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Boletim Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa ISSN 2238-3042 EDIÇÃO 42 ANO 07 AGOSTO 2016

Boletim Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa · números arábicos ... mam a realidade a partir de ações inovadoras. ... das en el cotidiano de trabajo. Actividades las

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Boletim Científico do Instituto de Ensino e Pesquisa

ISSN 2238-3042 EDIÇÃO 42 ANO 07 AGOSTO 2016

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1 • Serão aceitos trabalhos originais (pesquisa qualitativa ou quantitativa), revisão de literatura, relato de experiência, rela-to de caso, e estudo reflexivo.2 • Para cada estudo, a metodologia segue nos seguintes pa-drões:Pesquisa qualitativa: Título, resumo, palavras-chave, introdu-ção, objetivo, metodologia, trajetória metodológica, constru-ção dos resultados, considerações finais e referências. Pesquisa quantitativa: Título, resumo, palavras-chave, intro-dução, objetivo, metodologia, material e método, resultado e discussão, conclusão e referências. • Revisão de literatura: Título, resumo, palavras-chave, intro-dução, objetivo, metodologia, revisão de literatura, conside-rações finais e referências. • Relato de Experiência: Título, resumo, palavras-chave, intro-dução, objetivo, metodologia, descrição do relato de experi-ência, considerações finais e referências. • Relato de caso: Título, resumo, palavras-chave, introdução, objetivo, metodologia, descrição de caso, considerações fi-nais e referências. • Estudo reflexivo: Título, resumo, palavras-chave, introdução, objetivo, metodologia, descrição de reflexão, considerações finais e referências. 3 • Para apresentação dos trabalhos o texto deve vir em Word• Fonte Times New Roman, tamanho 12, justificado• No máximo 12 páginas, com espaçamentos entre linhas de 1,5 cm,• Margem superior de 3 cm, margem inferior de 2 cm, mar-gens laterais de 2 cm. • O texto não deve ultrapassar 15.000 palavras, excluindo re-ferências e tabelas. • O nº total de tabelas e ilustrações não deve ser superior a 6 e o da referências, a 20 citações. • O trabalho deve seguir o seguinte roteiro: Tema, resumo, palavra-chave introdução, método, resultado, considerações finais, referências.4 • Siglas, abreviaturas, unidades de medidas, nomes de ge-

nes e símbolos devem ser usados utilizando o modelo pa-drão internacional e de conhecimento geral. Na primeira ci-tação de siglas, elas devem vir acompanhadas do significado por extenso. 5 • Citações e referências devem seguir as normas de Van-couver. 6 • Caberá ao diretor científico julgar o excesso de ilustrações, suprimindo redundâncias. A ele caberá também a adaptação dos títulos e subtítulos dos trabalhos, bem como a prepa-ração do texto, com a finalidade de uniformizar a produção editorial. 7 • O conteúdo pode estar relacionado com apresentação de caso ilustrativo, atualização terapêutica, análise de métodos diagnósticos, apresentação de casuística etc.8 • Deverão ser enviadas as seguintes informações sobre o(s) autor (es): Nome completo, formação acadêmica, instituição a qual está vinculado, e-mail para contato, foto de rosto e uma titulação conforme prefere ser apresentado.9 • Ao enviar o texto, o autor estará automaticamente con-cordando com sua veiculação via correio e via Internet, não ficando responsável a Secretaria Técnica por sua reprodução ou utilização depois de publicado.10 • Cabe ao Departamento de Divulgação do IEP a data de publicação do artigo.11 • Ilustrações: constam de figuras e gráficos, referidos em números arábicos (exemplo: Fig.3, Gráfico 7), sob a forma de desenhos à nanquim, fotografias ou traçados (ECG etc).Se forem “escaneadas”, deverão ser enviadas em formato TIF ou JPG e ter , no mínimo, 270 DPI de resolução. CONSTAR FONTE. Quando possível deverão ser enviadas em forma ori-ginal. Somente serão aceitas as ilustrações que permitirem boa reprodução.12 • Os trabalhos devem ser encaminhados ao Núcleo de Publicações do IEP através do e-mail: [email protected]

Telefones para contato: (11) 3677-4507 / 3677-4405

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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NO BOLETIM CIENTÍFICO DO INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DO HOSPITAL SÃO CAMILO

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EXPEDIENTE

A responsabilidade pelos dados e conteúdo dos artigos é exclusiva de seus autores. Permitida reprodução total ou parcial dos artigos, desde que mencionada a fonte.

Sociedade Beneficente São CamiloPresidente: João Batista Gomes de LimaVice-Presidente: Anísio Baldessin 1º tesoureiro: Mateus Locatelli 2º tesoureiro: Zaqueu Geraldo Pinto 1º secretário: Niversindo Antonio Cherubin2º secretário: Marcelo Valentim De Oliveira Superintendente: Justino Scatolin

Hospitais São Camilo de São PauloSuperintendente: Antônio Mendes Freitas

Redação e AdministraçãoOs manuscritos deverão ser encaminhados para: IEP - Hospital São Camilo Rua Tavares Bastos, 651 - PompeiaCEP 05012-020 - São Paulo - SP ou enviados para os e-mails: [email protected]

Diretor Editorial: Dr. Marcelo Ricardo de Andrade SartoriDiretora Científica: Profa. Dra. Ariadne da Silva FonsecaCoordenação Editorial: Amanda IlkiuProdução Editorial: Amanda IlkiuJornalista Responsável: Hugo Politi PacíficoEditor de Arte: Fabiana Sant´AnaProdução Gráfica: MaisTypeTiragem: 1000 exemplaresDiagramação: Ei Viu! Design e Comunicação

Conselho Editorial

• Adriano Francisco Cardoso Pinto• Ana Lucia das Graças Gomes• Ariadne da Silva Fonseca• Carlos Augusto Dias• Carlos Gorios• Jair Rodrigues Cremonin Junior• José Antonio Pinto• José Ribamar Carvalho Branco Filho• Leonardo Hiroki Kawasaki• Leonardo Aldigueri Rodriguez• Lucia de Lourdes Leite de Souza Campinas• Marcelo Alvarenga Calil• Luiz Carlos Bordim• Marcelo Ricardo de Andrade Sartori• Marco Aurélio Silvério Neves• Vânia Ronghetti

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SUMÁRIO

Editorial

Administração de Mupirocina em Inserção de Cateter Central de Inserção Periférica com Sinais Flogísticos: relato de experiência

Mupirocin Administration in Peripherally Inserted Central Venous Catheter With Signs Phlogistic:

experience report

Administración de Mupirocina en Inserción de Catéter Central de Inserción Periferica con las Muestras

Flogisticas: relato de experiencia

Lusiane Ferreira Andrade, Sandra Andrade de Melo Silva, Estefania de Paula Santana

A Utilização do Sistema de Terapia de Pressão Negativa de Feridas de Uso Único no Tratamento de Feridas Complexas

Employing a Throwaway Negative Pressure Therapy System for Treating Complex Wounds

La Utilización del Sistema de Terapia de Presión Negativa de Heridas de Uso Único en el Tratamiento

de Heridas Complejas

Gleice Frade Assunção, Andréa Maria de Oliveira

Bloqueio Contínuo do Nervo Ciático por Via Poplítea para Tratamento de dor em Pós-Operatório

Bloqueo Continuo del Nervio Ciático por Vía Poplítea para el Tratamiento de dolor en Postoperatorio

Continuous Sciatic Nerve Blockade Via Popliteus for Treatment of Postoperative Pains

Lucas Lima, Marcelo Ribeiro de Magalhães Queiroz, Marcelo de Oliveira Peres, Fernanda Lourenço Furigo,

Fábio Luís Ferrari Regatieri

Time de Resposta Rápida e a Segurança do Paciente

Rapid Response Team and Patient Safety

Equipo de Respuesta Rápida y Seguridad del Paciente

Fernanda Miiki Muta, Eduarda Ribeiro dos Santos

Elaboração de Processos de Melhorias na Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico:

relato de experiência

Draw-Up of Improvement Process in Preventing Infections in the Surgical Site: an experience report

Elaboración de Procesos de Mejoras en la Prevención de Infección de Sitio Quirúrgico: relato de experiencia

Ricardo Cezar De Oliveira, Andrea Fernandez Alves Dos Santos, Érica Lira De Almeida

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O Instituto de Ensino e Pesquisa em conjunto com o departamento de Recursos Huma-

nos da Rede de Hospitais São Camilo estão organizando o 1º Simpósio de Educação Con-

tinuada no período de 29 a 30 de setembro de 2016. O evento contará com 4 workshops,

sendo eles: Comunicação Assertiva em Busca da Excelência no Atendimento, Potencia-

lize seu Treinamento com Jogos Interativos, Construção de Cenários e Inteligência Emo-

cional no Atendimento ao Cliente. Os workshops serão simultâneos e os participantes vão

poder optar pela temática que considerarem interessante.

Este evento terá como foco principal as diferentes abordagens utilizadas no treina-

mento profissional. Nesse norte, construiu-se cuidadosamente um programa capaz de

permitir o ensino e o aprimoramento dos profissionais segundo os padrões de excelência

exigidos pelas instituições de saúde, capazes de se destacarem no contexto profissional

e social brasileiro.

Cabe às instituições de saúde, o trabalho de transformar a postura dos profissionais

perante a vida, facilitando sua integração plena à sociedade em que vivem.

A preocupação com a construção do conhecimento será sustentada pela participação

de convidados que, com certeza, irão trazer as suas experiências e abrilhantar o evento.

Este evento também possibilita que os profissionais inscrevam resumos científicos que

retratem as atividades realizadas no cotidiano de trabalho. Atividades estas, que transfor-

mam a realidade a partir de ações inovadoras.

Para o sucesso do evento contamos com a participação dos inscritos, patrocinadores,

comissão organizadora, comissão científica e direção que irão compartilhar experiências

e repensar o fazer.

Não esqueçam que a participação de todos é muito importante.

Bom evento e boa leitura!

EDITORIAL

Rede de Hospitais São Camilo construindo, agregando e disseminando conhecimento

Ariadne da Silva FonsecaCoordenadora de Publicações

do Instituto de Ensino e Pesquisa

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The Institute of Education and Research, together with the

Human Resources Department of the São Camilo Hospital

Network, are organizing the 1st Continuing Education Sym-

posium on 29-30 September, 2016. The event will feature four

workshops: Assertive Communication in Pursuit of Excellence

in Service, Power Up Your Training with Interactive Games,

Building Scenarios and Emotional Intelligence in Customer

Service. The workshops will be simultaneous and participants

will be able to choose the theme interesting them.

This event will primarily focus on the different approaches

used in professional training. Toward this end, a program

was carefully drawn up capable of enabling education and

improvement of professionals according to the excellence

standards required by health institutions, likely to stand out in

the Brazilian social and professional context.

It falls upon on health institutions the work of transforming

the attitude of professionals towards life, facilitating their full

integration into the society in which they live.

The concern over building knowledge will be supported by

the participation of guests who will surely bring in their expe-

riences and enhance the event.

This event also allows professionals to submit scientific ab-

stracts that portray the activities performed in their daily work.

It is such activities that transform reality starting from innova-

tive actions.

For the success of the event, we count on the participation

of enrollees, sponsors, the organizing committee, the scien-

tific committee and management, who will share their experi-

ences and rethink actions.

Bear in mind that the participation of all is very important.

Good event and good reading!

El Instituto de Enseñanza e Investigación en conjunto con el

departamento de Recursos Humanos de la Red de Hospitales

São Camilo están organizando el 1º Simposio de Educación

Continuada en el período de 29 a 30 de septiembre de 2016.

El evento contará con 4 workshops, los cuales son: Comunica-

ción Asertiva en la Búsqueda de la Excelencia en la Atención,

Potencie su Entrenamiento con Juegos Interactivos, Construc-

ción de Escenarios e Inteligencia Emocional en la Atención al

Cliente. Los workshops serán simultáneos y los participantes

van a poder optar por la temática que consideren interesante.

Este evento tendrá como principal enfoque los distintos

abordajes utilizados en el entrenamiento profesional. En este

sentido, se construyó cuidadosamente un programa capaz

de permitir la enseñanza y el perfeccionamiento de los profe-

sionales, según los estándares de excelencia exigidos por las

instituciones de salud, capaces de destacarse en el contexto

profesional y social brasileño.

Corresponde a las instituciones de salud la labor de transfor-

mar la postura de los profesionales ante la vida facilitando su

plena integración a la sociedad en que viven.

La preocupación con la construcción del conocimiento será

sostenida por la participación de invitados que, con toda se-

guridad, aportarán sus experiencias y abrillantarán el evento.

Este evento también posibilita que los profesionales inscri-

ban resúmenes científicos que retraten las actividades realiza-

das en el cotidiano de trabajo. Actividades las cuales con sus

acciones innovadoras transforman la realidad.

Para el éxito del evento contamos con la participación de

los inscritos, patrocinadores, comisión organizadora, comisión

científica y dirección, quienes compartirán experiencias y re-

pensarán el hacer.

No se olviden que es muy importante la participación de todos.

¡Buen evento y buena lectura!

The São Camilo Hospital Network – Building, Aggregating and Disseminating Knowledge

Red de Hospitales São Camilo construyendo, agregando y diseminando conocimiento

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ResumoO objetivo deste estudo é relatar a experiência da utilização da

Mupirocina em inserção de Cateter Central de Inserção Perifé-

rica com a presença de sinais flogísticos na Unidade de Terapia

Intensiva Pediátrica. Trata-se de um relato de experiência rea-

lizado em um hospital privado da cidade de São Paulo no mês

de Julho de 2016. Foi realizado a passagem de cateteres 6FR

e 5FR em duas crianças oncológicas internadas na Unidade de

Terapia Intensiva Pediátrica, sendo realizado o curativo com pe-

lícula Gluconato de Clorexidina após as 24hs da passagem dos

cateteres, 5 dias após essa passagem foi observado o início de

sinais flogísticos, entrou-se em discussão com os médicos e en-

fermagem qual seria a melhor conduta a ser tomada, a partir de

então decidiu-se solicitar o auxilio do enfermeiro representante

dos catéteres, o mesmo nos orientou a realizar o curativo diaria-

mente com película sem Gluconato de Clorexidina, gaze e ad-

ministrar mupirocina na inserção do cateter, por 3 dias. Houve a

realização dos curativos durante esses três dias e notou-se uma

significante melhora, fazendo com que não fosse necessário re-

alizar a retirada desses cateteres, trazendo assim um benefício

muito importante para essas crianças, evitando um novo proce-

dimento e gerando menor custo para o hospital.

Palavras-chave: Mupirocina, Cateter central, curativo de Gluco-

nato de Clorexidina.

AbstractThe aim of this study is to report the experience of using mu-

pirocin in peripherally inserted central catheter insertion in the

presence of signs of inflammation in the Pediatric Intensive Care

Unit. This is an experience report conducted in a private hospi-

tal in São Paulo in July 2016. It was made the passage 6FR and

5FR catheters in two oncological children admitted to the Pedia-

tric Intensive Care Unit, being held the dressing chlorhexidine

gluconate film after 24 hours of the passage of catheters, five

days after this passage was observed early signs of inflamma-

tion, entered into discussion with the doctors and nursing what

Administração de Mupirocina em Inserção de Cateter Central de Inserção Periférica com Sinais Flogísticos: relato de experiência

Lusiane Ferreira Andrade

Sandra Andrade de Melo Silva

Estefania de Paula Santana

Mupirocin Administration in Peripherally Inserted Central Venous Catheter

With Signs Phlogistic: experience report

Administración de Mupirocina en Inserción de Catéter Central de Inserción

Periferica con las Muestras Flogisticas: relato de experiencia

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is the best approach to take, from then decided If the help request

representative of catheters nurse, advised in the same conducting

film daily with the bandage without chlorhexidine gluconate, gau-

ze and administering mupirocin the insertion catheter for 3 days.

There was the curative during these three days and noticed a sig-

nificant improvement, so that it was not necessary to carry out the

withdrawal of these catheters, thus bringing a very important be-

nefit for these children, avoiding a new procedure and generating

lower cost to the hospital.

Key words: mupirocin, central catheter, chlorhexidine gluconate

dressing.

ResúmenEl objetivo de este estudio es dar a conocer la experiencia del uso

de mupirocina en la inserción del catéter central insertado peri-

féricamente en presencia de signos de inflamación en la Unidad

de Cuidados Intensivos Pediátricos. Se trata de un relato de expe-

riencia llevada a cabo en un hospital privado de Sao Paulo en julio

de 2016. Fue hecho el paso de catéteres 6Fr y 5fr en dos niños

oncológicos ingresados en la Unidad de Cuidados Intensivos de

Pediatría, que se celebra la película vestidor gluconato de clorhe-

xidina después de 24 horas de la aprobación de los catéteres, cin-

co días después de este pasaje se observó los primeros signos de

la inflamación, entró en discusión con los médicos y de enfermería

¿cuál es el mejor enfoque a adoptar, a partir de entonces decidió

Si la solicitud de ayuda representativo de catéteres enfermera, se

aconseja en la misma película conductora diario con el vendaje sin

gluconato de clorhexidina, gasas y administración de mupirocina

el catéter de inserción durante 3 días. Hubo el agente de curado

durante estos tres días y notó una mejora significativa, por lo que

no fue necesario llevar a cabo la retirada de estos catéteres, con

lo que un beneficio muy importante para estos niños, evitando un

nuevo procedimiento y la generación de más bajo costo para el

hospital.

Palabras-clave: mupirocina, catéter central, gluconato de clorhe-

xidina vestidor.

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IntroduçãoO Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC) é

um recurso tecnológico muito utilizado por pacientes aten-didos em Unidade de Terapia Intensiva, entretanto sua uti-lização resulta em cuidados especiais para manutenção, a fim de prevenir complicações a ele relacionadas. Destaca-se que o enfermeiro necessita conhecer as tecnologias e estar preparado a capacitar sua equipe para a correta utilização do cateter, a fim de minimizar riscos relacionados ao cateter1.

O uso do PICC em ambiente hospitalar corresponde a um avanço para a prática clínica, sendo ferramenta indispensá-vel no cuidado ao paciente, principalmente para aqueles em situação crítica, internados em Unidade de Terapia Intensiva, sua utilização deve-se a necessidade de infusão de medi-camentos e soluções, administração de nutrição parenteral, dentre outras, entretanto, está relacionado a uma série de complicações infecciosas e não infecciosas, sendo as pri-meiras de maior importância pelos elevados índices de mor-bidade e mortalidade a elas associados, fato que justifica o incessante esforço em promover cuidados baseados em evi-dências para sua prevenção1-3.

“O uso do PICC em ambiente hospitalar corresponde a um avanço

para a prática clínica, sendo ferramenta indispensável no cuidado ao paciente,

principalmente para aqueles em situação crítica, internados em Unidade

de Terapia Intensiva...”

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No Brasil, estima-se que aproximadamente 60% das in-fecções de corrente sanguínea está associada ao cateter, considerando a importância desse dado a Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária tem somado esforços no sentido de prevenir essa complicação. Frente ao impacto dessa complicação para o paciente e para os serviços de saúde, justifica-se a incessante busca por medidas de prevenção efetivas, como adoção de medidas durante a inserção e a manutenção do cateter, dentre os quais incluem a higieni-zação das mãos, precaução máxima de barreira durante a punção do cateter, preparo da pele com clorexidina, sele-ção do sítio de inserção e remoção precoce do dispositivo, manutenção do óstio de saída com curativo estéril, entre outros cuidados2.

Todos os pacientes em atendimento hospitalar estão ex-postos ao risco de contrair infecção, entretanto, este risco encontra-se aumentado em pacientes de extremas idades, tempo de hospitalização prolongado e uso de dispositivos invasivos como os cateteres venosos, a internação em UTI aumenta o risco de contrair infecção quando comparado a outras unidades, isto se deve ao estado crítico de saúde dos pacientes, o número significativo de procedimentos in-vasivos e aos microrganismos resistentes, resultado da ex-posição constante a antimicrobianos de amplo espectro3.

Os microrganismos mais comumentes relatados como causadores da infecção relacionada ao cateter são o Sta-phylococcus coagulase-negativo, Staphylococcus aure-aus, Enterococcus e Cândida spp3.

Dentre as complicações relacionadas ao cateter desta-cam-se: Infecção Primária da Corrente Sanguínea, infec-ção no local da inserção, trombose e mau posicionamento1.

A infecção primária da corrente sanguínea associada ao cateter corresponde à primeira infecção da corrente san-guínea nos pacientes em uso de cateter central por tempo superior a 48 horas, e cuja infecção sanguínea não seja re-lacionada a outro sítio. As infecções hospitalares acarreta em um ônus tanto para o paciente quanto para as insti-tuições hospitalares, um paciente acometido por infecção tem seu tempo de internação ampliado entre 7 e 21 dias, aumento dos custos hospitalares da ordem de 3.700 a 29.000 dólares e do risco de morte, uma vez que possui mortalidade atribuída de 18%3.

O PICC consiste em um dispositivo inserido em vasos calibrosos, tendo extremidade distal localizada no terço inferior da veia cava superior, próximo a desembocadu-ra no átrio direito. Caso o cateter seja inserido por veias do membro inferior, a extremidade distal do cateter ficará localizada em veia cava inferior. Os cateteres são confec-cionados com diferentes materiais: silicone, poliuretano, politetrafluoretileno, poliamida, dentre outros. Devido às

características inerentes a cada material, este pode atuar como fator de risco para ocorrência de infecção. Estudos apontam que o cateter de poliuretano está associado a menor índice de infecção, quando comparado aos disposi-tivos de poliamida ou polietileno3.

Após a inserção do dispositivo este deve ser coberto com curativo estéril, o curativo é um fator importante a ser considerado, uma vez que protege o óstio do cateter da colonização por microrganismos, por mantê-lo ocluído. Os curativos utilizados podem ser: gaze e fita, película trans-parente de poliuretano ou impregnado com Gluconato de Clorexidina (CHG). Não há evidência que comprove me-lhor o controle de infecção quando comparados gaze e fita e transparente de poliuretano. Os curativos impreg-nados, entretanto, apresentam diferencial no combate à colonização da pele e consequente infecções. Aqueles impregnados com CHG demonstram prevenir uma a cada 117 infecções relacionadas ao dispositivo. A troca do cura-tivo está recomendada sempre que este estiver sujo, solto ou úmido, ainda, a cada 48 horas para curativos com gaze e cada sete dias para curativos transparentes e impreg-nados1-3.

Curativos com gaze e fita são os mais simples e comuns, feitos de fibras de algodão entrelaçados, indicados para pacientes diaforético, bem como para acessos sangrantes ou que apresentem exsudatos, pois apresentam boa capa-cidade de absorção. A desvantagem se deve a necessida-de de fita adesiva para fixação, o que pode levar a reação local no paciente. Além disso, dificultam a visualização do óstio de saída do cateter para inspeção e podem absorver umidade externa. Em relação ao curativo antimicrobiano de clorexidina o conhecimento é ainda incipiente, per-manecendo uma lacuna com relação à eficácia da ação antimicrobiana do curativo de clorexidina para prevenção de infecção, ensaios randomizados demonstraram que o curativo antimicrobiano de clorexidina reduz a colonização do óstio de saída do cateter, entretanto não reduz signifi-cativamente o risco de infecção3.

No curativo com gaze e fita os sinais clínicos mais ob-servados são maceração de pele e hiperemia, apesar da utilização de fita hipoalergênica, os sinais identificados concentram-se na região de contato da parte adesiva da fita com a pele, e não na região de contato direto da gaze com a pele do paciente. Em relação ao curativo de clore-xidina a parte composta pelo filme transparente é hipoa-lergênica, entretanto a clorexidina está associada a casos de hipersensibilidade, por tratar-se de um produto quími-co, os sinais clínicos mais comuns são maceração da pele, hiperemia, edema e exsudato purulento os quais se con-centram em toda região de contato entre o curativo e a

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pele, podendo levar ao comprometimento da integridade cutânea pericateter, contribuindo par maior colonização da região, porém há uma baixa incidência de reação grave ao curativo e reafirma-se a indicação do emprego do cura-tivo apenas em pacientes sem hipersensibilidade conhe-cida ao antisséptico clorexidina, o curativo antimicrobiano de clorexidina é de fácil aplicação e permite a visualização do óstio do cateter diariamente2,3.

Cuidados para manutenção do PICC são imprescindíveis e envolvem: higienização das mãos antes e após o manu-seio, manutenção do óstio de saída ocluído com curativo estéril, desinfecção das conexões antes de abri-las com solução antisséptica alcoólica, troca dos extensores a cada 96 horas, dentre outros cuidados3.

A equipe de enfermagem deve se comprometer com a segurança do paciente, a constante atualização profissio-nal a respeito do tema e o incentivo institucional para que as equipes estejam treinadas e habilitadas a lidar com o dispositivo fazem parte do conjunto de ações que irão re-duzir os riscos atrelados aos PICC´s.

A manutenção e a assepsia é o princípio fundamental que norteia as ações, seja pelo uso de barreiras máximas estéreis para inserção, curativos estéreis e troca de cone-xões, pela redução da carga microbiana da pele com uso de antissépticos, ou pelo combate à proliferação de bac-térias na ponta do cateter com uso de cateteres impreg-nados1.

O uso de Mupirocina tópica é eficaz para redução dos episódios de infecções e, sobretudo, as bacteremias re-lacionadas ao Cateter Venoso Central, além de permitir maior tempo de uso de cateter sem infecção4.

No caso de culturas de secreção da inserção do cateter, lembrar que pus é bactéria morta, preferir limpar superfi-cialmente toda a secreção superficial de curativos e colher profundamente a secreção com haste estéril. Lembrar-se que é preferível coletar qualquer cultura antes do inicio da antibioticoterapia, mesmo que o paciente não esteja res-pondendo à antibioticoterapia, alguns antibióticos podem inibir o crescimento bacteriano nos meios de cultura, le-vando a culturas negativas5.

A redução dos índices de infecção é fruto da adoção maciça de medidas preventivas pela equipe médica e de enfermagem, a monitorização constante dos pacientes é fator importante que culmina na retirada do cateter e iden-tificação de complicações, de forma precoce, as ações educativas frequentes são de suma importância, uma vez que número significativo de infecções é prevenido me-diante programas de educação continuada para capacita-ção e adesão dos profissionais, bem como vigilância epi-demiológica destas infecções2,3.

ObjetivoO objetivo do estudo foi relatar a experiência da utiliza-

ção da Mupirocina em inserção de cateter de PICC com si-nais flogísticos na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica.

MetodologiaTrata-se de um Relato de Experiência realizado na UTI

Pediátrica de um Hospital Particular na cidade de São Paulo. O relato foi realizado no mês de Julho de 2016. A UTI Pediátrica possui 17 leitos, sendo 3 isolamentos.

Relato de ExperiênciaEm um hospital de grande porte da cidade de São Paulo

na UTI Pediátrica em 2014 iniciou-se internações de crian-ças oncológicas, tornando essa unidade referência nesse tratamento, essas crianças necessitam de um acesso cali-broso devido o grande número de medicações que neces-sitam serem administradas. Optou-se por preferência da passagem de cateter de PICC para essa finalidade, devido ao modo menos invasivo de passagem e permanência.

Em julho de 2016 permaneciam duas crianças onco-lógicas internadas na Uti Pediátrica que necessitavam do cateter de PICC, uma delas já fazia uso do cateter de PICC 5FR, porém houve a necessidade de ser repassado por duas vezes, devido a presença de infecção na inser-ção, essas infecções levaram a procurar um cateter mais avançado, que diminuísse o risco dessas infecções, e que permaneceria por mais tempo, através de uma enfermeira que realiza especialização em uma unidade que já utiliza-va desses tipos de cateteres e trabalha na UTI Pediátri-ca chegou-se o conhecimento do cateter antiplaquetário, com menor índice de infecção, a enfermeira responsável pelos cuidados das crianças oncológicas, procurou na internet por esses cateteres anotando o código e solici-

“A redução dos índices de infecção é fruto da adoção maciça de medidas preventivas pela equipe médica e de enfermagem, a monitorização constante dos pacientes é fator

importante que culmina na retirada do cateter e identificação de

complicações...”

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tando os mesmos no setor de compras, este por sua vez entrou em contato com o fornecedor que procurou a en-fermeira para nos trazer os cateteres e informar sobre as suas vantagens e seus cuidados. Dessas duas crianças uma necessitava da repassagem do cateter de PICC 5FR, e a outra a passagem de PICC 6FR para administração das medicações, após a passagem manteve por 24 horas o curativo com gaze e filme, trocado em seguida para o curativo de película com CHG, esse tipo de curativo pode manter-se por 7 dias caso não descole ou tenha sujidade. Verificou-se em torno de 5 dias após a passagem desses cateteres, o início da presença de sinais flogísticos na in-serção dos mesmos.

Com essa observação as enfermeiras entraram em con-tato com a parte médica para decidir o que deveria ser realizado, pois eram cateteres recentemente passados e não deveriam estar apresentando esse tipo de sinais flo-gísticos devido ao cuidado realizado com os mesmos, foi discutido o que melhor deveria ser feito, em primeiro ins-tante optou-se por retirar o curativo de película com CHG, pois se desconfiou que esse tipo de curativo pudesse es-tar sendo o motivo da presença desses sinais flogísticos e realizar o curativo somente com a película e observar a evolução dos mesmos. Foi então que uma dessas enfer-

meiras que está definida aos cuidados desses pacientes oncológicos decidiu entrar em contato com o enfermeiro fornecedor desses cateteres para saber se ele sabia infor-mar se havia algo a ser feito nesses casos, o enfermeiro orientou a realizar o curativo diariamente com clorexidina, administrar mupirocina, ocluir com gaze e fixar com filme transparente.

Essa informação foi passada para a equipe médica que consentiu com o procedimento, ficou-se definido a reali-zação do curativo e o acompanhamento da evolução, caso não houvesse melhora após 3 dias seria coletado swab da inserção e provável retirada dos cateteres. Além da ob-servação da inserção, as enfermeiras deveriam observar a clínica do paciente em caso de febre. Todas essas in-formações foram passadas para um grupo no whatsapp onde todas as enfermeiras da unidade fazem parte, para que todas ficassem cientes da conduta e do procedimen-to a ser realizado.

Então se realizou a troca do curativo conforme orienta-ção do enfermeiro fornecedor do cateter, esses curativos foram realizados por 3 dias consecutivos e tirado foto no momento da realização do mesmo, a foto era enviada para o grupo no whatsapp, onde todas as enfermeiras acompa-nharam a evolução e davam opinião sobre o seu ponto de

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vista em relação a inserção dos cateteres.Na troca do primeiro curativo para o segundo já ocor-

reu uma melhora significante, na troca do segundo para o terceiro houve uma regressão da melhora na troca do curativo do cateter 5FR, porém da troca do terceiro para o quarto curativo, notou-se a evolução significativa para melhoria, não sendo mais necessário realizar o curativo com gaze e mupirocina e decidiu-se trocar o curativo por somente película e não mais para a película com CHG, pois não conseguimos definir se o início desses sinais flo-gísticos foi causado pelo uso desse curativo.

A equipe médica foi informada diariamente sobre a evo-lução da melhoria dos sinais flogísticos e por fim optou--se por manter o cateter, sem a necessidade da coleta do swab da inserção.

A realização desse tipo de curativo com mupirocina le-vou a melhoria dos sinais flogísticos a olho nú, evitando muitas complicações a essas crianças, pois uma nova pas-sagem de cateter levaria a um maior risco de infecção e mais um trauma por procedimento realizado.

Considerações FinaisA criança oncológica, requer um cuidado específico, re-

dobrado, um desses cuidados é a passagem de cateter calibroso de PICC para que recebam todas as medica-ções necessárias para o seu tratamento, esses cateteres precisam de cuidados específicos como curativos espe-cializados para evitar-se as infecções relacionada ao ca-teter central, foram realizados os curativos protocolados pela instituição da UTI Pediátrica, porém mesmo sendo realizados de maneira correta, houve o aparecimento dos sinais flogísticos na inserção precocemente, com a discussão do caso e o auxílio das informações passadas pelo enfermeiro fornecedor dos cateteres, as enfermei-ras realizaram um novo tipo de curativo com mupirocina, juntamente com a aprovação da equipe médica, que le-vou a uma ótima evolução acompanhada diariamente por toda a equipe, essa evolução trouxe muitos benefícios a essas crianças pois evitou-se a retirada desses cateteres e a necessidade da passagem de um novo, onde nesse meio tempo essas crianças poderiam ser prejudicadas com falta da administração de alguma medicação devido a pouco acesso, com o risco de infecção pelo novo pro-cedimento, da sedação utilizada para a passagem desses cateteres, o trauma por um novo procedimento e mesmo o custo gerado por conta disso tudo, chegou-se então a conclusão que esse tipo de curativo trouxe somente be-nefícios a essas crianças e a equipe em geral, podendo ser aplicado a partir dessa data em novos casos, trazendo assim novos benefícios.

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ResumoEste estudo tem como objetivo relatar a experiência da utilização

da terapia de pressão negativa de feridas no tratamento de lesões

agudas e crônicas. Trata-se de um relato de experiência realizado

em um hospital privado da cidade de São Paulo no período de ja-

neiro de 2015 à abril de 2016. No período do estudo foram tratados

11 pacientes com diferentes diagnósticos que foram tratados pela

terapia de pressão negativa de feridas. Foi possível observar um

resultado positivo onde as lesões evoluíram com ótimo aspecto e

processo de cicatrização.

Palavras-chave: Feridas, Terapia de Pressão Negativa, Tratamento

de Feridas.

AbstractThis study aims at describing the use of negative pressure wound

therapy in treating acute and chronic injuries. This is an experience

report conducted in a private hospital in the City of São Paulo from

January 2015 to April 2016. During the study period, 11 patients with

different diagnoses underwent a negative pressure wound therapy.

It was possible to observe a positive result in which the lesions pro-

gressed showing a fine appearance and healing process.

Key words: Wounds, Negative Pressure Therapy, Wound Treat-

ment.

ResúmenEste estudio tiene como objetivo relatar la experiencia de la utiliza-

ción de la terapia de presión negativa de heridas en el tratamiento

de lesiones agudas y crónicas. Se trata de un relato de experiencia

realizado en un hospital privado de la ciudad de São Paulo en el pe-

ríodo de enero de 2015 a abril de 2016. En el período del estudio se

trataron 11 pacientes con distintos diagnósticos que fueron tratados

por la terapia de presión negativa de heridas. Fue posible observar

un resultado positivo donde las lesiones evolucionaron con exce-

lente aspecto y proceso de cicatrización.

Palabras-clave: Heridas, Terapia de Presión Negativa, Tratamiento

de Heridas.

A Utilização do Sistema de Terapia de Pressão Negativa de Feridas de Uso Único no Tratamento de Feridas Complexas

Gleice Frade AssunçãoEnfermeira Assistencial Hospital São Camilo – Pompéia. Pós

Graduada Em UTI / Emergência e Cardiologia. gleice.frade@

gmail.com

Andréa Maria de OliveiraMembro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e

chefe da equipe de cirurgia plástica do Hospital São Camilo

Pompeia. [email protected]

Employing a Throwaway Negative Pressure Therapy System for

Treating Complex Wounds

La Utilización del Sistema de Terapia de Presión Negativa de Heridas

de Uso Único en el Tratamiento de Heridas Complejas

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IntroduçãoO tratamento de feridas agudas e crônicas vem se tor-

nando um desafio na assistência à saúde dos pacientes. A cada ano novas tecnologias em curativos são lançadas no mercado, em alguns casos com valores pouco acessíveis à população e a algumas instituições. Além disso, para o tra-tamento dessas feridas, torna-se necessário o uso de mão de obra especializada, e com treinamento técnico para a manipulação do curativo1.

É imprescindível assim, não somente a escolha do ma-terial adequado para o tratamento de determinada lesão, como a causa desta lesão seja diagnosticada para que a melhor conduta seja tomada. Além disso, é necessário um aporte calórico maior nestes casos, partindo do princípio que muitas vezes estes pacientes encontram-se em es-tados de sub-desnutrição ou desnutrição, com pele frágil e friável; em condições de pouca ou má higiene. Muitos são idosos, crianças, acamados; pessoas que de uma for-ma geral dependem do cuidado de outra pessoa. Por esta razão, é extremamente importante o trabalho em conjunto em equipe multidisciplinar, envolvendo todos em prol do paciente, visando a desospitalização precoce2.

Todas essas descobertas têm um único interesse – o de um tratamento mais eficaz, que cause menor trauma para quem está sendo assistido, sendo uma cobertura que tra-ga conforto, estimule a granulação e cicatrização desta fe-rida; diminuindo assim o tempo de internação e exposição a patógenos. Tais terapias possibilitam, quando possível, o término do tratamento em ambiente hospitalar; mas que também tenham a possibilidade de sua continuidade em nível ambulatorial.

Dentre essas possibilidades, os curativos por pressão negativa de uso único disponíveis no mercado, abriram as janelas para uma nova opção de tratamento; tanto pela re-dução dos custos diminuindo o tempo de hospitalização, mas também pela comodidade da terapia; que permite

“...os curativos por pressão negativa de uso único disponíveis no mercado,

abriram as janelas para uma nova opção de tratamento; tanto pela redução dos custos diminuindo o

tempo de hospitalização, mas também pela comodidade da terapia; que permite que o paciente fique mais

livre para ir e vir.”

que o paciente fique mais livre para ir e vir3.Por questões de melhor familiaridade e disponibilidade

de uso em nossa Instituição; assim como pela possibilida-de de troca do curativo no leito hospitalar, avaliaremos no presente estudo o uso deste curativo.

O curativo por pressão negativa consiste num sistema de terapia de pressão negativa de feridas (TFPN) de uso único, constituído por uma bomba, por dois conjuntos de curativos estéreis, e, tiras de fixação secundária. A bomba pesa aproximadamente 120gr, pode manter uma pressão pré-programada de 80mmHg (nominal), mas que chega até 100mmHg. O aparelho realiza a pressão contínua; e o exsudato é mantido na camada externa de silicone da co-bertura do curativo, onde mantém o leito da lesão isolada do contato do exsudato da ferida. O exsudato é controla-do pelo curativo mediante uma combinação de absorção e evaporação da umidade através da película externa; por

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esta razão, seu uso é indicado para tamanhos de feridas de até 400cm³ (área de superfície x profundidade) considera-das como sendo pouco ou moderadamente exsudativas3.

O objetivo da terapia de pressão negativa de feridas de uso único (TPNF) é acelerar o processo de cicatrização, estimulando o crescimento de tecido de granulação; au-mentar o fluxo sanguíneo e assim reduzir o edema local; e removendo fluído/exsudato da ferida, atraindo as bordas para o centro da lesão, preparando por fim, o leito da le-são para o fechamento; primícias obrigatórias na Terapia a Vácuo4; sendo indicado para: feridas crônicas e agudas, quer sejam de origem traumática, vascular ou mistas; feri-das subagudas e deiscência de suturas; queimaduras de espessura parcial; úlceras (vasculogênicas ou de pressão); e como prevenção para retalhos, enxertos e locais de inci-são encerrados de alto risco5.

Objetivo

Este estudo tem como objetivo relatar a experiência dos autores no emprego da terapia de pressão negativa de fe-ridas no tratamento de lesões agudas e crônicas.

MetodologiaTrata-se de um relato de experiência realizado em um

hospital privado da cidade de São Paulo no período de ja-neiro de 2015 à abril de 2016. Este estudo foi desenvolvido pela equipe de curativo da instituição, onde temos atuação multiprofissional.

Descrição do RelatoNeste estudo o curativo foi utilizado para as seguintes

finalidades, como: finalizador de fechamento de lesão traumática; uso como profilaxia de deiscência de ferida operatória para pacientes evidenciados como alto risco para deiscência; para estimular processo de granulação para preparo de região para recebimento de enxerto e, em queimadura de 2º grau.

Mostrar o impacto no tempo de internação hospitalar com o uso da TPNF, e sua relação com quantidade de trocas realizadas e infecção da ferida.

O curativo foi utilizados em pacientes que apresenta-vam lesões agudas e crônicas, alguns com histórico de difícil cicatrização de feridas, estando em tratamento a longo prazo. Foram excluídos da terapêutica, os pacientes que possuíam as contra-indicações para o uso da terapia, sendo:• Pacientes com neoplasia maligna no leito ou nos bordos da ferida (exceto em cuidados paliativos para melhorar a qualidade de vida).• Osteomielite anteriormente confirmada e não tratada.

• Fístulas não entéricas e não exploradas.• Tecido necrótico com escara presente.• Artérias, veias, nervos ou órgãos expostos.• Locais anastomóticos.• Aspiração de emergências das vias aéreas.• Drenagem torácica, mediastínica ou pleural por um tubo.• Aspiração cirúrgica.

Foram selecionados assim, onze casos em que a terapia com curativo por pressão negativa foi utilizada em parceria com outras terapêuticas envolvidas, no período de Janeiro de 2015 a Abril de 2016. Dos 11 pacientes tratados, 6 eram do sexo masculino e 5 do feminino; com idade variando entre 3 e 89 anos de idade.

Quanto à origem das lesões envolvidas, 3 eram por Trau-ma, 2 por Úlceras de Membros Inferiores de Origem Vascu-lar, 3 por Úlcera por Pressão (UPP) e dois casos de Quei-maduras.

Todos os pacientes foram acompanhados pela Equipe Multidisciplinar de Feridas do Hospital São Camilo – São Paulo / Brasil, com acompanhamento clínico da Infectolo-gia, terapêutica hiperbárica coadjuvante, suporte nutricio-nal (seja por via oral com suplemento em todos os casos ou, em um caso, de má ingestão, com suporte enteral). A Cirurgia Vascular proporcionou melhora da irrigação san-guínea nos casos de obstrução arterial, e a Cirurgia Plás-tica atuou nos casos de reconstrução quando necessária.

A utilização do curativo por pressão negativa foi empre-gada tanto em casos de preparo do leito da ferida para posterior reconstrução, como opção terapêutica primária e exclusiva nos dois casos de queimaduras relatados, por se tratarem de lesões de espessura parcial. Há que se sa-lientar ainda, a utilização do mesmo, como prevenção de deiscências pós-operatórias.

Em dois casos ainda, por se tratarem de feridas mais profundas e complexas, inicialmente se deu o tratamento com desbridamento seguido de curativo à vácuo tradicio-nal com esponja e reservatório, seguido da colocação do curativo por pressão negativa de uso único a posteriori6,7.

Em relação ao tempo de hospitalização e otimização de resultados, dos 11 pacientes tratados com TPNF, 8 deles receberam alta hospitalar assim que houve melho-ra do aspecto da lesão. Três desses pacientes tiveram a oportunidade de troca do curativo em caráter ambulato-rial. Três pacientes apresentavam co-morbidades de alta complexidade de tratamento, impactando negativamente na avaliação do tempo de internação. Localmente suas feridas mostravam resultado positivo com o uso do cura-tivo, resultando no crescimento de tecido de granulação da ferida e redução de deiscências.

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O uso do sistema de terapia de pressão negativa de uso único foi associado ao tratamento das feridas após preparo do leito da lesão, eliminando tecidos necróticos, tratando os processos infecciosos, visto que o sucesso da cicatrização das lesões sempre esteve entrelaçado ao acompanhamento da equipe multidisciplinar como: apoio nutricional, cirurgião plástico, estomaterapeuta, fisioterapeuta, fisiatra, infectolo-gista, oxigenoterapia hiperbárica, equipe de enfermagem e psicólogo.

Foram acompanhados 11 casos, sendo: 1 caso de queima-dura em criança de 3 anos, onde fora realizado previamente limpeza da lesão em centro cirúrgico, pela equipe da Cirurgia Plástica; 1 caso de queimadura por escaldo em mama em pa-ciente adulta; 4 casos de UPP’s - Úlceras por Pressão (figura 1) com Osteomielite, nos quais foi feito desbridamento cirúrgico com TPNF prévio, seguido de rotação de retalho em lesão de ísquio e sacro com curativo de pressão negativa preven-tivo (figura 2); 1 caso de ferida traumática por acidente au-tomobilístico, onde fora realizado desbridamento químico e mecânico, seguido de terapia por pressão negativa (esponja e reservatório) e finalizando com curativo por pressão nega-tiva (figura 3); e, 02 casos de lesão vasculogênicas, que houve o desbridamento, instalado curativo TPNF para preparo de pele para enxerto, e posteriormente o uso do mesmo para a fixação deste enxerto, reduzindo o tempo de pega para 36 horas (figura 4 e 5)10-12.

Quadro 1 - Pacientes e Terapia por Pressão Negativa

Figura 1 - Queimadura de Mama por Escaldo

Origem da LesãoNº Abordagem Inicial Utilização de dispositivo portátil de Terapia de Pressão Negativa

Trauma com Esmagamento de MI

Úlcera Por Pressão com Osteomielite

Queimaduras de II Grau

Mordida Canina c/ Amputação Orelha

Úlcera de Membro Inferior Vascular

Úlcera de Membro Inferior Trauma9

1

4

2

1

2

1

Desbridamento, tratamento à vácuo, e preparo ferida

Desbridamento, tratamento à vácuo e preparo ferida

Desbridamento e uso de dispositivo portátil de Terapia

de Pressão Negativa

Desbridamento e uso de dispositivo portátil de Terapia

de Pressão Negativa

Desbridamento e tratamento à vácuo8

Desbridamento

Preventivo Pós Retalho

Preventivo Pós Reconstrução

Terapêutico Primário

Preparo da Ferida para Reconstrução

Aumento da “Pega“ de Enxerto de Pele

Aumento da “Pega” de Enxerto de Pele

Total de Pacientes: 11

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Figura 2 - Utilização de Dispositivo Portátil de Terapia de Pressão Negativa em pós-op em reconstrução de coxa es-querda

Figura 4 - Utilização de Dispositivo portátil de Terapia por Pressão Negativa pós-enxerto

Figura 3 - UPP com Osteomielite Figura 5 -Enxerto com pega parcial e uso do dispositivo por-tátil de Terapia por Pressão Negativa para garantir a pega

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A experiência com esta técnica de curativo foi além da indicação clássica; sendo este associado com curativo de Prenso de Prata Nanocristalizada e Matriz de Colágeno e Celulose. O uso associado com o Prenso de Prata Nanocris-talizada, foi optado devido ao risco de infecção da ferida; onde foi obtido resultado significativo, devido a substância de nano prata contido neste material, que pode permane-cer ao leito da lesão por até 72h, e sua trama não interfe-rir na pressão negativa do curativo. O curativo de Matriz de Colágeno e Celulose foi associado devido ao colágeno presente nesta cobertura, a fim de estimular a granulação da lesão, que permanecia sem efeito muito satisfatório so-mente com o uso isolado do curativo por pressão negati-va de uso único; sendo que na segunda troca do curativo, pôde-se observar a melhora do aspecto do tecido de gra-nulação, que superficializou o leito da lesão; reduzindo sua profundidade. Para que o prisma fosse mantido no leito da lesão, foram utilizados curativos antiaderentes com tramas largas, para não interferir na pressão do dispositivo13,14.

Para todas as lesões foram seguidos os critérios de in-dicação do curativo, assim como, respeitando o tamanho adequado do curativo para cada ferida, visto que atual-mente existem oito tamanhos diferentes, mas neste estu-do foram utilizados os tamanhos 10x20cm e 15x15cm. Não foram necessários utilizar preenchimento de espuma ou gazes para assegurar o tratamento da TFPN, pois segundo o fabricante, isto se faz necessário para lesões com pro-fundidade entre 0,5cm à 2cm, sendo que acima de 2cm é contra-indicado. Considerado também a quantidade de exsudato apresentado na lesão, onde não poderia ultra-passar mais do que 25% da área almofadada do curativo. Foram realizados trocas dos curativos em intervalos de 3 a 4 dias, não ultrapassando os 7 dias; pois a partir do 7º dia a bomba é desligada automaticamente, não sendo possível o seu reuso6,15,16.

Dos 11 casos acompanhados, observou-se uma nítida melhora da lesão com a utilização deste material, mes-mo quando do seu uso primário e definitivo (finalizador do tratamento). Como resposta, as lesões evoluíram com um tecido de granulação efetiva do leito da ferida, pega dos enxertos e redução significativa de deiscências, particular-mente nos casos de fechamento de UPP’s com Osteomie-lite. Sabe-se que na Literatura, o índice de deiscência des-sas cirurgias ultrapassa os 30%; o que era compartilhado pela experiência prévia dos autores2,7.

No tocante ao impacto no tempo de hospitalização e oti-mização de resultados, dos 11 pacientes tratados com esta terapia, 8 deles receberam alta hospitalar assim que houve melhora do aspecto da lesão; quer seja alta definitiva, quer seja para uma reinternação para o segundo tempo da re-

construção. Três desses pacientes tiveram a oportunidade de troca do curativo em caráter ambulatorial, reduzindo assim o tempo de hospitalização e permitindo um curativo seguro, sem manuseio domiciliar e sob vigilância da Equi-pe. Três pacientes, no entanto, apresentavam comorbida-des de alta complexidade de tratamento; impactando ne-gativamente na avaliação do tempo de internação, embora localmente suas feridas mostrassem resultado positivo com presença de tecido de granulação no leito da ferida e redução de deiscências.

O tratamento com o curativo por sistema de terapia por pressão negativa de feridas de uso único, é um dos mais importantes adjuvantes na tentativa de se minimizar o tem-po de internação hospitalar, devido os custos envolvidos no tratamento e a possibilidade de continuar este uso em nível domiciliar com acompanhamento ambulatorial, per-mitindo a fácil locomoção do paciente.

Importante ressaltar que sua utilização não constitui um tratamento definitivo, mas sim uma terapia intermediária até que ocorra a cicatrização da lesão, através da realiza-ção de enxertos e retalhos, e cicatrização por segunda in-tenção para a resolução das feridas complexas.

Nos últimos anos houve um aumento no uso deste dis-positivo, que está baseado, nos resultados satisfatórios de sua utilização no tratamento das feridas, mesmo assim, para alguns profissionais ainda existem tabus sobre o uso do dispositivo, principalmente em feridas enxertadas, de-vendo ser desmistificado o seu uso, assim com publica-ções de estudos onde comprovem sua eficácia.

Mesmo sendo uma terapia de fácil manuseio, ainda é possível encontrar barreiras técnicas que envolvem a equipe de enfermagem, pois é o profissional que mais ma-nuseia o equipamento. Dúvidas sobre o acionamento de luzes, locais que o aparelho não pode ser utilizado (resso-nância magnética, tomografias e câmara hiperbárica), mé-

“O objetivo da terapia de pressão negativa de feridas de uso único (TPNF) é acelerar o processo de

cicatrização, estimulando o crescimento de tecido de granulação; aumentar o fluxo sanguíneo e assim reduzir o

edema local.”

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todo adequado da escolha do tamanho do curativo e sua aplicação, cuidados durante o banho e higiene, são muitos freqüentes17. Visto isso, o treinamento faz-se necessário sempre, não somente o treinamento técnico, mas estimu-lar a manipulação deste curativo também é tão importante quanto o outro.

Considerações FinaisOs resultados alcançados como uso do curativo de pres-

são negativa de uso único em feridas complexas e crôni-cas foram satisfatórios, onde evoluíram com ótimo aspecto de cicatrização em um tempo de internação baixo, além de baixo número de infecção associada à ferida. Devemos também levar em consideração a opinião destes pacientes que utilizaram este curativo como tratamento de suas feri-das, pois todos eles referiam conforto com a terapia estan-do este relacionado ao tempo de troca, odor e exsudato. A questão álgica durante a retirada do curativo também foram mencionadas, pois por ter uma camada de silicone não havia aderência à lesão; o tamanho da bomba facilitou seu deslocamento durante a internação, principalmente nos exercícios da fisioterapia motora. Um ponto negati-vo levantado pelos mesmos, é sobre o déficit do conhe-cimento deste material pela equipe de enfermagem, que em alguns momentos demonstraram insegurança na ma-nipulação do dispositivo. Por este motivo, foi intensificado o treinamento técnico com todas as equipes de enferma-gem nos plantões manhã, tarde e noturnos, para garantir que os colaboradores sentir-se-iam mais seguros quando se deparassem com o curativo.

Mesmo sendo uma terapia de fácil manuseio, ainda é possível encontrar

barreiras técnicas que envolvem a equipe de enfermagem, pois é

o profissional que mais manuseia o equipamento. Dúvidas sobre o acionamento de luzes, locais que o aparelho não pode ser utilizado, método adequado da escolha do

tamanho do curativo e sua aplicação, cuidados durante o banho e higiene,

são muitos frequentes.”

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16 • Aldunate JLCB, Isaac C, Ladeira PRS, Carvalho VF, Ferreira MC. Úlceras venosas em membros inferiores. Rev Med. 2010 jul.-dez.;89(3/4):158-63.

17 • Wunderlich BL, Marcolla B, Souza JA, Araujo EJ, Feijó R, Pereima MJL. Curativo com pressão negativa e matriz de regeneração dérmica: uma nova opção de tratamento para feridas extensas. Rev Bras Queimaduras. 2011;10(3):78-84.

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ResumoEste estudo tem como objetivo relatar o caso de um paciente

onde foi utilizado o bloqueio contínuo no nervo ciático por via

poplítea para tratamento de dor em pós-operatório. Trata-se de

um estudo qualitativo na modalidade relato de caso. Este pro-

cedimento tem revelado ser eficaz no tratamento do paciente

ortopédico.

Palavras-chave: Nervo ciático, Dor em Pós Operatório, Trata-

mento da dor.

AbstractThis study aims to report the case of a patient in whom it was

used a continuous blockade on the sciatic nerve via popliteus

for treating pain in the postoperative period. This is a qualitative

study in the form of a case report. This procedure has shown to

be effective in treating orthopedic patients.

Key words: Sciatic Nerve, Post Operative Pain, Pain Treatment.

ResúmenEste estudio tiene como objetivo relatar el caso de un paciente

donde fue utilizado el bloqueo continuo en el nervio ciático por

vía poplítea para el tratamiento de dolor en postoperatorio. Se

trata de un estudio cualitativo en la modalidad relato de caso.

Este procedimiento ha revelado ser eficaz en el tratamiento del

paciente ortopédico.

Palabras-clave: Nervio ciático, Dolor en Postoperatorio, Trata-

miento del dolor.

Bloqueio Contínuo do Nervo Ciático por Via Poplítea para Tratamento de dor em Pós-Operatório

Lucas LimaMédico Residente de Anestesiologia (R3) no CET MEC/SBA IPAR Itapevi / São Camilo Pompeia.

Marcelo Ribeiro de Magalhães QueirozSócio e Diretor do IPAR - Instituto Paulista de Assistência Respiratória, responsável pela gestão em Anestesiologia e Dor da Rede de Hospitais São Camilo (unidade Pompéia). Coordenador do Serviço de Anestesiologia do Hospital Geral de Itapevi desde 2012. Presidente da COREME - Comissão de Residência Médica do Hospital Geral de Itapevi desde 2013. Instrutor do CET MEC/SBA IPAR Itapevi /São Camilo Pompéia.

Marcelo de Oliveira PeresMédico Anestesiologista Sócio na empresa IPAR - Instituto Paulista de Assistência Respiratória no Hospital São Camilo Pompéia. Diretor Científico da Residência Médica em Anestesiologia do Hospital Geral de Itapevi (MEC). Instrutor do CET MEC/SBA IPAR Itapevi /São Camilo Pompéia. Atua na área de Medicina, com ênfase em Anestesiologia e Medicina de Emergência.

Fernanda Lourenço FurigoMédica Anestesiologista e Sócia na empresa IPAR - Instituto Paulista de Assistência Respiratória / Hospital São Camilo Pompéia. Diretora Científica da Residência Médica em Anestesiologia do Hospital Geral de Itapevi (MEC). Instrutora do CET MEC/SBA IPAR Itapevi /São Camilo Pompéia.

Fábio Luís Ferrari RegatieriMédico Anestesiologista. Diretor Científico da Residência Médica em Anestesiologia do Hospital Geral de Itapevi (MEC), responsável do CET MEC/SBA IPAR Itapevi /São Camilo Pompéia.

Bloqueo Continuo del Nervio Ciático por Vía Poplítea para el

Tratamiento de dolor en Postoperatorio

Continuous Sciatic Nerve Blockade Via Popliteus for Treatment

of Postoperative Pains

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IntroduçãoO interesse em bloqueios de nervos periféricos vem

crescendo em função de sua alta funcionalidade, baixa interação com outras técnicas e anticoagulantes1. O blo-queio do nervo ciático ao nível da fossa poplítea é uma técnica de anestesia regional que tem sido cada vez mais utilizada1. O uso de ultrassonografia nesse bloqueio per-mite melhor determinação do ponto de divisão do nervo em fibular comum e tibial. Suas indicações compreendem procedimentos e analgesia pós-operatória nas regiões por ele inervadas2. Aproximadamente 40% dos pacientes sub-metidos a cirurgias ortopédicas experimentam dor de mo-derada a severa intensidade no pós-operatório3.

ObjetivoRelatar o caso onde foi realizado o bloqueio contínuo do

nervo ciático por via poplítea para tratamento de dor em pós-operatório.

MetodologiaEste estudo é qualitativo na modalidade estudo de caso

realizado em um hospital privado da cidade de São Paulo.

Descrição do Relato de CasoPaciente de 15 anos, masculino, ASA I, submetido a 2 in-

tervenções cirúrgicas ortopédicas em um período de 2 se-manas para tratamento de fraturas em tíbia D, ambas sob raquianestesia com bupivacaina isobárica e morfina. Evo-luiu com dores intensas na região de tornozelo D, especial-mente após a segunda cirurgia, após a qual não respondeu bem ao tratamento com codeína + paracetamol, tramadol e morfina em altas doses instituído na enfermaria, manten-do dor aferida pela escala analógico-visual entre 8 e 10. Optou-se por realização de bloqueio continuo do nervo ciático por via poplítea no membro inferior direito guiado

por ultrassonografia, de acordo com a técnica descrita por Singelyn4. Após 10 minutos da primeira injeção da solução analgésica pelo cateter, observamos queda da escala da dor para 0 (dor ausente). Paciente permaneceu interna-do por mais três dias, período onde se obteve adequado controle da dor. O cateter foi retirado na alta e o paciente evoluiu bem com tratamento oral para a dor, mesmo em ambiente ambulatorial.

O uso de ultrassonografia permite melhor determinação do ponto de divisão do nervo ciático em fibular comum e tibial, conferindo à realização do bloqueio continuo por via poplítea deste nervo com precisão e eficiência6. A realiza-ção deste procedimento tem demonstrado um adequado nível de analgesia e vantagens sobre modalidades conven-cionais de tratamento da dor1, segurança para o paciente e profissional1, menos efeitos colaterais e maior incidência de alta precoce, que são fatores atributos que tem contri-buído para o reconhecimento da técnica5.

“O uso de ultrassonografia nesse bloqueio permite melhor determinação

do ponto de divisão do nervo em fibular comum e tibial. Suas indicações

compreendem procedimentos e analgesia pós-operatória nas regiões

por ele inervadas.”

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24

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25

Referências1 • Spencer SL. Continuous Plexus and Peripheral Nerve Blocks for Postoperative Analgesia. Anesth Analg 96(1) : 263-72 Jan 2003

2 • Cangiani LM et al. Atlas de técnicas de bloqueios regio-nais SBA. Rio de janeiro 2013.

3 • Rawal N et al: Survey of postoperative analgesia follow-ing ambulatory surgery. Acta Anaesthesiol Scand ; 41(8): 1017–22 Sep 1997

4 • Singelyn FJ. Continuous Popliteal Sciatic Nerve Block: An Original Technique to Provide Postoperative Analgesia After Foot Surgery. Anesth Analg - 84(2): 383-6, Feb 1997.

5 • White PF; Issioui T et al: Use of a Continuous Popliteal Sci-atic Nerve Block After Sugery (...): Does It Improve the Quality of Recovery? Anesth Analg 97 (5): 1303-09 Nov 2003.

6 • Sala-Branch X et al. Ultrasound-Guided Popliteal Sci-atic Block with (...). Anesth Analg. 114(5):1121-7 May 2012.

“A realização deste procedimento tem demonstrado um adequado nível de analgesia e vantagens

sobre modalidades convencionais de tratamento da dor1, segurança para o

paciente e profissional1, menos efeitos colaterais e maior incidência de alta precoce, que são fatores atributos

que tem contribuído para o reconhecimento da técnica.”

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ResumoTrata-se de uma pesquisa descritiva, que objetivou identificar a im-

plementação do Time de Resposta Rápida e o impacto na segurança

do paciente. A busca foi realizada nas bases de dados Literatura Lati-

no-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde - LILACS, PubMed,

Scielo e MEDLINE, nos idiomas português e inglês. Com recorte tem-

poral de dez anos, utilizando os descritores: segurança, time de res-

posta rápida e qualidade assistencial. Das 25 publicações encontra-

das com os três descritores combinados no índice permutado, foram

selecionados 14 artigos científicos para fazerem parte da amostra.

Concluiu-se que há evidências claras na literatura que a atuação do

time de resposta rápida é um meio seguro e eficaz na diminuição de

intercorrências em pacientes internados fora do ambiente de terapia

intensiva. A maioria das pesquisas, mesmo sendo desenvolvidas em

diferentes países evidenciaram uma redução das taxas do evento

adverso em hospitais que implementaram o time de resposta rápida,

impactando positivamente na segurança do paciente.

Palavras-chave: Segurança. Time de resposta rápida. Qualidade as-

sistencial.

AbstractThis is a descriptive study aimed to identify the implementation of the

Rapid response Team and the impact on patient safety. The search

was conducted in the databases LILACS, PubMed, Scielo and ME-

DLINE in Portuguese and English. With time frame of ten years, using

the following keywords: security, rapid response team and quality

care. Of the 25 publications met the three descriptors in combined

bartered index, were selected 14 papers to be part of the sample. It

was concluded that there is clear evidence in the literature that the

performance of the rapid response team is a safe and effective way

in decreasing complications in hospitalized patients out of intensive

care environment. Most research even being developed in different

countries showed a reduction in the rates of adverse events (PCR) in

hospitals that have implemented the team of rapid response, positive

impact on patient safety.

Key words: Security. Rapid response Team. Quality Care.

Time de Resposta Rápida e a Segurança do Paciente

Fernanda Miiki MutaGraduação em Enfermagem pela USP. Pós Graduação em

Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica, pelo Instituto de

ensino e pesquisa Albert Einstein. Licenciatura em Enfermagem

pela EEUSP. Pós Graduação de Gestão da Qualidade em Saude,

pelo Instituto de ensino e pesquisa Albert Einstein.

Eduarda Ribeiro dos SantosEnfermeira. Mestre e doutoranda em Ciências pela Universidade

Federal de São Paulo. Docente do Curso de Especialização em

Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica da Faculdade de

Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (FEHIAE).

Rapid Response Team and Patient Safety

Equipo de Respuesta Rápida y Seguridad del Paciente

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ResúmenSe trata de un estudio descriptivo, que tuvo como objetivo identificar

la aplicación del Equipo de Respuesta Rapida y el impacto en la se-

guridad del paciente. La búsqueda se realizó en las bases de datos

LILACS, PubMed, SciELO y MEDLINE en portugués e inglés. Con marco

de tiempo de diez años usando las siguientes palabras clave: seguri-

dad, equipo de respuesta rápida y de calidad. De las 25 publicaciones

cumplieron los tres descriptores en el índice combinado de trueque,

se seleccionaron 14 trabajos para ser parte de la muestra. Se concluyó

que hay una clara evidencia en la literatura que el rendimiento del equi-

po de respuesta rápida es una forma segura y eficaz en la disminución

de complicaciones en los pacientes hospitalizados fuera del entorno

de cuidados intensivos. La mayoría de investigaciones aún se están de-

sarrollando en diferentes países mostró una reducción en las tasas de

eventos adversos en los hospitales que han implementado el equipo

de respuesta rápida, impacto positivo en la seguridad del paciente.

Palabras-clave: Seguridad. Equipo de respuesta rápida. Calidad Asis-

tencial.

IntroduçãoTime de Resposta Rápida (TRR), também conhecido como

Equipe de Resposta Rápida ou Equipe Médica de Emergência, atua rapidamente e de forma estruturada com o objetivo de prevenir mortes em pacientes internados fora do contexto de uma unidade crítica. É formado por um grupo de profissionais como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisio-terapeutas, capacitados a intervirem em cuidados críticos/intensivos a beira leito1, 2.

Esse time tem o objetivo de prevenir mortes em pacientes que pioram clinicamente fora de um ambiente preparado para atender uma situação clínica. O papel da equipe multiprofis-sional é avaliar com rapidez e eficiência emergências ocorridas em indivíduos que estão nas unidades de internação que mui-

tas vezes não dispõe de médico 24 horas 2,3. A intervenção desses profissionais gira em torno da parada

cardiorrespiratória e o reconhecimento precoce de sinais per-ceptíveis que a antecedem, normalmente de 6 a 8 horas, a pa-rada. As alterações comumente apresentadas são: diminuição do nível de consciência, hipóxia e taquipneia, que conduzem a uma piora do quadro clínico, podendo evoluir para um evento de alta mortalidade.

Estabeleceu-se o conceito de sinais de alerta, que são in-dicadores fisiológicos na identificação de pacientes de risco devido alterações fisiológica perceptível como pressão arterial média < 70 ou > 130 mmHg; frequência cardíaca < 45 ou >125 bpm; frequência respiratória < 10 ou > 30 ipm; presença de dor torácica e alteração de nível de consciência. Na presença de um ou mais sintomas inicia-se a intervenção do time de res-posta rápida evitando a complicação grave e de baixa chance de resolução1, 3.

A equipe de enfermagem por estar mais tempo presente a beira leito do paciente, ao detectar padrões fisiológicos anor-mais deve acionar o Time de resposta rápida da Instituição

“A equipe de enfermagem por estar mais tempo presente a beira leito do paciente, ao detectar padrões

fisiológicos anormais deve acionar o Time de resposta rápida da Instituição

caso esteja em uma unidade sem apoio médico imediato.”

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caso esteja em uma unidade sem apoio médico imediato. O TRR irá chegar ao local o mais precoce possível e agir de for-ma sincronizada e direcionada para impedir a progressão do evento adverso (PCR)3.

Essa estratégia do TRR foi implementada através do Institute for Healthcare Improvement (IHI), uma organização indepen-dente, fundada em 1991, sediada em Cambridge, Massachu-setts cuja visão é melhorar os cuidados de saúde em todo o mundo através de mudanças de comportamento, reestrutu-ração das idéias, cultivando conceitos promissores para a ex-celência na assistência ao paciente e aos processos de saúde. Também tem o intuito de identificar falhas no processo as-sistencial e gerencial, corrigindo-os. Um exemplo disso foi a “Campanha 5 Milhões de Vidas”, uma tentativa de melhorar a segurança e a qualidade da assistência do paciente nos Esta-dos Unidos.

A campanha objetivava evitar cinco milhões de casos de intercorrências na assistência em saúde, em um período de dois anos através de doze intervenções, que englobam for-necer tratamento baseado em evidências para Infarto Agu-do do Miocárdio; Prevenir reações adversas a medicamen-tos, pneumonia associada à Ventilação Mecânica, danos por medicações de alto risco, úlcera por pressão, infecções por Cateter Venoso Central e de sítio cirúrgico; Redução de com-plicações cirúrgicas e infecções por Staphylococcus aureus resistentes a meticilina( MRSA); Fornecer tratamento base-ado em evidências para Insuficiência Cardíaca Congestiva; Envolver a liderança do hospital no processo de melhoria da segurança do paciente para acelerar a implementação das medidas efetivas, sendo estabelecer Equipes de Resposta Rápida uma delas3-6.

Outra abordagem que evoluiu paralelamente a isso foi o surgimento da Joint Commission Accreditation of Healthca-re Organizations (JCAHO) cujo propósito é avaliar e garantir a qualidade da assistência da Instituição através de regras pre-viamente estipuladas, mudança nos atendimentos hospitala-res através da implantação de processos padrões mínimos ou mais elaborados com ambos atendendo as necessidades de segurança do paciente. A partir do ano de 2000 houve um aumento da qualidade e segurança no padrão dos atendi-mentos hospitalares devido à acreditações, enfatizando a boa assistência e com qualidade um fator de competitividade para o mercado de saúde5.

A qualidade na assistência sustentada pelo aumento da se-gurança do paciente pode ser quantificada em estudos que demonstram a atuação eficaz e eficiente da equipe de res-posta rápida com o intuito de identificar riscos e implementar barreiras corretivas e/ ou preventivas para refletir em uma di-minuição de injúrias provocadas por uma paradacardiorespira-tória e até mesmo mortes inesperadas. Essa estratégia desen-

volvida fornece suporte para entender como a segurança do paciente esta melhorando 1, 4, 6.

Para enfatizar a resolubilidade e qualidade assistencial pres-tada aos pacientes internados em unidades não críticas, o pre-sente estudo irá demonstrar através da revisão de literatura a situação da segurança do paciente frente a essa estratégia.

ObjetivoIdentificar na produção cientifica nacional e internacional a

implementação do time de resposta rápida e o impacto na se-gurança do paciente.

Material e Método

Tipo de estudoTrata-se de uma pesquisa descritiva, realizada através de

revisão integrativa e narrativa de literatura e publicações en-contradas em periódicos eletrônicos.

A revisão bibliográfica é um processo de levantamento e análise de textos, periódicos, artigos já publicados sobre o tema com a finalidade de mapear o assunto proposto, dando sustentação teórica para o desenvolvimento da pesquisa, de-terminando o que é e o que não é conhecido sobre o assunto, promover criações de protocolos, políticas, projetos e ativida-des de práticas novas ou revisadas relacionadas com a prática e a disciplina de enfermagem, determinar lacunas, consistên-cias e inconsistências na literatura sobre o assunto, conceito ou problema e criar a base sólida de um estudo7 .

A revisão de literatura é tradicionalmente considerada uma análise crítica das literaturas especializadas mais importantes publicadas a respeito de um tópico específico8. As etapas da revisão de literatura consistem em7. • Determinar o conceito/ questão/ tema/ problema;• Identificar variáveis/ tema-chaves;• Descartar fontes irrelevantes antes de imprimir;• Organizar as fontes impressas para o arquivo;• Arquivar fontes relevantes;• Fazer cópias dos artigos;• Conduzir a leitura preliminar e descartar fontes irrelevantes;• Ler criticamente cada fonte;• Sintetizar e fazer uma crítica resumida de cada artigo.

MateriaisSerão pesquisadas publicações on-line em periódicos no

portal da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME). Dentro do portal da BIREME serão utilizados as bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde), MEDLI-NE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde) e SciELO (Scientific Eletronic Library On-Line) .

O período compreendido das publicações será de 2002 a

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2012 nos idiomas português e inglês.Os descritores de saúde utilizados nesse trabalho serão: Se-

gurança/ Security; Time de resposta rápida/ Rapid response team e Qualidade assistencial/ Quality of care. Destaca-se que os descritores acima são indexados no DeCs (Descritores de Ciência em Saúde).

Operacionalização da coleta de dadosA coleta de dados ocorrerá no decorrer dos meses de se-

tembro a outubro de 2012.Depois de identificado os artigos, estes serão analisados e

os que atenderem aos objetivos do estudo serão incluídos no roteiro para registro.

Análise e apresentação dos resultadosOs resultados de caracterização das publicações identifica-

das serão analisados mediante a estatística descritiva e apre-sentados por meio de tabelas e quadros. Após analise do ma-terial, se houver necessidade, serão identificadas categorias temáticas para facilitar a apresentação dos resultados. A partir destas categorias os conteúdos dos artigos serão agrupados e descritos.

ResultadosA revisão de literatura realizada envolveu um total de 25 pu-

blicações científicas, com os descritores segurança, time de resposta rápida e qualidade assistencial, combinados no índi-ce permutado nas bases de dados LILACS, PuBMed, Scielo e MEDLINE.

Após a leitura dos títulos e resumos, as publicações foram reduzidas a 14 artigos, tanto nos idiomas português quanto em inglês, considerando o recorte temporal de dez anos (2002-2012) e que tinham a atuação do time de resposta rápida como tema central.

Grande parte dos artigos estavam disponibilizados no idio-ma inglês, com 12 trabalhos publicados.

Os resultados da busca nas bases de dados estão apresen-tados nas tabelas a seguir.

Tabela 1 - Publicações selecionadas para amostra segundo base de dados

A tabela 1 demonstra que 11 (79%) dos 14 artigos seleciona-dos para fazer parte da amostra desse estudo foram encontra-dos na base da PubMed, sendo as outras bases com 1 artigo (7%) publicados.

Tabela 2 - Publicações selecionadas para amostra, segundo ano de publicação.

De acordo com a Tabela 2, o ano de 2007 concentrou maior número de publicações sobre Time de resposta rápida (TRR), com 3 (21 %) artigos publicados, seguidos dos anos de 2008, 2009, 2010 e 2012, todos com 2 ( 14%) artigos. Não foram en-contrados publicações sobre o tema nos anos 2003, de 2005 e 2006, nas quatro bases de dados pesquisadas.O quadro 1 a seguir apresenta os 14 artigos selecionados como amostra deste estudo, classificados segundo autor, ano, título, tipo de estudo, objetivo, resultados e base de dados.

“Pesquisas desenvolvidas em hospitais da América do Norte enfatizam que após a implementação do TRR, no decorrer de 2 anos, ocorreu uma redução de 33 a 50 % do número

de paradas cardiorrespiratórias em pacientes de unidades de internação

que não tinham a atuação da equipe treinada para esse tipo de

intercorrência.”

Base de Dados Nº %

PUBMED

LILACS

MEDLINE

SIELO

Total

Ano de Publicação Nº %

2002

2004

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Total

1

1

3

2

2

2

1

2

14

7,14

7,14

21,42

14,28

14,28

14,28

7,14

14,28

100%

11

1

1

1

14

79

7

7

7

100%

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Quadro 1 - Classificação dos estudos sobre time de resposta rápida, segundo autores, ano, título, tipo de estudo, objetivo, resultados e base de dados.

Autres Ano Título Tipo de Estudo Objetivos

Chen, Bellomo, Flabouris, Hillman, Finfer.

Hansen, Guimarães.

Vargas, Luz.

Chan, Jain, Nall-mothu, Berg, Sasson.

Buist, Moore, Bernard, Waxman, Anderson, Nguyen,.

Brown, Anderson, Hill.

Duncan, McMullan, Mikks.

Chan, Khalid, Longmore, Berg, Kosiborod, Spertus.

Bellomo, Goldsmith, Ychino, et al.

Moon, Cosgrove, Lea, Fairs, Cressey.

Higgins, Maries-Tillott, Quinton, Rickmond.

Dacey, Mirza, Do-herty, James, Boyer, Gates, et al.

Bradford, Cuong, Hunt, Guallar, Beren-holtz, Peter.

Offner, Heit, Roberts.

2009

2009

2010

2010

2002

2012

2012

2008

2004

2011

2008

2007

2007

2007

The relationship between early team calls and serius adverse events.

Análise da implementação de estratégias em empresas hospitalares com uso de mapas cognitivos.

Práticas seguras do/no cuidado de enfer-magem no contexto hospitalar:é preciso pensar sobre isso e aquilo.

Rapid response teams.

Effects of a medical emergency team on re-duction of incidence of and mortality unex-pected cardiac arrest in hospital:preliminary study.

Rapid response team in a rural hospital.

Early warning systems: the next level of rapid response.

Hospital-wide code rates and mortality before and after implementation of rapid response team.

Prospective controlled trial of effects of medical emergency team on postoperative morbility and mortality rates.

An eight year audit before and after the introduction of modified early warning score charts, of patients admitted to a tertiary referral intensive care unit after CPR.

Promoting patient safety using early warning scoring system.

The effect of a rapid reponse team on major clinical outcome measures in a community hospital.

Rapid response systems:A systematic review

Implementation of a rapid response team decreases cardiac arrest outside of the intensive care unit.

Controlado

Qualitativa de caráter exploratório

Ensaio reflexivo

Revisão sistemática

Não randomizado

Qualitativa e quantitativa de caráter exploratório.

Descritivo

Coorte prospectivo

Controlado prospectivo

Análise retrospectiva

Qualitativa de caráter exploratório

Controlado prospectivo

Revisão sistemática

Controlado prospectivo

Relação entre as chamadas de emergência inici-ais da equipe e a incidência de eventos adversos graves cardíacos, mortes e internações não planejadas para a unidade de cuidados intensivos

Analisar se a estratégia gerou resultados positivos para a instituição em estudo

Analisar o cuidado de enfermagem e a ampliação das práticas seguras.

Identificar o efeito do TRR na redução de PCR e mortalidade hospitalar.

Reduzir a incidência hospitalar de PCR inesperada

Explorar o conhecimento das enfermeiras e per-cepções da Equipe de Resposta Rápida (TRR).

Descrever a atuação do TRR

Determinar as taxas de mortalidade antes e depois da implementação da equipe de resposta rápida.

Determinar se a equipe de emergência médica baseada em unidade diminui a taxa de eventos adversos.

Determinar se as chamadas de parada cardíaca, a proporção de pacientes adultos admitidos em cuidados intensivos após PCR e a mortalidade associada foram reduzidos.

Melhorar o entendimento do instrumento de pon-tuação de alerta precoce dos pacientes.

Determinar o efeito do sistema de resposta rápida nas taxas de paradas cardíacas, admissões não planejada em unidade de terapia intensiva e mortalidade hospitalar.

Realizar uma meta-análise para avaliar o impacto dos sistemas de resposta rápida na mortalidade hospitalar e as taxas de parada cardíaca.

Avaliar a implementação da equipe de resposta rápida e o tratamento fora da unidade de cuidado intensivo.

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DiscussãoA maioria dos artigos são estrangeiros e com diferentes ti-

pos de estudos Os dados relatados focam que nos 14 artigos inclusos, 10 relatam o decréscimo da porcentagem de PCR e da mortalidade hospitalar após a atuação do time de res-posta rápida.

Dos 14 artigos, 3 foram realizados na Austrália. Cada estudo foi desenvolvido com metodologias diferentes, randomizado, não randomizado e prospectivo controlado, mas os resulta-dos convergem na diminuição das taxas de paradas cardía-cas nas unidades de internação. Em alguns casos a redução vai de 2.6 para 1.4 casos, outros relatam diminuição do risco em 79.1%1,9-11. Um dos 3 estudos constatou 73 casos e 47 antes e após a implementação do time de resposta rápida, respec-tivamente12.

Pesquisas desenvolvidas em hospitais da América do Nor-te enfatizam que após a implementação do TRR, no decorrer de 2 anos, ocorreu uma redução de 33 a 50 % do número de paradas cardiorrespiratórias em pacientes de unidades de internação que não tinham a atuação da equipe treina-da para esse tipo de intercorrência. Essa atenuação pode ser identficadas nas porcentagens expostas nos estudos. A opor-tunidade de prevenção e redução da quantidade de PCR intra-hospitalar com o time de resposrta rápida está focada também na capacidade de observação da deteorização clíni-ca do paciente, já que este apresenta alterações fisiológicas no sistema respiratório, circulatório antes de apresentar a pa-rada cariorrespiratória12-17.

O artigo publicado em 2012 vai ao encontro com tema central do texto de 2002, que apesar de enfatizar a boa es-tratégia do TRR foca na importância da atenção de sinais vi-tais alterados, pois estes indicam um piora clínica que pode evoluir para um eventos mais grave. É reforçado que sinais como alteração de pressão aterial/ temperatura, frequencia cardíaca e/ ou respiratória, nível de consciência são descri-tos como sinais de alerta e merecem atenção dos profissio-nais da saúde para que a atuação do TRR seja focada, eficaz e eficiente12,14,18.

A análise observada nos estudos inclusos na pesquisa sus-tenta que a comparação entre antes e depois da ação do TRR implica na melhora do número de PCR. Outro índice que se destacou no mesmo período de implementação da equipe foi o decréscimo na porcentagem de pacientes admitidos subitamente na unidade de terapia intensiva. No Reino Uni-do, um estudo de análise retrospectiva observou uma dimi-nuição de 0,4% para 0,2 % casos de paradas cardiorrespira-tórias19. Estudos revelam que em hospitais dos EUA houve uma redução de 45% para 29% das internações inesperadas para a UTI conforme ia se diminuindo os casos de PCR 20

ResultadosBase de Dados

Houve uma redução nas admissões inesperadas de paradas cardíacas nas unidades de terapia intensiva, uma redução em geral no número de paradas cardíacas e no de mortes inesperadas.

O processo teve êxito pela congregação de múltiplos fatores como contribuição acadêmica, mapeamento cogni-tivo, componente humano do processo da estratégia.

Há a necessidade de ações para viabilizar a redução de desfechos indesejados para impactar na qualidade do cuidado.

A implementação do TRR reduziu os casos de PCR fora do ambiente de terapia intensiva mas não foi associada a menores taxas de mortalidade hospitalar.

A intervenção foi associada com uma redução de 50% na incidência de parada cardíaca inesperada.

Embora as enfermeiras foram capazes de identificar que as mudanças na condição do paciente porém não acionaram TRR.

A mortalidade não foi diferente entre os períodos de pré e pós-intervenção.

Admissões de emergências nas unidade de terapia inten-siva foram reduzidos assim como os casos de PCR em unidades de internação

A proporção de pacientes internados em cuidados in-tensivos após PCR caiu significativamente, assim como a mortalidade intra-hospitalar desses pacientes.

O instrumento de alerta de pontuação trouxe benefícios significativos em termos de segurança do paciente.

Houve forte associação da regressão das variáveis com a implementação do sistema de resposta rápida, a curto e longo prazo.

Foi encontrada evidência fraca de que os sistemas de resposta rápida está associada com uma redução na taxa de mortalidade e taxas de parada cardíaca.

A implementação do TRR foi positiva

Pubmed

Scielo

Lilacs

Pubmed

Pubmed

Pubmed

Pubmed

Pubmed

Medline

Pubmed

Scielo

Pubmed

Pubmed

Pubmed

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. Essa redução pode ser observada em outra pesquisa que indica redução de 27 casos de paradas cardíacas fora da UTI para 13 casos depois da ação do TRR19-21.

Os textos identificados descrevem a redução de eventos adversos em pacientes internados fora de um ambiente crítico através da atuação do time de resposta rápida. Essa intervenção reflete na assistência a saúde do paciente no domínio da qualidade ao cuidado devido à boa assistência médico-hospitalar. Hoje as organizações de saúde educam os profissionais de saúde para uma política de segurança do paciente para que seja possível manter ou aumentar o núme-ro de pacientes que não desenvolvam uma piora clínica em ambientes não críticos6,14,16.

De acordo com 3 artigos, a intervenção do TRR nas uni-dades de internação não mostratam evidências relacionadas com a redução da mortalidade hospitalar. Dois estudo foram publicados pelo mesmo autor, que utilizou em ambos a me-todologia revisão sistemática e outro método, de outro autor foi o de coorte. Os três artigos não associam a diminuição da mortalidade hospitalar com a implementação do time de resposta rápida11,16,22.

Apesar das evidências positivas da ação do TRR, a imple-mentação do time capacitado é um desafio, pois evoca a ne-cessidade de recursos financeiros, treinamento dos profissio-nais envolvidos, reconhecimento das alterações fisiológicas dos pacientes, comprometimento, boa comunicação e inte-ração interpessoal10,14.

Os artigos identificados nessa pesquisa ressaltam que a redução de eventos adversos à pacientes internado em am-bientes não críticos ocorre através da identificação precoce dos sinais fisiológicos de piora clínica e da intervenção rápi-da da equipe multidisciplinar capacidade em atender efeitos indesejáveis. Para que esse paciente receba o cuidado ade-quado é preciso desencadear respostas proativas através da boa capacitação dos profissionais em detectar os sinais de alerta, a chamada do time de resposta rápida e a chegada efetiva da equipe treinada2,10,13.

A prestação de assistência ao pacientes nas instituições

hospitalares exige uma atuação complexa, capacitação cien-tifica, eticamente estruturada para que sua avaliação e pre-venção reduzam os desfechos indesejados, impactando de maneira benéfica sobre a segurança e qualidade do cuida-do10.

Observando-se as pesquisas incluídas nessa revisão, per-cebe-se que apenas 2 foram publicado em português, o que dificulta a aquisição de evidências do time de resposta rápida no Brasil.

Considerações FinaisA revisão de literatura envolveu um total de 25 publicações

científicas, com os descritores Segurança, Time de resposta rápida e Qualidade assistencial, combinados no índice per-mutado, nos idiomas português e inglês. Após a leitura dos títulos e resumos, os trabalhos foram reduzidos a 14 artigos, tanto em português quanto em inglês, publicados entre 2002 e 2012. Foram encontrados 11 artigos na base de dados Pub-med e 1 para cada base de dados MEDLINE, Scielo e LILACS.

Há evidencias claras na literatura de que com a intervenção do time de resposta rápida nos hospitais houve uma diminui-ção da chance do paciente evoluir para uma parada cardior-respiratória, quando este está internado fora de um ambiente não crítico. As pesquisas, mesmo sendo desenvolvidas em países diferentes evidenciaram uma redução das taxas do evento adverso (PCR) devido ser uma complicação grave e de baixa resolubilidade, resultando assim em óbito.

Há uma divergência em 4 estudos que demonstram baixa associação com relação as taxas de mortalidade hospitalar após a atuação do time de resposta rápida23-25.

É universalmente sabido que o atendimento das emergên-cias clínicas tem mostrado impacto positivo na sobrevida e mortalidade dos pacientes atendidos.Atualmente, a maio-ria dos pacientes tem um suporte de assistência maior com a atuação do TRR, refletindo assim em uma diminuição da mortalidade hospitalar. Esse é um indício de que a seguran-ça do paciente está mais eficiente, contribuindo para melhor prognóstico e qualidade na assistencial do paciente.

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ResumoO presente estudo buscou demonstrar oportunidades de melho-

rias com implantação de práticas na mudança de um cenário de

Infecção de Sítio Cirúrgico em Cirurgias Limpas ao longo de 01

ano e 05 meses após a criação de um Grupo Multiprofissional para

atuação neste tema. Foram elencadas ações concretizadas pelo

Grupo as quais concitaram em melhorias com alto grau de impacto

nos resultados de processo referente ao tema abordado. Trata-se

de um relato de experiência, realizado por equipe multiprofissio-

nal em um hospital privado da cidade de São Paulo no período de

julho de 2014 a maio de 2016. Neste estudo procura-se enfatizar a

necessidade da busca constante de melhorias da equipe multipro-

fissional, seja por recursos, rotinas ou mudanças de hábitos através

do trabalho continuado.

Palavras-chave: Prevenção de Infecção, Infecção no Sítio Cirúrgi-

co, Processos de Melhoria.

AbstractThis study sought to demonstrate opportunities for improvement

with the implementation of practices in changing a Surgical Site In-

fection scenario into a Clean Surgical scenario over one year and

five months after the creation of a Multidisciplinary Group to act on

this issue. The moves taken by the Group were selected, leading to

improvements with a high impact on the process results related to

the topic. This is an experience report, carried out by the multidisci-

plinary team in a private hospital in São Paulo in the period July 2014

to May 2016. This study sought to emphasize the need for a cons-

tant search for improvement of the multidisciplinary team, whether

for resources, routines or habit changes through a continued work.

Key words: Infection Prevention, Surgical Site Infection, Improve-

ment Process.

Elaboração de Processos de Melhorias na Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico: relato de experiência

Ricardo Cezar De OliveiraEnfermeiro Pleno Departamento Cirúrgico São Camilo Santana. Especialização em Urgência e Emergência – Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Especialização em Centro Cirúrgico e Centro de Materiais e Esterilização – Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). ([email protected])

Andrea Fernandez Alves Dos SantosSupervisora de Suprimentos do Hospital São Camilo - Unidade Santana. Formada em Farmácia e bioquímica pela Universidade Nove de Julho.

Érica Lira De AlmeidaEnfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. MBA Gestão em Saúde e Controle de Infecção Faculdade Método de São Paulo (FAMESP)

Draw-Up of Improvement Process in Preventing Infections in the Surgical Site:

an experience report

Elaboración de Procesos de Mejoras en la Prevención de Infección de Sitio

Quirúrgico: relato de experiencia

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ResúmenEl presente estudio trató de demostrar oportunidades de mejoras

con implantación de prácticas en el cambio de un escenario de In-

fección de Sitio Quirúrgico en Cirugías Limpias a lo largo de 01 año y

05 meses después de la creación de un Grupo Multiprofesional para

la actuación en este tema. Fueron listadas acciones concretizadas

por el Grupo, las cuales concitaron mejoras con alto grado de impac-

to en los resultados de proceso referente al tema abordado. Se trata

de un relato de experiencia realizado por equipo multiprofesional en

un hospital privado de la ciudad de São Paulo en el período de julio

de 2014 a mayo de 2016. En este estudio, se trata de enfatizar la ne-

cesidad de la constante búsqueda de mejoras del equipo multipro-

fesional, ya sea por recursos, rutinas o cambios de hábitos por medio

de trabajo continuado.

Palabras-clave: Prevención de Infección, Infección en el Sitio Qui-

rúrgico, Procesos de Mejora.

IntroduçãoAo longo dos anos, diversas diretrizes foram estabeleci-

das para o processo de Segurança do Paciente, decorren-tes aos danos causados nos processos de atendimentos hospitalares.

Uma importante diretriz vem se ampliando mundialmen-te desde 2004, sendo direcionada pela Aliança Mundial para a Segurança do Paciente criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com ênfase no tema “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”¹.

Este programa refere–se à antecipação de eventos inde-sejáveis no intraoperatório, visando provisão de recursos e condições necessárias para os momentos: Antes da In-dução Antestésica, Antes da Incisão Cirúrgica e Antes da Saída do Paciente de Sala Operatória¹.

Dentre as preocupações deste escopo da OMS, encon-

tramos um tema amplamente discutido: Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC), a qual dada sua relevância, tem sido apon-tada como uma situação mais evitável em comparação a outras infecções associadas a cuidados de saúde, atual-mente é a segundo tipo de infecção mais frequente no mundo entre os pacientes que são submetidos a cirurgias².

A ISC é uma das principais infecções relacionadas à as-sistência à saúde no Brasil, ocupando a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde e compre-endendo 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados. ISC permanece como uma causa importan-te de morbidade, hospitalização prolongada e mortalidade. Paciente com ISC são 2 a 11 vezes mais suscetíveis a óbito em relação àqueles que não possuem infecção e que 70% dos óbitos em pacientes com ISC podem ser diretamente atribuíveis à infecção3.

Os custos com este pacientes podem aumentar em mais de 300%, com internações prolongadas em média, mais 07 dias, nas ISC Limpas sua incidência pode ocorrer em média de 2% a 4%. Além disso, os pacientes podem apresentar limitações físicas definitivas, redução da qualidade de vida

“Os profissionais sentem-se impotentes, frustrados, fracassados

em relação ao seu trabalho, já que sua educação foi voltada para a cura da

doença, sentindo a morte o não sucesso de seu trabalho.”

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em conformidade com o procedimento cirúrgico x peso do paciente x sinalização de repique da droga x antibiotico-terapia no pós - operatório. Todos esses cuidados duran-te o processo cirúrgico afetam diretamente a garantia da redução/eliminação de microrganismos durante a incisão cirúrgica que é condição fundamental para o controle da prevenção da infecção no ato cirúrgico8.

ObjetivosRelatar a experiência do processo de implementação de

melhorias na prevenção de infecção de sítio cirúrgico, rea-lizado por um grupo multiprofissional.

MetodologiaTrata-se de um relato de experiência do processo de

implementação de melhorias na prevenção de infecção de sítio cirúrgico de um Hospital de Grande Porte da Zona Norte de São Paulo. Este estudo foi realizado por uma equipe multiprofissional composta de enfermeiros, técni-cos de enfermagem, médicos e farmacêuticos. As experi-ências abordadas referem se ao período de 31 de julho de 2014 a 31 de maio de 2016.

Descrição do RelatoDiante de um cenário que era sugestivo de melhorias,

com uma média histórica de: 2013 – 1 ISC a cada 16 dias, foi criado no Centro Cirúrgico de um Hospital de Grande Porte da Zona Norte de São Paulo um Grupo Multiprofissional para atuação com intervenções corretivas e preventivas para mudança do cenário desfavorável.

Em julho de 2014 foram enviados convites a colaborado-res indicados pelas Lideranças de diversos setores a parti-ciparem do Grupo de Prevenção de ISC.

Os convites foram destinados a colaboradores Técni-cos de Enfermagem, Enfermeiros e Médicos dos Seguin-tes setores: Centro Cirúrgico, Ambulatório, Clínica Médica Cirúrgica, Unidade de Terapia Intensiva Adulto, Pediatria, Diretoria, SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospita-lar), Educação Continuada, Farmácia, Anestesiologia e On-cologia.

Após devolutivas com confirmações, o Grupo foi insti-tuído oficialmente no dia 31/07/2014 com 19 Integrantes, onde as reuniões do Grupo se perfaziam em cronograma previamente estabelecido de forma quinzenal. Os encon-tros duravam cerva de 01h30´.

Após estabilização e implementação de projetos do Gru-po, para o ano de 2015 o cronograma foi estabelecido em um encontro por mês, assim também segue para 2016.

Fazendo um raciocino da média de dias x ISC Limpas, podemos dizer que houve para 2014: 01 ISC a cada 12 dias

ou mesmo evoluir a óbito4.As infecções pós-operatórias devem ser analisadas con-

forme o potencial de contaminação da ferida cirúrgica, entendido como o número de microorganismos presentes no tecido a ser operada5: (1) Cirurgias Limpas: são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de desconta-minação, na ausência de processo infeccioso e inflamató-rio local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas e traumáticas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário; (2) Cirurgias Potencialmente Contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias limpas com drena-gem enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração no trato digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa; (3) Cirurgias Contaminadas: são aquelas rea-lizadas em tecidos traumatizados recentemente e aber-tos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja des-contaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorridas falhas técnicas grossei-ras, na ausência de supuração local. Presença de inflama-ção aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstru-ção biliar ou urinada; (4) Cirurgias Infectadas: é todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração lo-cal), tecida necrótica, corpos estranhos e feridas de origem suja. 4. Exemplo de cirurgias classificadas pelo seu poten-cial de contaminação.

As infecções relacionadas aos procedimentos cirúrgicos devem ser classificadas em infecção incisional superficial quando ocorrem nos primeiros 30 dias após a cirurgia e envolve apenas pele e tecido subcutâneo; profunda quan-do ocorre no período de 30 a 90 dias após o procedimento e envolve fáscia e tecido muscular; Infecção de órgão ou espaço Ocorre nos primeiros 30 ou 90 dias após a cirur-gia, e envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia6,7.

Os fatores que envolvem a ISC são multifatoriais que en-volvem desde a equipe cirúrgica que tem um papel funda-mental na prevenção de medidas relacionadas ao proce-dimento cirúrgico durante todo o processo pré, intra e pós - operatório, que podem surgir decorrentes desde o núme-ro excessivo de pessoas durante o procedimento cirúrgico, ao sistema de ventilação de sala operatória, na aplicação da técnica correta no preparo da pele do paciente, higie-nização das mãos e a escolha da profilaxia antimicrobiana

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e em 2015 – 01 ISC a cada 45 dias.A captação de prováveis casos de ISC é realizada pelo

SCIH mediante a análise de todas as culturas do hospital, participação diária em visita multiprofissional nas unidades de terapia intensiva adulta e pediátrica, monitoramento diário nas clínicas com controle de pacientes que inter-nam com histórico de internação prévia nos últimos 30 dias, análise diária do mapa cirúrgico (controle de cirurgias agendadas) com objetivo de realizar o bundle das cirurgias limpas e rastreamento de procedimentos de reabordagem cirúrgica, busca ativa com os cirurgiões das cirurgias lim-pas por correspondência eletrônica e entrega pessoal ao cirurgião no ambulatório de ficha de acompanhamento de cirurgia limpa.

Os casos que são caracterizados como ISC são encami-nhados pelo SCIH para o gestor do C.C para gerenciamen-to conjunto utilizando um check list de análise de ISC ela-borado pelo SCIH e preenchido pelo C.C com objetivo de analisar todo o processo e possíveis barreiras quebradas.

Mediante levantamentos realizados em prontuário de pacientes que foram acometidos por ISC e discussões re-alizadas previamente com SCIH e C.C, iniciou – se discus-sões com os integrantes do grupo para verificar possíveis ocorrências comuns entre os casos, falhas no processo, oportunidades de melhoria e mudanças estruturais, cultu-rais e de rotinas para a prevenção.

Diante de levantamentos realizados em prontuário de pacientes que foram acometidos por ISC, iniciou-se na Ins-tituição esforços para mudanças estruturais, culturais e de rotinas para a prevenção neste processo.

Foi observado nos levantamentos que havia utilização de tintura de benjoim em neurocirurgias, onde a equipe médica fazia uso por alegar maior adesão dos campos no sítio cirúrgico do paciente. Após processos de ISC nesta especialidade, foi descontinuado o uso desta solução, sendo incentivada exclusivamente a solução de clorexe-dine 0,5%.

Relacionando ainda ao uso de soluções para o preparo da pele do paciente, notado em um caso a utilização de água oxigenada 10 volumes no sítio cirúrgico.

Em estudo relacionado ao processo cicatricial da pele no pós-operatório, a água oxigenada 10 volumes se demons-trou a solução mais desfavorável para este processo8.

Após discussão no GPISC (Grupo de Prevenção de Infec-ção de Sítio Cirúrgico), optou-se por bloquear a dispensa-ção desta solução de Suprimentos a Farmácia do Centro Cirúrgico.

Em outros levantamentos retroativos, ocorreu outra ob-servância: não eram estabelecidos banhos pré-operató-rios, não eram notórias as delimitações das indicações, em

algumas apurações verificado a falta de banho pré-opera-tório para cirurgia cardíaca e neurocirurgias.

Com objetivo de redução das microbiotas residentes e transitórias e higiene do paciente no pré-operatório ime-diato, o GPISC desenvolveu durante seus encontros, en-volvendo principalmente SICH e Educação Continuada, um informativo técnico para treinamento da equipe de Enfer-magem na Instituição. Foram estabelecidos os seguintes critérios:• Quando realizar o banho pré - operatório?• Deve ser realizado na noite que antecede a cirurgia e 2 horas antes do procedimento cirúrgico, devendo ser ano-tado em impresso do SAEP (Sistematização de atendimen-to da Enfermagem Peri operatória).

Outros critérios que estão descritos no quadro 1:

Quadro 1 - Pacientes Elegíveis e Solução a Utilizar no Banho Pré-Operatório

“A abordagem deste tema em instituições acadêmicas é

indispensável, pois necessita de uma atenção maior para saber lidar com os próprios sentimentos perante a esse fato. Sendo esse ainda um tema que

necessita maior atenção.”

Cirurgias Elegíveis

Classificação Dia de Banho

Cirurgia Cardíaca, Neurocirurgia, Cirurgia Ortopédica ou outra cirurgia com implante de prótese

Demais Cirurgias

Cirurgias de Urgência

Internado/Eletiva

Eletivas/Internado

Urgência

Banho com clorexedine degermante 2% (no chuveiro ou no leito) na noite que antecede a cirurgia e 2 horas antes do procedimento cirúrgico

Orientar banho (no chuveiro/leito) com água e sabão neutro na manhã da cirurgia

Não há necessidade do banho pré - operatório

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putador existente em cada sala operatória. Também foram dispostos em todos os carros de medicações anestésicas, manuais de indicação correta dos antimicrobianos de acor-do com a cirurgia, peso do paciente, co-morbidades, aler-gias e tempo de cirurgia preconizados pela Instituição.

Para a utilização da ferramenta, foi estabelecida uma ro-tina para sua aplicabilidade.

O aplicativo ao ser baixado nas áreas de trabalho dos computadores das salas operatórias foi renomeado para “Alarme de ATB”.

Nas cirurgias de grande porte ou especial que possuem grandes possibilidades de terem a indicação de repique o colaborador (a) da Enfermagem durante a fase do Sign in questiona o Anestesiologista qual o horário de programa-ção para a segunda dose.

Dessa forma, é programada a ferramenta de alarme no computador, para despertar 10 minutos antes do horário da segunda dose, tempo este relevado para aviso ao Anes-tesiologista e administração da droga.

O aplicativo ao despertar, é importante ressaltar que emi-te um alerta sonoro suave, pois esta foi uma preocupação na instalação em usar a ferramenta auditiva, mas que não atrapalhasse a concentração do cirurgião em movimentos operatórios delicados.

Além do alerta sonoro, no computador é emitido um aler-ta visual também, onde a tela de proteção fica em piscas vermelhos. Quando isso ocorre, a Enfermagem desativa o alarme e comunica o Anestesiologista.

No GPISC, dentre as discussões nos encontros, foi soli-citado à atuação de farmacêutico no processo multiprofis-sional referente a sinalização do antibiótico profilático no Centro Cirúrgico, como forma de somar responsabilidades e propriedades neste tema, no que diz respeito à seguran-ça e benefício para o paciente.

Elaborado desta forma, impresso para estratificação do ATB a ser indicado conforme o procedimento cirúrgico a ser realizado.

Em determinado momento, uma Farmacêutica ficava in loco no CC avaliando pacientes em uma sala de admissão preenchendo as informações conforme anexo 2

Com as informações do impresso carbonado em 02 vias preenchidas, uma via na sala de admissão (original) seguia com o paciente para sala operatória e a outra via (segunda) ficava em mãos da Farmacêutica para apurações e esta-tísticas.

Durante 03 meses houve a presença dessa profissional no CC, avaliando os pacientes e recomendando o ATB através do impresso que era apresentado a toda equipe no Check List de Cirurgia Segura. Dessa forma, observou – se maior adesão ao Protocolo Institucional de ATB.

Foi realizado um monitoramento dos processos do Cen-tro Cirúrgico inicialmente pelo SCIH com visitas pontuais em cirurgias de grande porte, além da visita técnica, com um check-list a fim de analisar todo processo de acompa-nhamento de cirurgia pré, intra e pós-operatório.

Em avaliações voltadas a recursos do Centro Cirúrgico, foi avaliado condições dos aparelhos de ar condicionado.

Existia grande dificuldade para a higienização dos filtros destes aparelhos, onde não era estabelecida uma periodi-cidade pelo setor de Manutenção.

Após discussões com o setor envolvido e empresa ter-ceira, foi estabelecido manutenção e higienização mensal dos aparelhos de ar condicionado do Centro Cirúrgico.

Outra questão notada era a condição do transporte de materiais do setor Suprimentos para o Centro Cirúrgico. Verificado que os containers que acondicionavam mate-riais para transporte, por vezes, estavam em condições inapropriadas, apresentando quinas quebradas e pontas agudas e sujidades visíveis. Também observou - se outro problema: excesso de carga nestes compartimentos, onde foi percebido que as embalagens ficavam amassadas e em determinados casos até perfurada.

Essa questão foi pontuada em encontro do GPISC, pela grupo contar com Farmacêutica, de forma breve, ocor-reram trocas dos containers inapropriados e orientação à equipe de Suprimentos a não exceder cargas a serem transportadas.

Um tema de grande repercussão, talvez um dos mais im-portantes e desafiadores para o grupo foi discutir barreiras de segurança para o processo de eficácia de administra-ção do antibiótico profilático.

Os desafios se tornavam diversos: garantir a indicação correta do antibiótico no Check List de Cirurgia Segura, a dosagem adequada de acordo com o peso do paciente e a continuidade da antibioticoterapia no pós - operatório para casos que possuíssem indicação.

No ano de 2014 foi verificado que todos os pacientes que possuíam indicações de repiques de ATB não receberam de forma adequada a segunda dose.

Para o sucesso da administração correta dos antimicro-bianos no Centro Cirúrgico, é observada uma responsabi-lidade multiprofissional dos participantes do Check List de Cirurgia Segura.

Com as evidências de quebras de barreira, foi pensado em desenvolver uma ferramenta que sinalizasse de forma nítida a necessidade de administração da segunda dose de antimicrobiano.

Após várias discussões e buscas por ferramentas, foi encontrado um despertador online, com disponibilidade de baixar o aplicativo na área de trabalho de cada com-

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Após este período, por adequações de quadro profissio-nal, não foi mais possível a presença da profissional Farma-cêutica in loco no CC, sendo levado ao GPISC a proposta de continuar com as avaliações do Farmacêutico, porém de uma forma diferenciada.

Sendo assim, o Grupo elaborou uma estratégia, baseado no histórico de ISC em cirurgias limpas x cirurgias de gran-de porte e especial realizadas na Instituição.

O Enfermeiro do CC do plantão antecedente as cirurgias classificadas em: Neurocirurgias (inclui cirurgias em colu-na espinhal), Cardíacas, Cirurgias em Quadril e em Fêmur, realiza ligação a ramais denominados como “Disk Farma-cêutico”, onde será solicitada a avaliação prévia do ATB ao paciente elegível conforme o estabelecido.

Este profissional se direciona a unidade do paciente, re-alizará a avaliação e indicação do ATB no impresso men-cionado.

Este impresso prosseguirá com o paciente até o CC e será mencionado durante o Sign in do Check List de Ci-rurgia Segura. Este processo foi amplamente repercutido na Instituição de forma positiva. Todas as implementações houve a necessidade de treinamentos da Equipe Assisten-cial do Centro Cirúrgico em 100%.

No período de janeiro a maio de 2016, após o processo de avaliação do farmacêutico se consolidar por toda insti-tuição, houve um aumento significativo no número de ci-rurgias avaliadas, com a recomendação do antibiótico pro-filático, conforme gráfico abaixo.

Gráfico 1 - Números de avaliações/mês 2016

Tivemos 128 procedimentos cirúrgicos neste mesmo perí-odo e foram avaliadas cerca de 44% dos antibióticos profilá-ticos.

No gráfico 2 podemos observar o volume de cirurgias ava-liadas por procedimento elegível.

Gráfico 2 - Volume de cirurgias avaliadas

De todos os procedimentos acompanhados, observamos que os procedimentos de fêmur foram os mais avaliados, por se tratar da cirurgia com maior incidência dentro do grupo elegível (gráfico 3).

Gráfico 3 - Adesão ao antibiótico profilaxia por procedi-mento

Encontramos grande oportunidade de melhoria na ade-são as cirurgias de correção de fratura de fêmur e cardíacas, devido aos seguintes fatores:1) Não seguimento do protocolo institucional pelo médico;2) Não adesão à intervenção farmacêutica;3) Paciente em tratamento prévio como medida terapêutica.

Frente a não adesão do médico pelo protocolo institucio-nal e intervenção farmacêutica, é realizado um trabalho de orientação junto a Gerência e Coordenação médica, para que haja justificativas pelas quais o antibiótico não está ade-quado.

Diante do sucesso das ações da farmácia no GPISC, foi

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A Equipe foi treinada e informativos foram dispostos no setor.

Outro tema discutido foi a eficácia do processo de lim-peza de instrumentais do setor. Dessa forma, em busca de melhorias, foi realizado benchmarking com sete Hospitais de Grande Porte da região metropolitana de São Paulo, a fim de buscar inovação no processo de limpeza.

Em dois desses Hospitais, houve a informação de utiliza-ção no expurgo, de um vaporizador com apropriação para artigos canulados e outros artigos, funcionando através de vapor com ar comprimido e escovas de limpeza que emitem jatos dentro dos lúmens de materiais.

Através das informações houve interesse do material, fo-ram buscadas mais informações junto a empresa fornece-dora do equipamento. Este acontecimento se deu no ano de 2015.

Em seguida, o equipamento foi inserido no planejamento estratégico para aquisição no ano de 2016.

estendida a avaliação farmacêutica para pacientes cirúrgi-cos, em uma clínica médica, afim de garantir o tempo ade-quado de antibiótico profilaxia no pós cirúrgico.

Também durante os processos de melhorias, com a re-presentatividade do Enfermeiro (a) do CME (Centro de Ma-teriais de Esterilização), foram abordadas melhorias para o processamento de materiais.

Conforme o artigo 107 da RDC 15/2012 que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produ-tos para saúde e dá outras providências, O trabalhador res-ponsável pelo transporte deve receber treinamento quanto à higienização das mãos e uso de equipamento de proteção individual9.

Seguido esta norma, no que diz respeito à Higiene de Mãos ao processo do CME, foi elaborado informativo ins-pirado nos 05 Momentos de Higiene de Mãos preconizado com o paciente pela OMS, implementando ao invés do pa-ciente, o material a ser processado:

40

1 - Antes do contato com o material: Instrumental ou inalatório. Por quê? Para evitar transferência de flora microbiana transitória ao material ou invólucro do material embalado ou que será preparado.

2 - Antes de manusear os insumos do CME: todos os insumos. Por quê? Para evitar transferência de flora microbiana transitória ao insumo que será utilizado no material ou em áreas próximas.

3 - Antes de operacionalizar equipamentos: todos equipamentos, com exceção os do expurgo, onde o funcionário deve estar previamente paramentado. Por quê? Evitar a contaminação nas áreas de operacionalização dos equipamentos.

4 - Antes de calçar as luvas: em qualquer tipo de luva a ser usada. Por quê? Garantir as mãos higienizadas no desenvolvimento das atribuições.

3 - Após a realização de qualquer procedimento operacional com equipamentos, instrumentais e OPMEs. Por quê? Garantir a integridade da higiene das mãos para o colaborador e prevenção de doenças por contato.

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Atualmente o recurso encontra – se em fase final de aqui-sição com o Departamento de Compras.

Ainda pertinente ao processo do CME, foi determinado e orientado a equipe a obrigatoriedade das fases para o pro-cesso de limpeza: manual, ultrassônica e termodesinfecção para maior segurança nesta fase do processo.

Através das implentações mencionadas neste trabalho, o cenário com histórico de ISC até o presente, está no gráfico 4:

Gráfico 4 - Cenário de Infecção de Sítio Cirúrgico

O GPISC permanece em atuação, buscando continua-mente propostas de melhorias para o processo. No ano de 2016, as reuniões estão ocorrendo de forma mensal para discussões de propostas.

Descrição do RelatoNa experiência em 1 ano e 05 meses com o GPISC é possí-

vel identificar que os desafios com a prevenção é constante

e não existe uma formulação pronta para evitar as ISC.Uma das intenções é transmitir sugestões para inovações

em outros serviços e demonstrar que os profissionais de-vem manter as atenções aguçadas para este tema cons-tantemente, estudando sua realidade e a modificando com pequenas, médias e grandes ações.

Na Instituição praticada este exercício de melhorias contí-nuas, observa – se ainda muitos desafios para um progresso ainda mais satisfatório.

O GPISC já identificou realidade de outros serviços que fazem busca ativa de ISC através de sistema de call center com o paciente, esta prática ainda é discutida na institui-ção onde é possível enxergar maior captação de casos, com maiores possibilidades de melhorias posteriormente.

O envolvimento com o Farmacêutico deve ser melhora-do continuamente, hoje são elegíveis 04 casos de avaliação deste profissional para ATB previamente: Neurocirurgias (in-cluindo colunas), Cirurgias Cardíacas, Cirurgias em Quadril e Fêmur.

Há pretensões de gradativamente expandir essas espe-cialidades, focando nas maiores necessidades da Institui-ção.

O trabalho deve ser intensificado com o apoio da Direto-ria Clínica no que diz respeito às adesões ao Protocolo de Prevenção de ISC com equipes médicas, para otimização constante das boas práticas.

A prática de programação de um alarme de ATB é bem in-teressante e pertinente ao processo, mas requer treinamen-tos constantes à equipe assistencial, devido a mudanças por adequações de quadros de colaboradores. Além disso, o monitoramento dos Enfermeiros do Centro Cirúrgico se torna essencial para a eficácia desta rotina.

Outra intenção deste trabalho é compartilhar a experiên-cia para que outros profissionais que consultem possam ve-rificar possibilidades de melhorias semelhantes pertinentes aos seus processos, agregando mais segurança ao paciente cirúrgico.

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Referências1 • Gebrim CFL, Rodrigues JG, Queiroz MNR, Barreto RASS, Palos MAP. Análise da Profilaxia Antimicrobiana para a Prevenção da Infecção do Sítio Cirúrgico em um Hospital do Centro – Oeste Brasileiro. Cienc. enferm. [online]. 2014, vol.20, n.2, pp. 104. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95532014000200011. Acesso em: 20/04/2016.

2 • Fusco SFB, Massarico NM, Alves MVMFF, Fortaleza CMCB, Pavan ECP, Palhares VC, et al. Infecção de Sítio Cirúrgico e seus fatores de risco em cirurgia de colón.

3 • Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Crité-rios Nacionais de Infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília: 2013. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(1):43-9, p. 44. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000100006. Acesso em 20/04/2016.

4 • Ribeiro JC, Santos CB, Belusse GC, Rezende VF, Gal-vão CM. Ocorrência e fatores de risco para infecção de sí-tio cirúrgico em cirurgias ortopédicas. Acta paul. enferm. [online]. 2013, vol.26, n.4, pp.353-359. ISSN 1982-0194. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002013000400009. Acesso em 20/05/2016.

5 • Grinbaum RS, Destra AS et al. Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico. 3ª edição revisada e ampliada. APECIH. 2009. 120p

6 • Centers for Disease Control and Prevention. Identify-ing Healthcareassociated Infections January 2013 [Cited 2016 Maio 10]; 14p. Available from: www.cdc.gov/nhsn/PDFs/pscManual/2PSC_IdentifyingHAIs_NHSNcurrent.pdf. Acesso em 17/05/2016.

7 • Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Manual de orientações e critérios diagnósticos hospi-tal geral. Sistema de vigilância epidemiológica das in-fecções hospitalares do Estado de São Paulo.2015. Aces-so em 17/05/2016.

8 • Oliveira AC, Gama CS. Avaliação da adesão às medi-das para a prevenção de infecções do sítio cirúrgico pela equipe cirúrgica. Rev Esc Enferm USP. 2015;49(5):767-774. DOI 10.1590/s0080-623420150000500009. Acesso em: 04/05/2016.

9 • Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 15, de 15 de março de 2012.

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ATIVIDADE Nø DE PONTOS

Congresso nacional da especialidade

Congresso da especialidade no exterior

Congresso/jornada regional/estadual da especialidade

Congresso relacionado à especialidade com apoio da

sociedade nacional da especialidade

Outras jornadas, cursos e simpósios

Programa de educação à distância por ciclo

Artigo publicado em revista médica

Capítulo em livro nacional ou internacional

Edição completa de livro nacional ou internacional

Conferência em evento nacional apoiado pela

Sociedade de Especialidade

Conferência em evento internacional

Conferência em evento regional ou estadual

Apresentação de tema livre ou pôster em congresso ou

jornada da especialidade

Participação em banca examinadora (mestrado,

doutorado, livre-docência, concurso, etc.).

Mestrado na especialidade

Doutorado ou livre docência na especialidade

Coordenação de programa de residência médica

Projetos de pesquisa aprovado

Elaboração de manual de rotinas

Congresso internacional

Apresentação congresso internacional (São Camilo)

Reuniões Científicas

Coordenação de Eventos

Eventos

Atividades Científicas

Atividades Acadêmicas

Atividades Institucionais

TOTAL OBRIGATÓRIO ANUALMENTE Do total obrigatório anualmente, 20 pontos deverão ser em atividades institucionais.

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0,5/h (mín.1 e máx.10)

0,5/h (máx.10)

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02

02 (máx. 10)

05

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5/ano

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10

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+03

1,0/h

5,0 (máx. 20)

REGRAS DE PREMIAÇÃO

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BENEFÍCIOS DIAMANTE PRATAOURO BRONZE

Pontos mínimos para atingir a premiação

Confecção de Banner / Assessoria

Inscrição em Congresso Nacional

Inscrição em Congresso Internacional

Viagem (passagem)

Pacote completo para Congresso Nacional

(passagem, inscrição, banner)

Pacote completo para Congresso Internacional

(passagem, inscrição, banner)

Intercambio internacional

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COTAS PARA PREMIAÇÃO

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Milena Nathalia Shingu Funai

José Antônio Pinto

Davi Knoll Ribeiro

Adma R. Y. Zavanela

André Freitas Cavallini Da Silva

Cauê Duarte

Gabriel S. Freitas

Fabiola Esteves G. Caldas

Larissa S. Barrero

Renan Rocha Da Nóbrega

Renata de S. Lima Barhum

Daniel Pires Penteado Ribeiro

Antonio Abel Pierre Paupério

Heloisa dos Santos Sobreira Nunes

Alexandre de Castro Costa

Mariana Carneiro Barbosa de Brito

Luiz Eduardo Barreto

Lara Marinho Reis

Ouro

Ouro

Prata

Prata

Prata

Prata

Prata

Prata

Prata

Prata

Prata

Prata

Prata

Prata

Prata

Bronze

Bronze

Bronze

PREMIAÇÕES IEP - RESULTADO 2015

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