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ALCOCHETE Abre Delegação SETÚBAL Associação e Polícias debatem Segurança Seixal em parceria com Comerciantes A Câmara já aprovou projectos de revitalização de zonas urbanas, também como incentivo ao comércio local Pág. 23 Orgão oficial da Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal Tome as medidas contra a Gripe A (H1N1) Que já afectou em Portugal mais de duas mil pessoas Ano XXX - Edição Trimestral - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Director / ACSDS: Isau Maia - Edição e Coordenação editorial: Maria Leonor Quaresma - Distribuição gratuita no Distrito de Setúbal ALMADA Câmara destrói cartaz e proíbe manifestação P. 9 P.10 P.20 NO DISTRITO P.16 compre no comércio tradicional de janeiro ao natal P.25 www.oriflame.pt Edição patrocinada por: Boletim COMÉRCIO:Comércio Setúbal 22-09-2009 21:44 Page 1

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ALCOCHETEAbre Delegação

SETÚBALAssociação e Políciasdebatem Segurança

Seixal em parceriacom Comerciantes

A Câmara já aprovou projectosde revitalização de zonas urbanas,

também como incentivoao comércio local

Pág. 23

Orgão oficial da Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal

Tome as medidas contra a Gripe A (H1N1)Que já afectou em

Portugal mais deduas mil pessoas

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ALMADACâmara destrói cartaze proíbe manifestação P. 9

P.10

P.20

NO DISTRITO P.16

compre no comércio tradicional de janeiro ao natal

P.25

www.oriflame.pt

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Boletim COMÉRCIO:Comércio Setúbal 22-09-2009 21:44 Page 1

Page 2: Boletim C

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Boletim COMÉRCIO:Comércio Setúbal 22-09-2009 21:44 Page 2

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ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚBAL | SSEETTEEMMBBRROO // OOUUTTUUBBRROO // NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22000099 3

PerfilA origem da nossa associação vem do anode 1897.Era então criada a Liga Comercial dos Re-vendedores de Víveres, em Setúbal. Posteriormente viria a transformar-se em As-sociação Comercial, mais tarde em Grémio ea sua acção extensiva a: Alcácer do Sal, Al-mada, Grândola, Palmela, Santiago doCacém, Sesimbra, Setúbal e Sines.No distrito, à altura , existiam outros grémios. Em 1975 era aprovada a alteração do Grémiode Setúbal para Associação dos Comercian-tes.A acção desenvolvida pelo organismo e a di-nâmica implantada em prol dos interessesdo comércio conduziu ao alargamento daactividade pela fusão com as associaçõesdos comerciantes dos concelhos de Alco-chete, Montijo, Seixal e Setúbal.Em Maio de 1989 registava-se oficialmentea nova designação, que ainda se mantém,como Associação do Comércio e Serviços doDistrito de Setúbal (ACSDS).Actualmente são sete as delegações, queabragem pessoas singulares ou colectivas eexerçam a actividade comercial ou prestaçãode serviços, na área geográfica do distrito. São mais de sete mil os associados daACSDS, distribuídos por múltiplas áreas deactividade.Como principal objectivo a ACSDS põe de-fesa dos legítimos direitos e interesses dosseus associados.Na área dos serviços prestados integram-se:

• INFORMAÇÃO ECONÓMICA/PROJECTOS• APOIO AO INVESTIMENTO• CONSULTORIA• PROJECTOS INDIVIDUAIS E COLECTIVOS• INFORMAÇÃO JURÍDICA E APOIO• FORMAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DEATENDIMENTO AO PUBLICO• FISCALIDADE• HACCP/SEGURANÇA ALIMENTAR• INFORMÁTICA E INGLÊS COMERCIAL• MARKETING E DECORAÇÃO DE MONTRAS• COMUNICAÇÃO E IMAGEM• ACTIVIDADES TEMÁTICAS, SORTEIOS EOUTROS EVENTOS

FICHA TÉCNICADirecção da ACSDS: Isau MaiaDirecção e coordenação: Maria Leonor Quaresma; redacção em Setúbal: Vânia Mendes; redacçãoem Almada: Tânia Taveira; paginação: Fernando Martins; comerciais: Ruama Martins e Júlio Espí-rito Santo. Propriedade da ACSDS. Depósito Legal: 39468/90Edição Extramultimédia. Redacção em Almada Av. D. Nuno Alvares Pereira, n.º 40-A, 2800-169 – tele fax 212764761- 212765296 – email: jornal [email protected] – Redacção em Setúbal: RuaManuel Livério n.º 20, 2900-106 – Telf. 265 234048 – Fax 265522467 – [email protected]

AASSSSOOCCIIAAÇÇÃÃOO DDEE CCOOMMÉÉRRCCIIOO EE SSEERRVVIIÇÇOOSS DDOO DDIISSTTRRIITTOO DDEE SSEETTÚÚBBAALL

SETÚBALPresidente da Direcção

Francisco Carriço

Vice-PresidenteRodrigo Pinto

TesoureiroAntónio Marques Caetano

1.º SecretárioIsaú Maia

2.º SecretárioJosé Caetano Clemente

ALMADAVogal Representante da Delegação

Alexandre Duarte

ALCÁCER DO DO SAL/GRANDOLAVogal Representante da Delegação

Paulo Diogo

MONTIJOVogal Representante da Delegação

Carla Valéria da Silva

SANTIAGO DO CACEMVogal Representante da Delegação

José de Sousa Martins

SEIxALVogal Representante da Delegação

Dora Cândido Olho Azul

SESIMBRAVogal Representante da Delegação

Francisco Daniel Piedade

SINESVogal Representante da Delegação

José de Sousa Martins

SENHOR COMERCIANTESE NÃO É SÓCIO, NO SEU INTERESSE

INSCREVA-SE JÁ!

SUMÁRIOALMADAPé de guerra no “canal” p. 9

MONTIJOUm olhar sobre o futuro p. 11

SESIMBRADefende novas mentalidades

p. 15

SETÚBAL Concurso de montras p. 17

SEGURANÇAPreocupação comum p. 20

SEIxALRenova ambiente mas falta estacionamento p. 23

SINESProjecta-se para o futuro e abre pólo empresarial p. 26

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K-Med XXIA K-med XXI tem ao Seu dispor serviços nas áreas de Medicina no Trabalho, Hi-giene e Segurança no Trabalho, Higiene e Segurança Alimentar e Formação, como objectivo de satisfazer plenamente as necessidades dos seus clientes. A Medicina no Trabalho é uma especialidade médica que tem por objectivo ava-liar e acompanhar clinicamente a aptidão de um trabalhador para exercer uma de-terminada função. De acordo com a legislação em vigor, o empregador é obrigadoa proporcionar aos seus trabalhadores a vigilância médica necessária para garan-tir a aptidão. A K-med XXI dispõe de Especialistas em Medicina no Trabalho eestá devidamente capacitada para a prestação destes cuidados de saúde.Ao implementar um serviço de Medicina no Trabalho, o empregador proporcionaum bom ambiente laboral, pois estudos comprovam que uma boa saúde física emental dos trabalhadores aumenta o nível da produtividade laboral de uma em-presa.AK-med XXI oferece aos seus clientes a prevenção de riscos e de acidentes detrabalho dos trabalhadores no seu ambiente de trabalho, dando apoio na infor-mação de regras de Higiene e Segurança no Trabalho, para evitar a exposição aorisco e aparecimento de doenças profissionais do trabalhador. Com a implemen-tação destas medidas os níveis de sinistralidade e de absentismo diminuem subs-tancialmente, aumentando a produtividade e competitividade da empresa.A Higiene e Segurança Alimentar garante um elevado nível de protecção do con-sumidor. A K-med XXI apresenta-lhe um plano de trabalho para a implementa-ção dos princípios do sistema HACCP (Análise dos Perigos e Controlo dos PontosCríticos) que tem por objectivos principais a identificação, redução e controlodos factores de risco para a saúde dos consumidores.AK-med XXI disponibiliza-lhe diversos Módulos de Formação para as áreas deSegurança e Higiene no Trabalho e Segurança e Higiene Alimentar, garantindo aQualidade do serviço das empresas.Fique em boas mãos! Colaborando consigo, a K-med XXI trata e comunica àA.C.T. (Autoridade para as Condições do Trabalho) todos os aspectos burocráti-cos que envolvem os serviços de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho.Informamos ainda que inaugurámos a nova Clínica no Pragal, sito Rua GalileuSaúde Correia, nº 11B – Pragal (em frente aos CTT). Visite-nos e desfrute dasvantagens em ser nosso Cliente: A peça que faltava ao seu negócio.

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Page 5: Boletim C

Por iniciativa da Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal, – núcleo de Almada –, vinte e quatro jovens participaram no evento Moda Jovem,

realizado por causa da chuva, no palco da Academia Almadense, em vez de ao ar livre na Praça de São João Batista como estava programado.

ALMADA

Almada viveu Moda Jovem

Nela Medina

Uma das jovens manequins Ma-falda de Sá Ferreira, de 17 Anos,estudante e bailarina, respon-deu a questões que sobre a suaparticipação lhe colocámos.P-Como é que te sentes ao par-ticipar num evento deste?“Sinto-me lisonjeada, afinal decontas, entre tantos candidatoseu fui apurada. Além disso, foi aprimeira vez que concorri a umcasting para um desfile demoda”.P-É a primeira vez que fazes umdesfile de moda?“Sim, surpreendeu-me mas foium grande prazer ter sido se-leccionada de entre cerca de100 candidatos. E só foramapurados 12 rapazes e 12 rapa-rigas”.P-De entre vocês havia jovenssem experiência. Receberamalguma preparação antes dodesfile? “Sim claro, tivemos um cursoque consistia em vários mó-dulos. No primeiro módulo re-flectimos sobre a vida demodelos e a etiqueta socialcomo saber estar, viver, sobreprofissionalismo e responsabili-dade. No segundo módulo aprende-mos técnicas de passerelle taiscomo a importância da formade desfilar, a postura, a interpre-tação de diversos tipos de roupaentre outras. Nos terceiro e quarto móduloaprendemos as técnicas de ma-quilhagem e por fim realizamosum book fotográfico”.A organização do desfile dispo-nibilizou aos manequins um co-reógrafo que ensinou técnicasde entrada e saída da passerelle,paragens e movimentos ade-quados ao programa do desfile”. P-Gostaste das roupas com que

desfilaste? No teu dia-a-dia ves-tias essas peças?“Inicialmente sentia-me umpouco assustada em relação aisso, pois não sabia com quetipo de roupa iria desfilar. Sinto-me melhor quando a roupa seadapta ao meu estilo e à minhapersonalidade. Contudo,quando vi as roupas e as experi-

mentei, senti-me feliz por-que embora fossem todas deestilos diferentes, os figurinosadaptavam-se ao meu estilo”. Neste desfile e a exemplo doque se fez no ano anterior haviaestilos práticas, peças de praia eroupas clássicas. Mafalda, a nossa entrevistada,considerou que em relação aosmodelos até os usaria no seudia-a-dia ficando a dependerdas ocasiões mas relevou quepara uma saída com amigos es-colheria roupa mais prática”.P- Como te sentiste antes de en-trares na passerelle? “Julgo que mais ou menos todosnós, os 24 sentimos o mesmo. Fomos apurados no casting mas

não tínhamos experiência nestemundo da moda e eu também.Por isso antes do desfile estáva-mos todos “stressados”, nervosose com muita ansiedade re-ceando que corresse mal.Quanto a mim com todo o tra-balho de equipa ultrapassei asdificuldades”. - Os manequins reconheceram

que a organização fez um tra-balho excepcional. Manifes-taram agradecimento aoscomerciantes de Almada e re-conhecem que sem eles, arealização deste evento nãoteria tido tamanho êxito.Mafalda reconhece, ainda que“os colegas com quem convivi,durante o curso, deram-meuma grande ajuda e um apoioindeterminável”. E sobre o momento mais im-portante do desfile, Mafaldaconcluiu: “Foi a primeira vez que partici-pei no “Almada Moda Jovem” edestaco dois momentos aminha primeira entrada numapasserelle e o final em que nopalco todos desfilamos em apó-teose. Vivemos um clima demuita alegria por parte dos co-legas e organizadores. Foi emo-cionante. P- Quanto à hipótese de seguira carreira de manequim se lhesurgisse a oportunidade res-pondeu: “Sabemos como o mundo damoda tem um percurso compli-cado, pode trabalho ou não.Para já quero terminar o 12º. anoe ingressar na faculdade. Queroser professora primária e istosem abdicar do meu grandehobbie: o ballet. Mas se houveroportunidade para mim nomundo da moda vou agarrá-lacom muito prazer e dedicação”.

A DELEGAÇÃO DE ALMADA DA ASSOCIAÇÃO DE COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚ-BAL, CONSCIENTE DAS DIFICULDA-DES COM QUE O COMÉRCIO SECONFRONTA NOS DIAS DE HOJE,VEM DESENVOLVENDO ESFORÇOSNO SENTIDO DE DESENVOLVERACÇÕES DE PROMOÇÃO E DINAMI-ZAÇÃO . “ALMADA MODA JOVEM”, QUE DE-CORREU EM DE ABRIL E SE PRO-LONGOU ATÉ Á PRIMEIRA SEMANADE MAIO, REALIZOU UM CASTINGDE JOVENS PARA SELECIONAR OSNOVOS MANEQUINS E PROPOR-CIONAR-LHES UM CURSO DE UMASEMANA PARA PREPARAÇÃO DODESFILE, APRESENTADO POR RITAPEREIRA, TAMBÉM MANEQUIM,PROFISSIONAL E ACTRIZ, COM OPATROCÍNIO COMERCIAL DE LOJASDO CONCELHO DE ALMADA:

“BIOSCA”, “MINI - FESTA VIOLETA”, “CONSTANÇA BYJOANA FIGUEIRA”, “CORES

FORTES E COMPANHIA”, “DAYSPA MÓNICA”, “EKENABAY”,“CAPRI MODAS”, “OCULISTA

DO FEIJÓ”, “OCULISTA MANARTE”, “PEDRU’S

BOUTIQUE”, “PRIMALINHA”,“ROXANE”, “RUIKA

ACESSÓRIOS”, “SPAZIO”, “SETRAUSSE”, “VANBRU” E

“GAIAZ”.

Luís Henrique e Rita Pereira naabertura da Gala

Rita Pereira também participou na Moda Jovem

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚBAL | OOUUTTUUBBRROO // NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22000099 5

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6 SSEETTEEMMBBRROO // OOUUTTUUBBRROO // NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22000099 | ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚBAL

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ALMADA

Mónica Ferreira, proprietária e gerente do Day SPA ma-nifesta preocupação com o futuro da empresa.É uma mulher de garra, filha de uma comerciante de mé-rito, profissional e cívico, de quem diz ter herdado sen-tido empreendedor, sensatez e ousadia.Mónica refere com ternura a mãe, hoje com 86 anos, “eainda tão boa conselheira. Como ela gosto de fazer tudobem e vencer”. Quando instalou em Almada o Day SPA num local tradi-cional da cidade, Praça do MFA, baseou-se no movi-mento existente no local para se responsabilizar paracom a banca em €850 000. Leasings, ordenados, forne-cedores, s. Social, IVA, etc, tudo foi superado com muitaorientação e método, até que chegou o dia dos cortes detransito e estacionamento. estava longe de supor o queem nome da modernidade lhe iria acontecVivo as 24 horas em cada dia e aceito estar exposta aosacrifício. Presto provas das minhas capacidades e deixoque os outros testem os meus méritos”.Mónica deixou para trás o projecto de arquitecta paraviver de corpo e alma a estética. A França foi buscar teoria e prática, continuada em Por-tugal, no Chiado, em Lisboa, até criar a sua empresa,queapesar de muitos convites para outros locais, Mónicaquis apostar na sua cidade.Pelo caminho aconteceu um divórcio, um casamento,o acompanhamento de dois filhos a cursos superiores euma mãe a quem assiste e ama muito.Religiosidade!?-perguntamos- “Nada disso”. É peremp-tória: “não sou mulher de crenças; a minha espirituali-dade é a minha consciência e atitude perante os outros”.Todas as religiões é o que pedem

Almada DESVITALIZADA…

“Tenho a certeza que a intenção detransformar a cidade foi boa, e congra-tulo a ousadia de tamanha transformação.A cidade es-tava a precisar de inovação. O estudo foi consertza feitopor bons técnicos, mas sem estarem no terreno e muitome surpreende que não existam estudos para analiza-rem o impacto que este plano teve na vida, no movi-mento, no comercio, na alegria desta cidade. É chocantea indifença, as defezas teóricas de todos os que têm opoder para voltar a dar vida a esta cidade, que confun-dem os pedidos de quem está dia a dia a arruinar-secomo atitudes partidarias ou até mesmo criancisses. MasSrs Autarcas, desde a associação de comerciantes pas-sando pela camara de almada, até ao nosso Governo,quando a cidade estava velha, a vida e movimento queela tinha eram essas pessoas que os Srs consideram nin-guem, que lha davam. Conseguiram-na á base de muitotrabalho e investimento. O que os Srs fizeram com tan-tos estudos foi o que está á vista, todas as horas do dia oque antes tinha pessoas hoje está sem ninguem, estáaflitivamente vazio. Os que nunca investiram continuamna hibernia, os que investiram estão sem clientes dese-josos de poder fugir para outro local Precisamos de zonas pedonais? – Sim senhor!Tantas quantas possível. Mas em pequenas zonas deco-radas graciosamente com o fim de criar curiosidade aosvisitantes e não em zonas que incapacitaram a fluidezdo transito para toda a cidade levando, e isto é muitoreal, ao afastamento de todo o movimento que esta ci-dade tinha, Mónica desabafa e aceita que “está tudo lindo. Foi tudo

muito caro. Mas houve uma falha que urge corrigir”.Falha essa para os interesses dos munícipes, comércio,serviços, turismo. Os comerciantes nunca precisaram de se juntar para pe-direm algo á nossa Camara, pois nunca houve necessi-dade, mas hoje Almada precisa de atenção, comvontade e não de ser ignorada.As ajudas dadas pela Câmara Municipal de Almada, sãomuito bem vindas pois os eventos e decorações sãomuito importantes numa cidade mas acabam por se dis-solver perante uma ciade que tem o dia a dia vazio. Temde haver vontade e capacidade para corrigir um únicoponto. Desobstruam a cidade.

“O eixo tem de ser aberto e criarestacionamento próximo”.

E esperam que o seja. Desde que a Rua Luís de Queiróse a avenida fecharam ao trânsito o movimento de ruacaiu mais de 50% por cento”.Agora passado quase umano de zona pedonal que divide almada em norte e sulo nº de visitantes na rua arrisco a apontar os 80% amenos.A crise em compras existe em todas as cidades mas a de-sertificação só a conheço em Almada e infelizmente emmais uma ou outra também sujeita a estas opções. Con-correr com outras cidades no que diz respeito ao im-pacto ambiental, estou de acordo, mas será que essasoutras com que Almada concorreu também só tinhamuma única avenida motor de toda a cidade? Concorrersim, com cidades da mesma escala e desde que não sedesertifique a cidade senão o bom oxigenio fica só paraquem recebe o premio.“As minhas clientes de longe, as de mais idade, as grávi-das, e as que têm crianças, os deficientes, deixaram devir por falta de estacionamento perto do SPA”, apesar desermos obrigados a ter na escada uma cadeira para de-ficientes motores mas não sei para quê,pois ninguem aspode vir pôr nem buscar, nem existe um lugar de esta-cionamento para deficientes.Na clínica de estética o investimento é permanente, paraconforto de clientes e dosmeus profissionaisMónica interroga:“Porque é que me proibi-ram de ter visitantes ?Em qualquer zona comer-cial existe estacionamentopor baixo evitando o carre-gar de compras á chuva eao vento. Repare-se que no AlmadaFórum o estacionamento no parque é gratuito.Porque é que no tradicional centro de almada foram re-tiradas todos estes direitos e quem cá quiser vir tem quepagar e andar carregado debaixo de chuva, vento e solquando nos outros lados tudo funciona em prol do con-forto e animação dos visitantes, possiveis clientes.Como moradora tambem na pseudo zona pedonal,tenho a certeza de que quando me responsabilizei pelopagamento desta casa não me foi dito que era um con-dominio fechado mas com uma diferença: É que quandorecebo familia de longe, faça chuva ou sol eles teriamque carregar tudo o que trazem ás costas (ex.: malas deroupa, etc), que teriam de pagar estacionamento todo otempo, que alguém não me pode trazer a minha mãe a

E lutar contra ventos e marésInvestir em Almada, no comércio local, o que há anos era esperança deprosperidade é hoje um risco.As grandes superfícies da periferia, o afastamento do hospital, da policia,do tribunal, da E.D.P, do S.M.A.S e outros afastaram da cidade os visitan-tes compradores O Plano de Mobilidade XXI veio condicionar a circulação eo estacionamento na cidade trazendo o fim da vida desta cidade.O Day SPA foi uma aposta ousada para a investidora que trouxe relevanteinovação na estética e numerosa clientela, também de outros concelhos.Hoje a desorganizada fluidez do rânsito devido ao desastroso corte daunica avenida de Almada, (pseudo Zona Pedonal), pois esta é atravessadapelo metro, fez desta cidade antes movimentada, UMA CIDADE SEM VISI-TANTES. Os prejuízos são a destruição da vida dos que aqui apostaram.

minha casa pois ela não pode andar, etc, etc. Eu sei queinfelizmente só sente quem lá está dentro e aos outrostudo isto é indiferente. É por essa falta de sentir os pro-blemas reais dos outros que o mundo está tão gelido.Espero que os jovens se construam com mais valores hu-manos e menos tendência para titulos e poder.São muitos mil os comerciantes e moradores a conside-rar o Plano de Mobilidade XXI veio para agravar o co-mércio tradicional, a vida e a vontade de viver nestacidade.“Porque nos foi retirado o estacionamento e o trânsitoTemos responsabilidades com a banca. O prejuízo égrande e aguento com esforço os meus empregados,que têm sido pessoas de mérito, um grupo de pessoasmaravilhosas que tudo têm feito tanto profissional-mente como humanamente dando-me toda a coragempara continuar.Um grande bem haja a todas as nossasclientes que sentem como nós todas estas dificuldadesmas que nos continuam a acompanhar, também a nossacompreensão para as clientes que por tudo o referido,hoje nos visitam menos vezes. Ainda não despedi nin-guém nem quero despedir mas preciso de que os de di-reito sintam esta realidade.A falta de resposta da autarquia à pergunta dos comer-ciantes conduziu a questão à Assembleia Municipal(AM).O plano de Mobilidade XXI foi votado pelos partidoscom assento na AM é lesivo dos interesses da cidade emgeral. Exigem, agora, uma revisão do Plano e a aberturado eixo ao trânsito e estacionamento. O erro prejudica aprosperidade e continuidade dos estabelecimentos ins-talados.Mónica admite que “os autarcas não previram que asconsequências fossem tão desastrosas para o comérciolocal. Quando, por nosso pedido, abrirem o trânsito noeixo ainda fica muito espaço para circular a pé. Os pas-seios são muito largos”. A praça da Liberdade e a S. JoãoBaptista já são excelentes zonas pedonais e essas simcom parque de estacionamento subterrâneo.Para a empresária a “Câmara mostra preocupação e von-tade de ajudar. Nós já conseguimos passar a mensagem.

No entanto o orgulhona obra feita turva asensibilidade de corri-gir o erro.Para mimajudas a nível de in-ventos de rua sãomuito importantesmas nestas condiçõesinsuficientes. Há querevitalizar esta situa-ção, abrir o trânsito e

criar todo o estacionamento possível nas ruas adjacen-tes e pequenos locais. Se assim não for no próximo inverno muitas mais casasirão fechar. Sou directa, correcta e tenho bem senso no meu dizer.Admiro o tanto que a nossa câmara tem feito pelo nossoconcelho incluíndo nas zonas mais necessitadas. Ummuito obrigado.A iluminação do Natal também suportada pela nossa câ-mara é linda e faz parte de uma tradição feliz.Os eventos Almada Fashion, Almada Júnior, sorteio deum automóvel, etc.Sinto que com a colaboração de todos, o Centro Tradi-cional de Almada vai voltar a nascer.

DAYSPA A FORÇA DE PROSSEGUIR

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚBAL | OOUUTTUUBBRROO // NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22000099 7

MAS HÁ UM GRANDE ERRO DENTRO DO PLANO DEMOBILIDADE xxI, QUE AFECTA TODA A CIDADETENHO A CERTEZA QUE TUDO SE IRÁ RESOLVERCOM MUITO BOM SENSO NESTA CIDADE. POR MIMCONTINUO DISPOSTA A COLABORAR E LEVANTARCADA VEZ MAIS ESTA EMPRESA, PELO RESPEITOQUE ME MERECEM AS MINHAS CLIENTES E AS MI-NHAS PROFISSIONAIS.

Boletim COMÉRCIO:Comércio Setúbal 22-09-2009 21:45 Page 7

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SSEETTEEMMBBRROO // OOUUTTUUBBRROO // NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22000099 | ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚBAL8

Os Comerciantes estão desagrada-dos porque a autarquia ainda nãodeu resposta à questão do encerra-mento do trânsito no eixo canal, e apresidente, Emilía da Sousa, nãocomparece às reuniões agendadascom os representantes da Associa-ção.O desagrado é por demais evidentee uma fonte próxima da CDU admi-tiu o receio de que tal postura, amanter-se possa vir a alterar osdados eleitorais. Os mais de cem comerciantes reuni-dos na Incrível Almadense, fizeramentrega simbólica das chaves daslojas à autarquia revoltados com si-tuação e por não verem sanada apandemia almadense: “encerra-mento de transito”; “acção exorbi-tada da ECALMA”; e Plano deMobilidade XXI., No seio da Associação de Comércioe Serviços de Setúba l - Delegação deAlmada vive-se uma atmosfera agi-tada. O vice-presidente demitiu-sepor discordar de tomadas de posi-ção unilaterais do presidente, con-siderando que a ausência e falta dedefinição de medidas programáticasnão beneficia a classe.

Os comerciantes são unâni-mes: “Sentimos, todos, que o Comér-cio está em luta pelos seus direitosde vender desde há cinco anos. Afalta de planificação em tempo e aconfusão gerada por obras mal geri-das na modificação da cidade levouao encerramento de lojas, desertifi-cação de zonas tradicionais, e aoabandono de lojas de marcas inter-nacionais no centro da cidade. “O direito de vender tem que vercom os serviços, com as famílias, como bem-estar”, sentem os comercian-tes que acusam principalmente porisso a instalação do metro de super-fície na cidade e o Plano de Mobili-dade XXI, de que faz parte integrantea empresa municipal ECALMA.A agressividade na “caça “ à multa éexorbitada. Para maior “fidelidade” aoobjectivo de engrossar os cofres a

ECALMA tem, - como tinha a políciapolítica de má memória -, sentinelasvigilantes, predadores à espera daspresas, num pequeno café da ave-nida D. Afonso Henriques. Se há quem duvide pode constatar.Há semanas, o desabafo dos “briosossoldados” ECALMAdenses, em fim detarde, num descontraído espreguiçarde braços era o seguinte: “por hoje jáchega. Já fiz bem a minha conta…”A ECALMA, que veio sobrepor-se àPSP no controle do trânsito, estálonge de ter a formação e a compos-tura da PSP.A situação é gritante mas os Comer-ciantes que insistem em denunciaros erros, não tem voz na AssembleiaMunicipal, considerando o executivodesta que as queixas dos comercian-tes terão de levar a “chancela” daACSDS, Delegação de Almada e opresidente não tomou nisto posição.

Mais dinheiropara a ECALMA

Por outro lado é de supor que o erá-rio público seria menos sobrecarre-gado se fosse criada uma polícia

municipal, mais qualificada,e a intervir, também, emoutras áreas.A CMA assinou um proto-colo com a ECALMA, - cujoadministrador é o verea-dor eleito pela CDU , JoséGonçalves -, e que vai re-ceber da autarquia atransferência de meio mi-lhão de euros.São quarenta os trabalha-dores. Não produzem. Só

multam. Ora ordenados, en-cargos sociais, despesa de estrutura,seguros, aquisição e manutenção dafrota móvel, viriam da receita co-brada na rua., que afinal, se considerainsuficiente, pela “injecção de capi-tal”, que a CMA realizou. Pelo que vejo na comunicação socialconsidero que o controle de trânsitona cidade feito pela por uma PM oumesmo pela Braga Parques ficaria àCMA mais económico, refere um mu-nicípe.Com efeito uma PM seria factor demaior valia para o concelho até pelopoder mais interventivo em áreas desegurança.Os Comerciantes manifestam: “nãoqueremos criar conflitos com oPoder Local. O comércio vive hoje,aqui, um momento de crise acen-tuada, a aplicação de multas da

ECALMA é exorbitada. Os Clientesque ainda vêm à cidade comprar –muito menos que desde há cincoanos a esta parte -, levam nas maisdas vezes junto com as compras amulta de 30 ou 60 euros. Às vezespor cinco ou dez minutos de para-gem”, diz um comerciante.Por isso os clientes reconhecem queos clientes estão cada vez mais arre-dios. A caça à multa desenfreada daECALMA, o Plano de Mobilidade XXI,e o transito desviado do Centro de ci-dade são a “pandemia” almadenseque a CMA não quer “sanar”. Osagentes da ECALMA empolam con-flitos e aos condutores lesados falta-lhes coragem para denunciar.

No próximo invernohaverá falências...

“O Plano de Mobilidade aplicadoem 2008, com o movimento dotransito ao contrário criou um des-contentamento generalizado. Mas os comerciantes ainda acredi-tam que o Poder Local cumpra oprojecto de animações nas ruas,eventos ten-dentes a trazerde volta a po-pulação arrediada vida na ci-dade e abra osespaços que encerrou, pelo menospor um período para adaptação,para que o próximo Inverno sejamais promissor ”.A ACSDS-Delegação de Almada nãofoi, ao que nos consta, convidadapara participar e ser ouvida na defesados seus interesses na decisão dasobras da cidade nem sequer sobre osefeitos da criação do Projecto Mobi-lidade XXI.E a fonte que contactámos, adianta:

“participámos em Fóruns e em al-guns movimentos mas não me lem-bro de alguma vez ter sidochamados para em nome do colec-tivo dar pareceres”.É preciso voltar de novo à primeiraforma como já foi feito na Rua Capi-tão Leitão.“Quando, há cinco anos, começaramas obras do MST não foram tomadasmedidas, nem criadas as condiçõespara circulação e parqueamento noperíodo de obras. Dever-se-ia ter começado pelosparques de estacionamento e se-gundo os comerciantes tal só acon-teceu no final das obras. Revelafonte próxima da ACSDS, “veiogerar uma situação muitíssimo difí-cil. Hoje temos uma cidade “pas-mada”. Esperemos que em termosde futuro seja dada a volta. E é porisso que os comerciantes estão empé de guerra”. A cidade foi rasgada de Cacilhas aoCentro Sul e o previsto era rasgar de500 em 500 metros a contar com otrânsito. Foi a crise por antecipação.O efeito das poeiras, das obras, oPlano de Mobilidade e da ECALMA.São coisas demais para uma ci-

dade. “Vive-mos hoje porisso no co-mércio a ba-lões de soro,somos uma

força viva no concelho. Nós comer-ciantes todos juntos e unidos tería-mos tido força para modificar arumo das coisas. Fica o alerta paratermos futuros: a união faz a força.” A ACSDS, se fosse ouvida, daria umparecer muito mais acertado que osFóruns de participação, se tivessesido na sua plenitude ouvida nestacausa e não o foi. Somos nós quemmelhor sente, no terreno, com a po-pulação, o peso das dificuldades. ”

A CMA deveria, há anos, pensar o estacionamento antes

do comboio

Os autarcas falaram cerca de três horas e os comerciantes sem “voz” desesperaram...

ALMADA

As“pandemias” almadensesque afectam o comércio sem imunidade

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ALMADA

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O desagrado provocado com as altera-ções do trânsito pelo Plano de Mobili-dade xxi que a Câmara não altera e queos comerciantes consideram lesivo dosseus interesses conduziu a afixação deum outdor em Cacilhas que foi arran-cado e destruído pelos serviços da au-tarquia.Há 10 meses que dura esta “guerra”agravada por adiamento de respostaaos comerciantes que estão revoltados.Após um longo período de tentativa

de diálogo e reuniões entre au-tarquia e representantes da Asso-ciação de Comerciantes asituação não se resolve. O trânsitomantem-se fechado na avenidaque é a espinha dorsal da cidade. Ricardo Venâncio, membro daACSDS, faz parte de uma comissãocriada no sentido de forçar a autar-quia a rever posições e dar o “SIM” àabertura do trânsito no eixo-canal;“o Plano de Mobilidade não inte-ressa a ninguém é absolutamentetransversal. Prejudica os cidadãos resi-dentes, população flutuante e visitan-tes, e os comerciantes em particular”.

Os dias do apagão O Plano de Mobilidade foi experimen-tado, a cem por cento, “mas nós, co-merciantes, passados 10 mesesconstatámos que não resulta. No en-tanto a Câmara mostra intransigênciana inversão da situação, nós comer-ciantes, e Associação de Almada, emdesespero de causa pedimos apoio àsede da Associação em Setúbal e co-meçamos esta campanha de deses-pero refira-se, que apartidária. Acampanha está motivada pelo associa-tivismo do sector; a servir para dar visi-bilidade ao problema e para chamar aatenção da autarquia para a situaçãoreal em que está o comércio”.Os comerciantes accionaram váriosdias de “apagão”, com lojas e canais lu-minosos às escuras medida de protestoque viria a merecer o apoio da maioria.Ricardo Venâncio refere: “a aderênciafoi total à excepção dos serviços dosbancos. Durante o apagão iniciado nofechar do expediente e até de manhã acidade ficou às escuras”.Tentaram retomaram o diálogo com aautarquia que continua a desvalorizara pretensão dos comerciantes e a adiara resolução do problema. Em desespero o comércio já accionoutrês medidas de sensibilização. “A pri-meira foi um cartaz direccionado à Câ-mara. Seguiu-se a apresentação (pôrfoto) de uma moção onde constava,com vínculo, a reabertura ao trânsito.Mas, porque os vereadores não foramsensíveis à questão, os comerciantesaccionaram a terceira medida. Duranteuma reunião na Incrível Almadense, emJulho, os comerciantes fizeram a en-trega simbólica das chaves e muitos

deles abandonaram a sala em atitudede protesto. Ainda assim a Câmara nãoretrocedeu e os comerciantes voltarama afixar um novo cartaz .Ricardo Venâncio prossegue: “as medi-das de sensibilização estão em marchae continuaremos. Não vamos parar atéque a Câmara entenda o transtornoque causa ao comércio”.Os mass media em Almada tem dadolarga cobertura aos comerciantes.

“temos tido a cobertura mediáticaque desejávamos através dos meiosgeneralistas, televisões e imprensa. Overeador António Matos comprome-teu-se connosco a dar uma respostanão à reabertura do trânsito mas à von-tade política para analisar a questão”E porque o vereador faltou ao compro-misso “ os comerciantes continuamcom as medidas de sensibilizaçãoagora com uma manifestação de ruase, até lá, não for resolvida a questão”.

“É altura de dar o grito”Uma critica à presidente da Camara,Emília de Sousa, por ter delegado aJosé Gonçalves a liderança de umareunião que agendara com os comer-ciantes. Por seu lado, António Matos, vereadorda cultura e desporto, promete - e nãocumpre -, responder aos comerciantes. O desespero da classe agudiza-se “asnossas medidas são até agora de sen-sibilização. Ainda não demos o gritomas a partir de agora vamos a começara gritar”,diz Ricar-do Venân-cio queassegura“as medi-das vão-se inten-sificar”.Na Aveni-da, frenteà alfaia-taria “Ve-nâncios”,fez-se umanimado “carnaval”. Vestidos de pa-lhaço, alguns comerciantes pretendiamassim, criticar e contestar a posição daautarquia que não responde, face aoproblema criado ao comércio.A atitude ganhou muita força na opi-nião pública e nos mass-média. Vie-

ram outra vez jornais, rádios, televi-sões, que mantiveram durante diasnotícias e imagens em on-line.Todavia houve opiniões muito críticasda parte de uma pequena faixa políticaafecta à força em maioria na Câmara.

Os comerciantes querem veraberto o trânsito e preparampara Setembro uma maisforte tomada de posição

Confrontado com o facto, Ricardo Ve-nâncio refere:-“Não percebo porque criticaram.Sobre os palhaços vem na sequênciadas declarações do ministro Mário Lino,quando, no princípio do ano, declarouque a Margem Sul era um deserto e nóscamelos no deserto. Assim nos senti-mos nestes 10 meses. A cidade ficoudesertificada e nós, comerciantes,fomos os camelos no deserto. Dou obraço a torcer ao Ministro das ObrasPúblicas.E mais do que isso sentimo-nos palha-ços porque não conseguimos obter daCâmara uma resposta objectiva. Foimais uma forma de alertar sobre estasituação calamitosa, catastrófica comoestá a cidade de Almada”.

“Retirada do cartaz foi amordaçar a liberdade de expressão que em Abril se conquistou”

Uma ultima palavra sobre a ECALMA:“Não há nenhuma informação oficial,quer da ECALMA quer da Câmara nosentido do alívio do trânsito. Nós sabe-mos que têm ordens para não fiscalizara zona pseudo-pedonal. Isso congra-tula-nos, mas não resolve o problema.Continuam dois sinais no início dazona pseudo-pedonal que não o é nasua essência; continuam lá os sinais ena Avenida Afonso Henriques amesma coisa. E é muito fácil; é preto no

branco é só uma questão de sinaléticae fica parcialmente resolvida”.E do estacionamento do novo parquerefere: -“Não são centenas de lugares comodisse o vereador Matos mas apenas100”.

Foi uma ajuda preciosa, todavia. Masabre um precedente à zona pseudo-pedonal porque o acesso ao parquefaz-se pela zona pseudo-pedonal. Estetermo é mais fiel do que chamar-lhe“zona mista” como a definiu o verea-dor Matos numa reunião. Se o parqueestiver cheio os condutores circulamem transgressão, em massa e até en-topem a zona dita “pedonal”. Ora háque acabar com este plano idiota quenão tem fundamento deixar os carrospassar, estacionar disciplinadamente.A situação resolve-se e as pessoas “re-gressam” à cidade dando-lhe maisvida. Os comerciantes não entendem a re-nitência de Emília Sousa que há diasprometera e agendara uma reuniãocom os representantes do Comércio.Faltou e delegou em António Matos.Da ordem de trabalhos constava –proposto pelos comerciantes – a rea-bertura do trânsito no Espaço Canalem fase experimental e durante umano.Os comerciantes consideram a atitudepouco ética e interpretam como maisum virar de costas da autarquia aoscomerciantes.Recorreram a uma campanha de sensi-bilização com dois autdor´s que umaempresa do âmbito afixou em Cacilhas.No mesmo dia como a foto documentauma viatura da Câmara foi remover edestruir o cartaz. Os comerciantes sen-

tem-se agora além de revoltados

ofendidos e comenta-se no meio que aatitude da Câmara “ é amordaçar a li-berdade de expressão que em Abril seconquistou”.Os comerciantes continuam em luta ejá anunciam para Setembro uma to-mada de posição mais forte.

Comerciantes revoltados

A CMA a desmontar o cartaz

Os autarcas falaram cerca de três horas e os comerciantes sem “voz” desesperaram...

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ALCOCHETE

Após uma década de insistência, a Subde-legação de Alcochete da Associação do Co-mércio e Serviços do Distrito de Setúbal(ACSDS) já é uma realidade. O novo espaço, cedido gratuitamente pelaCâmara Municipal de Alcochete e inaugu-rado no dia 22 de Junho, situa-se no Largodo Troino, n.º17, localização da antiga Bi-blioteca Municipal da vila. O factor proximidade é uma das grandes vanta-gens que a abertura desta Subdelegação acar-reta. Apesar de o corpo associado de Alcocheteter ao seu dispor, até à data, as instalações da De-legação de Montijo/Alcochete da ACSDS (sitas nacidade de Montijo), havia sempre o inconve-niente da deslocação que agora deixa de existir.Por outro lado, a criação do novo espaço, permitemelhorar e tornar mais eficaz a prestação de ser-viços aos empresários sediados na vila.

“ Formação ProfissionalRelação mais empenhada”

António Caetano, presidente da Delegação deMontijo/Alcochete revelou que este passo cons-tituiu a concretização de “um sonho pessoal e daDirecção” há muito ambicionado. António Cae-tano encara este como “um projecto estratégicopara a ACSDS”, com o qual se pretende reforçartambém a aposta na formação profissional e es-tabelecer “uma relação mais empenhada” com osassociados. O presidente da Direcção da ACSDS realçou “o es-forço feito pela Associação e a Câmara Mu -nici-pal de Alcochete” para a fundação daSubdelegação, “uma promessa” feita pela actualDirecção. Francisco Carriço considera ainda queesta é uma medida que vem contribuir para “ul-trapassar a crise”, tendo em conta a actual con-juntura económica que o país atravessa.

Autarquia colaboraNo desenvolvimento do Comércio

Na origem da criação da Subde-legação de Alco-chete da ACSDS esteve a assinatura de um Pro-tocolo de Parceria estabelecido entre aAssociação e a autarquia, que veio permitir o de-senvolvimento do projecto. Luís Franco, presi-dente da Câmara Municipal de Alcochete, frisouque são objectivos do poder local “conhecer cadavez mais o tecido empresarial”, bem como “sensi-bilizar os empresários para uma necessidade dese apostar na qualidade”. Apesar de só agora se concretizar a abertura deum espaço físico em Alcochete, são já várias asiniciativas desenvolvidas em colaboração com aautarquia, nomeada- mente, a realização de di-versos concursos de gastronomia, bem como aorganização da “Quinze-na Empresarial”, acçãodirigida aos empresários do concelho e do dis-trito de Setúbal e que teve como principais ob-jectivos a compreensão da realidade do tecidoempresarial, assim como fomentar a moderniza-ção e inovação do comércio local. O evento ba-seou-se num ciclo de visitas às empresas

existentes no concelho e na realização de sessõesde esclarecimento, conferências e actividades lú-dicas e culturais. Na cerimónia de inauguração, o autarca declarou“toda a disponibilidade” por parte da Câmara Mu-nicipal em estabelecer novas parcerias com aACSDS, para “o trilhar de um caminho que écomum” afirmando ainda que a criação da Sub-delegação de Alcochete constitui “o iniciar deuma viagem”, percorrida entre a Associação, a au-tarquia e a população.

Atendimento personalizadodas 14 às 18 horas

A Subdelegação de Alcochete funciona entre as14 e as 18 horas, período que melhor se adaptaao grande bolo constitutivo da mas-sa associada,

que é a restauração. Os empresários do comércioe serviços de Alcochete têm ao seu dispor valiasna área de projectos, aconselhamento jurídico eno acesso ao crédito, além do apoio ao nível dosecretariado. Inserida na malha histórica da vila, a Subdelega-ção inaugurada usufrui de uma localização que,de acordo com o presidente da De-egação deMontijo/Alcochete, “pode ser benéfica na articu-lação com os empresários”. António Caetano con-fessou que o factor geográfico o leva a acreditar“ num acolhimento mais fácil”, esperando que nofuturo seja possível o seu crescimento para umaDelegação.

ACSDS INAUGURA

Subdelegação de Alcochete

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MONTIJO

Numa conversa breve conversa com o presidenteda delegação da Associação de Comércio e Servi-ços do Distrito de Setúbal (ACSDS), António Mar-ques Caetano apuramos que: “o comérciotradicional que acenta nas roupas, calçado, restau-ração e comércio de víveres, constituem, aqui, ossectores mais fortes”.A área do comércio tradicional concentra-se nazona histórica da cidade sendo suposto que virá asofrer desertificação, em função do eixo geográficodo comércio qualificado de “grandes superfícies” naperiferia da cidade.Esta situação agrava-se a cada dia nos projectos deexpansão do urbanismo que, refere o presidente:“uma vez desmultiplicado o centro conduz a que aconcentração do eixo geográfico do comércio setransfira ainda mais para a periferia, deixando quea zona da concha histórica da cidade se degradepor falta de conservação, investimento, de acessi-bilidades, agravamento que a nós comerciantes noassusta”.A ACSDS traçou uma análise estratégica sobre a si-tuação e caracterizou-a.“Através dos estudos levámos a Câmara a aceitar anecessidade de recuperar a centralidade do con-celho”.Entretanto, Associação e Autarquia partilham opi-niões, e acções no sentido de tomar medidas pararecuperar o património arquitectónico degrado doconcelho.

Revigorar o Comércio TradicionalÉ uma preocupação

O presidente refere que: “há duas candidaturas dereferência no Quadro Comunitário de Referência(TCR) e outra ao MODCOM que visa a animação daárea comercial. São dois projectos para os próximostrês anos que traçam a caracterização do comérciono concelho”.É opinião quase generalizada que o comércio noMontijo tem vindo a perder elementos qualidadee vigor.O número de elementos do comércio tradicionaltem vindo a decair nos últimos anos dentro da con-cha histórica. Há marcas internacionais que aban-donaram a zona como e, por exemplo, a Bennetone Lojas Âncora por questões de assimetrias e deci-sões de carácter político; e retirou-se com isto omovimento ao centro da cidade.“Diminuiram possibilidades ao comércio tradicio-nal de impulso. Quem passava via montras e vinhacomprar. Perdidos esses elementos perdemosvigor, nós o comércio do Montijo queremos con-trariar isso com ferramentas de apoio em acçõesconjugadas com as autarquias e em parcerias es-tratégicas para iniciativas pontuais na rua”.São estas as previsões a levar a cabo pelo comér-cio local apesar dos poucos meios que têm ao dis-pôr. Por perto tecem-se críticas: “os políticosmeteram-se por aí em excessos de licenciamentoe isso foi mau para o País e para o comércio…”Confrontado com esta questão ouvida no exterior opresidente não comenta mas refere: “ao comércio

faz muita falta a qualidade de vida daspessoas nas zonas onde está inserido.Até porque trás vida às cidades, àsruas. O comércio deve ser reconhe-cido como o garante destas coisas ecomo papel importante na conservação dos edifí-cios; e continuamos a assistir à degradação galo-pante do comércio tradicional e a nivel nacional,porque não admiti-lo?”

Indústria de carnes perdeu pujança

Confrontamos o presidente da delegação do Mon-tijo para esta questão que teve peso relevante naeconomia quando há 20 anos estava em fase depujança: “eram mais de 12 as empresas radicadas,“Damatta”, Fábrica de Transformação de Carnes“Gameiro”, “Camontti” e “Isidoro” entre outras. Hojequase todas estão fora de mãos portuguesas. Nocaso da “Isidoro” que foi comprada pelos america-nos e depois pelos espanhóis. Já não faz matanças.Recorde-se que no Montijo havia cinco postos diá-rios de matança de porcos. Hoje há apenas dois elaboram a 50 por cento da capacidade de abate. Émuito mau. Perderam-se postos de trabalho. Re-vela-se nestes dados a falta de pujança do comér-cio. Tinhamos aqui na Associação 70 ou 80associados da indústria da carne e talhos e hoje sãopouco mais de 12”.O índice revelado demonstra que na área de mer-cados haverá fortes medidas a tomar, até porque opresidente da delegação manisfesta alguma in-quietude: “quanto aos actuais licenciamentos,novas normas de higiene e qualidade alimentarque foram usadas de modo fundamentalista”.Admitimos que refira à ASAE!?“Sim. Fez muito pouco pela melhoria das qualida-des e fez muito pela degradação do comércio. Nãocritico que se elevem qualidades, da oferta, higienealimentar ao nível da cadeia onde se insere. Massem esquecer que durante longos anos as normasfuncionaram e de repente “passou-se dos 8 para os80”. Digo “fundamentalistas” porque não deram aoscomerciantes condições e tempo para se adapta-rem às alterações no prazo real que lhes era im-posto. Denotou falta de visão estratégica doEstado. O mercado ressentiu-se e os efeitos dacrise global da economia deixou-nos, a todos,como agora se vê”.

Poluição do betão

No concelho não há preocupações a niveis am-bientais, mas há outras poluições que amuitosaflige: “sim. Aflige-nos o cimento e o betão. Mon-tijo e Alcochete caracterizavam-se pela ruralidadecom forte peso na economia do sector primário.Das nossas terras saiam um terço da batata, cebola,ervilha, cenoura para o mercado distrital. A florestade betão matou a produção e desvalorizou as pers-pectivas da economia local. Ainda se produz nosconcelhos mas perdeu-se o fulgor da produçãohortícula de outrora. Hoje a apetência dos valoresdos licenciamentos aumenta e as câmaras querem

O meio comercial do Montijo caracteriza-se por dois tipos de comércio otradicional e o hipercomércio que, no concelho, em termos de superfície,

regista uma das maiores concentrações da Europa.

dinheiro para mostrar obra. E contruiu-se em zonasde terrenos agrículas; cresce a construção e perde-se produção. Alteraram-se os PDM’s que eram re-serva agrícula, florestal e até ecologica”.Será então suposto um forte prejuízo para o fu-turo…“É evidente que terá pesado efeito nas futuras ge-rações. Não para já mas com efeito a longo prazocom a interferência nas ZEN e reserva ecológica”.Sobre a poluição das águas ouve melhoria do trata-mento de afluentes que vão para o rio. O Montijo, játem, há anos, estação de tratamento de esgotospara além que está em construção uma outra esta-ção de terceiro nível. Sobre esta questão MarquesCaetano comenta: “não estamos mal, mas a manchaflorestal nos concelhos de Alcochete e Montijo temvindo a reduzir e a médio prazo será grave parafauna e flora. Até porque as ilhas ecológicas não cor-respondem às necessidades da fauna”.E a juventude radicada, compra nos concelhos oucompra for a?“Pergunta interessante essa mas não há estudofeito. Logo não temoas indicadres das faixas ectá-rias que procuram o comércio tradicional. Os novosmoradores não vêm ao comércio tradicional. Até porque se fixam nas tais franjas de constru-ção que crescem círculo à volta da zona histórica.Uns trabalham em Lisboa ou em Setúbal e pelas viasnovas de acessos entram nas zonas de residênciasem penetrar o centro. Cá está o problema dos li-cenciamentos e a construção desordenada, bemcomo a falta de planeamento ao crescimento estra-tégico das cidades ribeirinhas. Agora, já se pensa emcriar as tais barreiras, pensadas há 10 anos sem en-contrar consenso”.É suposto que cada município, segundo a PRO-TAMO, poder licenciar em termos de crescimento urbano sendo preciso encontrar mecanismos que regulassem a desconcentração urbana.

Futuro ambiental pode estar ameaçado

Questionado com esta situação Marques Caetanoadiantou: “há elencos políticos que não qualificadospara as funções do urbanismo. O maior lobby depressão sobre a política é a construção. Veja o casoda Freeport, o mais paradigmático do País. Como seconsegue criar um licenciamento tão grande den-tro de uma zona de reserva ecológica. Conheço azona e quem lá morava. Lembro que para fazer ummuro numa tapada esperavam anos epla autoriza-ção. De momento para o outro o Governo autorizaaquele magaprojecto. Foi grave para o impacto am-biental, hoje mal está feito à que minimiza-lo. Aaposta não corresponde aos avultados investimen-tos da Freeport e reflecte a pressão dos lobbys sobrea política.

Conversa com Marques Caetano

Um olhar sobre o concelhoRevela assimetrias e esperanças

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As aves foram desde sempre umadas suas grandes paixões, falamos,pois, do Manuel de Figueiredo, quecom ternura tratam por “Manel dosPassarinhos”. É fundador do Clube deOrnitologia Almadense o qual nas-ceu do Aviário Clube, sito na Rua Ca-pitão Leitão 83-B, em Almada, e suapropriedade, onde durante muitosanos foi ponto de encontro diárioentre criadores e “amantes” das aves.

Durante anos, Manuel Figueiredo,desempenhou o cargo de delegadoda Associação de Avicultores de Por-tugal (AAP), instituição de que ésócio número um. Mas não se ficoupor aí, desde a organização de dife-rentes concursos, exposições váriasonde desde aves canoras e de rapina,entre outras, puderam por todos serapreciadas, cooforme nos recordou.“Vinha gente de todo o lado, até mui-

Decorreu em Almada a 5ª versão do Concurso Gas-tronómico/2009, do Concelho iniciativa que visapromover os agentes intervenientes na preserva-ção da gastronomia nacional e ocorreu nos mesesde Maio e Junho. O evento, que é promovido pela autarquia local,teve cerimónia de entrega de prémios Na primeira semana de Julho, no Convento dos Ca-puchos, na freguesia de Caparica. Dois participantes destacam-se no Prémio Quali-dade Restaurante “Al-Madan”/”Hotel Meliã”, Os se-gundo e terceiro prémios foram atribuídos aosrestaurantes “Moinho Alentejano” e “Amarra Ó Tejo”,respectivamente. A iniciativa contemplou ainda aatribuição do Prémio de Melhor Sobremesa, ao res-taurante “Boutique da Comida”, Prémio de MelhorPrato, entregue ao restaurante “A Toca”, e Prémio deMelhor Entrada o Restaurante “Museu dos Sabores”. No decorrer do evento, no qual participaram trintaestabelecimentos da área da restauração, umaementa completa foi sujeita à avaliação de um júriqualificado. A Delegação de Almada da Associaçãodo Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal(ACSDS) juntou-se a esta iniciativa, tendo integradoo júri responsável pela apreciação dos pratos a con-curso.

Restaurantes a Concurso:- "A Doca" do Porto Brandão

- A Toca - Cacilhas - Atira-te ao Rio - Cacilhas

- Cabrinha I - Cacilhas - Farol - Cacilhas

- O Martins - Cacilhas - Solar Beirão - Cacilhas- Ponto Final - Cacilhas

- Al-Madan/Hotel Meliã - Capuchos - Carolina do Aires - Costa de Caparica

- Feel - Costa de Caparica - O Barbas - Costa de Caparica ;

- O Camões - Fonte da Telha - Sabor Mineiro II - Charneca

- Amarra Ó Tejo - Almada - Arizé – Pragal

- Boutique da Comida - Cova da Piedade - Chá & Guloseimas - Almada

- Galeria - Cova da Piedade - La Traviata - Almada

- Marisqueira Boca do Vento - Almada - Moinho Alentejano - Cova da Piedade

- Moinho de Maré - Feijó - Museu dos Sabores - Cova da Piedade

- Nezy - Almada - Nova Europa - Cova da Piedade

- O Palácio - Pragal- O Tavares - Cova da Piedade

- Os Farinhas - Feijó - A Tendinha do Feijó - Feijó

O Plano Estratégico de Valorização e Desenvolvi-mento do Turismo do Concelho de Almada con-templa a gastronomia como produto turístico aestruturar, através da promoção de concursosgastronómicos e aumento da viabilidade dosmesmos. Nesse sentido, a iniciativa teve comoobjectivos dar a conhecer a qualidade e diversi-dade da oferta gastronómica e a própria restau-ração existentes no município, consideradaspatrimónio e produto turístico. A importância da gastronomia como factor de re-conhecimento cultural dos povos já havia moti-vado a UNESCO à atribuição do estatuto dePatrimónio Cultural.

tas crianças das escolas locais, ali sedeslocavam para admirar os belosespécimes. Cheguei a ter mais de300” – remata com ponta de orgulho.Ultrapassados os 90 e enquanto os100 anos se aproximam, o Manelcontinua a ser um personagemúnico onde se denota, para além dofluente português, um agradávelsentido de humor que faz com que

este contador de histórias – ver-dadeiras – nos transporte a ummundo que a memória colectivajá esqueceu.A sua paixão pela “passarada”nasceu quando ainda era me-nino, “andava na Escola doCampo, que assim era conhe-cida, sendo que o seu verda-deiro nome fosse RamiroFerrão”. Quando terminavam asaulas, “lá ia eu a correr para ir ter

com o meu avô, que era coveiro nocemitério de Almada. Estavamos noprincípio do século e a vila era pobre,graças ao meu avô consegui tirar aquarta classe”, mas não havia di-nheiro para mais, pelo que os estu-dos por ali ficaram apesar de ser umaluno estudioso.Criava e vendia aves em gaiolas, asquais eram construídas com os ara-mezinhos que serviam para atar osramos de flores que iam para o lixo eque o meu avô trazia do cemitério”.Depois, com arte e engenho, para

não falar de verdadeira “paciência dechinês”, lá as contrruiam e pintavam:“ficavam lindas” – lembra.Bem cedo abraçou a liberdade depensamento que encontrou noAnarquismo, acabando por vir a serum interveniente directo, enfilei-rando movimentos com companhei-ros de Almada. Foi trabalhar paraLisboa, na capital, em pleno regimefascista, Manel haveria, uma vezmais, de auxiliar muita gente.

Com o regime no auge e onde a po-lítica de braço dado com a Igreja con-siderava que era falta de “fidelidadeao Governo e pecado evitar filhos”,Manel sabendo das agruras das fa-mílias pobres e numerosas tomouuma decisão: fez-se “contrabandista”de preservativos, que levava às cos-tureirinhas da Baixa lisboeta disfar-

Manuel dos Passarinhos

Ainda ao balcão aos 92 anos

ALMADA

5.º Concurso Gastronómico 2009“Chá & Guloseimas” foi o vencedor

Manuel dos Passarinhos e companheiros anarquistas

Equipa de Natação da Sociedade Cooperativa Almadense nos anos 1939-45.

çados entre sacos de alpista... Na ver-dade um companheiro anarquistatrazia-os às escondidas do estran-geiro.Ainda recorda um dia em que foi in-terpelado por um PIDE “disfarçado”quando ia ao encontro das costureiras:“outra vez, vai fazer o quê?” “ mostrei-lhe uns saquinhos que trazia nos bol-sos e respondi: vou levar-lhes alpista;mais barata. Elas todas têm passari-nhos…” E o agente acreditou.Mas da sua vasta experiência de vidaainda há muito mais a contar. E o es-panhol (o Manolo da Fotal), fugidoda guerra, inimigo de Franco e quese estabeleceu em Almada como fo-tógrafo. “Um bom homem” - recorda– “ajudou muita gente”.Eram anarquistas ambos.Depois éum rolar de memórias das famíliasoriundas de Almada, os Quaresmas,os Queirós, os Avelares os Morais,entre tantas outras… desfiadas deum rosário de recordações na me-mória do Manel que é invejável ! Afi-nal este comerciante, ainda aobalcão, tem 92 anos.

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ALCÁCER DO SAL

A PIMEL ’09 – Feira doTurismo e das Activi-dades Económicas doConcelho de Alcácerdo Sal abriu, no cor-rente ano, a “digressão” do Stand Promocional daACSDS pelos princi-pais certames a reali-zar na área deabrangência da instituição.

O evento decorreu entre os dias 24 e 28 de Junhoúltimo, no Parque de Feiras e Exposições da ci-dade alentejana. A divulgação das empresas e dosrecursos turísticos existentes constituíram outrosfactores impulsionadores da realização da 19.ªedição da feira.

Com a finalidade de divulgar a sua missão, valorese princípios pelos quais se rege, a ACSDS não des-curou a questão do atendimento. Os empresáriosque visitaram o certame puderam contar com oaconselhamento no local, promovido pelos cola-boradores da Associação que permaneceram noStand no decorrer da feira.

A pensar nas actuaisexigências que caracte-rizam o dia-a-dia doempresário, marcadoessencialmente pela es-cassez de tempo, aACSDS estabelece comouma das suas priorida-des ir ao encontro dosassociados, facilitandodesse modo a interliga-ção com a entidade que

os representa. De forma a com-bater estas adver-sidades, obstáculos de peso igualmente relevantepara a formação de novos associados, a ACSDS co-locou no local ao dispor dos empresários a opor-tunidade de fazer parte do conjunto dos cerca desete mil profissionais das áreas do comércio e ser-viços que compõem a instituição.

Temática Estuário do Sado Releva actividades económicas

A profissionalização dos sectores pelos quaiszela é outro dos propósitos da ACSDS. Providode uma bolsa de ofertas de formação profis-sional para os concelhos de Alcácer do Sal eGrândola, o Stand da Associação foi local deparagem assídua para uma orientação nocomplemento de conhecimentos. A candida-tura às acções de formação, que após a fre-quência concedem aos formandos a atribuiçãode um certificado de qualificações, esteveigualmente disponível durante os cinco diasdo evento.

É intenção da ACSDS reiterar a aposta na comuni-cação e divulgação. As iniciativas deste âmbito re-velam-se pontos de encontro privilegiados,permitindo uma actuação directa e eficaz juntodos empresários e facilitando, em simultâneo, oapoio aos associados, bem como a potenciaçãodo aumento do seu número. Subordinada na presente edição à temática “Es-tuário do Sado”, a PIMEL apresenta-se como o prin-cipal certame de promoção das actividadeseconómicas da região envolvente à cidade de Al-cácer do Sal. Os objectivos do evento passam pelavalorização das actividades tradicionais, produçãode pinhão e mel, bem como pela promoção da do-çaria regional, gastronomia e artesanato. A divul-gação das empresas e dos recursos turísticosexistentes constituíram outros factores impulsio-nadores da realização da 19.ª edição da feira.

PIMEL ’09

AAbbrree ““ddiiggrreessssããoo”” ddaa AACCSSDDSS

AGENDA DE EVENTOS • MONTIJO – 25 a 27 de Setembro

Feira Nacional do Porco e da Salsicharia

• SINES – 11 a 15 de NovembroInov@emprego

A inédita estratégia de marketing... resultou.

A riqueza e o colorido do artesanatodeu mais vida ao PIMEL.

No stand da câmara prestaram-se todas as informações aos visitantes.

A Formação Modular Certificada tem por base as unidades de formação de curta duração, de 25ou 50 horas, podendo ser utilizadas em processos de reciclagem e reconversão profissional. Des-tinatários: empregado ou desempregados com idade compreendidas entre os 18 e os 65 anos.Regalias: Subsídio de Alimentação (4,11 € / dia) A Formação decorrerá em horário laboral (das 14:30 H às 18:00 H) ou em horário pós-laboral (das 20:00 H às 23:30 H)

Alcácer do SalHigiene e Segurança Alimentar (25 horas)

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António Inácio, actual presidente da Delegaçãoda Associação de Comércio e Serviços do Distritode Setúbal (ACSDS), em Sesimbra, natural de Por-tel, considera-se “emigrante do Alentejo para Lis-boa onde cheguei hà cerca de 54 anos”.Dirigente associativo desde 1972 adiantou-nosque o ambiente na ACSDS, da qual foi presidente,a nível distrital, durante oito anos, se mantem, sau-dável, embora todos saibamos das dificuldadesemergente provocadas pelas dificuldades dos nossos associados face à crise. que afecta todos nóse também pela forte concorrência das grandes su-perficies instaladas no concelho e no distrito”.

O dirigene considera que a situação se agudizano Inverno “uma vez que a população residenteprocura as grandes superfícies em vez do comér-cio tradicional”. No concelho de Sesimbra há dois movimentosdistintos: a época balnear onde a economia maisdominante vem do sector turístico, e o Invernodurante o qual a vila regressa ao seu anterior ha-bitual modo de vida, sobrevivendo basicamenteem torno da pesca da restauração, comércio e in-dústria, e em menor agricultura.No seio da ACSDS a vida é cordata, não existemdivergências entre os associados. António Nar-ciso refere que os problemas surgidos devem-sea factores externos. “Cite-se a concorrência nomercado das roupas, por meios ilegais”.Prolifera a venda de produtos contrafeitos ou deorigem duvidosa lançados e vendidos em mer-cado paralelo e consequentemente ilegal ondeseria suposta uma acção reguladora da parte daCamara. A propósito António Narciso refere: “A Câmara está num papel de deus e com odiabo; basta dizer que todos os dias aqui rece-bemos queixas sobre a venda ambulante que sepratica sem limitações. Já contactámos com a au-tarquia e por carta denunciámos a situação. A Câ-mara não actua por considerar ser assunto daGNR. O curioso é que a GNR nos “despacha” paraa Câmara e continuamos neste impasse”.António Narciso recordou que ao longo dos oitoanos que conduziu os destinos da ACSDS sempremanteve boas relações com todas as Câmaras doDistrito. Agora não vê maneira de desfazer o “im-passe”. Não põe, no entanto em causa as relações com a

autarquia, pois reconhece que a “Câmara deSesimbra tem apoiado, dentro do possível, ocomércio local”.António Narciso referiu diferentes iniciativas ecitou o programa URBECOM concluído em2008.Este ano está em curso o Modcon, e a Câ-mara tem dado todo o apoio. “Há vontade daautarquia em apoiar o Comércio”.Por seu lado e no que concerne às denominadasgrandes superfícies, o presidente reconhece que“tem havido, assim como com outras Câmaras, aautorização permanente para a construção degrandes espaços”, evolução esta que consideroucomo “desenfreada e desregulada. E se por umlado se considera haver da autarquia algumaculpa, a maior responsabilidade cabe ao Ministé-rio da Economia que tem a última palavra adizer…”António Narciso considerou como vital “uma pro-tecção mais acentuada, por parte do Governo,em dar mais apoio à continuidade do pequenocomércio; faz falta a todas as localidades. Umazona sem comércio não tem vida. Apoiá-lo é fun-damental ao crescimento, em termos de em-prego e como gerador de riqueza”. O dirigente pretendeu reforçar o incentivo à pro-dução, “hoje Portugal consome muito mais doque produz. Seria fundamental desenvolver umaadequada mudança de mentalidades. Os portu-gueses deveriam ter mais respeito pela nossaprodução. O mercado nacional está encharcadode produtos importados, mesmo que haja alter-nativa para produto português”.António Narciso manifesta o esforço que a Asso-ciação tem feito para contrariar tais tendênciasmas reconhece que compete ao Governo incen-tivar e sensibilizar os portugueses para a produ-ção e consumo dos nossos produtos”.Adverte que “os produtos nacionais são melho-res; e se algumas vezes chegam ao mercado maiscaros, há que ter em conta que quanto menosconsumirmos mais caros se tornam”.

Tem por muito urgente “uma mudança de men-talidades DOS NOSSOS CONSUMIDORES para for-çar o consumo interno do que produzimos.Hávariedade, qualidade, e nas frutas, vegetais e acr-nes melhor sabor”.Uma palavra ainda sobre as àguas minerais:

“sendo nós dos maiores produtores de águasminerais da União Europeia, porque haveremosnós de comprá-las ao estrangeiro pondo as nos-sas para segundo plano penalizando assim anossa in dústria o que é nosso e prejudicando osnossos postos de trabalho”.Do novo panorama que agora se apresenta refe-riu que “se pode falar da livre concorrência. Elatem de existir. De acordo. Mas reconhecemos que muitas das grandes su-perfícies que em Portugal se instalam têm ape-nas o objectivo de rentabilizar os seus projectosmandando para a banca estrangeira o “produto”do seu negócio ( o quer não acontece com o pe-queno comércio)”. Para o dirigente “seria boa política económicaque essas empresas fossem obrigadas a teremnos seus layout’s uma percentagem de produtosportugueses. Tal atitude ajudaria ao desenvolvi-mento da produção economia nacionais.Penso que esta mensagem que aqui deixo, maistarde ou mais cedo, passa, só espero é que nãoseja demasiado tarde quando se tomar essa ati-tude. É preciso preparar as pessoas para consu-mirem o que é nosso”.Por outro lado considerou que “é fundamental,para todos nós, que os supermercados encerremao domingo”. Tudo isto se prende também coma necessidade de alterar os horários de funciona-mento do comércio tradicional, “situação quepassa por um acordão entre os sindicatos e aACSDS, a negociação que, segundo nos confi-denciou, ainda se encontra em fase de estudo,está em bom rumo”. A ideia prende-se com aabertura do comércio aos sábados à tarde, sendoos trabalhadores compensados com horários dedescanso (por exemplo: segunda-feira demanhã, não excedendo assim o trabalhador as 40horas semanais), dado os estado actual das coi-sas a situação faz com que os comerciantes nãopossam de maneira alguma competir com asgrandes superfícies, tanto mais que estas se en-contram abertas ao domingo. Apesar de a ideiaantever alguns contratempos, António Narcisofrizou “já temos recebido o parecer favorável dealguns sindicatos”, aguardando agora que tam-bém haja vontade política para que tal aconteça,mas a bem de todos e do país é bom que os gran-des espaços comercais encerrem ao domingo.O domingo é o dia sagrado à família e ninguémorganizado tem necessidade de fazer compras aodomingo.

António Narciso adverte:

Há que relevar o papel do ComércioDefender o produto nacional, alterar horários de abertura às grandes superfícies

e abolir comércio ilegal e paralelo, são algumas das fortes apostas de António Inácio,presidente da Delegação da ACSDS de Sesimbra “para que os consumidores

portugueses mudem as mentalidades”…

SESIMBRA

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Distrito de Setúbal obtém perto de 4 milhões de euros de investimentopara modernização do sector

A quarta fase do Sistema de Incentivos à Mo-dernização do Comércio – MODCOM permitiu adisponibilização de mais 50 milhões de euros, afundo perdido, para a modernização do co-mércio tradicional. No distrito de Setúbal foram apresentadas 51candidaturas, que se traduzem num investi-mento de cerca de 4 milhões de euros, o equi-valente a cerca de 13,93 por cento da verbaadjudicada para a região de Lisboa e Vale doTejo. As dificuldades económicas experimentadaspelas micro e pequenas empresas, que carecemde capacidade de investimento, bem como asanomalias detectadas, na sequência da não re-gularização da situação das mesmas junto dasfinanças e segurança social, estão na origem detão reduzido número de projectos dados aapreciação. A contrapor este cenário menos po-sitivo encontra-se a percentagem de postos detrabalho que irão ser criados, que se revela bas-tante significativa, atingindo os 17,58 por centodo total avançado para Lisboa e Vale do Tejo. Osnúmeros anunciados deixam antever que os in-vestimentos a realizar vão ajudar a dimensionaro negócio e não servirão somente para a mo-dernização das infra-estruturas físicas. No que respeita aos projectos para a dinamiza-ção dos centros urbanos, a Associação do Co-mércio e Serviços do Distrito de Setúbal (ACSDS)viu serem aprovadas três das cinco candidaturassubmetidas a análise, num total de cerca de 201mil euros de investimento elegível, sendo omesmo apoiado em 114 mil euros. A novidade patente nesta última fase do MOD-COM consistiu no aumento dos apoios conce-didos, que passaram para cinquenta por centoa fundo perdido, no caso das empresas, man-tendo-se os apoios a sessenta por cento, igual-mente a fundo perdido, para as associaçõescomerciais. Todos os projectos apresentados pelas associa-ções, considerados elegíveis, vão ser alvo deapoio. Deste modo, foram aprovados 108 projectos de61 associações comerciais, o que correspondea um incentivo de cerca de 5 milhões de euros. O MODCOM contempla o financiamento a trêstipos de acções. O apoio a micro, pequenas emédias empresas divide-se entre o auxílio alojas individuais (Acção A) e a lojas em rede(Acção B), ou seja, empresas que pretendamadoptar uma insígnia comum apesar de pos-suírem propriedade individual, que utilizem amesma plataforma informática ou que se abas-teçam na mesma central de compras, a título deexemplo. A Acção C é referente a apoios a es-truturas associativas do sector do comércio,com vista à promoção dos centros urbanos. As

lojas individuais são a tipologia de acção commais projectos apoiados, com um total de 1264,seguindo-se as estruturas associativas, que con-tabilizam 108, e, por último, o apoio à integra-ção ou criação de redes de lojas, com 53projectos.Este sistema de incentivos abrange ainda umadotação específica para jovens empresários epara o comércio rural. Nesse sentido, vão obterum financiamento público 158 projectos de jo-vens empreendedores e 41 projectos de co-mércio rural, em 5,5 milhões de euros e 1,3milhões de euros, respectivamente. No total, foram 1.425 os projectos apoiados asomar aos anteriores 2.619 sustentados nas trêsfases antecedentes do programa. Com uma do-tação inicial de 25 milhões de euros, a quartafase do MODCOM foi reforçada para o dobro, o

que possibilitou apoiar mais 743 projectos demicro, pequenas e médias empresas do que oprevisto inicialmente.

A iniciativa promovida pela Secretaria de Estadodo Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor,vai permitir um investimento global de cerca de112 milhões de euros e a criação de 2.526 novospostos de trabalho. No total, no decorrer dasquatro fases do MODCOM foram aprovados4.044 projectos de empresas e associações, en-volvendo um incentivo público de 114 milhõesde euros.

IV Concurso

de Montras

do Município

de Setúbal

MODCOM

Incentiva a modernização do Comércio

SETÚBAL

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ComércioSETÚBAL

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A florista “Onda de Flores”, sita na Avenida 22 deDezembro, foi a vencedora do IV Concurso deMontras do Município de Setúbal, uma iniciativapromovida pela Associação do Comércio e Ser-viços do Distrito de Setúbal (ACSDS), subordi-nada na presente edição ao tema “SantosPopulares”. Maria Adelina Duarte, proprietária doespaço com a montra mais pontuada pelo júri doconcurso, foi premiada com uma viagem à Ilhada Madeira, com a duração de um fim-de-semana e com estadia incluída para duas pes-soas, uma oferta da Câmara Municipal deSetúbal. O segundo lugar foi atribuído à “Flor da Ribeira”,de Aires José Gomes Costa. O prémio entregueà florista situada no Largo dr. Francisco Soveral,em Setúbal, correspondeu a um fim-de-semanaem Albufeira, no Algarve, oferecido pela ACSDSe gentilmente cedido pela Agência de ViagensMarranita. A terceira melhor pontuação foi alcançada pelaloja “Due Colori, Clementina & Manuel Vira – Co-mércio de Pronto-a-Vestir, Lda.”, sediada no Largoda Misericórdia, na baixa da cidade de Setúbal.O espaço foi presenteado com um troféu Golfi-nho, em vidro azul, entregue pela Entidade Re-gional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo. Aapresentação dos restantes concorrentes foi ce-lebrada com um jantar, dia 17 de Julho, no Res-taurante Made in Café, no Parque Urbano deAlbarquel, no qual participaram os empresáriosdo comércio participantes no evento. Na opor-tunidade foram atribuídas cinco Menções Hon-rosa às montras que pela sua composição sedistinguiram das restantes. Além do terceiro pré-

mio, já referido, a loja “Due Colori, Cle-mentina & Manuel Vira – Comércio dePronto - A - Vestir, Lda. “ arrecadou aindaduas Menções Honrosas, igualmenteconcedidas aos espaços comerciais dasempresárias Ana Filipa Mendes, Florbelados Santos Glindin e Maria Manuela Cai-xinha. Os estabelecimentos cujas mon-tras estiveram a concurso receberamDiploma de Participação. O IV Concurso de Montras do Município deSetúbal decorreu de 08 a 19 de Junho eabrangeu todo o concelho, até Azeitão.A iniciativa contou com a participaçãode oitenta montras, pertencentes a esta-belecimentos dos mais variados ramos de activi-dade. A novidade desta edição do evento, que tevecomo objectivo a dinamização do comércio local,consistiu na disponibilização de apoio técnico paraa elaboração das montras participantes, na se-quência da formalização de um Protocolo de Co-laboração entre a ACSDS e a empresa Às Duas porTrês, Arquitectura de Interiores e Decoração, Lda.,cuja área de actuação inclui a consultoria e o vitri-nismo. O auxílio prestado pelos profissionais cen-trou-se no aconselhamento aos empresáriosconcorrentes em matéria de cores, acessórios dedecoração, iluminação e disposição de objectos. Aintenção de recorrer ou não ao apoio técnico dis-ponibilizado partiu de cada um dos participantes,no momento da inscrição no referido concurso. Osestabelecimentos beneficiaram de um máximo de duas visitas, de forma gratuita, durante asquais foram dadas a conhecer as intenções e ca-

“Onda de Flores” venceIV Concurso de Montras

IV Concurso

de Montras

do Município

de Setúbal

rências dos concorren-tes relativamente à execução das montras. Apósuma análise no terreno, foi prestado todo oapoio necessário. O júri responsável pela avaliação das montras in-tegrou três elementos, representantes da ACSDS,Câmara Municipal de Setúbal e Delegação de Se-túbal da Entidade Regional de Turismo de Lisboa eVale do Tejo. A adequação das montras ao tema, osentido comercial, bem como a inovação foram ospontos tidos em consideração para a classificaçãodas mesmas. Organizado pela ACSDS, o IV Concurso de Mon-tras do Município de Setúbal contou com o apoioda Câmara Municipal de Setúbal e Delegação deSetúbal da Entidade Regional de Turismo de Lis-boa e Vale do Tejo, assim como com a colabora-ção do Grupo Luísa Todi – Agência de ViagensMarranita, e da empresa Às Duas por Três, Arqui-tectura de Interiores e Decoração, Lda.

Lisboa, 22 de Junho de 2009 – A Loja Robbialac de Setúbal, situada na terra do poetaBocage e da cantora Luísa Todi, vai estar em festa nos dias 2, 3 e 4 de Julho para comemoraro seu aniversário.

Estes três dias de festa de aniversário na loja Robbialac vão ser celebrados com diver-sas promoções e descontos variados em todos os produtos da marca.

Com esta iniciativa, a Robbialac, um dos líderes nacionais na comercialização de tintas

e vernizes, pretende dar cor aos sonhos dos Setubalenses e animar esta bela cidade quese estendeu pela margem direita do rio Sado.

A loja Robbialac de Setúbal onde poderá encontrar um largo leque de opções para se-leccionar e encontrar a cor que pretende, situa-se na Avenida República da Guiné-Bissaunúmero 22 e encontra-se aberta das 09h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h00 durante a se-mana e das 09h00 às 13h00 aos Sábados. Robbialac – Pinta a Vida.

Três dias de festa com promoções, animação e ofertas

LOJA ROBBIALAC DE SETÚBAL CELEBRA ANIVERSÁRIO COM FESTA

Sobre a Tintas RobbialacA empresa Tintas Robbialac, SA está no mercado português há mais de 75anos, tendo integrado em 2004 o Grupo Materis, um dos líderes mundiaisna química especializada para a construção. Opera actualmente com umafábrica, dois armazéns e uma vasta rede integrada de 56 lojas próprias e 130revendedores exclusivos. Em 2008, registou um volume de negócios de 55milhões de euros.Sobre o Grupo MaterisO Grupo Materis é formado por quatro divisões, detendo posições de lide-rança nas áreas de negócio onde opera – Aluminatos, Argamassas, Adju-vantes e Tintas. É um dos líderes mundiais na Química Especializada paraa Construção e gerou em 2008 vendas no valor de 1,9 mil milhões de euros.

Conta com 9.000 colaboradores e 87 fábricas em todo o mundo. A divisão de Tintas – Materis Paints– gerou um valor de vendas de 771 milhões de euros em 2008. Ocupa po-sições de primeiro plano no mercado das Tintas Decorativas, detendo o 3ºlugar nas empresas do sector na Europa. Com 14 fábricas a operar em 7 paí-ses – França, Espanha, Itália, Portugal, Suíça, Argentina e Marrocos, e umarede integrada de mais de 500 lojas, trabalham no grupo Materis Paintsmais de 4.200 pessoas.

Para mais informações poderá contactar:Porter NovelliMarta Brazão

T: 21 313 61 00Email: [email protected]

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No desenvolvimento do comércionos concelhos do litoral alentejano,bem como a necessidade de estrei-tar distâncias e estar mais próximodos associados da região foram as ra-zões impulsionadoras da criação daDelegação de Santiago do Cacém eSines, da Associação do Comércio eServiços do Distrito de Setúbal(ACSDS), no ano de 1980. A Delega-ção de Santiago do Cacém e Sinesconta actualmente com 518 associa-dos, os quais têm ao seu dispor doisespaços físicos. Agregado à mesma Direcção, presi-dida por José Casimiro, também a ci-dade de Sines conta com lugarpróprio de atendimento para os as-sociados do concelho, desde a dé-cada de noventa, em instalaçõescedidas pela Câmara Municipal local. O comércio constitui a única activi-dade profissional exercida até à datapor José Casimiro. O presidente daDelegação adjectiva de “dinâmica” aclasse na qual também ele está inse-rido, no entanto, lamenta o facto de“o desenvolvimento dos concelhosnão acompanhar” o ritmo inculcado.“Sem pessoas não há comércio”,acrescenta o empresário conside-rando que não havendo clientes ocomércio não cresce o que se re-flecte na “paralisação” verificada emalgumas áreas, sobressaindo a hote-laria, aliada ao turismo, que revelaainda “alguma vitalidade”.

A Delega-ção de Santiago do Cacém e Sines érepresentada na Direcção distrital, daACSDS, por José Martins, 2.º secretá-rio da Delegação. Dirigente há dez anos, o empresário,ao analisar o momento atravessado

pelo comércio, marcado por um de-clínio do sector, encontra as causasda situação na “conjuntura econó-mica internacional, na carga fiscalimposta aos empresários e na deser-tificação das cidades”, Aí se centralizaa causa da fuga dos clientes, que pro-curam os centros comerciais instala-dos nas grandes cidades parafazerem as suas compras. Para o re-presentante da Delegação instaladano litoral alentejano, o comércio nãovinga “se não for bem gerido” e seacarretar “custos elevados”, acrescen-tando que “hoje em dia é cada vezmais fácil criar uma empresa”, con-tudo, a legislação revela-se “com-plexa” e “varia de ramo para ramo”.Nesse sentido, a ACSDS apresenta-se como “uma parceira fundamentalpara o poder local e actividades eco-nómicas”, pois “grande parte” da in-formação adquirida é fornecidapelos serviços e gabinetes de apoioda mesma.

Delegação estabelece parcerias com gentes locais num saudável desempenho social

Embora caracterizada pelo seu carizrural, Santiago do Cacém destaca-secomo uma das terras localizadas a suldo distrito de Setúbal onde o pro-gresso mais se fez sentir nos últimoscinquenta anos e o comércio tradi-cional se instalou a um ritmo acele-rado. Com uma população residenteproveniente de outras regiões dopaís, o litoral alentejano alberga emsi diversas culturas, hábitos e com-portamentos, razão que distingue osconcelhos de Santiago do Cacém eSines do restante distrito. A nível local e no que respeita ao em-prego, educação, cultura e desporto,a ACSDS desempenha um papel derelevo. A Delegação de Santiago doCacém e Sines tem assento no Con-selho Consultivo, no Conselho de Se-gurança, bem como no ConselhoGeral Transitório do Agrupamentode Escolas de Santiago do Cacém. AAssociação faz-se representar aindano Centro de Formação Profissionale na Rede Social. O esforço feito pela Delegação daACSDS sediada em Santiago doCacém passa também por conseguirmotivar as autarquias locais para

conservação. A construção do IP8,que se prevê para breve, irá benefi-ciar os dois concelhos, nesta matéria. O empresário do comércio detectaainda outras lacunas existentes nosconcelhos, como a falta de ilumina-ção e de espaços verdes, bem comoa degradação de algumas fachadas.

ACSDS fomentaprofissionalização de empresários do comércioe serviços

Com o intuito de contribuir para apromoção de um melhor desempe-nho das actividades profissionais,bem como colmatar algumas lacu-nas existentes ao nível dos conheci-mentos adquiridos, a ACSDS, atravésdo seu Departamento de FormaçãoProfissional, oferece a oportunidadede complemento e construção pro-gressiva de uma qualificação ade-quada às áreas específicas deactuação de cada indivíduo. No 1.º Semestre de 2009, a Delega-ção de Santiago do Cacém recebeuquatro acções de formação na áreada informática, focadas nos progra-mas Processador de Texto e Folha deCálculo, bem como na utilização daInternet, através dos cursos Internet– Evolução e Internet – Navegação. No que respeita a Sines, além das ac-ções mencionadas, tiveram aindalugar dois cursos de “Língua Inglesa – Atendimento”. Inseridas na Formação Modular Cer-tificada, a frequência destas acçõesconcede a atribuição de um certifi-cado de qualificações.

Marchas Populares animam Santiago do Cacém

Nos dias 13, 20 e 29 de Junho, a RuaGeneral Humberto Delgado, conhe-cida como a “Rua das Lojas” da cidadede Santiago do Cacém, encheu-se decor e animação para receber o desfiledas Marchas Populares. A iniciativa, que teve como objectivoa comemoração dos Santos Popula-res, foi promovida pelos empresáriosfixados naquela artéria da urbe, emparceria com a Delegação de San-tiago do Cacém e Sines da ACSDS,Câmara Municipal de Santiago doCacém e Caixa de Crédito AgrícolaMútuo.

uma cooperação mais vincada coma Associação. De acordo com JoséMartins, a Delegação é convidada amarcar presença “em mais de no-venta por cento” das iniciativas pro-movidas pela Câmara Municipal deSines, tendo existido sempre umaparceria entre as duas instituições. Adefesa dos legítimos direitos e inte-resses dos associados, leva os diri-gentes da Delegação a reivindicar aparticipação no debate das temáti-cas que envolvem as áreas do co-mércio e serviços. A necessidade deestabelecer uma colaboração asser-tiva com os órgãos locais também jáfoi alvo de diálogo entre os dirigen-tes e a Câmara Municipal de San-tiago do Cacém. De uma reunião,realizada recentemente, saiu oacordo de consolidação dos laçosentre as duas entidades.

Associativismo contribui para desenvolvimentolocal

As dificuldades atravessadas pelopaís, quer a nível económico quer anível social têm conduzido à perdade credibilidade nas instituições.Porém, apesar de todas as adversida-des, a Delegação de Santiago doCacém e Sines manteve, durante oano de 2008, o mesmo número deassociados, não sofrendo qualquerquebra. José Martins encara o asso-ciativismo como algo “indispensável”,capaz de criar “dinamismo” junto dosempresários e instituições e ummotor impulsionador do “desenvol-vimento local”. Para o representanteda Delegação de Santiago do Cacéme Sines, impõe-se a criação de alicer-ces que permitam “um desenvolvi-mento económico mais apoiado esustentável”. O empresário defendecomo medidas essenciais a expansãode “obras públicas de relevo nacio-nal”, bem como “um constante me-lhoramento da pavimentação”. Asacessibilidades que permitem a liga-ção a Santiago do Cacém são várias,no entanto, de acordo com José Mar-tins, encontram-se em “péssimo es-tado”, ao contrário do que se verificaem relação aos acessos a Sines que,embora em número reduzido, exis-tindo apenas uma entrada para a ci-dade, aparentam melhor estado de

Empresários denunciamsubdesenvolvimento

Empresários denunciamsubdesenvolvimento

SETÚBAL

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ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚBAL | SSEETTEEMMBBRROO // OOUUTTUUBBRROO // NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22000099 19

A venda com redução de preços, praticada nasmodalidades de saldos, promoções e liquida-ções, encontra-se pautada pelo Decreto-lei n.º70/2007, de 26 de Março. A legislação em vigorimpede a venda em saldos de produtos adqui-ridos exclusivamente para o efeito, proibindo ocomércio de artigos recebidos pela primeira vezdurante o período de redução ou no mês ante-rior ao mesmo. Por outro lado, os produtos emsaldos não podem ter sido alvo de qualqueroferta de venda com redução ou outro tipo devantagem que instigue a sua aquisição, no pe-ríodo de trinta dias antecedente ao início daépoca de baixas.

Promoções

A potenciação da venda de determinado pro-duto ou o seu lançamento, assim como o de-senvolvimento da actividade comercialconstituem os objectivos das promoções, quese resumem à comercialização de peças a umpreço inferior ou com condições mais atraentesna óptica do cliente. As promoções podem rea-lizar-se em qualquer momento consideradooportuno para o empresário do comércio, coma ressalva de que não coincidam com a vendaem saldos.

Liquidações

A venda de produtos com fim ao seu rápido es-coamento, com redução de preço da totalidadeou parte do “recheio” do espaço comercial, mo-

tivada pela ocorrência de factores que ditem acessação da actividade do estabelecimento édenominada por liquidação. A comercializaçãosob esta forma está sujeita a uma declaração,emitida pelo empresário à Direcção-Geral daEmpresa ou Direcção Regional da Economia dalocalidade na qual está inserido o estabeleci-mento em causa. O documento deve ser en-viado até 15 dias antes da data prevista para ocomeço da liquidação, através de correio(por carta registada com aviso de recep-ção) fax ou correio electrónico.

Deveres do Empresário do Comércio

É obrigação do empresário do comércioanunciar a modalidade de venda realizada,bem como o tipo de produtos que cons-tam da oferta e respectivas percentagensde redução. O anúncio deve ser dotado dadata de início e da indicação do período detempo abrangido. Os artigos alvo de redução devem estar se-parados dos restantes produtos. Na afixação de preços o empresário deve ter ematenção algumas regras específicas. Os letrei-ros, etiquetas ou listas devem apresentar, deforma visível, o novo preço e o praticado ante-riormente ou a percentagem de redução efec-tuada, em substituição do anterior valor doartigo. No caso de se tratar de um conjunto de produ-

tos identificados, a condição referente à exibi-ção do novo preço pode ser trocada pela expo-sição da percentagem de reduçãouniformemente aplicada ou um preço únicopara o todo, mantendo nos artigos integrantesdo referido conjunto o seu antigo preço. Os produtos não comercializados antes do pe-ríodo de redução devem ser acompanhadospelo preço promocional e preço a praticar de-pois de terminada a referida época. Os artigos à venda em condições promocionaisdevem conter a informação do preço anterior epromocional, assim como do período de dura-ção da promoção. No caso da existência de en-cargos decorrentes da aquisição dos produtosabrangidos pela referida promoção, estesdevem ser igualmente indicados, de acordocom a legislação respeitante ao crédito ao con-sumo. O empresário do comércio tem a obrigação deanunciar o esgotamento de determinado ar-tigo, com a designação da sua espécie e marca,terminando assim a operação de venda com re-dução de preço.Os meios de pagamento habitualmente dispo-níveis devem encontrar-se igualmente ao al-cance do cliente. Por outro lado, a forma depagamento utilizada não pode ser usada comopretexto para alteração do preço do artigo.

Substituição do Produto

O vendedor pode aceitar a substituição de umproduto, após acordo com o consumidor, noentanto, o artigo em causa tem obrigatoria-

mente que apresentar o mesmo estado de con-servação que o ostentado no momento dacompra. O acto de substituição requer ainda aapresentação do respectivo comprovativo decompra, no qual conste a indicação da possibi-lidade de troca, que deve ser efectuada nos pri-meiros cinco dias úteis a contar da data deaquisição.

Saldos de Verão

Saldos, Promoções Liquidaçõese… NORMAS A CUMPRIR

Os Saldos de Verão, período caracterizado pela comercialização de bens a umpreço inferior ao praticado habitualmente pelos estabelecimentos comerciais,

com o objectivo de possibilitar um escoamento dos stocks existentes, teve início a 15 de Julho e prolonga-se até ao dia 15 de Setembro de 2009.

SETÚBAL

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A análise da criminalidade e segurança no distritode Setúbal, com especial enfoque para a situaçãoverificada na cidade sadina, onde tem sido regis-tada a ocorrência frequente de crimes contra os es-tabelecimentos de comércio e serviços, foi oobjecto de estudo do Seminário “Segurança no Co-mércio: Principais Pontos Críticos”. O encontro, pro-movido pela Associação do Comércio e Serviços doDistrito de Setúbal (ACSDS) em parceria com o Co-mando Distrital da Polícia de Segurança Pública(PSP) de Setúbal, realizou-se no Salão Nobre dasede da ACSDS, em Junho último. De acordo com os dadosdisponibilizados pelo Re-latório Anual de Segu-rança Interna (RASI) de2008, os distritos de Lis-boa, Porto, Setúbal, Faro,Aveiro e Braga foramaqueles que somaramum maior número deocorrências registadasno ano transacto, repre-sentando um peso rela-tivo de 72 por cento. Ainformação revela que,nesta matéria, o dis-trito de Setúbal ocu-pou em 2008 a terceiraposição, com um totalde 38.532 casos. Emcomparação com oano de 2007, o distritocontou com umacréscimo de 3,2 por cento de ocorrências, desta-cando-se entre os cinco com mais registos de cri-minalidade violenta. As zonas de maior concentração comercial corres-pondem, normalmente, aos centros históricos dascidades. Aliado a este facto, o presidente da Direc-ção da ACSDS distingue “a segurança, o estaciona-mento, a iluminação e a atracção do meioenvolvente” como agentes impulsionadores do co-mércio tradicional. Para Francisco Carriço, “o pró-prio comércio, ao estar aberto, pode ajudar a criarum ambiente de segurança nos centros das locali-

dades”, explicando que é apóso horário de encerramentodos mesmos que estas zonasse tornam “mais inseguras” ecom um tipo de visitantes“mais indesejável”. O presi-dente da ACSDS defende que“não pode haver turismo dequalidade se as localidadesnão forem dotadas de zonascomerciais atractivas, bemcuidadas e seguras”.

PSP ensina auditório a dificultar a actuaçãodo criminoso

No Seminário, que se traduziuno culminar de uma série de encontros entre aACSDS e o Comando Distrital da PSP, durante osquais foram discutidos os principais problemas de-tectados em termos de segurança, os empresáriospresentes tiveram a oportunidade de receber al-gumas recomendações, através da comunicaçãodo comandante distrital da PSP, subordinada à te-mática “Boas Práticas de Autoprotecção”. Bastos Lei-tão aconselhou o auditório de modo a tornar “maisdifícil o papel do ladrão “, tendo em conta que aexistência de um furto ou roubo de produtos é umperigo sempre eminente. A maior parte dos crimes

são cometidos após a detecção, por parte do cri-minoso, de “uma fragilidade nas condições de se-gurança do local”, como por exemplo, “a mávisibilidade” em alguns pontos do estabelecimentoou mesmo “uma quebra na vigilância humana”,como frisou o comandante. Para a concretizaçãode alguns crimes, é também utilizado o sistema ba-seado no estudo do local, através de “uma análisedas rotinas” dos empresários. O comandante daPSP alertou ainda para a importância de não seoptar por um quotidiano rotineiro.

De modo a restabelecer o sentimento de segu-rança e contribuir para a regressão dos números dacriminalidade registada, a nível distrital, a ACSDSdeu a conhecer algumas propostas, que passampela implementação de um sistema de videovigi-lância externo, a funcionar durante 24 horas, a cria-ção de uma Linha Verde com ligação directa para aPSP, para uso dos empresários do comércio e ser-viços, assim como o reforço do policiamento nasartérias de maior concentração de estabelecimen-tos. Para fazer face à onda de criminalidade que as-sola o distrito encontram-se já em curso algumasmedidas de prevenção. Em breve, os empresáriosvão ter acesso a uma “Carta de Boas Práticas”, que seencontra actualmente em elaboração pelo Co-mando Distrital da PSP de Setúbal e que funcionarácomo um guia ao nível das normas de segurança aseguir. Além disso, no caso de se revelar que asmencionadas medidas são respeitadas, o estabe-lecimento em causa será atestado com um “Selo deCertificação de Segurança”. A procura pela criaçãode condições efectivas de protecção, bem como deum sistema de comunicação que permita uma rá-pida intervenção das autoridades levou, no ano de2008, ao desenvolvimento do Programa “ComércioSeguro”, um projecto dedicado em especial aosempresários do comércio, exposto no encontropelo comandante distrital da PSP. O patrulhamentoe a vigilância nas áreas comerciais foi intensificado,de forma a diminuir os índices de criminalidade eao mesmo tempo promover o contacto com os

agentes comerciais. Além da presença do comandantedistrital, o Comando da PSP de Se-túbal fez-se representar na sessãopelo subintendente António Cas-tro, que enunciou as principais ti-pologias de registos criminais nacidade de Setúbal, bem como pelosubcomissário Carolino, da Esqua-dra de Investigação Criminal. Comoconvidado do evento esteve tam-bém presente o presidente da Uniãodas Associações do Comércio e Ser-viços (UACS), que partilhou com oauditório a experiência vivida na ca-pital do país, através da intervenção“A Segurança e o Comércio de Lis-boa”. Vasco de Mello fez referência aalguns dos problemas actuais, comoa questão da reabilitação urbana, de-gradação de edifícios e existência de

habitações devolutas, locais que acabam por ser-vir de alojamento a pessoas com comportamentosdesviantes. A somar a estes factores, também as di-ficuldades no estacionamento e na segurança aca-bam por “diminuir o tráfego”, trazendo“consequências negativas para o comércio”, comofrisou o presidente da UACS, que encara a videovi-gilância como um sistema “bastante útil” e “um re-forço para a segurança dos comerciantes”. ParaVasco de Mello a relutância acerca da utilização da

Seminário

“Segurança no Comércio: Principais Pontos Críticos”Empresários debatem Segurança no Distrito de Setúbal

SETÚBAL

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videovigilância é incompreensível, uma vez que éum sistema já utilizado “nas grandes cidades da Eu-ropa”. A sessão contou ainda com a presença do 2.º co-mandante da Polícia Municipal de Lisboa, que deua conhecer as medidas de segurança adoptadasnaquele centro urbano, no âmbito do Projecto dePoliciamento de Proximidade. “Baixa/Chiado mais

seguros” constituiu o objecto da exposição do co-missário Lopes Rodrigues. É intenção da ACSDS contribuir para o restabeleci-mento da segurança, encarando a realização de se-minários, sessões de esclarecimento ousensibilização como uma factor adjuvante para oalcançar desse propósito. Na perspectiva do presi-dente da Direcção, para que a melhoria do comér-cio tradicional em Setúbal seja possível “éfundamental”, igualmente, “a existência de umaboa interligação entre a Associação, a PSP e a Câ-mara Municipal”.

Participações aumentaram7,5 por cento em 2008

No ano passado, foram registadas em Portu-gal mais de 421 mil participações, o que re-presenta um acréscimo de 7,5 por centocomparativamente ao ano anterior. O pe-ríodo do ano a merecer particular atenção éo terceiro trimestre, que compreende osmeses de Julho, Agosto e Setembro, durante osquais se verificou uma subida no número de par-ticipações na ordem dos 10,6 por cento, quandocomparado com igual período do ano antece-dente. Os crimes contra o património, categoria na

qual se inclui o furto ou roubo em estabelecimentocomercial, sofreram um acréscimo de 13,9 porcento, constituindo a maior fatia da criminalidadeparticipada, com uma representatividade de 57 porcento casos do total denunciado. No entanto, oRASI de 2008, revela que os furtos em estabeleci-mentos comerciais reduziram em cerca de 1.200casos, tendo sido registadas 6.071 ocorrências, si-tuação contrastante com o sucedido relativamenteao número de furtos em supermercados que, emcomparação com o ano de 2007, sofreram um au-mentou equivalente a 658 episódios assinalados. Na origem do aumento da criminalidade encon-tram-se a situação económica e social, a falta de co-nhecimento por parte dos empresários docomércio e serviços para uma actuação em con-

formidade, a falta de estudo daactual conjuntura vivida em

termos de segurança, bemcomo a escassez de medi-das de apoio. A carênciade meios de vigilância e deefectivos nas forças de se-gurança também contri-

buem para umagravamento da realidade ex-

perimentada nos últimos tempos.

Seminário

“Segurança no Comércio: Principais Pontos Críticos”Empresários debatem Segurança no Distrito de Setúbal

Conselhos Úteis:

• Ao surpreender o ladrão no local, con-tacte de imediato as autoridades, atra-vés do 112;• Não enfrente o assaltante, de modo aevitar reacções violentas e perigosaspara a sua integridade física;• Em caso de flagrante, tente memori-zar o maior número possível de deta-lhes da sua fisionomia e vestuário;• Utilize fechaduras com sistemas dedupla segurança;• Certifique-se de que, ao abandonar oestabelecimento, as portas e janelasficam devidamente fechadas;• No caso do seu estabelecimento pos-suir portas ou janelas com grades, não asfixe com parafusos de fácil remoção pelaparte exterior do espaço comercial;• Não despreze a segurança de escadasde fogo, clarabóias de telhado, condutasde ar, caves ou locais de armazenamento,bem como das portas e janelas laterais;• Não identifique as chaves com eti-quetas;• Ilumine todos os pontos de acessopossível ao seu estabelecimento;• Deixe o seu estabelecimento ilumi-nado, se possível com os focos de tráspara a frente da loja, de forma a eviden-ciar as silhuetas;• Instale um sistema de alarme quecubra todos os pontos de potencialacesso;• Não acumule muito dinheiro na caixa,deposite-o com frequência mas deforma irregular, para evitar comporta-mentos rotineiros. Deixe as gavetas dacaixa registadora abertas durante anoite e garanta que tal é visível do exte-rior do estabelecimento;• Evite cofres internos. Em caso de ne-cessidade extrema, coloque-os em lo-cais visíveis e fixos de forma aimpossibilitar a sua remoção por meioscomuns;• Guarde os valores em locais fechadosno interior do estabelecimento e o maisdisperso possível.

As forças policiaisatentas à segurança

Os ourives, de Almada pediram à PSP do Pragal mais policiamento. Congratularam-secom a resposta dada em Junho. As zonas estão a ser policiadas por elementos da corpo-ração.O presidente da ACSDS, delegação de Almada, Luís Henriques à altura, a pedido de umgrupo de Ourivesarias do concelho, intercedeu junto da PSP. Pediam acções mais regu-lares da polícia nas ruas , e para que fosse estudado um sistema de comando electrónicona PSP que recepcionasse os locais e actuasse mais rapidamente nos caso de roubo.Além disto é vontade do grupo de ourives que lhes seja facultada formação instruindo-os sobre o modo como agir perante um cenário de assalto.Consideram que os conselhos técnicos da polícia podem ajudar a prevenir situações derisco enquanto os prepara para acautelarem de igual modo olhares, gestos, posições dosassaltantes. Em situação sugeriram que fossem fechadas as saídas da cidade por considerarem serassim melhor interceptar os assaltantes. A resposta foi positiva e na reunião estiveram presentes 22 dos ourives locais. Na reuniãoseguinte surpreendeu-se o mentor da proposta, proprietário da "Ourivesaria Andreia"pelo reduzido número de presenças. Admite que poder ter falhado a comunicação comos outros ourives sobre a data, facto a que foi alheia. Ao comandante da PSP Al-mada/Pragal foi enviada uma carta pedindo continuidade.O grupo de ourives de Almada pretende, agora, tornar pública a resposta da PSP com aqual muito se congratulou. Resta agora o empenhamento da Delegação, para congre-gar os ourives a estarem presentes.Relevam o esforço da PSP na imediata acção de reforço de policiamento mas, tendo emconta o vandalismo na cidade, consideram ainda insuficiente o número de efectivosdisponibilizados.

SETÚBAL

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SEIXAL

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚBAL | SSEETTEEMMBBRROO // OOUUTTUUBBRROO // NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22000099 23

Dotado de uma frente ribeirinha de inquestio-nável beleza, o Município do Seixal, a sul doTejo e integrado na Área Metropolitana deLisboa, tem uma relevante importância paisa-gística, ambiental e cultural, Ao longo dosanos a aposta na implementação de uma po-lítica de valorização da sua privilegiada locali-zação geográfica permitem-lhe, hoje, ser umpólo de atracção turística até a nível interna-cional. A Baía do Seixal constitui desde há gerações,um elemento central e catalisador do desen-volvimento ambiental e social do Seixal. Man-ter este equilíbrio e valência é uma dasprioridades do Município. Classificado como Reserva Ecológica Nacional(REN), este plano de água inte-

grao Estuário do Tejo, área húmida de importân-

cia internacional pela sua biodiversidade e im-portância paisagística, considerada no PROT –AML um vector estruturante da sustentabili-dade ecossistémica. Num contexto de qualifi-cação urbana, coesão social e de criação dedinâmicas territoriais na relação com o rio, oMunicípio do Seixal apresentou em 2008 umacandidatura ao QREN – Políticas para a Rege-neração Urbana – “Programas Integrados deValorização de Frentes Ribeirinhas e Marítimas”a qual obteve aprovação, representando uminvestimento global de dez milhões de euroscom um financiamento FEDER de cerca de 3,5milhões de euros.A implementação do Programa de Acção tempor referência um trabalho em permanentecooperação e parceria com entidades públicas,instituições sociais e educativas, movimento

associativo, agentes económicos e população,consubstanciando na celebração de um pro-tocolo de parceria com várias entidades, entreelas a ACSDS – Associação do Comércio e Ser-viços do Distrito de Setúbal.

Primeiro DiagnósticoMoradores Proprietários

A Associação do Comércio e Serviços doDistrito de Setúbal (ACSDS) é parceira daCâmara no Projecto “Resposta”, caracteri-zado pelo seu cariz técnico/administra-tivo, dotado de competências dediagnóstico, de proposta, de intervençãoe de gestão do espaço dentro das áreasdelimitadas como Núcleos Urbanos Anti-gos Ribeirinhos. Esta estrutura deverá terum conhecimento profundo da reali-dade dos núcleos urbanos anti-gos – pretendendo-se queanalise, avalie e proponha solu-

ções integradas e coerentes com a ló-gica e visão entretanto determinadapara a zona, devendo mediar e articu-lar os diferentes agentes e interve-nientes que actuam nestes espaços,trabalhando em proxi- midade comos mesmos.A primeira fase de intervenção con-siste na elaboração de um diagnós-tico que incide na caracterização doedificado e da situação socioeconó-mica dos moradores e proprietários.Tendo como base o diagnóstico da primeirafase, procede-se posteriormente à elaboraçãode documentação reguladora para a imple-mentação das acções subsequentes no que serefere a património edificado, estrutura e ges-tão de propriedade, definição funcional, mo-dernização da rede de infra-estruturas emelhoria da qualidade da imagem urbana.

Pretende-se uma estrutura de proximidade,que responda de forma personalizada e pró-xima aos verdadeiros problemas dos utentes,objectivando o apoio à reconstrução e rege-neração urbana e socioeconómica com inci-dência:

(i) Espaço urbano, ao nível da qualifica-ção do espaço público e do ambienteurbano;

(ii) Tecido social, ao nível do apoio à re-generação populacional dos NúcleosUrbanos Antigos;

(iii) Tecido Económico, ao nível de cria-ção de condições para a captação denovos investimentos e apoio à instala-ção de novas actividades empresariais.

A Delegação do Seixal da ACSDS, emparceria com a Câmara Municipal local, já pro-cedeu ao levantamento dos estabelecimentosde comércio e serviços existentes no Núcleo Ur-bano Antigo da Amora, com o intuito de se de-senvolver uma candidatura para a suadinamização.

Associação e Autarquiaunidas em parceriaNa requalificação de Núcleos Urbanos Antigos Ribeirinhos

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SSEETTEEMMBBRROO // OOUUTTUUBBRROO // NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22000099 | ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚBAL24

Luís Cândido esteve disponível para a re-dacção da revista e falou-nos dos proble-mas que enquanto membro da ACSDSmais o preocupam.– “ O baixo poder de compra que por todoo pais se faz sentir é a maior das causas. In-felizmente não é exclusivo nosso. Junta-sea isso a concorrência das Unidades de Di-mensão Relevante (UDR´s) que aprovei-tam os momentos difíceis dos produtoresde leite, cereais, de hortaliças, frutas e le-gumes. São confrontados com o paga-mento de preços que nem dá para cobrir ojusto valor da produção”.O sistema gera um problema de desigual-dade entre os produtores nacionais e osdo resto da Europa, França, Alemanha, Ho-landa.Países organizado de forma que não lhespermite que as unidades comerciais exer-çam a acção que se exerce em Portugal”.– Era o momento certo para falarmos deintegração europeia, vantagens e desvan-tagens; Portugal terá ficado, neste campo,muito mais dependente…“A integração europeia eu penso quedeva ser vista, em termos gerais, como po-sitiva. No entanto, também temos algunsproblemas causados pela integração eu-ropeia. O Governo prometeu que a Auto-ridade da Concorrência e Preço iria estarmuito atenta às UDR´s de forma a garantirque não ia haver aperto por parte destasunidades aos pequenos agricultores paraque praticassem preço justo e conseguis-sem sobreviver nos tempos que correm.”Mas as noticias que constatamos ao fim de

cada dia não são animadoras. Pese em-bora os acordos traçados e firmamos nointerior de gabinetes a verdade é que osprodutores se manifestam por meios aoseu alcance para “gritar” a sua razão. Para arua vêem tractores, e agricultores emmassa, trazendo o seu sentir de desigual-dade perante o mercado europeu.As marchas de protesto junto aos respon-sáveis governamentais são prova de que aacção do concerto não teve bons resulta-dos. “Há que ter mão nisso para que haja um

equilíbrio entre todas as classes comer-ciais e produtivas deste país e que se ga-ranta a subsistência de todos”.Voltando às grandes superfícies e de umaeventual tomada de força dos comercian-tes e serviços mais afectados no sentidode contrariar esta situação, Luís Cândidocomenta: “As grandes superfícies vieram trazer umarealidade nova no panorama comercial dopaís. No entanto o comércio tradicionalatravés da nossa classe tem factores de in-diciação positivos e que devem ser bemaproveitados. Temos vantagens do pontode vista do consumidor e que por eledevem ser bem aproveitadas.Podemos referir a questão da proximi-dade, do atendimento do aconselha-mento, em parte do meio familiar. Nocomércio tradicional não se impõemquantidades. Quem compra no comércio local comprapróximo de casa, a qualquer hora e nãoprecisa armazenar.Compra no momentopróximo da utilização, escolhe sem pres-são e, ao mesmo tempo, protege-se damanipulação que lhes é feita nas grandessuperfícies.”O comprador quando usa as grandes su-perfícies nem se apercebe como é vitimade uma sociedade consumista onde cadaum, -mal esclarecido -, acaba comprandoo que não queria. As luzes, o som, os múltiplos atractivos dasestratégias de marketing estão patentesem todos os sectores.“ Se comprar aquilo que precisa perto de

casa num estabele-cimento bem orga-nizado e bemdimensionado temmuito a poupar.Não sofre o im-pulso. O compradornem se apercebe.Nos grandes espa-ços tudo está pen-sado ao pormenor;andar para o ladodireito; a ilumina-ção não está pre-sente em termos deconsciência masfunciona. Caminha-mos para onde hámais luz. E aí os arti-

gos destacados leva à compra por im-pulso. Há que comprar com bom senso enos dias que correm o comércio tradicio-nal deve ser valorizado e os consumidorestem muito a ganhar”.- Esta filosofia teria de obrigatoriamenteser passada a comerciantes menos mo-dernizados e menos informados. Sobre opapel da Associação neste campo, salien-tou: “a Associação tem vindo, desde há muitosanos a dar formação aos associados em vá-rias áreas: atendimento, marketing; HCCP,

higiene e limpeza, controlos de temperatu-ras, entre outros. Mas todas estas áreas paracomércio e serviços, tem sido uma das ban-deiras da nossa associação para que sejammais profissionais, melhor preparados emais capazes para junto do consumidorprestar um bom serviço . Também nas áreasde gestão atendimento e marketing paramelhor aplicar no estabelecimentos à di-mensão do espaço. A Delegação do Seixaltem sempre a decorrer acções de formaçãoe também em outros concelho onde hajaDelegação da ACSDS”.- Comentamos que sendo mais usual queas grandes superfícies se instalem fora docentro das cidades no Seixal, o Rio Sul/Con-tinente está dentro do aglomerado popu-lacional. E a opinião de Luís Cândido foi: “dentro ou fora as UDR´s, acima de doismil metros quadrados, há diferenças. Nor-malmente nos países da EU são os hiper-mercados fora dos grandes centrosurbanos, à porta das localidades. Não in-seridas no meio urbano, como aconteceem Portugal. Isto permite alguma ordena-ção. Desempenham o seu papel, tambémnecessário. Defendemos a política de quetodos os formatos fazem falta, mas devehaver regras: instalar as grandes unidadesà porta das localidades para quem neces-site fazer compras, uma ou duas vezes pormês, se desloque fazendo as compras dodia-a-dia e os frescos no comércio de pro-ximidade. Assim haverá um equilíbrio co-mercial e económico, facultando a todosos agentes a forma de rentabilizar os seusinvestimentos. No distrito não acontece.Falemos do Seixal, instalado na localidadeTorre da Marinha.”Refira-se que a Câmara do Seixal ao auto-rizar o Rio Sul veio ainda a urbanizar todosos terrenos em redor do hipermercado. Aconstrução em bloco à volta do hipermer-cado é uma forma de o alimentar. Defendendo a modernidade de retirar oscarros de dentro das cidades não foi pen-sado que não havendo carros não há pes-soas. E daí a parte forte da questão doenfraquecimento do comércio local. A urbanização e a construção aprovada,neste caso leva a que em Portugal se façaao contrário que no resto da Europa.“ Pela nossa experiência das últimas duasdécadas os interesses económicos e ascontrapartidas na instalação desta UDRsão, para as autarquias, negócios a “nãoperder”. Há contrapartidas irrecusáveis,como construção de vias que estariam acargo da autarquia e que são usadas comomoeda de troca para a aprovação, e insta-lação destas unidades e assim se hipotecaa sobrevivência e o sucesso do pequenocomércio que tanta falta faz às populaçõese ao país. Tem sido bandeira de tantos par-tidos que as pequenas e médias empresassão o garante da grande maioria dos pos-tos de trabalho.”Os governantes tem estado desatentos esó agora se começa a reflectir sobre asse-gurar as sobrevivência e permanência dasmicro, pequenas e médias empresas dePortugal. O trabalho continuado dos comerciantesorganizados: “Tem tido algum peso e aler-tado o Poder Local, sobre as decisões quesão tomadas no sentido da implementa-ção das UDR´s relevante. Há agora muitos

No concelho do Seixal existem cerca de dois mil estabelecimentos eserviços filiados na ACSDS. A Delegação local é dirigida por Manuel-Landeiro Borges e Luís Cândido.No Seixal está instalada uma das sete delegações do distrito onde oComércio local é também afectado pela falta de poder de compra quese regista em Portugal. Todavia sente o apoio e o estímulo da autar-quia atenta e empenhada na prosperidade da Classe.

Luís Cândido

Disse-nos dos problemas que afectam o concelho

programas de apoio, QREN (Quadro de Re-ferencia de Estratégia Nacional), MODCOMa que as autarquias, também a do Seixal,nos últimos dois anos, se candidataram avários projecto de modo a que se tenteagora dinamizar, revitalizar e apoiar o co-mércio local. Estão em duas candidaturasas zonas ribeirinhas do Seixal e da Amora.Há apoios da Autarquia e do Governo paraestas zonas. Nesta área, a ficar deserta, o programa emcurso permitirá criar algum tráfego e dina-mização nestas zonas.Os comerciantes esperam agora que osedifícios desertificados , principalmente osdo núcleo histórico do Seixal venham a serreutilizados por outros projectos que tra-gam tráfego e mais vida aos espaços de-sertificados. Há 60 edifícios do concelho do Seixal que,segundo compromissos da Câmara pe-rante os comerciantes irão ser reabilitados.No concelho do Seixal há perto de dois milassociados número que lhe dá o estatutode maior concelho do distrito, tambémem senso demográfico.Seixal ultrapassou Almada em densidadepopulacional e para os comerciantes é en-carado como uma oportuni- dade.“O seixal é um concelho agradável. Comoem todo o lado, há problemas. Mas aclasse dos comerciantes não é uma classenegativa. Somos trabalhadores, Esforça-dos. Temos algum orgulho naquilo quevem sendo feito nos últimos anos. A autarquia fez parceria com a nossa as-sociação e apresentou projectos para a re-vitalização, regeneração, animação daszonas ribeirinhas. Há muitos outros pro-jectos da Câmara que nos deixam espec-tantes no sentido de tornar mais agradávelas vivências. Há obras, projectos, eventos.Na zona Ribeirinhas a Câmara assumiu re-qualificar Arrentela, Seixal, Amora, comequipamento e mobiliário urbano, zonasde lazer. Dá-nos tudo isso a esperança queno futuro o nosso concelho venha a sermelhor.”Luís Cândido tece elogios aos autarcas daCâmara do Seixal e releva o investimento,como muito significativo, a nível das po-pulações, referindo Museu Cargaleiro, naQuinta da Fidalga que agora recebe umedifício de Siza Vieira e por cujo espaço vãopassar em cada ano 108 mil visitantes.“Apoiamos estas obras. São de louvar. O es-forço da autarquia demonstra respeitopela população e empresas instaladas. Sãoinvestimentos que apoiamos. Somos afavor do desenvolvimento e de melhoresperspectivas futuras. Quanto a nós, co-merciantes, louvamos e damos o nossomelhor no investimento e no sacrifício pes-soal. Perante o esforço da autarquia a nossaclasse sente-se satisfeita e manifesta-o.

MLQ

SEIXAL

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SAÚDE

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DO DISTRITO DE SETÚBAL | SSEETTEEMMBBRROO // OOUUTTUUBBRROO // NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22000099 25

Evite o contacto próximo com pessoas com gripe! Procure não estar na presença de pessoas comgripe. Se ficar doente, mantenha-se afastado dosoutros, pelo menos a 1 metro de distância, paraprotegê-los de adoecer também.

Se ficar doente, permaneça em casa! Se estiver com sintomas de gripe, fique em casa e contacte a LinhaSaúde 24, pelo número 808 24 24 24, de forma a proteger-se e evi-tar o contágio a outras pessoas.

Se tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com um lenço de papel! Para impedir que outras pessoas venham a adoecer, é muito im-portante, quando tossir ou espirrar, que cubra a boca e o nariz comum lenço de papel ou com o antebraço, mas nunca com a mão! Deimediato, deposite no lixo o lenço de papel utilizado.

Lave as mãos frequentemente com água e sabão!É fundamental lavar as mãos com frequência, com água e sabão emabundância, durante vinte segundos, pelo menos, em particular de-pois de tossir ou espirrar. Em alternativa, pode usar toalhetes à basede álcool.

Evite o contacto das mãos com os olhos, nariz e boca!Procure não tocar nos olhos, nariz e boca sem ter lavado as mãos,porque o contacto destas com superfícies ou objectos contamina-dos é uma forma frequente de transmissão da doença.

Limpe frequentemente as superfícies ou objectos mais sujeitos acontacto com as mãos!É necessário manter limpas, com um produto de limpeza comum, assuperfícies sujeitas a contacto manual muito frequente, tais comomesas de trabalho e maçanetas das portas.

Estas medidas são também muito importantes nas crianças!Na prevenção do contágio nas crianças, é muito importante asse-gurarmo-nos de que estas medidas também são respeitadas porelas.

Se adoecer, assegure-se de que terá o apoio de outras pessoas!É importante saber a quem poderá pedir ajuda, em caso de neces-sidade.

Fique bem alerta sobre a Gripe A (H1N1)Estimado Associado

No contexto evolutivo de propagação da Gripe A, o facto das or-ganizações puderem vir a ser afectadas no seu normal funciona-mento é um cenário a considerar. Consciente das suasresponsabilidades perante associados e sociedade em geral, en-quanto defensora do exercício em segurança das actividadespelas quais zela, a Associação do Comércio e Serviços do Distritode Setúbal (ACSDS) tem preparado um Plano de Contingência como intuito de minimizar o impacte de uma eventual Pandemia deGripe. O Plano de Contingência está criado para responder às duas fasesda Gripe, que correspondem ao Período Pré-Pandémico e PeríodoPandémico. No momento, a ACSDS mantém accionado o Nível I doreferido Plano, valorizando a informação, sensibilização e pre-venção. Quanto ao Nível II, que se baseia nas acções de contençãoda propagação, monitorização e gestão dos impactes, este seráaccionado assim que a situação o justifique. Apesar da ambiguidade do tema, a ACSDS acredita que será pos-sível encarar com tranquilidade o cenário que se perspectiva, as-segurando o cumprimento das suas obrigações sociais e deixandoao dispor dos associados interessados toda a informação que pos-sui, incluindo o mencionado Plano de Contingência.

A Direcção

Medidas de protecção individual contra a Gripe A (H1N1)

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Inalar oodor agra-dável deum Alen-tejo àbeira mare comtrânsitoporentre ruasmas onde nada atropela o co-mércio local.

CENTRO HISTÓRICO

Ruas comerciais, em torno dosvelhos eixos medievais dasruas Cândido dos Reis, TeófiloBraga, Largo Penedos, coma velha atalaia, onde outroraos pescadores observavam o

estado do mar. E Rua Vasco daGama, onde supostamente oconquistador nasceu, no solarque motivou a sua expulsãode Sines e à porta do centrohistórico o ousado edifício doCentro de Artes de Sines, tran-sição para a cidade moderna.

O porto de pesca e a actividade do Comércio Tradicionalsão a alma do povo de Sines e cidade alentejana ondenasceu Vasco da Gama. Virada à modernidade tecnoló-gica a cidade tem uma forte componente de indústria eserviços instalada na periferia através da qual lhe cres-cerá a pujança económica.Integra no património valores culturais, históricos e am-bientais, maravilhas ímpares ao longo de seus 30 quiló-metros de faixa atlântica preparada com estruturas parareceber visitantes ocasionais ou em permanência.Na estrada interior até Mil Fontes surge Porto Covo, jóia daarquitectura popular portuguesa onde com prazer se “roiuma laranja na falésia… olhando à nossa frente o azul es-curo…” como canta Rui Veloso.

Atlântico em fundo a fazer ce-nário a um quotidiano de vidae movimento enriquecidopelo Comércio Tradicional adar às suas ruas mais beleza. Acidade mantém o atendi-mento personalizado, a velhamercearia bizarra mas moder-

nizada. A “capelista” onde assenhoras tagarelam e encon-tram rendinhas, quadrilet agu-lhas de vários tipos ou linhaspara bordar, lojas continuadasde geração após geração, e aviver uma atmosfera saudável. Apetece penetrar a cidade.

Até 1974 a pesca e o turismo

eram as principais vertentes

económicas.

Hoje, sem o peso

de outros tempos, a actividade

pescatória emprega, ainda,

centenas de homens e dá à

baía charme e colorido únicos

no Alentejo. Bem pode começar pelo porto

de pesca a visita à cidade,

como incursão ao centro

emocional de Sines, para de-

pois cada um se regalar com

os sabores do Alentejo, nas

tascas, nos restaurantes mé-

dios ou de luxo que de tudo

e para todas as bolsas há na

restauração do concelho.

Na tradição há pratos que mis-

turam os frutos do mar com os

sabores do interior alentejano:

migas com peixe frito, arroz

de lapas, feijão com búzios,

salada de búzios, salada de

ovas, entre outros.

PORTO COVO

Maravilha da arquitectura po-

pular portuguesa, inspirado

no modelo pombalino da

baixa lisboeta, origem na traça

oitocentista.

PORTO DE PESCA DE SINES

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Navegador. Viveu de 1469-1524. Descobre o CaminhoMarítimo para a Índia, e ficaconhecido

como das maiores figuras dahistória mundial. Oriundo emSines condado que lhe per-

tence até morrer, como galar-dão, pela proeza da Índia.Devoto da Senhora das SalasA ele se deve a construção dacapela. Em 1362, D. Pedro I concede aSines a carta de foral que é ele-vada a vila. Sobranceiro à baía,o Castelo, fortaleza defensiva,ganhava vantagem aos ataques

doscorsários, como ponto maisnobre e estratégico da vila.O pai de Vasco da Gama, – Es-têvão –, era alcaide da vilaquando ele nasceu, – em 1469 – supostamente no segundoandar da Torre de Menagem. Eaí passou Vasco a sua infância.A memória do navegador per-petuou-se em Sines , em 1970com a inauguração da estátua,nas comemorações do V cen-tenártio do seu nascimento. Apopulação já há 100 anos queexigia esta honra ao filho maiscélebre da terra e num lugarde insuperável beleza.

VASCO DA GAMA

IGREJA DE N. S. SALAS mandadaconstruir no século xV por Vascoda Gama seu devoto.

Do Castelo ao Forte do Revelim a paisagem é umdes-lumbramento.

As principais praias de Sinestêm vigilância permanente naépoca balnear.Equipadas conforme a lei ofe-recem excelente qualidade sa-nitária. Praia Morgavel,; Praia Vale Fi-

DDeessttaaqquueeddoo MMêêss

Em Sines o Comércio Tradicional é atracção na cidade

Comércio & TurismoSINES

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Comércio & Turismo

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SINES

A pensar no comércio, na po-pulação, principalmente a ju-

ventude, o Festival Músicas doMundo (FMM), é asseguradopela Câmara Municipal deSines, desde 1999, e é o maisimportante evento do cultural

em Sines e o maior festival

de "world music" em Portugal. Voltou a acontecer no últimofim-de-semana de Julho etem como cenário principal ohistórico Castelo. Pelos pal-

cos da cidade já passaram fi-guras de topo do circuitomundial da world music, dojazz e dos blues.O programa prometeu e aras-tou multidões. Festival joveme familiar. Por lá já passaramKronos Quartet, Hedningarna,

The Skatali-tes, Taraf de Haidouks, MasterMusicians of Jajouka, KimmoPohjonen, Mahmoud Ahmed,Gogol Bordello, Asha Bhosle,Cui Jian, The Last Poets, Or-chestra Baobab ou RokiaTraoré. Se quer saber mais para2009 vá agorinha mesmo a:

www.fmm.com.pt

Fotos: (1) Astrid Hadad, México - 2005. (2) Trilok Gurtu, Índia - 2006. (3) Gogol Bordello, EUA / Ucrânia -2007.

FESTIVAL DE MÚSICAS DO MUNDO

A ZILS é uma plataforma in-dustrial – dois mil hectares-para a instalação de empresas.Localiza-se a sul da costa atlân-tica de Portugal, e dista, por

rodovia, a hora e meia do aero-porto de Lisboa. Adjacente aoporto de águas profundas deSines, dotada de bons acessose infra-estruturas básicas, estaplataforma apoia o transporteoceânico, rodoviário, ferroviá-rio e aéreo que se cruza no es-paço português.É na ZILS, sob administração

da aicep Global Parques, queestão localizadas as grandesindústrias ditas “pesadas” doconcelho.

Centro de negócios

O centro de negócios dentroda ZILS, cujo edifício de 16 milmetros quadrados é climati-zado abrange uma área de seismil metros quadrados para es-critórios individuais ou colecti-vos e que estão aindadisponíveis para ocupação. Há,todavia, no parque industrial,já instaladas as empresas: Repsol YPF PetroquímicaCarbogal Negro de FumoC.L.C. Logística de CombustíveisE.D.P. - Central TermoelétricaEuroresinas Formaldeídos e ResinaIbera Betão ProntoMetalsines Metalomecânica

ZONA INDUSTRIAL E LIGÍSTICA DE SINES

sines Tecnopolo é uma Asso-ciação Centro de Incu-

bação de Empresas de BaseTecnológica Vasco da Gama eabriu portas aos empreende-dores no dia 1 de Junho, con-templados noprocesso de candidaturas aoespaço de incubação. É a enti-dade gestora da maior incuba-dora de empresas do Alentejoe do Algarve , e disponibilizaespaços equipados para aco-lher projectos inovadores.Acompanha empresários atra-vés de um conjunto de servi-ços necessários à criação eprimeiros passos de qualquernegócio. Este acompanha-mento estende-se às áreas ad-ministrativa, financeira e

técnico-científica. São destina-tários deste concurso os em-preendedores com projectosempresariais inovadores a im-plementar a curto prazo, em-presas recém-criadas que sepretendam localizar no conce-lho de Sines e empresas quepretendam iniciar novas áreasde negócio. O processo decandidaturas terminou a 6 deJulho com a apresentação dasideias. Seguem-se outras fases

de selecção, apresentação dosprojectos e entrevista aos pro-motores, para no dia 31 deJulho serem revelados quais osprojectos seleccionados. Maisinformação em www.sinestec-nopolo.org\condicoesdea-cesso

PROJECTOS INOVADORESTECNOPOLO ABRIU EM JUNHO

As principais praias de Sinestêm vigilância permanente naépoca balnear.Equipadas conforme a lei ofe-recem excelente qualidade sa-nitária. Praia Morgavel,; Praia Vale Fi-

gueiros; Praia Grande/PortoCovo; Praia Ilha do Pesse-gueiro,no passado remotoabrigo de Cartagineses e Ro-manos e todas elas galardoa-das com a Bandeira Azul daEuropa.

PRAIA PARA TODOS

Em Sines o Comércio Tradicional é atracção na cidade

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Fica situado sobre a baía deSines o Restaurante Quinta deS.Rafael e é gerido por Ar-mindo Ventura. A aposta nagastronomia naquele espaço –Casa do Médico-, foi ousado edesde Fevereiro que se man-tém a abrir todos os dias. Armindo está “vaidoso” com otrabalho é não dá mãos a

medir para apresentar as suasespecialidades. Vá até lá eprove: bucho recheado; mara-nhos, chanfana de cabra, javaliassado; veado estufado comcastanhas; cabrito assado noforno. E para além disto os pei-xinhos; é claro. Fresco e maris-cos todos eles com a“chancela” do mestre Ventura.

O Restaurante dos Sabores exóticos

É em Santo André e o estabe-lecimento nasceu em Abril úl-timo. Foi virado inteiramentepara a solidariedade social equem não pode não paga.Vem pela mão de três simpáti-cas senhoras que três vezespor semana abrem a loja parafacultar aos mais carenciadostodo o tipo de roupa, calçadoou bijuteria.Elas, as ANA’s assim se chamaa loja, que veio para contrariara “pobreza envergonhada”.Decoraram a preceito a lojaonde agora há mais de 300

peças de todos ostamanhos, cores egostos. Para crian-ças e adultos. E diz Ana Costa ,mentora do pro-jecto: “as pessoasvêem, entram e segostam levam”.

Na loja das ANA’s nada é im-posto. A Boutique Social está no mer-cado municipal de St. Andrécedido pela junta de freguesia.As peças só saem da loja se ocliente não tiver dinheiro paracomprar no comércio local.Assim se faz solidariedade. Aloja funciona com artigosdoferecidos que as ANA’s tratame arranjam. Para ter direito aquatro peças de cada vezbasta obter uma ficha de en-caminhamento e levantarroupa e ou sapatos.

MLQ

Uma Boutique especialCompre e não pague se…

O núcleo sede do Museu deSines e a Casa de Vasco da Gama,instalados nos edifícios interio-res do Castelo, acabados de res-taurar, foram inaugurados no dia24 de Novembro de 2008.O núcleo sede do Museu de

Sines, instalado no Paço dos Go-vernadores Militares, abriu comuma exposição dedicada aoséculo xx em Sines, bem comocom uma apresentação daspeças mais significativas do patri-mónio arqueológico do conce-lho, do Tesouro do Gaio àscantarias das pedras visigóticas.Através de um conjunto de insta-lações multimédia, a Casa deVasco da Gama, na Torre de Me-nagem, mostra-nos a biografiado navegador, os espaços ondehabitou no Castelo e o contributoda viagem pioneira do Gamapara a nossa visão do mundo. Além do Paço dos GovernadoresMilitares e da Torre de Mena-gem, todos os outros edifíciosdo Castelo passam a funcionarcomo apoios do museu, comodestaque para o serviço educa-tivo e a cafetaria.O funcionamento dos novosequipamentos apresenta novi-dades a nível de conservação esegurança dos objectos, comu-nicação, recursos humanos eacessibilidade. A recuperaçãodos edifícios interiores do Cas-telo envolveu um investimentode 900 mil euros, co-financiadopor fundos comunitários doFEDER, através do Plano Opera-

cional da Cultura, e contou coma colaboração científica do Iges-par - Instituto de Gestão do Pa-tri mónio Arquitectónico eArqueológico.O núcleo sede do Museu deSines está dividido pelos espa-ços do rés-do-chão e do 1.º pisodo Paço dos Governadores Mili-tares (conhecido popularmentecomo alcáçova) do Castelo.Desde 24 de Novembro de2008, esta área do Castelo é ce-nário de uma viagem por Sinesao longo do século XX. Reali-zada com o contributo de asso-ciações, empresas, entidades eparticulares, é uma exposiçãoem aberto, onde se pretendeefectuar o registo da memóriados visitantes, mediante a reali-zação de entrevistas, e irá apre-sentar regu- larmente novoscapítulos resultantes de em-préstimos ou doações.Patente até ao final de 2009, estaexposição retrata a evolução deactividades como a pesca e a in-dústria da cortiça, marcantes navida de Sines ao longo dos últi-mos 100 anos, e os grandesacontecimentos com impacte nahistória do concelho, com desta-que para a implantação do com-plexo de Sines, um processo decaracterísticas económicas e so-ciais sem paralelo no século XXportuguês.O rico espólio arqueológico deSines é abordado do ponto devista do percurso da sua desco-berta ao longo do século.

Núcleo sede do Museu de Sines

O novo Núcleo sede do Museu de Sines, os sabores exóticos e uma boutique especial

Comércio & TurismoSINES

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O novo Núcleo sede do Museu de Sines, os sabores exóticos e uma boutique especial

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Fez no mês de Julho 426 anos que morreu no Pra-gal, em Almada, Fernão Mendes Pinto, andarilhodas sete partidas do mundo, também corsário, ejuíz, mal-amado escritor, de quem pouco mais sesabe. Era natural de Montemor-o-Velho, ondenasceu em 1509.Entre 1572 e 1577 foi eleito mamposteiro de S.Lá-zaro e Albergaria, e juíz na vila de Almada.Fernão Mendes Pinto, sobrinho de um homembem relacionado na capital do Império, viveu emLisboa onde serviu a uma fidalga. Depois sen-tindo a vida em perigo fugiu pelo mar imensonuma caravela, rumo a Setúbal. Começa, então,o fadário de 20 anos passados no mar entre con-testadas e incríveis aventuras com ele, andarilhodas sete partidas do mundo. Na fuga de Lisboa acaravela foi desviada da rota, e aprisionada, porum corsário francês e os piratas roubaram os pas-

Fernão Mendes Pinto – 1583-2009

Andarilho das sete partidassageiros, despojados de tudo e deixados nus napraia alentejana de Melides. Fernão consegue,a custo, chegar a Setúbal e por lá fica al-guns anos ao serviço de um fidalgo. O de-sejo de fazer fortuna e o espírito de aventuralevam-no até à Índia, – terra prometida. A suavida foi uma longa peregrinação por terrase mares do extremo Oriente, ora emmissões políticas, ora tratando dosnegócios, pirateando ou evangeli-zando. Seria por volta de 1557, re-gressado do Japão, que se afastada Companhia de Jesus. Fala emperseguição dos jesuítas.Não há registos escritos. Desiludidoe desafortunado volta a Portugalesperançado numa tensa por bonsser-viços prestados. Chega a 22 deSetembro de 1558. Morto D.João IIIé a rainha viúva, D. Catarina, quemo recebe e escuta. Traz consigo“preciosos” papéis assinados pelovice-rei da India. De nada lhe ser-viram pois a rainha deixa-os adorme-cidos numa gaveta. O Cardeal D.Henrique,Prior do Crato, toma a regência de Por-tugal. A restrição económica deixa Fer-não na penúria, agravada pelainfluência dos Jesuítas no governo de Lisboa.Fernão muda-se para Almada e, aos 49 anos,casa-se com uma jovem de 19 anos, Maria Cor-reia de Brito. Com as restantes economias com-pra a Quinta de Palença, pequena propriedadeno Pragal, no sopé do morro, quase junto ao rio

Tejo, – onde hoje é a Tagol –. A tensa que espe-rou durante 25 anos haveria de chegar

com os “espanhoios” e por Filipe II,dois moios de trigo, que assim lhe

pagava o reino os seus “feitos”. E Fer-não morre nesse ano.

É na quinta de Palença, queescreve “Peregrinação”, lá

onde acusa Portugal de mágestão e pela perda de in-

dependência – reinadodos Filipes – que consi-

dera como um castigo.Fernão e visitado por

um padre italiano e in-tervem com ele na obra li-

terária da história dasmissões no Oriente, China

e Japão, narrativa quepretendeu fiel, de feitos

e factos, onde tambémconstava o desmasca-rar da sociedade reli-

giosa, de então, quepelas mentiras e injustiçatanto o incomodou. Por isso

mesmo, pela coragem de “des-mascarar” e pela ousadia de de-

nunciar as injusti;as da sociedade do seu tempoFernão Mendes Pinto não conseguiu ser um bemamado autor no seu país. A oito de Julho de 1583 Fernão Mendes Pinto dei-xava a casa do Pragal e “partia” para a derradeiraviagem à eternidade.

Boletim COMÉRCIO:Comércio Setúbal 22-09-2009 21:47 Page 31

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