78
ABNER ROVIELO SANTOS EDUARDO ESCALEIRA CALZA GUILHERME CARELLA ROMANHOLLI JOÃO DANILO CAIO RAMIRO RENAN LUIGI NICOLA WELLINGTON NASCIMENTO DA CUNHA BOBINADEIRA (PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PARA ENROLAMENTO DE TRANSFORMADORES) São Caetano do Sul / SP 2014 Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Etec “JORGE STREET”

BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

ABNER ROVIELO SANTOS

EDUARDO ESCALEIRA CALZA

GUILHERME CARELLA ROMANHOLLI

JOÃO DANILO CAIO RAMIRO

RENAN LUIGI NICOLA

WELLINGTON NASCIMENTO DA CUNHA

BOBINADEIRA

(PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PARA ENROLAMENTO DE TRANSFORMADORES)

São Caetano do Sul / SP

2014

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Etec “JORGE STREET”

Page 2: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

ABNER ROVIELO SANTOS

EDUARDO ESCALEIRA CALZA

GUILHERME CARELLA ROMANHOLLI

JOÃO DANILO CAIO RAMIRO

RENAN LUIGI NICOLA

WELLINGTON NASCIMENTO DA CUNHA

BOBINADEIRA

(PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PARA ENROLAMENTO DE TRANSFORMADORES)

São Caetano do Sul / SP

2014

Trabalho de conclusão de curso apresentado no curso de Mecatrônica integrado, ETEC Jorge Street, Jardim São Caetano – São Caetano do Sul para obtenção do titulo de técnicas em mecatrônica. Área de Concentração: Programação, mecânica e eletrônica. Orientadores: Eduardo C. A. Cruz e Ivo Moreira de Lastro

Page 3: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

ABNER ROVIELO SANTOS

EDUARDO ESCALEIRA CALZA

GUILHERME CARELLA ROMANHOLLI

JOÃO DANILO CAIO RAMIRO

RENAN LUIGI NICOLA

WELLINGTON NASCIMENTO DA CUNHA

BOBINADEIRA

(PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PARA ENROLAMENTO DE TRANSFORMADORES)

Profº Eduardo C. A. Cruz Profº Ivo Moreira de Lastro

São Caetano do Sul / SP

2014

Trabalho de conclusão de curso apresentado no curso de Mecatrônica integrado, ETEC Jorge Street, Jardim São Caetano – São Caetano do Sul. Orientadores: Eduardo C. A. Cruz e Ivo Moreira de Lastro.

Aprovado em: ____/____/______ Nota: _____________

Page 4: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

DEDICATÓRIA

Dedicamos este projeto a principalmente

nossos pais e todas as pessoas que nos

ajudaram com críticas, sugestões construtivas e

apoio para seguirmos em frente e chegarmos a

nosso objetivo.

Page 5: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todas as pessoas que nos apoiaram e contribuíram neste

projeto de conclusão de curso com ideias e diversas alternativas para a melhoria do

mesmo.

Aos professores e funcionários principalmente da área técnica da escola que

nos orientaram de forma prestativa e com muita atenção para a resolução de

problemas.

Aos colegas de classe que, mesmo atarefados com seus próprios projetos,

estiveram à disposição para nos ajudar.

À empresa Eletrotécnica SACCH Ltda., que entrou com todo o custo do

projeto, com a disponibilização da empresa para o desenvolvimento do mesmo,

apoio experiente em situações de problema fazendo da empresa mais um integrante

de nosso grupo.

A todos citados temos uma carga de gratidão por cada um, pois sem o apoio

desses não seríamos capazes de concluir esse projeto com a mesma eficácia.

Page 6: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

RESUMO

O presente projeto tem por objetivo a modernização de um equipamento para

enrolamento de transformadores, visto que os equipamentos atuais não atendem a

demanda do mercado. Apresentam-se algumas mudanças como, ampliação da

mecânica da bobinadeira, alteração da velocidade de enrolamentos, alteração do

passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de

alimentação, alteração da eletrônica, entre outras.

Através da empregabilidade das técnicas aprendidas no decorrer do curso, foi

possível elaborar o projeto e obter bons resultados. O nosso foco é atender a

demanda do mercado de forma eficaz.

Palavras-chave: Enrolamentos. Transformadores. Bobinadeira. Modernização.

Page 7: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Bobinas ..................................................................................................... 12

Figura 2 - Funcionamento de uma bobina ................................................................. 13

Figura 3 - Enrolamento .............................................................................................. 13

Figura 4 - Chave Óptica ............................................................................................ 18

Figura 5 - Fotoacoplador ........................................................................................... 19

Figura 6 - Esquema interno do fotoacoplador ........................................................... 19

Figura 7 - Estrutura física Atmega8a ......................................................................... 21

Figura 8 - Configuração dos pinos ............................................................................ 25

Figura 9 - Diagrama em blocos ................................................................................. 26

Figura 10 - Croqui inicial do projeto ........................................................................... 30

Figura 11 - Eixo do rolamento do carro ..................................................................... 30

Figura 12 - Montagem do eixo ................................................................................... 31

Figura 13 - Chapas e Montagem do carro ................................................................. 31

Figura 14 - Barra roscada do carro guia .................................................................... 32

Figura 15 - Espaçadores do eixo tracionador ............................................................ 32

Figura 16 - Montagem do alinhador do guia fio ......................................................... 32

Figura 17 - Montagem do eixo tracionador ................................................................ 33

Figura 18 - Encaixe rápido do eixo tracionador ......................................................... 33

Figura 19 - Contra ponto do eixo tracionador ............................................................ 34

Figura 20 - Eixo do carro guia ................................................................................... 34

Figura 21 - Polia do tensionador do fio ...................................................................... 35

Figura 22 - Montagem do eixo do rolamento do carro guia ....................................... 35

Figura 23 - Montagem das chapas do carro guia ...................................................... 36

Figura 24 - Barra roscada do carro guia .................................................................... 36

Figura 25 - Espaçadores do eixo tracionador ............................................................ 37

Figura 26 - Montagem do alinhador do carro guia ..................................................... 37

Figura 27 - Encaixe rápido do eixo tracionador ......................................................... 38

Figura 28 - Contra ponto do eixo tracionador ............................................................ 38

Figura 29 - Eixo do carro guia ................................................................................... 38

Figura 30 - Polia do tensionador do fio ...................................................................... 39

Figura 31 - Placa processadora - PCI principal ......................................................... 41

Page 8: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

Figura 32 - Estrutura física do microcontrolador Atmega8a ...................................... 41

Figura 33 - Placa de funcionamento do motor de passo ........................................... 41

Figura 34 - Placa de funcionamento dos sensores e do botão start/stop .................. 42

Figura 35 - Sensor contador de voltas ...................................................................... 43

Figura 36 - Sensor fim de curso do carro guia .......................................................... 43

Figura 37 - Botão Start/Stop ...................................................................................... 43

Figura 38 - Transformadores de 12V ligados em série ............................................. 44

Figura 39 - Ponte retificadora .................................................................................... 45

Figura 40 - Ligação entre os motores e os transformadores pela ponte retificadora . 45

Figura 41 - Motor tracionador .................................................................................... 45

Figura 42 - Motor de passo ....................................................................................... 46

Figura 43 - Usinagem do eixo feito na escola, com o auxílio do professor Ivo .......... 46

Figura 44 - Eixo do carro finalizado ........................................................................... 46

Figura 45 - Montagem do rolamento do carro finalizado ........................................... 47

Figura 46 - Usinagem do eixo do rolamento do carro feito na escola com o auxílio do

mecânico Edson ........................................................................................................ 47

Figura 47 - Utilização do rolamento no deslocamento do carro ................................ 47

Figura 48 - Montagem das chapas no carro guia e no motor de passo .................... 48

Figura 49 - Montagem da chapa no contra ponto ...................................................... 48

Figura 50 - Montagem das chapas no motor tracionador .......................................... 48

Figura 51 - Conjunto do carro guia fio ....................................................................... 49

Figura 52 - Conjunto do alinhador do carro guia fio .................................................. 50

Figura 53 - Barra roscada do carro guia .................................................................... 50

Figura 54 - Eixo tracionador com o lado que se encaixa no contra ponto ................. 51

Figura 55 - Eixo tracionador com o lado que se une ao encaixe rápido .................... 51

Figura 56 - Conjunto do eixo tracionador com os carreteis ...................................... 51

Figura 57 - Conjunto completo dos espaçadores ...................................................... 52

Figura 58 - Espaçadores do eixo tracionador que separam os carreteis .................. 52

Figura 59 - Carretel para ser enrolado ...................................................................... 52

Figura 60 - Contra ponto do eixo tracionador ............................................................ 53

Figura 61 - Encaixe rápido do eixo tracionador ......................................................... 53

Figura 62 - Polia tensionadora do fio ......................................................................... 54

Figura 63 - Conjunto do tensionador dos fios ............................................................ 54

Page 9: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

SUMÁRIO

0 - INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 11

1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 12

1.1 – Bobina ........................................................................................................................ 12

1.2 – Motor .......................................................................................................................... 14

1.2.1 - Motor de passo .................................................................................................................. 15

1.3 – Sensores..................................................................................................................... 16

1.3.1 - Chave óptica ...................................................................................................................... 17 1.3.2 - Fotoacoplador .................................................................................................................... 18

1.4 – Corte a Laser .............................................................................................................. 19

1.5 – Microcontrolador AVR Atmega8a ................................................................................ 21

1.5.1 - Memória de programa (Flash) ........................................................................................... 22 1.5.2 – EEPROM .......................................................................................................................... 22 1.5.3 - Mega AVR – Série ATmega .............................................................................................. 22 1.5.4 – Características .................................................................................................................. 23 1.5.5 – Configuração dos pinos .................................................................................................... 25

2 – PLANEJAMENTO DO PROJETO ............................................................................. 26

2.1 - Elétrica e Eletrônica ..................................................................................................... 26

2.1.1 - Diagrama em Blocos ......................................................................................................... 26 2.1.2 - Planilha de custo Elétrica/Eletrônica ................................................................................. 26

2.2 - Parte Lógica ................................................................................................................ 27

2.2.1 - Fluxograma do Processo .................................................................................................. 27 2.2.2 – Fluxograma do botão pré-programado ............................................................................. 28 2.2.3 – Fluxograma para verificação final do processo ................................................................ 29

2.3 – Mecânica .................................................................................................................... 30

2.3.1 – Croquis ............................................................................................................................. 30 2.3.1.1 – Escopo geral ........................................................................................................................................... 30 2.3.1.2 – Eixo do rolamento do carro................................................................................................................... 30 2.3.1.3 – Chapas do carro ..................................................................................................................................... 31 2.3.1.4 – Barra roscada ......................................................................................................................................... 32 2.3.1.5 – Espaçadores do eixo tracionador ........................................................................................................ 32 2.3.1.6 – Alinhador do guia fio .............................................................................................................................. 32 2.3.1.7 – Eixo do motor tracionador ..................................................................................................................... 33 2.3.1.8 – Encaixe rápido ........................................................................................................................................ 33 2.3.1.9 – Contra ponto ........................................................................................................................................... 34 2.3.1.10 – Eixo do carro guia fio ........................................................................................................................... 34 2.3.1.11 – Polia do tensionador ............................................................................................................................ 35

2.3.2 – Desenhos no AutoCAD .................................................................................................... 35 2.3.2.1 - Eixo do rolamento do carro ................................................................................................................... 35 2.3.2.2 - Chapas do carro ...................................................................................................................................... 36 2.3.2.3 - Barra roscada .......................................................................................................................................... 36 2.3.2.4 - Espaçadores do eixo tracionador ......................................................................................................... 37 2.3.2.5 - Alinhador do guia fio ............................................................................................................................... 37 2.3.2.6 - Encaixe rápido ......................................................................................................................................... 38 2.3.2.7 - Contra ponto ............................................................................................................................................ 38 2.3.2.8 - Eixo do carro guia fio .............................................................................................................................. 38

Page 10: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

2.3.2.9 - Polia do tensionador ............................................................................................................................... 39

2. 4 - PLANILHA DE CUSTO MECÂNICA ........................................................................... 39

3 – DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ..................................................................... 40

3.1 – Funcionamento Elétrico/Eletrônico .............................................................................. 40

3.1.1 – Placa processadora .......................................................................................................... 40 3.1.2 – Placa drive step motor ...................................................................................................... 41 3.1.3 – Placa dos sensores e botão start/stop ............................................................................. 42 3.1.4 – Sensores ópticos .............................................................................................................. 43 3.1.5 – Botão start/stop................................................................................................................. 43 3.1.6 – Transformadores .............................................................................................................. 44 3.1.7 – Ponte retificadora.............................................................................................................. 44 3.1.8 – Motor elétrico tracionador ................................................................................................. 45 3.1.9 – Motor de passo ................................................................................................................. 46

3.2 – Mecânica do projeto .................................................................................................... 46

3.2.1 – Eixo do carro guia fio ........................................................................................................ 46 3.2.2 – Eixo do rolamento do carro guia fio .................................................................................. 47 3.2.3 – Local de uso do eixo do rolamento do carro guia fio........................................................ 47 3.2.4 – Chapas do projeto ............................................................................................................ 48 3.2.5 – Carro guia fio .................................................................................................................... 49 3.2.6 – Alinhador do carro guia fio ................................................................................................ 49 3.3.7 - Barra roscada .................................................................................................................... 50 3.2.8 – Eixo do motor tracionador ................................................................................................ 51 3.2.9 – Espaçadores do eixo tracionador ..................................................................................... 52 3.2.10 – Carretel ........................................................................................................................... 52 3.2.11 – Contraponto e encaixe do eixo tracionador .................................................................... 52 3.2.12 – Tensionador dos fios ...................................................................................................... 53 3.2.13 – Programação .................................................................................................................. 54

4 – RESULTADOS OBTIDOS .............................................................................................. 55

5 - CONCLUSÃO ................................................................................................................. 56

6 - REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 57

7 - APÊNDICE .................................................................................................................... 61

7.1 – ATA’s .......................................................................................................................... 61

Page 11: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

11

0 - Introdução

A presente pesquisa pretende projetar e criar uma bobinadeira capaz de

enrolar 10 carretéis para transformadores, visando à alteração de sua velocidade de

enrolamento para atender o mercado consumidor de uma maneira mais eficaz.

Foram levantadas três situações problema às quais foram caracterizadas

como plano A, plano B e plano C. O A consistia em uma cadeira odontológica

controlada por comando de voz, o B um mercado inteligente e o C um volante anti-

furto. Porém nenhum dos planos investigados foram viáveis devido às opiniões e

dicas que nos foram dadas pelos professores, sendo sugerido assim pelo

patrocinador, um projeto de maior viabilidade que é o atual projeto.

O protótipo da máquina já existente apresentava problemas diversos, tais

como lentidão do processo, número pequeno de carretéis por operação e sendo

uma máquina muito rústica e antiga. Portanto, nosso maior objetivo na construção

deste projeto, visa realizar a modernização e alteração da antiga em uma melhor e

mais eficiente.

A bobinadeira consiste em uma máquina para enrolamento de bobinas para

transformadores. A modernização será principalmente para que a máquina tenha

uma produção em maior escala, podendo assim suportar a demanda exigida pelo

mercado. Ela se enquadra em todas as áreas de nosso curso, portanto realizando

este projeto, podemos colocar em prática tudo que aprendemos durante os nossos

três anos de estudo.

O projeto foi realizado em dois ambientes que puderam nos fornecer

condições necessárias para realização do trabalho, a oficina técnica da escola ETEC

Jorge Street e a empresa Sacch. Tudo o que foi feito fora do ambiente escolar foi

documentado em ATAs e assinado pelos professores orientadores.

Page 12: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

12

1 – Fundamentação Teórica

1.1 – Bobina

A palavra bobina tem diversos significados, mas em eletrônica, é a palavra

utilizada para se referir a qualquer fio condutor elétrico enrolado em si mesmo, ou

ainda em volta de uma superfície também condutora. Este simples rolo de fios

encontra diversos usos na eletrônica, desde o seus mais antigos desdobramentos.

A sua aplicação mais evidente é a de produzir magnetismo, tornando-se a

bobina num ímã elétrico ou eletroímã. Bobinas são empregadas assim, como

indutor, ou seja, um dispositivo elétrico passivo que tem como utilidade armazenar

energia em forma de um campo magnético.

Seu funcionamento parte do princípio de que, quando a corrente

elétrica passa num enrolamento de fios, gera-se um campo magnético e,

inversamente, quando se interrompe um campo magnético, gera-se eletricidade em

qualquer enrolamento de fio dentro das linhas de força do campo magnético. Devido

ao fato de que o campo magnético ao redor de um fio ser circular e perpendicular a

este, uma maneira fácil de amplificar o campo magnético produzido é enrolar o fio

como uma bobina.

Sua potência depende ainda da espessura e da quantidade de fio utilizado em

sua composição. Em fios de maior espessura, a corrente elétrica fluirá melhor, o

mesmo ocorrendo em um conjunto de fio mais extenso, isso é claro, dependendo da

potência que se deseja conseguir.

No entanto, para as pequenas correntes usadas nos casos habituais,

o magnetismo produzido pode ser muito fraco. A solução mais comum para reforçar

Figura 1 - Bobinas

Page 13: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

13

a potência da bobina é introduzir uma peça de ferro macio em seu interior.

Há diversas aplicações para as bobinas na indústria. Como exemplo, é

possível citar que para o funcionamento das lâmpadas fluorescentes é necessário o

uso de uma bobina no interior dos bulbos de vidro destas. Na maioria dos alto-

falantes encontramos como elemento central um eletroímã. E as bobinas

eletromagnéticas fora de indutores e transformadores são usadas como captador

magnético em instrumentos musicais como guitarras elétricas.

Um dos usos mais comuns das bobinas se apoia nos transformadores,

máquinas destinadas a transmitir energia elétrica ou potência elétrica de um circuito

a outro, com outro valor de tensão ou corrente (mais alto ou mais baixo),

encontramos em sua parte principal um conjunto de, pelo menos, duas bobinas.

Inventado em 1831 por Michael Faraday, os transformadores são dispositivos

que funcionam através da indução de corrente de acordo com os princípios

do eletromagnetismo, ou seja, ele funciona baseado nos princípios eletromagnéticos

da Lei de Faraday-Neumann-Lenz e da Lei de Lenz, onde se afirma que é possível

criar uma corrente elétrica em um circuito uma vez que esse seja submetido a um

campo magnético variável, e é por necessitar dessa variação no fluxo, que os

transformadores só funcionam em corrente alternada.

Todos os aparelhos eletrônicos domésticos como: rádios, televisores,

aparelhos de vídeo, etc. têm um transformador. Este é um fator importante para

aumento de peso dos aparelhos, pois os transformadores têm um núcleo de ferro.

Um simples eletroímã e também um simples exemplo de aplicação de uma

bobina é que ela pode ser construída utilizando apenas um parafuso, uma pilha e

um fio metálico (por ser melhor condutor que outro tipo de fio qualquer).

Figura 3 - Funcionamento de uma bobina

Figura 2 - Enrolamento

Page 14: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

14

1.2 – Motor

Um motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia

elétrica em mecânica. É o mais usado de todos os tipos de motores, pois combinam

as vantagens da energia elétrica - baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e

simplicidade de comando – com sua construção simples, custo reduzido, grande

versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores

rendimentos.

Onde quer que haja progresso, a presença do motor elétrico é imprescindível.

Desempenhando um importante papel para a sociedade, os motores são o coração

das máquinas modernas, por essa razão é necessário conhecer seus princípios

fundamentais de funcionamento, desde a construção até as aplicações.

A maioria dos motores elétricos trabalha pela interação entre

campos eletromagnéticos, mas existem motores baseados em outros fenômenos

eletromecânicos, tais como forças eletrostáticas. O princípio fundamental em que os

motores eletromagnéticos são baseados é que há uma força mecânica em todo o fio

quando está conduzindo corrente elétrica imersa em um campo magnético. A força é

descrita pela lei da força de Lorentz e é perpendicular ao fio e ao campo magnético.

A maioria de motores magnéticos é giratória, mas existem também os tipos

lineares. Em um motor giratório, a parte giratória (geralmente no interior) é chamada

de rotor, e a parte estacionária é chamada de estator. O motor é constituído de

eletroímãs que são posicionados em ranhuras do material ferromagnético que

constitui o corpo do rotor e enroladas e adequadamente dispostas em volta do

material ferromagnético que constitui o estator.

Page 15: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

15

1.2.1 - Motor de passo

O motor de passo foi inventado em 1936 por Marius Lavet. Eles são

dispositivos eletromecânicos que convertem pulsos elétricos em movimentos

mecânicos que geram variações angulares discretas. O rotor ou eixo de um motor de

passo é rotacionado em pequenos incrementos angulares, denominados “passos”,

quando pulsos elétricos são aplicados em uma determinada sequência nos terminais

deste.

A rotação de tais motores é diretamente relacionada aos impulsos elétricos

que são recebidos, bem como a sequência a qual tais pulsos são aplicados reflete

diretamente na direção a qual o motor gira. A velocidade que o rotor gira é dado pela

frequência de pulsos recebidos e o tamanho do ângulo rotacionado é diretamente

relacionado com o número de pulsos aplicados.

Um motor de passo é um tipo de motor elétrico usado quando algo tem que

ser posicionado muito precisamente ou rotacionado em um ângulo exato.

Neste tipo de motor a rotação do balancete é controlado por uma série de

campos eletromagnéticos que são ativados e desativados eletronicamente. Eles

podem ser usados em aplicações onde é necessário controlar vários fatores tais

como: ângulo de rotação, velocidade, posição e sincronismo.

Motores de passo não usam escovas ou comutadores e possuem um número

fixo de pólos magnéticos que determinam o número de passos por revolução. Os

motores de passo mais comuns possuem de 3 a 72 passos/revolução, significando

que ele leva de 3 a 72 passos para completar uma volta.

Os motores de passo são classificados pelo torque que produzem. Para

atingir todo o seu torque, suas bobinas devem receber toda a corrente marcada

durante cada passo. Os seus controladores devem possuir circuitos reguladores de

corrente para poderem fazer isto.

Mas o ponto forte de um motor de passo não é a sua força (torque), tampouco

sua capacidade de desenvolver altas velocidades ao contrário da maioria dos outros

motores elétricos, mas sim a possibilidade de controlar seus movimentos de forma

precisa. Por conta disso este é amplamente usado em impressoras, scanners, robôs,

câmeras de vídeo, brinquedos, automação industrial entre outros dispositivos

eletrônicos que requerem de precisão.

Page 16: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

16

Os motores de passo são classificados em relação ao seu tipo construtivo, e

podem ser de três tipos: relutância variável, imã permanente e híbrido com escovas

redundantes.

1.3 – Sensores

Os sensores óticos possuem um princípio de funcionamento baseado num

feixe luminoso, em geral infravermelho e que pode ser polarizado (ou não), gerado

por um dispositivo emissor e captado por outro dispositivo receptor. A presença do

objeto no caminho do raio infravermelho possibilita (ou impede), dependendo do tipo

de sensor, a recepção deste por parte do receptor. Assim, o controlador monitora se

o objeto se encontra (ou não) presente no caminho da luz.

Nos dispositivos mais comuns, o emissor consiste em um LED infravermelho

polarizado adequadamente, o qual emite um raio de um determinado espectro de

frequências. O dispositivo receptor, em geral, consiste em um fototransistor, que

quando está polarizado corretamente (fica em estado de corte ou saturação)

dependendo se sua base está sendo ou não iluminada.

Neste tipo de transdutor, o emissor e o receptor encontram-se em dois

dispositivos diferentes. Eles devem ser colocados em perfeito alinhamento de

maneira tal que a luz emitida chegue ao receptor. Quando um objeto não

transparente se interpõe entre o emissor e o receptor, a luz obviamente não chega,

desativando o receptor, e entregando o estado correspondente na saída.

Em alguns casos o emissor e o receptor encontram-se no mesmo dispositivo,

enfrentados entre eles, e separados por uma fenda que permite a passagem de um

objeto de mínima espessura, tal como uma folha de papel, em cujo caso servirá para

detectar a presença desta, como efetivamente é utilizado nas impressoras.

Os sensores óticos formados por um LED e um fototransistor apresentam

algumas desvantagens, tal como, pela relativamente pouca potência luminosa do

feixe emitido, assim como pelo ângulo de difusão deste, a distância máxima de

recepção é normalmente pequena. Existem versões desses sensores mais precisas

e de maior alcance, entre elas a que utiliza como emissor uma fonte de raio laser e

como receptor um cristal fotossensível. A distância de recepção aumenta, mas com

Page 17: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

17

a desvantagem de que este dispositivo exige um alinhamento perfeito entre emissor

e receptor.

Normalmente, o sensor ótico é parte de um sistema maior que integra um

dispositivo de medição, uma fonte de luz e o sensor. Isso geralmente é conectado a

um acionador elétrico, que reage a uma mudança no sinal no sensor de luz.

Outras características de todos os tipos de sensores óticos é a possibilidade

de ser instalado internamente ou externamente em um dispositivo. Os transdutores

externos registram e transmitem a quantidade necessária de luz. Estes produtos são

conhecidos como sensores extrínsecos. Já os sensores intrínsecos são aqueles que

ficam embutidos dentro de um dispositivo. Estes são geralmente utilizados para

medir as variações menores, como uma curva ou uma ligeira mudança na direção

dos feixes de luz.

Além das aplicações habituais, como contagem de peças, proteção do

operador, etc., o sistema pode trabalhar com emissão de luz visível, para sistemas

de alarme tanto em ambientes internos quanto externos, formando uma barreira que

ao ser interrompido, pode causar diversos acionamentos no sistema.

Uma grande quantidade de dispositivos de controle em máquinas industriais e

mesmo de equipamentos de consumo utiliza sensores ópticos. Sem a necessidade

de contatos mecânicos este tipo de dispositivo não sofre desgaste e está sujeito a

um número muito menor de falhas, sendo por isso preferido pelos projetistas.

A disponibilidade de diversos tipos de sensores ópticos sensíveis e rápidos

permite ao projetista de controles eletrônicos de todos os tipos a elaboração de

circuitos de grande eficiência. Estes circuitos podem ser usados para detectar o fim

de curso de partes móveis de uma máquina, controlar a velocidade de rotação de

um volante ou ainda detectar a passagem de um objeto por um determinado local.

Page 18: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

18

1.3.1 - Chave óptica

Uma chave óptica geralmente é constituída de um emissor (LED

Infravermelho) e um receptor (Fototransistor). O dispositivo é montado de forma que

entre o Emissor e o Receptor exista uma fenda onde possa ser introduzido algum

objeto. A introdução desse objeto nessa fenda, interrompe o feixe de luz,

provocando uma mudança do estado lógico da chave óptica de um para zero.

As chaves ópticas são rápidas e têm a vantagem de não utilizarem contatos

mecânicos, que com o tempo acabam se desgastando, são muito utilizadas na

automação como fim de curso, em robótica, e em muitas outras aplicações

importantes relacionadas à mecatrônica e optoeletrônica.

1.3.2 - Fotoacoplador

Fotoacoplador, ou também chamado de acoplador ótico e optoacoplador, é

um componente formado basicamente por um LED e um fototransistor dentro de um

CI com a função de transferir uma informação elétrica entre dois circuitos através de

luz, ou seja, sem contato elétrico entre eles.

Conforme se aplica uma tensão nos pinos do LED, este acende e a luz

polariza a base do fototransistor interno. Desta forma, o fototransistor conduz e faz a

corrente circular por outro circuito isolado eletricamente. Estes componentes são

usados como sensores em alarmes, aparelhos de som, videocassetes, eletrônica

Figura 4 - Chave Óptica

Page 19: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

19

industrial e em fontes chaveadas são usados para ajudar a regular as tensões de

saída.

Existem vários tipos de fotoacopladores, alguns com dois LEDs e dois

fototransístores, outros ainda mais complexos, contendo muitos componentes no

interior do CI.

1.4 – Corte a Laser

A palavra LASER é a sigla de Light Amplification by Stimulated Emission of

Radiation, que em português significa “luz amplificada pela emissão estimulada de

radiação”.

A tecnologia foi criada em 1960 por Theodore Maiman. Na ocasião, o físico

americano estimulou átomos de rubi a emitir luz concentrada. Desde então, o laser

evoluiu e atualmente é empregado em aparelhos caseiros, cirúrgicos, industriais,

militares e espaciais. Raios laser já foram usados até para medir a distância entre a

Terra e a Lua. Embora seja possível criar armas para cegar inimigos e para

interceptar mísseis.

O corte a laser é um processo que se dá através da estimulação molecular e

da posterior transmissão das moléculas para níveis mais baixos de energia (o

“esfriamento” do material por um meio ativo, sendo ele sólido, líquido ou gasoso).

Figura 5 - Fotoacoplador Figura 6 - Esquema

interno do fotoacoplador

Page 20: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

20

Inicialmente, ocorre a estimulação radioativa da luz, que é amplificada,

produzindo um potente feixe de luz. Ao ser aplicado, esse feixe (que é energia

luminosa concentrada em um raio único) irá alterar a composição molecular de uma

superfície estável (ou seja, do material a ser trabalhado), possibilitando, então, o

corte perfeito dessa superfície (seguido da etapa de esfriamento).

Geralmente, em um processo de corte a laser típico, são focados de 1000 a

2000 watts de energia – potência suficiente para efetuar o corte nos materiais mais

usuais. A profundidade de corte atingida fica em torno dos 20mm.

Dentre as muitas vantagens oferecidas, é importante destacar que o corte a

laser é um processo que aumenta a qualidade da produção, sendo recomendado

para os projetos que exigem medidas e padrões exatos, que geralmente não seriam

atingidos com a utilização de ferramentas convencionais.

A máquina de corte a laser é um equipamento que utiliza alta tecnologia. Ela

funciona integrada a um sistema CAD/CAM. Nesse sistema, desenvolve-se um

minucioso projeto; depois, é tomado como guia um arquivo do desenho do projeto,

que será executado no material trabalhado. O processo é rápido e eficiente, não

demandando o desenvolvimento de matrizes.

Para que o corte seja executado, um forte gerador produz um raio que é

encaminhado para a cabeça de corte, que direciona o feixe de laser por um caminho

ótico (definido através de espelhos ajustáveis). O raio, que até então apresentava

baixa densidade de energia, atravessa uma lente de foco que ajusta a intensidade e

o tamanho do feixe.

Na sequência, é adicionada uma substância gasosa (dependendo do tipo de

laser), e o feixe focado passa a apresentar uma alta densidade de energia.

Finalmente, o feixe é convergido sobre o material a ser trabalhado, quando então, é

efetuado o corte (a densidade energética do feixe “derrete” o material na linha de

corte). Gases assistentes auxiliam a máquina de corte a laser na “secagem” da peça

trabalhada.

Em milésimos de segundo, a máquina de corte a laser executa o trabalho. O

sistema permite que projetos complexos, cheios de detalhes e ângulos difíceis,

sejam realizados de forma perfeita.

O corte a laser pode ser aplicado em acrílico, madeira, MDF, couro, papel,

plástico, aço carbono, aço inox, alumínio etc. No caso específico do corte industrial,

Page 21: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

21

atualmente existem dois tipos de laser, o CO2 e o YAG, que podem ser empregados

em diferentes materiais.

O laser CO2 (o mais empregado no corte industrial) utiliza os seguintes

gases: Hélio (He), Nitrogênio (N2) e o Dióxido de Carbono (CO2). O gás CO2 é

empregado na emissão do laser, o N2 (Nitrogênio) na excitação e o He (Hélio) na

etapa do esfriamento.

Com a utilização do CO2, viabiliza-se um processo de corte a laser versátil,

pois ele pode trabalhar materiais metálicos e não metálicos com alta velocidade e

facilidade de controle. Porém, no caso de material refletivo (alumínio, por exemplo),

o laser CO2 enfrenta dificuldades de corte (dependendo da espessura a ser

trabalhada).

1.5 – Microcontrolador AVR Atmega8a

Os microcontroladores AVR da fabricante ATMEL são microcontroladores de

8 bits, desenvolvidos sob a tecnologia RISC - Reduced Instruction Set Computer

(Computador com Set de Instruções Reduzido) e arquitetura HARVARD que separa

a memória de dados da memória de programa.

Foi um dos primeiros da família de microcontroladores a utilizar uma memória

flash com o intuito de armazenar a programação, diferentemente de seus

concorrentes da época, que utilizavam memórias do tipo PROM, EPROM

ou EEPROM.

Figura 7 - Estrutura física Atmega8a

Page 22: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

22

Desta forma um microcontrolador AVR tem um barramento para dados e

outro para programa. Esta separação de barramentos permite uma maior velocidade

no tratamento dos dados e do programa

1.5.1 - Memória de programa (Flash)

As instruções de programas são armazenadas em memórias flash não

voláteis. Apesar de serem de 8 bits, cada instrução consiste de palavras de 16 bits,

além disso, não há suporte de utilizar os códigos de programas externamente, todas

as instruções devem residir no núcleo do dispositivo.

O tamanho da memória do programa é normalmente indicado no nome do

próprio dispositivo. Por exemplo, a linha ATmega64x tem 64 kbytes de flash, assim

como a ATmega32x tem apenas 32kB.

1.5.2 – EEPROM

Quase todos os microcontroladores AVR possuem EEPROM interna para

armazenamento de dados semipermanentes. Como memória flash, a EEPROM

pode manter seu conteúdo quando a energia é desligada.

Na maioria das variantes da arquitetura AVR, esta memória EEPROM interna

não é mapeada para o espaço de memória endereçável da MCU. Ela só pode ser

acessada da mesma forma que um dispositivo periférico externo, usando

registradores de ponteiros especiais e instruções de leitura/escrita, o que faz o

acesso à EEPROM muito mais lento que outra RAM interna.

1.5.3 - Mega AVR – Série Atmega

- Memória do programa de 4 a 256 kB

- 28 ou 100 pinos

- Conjunto de instruções estendidas (múltiplas instruções e instruções para

gerenciamento de programas com grandes memórias).

- Conjunto extensivo de periféricos

Page 23: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

23

1.5.4 – Características

• High-performance, Low-power Atmel®AVR® 8-bit Microcontroller

• Advanced RISC Architecture

– 130 Powerful Instructions – Most Single-clock Cycle Execution

– 32 × 8 General Purpose Working Registers

– Fully Static Operation

– Up to 16MIPS Throughput at 16MHz

– On-chip 2-cycle Multiplier

• High Endurance Non-volatile Memory segments

– 8Kbytes of In-System Self-programmable Flash program memory

– 512Bytes EEPROM

– 1Kbyte Internal SRAM

– Write/Erase Cycles: 10,000 Flash/100,000 EEPROM

– Data retention: 20 years at 85°C/100 years at 25°C(1)

– Optional Boot Code Section with Independent Lock Bits

In-System Programming by On-chip Boot Program

True Read-While-Write Operation

– Programming Lock for Software Security

• Peripheral Features

– Two 8-bit Timer/Counters with Separate Prescaler, one Compare Mode

– One 16-bit Timer/Counter with Separate Prescaler, Compare Mode, and Capture

Mode

– Real Time Counter with Separate Oscillator

– Three PWM Channels

– 8-channel ADC in TQFP and QFN/MLF package

Eight Channels 10-bit Accuracy

– 6-channel ADC in PDIP package

Six Channels 10-bit Accuracy

– Byte-oriented Two-wire Serial Interface

– Programmable Serial USART

– Master/Slave SPI Serial Interface

– Programmable Watchdog Timer with Separate On-chip Oscillator

Page 24: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

24

– On-chip Analog Comparator

• Special Microcontroller Features

le Brown-out Detection

– Internal Calibrated RC Oscillator

– External and Internal Interrupt Sources

– Five Sleep Modes: Idle, ADC Noise Reduction, Power-save, Power-down, and

Standby

• I/O and Packages

– 23 Programmable I/O Lines

– 28-lead PDIP, 32-lead TQFP, and 32-pad QFN/MLF

• Operating Voltages

– 2.7V - 5.5V (ATmega8L)

– 4.5V - 5.5V (ATmega8)

• Speed Grades

– 0 - 8MHz (ATmega8L)

– 0 - 16MHz (ATmega8)

• Power Consumption at 4Mhz, 3V, 25 C

– Active: 3.6mA

– Idle Mode: 1.0mA

– Power-down Mode: 0.5μA

Page 25: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

25

1.5.5 – Configuração dos pinos

Figura 8 - Configuração dos pinos

Page 26: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

26

2 – Planejamento do Projeto 2.1 - Elétrica e Eletrônica 2.1.1 - Diagrama em Blocos

O seguinte diagrama em blocos mostra de forma clara e objetiva o sistema

físico do projeto.

2.1.2 - Planilha de custo Elétrica/Eletrônica

Ordem Denominação Quantidade Unidade Valor(R$) R/E

1 Placa processadora 1 pç 250,00 R

2 Placa Driver Step Motor 1 pç 150,00 R

3 Transformadores 2 pç 80,00 R

4 Ponte retificadora 1 pç 5,00 R

485,00R$

Bobinadora

3ºMecatrônica 2014Planilha de custos

TOTAL

Figura 9 - Diagrama em blocos

Page 27: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

27

2.2 - Parte Lógica

2.2.1 - Fluxograma do Processo

Page 28: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

28

2.2.2 – Fluxograma do botão pré-programado

Page 29: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

29

2.2.3 – Fluxograma para verificação final do processo

Page 30: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

30

2.3 – Mecânica

2.3.1 – Croquis

2.3.1.1 – Escopo geral

2.3.1.2 – Eixo do rolamento do carro

Figura 10 - Croqui inicial do projeto

Figura 11 - Eixo do rolamento do carro

Page 31: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

31

2.3.1.3 – Chapas do carro

Figura 12 - Montagem do eixo

Figura 13 - Chapas e Montagem do carro

Page 32: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

32

2.3.1.4 – Barra roscada

Figura 14 - Barra roscada do carro guia

2.3.1.5 – Espaçadores do eixo tracionador

2.3.1.6 – Alinhador do guia fio

Figura 15 - Espaçadores do eixo tracionador

Figura 16 - Montagem do alinhador do guia fio

Page 33: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

33

2.3.1.7 – Eixo do motor tracionador

2.3.1.8 – Encaixe rápido

Figura 17 - Montagem do eixo tracionador

Figura 18 - Encaixe rápido do eixo tracionador

Page 34: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

34

2.3.1.9 – Contra ponto

2.3.1.10 – Eixo do carro guia fio

Figura 19 - Contra ponto do eixo tracionador

Figura 20 - Eixo do carro guia

Page 35: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

35

2.3.1.11 – Polia do tensionador

2.3.2 – Desenhos no AutoCAD

2.3.2.1 - Eixo do rolamento do carro

Figura 21 - Polia do tensionador do fio

Figura 22 - Montagem do eixo do rolamento do carro guia

Page 36: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

36

2.3.2.2 - Chapas do carro

2.3.2.3 - Barra roscada

Figura 23 - Montagem das chapas do carro guia

Figura 24 - Barra roscada do carro guia

Page 37: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

37

2.3.2.4 - Espaçadores do eixo tracionador

2.3.2.5 - Alinhador do guia fio

Figura 25 - Espaçadores do eixo tracionador

Figura 26 - Montagem do alinhador do carro guia

Page 38: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

38

2.3.2.6 - Encaixe rápido

2.3.2.7 - Contra ponto

2.3.2.8 - Eixo do carro guia fio

Figura 27 - Encaixe rápido do eixo tracionador

Figura 28 - Contra ponto do eixo tracionador

Figura 29 - Eixo do carro guia

Page 39: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

39

2.3.2.9 - Polia do tensionador

.

2.4 - Planilha de custo Mecânica

Ordem Denominação Quantidade Unidade Valor(R$) R/E

1 Motor tracionador 1 pç 250,00 R

2 Motor de passo 1 pç 200,00 R

3 Chapa corte a laiser 10 Chapas 300,00 R

4 Usinagem contraponto 3 pçs 200,00 R

5 Usinagem da barra tracionadora 1 pç 150,00 R

6 Usinagem alinhadores do guia fio 10 pç 300,00 R

7 Usinagem da barra roscada e porca 2 pçs 400,00 R

8 Usinagem do acoplamento do motor 1 pç 200,00 R

9 Gabinete da eletrônica 1 pç 200,00 R

10 Mesa de suporte do equipamento 1 Mesa 300,00 R

2.500,00R$

Bobinadora 3ºMecatrônica

2014Planilha de custos

TOTAL

Figura 30 - Polia do tensionador do fio

Page 40: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

40

3 – Desenvolvimento do Projeto

3.1 – Funcionamento Elétrico/Eletrônico

Assim que a máquina for alimentada com 127 volts, a PCI principal será

ativada, energizando um LCD e as push bottons que serão usadas para programar o

funcionamento da bobinadeira. As push bottons, após serem programadas, irão

enviar um pulso ao botão de start, que depois de fechar seu contato Normal Aberto

libera a passagem desse pulso para a ativação do motor tracionador e o motor de

passo. O motor tracionador será controlado pela quantidade de voltas que efetuar,

ou seja, essa contagem se da através de uma chave óptica contadora de voltas que

envia todas as informações de volta para a PCI principal, já o motor de passo recebe

as informações da mesma pelo controlador do dispositivo (Driver Step Motor) e

efetua o que foi determinado, retornando as informações para a PCI principal. Esta

se subdivide nas seguintes partes:

3.1.1 – Placa processadora

Os componentes existentes na placa junto do microcontrolador AVR

atmega8a, ou também conhecido como PCI principal, tem como função controlar as

ações e funções a serem executadas pela máquina que nela foram programadas. É

ela quem envia, recebe e sabe em que parte do processo a máquina se encontra,

podendo executar várias ações ao mesmo tempo.

Depois de ser energizado, o microcontrolador espera um sinal manual que é

dado através do botão de start, a partir desse instante ele passa a controlar toda a

máquina executando tudo aquilo que lhe foi programado sem que haja a

necessidade de uma interferência humana.

Page 41: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

41

3.1.2 – Placa drive step motor

Esta placa é constituída por um circuito independente de acionamento do

motor de passo, que contém um CI lógico que apresenta nele a sequência de

acionamento das fases e um estágio amplificador de saída, sendo assim

interfaceado por um microcontrolador.

A cada pulso de excitação recebido pelo motor, provoca a rotação do eixo que

é caracterizada por um ângulo incremental definido pelo próprio motor. Esse ângulo

é repetido precisamente a cada pulso recebido.

Figura 32 - Estrutura física do

microcontrolador Atmega8a

Figura 31 - Placa processadora - PCI principal

Figura 33 - Placa de funcionamento do motor de passo

Page 42: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

42

3.1.3 – Placa dos sensores e botão start/stop

Está placa foi feita para suportar dois sensores ópticos (Chaves ópticas) e um

botão normalmente aberto. Esta recebe da PCI principal as informações que devem

ser executadas, que ficam armazenadas no CI, de forma que todas as informações

que ao serem executadas por está placa voltem para o local de origem para que o

microcontrolador controle todo o processo da máquina.

Figura 34 - Placa de funcionamento dos sensores e do botão start/stop

Page 43: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

43

3.1.4 – Sensores ópticos

3.1.5 – Botão start/stop

O botão start/stop é quem recebe um pulso elétrico do microcontrolador, pois

após fechar seu contato normal aberto, libera a passagem desse pulso para a

máquina começar a efetuar o seu processo programável.

Figura 36 - Sensor contador de voltas

Figura 35 - Sensor fim de curso do carro guia

Figura 37 - Botão Start/Stop

Page 44: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

44

3.1.6 – Transformadores

Os dois transformadores usados para a fonte de alimentação da máquina

permitem trabalhar com 127 V de entrada e transformar cada um deles uma tensão

de saída igual a 12 V. Estes estão ligados em série para fornecer uma tensão igual a

24 V para a máquina.

3.1.7 – Ponte retificadora

Essa ponte retificadora é formada por quatro diodos que tem como principal

função permitir a condução de corrente elétrica apenas quando a tensão do ânodo

(lado positivo) for maior do que a do catodo (lado negativo). Portanto, os quatros

diodos juntos transformam a corrente elétrica alternada (AC) em corrente continua

(DC), do transformador para o motor elétrico usado para dar tração ao eixo.

Figura 38 - Transformadores de 12V ligados em série

Page 45: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

45

3.1.8 – Motor elétrico tracionador

Especificação do motor Bosch:

Alimentação: 24 V Potência: 22 W Rotação: 250 RPM Corrente Nominal: 4 A Corrente Máxima: 12 A Torque Nominal: 0.95 Nm Torque Máximo: 3.8 Nm Relação de Redução: 41: 1 Resistente a Respingo: IP44 Peso: 1,100 kg

Figura 40 - Ponte retificadora Figura 39 - Ligação entre os motores e os

transformadores pela ponte retificadora

Figura 41 - Motor tracionador

Page 46: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

46

3.1.9 – Motor de passo

Especificação motor de passo: Marca: Astrosyn Ângulo do passo: 1.8º Torque: 50 Ncm Alimentação: 6 V/fase Corrente: 0.85 A/fase Resistencia: 7.1 Ohm/fase Peso: 0.6 kg

3.2 – Mecânica do projeto

A parte mecânica do projeto pode ser dividida em:

3.2.1 – Eixo do carro guia fio

Estes dois eixos têm como função possibilitar o deslocamento do carro guia

fio em cima deles através de rolamentos. O latão é o material destes eixos, que foi

fornecido pelo patrocinador e usinado na oficina da escola. Desenho disponível no

planejamento do projeto.

Figura 42 - Motor de passo

Figura 44 - Usinagem do eixo feito na

escola, com o auxílio do professor Ivo

Figura 43 - Eixo do carro finalizado

Page 47: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

47

3.2.2 – Eixo do rolamento do carro guia fio

É através destes eixos que se torna possível à interligação do eixo do carro

guia fio com o conjunto de chapas que formam o mesmo, e usando o rolamento para

efetuar o movimento. O material usado nestes oito eixos também foi o latão,

fornecido pelo patrocinador e usinado na escola. Desenho disponível no

planejamento do projeto.

3.2.3 – Local de uso do eixo do rolamento do carro guia fio

Figura 45 - Usinagem do eixo do rolamento do carro

feito na escola com o auxílio do mecânico Edson

Figura 46 - Montagem do

rolamento do carro finalizado

Figura 47 - Utilização do rolamento

no deslocamento do carro

Page 48: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

48

3.2.4 – Chapas do projeto

Todas as chapas existentes na máquina foram feitas por uma empresa

especializada em corte a laser, onde todas elas foram cortadas e dobradas de

acordo com o que foi pedido. O desenho com cotas e ângulos das chapas foi

desenvolvido pelo grupo no Autocad, que é um programa padrão para que as

máquinas em cima do que é disponibilizado no desenho efetuem os cortes.

As chapas estão sendo utilizadas em três lugares diferente do projeto. Algumas

delas em conjunto compõem o carro guia fio, outras formam o suporte para o motor

tracionador e as restantes são usadas para o contraponto. Desenho disponível no

planejamento do projeto.

Figura 48 - Montagem das chapas no carro

guia e no motor de passo

Figura 49 - Montagem da chapa no contra

ponto

Figura 50 - Montagem das chapas no

motor tracionador

Page 49: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

49

3.2.5 – Carro guia fio

A função do carro guia fio, se levada ao “pé da letra”, é provocar o

deslocamento horizontal de ida e volta do carro através de um eixo roscado do motor

de passo que está diretamente ligado à porca que se conecta com as chapas que

constituem o carro. Tudo isso se aplica para que o fio que está sendo bobinado para

o carretel possa preenchê-lo inteiramente.

As partes que compõem o carro guia fio são: Dois eixos do carro guia fio, oito

eixos dos rolamentos, oito rolamentos, nove chapas, duas cantoneiras, uma porca,

um eixo roscado, um alinhador do carro guia fio e um motor de passo de alto torque.

Desenho disponível no planejamento do projeto.

3.2.6 – Alinhador do carro guia fio

Este eixo vem acoplado junto ao carro guia fio, onde tem função de fazer o

alinhamento final do fio que está sendo bobinado para o carretel. A execução deste

eixo foi feita pelo patrocinador, pois requeria uma habilidade de torneamento em

diversos materiais e precisão nas medidas do eixo e seus derivados. Desenho

disponível no planejamento do projeto.

Figura 51 - Conjunto do carro guia fio

Page 50: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

50

3.3.7 - Barra roscada

A barra roscada vem acoplada no carro guia fio, tendo como função provocar

o deslocamento do carro, pois transmite o movimento rotativo do motor de passo em

deslocamento horizontal através de uma porca ligada diretamente na rosca da barra

e conectada ao carro para efetuar o movimento.

Está barra foi usinada pelo patrocinador em sua empresa, pois exigia um nível

de torneamento avançado para efetuar roscas. Desenho disponível no planejamento

do projeto.

Figura 52 - Conjunto do alinhador do carro guia fio

Figura 53 - Barra roscada do carro guia

Page 51: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

51

3.2.8 – Eixo do motor tracionador

Este eixo foi desenvolvido para suportar 10 carretéis, que estão dispostos

através do eixo, onde todos estão separados por um espaçador, e são bobinados ao

mesmo tempo. O eixo tem suas extremidades usinadas para que ele seja um eixo de

troca rápida, sendo possível desmontar e montar o eixo em poucos segundo.

Portanto, para ter uma produção em larga escala é necessário ter dois ou mais deste

eixo, para assim ter uma velocidade de produção elevada.

O eixo foi usinado pelo patrocinador e os espaçadores pelo grupo. Desenho

disponível no planejamento do projeto.

Figura 55 - Eixo tracionador com o lado

que se encaixa no contra ponto Figura 54 - Eixo tracionador com o lado

que se une ao encaixe rápido

Figura 56 - Conjunto do eixo tracionador com os carreteis

Page 52: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

52

3.2.9 – Espaçadores do eixo tracionador

Desenho disponível no planejamento do projeto.

3.2.10 – Carretel

A dimensão existente de espaço para

bobinar o fio dentro deste carretel é de 26 mm.

3.2.11 – Contraponto e encaixe do eixo tracionador

O contraponto foi desenvolvido para ajudar e facilitar a troca rápida do eixo

tracionador. Ele evita qualquer transtorno na hora de colocar e retirar o eixo, pois

tem um sistema simples desenvolvido que através de uma mola permite com maior

Figura 58 - Espaçadores do eixo

tracionador que separam os carreteis Figura 57 - Conjunto completo dos

espaçadores

Figura 59 - Carretel para ser enrolado

Page 53: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

53

facilidade posicionar o eixo em sua devida posição. O encaixe do eixo na

extremidade em que contém o motor tracionador, também foi desenvolvido um

sistema para facilitar a troca do eixo.

Portanto, o encaixe do eixo tracionador e o contraponto juntos permitem a

troca rápida do eixo, para assim ter uma produção veloz e em larga escala. Desenho

disponível no planejamento do projeto.

3.2.12 – Tensionador dos fios

O tensionador do fio é a primeira etapa de onde o fio vai passar para ser

direcionado para o carro guia fio e, além disso, funciona para esticá-lo. O

tensionador é constituído por dez polias e uma estrutura de aço, que levará os dez

fios que serão bobinados para o carro guia fio. Este conjunto foi desenvolvido pelo

patrocinador. Desenho disponível no planejamento do projeto.

Figura 60 - Contra ponto do eixo tracionador

Figura 61 - Encaixe rápido do eixo

tracionador

Page 54: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

54

3.2.13 – Programação

A programação do processo da máquina foi realizada através do

microcontrolador Atmel AVR Atmega8a em linguagem C de programação, sob o

auxílio da empresa patrocinadora. O grau de dificuldade desta etapa foi muito

elevado, pois foi necessário conciliar a contagem de voltas do motor tracionador com

o deslocamento exato do motor de passo, relacionando o diâmetro do fio de cobre

para preencher o carretel por completo.

A vantagem após a modernização é que não será mais necessária a

presença de um programador para modificar o processo da máquina diretamente no

programa, pois agora a programação foi realizada com o intuito de qualquer

operador poder trocar a forma de processo, quanto ao número de voltas e diâmetro

do fio a ser bobinado, através de push bottons que alteram o sistema, e podendo ser

visualizado em um LCD.

Figura 63 - Conjunto do tensionador

dos fios

Figura 62 - Polia tensionadora do fio

Page 55: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

55

4 – Resultados Obtidos

O objetivo do projeto foi realizado com êxito. Conseguimos desenvolver tanto

a parte eletrônica quanto a parte mecânica da forma que tínhamos planejado, com

apenas alguns ajustes durante o processo devido às necessidades exigidas para

melhor funcionamento. A programação não muito diferente apresentou problemas

constantes que durante o tempo foram corrigidos até chegarmos a presente

programação existente para a operação da máquina.

A bobinadeira tem a capacidade de até dez carretéis no mesmo ciclo de

produção, podendo assim suportar a demanda exigida pelo mercado. A execução da

máquina é toda controlada por um microcontrolador, o Atmega8a, que através dele é

possível definir quantas voltas de enrolamento será dado, com qual velocidade, o

diâmetro do fio a ser bobinado e de que forma será feito o processo.

Page 56: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

56

5 - Conclusão

Com o projeto realizado conseguimos colocar em prática tudo que

aprendemos durante o nosso curso técnico, envolvendo as áreas da mecânica,

eletroeletrônica e programação. O trabalho em conjunto com a empresa

patrocinadora Sacch Eletrotécnica, nos agregou conhecimentos mais diretos de

como funciona uma empresa e seus possíveis problemas, e de como a

modernização da forma de produção gera benefícios tanto para a empresa como

para os trabalhadores, levando-nos a adquirir mais responsabilidade,

comprometimento, empenho e desejo de inovar cada vez mais.

Como planejado no início deste trabalho, a máquina modernizada apresenta

uma alteração na produção tornando-a mais capaz e eficiente. Então mesmo com

aparição de alguns problemas frequentes, foi possível alcançar todos os objetivos

iniciais apresentados e que futuramente poderão ser incrementados devido às

necessidades que serão impostas pela produção.

Portanto, o desenvolvimento deste projeto nos proporcionou um aprendizado

muito amplo, tanto na parte prática como na parte social, podendo assim, termos

certeza que a missão imposta pelo curso foi concluída.

Page 57: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

57

6 - Referências

Site: www.infoescola.com

Link: http://www.infoescola.com/eletricidade/bobina/ - Acessado em 06//05/2014 às

11h30.

Site: www.manutencaoesuprimentos.com.br

Link: http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/7317-funcionamento-de-

uma-bobina-eletromagnetica/ - Acessado em 06/05/2014 às 11h35.

Site: www.sabereletronica.com.br

Link: http://www.sabereletronica.com.br/artigos/1900-como-calcular-bobinas/ -

Acessado em 06/05/2014 às 11h48.

Site: macao.communications.museum

http://macao.communications.museum/por/exhibition/secondfloor/moreinfo/2_3_6_R

esistanceInductance.html - Acessado em 06/05/2014 às 12h20

Site: www.google.com.br

Link:

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fwww.sindvel.com.br%2Fi

mg%2Fassociados%2Fori_eletronica_mg_001.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.

sindvel.com.br%2Fempresas%2F110%2Feletrnica-

mg&h=533&w=800&tbnid=qLhDun4WEOeE8M%3A&zoom=1&docid=zzThzSmS6m_

sBM&ei=v8LqU8PuEMnvoASd2ICoBQ&tbm=isch&ved=0CB8QMygCMAI&iact=rc&u

act=3&dur=541&page=1&start=0&ndsp=21 - Acessado em 06/05/2014 às 12h30

Link:

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fd1gsvnjtkwr6dd.cloudfron

t.net%2Flarge%2FIC-ATMEGA8A-

PU_LRG.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.protostack.com%2Fmicrocontrollers

%2Fatmega8a-pu-atmel-8-bit-8k-avr-

microcontroller&h=768&w=1024&tbnid=BzStjkEO-

Page 58: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

58

yYRkM%3A&zoom=1&docid=Q9iP5HJe6CNXQM&ei=2xovVJHPM4a0yQSh94LwAg

&tbm=isch&ved=0CCgQMygLMAs&iact=rc&uact=3&dur=745&page=1&start=0&ndsp

=24 - Acessado em 09/05/2014 às 17h00

Site: projetorobo.wordpress.com

Link: http://projetorobo.wordpress.com/tag/bobina/ - Acessado em 09/05/2014 às

17h15

Site: www.fis.unb.br

Link: http://www.fis.unb.br/exper/prolego/eletro/transforma.htm - Acessado em

10/05/2014 às 09h30

Site: pt.wikipedia.org

Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor - Acessado em 10/05/2014 às 09h40

Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Laser - Acessado em 15/05/2014 às 09h30

Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Atmel_AVR - Acessado em 16/05/2014 às 08h00

Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_el%C3%A9trico - Acessado em 19/05/2014 às

12h00

Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_de_passo - Acessado em 25/05/2014 às

07h50

Site: www.telecom.uff.br

Link:http://www.telecom.uff.br/pet/petws/downloads/tutoriais/stepmotor/stepmotor2k8

1119.pdf - Acessado em 02/06/2014 às 12h20

Site: www.mecatronicaatual.com.br

Link: http://www.mecatronicaatual.com.br/educacao/1179-sensores-ticos - Acessado

em 06/05/2014 às 07h50

Page 59: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

59

Site: www.newtoncbraga.com.br

Link: http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/7841-como-

funcionam-os-sensores-opticos-art1051 - Acessado em 12/06/2014 às 15h45

Site: www.ebah.com.br

Link: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAO2wAI/sensor-optico - Acessado em

12/06/2014 às 16h00

Site: www.mecaweb.com.br

Link: http://www.mecaweb.com.br/eletronica/content/e_sensor_optico - Acessado em

12/06/2014 às 16h05

Site: www.manutencaoesuprimentos.com.br

Link: http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/3611-sensor-otico-

como-funciona/ - Acessado em 12/06/2014 às 16h20

Site: www.maxwellbohr.com.br

Link:http://www.maxwellbohr.com.br/downloads/robotica/mec1000_kdr5000/tutorial_

eletronica_-_aplicacoes_e_funcionamento_de_sensores.pdf - Acessado em

15/06/2014 às 07h50

Site: www.burgoseletronica.net

Link: http://www.burgoseletronica.net/fotoacopladores_index.html - Acessado em

15/06/2014 às 08h40

Site: www.cortealasersp.com.br

Link: http://www.cortealasersp.com.br/como-funciona-maquina-corte-laser.html -

Acessado em 20/07/2014 às 07h50

Site: www.metalaser.com.br

Link: http://www.metalaser.com.br/cortealaser/corte-a-laser.html - Acessado em

20/07/2014 às 08h00

Page 60: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

60

Site: mundoestranho.abril.com.br

Link: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-funciona-o-raio-laser -

Acessado em 20/07/2014 às 08h15

Site: www.arnerobotics.com.br

Link: http://www.arnerobotics.com.br/eletronica/Microcontroladores_AVR_basico.htm

- Acessado em 05/08/2014 às 12h00

Site: www.atmel.com

Link: http://www.atmel.com/images/atmel-8159-8-bit-avr-microcontroller-

atmega8a_datasheet.pdf - Acessado em 06/08/2014 às 12h20

Page 61: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

61

7 - Apêndice

7.1 – ATA’s

Todo o processo de desenvolvimento da máquina foi documentado através de

ATA’s. Elas foram feitas de acordo com o que foi feito em cada dia de reunião dos

componentes do grupo com o patrocinador em sua empresa, e assinadas pelos

professores orientadores.

Page 62: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

62

Page 63: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

63

Page 64: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

64

Page 65: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

65

Page 66: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

66

Page 67: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

67

Page 68: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

68

Page 69: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

69

Page 70: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

70

Page 71: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

71

Page 72: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

72

Page 73: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

73

Page 74: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

74

Page 75: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

75

Page 76: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

76

Page 77: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

77

Page 78: BOBINADEIRA - excute.educatronica.com.br 40ª EXCUTE/Mecatrônica... · passo da rosca do fuso de movimento do carro guia fio, alteração da fonte de alimentação, alteração da

78