BOBINAR - Departamento de Sistemas e Computaçãodsc.inf.furb.br/arquivos/tccs/monografias/TCC-2-2012-2-20... · BOBINAR – SISTEMA DE CONTROLE PARA MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS

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  • UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

    CENTRO DE CINCIAS EXATAS E NATURAIS

    CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAO BACHARELADO

    BOBINAR SISTEMA DE CONTROLE PARA

    MANUTENO DE MOTORES ELTRICOS

    MURILO CSAR CARDOSO

    BLUMENAU 2012

    2012/2-20

  • UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

    CENTRO DE CINCIAS EXATAS E NATURAIS

    CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAO BACHARELADO

    BOBINAR SISTEMA DE CONTROLE PARA

    MANUTENO DE MOTORES ELTRICOS

    Trabalho de Concluso de Curso submetido Universidade Regional de Blumenau para a obteno dos crditos na disciplina Trabalho de Concluso de Curso II do curso de Sistemas de Informao Bacharelado. Prof. Wilson Pedro Carli, Mestre Orientador

    BLUMENAU 2012

    2012/2-20

  • BOBINAR SISTEMA DE CONTROLE PARA

    MANUTENO DE MOTORES ELTRICOS

    Por

    MURILO CSAR CARDOSO

    Trabalho aprovado para obteno dos crditos na disciplina de Trabalho de Concluso de Curso II, pela banca examinadora formada por:

    ______________________________________________________ Presidente: Prof. Wilson Pedro Carli, Mestre Orientador, FURB

    ______________________________________________________ Membro: Prof. Antonio Carlos Tavares, Mestre FURB

    ______________________________________________________ Membro: Prof. Rion Brattig Correia, Mestre FURB

    Blumenau, 07 de Dezembro de 2012

  • RESUMO

    Este trabalho apresenta um sistema para ambiente desktop visando o controle de manuteno de motores eltricos de induo monofsicos e trifsicos em uma empresa de manuteno de motores eltricos. O sistema possibilita a organizao das informaes dos motores eltricos, clientes e funcionrios envolvidos no processo de manuteno e servios prestados, agrupando-as em um local nico. Para tanto, utiliza-se o ambiente de desenvolvimento Delphi e banco de dados MySQL. Como resultado tem-se um sistema que traz uma maior praticidade para os usurios com uma consulta mais rpida sobre os dados de clientes, de motores dos clientes, a confeco de oramentos e a emisso de relatrios para auxiliar na gesto da empresa.

    Palavras Chaves: Motores eltricos. Manuteno. Oramento. Sistemas de Informao.

  • ABSTRACT

    This paper presents desktop environment system for the control of maintenance of electric single phase and three phase induction motors in a electric motors maintenance company. The system enables the organization of information of electric motors, customers and employees involved in maintenance and services, grouping them in a single place. For this, was used the development environment Delphi and MySQL database. As a result a system that brings greater practicality for users with a faster query about customer data, customer motors, the manufacturing budgeting and reporting to assist in the company managing.

    Key-words: Electric Motors. Maintenance. Budget. Information Systems.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1- Distribuio de consumo de energia eltrica no Brasil........................................... 12

    Figura 2- Distribuio de consumo de energia eltrica no setor industrial brasileiro ............. 13 Figura 3 - Distribuio de acionamentos na indstria ........................................................... 13

    Figura 4 - Partes e peas de motor eltrico trifsico .............................................................. 20 Figura 5- Enrolamento de campo de um motor de induo ................................................... 21

    Figura 6 - Enrolamento de armaduras de um motor trifsico de rotor de gaiola ..................... 21 Figura 7 - Enrolamento de armadura de um motor trifsico com rotor bobinado ................... 22

    Figura 8 - Polaridade de um motor de induo ..................................................................... 22 Figura 9 - Altura e Comprimento do estator ......................................................................... 23

    Figura 10 - Corte do estator, mostrando as bobinas e o material isolante .............................. 24 Figura 11- Geometria de ranhuras do estatores ..................................................................... 24

    Figura 12 - Frmula pra o calculo de matriz de bobinagem .................................................. 25 Figura 13 - Desbalanceamento X Aumento de perdas ........................................................... 28

    Figura 14 - Fluxograma do sistema atual .............................................................................. 30 Figura 15 - Fluxograma Principal do Sistema ....................................................................... 35

    Figura 16 - Diagrama de atividades Principal do Sistema .................................................. 36 Figura 17 - Diagrama de Atividades Manter Dados de Bobinagem .................................... 37

    Figura 18 - Diagrama de casos de uso - Gerente de Manuteno .......................................... 39 Figura 19 - Diagrama de caso de uso Oramentista ........................................................... 40

    Figura 20 - Diagrama de caso de uso - Bobinador ................................................................ 40 Figura 21 - Diagrama de caso de uso - Montador/Testador ................................................... 41

    Figura 22 - Diagrama Modelo Entidade Relacionamento ...................................................... 42 Figura 23 - Tela de login ...................................................................................................... 45 Figura 24 - Tela do Menu Principal ...................................................................................... 45 Figura 25 - Tela de Cadastro ................................................................................................ 46

    Figura 26 - Tela de cadastro de produto................................................................................ 47 Figura 27 - Tela de pesquisa de fornecedor .......................................................................... 47

    Figura 28 - Tela vinculo de produto a um tipo de pea do motor .......................................... 48 Figura 29 - Tela de cadastro de cliente ................................................................................. 48

    Figura 30 - Tela de consulta clientes .................................................................................... 49 Figura 31 - Tela de cadastro de cliente pessoa jurdica ......................................................... 50

    Figura 32 - Tela de cadastro de cliente pessoa fsica ............................................................. 50

  • Figura 33 - Tela de cadastro de fornecedores ........................................................................ 51

    Figura 34 - Tela de cadastro de funcionrios ........................................................................ 51 Figura 35 - Tela de cadastro de motores ............................................................................... 52

    Figura 36 - Tela de consulta de motor .................................................................................. 52 Figura 37 - Tela de cadastro de motor monofsico ............................................................... 53

    Figura 38 - Tela de cadastro de motor trifsico ..................................................................... 53 Figura 39 - Tela de cadastro/consulta de fabricante de motores ............................................ 54

    Figura 40 - Tela de cadastro/consulta de modelo de motor ................................................... 54 Figura 41 - Tela com o clculo do passo e LZ1 .................................................................... 55

    Figura 42 - Tela de cadastro de peas do motor monofsico ................................................. 55 Figura 43 - Tela de cadastro de peas do motor trifsico ...................................................... 56

    Figura 44 - Tela de vnculo de peas ao motor...................................................................... 56 Figura 45 - Tela de cadastro de motor ao cliente................................................................... 57

    Figura 46 - Etiqueta de rastreabilidade ................................................................................. 57 Figura 47 - Tela de cadastro de oramentos .......................................................................... 58

    Figura 48 - Tela de cadastro de peas do oramento ............................................................. 59 Figura 49 - Tela de seleo do tipo de produto ..................................................................... 59

    Figura 50 - Tela de consulta de histrico de motores ............................................................ 60 Figura 51 - Tela de cadastro de testes ................................................................................... 60

    Figura 52 - Fichrio de dados de bobinagem ........................................................................ 83

  • LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Rendimento de motores eltricos trifsico .......................................................... 19

    Quadro 2 - Rotao nominal de motores eltricos ................................................................. 23 Quadro 3 - Requisitos Funcionais ......................................................................................... 38

    Quadro 4 - Requisitos No Funcionais ................................................................................. 39 Quadro 5 - Cadastrar Usurio ............................................................................................... 68

    Quadro 6 - Incluir/Consultar Usurio ................................................................................... 68 Quadro 7 - Excluir Usurio .................................................................................................. 69

    Quadro 8 - Cadastro de Clientes ........................................................................................... 69 Quadro 9 - Pessoa Fsica ...................................................................................................... 69

    Quadro 10 - Pessoa Jurdica ................................................................................................. 70 Quadro 11 Atendimento .................................................................................................... 70

    Quadro 12 Cadastrar Motores ............................................................................................ 71 Quadro 13 Oramento ....................................................................................................... 71

    Quadro 14 - Criar Etiqueta de Rastreabilidade ...................................................................... 71 Quadro 15 - Rastrear Etiqueta .............................................................................................. 72

    Quadro 16 - Finalizar Atendimento ...................................................................................... 72 Quadro 17 - Manter novos Dados de Bobinagem ................................................................. 73

    Quadro 18 - Calcular o tamanho da Matriz de bobinas ......................................................... 73 Quadro 19 - Calcular Tamanho do Material Isolante ............................................................ 74

    Quadro 20 - Pesquisar dados de bobinagem ......................................................................... 74 Quadro 21 Cadastrar testes ................................................................................................ 75

    Quadro 22 - Dicionrio de dados da classe "Cad_forn_Codecom" ........................................ 76 Quadro 23 - Dicionrio de dados da classe "cad_cliente_codecom ..................................... 77

    Quadro 24 - Dicionrio de dados da classe cad_func_codecom. ........................................ 77 Quadro 25 - Dicionrio de dados da classe "cad_motor_cliente_codecom .......................... 78

    Quadro 26 - Dicionrio de dados da classe "cad_motor_codecom" ....................................... 78 Quadro 27 - Dicionrio de dados da classe "cad_pea_motor_codecom" .............................. 79

    Quadro 28 - Dicionrio de dados da classe "fabricane_motor_codecom" .............................. 79 Quadro 29 - Dicionrio de dados da classe "finalz_pedido_cliente_codecom" ...................... 79

    Quadro 30 - Dicionrio de dados da classe "historico_motor_cliente_codecom" .................. 79 Quadro 31 - Dicionrio de dados da classe "modelo_motor_codecom"................................. 80

    Quadro 32 - Dicionrio de dados da classe "tipo_produto_codecom" ................................... 80

  • Quadro 33 - Dicionrio de dados da classe "cad_pedido_cliente_codecom ......................... 80

    Quadro 34 - Dicionrio de dados da classe "cad_produto_codecom .................................... 81 Quadro 35 - Dicionrio de dados da classe "tb_sis_municipio" ............................................ 81

    Quadro 36 - Dicionrio de dados da classe "tb_sis_uf" ......................................................... 81 Quadro 37 - Dicionrio de dados da classe nvel_func_codecom ...................................... 81

    Quadro 38 - Dicionrio de dados da classe nvel_telas_codecom ...................................... 82

  • LISTA DE SIGLAS

    ELETROBRAS - Centrais Eltricas Brasileiras S.A.

    IDE - Integrated Developer Environment

    MER - Modelo Entidade Relacional

    PROCEL - Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica

    RF - Requisitos Funcionais

    RNF - Requisitos No Funcionais

    SI - Sistemas de Informao

    TI - Tecnologia de Informao

    UC - Use Case

  • SUMRIO

    1 INTRODUO .......................................................................................................... 12 1.1 Objetivos ........................................................................................................................ 15 1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................... 15

    2 FUNDAMENTAO TERICA ............................................................................. 16 2.1 SISTEMAS DE INFORMAES ................................................................................. 16

    2.2 SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE TRANSAES - SPT .................................. 17 2.3 MOTORES ELTRICOS .............................................................................................. 17

    2.4 MANUTENO DE MOTORES ELTRICOS ............................................................ 25 2.5 Causas de baixa eficincia em motores eltricos ............................................................. 26

    2.6 Sistema Atual ................................................................................................................. 28 2.7 Trabalhos Correlatos ...................................................................................................... 31

    3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ........................................................................ 33 3.1 Levantamento de informaes ........................................................................................ 33

    3.2 ESPECIFICAO ......................................................................................................... 37 3.2.1 Requisitos ................................................................................................................... 38

    3.2.2 Diagramas de Caso de Uso .......................................................................................... 39 3.2.3 Modelo Entidade Relacionamento ............................................................................... 41

    3.3 IMPLEMENTAO ..................................................................................................... 43 3.3.1 Tcnicas e ferramentas utilizadas................................................................................. 43

    3.3.2 Operacionalidade da implementao ........................................................................... 44 3.4 RESULTADOS E DISCUSSES .................................................................................. 61

    4 CONCLUSES ............................................................................................................... 63 4.1 EXTENSES ............................................................................................................... 64 REFERNCIAS ................................................................................................................. 65 APNDICE A Detalhamento dos casos de uso .............................................................. 68 APNDICE B Dicionrio de Dados................................................................................ 76 ANEXO A: Fichrio contendo os dados de bobinagem .................................................... 83

  • 12

    1 INTRODUO

    O percentual de pequenas e mdias empresas que utilizam Tecnologia de Informao

    (TI) no chega a 20%. Na verdade as empresas brasileiras de modo geral ainda apresentam

    uma utilizao reduzida de TI para desenvolvimento de seus negcios. E o problema no

    uma questo de ter computadores, mas saber trabalhar com Sistemas de Informao (SI)

    adequados para gerir seus negcios (MESQUITA, 2004).

    De acordo com Dalfovo e Amorim (2000, p. 23), os Sistemas de Informao (SI) tm

    um papel fundamental e cada vez mais importante na maioria das organizaes, pois quando

    eficazes, podem ter um impacto enorme no desenvolvimento de estratgias e no sucesso da

    organizao. Um sistema de informao que atenda as principais necessidades de uma

    empresa propicia grandes benefcios, pois ajuda no processo contnuo de desenvolvimento e

    aperfeioamento de produtos e servios.

    A fonte de motivao deste trabalho tem com base o fato de que o setor industrial

    responsvel pelo consumo de quase metade do total de energia eltrica gerada. Dentro deste

    setor, motores eltricos so responsveis por mais da metade de toda energia eltrica

    consumida. Estes dados de participao dos motores com relao ao consumo de energia e aos

    tipos de acionamentos industriais, divulgados pelo Ministrio de Minas e Energia, atravs da

    Centrais Eltricas Brasileiras S.A. (ELETROBRAS) e o Programa de Conservao de Energia

    Eltrica (PROCEL) (ELETROBRAS, 2011).

    Nas Figuras 1, 2 e 3 so apresentadas estatsticas sobre a distribuio de consumo de

    energia eltrica.

    Fonte: Bungarelli (2006).

    Figura 1- Distribuio de consumo de energia eltrica no Brasil

  • 13

    Fonte: Bungarelli (2006).

    Figura 2- Distribuio de consumo de energia eltrica no setor industrial brasileiro

    Fonte: Bungarelli (2006).

    Figura 3 - Distribuio de acionamentos na indstria

    Neste cenrio encontra-se a empresa Eltrica Cardoso, com sede no municpio de

    Gaspar, no estado de Santa Catarina, que uma empresa de assistncia tcnica em motores

    eltricos de variados tipos e marcas. Logo, apresentam-se informaes dos motores oriundas

    de lugares e em diversos padres. Entre elas o motor eltrico que um elemento que converte

    energia eltrica em energia mecnica e o centro da maioria dos processos de produo. Por

    isso essas mquinas merecem ateno especial no momento de manuteno.

    Com o atual sistema de atendimento na recepo/manuteno/testes na Eltrica

    Cardoso, percebeu-se que estavam faltando algumas informaes importantes para a

    resoluo do problema e um melhor atendimento ao cliente. Entre estas informaes tem-se:

    a) o oramentista poder esquecer de anotar alguns dados do cliente ou do motor;

  • 14

    b) o oramentista poder esquecer de encaminhar o motor manuteno;

    c) existe o fato do motor ter alguma pea acoplada a ele, por exemplo, uma polia ou

    uma chave liga-desliga, e no momento de entregar o motor ao cliente a pea dever

    ser entregue junto ao motor;

    d) as informaes originais do motor podero ser extraviadas, j que os dados so

    armazenados em papel;

    e) o cliente solicita alguma alterao no motor, e a mesma no foi informada para o

    bobinador, como por exemplo, a mudana de tenso, de 220/380 volts para 380/660

    volts;

    f) os testes no tm um padro a ser seguido, logo, poder haver motores que so

    entregues ao cliente ainda com problemas;

    g) dificuldade na monitorao do tempo de reparo do motor;

    h) no cadastramento do motor e suas manutenes.

    No processo de manuteno de motores eltricos tem-se as informaes que precisam

    ser consultadas antes de proceder manuteno. As informaes devem estar de acordo com

    os padres originais de fabricao, pois a alterao de caractersticas do motor eltrico poder

    tornar o motor ineficaz em diversos sentidos, como o aquecimento, a alterao de corrente

    eltrica, as tenses erradas, e dificuldade de partida. Alm disso, os nmeros modelos de

    motores, todos com suas informaes diferentes umas das outras, exigindo um sistema que

    alm de armazenar, possa trazer agilidade na manuteno de motores eltricos.

    Para atender a empresa, o objetivo deste trabalho apresentar o Sistema Bobinar, um

    Sistema de Controle de Manuteno de Motores Eltricos, que ser o centro de informaes

    tais como os dados tcnicos, os oramentos, a rastreabilidade, os relatrios de testes, os

    clculos de dimetro de material isolante e a matriz de bobinagem. No atual cenrio as

    informaes esto armazenadas em fichas de papel, com isso elas no esto separadas de

    acordo com a marca do equipamento.

    Com este sistema, as informaes sero separadas e informadas de forma organizada

    permitindo agilidade na procura por dados de bobinagem. A funo de clculo de matriz de

    bobinagem, cuja utilidade aplicada no momento de rebobinar o motor, trar uma nova

    padronizao de tamanhos, pois o sistema far o clculo da matriz, facilitando o trabalho do

    bobinador. Com a otimizao dos processos de manuteno acredita-se que a empresa ter

    uma maior agilidade na entrega do motor eltrico aos clientes, reduzindo o tempo de parada

    do equipamento para a manuteno corretiva.

  • 15

    1.1 OBJETIVOS

    O objetivo deste trabalho apresentar o desenvolvimento de um sistema para o

    controle de manuteno de motores eltricos na empresa Eltrica Cardoso. Os objetivos

    especficos do trabalho so:

    a) possibilitar gerar informaes sobre os motores, de clientes e de funcionrios;

    b) agilizar a confeco de oramentos;

    c) manter os dados sobre as caractersticas tcnicas dos motores eltricos;

    d) manter os dados sobre a manuteno dos motores eltricos dos clientes.

    1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO

    Este trabalho est organizado em quatro captulos, sendo que, no primeiro,

    apresentada a introduo e como o trabalho est estruturado.

    No segundo captulo apresentada a fundamentao terica sobre os assuntos que

    serviram de base para o desenvolvimento do trabalho e a apresentao de trabalhos correlatos.

    No terceiro captulo est descrito o desenvolvimento do sistema, as tcnicas e

    ferramentas utilizadas bem como a elaborao de alguns diagramas para auxiliar na

    compreenso do sistema, a operacionalidade do mesmo e resultados e discusses.

    No quarto captulo apresenta-se a concluso e sugestes para extenso futuras sobre

    este trabalho.

  • 16

    2 FUNDAMENTAO TERICA

    Esse captulo aborda assuntos a serem apresentados nas sees a seguir, tais como

    Sistemas de Informaes (SI), Sistema de Processamento de Transaes (SPT), Motores

    Eltricos, manuteno de motores eltricos, o sistema atual e trabalhos correlatos.

    2.1 SISTEMAS DE INFORMAES

    Segundo Laudon e Laudon (1999), Sistemas de Informaes pode ser definido como

    um conjunto de componentes inter-relacionados, trabalhando juntos para coletar, recuperar,

    processar, armazenar e distribuir informao com a finalidade de facilitar o planejamento, o

    controle, a coordenao, a anlise e o processo decisrio em empresas e outras organizaes.

    Para Rodrigues (1996), os sistemas de informao foram divididos de acordo com as

    diversas funes administrativas, que foram sendo tratadas de forma individualizadas,

    resultando na criao de vrios sistemas para ajudarem os executivos, nos vrios nveis

    hierrquicos, a tomarem decises, tais como:

    a) SIE - Sistemas de Informaes Executivas;

    b) SIG - Sistemas de Informaes Gerenciais;

    c) SSTD - Sistemas de Suporte Tomadas de Decises;

    d) SITE Sistemas de Informaes de Tarefas Especializadas;

    e) SIAE - Sistemas de Automao de Escritrios;

    f) SPT Sistemas de Processamento de Transaes.

    Como o Sistema de Processamento de Transaes (SPT) tipo de sistema que

    utilizado neste trabalho, Rodrigues (1996) coloca que, os SPT so sistemas de informao

    bsicos, voltados para o nvel operacional da organizao. Estes sistemas tm como funo

    coletar as informaes sobre transaes. E tambm, implementam procedimentos e padres

    para assegurar uma consistente manuteno dos dados e auxiliar nas tomadas de deciso.

  • 17

    Asseguram tambm que as trocas de dados sejam consistentes e estejam disponveis para

    qualquer pessoa que necessitar.

    2.2 SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE TRANSAES - SPT

    Os SPTs so considerados o corao da maior parte das empresas, esse tipo de

    sistema que d o apoio monitorao e a realizao das negociaes das empresas. De acordo

    com Stair (1998, p.184), os SPTs possuem vrias caractersticas e atividades em comum,

    incluindo a coleta de dados, operaes de manipulao e clculo, armazenamento de

    resultados e a produo de vrios relatrios.

    O processo de coleta de todos os dados que sero utilizados para completar uma ou

    mais transaes chamada de coleta de dados. Quando a coleta de dados feita atravs de

    dispositivos eletrnicos como os terminais de operaes, estes sistemas fazem com que as

    empresas utilizem seus dados de uma maneira muito mais confivel e flexvel.

    Outra importante atividade do SPT a manipulao de dados, onde os clculos e

    outras transformaes esto relacionados a uma ou mais transaes. Os principais tipos de

    manipulaes so a duplicao da informao, a execuo de clculo, o sumrio de resultados

    e o armazenamento de informaes nos bancos de dados. Aps completar a manipulao, a

    transao de dados armazenada pelo SPT. O armazenamento de dados envolve a colocao

    dos dados obtidos pela transao em um ou mais bancos de dados.

    2.3 MOTORES ELTRICOS

    Segundo Weg (2006) o motor eltrico uma mquina destinada a transformar energia

    eltrica em energia mecnica. O motor de induo o mais usado de todos os tipos de

    motores, pois combina as vantagens da utilizao de energia eltrica, de baixo custo, com

    facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando, com sua construo simples,

  • 18

    custo reduzido, grande versatilidade de adaptao as cargas dos mais diversos tipos e

    melhores rendimentos. Os tipos mais comuns de motores eltricos so:

    a) motores de corrente contnua: so motores de custo mais elevado e, alm disso,

    precisam de uma fonte de corrente contnua, ou de um dispositivo que converta a

    corrente alternada em corrente contnua. Podem funcionar com velocidade ajustvel

    entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e preciso. Por

    isso, seu uso restrito a casos especiais em que estas exigncias compensam o

    custo muito mais alto da instalao;

    b) motores de corrente alternada: so os mais utilizados, porque a distribuio de

    energia eltrica feita normalmente em corrente alternada. Os principais tipos so:

    - motor sncrono: funciona com velocidade fixa; utilizado somente para grandes

    potencias (devido ao seu custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de

    velocidade invarivel;

    - motor de induo: funciona normalmente com uma velocidade constante, que

    varia ligeiramente com a carga mecnica aplicada ao eixo. Devido a sua grande

    simplicidade, robustez e baixo custo, o motor mais utilizado de todos, sendo

    adequado para quase todos os tipos de mquinas acionadas, encontradas na

    prtica. Atualmente possvel controlarmos a velocidade dos motores de induo

    com o auxilio de inversores de freqncia;

    c) motores de induo monofsicos: os motores monofsicos so assim chamados

    porque os seus enrolamentos de campo so ligados diretamente a uma fonte

    monofsica. Os motores de induo monofsicos so a alternativa natural aos

    motores de induo trifsicos, nos locais onde no se dispe de alimentao

    trifsica, como residncias, escritrios, e em zonas rurais. Apenas se justifica a sua

    utilizao para baixas potncias (1 a 2 KW). Entre os vrios tipos de motores

    eltricos monofsicos, os motores com rotor do tipo gaiola, destacam-se pela

    simplicidade de fabricao e, principalmente, pela robustez e manuteno reduzida.

    Por terem somente uma fase de alimentao, no possuem um campo girante como

    os motores trifsicos, mas sim um campo magntico pulsante. Isto impede que

    tenham torque de arranque, tendo em conta que no rotor se induzem campos

    magnticos alinhados com o campo do estator. Para solucionar o problema de

    arranque utilizam-se enrolamentos auxiliares, que so dimensionados e

  • 19

    posicionados de forma a criar uma segunda fase fictcia, permitindo a formao do

    campo girante necessrio para o arranque. Como os tipos de motores de induo

    monofsicos tem-se os motores de plos sombreados, os de fase dividida, os de

    condensador de partida, os de condensador permanente e os com dois

    condensadores;

    d) motores de induo trifsicos: o motor de induo trifsico apresenta vantagens ao

    monofsico, como o arranque mais fcil, menor nvel de rudo e menor preo. Este

    o motor mais utilizado na indstria atualmente e sua eficincia energtica em

    torno de 84%, conforme se apresenta no Quadro 1;

    Rendimento (%) FABRICANTE kW CV 2 PLOS

    NOVA MOTORES E GERADORES

    0,75 1,0 80 1,10 1,5 82,5 1,50 2,0 83,5 2,20 3,0 85 3,00 4,0 85 3,70 5,0 87,5

    Fonte: adaptado de Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (2012).

    Quadro 1 - Rendimento de motores eltricos trifsico

    e) tem a vantagem de ser mais econmico em relao aos motores monofsicos tanto

    na sua construo como na sua utilizao. Alm disso, escolhendo o mtodo de

    arranque ideal, tem um leque muito maior de aplicaes. Com base na Figura 4

    apresenta-se a estrutura de um motor de induo trifsico.

  • 20

    Fonte: WEG (2006).

    Figura 4 - Partes e peas de motor eltrico trifsico

    Conforme Del Toro (1994), as mquinas eltricas rotativas so constitudas

    basicamente de duas partes:

    a) o estator que a parte fixa que esta fixada dentro da carcaa;

    b) o rotor que a parte mvel.

    O estator construdo com chapas de material magntico e recebe o enrolamento de

    campo, cujas espiras so colocadas em ranhuras, como mostra a Figura 5, que apresenta duas

    imagens:

    a) execuo dos enrolamentos;

    b) ncleo com o enrolamento completo.

  • 21

    Fonte: Del Toro (1994).

    Figura 5- Enrolamento de campo de um motor de induo

    Na execuo dos enrolamentos, se situa o enrolamento de campo, que pode ser

    monofsico ou trifsico. A maneira como esse enrolamento construdo determina o nmero

    de plos do motor, entre outras caractersticas operacionais. Suas pontas (terminais) so

    estendidas at uma caixa de terminais, onde pode ser feita a conexo com a rede eltrica de

    alimentao (DEL TORO, 1994).

    O rotor do motor de induo pode ser de dois tipos:

    a) rotor em gaiola de esquilo ou rotor em curto, conforme se apresenta na Figura 6: os

    condutores (ou bobinas) so constitudos por barras de cobre ou alumnio colocadas

    em ranhuras. Nas duas extremidades das barras existem 2 anis curto-circuitando

    todas as barras. Esta estrutura semelhante a uma gaiola de esquilo;

    Fonte: Del Toro (1994).

    Figura 6 - Enrolamento de armaduras de um motor trifsico de rotor de gaiola

  • 22

    b) rotor bobinado ou rotor de anis, conforme se apresenta na Figura 7: a construo

    de um rotor bobinado muito mais cara que um rotor em gaiola, e executada

    quando se deseja a variao de velocidade da mquina.

    Fonte: Del Toro (1994).

    Figura 7 - Enrolamento de armadura de um motor trifsico com rotor bobinado

    O funcionamento do motor de induo baseia-se no princpio da formao de um

    campo magntico produzido pelos enrolamentos do estator. O fluxo magntico girante

    aparece no estator devido s correntes alternadas circulantes nas bobinas do estator. Este fluxo

    magntico do estator se desloca em relao ao rotor, cortando as barras do rotor induzindo

    tenses (Lei de Faraday e Lei de Lenz) que far circular correntes tambm alternadas no rotor.

    Como as correntes do rotor tem polaridades contrrias do estator cria-se tambm no rotor um

    campo magntico girante que ser atrado e arrastado pelo campo girante do estator.

    Dependendo da forma que so dispostas as bobinas do estator, podem-se formar

    apenas dois plos (KOSOW, 1982, p.298-299), um norte e um sul, ou quatro, seis ou oito,

    para citar os mais comuns, conforme a Figura 8.

    Fonte: Garcia (2003).

    Figura 8 - Polaridade de um motor de induo

  • 23

    No Quadro 2 apresentam-se as rotaes de motores eltricos para uma freqncia de

    60 hertz.

    P 2 4 6 8

    ns (rpm) 3600 1800 1200 900

    Quadro 2 - Rotao nominal de motores eltricos

    Para calcular a matriz das bobinas e o tamanho do material isolante necessrio ter a

    informao de altura do pacote representado pela letra L, dimetro interno da chapa do estator

    representado pela letra D, a partir destas informaes que sero gerados os dados no

    sistema. A Figura 9 apresenta a altura e o dimetro do estator.

    Fonte: Arantes (2008).

    Figura 9 - Altura e Comprimento do estator

    Na Figura 10 mostra-se as bobinas dentro das ranhuras. Nesta Figura mostrado o

    bobinamento de um motor monofsico que contem as bobinas auxiliar e principal. A bobina

    auxiliar fica a 90 da bobina principal.

  • 24

    Fonte: Arantes (2008).

    Figura 10 - Corte do estator, mostrando as bobinas e o material isolante

    Para calcular a matriz de bobinagem tambm necessrio ter as informaes de

    geometria da ranhura do estator conforme Figura 11.

    Fonte: adaptado de Inducor (2012).

    Figura 11- Geometria de ranhuras do estatores

  • 25

    Na Figura 11, na geometria do estator, os dados importantes para o clculo de matriz

    de bobinagem so:

    a) LZ1: Comprimento mdio de uma espira (mm);

    b) L: Pacote do estator (ferragem) (mm);

    c) ds: Passo mdio de bobinagem;

    d) hn1: profundidade da ranhura (mm);

    e) D: Dimetro interno da chapa do estator (mm);

    f) N1: Nmero de ranhuras do estator.

    Para calcular a matriz de bobinagem utiliza-se a frmula mostrada na Figura 12.

    Fonte: Eltrica Cardoso (2012).

    Figura 12 - Frmula pra o calculo de matriz de bobinagem

    2.4 MANUTENO DE MOTORES ELTRICOS

    Existem diferentes formas de manuteno. Segundo Tavares (1997), o processo de

    manuteno pode dividir-se basicamente em cinco tipos:

    a) manuteno corretiva (planejada ou no): aquela realizada com a finalidade de

    consertar o equipamento aps ter parado de funcionar ou aps uma queda no seu

    desempenho. Mesmo quando a gerncia da organizao decide deixar o

    equipamento funcionar at quebrar, essa uma deciso planejada. Assim, a

    manuteno pode ser preparada. A empresa pode, por exemplo, fazer a aquisio

    das peas para substituio;

    b) manuteno preventiva: consiste na realizao de verificaes peridicas no

    equipamento, a fim de identificar aspectos que possam sugerir uma quebra futura.

    Estas verificaes podem ser feitas com base no estado do equipamento ou em

    dados fornecidos pelo fabricante;

  • 26

    c) manuteno preditiva: a atuao realizada com base em modificao de

    parmetro, de condio ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma

    sistemtica. Atravs de medies e monitoramentos constantes com o equipamento

    operando verificado o seu nvel de desgaste determinando assim o momento da

    realizao do seu conserto;

    d) manuteno detectiva: consiste na busca por falhas no perceptveis aos operadores

    do equipamento ou pelo pessoal de manuteno;

    e) engenharia de manuteno: consiste na aplicao de novas tcnicas para buscar as

    causas bsicas do problema, visando assim reduo na incidncia e at mesmo a

    eliminao total do mesmo.

    Neste trabalho ser tratado apenas das manutenes preventiva, preditiva e corretiva.

    2.5 CAUSAS DE BAIXA EFICINCIA EM MOTORES ELTRICOS

    Os motores eltricos so mquinas de elevada eficincia, em torno de 84%, no entanto,

    em algumas situaes, este nmero pode ser bem menor. Segundo Garcia (2003), as

    principais causas de operao em baixo rendimento so:

    a) motor sobredimensionado: motores que operam com baixa carga, em torno de 50 a

    70% onde o ideal de operao vai de 75 a 100% da carga. Um dos motivos um

    projeto ineficiente como, por exemplo, a aplicao de presso desnecessrias em

    tubulaes, dutos e componentes auxiliares subdimensionados (trocadores de

    calor, exaustores);

    b) instalao: tratam-se aqui das condies mecnicas de instalao do motor tais

    como a fixao, o alinhamento, a temperatura e o ambiente. Apesar de ser uma

    mquina robusta, estas condies, nem sempre adequadas, afetam o seu

    desempenho;

    c) alimentao eltrica: so dois aqui os problemas, o desequilbrio entre fases (o

    desbalanceamento) e harmnicos. Os desequilbrios podem provir da rede de

    distribuio ou da diferena indutncia entre os cabos que alimentam o motor o

    que comum quando isto no feito por cabos tripolares. Estes desequilbrios

  • 27

    geram torques de seqncia negativa. Harmnicos, apesar do nome, so distores

    na forma senoidal da rede, provocados hoje, em sua maioria, por equipamentos

    eletrnicos, que tambm geram perdas. Um estudo da Weg (2000) estima as perdas

    da Figura 13 com desbalanceamentos de fases. A medio no campo possvel,

    mas de execuo difcil, porque deveria ser feita na caixa de ligao do motor;

    d) manuteno: alm das condies de instalao e alimentao eltrica, as condies

    de manuteno tambm influem no rendimento embora, de novo, e aqui mais

    ainda, seja difcil saber-se quanto (ALMEIDA, 2001 apud GARCIA, 2003). A

    limpeza, a lubrificao adequada (nem a menos, nem a mais, quando a graxa passa

    para o estator), ambiente limpo, boas conexes, so fatores nem sempre

    encontradas no cho-de-fbrica;

    e) motor rebobinado: um defeito comum em motores, talvez o mais popular, a

    chamada queima, isto quando h a perda de isolao entre espiras de uma

    mesma bobina (em baixa tenso, os fios do motor so isolados com esmalte, em

    alta tenso, com papel), entre duas bobinas de diferentes fases, ou entre uma

    bobina e o ncleo. Tecnicamente, diz-se que houve, respectivamente, curto-

    circuito entre espiras, entre fases, ou fase-terra ou carcaa. O grande calor gerado

    faz realmente com que o esmalte, papel, isolao seja carbonizado, exalando um

    odor caracterstico. Normalmente, recupera-se o motor rebobinando-o, ou seja,

    retirando as bobinas e isolao danificadas e colocando-se outras no lugar. Se

    observado um rigor tcnico neste procedimento, o motor pode retornar s suas

    caractersticas originais. Algumas prticas, porem, podem afetar o seu

    desempenho, quais sejam a retirada das bobinas queimadas esquentando-as com

    maarico, por exemplo, pode danificar a isolao entre as chapas do ncleo

    aumentando as perdas no ferro, ou utilizar fios de cobre de bitola diferentes do

    original pode aumentar as perdas no cobre. Bortoni et al. (1999 apud GARCIA

    2003), analisaram o desempenho de diversos motores, antes e depois do reparo,

    concluindo que a qualidade da oficina fundamental na preservao do

    rendimento. Pode haver at o aumento da eficincia, pela recuperao das

    condies limpeza de atrito e ventilao. Os mesmos sugerem, inclusive,

    adotar rotinas de limpeza como forma de melhorar a eficincia energtica na

    indstria. Infelizmente, esta avaliao (piora ou melhora do rendimento) s pode

    ser efetuada em laboratrio.

  • 28

    Fonte: Weg (2000).

    Figura 13 - Desbalanceamento X Aumento de perdas

    2.6 SISTEMA ATUAL

    Antes de apresentar o sistema atual de manuteno importante conhecer mais

    especificamente quais as atividades que so desempenhadas pela empresa Eltrica Cardoso. A

    empresa Eltrica Cardoso iniciou suas atividades em um prdio alugado na rua Dr. Nereu

    Ramos, bairro Coloninha, Gaspar, em 1975, onde, Luiz Csar Cardoso (proprietrio) prestava

    servio apenas como uma oficina eltrica de automveis e caminhes. A partir de 1989

    passou a integrar suas funes com eltrica de automveis e motores eltricos, ferramentas

    eltricas e eletrodomsticos, mudando-se de endereo no mesmo ano, onde esta fixada at

    hoje, na Rua So Pedro no 260, bairro Centro, Gaspar, no estado de Santa Catarina.

    Atualmente a empresa foca suas atividades na rea de vendas e assistncia tcnica de

    motores eltricos e bombas de gua, atuando em Gaspar e regio. A Eltrica Cardoso nos dias

    de hoje, possui uma rea de 140 metros quadrados, uma equipe formada por quatro pessoas e

    uma estrutura para fornecer aos seus clientes solues na rea de manuteno eltrica.

    Atualmente a rea de manuteno da empresa no dispe de nenhum sistema

    informatizado para o controle e gerenciamento das manutenes realizadas onde todas as

    etapas do processo so executadas de forma manual. O motor eltrico ao chegar empresa

    identificado com uma etiqueta que nele colado, contendo o nome e telefone do

    cliente/empresa, e uma previso de oramento baseado na experincia do atendente e

  • 29

    encaminhado para anlise e oramento. Nesta etapa, muitas vezes o tcnico responsvel pela

    manuteno no tem acesso rpido a uma pr-descrio do defeito, feita pelo cliente, dono do

    equipamento, ou responsvel pela manuteno da empresa. Isto gera desperdcio de tempo,

    com testes desnecessrios e at consultas diretas ao cliente para diagnosticar o equipamento.

    Conforme a Figura 13, aps constatao do defeito, emitido pelo tcnico responsvel

    (o bobinador) um oramento para o reparo no equipamento e este encaminhado ao cliente

    para aprovao. Caso o oramento seja reprovado, o equipamento montado novamente e

    aguarda ser retirado pelo cliente. Com a aprovao do oramento pelo cliente, o equipamento

    consertado.

    No momento da manuteno do motor os dados de bobinagem, caso seja necessrio

    bobin-lo, esto armazenados em fichas de papel, onde a localizao dos mesmos se torna

    difcil. Conforme pode-se observar no Anexo A, h uma relao de dados de motores em um

    mesmo fichrio, o que toma um tempo considervel para sua localizao, visto que o processo

    atual realizado de forma manual.

    Caso no se tenha os dados nos fichrios necessrio extrair os dados da plaqueta do

    motor e os dados de bobinagem do motor em questo, ou seja, contar o nmero de espiras, a

    bitola do fio, o material do fio, o tipo de ligao, e aps retirar os dados transcrever para o

    fichrio. Nesta etapa perde-se tempo e os dados no sero armazenados da forma correta, pois

    cada bobinador tem uma maneira de escrever os dados de bobinagem.

    Aps bobinar o motor e mont-lo, como no existem padres de testes no cotidiano da

    empresa, apenas mede-se a corrente (I) do motor a vazio e verifica-se se algum rudo diferente

    no motor no momento do teste, conforme Figura 14. Com o motor pronto para ser entregue ao

    cliente, ento faz-se contato com o mesmo via telefone. Nesta etapa tambm pode ocorrer

    uma falha de comunicao, pois no momento da ligao, o cliente pode estar ocupado e no

    atender ao telefone, ento o motor colocado na prateleira de motores j consertados e o

    responsvel por informar o cliente que o motor est pronto, poder esquecer de ligar

    novamente para o cliente, gerando um atraso na entrega do motor.

  • 30

    A Figura 14 apresenta o fluxograma do sistema atual.

    Figura 14 - Fluxograma do sistema atual

  • 31

    2.7 TRABALHOS CORRELATOS

    Focando na rea de manuteno, observa-se que mais trabalhos neste contexto tm

    sido desenvolvidos, considerando as mais diversas reas.

    Na rea de manuteno, o trabalho de Roeder (2006) apresenta uma ferramenta para

    auxiliar no processo de manuteno corretiva dos equipamentos eletrnicos produzidos pela

    empresa Projetech Eletrnica LTDA. A ferramenta desenvolvida faz uso da web para

    disponibilizar as informaes referentes s manutenes realizadas nos equipamentos.

    Na rea de SPT, Eccher (2005) apresentou um sistema que auxilia as empresas do

    setor txtil no controle de sua produo e em suas tomadas de decises baseadas em Sistema

    de Processamentos de Transaes.

    J na rea de motores eltricos Teixeira (2009) desenvolveu um software que trata da

    anlise de desempenho de motores de induo trifsicos a partir de dados do circuito

    equivalente.

    Martinez (2008) apresenta em seu trabalho as principais causas do curto-circuito entre

    espiras em estatores utilizados em motores de induo trifsicos de baixa tenso, e busca

    realizar uma comparao entre os principais tipos de deteco e equipamentos utilizados

    atualmente. O estudo avalia quais os principais pontos positivos e negativos de cada tipo de

    mtodo de deteco. O mesmo levanta duas questes importantes na rea de testes e medies

    de motores eltricos. A primeira questo so os testes executados em laboratrios de

    fabricantes de motores, o segundo, o tipo de teste, o teste de campo, onde com o motor a

    plena carga pode-se haver divergncia entre os valores de testes de fbrica com os valores de

    testes de campo, podendo haver diferenas que ocasionam perdas financeiras para a empresa,

    j que o motor pode estar dimensionado incorretamente.

    Lamim Filho (2007) apresenta em seu trabalho um programa de manuteno preditiva

    que engloba vrias tcnicas de monitoramento das condies do motor eltrico, alem das

    clssicas, a anlise de corrente eltrica e anlise de vibraes. O mesmo prope a

    implementao de um transdutor (bobina de fluxo) sensvel s ondas eletromagnticas dentro

    dos motores de induo trifsicos para a deteco, diagnstico e monitoramento on-line. Foi

    obtida uma relao entre as principais falhas de origem eltrica (curto circuito entre espiras,

  • 32

    desequilbrio de fase e barras quebradas) com os sinais de fluxo magntico, sendo

    estabelecidas as freqncias caractersticas de falhas. No trabalho proposto o uso da lgica

    fuzzy para o monitoramento on-line, sugerindo Lamin que a tcnica poder ser futuramente

    includa em Programas de Manuteno Preditiva.

    Na rea de proteo trmica de motores Bungarelli (2006) desenvolveu tcnicas de

    proteo dos reles microprocessados que podem contribuir para o aumento dos nveis de

    produtividade dos processos industriais trazendo a possibilidade de funes proteo e de

    controle, por exemplo, um sinal de alarme indicando o limite de capacidade trmica

    atingido. Segundo Bungarelli (2006) a capacidade do processamento digital de sinais tem

    possibilitado a implementao de novas solues para as deficincias de proteo de motores

    industriais trifsicos.

    Garcia (2003) representou a lei de eficincia energtica voltada para motores eltricos

    industriais, informando dados sobre consumo e reas que utilizam o maior nmero de motores

    eltricos, obtendo cinco tipos de analises em seu trabalho: quanto economizar a aplicao da

    lei, quanto economizaria se os motores fossem trocados por unidades de alto rendimento, qual

    o potencial de economia se os motores fossem simplesmente adequados carga que acionam,

    qual a viabilidade de se realizarem trocas imediatas por motores de alto rendimento, e qual a

    reduo obtida na troca, ao final da vida til, por motores de alto rendimento adequados a

    carga.

  • 33

    3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA

    Neste capitulo esto descritos as particularidades tcnicas do sistema tais como a

    descrio e a apresentao dos principais requisitos funcionais e no funcionais, os principais

    diagramas de casos de uso e a sua descrio e o diagrama de atividades a serem utilizados.

    3.1 LEVANTAMENTO DE INFORMAES

    O Sistema Bobinar, nome atribudo ao sistema desenvolvido, visa o auxlio ao

    processo de controle e gerenciamento de manuteno de motores eltricos, que atenda

    especificamente as necessidades da empresa Eltrica Cardoso. O sistema permite o

    armazenamento dos dados de clientes, funcionrios e manutenes realizadas em um banco de

    dados. O acesso ao sistema efetuado atravs de controle por meio de usurio e senha.

    O sistema permite que quando o motor eltrico chegar empresa, o mesmo possa

    gerar uma etiqueta de rastreabilidade nica. Com isso, cria-se um histrico de manutenes

    deste motor, tendo a possibilidade de consult-las caso necessrio.

    O sistema ser de utilidade para a equipe interna da empresa, pois apresentar

    benefcios e funcionalidades, como o clculo de matriz de bobinagem, onde ser a

    padronizao dos moldes de bobinagem. O sistema contempla tambm a possibilidade de

    inserir dados de bobinagem, seguindo assim um padro de informaes de fcil localizao

    dos mesmos, alm do beneficio do cadastro de testes dos motores, certificando de que o motor

    eltrico est sendo entregue ao cliente funcionando de forma correta.

    O sistema est dividido em dois mdulos que so o mdulo do Gerente e o mdulo dos

    Funcionrios. O Mdulo Gerente permite o acesso a informaes operacionais e gerenciais,

    como os relatrios que sero utilizados em reunies para tomada de aes preventivas e

    corretivas. O mesmo tambm possibilita a incluso de rotinas para incluir, alterar, excluir e

    consultar os usurios, os clientes e os motores alm do acesso a todas as informaes geradas

    no sistema.

  • 34

    O mdulo Funcionrio possibilita a entrada de dados no sistema tais como os dados de

    clientes, de motores, e informaes de manutenes de cada motor eltrico que ir compor o

    histrico de manutenes. Este mdulo permite o acesso consulta do histrico do motor

    eltrico e informaes referentes manuteno atual (caso sejam previamente inseridas no

    sistema). Alm da funo de cadastro de testes que sero inseridos no histrico de

    manutenes. A Figura 15 apresenta o fluxograma do sistema.

    O diagrama de atividades apresentado na Figura 16 representa o processo de cadastro

    de clientes e motores. O processo iniciado com o cadastro de clientes e seus respectivos

    motores, que aps esta etapa passa a ser criada a etiqueta de rastreabilidade para cada motor.

    O oramentista faz o oramento, informa ao cliente e se autorizado, envia o motor para

    conserto, caso no autorizado pelo cliente o processo finalizado na etapa do oramento.

    A Figura 17 representa o diagrama de atividades referente seqncia de atividades de

    dados de bobinagem, que executado pelo bobinador. No momento da bobinagem do motor,

    ele pesquisa os dados no sistema, se os dados j estiverem cadastrados, o sistema informa ao

    bobinador os dados, caso eles no estejam cadastrados, se inicia o processo de cadastro com

    as informaes do motor, clculo de matriz de bobinagem e clculo de material isolante

    finalizando-se o processo.

  • 35

    Figura 15 - Fluxograma Principal do Sistema

  • 36

    Figura 16 - Diagrama de atividades Principal do Sistema

  • 37

    Figura 17 - Diagrama de Atividades Manter Dados de Bobinagem

    3.2 ESPECIFICAO

    Esta seo descreve os modelos e diagramas desenvolvidos durante a elaborao deste

    trabalho. Estes diagramas foram desenvolvidos utilizando o Enterprise Architect 7.5.845

    desenvolvida pela Sparxsystems.

    act 6.2 Diagr. de Ativ . - Manter Dados de Bobinagem

    Inicio

    Pesquisar Dados de Bobinagem

    Visualizar Dados de Bobinagem

    Dados cadastrados?

    Cadastrar Novos Dados

    Calcular Tamanho do Material Isolante

    Calcular Matriz de Bobinagem

    Fim

    [Sim] [No]

  • 38

    3.2.1 REQUISITOS

    O Quadro 3 apresenta os requisitos funcionais atendidos pelo sistema e sua

    rastreabilidade, ou seja, vinculao com o(s) caso(s) de uso associado(s), e no Quadro 4

    apresenta os requisitos no funcionais.

    Requisitos Funcionais Casos de Uso

    RF01 - O sistema dever permitir ao administrador manter os usurios. UC01

    RF02 - O sistema dever permitir ao usurio manter clientes. UC02

    RF03 - O sistema dever permitir ao usurio manter atendimentos. UC03

    RF04 - O sistema dever permitir ao usurio cadastrar motores eltricos. UC03.01

    RF05 - O sistema dever permitir ao oramentista cadastrar oramentos. UC03.02

    RF06 - O sistema dever permitir criar a Etiqueta de Rastreabilidade. UC03.03

    RF07 - O sistema dever permitir rastrear a Etiqueta de Rastreabilidade UC03.04

    RF08 - O sistema dever permitir finalizar o atendimento. UC03.05

    RF09 - O sistema dever permitir o clculo da matriz de bobinagem. UC04.01

    R10 - O sistema dever permitir o clculo do tamanho do material isolante de motores. UC04.02

    RF11 - O sistema dever permitir a pesquisa de dados de bobinagem. UC05

    RF12 - O sistema dever permitir manter testes. UC06 Quadro 3 - Requisitos Funcionais

  • 39

    O Quadro 4, lista os requisitos no funcionais atendidos pelo sistema.

    Requisitos No-Funcionais

    RNF01 - O sistema dever utilizar banco de dados MySQL na verso 5.1.

    RNF02 - O sistema dever ter teclas de atalhos.

    RNF03 - O sistema dever ser desenvolvido na ferramenta Delphi.

    RNF04 - O sistema dever ser executado no sistema operacional Windows XP e 7.

    RNF05 O sistema dever ser desenvolvido para ambiente desktop. Quadro 4 - Requisitos No Funcionais

    3.2.2 DIAGRAMAS DE CASO DE USO

    As prximas ilustraes fazem referncia s funcionalidades de cada ator que interage

    com o sistema. A Figura 18 detalha as funcionalidades especficas do Gerente de Manuteno.

    A Figura 19 identifica as funcionalidades especficas do Oramentista. A Figura 20 mostra as

    funcionalidades executadas pelo bobinador. A Figura 21 detalha as funcionalidades

    especficas do Montador/Testador.

    Figura 18 - Diagrama de casos de uso - Gerente de Manuteno

  • 40

    Figura 19 - Diagrama de caso de uso Oramentista

    Figura 20 - Diagrama de caso de uso - Bobinador

  • 41

    Figura 21 - Diagrama de caso de uso - Montador/Testador

    3.2.3 MODELO ENTIDADE RELACIONAMENTO

    O Modelo Entidade/Relacionamento (MER) utilizado na construo de modelo de

    classes desde o nvel de anlise at o nvel de especificao. De todos os diagramas da UML,

    este o mais rico em termos de notao (BEZERRA, 2002). A Figura 22 apresenta o MER do

    sistema.

  • 42

    Figura 22 - Diagrama Modelo Entidade Relacionamento

    Foram definidas 18 tabelas no banco de dados para utilizao no sistema Bobinar. No

    Apndice B apresentado o dicionrio de dados.

    dm 7. Modelo Entidade Relacionamento

    cad_cliente_codecom

    column*pfK cod_cl ien te_codecom: BIGINT nome_cl iente_codecom: VARCHAR(50) sobrenome_cliente_codecom: VARCHAR(50) cpf_cliente_codecom: VARCHAR(30) rg_cliente_codecom: VARCHAR(20) cep_cl ien te_codecom: VARCHAR(10) endereco_cl iente_codecom: VARCHAR(60) bai rro_cl iente_codecom: VARCHAR(30) telefone_cl iente_codecom: VARCHAR(20) celular_cl iente_codecom: VARCHAR(20) observacoes_cliente_codecom: VARCHAR(100) estado_cliente_codecom: INTEGER data_nasc_cl iente_codecom: DATE data_cad_cl iente_codecom: DATE nome_pai_cl iente_codecom: VARCHAR(60) nome_mae_cl ien te_codecom: VARCHAR(60) nacional_cliente_codecom: VARCHAR(20) natura l_cl ien te_codecom: VARCHAR(45)* flg_tipo_pessoa_cliente_codecom: VARCHAR(1) l imite_cl iente_codecom email_cl iente_codecom: VARCHAR(100) cidade_cl iente_codecom: VARCHAR(20)

    PK+ PK_cod_cl iente_codecom(BIGINT)

    cad_forn_codecom

    co lumn*PK cod_forn_codecom: INTEGER razao_forn_codecom: VARCHAR(50) fantasia_forn_codecom: VARCHAR(50) enderco_forn_codecom: VARCHAR(60) cidade_forn_codecom: VARCHAR(50) u f_forn_codecom: VARCHAR(2) emai l_forn_codecom: VARCHAR(50) telefone_forn_codecom: VARCHAR(15) ce lular_ forn_codecom: VARCHAR(15) cnpj_forn_codecom: VARCHAR(18) ie_forn_codecom: VARCHAR(14) obs_forn_codecom: VARCHAR(50) data_fund_forn_codecom: DATE bairro_forn_codecom: VARCHAR(60)

    PK+ PK_cad_forn_codecom(INTEGER)

    cad_func_codecom

    column*PK cod_func_codecom: BIGINT* nome_func_codecom: VARCHAR(50) funcao_func_codecom: VARCHAR(50)* senha_func_codecom: VARCHAR(8) nive l_func_codecom: INTEGER senha_superv_codecom: VARCHAR(4) perm_cadastro_codecom: VARCHAR(1) perm_estoque_codecom: VARCHAR(1) perm_financei ro_codecom: VARCHAR(1) perm_relatorios_codecom: VARCHAR(1) perm_diversos_codecom: VARCHAR(1)

    PK+ PK_cad_func_codecom(BIGINT)

    cad_motor_cliente_codecom

    column*PK cod_motor_cliente_codecom: INT EGER* cod_motor_codecom: INT EGER* cod_cl iente_codecom: INT EGER obs_motor_cl iente_codecom: VARCHAR(500) barcode_motor_cl iente_codecom: VARCHAR(13)

    PK+ PK_cad_motor_cl iente_codecom(INTEGER)

    cad_motor_codecom

    column*PK cod_motor_codecom: INTEGER* fabricante_motor_codecom: INTEGER*FK modelo_motor_codecom: INTEGER* potencia_motor_codecom* frequencia_motor_codecom: INTEGER* rpm_motor_codecom* tensao_motor_codecom: VARCHAR(20)* pacote_motor_codecom* diametro_motor_codecom* ranhuras_motor_codecom: INT EGER* pro fund idade_ranhura_motor_codecom* espiras_principal_motor_codecom: VARCHAR(250)* fio_principal_motor_codecom: VARCHAR(250) espiras_auxi liar_motor_codecom: VARCHAR(250) fio_auxi liar_motor_codecom: VARCHAR(250)* ligacao_motor_codecom: VARCHAR(10) observacao_motor_codecom: BLOB passo_medio_motor_codecom: INT EGER lz1_medio_motor_codecom diametro_chapa_interno_estator_motor_codecom: INT EGER isolante_motor_codecom: INTEGER tipo_motor_codecom: VARCHAR(1) AMPERE_TMAIOR_MOT OR_CODECOM AMPERE_TMENOR_MOTOR_CODECOM

    PK+ PK_cad_motor_codecom(INTEGER)

    cad_peca_motor_codecom

    column*PK cod_peca_motor_codecom: INTEGER* cod_motor_codecom: INT EGER* cod_produto_codecom: INTEGER* cod_tipo_produto_codecom: INTEGER

    PK+ PK_cad_peca_motor_codecom(INT EGER)

    cad_pedido_cliente_codecom

    column*PK cod_ped ido_cl iente_codecom: BIGINT cod_cl ien te_pedido_codecom: BIGINT obs_pedido_cl iente_codecom: VARCHAR(200) to tal_pedido_cl ien te_codecom func_pedido_cl iente_codecom: VARCHAR(45) data_pedido_cl ien te_codecom: DATE status_pedido_cl ien te_codecom: VARCHAR(1) = ''F'' entrega_pedido_cl iente_codecom: VARCHAR(1) = ''F'' cod_func_codecom: BIGINT cod_motor_cl iente_codecom: INT EGER

    PK+ PK_cad_pedido_cl ien te_codecom(BIGINT )

    cad_produto_codecom

    column*PK cod_produto_codecom: BIGINT nome_produto_codecom: VARCHAR(50) cod_forn_produto_codecom: INTEGER custo_produto_codecom venda_varejo_produto_codecom descricao_fator_produto_codecom: VARCHAR(3) = ''UN'' codebar_produto_codecom: BIGINT status_produto_codecom: VARCHAR(1) codebar_atacado_produto_codecom: BIGINT* cod_tipo_produto_codecom: INTEGER

    PK+ PK_cad_produto_codecom(BIGINT )

    fabricante_motor_codecom

    column*PK cod_fabricante_motor_codecom: INT EGER nome_fabricante_motor_codecom: VARCHAR(250)

    PK+ PK_fabricante_motor_codecom(INTEGER)

    finalz_pedido_cliente_codecom

    column*PK cod_finalz_pedido_cl ien te_codecom: BIGINT* cod_finalz_do_pedido_cliente_codecom: BIGINT* total_finalz_pedido_cliente_codecom* cod_pedido_cl ien te_codecom: BIGINT data_finalz_codecom: DATE func_finalz_codecom: INTEGER status_finalz_codecom: VARCHAR(1) = ''F''

    PK+ PK_finalz_pedido_cliente_codecom(BIGINT)

    historico_motor_cliente_codecom

    column*PK cod_h istorico_motor_cl iente_codecom: INTEGER*FK cod_motor_cliente_codecom: INT EGER* data_historico_motor_cliente_codecom: DAT ETIME historico_motor_cliente_codecom: VARCHAR(500) cod_pedido_cliente_codecom: INTEGER

    PK+ PK_historico_motor_cl iente_codecom(INTEGER)

    itens_pedido_cliente_codecom

    column*PK cod_i tens_pedido_codecom: BIGINT cod_produto_codecom: BIGINT cod_pedido_itens_codecom: BIGINT valor_i tens_pedido_codecom qtd_i tens_ped ido_codecom tipo_produto_codecom: INTEGER

    PK+ PK_itens_pedido_cl iente_codecom(BIGINT )

    modelo_motor_codecom

    column*PK cod_modelo_motor_codecom: INTEGER* nome_modelo_motor_codecom: VARCHAR(250)* cod_fabricante_motor_codecom: INTEGER

    PK+ PK_modelo_motor_codecom(INT EGER)

    niv el_func_codecom

    co lumn*PK cod_nive l_func_codecom: BIGINT nome_nivel_func_codecom: VARCHAR(50)

    PK+ PK_nivel_func_codecom(BIGINT )

    niv el_telas_codecom

    column*PK cod_nivel_ telas_codecom: BIGINT cod_func_nivel_telas_codecom: BIGINT cod_tela_nivel_telas_codecom: BIGINT status_te la_nivel_codecom: INT EGER

    PK+ PK_nivel_telas_codecom(BIGINT )

    tb_sis_municipio

    column*PK SMU_CODMUN: INT EGER* SMU_NOMMUN: VARCHAR(60)*FK SMU_CODUF: INT EGER* SMU_CEPINI: VARCHAR(8)* SMU_CEPFIN: VARCHAR(8)

    PK+ PK_tb_sis_municipio(INTEGER)

    tb_sis_uf

    column*PK SUF_CODUF: INT EGER* SUF_SIGUF: CHAR(2)* SUF_NOMUF: VARCHAR(50)

    PK+ PK_tb_sis_uf(INTEGER)

    tipo_produto_codecom

    co lumn*PK cod_tipo_produto_codecom: INTEGER nome_tipo_produto_codecom: VARCHAR(30)

    PK+ PK_tipo_produto_codecom(INT EGER)

  • 43

    3.3 IMPLEMENTAO

    A seguir so mostradas as tcnicas e ferramentas utilizadas e a operacionalidade da

    implementao.

    3.3.1 TCNICAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS

    O sistema foi desenvolvido em utilizando o ambiente Delphi 7, que uma ferramenta

    de desenvolvimento rpido, com o diferencial de ser uma ferramenta de programao visual e

    programao voltada a eventos.

    O ambiente de desenvolvimento do Delphi possui as caractersticas de Ambiente

    Integrado de Desenvolvimento (IDE) e foi desenvolvida em 1995 e atualmente produzido

    pela empresa Embarcadero (ANTUNES, 2008).

    Para o armazenamento de dados foi utilizado o gerenciador de banco de dados

    MySQL. Os testes da conformidade do cdigo no aplicativo desenvolvido com as operaes

    no banco foram realizados com auxlio da ferramenta MySQL Query Browser.

    Para a gerao de relatrios de pedidos e a impresso da etiqueta de rastreabilidade foi

    utilizado a ferramenta de gerao de relatrios Fortes Report pertencente a empresa Fortes

    Informtica.

  • 44

    3.3.2 OPERACIONALIDADE DA IMPLEMENTAO

    Nesta subseo so apresentadas as telas do sistema, juntamente com uma explicao

    de suas funcionalidade.

    Para iniciar a utilizao do sistema, o usurio dever primeiramente cadastrar

    informaes bsicas no sistema, como os dados dos clientes, peas dos motores, dados de

    motores, funcionrios. Todas estas informaes sero utilizadas durante o atendimento.

    Observar alguns cuidados como, no cadastrar peas e motores idnticos com nomes ou

    cdigos diferentes, pois isto pode dificultar o controle posteriormente.

    No cadastramento de motor, o usurio poder cadastrar todas as peas que o

    compem, facilitando assim o oramento.

    No atendimento sero inseridos os dados de clientes, e seus motores, conforme os

    clientes forem consertando os seus motores. Quando o cliente deseja realizar um conserto em

    seu motor eltrico, o usurio dever pesquisar se o cliente j est cadastrado e o seu motor

    tambm esta cadastrado. Aps confirmar o cadastro do cliente e do motor, ser gerada a

    etiqueta de rastreabilidade, que nica para cada motor, aps a vinculao de um motor a um

    cliente, ser emitido um oramento, no qual o usurio informa quais itens de peas que sero

    necessrios trocar/consertar e que totalizaro o oramento. Em seguida, o atendimento ficar

    em aberto at o cliente autorizar o conserto. Com a autorizao do cliente o atendimento

    passa de aberto para liberado e com isso, o motor consertado utilizando as informaes

    cadastradas no sistema.

    Se o cliente no autorizar o conserto do motor, o oramento encerrado. Porm, sero

    armazenados alguns dados do motor e do cliente no sistema tais como a etiqueta de

    rastreabilidade e oramento. Caso no exista cadastro algum das informaes de um motor

    como, por exemplo, os dados de bobinagem, necessrio o cadastro dos mesmos, ficando

    armazenadas na base de dados.

    Aps o conserto, sero feito testes no motor para garantir a qualidade do servio, e

    caso os testes sejam aprovados o motor entregue ao cliente, finalizando o atendimento. Caso

    o motor no apresente alguma falha nos testes, sendo reprovado em algum teste, o motor

    dever retornar ao conserto, para verificao da falha.

  • 45

    Ser utilizado o perfil do administrador para demonstrar todas as funcionalidades do

    sistema.

    A operacionalidade do sistema inicialmente apresentada pela tela de login, onde o

    usurio deve preencher o campo de usurio e senha, como apresentado na Figura 23. Caso

    informe usurio ou senha incorreto o sistema emitir uma mensagem de aviso, informando

    que algum dos dados est incorreto.

    Figura 23 - Tela de login

    Aps a realizao do login no sistema, todo usurio direcionado para tela inicial,

    conforme a Figura 24.

    Figura 24 - Tela do Menu Principal

    O usurio poder acessar as opes atravs do menu principal, como mostrado na

    Figura 25.

  • 46

    Figura 25 - Tela de Cadastro

    As opes que se encontram no menu Cadastro so as de cadastros de produtos,

    cadastro de clientes, cadastro de fornecedor, cadastro de funcionrio e cadastro de motor. As

    opes que se encontram no menu Atendimento so as de motor(es) do cliente, oramento(s),

    histrico de motores e testes de motor.

    Quando selecionada a opo de cadastro produtos, ser apresentada ao usurio a tela

    conforme visualizada na Figura 26. Nesta tela o usurio ir manter as informaes de

    produtos, poder cadastrar os produtos que sero vinculados a um motor eltrico, adicionando

    no cadastro o nome, tipo do produto, fornecedor, preo.

    O usurio poder tambm cadastrar o fornecedor, conforme Figura 27 e o tipo do

    produto, no qual o tipo do produto ser vinculado ao produto, de acordo com a Figura 28.

  • 47

    Figura 26 - Tela de cadastro de produto

    Na Figura 27 o usurio poder inserir um fornecedor ao produto.

    Figura 27 - Tela de pesquisa de fornecedor

  • 48

    Na Figura 28 ser vinculado o produto a um tipo de pea do motor.

    Figura 28 - Tela vinculo de produto a um tipo de pea do motor

    Quando selecionada a opo de cadastro cliente, ser apresentada ao usurio a tela

    conforme visualizada na Figura 29. Nesta tela o usurio ir manter as informaes de clientes,

    que podero ser do tipo: Pessoa Jurdica ou Pessoa Fsica.

    Figura 29 - Tela de cadastro de cliente

  • 49

    Para consultar algum cliente, ao clicar no campo cdigo apresenta a tela de consulta

    de cliente, conforme Figura 30.

    Figura 30 - Tela de consulta clientes

    Ao selecionar uma das opes Pessoa Fsica ou Pessoa Jurdica o usurio do sistema

    cadastra informaes pertinentes ao cliente, tais informaes como Nome, Razo social,

    CNPJ, CPF, telefone, conforme Figuras 31 e 32.

  • 50

    Figura 31 - Tela de cadastro de cliente pessoa jurdica

    Figura 32 - Tela de cadastro de cliente pessoa fsica

  • 51

    Quando selecionada a opo de cadastro fornecedor, ser apresentada ao usurio a

    tela conforme visualizada na Figura 33. Nesta tela o usurio ir manter as informaes dos

    fornecedores.

    Figura 33 - Tela de cadastro de fornecedores

    Quando selecionada a opo de cadastro funcionrios, ser apresentada ao usurio a

    tela conforme visualizada na Figura 34. Nesta tela o usurio ir manter as informaes dos

    funcionrios.

    Figura 34 - Tela de cadastro de funcionrios

  • 52

    Quando selecionada a opo de cadastro motor, ser apresentada ao usurio a tela

    conforme visualizada na Figura 35. Nesta tela o usurio ir manter as informaes dos

    motores que podero ser do tipo monofsico ou trifsico

    Figura 35 - Tela de cadastro de motores

    Para consultar algum motor eltrico j cadastrado, ao clicar no campo cdigo

    apresentada a tela de consulta de motores, conforme Figura 36.

    Figura 36 - Tela de consulta de motor

    Ao selecionar uma das opes Monofsico ou Trifsico o usurio do sistema cadastra

    informaes pertinentes a cada tipo de motor, conforme Figuras 37 e 38.

  • 53

    Figura 37 - Tela de cadastro de motor monofsico

    Figura 38 - Tela de cadastro de motor trifsico

    Na mesma tela de cadastramento de motores, o usurio dever selecionar o fabricante

    do motor eltrico, selecionando o campo cdigo do fabricante, e o cdigo do modelo do

  • 54

    motor de acordo com as Figuras 39 e 40. Tambm ao clicar na opo com o cone de

    calculadora o sistema apresenta uma tela com o clculo do passo e LZ1 mdio, de acordo

    com a Figura 41.

    Figura 39 - Tela de cadastro/consulta de fabricante de motores

    Figura 40 - Tela de cadastro/consulta de modelo de motor

  • 55

    Figura 41 - Tela com o clculo do passo e LZ1

    Na mesma tela de cadastramento de motores ao clicar na opo cadastro de peas o

    sistema apresenta uma tela com a vista explodida do motor, conforme Figura 42 e 43, onde

    so mostradas as pecas que compem um motor eltrico.

    Figura 42 - Tela de cadastro de peas do motor monofsico

  • 56

    Figura 43 - Tela de cadastro de peas do motor trifsico

    Ao selecionar uma das peas, apresentada uma tela com as peas cadastradas e

    vinculadas pertencentes aquele tipo de peca, de acordo com a Figura 44.

    Figura 44 - Tela de vnculo de peas ao motor

    Aps ter-se cadastrado todos os dados necessrios de produtos, clientes, fornecedores,

    funcionrios e motor, o usurio poder fazer o atendimento com todas as informaes.

    Na etapa de atendimento, quando selecionada a opo de atendimento motor(es) do

    cliente, apresentada ao usurio a tela conforme visualizada na Figura 45. Nesta tela o

    usurio ir vincular um motor j cadastrado a um cliente, gerando a etiqueta de rastreabilidade

    clicando com o mouse no cone gerar, de acordo com a Figura 46.

  • 57

    Figura 45 - Tela de cadastro de motor ao cliente

    Figura 46 - Etiqueta de rastreabilidade

    Quando selecionada a opo de atendimento oramento, apresentada ao usurio a

    tela conforme visualizada na Figura 47. Nesta tela o usurio ir cadastrar peas e servios em

    um motor e um cliente j cadastrado.

  • 58

    Figura 47 - Tela de cadastro de oramentos

    Na mesma tela de oramentos ao clicar em alguma das opes o Sistema Bobinar

    apresenta os seguintes comportamentos:

    a) opo novo ser gerado um novo oramento;

    b) opo salvar ser salvo na base de dados o oramento;

    c) opo cancelar ser cancelado o oramento;

    d) opo liberar ser liberado o oramento para conserto;

    e) opo estornar o pedido volta para a opo de edio, ou seja, retorna a ser um

    oramento;

    f) opo confirmar entrega ser salvo na base de dados a data de entrega do

    motor;

    g) opo imprimir gera um relatrio com o oramento;

    h) opo motor ser apresentada ao usurio a tela conforme visualizada na Figura

    48, contendo a vista explodida do motor e suas peas, e o usurio ao selecionar

    uma das opes de peas, o sistema apresenta uma tela com as peas cadastradas e

    vinculadas pertencentes aquele tipo de pea, como mostrado na Figura 49, e

    assim que selecionada o item, o cone na tela com o motor contendo a pea

    selecionada ir alterar sua cor, ter a cor vermelha indicando que aquele item foi

    includo no oramento.

  • 59

    Figura 48 - Tela de cadastro de peas do oramento

    Figura 49 - Tela de seleo do tipo de produto

    Quando selecionada a opo de atendimento histrico de motores, apresentada ao

    usurio a tela conforme visualizada na Figura 50. Nesta tela o usurio ir pesquisar no sistema

    servios cadastrados com as informaes tais como etiqueta de rastreabilidade ou cdigo do

    motor do cliente.

  • 60

    Figura 50 - Tela de consulta de histrico de motores

    Quando selecionada a opo de atendimento testes de motores, apresentada ao

    usurio a tela conforme visualizada na Figura 51. Nesta tela o usurio ir inserir no sistema

    dados de testes em motores eltricos de clientes j consertados.

    Figura 51 - Tela de cadastro de testes

  • 61

    3.4 RESULTADOS E DISCUSSES

    O trabalho desenvolvido se mostrou como um bom instrumento para as empresas de

    manutenes de motores eltricos que desejam ter o controle de sobre as servios prestados a

    seus clientes, tambm auxiliando a equipe interna da empresa, pois traz de forma padronizada

    a coleta e armazenamento de informaes teis para o conserto do motor. Tem-se como

    exemplo, o clculo de material isolante, no necessitando mais que se faa algumas medidas

    do material isolante at acertar a medida ideal.

    Outro importante aspecto do sistema o clculo de matriz de bobinagem (LZ1), pois

    retira do funcionrio - bobinador a responsabilidade de ter que fazer o clculo manualmente.

    O sistema foi apresentado a alguns colaboradores da empresa que sero os principais

    usurios. Aps a sua utilizao por um perodo de dois dias verificou-se que foi possvel

    cadastrar alguns dados de motores e clientes. Aps o perodo de utilizao do sistema foi feito

    dois testes bastante simples de busca de alguns dados de bobinagem, na forma de como era

    feito (em papel) e testes de clculo do material isolante no Sistema Bobinar.

    Foi apresentado um motor com os dados da plaqueta de identificao, e foi solicitado a

    um funcionrio da empresa que fizesse dois testes. O primeiro teste foi busca pelos dados de

    bobinagem do motor. Pelo sistema de busca manual at a localizao dos dados o funcionrio

    demorou quatro minutos aproximadamente. Pelo sistema Bobinar at a localizao dos dados

    o funcionrio demorou dois minutos e quarenta segundos aproximadamente. O segundo teste

    foi o do clculo do tamanho do material isolante que na forma manual teve um tempo de

    cinco minutos at a medida ideal, sendo feito duas tentativas at a medida ideal, foi

    desperdiado material isolante. Na forma do Sistema Bobinar foram quatro minutos, at a

    medida ideal, sendo feito uma tentativa at a medida ideal, desperdiando-se tambm material

    isolante.

    Conclui-se que, no primeiro teste, com a constante utilizao do Sistema Bobinar este

    tempo de busca ser reduzido significativamente. No segundo teste sero necessrios ajustes

    no equipamento de dobrar o material isolante para o sistema, com isso no ter mais

    desperdcio de material isolante.

  • 62

    Numa conversa informal com os dois funcionrios da empresa, foi comentado a forma

    de oramento com a vista explodidas dos motores, onde eles aprovaram a idia e sugeriram a

    expanso do sistema para itens cotidianos da empresa como o reparo de moto bombas.

    Quanto aos trabalhos correlatos a proposta elaborada por Roeder (2006), que traz uma

    ferramenta on-line de cadastro web para auxiliar o processo de manuteno corretiva, tambm

    gerando um histrico de manuteno, o bobinar apresenta caractersticas parecida tais como a

    rastreabilidade de manuteno, o cadastro de clientes, o funcionrio envolvido no processo.

    Sendo de muita importncia o trabalho de Garcia (2003), pois o mesmo mostra como

    importante manter os dados originais de fbrica para se manter o motor com o mximo de

    rendimento, onde o trabalho de Garcia (2003) pode auxiliar no sistema bobinar nas partes de

    cadastros e testes, trazendo para a realidade de uma empresa de manuteno a importncia de

    conservar os dados originais e pesquisar sobre como obter maior rendimento nas instalaes

    de motores eltricos.

    J Lamim Filho (2007) traz em seus estudos uma tcnica de manuteno preditiva,

    onde a tcnica desenvolvida por ele poder ser includo futuramente no sistema bobinar,

    necessitando de desenvolvimento de uma rede de conexo com a internet, para o

    monitoramento on-line.

  • 63

    4 CONCLUSES

    Aps a concluso da implementao do sistema e posterior anlise dos resultados,

    ficou evidenciado o cumprimento do objetivo principal deste trabalho, que era o de facilitar a

    atividade de cadastros, de clientes, motores, e clculos envolvidos no motor e criao da

    etiqueta de rastreabilidade.

    Os processos de oramentos, informaes de cliente e seus motores, que antes eram

    criados e armazenados de forma manual, e sem o apoio de algum sistema de informao,

    agora esto automatizados de forma gil e segura. Com isso o sistema Bobinar acaba

    mantendo as caractersticas originais e que o clculo de matriz de bobinagem seja o mais

    adequado para o bobinamento dos motores, evitando assim, desperdcio de matria prima.

    Com o desenvolvimento do trabalho foi possvel concluir algumas vantagens:

    a) cadastro de clientes e funcionrios padronizados;

    b) cadastro de motores e seus detalhamentos padronizados;

    c) oramentos de forma simplificada;

    d) clculo de matriz de bobinagem de acordo com o motor;

    e) clculo de material isolantes padronizadas;

    f) histrico de manuteno.

    Conclui-se com a realizao deste trabalho a uma reduo no tempo de gerao de

    oramento e com o clculo de tamanho de material isolante e clculo da matriz de bobinagem

    resultaram em economia de tempo e matria prima, facilitando o trabalho da equipe interna de

    uma empresa de manuteno de motores eltricos.

    O desenvolvimento deste trabalho trouxe um aumento no conhecimento nas tcnicas

    de modelagem de dados, onde a dificuldade encontrada nas ferramentas de armazenamento de

    dados, no seguindo um padro comum de modelagem de dados, permitiu um estudo mais

    aprofundado no tema. Na parte de busca de informaes sobre motores eltricos observou-se

    um contato maior com os fabricantes de motores eltricos para a busca de informaes. Sendo

    assim o desenvolvimento do sistema trouxe um desenvolvimento pessoal valioso para

    trabalhos futuros.

  • 64

    4.1 EXTENSES

    Para dar continuidade ao sistema, pode-se fazer com que a etiqueta de rastreabilidade

    torne pblica, com os dados sendo mostrados na web, com isso se o motor for reparado em

    outra empresa, a mesma poder obter o histrico de manuteno do motor.

    Tambm poder ser criado o mdulo financeiro, incluindo controle de estoque de

    mercadorias, e emisso de nota fiscal eletrnica e relatrios gerenciais.

    No mdulo estoque, o produto fio esmaltado de cobre/alumnio, utilizado na

    bobinagem de motores, no possui o controle adequado. Para este fio dada a entrada no

    estoque em quilogramas, e poderia ser feito um estudo em cada motor para obter a quantidade

    de material utilizados em cada motor, fazendo o controle de estoque do fio esmaltado.

    As empresas de manuteno normalmente no trabalham apenas com motores

    eltricos, as mesmas podem prestar tambm a manuteno em moto bombas, ferramentas

    eltricas e geradores, e necessitam ter estes produtos cadastrados no sistema. Assim como o

    motor eltrico e suas caractersticas, como sugesto futura poder ser inserido no sistema

    estes produtos, seguindo a mesma lgica do cadastro do motor eltrico.

    Poder ser feita uma integrao com o equipamento de corte de material isolante e a

    matriz de bobinagem, fazendo com que os equipamentos sejam controlados pelo sistema

    bobinar. Para isso necessrio a automao dos equipamentos e um mdulo de comunicao

    entre os dois sistemas.

  • 65

    REFERNCIAS

    ANTUNES, Rubens. Delphi Faa uma aplicao Comercial. Rio de Janeiro: Editora Cincia Moderna Ltda, 2008.

    ARANTES, Diogo. Simulao e Projeto de motores de induo bifsicos assncronos. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Engenharia Eltrica) Escola de Engenharia de So Carlos, USP, So Carlos 2008.

    BEZERRA, Eduardo. Princpio de anlise e projeto de sistemas com UML. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

    BUNGARELLI, Roberval. Proteo trmica de motores de Induo Trifsicos Industriais, So Paulo, 2006. Dissertao (Mestrado) Escola Politcnica da Universidade de So Paulo. Departamento de Engenharia de Energia e Automao Eltricas. So Paulo.

    DALFOVO, O.; AMORIM, S. N. Quem tem Informao mais competitivo: uso da informao pelos administradores e empreendedores que obtm vantagem competitiva. Blumenau: Acadmica Publicaes Ltda, 2000.

    DEL TORO, V., Fundamentos de Mquinas Eltricas. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1994.

    ECCHER, Anderson, Sistema de Processamento de Transaes para o Setor Txtil, 63 f 2005. Trabalho de Concluso de Curso (Bacharelado em Cincias da Computao) Centro de Cincias Exatas e Naturais, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau.

    ELETRICA CARDOSO. Clculo da Matriz de Bobinagem: depoimento [Nov. 2012]. Entrevistador: Murilo Csar Cardoso. Gaspar, 2012. Entrevista concedida para o Trabalho de Concluso de Curso do Curso de Sistemas de Informao da Universidade Regional de Blumenau.

    ELETROBRAS. PROCEL Programa de Conservao de energia eltrica. Rio de Janeiro, 2011. Disponvel em: . Acesso em: 10 nov. 2012.

    GARCIA, Agenor Gomes Pinto, Impacto da Lei de Eficincia Energtica Para Motores Eltricos no Potencial de Conservao de Energia na Indstria, 127 f. 2003. Tese (Mestrado em Planejamento Energtico) - Curso de Ps-graduao em Engenharia Eltrica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

  • 66

    INDUCOR. Acadmicos: eletrictial testing group. Buenos Aires, 2012. Disponvel em: . Acessado em: 19 nov. 2012.

    KOSOW, I. L. Mquinas Eltricas e Transformadores. 4. ed. Traduo de Felipe Daiello e Percy Soares. Porto Alegre: Globo, 1982. 2 v.

    INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA. Programa Brasileiro de Etiquetagem. Rio de Janeiro, 2012. Disponvel em: . Acesso em: 08 set. 2012.

    LAMIM FILHO, Paulo C. M., Monitoramento Permanente de Motores de Induo Trifsicos, 140 f., 2007, Tese (Doutorado em Engenharia Mecnica) Curso de Ps-graduao em Engenharia Mecnica, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

    LAUDON, K.C.; LAUDON, J.P. Sistemas de informao. Traduo Dalton Conde de Alencar. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

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    TAVARES, L. Excelncia na manuteno. 149 f 1997. Casa da Qualidade Editora, Salvador.

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    TEIXEIRA, L. M. Anlise Computacional do Motor de Induo Trifsico: regime transitrio e permanente. 37 f. 2009. Trabalho de Concluso de Curso. Escola de engenharia de So Carlos, Universidade de So Paulo, So Carlos.

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    WEG. Pesquisas. Jaragu do Sul, 2012. Disponvel em: . Acesso em: 4 nov. 2000.

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    APNDICE A Detalhamento dos casos de uso

    Neste Apndice apresenta-se a descrio dos principais casos de uso. No Quadro 05 tem-se a descrio do caso de uso Cadastrar Usurio. UC01 - Caso de uso - Cadastrar Usurio Ator: Gerente de manuteno; Objetivo: Cadastrar um novo usurio Pr-condies: O novo usurio dever ter todos os documentos exigidos para o cadastro; Ps-condies: Um novo cadastro ser criado; Cenrio Principal: 1. Gerente informa dados do novo usurio; 2. Sistema valida os dados do usurio; 3. Gerente insere o novo usurio; Cenrio Alternativo: 1.1 no preenchimento de algum dados obrigatrio; 1.2 alerta com mensagem dados invlidos mostrada;

    Quadro 5 - Cadastrar Usurio

    No Quadro 06 tem-se a descrio do caso de uso Incluir/Consultar Usurio. UC01.01 - Caso de uso - Incluir/Consultar Usurio Ator: Gerente de manuteno; Objetivo: Incluir um usurio novo ou consulta um usurio j cadastrado; Pr-condies: Gerente deve estar cadastrado no sistema; Ps-condies: Usurio esta cadastrado no sistema; Cenrio Principal: 1. O Gerente cadastra dados de um novo usurio; 2. O Gerente inclui um novo usurio; 3. O Usurio valida as informaes preenchidas pelo gerente; 4. O Gerente salva suas informaes; Cenrio Alternativo: 3.1 O Usurio escolhe uma nova senha; 3.2 O Usurio salva sua nova senha; 4.1 O Usurio altera e valida as informaes; 5.1 O Gerente Salva suas informaes;

    Quadro 6 - Incluir/Consultar Usurio

    No Quadro 07 tem-se a descrio do caso de uso Excluir Usurio.

    UC01.02 - Caso de uso - Excluir Usurio Ator: Gerente de manuteno; Objetivo: Gerente de manuteno exclui um usurio; Pr-condies: Gerente deve estar cadastrado no sistema; Ps-condies: Usurio esta excludo

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    Cenrio Principal: 1. O Gerente localiza os dados do usurio; 2. O Gerente exclui o usurio; 3. O Gerente confirma a excluso do usurio; Cenrio Alternativo: 1.1 O Gerente localiza os dados do usurio; 2.1. O Gerente verifica que o usurio um usurio diferente do que ele deseja excluir; 2.2. O Gerente cancela a excluso; 2.3 Voltar ao passo 1;

    Quadro 7 - Excluir Usurio

    No Quadro 08 tem-se a descrio do caso de uso Cadastro de Cli