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BO LE TIM EDITORIAL Junho | 2018 POR SERGIO CIMERMAN, PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA Um novo marco para a SBI Nesse Bolem SBI, você verá com exclusividade a inauguração da nova sede própria da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Mais que um evento, isso representa um marco para todos os sócios da SBI. Esse será um espaço para colocar em foco a Infectologia e os rumos da nossa especialidade em todo o Brasil. Nossa sede própria foi uma conquista coleva, sem dúvida. Vale lembrar que levamos 38 anos até conseguirmos inaugurar esta sede. Precisamos, sim, comemorarmos juntos, o fruto de muitas gestões e realização de um sonho em conjunto. Para chegarmos nesse resultado, vemos um grande empenho dos sócios e invesmentos significavos para adquirirmos nossa nova casa. Com isso, mostramos mais uma vez que a SBI vem se mostrando uma endade muito bem-sucedida. Temos honra e orgulho especial em angirmos um patamar diferenciado. Hoje, os milhares de infectologistas de todo o Brasil podem (e devem) contar cada vez mais com a nossa sociedade, agora, agregadora em sua própria casa. Em paralelo, nosso trabalho é constante e ainda mais intenso. Fazemos parcerias nacionais e internacionais, realizamos importantes eventos, programa de educação connuada e uma parcipação ava nos comitês em temas emergentes. Além disso, atuamos bastante na mídia espontânea, redes sociais entre outros projetos. Tudo isso expressa nossa conscienzação social a fim de ampliar a divulgação de informações sobre Infectologia, além de uma atuação expressiva e marcante na área de saúde. Um abraço, Sergio Cimerman

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BOLETIM

EDITORIAL

Junho | 2018

Por Sergio Cimerman, PreSidenteda SoCiedade BraSileira de infeCtologia

Um novo marco para a SBi

Nesse Boletim SBI, você verá com exclusividade a inauguração da nova sede própria da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Mais que um evento, isso representa um marco para todos os sócios da SBI. Esse será um espaço para colocar em foco a Infectologia e os rumos da nossa especialidade em todo o Brasil.

Nossa sede própria foi uma conquista coletiva, sem dúvida. Vale lembrar que levamos 38 anos até conseguirmos inaugurar esta sede. Precisamos, sim, comemorarmos juntos, o fruto de muitas gestões e realização de um sonho em conjunto. Para chegarmos nesse resultado, tivemos um grande empenho dos sócios e investimentos significativos para adquirirmos nossa nova casa.

Com isso, mostramos mais uma vez que a SBI vem se mostrando uma entidade muito bem-sucedida. Temos honra e orgulho especial em atingirmos um patamar diferenciado. Hoje, os milhares de infectologistas de todo o Brasil podem (e devem) contar cada vez mais com a nossa sociedade, agora, agregadora em sua própria casa.

Em paralelo, nosso trabalho é constante e ainda mais intenso. Fazemos parcerias nacionais e internacionais, realizamos importantes eventos, programa de educação continuada e uma participação ativa nos comitês em temas emergentes. Além disso, atuamos bastante na mídia espontânea, redes sociais entre outros projetos. Tudo isso expressa nossa conscientização social a fim de ampliar a divulgação de informações sobre Infectologia, além de uma atuação expressiva e marcante na área de saúde.

Um abraço,Sergio Cimerman

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Quais os principais desafios para Infectologia brasileira hoje?

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Palavra do leItor

SBI EM PAUTA

“A especialidade tem ganhado mais e mais visibilidade e importância. Dentre os principais desafios que destacaria, a crescente resistência do microorganismos aos antimicrobianos, seja no ambiente hospitalar (bactérias e fungos) ou nas infecções adquiridas na comunidade, por exemplo o S. aureus resistente à meticilina adquirido na comunidade, tuberculose multi e extensivamente resistentes entre outros. A adesão ao tratamento antirretroviral para o HIV/aids. Como temos esquemas cada vez mais seguros e acessíveis, sem dúvida alguma o diagnóstico precoce e o uso regular das medicações/supressão da carga viral é um dos nossos maiores desafios. Por fim, atrair médicos para a especialidade e garantir uma boa formação aos infectologistas é um desafio constante e deve ser prioridade na agenda das instituições formadoras e da SBI e suas federadas”.Valdes Bollela (SP)

“Falta muita capacitação, qualificação e melhores diagnósticos em pacientes mais complicados especialmente. O acesso a novas tecnologias e tratamentos também nos desafia todos os dias. Além disso, temos que observar com mais atenção para os serviços de controle de infecção hospitalar, os quais deveriam ser aprimorados e também cabe a nos mostrarmos o quanto pode ser custo-efetivo. Temos que atuar com gestão e focar na Infectologia e no papel que exercemos em vários serviços de saúde”.Jamile Sardi Perozin (Pr)

“Abordar melhor o tratamento de bactérias multirresistentes, a infecção pelo HIV e todas as outras infecções sexualmente transmissíveis como sífilis, gonorreia, clamídia etc. Além disso, é muito importante a gente se agregar mais, participar cada vez mais de eventos e ter mais contrapartidas, em especial para os novos médicos que estão chegando para a SBI”.fabiana Bahia (Ba)

“No momento atual, a negligência com questão com a imunização, com o ressurgimento de doenças antes erradicadas, como sarampo e poliomielite. Temos que ver questões maiores como as doenças tropicais, além de arboviroses e sobretudo a questão priorizar saneamento básico, que é um desafio, principalmente na região amazônica”.Solange dourado (am)

“O desafio da Infectologia é, sobretudo, lidar com arboviroses e suas complicações, em especial zika e Chikungunya. Muitos pacientes ainda morrem e não são diagnosticados e agora temos muitos em fase crônica. Ainda não temos formas de controlar nem conseguimos prever epidemias, mas é muito importante que tenhamos mais redes capacitadas de atendimento para captar casos e evitar mortes. Importante que o infectologista seja referência nesses serviços, já que existem muitos outros clínicos envolvidos e nosso papel é muito importante”.dalcy albuquerque (df)

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Prezados associados,Seguem os resumos de alguns artigos recentemente aceitos para publicação no Brazilian Journal of Infectious Diseases. O BJID vem recebendo um número expressivo de submissões de artigos de alta qualidade científica do Brasil e países dos mais diversos continentes. Aliado a um corpo editorial qualificado, temos procurado publicar de uma maneira rápida e selecionada os melhores artigos submetidos ao BJID. Acessem nosso portal aQUi.

NovIdade do BJIdo BJid acaba de passar por uma criteriosa avaliação e já tem um novo fator de impacto. o atual fator de impacto (2017) do BJID subiu para 2,083, um significativo aumento de 42% em relação ao último ano.

Isso avalia o prestígio de uma revista científica no meio acadêmico e o BJID hoje já é a sexta melhor publicação entre as 130 revistas científicas brasileiras citadas no Science Citation Index. É uma importante conquista e muito útil a todos os sócios da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Essa publicação tem grande apoio da atual diretoria da SBI, conta com editores associados e um comitê editorial bastante comprometido pela qualidade e alto nível dos artigos publicados regularmente. luciano Z. goldanieditor Chefe – BJid

BJID

RE-EmERgEnCE of human T-lymphoTRopIC vIRuSES In WEST afRICaNneoma Anyanwu et. al.Ahmadu Bello University, Faculty of Life Sciences, Department of Microbiology, Zaria, Nigeria

abstractHuman T-lymphotropic viruses (HTLV) are Deltaretroviruses that infect millions of individuals worldwide via the same transmission routes as HIV. With the aim of exposing the possible re-emergence of HTLV in West Africa since discovery, a systematic review was carried out, focusing on the distribution of the virus types and significance of frequent indeterminate reports, while highlighting the need for mandatory routine blood screening. Capturing relevant data from discovery till date, sources searched were Google Scholar, CrossRef, NCBI (PubMed), MEDLINE, Research Gate, Mendeley, abstracts of Conferences and Proceedings, organization websites and reference lists of selected papers. A total of 2626 references were initially retrieved using search terms: Worldwide prevalence of HTLV, HTLV in Africa, HTLV in West Africa, HTLV subtypes, HTLV 3 and 4 in Africa, HTLV of African origin, HTLV seroindeterminate results, Spread of HTLV. These references were rigorously trimmed down to 76. Although evidence shows that HTLV is still endemic in the region, West Africa lacks recent epidemiological prevalence data. Thorough investigations are needed to ascertain the true cause of indeterminate Western Blot results. It is imperative that routine screening for HTLVs be mandated in West African health care facilities.

TRypanoSoma CRuzI: analySIS of TWo DIffEREnT STRaInS afTER pIplaRTInE TREaTmEnTGabriela Alves Licursi Vieira et al.Universidade Estadual Paulista – UNESP, Instituto de Química, Araraquara, SP, Brazil; Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Centro de Química de Proteínas, Ribeirão Preto, SP, Brazil; Universidade de São Paulo, Instituto de Física de São Carlos, São Carlos, SP, Brazil

abstractThe hemoflagellate protozoan, Trypanosoma cruzi, mainly transmitted by triatomine insects through blood transfusion or from mother-to-child, causes Chagas’ disease. This is a serious parasitic disease that occurs in Latin America, with considerable social and economic impact. Nifurtimox and benznidazole, drugs indicated for treating infected persons, are effective in the acute phase, but poorly effective during the chronic phase. Therefore, it is extremely urgent to find innovative chemotherapeutic agents and/or effective vaccines. Since piplartine has several biological activities, including trypanocidal activity, the present study aimed to evaluate it on two T. cruzi strains proteome. Considerable changes in the expression of some important enzymes involved in parasite protection against oxidative stress, such as tryparedoxin peroxidase (TXNPx) and methionine sulfoxide reductase (MSR) was observed in both strains. These findings suggest that blocking the expression of the two enzymes could be potential targets for therapeutic studies.

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O último dia 26 de junho é uma data para ficar na história da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI): pela primeira vez, a entidade passa a ter sua sede própria, na cidade de São Paulo, depois de 38 anos desde a sua fundação. Agora, com tudo novo para atender e assistir, ainda melhor, os milhares de infectologistas associados de todo o Brasil. O evento contou com dezenas de convidados e reuniu médi-cos, profissionais da indústria farma-cêutica, pesquisadores, fornecedores e parceiros da SBI.

Com novas instalações, no bairro Paraíso, o novo espaço de 62 me-tros quadrados passou por ampla reforma durante quatro meses com projeto arquitetônico voltado para atender as necessidades de todos os membros da sociedade, inclusive realização de reuniões, minicursos (com modernos recursos tecnoló-

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SBI INaugura Sede PróPrIa

SBI EM PAUTA

gicos) e, além disso, localização de fácil acesso. “Esse é um novo espaço para todos nós, membros da SBI. Te-mos um grande orgulho de inaugurar nossa sede, fruto de um trabalho de décadas de várias gestões que cul-minaram nesse evento”, comemorou Sergio Cimerman, presidente da So-ciedade Brasileira de Infectologia.

Essa nova sede tem uma decoração contemporânea, bem adequada a uma sociedade médica, fotos histó-ricas, placa comemorativa e ainda uma sala em nome do ex-presidente da SBI André Lomar. “Durante longos meses nos empenhamos muito para concretizar essa nova sede. Foi um bom investimento, mas agora pode-mos dizer que é nossa, ou seja, de to-dos os infectologistas que atuam, de alguma forma, junto à SBI. Realiza-mos um sonho”, disse Marcos Cyrillo, tesoureiro da SBI.

Com breves discursos, presença da diretoria atual, representantes de ou-tras entidades médicas e de classe, o evento teve descerramento de placa comemorativa e ainda um coquetel para celebrar essa conquista coletiva.

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SBI Já tem Nova Sede PróPrIa

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oPINIão

renato françoso filho Vice-presidente do Conselho regional de medicina do estado de São Paulo (CremeSP)“O Cremesp entendeu ser de suma importância participar da solenidade de inauguração da nova sede da Sociedade Brasileira de Infectologia, reconhecendo a importância desta especialidade e das suas ações, especialmente na saúde pública. Nesta oportunidade, o CREMESP propôs viabilizar a participação dos infectologistas nos Programas de Educação Médica Continuada (PEMCs)”

Sinval Pinto Brandão filho Presidente da Sociedade Brasileira de medicina tropical (SBmt)“Em nome da SBMT damos os parabéns a SBI pela inauguração da nova sede, um espaço confortável e muito bem localizado na região central de São Paulo. Foi uma satisfação estar presente nesta inauguração e trazer os cumprimentos dos colegas da SBMT. Foi de nossa histórica SBMT, fundada em 1962, que alguns colegas infectologistas criaram a SBI em 1980”

Claudilson José Bastos infectologista (Ba)“Participar dessa inauguração foi uma oportunidade única. Agora, a SBI tem um espaço agradável, muito bem distribuído, de bom gosto e que só temos mesmo que comemorar. Estão todos de parabéns!”

renato Kfouri Vice-presidente da Sociedade Brasileira de imunizações (SBim)“A sede própria é uma conquista e um marco para a SBI que segue cada vez mais pujante”

tania Vergara Presidente da Sociedade de infectologia do estado do rio de Janeiro (SierJ)“Isso tudo é fruto de uma gestão agregadora e que acolhe os anseios de todos nós, infectologistas de todo o Brasil. Essa sede é a nossa casa e é um ganho muito relevante e fruto de um trabalho de anos”

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SBI Já tem Nova Sede PróPrIa

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A principal missão das sociedades médicas científicas é promover ciência médica! A nossa SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) tem com um dos seus principais objetivos realizar eventos científicos na área da Infectologia, divulgar informações científicas e facilitar o acesso de seus associados a essas informações e cursos de atualização.

Para atingir tais objetivos, a SBI tem realizado vários eventos científicos em parceria com as principais sociedades médicas internacionais na área da Infectologia, tais como a IDSA (Sociedade Americana de Infectologia), ESCMID (Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Infectologia) e API (Associação Panamericana de Infectologia).

O nosso boletim informativo mensal também tem sido uma importante fonte das novidades infectológicas. Os Congressos Regionais do Sul, Centro-oeste e Norte/Nordeste, que são promovidos pela SBI, bem como os estaduais, que são organizados pelas Federadas locais, são importantes congressos de atualização e encontro de amigos.

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educação médIca coNtINuada: uma PrIorIdade Para SBI

SBI EM PAUTA

A nossa revista científica The Brazilian Journal of Infectious Diseases, graças as competentes batutas dos ilustres colegas Carlos Brites e, mais recentemente, Luciano Goldani, é motivo de orgulho para todos nós infectologistas, não só por ser fonte de publicações de artigos científicos para todos nós, mas também pelo crescente destaque e valorização internacional que tem recebido.

Mais recentemente, com a parceria e chancela da SBI, a CRW Educacional, sob coordenação do nosso eminente colega Carlos Starling, está oferecendo gratuitamente aos sócios da SBI o InfectoUpdate, um curso de atualização sobre alguns dos principais temas da nossa especialidade. São diversas aulas em vídeo, ministradas por alguns dos mais renomados intectologistas do Brasil. Os sócios receberão um email orientando como se cadastrar e acessar o Site. Desfrute de mais esta iniciativa educacional para lhe manter “um infectologista bem informado”!

Em setembro, teremos mais uma novidade. Aguarde!

Clovis Arns da Cunha, coordenador científico da SBI

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SBI EM PAUTA

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) já publicou três editais: um para exame de certificado de área de atuação em Medicina Tropica, título de especialista em Infectologia e título de especialista em Infectologia categoria especial. Todos têm convênio com a Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e a Associação Médica Brasileira (AMB), e em conformidade com as Resoluções CFM 2.148/2016 e 2.162/2017.

Seguem informações e links com os editais completos:

exame de SUfiCiênCia Para a oBtenção do CertifiCado DE áREaDE aTuação Em mEDICIna TRopICal (2018) Inscrições: até 2/8/2018Data da prova: 2/9/2018Local da prova: Recife (PE)CliQUe aQUi

exame de SUfiCiênCia Para a oBtenção do títUloDE ESpECIalISTa Em InfECTologIa (TEI 2018)Inscrições: de 1/8/2018 a 13/9/2018 Data da prova: 17/10/2018Local da prova: São PauloCliQUe aQUi

exame de SUfiCiênCia Para a oBtenção do títUlo DE ESpECIalISTa Em InfECTologIa (TEI 2018)Inscrições: 1/8/2018 a 13/9/2018 Data da prova: 17/10/2018Local da prova: São PauloCliQUe aQUi

CERTIfICação DE áREa DE aTuação Em InfECTologIa hoSpITalaRInformações em breve

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exameS Para certIfIcado, título de eSPecIalISta e categorIa eSPecIal

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A vacinação de crianças é consagrada e rotina em todo o mundo. Os resultados são facilmente observados e a prescrição rotineira do pediatra contribui para isso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, cerca de 3 milhões de vidas são salvas, graças à vacinação. A imunização de crianças, reduzindo não só os casos de doença, mas também, a circulação de agentes infecciosos entre a população, impactou positivamente na saúde de adultos e idosos (proteção coletiva) e é considerada um importante fator que contribuiu para o rápido envelhecimento de nossa população: o ganho de 30 anos de expectativa de vida ao nascer em 58 anos (de 1940 e 1998).

A queda inicial da mortalidade, impactada substancial-mente pela redução das mortes por doenças infecciosas, com o envelhecimento da população, assiste a um cres-cente aumento dos casos de doenças crônicas e degene-rativas. Observa-se que a maior longevidade da população vem modificando o perfil epidemiológico no país, com aumento da mortalidade por doenças crônicas não trans-missíveis em detrimento das doenças infecto-parasitárias. No entanto, doenças infecciosas continuam sendo um dos grandes problemas da saúde pública no Brasil. Relatos de surtos, regionais ou nacionais (influenza, sarampo, coque-luche, caxumba, dengue, Zica, malária, febre tifoide, entre outros) continuam a assombrar a população. Essa “dupla carga da doença” comprime os já escassos recursos da saúde pública ao limite.

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vacINação de IdoSoS: loNgevIdade e QualIdade de vIda

Pessoas idosas estão entre as mais vulneráveis aos desfechos graves causados pelas doenças infecciosas: hospitalizações; óbitos; descompensações de doenças de base, como o diabetes, cardiopatia e doença pulmonar crônicas; maior risco para o infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral; sequelas que impactam negativamente na qualidade de vida, na perda da independência – incapacitação do indivíduo. Vacinas são consideradas importantes ferramentas para a adaptação bem sucedida do organismo às ocorrências que ameaçam as suas funções e viabilidade com o envelhecimento.

O aumento do risco de infecções observado com o envelhecimento pode ser devido a alterações fisiológicas (entre elas a imunossenescência) que acompanham o envelhecimento, às doenças crônicas associadas à idade e também às intervenções médicas (medicamentosas, cirúrgicas, entre outras) e hospitalizações, muitas vezes necessárias, entre outros fatores.

Além da idade, várias comorbidades levam ao aumento de suscetibilidade a infecções devido a debilidades locais, com incapacidade de barrar a invasão de germes patogênicos ou de efetuar sua remoção; ou sistêmicas, devido a alterações bioquímicas, à debilidade e à diminuição da capacidade de resposta imune. O conhecimento da fisiopatologia da doença e a associação com risco para doenças imunopreveníveis são a chave para uma boa indicação de imunobiológicos.

Isabella Ballalai é membro do Comitê de Imunizações da Sociedade Braileira de Imunizações e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

NOVIDADES

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vacINação de IdoSoS: loNgevIdade e QualIdade de vIda

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leituras sugeridas.1. Lebrã.ML. Epidemiologia do envelhecimento. BIS, Bol. Inst. Saúde (Impr.) n.47 São Paulo abr. 2009. ISSN 1518-1812. Disponível aQUi.

2. Ballalai,I. Vacinação de adultos com 60 anos e mais. in Ballalai.I. Manual prático de imunizações. 2a edição - São Paulo. A. C. Farmacêutica, 2016.

3. Ballalai.I, Baptistão.PG. Guia de Vacinação Geriatria 2014/2015 – SBIm e SBGG. Disponível aQUi.

4. Sociedade Brasileira de Imunizações. Calendário de vacinação do idoso. Disponível aQUi.

Atuais ganhos na compreensão sobre as imunizações abriram uma onda de inovações com a disponibilização de novas vacinas e estratégias voltadas para a saúde do idoso. Este conhecimento, combinado com a mudança da epidemiologia de agentes infecciosos, tem levado a um ciclo rápido de atualizações nos calendários de vacinação para alinhar a prática clínica atual ao progresso científico. A vacinação de idosos tem dois importantes objetivos: prevenir óbitos prematuros e investir na qualidade de vida desses anos conquistados.

Generalizar as diretrizes de vacinação para adultos e implementá-las na prática é mais complicado do que faze-lo para crianças. Uma gama de comorbidades pode influenciar nas recomendações; por exemplo as vacinas haemophilus influenzae b (Hib) e meningocócicas não recomendadas para o idoso em geral, mas altamente recomendadas para aqueles com asplenia anatômica ou funcional. Situações específicas, como viagens também podem indicar a necessidade especial de uma vacina. A OMS, de acordo com observações da ocorrência de doenças imunopreveníveis e suas graves consequências na terceira idade, preconiza a vacinação do idoso com ênfase em três vacinas: influenza, pneumocócicas e dupla do tipo adulto (difteria e tétano). Salienta ainda que outras enfermidades imunopreveníveis podem ser evitadas, como hepatites A e B, herpes-zóster, sarampo, rubéola, caxumba e coqueluche.

As vacinas são uma estratégia de saúde pública subutilizada para um envelhecimento saudável, considerando os riscos de doenças imunopreveníveis, as atuais taxas de coberturas vacinais baixas em idosos e a carga de doenças imunopreveníveis infecciosas nas populações mais velhas, que está aumentando no Brasil.

O Brasil envelheceu e políticas para o incremento da imunização de adultos se fazem necessárias e devem procurar: incluir o tema imunizações em programas de educação médica e para outros profissionais de saúde; envolver a sociedade civil na conscientização da população; estabelecer ou melhorar sistemas de vigilância para determinar e monitorar a carga das doenças imunopreveníveis em adultos; alinhar diferentes recomendações e protocolos; criar registro das imunizações de adultos e integrá-lo a registros médicos eletrônicos.

As sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm), de Infectologia (SBI) e de Geriatria e Gerontologia (SBGG) recomendam a vacinação rotineira do idoso, considerando-se eventuais contraindicações, com as seguintes vacinas: influenza, pneumocócica conjugada 13 valente, pneumocócica polissacarídica 23 valente, herpes zóster, hepatite B e tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche).

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De acordo com o ultimo boletim publicado pelo Ministério da Saúde com os casos contabilizados ate 30/6/2018, já foram notificados 686 óbitos dentre os pacientes que foram hospitalizados com Síndrome Respiratória Aguda Grave. A epidemia teve início precoce este ano, com predominância do vírus influenza A H1N1, particularmente em Goiás e Ceará. Nestes locais, a epidemia atingiu seu pico antes do programa nacional de vacinação ter iniciado a imunização pública. Aparentemente, estamos com uma epidemia de maior impacto quando comparada ao ano anterior para as mesmas semanas epidemiológicas, reportado tanto pelo Estado de São Paulo, cujo numero de óbitos até a semana passada já era superior ao do ano passado, com circulação de A H1N1 e em menor intensidade A H3N2, como no Paraná, este último com predominância do vírus influenza A H3N2, à semelhança do que ocorreu no Hemisfério Norte. Nas regiões Sudeste e Sul ainda não atingimos a curva descendente da epidemia.

Neste momento não temos disponíveis os dados virológicos de match dos vírus circulantes, tampouco os ensaios de antigenicidade para avaliar a efetividade vacinal das vacinas trivalentes ou quadrivalentes aplicadas no Hemisfério Sul, contendo componentes de A H3N2 e influenza B diferentes daquelas aplicadas no Hemisfério Norte. No entanto, neste ano sabemos que a aderência das populações pertencentes aos grupos de risco foi abaixo da meta estabelecida, principalmente das crianças menores de 5 anos, gestantes e alguns outros grupos de risco, o que pode estar contribuindo também para um maior numero de casos de gripe considerando-se os diferentes subtipos. Em relação ao tratamento antiviral, embora as orientações de intervenções para os grupos de maior risco permaneçam as mesmas há vários anos, temos observado que os óbitos ocorrem com maior freqüência entre os mesmos grupos de risco, sendo o antiviral utilizado geralmente acima de 48 horas, fora da janela de maior eficácia, e a letalidade entre os casos hospitalizados com SRAG por influenza variando entre 13-20%.

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SItuação atual e PerSPectIvaS da INflueNza em 2018

NOVIDADES

Nancy Bellei, professora de Infectologia da Unifesp, membro da International Society of Influenza e da Sociedade Brasileira de Infectologia

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Há três principais fatores que a nota informativa 11/2018 (Recomendações para tratamento da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB) em Pessoas Vivendo com HIV – PVHIV) traz.

O primeiro é a dificuldade para fazer diagnóstico da infecção latente. Temos quebra do fornecimento da prova tuberculínica em diferentes momentos, por diferentes razões.

O segundo ponto: a importância da infecção latente em pacientes com tuberculose. A gente ainda tem cerca de 10% dos pacientes. Uma vez que você tem essa prova tuberculínica tem a questão da interpretação desses resultados, principalmente em pacientes com HIV positivo com a doença avançada, que a prova pode ser negativa.

Em terceiro lugar, coloco a falta de outras alternativas ao tratamento da infecção latente e o tempo de tratamento.Todas essas questões impactam no médico infectologista e criam uma certa descrença da necessidade do tratamento da infecção latente. Como existe uma grande dificuldade para obter este diagnóstico, diferente de outras profilaxias, que a gente faz meio de maneira automatizada com CD4 abaixo de 200, o tratamento da infecção latente, de uma certa forma, é negligenciado por alguns profissionais. Apesar de ter incidência muito mais importante e morbidade maior da tuberculose.

Fica uma impressão de que é mais importante fazer diagnóstico da tuberculose por ter mais certeza do que está tratando, do que dar atenção para a infecção latente. Embora isso tenha melhorado muito, porque os centros de referências já padronizaram a realização da prova tuberculínica, e isso acaba induzindo mais o médico a fazer o tratamento da infecção latente.

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recomeNdaçõeS Para o tratameNto da tuBerculoSe focam Na INfecção lateNte

Mas a proposta da nota é muito mais autorizar o tratamento independente da prova tuberculínica. Ou seja, se está afastada a possibilidade de tuberculose ativa, e tem dificuldade de ter a prova tuberculínica, a ideia é: todo mundo que faz diagnóstico de CD4 abaixo de 350, não tem sinais de sintoma de TB, raio-X de tórax normal trata a infecção latente.

Claro que pode ter a impressão que nós estamos “africanizando” o Brasil, já que uma vez sem prova tuberculínica vamos fazer isso para todas as pessoas. Mas mesmo quando se tem a prova e ela é negativa, há sempre a suspeita que ele possa ter se infectado, mas que o exame foi negativo pela situação imunológica do paciente. Então, temos sempre uma controvérsia.

Eu, particularmente, acho que essa conduta deve ser feita. Vamos introduzir de uma maneira mais indiscriminada dentro dos critérios bem especificados da norma. Nesse sentido, vamos introduzir para todos. O grande problema é medir o impacto dessa ação porque prescrevemos o Bactrin para prevenir pneumocistose e ele não tem a pneumocistose. Agora, o impacto na tuberculose é menor, menos avaliado. Então, isso também cria um certo ambiente de não se lembrar do tratamento da infecção latente. Pode significar, na pior das hipóteses, mais 3 comprimidos por dia durante seis meses para o paciente.

Olavo Munhoz, coordenador do Comitê de Tuberculose e outras Micobactérias da Sociedade Brasileira de Infectologia

NOVIDADES

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Em 2010, a Organização Panamericana da Saúde com apoio da Organização Mundial da Saúde propôs estratégias para a eliminação da transmissão vertical do HIV e sífilis nas Américas. Este comitê renovou e expandiu suas propostas em 2016 para atingir estes objetivos. A OMS considera que um país eliminou a transmissão vertical do vírus quando registra menos de dois bebês infectados para cada 100 nascidos de gestantes portadoras do HIV.

O Ministério da Saúde adaptou estas estratégias para a realidade brasileira e hoje está certificando alguns municípios pela eliminação da transmissão vertical do HIV, que significa menos de 2% de transmissão nas crianças expostas, nos últimos três anos.

O fim da transmissão vertical do HIV, meta desejada por todos, passa obrigatoriamente pela realização de testes de HIV na maioria das mulheres em idade fértil e, se possível, em todas as gestantes, a fim de identificar as mulheres infectadas e tratá-las adequadamente, prevenindo assim a transmissão materno fetal do HIV.

Pode ser observado, nos dados do último boletim epidemiológico de 2017 do Ministério da Saúde, aumento do número de testes para HIV disponibilizados para gestantes. Em 2012 foram distribuídos 366.910 testes de HIV para gestantes enquanto em 2017 até outubro, já haviam sido distribuídos 3.350440 testes.

Outro informação importante refere-se ao número de crianças menores de cinco anos infectadas pelo HIV, que caiu entre 2010 e 2016, de 4,0 para 2,4 por 100.000 habitantes.

Hoje em dia, com os medicamentos antirretrovirais mais fáceis de serem tomados e com menos efeitos colaterais, as gestantes que forem acompanhadas por grupos multidisciplinares preferencialmente no mesmo centro, têm risco menor que 0,3% de transmitirem a infecção pelo HIV para seus filhos. No Núcleo de Patologias Infecciosas na Gestação, da UNIFESP, a última transmissão ocorreu em 2002 e antes disso em 1999.

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eStratégIaS Para elImINação da traNSmISSão vertIcal do HIv

NOVIDADES

Jorge Senise é coordenador do Comitê de Infecções em Gestantes da SBI

Apesar da melhora acentuada nos números de transmissão vertical do HIV, não podemos permitir relaxamento das medidas preventivas, pensando que o problema está resolvido, ao contrário, devemos sentir que menos de 2% de transmissão vertical do HIV, ainda é muito.

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Populações acima dos cinquenta anos e a mudança de comportamento do público jovem desafiam cada dia mais profissionais de saúde que lidam com infecções sexualmente transmissíveis, sobretudo hepatites virais e Aids. Essas são questões emergentes em todo o mundo e foram aspectos centrais junto ao 11º HEPATOAIDS, que ocorreu de 14 a 16 de junho, em São Paulo.

Com 950 participantes, incluindo médicos, enfermeiros, assistentes sociais, membros de organizações não-governamentais, pacientes, técnicos de unidades básicas de saúde entre outros profissionais, o evento teve grande interatividade nos três dias com palestras que abordaram desde a assistência, diagnósticos até perspectivas de novos tratamentos para hepatites virais e infecções sexualmente transmissíveis, em especial para o HIV. “Nosso principal objetivo é trocar conhecimentos e experiências com equipes multiprofissionais. Isso é muito importante, sobretudo para quem trabalha com saúde pública”, diz o infectologista Paulo Abrão Ferreira, organizador do evento e coordenador do Comitê de Hepatites Virais da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Mesmo com o avanço nas terapêuticas para o HIV assim como para as hepatites virais nas últimas décadas com diferentes drogas e melhor conhecimento do manejo dessas doenças, o cenário mudou muito. Nesse novo paradigma algo já é fato: há maior sobrevida de pacientes, medicamentos efetivos e mais potentes e uma experiência maior com Aids e hepatites virais. Contudo, hoje, além da real perspectiva com os novos tratamentos (e até mesmo de cura), alguns públicos e as comorbidades são apontadas como importantes variáveis para a saúde de quem convive com essas doenças.

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comorBIdadeS e PúBlIco Jovem deSafIam aIdS e HePatIteS vIraIS

terceira idade e jovens

“A questão atual não é somente oferecer o melhor trata-mento para quem tem Aids ou hepatites virais, mas hoje te-mos que saber lidar com várias outras doenças associadas e que interferem muito na saúde, tais como diabetes, hiper-tensão arterial, osteoporose, dislipidemias entre outras. É uma grande questão para todos nós, pois a população com Aids ou hepatites está envelhecendo cada vez mais”, diz Juergen Rockstroh, pesquisador da Universidade de Bonn, na Alemanha, e convidado especial do evento.

No outro extremo, a população jovem também é uma pre-ocupação dos profissionais de saúde, em especial o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. A relação do público jovem com essas doenças se tornou um problema, já que muitos abdicam do uso de preservativos e se conta-minam com frequência. O HIV no Brasil aumentou muito na população jovem e representa um sério problema para a saúde pública. “Devemos ter atenção especial com essa população, conscientizá-los mais e quando formos propor a PrEP, por exemplo, temos que adotar critérios objetivos”, diz Artur Kalichman, coordenador do Programa Estadual de DST HIV/Aids de São Paulo.

Outras abordagens como falhas terapêuticas, tanto para Aids como hepatites virais, protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, assistência à saúde de populações específicas, transplante de fígado também puderam ser amplamente debatidas, num evento que agregou temas altamente rele-vantes. “Foram temas de alta complexidade e que trouxemos para um público que necessita dessas informações e nem sempre tem acesso. Nosso objetivo foi dar uma oportunidade a todos de interagirem e se capacitarem, já que muitos lidam com Aids e hepatites virais em diversos serviços e precisam conhecer mais sobre tudo isso”, completa Paulo Abrão.

NOVIDADES

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Moradores dos municípios Sena Madureira, Cruzeiro do Sul, Brasiléia – no Acre – e Pauini, no interior do Amazonas, diagnosticados com hepatites B, C e D e com dificuldade no acesso à biópsia de fígado, estão sendo contemplados com a segunda fase de 2018 do Projeto Fibroscan Itinerante. O projeto, que leva um exame até o paciente, ganhou recentemente importante apoio da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

O Fibroscan, Elastografia Hepática Transitória, é usado para avaliar o grau de rigidez do fígado.

“Neste exame, substituímos a biópsia e conseguimos medir o grau de fibrose do fígado desses pacientes. E então, já vemos quem tem indicação para iniciar o tratamento da doença. A partir dos resultados, fazemos encaminhamento e cadastro para receber a medicação. Vale lembrar que o paciente recebe acompanhamento no seu município de origem”, detalha Cirley Lobato, infectologista do Rio Branco (Acre).

A segunda fase, que começou no início de junho, tem expectativa de atender cerca de 600 pacientes. Na primeira etapa, que teve abrangência de pacientes de sete cidades, foram 1.400 pessoas. Cabe às secretarias municipais de saúde o papel de contatar as pessoas que devem realizar o exame de fígado.

“Em Pauini, um dos municípios mais distantes do Amazonas, já perto do Acre, os pacientes atendidos nunca tinham passado por uma consulta com infectologista”, revela Cirley.

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aPoIo da SBI leva exame Para PacIeNteS com HePatIteS No acre e amazoNaS

NOVIDADES

Os homens são a maioria desses pacientes, com idade entre 15 e 60 anos. “Mas uma boa parte é jovem, com idade entre 20 e 25 anos. Se não fosse esse projeto, eles ficariam sem tratamento”, completa.

O fato de hepatite ser uma doença assintomática e, portanto, silenciosa, faz com que muitos pacientes diagnosticados não procurem ou não consigam tratamento, segundo a médica. Nas regiões do Acre e Amazonas é alta a prevalência das hepatites B e D. “Muitas vezes, só descobrem a hepatite quando já estão em estágio de cirrose avançada. Muitos até sabem que são portadores de vírus, mas estão sem tratamento”, diz Cirley.

Nessas regiões, a prevalência da hepatite B está em torno de 10% . Deste percentual, de 40% a 70% têm também a hepatite D.

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Ainda é um desafio o acompanhamento de vigilância da resistência antimicrobiana. É cada vez mais comum a abordagem da questão da infecção hospitalar, mas, infelizmente, as pesquisas e estudos para se saber como realmente esses quadros se dão, onde são mais graves, onde há controle são raros ou simplesmente não existem. O alerta é do infectologista Alexandre Zavascki, professor de Infectologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e chefe do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Moinhos de Vento.

“Temos conhecimento dos dados de resistência bacteriana nos hospitais, mas falta ainda a epidemiologia da comunidade. Infelizmente, a dimensão do Brasil dificulta porque são várias realidades no país”, avalia Ana Cristina Gales, coordenadora do Comitê de Resistência Bacteriana da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Zavascki completa: “No Brasil, que é um país gigantesco e com características muito particulares, dependendo da região, do tamanho da cidade e por aí afora, as pesquisas estão muito concentradas nos grandes centros, o que efetivamente não nos fornece uma visão do todo”.

Assim, os infectologistas dependem muito da própria experiência, troca de informações entre eles.

Atualmente, o principal problema enfrentado por nós é, sem dúvida, as enterobactérias produtora de KPC. E as gram-negativas não estão presentes apenas nos hospitais, segundo Alexandre Zavascki.

“O grande problema é que existem muitos medicamentos que a combatem com eficácia e novas linhas de medicações de consumo, lançadas e aprovadas recentemente nos Estados Unidos, mas ainda enfrentam o arrastado processo da burocracia para chegar ao Brasil. Resultado: esses

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aNtImIcroBIaNoSmedicamentos já existem, estão prontos, testados, mas ainda não chegaram para a classe médica”, comenta Zavascki.

“As novas drogas chegam ao Brasil, em média, três anos após aprovação nos Estados Unidos e Europa. Precisamos de mais agilidade. Recentemente, foi liberada no Brasil a Ceftolozane/tazobactam. Já Ceftazidime/avibactam ainda aguarda aprovação”, conta Ana Cristina Gales.

Zavascki acredita que a solução para o problema seja multifatorial e envolve o uso ou o não uso do antibiótico, ficando essa decisão associada às praticas de controle e transmissão hospitalar, ou seja, envolve uma estrutura muito além da prescrição médica, que é importante, mas engloba também outras esferas, como a administrativa dos hospitais em questões de limpeza e higienização.

“Ao meu ver, inclusive, a higienização é uma questão relevante quando se aborda o combate à proliferação de qualquer tipo de bactéria no ambiente hospitalar e isso depende em grande parte da importância que os próprios profissionais da saúde envolvidos dão a ela. É absolutamente necessário que se tenha consciência sobre os riscos envolvidos na higienização mal feita das mãos, por exemplo. Apesar de ela ser fundamental no combate a infecções e proliferação de bactérias, muitos profissionais não cumprem as regras, e, de forma inconsequente as transmitem por meio das mãos”, afirma ele.

Outra questão importante apontada por Ana Cristina Gales é o fato que muitos laboratórios de microbiologia não dispõem de infraestrutura adequada, seja em equipamento ou em pessoal. “E muitas vezes médicos que não são infectologistas tratam pacientes com antibióticos sem coleta de cultura e antibiograma para verificar qual a bactéria está causando aquela infecção. Vemos tratamentos de forma empírica”.

EM FOCO

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Infectologistas devem estar alertas para uma possível epidemia da Febre do Nilo Ocidental no país. “No Brasil, uma epidemia em humanos é questão tempo”, alerta o infectologista Reynaldo Dietze, membro do Comitê de Medicina Tropical da SBI e professor Titular de Doenças Infecciosas da Universidade de Federal do Espírito Santo, professor Associado da Duke University dos EUA e professor Catedrático do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa.

Endêmica no Continente Africano, a doença surgiu nos Estados Unidos em 1999, causando quase uma centena de casos de encefalites com sete óbitos. Desde então, mais de 27.000 casos humanos com mais de 1.000 mortes foram reportados ao Centro de Controle de Doenças nos EUA. Em 2005/2006, casos da doença foram detectados em equídeos na Colômbia e Argentina. Em abril deste ano, o vírus causou morte de equídeos em quatro municípios no norte do Estado do Espírito Santo.

Doença causada por um vírus do gênero Flavivirus, assim como os vírus da Febre Amarela, Dengue e Zika, a febre do Nilo Ocidental, é transmitida através da picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Culex.

“A doença apresenta um espectro clínico amplo, que varia desde casos com pouco ou sem sintomas até casos com sintomas que se assemelham ao dengue: febre, cefaleia, mialgias. As complicações são devidas ao tropismo do vírus para o Sistema Nervoso Central que, neste caso, podem causar meningites e encefalites, as manifestações clínicas de maior gravidade da doença, e que podem levar ao óbito. Vale lembrar que ainda não há vacina ou tratamento específico para a doença”, destaca Dietze.

A letalidade da doença pode chegar a 10% dos casos com comprometimento do SNC, menor que o da Febre Amarela (15-20%), mas superior ao do Dengue (1%).

O vírus da febre do Nilo Ocidental foi identificado pela primeira vez, em 1937, em um paciente da província de West Nile, em Uganda.

Os hospedeiros naturais são aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus (viremia alta e prolongada) e como fonte de infecção para os mosquitos. O homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e de pouca importância como reservatórios da doença, devido à curta viremia que apresentam. Outras formas mais raras de transmissão já foram descritas e incluem transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária.

A Febre do Nilo Ocidental faz parte da Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória desde 2002.

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feBre do NIlo ocIdeNtal traz alerta SoBre eNcefalIteS

EM FOCO

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A perspectiva de redução no número de registros de novos casos de febre amarela a partir de abril deste ano no país se confirmou. O quadro desse ciclo silvestre, como podemos chamar a febre amarela, impactou mais o Estado de São Paulo, com surtos verificados entre janeiro e março, mais especificamente nos dois primeiros meses do ano.

De abril em diante, tivermos redução bastante significativa como prevíamos, uma vez que esse é o comportamento de picos de transmissões de febre amarela silvestre.

Mesmo assim, ao analisarmos os números, fazendo uma comparação entre os anos de 2017 e 2018, veremos que a doença avançou. Tomando esses dados como base, avalio que, se quisermos ter um quadro bem diferente do que foi registrado neste ano, precisamos agir com vigor, talvez por meio de campanhas de esclarecimento mais contundentes, que mostre para o grande público a importância de termos uma cobertura vacinal da população robusta, porque, se isso não ocorrer, nada será diferente em 2019.

Nas áreas em que houve circulação do vírus e registro de diversos casos humanos exatamente nas regiões em que a cobertura vacinal não atingiu níveis minimamente adequados, estava mais baixa, e a população acabou sendo vitimada pela doença. Por isso eu repito: é fundamental que o esforço verificado nesse ano, de elevar a cobertura vacinal em áreas dramaticamente afetadas como a cidade de Mairiporã, entre outras no Estado de São Paulo, seja redobrado.

Creio que o esclarecimento junto à população sobre o perigo que a febre amarela representa, além da desmistificação da vacina e das formas de transmissão da doença – infelizmente a desinformação ainda é grande, apesar das campanhas de esclarecimento -, e ainda há indivíduos que pensam ser o macaco o causador do surto. Isso precisa ser revertido.

Quando se fala na vacina, ainda há dúvidas sobre a real eficácia das doses fracionadas. O fracionamento das doses foi medida necessária para se alcançar um número gigantesco de pessoas imunizadas, ou seja, para que os governos conseguissem dar conta de uma vacinação em massa, foi necessário lançar mão de um estoque relativamente pequeno de doses e transformá-lo em vacina para todos, sobretudo nas localidades onde o número de casos de febre amarela crescia rapidamente, como em municípios de São Paulo e Mina Gerais. Apesar do fracionamento, é bom que se diga que a dose fracionada é eficaz e deve ser tomada.

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aPóS a reemergêNcIa da feBre amarela No BraSIl, QuaIS oS PróxImoS PaSSoS?

Passado o surto, a tendência é que, se houver normalização da situação, a vacinação volte a ser feita com as doses usuais.O surto de febre amarela, uma doença que tinha desaparecido das áreas urbanas do nosso país há décadas, trouxe à realidade novas discussões em torno do tema e, creio que também apontou para a necessidade urgente de a classe médica e acadêmica repensarem a forma de lidar com ela. Sugiro trabalho em três grandes linhas: uma é garantir que a cobertura vacinal seja progressiva para todo o Brasil.

A segunda medida que considero relevante é o desenvolvimento de pesquisas voltadas a algumas áreas especificas da febre amarela, uma delas é a questão da própria produção da vacina, que deve ter condições de ser incrementada sempre que necessário, de maneira a realmente impactar a proliferação do vírus. E a terceira ação envolve pesquisa em busca de medicamentos eficazes para os doentes. A imunização é prevenção, mas temos que pensar que pessoas, fatalmente terão a doença e é preciso que medicamentos que apresentem respostas mais rápidas sejam desenvolvidos por nossos cientistas. Talvez as pesquisas nesse sentido possam partir do antiviral sofosbuvir (com comprovada eficácia clínica para o tratamento de pacientes com hepatite C crônica e com atividade antiviral in vitro contra o flavivírus Zika), já que, se comprovado cientificamente ele pode vir a ser forte candidato no tratamento da febre amarela. Mas para que isso seja comprovado é preciso mais estudos sobre ele.

Também considero importante pesquisas voltadas ao meio ambiente, porque a volta desses vírus tipicamente silvestres, que já haviam deixado a área urbana, estando confinados às matas, às cidades certamente está relacionada a questões ecológicas, de falta de proteção do ecossistema.

A destruição da natureza e do habitat natural de animais como os primatas, acaba forçando os macacos a virem para regiões mais próximas do homem e como eles são as grandes e primeiras vítimas do vírus, e o vírus ser o grande vetor da febre amarela, fica muito fácil entender como a doença se espalhou rapidamente.

Ressalto ainda, que o diagnóstico da febre amarela precisa ser realizado em pouco tempo. Isso é primordial à recuperação do paciente infectado. Assim, pesquisas em torno de novas formas de diagnóstico rápido são bem-vindas, bem como a melhoria do atendimento ambulatorial, que seja capaz de comportar aumento do número de pessoas, ainda que isso ocorra em curto prazo de tempo.

Antonio Bandeira, coordenador do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)

EM FOCO

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Confira algumas das matérias divulgadas na imprensa com consultores da Sociedade Brasileira de Infectologia durante o mês de junho/2018!

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SBI Na ImPreNSa

EM FOCO

VEJA AqUI

Prefeitura de SP vai multar quem alimentar pombos

VEJA AqUIVEJA AqUI

Santa Maria tem 569 casos confirmados de toxoplasmose dos quais 50 são gestantes

quais alimentos ajudam a curar a gripe?

VEJA AqUIVEJA AqUI

Sarampo: sabia o que é e como se prevenir da doença

Brinquedos que acumulam água no seu interior com o tempo proliferam bactérias

VEJA AqUIVEJA AqUI

Casos de febre amarela em pessoas vacinadas desafiam especialistas

O que é a febre do Nilo Ocidental, que fez o ES decretar estado de alerta

VEJA AqUIVEJA AqUI

Vacina da gripeUm a cada cinco novos casos de aids surge entre jovens na região

VEJA AqUIVEJA AqUI

Investigação sobre surto de toxoplasmose aponta água ou hortaliças como causas

Toxoplasmose: entenda os sintomas e como se prevenir

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O novo Programa de Educação Continuada à Distância da SBI tem o objetivo de estimular o desenvolvimento científico e a atualização dos médicos da especialidade.

Para acessar ao curso, é necessário ser associado da SBI e fazer o login em nosso website: www.infectologia.org.br.

As aulas e avaliação do primeiro módulo, com foco em HIV, já estão disponíveis. Confira a programação:

• o novo protocolo Brasileiro (pCDT) José Valdez Ramalho Madruga

• genotipagem pré-tratamento Tânia R. C. Vergara

• manejo das principais doenças neurológicas oportunistas da aidS José Vidal

• podemos falar da cura do hIv? Estamos perto? Ricardo Diaz

• avaliação

não perca essa ótima oportunidade de atualização, sem precisar sair de casa! participe!

O curso é gratuito para todos os sócios adimplentes da SBI. Para acessar, acesse o site www.infectoupdate.com.br.

Faça o seu cadastro utilizando seu CPF, incluindo os pontos (ex: 123.456.789.11) no NOME DO USUÁRIO. Depois, crie sua senha e pronto, é só assistir!

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NO BRASIL

o uSo Do QuanTIfERon TB-pluS no DIagnóSTICo da tUBerCUloSe latenteData: 21/7/2018Local: Hotel Tivoli MofarrejInformações: [email protected]

iii Jornada de infeCtologia da SieSData: 2 a 4/8/2018Local: Auditório da Fecomércio – Vitória (ES)Informações: [email protected]

SpED 2018 – SImpóSIo DE pÉ DIaBÉTICoData: 10 a 11/8/2018Local: Hotel Grand Mercure São Paulo Ibirapuera - São Paulo (SP) Informações: symposiumsped.com

II EnConTRo DE hEpaTITES vIRaIS E I EnConTRo DE DoEnÇaS hEpÁTICaSData: 11/8/2018Local: Hotel Golden Tulip São José dos Campos São José dos Campos (SP)Informações: [email protected]

iii enContro internaCional BrCaSt e eUCaSt e 6º SImpóSIo InTERnaCIonal mICRoBIologIa ClínICaData: 10 a 12/8/2018Local: Hotel Bourbon Convention Ibirapuera - São Paulo (SP)Informações: www.sbmicrobiologia.org.br/BrCast_SIMC_2018/

infeCtoeSte 2018Data: 18/8/2018Local: Catanduva (SP)Informações: www.infectologiapaulista.org.br

Vi infeCtorio 2018Data: 22 a 24/8/2018Local: Produgy Hotel Santos Dumont Airport – Rio de Janeiro (RJ)Informações: www.infectorio.com

XIv InTERnaTIonal SImpoSIum on hTlv In BRazIlData: 27 a 29/8/2018Local: Hotel Princesa Louçã - Belém (PA)Informações: www.simposiohtlv.com.br

II CongRESSo DE InfECTologIa Do CEnTRo-oESTEData: 30/8/2018 a 1/9/2018Local: Hotel Deville Prime – Campo Grande (MS)Informações: www.infectocentrooestems.com.br

54° CongRESSo Da SoCIEDaDE BRaSIlEIRa DE mEDICIna Tropical (Medtrop 2018)Data: 2 a 5/9/2018Local: Centro de Convenções de Pernambuco - Olinda (PE)Informações: www.sbmt.org.br

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PRÓXIMOS EVENTOS

hEpaTologIa Do mIlênIo – SImpóSIo mulTIDISCIplInaR DE TERapêuTICa Em DoEnÇaS Do fígaDoData: 2 a 5/9/2018Local: Fiesta Bahia Hotel - Salvador (BA)Informações: www.hepatologiadomilenio.com.br

EnConTRo CIEnTífICo Do InSTITuTo Do CânCER DE São paulo (ICESp)Data: 13/9/2018Local: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp)São Paulo (SP)Informações: www.encontrosccihicesp.eventbrite.com.br

11º CongreSSo PaUliSta de infeCtologiaData: 17 a 20/10/2018Local: Centro de Convenções Frei Caneca – São Paulo (SPInformações: www.infectologiapaulista.org.br

XX JoRnaDa naCIonal DE ImunIzaÇõES – SBImData: 26 a 29/9/2018Local: Windsor Oceânico Hotel - Rio de Janeiro (RJ)Informações: http://jornadasbim.com.br/2018/

III SImpóSIo DE aTualIzaÇão Em ElaSTogRafIa hEpÁTICa (ElaSTo 2018)Data: 28 e 29/9/2018Local: Tivoli Mofarrej São Paulo Hotel - São Paulo - SPInformações: www.elastohepatica.com.br

NO MUNDO

22nD InTERnaTIonal aIDS ConfEREnCE (aIDS 2018)Data: 23 a 27/7/2018Local: Amsterdã, HolandaInformações: www.aids2018.org

XXv CongRESo DE la aSoCIaCIón laTInoamERICana paRa ESTuDIo DEl hígaDo (alEh 2018)Data: 20 a 23/9/2018Local: Punta Cana – República DominicanaInformações: www.aleh2018.com

IDWEEkData: 3 a 7/10/2018Local: São Francisco, Estados UnidosInformações: www.idweek.org.br

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EXPEDIENTE

Sociedade Brasileira de infectologia (SBi)Rua Teixeira da Silva - cj. 42 - Paraíso - 04002-033 (11) 5572-8958 / (11) 5575-5647e-mail: [email protected]

presidente: Sergio Cimermanvice-presidente: J. Samuel Kierszenbaum1ª Secretário: José David Urbaéz Brito 2º Secretário: Alberto Chebabo 1º Tesoureiro: Marcos Antônio Cyrillo2º Tesoureira: Maria do Perpétuo Socorro Costa Corrêa Coordenador Científico: Clóvis Arns da Cunha Coordenador de Informática: Kleber Giovanni LuzCoordenadora de Comunicação: Lessandra Michelin

assessor da presidência: Leonardo WeissmannSecretária: Givalda Guanás

produção do Boletim SBI: Primeira Letra - Gestão de Conteúdo

Contato: [email protected]

Jornalista Responsável: Danilo Tovo - Mtb. 24585/SP

Design gráfico e Diagramação: Juliana Tavares Geraldo

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aPoIo

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