lenha ou cavacos, composta
por costaneiras, aparas, refilos, cascas e outros,
que pode chegar a 50% do volume total de
matria-prima, nas serrariase laminadoras.
As perdas e a gerao de resduos, de quase
50% do total da cadeia produtiva da madeira, so
causadas tanto pela baixa qualidade da matria-
prima quanto pela falta de conhecimento bsicodas propriedades fsicas, mecnicas e
organolpticas da madeira, e tambm pela
aplicao de tecnologias inadequadas para seu
processamento.
A maioria das serrarias no Brasil no tem um
programa de aproveitamento dos seus resduos,
gerando um passivo ambiental com volume
espacial ocupado pelos resduos dentro da rea
das serrarias e os danos ambientais de prticasincorretas da destinao de resduos, como a
queima e a deposio irregular.
maior freqncia nos
primrios realizados nas regie
Sudeste e Sul do pas, em q
aproveitam os resduos de
queima em caldeiras e for
(olarias).
A maravalha, por sua vez, co
serrarias e mesmo do reproc
madeira em empresas de mv
material normalmente utiliza
intensiva de frangos de corte n
cama de avirio. No entanto,
escassez do produto no
conseqente aumento nos p
dificuldades aos produtores.
Na regio norte e no centro-oeso simplesmente queimados
ou sofrem combusto esp
emanao de particulados
atmosfera.
O beneficiamento da madeira
15 a 30% de resduos, que a
queimados ou simplesmente
natureza causando graves probambiente (risco de impact
negativos que representa
destinao final de resduos).
A calcinao da lama de cal reduz seu descarte para
nveis da ordem de 24 kg/tonelada de celulose ficando
Resduos na Indstria de Celulose e Papel. No
Brasil a indstria de celulose e papel utiliza como
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nveis da ordem de 24 kg/tonelada de celulose, ficando
sua gerao para descarte restrita as ocorrncias de
paradas dos fornos.
Na descarga da caldeira de recuperao temos um
fundido (smelt) que constitui o dregs. O dregs gerado
na ordem de 10 kg/t celulose e o grits na ordem de 3
kg/t.O dregs um material slido, de cor escura do tipo
das escrias, de onde constitui a designao do seunome. A concentrao de nutrientes no Dregs, como o P,
Ca, Na, K, Mg, S, Cu e Zn, facilmente solveis
apresentam em relao aos macros elementos uma
concentrao abundante de clcio, acompanhado de
magnsio e sdio.
Na reao da cal com o licor verde (Raw Green liquor),
liquido resultante aps separao do dregs, ocorre a
precipitao do resduo slido denominado de grits.
Para cada tonelada de celulose produzida so gerados,no mnimo, em torno de 60 kg ou 6% de resduos
slidos.
Considerando que este segmento altamente
dependente de energia no processo industrial, os
resduos de madeira so comumente utilizados como
biomassa na co-geraode energia. A indstriade papel
e celulose a principal consumidora de biomassa como
combustvel e como matria-prima, gerando uma grande
quantidade de resduos (casca, rejeitosde cavaco, dregs,
grits, lama de cal, cinza leve, cinza pesada, rejeitos do
digestor, lodo de ETE, rejeito de celulose) onde
aproximadamente 48 t de resduos para cada 100 t de
celulose produzida.
Brasil, a indstria de celulose e papel utiliza como
matria prima madeira oriunda exclusivamente de
florestas plantadas (principalmente de plantios de
rpido crescimento de pinus e eucalipto). Os
principais resduos slidos inorgnicos gerados
pelas industrias de celulose so as cinzas, lama de
cal, dregs e grits. As cinzas, consideradas como
resduo inerte resultamda queimada biomassa em
caldeiras, principalmente da queima de cascas damadeira utilizada para produo de celulose. So
gerados cerca de 20 kg de cinzas por tonelada de
celulose produzida.
Os demais resduos (dregs, grits e lama de cal) so
considerados como de Classe IIA (no-inertes)
devido presena de sdio, cloro e sulfato, seja no
lixiviado ou solubilizado, com concentrao acima
dos limites aceitveis.
A lama de cal se forma aps a reao completa da
cal com o licor, quando praticamente todo o sdio
foi recuperado, tendo novamente adquirido a forma
de hidrxido, e a cal, oxido de cal hidratado, se
transformou em carbonato de clcio. Esse
carbonato de clcio (lama de cal) eliminado do
sistema por filtragem a vcuo. A lama de cal
(CaCO3) tem a maior relao de produo por
tonelada de celulose produzida, na ordem de 240
kg/ tonelada. Entretanto, na maior parte das
fabricas atuais de celulose, especialmente nas
mais modernas, esse material calcinado em
fornos rotativos horizontais para produo de Cal
(CaO), com a eliminao do CO2, substituindo em
90% a aquisio de Cal nova.
A produo de celulose gera vrios tipos de resduos orgnicos e ino
de madeira d origem s cascas, enquantoo tratamento de guas re
com fibras, lodo biolgico e uma frao inorgnica removida na de
Parte da frao orgnica, como cascas e demais resduos da made
utilizada pararecuperao de energia por meio da queima em calde
Alm dos resduos gerados na prpria indstria, a cadeia de pro
celulose envolve uma importante atividade florestal, da qual aprov
geralmente deixando no campo resduosde biomassa,os quais repr
25% da massa seca da rvore. Resduos slidos gerados no cam
galhos e pontas) e na produo de papel e celulose (finos, casc
orgnico).
Os resduos florestais e os rejeitos de madeira da indstria de paalgumas desvantagens em relao a outras biomassas como
desvantagens so o teor de cinzas, principalmente nas folhas e ca
b.s.), a elevada umidade (acima de 50% b.u.) e sua difcil manipula
Resduos na Indstria de Painis de Madeira: Este segmento caracterizado pr
consumidor de resduos, no tanto para fins energticos, mas principalmente com
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Painis MDP. Para a produo de painis de partculas, so necessrios dois m
partculas de madeira e os adesivos.
Os adesivos (resina ureia-formaldedo ) apresentam alto teor de toxicidade
sintticos podem ser classificados em funo da sua termo-estabilidade (termo
plsticos) ou em funo da sua durabilidade quanto expostos a gua ( prova d
gua e os no resistentes gua).
Os principais e mais difundidos so: fenol-formaldedo (resinas fenlicas, desig
polmeros resultantes de fenis e aldedos), resorcinol-fenol-formaldedo, me
uria-formaldedo.
Bastante conhecidos, ainda, so o isocianato e o acetato de polivilina (PVA).
consumidor de resduos, no tanto para fins energticos, mas principalmente com
prima necessria para seus produtos manufaturados de fibra de madeira (MDP,
duras). Estas empresas somam cerca de 10 no total no pas, concentradas
Sudeste.
Todas as empresas deste segmento consomem madeira e resduos de ma
florestas plantadas prprias ou adquiridas deterceiros.
Os painis podem se resumir em duas categorias: os de madeira slida, tam
painis de madeira processada mecanicamente, so formados por cam
(compensados e laminados) ou sarrafos de madeira, e os reconstitudos, que s
partculas ou fibras de madeira reconstituda, tendo como principais produtos:
Os aglomerados/Medium Density Particleboard (MDP), o Oriented Strand Boar
Density Fiberboard (MDF), o Hard Density Fiberboard (HDF), o Super Density F
chapas isolantes.
C hapas de lminas de madeira ou Compensado de lminas de madeira (Plywood) um painel composto por vrias lminas finas de madeira, obtidas atravs do processo de l
(principalmentepor toras de maior dimetro) coladasentre siporum adesivo
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(principalmente por toras de maior dimetro), coladasentre si por um adesivo.
Compensado sarrafeado ou Blockboard. so compostos tanto por lminas como por sarrafos de madeira e, sua fabricao envolve as operaes presentes na produo das chap
(Plywood), somada a algumas operaes caractersticas de serrarias, onde a tora desdobrada e se transforma em madeira serrada. Este painel especial de madeira apresenta um
sarrafos estreitos colados lateralmente (edge glued) ou juntados por um fio decola (string glued), em suas superfcies (capa e contracapa) uma camada de lmina ou lminas de madeira.
Chapas de partculas de madeira aglomerada Particleboard ou Chipboard como chapa de partculas de madeira (Particleboard), sua produo envolve a aglutinao de pequenas partc
outro material lignocelulsico, os quais so misturados com adesivos sintticos (fenol-formaldedo, resorcinol-fenol-formaldedo, melamina formaldedo, uria formaldedo, isocianato e a
sob a ao de calor e presso por um determinado perodo de tempo.
Chapa OSB ou chapa de flocos orientados um painel estrutural, de natureza multilaminar, com as partculas da superfcie alinhadas no comprimento do painel; as partculas que forma
so depositadas aleatoriamente ou orientadas perpendicularmente s camadas da face. Chapas de fibra de madeira isolante ou Insulationboard. O princpio bsico a formaoda mant
de arame e a posterior retirada do excesso de gua por suco. Uma suave compresso implementada para reduzir o contedo de gua e definir a espessura final da chapa. Finalm
esquadrejadas e tratadas com eventuais impregnantes, selantes e preservativos contra fungos e insetos.
Chapa de Fibra de Alta Densidade ou Hardboard. As chapas de fibra denominadas de chapas duras de fibras de madeira so produzidas partir de filamentos de materiais lenho-cel
polpa das fibras da madeira, comadio de alguns produtos qumicos para melhorar suas propriedades, principalmente quanto a resistncia, umidade e a resistncia ao fogo.
C hapa de Mdia Densidade Medium Density Fiberboard. uma chapa de fibra de mdia densidade,
constituda partir da aglutinao de fibras de madeira com resinas sintticas que o tornam um
produto homogneo em toda a sua superfcie. A presena de resinas sintticas confere
caractersticas adicionais de resistncia mecnica e resistncia umidade e ao fogo.
Os problemas identificados pelas principais indstrias de chapas e painis instaladas os quais
inviabilizam ou dificultam sua maior utilizao como matria-prima madeireira so: elevado grau de
umidade; elevado grau de impureza; presena ou contaminao de agentes deteriorantes como o
fenol-formaldedo (resinas fenlicas, designao genrica de polmeros resultantes de fenis e
aldedos), resorcinol-fenol-formaldedo, melamina-formaldedo, uria-formaldedo, isocianato e o
acetatode polivilina (PVA); problemas decorrentes da armazenagem.
O peso do fator transporte (grandes distncias entre a indstria e a serraria), o preo da madeira no
mercado e a adequao de processos e equipamentos para o recebimento de resduos soapontados pelas indstrias produtoras de painis como fatores que ainda inviabilizam
economicamente o uso de resduos no seu processo industrial. As etapas referentes ao transporte e
armazenagem, podem afetar decisivamente (inviabilizando pelos elevados custos de remoo) a
possibilidade do aproveitamento do resduo em um determinado processo produtivo (reciclagem).
Resduos em Painis Aglomerados. A matria-
prima pode resultar de madeira extrada das
O fcil acesso s espcies
preferidas est diminuindo rap
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florestas ou reflorestamentos, bem como do
aproveitamento de resduos industriais florestais
com a finalidade direta de abastecer a indstria
de chapas aglomeradas.
As fbricas de madeira aglomerada utilizam,
principalmente, as seguintes fontes de matria-
prima:
a) resduos industriais (serrarias, fbricas de
mveis e de chapas);
b) resduos provenientes de explorao florestal
(toras curtas, galhos etc);
c) madeiras de qualidade inferior, no
industrializveis de outra forma;
d) madeira proveniente de trato cultural de
florestas plantadas; e,
e) reciclagem de madeira sem uso (demolies,
etc).
As chapas aglomeradas podem ser fabricadas apartir de toras de pequeno dimetro, resduos e
madeiracom menor densidade.
crescimento do consumo, po
emprego de toras de dime
menor, sobretudo de confera
folhosas em nmero cada vez m
menos utilizadas e men
individualmente.
Utilizando-se tambm misturatropicais e cavacos de madei
feitos num mesmo povoamento.
O material lignocelulsico par
fabricao das chapas os resd
resduos da indstria madeireira
cultivos anuais. O desafio da im
uso de resduos de madeir
aglomerados consiste em
contaminantes que possam apeles, os quais podem ser remov
material seja modo.
As trs categorias principais d
so os contaminantes duros
cermicas e concreto), os conta
(plstico, borracha, produtos
tecidos), asujeira, a lamae a are
Para poder passar o mater
madeira no moinho, deve contr
geometria, a densidade, o teor
demais caractersticas de manip
O retalho de madeira consiste em sobras da
produo. As chapas de madeira que possuem
Resduos na Indstria Moveleira: A indstria
moveleira no Brasil se concentra principalmente
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pequenas avarias como arranhes, partes
amassadas ou erros de corte e que no passam
pelo controle de qualidade.
Logo, pode-se perceber que h uma alta variedade
de resduos que variam em forma, tamanho e
estado, tornando complexas as prticas de
reciclagem e reutilizao. O principal problema acomplexa mescla de resduos de madeira, de
diferentes dimenses, granulometria e distintos
graus de limpeza ou contaminao (solvente de
tinta, borra de tinta e gua utilizada na cabine de
pintura).
A indstria moveleira integra uma grande variedade
de materiais, sendo os principais: materiais
derivados da madeira (madeira bruta, painis,
lminas e derivados); metais (principalmentealumnio, ao e lato, utilizados em puxadores,
dobradias, corredias, etc.); vidros e cristais;
produtos qumicos (tintas, solventes, colas, vernizes,
etc.); plsticos (fitas de borda, lminas, puxadores,
deslizadores, etc.) e tecidos e couros (naturais e
sintticos).
Esta mescla de materiais utilizados tem como
conseqncia uma grande e complexa diversidade
de resduos, que, pela falta de um plano de gesto
adequado, acabam dificultando programas de reso,
reciclagem e outras formas de destinao final
adequada.
em plos ao redor de alguns municpios de
destaque nas regies Sul e Sudeste. De um
modo geral observou-se nos plos analisados a
existncia de mercados produtores e
consumidores em processo de consolidao em
torno dos resduos de madeira oriundos de plos
moveleiros.
Os resduos da madeira na indstria moveleira
so utilizados pelas chapas, painis e madeira
macia para a elaborao de mveis, sendo o
restante transformado em resduos. Entre os
resduos slidos encontram-se os derivados
diretosda madeira, como p, cepilhos e aparas.
O resduo fino eraformado por:
(i) cavacos - resduos com dimenses mximas
de50X20mm;
(ii) maravalha - resduo com maisde 2,5 mm;
(iii) serragem - resduo com dimenses entre 0,5
e 2,5 mm;
(iv) p - partculas menores que 0,5 mm. O
resduo grosso era formado por peas de refugo,
com defeito, com medidas inadequadas, etc.
Os resduos finos (cavacos, maravalha, serragem
e p), resduos grossos (peas desclassificadas,com defeito, destopos de peas de madeira
serradas, como por exemplo, tbuas) e material
de aproveitamento nas fases de preparao da
matria-prima e de transformao.
Segundo ABIMVEL, no levantamento efetuado na Relao Anual de In
(RAIS), do Ministrio do Trabalho, existem no Brasil cerca de 16.104
moveleiro que geram206.352 empregos com faturamento anualde 12,5nmero de empresas pode chegar a 50.000, devido atuao informa
nmeros, pode-se teruma idia do volume deresduos gerados somente
Por utilizar, principalmente, produtos derivados da madeira (um recurso
no dada indstria da madeira a devida importncia no que se r
ambientais. No pas, estima-se que no chegam a 5% as empresas q
esquema de conservao ambiental, com preveno de impactos ambie
seus processos produtivos, matrias-primas, insumos e component
gerao de resduos e pela disposio destes.Porm, devido ao elevado
primas e componentes utilizados, a indstria moveleira vem amadu
otimizar o uso desses materiais; ainda assim, mais por questes e
propriamente ambientais. Entre os vrios resduos slidos encontrados, o
foram mesmo os de madeira como p, cepilhos e aparas de p
compreendem as sobras laterais das chapas aps a sua manufatura).
Resduos da Construo Civil: De acordo com a
Associao Brasileira de Empresas de Limpeza
A Construo civil pesada intern
serrada na forma de vigas, cai
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Pblica e Resduos Especiais, estima-se que, no
Brasil, os municpios coletaram mais de 45
milhes de toneladas de Resduos de
Construo e Demolio, o que representa cerca
de 60% de todo o resduo slido urbano
coletadonaquele ano.
O emprego da madeira na construo civil, feitona forma de elementos temporrios como
frmas, escoramentos e andaimes, ou na forma
de elementos definitivos como estruturas de
coberturas, forros, pisos, esquadrias e
acabamentos, gera grande quantidade de
resduos, principalmente considerando que
todos os elementos temporrios sero
posteriormente descartados.
Os resduos de madeira representam cerca de31% de todo o volume de resduo de construo
gerado numa obra de um edifcio residencial. Se
considerada somente a fase de execuo
estrutural, podem chegar a representar 42% dos
resduos gerados durante o processo.
Uma grande quantidade de resduos descartada
sem tratamento adequado ou sem nenhum
tratamento. A Construo civil pesada externa
utiliza madeira serrada usadas para estacas
martimas, trapiches, pontes, obras imersas,
postes, cruzetas, estacas, escoras e dormentes
ferrovirios, estruturas pesadas, torres de
observao e vigamentos.
tbuas utilizadas em estrutura
Muitos resduos de madeira
contaminados por outros mater
graxas, pregos, parafusos e pls
Dessa forma, a complexidade
contaminantes presentes no m
processo de beneficiamento, reciclagem.
No segmento da construo
comum no haver a segregao
outros resduos slidos e seu d
de regra o aterro sanitrio. Em
principalmente nas regies Su
pequena reciclagem de resduo
civil, mas a madeira no recusinas epermanece comodejet
Quando ocorre a segregao da
da obra, estes resduos so
categoria dos resduo
preferencialmente reutiliza
armazenagem temporria. O fa
a reciclagem da madeira utiliza
civil o fato desta es
contaminada com outros
concreto/argamassa, metais e
desmoldantes.
Resduos de Arborizao Urbana e Municipal: Os resduos provenientes da poda de arborizao urbana e remoo
de rvores pblicas e de residentes particulares em um municpio podem gerar srios problemas urbanos quando
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no so devidamente aproveitados, sendo descartados em locais imprprios como aterros sanitrios e lixes
clandestinos.
Nas atividades silviculturais, o que determina se um componente ser produto, sub-produto ou resduo, o
mercado, a qualidade das operaes realizadas e as caractersticas inerentes s espcies. As operaes de poda e
remoo da arborizao urbana geram resduos na forma de galhos, ramos, folhas, sementes, frutos, fustes e
razes.
Os resduos da poda da arborizao urbana enquadram-se como resduos pblicos, os quais ficam, em geral, aoencargo das Prefeituras Municipais e so regulamentados pelas leis orgnicas dos municpios ou baseados em leis
estaduais e federais.
A Poltica Estadual de Resduos Slidos, define princpios e diretrizes, objetivos, instrumentos para a gesto
integrada e compartilhada de resduos slidos, com vistas preveno e ao controle da poluio, proteo e
recuperao da qualidade do meio ambiente, e promoo da sade pblica, assegurando o uso adequado dos
recursos ambientais no Estado de So Paulo. Entretanto, no h diferenciao e diretriz especfica para os resduos
da arborizaourbana, somente sua categorizao como resduos urbanos.
A Lei cita no seu Artigo 6 que inclui-se comoresduosurbanos: os provenientes de residncias, estabelecimentos
comerciais e prestadores de servios, da varrio, de podas e da limpeza de vias, logradouros pblicos e sistemasde drenagem urbana passveis de contratao ou delegao aparticular, nos termos de lei municipal.
No Brasil, so poucas as iniciativas regulamentadas que tratam do destino dos resduos de poda da arborizao
urbana, sendo que h apenas algumas iniciativas pontuais para reso. So Paulo criou uma lei pioneira no Estado
para enfrentar essa questo, denominada projeto PAMPA - Programa de Aproveitamento de Madeira de P