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Ano XVI Nº 4698 Segunda-feira 16/Novembro/2015 Editor: Refinaldo Chilengue Primeiro jornal ilustrado transmitido por FAX, E-mail e entregue por estafeta no endereço desejado (só cidade de Maputo), de 2ª a 6ª-feira. Propriedade da SOJORNAL Sociedade Jornalística, Avenida Filipe Samuel Magaia, 528-3º Flat 6, Maputo Moçambique - C.P. 1756 E-Mail: [email protected] – Tel.: Redacção: 21305322/3 - Editor: 21305326 - Fax: 21305321/8 Os artigos de opinião inseridos nesta edição são da inteira responsabilidade dos respectivos autores e não reflectem necessariamente o ponto de vista nem a linha editorial deste jornal FUNDADO EM 10 DE FEVEREIRO DE 1997 Correio da manhã Publicidade PREVISÃO DO TEMPO MAPUTO Segunda-feira Máxima 22– Mínima 16 Terça-feira Máxima 30– Mínima 23 Quarta-feira Máxima 29– Mínima 19 Quinta-feira Máxima 27– Mínima 20 Fonte: Canal do tempo Cont. na pág. 2 Cm Frase: “… Como um dinossauro às portas da morte que repousa na lama, a linguagem pere- ceu”. JM Coetzee (1940), escritor sul- -africano, Nobel da Literatura 2003 A Confederação das As- sociações Económicas de Moçambique (CTA) afirma estar a defender a circulação no país de vaci- nas e produtos biológicos de qualidade e legalmente reconhecidos para melho- rarem a vida da população moçambicana. Na sua contribuição para o enriquecimento do pro- jecto de Lei dos Medica- mentos que está na forja pelo Ministério da Saúde (MISAU), a CTA congratula- -se com o novo dispositivo legal, porque vai contribuir para o melhoramento do acesso da população aos cuidados de saúde em condições de equidade, fomentar o uso racional dos medicamentos, vacinas e dos produtos biológicos e de saúde, para além de garantir a qualidade dos produtos farmacêuticos de modo a que “só circulem no país os legalmente reconhecidos”. A proposta deste novo instrumento normativo, a cuja cópia o Correio da manhã teve acesso, subli- nha haver “necessidade e urgência no estabele- cimento de um quadro jurídico actualizado e eficaz em consonância com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS)”. (F. Saveca) A CIRCULAREM NO PAÍS E LEGALMENTE RECONHECIDOS EDSON ARANTE C om o Natal e o fim do ano � vista, que tradi- � vista, que tradi- , que tradi- cionalmente resultam no aumento da demanda de bens e consequente subi- da de preços, o Banco de Moçambique (BM) alerta ao sector privado para se COM O NATAL E FIM DO ANO À PORTA BM perspectiva “festas difíceis” Apesar de um futuro risonho a médio prazo com o início das exportações do gás natural, os moçambicanos devem-se preparar para tempos difíceis nos próximos dias de acordo com projecções de entendidos em macroeconomia para controlar o rápido disparo de preços”. A incapacidade deve-se a problemas de liquidez, CTA quer vacinas e produtos biológicos de qualidade preparar para um “período de festas difícil”, porque “o Governo está falido”. O BM revela que é actual- é actual- actual- mente “incapaz de intervir

BM perspectiva “festas difíceis”

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Apesar de um futuro risonho a médio prazo com o início das exportações do gás natural, os moçambicanos devem-se preparar para tempos difíceis nos próximos dias – de acordo com projecções de entendidos em macroeconomia.

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Page 1: BM perspectiva “festas difíceis”

Ano XVINº 4698Segunda-feira16/Novembro/2015

Editor: Refinaldo Chilengue

Primeiro jornal ilustrado transmitido por FAX, E-mail e entregue por estafeta no endereço desejado (só cidade de Maputo), de 2ª a 6ª-feira. Propriedade da SOJORNAL Sociedade Jornalística, Avenida Filipe Samuel Magaia, 528-3º Flat 6, Maputo Moçambique - C.P. 1756

E-Mail: [email protected] – Tel.: Redacção: 21305322/3 - Editor: 21305326 - Fax: 21305321/8 Os artigos de opinião inseridos nesta edição são da inteira responsabilidade dos respectivos autores e não reflectem necessariamente o ponto de vista nem a linha editorial deste jornal

FUNDADO EM 10 DE FEVEREIRO DE 1997

Correioda manhã

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PREVISÃO DO TEMPO

MAPUTOSegunda-feiraMáxima 22– Mínima 16Terça-feiraMáxima 30– Mínima 23Quarta-feiraMáxima 29– Mínima 19Quinta-feiraMáxima 27– Mínima 20Fonte: Canal do tempo

Cont. na pág. 2

Cm

Frase:“… Como um dinossauro às portas da morte que repousa na lama, a linguagem pere-ceu”.‒ JM Coetzee (1940), escritor sul--africano, Nobel da Literatura 2003

A Confederação das As-sociações Económicas

de Moçambique (CTA) afirma estar a defender a circulação no país de vaci-nas e produtos biológicos de qualidade e legalmente

reconhecidos para melho-rarem a vida da população moçambicana.

Na sua contribuição para o enriquecimento do pro-jecto de Lei dos Medica-mentos que está na forja

pelo Ministério da Saúde (MISAU), a CTA congratula--se com o novo dispositivo legal, porque vai contribuir para o melhoramento do acesso da população aos cuidados de saúde em condições de equidade, fomentar o uso racional dos medicamentos, vacinas e dos produtos biológicos e de saúde, para além de garantir a qualidade dos produtos farmacêuticos de modo a que “só circulem

no país os legalmente reconhecidos”.

A proposta deste novo instrumento normativo, a cuja cópia o Correio da manhã teve acesso, subli-nha haver “necessidade e urgência no estabele-cimento de um quadro jurídico actualizado e eficaz em consonância com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS)”.

(F. Saveca)

A CIRCULAREM NO PAÍS E LEGALMENTE RECONHECIDOS

EDSON ARANTE

Com o Natal e o fim do ano � vista, que tradi-� vista, que tradi-, que tradi-

cionalmente resultam no

aumento da demanda de bens e consequente subi-da de preços, o Banco de Moçambique (BM) alerta ao sector privado para se

COM O NATAL E FIM DO ANO À PORTA

BM perspectiva “festas difíceis” Apesar de um futuro risonho a médio prazo com o início das exportações do gás natural, os moçambicanos devem-se preparar para tempos difíceis nos próximos dias – de acordo com projecções de entendidos em macroeconomia

para controlar o rápido disparo de preços”.

A incapacidade deve-se a problemas de liquidez,

CTA quer vacinas e produtos biológicos de qualidade

preparar para um “período de festas difícil”, porque “o Governo está falido”.

O BM revela que é actual-é actual- actual-mente “incapaz de intervir

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Segunda-feira 16/11/2015 2 Correio da manhã Nº 4698

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referindo que normalmente Moçambique mantém mais ou menos USD 3 biliões em reservas internacionais, mas este ano esse número “será substancialmente menor”.

Níveis reduzidos de Inves-timento Directo Estrangeiro (IDE), causados pela instabi-lidade política, a rápida queda dos preços das commodities de maior valor de exportação (alumínio e carvão), o forta-lecimento do USD e tempos

económicos difíceis enfrenta-dos pelo BRIC ‒ Brasil, Rús-sia, Índia e China ‒, que afec-tam a economia mundial, são outras razões para o sufoco dos moçambicanos, segundo Carlos Matos, economista ao serviço do programa norte--americano SPEED.

Principais razões da falência

Na óptica de Carlos Matos, existe uma lista das causas

fundamentais para a falência do Estado moçambicano, a saber:

chuvas que caíram no início deste ano que afectaram as províncias de Zambézia e Nampula, principalmente, que ficaram 45 dias sem energia e exigiram intervenções de emergência do Estado;

pagamento do saldo de reembolsos do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) ao sector privado;

pagamento de subsídios de combustível;

rescaldo inquinado das elei-ções gerais de 2014;

má gestão de recursos financeiros do Estado.

Refira-se que, para aliviar a situação, o Governo recorreu

recentemente a um emprés-timo de emergência no valor de USD 286 milhões do Fun-do Monetário Internacional (FMI). Este valor, embora útil, é suficiente apenas para cobrir o serviço da dívida do Governo, refere aquele economista ao serviço do SPEED, acrescentando que isso significa que “Moçam-bique está a pagar uma dívida através de uma nova dívida”.

Contudo, Carlos Matos vati-cinou que a médio e/ou longo prazo o cenário económico de Moçambique é optimista, devido ao arranque das expor-tações do gás natural, mas a curto prazo “os moçambica-nos devem-se preparar para tempos difíceis”.

BM perspectiva “festas difíceis”

A Confederação das Associações Económicas de Moçam-bique (CTA) e a organização EMRC Internacional estão

a preparar uma nova edição do fórum “Africa Finance & Investment Forum (AFIF)”, a decorrer na Cidade do Cabo, África do Sul, precedida por uma formação pré-fórum sobre empreendedorismo.

O evento é co-organizado pelo Banco Europeu de Inves-timento (BEI), Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP), German Development Finance Institution e Rabobank, em parceria com o Old Mutual Investment Group, AFREXIMBANK, ECOWAS-TEN, agência Pfizer e BlueCloud do Reino Unido, bem como pelo Banco Islâmico de Desenvol-vimento (BID) e Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial (IFC).

(F. Saveca)

A DECORRER NA CIDADE DO CABO

Em preparação fórum AFIF

Teve lugar esta quinta-feira, 12 de Novembro, em Maputo, a 2.ª gala anual de angariação de fundos promovida pela

Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), com vista � reabilitação e ampliação de uma escola para crianças com necessidades educativas especiais, localizada em Maputo.

O projecto social, pertencente � CERCI – Associação de Pais de Crianças com Necessidades Especiais, conseguiu obter da primeira gala USD 1.770.00l, montante que tornou possível o arranque das obras, cuja conclusão está prevista para Março de 2016.

(Redacção)

PARA REABILITAR E AMPLIAR UMA ESCOLA DE MAPUTO

MPDC angaria fundos

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Segunda-feira 16/11/2015 5 Correio da manhã Nº 4698

POLÍTICA & OPINIÃOPublicidade

Cont. na pág. 6

Visita à RAS! Paz, desenvolvimento económico e social!

Os últimos desenvolvimen-tos da crise política em

Moçambique mostram sinais de uma aposta “num con-fronto e numa solução mi-litar”, mantendo o país numa situação “crítica e delicada”, entendem proeminentez poli-tólogos moçambicanos.

A incerteza em relação � estabilidade em Moçambique acentuou-se nas últimas sema-nas, depois de o líder da Rena-mo, Afonso Dhlakama, ter-se remetido ao silêncio desde o dia 09 de Outubro, na sequência do cerco, desarmamento e de-tenção, por algumas horas, da sua guarda, na sua residência na Beira, centro do país.

“Há sinais que favorecem a leitura de que se aposta na solução militar. O aconteci-mento na Beira, os ataques �s caravanas do líder da Re-namo e as movimentações de meios militares dão indicações nessa direção”, afirmou João Pereira, professor de Ciência Política na Universidade Edu-ardo Mondlane (UEM).

A via militar, assinalou o aca-démico, não poderá resolver a crise, pois a Renamo e o seu braço armado contam com uma base social alargada, as forças de defesa e segurança não têm capacidade para der-rotar uma guerrilha em todo o território e a situação económi-ca do país não aguenta uma nova guerra por muito tempo.

“O ‘Nó Górdio’” [operação militar do regime colonial portu-guês] não derrotou a guerrilha da Frelimo [Frente de Liberta-ção de Moçambique], a Frelimo não venceu a Renamo duran-te os 16 anos de guerra civil e não me parece que consiga agora”, frisou João Pereira.

Para o académico, há alas na Frelimo, partido no poder, que se sentem tentadas a enveredar pela via militar, porque se recusam a acei-tar cedências � Renamo e por parte do movimento de oposição há sectores que também entendem que este é o momento para ver as suas reivindicações acomodadas.

“A actual disputa tem mais um cariz patrimonial por parte de alas dos dois parti-dos - do lado da Frelimo, há interesse em manter privi-légios e do lado da Renamo em ascender aos benefícios dos recursos”, destacou.

Na opinião do politólogo, o Presidente moçambicano, Fili-pe Nyusi, deve resolver rapida-mente a situação, apostando no diálogo com a Renamo, porque, nos próximos tempos, poderá ter de gerir uma situação social complicada, devido � tendên-cia de aumento da inflação, retração dos investimentos e abrandamento da economia.

Por seu turno, José Macua-na, também docente de Ciên-cia Política na UEM, defende

PARA RESOLVER A ACTUAL CRISE POLÍTICA EM MOÇAMBIQUE

Há sinais de aposta na solução militarpelo lado técnico”, acrescen-tou Macuana.

Sobre a exigência da Rena-mo de apenas aceitar o diálogo sob presença de mediadores internacionais, o politólogo defende que esse tipo de inter-venção não será solução sem vontade política.

“Podem chamar-se quantos mediadores quiserem, mas se não existir essa vontade, que é básica, não vai ajudar em nada, já se fez isso antes e não deu em nada”, enfatizou.

Entre Setembro registaram-se dois incidentes entre a guarda de Dhlakama e as forças de defesa e segurança em Manica, a que se somou cerco � sua residência na Beira a 09 de Outubro.

Ainda no quadro da actual crise, têm sido reportados confrontos nos distritos de Tsangano, província de Tete, Gorongosa, província de So-fala, e Morrumbala, província da Zambézia, centro do país.

(Redacção)

que os recentes acontecimen-tos apontam para uma aposta no “confronto” e contradizem as declarações de compromis-so com a paz dos principais líderes políticos.

“É um momento crítico em termos de estabilidade e, acima de tudo, em termos da ambiguidade com que este assunto está a ser visto pelos actores envolvidos, porque dizem que vai haver um diá-logo e depois dizem que não se encontram para poderem conversar”, apontou.

O académico referia-se �s declarações na semana pas-sada de Nyusi de que está disponível para conversar com Dhlakama, mas não o encontra.

“Parece faltar um rumo claro sob o ponto de vista de solução da crise, não se está a fazer a política num sentido benigno do termo, porque eu assumo que a política é uma forma de resolver problemas, porque se não fosse, iriamos

de: Adelino BuqueReflexão (274)

A visita recente de Estado à África do Sul do Presi-dente Filipe Jacinto Nyusi tinha uma carga forte

das componentes paz, economia e sociedade.São componentes indissociáveis na perspectiva de

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Segunda-feira 16/11/2015 6 Correio da manhã Nº 4698

OPINIÃO

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um país que procura o seu rumo para a satisfação das necessidades do seu povo no grande combate à pobreza, rumo à prosperidade.

Em diversas ocasiões o Presidente da República di-zia que “não há sucesso económico sem paz”. No encontro com a comunidade moçambicana residente naquele país, esta frase teve maior repercussão, por-que foram os próprios moçambicanos que pediram que a paz fosse efectiva.

Energia no topo da agendaQuando se trata de cooperação com a África do

Sul, a questão da energia está sempre em cima da mesa. Recorde-se que a África do Sul é o principal consumidor da energia da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). Ainda assim, o défice de energia na-quele país é notório na sua indústria, quer mineira, que constitui o principal pilar da economia, quer a transformadora e de agro-processamento, incluindo o uso doméstico. Apesar de usar outras alternativas de produção de energia, nesta vertente, interessa a Moçambique um compromisso sobre a utilização da energia de Mpanda Nkuwa de forma a se mobilizar recursos com garantias de retorno e quem pode garantir a utilização desta energia é, sem dúvida, a África do Sul, apesar do défice do Malaui, Zâmbia e Zimbabué na região.

Apesar da influência que a energia tem nas nos-sas relações comerciais, outros interesses emergem nesta cooperação: são os casos da agricultura e agro-processamento, dos transportes, quer rodovi-ário quer o tradicional ferroviário, trocas comerciais e infra-estruturas relacionadas com o transporte de gás e não só.

Na perspectiva de dar maior dinamismo a esta

cooperação, os dois países instituíram o Fórum Em-presarial que poderá reunir empresários dos dois países acompanhando a dinâmica empreendida pela Comissão Binacional.

De acordo com fontes do Governo, os dois países instituíram a Comissão Binacional com o objectivo de trazer maior aproximação entre os governantes dos dois países, entre os empresá-rios dos dois lados, facilitar os mecanismos de tomada de decisão e o consequente monitora-mento das mesmas.

De acordo com as mesmas fontes, este fórum irá reunir-se uma vez por ano ao mais alto nível e de forma semestral ou outra entre os ministros para resolverem questões específicas. Trata-se de uma nova abordagem nas relações entre os dois estados com o advento do novo ciclo de governação.

Governo surpreende pela positiva a comuni-dade na RAS

Como vem sendo hábito, o Chefe do Estado quando visita um país reúne-se com a comunidade moçam-bicana ali residente. A África do Sul não foi excepção à regra. Na ocasião, o representante da comunidade procedeu à leitura de uma mensagem por ocasião da visita do Chefe do Estado que, na opinião de Fi-lipe Nyusi, não espelhava as reais preocupações da comunidade ali residente.

Recorde-se que o Presidente da República já con-viveu com aquela comunidade durante a campanha eleitoral e tomou nota das suas preocupações. Filipe Nyusi abriu espaço para que, querendo, cinco compatriotas apresentassem as suas preo-cupações.

Os presentes não se fizeram de rogados. Apresentaram-se oito. Ainda assim, Filipe Nyusi permitiu que todos eles falassem. Uma nota in-

Visita à RAS! Paz, desenvolvimento económico e social!

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Segunda-feira 16/11/2015 7 Correio da manhã Nº 4698

OPINIÃO & DIVULGAÇÃOPublicidade

Correio da manhã Preencha este cupão de assinatura e devolva-o através do fax 21305328 MaputoSIM, desejo assinar o Correio da manhã, por fax ou e-mail, por um período de ----------------------- meses. Assinatura mensal Instituições: USD35; Embaixadas ou ONG estrangeiras USD50. O valor pode ser pago em METICAIS, EURO ou ZAR, ao câmbio oficial do dia da assinatura do contrato.O pagamento pode também ser efectuado através de depósito bancário nas contas abertas em nome da SOJORNALNome/Entidade: ......................................................................................................................................................................................Morada: .........................................................................................................................Telefone: ......................................................... ____ / ____ /2015 ............................................................................................... Fax:................................................................. Assinatura

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS REGISTADOS NO DIA 16 DE NOVEMBRO

Dia Internacional para a Tolerância1933 - Os EUA estabelecem relações diplomáticas com a URSS.1945 – É fundada a Organização das Nações Unidas para a

Educação, Ciência e Cultura – UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization)

1964 - O Comité de Libertação da OUA reconhece o MPLA a aprova o apoio ao movimento.

1973 - A Assembleia Geral da ONU aprova o convite à recém--formada República da Guiné-Bissau para participar na III Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

2000 - O presidente dos EUA Bill Clinton visita o Vietname.

EFEMÉRIDES

teressante nos intervenientes foi o facto de Filipe Nyusi ter chamado a atenção a um interveniente por falar em nome do partido e fazer vivas a Fre-limo. Nyusi chamou atenção para a possibilidade de existirem pessoas que não sejam da Frelimo, considerando que se tratava de um encontro com o Chefe de Estado, situação que não se repetiu. Uma das intervenientes solicitou um encontro com o Presidente da Frelimo que foi prontamente aceite para uma ocasião futura.

As inquietações dos residentes na África do Sul in-cidiam sobre o visto de visita que, na opinião destes, deveria passar de 30 para 90 dias de validade. Este assunto tinha sido tratado no encontro Binacional e, de facto, com efeito a partir de 2016, o visto de visita passa a ter validade de noventa dias. Quando esta boa nova foi anunciada pelo Chefe de Estado a sala vibrou de satisfação.

De seguida alguns dos presentes no encontro queixaram-se da abolição do documento de emer-gência com efeitos a partir deste Novembro e, na sua opinião, alguns cidadãos que forem de férias poderão ter dificuldades de regressar. A este propósito, o Go-verno respondeu que a abolição deste instrumento não é decisão da África do Sul, mas sim do sistema de migração das Nações Unidas. Outros queixaram-se da falta de documentos, o que faz com que algumas crianças interrompam as aulas nas escolas, entre outros.

Muitas preocupações apresentadas pelos residentes na África do Sul tinham sido já abordadas de uma ou de outra forma na reunião binacional, o que, de

certa forma, foi uma surpresa agradável para aquele grupo.

Devo realçar aqui a decisão de as fronteiras passa-rem a funcionar 24 horas por dia a partir de 2016; a revisão da atitude da Polícia, quer aduaneira quer de trânsito em relação aos residentes naquele país, com destaque para os mineiros que, segundo eles, são maltratados no seu próprio país.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Baloi, recordou aos presentes que em Dezembro terão a oportunidade de avaliar o que foi reali-zado e o que falta realizar no quadro da matriz produzida.

Esta visita de Estado mostra que o Governo passou a preocupar-se mais com questões de índole social; preocupar-se com as pessoas e como vivem, para além das questões meramente de Estado e da economia. Esta nova forma de diplomacia fortalece a cidadania e foi notória a satisfação, quer dos empresários quer dos cidadãos moçambicanos residentes naquele país. Caso para dizer que a paz, desenvolvimento económico e social dominaram a vista de Filipe Nyusi à RAS.

Visita à RAS! Paz, desenvolvimento económico e social!

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