Biotransformação de Compostos Orgânicos

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apostila de biotransformação

Citation preview

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    1/50

    Universidade Federal do ParanDepartamento de Qumica

    BIOTRANSFORMAO

    DE COMPOSTOS ORGNICOS

    Brs H. de Oliveira

    ([email protected])

    2012

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    2/50

    ii

    1. Introduo ...................................................................................................................... 11.1. Aspectos gerais ...................................................................................................... 11.2. Exemplos ............................................................................................................... 11.3. Reviso Qumica Orgnica .................................................................................... 3

    1.3.1. Nomenclatura................................................................................................. 31.3.2. Estereoqumica .............................................................................................. 31.3.3. Mecanismos de reaes orgnicas ................................................................. 3

    1.4. Vantagens e Desvantagens de Biocatalisadores .................................................... 31.4.1. Vantagens de uso de enzimas ........................................................................ 31.4.2. Desvantagens do uso de enzimas .................................................................. 4

    1.5. Propriedades Enzimticas ...................................................................................... 41.5.1. Aspectos Mecansticos .................................................................................. 51.5.2. Classificao e Nomenclatura ....................................................................... 71.5.3. Coenzimas ..................................................................................................... 71.5.4. Fontes de Enzimas ......................................................................................... 7

    2. Descoberta de Novas Enzimas para Biocatlise ............................................................ 82.1. Introduo .............................................................................................................. 82.2. Screening ............................................................................................................... 82.3. Metodologia Analtica ........................................................................................... 92.4. Exemplo ................................................................................................................. 9

    3. Aplicaes Biocatalticas ............................................................................................. 113.1. Reaes de Hidrlise ........................................................................................... 11

    3.1.1. Hidrlise de Amida ...................................................................................... 113.1.2. Hidrlise de steres ..................................................................................... 123.1.3. Hidrlise de Epxidos ................................................................................. 173.1.4. Hidrlise de Nitrilas .................................................................................... 20

    3.2. Reaes de Reduo ............................................................................................ 213.2.1. Reduo de Aldedos e Cetonas (Enzimas Isoladas) ................................... 233.2.2. Reduo de Aldedo e Cetonas com Clulas ............................................... 253.2.3. Reduo de C=C por Clulas ...................................................................... 25

    3.3. Reaes de Oxidao ........................................................................................... 263.3.1. Oxidao de lcoois .................................................................................... 263.3.2. Reaes de Oxigenao ............................................................................... 28

    3.4. Formao de Ligaes C-C ................................................................................. 353.5. Adio e Eliminao ............................................................................................ 37

    3.5.1. Formao de Cianidrina............................................................................... 383.5.2. Adio de gua e Amnia........................................................................... 383.5.3.

    Reaes tipo acilona ................................................................................... 39

    3.6. Transglicosilao ................................................................................................. 39

    3.6.1. Glicosiltransferases ...................................................................................... 403.6.2. Glicosidases ................................................................................................. 40

    3.7. Halogenao e Desalogenao ............................................................................ 424. Tcnicas Especiais ....................................................................................................... 45

    4.1. Imobilizao ........................................................................................................ 454.2. Enzimas Modificadas e Artificiais ...................................................................... 46

    5. Outras Aplicaes ........................................................................................................ 475.1. Modelos microbianos de metabolismo de mamferos ......................................... 475.2. Derivados Ativos de Drogas ................................................................................ 47

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    3/50

    1

    BIOTRANSFORMAO DE COMPOSTOS ORGNICOS

    1. Introduo

    Este resumo se refere disciplina de Biotransformao de Compostos Orgnicos efoi preparado devido ausncia de textos em Portugus nesse assunto. Seu contedo se

    baseia na bibliografia recomendada, mas contm tambm informaes de vrias outras

    fontes. Ele pretende apenas ser um guia para o estudante e mais informaes sero

    fornecidas nas aulas.

    1.1. Aspectos gerais

    conceito

    importncia: alternativa/auxiliar sntese orgnica; obteno de molculas

    quirais;

    aplicao industrial: > 200 processos (ca. 2% do total de US$ 25 bilhes)

    nmero de processos ao longo do tempo (grfico)

    1.2. Exemplos

    (Ref. Industrial Biotransformations)

    Produto Biocatalisador Desde EmpresaVinagre Bacteria 1823 VariasL-2-metilamino-1-fenilpropan-1-ol

    Levedura 1930 Knoll AG, Alemanha

    L-sorbose Acetobactersuboxydans

    1934 Varias

    Prednisolona Arthrobacter simplex 1955 Schering AG,Alemanha

    c. L-asprtico Escherichia coli 1958 Tanabe Seiyaku Co.,Japo7-ADCA Bacillus megaterium 1970 Asahi Chemical

    Industry, Japoc. L-mlico Brevibacterium

    ammoniagenes1974 Tanabe Seiyaku Co.,

    JapoD-p-hidroxifenilglicina Pseudomonas striata 1983 Kanegafuchi

    Chemical Co, JapoAcrilamida Rhodococcus sp 1985 Nitto Chemical Ltda,

    Japoc D-asprtico e L-alanina

    Pseudomonasdacunhae

    1988 Tanabe Seiyaku Co.,Japo

    L-carnitina Agrobacterium sp 1993 Lonza, Rep Checa

    c 2-ceto-L-gulonico Acetobacter sp 1999 BASF, Merck,Cerestar, Alemanha

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    4/50

    2

    a) Esterides

    b) Aromas (patchouli)

    c) Medicamentos (talidomida)

    (R:sedativo; S: teratognico)

    d) Outros

    O

    O

    O

    OH

    OH

    O

    O

    O

    OHO

    progesterona

    cortisona

    11-hidroxiprogesterona

    R. arrhizus

    P. rubrum

    HO

    CH2OH

    HO HO

    lcool patchouli nor-pathcoulenol

    N

    O

    O

    NH

    O

    O

    HO2CC

    NH2

    C

    H

    H3C CH3

    SH HO2CC

    H

    C

    H2N

    H3C

    CH3

    SH

    HO2CC

    HH2N

    NH2

    O

    HO2CC

    NH2H

    NH2

    O

    R-penicilamina toxico

    S-penicilamina antiartrtico

    R-asparagina doce

    S-asparagina amarga

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    5/50

    3

    1.3. Reviso Qumica Orgnica

    1.3.1. Nomenclatura

    funes orgnicas

    regras de nomenclatura

    1.3.2. Estereoqumica

    Enantimeros e molculas quirais

    Importncia biolgica da quiralidade. Ex.: talidomida

    Nomenclatura: sistema R-S

    Atividade ptica: e.e.

    Drogas quirais

    1.3.3. Mecanismos de reaes orgnicas

    Repr movimentao de e-

    Mecanismos de hidrlise: cat cida e bsica

    Mecanismos de substituio: nucleoflica

    1.4. Vantagens e Desvantagens de Biocatalisadores

    1.4.1. Vantagens de uso de enzimas

    so catalizadores eficientes

    so aceitveis ecolgicamente

    atuam em condies brandas so mutualmente compatveis

    no esto limitadas ao papel natural

    podem catalizar um grande espectro de reaes

    seletividade

    quimioseletividade,

    regioseletividade

    enantioseletividade: feitas de L-aa

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    6/50

    4

    1.4.2. Desvantagens do uso de enzimas

    ocorrem em apenas uma forma enantiomrica

    requerem parmetros restritos (pH, temp.)

    mostram maior atividade cataltica em gua

    so propensas inibio

    podem causar alergias

    Enzimas Isoladas X Clulas Inteiras

    Biocatalizador Forma Pros ContrasEnzima isolada Qualquer ap. Simples, elab.

    Simples, melhorprodutividade

    reciclagem de co-fator

    dissolvida emgua

    alta atividade enzimtica reaes colaterais, subst.lipofil. insolveis, elab.requer extrao

    suspensa emsolv. Orgnico

    fcil de realizar, elab.fcil, subst. lipoflicossolveis, fcil rec. daenzima

    baixa atividade

    Imobilizada fcil recuperao da

    enzima

    perda de atividade durante

    a imobilizaoclulas inteiras Qualquer desnecessrio reciclar co-fatores

    equip. caro, elaboraotediosa, baixa produt.(menor tolerncia concentrao), baixatolerncia a solv. org.,reaes colaterais

    cultura emcrescimento

    maiores atividades mais biomassa, mais sub-produtos, processo difcilde controlar

    clulas em

    repouso

    elaborao mais fcil,

    menos sub-produtos

    menores atividades

    clulasimobilizadas

    clulas reutilisveis menores atividades

    1.5. Propriedades Enzimticas

    grupos hidroflicos externos (-COOH, -OH, -NH2, -SH, -CONH2)

    grupos lipoflicos internos

    pontes disulfeto

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    7/50

    5

    inativao:

    rearranjo da cadeia peptdica (comea a 40-50 oC); reversvel

    hidrlise; irreversvel

    troca de pontes disulfeto

    reaes de eliminao e oxidao

    enzimas termoestveis (microorganismos termoflicos)

    1.5.1. Aspectos Mecansticos

    a) Mecanismo Chave e Fechadura (Fisher, 1894)

    Problemas: substratos de pequeno volume; substratos no-naturais

    b) Mecanismo Encaixe Induzido (Koshland Jr., 1960s)

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    8/50

    6

    c) Teoria Desolvatao e Solvatao-Substituio

    Desolvatao (Dewar,1986)

    substrato substitui gua no stio ativo

    reao tipo fase gasosa

    Solvatao-substituio

    gua de solvatao do substrato substituida pelo stio ativo

    d) Regra de Atracagem de Trs Pontos

    e) Razes Cinticas para a Seletividade

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    9/50

    7

    1.5.2. Classificao e Nomenclatura

    IUB: 3.000 enzimas (de 25.000)

    atividade cataltica: 1 U.I. = 1 mol de substrato transformado/min. enzimas disponveis comercialmente

    EC A.B.C.D

    A: principal tipo de reao

    B: subtipo indicando tipo de substrato

    C: natureza do co-substrato

    D: nmero da enzima especfica

    Ex.: -glucosidase (EC 3.2.1.21) de amndoa; 20-40 unidades/ mg deslido

    Classe Nmero Tipo de reao Utilidade*classific. dispon.

    1.oxidoredutases

    650 90 oxidao-reduo +++25%

    2.transferases

    720 90 transferncia de grupos +5%

    3.hidrolases 636 125 hidrlise/formao devrias funes +++65%4.liases

    255 35 adio/eliminao depequenas molculas

    ++5%

    5.isomerases

    120 6 isomerizao 5%

    6.ligases

    80 5 formao/clivagem de C-O, C-S, C-N, C-C

    1%

    (*) +++: muito til; = pouco uso; %: percentagem de pesquisa no perodo 1987-96

    1.5.3. Coenzimas

    NAD/NADH; NADP/NADPH; ATP; acetil-CoA

    1.5.4. Fontes de Enzimas

    indstria de detergentes e alimentos: proteases e lipases

    fontes animais: rins, fgado, pncreas fontes microbianas: colees de cultura; natureza

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    10/50

    8

    2. Descoberta de Novas Enzimas para Biocatlise

    2.1. Introduo

    necessidade de novas enzimas

    novas molculas quirais

    substituio de processos qumicos

    processos ecolgicamente corretos

    2.2. Screening

    fontes de enzimas

    solo: 109clulas/g

    gua

    vegetais (endofticos): ex. GA3

    isolamento no seletivo: solo seco, abs esponja, agar, incubao (temp

    variadas). isolamento seletivo: pr-tratamento do solo; ad antibitico; meio seletivo.

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    11/50

    9

    2.3. Metodologia Analtica

    Importncia

    Mtodos fsico-qumicos: ccd, clae, cg

    Bioensaios (clulas animais, microbianas, enzimticos) HTS (high-throuput screening)

    2.4. Exemplo

    Biotransformao de Esteris. Brs H. de Oliveira e Deise D. Bueno,

    Qumica Nova19 (3), 233-6 (1996).

    Importncia de substncias esteroidais: hormnios, antiinflamatrios,

    anticoncepcionais, etc.

    Matrias-primas; intermedirios

    O

    O

    Androstenodiona

    HO

    -Sitosterol

    O

    O

    HO

    Diosgenina

    O

    O

    Progesterona

    amostras de solo e de sementes de soja em meio lquido contendo colesterol

    como nica fonte de C; 7 dias

    alquota para novo frasco contendo o mesmo meio; processo executado por

    um total de 15 vezes.

    Crescimento microbiano em todos os frascos

    Seleo: meio c/ colesterol dosagem

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    12/50

    10

    TABELA 1- Degradao de Colesterol por Microorganismos Provenientes da

    Amostragem 1. (S = amostra de semente; So= amostra de solo). Concentrao

    inicial de colesterol = 200 mg%

    Amostra ColesterolDegradado

    (%)10 (S)(*) 53,02

    25 (S) 50,928 (So) 48,8214 (S) 47,987 (S) 38,76. .

    (*) amostra utilizada nos experimentos de degradao do -sitosterol

    Transferncia p/ meio slido

    Isolamento: bactria Gram +

    Experimento preparativo com sitosterol

    Extrao com solvente

    Isolamento cromatogrfico de androst-4-eno-3,17-diona

    O

    O

    androst-4-eno-3,17-diona

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    13/50

    11

    3. Aplicaes Biocatalticas

    3.1. Reaes de Hidrlise

    Hidrlise qumica: mecanismo

    2/3 do total da pesquisa

    aspectos mecansticos: serina hidrolases

    trade cataltica: importncia

    C OR2

    R1

    ON

    N

    H

    His

    R2OHOO

    -

    Asp

    OH

    Ser

    O O H

    Asp

    N

    N

    HHis

    O

    CO

    R1

    Ser

    C OH

    R1

    O

    O H

    H

    enzima

    acilada

    3.1.1. Hidrlise de Amida

    Ligao amida

    Importncia: qumica de aa e peptdeos Mercado de aa: > 0,5 milho toneladas/ano (US$ 2 bilhes)

    Adoantes no-calricos: aspartame (Asp, Phe)

    Rotas enzimticas p/ aa enantiomricamente puros:

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    14/50

    12

    R CO2R1

    NHR2

    R CO2H

    NH2

    R CO2H

    O

    CO2H

    R

    hidrolase (res)

    liase (ad NH3)

    desidrogenase(aminao redut)

    Resol por hidrolases: proteases, esterases ou lipases

    3.1.2. Hidrlise de steres

    Ligao ster: hidrlise

    Esterases, proteases e lipases

    3.1.2.1. PLE ( Pig Liver Esterase )

    verstil, substrato-tolerante, barata

    Ex.: prostaglandinas

    CO2Me

    CO2Me

    OHPLE

    CO2Me

    CO2H

    OH

    e.e. 98%

    O

    COOMe

    OH

    HO

    O

    COOH

    OH

    HO

    PLE

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    15/50

    13

    3.1.2.2. Esterases microbianas

    S

    S

    CO2

    OAc

    t-Bu

    S

    S

    CO2

    OH

    t-Bu

    S

    S

    CO2

    OAc

    t-Bu

    Bacillus sp e.e. 94%

    +

    CO2MeR

    carboxilesteraseNP

    Bacillus subtilis

    R= Aril-

    R= Aril-O-

    CO2HAr

    CO2HArO

    CO2MeAr

    CO2MeArO

    +

    +

    e.e. > 95%

    e.e.> 87%

    Ex.: analgsicos, antiinflamatrios

    CO2H CO2H

    MeO

    Ibuprofeno Naproxeno

    Otimizao da seletividade

    Modificao do substrato

    Variao do sistema de solvente

    Variao do pH

    OAc

    OAc

    OH

    OAc

    PLE

    Meio e.e. (%)

    H2O 55

    H2O/DMSO 6:4 72H2O/DMF 8:2 84

    H2O/t-BuOH 9:1 96

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    16/50

    14

    3.1.2.3. Lipases

    Hidrlise de triglicerdeos

    Importante em: processamento de alimentos e prep de intermedirios quirais

    Pode hidrolisar e formar lig ster

    Diferena lipase X esterase: interao c/ substrato

    Mecanismo: -hlice (tampa) aberta quando em contato c/ bifase leo-

    gua

    Seletividade

    VOLUMOSA pequena

    Molcula do Substrato

    Lipase de Candida sp

    Lipase deAspergillus sp Lipase de Pseudomonas spLipase deMucor sp

    Lipase pancretica de porco (PPL)

    A mais barata

    Preparao bruta (pacreatina, esteapsina)

    Outras hidrolases presentes (-quimotripsina, colesterol esterase,

    fosfolipases, etc.)

    Alta seletividade pode ser devida s impurezas

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    17/50

    15

    cO HO OAc

    +hidrolase

    rac

    Enzima V Reao Seletividade

    (razo enantiomrica)

    PPL bruta Boa >300

    PPL pura No reage -

    -quimotripsina No reage -

    Colesterol esterase Rpida 17

    Hidrolase nova Boa 210

    Lpases de Candida sp

    C. lipolytica, C. antartica (CAL), C. rugosa(CRL)

    C. rugosa:aceita steres volumosos (p.ex. de lcoois sec. cclicos)

    OAc

    CO2Et

    OH

    CO2Et

    OAcCO2Et

    O

    CO2Et

    O

    CO2Et

    CRL

    principal

    e.e.= 77%

    e.e. > 99% traos

    Lpases de Pseudomonas sp (PSL) P. fluorescens, P. aeruginosa, P. cepaceae , P. glumae

    No aceitam steres volumosos

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    18/50

    16

    Ar

    SS(CH2)n (CH2)n

    CO2MeMeO2C

    Ar

    SS(CH2)n (CH2)n

    CO2HMeO2C

    PSL

    n e.e. (%)

    1 482 >983 79

    Lpases de Mucor sp (MSL)

    M. miehei, M. javanicus

    M. miehei: operador qumico Asp-His-Ser (similar outras lpases)

    O

    RO

    O

    RO

    O

    O

    ROH

    RO

    O

    lipase

    Lipase R Solvente e.e. (%)

    CRL H tampo 12PSL H tampo 81

    MSL H tampo >99

    MSL Me tampo >99

    PPL Me tampo 20

    PPL Me tampo/hexano 85

    Outras Lipases: microbianas

    AcO

    OMe

    O

    Me

    OH

    OMe

    O

    Me

    AcO

    OMe

    O

    Me

    +lipase

    Aspergillus sp.

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    19/50

    17

    3.1.3. Hidrlise de Epxidos

    Epxidos: estrutura, preparao, importncia (intermedirios p/ sntese de

    compostos bioativos)

    Sntese assimtrica/resoluo: no disponvel (exceto mtodo Sharpless

    lcoois allicos)

    Epoxidao microbiolgica: possvel mas tcnicamente difcil (eng. Processo)

    Hidrlise qumica: mecanismo cat cida e bsica

    Epxido Hidrolases (EH): mais teis que epoxidases; metabolismo de

    alquenos e aromticos

    O

    procariotas

    eucariotas

    di-oxigenase

    mono-oxigenase

    dioxetano

    epxido

    redutase

    EH

    R

    R

    O

    O

    R

    OH

    OH

    R

    OH

    OH

    R

    Epxidos como agentes alquilantes: txicos, cancergenos, teratognicos

    Epxido Hidrolases Hepticas: CEH (citoslica); MEH (microsomal)

    MEH

    mais ativa e seletiva com epxidos no-naturais

    fgado de porco, coelho, rato, camundongo, etc.

    Sobrenadante 9000 g de homogenato de fgado Mecanismo de ao

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    20/50

    18

    O O-

    Asp

    O

    O O-

    Asp

    OH

    HO

    N

    N

    H

    His

    O O

    OH

    Asp

    H O

    H

    Tir

    OH

    N

    N

    H

    HHis

    Influncia pH?

    Subst Asp por Ser (mutao): que acontece?

    resoluo cintica de epxidos assimtricos

    OR

    OH-

    OH-

    reteno

    inverso

    O

    R

    O

    R

    EH

    HO

    HOR

    HO

    HOR

    +

    +

    substratos para MEH

    cadeias lipoflicas prximas ao oxirano maior atividade

    grupos polares prximas ao oxirano efeito inibidor

    fatores estricos fatores eletrnicos (eletronegatividade)

    O

    R

    O

    R1

    R2

    O

    R1

    R2

    O

    R1

    R2

    R3 O

    R1

    R2

    R3

    R4> >

    >

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    21/50

    19

    R

    MEH

    tampo

    R

    HO

    HX

    X V reaoO Rpida

    NH, N-CH3 LentaS No ocorre

    EN O>N>S

    Epxido Hidrolases Microbianas: convenincia p/ uso industrial;

    escalonamento

    Ex.: prep de hormnio juvenil (insetos)

    OHO

    O

    OH

    OH

    OH

    OH

    Helmintosporiumsativum +

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    22/50

    20

    Ex.: derracemizao de xido de estireno

    O

    O

    O

    O

    CH2OH

    OH

    CH2

    OH

    OH

    CH2OH

    OH

    B.s

    A.n.

    A.niger

    B.sulfurescens

    +

    +

    (ret.)

    (inv.)

    A. niger +

    B. sulfurescens

    98 % e.e. 83 % e.e.

    89 % e.e., 92 % rend.

    96 % e.e. 51 % e.e.

    3.1.4. Hidrlise de Nitrilas

    R-CN; H-CN

    Nitrilas naturais: reserva de N; defesa

    N

    N N

    NH2 CN

    ribose

    CN

    O

    R1

    R2 glucoseN

    OMe

    CN

    O

    toiocamicina(antibiot.)

    glicosdeos cianognicos(mandioca)

    ricinina(mamona)

    Hidrlise qumica: mecanismo

    Caminhos possveis p/ hidrlise enzimtica

    R C N R CO

    OH+ NH3

    R CO

    NH2

    nitrila hidratase amidase

    nitrilase

    RCO2H e NH3: alvos para screening

    Nitrilase: mecanismo

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    23/50

    21

    R C N R C

    NH

    S Enz

    + Enz-SH

    H2O

    R C

    NH2

    S Enz

    O

    H

    R C

    O

    S Enz

    H2O

    R C

    O

    S Enz

    OH

    R C

    O

    OH

    NH3

    + Enz-SH

    AA contendo SH:

    Exemplo:

    O

    NH2

    NN

    CN

    Rhodococcus rhodochrouso-: picolinamida (977 g/l)m-: nicotinamida (1465 g/l)

    p-: isonicotinamida (1099 g/(nitrila hidratase)

    Importncia da nicotinamida: NAD, NADP, etc.

    3.2. Reaes de Reduo

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    24/50

    22

    conceito

    desidrogenases

    co-fatores: NAD(H); NADP(H)

    reciclagem de co-fatores

    enzimas isoladas X clulas inteiras

    desidrogenase

    cofator-H2 cofator

    Substrato Substrato reduzido

    sistema dereciclagem

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    25/50

    23

    3.2.1. Reduo de Aldedos e Cetonas (Enzimas Isoladas)

    Reduo qumica: NaBH4; LiAlH4; produtos racmicos

    desidrogenase lcool de levedura (YADH)

    desidrogenase lcool de fgado de cavalo (HLADH) Regra de Prelog

    O

    PG

    OH

    PG

    [H-]

    NAD(P)H NAD(P)

    desidrogenase

    YADH: muito especfica; aldedos ou metilcetonas; prep lcoois quirais

    secundrios

    HLADH (fgado de cavalo):

    baixa especificidade

    estrutura conhecida; R-X; dmero

    red. De cetonas cclicas (4-9C)

    Ex.:

    TBADH (Thermoanaerobium brockii)

    Termoestvel ( 85 oC)

    Tolera solventes orgnicos Ex.:

    1 R2

    O

    R1 R2

    OH

    R1 R2

    OHTBADH

    rec. NADPHou

    O

    O

    H

    H

    136 O

    O

    H

    H

    136 + O

    HO

    H

    H

    136HLADH

    recicl.NHADH

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    26/50

    24

    HSDH (Hidroxiesteroid)

    Substrato natural: esterides

    Ex.:

    O

    R1

    R2HO

    R1

    R2

    OOH

    O

    R1

    R2

    +

    rec. NAD(P)H

    R1=R2=H

    TBADH ou

    HSDH

    HSDH

    R1,R2=Me, Cl

    +

    R1 R2 Enzima e.e. lcool(%)

    H H HSDH < 10H H TBADH > 95H Cl HSDH > 90Cl Cl HSDH > 95Me Cl HSDH > 98Me Me HSDH > 95

    Substratos preferidos pelas desidrogenases:

    O

    R H

    O

    R1 R2

    R

    O

    O

    YADH HLADH

    TBADH HSDH

    O

    O

    O

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    27/50

    25

    3.2.2. Reduo de Aldedo e Cetonas com Clulas

    Vantagens: co-fator

    Desvantagens: baixa produtividade (transporte, rec produto, instabilidade

    gentica do microorganismo)

    Saccharomyces cerevisae

    O mais usado; facilidade de manuseio

    Primeira reviso: 1949!

    Cetonas alifticas e aromticas simples: Prelog

    Cadeias longas ou volumosas: no aceita

    Comportamento divergente: diferentes DHs com preferncias

    estereoqumicas opostas

    Ex.:

    Outros microorganismos redutores de cetonas

    Geotrichum candidum

    Sporotrichum exile

    Mucor ambiguus

    3.2.3. Reduo de C=C por Clulas

    Hidrogenao qumica

    Enoato redutases:Clostridia, Proteus, S. cerevisae, Beauveria sulfurescens

    Adio trans de H

    Ativao: facilitar ataque de H-

    Ativadores: cidos, steres, lactonas, cetonas, aldedos ,- insaturados

    R1 OR2

    O O

    R1 OR2

    OH OS. cerevisae

    R1 OR2

    OH O

    ou

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    28/50

    26

    Ex.:

    RCO2H

    Cl

    R

    Cl

    CO2Henoato redutase

    S. cerevisae

    Cl

    CO2H

    R

    enoato redutase

    S. cerevisaeR

    CO2H

    Cl

    R

    Cl

    O

    R

    Cl

    O

    S. cerevisae

    rpida

    S. cerevisae

    lentaR

    Cl

    OH

    R

    Cl

    OH

    +

    major. 3.3. Reaes de Oxidao

    Importncia

    Problemas de mtodos qumicos: metais, inespecificidade (rgio, estreo)

    3.3.1. Oxidao de lcoois

    Mtodos qumicos: exemplos

    Mtodos enzimticos: pouco usados

    Termodinmicamente desfavorvel, recicl cofator dificultada

    Inibio pelo produto (- polar)

    pH timo 8-9: co-fator e produtos instveis

    oxid lcool secundrio: destruio de quiralidade Oxidao regiosseletiva de poliis

    Carboidratos

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    29/50

    27

    Ex.:

    O O

    OHOH

    HO

    OH

    Assimetrizao de diis proquirais ou meso

    OH

    OHR

    R

    OHR

    RH

    O

    HLADH

    recicl NAD+

    O

    R

    ROH

    O

    R

    RO

    HLADH

    recicl NAD+

    exp.

    meso

    CH2OH

    C

    C

    C

    C

    CH2OH

    O

    HHO

    OHH

    HHO

    Acetobacter

    suboxidans

    CH2OH

    C

    C

    C

    C

    CH2OH

    OHH

    HHO

    OHH

    OHH

    CHO

    C

    C

    C

    C

    CH2OH

    OHH

    HHO

    OHH

    OHH

    Sorbitol Sorbose cido L-ascrbicoGlicose

    HOO

    CO

    C

    CC

    C

    CH2OH

    HOH

    HHO

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    30/50

    28

    HLADH

    recicl NAD+

    HLADH

    recicl NAD+

    exp.

    R

    OH

    OH

    R

    OH

    O

    H

    OR

    OH

    OR

    O

    3.3.2. Reaes de Oxigenao

    Oxidao qumica de HC: ativados (ex. oxid allica por SeO2) e no-ativados

    (difcil, no-especfica)

    Importncia

    Oxigenases

    Mono-oxigenases

    Sub + DoadorH2 + O2 SubO + Doador + H2O

    rec. co-fator

    Dioxigenases

    Sub + O2 SubO2

    Oxidases

    O2 + 2e- O2

    2-H2O2

    + 2H+

    2H2O2O22-O2 + 4e

    - + 4H+

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    31/50

    29

    Mono-oxigenases

    Maioria ligada a membrana

    Ativao do O2: comum a todas

    Tipos de substratos/produtos

    Sub + O2 + H+ + NAD(P)H SubO + H2O + NAD(P)

    +mono-oxigenase

    C H C OH

    R R

    O

    Rn-X Rn-X=O X= N, S, Se, P

    H OH

    R1 R2

    O

    R1 O

    O

    R2

    Citocromo P-450: grupo + comum de MO; hemeproteina; detoxificao;

    mesma seq 26 aa prox heme Ciclo cataltico: ~ oxid qumica com metais

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    32/50

    30

    Fe3+

    S

    ON

    N

    N

    N

    H H

    e-

    O2

    Fe3+

    S

    N

    N

    N

    N

    OO

    Sub

    e-

    Sub

    Fe3+

    S

    N

    N

    N

    N

    OO

    H2O 2H

    +

    Fe4+

    S

    N

    N

    N

    N

    O

    Sub

    Sub

    Fe5+

    S

    N

    N

    N

    N

    O

    H2O

    SubO

    Sub H2O Sub

    Fe2+

    S

    N

    N

    N

    NFe

    3+

    S

    N

    N

    N

    N

    Sub

    1. Acoplamento do substrato ao stio ativo

    2. Red Fe

    3+

    > Fe

    2+

    (e

    -

    de NADP[H] ou outro co-fator (Fe

    2+

    mais reativo)3. Ligao de O2

    4. Recep e-> enfraquecimento de ligao O-O

    5. Sada de O na forma de gua: formao de nuclefilo forte

    6. Ataque do O ao Sub; subst Sub oxidado pela H2O

    MO dependente de flavina:

    Co-fator: flavina

    Substratos: aldedos, cetonas; produtos: steres

    Ciclo cataltico de MO: ~ oxid qumica com perxidos/percidos

    H

    O OR

    R1 OR2

    O

    R1 R2

    OHO O

    R

    R1 R2

    O

    Bayer-Williger

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    33/50

    31

    O2

    Sub

    N

    N NH

    N O

    O

    NADPH NADP+

    (Enz-FAD)

    N

    N NH

    N O

    O

    H

    H

    (Enz-FADH2-Sub)

    N

    NNH

    N O

    OH OHO

    (Enz-FAD-4a-OOH-Sub)

    N

    NNH

    N O

    OH OH

    (Enz-FAD-4a-OH-SubO)

    SubO + H2O

    N

    NNH

    N O

    OH O

    O

    O

    N

    NNH

    N O

    OH O

    O

    O

    O

    O

    Hidroxilao de Alcanos

    Funcionaliz em pos no-ativadas: poucas alternativas em Q.O.

    Reativ relativa: 2o>3o>1o.

    Hidroxil esterides

    F. verticilloides

    CH2OH

    Limoneno lcool Perlico

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    34/50

    32

    Hidroxilao de Comp Aromticos Hidrox regioespecfica difcil por via qumica

    Monooxigenases: hidrox em o- e p-; via epxido

    Polifenoloxidases (tirosinase): fenol -> catecol -> o-quinona ->

    polimerizao

    R

    OH

    R

    OH

    OH

    O2 H2O

    polifenoloxidase

    O2 H2O

    polifenoloxidase

    R

    O

    O

    R.arrh izus

    CO2H

    O

    CO2H

    O

    OH

    O

    CO 2H

    OH

    O

    CO 2H

    OHO

    CO 2H

    F. verticilloides

    +

    P. chrysogenum

    CO2H

    OCH2OH

    CO2H

    O

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    35/50

    33

    Mecanismo

    Ex.: L-dopa (3,4-diidroxifenilalanina); L-epinefrina (adrenalina)

    HO

    HO

    OH

    NHCH3

    adrenalina

    HO

    HO

    COOH

    NH2H

    L-3,4-diidroxifenilalanina(L-DOPA)

    Uso de microorganismos; Ex.

    N

    CO2H

    O N

    OHCunninghamellaechinulata

    Pseudomonas sp

    N

    CO2H

    HO

    O N

    OH

    HO

    cido 6-hidroxinicotnico

    prenalterol (>85%)

    (100 %)

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    36/50

    34

    Epoxidao de alquenos

    Epxidos quirais: intermedirios sintticos de alto valor

    Mtodos qumicos

    Epxidos pequenos e no-funcionalizados: obteno difcil por via qumica

    Monooxigenases: no usadas em escala preparativa; co-fator; natureza

    complexa

    Clulas: uso de meio bifsicos; minimizao efeito txico do produto

    Ex.:

    1 H

    R2

    R1

    R2

    Omicroorganismo

    O2

    Pseudomonas oleovorans

    Corynebacterium equiMycobacterium sp

    Xanthobacter spNocardia sp

    Reaes de Baeyer-Villiger

    Mtodo qumico: ster ou lactona

    MO dependente de flavina

    Uso de clulas

    Acinetobacter sp, Pseudomonas sp (algumas patognicas)

    Risco de hidrlise do produto: inibidores (p-nitrofenilfosfato de etila =

    paraoxon); mutantes no-hidrolticas

    Ex.:

    O

    R

    O

    RO

    O

    R

    Acinetobacter sp+

    Diidroxilao de aromticos

    Importncia ecolgica Obteno de glicis quirais

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    37/50

    35

    Pseudomonas sp

    R

    O

    O

    R

    di-oxigenase

    O2

    R

    OH

    OH

    redutase

    H2

    R

    OH

    OH

    diidrodioldesidrogenase

    NAD(P)H NAD(P)+

    3.4. Formao de Ligaes C-C

    reaes do tipo aldlicas: mecanismo

    sntese de imina: mecanismo

    R1 R2

    NH

    R1 R2

    O

    NH3

    C

    OH

    NH2

    R2R1

    aldolases

    substratos: carboidratos, aa, hidroxicidos

    adio 1, 2 ou 3C

    2 grupos

    Aldolase tipo I

    Plantas superiores e animais

    Co-fator: no requer

    Mecanismo

    CH3CHO CH3CHCH2CHO

    OHOH-, H2O

    5o, 4-5 haldol

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    38/50

    36

    H2O

    -Enz-NH2

    H

    OR1

    R

    N

    R1

    X

    OH

    Enz

    R

    O

    1

    X

    OH

    RX

    N

    Enz

    H

    Enz-B

    Enz-NH2

    -H2O RX

    NEnz

    H H

    X=H, OH, NH2

    RX

    O

    baseSchiff

    enamina

    Aldolase tipo II

    Bactrias e fungos

    Dependente de Zn2+

    Mecanismo

    Receptor:

    Doador: R

    O

    X

    HR1

    O

    R

    O-

    X

    H R1

    O

    NN

    Enz

    H

    Zn+2

    R1

    OH

    R

    X

    O

    Obs.: remoo inicial de H+do doador por uma histidina

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    39/50

    37

    Exemplo: anlogos nitrogenados de acar (anti-HIV)

    3.5. Adio e Eliminao

    Liases:

    adio de H2O ou NH3a alquenos;

    adio de HCN a C=O

    PO OH

    O

    + H

    O

    N3

    OHaldolaseFDP

    PO

    O

    N3

    OH

    OH

    OH

    PO

    O

    N3

    OH

    OH

    OH

    +

    1) fosfatase2) H

    2/Pd

    1) fosfatase2) H

    2/Pd

    NH

    OHOH

    OH

    HO

    NH

    OH

    OH

    OH

    HO

    deoxinojirimicina deoximanojirimicina

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    40/50

    38

    3.5.1. Formao de Cianidrina

    Cianidrinas: estrutura; sntese qumica: aldedo/cetona + HCN

    Importantes intermedirios em qumica orgnica

    R CN

    OHvrios produto

    sntese enzimtica: oxinitrilases

    Ex.: (prioridade R > R)

    R' R"

    OR' R"

    CNHO

    R' R"

    OHNC

    HCN

    R-oxinitrilase

    S-oxinitrilase

    fontes:

    (R)-oxinitrilases: famlia Rosaceae (amndoa, ameixa, pssego) (S)-oxinitrilases: Sorghum bicolor(sorgo), Hevea brasiliensis(seringueira),

    Ximenia americana(sndalo), Manihot esculenta(mandioca).

    Problemas: uso de HCN transcianao (acetona cianidrina)

    3.5.2. Adio de gua e Amnia

    Fumarase: ad gua a C=C

    C C

    X

    HOOC

    COOH

    HC C

    X

    HOOC

    COOH

    OH

    HH

    X= H (ac. fumrico), Cl X= H (ac. mlico)

    fumarase

    H2O

    Influncia da e.n. de X. 3-metilaspartase: ad amnia a C=C

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    41/50

    39

    C C

    X

    HOOC

    COOH

    HC C

    X

    HOOC

    COOH

    NH2

    HH

    X= H, Cl, Me, etc.

    NH3

    3-metilaspartase

    3.5.3. Reaes tipo acilona

    Qumica: mecanismo

    Biocataltica: sntese da efedrina

    Ph H

    O

    H3C CO2H

    O

    Ph

    OH

    O+

    S. cerevisae(descarboxilase

    de piruvato)

    CO2

    aciloina

    Ph

    OH

    NH

    CH3

    (-)-efedrina

    MeNH2

    H2/Pt

    3.6. Transglicosilao

    oligossacardeos e polissacardeos: migrao intracelular e excreo de

    glicoproteinas; interaes clula-clula; oncognese; interao da superfcie

    celular com patgenos

    sntese qumica de carboidratos difcil

    biocatlise atraente: glicosil transferases; glicosidases

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    42/50

    40

    3.6.1. Glicosiltransferases

    requer acar ativado (UDP-acar)

    3.6.2. Glicosidases

    independem de co-fatores

    endo e exo-glicosidases hidrlise reversa

    transglicosilao

    usos: celulose > glicose > etanol

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    43/50

    41

    Exemplo glicosilao de diis:

    Exemplo hidrlise do esteviosdeo:OGG

    CO2G

    OH

    CO2H

    esteviosdeo esteviol

    pectinase

    Exemplo glicosilao do esteviosdeo (veja artigo J.Biotechnology, 2006):

    +

    esteviosdeo

    OGG

    CO2G

    OGG

    CO2G

    G

    rebaudiosdeo

    glicosidases deFusarium sp maior proporo

    de rebaudiosdeo

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    44/50

    42

    Mecanismo lizozima (Nature Structural Biology 8, 737 - 739 (2001)

    doi:10.1038/nsb0901-737): NAG= N-acetilglicosamina.

    3.7. Halogenao e Desalogenao

    Introduo

    Cerca de 1000 PN halogenados

    Importncia: diazepam, mitotano

    CH

    CHCl2

    Cl

    Cl

    mitotano

    N

    NO

    CH3

    Cl

    diazepam

    Derivados de Cl (terrestres) e Br (marinhos) mais comuns

    Algas marinhas: lib 107ton bromoalcanos

    Toxicidade de haloalcanos

    Halogenao

    Qumica

    Haloperoxidases: nico tipo isolado

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    45/50

    43

    Cloroperoxidase de Caldariomyces fumago; bromoperoxidase de

    Pseudomonas aureofaciens; iodoperoxidase de raiz forte (Armoracia

    lapathifolia)

    Substrato + H2O2+ X

    -

    + H

    +

    Produtos halogenados + 2H2O

    1. Halogenao de Alquenos

    X+

    haloperoxidase

    HOX ou X2

    OH

    X

    Y

    X

    OH-

    Y-

    O-

    O

    OO

    Xn

    I

    OH

    OH

    I

    cloroperoxidase

    I-, H2O2

    +

    9 : 1

    Halogenao de alquinos

    CHCl2

    O

    Cl

    O

    Cl+

    1 : 2 : 0,3

    CH3 C CHcloroperoxidase

    Cl-, H2O2

    Cl

    O

    +

    Halogenao de Compostos Aromticos

    NH2

    Cl

    NH2

    Cl

    Brcloroperoxidase

    Br-, H2O2

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    46/50

    44

    Halogenao de Grupos C-H

    cloroperoxidase

    Cl-

    , H2O2

    OO OO

    Cl

    Desalogenao

    Importncia ambiental: biodegradao (pesticidas, solventes, etc.)

    Mtodo qumico

    Halohidrina Epoxidases

    Fontes: bactrias (Flavobacteria, Corynebacteria, Pseudomonas),

    fungos (Caldariomyces fumago), algas (Laurencia pacifica)

    XHO

    haloidrina epoxidase

    O+ HX

    2. Desalogenases: Sn X OH (indep de co-fator); influncia da

    natureza de RX (1o., 2o. 3o.)

    O O-

    Asp

    C X

    R

    H

    H

    O O-

    O O

    CH2R

    OH

    H

    N

    N

    H

    His

    N

    N

    H

    N

    N

    H

    H

    RCH2OH

    Asp Asp

    3. Ex.: (S)-2-cloropropinico (sntese de anti-inflamatrios e herbicidas)

    CO2H

    Cl

    CO2H

    OH

    CO2H

    Cldesalogenase

    (P. putida)+

    e.e. > 98%

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    47/50

    45

    4. Tcnicas Especiais

    4.1. Imobilizao

    aderncia da enzima a um suporte slido ou confinamento reutilizao da enzima

    tcnicas

    adsoro (van der Waals, inica, lig. H)

    ligao covalente

    ligao cruzada

    confinamento em gis

    confinamento em membranas

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    48/50

    46

    4.2. Enzimas Modificadas e Art ificiais

    enzimas solveis em solventes orgnicos (mod. PEG)

    bio-imprinting

    enzimas semi-sintticas

    anticorpos catalticos

    O

    O

    Ph

    OH

    R

    OH+

    -O OPh

    R

    O

    O

    R

    OP

    O OPh

    R

    + PhOH

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    49/50

    47

    5. Outras Aplicaes

    5.1. Modelos microbianos de metabolismo de mamferos

    Importncia

    Exs.:

    5.2. Derivados Ativos de Drogas

    Importncia

    Exs.:

    N

    NO

    CH3

    l

    diazepam

    N

    O

    O

    F

    O

    S16924 (Servier)Antipsictico

    Cunninghamella echinulataMucor plumbeus

    Metablitos

    O

    OO

    OCH3

    OH

    OH21

    O

    OO

    OH

    OH21

    Galbanoldeo A Galbanoldeo B

    Potentes antifngicos (Merck)

    Streptomyces halstedii

    21-OH

  • 5/22/2018 Biotransforma o de Compostos Org nicos

    50/50

    48

    Bibliografia

    K. FABER. Biotransformations in Organic Chemistry - A Textbook, 5thed.

    Springer, New York, 2004. (Terceira edio disponvel na Biblioteca de

    Tecnologia e na de Biolgicas,660.634 B617).

    A. L iese, K. Seelbach, C. Wandrey. Industrial Biotransformation, Wiley,

    Weihheim, 2000. (660.63 L721i). (Disponvel na Biblioteca de Tecnologia).

    A.L. DEMAIN and J.E. DAVIES. Manual of Industrial Microbiology and

    Biotechnology, 2ndEdition, American Society for Microbiology,

    Washington,1999. (660.62 M294i)

    P. PRAVE, U. FAUST, W. SITTING, D.A. SUKATSCH. Fundamentals of

    Biotechnology, Editora VCH, Federal Republic of Germany, 1987.

    Q. H.G. Davies, R.H. Green, D.R. Kelly, S.M. Roberts. Biotransformations in

    Preparative Organic Chemistry, Academic Press, New York, 1989. (547.2

    B615).

    R. H.-J. Rehm, G. Reed and A. Puhler (Ed.). Biotechnology, 2nded. Weinheim :

    VCH, 1993- Biotransformations, Vol 8a, 8b (660.6 B616).