Boffering (Swordplay): além de um jogo de combate, uma prática comunicativa, cultural, identitária e de consumo

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    Boffering ( Swordplay ): além de um jogo de combate, uma práticacomunicativa, cultural, identitária e de consumo 1

    Sami Argentino Nappo 2

    Escola Superior de ropaganda e Marketing ! ES " ! S#o aulo, S

    $esumo

    Esse artigo se propõe a ser uma primeira aproximação para se analisar o '‘universo’' do Boffering (Swordplay ), entendendo-o não somente como um jogo mas como uma práticacomunicativa, cultural, identitária e de consumo Ele (o !o""ering), neste artigo, # visto comouma '‘narrativa’' para a interação entre atores $ue se apropriando de textos culturais (re)criamcenas medievais e constroem personagens%identidades &ara "undamentar essa discussão serãoutili ados pressupostos te ricos de autores como aurice *al+ ac s, aria .parecida!accega, /o an *ui inga, *ilário 0ranco /unior, 1nica 2unes, 3ose 3oc a, entre outros

    alavras%c&ave: Boffering , Swordplay , 4dade #dia, 4dentidade, 5onsumo

    'ntrodu #o6 o+jeto de pes$uisa deste artigo, o grupo 7rai8aner, "oi 'desco+erto' na

    pes$uisa de campo reali ada para o projeto 95omunicação, 5onsumo e em ria: 7a5ena 5ospla; a 6utras

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    prática tem clara inspiração medieval por#m de um perDodo especD"ico da 4dade#dia, mais especi"icamente o perDodo das cru adas, onde a "igura do cavaleiro teve

    uma maior evidMncia e so+re o $ual temos uma maior 'midiati ação' tendo em vista a$uantidade de livros e "ilmes ("iccionais) $ue "oram e estão sendo produ idos 6s praticantes de Boffering vestem-se com tNnicas e cada grupo se autodomina 'clã' e possuem +rasões identi"icativos pr prios

    6 grupo 7rai8aner # um dos principais representantes doSwordplay no !rasil0ormado em @ABA pela união de trMs outros grupos(.lliance o" 5ross, *eren6uro+oros e irDade edieval) o grupo tem oje cerca de CA integrantes assDduos,$ue comparecem todos os domingos, das BC Os BP , no par$ue do 4+irapuera nacidade de ?ão &aulo para treinarem e "a erem suas disputas 7entro do grupo á uma

    ierar$uia esta+elecida J aprendi , soldado, sargento, capitão, guardião de elite,guardião real e cavaleiro (esse Nltimo con"erido aos coordenadores) 6s participantes

    ascendem na ierar$uia con"orme seu tempo de participação no grupo, suaassiduidade e a+ilidades 6 grupo possui dois coordenadores J Keandro 3usso ?ilva(o 3usso) e Qictor *ugo &ereira 5risto (o 5risto)

    6 7rai8aner # um dos organi adores do E&? (Encontro &aulista de? ordpla;) $ue está em seu $uinto ano e rece+e grupos de todo o !rasil Esse ano(@ABG) participaram @R grupos com um total de CSB jogadores Estimam existir cercade IA grupos "ormalmente constituDdos deSwordplay no !rasil 6 7rai8aner 9possuiuma temática ist rica ou "antasiosa, e a do nosso grupo # art uriana (+aseada namitologia e indDcios ist ricos de .rt ur)= (sitettps:%%drai8aner ordpress com).ssim como eles, a maioria dos grupos de Boffering no !rasil e no mundo teminspiração na 4dade #dia . pes$uisa para esse artigo "oi "eita atrav#s da participação na 4 0eira ?c ola ilitumR (onde ouve a demonstração do Boffering por alguns participantes do 7rai8aner) e pela visitação do local onde o grupo se reNne

    3 0eira do rupo ?c ola ilitum J grupo de *E . (*istorical European .rts) e * ! (*istoricaledieval !attles) - , reali ada em BR%AI%@ABG na .ssociação 6sa8a 2ani a Tai, 3ua 7omingos deorais, BGPB, ?ão &aulo%?&

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    (&ar$ue 4+irapueraC), conversando com seus praticantes e coordenadores, o+servandoseus duelos (e por ve es torcendo por um deles), utili ando-se a flanêurie como uma prática metodol gica

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    'dade "édia, a era das trevas

    &ara 'adentrarmos' um pouco no mundo do Boffering # interessante $ue se "açauma +reve apresentação so+re o perDodo inspirador dessa prática, a 4dade #dia

    Essa denominação surgiu no s#culo XQ4 associado a um perDodo ist rico $ue

    durou cerca de um milMnio . data de inDcio da 4dade #dia # controversa entre osistoriadores, tendo as seguintes datas e acontecimentos como re"erMncia: 9em RRA(recon ecimento da li+erdade de culto aos cristãos), em RS@ (o"iciali ação docristianismo), em CFI (deposição do Nltimo imperador romano) e em ISP (con$uistamuçulmana de 5artago)= (03.256 /V2463, p BC,@AAB) 6 t#rmino tam+#m não #menos controverso, 9já se pensou em BCGR ($ueda de 5onstantinopla e "im da uerrados 5em .nos), BCS@ (desco+erta da .m#rica) e BGBF (inDcio da 3e"orma &rotestante)(03.256 /V2463, p BC, @AAB) 0oi no s#culo XQ4 $ue ocorreu o 93enascimento=,$ue se caracteri ou, no ocidente, pela transição do "eudalismo para o capitalismo(ainda primitivo) e nas artes, "iloso"ia e ciMncias em uma revalori ação dos ideaisartDstico-literários da civili ação greco-romana (.ntiguidade 5lássica) &ara os'‘renascentistas’' tudo $ue ocorreu entre a .ntiguidade 5lássica e a sua #poca (os#culo XQ4) era considerado um iato, uma interrupção no progresso umano, umintervalo a ser es$uecido e menospre ado . arte da #poca medieval "oi tida comogrosseira, c amada de '‘g tica’' (sin1nimo de +ár+ara) 0rançois 3e+elais (in03.256 /V2463, p BA, @AAB) "alava da 4dade #dia como a 9espessa noite g tica=.t# o s#culo XQ444, por motivos di"erentes (mas parecidos), os tempos '‘medievais’'"oram um tempo de +ar+árie, ignorZncia e superstição 2os s#culos XQ4 e XQ44 os protestantes viam-na como uma #poca de dominação da 4greja 5at lica, asmonar$uias a+solutistas criticavam os reis "racos, os capitalistas +urgueses a limitadaatividade comercial e os artistas e intelectuais a cultura demasiadamente apoiada emvalores espirituais 2o s#culo XQ444, #poca do 4luminismo, da centralidade da ciMncia

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    e da racionalidade, as crDticas aos tempos medievais eram: a "orte religiosidade, a "altade apego ao racionalismo e a "orça polDtica $ue a 4greja 5at lica dispun a

    resgate da 'dade "édia

    0oi o 3omantismo na primeira metade do s#culo X4X $ue começou um

    movimento de '‘redenção’' da 4dade #dia apoiado principalmente na $uestão daidentidade nacional $ue se "ortalecera com a 3evolução 0rancesa 2apoleão ajudoumuito nessa revalori ação, ao tentar reunir toda a Europa so+ seu jugo aca+oudespertando um sentimento nacionalista em cada região $ue dominou ou ameaçoudominar 6 racionalismo de at# então "oi colocado em xe$ue em um momentocontur+ado de revoluções e guerras em $ue a Europa se encontrava Vma nostalgiaromZntica pela 4dade #dia $ue a associava O origem das nacionalidades satis"a ia os

    novos sentimento do s#culo X4X 0#, tradição e autoridade eram vistos como os princDpios norteadores da 4dade #dia e $ue tin am sido a+andonados peloracionalismo exagerado dos iluministas 9. verdade procurada atrav#s do raciocDnio,$ue guiara o 4luminismo do s#culo XQ444, cedia lugar O valori ação dos sentidos, doinstinto, dos son os, das recordações = (03.256 /V2463, p BB, @AAB) 6sromZnticos resgatam a 4dade #dia mas a recriam con"orme seu entendimento demundo 2as artes, ar$uitetura, literatura, etc, proli"eram-se o+ras com essa temática

    .+undam então o+ras de am+ientação, inspiração ou temática medievais,como %austo (BPAP e BPR@) de oet e,& corcunda de 'otre (ame (BPRB) deQictor *ugo, os vários romances ist ricos de Walter ?cott (BFFB-BPR@),dentre eles )vanho* e +ontos dos cru ados, diversas composições de Wagner,como Trist-o e lsolda (BPGS) e arsifal /01123. Essa 4dade #dia dosescritores e mNsicos romZnticos era tão preconceituosa $uanto a dosrenascentistas e dos iluministas &ara estes dois, ela teria sido uma #pocanegra, a ser relegada da mem ria ist rica &ara a$ueles, um perDodoesplMndido, um dos grandes momentos da trajet ria umana, algo a ser imitado, prolongado

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    coisa mais elevada= $ue a Europa tin a produ ido ais Ntil para "uturosestudos, apesar de suas imper"eições, "oi a organi ação de grandes coleçõesdocumentais, como a 4onumenta alemã (F), a atrologia "rancesa (P), os

    5olls Series ingleses (S), todas elas produto da paixão do s#culo X4X pela#poca medieval 7e $ual$uer "orma, a 4dade #dia permaneciaincompreendida Ela ainda oscilava entre o pessimismorenascentista%iluminista e a exaltação romZntica .os preconceitos anteriores juntava-se o da ideali ação, já antecipado por ott old Kessing (BF@S-BFPB):92oite da 4dade #dia, $ue seja[ as era uma noite resplandecente deestrelas= (03.256 /V2463, @AAB p BB)

    2o s#culo XX se intensi"ica a '‘vontade’' de se compreender a 4dade #dia, por#m tem-se a preocupação de não mais julgá-la, mas entendM-la atrav#s de seus pr prios re"erenciais 2ovas t#cnicas e metodologias $ue dialogavam com outrasciMncias umanas "oram empregadas "a endo com $ue istoriogra"ia medievalDsticadesse um salto $ualitativo e se tornasse a grande '‘vedete’' dos estudos ist ricos5om isso ouve uma '‘populari ação’' da 4dade #dia junto a um grande pN+licoEm+ora a 4dade #dia compreenda um perDodo de aproximadamente B AAA anos, o perDodo $ue mais se populari ou, atrav#s das artes, principalmente (livros e "ilmes),"oi o $ue se iniciou no s#culo X4 e "oi at# o s#culo X44, denominada 4dade #dia5entral 0oi a #poca, grosso modo, do "eudalismo 0oi nesse perDodo $ue ouve umagrande expansão territorial da sociedade cristã ocidental sendo as 5ru adas um dos'‘"atores’' mais con ecidos mas tendo como pano de "undo uma maior disponi+ilidadede mão de o+ra, uma maior procura por mercadorias e uma economia revigorada ediversi"icada (03.256 /V2463, @AAB)

    &ara o pN+lico, de modo geral, as 5ru adas são o $ue mais representa a 4dade#dia

    9( ) as 5ru adas apresentam-nos os principais protagonistas da$uele perDodoist rico, sendo como $ue sua sDntese: papas, +ispos e monges, reis,

    cavaleiros e camponeses, +an$ueiros e comerciantes, +i antinos emuçulmanos 6 mesmo acontece com as atitudes e as emoções: reverMncia,"idelidade, dedicação, desprendimento, credulidade, estupide , traição,incompreensão = (03.256 /V2463, BSPS p P@)

    Elas "oram expedições militares convocadas pelos papas, na condição de c e"e

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    espiritual, comandadas pelo rei ou por sen ores "eudais, empreendidas contras osmuçulmanos do 6riente #dio e da &enDnsula 4+#rica, contra os eslavos pagãos daEuropa 6riental e contra os er#ticos de $ual$uer parte da Europa 6riental com a"inalidade de '‘propagar’' o cristianismo ?eus participantes, os cru ados, rece+iam daigreja a indulgMncia, perdão dos seus pecados%crimes (algo muito valori ado em umasociedade altamente religiosa), estavam su+metidos O proteção da igreja (não

    respondendo O jurisdição laica) e o pagamento e os juros de suas dDvidas "icavamsuspensos at# o seu retorno

    .os cavaleiros medievais eram associados (ou "oram associados principalmente pela literatura e posteriormente pelo cinema) os ideais de coragem,lealdade, generosidade e amor cortMs .s principais regras do c digo do cavaleiroeram: proteger as mul eres e os "racos, de"ender a justiça, amar sua terra natal ede"ender a igreja com a sua pr pria vida 7entre os armamentos utili ados pelos

    cavaleiros tin a-se: a espada de duas mãos, a espada curta, a massa, o escudo, o arco e"lec a, a +esta, ala+arda (esp#cie de lança com mac ado) e a lança Qestiam-senormalmente com calças e camisas, sapatos de couro, uma mal a de "erro trançado,um elmo e uma tNnica com o +rasão (os cavaleiros mais a+astados podiam tam+#musar armaduras, parciais ou completas, para aumentar sua proteção) (0K634, /ean,@AAF)

    .s cru adas e principalmente os cavaleiros medievais por suas caracterDsticas

    aca+aram por servir de '‘mote’' para uma '‘in"inidade’' de livros e "ilmes "iccionaisisturando ist ria, "icção e "antasias, diversos tDtulos vMm sendo lançados nos

    Nltimos anos alcançado muito sucesso junto ao grande pN+lico 7entre os livros podemos citar como exemplo:.s !rumas de .valon ( arion \immer !radle;, BSFS),6 nome da rosa (Vm+erto Eco, BSPA), 5r1nicas de .rt ur (trilogia de !ernard5orn ell,BSSG), 5r1nicas do elo e do 0ogo ( eorge 3 3 artin, BSSI-@ABB)]uanto aos "ilmes: 6 s#timo selo (4ngmar !ergman, BSGF), Excali+ur (/o n !oorman,

    BSPB), 6 "eitiço de ^$uila (3ic ard 7onner, BSPG), 5ru ada (3idle; ?cott, @AAG), as#rie ame o" < rones (7avid !enio"" e 7 ! Weiss, @ABB-@ABG)

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    'nspira #o para jogos

    .l#m de in"luenciar "ilmes e livros, a 4dade #dia tam+#m in"luenciou, emgrande medida, os jogos de 3& (sigla em inglMs de 5ole laying 6ames ) ?ão jogosde '‘interpretação de pap#is ou representação Esse gMnero de jogo surgiu nos EstadosVnidos em BSFC e di"undiu no !rasil nos anos de BSSA (34562, K E , @AAC)

    6 3& aca+ou gerando um outro tipo de jogo, o K.3& ( 7ive 8ction 5ole - laying ) ?ua grande di"erença # $ue, como o nome di , # encenado ao vivo, com seus participantes geralmente caracteri ados com indumentárias de seus personagens 6modo de jogar # muito parecido, o $ue muda são as disputas $ue não são resolvidasnos dados como no 3& (por não ser prático) mas atrav#s de "ic as, cartas de +aral o, par ou Dmpar, etc 2ão á contato "Dsico entre os competidores

    A prática do Boffering ( Swordplay )5omo alternativa para $ue se pudesse aver com+ates durante os jogos de

    K.3& "oi criado o Boffering $ue a$ui no !rasil, como dito anteriormente, "oidenominadoSwordplay. 6 Boffering ou Swordplay aca+ou tomando outros camin ose se dissociando do K.3& 2o Boffering o $ue importa são os com+ates e suasestrat#gias, usando '‘armas’' +rancas "a+ricadas por seus integrantes em locais $uedenominam de '‘"orja’' Essas armas tentam se aproximar das armas medievais (lança,

    espada, arco e "lec a, etc ), mas podem ser criações novas, com "ormatosdi"erenciados, por#m devem ser "eitas de materiais '‘ino"ensivos’' como canos de&Q5, "itas colantes e espumas tendo sempre a preocupação de não mac ucar os participantes Existem várias modalidades de disputas 2o !rasil a mais comum # aboffer combat , $ue são com+ates um contra um ou em grupo (+atal as campais) .sregras variam um pouco de grupo a grupo mas, de "orma geral, o+edecem aosseguintes crit#rios: são proi+idos golpes na ca+eça e pescoço, golpes no dorso são"atais, nas mãos e nos p#s são desconsiderados 5aso rece+a um golpe dedesmem+ramento de +raço o participante não pode utili á-lo at# o "inal do com+ate e

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    se "or na perna não poderá se locomover e deverá manter a perna 'sadia' no c ão e a perna golpeada levantada 6 pr prio participante deve '‘acusar’' o rece+imento dogolpe (apesar de aver juD es para manter o cumprimento das regras)

    ?egundo uma compilaçãoG "eita no " rum da comunidade 9? ordpla; !rasil=a lin a cronol gica do aparecimento dos grupos de !o""ering no !rasil começa emBSSS com o surgimento do grupo raal-?& e as primeiras armas !o""er

    jogo

    .o se entrevistar alguns dos participantes desse grupo perce+e-se nitidamentedois pontos em comum: a "ascinação pelo jogo e o encantamento pela temáticamedievalista 6 jogo está presente na vida dos participantes desde a in"Zncia, atrav#sdos games eletr1nicos &raticamente '‘nasceram’' jogando em computadores, celularese consoles de jogos &ara eles # parte "undamental de suas vidas /ogando se sentemcomo vivendo a$uele momento dentro do '‘universo’' do jogo '7entro do jogo' podemassumir personagens, poderes, a+ilidades $ue muitas ve es seriam impossDveis no'mundo real' 6 jogo aca+a servindo como um 'meio' para a interação entre essesatores%personagens%jovens onde podem gerenciar suas su+jetividades5 Kin a cronol gica do aparecimento dos grupos de !o""ering no !rasil: BSSS J ?urge o raal-?& etra as primeiras armas !o""er_ @AAR J 2asce o projeto !atal a 5ampal organi ado por: Keandro

    odo; e &aulo 3enault (5on"raria das 4deias), 5#sar 2unes e 6s aldo &anuncio ( edieval !rasil),4srael ?ilva e 3odrigo Ximenes_ @AAR J &rimeira +atal a campal, reali ada em 5ampinas%?&_ @AAC J

    edieval !rasil se retira do projeto !atal a 5ampal_ @AAC J ?urge 4nner ?anctun (.mericana%?&)_@AAC J ?urge o raal- (!elo *ori onte% ) atrav#s de es"orços do raal-3/_ @AAG J ?urge

    .lliance o" 5ross (?ão &aulo%?&)_ @AAI J ?urge rupo 0al8isgate (&iracica+a%?&)_ @AAI J 4srael ?ilvae 3odrigo Ximenes se separam dos demais e assumem a !atal a 5ampal_ @AAF J 6corre a cisão entre oraal- (!elo *ori onte% ) e o Excali+ur (!elo *ori onte% ), com a "undação deste Nltimo_

    @AAP J ?urgem ? ado "ax ( auá%?&), 4n"ecto ortis (5ampinas%?&), !atal a 5Mnica ?alvador(?alvador%!.), ladius ? ordpla; (3i+eirão &reto%?&) e 6rdem de 6uro+oros (?ão &aulo%?&)_ @AAP J.lliance o" 5ross sai da !atal a 5ampal e "unda a ?! (?istema de !atal a edieval)_ @AAS J?urgem 6s il 7ragões (?ão &aulo%?&), !erser8 !atal a edieval (?ão Qicente%?&), Kiga 2ever ore(2atal%32), ?torm ? ordpla; (5uriti+a%&3) e Ko+os de 6din (?ão &aulo%?&)_ @AAS J 6rdem de6uro+oros muda de nome para *eren 6uro+oros_ @ABA J ?! deixa de existir_ @ABA J 6s il 7ragõesmudam de nome para irDade edieval_ @ABA J ?urgem Qigrid uardians (Kimeira%?&), 0ar"etc 'd!atal a edieval (?ão 5arlos%?&) e .liança de !eu"ort (!rasDlia%70)_ @ABA J .lliance o" 5ross, *eren6uro+oros e irDade edieval unem-se para "ormar rupo 7rai8aner_ @ABA J rupo !atal a 5ampalvolta-se exclusivamente para eventos de anime_ @ABA J 4n"ecto ortis muda de nome para !arn .v

    Ein erjar_ @ABB J Qigrid uardians, 0enrir 0ur; e .ngels !lade unem-se para "ormar o grupo agnusKegio (Kimeira%?&) ttp:%%compilacaomedieval e+node com +r%esgrima%s ordpla;%)

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    /o an *ui inga, istoriador olandMs $ue estudou os jogos em seu livro deBSRP, '*omo Kudens', a"irma $ue o jogo gera um sentimento de tensão e de alegria euma consciMncia de ser di"erente da vida cotidiana

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    . identidade passou a ser m vel, está sempre em movimento

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    ser um jogo e uma teatrali ação, ser um alicerce para criação de identidades, oconsumo e a produção de narrativas mediáticas e outros textos culturais pelos seus participantes, a atuação da mem ria coletiva J en"im várias $uestões $ueoportunamente deverão ser es$uadrin adas para uma mel or compreensão desseo+jeto

    $e+er-ncias *ibliográ+icas

    .V?

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    365*., 3ose de elo omunica #o e consumo: por uma leitura pol tica dos modos deconsumir 4n: !.55E ., aria .parecida 5omunicação e 5ulturas do 5onsumo ?ão&aulo: .tlas, @AAP

    365*., 3ose de elo e ?4KQ., /osime; 5osta da onsumo, cenários comunicacionais esubjetividades juvenis