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BLOCO l

Emergência

O comissário deve estar familiarizado com todos os equipamentos de sança, estes estão próximos às saídas de emergência.

Estações de comissário são lugares exclusivos para CMS (Comissário de vôo) onde se pode encontrar:

Assento retrátil, cinto tóraco-abdominal de inércia, máscaras de oxigênio do sistema fixo (que caem do teto), lanternas e coletes salva-vidas e painéis de controle de iluminação e de

comunicação.

TIPOS DE SAÍDA DE EMERGÊNCIA

TIPOS DESCRIÇÃO COEFICIENTE DE EVACUAÇÃO

TIPO 1 Porta c/ scape-slide pista única inflável 50-55

TIPO 2 Porta c/ scape-slide pista única 30-40

TIPO 3 Janelas sobre asas c/ cordas de escape 20-30

TIPO 4 Janela cockpit c/ cordas de escape (teto) 15-20

TIPO A Porta c/ scape-slide pista dupla inflável

O cinto usado

parapassageiros abrange

aregião abdominal.

Em passageiras grávidas,

ele abrangerá o baixo

ventre.

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todas com evacuação em no máximo 90 segundos.

Todas saídas de emergência podem ser manuseadas pelos lados interno e externo eem qualquer ocasião.

IMPORTANTE numa evacuação:

· Área externa livre

· Abertura normal da porta (ou janela)

· Equipamento auxiliar de evacuação funcionando.

Cordas ou tiras de escape rápido

Pouso em terra: (como auxílio para escorregar pelo bordo de fuga da asa).

Cabine de comando:

Acima de cada janela (compartimento no teto).

Apertar o botão que abre o compartimento;

Jogar corda pra fora da janela já aberta

Sair segurando a corda (deslizar: causar queimaduras)

Megafone: é usado sempre que houver perda do sistema de comunicação com passageiros (PA). Usado também para organizar grupos e orientações em sobrevivências.

Alguns têm alarme sonoro que pode ser usado como sinalizador.

· Retirar do local;

· Segurar a certa distância da boca;

· Falar pausadamente sem gritar.

Cheque pré-vôo: presença e funcionamento.

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Conjuntoo de sobrevivência na selva

A quantidade depende do número de assentos.

· Bolsa de primeiros socorros;

· Bolsa de equipamentos de sobrevivência.

Cheque pré-vôo: presença.

Lanternas

Nas estações de CMS (ASU) e cabine de comando.

Cheque pré-vôo: presença e funcionamento.

Luvas de amianto

Nas estações de comissário e cabine de comando.

Cheque pré-vôo: presença (par).

Machadinha

Seu punho (ou cabo) é revestido de borracha isolante (resiste aproximadamente 20.000 volts).

Fica, geralmente, na cabine de comando.

Usada para cortar fios energizados, romper e remover painéis e facilitar remoção de objetos com alta temperatura.

Cheque pré-vôo: Presença/Fixação.

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Capuz Anti-Fumaça - CAF

Usar em conjunto com extintor e luvas(incêndio).

Fica na cabine de comando e estações de comissário. Uso:

· Retirar o invólucro plástico que envolve a caixa;

· Abrir a caixa;

· Puxar a alça de liberação de oxigênio que deverá fazer um ruído (mostra se o oxigênio está fluindo)

· Ajustar na cabeça.

Dura aproximadamente 15 minutos.

Cheque pré-vôo: presença/validade/visor na cor azul.

Garrafa portátil de oxigênio com máscara full-face

Uso semelhante ao CAF

· Conectar a máscara na garrafa;

· Comandar a válvula amarela de abertura;

· Colocar a máscara, ajustando as tiras;

· Respirar profundamente, fluxo a pedido.

Cheque pré-vôo: presença/manômetro, pressão da garrafa – mínimo 1500 PSI.

Óculos contra fumaça

Fica na cabine de comando (uma por assento)

Cheque pré-vôo: presença.

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Garrafa ou cilindro portátil de oxigênio com máscara oro-nasal de uso terapêutico

Usada para primeiros socorros (insuficiência respiratória) e tem capacidade de 311 litroscada.

Fluxo HI: 4 litros por minuto (uso adulto), duração de até 77 minutos;

Fluxo LO: 2 litros por minuto (uso crianças e idosos), duração de até 2h e 34min.

IMPORTANTE:

· Manter o passageiro sentado e reclinar o encosto da poltrona;

· Desapertar as vestes que possam impedir os movimentos respiratórios;

· Remover maquiagem ou gordura com um lenço;

· Ajustar a máscara ao rosto, cobrindo o nariz e boca;

· Observar manômetro todo o tempo e a cada 10 min. promover a umidificação da boca;

· Fechar a válvula amarela após uso.

Cheque pré-vôo:

Presença/quantidade de máscaras/pressão mínima de 1500 PSI e máxima de 1800 PSI.

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Farmácia de bordo

Medicamentos para leves disfunções.

Para profissionais da saúde (médicos) deve haver outro compartimento exclusivo com outros recursos (bisturi, tesoura, seringas, outros medicamentos).

É de responsabilidade do CMS encarregado pela farmácia anotar todos os medicamentos utilizados e lacrar a mesma ao final do vôo.

O médico (caso atenda uma emergência) deve assinar um relatório feito pelo CMS responsável com seu nome, ID, endereço e CRM.

Quantidade:

De 31 a 180 assentos: 1 farmácia

De 180 a 360 assentos: 2 farmácias

Acima de 360 assentos 3 farmácias

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Sistema de comunicação

PA (microfones na cabine de comando e estações de CMS): abrange toda a cabine de passageiros.

Para comunicação entre tripulantes são utilizados interfones e switches de chamadas.

Luzes:

Rosa: cabines e entre estações de CMS;

Azul: somente cabine de passageiros; reset na PSU

Âmbar: lavatórios; reset no próprio lavatório.

Sistemaa de iluminação

Principal: usa energia gerada pelos motores, APU ou fonte externa. Luzes do teto, acima das janelas, vestíbulos.

APU: (Auxiliary Power Unity – Unidade Auxiliar de Força; unidade utilizada no momento da partida em aeronaves).

De Emergência: usa baterias (independentes). Acende automaticamente quando o sistema principal falha.

· Indica as saídas de emergência pelo piso e teto (cor muda quando próximas às saídas), além de ter luzes acima das portas de saída de emergência;

· Luzes alternadas presentes nos gavetões;

· Luzes no interior do cockpit.

Acionamento: ARMED: Arma o modo automático.

ON: Liga todo o sistema de luzes de emergência

OFF: Desliga o sistema de luzes de emergência

Duração de aproximada de 20 minutos.

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SISTEMA DE AR CONDICIONADO E PRESSURIZAÇÃO

Ar condicionado

Usam energia dos motores e APU. O ar sangrado (bleed air) dos motores é resfriado e distribuído pela aeronave através de dutos. As grades laterais (saídas dos dutos) NÃO podem ser obstruídas por bagagens de mão.

O sistema também resfria painéis, baterias e raques eletrônicos.

Sistema de Pressurização

O objetivo é manter o interior das cabines a uma altitude de 8.000 pés (2.438 m), mesmo com a altitude real variando.

Pressurização: aumento da pressão interna do avião através da vedação hermética e controle e saída do ar. Consegue-se a pressurização através do ar que é captado dos motores e enviado a cabine cuja pressão é controlada através de válvulas de saída de fluxo chamadas out-flow. No caso de falha destas, as safety valves aliviam a pressão diferencial entre a cabine e a atmosfera. Despressurização: saída do ar de um meio de maior para um de menor pressão (de dentro do avião, causando um efeito de vácuo jogando tudo de dentro para fora – onde a pressão é menor).

Quando a altitude na cabine atingir 10.000 pés, soará um alarme na cabine de comando (alerta aos pilotos que a aeronave entrou em despressurização)

Se a cabine atingir internamente 14.000 pés, ocorrerá a abertura dos compartimentos de máscaras na cabine de passageiros.

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Sistema fixo de oxigênio

Cockpit: as máscaras são abastecidas por garrafas de oxigênio (diferentemente das de passageiros, que são por geradores químicos). O número de máscaras é igual ao número de assentos do cockpit.

Cabine de passageiros: cada máscara é suprida por geradores químicos e tem autonomia de aprox. 15 min. Em cada módulo encontra-se uma máscara a mais para uso de emergência pelos comissários ou falha de qualquer outra máscara.

Ao ser acionado, o gerador exala um cheiro característico de queimado – pode provocar pânico.

Uso: Puxar máscara (a ativação é automática).

No momento da descida da aeronave, os CMS devem sentar-se e colocar a máscara a seu alcance, podendo após ajudar algum pax (passageiro) à sua volta.

Quando o vôo for estabilizado, os CMS deverão atender os passageiros prestando os primeiros socorros.

· Efetuar alocução específica;

· Sentar e colocar cintos de segurança;

· Aguardar até que o sinal de “atar cintos” se apague.

Bebidas alcoólicas

Tripulantes: Não se pode embarcar se o tripulante ingeriu álcool:

· No prazo de 8h antes do embarque;

· Estando sob efeito da bebida, mesmo fora deste prazo;

· Estando sob o efeito de outras drogas.

Antes do vôo: o CTE (Comandante)desembarca o tripulante;

Se no percurso: desembarca o tripulante na escala mais próxima.

Pax: Havendo risco de segurança do vôo, o CMS deverá avisar o CTE que tomará a atitude cabível à situação, podendo até desembarcar tal passageiro.

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Carga restrita: são considerados artigos perigosos como explosivos, inflamáveis, veneno, materiais radioativos e corrosivos.

Carregamentos especiais: são considerados: animais vivos, funerária, perecíveis e valores.

Reabastecimento

Nenhum interruptor, inclusive dos PAX, deverá ser acionado (somente antes do abastecimento).

Expressamente proibido fumar, acender fósforos, etc.

Embarque e desembarque

Em abastecimento

Somente por uma saída sinalizada (afastada do local de abastecimento), acompanhado por tripulante ou recepcionista da EA (empresa aérea).

Com um dos motores em funcionamento

Sair pela porta oposta ao lado do motor.

Uso de equipamentos eletrônicos a bordo

Proibido em qualquer fase do vôo.

Somente em vôo (expressamente proibido em pousos e decolagens) permite-se com certa restrição:

· Notebooks;

· Agendas eletrônicas;

· Toca fitas;

· Calculadoras;

· Barbeadores eletrônicos e elétricos.

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PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

Fogo

PREVENÇÃO - COMBATE - SALVAMENTO

Combater fogo logo no início, evitando propagação:

· Avisar cabine de comando;

· Usar extintor apropriado (desligar circuitos antes de usar extintor de água);

· Fazer rescaldo (PQS, CO2 ou Halon).

Se a aeronave estiver em solo: desembarcar os pax de acordo com a gravidade ou orientação do CTE.

Sequestro

Acatar ordens do sequestrador – não tentar discutir;

Se possível avisar o CTE através do interfone ocódigo internacional de sequestro 7500.

Emergência preparada / imprevista

Preparada – quando há conhecimento prévio, prepara-se a cabine para pouso.

Imprevista – quando NÃO há conhecimento prévio, deve ter ação coordenada, mesmo sem preparação.

Sequência de autorização de evacuação:

· Comandante;

· Qualquer tripulante técnico;

· Comissário, dada a evidência da situação.

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Emergência imprevista

Terra: gritar “SENTA” até a parada total da aeronave.

Abrir os cintos;

Verificar visor operatividade externa: Fogo – não abrir e permanecer junto à porta gritando “FOGO”. Reorientar pax para outras saídas;Torção de fuselagem (porta emperrada) – abandonar saída e reorientar pax para outras saídas;

Saída operativa: abrir a porta (esperar escorregadeira inflar; se não acontecer puxar alça de acionamento manual);

Conduzir evacuação gritando “SALTA E ESCORREGA”.

Verificar cabine de comando se estiver próximo a ela.

Água: mesmo procedimento anterior, acrescido de: Verificar antes de inflar a escorregadeira se o nível da água está abaixo da porta de emergência. Se estiver acima: perigo de fechar a porta com o bote.

Orientar pegar os coletes salva-vidas ou assentos flutuantes;

Afastar-se para o mais longe possível.

Não voltar à aeronave antes do total esfriamento dos motores e evaporação do combustível.

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Emergência preparada

O CTE é quem declara a situação e fornece os procedimentos a serem seguidos com informação de:

· Tempo para preparar a cabine;

· Natureza da emergência;

· Áreas mais atingidas, se houver impacto;

· Local do pouso

· Quem vai comunicar a situação ao pax;

· Sinal para assumir a posição de impacto.

O CMS chefe (ou o primeiro que for informado) deve:

· Reunir e comunicar aos outros CMS;

· Acender as luzes e

· Posicionar-se ao longo da cabine para evitar pânico;

· Selecionar pessoas (tripulantes, atletas, bombeiros e policiais) para auxiliar a evacuação e colocar próximo às saídas de emergência;

· Orientar como é feita a posição de impacto e demonstrar as saídas de emergência.

Preparação da cabine para pouso no mar

Além dos procedimentos anteriores

· Selecionar pessoas que saibam nadar;

· Demonstrar o uso de equipamento de flutuação individual;

· Pedir aos PAX que coloquem o número máximo de roupas possível e saciem a sede.

posição

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Posição de Impacto para gestantes

· Cinto de segurança baixo ventre;

· Colocar mantas ou travesseiros empilhados para proteção da barriga;

· Cabeça lateralizada.

Evacuação de pessoa inválida

· Desembarcam por último apesar de ficarem próximo às saídas de emergência;

· Segurar pelas costas na altura da cintura;

· Colocar as suas mãos embaixo dos braços e segurar pelos pulsos.

Posição de impacto para passageiros

Cabeça baixa encostada nas mãos escoradas no banco à frente ou abraçando a parte de trás do joelho com a cabeça abaixada.

Posição de impacto para tripulantes

· De costas para o nariz da aeronave: cintos atados, braços cruzados, cabeça pressionada para trás;

· De frente para o nariz da aeronave: cintos atados, braços cruzados queixo baixo e pressionado contra o pescoço.

Posição de impacto para tripulantes

· De costas para o nariz da aeronave: cintos atados, braços cruzados, cabeça pressionada para trás;

· De frente para o nariz da aeronave: cintos atados, braços cruzados queixo baixo e pressionado contra o pescoço

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Prevenção e Combate a Incêndios

Teoria do Fogo

Fogo, ou Combustão, é uma reação química que resulta em luz e calor.

COMBUSTÍVEL + COMBURENTE + CALOR = ENERGIA

Para que esta reação química ocorra devem ser combinados os TRÊS elementos: combustível, comburente, calor que formam o triângulo do fogo.

Ao triângulo do fogo, foi acrescida a reação em cadeia (que acelera o processo da combustão), formando o tetraedro do fogo.

Combustível: O elemento que queima. Aquele que “alimenta” o fogo. Os tipos de combustível são:

Sólido Líquidos

Gasoso Voláteis Não-voláteis

Carvão

Madeira

Tecido

Borracha

Álcool

Éter

Benzina

Óleo de

linhaça

Óleo de

caldeira

Óleos

lubrificantes

Metano

Propano

Butano

Voláteis: na temperatura ambiente exalam vapores capazes de se inflamar;

Não-voláteis: se tornam inflamáveis quando aquecidos acima da temperatura ambiente.

Importante: O que realmente entra em combustão é o vapor exalado pelo combustível, ou seja, os combustíveis sólidos e líquidos para serem queimados, são antes transformados em gases.

Comburente (oxigênio): É o elemento ativador do fogo, combinando-se com o combustível, já em estado gasoso, possibilitando a combustão.

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O mínimo de oxigênio necessário para se obter uma combustão (fogo) é de 16%, mas existem exceções:

O carvão, por exemplo, necessita de apenas 9% de O2 para se manter queimando (nesse caso não há chama e sim brasas). Pólvoras, nitratos e celulóides são exemplos de materiais que contém O2 em sua própria composição podendo até queimar em ambientes sem O2.

Calor: Dá início, incentiva e mantém a combustão.

Curto circuito, cigarros, fósforos, etc.

Reação em cadeia: quando os combustíveis geram mais calor, que libera mais gases que se queimam, que acarreta em uma transformação que gerará outra.

Temperaturas de combustão ou

Fenômenos da combustão

Temperatura crítica: três tipos de temperatura que atingem um ponto que oferece perigo quando expostas a um combustível (descritas a seguir):

Temperatura de fulgor (Flash point)

Temperatura mínima na qual um combustível começa liberar gases, porém não sendo suficiente para manter uma chama (ocorre uma centelha e ela se apaga).

Temperatura de combustão (Fire point)

A temperatura que consegue manter uma chama.

Ponto de Ignição (Ignition temperature)

.É a temperatura na qual os gases desprendidos entram em combustão sem o auxílio de fonte externa de calor. Ex: o fósforo amarelo queima à temperatura ambiente (ponto de ignição 30°C).

Ignição espontânea: pela decomposição é liberado o metano que se inflamam simplesmente quando em contato com O2.

Formas de combustão

Relacionadas à velocidade de queima:

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Ativa (rápida, com produção de luz e calor e grande reação em cadeia pela grande quantidade de O2); lenta (reação em cadeia enfraquecida pela pouca presença de O2, sendo mais lenta, sem chamas); explosão(combustão rápida, alcança altas temperaturas e acarreta violenta dilatação de gases que pressionam violentamente as paredes que os prendem) e espontânea (como o metano, que só de entrar em contato com a atmosfera, acontece sua combustão).

Propagação do fogo

Condução: de material combustível para material combustível propagando o calorfisicamente (molécula a molécula).

Irradiação: via raios ou ondas de calor, não há necessidade de contato físico entre os materiais.

Convecção: massa de ar aquecido que tende a subir por ser mais leve que o ar da atmosfera e, através dos gases aquecidos, leva o fogo para lugares mais altos sem necessidade de contato direto com a chama.

Extinção do fogo

Se um dos elementos do tetraedro do fogo for eliminado, o fogo cessa.

Retirada do material combustível: é o método mais simples, feito com força física e com recursos encontrados no local, evitando propagação do fogo;

Resfriamento: retirada do calor (atinge temperatura abaixo do seu ponto de fulgor);

Abafamento: corte do oxigênio: é um método difícil, pois se tem que retirar o oxigênio do local;

Extinção química: interrupção da reação em cadeia através de substâncias cujas moléculas tornam o que é inflamável em não-inflamável.

Classes de incêndios

Classe A – Sólidos ou fibrosos: queimam em superfície e em profundidade; deixam resíduos.

Extinção: resfriamento (extintor de água pressurizada);

Classe B – Líquidos inflamáveis: queimam somente em superfície e não deixam resíduos.

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Extinção: abafamento (extintores PQS, CO2 e Halon);

Classe C – Equipamentos energizados: Alto perigo de morte ao combatente. Procurar desligar o fornecimento de corrente elétrica do aparelho (desta forma, o incêndio passa a ser de classe A).

Extinção: abafamento (extintores PQS, CO2 ou Halon).

Classe D – Metais pirofóricos (se inflam em contato com o ar por fricção): Magnésio, potássio, zinco, titânio, sódio, zircônio, silício, cádmio, alumínio em pó, etc.

Extinção: exige técnicas especiais para seu combate, quimicamente ou por abafamento (PQS especial, compostos halogenados, limalha de ferro, etc).

Classe E – Radioativos: Isolar a área e avisar o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.

Extintores portáteis e respectivos agentes extintores

Água: Combate o fogo por resfriamento (jato) esecundariamente por abafamento (neblina, vapor). Não indicado para incêndios classe B(pois pode espalhar o líquido inflamável) eclasse C (pois conduz eletricidade).

O extintor de água pressurizável tem uma cápsula com CO2 que deve ser acionada (girando o punho no sentido horário para romper o lacre) antes de se puxar o gatilho para se obter o jato de água.

· Mirar o jato na base do fogo.

Cheque pré-vôo: verificar a validade.

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Gás carbônico (CO2): Gás inodoro, incolor, não tóxico e que não reage à maioria das substâncias e não conduz eletricidade. Combate o fogo por abafamento, pois cria uma atmosfera em torno do fogo pobre em O2, portanto, ao usar CO2 em ambientes fechados,usar garrafa portátil de O2 com máscara Full-Face ou a CAF. Funciona secundariamente porresfriamento. Portanto, proteger olhos e mãosNÃO segurando no difusor do extintor.

Cheque pré vôo: verificar lacre e validade.

Pó Químico seco (PQS): à base de bicarbonato de sódio (+ gás carbônico OU nitrogênio), não absorve umidade, age por abafamento(também oferece perigo de asfixia em locais fechados como o CO2). Deixa resíduos corrosivos após utilização – Não aplicar sob eletro-eletrônicos.

Deve-se fazer o rescaldo do local após utilização.

Apontar extintor de PQS para a base da chama.

Não usar na Cabine de comando.

Cheque pré-vôo: manômetro (faixa verde).

Compostos Halogenados: Compostos por Hidrocarbonetos Halogenados: carbono, flúor, bromo cloro ou iodo, sendo o mais usado na aviação o Halon 1211(bromoclorofluorometano = BCF) e o Halon 1301 (bromotrifluorometano = Freon 13-B1). São líquidos vaporizantes (+ nitrogênio) que se vaporizam em contato com o fogo. Deixam poucos resíduos corrosivos ou abrasivos e não são bons condutores de eletricidade. Elimina o fogo por abafamento ou por eliminação da reação em cadeia. Não se deve permanecer no local onde foi usado OU usar CAF ou cilindro de oxigênio com máscara Full-Face. Os produtos de sua decomposição poderão ser perigosos, como o bromídrico e o fluorídrico.

Ao usar o extintor de BCF, procurar produzir uma nuvem, procurando atingir a base do incêndio, mas se a saída for esguicho, afaste-se e tente acertar o foco.

Cheque pré-vôo: pressão do manômetro (posição verde), lacre e validade.

Espuma: Age por abafamento e resfriamento. Usada em incêndios de derivados do petróleo. Não usar em incêndio de classe C por ser condutor de eletricidade.

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Obs.:

· Não é comum extintor de espuma em aeronaves.

· Após o uso de um extintor, comunicar o CTE.

· No B737 são encontrados os extintores: 1 de CO2 no cockpit; 1 de água pressurizável no vestíbulo traseiro e 1 abaixo do painel dianteiro de CMS; e 1 de BCF (Halon1211) no armário do vestíbulo traseiro.

· Em alguns aviões, encontra-se ainda, um traje NOMEX como auxílio para o combate a incêndios.

Extintores fixos

O sistema fixo é constituído por detectores de fogo e superaquecimento, garrafas extintoras para os motores, porões de cargas e APU e garrafas para proteção dos toaletes. O agente extintor é o Freon 13-B1 ou Halon 1211. Podem ser acionados manualmente pelo CTE (motores e APU) OU automaticamente após atingir 174 °F (sob as pias dos toaletes).

APU (Auxiliar Power Unit): pequeno gerador turbo-jato que serve de fonte de energia elétrica, hidráulica (pressão líquida) e pneumática (pressão de ar) quando os motores ainda não estiverem funcionando, para acioná-los ou complementá-los.

Detectores de fumaça – Smoke detectors

Presentes nos tetos dos toaletes.

Cheque pré-vôo: luz verde acesa.

Extintor de Halon 1211

Apontado para a lixeira e fiação debaixo da pia. É arredondado, pequeno, cor preta.

Cheque pré-vôo: bicos ejetores (cor preta); Quando o Freon é utilizado, fica na cor alumínio.

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Combate ao fogo

Deverá seguir ordenadamente os seguintes passos:

· Analisar a situação que habilite um líder determinar as ações a serem postas em prática;

· Salvar das pessoas em perigo (seja num incêndio ou outro tipo de emergência);

· Isolar a área para não haver interrupções externas;

· Confinamento para a não-propagação do fogo;

· Extinção do(s) foco(s);

· Rescaldo para impedir reinício do fogo;

· Ventilação;

· Proteção do local sinistrado (danificado);

Ao ser constatado fogo, deve-se avisar a cabine de comando, munir-se do extintor adequado, se necessário, retirar pax mais próximos, evitar o pânico e combater o fogo protegido com luvas e CAF.

Fogo a bordo

No toalete:

Sentir a temperatura da porta com as costas da mão ou presença de fumaça;

Munir-se de CAF ou garrafa de O2 acoplada com máscara Full-Face e extintor; colocando o corpo atrás da porta. Abrir uma fresta (machadinha) descarregar o extintor e aguardar alguns minutos. Bem devagar, abrir a porta para verificar se ainda existe fogo no interior e fazer o rescaldo.

Na galley:

Tentar detectar a origem do fogo, desligar os disjuntores, avisar à cabine de comando para que o “galley power” seja desligado como toda a energia da galley; combater com o extintor adequado e não ligar a energia novamente.

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Na cabine de passageiros

Retirar os passageiros da área; avisar a cabine de comando; munir-se do extintor e combater o fogo.

Obs.: Em caso de fogo com avião em solo, avisar o cockpit e evacuar avião de acordo com instruções do CTE. Se o fogo for numa turbina (em vôo), assim que avisar o cockpit, fechar as cortinas da cabine de pax.

Causas de incêndio

Humana: Quando há a intenção por uma pessoa desequilibrada emocionalmente.

Natural: raios, terremotos.

Acidental: descuido fortuito.

Energia eletrostática: atrito provindo do acúmulo de eletricidade no avião que entra em atrito com o vento e provocar pequenas faíscas se não aterrado corretamente, por exemplo, no solo.

Animais Peçonhentos

São aqueles que possuem glândulas de veneno e aparelho inocular para injetá-lo. Peçonha é uma secreção venenosa paralisante e digestiva.

Acidentes por animais peçonhentos

Passivos: ingestão de animais venenosos que não tem meios de inocular o veneno.

Ativos: Picadas, mordeduras ou contato.

Ofidismo é o conjunto de acidentes causados por picadas de cobras.

Todas as cobras são consideradas venenosas, mas aquelas que não têm aparelho inocular oferecem menor perigo.

Classificação quanto à posição das presas

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1) Áglifas: dentes maciços e retrógrados que ajudam a empurrar a vítima para trás. Não possuem presas inoculares. Ex.: Jibóias e Sucuris (gênero Boidae)

2) Opistóglifas: presas inoculadoras na parte superior da boca, tornando-se difícil inoculação de veneno. Ex. Falsas Corais. >>

3) Proteróglifas: um ou mais pares fixos sulcados, com canal interno mais ou menos perfeito, localizados na parte anterior (frente) do maxilar superior. Ex. Corais e Najas asiáticas/africanas; necessitam morder para inocular o veneno.

4) Solenóglifas: maior grupo de cobras venenosas. Possuem um ou mais pares de presas, caniculadas e curvadas para trás (semelhante a uma agulha de injeção). Canal inoculador perfeito. Ex. Bothrops, Crotalus, Lachesis.Morfologia

· Sistema áudio-visual pouco desenvolvido;

· Cheiro captado através da língua;

· Fosseta loreal ou lacrimal: uma em cada lado da cabeça entre olho e narina: capta temperatura de outros animais quentes;

· Órgão reprodutor: funciona como órgão de apreensão. Acontece reprodução nos fins de inverno e início de primavera;

· Trocam pele de 4 a 5 vezes por ano (mais frequentes ainda quando jovens).

As venenosas das espécies Crotalus, Lachesis, Bothrops, têm cabeça triangular e recoberta por escamas (toque áspero), pequenas pupilas (lembra olhos de gato), solenóglifas, pode-se reconhecer facilmente pela presença da fosseta loreal ou covinha, cauda com guizo (Cascavel), com dente córneo (Surucucu) e lisa - sem especializações - (Jararaca, Urutu, Caiçaca, etc.);

As venenosas Micrurus têm cabeça arredondada e sem escamas, pequenas pupilas arredondadas, não tem fosseta loreal, opistóglifas, cauda lisa - sem especializações. Quando em perigo, levantam a cauda, dando a impressão de ser a cabeça.

São de difícil reconhecimento.

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As NÃO venenosas tem a cabeça arredondada, lisa, olhos redondos (diurna) e fenda (noturna), sem fosseta loreal, dentes médios ou pequenos, cauda mais roliça nos machos e mais estreita e curta nas fêmeas. Desde que não tenha a cor avermelhada, seu reconhecimento se torna fácil.

Jararaca (Bothrops): veneno necrosante (dor, inchaço)

Soro: antiofídico – 100 mg; antibotrópico 100 mg.

Cascavel (Crotalus): veneno neurotóxico (afeta todos os órgãos);

Soro: antiofídico; anticrotálico

Surucucu (Lachesis): veneno necrosante

Soro: antiofídico; antilaquético

Coral verdadeira (Micrurus): veneno neurotóxico;

Soro: antimicrúrico; antielapídico.

Reconhecimento de picadas de cobras

Cobra venenosa: dois orifícios nítidos, profundos e sem sangue;

Cobra não-venenosa: ferida com vários pontinhos cheios de escoriações sangrentas.

Tratamento: manter pax em repouso, calmo e elevar o membro afetado, limpar local com água e sabão, extrair o veneno (de preferência a própria vítima) via sucção (dentro dos 30min iniciais), beber estimulantes quentes e açucarados (não alcoólicos), anti-histamínico e analgésicos. Procurar fazer soroterapia urgentemente.; Nãocolocar folhas, pó de café, etc. sobre a ferida;

Aranhas (acidentes ctênicos)

Artrópode aracnídeo rastejante que pode viver meses até 20 anos. Pode ter de 0 a 8 olhos. Predadora de outros artrópodes (insetos).

Procure NÃO

utilizar a

técnica

“garrote” para

tratamento de

picadas de

cobras; em

ÚLTIMO caso,

sendo feito,

será somente

durante a

retirada do

veneno;

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Aranhas menores são mais perigosas e fazem teias irregulares; As que fazem teias regulares e geométricas não oferecem perigo.

Aranha armadeira

Família: Phoneutria fera (não constroem teia).

Veneno neurotóxico: dor intensa imediata no local; vermelhidão; edema; letal para crianças menores de 7 anos e idosos.

Soro: antiaracnídeo polivalente.

Aranha marrom

Família: Loxosceles (teia irregular, lembra algodão). Veneno proteolítico e hemolítico.

Sua picada causa dor; após 12/14h, inchaço; arroxeamento; mal estar; endurecimento do local; necrose; urina escura; letal para crianças menores de 7 anos e idosos.

Soro: antiaracnídeo polivalente; antiloxoscélico.

Aranha de grama ou tarântula

Família: Iycosa (não constroem teia). Veneno proteolítico.

Quando molestadas tendem a fugir. Sua picada causa dor pouco intensa no local, de curta durção.

Não há tratamento.

Aranha viúva negra

Família: Latrodectus (constroem teias).

Sintomas e tratamento: nenhum.

Aranha caranguejeira

Família: Lasidora (não constroem teias).

Sua picada causa dor no local.

Tratamento: anti-histamínico, via oral

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Escorpiões

Animais artrópodes escorpionídeos que possuem um agulhão através do qual é inoculada a peçonha.

Podem viver de 3 a 5 anos. São carnívoros, alimentam-se de animais vivos. Conseguem ficar até 1 ano sem se alimentarem. Tem pouca visão (mais sensoriais).

Sintomas: dor intensa no local logo após picadas (pode ser 1 ou mais), vontade de urinar, sudorese intensa, aumento da pressão arterial. Perigo para menores de 7 anos.

Soro: Titiyus Serrulatus - antiescorpiônico ou antiaracnídeo.

O veneno do Titiyus Bahiensis não é forte.

Cnidarismo

Acidentes causados por ação urticante e tóxica do veneno dos celenterados aquáticos (medusas, caravelas, água-viva). O animal inocula o veneno através de sua pele quando o animal é tocado.

Sintomas: ardência; sensação de alfinetadas; eritema; edema; coceira; aumento da temperatura local; flictema (bolhas).

Tratamento: aplicar água com glicerina, talco e amido;

Analgésico.

Himenopteismo

Acidentes causados por abelhas, vespas, marimbondos ou formigas. O veneno da abelha destrói glóbulos vermelhos.

Sintomas: dor intensa, eritema, edema; pessoas sensíveis: choque anafilático, urina escura.

Tratamento: retirar ferrões, compressa com mistura de sal, vinagre, álcool mentolado ou canforado.

Lepidopterismo

Acidentes causados por borboletas e lagartas.

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Sintomas: dermatite urticante; eritema; queimação; dor intensa imediata; em casos graves, formação de flictemas; conjuntivite (olhos); ulceração da córnea;

Tratamento: compressa com a mistura: amido, álcool mentolado, amônia, sal ou vinagre; analgésico.

Ictismo

Acidentes causados pelos ferrões ou ingestão de alguns peixes como bagre, moréia, arraia e outros.

Sintomas: dor intensa; eritema; edema local; sudorese; vômitos; intoxicação intensa; febre e desmaios.

Tratamento: Havendo feridas abertas nãosuturar. Anestésico (dor).

Frinoísmo

Acidentes causados pelo veneno do sapo (neurotóxico - violento para animais).

Sintomas: inflamação conjuntivite inflamação da córnea, cegueira.

Sobrevivência no Mar, Deserto e Gelo

Sobrevivência no mar

AMERISSAGEM (Pouso na água):

Coletes salva-vidas

Os vôos transoceânicos (além de 370 km do litoral) devem dispor de coletes salva-vidas (equipamento individual) e botes ou escorregadeiras barco (ou slide bote)(equipamento coletivo).

Vôos costeiros (até 370 km da costa) devem possuir assentos flutuantes e escorregadeiras simples.

Coletes salva-vidas: PARA PAX são localizados embaixo de cada poltrona (alguns extras em armários).

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PARA TRIPULANTES: cabine de comando: um para cada assento; COMISSÁRIOS: respectivas estações.

Possui duas câmaras de inflação (cada câmara suporta até 60 kg) com uma cápsula de ar comprimido para cada câmara (usar somente uma de imediato poupando a outra para emergências) e tubos de inflação por sopro (caso as cápsulas de ar comprimido não funcionem); luz sinalizadora, ativada pela água, dura aproximadamente 8 horas.

Uso: vestir coletes (ajustar na cintura e ombros – no caso de crianças, também entre as pernas) antes de se levantar dos assentos (ajustar cinto do colete). Inflar (puxando as cordas vermelhas para baixo OU usando os tubos de inflação) somente ao sair da aeronave, na soleira da porta. NUNCA INFLAR O COLETE SALVA-VIDAS DENTRO DA AERONAVE.

Assentos flutuantes: é o assento das poltronas de pax. Possuem placa de poliuretano rígido, duas tiras (ou alças) vermelhas para segurar.

Mesmo no bote (ou slide bote), sempre usar coletes.

Escorregadeira barco ou slide bote (pista dupla) pode ser usada como bote (quando a configuração permitir). São equipamentos auxiliares de evacuação coletiva. São feitas deborracha e neoprene. Ficam junto às portas (piso). Contém um cilindro de ar comprimido para inflar.

São equipadas com alças e degraus, toldo, montantes estruturais, faca flutuante, luzes localizadoras, bomba manual de inflação, corda com anel e salvamento, âncora, tira de amarração e kit de sobrevivência no mar.

Ao fechar a porta, conectar a barra de fixação no chão. Ao parar a aeronave, desconectar a barra de fixação (que é a responsável pela ativação automática da escorregadeira em caso de emergência). Caso a mesma não infle automaticamente, puxar a trava manualmente na parte inferior da porta.

A escorregadeira leva de 5 a 10 segundos para inflar totalmente. Só evacuar após infladacompletamente. Ao escorregar: não usar sapatos de salto e não fumar (risco de furar o scape-slide).

Para liberar a escorregadeira do avião: puxar o comando “for ditching only”. Usar faca (presa ao bote) para cortar a corda que liga a escorregadeira à aeronave.

Para desconectar uma escorregadeira de sua barra de fixação, deve-se: Levantar a dobra da saia de escorregadeira; Puxar o cabo desconector;

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Mesmo depois de desconectada, ela fica conectada à aeronave através de uma tira de amarração de 8 mts.

Cheque pré-vôo:

Verificar o manômetro do cilindro – posição FULL.

Barcos salva-vidas (botes)

Somente retirar do compartimento (teto da cabine) após aeronave parada completamente.

Devem ser levados para as saídas que estejamacima do nível da água.

Se um bote inflar dentro da aeronave, rasgar imediatamente as câmaras do bote.

Após abrir as portas, fixar o bote na aeronave.

Ao lançar no mar: segurar e puxar o comando manual de inflação.

O primeiro a entrar no bote deve ser umtripulante para orientar os demais.

Bote: Lotação do centro para bordas.

Escorregadeira-barco: Lotação da ponta para o início dela (lado mais próximo da aeronave).

A biruta d’água deve ser recolhida após lotação, pois pode ficar presa a destroços.

Ao inflar-se, o bote acende automaticamenteuma lâmpada na parte superior da câmara principal.

Cordas ou tiras de escape rápido: São de látex embebidas em neoprene.

Pouso no mar:

· Abrir a janela;

· Retirar a tira do compartimento;

· Levar a corda para fora e prender em uma argola que se localiza no extradorso da asa (usada como corrimão).

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Ação Imediata

· Manter-se afastado (não em excesso) da aeronave;

· Prestar primeiros socorros e ao mesmo tempo:

· Funcionar o rádio de emergência (Beacon) eter à mão todo o material de sinalização (foguetes pirotécnicos, corante marcador de mar, espelho sinalizador e lanternas);

· Ligar os botes entre si pelas cordas de salvamento.

· Evitar águas cobertas por combustível;

· Procurar imediatamente por desaparecidos;

· Manter náufragos juntos (aquecimento), sentados (mais pesados devem ficar ao centro);

· Armar toldo (usar estais amarras e montantes – todos devem participar) ou quebra-vento para evitar salpicos de água do mar, sol, chuva;

· O toldo tem um lado colorido (sinalização) e outro azul (captação de água de chuva e orvalho);

· Bombear câmaras quando necessário (devem ficar cheias, mas não esticadas como tambores);

· Verificar áreas de vazamento. Proteger bote de furos. Caso haja algum, usar bujões de vedação (reparos);

· Em dias quentes, deixe escapar um pouco de ar das câmaras (o ar tende a dilatar em dias quentes);

· Em dias frios, contrariamente, bombear bem o ar.

· Salvar tudo o que puder de equipamentos (rações, almofadas, estofamentos, vestimentas extras) e amarrar no bote.

· Proteger bússolas, fósforos, sinalização da umidade;

· Avaliar quantidade de água disponível – o mínimo necessário é de ½ litro.

· Entre botes deve ficar uma distância de 8 m.

· Aproximar os botes somente com o mar calmo.

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· Usar retinida caso encontre alguém ainda no mar.

Caso haja presença de tubarões, use repelente.

· Dividir o grupo em grupos de vigilância(turnos de 2h no máximo). Só não participam feridos e exaustos.

· Pelo menos 1 pessoa (recomenda-se 2) por vez.

· Se possível, aperfeiçoar curativos;

· Fechar laterais do toldo se tiver queda de temperatura;

· Não andar nos botes (movimentaçãosomente de joelhos ou sentados) nem sentar nas pontas.

· Utilizar a biruta d’água (serve como âncora);Mar agitado: reduzir a extensão para meiacorda.

· Conservar o fundo do bote seco (usar esponja desidratada);

· O balde de lona deve ser usado para recolher água da chuva, para guardar vísceras ou como sanitário.

· Se o número de náufragos passar da capacidade do bote (20), fazer rodízio (com coletes fora do bote).

· O bote é igual dos dois lados (não tem necessidade de endireitar)

Cuidados com a saúde

Enjôo de mar: balanço das águas. Não coma, nem beba, deite-se e mude a posição da cabeça. Se houver medicamento, tomar logo (prevenção).

Úlceras (feridas): Não esprema nem descasque. Utilizar pomada anti-séptica e manter o mais seca possível. Movimentar-sesempre para circular sangue.

Olhos doloridos: por causa dos raios e reflexos: usar óculos protetores, pedaços de pano/atadura. Pode-se umedecer algodão ou gaze na água do mar antes de fixar a atadura. Usar pomada oftálmica.

Prisão de ventre: Ocorre pela falta de água, alimento e exercícios. Não tomar laxantes. Fazer exercícios.

Dificuldade de urinar: ou urina escura (falta de água, suor, timidez). Passar mão a água pra relaxar.

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Distúrbios mentais: descanso, dormir. Tentar manter o bom humor.

Lábios: batom, manteiga de cacau óleo ou pomada.

Pânico, solidão e tédio. Fazer atividades que ocupem a cabeça. Não conversar muito se não tiver água (sede).

Queimadura pelo sol: conservar cobertos por uma aba improvisada. Usar pomada anti-séptica para evitar rachaduras.

Numa sobrevivência sem bote, a pessoa deve evitar movimentar-se, pois a energia gasta pode ser usada para manter o corpo aquecido. Manter-se abraçados.

Temperatura d’água menor que 33º já é prejudicial.

Menos de 27°: risco de morte;

Hipotermia:

· Retirar da água, sem trancos;

· Colocar em local protegido do frio;

· Tirar roupas molhadas e envolver em panos secos;

· Consciente: bebidas doces e quentes (exceto chá, café e álcool).

· Inconsciente: aplicar manobras de ressucitação.

Sinalização

Espelho: melhor sinalização em dias ensolarados.

Rádio de emergência: Beacon Rescue 99amarrá-lo ao bote e jogá-lo no mar (a bateria aciona com a água salgada após 5s e deixa de funcionar quando seca). A parte superior fica flutuando 17,5 cm fora d’água; Dura aprox. 48h– para parar o sinal coloque-o na horizontal;

Tem alcance de 12.000 m verticalmente e 450 km (250 NM) horizontalmente;

Cheque pré-vôo: integridade da embalagem; bateria (azul: ok / rosa: trocar bateria)

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Radiofarol modelo Locator (escorregadeira-bote):

Funciona seco-ativado. Alcance horizontal: 250 NM (460 Km), vertical 40.000 pés (13 Km): Dura até 48 h.

Artifícios pirotécnicos: segurar na posição horizontal, fora do barco; a favor do vento. Dia(lado fumaça): se ficar só na queima, mergulhar rapidamente para sair a fumaça. Noite: (lado fogos) cuidado com o bote.

Alcance de 50 km.

Corante marcador: usar quando se ouvir ruídos de outras aeronaves, amarrado ao bote, diurno, dura até 3h com maré tranquila. Alcance:

8 a 10 NM de distância e aprox. 3Km de altitude.

Sinais luminosos:

Existem lanternas de mão, luz salva-vidas (8h), luz bote (8-10h), lanterna acondicionada à água (recarrega-se após a 3ª hora com água), refletores no escape-slide.

Apito: para ser usado em nevoeiros, chamar outros botes mais distantes, pessoas na praia, etc.

Água

Mínimo para manter-se em forma: 500 ml/dia.

Quantidade mínima para sobreviver: 2 ml/dia.

Distribuição da água após o 1º dia:

Bom

suprimento Suprimento

limitado Suprimento

racionado 700 ml 525 ml 350 ml

· Se a água for insuficiente, beber tudo no 1º dia de uma só vez. Não comer demasiadamente se não houver água para ajudar na digestão;

· Não beber água salgada (nem mista com água doce).

· Não beber urina nem sangue de animais (só mastigar a carne);

· Evitar sudorese (proteja-se).

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Existem algumas formas de se conseguir água:aparelho destilador atuado pelo sol, água da chuva, sangue de aves, dessalgantes químicos(cada kit de sobrevivência tem 20 latas com 8 tabletes de nitrato de prata – cada tablete dessalga 500 ml de água – o processo deve durar 60 min.).

Alimentação

A ração é dividida em 5 recipientes que contém: 12 pacotes de caramelos, 6 chicletes 6 pílulas vitamínicas (1000 calorias cada);

Aves: esperar pousar e fechar asas para, após, capturá-las;

Mariscos presos em cascos de navios: não comer.

Pesca - Cuidados

Peixes grandes devem ser abatidos antes de trazidos para o bote.

Não coma vísceras ou ovas de peixes desconhecidos.

Peixes de carne venenosa vivem em águas profundas de lagunas ou recifes; a grande maioria é da família do baiacu;

A cobra quebra-pedra tem peçonha na musculatura.

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Tubarões são imprevisíveis. Mantenha a distância;

· Vista-se com roupas escuras;

· Evitar deixar mãos e pés fora d’água;

· Não atirar restos ou vísceras fora do bote;

· Abandone o peixe pescado se houver presença de tubarões próxima a ele (a caça se torna dele);

· Fique imóvel, quando na água;

· Use repelente;

· Se for nadar, não faça movimentos descontrolados;

· São vorazes, mas não são persistentes;

· Em caso de um ataque ao grupo, ficar juntos, de costas uns para os outros de forma a ficar atentos;

· Procurar atingi-lo na cabeça, guelras ou olhos.

· Repelentes de tubarões e sinalizador (pó)NÃO devem ser misturados, pois perdem a eficácia.

Natação

Costumamos flutuar por causa do ar do corpo e vestes. O importante é não se apavorar.

Dá para improvisar uma bóia com calças, folhas, poncho, cantis ou garrafas de refrigerante.

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Sobrevivência no deserto

Afastar-se para um local seguro;

Procurar ter uma visão de conjunto da situação: estado físico dos tripulantes e pax, local onde há possibilidade de abrigo natural, água e alimentos de que se dispõe e manter-se próximo ao local do acidente;

Os grandes problemas surgem fundamentalmente pela falta de água e sombra.

Abrigo

É possível improvisar com partes do avião, acessórios do equipamento de sobrevivência, ou ainda com materiais encontrados nas proximidades.

Durante o dia, deve-se utilizar somente a sombra do avião (dentro dele fica quente demais); prefira usá-lo a noite contra o frio e a chuva.

Sinalização

Natural: obtidos no meio ambiente ou criado na circunstância.

Fogueiras: de dia fumaça (usar folhas mais verdes), à noite: luz das chamas (material mais seco). Se houver poucos recursos para acender fogueiras, acender somente quando tiver sinal de algum avião Pode-se usar uma lata de combustível com areia para produzir fumaça.;

Carenagens da aeronave (reflete luz intensa de dia).

Outros: Rádio do avião, Rádio Beacon, pirotécnicos, espelho, apito, faróis do avião e lanternas.

Não fazer sinalização durante tempestades de areia.

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Água

É o principal problema, pois necessitamos de 2 a 3 vezes maior no deserto do que na selva, por exemplo.

· Colocar a água à sombra;

· Não beber durante as primeiras 24h (exceto feridos e doentes, ou na fartura da mesma);

· Manter-se à sombra;

· Tomar a água em pequenos goles;

· Se houver pouca água, usar para umedecer lábios.

· Havendo menos de 500 ml/dia não comer/fumar;

· Goma de mascar, botão ou outro pequeno objeto na boca ajuda a conservá-la úmida;

· Purifique toda água encontrada antes de beber;

· A água do orvalho (partes do avião, folhas) deve ser coletada de madrugada;

As palmeiras são o único indício seguro da existência de água. Deve-se escolher um ponto baixo nas proximidades e cavar.

Alimentação

· Pode-se viver muitos dias sem comer;

· Exceto para alimentos perecíveis, não coma durante as primeiras 24h.

· Pequenos animais podem ser encontrados principalmente perto de locais úmidos, oásis. Sua caça é mais fácil à noite.

· Aves podem ser encontradas em locais com água.

Só abra uma ração se for utilizar por completo, pois estraga muito facilmente.

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Fogo

· O meio pirotécnico de conseguir fogo só pode ser utilizado quando não se tem nenhum outro meio.

· Qualquer lente convexa acima dos 2 polegadas pode produzir faísca ao exposta ao sol;

· Faíscas elétricas (bateria do avião);

· O fogo deve ser protegido do vento, preferencialmente junto a uma rocha.

· Nunca derramar combustível num fogo já aceso. Use-o somente para iniciar uma fogueira (com cuidado);

· Evite fazer grandes fogueiras (mantê-las dá mais trabalho);

· Economize fósforos, isqueiros, combustíveis, etc. Utilize primeiro os meios alternativos.

Armadilhas

· Utilize laços, arapucas, etc.

· Monte armadilhas antes do entardecer;

· Os roedores são encontrados durante o dia nas respectivas tocas.

Vestuário

· Não se esqueça de cobrir a cabeça e percoço.

· A camisa deve ficar solta para se manter fresca;

· Durante tempestades, tapar boca e nariz;

Orientação

Somente em situações onde se tenha certeza de conhecer a localização e que o socorro se encontra a pouca distância.

Métodos: bússola, pontos cardeais, estrela polar, cruzeiro do sul

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Sobrevivência no gelo

Região Ártica: o gelo recobre terras e águas durante quase todo o ano;

Durante os meses de estio o sol não se põe, embora não se eleve muito alto;

Durante o inverno, o vento impossibilita a circulação.

Antártica: A temperatura é menor que a do Ártico. Devido a isso não existe bactérias, ferrugens, mofo.

Tipos de abrigo

Trincheira

Fácil de ser feita. É uma fenda cavada no chão com proteção (usa-se fuselagem, escape-slide, blocos de neve em “V” invertido, etc.). Cuidado para não deixar a frente do abrigo em direção ao vento.

Caverna na neve

É difícil de ser feita. Um túnel dentro da neve é construído e a saída é tampada. Cuidado com o monóxido de carbono que pode ser acumulado.

Iglu

Exige muita energia para ser construído. Blocos de gelo de 50x30x30 cm. Importante o gelo não derreter próximo á “cama”.

Obs: Em todo abrigo deve-se acender uma vela ou outra fonte de calor para manter a temperatura a pelo menos 0ºC. O teto tem que ser bem liso para não gotejar e possuir uma saída para a fumaça/calor excessivos e domonóxido de carbono.

Fogo

Com gordura animal (usando um pavio para acender), pode-se ter fogo e um bom sinalizador, uma vez que esse material tem boa luminosidade.

Água: consegue-se pelo derretimento do gelo. Cuidado com animais como o pinguim.

Alimento: provém da pesca, evitar pinguins.

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Congelamento

Ao sinal de flictemas, (diminuição de sangue em áreas que começam a ficar escuras ou gangrenas - morte dos tecidos), aquecer gradativamente o indivíduo, pois são estes sinais graves de congelamento.

Cegueira: o reflexo dos raios solares na neve branca pode causar dor ou até cegueira: usar óculos escuros.

Gretas ou fendas: Quando os sobreviventes tiverem que se deslocar sobre a neve deverão estar amarrados entre si e o homem-guia vistoriar o terreno à sua frente com uma vara p/ identificar rachaduras.

Sobrevivência na Selva

Ação imediata

· Manter-se afastado do avião até total esfriamento dos motores e evaporação do combustível;

· Prestar os primeiros socorros e, concomitantemente

· Colocar o rádio BEACON para funcionar, ter em mãos todo o material de sinalização;

· Providenciar abrigo temporário para todos;

· Fazer fogueira;

· Preparar bebidas quentes, principalmente no frio;

· Verificar o estado do rádio do avião e baterias;

· Descansar física e mentalmente;

· Organizar o acampamento, delegando ações;

· Juntar todo material combustível possível

· Descobrir animais e plantas comestíveis;

· Iniciar um diário para facilitar investigações;

· Se mantenha o mais limpo possível;

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· Construir uma fossa (para restos de alimentos) a pelo menos 700 m do acampamento e da fonte de água. O mesmo faça com a latrina (necessidades fisiológicas). Jogar terra toda vez que depositar lixo na fossa ou sobre os excrementos.

Deslocamentos na Selva

· E - ESTACIONE - fique parado, não ande à toa.

· S - SENTE-SE - para descansar e pensar.

· A - ALIMENTE-SE - saciando fome e sede.

· O - ORIENTE-SE - utilizando-se do processo que melhor se aplique à situação.

· N - NAVEGUE - desloque-se na direção selecionada.

A melhor forma de orientação é utilizar bússola, relógio o sol e os acidentes geográficos.

É muito importante saber onde está, para onde se vai ou onde permanecerá.

Determinação da direção: O este (leste) fica do lado onde nasce o sol. Se for à tarde, o sol se põe a Oeste.

Direção por estrelas

A Grande Ursa (ou Ursa Maior) ajuda a encontrar a estrela Polar – e esta indica o norte verdadeiro.

O Cruzeiro do Sul ajuda a encontrar o Pólo Sul: no sentido em que o cruzeiro aponta, somam-se 4 vezes e meia o seu próprio tamanho (tamanho da figura formada pelo cruzeiro) para se encontrar o sul verdadeiro.

Navegação é o nome dado para qualquer deslocamento guiado, seja ele em solo, água ou ar.

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O grupo que sai em busca de socorro (indica-se 4 pessoas) deve ser dividido em:

Homem-ponto: vai à frente, serve como ponto de referência, leva facão pra abrir a mata e uma vara;

Homem-bússola: fica logo atrás do homem-ponto indicando a direção a ser seguida;

Homem-passo: atrás do homem-bússola, conta os passos percorridos transformando-os em metros – a cada 100m, usando passos simples previamente medidos, este amarra uma fita no caminho demarcando o mesmo;

Homem-carta: conduz a carta (se houver) e ajuda na identificação de pontos de referência e anotando os que não constar.

Descansar durante a viagem. Não se afobe!

Monte o abrigo por volta das 15h, pois as 17 amata já estará totalmente escura.

Transposição de obstáculos

Rapel em

S

Ponte de uma

corda Ponte de

duas cordas

(ou falsa

baiana)

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Indígenas

· Costumam ser brincalhões, não tem malícia;

· Recompensá-los pelos favores, porém sem demasia;

· Não faça movimentos bruscos, não mostre armas;

· O português é conhecido pela maioria das tribos, tente aprender algumas palavras da língua deles;

· Não faça perguntas que possam ser respondidas por SIM ou NÃO;

· Não se ofenda com as brincadeiras, participe;

· Não demonstre asco pelos seus costumes.

Nº Mensagem Símbolo 1 Necessitamos assistência V

2 Necessitamos assistência

médica X

3 Não / negativo N 4 Sim / afirmativo Y 5 Avançando nesta direção (seta)

6 Necessitamos de alimento /

água F

7 Indique a direção a seguir K

Os sinais podem ser feitos de madeira, plástico ou sulcos na terra, em tamanho grande, para que aeronaves ou SAR (Serviço de busca e salvamento [Search and Rescue Service]) entendam os símbolos.

Obs.: pirotécnicos na selva devem ser direcionados a 45° da linha do horizonte e a favor do vento

Sinalização da aeronave SAR / Sobreviventes

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Observe a confirmação dos sinais (acima descritos) se foi entendido pela SAR.

Mensagem recebia e entendida: asas balançam lateralmente (dia ou noites de luar forte); à noite, com sinais verdes com lâmpadas ou pirotécnicos.

Mensagem recebia e NÃO entendida: girando em seu eixo vertical (ambos os sentidos); à noite, sinais em vermelho com lâmpadas ou pirotécnicos.

· O piloto pode fazer sinais de sim ou não com a própria aeronave.

IMPORTANTE: Quando o resgate for efetuado, aproximar curvado e em direção ao piloto ou co-piloto do helicóptero SAR.

Operação em terra do rádio Beacon

Resue 99: Remover fitas que seguram a antena;Desenrolar a linha do transmissor; Retirar o invólucro inferior; Adicionar líquido (exceto à base de álcool) até que a quantidade de líquido cubra os dois orifícios que ficam sob o receptáculo onde está alojada a bateria;Recolocar o invólucro inferior; Colocar o rádio numa pequena elevação, numa área mais descoberta.

Beacon mais moderno:

Desparafusar capa de segurança da chave no topo do transmissor;

Remover fita que segura a antena

Colocar transmissor numa área livre.

Frequências: 121,5 mHz (frequência civil - em VHF) e 243 mHz (frequência militar - em UHF).

Mantenha-se em alerta nos períodos internacionais de silêncio: dos 15 aos 18 e dos 45 aos 48 minutos (ocidente) e dos 00 aos 03 e dos 30 aos 33 (oriente) de cada hora cheia.

Pedido de socorro via rádio: “MAY DAY”.

Abrigos

Não acampar em lugares inclinados demais;

Não construir abrigos debaixo de grandes árvores, coqueiros ou castanheiras;

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Escolha um local elevado, afastado de pântanos e charcos, próximos de rios riachos ou igarapés;

Limpar terreno antes da construção do abrigo;

Fazer uma “calha” em volta do abrigo para achuva, caso aconteça, flua e não entre no abrigo.

Passar fogo nas palhas para espantar carrapatos.

Tipos de abrigos

Tarimba: Cama feita de estacas de varas, construída distante do chão - suspensa. Folhas cobrem o estrado;

Rede: pode-se fazer um mosqueteiro para proteção;

Barraca: Faça grandes barracas para abrigar maior número de pessoas e para gastar menos material;

Rabo de Jacu: Sobre duas estacas verticais, coloque uma na horizontal e cubra com folhas de palmeiras sobrepostas. É um tipo de abrigo provisório;

Tapiri: Um abrigo mais elaborado. Pode ser construído com uma parte suspensa (proteção para enxurradas). Existem vários tipos: simples, de cozinha, duas águas, uma água, etc.;

Rabo de mutum: Dois troncos verticais que sustentam uma rede e um “teto” de folhagens;

Japá (suspensa, com teto de palha / mais elaborada);

Japá tipo túnel (sem suspensão).

· Os tipos tapiri ou rabo de jacu devem ser construídos para proteger alimentos e fogueira, pois suspendem o material evitando estragos (chuva);

· Não construir fogueira em abrigos (para dormir), pois atraem animais perigosos.

Água

Onde encontrar água

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· Pela chuva (utilizar pano, bambu, etc.): ferva;

· Se turva, filtrar a água com um pano limpo;

· No pé de rochedos (+ fria = + pura);

· Terreno argiloso, arenoso, lamacento ou barroso: cave de 1 a 1 ½ m em terras úmidas;

· Rios, igarapés, riachos, lagoas, mananciais, brejos, nascentes: Recolha a água do fundo. Demarcar locais para recolher água para cozinha, banho, etc.;

· Plantas e frutos: não necessita tratamento;

· Cipós com casca grossa contêm seiva.

· A água do bambu verde é meio-amarga mas não é perigosa.

· Cocos: prefira os meio verdes;

· Palmeiras (ou árvores da providência) são boas fontes de água (e também de alimento).

· Trilhas de animais: indicam lugares onde há água;

Métodos de purificação

Fervura: mínimo de 1 minuto;

Purificador do kit de sobrevivência: Colocar 1 comprimido em cada litro de água e deixar descansar por 30 min.;

Tintura de iodo: 8 gotas/litro d’água, aguardar 30 min.

Alimentação

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Dividir toda provisão em 3 partes. As duas primeiras partes serão consumidas na primeira metade do tempo de espera calculado. A outra terça parte será consumida na outra metade do período calculado.

Aqueles que saem em busca de socorro devem receber o dobro da provisão com relação aos demais.

São melhores quando se tem pouca água: os alimentos ricos em carboidratos(hidrocarbonetos) como balas, confeitos e frutas.

Para assegurar a energia

Proteínas (animal): o mínimo recomendado é de 90g/dia. Se houver pouca água coma pouca proteína.

Carboidratos (vegetal): alimentar-se com abundância;

Lipídeos (vegetal ou animal): evite comer muito, pois pode provocar disfunções intestinais ou estomacais.

Os animais, em sua maioria, podem ser comidos assim que abatidos, mas não coma sapos.

Sapos Rãs 4 dedos 5 dedos

Duas mossas sobre a cabeça e patas dianteiras

Seu refúgio é a água Perna mais escura e

esguia Pode comer

excluindo-se a cabeça

Não coma animais encontrados mortos;

Não coma alimentos sem prová-los. Cozinhe-os, coloque na boca e mastigue durante 5 min. Poderá ser consumido se o paladar não amargar ou causar náuseas.

Evite comer: CAL (cabeludos, amargos eleitosos);

No geral, o que os animais (aves e macacos) comem pode ser comido.

Cozinhar: facilita a digestão e diminui as chances de intoxicação (exceto em cogumelos – evite-os).

Nenhuma espécie de gramínea á venenosa.

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A mandioca brava (ou amarga) é venenosa; cozinhe muito bem qualquer mandioca (difícil identificação).

Todo alimento rico em amido deve ser cozido, assado ou frito, pois cru é indigesto.

Insetos comestíveis: escaravelhos, cupins, gafanhotos e grilos.

Caça

A melhor hora para caçar é de manhã ou fim de tarde;

Ao caçar, o sobrevivente deve esconder-se de forma que o animal não o fareje, deve esperar que a caça se aproxime.

Peixes perigosos

Devem ser evitados por serem considerados perigosos quando ingeridos: acaju, arraia, poraquê, baiacu, bagres ou mandis, piranhas (branca, preta e vermelha), arraias de rio, candirus, pirarara.

Preparo de alimentos

Moquém: grade geralmente de bambu, a 50 cmdo fogo.

Moquém móvel: tripé de aprox. 1,20 m, feito de madeira com uma grade amarrada por estacas horizontais a 40 cm (1/3 de seu tamanho) do fogo.

Vestuário

Priorizar agasalhos no momento da evacuação.

Cobrir todo o corpo para própria proteção.

Obs.: Formigas (combater com gasolina ou fogo); Mutucas (as larvas penetram na pele, causam inchações e bolhas – deverão ser mortas comprimindo-se com as unhas dos polegares – trata-se com óleo várias vezes ao dia); Sanguessugas (a sucção delas pode causar úlcera – para se livrar: aplicar um pouco de sal ou tocar com fósforo aceso ou ponta de cigarro); Carrapatos (tirar apanhando-se entre o fio de unha e o polegar – nunca achatá-los contra a pele, pois o carrapato pode estar cheio de germes de uma febre mortal).