96
Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1. A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Edição: Direcção-Geral de Estudos, Estatística e Planeamento Preço (IVA incluído 5 %) G 9,12 Centro de Informação e Documentação BOL. TRAB. EMP. 1. A SÉRIE LISBOA VOL. 72 N. o 37 P. 5209-5304 8-OUTUBRO-2005 Pág. Regulamentação do trabalho ................ 5213 Organizações do trabalho ................... 5299 Informação sobre trabalho e emprego ......... ... ÍNDICE Regulamentação do trabalho: Pág. Despachos/portarias: ... Regulamentos de condições mínimas: ... Regulamentos de extensão: ... Convenções colectivas de trabalho: — CCT entre a ANCIPA — Assoc. Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares e a FESAHT — Feder. dos Sind. da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (pastelaria, confeitaria e conservação de fruta — apoio e manutenção) — Revisão global .............................................................. 5213 — CCT entre a ASCOOP — Assoc. das Adegas Cooperativas do Centro e Sul de Portugal e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores de Serviços e outros — Alteração salarial e outras .......................................... 5235 — CCT entre a ANCIPA — Assoc. Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares (indústria de batata frita, aperitivos e similares) e a FESAHT — Feder. dos Sind. da Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e outra — Alteração salarial e outras .......................................................................... 5238 — CCT entre a ANCIPA — Assoc. Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares e a FESAHT — Feder. dos Sind. da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (pastelaria, confeitaria e conservação de fruta — pessoal fabril) — Alteração salarial e outras .......................................................... 5240 — CCT entre a Assoc. Comercial do Dist. de Beja e o CESP — Sind. dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outro — Alteração salarial e outras ............................................................... 5241 — AE entre a VALORSUL — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte), S. A., e o SINDEL — Sind. Nacional da Ind. e da Energia — Revisão global ......................................... 5243 — AE entre a VALORSUL — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte), S. A., e o SINQUIFA — Sind. dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas — Revisão global .................................................................................................... 5265 — AE entre o Futebol Clube do Porto e o CESP — Sind. dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outros — Revisão global ................................................................................... 5287

Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Boletim do 37Trabalho e Emprego 1.A SÉRIEPropriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade SocialEdição: Direcção-Geral de Estudos, Estatística e Planeamento Preço (IVA incluído 5%)

G 9,12Centro de Informação e Documentação

BOL. TRAB. EMP. 1.A SÉRIE LISBOA VOL. 72 N.o 37 P. 5209-5304 8-OUTUBRO-2005

Pág.

Regulamentação do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . 5213

Organizações do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5299

Informação sobre trabalho e emprego . . . . . . . . . . . .

Í N D I C E

Regulamentação do trabalho:

Pág.

Despachos/portarias:. . .

Regulamentos de condições mínimas:. . .

Regulamentos de extensão:. . .

Convenções colectivas de trabalho:

— CCT entre a ANCIPA — Assoc. Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares e a FESAHT — Feder.dos Sind. da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (pastelaria, confeitaria e conservaçãode fruta — apoio e manutenção) — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5213

— CCT entre a ASCOOP — Assoc. das Adegas Cooperativas do Centro e Sul de Portugal e a FETESE — Feder. dosSind. dos Trabalhadores de Serviços e outros — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5235

— CCT entre a ANCIPA — Assoc. Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares (indústria de batatafrita, aperitivos e similares) e a FESAHT — Feder. dos Sind. da Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugale outra — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5238

— CCT entre a ANCIPA — Assoc. Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares e a FESAHT — Feder.dos Sind. da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (pastelaria, confeitaria e conservaçãode fruta — pessoal fabril) — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5240

— CCT entre a Assoc. Comercial do Dist. de Beja e o CESP — Sind. dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviçosde Portugal e outro — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5241

— AE entre a VALORSUL — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte),S. A., e o SINDEL — Sind. Nacional da Ind. e da Energia — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5243

— AE entre a VALORSUL — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte),S. A., e o SINQUIFA — Sind. dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas — Revisãoglobal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5265

— AE entre o Futebol Clube do Porto e o CESP — Sind. dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugale outros — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5287

Page 2: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5210

— CCT entre a AIM — Assoc. Industrial do Minho e o Sind. Independente dos Trabalhadores do Sector Empresarial daCerâmica, dos Cimentos, do Vidro e Actividades Conexas dos Dist. de Braga, Porto e Viana do Castelo (revisãoglobal) — Rectificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5298

Organizações do trabalho:

Associações sindicais:

I — Estatutos:

— SPZCENTRO — Sind. dos Professores da Zona Centro — Rectificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5299

II — Corpos gerentes:

— Sind. Nacional dos Psicólogos — SNP — Rectificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5299

Associações de empregadores:

I — Estatutos:

— Assoc. Portuguesa das Empresas de Factoring — APEF — Cancelamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5300

II — Direcção:. . .

III — Corpos gerentes:

— Assoc. de Operadores do Porto de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5301

Comissões de trabalhadores:

I — Estatutos:. . .

II — Identificação:

— SCC — Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, S. A. — Rectificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5301

— Sociedade Corticeira Robinson Bros, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5301

— Banco Comercial Português — Substituição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5302

— Banco BPI, S. A. — Rectificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5302

Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho:

I — Convocatórias:

— VALEO — Cabinal Portuguesa, L.da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5302

— Nexans Portugal — Fios Esmaltados, Unipessoal, L.da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5302

II — Eleição de representantes:

— ICOMATRO — Madeiras do Centro, L.da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5303

— MARTINOX, Martins & Coutinho, L.da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5303

— MARTIFER — Alumínios, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5303

Page 3: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

SIGLAS

CCT — Contrato colectivo de trabalho.ACT — Acordo colectivo de trabalho.PRT — Portaria de regulamentação de trabalho.PE — Portaria de extensão.CT — Comissão técnica.DA — Decisão arbitral.AE — Acordo de empresa.

ABREVIATURAS

Feder. — Federação.Assoc. — Associação.Sind. — Sindicato.Ind. — Indústria.Dist. — Distrito.

Composição e impressão: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, S. A. — Depósito legal n.o 8820/85 — Tiragem: 1700 ex.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055211

Page 4: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade
Page 5: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055213

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS. . .

REGULAMENTOS DE CONDIÇÕES MÍNIMAS. . .

REGULAMENTOS DE EXTENSÃO. . .

CONVENÇÕES COLECTIVAS DE TRABALHO

CCT entre a ANCIPA — Assoc. Nacional de Comer-ciantes e Industriais de Produtos Alimentares ea FESAHT — Feder. dos Sind. da Agricultura, Ali-mentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Por-tugal (pastelaria, confeitaria e conservação defruta — apoio e manutenção) — Revisão global.

Cláusula préviaAlteração

A presente revisão altera o CCT para a indústria depastelaria, confeitaria e conservação de fruta (apoio emanutenção), publicado no Boletim do Trabalho eEmprego, n.o 13, de 8 de Abril de 1982, e última alteraçãono n.o 25, de 8 de Julho de 2003.

Cláusula 1.a

Área e âmbito

1 — O presente CCT aplica-se em todo o territórionacional e obriga, por um lado, as empresas que sedediquem ao fabrico de pastelaria (incluindo a conge-lada), confeitaria e conservação de fruta representadaspela ANCIPA — Associação Nacional de Comerciantese Industriais de Produtos Alimentares e, por outro lado,os trabalhadores ao seu serviço, com as categorias pro-fissionais nele previstas, representados pelas associaçõessindicais outorgantes.

2 — O presente CCT abrange 350 empresas e698 trabalhadores.

Page 6: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5214

Cláusula 2.a

Vigência do contrato

1 — Este contrato colectivo de trabalho entra emvigor à data da sua publicação no Boletim do Trabalhoe Emprego e vigorará pelo período de 24 meses, salvose período inferior vier a ser estabelecido por lei.

2 — As tabelas salariais produzirão efeitos a partirde 1 de Janeiro de 2005.

3 — A denúncia do presente CCT não poderá serfeita sem que tenham decorrido, respectivamente, 20ou 10 meses sobre a data da publicação, conforme setrate de revisão global ou de revisão intercalar das remu-nerações mínimas.

4 — A denúncia, feita por escrito, será acompanhadade proposta de alteração, devendo a outra parte res-ponder no decurso dos 30 dias imediatos contados apartir da recepção daquela.

5 — As negociações iniciar-se-ão dentro de 15 diasa contar do termo do prazo fixado no número anterior.

6 — Decorridos os prazos mínimos fixados para adenúncia, esta é possível a qualquer momento, perma-necendo aplicáveis todas as disposições desta cláusulaquando haja prorrogação da vigência do acordo.

7 — Enquanto não entrar em vigor um novo textode revisão, mantém-se vigente o contrato a rever.

CAPÍTULO II

Admissão e carreira profissional

Cláusula 3.a

Admissão

As condições mínimas de admissão para o exercíciodas funções inerentes às categorias constantes do con-trato colectivo de trabalho são as previstas no anexo IIdeste contrato.

Cláusula 4.a

Período experimental

1 — Salvo estipulação em contrário, a admissão dostrabalhadores obedece os períodos experimentais pre-vistos na lei.

2 — Tendo o período experimental durado mais de60 dias, para denunciar o contrato nos termos previstosno número anterior, o empregador tem de dar um avisoprévio de sete dias.

3 — Quando a entidade patronal fizer cessar o con-trato sem respeitar o aviso prévio fixado no númeroanterior, o trabalhador receberá uma indemnização cor-respondente ao período de aviso prévio em falta.

4 — Findo o período experimental, a admissão tor-na-se efectiva, contando-se o tempo de serviço a partirda data da admissão provisória.

5 — Quando qualquer trabalhador transitar de umaempresa para outra da qual a primeira seja associada,

deverá contar-se, para todos os efeitos, a data da admis-são na primeira, bem como a respectiva categoria pro-fissional e demais direitos previstos neste contrato colec-tivo de trabalho se, entretanto, não for aplicável outromais vantajoso.

Cláusula 5.a

Admissão para efeitos de substituição

1 — A admissão de qualquer trabalhador para efeitosde substituições temporárias entende-se feita sempre atítulo provisório, mas somente durante o período deausência do substituído e desde que esta circunstânciae o motivo da substituição constem de documentoescrito.

2 — A retribuição do substituto não pode ser inferiorà praticada na empresa para o grau ou escalão pro-fissional cujas funções ele vai exercer.

3 — Do documento de admissão, assinado por ambasas partes, devem constar, além da sua identificação edas funções a desempenhar, a indicação do motivo daadmissão e o nome do substituído, devendo ser entregueum duplicado ao trabalhador substituto.

4 — A falta do documento referido no número ante-rior implica que a admissão seja considerada conformeo disposto na cláusula 4.a

5 — Considera-se automaticamente admitido comcarácter definitivo o profissional que continue ao serviçopor mais 30 dias após o regresso à actividade efectivado substituído, e a data da admissão provisória é con-siderada, para todos os efeitos, como data da admissãodefinitiva, podendo, porém, ocupar lugar e funções dife-rentes, sem prejuízo da remuneração auferida e res-pectiva categoria.

6 — O contrato celebrado com o trabalhador substi-tuto caducará, sem prejuízo da caducidade legal, como regresso do trabalhador substituído à sua actividadedentro da empresa, obrigando-se, no entanto, a entidadepatronal a conceder ao substituto um aviso prévio deoito dias úteis (aplicar prazos previstos no n.o 1 do artigo388.o do Código do Trabalho), devendo a empresa, nesteperíodo, facultar ao trabalhador tempo necessário paracontactos conducentes a novo emprego, sem prejuízoda remuneração.

Cláusula 6.a

Categorias profissionais

Os trabalhadores abrangidos por este contrato serãoclassificados, de harmonia com as suas funções, nas cate-gorias constantes do anexo I.

Cláusula 7.a

Relações nominais e quadro de pessoal

As entidades patronais obrigam-se a organizar e aremeter nos termos e às entidades previstas na lei umarelação nominal do pessoal ao seu serviço abrangidopor este contrato, para verificação do quadro.

Page 7: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055215

Cláusula 8.a

Dotações mínimas

As dotações mínimas por cada categoria profissionalsão as previstas no anexo II.

Cláusula 9.a

Acesso e promoções

1 — A entidade patronal obriga-se a promover os tra-balhadores ao seu serviço de acordo com o estabelecidono anexo II para a respectiva categoria.

2 — Sempre que as entidades patronais, independen-temente das promoções obrigatórias previstas noanexo II, tenham necessidade de promover profissionaisa categorias superiores, devem observar as seguintespreferências:

Competência e zelo profissionais comprovados porserviços prestados, habilitações literárias e pro-fissionais e antiguidade.

Cláusula 10.a

Preenchimento de vagas por promoção interna

No preenchimento de uma vaga criada no quadroda empresa, a entidade patronal dará preferência, emigualdade de circunstâncias, aos seus empregados nascategorias inferiores, ouvida a comissão de trabalhado-res ou, na sua falta, o delegado sindical.

CAPÍTULO III

Direitos e deveres das partes

Cláusula 11.a

Deveres da entidade patronal

São deveres da entidade patronal:

a) Providenciar para que haja bom ambiente morale instalar os trabalhadores em boas condiçõesno local de trabalho, nomeadamente no que dizrespeito à higiene e segurança no trabalho, àprevenção de doenças profissionais e, ainda, àscondições de salubridade previstas na lei;

b) Promover e dinamizar, por todas as formas, aformação profissional dos trabalhadores;

c) Prestar ao sindicato todos os esclarecimentosque lhe sejam pedidos sobre quaisquer factosrelativos aos seus associados que se relacionemcom o cumprimento do presente contrato colec-tivo;

d) Cumprir as disposições da lei e deste contratocolectivo;

e) Passar certificados contendo informações decarácter profissional expressamente solicitadaspor escrito pelos trabalhadores;

f) Usar de respeito, de justiça e de lealdade emtodos os actos que envolvam relações com ostrabalhadores, assim como exigir do pessoalinvestido em funções de chefia e fiscalizaçãoque trate com correcção os trabalhadores sobas suas ordens;

g) Facultar aos seus trabalhadores que frequentemestabelecimentos de ensino oficial ou equiva-lente o tempo necessário à prestação de provasde exame, bem como facilitar-lhes a assistênciaàs aulas, nos termos da cláusula 44.a;

h) Dispensar e facilitar, nos termos da lei e destecontrato, o exercício da respectiva actividade aostrabalhadores que sejam dirigentes ou delega-dos sindicais, membros das comissões de tra-balhadores, da comissão paritária e dirigentesdas instituições de segurança social;

i) Segurar os trabalhadores nos termos da lei;j) Havendo acordo por escrito entre o trabalhador

e a empresa, descontar e enviar mensalmenteo valor da quota ao sindicato respectivo;

k) Facultar a consulta pelo trabalhador do respec-tivo processo individual, sempre que as circuns-tâncias o justifiquem;

l) Não exigir do trabalhador serviços que nãosejam exclusivamente os da sua profissão ou quenão estejam de acordo com a sua categoria,especialidade ou possibilidades físicas;

m) Confirmar, por escrito, uma ordem dada a umtrabalhador quando o mesmo, apresentandorazões válidas, tiver consciência de que o seucumprimento poderá pôr seriamente em riscoa sua integridade física ou os bens patrimoniaisda empresa ou seja contrária à sua deontologiaprofissional.

Cláusula 12.a

Deveres dos trabalhadores

São deveres dos trabalhadores:

a) Cumprir rigorosamente as cláusulas do presentecontrato;

b) Comparecer ao serviço com assiduidade e rea-lizar o trabalho com zelo e diligência, segundoas normas e instruções recebidas, salvo namedida em que estas se mostrem contrárias aosseus direitos e garantias;

c) Respeitar e tratar com urbanidade a entidadepatronal, os companheiros de trabalho e todasas pessoas que estejam ou entrem em relaçõescom a empresa, na medida em que sejamcorrespondidos;

d) Prestar, em matéria de serviço, todos os con-selhos e ensinamentos de que os subordinadosou companheiros necessitem;

e) Guardar lealdade à entidade patronal, nãodivulgando informações referentes a métodoslícitos de organização da produção e comercia-lização nem exercendo, directa ou indirecta-mente, actividade concorrencial com a empresa,salvo autorização expressa desta;

f) Zelar pelo estado e conservação do material quelhe estiver confiado e velar pela sua utilização,salvo desgaste motivado por uso normal e ouacidente;

g) Contribuir e ou executar, na medida do possível,todos os actos tendentes à melhoria da produ-tividade da empresa;

h) Cumprir e fazer cumprir as normas de salubri-dade, higiene e segurança no trabalho.

Page 8: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5216

Cláusula 13.a

Garantias dos trabalhadores

1 — É proibido à entidade patronal:

a) Opor-se, por qualquer forma, a que o traba-lhador exerça os seus direitos ou beneficie dassuas garantias, bem como despedi-lo ou apli-car-lhe sanções por causa desse exercício;

b) Exercer pressão sobre o trabalhador para queactue no sentido de influir desfavoravelmentenas condições de trabalho ou na retribuição deleou dos seus companheiros;

c) Diminuir a retribuição ou modificar as condi-ções normais de trabalho dos profissionais aoseu serviço de forma que dessa modificaçãoresulte ou possa resultar diminuição da retri-buição e demais regalias de carácter perma-nente, sem prejuízo do previsto na lei;

d) Transferir o trabalhador para outro local de tra-balho ou zona de actividade, salvo o dispostonas cláusulas 14.a, 15.a e 16.a;

e) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a uti-lizar serviços fornecidos pela entidade patronalou por pessoa por ela indicada;

f) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer canti-nas, refeitórios, economatos e outros estabele-cimentos para fornecimento de bens ou pres-tação de serviços aos trabalhadores;

g) Despedir e readmitir um trabalhador, mesmocom o seu acordo, havendo o propósito de oprejudicar em direitos ou garantias já adqui-ridos;

h) Despedir o trabalhador contra o disposto nestecontrato e na lei;

i) Intervir por qualquer meio na organização dostrabalhadores dentro da empresa, desde queestes actuem em cumprimento da lei;

j) Fazer promessas ou ameaças aos trabalhadorescom o fim de levá-los a tomar posições políticasou partidárias;

k) Exercer pressão sobre os trabalhadores para quedivulguem matéria de segredo profissional.

2 — A prática, por parte da entidade patronal, dequalquer acto em contravenção com o disposto nestacláusula dá ao trabalhador lesado a faculdade de res-cindir o contrato de trabalho com direito à indemnizaçãofixada na cláusula 4.a

3 — Constitui violação das leis de trabalho, e comotal será punida, a prática dos actos previstos nestacláusula.

Cláusula 14.a

Transferência de local de trabalho — Princípio geral

Entende-se por transferência do local de trabalhotoda e qualquer alteração do contrato que seja tendentea modificar o local habitual de trabalho, ainda que commelhoria imediata da retribuição.

Cláusula 15.a

Transferência colectiva por mudança totalou parcial do estabelecimento

1 — A entidade patronal pode transferir o trabalha-dor para outro local de trabalho, nomeadamente se a

alteração resultar da mudança, total ou parcial, do esta-belecimento onde aquele presta serviço.

2 — O trabalhador, querendo rescindir o contrato,tem direito à indemnização fixada neste contrato paradespedimento se demonstrar que da mudança resultaprejuízo sério para si.

3 — Por «prejuízo sério» entende-se aquele que é sus-ceptível de provocar ao trabalhador perda ou desvan-tagens graves em bens, de carácter patrimonial ou não.

4 — A faculdade de rescisão referida no n.o 2 man-tém-se durante os quatro meses subsequentes à trans-ferência efectuada nos termos desta cláusula desde queo trabalhador prove a existência de prejuízo sério impre-visível à data em que deu o seu acordo.

5 — Será ouvida a comissão sindical, delegado sin-dical ou, na falta destes, o sindicato para apreciaçãodo prejuízo sério invocado pelo trabalhador, sempre queentre este e a entidade patronal não haja acordo acercadessa natureza.

6 — Em caso de transferência do local de trabalhoa título definitivo ou provisório, a entidade patronalcusteará não só as despesas de deslocação do traba-lhador e agregado familiar, mobiliário e outros, comotambém suportará o aumento do custo da renda da habi-tação, que será pago em recibo separado.

Cláusula 16.a

Transferência individual

1 — Toda e qualquer transferência de local de tra-balho, ainda que envolva uma pluralidade de trabalha-dores, que não seja motivada pela mudança total ouparcial do estabelecimento entende-se como transferên-cia individual.

2 — A transferência do trabalhador nos termos donúmero anterior será feita de acordo com a parte finaldo n.o 1 e com o n.o 5 da cláusula anterior.

3 — O trabalhador pode rescindir o contrato duranteos quatro meses subsequentes e receber as indemni-zações fixadas neste contrato para o despedimento seprovar que da transferência resultou prejuízo sério ese a entidade patronal se recusar a colocá-lo de novono local anterior.

CAPÍTULO IV

Cláusula 17.a

Período normal de trabalho

1 — O período normal de trabalho será de oito horaspor dia e quarenta horas por semana, sem prejuízo doshorários de menor duração já praticados.

2 — O período normal de trabalho diário deverá serinterrompido por intervalo de duração não inferior auma nem superior a duas horas, de modo que os tra-balhadores não prestem mais de cinco horas de trabalhoconsecutivo.

Page 9: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055217

Cláusula 18.a

Trabalho suplementar

1 — Considera-se trabalho suplementar o prestadofora do período normal de trabalho.

2 — O trabalhador é obrigado a realizar a prestaçãode trabalho suplementar, salvo quando, havendo moti-vos atendíveis, expressamente solicite a sua dispensa.

3 — O trabalho suplementar fica sujeito, por traba-lhador, ao limite de duzentas horas por ano.

4 — Em prestação de trabalho suplementar haveráum intervalo de quinze minutos entre o período normale o período de trabalho suplementar, que contará, paratodos os efeitos, como trabalho prestado.

5 — Se o trabalho for prestado em dia de descansosemanal (com exclusão do complementar), o trabalhadorterá direito a descansar num dos três dias subsequentes,sem perda da retribuição a que tiver direito.

6 — A realização de horas suplementares, assim comoo motivo que as origina, será obrigatoriamente registadaem livro próprio.

Cláusula 19.a

Remuneração de trabalho suplementar

1 — O trabalho suplementar dá direito a uma retri-buição especial, a qual será igual à retribuição normalacrescida das seguintes percentagens:

a) 75% se o trabalho for diurno;b) 100% se for nocturno, incluindo já o acréscimo

legal;c) 200% se for prestado em dia de descanso sema-

nal, feriado ou descanso complementar, mesmoque seja nocturno.

2 — Para efeitos da alínea b) do número anterior,considera-se trabalho nocturno o prestado entre as20 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte.

3 — A entidade patronal fica obrigada a assegurarou a pagar o transporte sempre que o trabalhador prestetrabalho suplementar nos casos em que é obrigatório.O tempo gasto neste transporte é também pago comotrabalho suplementar, excepto se este for prestado emprolongamento do horário normal geral.

4 — Nos casos em que o trabalho suplementar é obri-gatório e se prolongue para além de duas horas, seráassegurada ao trabalhador uma refeição.

5 — O trabalhador é obrigado a realizar a prestaçãode trabalho suplementar, salvo quando, havendo moti-vos atendíveis, expressamente solicite a sua dispensa.

6 — A fórmula a considerar no cálculo das horas sim-ples para a remuneração do trabalho suplementar é aseguinte:

Vencimento mensal × 12Horas de trabalho semanal × 52

Cláusula 20.a

Isenção de horário de trabalho

1 — Os trabalhadores que venham a ser isentos dehorário de trabalho nos termos legais têm direito a retri-buição especial.

2 — Sempre que a isenção implicar a possibilidadede prestação de trabalho para além do período normal,a retribuição especial prevista no número anterior nuncaserá inferior à correspondente a uma hora de trabalhosuplementar por dia.

3 — O trabalhador isento de horário de trabalho nãoestá condicionado nos períodos de abertura e termodo estabelecimento.

CAPÍTULO V

Retribuição mínima do trabalho

Cláusula 21.a

Retribuição mínima

Para efeitos de retribuição do trabalho, as categoriasprofissionais abrangidas por este contrato são agrupadasem níveis, correspondendo a cada nível uma remune-ração mínima mensal, nos termos dos anexos III e IV.

Cláusula 22.a

Tempo e forma de pagamento

1 — O pagamento a cada trabalhador deve ser efec-tuado até ao último dia de cada mês.

2 — No acto de pagamento da retribuição, a empresaé obrigada a entregar aos trabalhadores um talão, preen-chido de forma indelével, no qual figurem:

O nome completo do trabalhador, a respectiva cate-goria, classe, escalão ou grau, os números debeneficiário da segurança social e de sócio dosindicato, o período de trabalho a que corres-ponde a remuneração, diversificando as impor-tâncias relativas ao trabalho normal, às horassuplementares, ao trabalho prestado em dia dedescanso semanal ou feriado, às diuturnidades,subsídios, descontos e montante líquido a rece-ber.

3 — O pagamento será feito em dinheiro, por chequeou transferência bancária.

4 — O pagamento será feito ao mês, qualquer queseja o horário e a categoria do trabalhador.

Cláusula 23.a

Retribuição dos trabalhadores que exerçamfunções inerentes a diversas categorias

1 — Sempre que um trabalhador execute com regu-laridade os serviços de diferentes categorias, escalõesou classes, receberá unicamente o ordenado estipuladopara a mais elevada.

2 — Qualquer trabalhador poderá, porém, ser colo-cado em funções de categoria superior, a título expe-

Page 10: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5218

rimental, durante um período que não poderá exceder60 dias, seguidos ou não, findo o qual, se continuarno exercício dessas funções, será promovido à categoriaem que foi colocado a título experimental.

3 — Quando se verifique a situação referida nonúmero anterior, será dado imediato conhecimento porescrito ao trabalhador.

4 — O trabalho ocasional em funções diferentes decategorias mais elevadas não dá origem a mudança decategoria.

5 — Considera-se ocasional um trabalho deste géneroquando não ocorra por um período superior atrinta horas por mês, não podendo, no entanto, excederduzentas horas durante um ano.

Cláusula 24.a

Substituições temporárias

1 — Sempre que um trabalhador substitua integral-mente outro de categoria e ou retribuição superior, pas-sará a receber o ordenado estabelecido para a categoriado substituído e durante o tempo em que a substituiçãodurar.

2 — Se a substituição durar mais de 120 dias de calen-dário, o substituto manterá o direito a retribuição igualà da categoria do substituído quando, finda a substi-tuição, regressar ao desempenho das funções anteriores,salvo tratando-se de substituição motivada por doença.

3 — Após um mês de substituição, o trabalhador subs-tituto, desde que se mantenha em efectiva prestaçãode serviço, não poderá ser afastado das funções senãocom a apresentação do trabalhador substituído ou amanifesta incapacidade para desempenhar as funçõesdeste.

Cláusula 25.a

Diuturnidades

As empresas obrigam-se a respeitar o esquema dediuturnidades aos trabalhadores que delas já beneficiam.

Cláusula 26.a

Subsídio de Natal

1 — Todos os trabalhadores terão direito a receberpor ocasião do Natal, até ao dia 15 de Dezembro, umsubsídio, em dinheiro, de valor igual ao da retribuiçãomensal.

2 — Os trabalhadores admitidos depois de 1 deJaneiro do ano a que se refere o subsídio têm direitoa receber tantos duodécimos quantos os meses de tra-balho prestado.

3 — No caso da cessação ou suspensão do contratode trabalho, o trabalhador terá sempre direito a receberum subsídio de Natal proporcional ao tempo de trabalhoprestado no próprio ano da cessação

4 — Para efeitos do disposto nos n.os 2 e 3 desta cláu-sula, considera-se como mês completo qualquer fracção

igual ou superior a 10 dias, além do número de mesescompletos.

Cláusula 27.a

Subsídio de turnos

1 — Os trabalhadores abrangidos por este CCT aufe-rirão o subsídio de turnos que na empresa seja praticadopara o pessoal da laboração, em igualdade de cir-cunstâncias.

2 — O subsídio de turnos anteriormente praticado nasempresas para os fogueiros fica expressamente revogadopela presente convenção, beneficiando aqueles apenasdo subsídio previsto no número anterior.

Cláusula 28.a

Abono para falhas

Aos trabalhadores que desempenham funções derecebimentos ou pagamento de valores é atribuído umabono mensal para falhas no montante de E 17,50.

CAPÍTULO VI

Suspensão da prestação de trabalho

a) Descanso semanal e feriados

Cláusula 29.a

Descanso semanal

1 — O descanso semanal é ao domingo, havendoum dia de descanso complementar, o sábado.

2 — Por acordo entre o trabalhador e a entidadepatronal, pode fixar-se o descanso complementar àsegunda-feira se as necessidades da empresa o impu-serem, devendo, em caso de desacordo, a posição decada uma das partes ser fundamentada por escrito, com-petindo sempre a decisão final à entidade patronal.

Cláusula 30.a

Feriados

São considerados feriados obrigatórios para os tra-balhadores abrangidos por este contrato os seguintesdias:

1 de Janeiro;Terça-feira de Carnaval;Sexta-Feira Santa ou segunda-feira de Páscoa;Domingo de Páscoa;25 de Abril;1 de Maio;Corpo de Deus;10 de Junho;15 de Agosto;5 de Outubro;1 de Novembro;1 de Dezembro;8 de Dezembro;25 de Dezembro;Feriado municipal ou, na sua falta, o feriado de

tradição local ou de sede do distrito onde o tra-balho é prestado.

Page 11: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055219

Cláusula 31.a

Retribuição do trabalho em dia de descanso semanal

1 — O trabalho prestado em dia de descanso semanaldá ao trabalhador o direito de descansar num dostrês dias seguintes e a receber um acréscimo de 200%à sua retribuição normal.

2 — Aplica-se ao serviço prestado nos feriados obri-gatórios o disposto no número anterior quanto àretribuição.

b) Férias

Cláusula 32.a

Duração das férias

1 — Sem prejuízo do disposto no n.o 3 do artigo 213.odo Código do Trabalho, todos os trabalhadores abran-gidos por este contrato terão direito a gozar, em cadaano civil, e sem prejuízo da retribuição normal, umperíodo de férias de 22 dias úteis.

2 — O direito a férias vence-se no dia 1 de Janeirodo ano civil seguinte àquele a que diga respeito.

3 — No ano de admissão, os trabalhadores gozarãoférias nos termos da lei.

4 — O período de férias destinado a cada trabalhadorserá fixado por acordo entre este e a entidade patronal.Em caso de desacordo, a entidade patronal fixa as fériasentre 1 de Maio e 31 de Outubro.

5 — Os trabalhadores do mesmo agregado familiarque estejam ao serviço da mesma empresa gozarão, comacordo da entidade patronal, as férias simultaneamentese nisso tiverem conveniência.

6 — A entidade patronal elaborará obrigatoriamenteum mapa de férias que afixará nos locais de trabalhoaté 31 de Março do ano em que as férias vão ser gozadas.

7 — Os trabalhadores poderão acumular dois anosde férias desde que desejem gozá-las nas Regiões Autó-nomas dos Açores ou da Madeira ou no estrangeiro.

8 — Sempre que num período de férias haja doença,devidamente comprovada nos termos da lei, estas serãointerrompidas, tendo o trabalhador direito ao gozo dosrestantes dias logo após a alta ou em data a combinarentre as partes.

9 — Salvo os casos previstos na lei, o direito a fériasé absolutamente irrenunciável, não podendo o traba-lhador substituí-lo por remuneração suplementar ouqualquer outra modalidade.

10 — O período de férias não gozadas por motivode cessação do contrato de trabalho conta sempre paraefeitos de antiguidade.

11 — A retribuição correspondente ao período deférias deverá ser paga antes do início das mesmas.

12 — Poderá a entidade patronal, mediante autori-zação do Ministério da Segurança Social e do Trabalho,encerrar total ou parcialmente o estabelecimento paraefeito de férias nos termos legais.

13 — O período de férias só pode ser reduzido nostermos da lei.

Cláusula 33.a

Subsídio de férias

1 — Antes do início das suas férias, os trabalhadoresabrangidos por este contrato receberão das entidadespatronais um subsídio em dinheiro igual à retribuiçãocorrespondente ao período de férias a que tenhamdireito, sem prejuízo da retribuição normal.

2 — Este subsídio beneficiará sempre de qualqueraumento de retribuição que se efectue até ao início dasférias.

3 — A concessão, por qualquer motivo, de férias supe-riores às estabelecidas neste contrato não confere aosprofissionais o direito de receberem um subsídio maiordo que o fixado para o período normal.

4 — O subsídio de férias previsto nesta cláusula nãoserá reduzido quando haja diminuição do período nor-mal de férias.

Cláusula 34.a

Indemnização por férias não gozadas

1 — A entidade patronal que por sua culpa não cum-prir total ou parcialmente a obrigação de conceder fériaspagará ao trabalhador, a título de indemnização, o triploda retribuição correspondente ao tempo de férias emfalta, sem prejuízo do direito de o trabalhador gozarefectivamente as férias estipuladas neste contrato.

2 — Cessando o contrato de trabalho, a entidadepatronal pagará ao trabalhador uma importância cor-respondente à remuneração das férias vencidas e nãogozadas e das férias proporcionais ao serviço prestadono ano da cessação do contrato de trabalho, assim comoos subsídios correspondentes a uma e outras, além dasindemnizações a que tiver direito por efeito da cessação.

3 — O disposto no n.o 1 desta cláusula não prejudicaa aplicação das sanções em que a entidade patronalincorrer por violação das normas reguladoras das rela-ções de trabalho.

c) Faltas

Cláusula 35.a

Definição de falta

1 — Por falta entende-se a ausência durante um diade trabalho.

2 — Nos casos de ausência durante períodos inferio-res a um dia de trabalho, os respectivos tempos serãoadicionados, contando-se essas ausências como faltasna medida em que perfizerem um ou mais dias com-pletos de trabalho.

3 — Todas as faltas, salvo em caso de força maior,deverão ser participadas no próprio dia e, se possível,dentro do primeiro período de trabalho, com excepçãodas referidas nas alíneas c) e g) da cláusula 36.a, asquais deverão ser participadas com a antecedênciamínima de cinco dias, no primeiro caso, e pelo menosna véspera, no segundo, e logo que possível, quandoimprevisíveis.

Page 12: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5220

Cláusula 36.a

Faltas justificadas

Consideram-se justificadas as faltas prévia ou pos-teriormente autorizadas pela entidade patronal ou seurepresentante para o efeito, bem como as motivadaspor:

a) Impossibilidade de prestar trabalho por factopara o qual o trabalhador de modo nenhumhaja contribuído, nomeadamente o cumpri-mento de obrigações legais, ou pela necessidadede prestar assistência inadiável aos membros doseu agregado familiar em caso de acidente oudoença;

b) Prática de actos inerentes ao exercício de fun-ções de cargos ou actividades sindicais, insti-tuições de previdência ou quaisquer outrosórgãos que legalmente representam os traba-lhadores no interior da empresa;

c) Casamento, durante 15 dias seguidos;d) Falecimento do cônjuge não separado de pes-

soas e bens ou de parente ou afins no 1.o grauda linha recta, durante cinco dias;

e) Falecimento de parentes ou afins da linha rectaou 2.o grau da linha colateral, durante dois dias;

f) O disposto na alínea anterior aplica-se igual-mente ao falecimento das pessoas que vivamem comunhão de vida e habitação com otrabalhador;

g) Prestação de provas de exame em estabeleci-mento de ensino, durante todo o dia em queos mesmos ocorrerem;

h) Durante cinco dias por ocasião do nascimentoou adopção de filho;

i) Doação de sangue a título gracioso, duranteum dia e nunca mais de uma vez por trimestre;

j) Até oito horas por mês, seguidas ou alternadas,para tratar de assuntos inadiáveis de ordem par-ticular que não possam ser tratados fora dohorário normal de trabalho;

k) Prática de actos inerentes ao exercício das suasfunções, aos trabalhadores bombeiros voluntá-rios, em caso de sinistro ou acidente, quandonão haja equipa de prevenção na corporaçãorespectiva.

Cláusula 37.a

Consequência das faltas justificadas ou autorizadas

1 — As faltas justificadas não determinam perda deretribuição nem diminuição de férias ou qualquer outraregalia, salvo o disposto no número seguinte.

2 — Determinam perda de retribuição, mesmo quejustificadas, as seguintes faltas:

a) Dadas nos casos previstos na alínea b) da cláu-sula anterior, para além do crédito de horasprevisto na lei;

b) Dadas por motivo de doença ou acidente detrabalho, desde que o trabalhador esteja cobertopelo respectivo esquema de previdência ouseguro;

c) As dadas nos termos das alíneas h) e j) da cláu-sula anterior.

3 — A entidade patronal pode, em qualquer caso defalta justificada, exigir ao trabalhador prova dos factosinvocados para a justificação, tornando-se automatica-mente injustificadas as faltas em relação às quais nãoseja apresentada a prova.

Cláusula 38.a

Faltas não justificadas

As faltas não justificadas dão direito à entidade patro-nal a descontar na retribuição a importância correspon-dente ao número de faltas ou, se o profissional assimo preferir, a diminuir de igual número de dias o períodode férias imediato, com os limites da lei, constituindoinfracção disciplinar quando reiteradas ou se o traba-lhador previu as consequências da sua falta.

Cláusula 39.a

Consequências por falta de veracidade dos factos alegados

As faltas dadas pelos motivos previstos nas alíneasda cláusula 36.a, quando não se prove a veracidade dosfactos alegados, consideram-se como não justificadas,podendo constituir infracção disciplinar grave.

Cláusula 40.a

Impedimentos prolongados

Quando o trabalhador esteja temporariamente impe-dido de comparecer ao trabalho por facto que lhe nãoseja imputável, nomeadamente no exercício de funçõesestatais ou sindicais, doença ou acidente, e o impedi-mento se prolongue para além de 30 dias, mantém odireito ao lugar e à antiguidade.

CAPÍTULO VII

Cessação do contrato de trabalho

Cláusula 41.a

Cessação do contrato de trabalho

Nesta matéria, as partes obrigam-se a respeitar a leivigente e para esse efeito se reproduz a actual, nos núme-ros seguintes:

I — Causas da cessação

O contrato de trabalho pode cessar por:

a) Acordo das partes;b) Caducidade;c) Despedimento promovido pela entidade patro-

nal ou gestor público com justa causa;d) Despedimento colectivo;e) Extinção do posto de trabalho;f) Inadaptação;g) Rescisão por iniciativa do trabalhador.

II — Cessação do contrato por mútuo acordo das partes

1 — É sempre lícito à entidade patronal ou gestorpúblico e ao trabalhador fazerem cessar, por mútuoacordo, o contrato de trabalho, quer este tenha prazoquer não.

2 — A cessação do contrato por mútuo acordo devesempre constar de documento escrito, assinado por

Page 13: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055221

ambas as partes, em duplicado, ficando cada parte comum exemplar.

3 — Desse documento podem constar outros efeitosacordados entre as partes, desde que não contrariemas leis gerais de trabalho.

4 — São nulas as cláusulas do acordo revogatóriosegundo as quais as partes declarem que o trabalhadornão pode exercer direitos já adquiridos ou reclamar cré-ditos vencidos, salvo nos casos em que seja acordadauma indemnização compensatória global.

5 — No prazo de sete dias a contar da data da assi-natura do documento referido no n.o 1 desta cláusula,o trabalhador poderá revogá-lo unilateralmente, reassu-mindo o exercício do seu cargo e devolvendo a com-pensação recebida.

6 — Exceptua-se do disposto dos números anterioreso acordo de revogação do contrato de trabalho devi-damente datado e cujas assinaturas sejam objecto dereconhecimento notarial presencial.

III — Cessação do contrato individual de trabalho por caducidade

1 — O contrato de trabalho caduca nos casos previstosnos termos gerais de direito, nomeadamente:

a) Expirado o prazo por que foi estabelecido;b) Verificando-se impossibilidade superveniente,

absoluta e definitiva de o trabalhador prestaro seu trabalho ou de a empresa o receber;

c) Com a reforma do trabalhador por velhice ouinvalidez.

2 — Nos casos previstos na alínea b) do n.o 1, só seconsidera verificada a impossibilidade quando ambosos contraentes a conheçam ou devam conhecer.

IV — Cessação do contrato de trabalho por despedimentopromovido pela entidade patronal

1 — A cessação por iniciativa da entidade patronalpor despedimento colectivo, por despedimento porextinção do posto de trabalho e por inadaptação obedeceao regime previsto na lei.

2 — São proibidos os despedimentos sem justa causaou por motivos políticos ou ideológicos.

3 — Verificando-se justa causa, o trabalhador podeser despedido, quer o contrato tenha prazo quer não.

4 — Nas acções judiciais de impugnação de despe-dimento, compete à entidade patronal a prova da exis-tência de justa causa invocada.

V — Justa causa de rescisão por parte da entidade patronal

1 — Considera-se justa causa o comportamento cul-poso do trabalhador que, pela sua gravidade e conse-quências, torne imediata e praticamente impossível asubsistência da relação de trabalho.

2 — Constituirão, nomeadamente, justa causa de des-pedimento os seguintes comportamentos do trabalha-dor:

a) Desobediência ilegítima às ordens dadas porresponsáveis hierarquicamente superiores;

b) Violação de direitos e garantias de trabalha-dores da empresa;

c) Provocação repetida de conflitos com outros tra-balhadores da empresa;

d) Desinteresse repetido pelo cumprimento, coma diligência devida, das obrigações inerentes aoexercício do cargo ou posto de trabalho quelhe esteja confiado;

e) Lesão de interesses patrimoniais sérios daempresa;

f) Prática intencional, no âmbito da empresa, deactos lesivos da economia nacional;

g) Faltas não justificadas ao trabalho que deter-minem directamente prejuízo ou riscos gravespara a empresa ou, independentemente de qual-quer prejuízo ou risco, quando o número defaltas injustificadas atingir, em cada ano, 5 segui-das ou 10 interpoladas;

h) Falta culposa da observância de normas dehigiene e segurança no trabalho;

i) Prática, no âmbito da empresa, de violênciasfísicas, de injúrias ou outras punidas por leisobre trabalhadores da empresa, elementos doscorpos sociais ou sobre a entidade patronal indi-vidual não pertencentes aos mesmos órgãos,seus delegados ou representantes;

j) Sequestro e em geral crimes contra a liberdadedas pessoas referidas na alínea anterior;

k) Incumprimento ou oposição ao cumprimento dedecisões judiciais ou actos administrativos defi-nitivos e executórios;

l) Reduções anormais de produtividade do tra-balhador;

m) Falsas declarações relativas à justificação defaltas.

VI — Nulidade do despedimento

1 — A inexistência de justa causa, a inadequação dasanção ao comportamento verificado e a nulidade ouinexistência de processo disciplinar determinam a nuli-dade do despedimento que, apesar disso, tenha sidodeclarado.

2 — O trabalhador tem direito, no caso referido nonúmero anterior, às prestações pecuniárias que deveriater normalmente auferido desde a data do despedimentoaté à data da sentença, bem como à reintegração naempresa no respectivo cargo ou posto de trabalho ecom a antiguidade que lhe pertencia.

3 — Conforme previsão legal, em substituição da rein-tegração, o trabalhador pode optar por uma indemni-zação de acordo com a respectiva antiguidade.

4 — O disposto nos n.os 2 e 3 desta cláusula não pre-judica a previsão constante dos artigos 438.o e 439.odo Código do Trabalho.

5 — Para apreciação da existência de justa causa dedespedimento ou da adequação da sanção ao compor-tamento verificado, deverão ser tidos em conta o graude lesão dos interessados, da economia nacional ou daempresa, o carácter das relações entre as partes, a práticadisciplinar da empresa, quer em geral quer em relação

Page 14: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5222

ao trabalhador atingido, o carácter das relações do tra-balhador com os seus companheiros e todas as circuns-tâncias relevantes do caso.

6 — Entre as circunstâncias referidas no número ante-rior deve ser incluído o facto de a entidade patronalou gestor público praticar actos, posteriormente à veri-ficação do comportamento do trabalhador ou ao seuconhecimento, que revelem não o considerar pertur-bador das relações de trabalho.

VII — Cessação do contrato de trabalho por rescisão do trabalhador

1 — O trabalhador tem o direito de rescindir o con-trato individual de trabalho por decisão unilateral,devendo comunicá-lo, por escrito, com o aviso préviode dois meses.

2 — No caso de o trabalhador ter menos de dois anoscompletos de serviço, o aviso prévio será de um mês.

3 — Se o trabalhador não cumprir, total ou parcial-mente, o prazo de aviso prévio, pagará à outra parte,a título de indemnização, o valor da retribuição cor-respondente ao período do aviso prévio em falta.

4 — O trabalhador poderá rescindir o contrato, semobservância de aviso prévio, nas situações seguintes:

a) Necessidade de cumprir obrigações legais incom-patíveis com a continuação do serviço;

b) Falta culposa do pagamento pontual da retri-buição;

c) Violação culposa das garantias gerais e conven-cionais do trabalhador;

d) Aplicação de sanção abusiva;e) Falta culposa de condições de higiene e segu-

rança no trabalho;f) Lesão culposa de interesses patrimoniais do tra-

balhador ou ofensa à sua honra e dignidade.

5 — A cessação do contrato nos termos das alíneas b)a f) do número anterior confere ao trabalhador o direitoa uma indemnização, de acordo com a respectiva anti-guidade, correspondente a um mês de retribuição porcada ano ou fracção, não podendo ser inferior atrês meses.

6 — O uso da faculdade conferida ao trabalhador non.o 4 de fazer cessar o contrato sem aviso prévio e opagamento da indemnização indicada no anterior nãoexoneram a entidade patronal ou o gestor público daresponsabilidade civil ou penal a que dê origem a situa-ção determinante da rescisão.

CAPÍTULO VIII

Condições particulares de trabalho

a) Protecção da maternidade e paternidade

Cláusula 42.a

Direitos especiais das mulheres trabalhadorase da maternidade e paternidade

Os direitos especiais das mulheres trabalhadoras bemcomo da maternidade e paternidade são os que decor-rem da lei.

b) Trabalho de menores

Cláusula 43.a

Princípio geral

O trabalho de menores está sujeito ao regime quedecorre da lei.

c) Trabalhadores-estudantes

Cláusula 44.a

Trabalhadores-estudantes

O regime do trabalhador-estudante é o que decorreda lei.

CAPÍTULO IX

Segurança social, abono de família e regalias sociais

Cláusula 45.a

Regalias sociais

Nesta matéria, as empresas obrigam-se a cumprir asregalias já concedidas aos trabalhadores, com carácterpermanente ou regular, quer por sua iniciativa quer pordisposição legal ou convencional, anteriormente apli-cáveis.

Cláusula 46.a

Subsídio de alimentação

A entidade patronal obriga-se a conceder aos tra-balhadores um subsídio diário E 3,50 a título de ali-mentação, por qualquer dia em que prestem, pelomenos, quatro horas de trabalho, sem prejuízo de sub-sídios mais favoráveis já praticados.

CAPÍTULO X

Disciplina

Cláusula 47.a

Infracção à disciplina

Considera-se infracção disciplinar a violação pelo tra-balhador dos princípios e obrigações impostos pelo pre-sente contrato, bem como pelos respectivos contratosindividuais de trabalho e pela lei.

Cláusula 48.a

Poder disciplinar

A entidade patronal tem e exerce o poder disciplinar,directamente ou através dos superiores hierárquicos, soba sua direcção e responsabilidade, sobre os trabalha-dores que se encontrem ao seu serviço, de acordo comas normas estabelecidas na lei e no presente contrato.

Cláusula 49.a

Processo disciplinar

Sem prejuízo do que está estabelecido na lei paraoutras formas processuais, o processo disciplinar ordi-nário deverá obedecer aos seguintes requisitos:

1) O processo disciplinar deve iniciar-se até 60 diasapós aquele em que a entidade patronal ou o

Page 15: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055223

superior hierárquico com competência discipli-nar teve conhecimento da infracção;

2) :

a) O processo será escrito, devendo a acu-sação ser fundamentada e comunicada aotrabalhador através de nota de culpa,remetida em carta registada com avisode recepção para a sua residência habi-tual conhecida da entidade patronal, coma descrição dos comportamentos que lhesão imputados;

b) Não poderá ser elaborada mais de umanota de culpa relativamente aos mesmosfactos ou infracção;

3) O trabalhador pode consultar o processo e apre-sentar a sua defesa por escrito no prazo máximode 10 dias úteis após a recepção da nota deculpa nos termos do número anterior, sob penade após esse prazo não ser considerada;

4) É obrigatória a realização das diligências reque-ridas pelo trabalhador ou outras que se mostremrazoavelmente necessárias para o esclareci-mento da verdade, salvo se as mesmas foremmanifestamente dilatórias ou sejam potencial-mente inúteis ou injustificadas;

5) Iniciado o procedimento disciplinar, pode a enti-dade patronal suspender a prestação de trabalhose a presença do trabalhador se mostrar incon-veniente, mas não lhe é lícito suspender o paga-mento da retribuição.

Cláusula 50.a

Sanções disciplinares

1 — As sanções disciplinares são as seguintes:

a) Repreensão;b) Repreensão registada;c) Sanção pecuniária;d) Perda de dias de férias;e) Suspensão de trabalho com perda de remu-

neração;f) Despedimento sem qualquer indemnização ou

compensação.

2 — As sanções pecuniárias aplicadas a um trabalha-dor por infracções praticadas no mesmo dia não podemexceder um terço da retribuição diária e, em cada anocivil, a retribuição correspondente a 30 dias.

3 — A perda de dias de férias não pode pôr em causao gozo de 20 dias úteis de férias.

4 — A suspensão de trabalho não pode exceder, porcada infracção, 30 dias e, em cada ano civil, o totalde 90 dias.

5 — A sanção disciplinar deve ser proporcional à gra-vidade da infracção e à culpabilidade do infractor, nãopodendo aplicar-se mais de uma pela mesma infracção.

6 — Não é permitido aplicar à mesma infracção penasmistas.

CAPÍTULO XI

Deslocações

Cláusula 51.a

Princípio geral

1 — Entende-se por deslocação em serviço a reali-zação temporária de trabalho fora do local habitual.

2 — Entende-se por local habitual de trabalho o esta-belecimento em que o trabalhador presta normalmenteserviço ou a sede ou a delegação da empresa a queestá adstrito, quando o seu local de trabalho não sejafixo.

3 — O trabalhador só é obrigado a realizar deslo-cações que sejam estritamente necessárias, podendo, noentanto, recusar-se a efectuá-las, invocando razõesponderosas.

4 — O número anterior não se aplica para os tra-balhadores cujo âmbito das suas funções inclua a rea-lização normal de deslocações.

Cláusula 52.a

Pequenas e grandes deslocações

1 — Consideram-se grandes deslocações todas aque-las que, além de uma hora por cada percurso fora doslimites do horário normal e numa distância superiora 60 km, por estrada, não permitam a ida e o regressodiário dos trabalhadores ao seu local habitual de tra-balho ou limites da zona de actividade.

2 — Consideram-se pequenas deslocações em serviçoas não compreendidas no número anterior.

3 — Para efeitos do n.o 1, considera-se zona de acti-vidade a área territorial em que normalmente o tra-balhador exerce as suas funções específicas.

Cláusula 53.a

Direitos dos trabalhadores nas pequenas deslocações

Os trabalhadores terão direito nas deslocações a quese refere a cláusula anterior:

a) Ao pagamento das despesas de transporte dolocal de trabalho ao destino e regresso;

b) Ao pagamento das refeições, devidamente docu-mentadas, se ficarem impossibilitados de astomar nas condições em que normalmente ofazem, devendo, porém, ser deduzidos os sub-sídios de refeição a que porventura tenham jánormalmente direito;

c) As viagens de ida e regresso devem ser feitasdentro do horário normal de trabalho;

d) Ao pagamento de cada quilómetro percorrido,cujo preço é obtido pelo produto do coeficiente0,25 sobre o preço do combustível utilizado,além de um seguro contra todos os riscos,quando o trabalhador utilizar normalmente oseu próprio veículo ao serviço da empresa;quando essa deslocação for esporádica, poderáo trabalhador exigir este seguro durante o tempoda deslocação.

Page 16: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5224

Cláusula 54.a

Garantias gerais dos trabalhadores nas grandes deslocações

1 — São da conta das empresas as despesas de trans-porte e de preparação das deslocações referidas na cláu-sula anterior, nomeadamente passaportes e vacinas.

2 — As empresas manterão inscritos na folha de paga-mento da segurança social, com tempo de trabalho nor-mal, os trabalhadores deslocados.

Cláusula 55.a

Grandes deslocações no continente, ilhas e estrangeiro

1 — As grandes deslocações no continente, ilhas eestrangeiro dão ao trabalhador direito:

a) À retribuição que auferirem no local de trabalhohabitual;

b) Ao pagamento, durante o período efectivo dadeslocação, dos transportes no local, de e parao serviço, alojamento e lavandaria e alimenta-ção, deduzindo o subsídio de alimentação, seo houver, ou outras de idêntica natureza directae necessariamente motivadas pela deslocação,umas e outras devidamente comprovadas;

c) A um dia de folga, com retribuição, por cadaperíodo de 15 dias seguidos de deslocação;

d) A efectuar as viagens de ida e regresso dentrodo horário normal de trabalho; havendo ordemem contrário, as horas excedentes serão pagascomo trabalho suplementar. Quando entre olocal habitual de trabalho e o destino sejam uti-lizados exclusivamente transportes colectivos eo tempo de viagem e espera se prolongue paraalém do horário normal, serão as horas exce-dentes pagas como trabalho normal;

e) No continente, sendo necessário manter-se des-locado para além do descanso semanal, o tra-balhador poderá optar entre gozá-lo no localem que está deslocado ou regressar ao localhabitual do seu descanso. Neste último caso,será interrompido o período de deslocação eo trabalhador receberá o valor das despesas ine-rentes às viagens de ida e regresso e refeição,sempre que necessário;

f) Ao pagamento de cada quilómetro percorrido,conforme a alínea d) da cláusula 52.a;

g) Ao pagamento das viagens de regresso imediatoe pela via mais rápida, no caso de falecimentoou doença grave, a comprovar, do cônjuge oupessoa com quem viva maritalmente, filhos oupais.

2 — Sempre que o trabalhador deslocado desejar,poderá requerer à empresa que a retribuição do seutrabalho ou parte dela seja paga no local habitual detrabalho e à pessoa indicada pelo trabalhador.

3 — Os trabalhadores deverão justificar, por escrito,em impresso próprio da firma, as horas de trabalho pres-tado nas deslocações.

Cláusula 56.a

Cobertura dos riscos de doença

1 — Durante o período de deslocação, os encargoscom assistência médica, medicamentosa e hospitalar

que, em razão do local em que o trabalho seja prestado,deixem, sem culpa imputável ao trabalhador, de ser asse-gurados a este pela respectiva segurança social ou nãolhe sejam igualmente garantidos por qualquer entidadeseguradora deverão ser cobertos pela empresa, que, paratanto, assumirá as obrigações que normalmente com-petiriam àquelas entidades se o trabalhador não esti-vesse deslocado.

2 — Durante os períodos de doença, comprovada poratestado médico, os trabalhadores terão direito ao paga-mento da viagem de regresso, se esta for prescrita pelosmédicos ou faltar no local a assistência médica neces-sária, bem como as regalias da cláusula 54.a, enquantose mantiverem deslocados.

3 — Os trabalhadores deslocados, sempre que nãopossam comparecer ao serviço por motivo de doença,deverão avisar a empresa logo que possível, sem o quea falta deverá considerar-se injustificada.

4 — Em caso de absoluta necessidade e só quandorequerido pelos serviços clínicos em que o trabalhadoresteja a ser assistido, como condição necessária paratratamento, a entidade patronal pagará as despesas coma deslocação de um familiar para o acompanhar, inclu-sive no regresso.

5 — Em caso de morte do trabalhador em grandedeslocação, a entidade patronal pagará todas as despesasde transporte e trâmites legais para a residência habitual.

Cláusula 57.a

Inactividade do pessoal deslocado

As obrigações das empresas para com o pessoal des-locado fora do local habitual subsistem durante os perío-dos de inactividade, cuja responsabilidade não pertençaaos trabalhadores, se imediatamente e logo que possívelfor comunicada à entidade patronal.

Cláusula 58.a

Local de férias dos trabalhadores deslocados

1 — Os trabalhadores têm direito a escolher o localde férias estipulado neste capítulo.

2 — Se a escolha recair no local da residência habi-tual, o vencimento do trabalhador durante o períododas referidas férias será o que ele teria direito a receberse não estivesse deslocado, acrescido do custo das via-gens de ida e volta entre o local da deslocação e oda residência habitual.

3 — Se a escolha recair sobre outro qualquer local,o vencimento do trabalhador durante o período das mes-mas férias será o mesmo que ele esteve recebendo porforça do disposto neste capítulo.

4 — O tempo de viagem não será contado como fériasse para o gozo delas o trabalhador tiver de regressarao seu local habitual de trabalho.

5 — Durante o período de deslocação, o trabalhadortem direito ao pagamento das viagens, e ao pagamentodo tempo gasto nestas, para tratar de assuntos judiciaisinadiáveis.

Page 17: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055225

CAPÍTULO XII

Formação profissional

Cláusula 59.a

Responsabilidade das empresas

As empresas são responsáveis pelo aperfeiçoamentoprofissional dos trabalhadores, devendo, para tanto:

a) Respeitar o disposto na lei e neste contratoquanto a habilitações escolares mínimas;

b) Aconselhar e, se possível, fomentar a frequênciade cursos oficiais ou outros, facultando a fre-quência das aulas e a preparação de examesnos termos deste contrato;

c) Criar, sempre que possível, cursos de treino ede aperfeiçoamento profissional;

d) Conceder, sempre que possível, aos trabalha-dores que o solicitem e mereçam, empréstimosdestinados à frequência de cursos consideradosde interesse para a empresa, reembolsáveis, notodo ou em parte, segundo acordo a fixar emcada caso, e ainda facilidades quanto ao horáriode trabalho.

Cláusula 60.a

Responsabilidades dos trabalhadores

Os trabalhadores devem:

a) Procurar aumentar a sua cultura geral e, emespecial, cuidar do seu aperfeiçoamento pro-fissional;

b) Aproveitar, com o melhor rendimento possível,os diferentes meios de aperfeiçoamento postosà sua disposição.

CAPÍTULO XIII

Saúde, higiene e segurança no trabalho

Cláusula 61.a

Legislação aplicável

1 — O trabalhador tem direito à prestação de tra-balho em condições de segurança, higiene e saúde asse-guradas pelo empregador.

2 — O empregador é obrigado a organizar as acti-vidades de segurança, higiene e saúde no trabalho quevisem a prevenção de riscos profissionais e a promoçãoda saúde do trabalhador.

3 — Para a execução das medidas de saúde, higienee segurança no trabalho, os empregadores e os traba-lhadores obrigam-se ao cumprimento da legislaçãoaplicável.

Cláusula 62.a

Equipamento individual

1 — Os fatos de trabalho, bem como qualquer tipode equipamento de higiene e segurança que a comissãode higiene e segurança considere necessário, nomea-damente capacetes, luvas, cintos de segurança, máscaras,óculos e calçado impermeável, são encargo exclusivoda entidade patronal, sendo o trabalhador responsávelpelo equipamento a si distribuído.

2 — O não acatamento das normas fixadas pela comis-são de segurança quanto ao uso do equipamento dis-tribuído constitui infracção disciplinar.

CAPÍTULO XIV

Actividade sindical

Cláusula 63.a

Actividade sindical

As empresas obrigam-se a respeitar o estabelecidona lei, designadamente não interferindo na liberdadede inscrição dos trabalhadores no sindicato e na acti-vidade sindical dentro da empresa.

CAPÍTULO XV

Questões gerais e transitórias

Cláusula 64.a

Manutenção de regalias anteriores

1 — Salvo os casos especificamente previstos na leie nesta convenção, da aplicação do presente CCT nãopoderá resultar qualquer prejuízo para os trabalhadores,designadamente baixa de categoria ou classe, e, bemassim, diminuição de ordenado ou suspensão de qual-quer outra regalia de carácter permanente existente àdata da entrada em vigor do CCT.

2 — Da aplicação do n.o 2 do artigo 16.o do Decre-to-Lei n.o 28/2004, de 4 de Fevereiro, não pode resultarum agravamento de responsabilidades para o empre-gador nem diminuição de regalias existentes em cadauma das empresas para os trabalhadores.

Cláusula 65.a

Prevalência de normas

Com o presente contrato colectivo de trabalho, con-sideram-se revogadas todas as disposições de instrumen-tos de regulamentação colectiva de trabalho anterior-mente aplicadas a estes sectores, cuja publicação ocorreuno Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 13,de 8 de Abril de 1982, com alterações posteriores, tendoa última sido publicada no Boletim do Trabalho eEmprego, 1.a série, n.o 25, de 8 de Julho de 2003.

ANEXO I

Definição de funções

Profissionais de engenharia. — Os trabalhadores quese ocupam da aplicação das ciências e tecnologia res-peitantes aos diferentes ramos da engenharia nas acti-vidades, tais como investigação, projecto, produção, con-servação, técnica comercial, gestão, controlo e formaçãoprofissional.

Trabalhadores abrangidos — neste grupo estão inte-grados os profissionais com curso superior de Enge-nharia formados em escolas nacionais e estrangeiras ofi-cialmente reconhecidas.

Grau I (I-A e I-B):

a) Executa a aplicação técnica simples e ou derotina (podem considerar-se neste campo

Page 18: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5226

pequenos projectos ou cálculos) sob orientaçãoe controlo de um profissional de engenharia;

b) Estuda a aplicação de técnicas fabris e pro-cessos;

c) Pode participar em equipas de estudo e desen-volvimento como colaborador-executante massem iniciativa de orientação de ensaios ou pro-jectos de desenvolvimento;

d) Elabora especificações e estimativas sob orien-tação e controlo de um profissional de enge-nharia;

e) Pode tomar decisões desde que apoiadas emorientações técnicas complementares definidase ou decisões de rotina;

f) O seu trabalho é orientado e controlado quantoà aplicação dos métodos e precisão dos resul-tados;

g) Este profissional não tem funções de chefia.

Grau II:

a) Assistência a profissionais de engenharia maisqualificados em cálculos, ensaios, análises, pro-jectos, computação e actividade técnico-comer-cial;

b) Pode participar em equipas de estudo e desen-volvimento como colaborador-executante,podendo receber o encargo por execução detarefas parcelares simples e individuais deensaio ou projectos de desenvolvimento;

c) Deverá estar mais ligado à solução dos proble-mas do que a resultados finais;

d) Decide dentro da orientação estabelecida pelachefia;

e) Poderá actuar com funções de chefia, massegundo instruções detalhadas, orais ou escritas,sobre métodos e processos; deverá receber assis-tência técnica de um engenheiro mais qualifi-cado sempre que o necessite. Quando ligadoa projectos, não tem função de chefia;

f) Funções técnico-comerciais no domínio da enge-nharia;

g) Não tem funções de coordenação, embora possaorientar outros técnicos numa actividadecomum;

h) Utiliza a experiência acumulada pela empresa,dando assistência a profissionais de engenhariade um grau superior.

Grau III:

a) Executa trabalhos de engenharia para os quaisa experiência acumulada pela empresa é redu-zida, ou trabalhos para os quais, embora contecom experiência acumulada, necessita de capa-cidade de iniciativa e de frequentes tomadasde decisões;

b) Poderá executar trabalhos de estudo, análise,coordenação de técnicas fabris, coordenação demontagens, projectos, cálculos e especificações;

c) Toma decisões de responsabilidade a curto emédio prazos;

d) Actividades técnico-comerciais, as quais já pode-rão ser desempenhadas a nível de chefia deoutros técnicos de grau inferior;

e) Coordena planificações e processos fabris. Inter-preta resultados de computação;

f) O seu trabalho não é normalmente supervisio-nado em pormenor, embora receba orientaçãotécnica em problemas invulgares ou complexos;

g) Pode dar orientação técnica a profissionais deengenharia de grau inferior cuja autoridadepode agregar ou coordenar;

h) Faz estudos independentes, análises e juízos etira conclusões;

i) Pode participar em equipas de estudos e desen-volvimento sem exercício de chefia sobre outrosprofissionais de engenharia e com outro títuloacadémico equivalente, podendo, no entanto,receber o encargo de execução de tarefas par-celares a nível de equipa de trabalhadores semqualquer grau de engenharia ou outro título aca-démico equivalente.

Grau IV:

a) Primeiro nível de supervisão directa e contínuade outros profissionais de engenharia. Procurao desenvolvimento de técnicos de engenharia,para o que é requerida elevada especialização;

b) Coordenação complexa de actividades, tais comotécnico-comerciais, fabris, projectos e outras;

c) Recomendações, geralmente revistas quanto aovalor dos pareceres mas aceites quanto ao rigortécnico e exequibilidade;

d) Pode participar em equipas de estudo e desen-volvimento, com possível exercício de chefiasobre outros profissionais de engenharia ou deoutro título académico equivalente, podendotomar a seu cargo a planificação e execuçãode uma tarefa completa de estudo ou desen-volvimento que lhe seja confiada, ou demonstracapacidade comprovada para o trabalho cien-tífico ou técnico sob orientação;

e) Pode distribuir e delinear o trabalho, dar ins-truções em problemas técnicos e rever trabalhosde outros quanto à precisão técnica. Respon-sabilidade permanente pelos outros técnicos ouprofissionais de engenharia que supervisiona;

f) Os trabalhos deverão ser entregues com simplesindicação do seu objectivo de prioridades rela-tivas e de interferência com outros trabalho ousectores. Responde pelo orçamento e prazosdesses trabalhos;

g) Aplicação de conhecimentos de engenharia edirecção de actividades com o fim de realizaçãoindependente.

Grau V:

a) Supervisão de várias equipas de profissionais deengenharia do mesmo ou de vários ramos, cujaactividade coordena, fazendo normalmente oplaneamento a curto prazo dessas equipas;

b) Chefia e coordena diversas actividades de estu-dos e desenvolvimento dentro de um departa-mento correspondente, confiados a profissionaisde engenharia de grau inferior, e é responsávelpela planificação e gestão económica oudemonstra capacidade comprovada para traba-lho científico autónomo;

c) Toma decisões de responsabilidade não normal-mente sujeitas a revisão, excepto as que envol-vem grande dispêndio ou objectivos a longoprazo;

Page 19: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055227

d) O trabalho é-lhe normalmente entregue comsimples indicação dos objectivos finais e ésomente revisto quanto à política de acção eeficiência geral, podendo eventualmente serrevisto quanto à justeza da solução;

e) Coordena programas de trabalho e pode dirigiro uso de equipamentos e materiais.

Grau VI:

a) Exerce cargos de responsabilidade directivasobre vários grupos em assuntos interligados;

b) Investigação, dirigindo uma equipa no estudode novos processos para o desenvolvimento dasciências e da tecnologia, visando adquirir inde-pendência ou técnicas de alto nível;

c) Participa na orientação geral de estudos e desen-volvimento ao nível empresarial, exercendo car-gos de coordenação com funções de produção,assegurando a realização de programas supe-riores sujeitos somente a política global e con-trolo financeiro da empresa. Incluem-se tam-bém engenheiros consultores de categoria reco-nhecida no seu campo de actividade, traduzidanão só por capacidade comprovada para o tra-balho científico autónomo mas também porcomprovada propriedade intelectual própria,traduzida em realizações industriais;

d) O seu trabalho é revisto somente para assegurarconformidade com a política global e coorde-nação com outros sectores;

e) Como gestor, faz a coordenação dos programassujeitos à política global da empresa, para atingiros objectivos e tomada de decisões na escolha,disciplina e remuneração do pessoal.

Trabalhadores rodoviários

Chefe de movimento. — O trabalhador que orienta edirige o movimento da camionagem da empresa.

Ajudante de motorista. — O trabalhador que acom-panha o motorista, competindo-lhe auxiliá-lo na manu-tenção e limpeza do veículo, vigia e indica as manobras,arruma as mercadorias no veículo, podendo ainda fazera cobrança das respectivas mercadorias.

Motorista (pesados ou ligeiros). — O trabalhador que,possuindo carta de condução, tem a seu cargo a con-dução de veículos automóveis, pesados ou ligeiros, com-petindo-lhe zelar pelo bom estado de funcionamento,conservação e limpeza da viatura e proceder à verifi-cação directa dos níveis de óleo e combustível e doestado de pressão dos pneumáticos. Em caso de avariaou acidente, toma as providências adequadas e recolheos elementos necessários para a apreciação das enti-dades competentes. Quando em condução de veículosde carga, compete-lhe orientar a carga, descarga e arru-mação das mercadorias transportadas.

Servente de viaturas de cargas. — O trabalhador quefaz cargas e descargas das mercadorias transportadasnos veículos, recebe e distribui ao destinatário.

Lubrificador. — O trabalhador que procede à lubri-ficação dos veículos automóveis, mudas de óleo domotor, caixa de velocidades e diferencial e atesta osmesmos com os óleos indicados.

Lavador. — O trabalhador que procede à lavagem dosveículos automóveis ou executa os serviços complemen-tares inerentes, quer por sistema manual quer pormáquinas.

Encarregado de cargas e descargas. — O trabalhadorque coordena e dirige no local os trabalhos de cargae descarga necessários ao serviço de transportes naempresa.

Técnicos do serviço social

Técnico do serviço social. — O trabalhador que inter-vém com os indivíduos e os grupos na resolução deproblemas de integração social provocados por causade ordem social, física e psicológica. Mantém os tra-balhadores informados dos recursos sociais existentesna comunidade dos quais eles poderão dispor. Participana realização de estudos relativos a problemas sociais.Participa na definição e concretização da política depessoal. Participa, quando solicitado, em grupos de tra-balho tendo em vista a resolução dos problemas deordem social e humana existentes na empresa. É vedadaao técnico do serviço social qualquer acção fiscalizadoraou disciplinar, salvo a exercida sobre os seus subor-dinados.

Químicos

Analista principal. — O trabalhador que executa aná-lises quantitativas e qualitativas e outros trabalhos queexijam conhecimentos técnicos no domínio da químicalaboratorial ou industrial, devendo, em princípio, serhabilitado com o curso dos institutos superiores de enge-nharia ou equivalente.

Analista físico-químico. — O trabalhador que efectuaexperiências, análises simples e ensaios químicos e físi-co-químicos, tendo em vista, nomeadamente, determi-nar ou controlar a composição e propriedades de maté-ria-prima e produtos acabados e suas condições de uti-lização e aplicação, devendo, em princípio, ser habilitadocom o curso de auxiliar de laboratório químico ou dasescolas industriais ou habilitações equivalentes.

Preparador. — O trabalhador que colabora na execu-ção de experiências, análises simples e ensaios químicos,físicos e físico-químicos sob a orientação de um assis-tente ou analista, preparando bancadas, manuseandoreagentes, fazendo titulações, zelando pela manutençãoe conservação do equipamento e executando outras tare-fas acessórias, devendo, em princípio, ser habilitado como curso de auxiliar de laboratório químico das escolasindustriais ou habilitações equivalentes.

Electricistas

Encarregado. — O trabalhador electricista com a cate-goria de oficial que controla e dirige os serviços no localde trabalho.

Chefe de equipa. — O trabalhador electricista com acategoria de oficial responsável pelos trabalhadores deuma especialidade sob as ordens do encarregado,podendo substituí-lo nas suas ausências na direcção deuma equipa de trabalhadores da sua função, na qualparticipa activamente.

Oficial. — O trabalhador electricista que executatodos os trabalhos da sua especialidade e assume a res-ponsabilidade dessa execução.

Page 20: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5228

Pré-oficial. — O trabalhador electricista que coadjuvaos oficiais e que, cooperando com eles, executa trabalhosde menor responsabilidade.

Ajudante. — O trabalhador electricista que completoua sua aprendizagem e coadjuva os oficiais, preparando-separa ascender à categoria de pré-oficial.

Aprendiz. — O trabalhador electricista que, sob aorientação permanente dos oficiais acima indicados, oscoadjuva nos seus trabalhos.

Metalúrgicos

Afinador de máquinas. — O trabalhador que predo-minantemente afina, prepara ou ajusta as máquinas, demodo a garantir-lhes a eficiência do seu trabalho.

Canalizador. — O trabalhador que corta e roscatubos, solda tubos de chumbo ou plástico e executa cana-lizações em edifícios, instalações industriais e outroslocais.

Entregador de ferramentas, materiais e produtos. —O trabalhador que nos armazéns entrega as ferramentas,materiais ou produtos que lhe são requisitados sem tera seu cargo o registo e controlo das existências dosmesmos.

Lubrificador. — O trabalhador que lubrifica as máqui-nas, veículos e ferramentas, muda os óleos nos períodosrecomendados e executa os trabalhos necessários paramanter em boas condições os pontos de lubrificação.

Mecânico de automóveis. — O trabalhador quedetecta as avaria mecânicas, repara, afina, monta e des-monta os órgãos a automóveis e outras viaturas e executaoutros trabalhos relacionados com esta mecânica.

Pintor. — O trabalhador que, por imersão, a pincelou à pistola, e ainda por outro processo científico,incluindo o da pintura electrostática, aplica tinta de aca-bamento sem ter de proceder à preparação das super-fícies a pintar. Não se incluem nesta categoria os pro-fissionais que procedem à pintura de automóveis.

Serralheiro civil. — O trabalhador que constrói e oumonta e repara estruturas metálicas, tubos condutoresde combustíveis, ar, vapor, carroçaria de veículos auto-móveis, andaimes e similares para edifícios, pontes,navios, caldeiras, cofres e outras obras. Incluem-se nestacategoria os profissionais que normalmente são desig-nados por serralheiros de tubos ou tubistas.

Serralheiro mecânico. — O trabalhador que executapeças, monta, repara e conserva vários tipos de máqui-nas, motores e outros conjuntos mecânicos, com excep-ção dos instrumentos de precisão e das instalações eléc-tricas. Incluem-se nesta categoria os profissionais quepara aproveitamento de órgãos mecânicos procedem àsua desmontagem, nomeadamente máquinas e veículosautomóveis considerados sucata.

Torneiro mecânico. — O trabalhador que num tornomecânico copiador ou programador executa trabalhosde torneamento de peças, trabalhando por desenho oupeça modelo, e prepara, se necessário, as ferramentasque utiliza.

Preparador de trabalho. — O trabalhador que, utili-zando elementos técnicos, estuda e estabelece os modospreparatórios a utilizar na fabricação, tendo em vistao melhor aproveitamento da mão-de-obra, máquinas emateriais, podendo eventualmente atribuir tempos deexecução, e específica máquinas e ferramentas.

Encarregado. — O trabalhador que controla e coor-dena directamente o chefe de equipa e ou outrostrabalhadores.

Chefe de equipa. — O trabalhador que dirige, controlae coordena directamente um grupo de trabalhadorescom actividade afim.

Fiel de armazém metalúrgico. — O trabalhador queregista internamente as entradas e saídas de materiais,ferramentas e produtos e controla as existências.

Ajudante de fiel de armazém metalúrgico. — O traba-lhador que coadjuva o fiel de armazém e o substituiem caso de impedimento.

Servente. — O trabalhador que executa tarefas nãoespecíficas.

Bate-chapas. — O trabalhador que procede normal-mente à execução, reparação e montagem de peças dechapa fina, de carroçaria e partes afins da viatura.

Praticante. — O trabalhador que completou a apren-dizagem e coadjuva os oficiais, preparando-se paraascender a categoria superior.

Aprendiz. — O trabalhador que efectua a aprendiza-gem da profissão e coadjuva os oficiais, sob orientaçãodestes.

Trabalhadores de hotelaria

Encarregado de refeitório. — O trabalhador que orga-niza, coordena, orienta, vigia e dirige os serviços de hote-laria da empresa; fiscaliza o trabalho do pessoal do sec-tor; é responsável pelas mercadorias e utensílios quelhe estão confiados; contacta com os fornecedores ouseus representantes e faz as encomendas; compra deprodutos frescos (fruta, legumes, carnes, peixes, etc.);verifica as caixas registadoras e confere o dinheiro; veri-fica e confere as existências; organiza mapas e esta-tísticas das refeições servidas; fixa ou colabora no esta-belecimento das ementas, tomando em consideração otipo de trabalhadores a que se destinam e o valor die-tético dos alimentos, em colaboração com o médico demedicina no trabalho; vela pelo cumprimento das regrasde higiene e segurança, eficiência e disciplina; dá parecersobre a valorização, admissão ou despedimento do pes-soal a seu cargo.

Chefe de cozinha. — Esta função será desempenhadapelo cozinheiro mais qualificado, consoante o critérioadoptado nas condições específicas dos trabalhadoresda hotelaria.

Cozinheiro. — O trabalhador que prepara, temperae cozinha os alimentos destinados às refeições; elaboraou contribui para a composição das ementas; recebeos víveres e outros produtos necessários à sua confecção,sendo responsável pela sua conservação; amanha opeixe, prepara os legumes e as carnes e procede à exe-

Page 21: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055229

cução das operações culinárias, emprata-os e guarne-ce-os e confecciona os doces destinados às refeições,quando necessário; executa ou vela pela limpeza da cozi-nha e dos utensílios.

Despenseiro. — O trabalhador que armazena, con-serva e distribui géneros alimentícios e outros produtosem cantinas e refeitórios, recebe os produtos e verificase coincidem, em quantidade e qualidade, com os dis-criminados nas notas de encomenda; arruma-os emcâmaras frigoríficas, tulhas, salgadeiras, prateleiras eoutros locais apropriados; cuida da sua conservação, pro-tegendo-os convenientemente; fornece, mediante requi-sição, os produtos que lhe são solicitados; mantém actua-lizados os registos, verifica periodicamente as existênciase informa superiormente as necessidades de requisição.Pode ter de efectuar compras de géneros de consumodiário e outras mercadorias ou artigos diversos. Ordenaou executa a limpeza da sua secção e pode ser encar-regado de vigiar o funcionamento das instalações fri-goríficas, de aquecimento e águas.

Empregado de balcão. — O trabalhador que serverefeições e bebidas ao balcão; coloca no balcão talheres,pratos, copos e demais utensílios necessários. Serve osvários pratos de comidas, substitui a louça servida, pre-para e serve misturas, bebidas, cafés, infusões e outrosartigos complementares das refeições. Poderá preparareventualmente pratos de carnes frias, pregos, bifanase cachorros, sanduíches, ovos mexidos, estrelados ouomeletas, não confeccionando qualquer outro tipo derefeição. Fornece aos empregados de mesa os pedidospor estes solicitados. Passa as contas, cobra as impor-tâncias dos respectivos consumos e arrecada os docu-mentos do crédito autorizados. Executa e coopera nostrabalhos de asseio, arrumação e abastecimento dasecção.

Empregado de refeitório ou cantina. — O trabalhadorque ajuda a preparar e lavar os legumes; descasca bata-tas, cenouras, cebolas e outros; alimenta o balcão doself-service de sopas e pratos quentes; entrega dietas eextras; lava tabuleiros, louças e talheres; limpa talherese ajuda na limpeza da cozinha e a varrer e limpar osalão restaurante; recebe e envia à copa os tabuleirose as louças sujas dos utentes; pode eventualmente tam-bém colocar nas mesmas as refeições.

Aprendiz. — O trabalhador que efectua a aprendiza-gem da profissão e coadjuva os oficiais, sob orientaçãodestes.

Trabalhadores do comércio e armazém

Praticante. — O trabalhador, com menos de 18 anosde idade, que no estabelecimento está em regime deaprendizagem.

Caixeiro-ajudante. — O trabalhador que, terminado operíodo de aprendizagem ou tendo 18 anos de idade,estagia para caixeiro.

Caixeiro. — O trabalhador que vende mercadorias,por grosso ou a retalho. Fala com o cliente no localde venda e informa-se do género de produto que deseja;ajuda o cliente a efectuar a escolha do produto; anunciao preço, cuida da embalagem do produto ou toma asmedidas necessárias à sua entrega; recebe encomendas,elabora notas de encomenda e transmite-as para exe-

cução. É por vezes encarregado de fazer o inventárioperiódico das existências. Pode ser designado como pri-meiro-caixeiro, segundo-caixeiro ou terceiro-caixeiro.

Caixa de balcão. — O trabalhador que recebe nume-rário em pagamento de mercadorias ou serviços nocomércio; verifica as somas devidas; recebe o dinheiro,passa um recibo ou bilhete, conforme o caso, registaestas operações em folhas de caixa e recebe cheques.

Embalador. — O trabalhador que acondiciona e oudesembala produtos diversos por métodos manuais oumecânicos com vista à sua expedição ou armazena-mento.

Inspector de vendas. — O trabalhador que inspeccionao serviço dos vendedores, caixeiros-viajantes, de praçaou pracistas, visita os clientes e informa-se das suasnecessidades, recebe as reclamações dos clientes, veri-fica a acção dos seus inspeccionados pelas notas de enco-menda, auscultação da praça, programas cumpridos, etc.

Chefe de vendas. — O trabalhador que dirige e coor-dena um ou mais sectores de vendas da empresa.

Promotor de vendas. — O trabalhador que, actuandoem pontos directos e indirectos de consumo, procedeno sentido de esclarecer o mercado com o fim específicode incrementar as vendas da empresa.

Prospector de vendas. — O trabalhador que verificaas possibilidades do mercado nos seus vários aspectose preferências, poder aquisitivo e solvabilidade; estudao meio mais eficaz de publicidade, de acordo com ascaracterísticas do público a que os produtos se destinam,observa os produtos quanto à sua aceitação pelo públicoe a melhoria de os vender. Pode eventualmente orga-nizar exposições.

Vendedor especializado. — O trabalhador que vendemercadorias cujas características e ou funcionamentoexijam conhecimentos especiais.

Caixeiro-encarregado. — O trabalhador que no esta-belecimento ou numa secção do estabelecimento seencontra apto a dirigir o serviço e o pessoal; coordena,dirige e controla o trabalho e as vendas do estabele-cimento ou da secção.

Caixeiro-viajante ou de praça. — O trabalhador que,predominantemente, fora do estabelecimento solicitaencomendas, promove e vende mercadorias, por contada entidade patronal. Transmite as encomendas ao escri-tório central ou delegação a que se encontra adstritoe envia relatórios sobre as transacções comerciais queefectuou. Pode ser designado por:

a) Viajante — quando exercer a sua actividadenuma zona geográfica determinada, fora da defi-nida para o pracista;

b) Praça — quando exerce a sua actividade na áreaonde está instalada a sede da entidade patronale concelhos limítrofes.

Encarregado geral de armazém. — O trabalhador quedirige e coordena a acção de dois ou mais encarregadosde armazém.

Page 22: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5230

Encarregado de armazém. — O trabalhador que dirigeoutros trabalhadores e toda a actividade de um arma-zém, responsabilizando-se pelo seu bom funcionamento.

Fiel de armazém. — O trabalhador que superintendeas operações de entrada e saída de mercadorias; executaou fiscaliza os respectivos documentos; responsabiliza-sepela arrumação e conservação das mercadorias; examinaa concordância entre as mercadorias recebidas e as notasde encomenda, recibos ou outros documentos e tomanota dos danos e perdas; orienta e controla a distribuiçãodas mercadorias pelos sectores da empresa, utentes eclientes; promove a elaboração de inventários; colaboracom o superior hierárquico na organização material doarmazém.

Ajudante de fiel de armazém. — O trabalhador quecoadjuva o fiel de armazém no exercício das respectivasfunções.

Conferente. — O trabalhador que, segundo directrizesverbais ou escritas de um superior hierárquico, conferemercadorias ou produtos com vista ao seu acondicio-namento ou expedição, podendo, eventualmente, regis-tar a entrada e ou saída de mercadorias.

Servente ou auxiliar de armazém. — O trabalhador queprocede a operações necessárias à recepção, manusea-mento e expedição de mercadorias e efectua serviçoscomplementares de armazém.

Praticante de armazém. — O trabalhador, com menosde 18 anos de idade, em regime de aprendizagem, quetirocina para uma das categorias de armazém.

Operador de empilhador. — O trabalhador cuja acti-vidade se processa manobrando ou utilizando máquinasempilhadoras.

Repositor. — O trabalhador que, nos postos de venda,procede ao preenchimento e reposição de produtos nasprateleiras e gôndolas, de acordo com o plano de acçãoestipulado.

Trabalhadores da construção civil

Servente. — É o trabalhador sem qualquer qualifica-ção ou especialização profissional que trabalha nasobras, areeiros ou em qualquer local em que se justifiquea sua presença e que tenha mais de 18 anos.

Carpinteiros de limpos. — É o trabalhador que, pre-dominantemente, trabalha em madeiras, incluindo osrespectivos acabamentos no banco de oficina ou na obra.

Carpinteiro de tosco ou cofragem. — É o trabalhadorque, exclusiva ou predominantemente, executa e montaestruturas de madeira ou moldes para formar betão.

Pedreiro. — É o trabalhador que, exclusiva ou pre-dominantemente, executa alvenarias de tijolo, pedra oublocos, podendo também fazer assentamentos de mani-lhas, tubos ou cantarias, rebocos e outros trabalhos simi-lares ou complementares.

Pintor. — É o trabalhador que, predominantemente,executa qualquer trabalho de pintura nas obras.

Encarregado. — É o trabalhador que, sob a orientaçãodo superior hierárquico, dirige um conjunto de arvo-rados, capatazes ou trabalhadores.

Aprendiz. — O trabalhador que efectua a aprendiza-gem da profissão e coadjuva os oficiais, sob orientaçãodestes.

Observação. — As categorias profissionais de carpin-teiro de limpos, carpinteiro de tosco ou cofragem,pedreiro e pintor são genericamente designadas por ofi-ciais de construção civil.

ANEXO II

Condições profissionais específicas

I — Trabalhadores do serviço social

A — Condições de admissão

Serão admitidos como técnicos de serviço social osdiplomados por escolas de serviço social oficialmentereconhecidas.

B — Estágio

O estágio dos técnicos de serviço social será deum ano.

II — Profissionais de engenharia

A — Condições de admissão

1 — Aos profissionais de engenharia será sempre exi-gida a comprovação legal da suas habilitações pro-fissionais.

2 — Os profissionais de engenharia serão integradosno grau correspondente às funções que venham adesempenhar.

B — Provimento de vagas

No provimento de lugares para os quais se exija qua-lificação técnica, dar-se-á obrigatoriamente preferênciaaos profissionais de engenharia já em serviço na empresase os houver com o perfil desejado para o desempenhodas funções correspondentes aos lugares a preencher.

C — Carreira profissional — Grau de responsabilidade

1 — Constitui promoção ou acesso a passagem de umprofissional de engenharia a um grau de responsabi-lidade mais elevado.

2 — Consideram-se seis graus de responsabilidadeprofissionais (descritos no anexo), em que o grau 1 édesdobrado em dois, 1-A e 1-B, diferenciados pelovencimento.

3 — A definição dos graus, bem como as funçõesgerais atribuídas, é feita com base nas recomendaçõesda FEANE (Federação Europeia das AssociaçõesNacionais de Engenheiros).

4 — Os graus 1-A e 1-B devem ser considerados comobases de formação dos profissionais de engenharia.

5 — Os licenciados não poderão ser admitidos nograu 1-A. Os bacharéis poderão ser admitidos nograu 1-A ou 1-B, a acordar entre o trabalhador e aentidade patronal.

6 — Os graus 1 e 2 devem ser considerados comobases de formação dos profissionais de engenharia, cujapermanência não poderá ser superior a dois anos nograu 1-A, um ano no grau 1-B e dois anos no grau 2.

Page 23: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055231

III — Trabalhadores químicos

A — Carreira profissional dos analistas físico-químicos

Um ano como estagiário, dois anos na classe de 3.a,três anos na classe de 2.a, findos os quais são auto-maticamente promovidos à 1.a classe. Os períodos detempo indicados entendem-se como máximos.

B — Habilitações mínimas

Analista principal — curso de química laboratorial doInstituto Industrial ou conhecimentos profissionaisadquiridos equivalentes.

Analista físico-químico — curso de auxiliar de labo-ratório químico das escolas industriais ou conhecimentosprofissionais adquiridos equivalentes.

Preparador — habilitações mínimas legais.

IV — Trabalhadores electricistas

A — Aprendizagem e promoções

1 — Nas categorias profissionais inferiores a oficialobservar-se-ão as seguintes normas de acesso:

a) Os aprendizes serão promovidos a ajudantes aofim de dois anos ou logo que completem 18 anosde idade.

b) Os ajudantes, após dois períodos de um anode permanência nesta categoria, serão promo-vidos a pré-oficiais;

c) Os pré-oficiais, após dois períodos de um anode permanência nesta categoria, serão promo-vidos a oficiais.

2:

a) Os trabalhadores electricistas diplomados pelasescolas oficiais portuguesas nos cursos indus-triais de electricista ou de montador electricistae ainda os diplomados com o curso de elec-tricidade da Casa Pia de Lisboa, Instituto Téc-nico Militar dos Pupilos do Exército, 2.o graude torpedeiros electricistas da marinha deguerra portuguesa e curso de mecânico elec-tricista ou radiomontador da Escola Militar deElectromecânica terão, no mínimo, a categoriade pré-oficial do 2.o período;

b) Os trabalhadores electricistas diplomados comcursos do Ministério da Segurança Social e doTrabalho, através do Fundo de Desenvolvi-mento de Mão-de-Obra, terão no mínimo acategoria de pré-oficial do 1.o período.

3 — Os terceiros-oficiais serão promovidos a segun-dos-oficiais no fim de dois anos de permanência na classee os segundos-oficiais serão promovidos a primeiros--oficiais no fim de quatro anos de permanência na classe.

C — Deontologia profissional dos trabalhadores electricistas

1 — Quando o trabalhador electricista considere quepodem resultar graves consequências pessoais ou mate-riais de ordens dadas por superior não habilitado coma carreira profissional, engenheiro técnico do ramo elec-trónico, não deverá executá-las sem primeiro expor assuas razões.

2 — Sempre que no exercício das suas funções o tra-balhador electricista corra fundados riscos de electro-cussão, tem direito a exigir um acompanhante ou medi-das necessárias e suficientes para os evitar.

V — Trabalhadores de comércio e armazém

A — Condições especiais de admissão

a) Idade mínima de 16 anos.b) Habilitações mínimas legais.

B — Regimes especiais de promoção e acesso

a) O praticante de caixeiro será obrigatoriamente pro-movido a caixeiro-ajudante logo que complete dois anosde prática ou 18 anos de idade.

b) O praticante de armazém será promovido a umadas categorias profissionais compatível com os serviçosdesempenhados durante o tempo de prática logo queatingir 18 anos de idade.

c) Os trabalhadores com 18 ou mais anos de idadeque ingressem pela primeira vez na profissão não pode-rão ser classificados em categorias inferiores a cai-xeiro-ajudante.

d) O caixeiro-ajudante será obrigatoriamente promo-vido a caixeiro logo que complete três anos de per-manência na categoria, tempo que será reduzido a doisou um ano sempre que o trabalhador tenha permane-cido, respectivamente, um ou dois anos na categoriade praticante.

e) Os terceiros-caixeiros e os segundos-caixeirosascenderão, obrigatoriamente, à classe superior apóstrês anos de permanência na respectiva categoria.

f) Para os efeitos previstos nas alíneas anteriores, con-ta-se o tempo de permanência na categoria que o tra-balhador tiver à data da entrada em vigor deste contrato.

VI — Trabalhadores de hotelaria

A — Condições de admissão

1 — A idade mínima de admissão é de 16 anos deidade completos.

2 — Na admissão em igualdade de condições geraisneste CCT, será dada preferência, pela ordem seguinte:

a) Aos diplomados pelas escolas hoteleiras e játitulares de carteira profissional;

b) Aos trabalhadores titulares de carteira profis-sional que tenham sido aprovados em cursosde aperfeiçoamento das escolas hoteleiras;

c) Aos trabalhadores munidos da competente car-teira profissional.

B — Título profissional

O documento comprovativo da carteira profissionalé a carteira profissional.

Nenhum trabalhador abrangido por este contratopoderá exercer a sua actividade sem estar munido deum desses títulos, salvo nos casos em que a respectivaprofissão o não exija.

C — Direito à alimentação

1 — Os trabalhadores de hotelaria não usufruem dascondições gerais de subsídios de alimentação. Em suasubstituição, terão direito às mesmas refeições servidase confeccionadas nos dias de trabalho efectivo.

2 — Aos trabalhadores em exercício para além das23 horas será fornecida ceia por eles servida e ouconfeccionada.

Page 24: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5232

3 — As horas destinadas às refeições são fixadas pelaentidade patronal dentro dos períodos destinados àsrefeições do pessoal constante do mapa de horário detrabalho.

4 — Quando os períodos destinados às refeições nãoestejam incluídos nos períodos de trabalho, deverão serfornecidos nos trinta minutos imediatamente anterioresou posteriores ao início ou termo dos mesmos períodosde trabalho.

5 — Por aplicação do disposto no número anterior,nenhum trabalhador pode ser obrigado a tomar duasrefeições principais com intervalo inferior a cinco horas.

6 — Quando houver direito a pequeno-almoço, teráde ser tomado até às 10 horas da manhã.

7 — O trabalhador que por prescrição médica neces-sitar de alimentação especial pode optar entre o for-necimento em dieta confeccionada ou em espécie.

8 — Para todos os efeitos desta convenção, o valorda alimentação não é dedutível da parte pecuniária daremuneração.

VII — Trabalhadores metalúrgicos

A — Condições especiais de admissão

1 — São admitidos na categoria de aprendiz os jovensdos 16 aos 17 anos que ingressem em profissões ondea mesma seja permitida.

2 — Não haverá período de aprendizagem para ostrabalhadores que sejam admitidos com curso comple-mentar de aprendizagem ou de formação profissionaldas escolas técnicas do ensino oficial ou particular,devendo ser directamente admitidos como praticantes.

3 — A idade mínima de admissão dos praticantes éde 18 anos.

4 — São admitidos directamente como praticantes osmenores que possuam curso complementar de apren-dizagem ou de formação profissional das escolas deensino técnico oficial ou particular.

B — Regimes especiais de promoção e acesso

1 — Ascendem à categoria de praticante os apren-dizes que tenham terminado o seu período de apren-dizagem ou logo que completem 18 anos de idade.

2 — O período máximo de tirocínio dos praticantesserá de dois anos.

3 — O tempo de tirocínio dentro da mesma profissãoou profissões afins, independentemente da empresaonde tenha sido prestado, conta-se sempre para efeitosde antiguidade dos praticantes, de acordo com certi-ficado comprovativo do exercício do tirocínio obriga-toriamente passado pela empresa ou sindicato res-pectivo.

4 — Os profissionais de 3.a classe que completemdois anos de permanência na empresa no exercício damesma profissão ou profissões afins ascenderão à classeimediatamente superior.

5 — Os trabalhadores que se encontrem há mais dequatro anos na 2.a classe de qualquer categoria namesma empresa e no exercício da mesma profissão ouprofissões afins ascenderão à classe imediatamentesuperior.

6 — Para efeitos do disposto no número anterior, con-ta-se todo o tempo de permanência na mesma classeou empresa.

VIII — Trabalhadores da construção civil

A — Condições de admissão

São condições de admissão dos trabalhadores da cons-trução civil:

a) Terem a idade mínima de 16 anos;b) Aos serventes é exigida a idade mínima de

18 anos.B — Promoções

1 — Os oficiais de 2.a são promovidos à categoria de1.a ao fim de três anos de serviço na mesma categoria.

2 — Os aprendizes contratados com menos de 18 anosnão poderão permanecer mais de dois anos nessa cate-goria, findos os quais serão obrigatoriamente promo-vidos à categoria de segundo-oficial.

3 — No caso dos aprendizes contratados com maisde 18 anos, a passagem a segundo-oficial terá lugar,o mais tardar, após um ano de aprendizagem.

4 — Para efeito do disposto nas alíneas anteriores,conta-se o tempo de serviço prestado a outra entidadepatronal, desde que o facto conste do seu cartão pro-fissional, devendo igualmente ser tidos em conta osperíodos de frequência dos cursos análogos de escolastécnicas ou de centros de aprendizagem da respectivaprofissão, oficialmente reconhecidos.

5 — As entidades patronais obrigam-se, a solicitaçãodo trabalhador, a fornecer-lhe uma declaração da qualconstem a data e demais condições de admissão eactividade.

X — Trabalhadores rodoviários

I — Livretes de trabalho

1 — Os trabalhadores motoristas e ajudantes demotorista terão de possuir livretes de trabalho:

a) Para registar todos os períodos de trabalho diá-rio, o trabalho suplementar e o prestado emdias de descanso semanal ou feriado, no casode utilizarem o horário móvel;

b) Para registo do trabalho suplementar e para otrabalho em dias de descanso semanal ouferiado, se estiverem sujeitos ao horário fixo.

2 — Os livretes serão pessoais e intransmissíveis eapenas adquiridos no sindicato do distrito onde o tra-balhador tiver o seu local de trabalho.

3 — Os encargos com a aquisição, bem como a requi-sição de livretes, serão suportados pela empresa, salvoextravio ou deterioração imputável ao trabalhador.

II — Horário móvel

1 — Entende-se por horário móvel aquele em que,respeitando o cômputo diário e semanal, as horas deinício e termo poderão variar de dia para dia, em con-formidade com as exigências de serviço.

2 — Os períodos de trabalho diário serão anotadosem «livretes de trabalho» próprios que deverão acom-panhar sempre o trabalhador e serão fornecidos pelaempresa.

3 — A empresa avisará de véspera o trabalhador quepratique este tipo de horário e diligenciará fazê-lo omais cedo possível, assegurando ao trabalhador inte-ressado qualquer contacto, mesmo telefónico, masnunca em menos de seis horas efectivas.

Page 25: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055233

4 — Entre o fim de um período de trabalho e o iníciodo seguinte mediarão, pelo menos, doze horas.

ANEXO III

Níveis Categorias profissionaisRemunerações

mínimas(em euros)

Chefe de vendas (com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . .I Encarregado geral de armazém (com./arm.) . . . 644,50

Técnico do serviço social (SS) . . . . . . . . . . . . . . .

Encarregado electricista (ele.) . . . . . . . . . . . . . .Encarregado (metalúrgico) (met.) . . . . . . . . . . .II 614,50

Analista principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Caixeiro-encarregado (com./arm.) . . . . . . . . . . .Encarregado de armazém (com./arm.) . . . . . . .III 595,50Chefe de equipa (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de equipa (ele.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de movimento (rod.) . . . . . . . . . . . . . . . . .

Inspector de vendas (com.) . . . . . . . . . . . . . . . . .IV Preparador de trabalho (met.) . . . . . . . . . . . . . . 567,50

Analista físico-químico de 1.a (qui.) . . . . . . . . . .

Encarregado (CC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Oficial de 1.a (ele.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de cozinha (hot.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de refeitório (hot.) . . . . . . . . . . . .Afinador de máquinas de 1.a (met.) . . . . . . . . . .Fiel de armazém (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .V 552Canalizador de 1.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Mecânico de automóveis de 1.a (met.) . . . . . . . .Bate-chapas de 1.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . .Serralheiro civil de 1.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . .Serralheiro mecânico de 1.a (met.) . . . . . . . . . . .Torneiro mecânico de 1.a (met.) . . . . . . . . . . . . .

Motorista de pesados (rod.) . . . . . . . . . . . . . . . .Caixeiro de 1.a (com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . .Caixeiro viajante e de praça sem comissões

(com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fiel de armazém (com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . .

VI Promotor/prospector de vendas s/comissões . . . . 538,50Vendedor especializado s/comissões . . . . . . . . .Demonstrador (com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro de 1.a (hot.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Analista físico-químico de 2.a (qui.) . . . . . . . . . .Oficial de 1.a (CC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Oficial de 2.a (ele.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de cargas e descargas (gar.) . . . . .Afinador de máquinas de 2.a (met.) . . . . . . . . . .Canalizador de 2.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Bate-chapas de 2.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VII Ajudante de fiel de armazém (met.) (a) . . . . . . 516,50Mecânico de automóveis de 2.a (met.) . . . . . . . .Pintor de 1.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Serralheiro civil de 2.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . .Serralheiro mecânico de 2.a (met.) . . . . . . . . . . .Torneiro mecânico de 2.a (met.) . . . . . . . . . . . . .

Oficial de 2.a (CC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Caixeiro de 2.a (com./adm.) . . . . . . . . . . . . . . . . .Conferente (com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VIII Repositor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 485Cozinheiro de 2.a (hot.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Ajudante de fiel de armazém (com./arm.) . . . . .Motorista de ligeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Níveis Categorias profissionaisRemunerações

mínimas(em euros)

Oficial de 3.a (ele.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Afinador de máquinas de 3.a (met.) . . . . . . . . . .Bate-chapas de 3.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . .Canalizador de 3.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Entregador de ferramentas, materiais e produ-

tos de 1.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .IX Lubrificador de 1.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 471,50

Mecânico de automóveis de 3.a (met.) . . . . . . . .Pintor de 2.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Serralheiro civil de 3.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . .Serralheiro mecânico de 3.a (met.) . . . . . . . . . . .Torneiro mecânico de 3.a (met.) . . . . . . . . . . . . .Analista físico-químico de 3.a (qui.) . . . . . . . . . .

Ajudante de motorista (rod.) . . . . . . . . . . . . . . .Lubrificador (rod.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .X 463

Caixa (balcão) (com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . .Caixeiro de 3.a (com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de empilhador (com./arm.) . . . . . . . .Caixeiro-viajante e de praça com comissões

(com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor/prospector de vendas sem comissões

(com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor especializado com comissões

(com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XI 438Cozinheiro de 3.a (hot.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Despenseiro (hot.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de balcão (hot.) . . . . . . . . . . . . . . . .Entregador de ferramentas, materiais ou pro-

dutos de 2.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pintor de 3.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Lubrificador de 2.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . .Preparador (qui.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Caixeiro-ajudante do 2.o ano (com./arm.) . . . . .Servente ou auxiliar de armazém (com./arm.)Embalador (com./arm.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente (CC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pré-oficial do 2.o ano (ele.) . . . . . . . . . . . . . . . . .Lavador (rod.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de viaturas de carga (rod.) . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão ou self-service (hot.)XII 437,50Empregado de refeitório ou cantina (hot.) . . . .Servente (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Entregador de ferramentas, materiais ou pro-

dutos de 3.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Lubrificador de 3.a (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . .Praticante do 2.o ano com aprendizagem (met.)

Caixeiro ajudante do 1.o ano (com.) . . . . . . . . . .XIII Pré-oficial do 1.o ano (ele.) . . . . . . . . . . . . . . . . . 386,50

Praticante do 1.o ano com aprendizagem (met.)

Ajudante de electricista (ele.) . . . . . . . . . . . . . . .Praticante do 1.o ano sem aprendizagem (met.)XIV 384,50

Praticante de armazém de 17/18 anos (com./arm.)Praticante de caixeiro do 2.o ano (com./arm.) . . .

XV Aprendiz do 2.o ano (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . . 381Aprendiz (hot.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Aprendiz do 2.o ano (ele.) . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Praticante de armazém com 16 anos (com./arm.)Praticante de caixeiro do 1.o ano (com./arm.) . . .

XVI Aprendiz (CC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379Aprendiz do 1.o ano (ele.) . . . . . . . . . . . . . . . . . .Aprendiz do 1.o ano (met.) . . . . . . . . . . . . . . . . .

Page 26: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5234

ANEXO III-A

Tabela de salários para profissionais de engenharia

Grupos profissionaisRemunerações

mínimas(em euros)

Grau I-A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 692Grau I-B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 744Grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 798Grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 983Grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 154,50Grau V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 322Grau VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 502

Lisboa, 4 de Março de 2005.

Pela ANCIPA — Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de ProdutosAlimentares:

Estêvão Miguel de Sousa Anjos Martins, mandatário.

Pela FESAHT — Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas,Hotelaria e Turismo de Portugal:

Alfredo Filipe Cataluna Malveiro, mandatário.

Pela FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios eServiços:

Alfredo Filipe Cataluna Malveiro, mandatário.

Pela FSTIEP — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Eléc-tricas de Portugal:

Alfredo Filipe Cataluna Malveiro, mandatário.

Pela FESTRU — Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos:

Alfredo Filipe Cataluna Malveiro, mandatário.

Pela FEVICCOM — Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmicae Vidro:

Alfredo Filipe Cataluna Malveiro, mandatário.

Pela FEQUIMETAL — Federação Intersindical da Metalurgia, Metalomecânica,Minas, Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás:

Alfredo Filipe Cataluna Malveiro, mandatário.

Declaração

Para os devidos efeitos se declara que a FESAHT —Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação,Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal representaos seguintes sindicatos:

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria,Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares do Cen-tro;

Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo,Alimentação, Serviços e Similares da RegiãoAutónoma da Madeira;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Ali-mentação do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Ali-mentares da Beira Interior;

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimen-tar do Centro, Sul e Ilhas;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Ali-mentação do Sul e Tabacos;

Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indús-trias de Bebidas;

Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Técnicosda Agricultura, Floresta e Pecuária;

Sindicato dos Profissionais das Indústrias de Ali-mentação, Bebidas e Similares dos Açores.

Lisboa, 5 de Agosto de 2005. — A Direcção Nacional:Joaquim Pereira Pires — Francisco Martins Cavaco.

Declaração

Informação da lista de sindicatos filiados na FEP-CES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comér-cio, Escritórios e Serviços:

CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,Escritórios e Serviços de Portugal (*);

Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviçosdo Minho;

Sindicato dos Trabalhadores Aduaneiros em Des-pachantes e Empresas;

Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria,Vigilância, Limpeza, Domésticas, Profissões Simi-lares e Actividades Diversas;

Sindicato dos Empregados de Escritório, Comércioe Serviços da Horta;

Sindicato dos Trabalhadores de Escritório e Comér-cio do Distrito de Angra do Heroísmo;

Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércioe Serviços da Região Autónoma da Madeira;

5 de Agosto de 2005.

(*) O CESNORTE — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,Escritórios e Serviços do Norte foi extinto, integrando-se no CESP (Bole-tim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 29, de 8 de Agosto de 2004).

Declaração

Para os devidos e legais efeitos, declara-se que a Fede-ração dos Sindicatos dos Trabalhadores das IndústriasEléctricas de Portugal representa os seguintes sindicatos:

Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas;Sindicato das Indústrias Eléctricas do Centro;Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas

do Norte.

Lisboa, 5 de Agosto de 2005. — Pelo Secretariado daDirecção Nacional: (Assinaturas ilegíveis.)

Declaração

A FESTRU — Federação dos Sindicatos de Transpor-tes Rodoviários e Urbanos/CGTP-IN representa osseguintes sindicatos:

Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-viários de Aveiro;

Sindicato dos Transportes Rodoviários do Distritode Braga;

Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-viários e Urbanos do Centro;

Sindicato de Transportes Rodoviários de Faro;Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-

viários da Região Autónoma da Madeira;Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-

viários e Urbanos do Norte;Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-

viários do Sul;

Page 27: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055235

Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Colec-tivos do Distrito de Lisboa — TUL;

Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-viários e Urbanos de Viana do Castelo;

Sindicato dos Transportes Rodoviários do Distritode Vila Real;

Sindicato dos Profissionais de Transportes, Turismoe Outros Serviços de Angra do Heroísmo.

4 de Agosto de 2005. — A Direcção Nacional: (Assi-naturas ilegíveis.)

Declaração

Para os devidos efeitos se declara que a FederaçãoPortuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica eVidro representa os seguintes sindicatos:

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâ-mica, Cimentos e Similares do Sul e RegiõesAutónomas;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâ-mica, Cimentos e Similares da Região Norte;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâ-mica, Cimentos, Construção, Madeiras, Mármorese Similares da Região Centro;

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira;Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e

Madeiras do Distrito de Braga;Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madei-

ras, Mármores, e Cortiças do Sul;Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madei-

ras, Mármores, Pedreiras, Cerâmica e Materiaisde Construção do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil,Madeiras, Mármores e Pedreiras do Distrito deViana do Castelo;

Sindicato dos Profissionais das Indústrias Transfor-madoras de Angra do Heroísmo;

Sindicato da Construção Civil da Horta;Sindicato dos Profissionais das Indústrias Transfor-

madoras das Ilhas de São Miguel e Santa Maria;SICOMA — Sindicato dos Trabalhadores da Cons-

trução, Madeiras, Olarias e Afins da Região daMadeira.

Lisboa, 1 de Agosto de 2005. — A Direcção: (Assina-turas ilegíveis.)

Declaração

Para os devidos efeitos, declaramos que a FEQUIME-TAL — Federação Intersindical da Metalurgia, Metalo-mecânica, Minas, Química, Farmacêutica, Petróleo e Gásrepresenta as seguintes organizações sindicais:

SINORQUIFA — Sindicato dos Trabalhadores daQuímica, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Norte;

SINQUIFA — Sindicato dos Trabalhadores da Quí-mica, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro,Sul e Ilhas;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos deAveiro, Viseu e Guarda;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Braga;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos de Coim-bra e Leiria;

Sindicato dos Metalúrgicos e Ofícios Correlativos daRegião Autónoma da Madeira;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos de Lis-boa, Santarém e Castelo Branco;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgica e Metalomecânica do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Sul;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Vianado Castelo;

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira.

Lisboa, 9 de Agosto de 2005. — Pelo Secretariado: Del-fim Tavares Mendes — João Silva.

Depositado em 27 de Setembro de 2005, a fl. 108 dolivro n.o 10, com o n.o 219/2005, nos termos do artigo 549.odo Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.o 99/2003,de 27 de Agosto.

CCT entre a ASCOOP — Assoc. das Adegas Coo-perativas do Centro e Sul de Portugal e aFETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadoresde Serviços e outros — Alteração salarial eoutras.

Alteração salarial e outras ao contrato colectivo de tra-balho publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 41, de 8 de Novembro de 1983, e pos-teriores alterações, a última das quais publicada noBoletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 39, de22 de Outubro de 2004.

Cláusula 1.a

Área e âmbito

1 — O presente CCT aplica-se nos distritos de Faro,Beja, Évora, Portalegre, Setúbal, Lisboa, Santarém, Lei-ria e Castelo Branco e nos concelhos de São Pedrodo Sul, Moimenta da Beira e Tarouca, do distrito deViseu, nos concelhos de Águeda, Mealhada, Anadia,Vagos, Ílhavo, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Sever doVouga, Estarreja, Murtosa e Oliveira do Bairro, no dis-trito de Aveiro, e nos concelhos de Ceia, Manteigas,Gouveia, Sabugal, Guarda, Celorico da Beira, Trancoso,Meda, Figueira de Castelo Rodrigo, Almeida e Pinhel,no distrito da Guarda, à actividade industrial de pro-dução e comercialização de vinho e obriga, por um lado,as adegas e as uniões filiadas na ASCOOP — Associaçãodas Adegas Cooperativas do Centro e Sul de Portugale, por outro, os trabalhadores ao serviço daquelas quedesempenhem funções inerentes às profissões e cate-gorias previstas nesta convenção representados pelasassociações sindicais outorgantes.

2 — As partes outorgantes obrigam-se a requerer aoMinistério do Trabalho a extensão do presente CCT

Page 28: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5236

a todas as entidades patronais que, não estando inscritasna associação patronal outorgante, exerçam na áreaabrangida pela convenção a actividade nela prevista eaos trabalhadores ao seu serviço das profissões e cate-gorias previstas, bem como a todos os trabalhadoresnão inscritos nas associações sindicais outorgantes quese encontrem ao serviço de entidades inscritas na asso-ciação patronal signatária.

Cláusula 2.a

Vigência e denúncia

1 — O presente CCT entra em vigor cinco dias apósa sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego evigorará enquanto não for denunciado nos termos legais.

2 — A validade do presente contrato será de doisanos, findos os quais se renovará por períodos anuais.

3 — As tabelas salariais e demais cláusulas pecuniá-rias serão revistas anualmente e produzem efeitos de1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2005.

4 — Qualquer das partes outorgantes do CCT o podedenunciar com a antecedência mínima de dois mesesdo termo do período vigente.

5 — A proposta de revisão de alterações deve serapresentada na data da denúncia, sob pena de esta nãoter validade, ficando a outra parte obrigada a apresentarcontraproposta no prazo máximo de 30 dias a contarda data da recepção daquela.

6 — As negociações iniciar-se-ão 15 dias após a apre-sentação da contraproposta e terão a duração de 25dias.

Cláusula 15.a

Turnos

1 — Os profissionais que trabalham em regime dedois ou três turnos rotativos terão direito a um subsídiode turno no valor de E 40 mensais.

2 — Independentemente do subsídio de turno, o tra-balhador terá direito ao pagamento do acréscimo legalpor trabalho nocturno em relação ao vencimento.

Cláusula 26.a

Seguro e abono para falhas

1 — Os trabalhadores que exerçam funções de paga-mento ou recebimento terão direito a um abono mensalpara falhas de E 27,20, que fará parte integrante daretribuição enquanto o trabalhador se mantiver clas-sificado na profissão a que correspondem essas funções.

2 — Sempre que os trabalhadores referidos nonúmero anterior sejam substituídos nas funções citadas,o trabalhador substituto terá direito ao abono parafalhas na proporção do tempo de substituição eenquanto esta durar.

Cláusula 26.a-A

Subsídio de refeição

Os trabalhadores têm direito a um subsídio diáriopara refeição no valor de E 3,50 por cada dia efectivode trabalho.

ANEXO I

Categorias profissionais

Grupo J

Trabalhadores enólogos

Categorias e definição

Enólogo. — Investigação — estuda e melhora os pro-cessos e instrumentos de produção, tratamento e con-servação de vinho e derivados; estuda e melhora as cas-tas; estuda as diferentes categorias de um vinho atravésda cor e da prova do mosto.

Produção — controla as diferentes fases de produçãodo vinho — vindima, fermentação e estabilização;decide quanto aos processos de produção que acharmais adequados para a obtenção do melhor produtode acordo com os processos físicos, químicos, bioquí-micos e microbiológicos inerentes às diferentes etapas;trata e controla a qualidade do vinho ao longo das ope-rações tecnológicas dos vinhos (vinificação, clarificação,lotagem, estabilização, engarrafamento) através de aná-lises físicas, químicas, microbiológicas e sensoriais;decide e supervisiona a aplicação de produtos enoló-gicos; é responsável pela concepção de lotes de vinhode acordo com os padrões de qualidade da empresa;supervisiona a higienização e limpeza de todos os pavi-mentos, equipamentos, utensílios e vasilhas; colaborana concepção de equipamentos que são usados emcaves/adegas; promove a implementação de novos sis-temas de produção de forma a diminuir os custos emelhorar a qualidade; fiscaliza o cumprimento daregulamentação.

Enólogo estagiário. — É o trabalhador enólogo nosprimeiros três anos de actividade.

ANEXO III

Retribuições mínimas mensais

TABELA A

Serviços administrativos e auxiliares

Grupos Categorias Retribuições(em euros)

Chefe de escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Director de serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .I 824Analista de sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de divisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .II 785Tesoureiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Contabilista/técnico de contas . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Guarda-livros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .III 664Programador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Page 29: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055237

Grupos Categorias Retribuições(em euros)

Assistente administrativo . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário de direcção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .IV 617Correspondente em línguas estrangeiras . . . . . .

Primeiro-escriturário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Esteno-dactilógrafo em língua estrangeira . . . .V 596Operador de computador de 1.a . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas e vendedor . . . . . . . . . . . . .

Segundo-escriturário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Esteno-dactilógrafo em língua portuguesa . . . .VI 562,50Operador de computador de 2.a . . . . . . . . . . . . .Cobrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Telefonista de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .VII 504,50

Telefonista de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Contínuo de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Porteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .VIII 467,50Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Estagiário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Servente de limpeza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .IX 414Contínuo de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TABELA B

Trabalhadores de armazém

Grupos Categorias Retribuições(em euros)

Analista principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Engenheiro técnico agrário . . . . . . . . . . . . . . . . .A 708,50Enólogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Caixeiro-encarregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Controlador de qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . .B 657Encarregado geral de armazém . . . . . . . . . . . . .

Caixeiro-chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Mestre de oficina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .C 635Encarregado de fogueiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Engenheiro técnico agrário estagiário . . . . . . . .D 613Enólogo estagiário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Adegueiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Ajudante de controlador de qualidade . . . . . . .Analista químico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de enchimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de armazém . . . . . . . . . . . . . . . . . .E 575Encarregado de tanoaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fogueiro de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Oficial de electricista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Serralheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Ajudante de adegueiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Ajudante de encarregado de armazém . . . . . . .Ajudante de encarregado de tanoaria . . . . . . . .F 526,50Fogueiro de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista de pesados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Grupos Categorias Retribuições(em euros)

Analista químico estagiário . . . . . . . . . . . . . . . . .Caixeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Carpinteiro embalagens ou caixoteiro . . . . . . . .Construtor de tonéis e balseiros . . . . . . . . . . . . .Destilador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fiel de armazém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .G 489Fogueiro de 3.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista de ligeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Preparador químico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tanoeiro de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Trolha ou pedreiro de acabamentos . . . . . . . . .

Lubrificador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pré-oficial electricista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .H 476,50Preparador de vinhos espumosos . . . . . . . . . . . .Preparador de vinhos/vinagre/licores . . . . . . . . .

Ajudante de motorista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Barrileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chegador do 3.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Distribuidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .I 469Profissional de armazém (a) . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de viaturas de carga . . . . . . . . . . . . . . .Tanoeiro de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Trabalhador não diferenciado (tanoeiro) . . . . .

Caixeiro-ajudante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chegador do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .J 423Operador de enchimento/engarrafador . . . . . . .

Chegador do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .L 411,50Profissional de armazém (adaptação) . . . . . . . .

Operador de enchimento/engarrafador (adap-tação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .M 403

Mecânico praticante (tanoeiro) . . . . . . . . . . . . .

(a) O profissional de armazém quando no exercício de funções de destilador vencerápelo grupo G.

Nota final. — As demais matérias não objecto da presente revisãomantêm-se com a redacção em vigor.

Declaração dos outorgantes

Para cumprimento do disposto na alínea h) doartigo 543.o, conjugado com os artigos 552.o e 553.o doCódigo do Trabalho, declara-se que serão potencial-mente abrangidos pela presente convenção colectiva detrabalho 91 empresas e 1500 trabalhadores.

Lisboa, 28 de Abril de 2005.Pela ASCOOP — Associação das Adegas Cooperativas do Centro e Sul de Portugal:

António Aurélio Barroso de Carvalho, presidente.Luís António Gomes dos Santos, vice-presidente.Fernando Adriano Pinto, tesoureiro.

Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços em repre-sentação dos seguintes sindicatos filiados:

SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelariae Serviços;

STEIS — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Informática e Serviçosda Região Sul;

SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante,Energia e Fogueiros de Terra;

SITAM — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio e Serviçosda Região Autónoma da Madeira;

STECAH — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório e Comércio de Angrado Heroísmo;

SINDCES/UGT — Sindicato do Comércio, Escritório e Serviços.Sindicato dos Profissionais de Escritório, Comércio, Indústria, Turismo, Ser-

viços e Correlativos da Região Autónoma dos Açores:

Carlos Manuel Dias Pereira, mandatário.

Pelo Sindicato dos Técnicos de Vendas do Sul e Ilhas:

Carlos Manuel Dias Pereira, mandatário.

Page 30: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5238

Pelo SITESC — Sindicato de Quadros, Técnicos Administrativos, Serviços e NovasTecnologias:

José Manuel Gonçalves Dias de Sousa, mandatário.

Depositado em 27 de Setembro de 2005, a fl. 108do livro n.o 10, com o n.o 221/2005, nos termos doartigo 549.o do Código do Trabalho, aprovado pela Lein.o 99/2003, de 27 de Agosto.

CCT entre a ANCIPA — Assoc. Nacional de Comer-ciantes e Industriais de Produtos Alimentares(indústria de batata frita, aperitivos e similares)e a FESAHT — Feder. dos Sind. da Alimentação,Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal eoutra — Alteração salarial e outras.

O CCT para a indústria de batata frita, aperitivose similares, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2004, dá novaredacção às seguintes matérias:

Cláusula 1.a

Área e âmbito

1 — O presente CCT aplica-se em todo o territórionacional e obriga, por um lado, as empresas fabricantesde batata frita, aperitivos e similares representadas pelaAssociação Nacional dos Comerciantes e Industriais deProdutos Alimentares e, por outro, os trabalhadoresdaquelas empresas com as categorias profissionais neleprevistas, representados pelas associações sindicaisoutorgantes.

2 — O presente CCT abrange um universo de56 empresas e 750 trabalhadores.

Cláusula 23.a

Trabalho extraordinário

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

8 — Para os efeitos do número anterior, quando aentidade patronal não assegure a refeição, pagará aotrabalhador a importância de E 10,70.

Cláusula 28.a

Retribuições

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

4 — Os trabalhadores que exerçam funções de caixa,tesoureiro e cobrador têm direito a um abono mensalpara falhas no valor de E 26.

Cláusula 64.a

Direitos dos trabalhadores nas deslocações

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) Pequeno-almoço — E 2,60;c) Almoço ou jantar — E 11,50.

Cláusula 67.a

Refeitório, subsídio de alimentação e cantina

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — As empresas atribuirão a todos os trabalhadoresum subsídio de alimentação diário de E 4,15, excep-tuando-se as pequeníssimas empresas referidas na alí-nea b) do n.o 1 da cláusula 79.a, que atribuirão um sub-sídio diário de E 2,80.

3 — O subsídio previsto nesta cláusula não é devidose a empresa fornecer a refeição completa.

4 — Os trabalhadores só terão direito a beneficiardo subsídio referido nos números anteriores nos diasem que efectivamente trabalhem antes e depois darefeição.

Cláusula 76.a

Produção de efeitos

O presente CCT produz efeitos a partir de 1 deJaneiro de 2005.

Cláusula 79.a

Pequeníssimas empresas

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — A estas empresas não é aplicável a tabela salarialconstante do anexo III. As empresas obrigam-se, noentanto, a atribuir aos trabalhadores indiferenciadosvencimentos superiores a E 16,50 em relação ao saláriomínimo nacional.

ANEXO III

Tabela salarial

Níveis Categorias profissionais

Remuneraçõesmínimasmensais

(em euros)

0 Director de serviços/divisão . . . . . . . . . . . . . . . . 995,50

1 Chefe de serviços/departamento . . . . . . . . . . . . . 904

Encarregado fabril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de laboratório . . . . . . . . . . . . . . . .3 678Encarregado de manutenção . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Ajudante de encarregado fabril . . . . . . . . . . . . .Chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

4 Encarregado de armazém . . . . . . . . . . . . . . . . . . 591Guarda-livros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tesoureiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de equipa (electricista, metalúrgico, pro-dução, vendas e outros) . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Escriturário principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fogueiro principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário de direcção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Analista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Escriturário de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

5 Fiel de armazém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 555Fogueiro de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Inspector de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Page 31: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055239

Níveis Categorias profissionais

Remuneraçõesmínimasmensais

(em euros)

Motorista de pesados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista vendedor-distribuidor . . . . . . . . . . . .Oficial electricista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de máquinas de contabilidade de 1.aOperador mecanográfico de 1.a . . . . . . . . . . . . .Pedreiro de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Serralheiro mecânico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Condutor de máquinas de elevação e transporteMotorista de ligeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de estação elevatória — águas e

esgotos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de fritadeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 510,50Operador de instalações de tratamento de águaOperador de máquinas de empacotar . . . . . . . .Operador de máquinas de pinhão e outros fru-

tos secos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Torrador de frutos secos . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Cobrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Escriturário de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fogueiro de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de máquinas de contabilidade de 2.a7 501Operador mecanográfico de 2.a . . . . . . . . . . . . .Pedreiro de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pré-oficial electricista do 2.o ano . . . . . . . . . . . .Serralheiro mecânico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . .

Ajudante de motorista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Ajudante de motorista vendedor-distribuidor . . .Auxiliar de armazém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Demonstrador-repositor . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Escriturário de 3.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 465Fogueiro de 3.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pedreiro de 3.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pré-oficial electricista do 1.o ano . . . . . . . . . . . .Serralheiro mecânico de 3.a . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Ajudante de electricista do 2.o ano . . . . . . . . . . .Auxiliar de laboratório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dactilógrafo do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

9 Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 438,50Porteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Praticante do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Contínuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 Embalador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 434

Escolhedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Ajudante de electricista do 1.o ano . . . . . . . . . . .11 Dactilógrafo do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 386,50

Praticante do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Aprendiz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 383,50Paquete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Lisboa, 11 de Março de 2005.Pela ANCIPA — Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos

Alimentares:

Estêvão Miguel de Sousa Anjos Martins, mandatário.

Pela FESAHT — Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas,Hotelaria e Turismo de Portugal:

Alfredo Filipe Cataluna Malveiro, mandatário.

Pela FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios eServiços:

Alfredo Filipe Cataluna Malveiro, mandatário.

Declaração

Para os devidos efeitos se declara que a FESAHTFederação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação,Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal representaos seguintes sindicatos:

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares doAlgarve;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares doCentro;

Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria,Turismo, Alimentação, Serviços e Similares daRegião da Madeira;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares doNorte;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Ali-mentação do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Ali-mentares da Beira Interior;

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimen-tar do Centro, Sul e Ilhas;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Ali-mentação do Sul e Tabacos;

Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indús-trias de Bebidas;

Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Técnicosda Agricultura, Floresta e Pecuária;

Sindicato dos Profissionais das Indústrias de Ali-mentação, Bebidas e Similares dos Açores.

Lisboa, 5 de Agosto de 2005. — Pela Direcção Nacio-nal: Joaquim Pereira Pires — Francisco Martins Cavaco.

Declaração

Informação da lista de sindicatos filiados na FEPCES:

CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comér-cio, Escritórios e Serviços de Portugal (*);

Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Ser-viços do Minho;

Sindicato dos Trabalhadores Aduaneiros em Des-pachantes e Empresas;

Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Por-taria, Vigilância, Limpeza, Domésticas, Profis-sões Similares e Actividades Diversas;

Sindicato dos Empregados de Escritório, Caixeirose Serviços da Horta;

Sindicato dos Trabalhadores de Escritório eComércio de Angra do Heroísmo;

Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comér-cio e Serviços da Região Autónoma da Madeira.

(*) O CESNORTE — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,Escritórios e Serviços do Norte foi extinto, integrando-se no CESP(Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 29, de 8 de Agostode 2004).

5 de Agosto de 2005. — (Assinatura ilegível.)

Depositado em 22 de Setembro de 2005, a fl. 108do livro n.o 10, com o n.o 217/2005, nos termos doartigo 549.o do Código do Trabalho, aprovado pela Lein.o 99/2003, de 27 de Agosto.

Page 32: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5240

CCT entre a ANCIPA — Assoc. Nacional de Comer-ciantes e Industriais de Produtos Alimentares ea FESAHT — Feder. dos Sind. da Agricultura, Ali-mentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Por-tugal (pastelaria, confeitaria e conservação defruta — pessoal fabril) — Alteração salarial eoutras.

A presente revisão do CCT pastelaria, confeitaria econservação de fruta — pessoal fabril, publicado noBoletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 25, de8 de Julho de 2003, e última alteração no n.o 37, de8 de Outubro de 2004, dá nova redacção às seguintesmatérias:

Cláusula 1.a

Área e âmbito

1 — O presente contrato aplica-se no território nacio-nal e obriga, por um lado, as empresas que se dediquemao fabrico de pastelaria (incluindo a congelada), con-feitaria e conservação de fruta representadas pelaANCIPA — Associação Nacional de Comerciantes eIndustriais de Produtos Alimentares e, por outro lado,os trabalhadores ao seu serviço com as categorias pro-fissionais nele previstas representados pelas associaçõessindicais outorgantes.

2 — O presente CCT abrange 350 empresas e4500 trabalhadores.

Cláusula 2.a

Vigência, denúncia e revisão

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — As tabelas salariais e as cláusulas de expressãopecuniária produzem efeitos a partir de 1 de Janeirode 2005.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Cláusula 14.a

Benefício de refeição

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — As empresas obrigam-se a conceder aos traba-lhadores um subsídio diário de E 3,50, a título de ali-mentação, por qualquer dia em que prestem, pelomenos, quatro horas de serviço.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Cláusula 15.a

Diuturnidades

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — A cada diuturnidade corresponde a concessãopecuniária de E 10,50 mensais.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

ANEXO I

Tabela salarial

(Em euros)

Remunerações mínimas mensais

Categorias profissionaisPastelaria

Confeitariae conservação

de fruta

Sector de fabrico:

Mestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 633 570Técnico de higiene e qualidade . . . . . . . . . . 598 535Oficial de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 571 501Controlador de qualidade . . . . . . . . . . . . . . . 543 473Oficial de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 514 447Oficial de 3.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 464 426Auxiliar de fabrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 410 399,50Aspirante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380 380

Sectores complementares de fabrico:

Encarregado(a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 465 433Operário(a) de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 424 413Operário(a) de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 411 398Auxiliar de serviços complementares . . . . . . 394 394Aprendiz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380 380

Lisboa, 25 de Fevereiro de 2005.

Pela ANCIPA — Associação Nacional de Comerciantes e industriais de ProdutosAlimentares:

Estêvão Miguel de Sousa Anjos Martins, mandatário.

Pela FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas,Hotelaria e Turismo de Portugal:

Alfredo Filipe Cataluna Malveiro, mandatário.

Declaração

Para os devidos efei tos se declara que aFESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura,Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugalrepresenta os seguintes sindicatos:

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares doAlgarve;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares doCentro;

Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria,Turismo, Alimentação, Serviços e Similares daRegião da Madeira;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares doNorte;

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hote-laria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Ali-mentação do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Ali-mentares da Beira Interior;

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimen-tar do Centro, Sul e Ilhas;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Ali-mentação do Sul e Tabacos;

Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indús-trias de Bebidas;

Page 33: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055241

Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Técnicosda Agricultura, Floresta e Pecuária;

Sindicato dos Profissionais das Indústrias de Ali-mentação, Bebidas e Similares dos Açores.

Lisboa, 5 de Agosto de 2005. — A Direcção Nacional:Joaquim Pereira Pires — Francisco Martins Cavaco.

Depositado em 27 de Setembro de 2005, a fl. 108do livro n.o 10, com o n.o 220/2005, nos termos doartigo 549.o do Código do Trabalho, aprovado pela Lein.o 99/2003, de 27 de Agosto.

CCT entre a Assoc. Comercial do Dist. de Beja eo CESP — Sind. dos Trabalhadores do Comér-cio, Escritórios e Serviços de Portugal eoutro — Alteração salarial e outras.

(Texto base publicado no Boletim do Trabalho eEmprego, n.o 46, de 15 de Dezembro de 1996, e últimapublicação inserta no Boletim do Trabalho e Emprego,n.o 40, de 29 de Outubro de 2004.)

Aos 19 dias do mês de Setembro de 2005, oCESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,Escritórios e Serviços de Portugal, o Sindicato dos Tra-balhadores de Transportes Rodoviários do Sul e a Asso-ciação Comercial do Distrito de Beja acordaram, emnegociações directas, a matéria que se segue:

CAPÍTULO I

Área, âmbito, vigência e denúncia

Cláusula 1.a

Área e âmbito

1 — A presente convenção colectiva de trabalho,adiante designada por CCT, abrange, por um lado, asempresas do comércio a retalho CAE 52112, 52120,52210, 52220, 52230, 52250, 52260, 52271, 52272, 52320,52330, 52410, 52421, 52422, 52431, 52432, 52441, 52442,52443, 52444, 52451, 52452, 52461, 52462, 52463, 52471,52472, 52481, 52483, 52484, 52485, 52486, 52487, 52488,52500, 52610, 52621, 52622, 52623, 52630, 52720, 52730e 52740, filiadas na Associação Comercial do Distritode Beja, e, por outro, os trabalhadores filiados noCESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,Escritórios e Serviços de Portugal e outras organizaçõessindicais outorgantes, qualquer que seja o seu local detrabalho.

2 — O presente CCT abrange o distrito de Beja.

3 — Os outorgantes obrigam-se a requerer em con-junto ao Ministério da Segurança Social e do Trabalho,no momento do depósito deste CCT e das suas sub-sequentes alterações, o respectivo regulamento de exten-são a todos os trabalhadores e a todas as empresas que

desenvolvam a actividade de comércio a retalho nãofiliadas nas associações outorgantes.

4 — O âmbito profissional é o constante no anexo III.

5 — Este CCT abrange 712 empresas e 1596 tra-balhadores.

Cláusula 2.a

Vigência e denúncia

1 — O presente CCT entra em vigor na data da suapublicação no Boletim do Trabalho e Emprego e vigorarápelo período mínimo legalmente previsto.

2 — Sem prejuízo do disposto no n.o 1, a tabela sala-rial e as cláusulas de expressão pecuniária produzemefeitos a partir de 1 de Setembro de 2005 e serão revistasanualmente.

3 — A denúncia deste CCT, na parte que respeitaà tabela salarial e às cláusulas de expressão pecuniária,será feita decorridos até nove meses contados a partirda data referida no n.o 2.

4 — A denúncia do CCT referido no n.o 1 pode serfeita decorridos dois anos contados a partir da referidadata e renova-se por iguais períodos até ser substituídapor outra que a revogue.

5 — Por denúncia entende-se o pedido de revisão,que deve ser feito a qualquer dos outorgantes da partecontrária, acompanhada da proposta de alteração.

6 — A contraparte deverá enviar à parte denuncianteuma contraproposta até 30 dias após a recepção da pro-posta de revisão, presumindo-se que a outra parte aceitao proposto sempre que não apresente proposta espe-cífica para cada matéria; porém, haver-se-á como con-traproposta a declaração expressa da vontade de nego-ciar.

7 — A parte denunciante dispõe de até 10 dias paraexaminar a contraproposta.

8 — As negociações iniciar-se-ão, sem qualquer dila-ção, nos primeiros 10 dias após o termo dos prazosreferidos nos números anteriores.

9 — O CCT denunciado mantém-se até à entrada emvigor de outro que o revogue.

10 — Da proposta e contraproposta serão enviadascópias ao Ministério da Segurança Social e do Trabalho.

11 — Na reunião protocolar deve ser definida quala entidade secretariante do processo de revisão.

Cláusula 32.a

Diuturnidades

1 — Aos trabalhadores de uma categoria sem pro-moção automática será atribuída uma diuturnidade de

Page 34: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5242

E 20,65 por cada três anos de antiguidade na categoria,até ao limite de cinco diuturnidades.

2 — O disposto nesta cláusula não se aplica quandoo trabalhador já tenha retribuição superior à da tabelasalarial, acrescida do referido complemento.

Cláusula 34.a

Ajudas de custo

1 — Os trabalhadores que se desloquem em serviçotêm direito às seguintes ajudas de custo:

a) Almoço ou jantar — E 12;b) Dormida — E 26;c) Pequeno-almoço — E 4;d) Diária completa — E 38.

2 — Por opção da entidade patronal, o regime de aju-das de custo referido no número anterior poderá sersubstituído por pagamento de despesas, contra a apre-sentação dos documentos comprovativos respectivos.

Cláusula 36.a

Subsídio de caixa

1 — Os caixas, os cobradores e os trabalhadores queexerçam funções de caixa têm direito a um subsídiomensal de «quebras» de E 17,50.

2 — O subsídio referido no número anterior não cons-titui, para qualquer efeito, retribuição e não será pagodurante as férias e os impedimentos prolongados.

3 — Os substitutos dos caixas e dos cobradores terãodireito ao referido subsídio durante os períodos de subs-tituição, desde que por tempo igual ou superior a 10 diasem cada mês, caso em que não haverá lugar ao paga-mento ao respectivo titular.

ANEXO III

Níveis salariais e remunerações certas mínimas

Nível Âmbito profissional Vencimento(em euros)

I . . . . . . Chefe de escritório e gerente comercial . . . 585II . . . . . Chefe de serviços (escritório) e encar-

regado-geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 565III . . . . . Caixeiro-encarregado, chefe de secção

(comércio e escritórios), chefe de ven-das, correspondente em línguas estran-geiras, encarregado electricista, encar-regado de talho, guarda-livros, inspectorde vendas e operador-encarregado(supermercado) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 535

IV . . . . . Afinador de máquinas de 1.a, caixa (escri-tório), caixeiro-viajante, carpinteiro delimpos de 1.a, encarregado de armazém,esteno dactilógrafo em línguas estran-geiras, estofador de 1.a, estucador de 1.a,marceneiro de 1.a, mecânico de máqui-nas de escritório de 1.a, motorista depesados, oficial electricista de 1.a, ope-rador de computador de 1.a, operadorespecializado (supermercado), pedreirode 1.a, pintor de 1.a, pintor-decoradorde 1.a, pintor de móveis de 1.a, primei-ro-caixeiro, primeiro-escriturário, poli-dor de talhante de 1.a e técnico de manu-tenção de informática de 1.a . . . . . . . . . . 525

Nível Âmbito profissional Vencimento(em euros)

V . . . . . Afinador de máquinas de 2.a, caixeiro depraça, conferente (armazém), demons-trador (comércio), esteno dactilógrafoem língua portuguesa, estofador de 2.a,estucador de 2.a, fiel de armazém, mar-ceneiro de 2.a, mecânico de máquinasde escritório de 2.a, motorista de ligei-ros, operador de 1.a (supermercado),oficial electricista de 2.a, operador decomputador de 2.a, operador de máqui-nas de contabilidade, pedreiro de 2.a,pintor de 2.a, pintor decorador de 2.a,pintor de móveis de 2.a, polidor de 2.a,promotor de vendas, segundo-caixeiro,segundo-escriturário, talhante de 2.a etécnico de manutenção de informáticade 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 465

VI . . . . . Afinador de máquinas de 3.a, assentadorde revestimentos, caixa de balcão, cobra-dor, costureiro, distribuidor (comércio),embalador (comércio), mecânico demáquinas de escritório de 3.a, operadorde 2.a (supermercado), operador decomputador de 3.a, operador de máqui-nas de embalar, pré-oficial electricista,servente (armazém ou comércio), ser-vente de pedreiro, técnico de manuten-ção de informática de 3.a, terceiro-cai-xeiro e terceiro-escriturário . . . . . . . . . . 465

VII . . . . Ajudante de assentador de revestimentosdo 3.o ano, contínuo, estagiário de cos-tureiro do 2.o ano, estagiário de escri-tório do 2.o ano, guarda, operador-aju-dante (supermercado), porteiro, prati-cante do 2.o ano (construção civil e cor-relativos), praticante do 2.o ano (mecâ-nico), praticante de talhante, serventede limpeza, telefonista e vigilante . . . . . 425

VIII . . . Ajudante de assentador de revestimentosdo 2.o ano, ajudante de electricista do2.o ano, estagiário de costureiro do1.o ano, caixeiro-ajudante 2.o ano, esta-giário de escritório do 1.o ano, praticantedo 1.o ano (mecânico) e praticante do1.o ano (construção civil e correlativos) 410

IX . . . . . Ajudante de assentador de revestimentosdo 1.o ano, ajudante de electricista do1.o ano, aprendiz do 2.o ano (construçãocivil e correlativos), aprendiz do 2.o ano(mecânico) e caixeiro-ajudante do1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 405

X . . . . . Aprendiz do 1.o ano (construção civil e cor-relativos), aprendiz de electricista dos4.o, 3.o, 2.o e 1.o anos, aprendiz do 1.oano (mecânico), paquete dos 4.o, 3.o, 2.oe 1.o anos e praticante dos 4.o, 3.o, 2.oe 1.o anos (comércio) . . . . . . . . . . . . . . . 305

Beja, 19 de Setembro de 2005.

Pelo CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal:

Casimiro Manuel Serra Santos, mandatário.Margarida do Sacramento Gonçalves das Fontes Figueira, mandatária.

Pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários do Sul:

Casimiro Manuel Serra Santos, mandatário.Margarida do Sacramento Gonçalves das Fontes Figueira, mandatária.

Pela Associação Comercial do Distrito de Beja:

Fernando António Inácio Reis, mandatário.Elídio Augusto Raminhos Ferreira, mandatário.

Depositado em 30 de Setembro de 2005, a fl. 108do livro n.o 10, com o n.o 222/2005, nos termos doartigo 549.o do Código do Trabalho, aprovado pela Lein.o 99/2003, de 27 de Agosto.

Page 35: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055243

AE entre a VALORSUL — Valorização e Tratamentode Resíduos Sólidos da Área Metropolitana deLisboa (Norte), S. A., e o SINDEL — Sind. Nacio-nal da Ind. e da Energia — Revisão global.

CAPÍTULO I

Âmbito e vigência

Cláusula 1.a

Âmbito

O presente acordo de empresa, adiante designadopor AE, aplica-se em todo o território nacional e obriga,por um lado, a empresa VALORSUL — Valorizaçãoe Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropo-litana de Lisboa (Norte), S. A., cuja actividade principalé o tratamento e valorização de resíduos sólidos (CAE90020), adiante designada por empresa, e, por outro,os trabalhadores ao seu serviço representados pela orga-nização sindical outorgante.

Cláusula 2.a

Vigência, denúncia e revisão

1 — Este AE entra em vigor cinco dias após a datada distribuição do Boletim do Trabalho e Emprego emque for publicado, mantendo-se em vigor até ser subs-tituído por outro.

2 — O período mínimo de vigência, os prazos paradenúncia e revisão, assim como o processo de nego-ciação, são os previstos na lei.

3 — A tabela salarial e demais cláusulas de expressãopecuniária produzirão efeitos a partir de 1 de Janeirode cada ano civil.

CAPÍTULO II

Exercício do direito sindical

Cláusula 3.a

Princípios gerais

1 — É direito dos trabalhadores inscreverem-se emassociações sindicais.

2 — Os trabalhadores e as associações sindicais têmdireito a desenvolver actividade sindical no interior daempresa, nomeadamente através de delegados sindicaise comissão sindical.

3 — À empresa é vedada qualquer interferência naactividade sindical dos trabalhadores ao seu serviço.

Cláusula 4.a

Direitos dos delegados sindicais

1 — Os delegados sindicais têm direito a circular nointerior da empresa para afixar textos, convocatórias ecomunicações ou prestar quaisquer outras informaçõespara conhecimento dos trabalhadores, sem prejuízo, emqualquer dos casos, da laboração normal da empresa.

2 — A empresa é obrigada a reservar locais apro-priados à afixação da informação e documentação sin-

dical, devendo esses locais serem escolhidos de comumacordo com os delegados sindicais.

3 — A empresa concede à comissão sindical, para oexercício da actividade dos seus membros, um créditomensal de quarenta e oito horas, que conta, para todosos efeitos, como tempo de efectivo serviço.

4 — O crédito de horas referido no número anterioré atribuído, em cada mês, a um ou mais delegados sin-dicais, sendo a sua distribuição da responsabilidade dacomissão sindical.

5 — Os delegados sindicais, sempre que pretendamexercer o direito previsto nos n.os 3 e 4 desta cláusula,deverão avisar, por escrito, a entidade patronal com aantecedência mínima de um dia.

Cláusula 5.a

Direito de reunião

1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se duranteo horário normal de trabalho até um período máximode quinze horas por ano, que contarão, para todos osefeitos, como tempo de serviço efectivo, desde que asse-gurem o fornecimento dos serviços de natureza urgentee com ressalva do disposto na última parte do númeroseguinte.

2 — Os trabalhadores poderão ainda reunir-se forado horário normal nos locais de trabalho, sem prejuízoda normalidade da laboração no caso de trabalho porturnos.

3 — As reuniões referidas nos números anteriorespodem ser convocadas pelas comissão sindical ou pelodelegado sindical se aquela não existir, sendo comu-nicado à empresa, com a antecedência mínima de umdia, a data e a hora em que elas se efectuem.

4 — Os dirigentes das organizações sindicais respec-tivas que não trabalhem na empresa podem participarnas reuniões, mediante comunicação à administraçãocom a antecedência mínima de seis horas.

Cláusula 6.a

Instalações da comissão sindical

A comissão sindical tem direito a utilizar, a títulopermanente, uma sala no interior da empresa que sejaapropriada ao exercício das suas funções.

Cláusula 7.a

Reuniões com órgãos de gestão da empresa

1 — A comissão sindical ou delegado sindical, quandoaquela não exista, pode reunir-se com os órgãos de ges-tão, ou quem estes designarem para o efeito, sempreque uma ou outra parte o julgar conveniente, nomea-damente para discussão e análise de assuntos com inte-resse para a vida dos trabalhadores.

2 — O tempo despendido nas reuniões previstas nonúmero anterior é considerado para todos os efeitoscomo tempo de serviço efectivo, não contando para o

Page 36: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5244

crédito de horas previsto nos n.os 3 e 4 da cláusula 4.ado AE («Direitos dos delegados sindicais»).

3 — O disposto no número anterior aplica-se tambémà participação dos delegados sindicais ou dirigentes sin-dicais que sejam trabalhadores da empresa nas reuniõesefectuadas no âmbito das negociações do AE.

Cláusula 8.a

Quotização sindical

A empresa obriga-se mensalmente a cobrar e enviarao sindicato respectivo, na mesma data em que procederao pagamento dos salários, o produto das quotizaçõesdos trabalhadores sindicalizados, acompanhado dos res-pectivos mapas de quotização total.

CAPÍTULO III

Categoria profissional e definição de funções

Cláusula 9.a

Classificação profissional

1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente AEsão obrigatoriamente classificados pela empresa,segundo as funções que efectivamente desempenham,numa das categorias que constam do anexo II («Cate-gorias profissionais»).

2 — A alteração da classificação profissional de qual-quer trabalhador só se tornará definitiva se, até 15 diasapós a comunicação ao trabalhador, este não reclamardela por escrito.

3 — A reclamação será analisada por uma comissãoconstituída por representantes da empresa e do sindicatooutorgante deste AE, a qual emitirá parecer funda-mentado.

4 — A classificação efectuada nos termos dos núme-ros anteriores produz efeitos a partir da data da entradaem vigor deste AE.

CAPÍTULO IV

Prestação do trabalho

Cláusula 10.a

Período normal de trabalho

1 — O período normal de trabalho não poderá exce-der, em cada semana, as 36,8 horas para o regime detrês turnos e de laboração contínua ou de 37 horas,nos restantes regimes, nem as 8 horas diárias.

2 — Sem prejuízo do disposto na cláusula seguinte,o período normal de trabalho diário será interrompidopor um intervalo para refeição ou descanso não inferiora uma nem superior a duas horas, não podendo os tra-balhadores prestar mais de cinco horas seguidas detrabalho.

Cláusula 11.a

Trabalho por turnos

A prestação de trabalho em regime de turnos obedeceaos requisitos previstos e fixados no regulamento de

trabalho por turnos, que constitui o anexo III («Regu-lamento de trabalho por turnos») deste AE e dele fazparte integrante.

Cláusula 12.a

Trabalho suplementar

1 — Considera-se trabalho suplementar todo aqueleque é prestado fora do horário de trabalho.

2 — O trabalho suplementar só pode ser prestadopara evitar danos directos e imediatos sobre pessoase equipamentos ou para acorrer a acréscimos de tra-balho súbitos ou inevitáveis, destinados a evitar prejuízosimportantes para a economia da empresa.

3 — Quando ocorram os motivos previstos no n.o 2,será prestado trabalho suplementar mediante ordemescrita de um superior hierárquico, fundamentadanaqueles motivos.

4 — O trabalhador deve ser dispensado de prestartrabalho suplementar quando, invocando motivos gravesda sua vida pessoal ou familiar, expressamente o solicite.

5 — Quando o trabalhador prestar horas extraordi-nárias, não poderá entrar novamente ao serviço semque antes tenham decorrido, pelo menos, doze horassobre o termo da prestação de trabalho.

6 — A empresa fica obrigada a assegurar ou a pagaro transporte sempre que:

a) O trabalhador seja chamado a prestar trabalhosuplementar e este não se ligue com o períodonormal de trabalho;

b) O trabalhador seja chamado a horas em quejá não haja transportes colectivos, mesmo queeste trabalho tenha ligação com o seu períodonormal de trabalho;

c) Em prolongamento do período normal, o tra-balho dure até horas em que já não haja trans-portes colectivos.

7 — Sempre que se verifique o caso previsto na alí-nea a) do número anterior, a empresa pagará, tambémcomo trabalho suplementar, o tempo gasto na des-locação.

8 — Sempre que o trabalhador preste trabalho suple-mentar, a empresa fica obrigada a fornecer a refeiçãocompreendida no período de trabalho prestado.

9 — Quando no decurso de trabalho suplementar sejatomada uma refeição, o tempo com ela gasto, até aolimite de uma hora, será pago como trabalho suple-mentar.

Cláusula 13.a

Trabalho em dia de descanso semanal e feriados

1 — O trabalho prestado em dia de descanso semanaldá direito ao trabalhador a descansar num dos 3 diasseguintes, salvo casos excepcionais, em que o poderáfazer no prazo máximo de 15 dias.

Page 37: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055245

2 — O disposto no número anterior é válido qualquerque seja o período de trabalho em dia de descansosemanal.

3 — O trabalho prestado em cada dia de descansosemanal ou feriado não poderá exceder o período nor-mal de trabalho diário.

4 — O trabalho em cada dia de descanso semanalou feriado só poderá ser prestado nas condições pre-vistas no n.o 2 da cláusula anterior.

5 — Quando o trabalhador preste serviço em dia dedescanso semanal ou feriado, a empresa é obrigada apagar o transporte e o tempo de deslocação nas con-dições previstas, respectivamente, nos n.os 6 e 7 da cláu-sula 12.a («Trabalho suplementar»).

6 — O período de descanso compensatório a que sereferem os n.os 1 e 2 será de um dia completo e constituidireito irrenunciável do trabalhador.

Cláusula 14.a

Regime de disponibilidade

1 — Só prestarão serviço em regime de disponibili-dade os trabalhadores que derem por escrito o seuacordo.

2 — O trabalhador em regime de disponibilidadeobriga-se a permanecer em casa ou em local de fácilacesso e contacto que lhe permita, em caso de con-vocação, a sua rápida comparência no local de trabalho.

3 — A convocação compete ao responsável pela ins-talação ou serviço, ou a quem o substituir, devendo res-tringir-se às intervenções indispensáveis ao serviço.

4 — Quando por motivo grave, de carácter pessoalou familiar, o trabalhador solicite dispensa temporáriado regime de disponibilidade a que está afecto, aempresa não poderá recusar a dispensa, salvo se daíresultarem prejuízos graves para a laboração.

Cláusula 15.a

Isenção de horário de trabalho

1 — Por acordo escrito com o trabalhador, pode serprestado trabalho em regime de isenção de horários,nas situações e modalidades previstas na lei.

2 — Os trabalhadores isentos de horário de trabalhona modalidade de não sujeição aos limites máximos dosperíodos normais de trabalho têm direito ao pagamentode trabalho suplementar nas condições referidas nas alí-neas seguintes:

a) Em cada ano, sempre que o trabalhador prestemais de duzentas horas para além da duraçãodo trabalho máximo anual, todo o tempo detrabalho remanescente será pago como trabalhosuplementar, nos termos da cláusula 19.a do AE(«Remuneração de trabalho suplementar»);

b) O trabalho prestado em dia de descanso sema-nal ou feriado obrigatório será pago como tra-balho suplementar, nos termos da cláusula 20.a

do AE («Remuneração do trabalho em dia dedescanso semanal ou feriado»), mas não seráconsiderado no cômputo das duzentas horasreferidas no número anterior.

3 — Os trabalhadores abrangidos pelo regime de isen-ção de horário de trabalho na modalidade referida non.o 2 têm direito a auferir uma remuneração especial,nos termos da cláusula 23.a do AE («Subsídio de isençãode horário de trabalho»).

4 — Os trabalhadores que prestam trabalho emregime de isenção de horário numa modalidade quenão a prevista no número anterior têm direito à remu-neração prevista na lei para a modalidade de isençãoacordada.

Cláusula 16.a

Trabalho nocturno

1 — Considera-se nocturno o trabalho prestado noperíodo que decorre entre as 20 horas de um dia eas 7 horas do dia seguinte.

2 — Considera-se também como nocturno o trabalhoprestado depois das 7 horas, desde que em prolonga-mento de um período de trabalho nocturno.

CAPÍTULO V

Retribuição do trabalho

Cláusula 17.a

Definição de retribuição

1 — Considera-se retribuição aquilo a que o traba-lhador tem direito como contrapartida do seu trabalhonos termos da lei, do presente acordo, do contrato indi-vidual de trabalho e dos usos da empresa.

2 — Para os efeitos deste AE, consideram-se abran-gidos na retribuição a remuneração mensal, as anui-dades, o subsídio de férias, o subsídio de Natal, o sub-sídio de turno, o subsídio de disponibilidade, o subsídiode isenção de horário de trabalho, o subsídio comple-mentar salarial e o subsídio de periculosidade, insalu-bridade e penosidade.

3 — As remunerações mensais mínimas são as queconstam do anexo I («Tabela salarial»).

Cláusula 18.a

Determinação da remuneração horária

Para todos os efeitos previstos neste AE, a fórmulaa considerar para o cálculo da remuneração horária nor-mal, RH, é a seguinte:

RH= (Rm × 12)/(52 × n)

em que Rm é igual à remuneração base mensal maisanuidades, subsídio de turno, subsídio de disponibili-dade, subsídio de isenção de horário de trabalho e sub-sídio complementar salarial e n é igual ao período nor-mal de trabalho semanal.

Page 38: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5246

Cláusula 19.a

Remuneração do trabalho suplementar

1 — O trabalho suplementar dá direito a remunera-ção especial, que será igual à retribuição normal acres-cida das seguintes percentagens:

a) 75% de acréscimo sobre a retribuição normal(RH) para as horas suplementares diurnas;

b) 125% de acréscimo sobre a retribuição normal(RH) para as horas suplementares nocturnas.

2 — Quando o trabalho suplementar prestado nãotenha ligação com o período de trabalho normal, aotrabalhador será sempre assegurado o pagamento, nomínimo, de duas horas, independentemente do númerode horas de trabalho efectivamente prestado, se estefor inferior.

Cláusula 20.a

Remuneração do trabalho em dia de descanso semanal ou feriado

1 — O trabalho prestado em dia de descanso semanalou feriado dá direito a uma remuneração, a acrescerà retribuição mensal, resultante da aplicação da fórmulaseguinte:

2,50 × RH × T para trabalho diurno2,75 × RH × T para trabalho nocturno

2 — Na fórmula referida no número anterior, enten-de-se por RH o valor de retribuição da hora normale por T o número de horas prestadas em dia de descansosemanal ou feriado.

3 — Quando o trabalhador seja chamado a trabalharem dia de descanso semanal ou feriado ser-lhe-á garan-tido o pagamento, no mínimo, de duas horas, indepen-dentemente da duração do trabalho prestado, se estafor inferior.

Cláusula 21.a

Subsídio de turno

1 — São devidos os seguintes subsídios de turno men-sais aos trabalhadores que trabalhem ou venham a tra-balhar em regime de turnos rotativos:

a) 30% da respectiva remuneração base mensalpara o trabalho prestado em regime de três tur-nos e de laboração contínua com folga rotativa;

b) 17,9% da respectiva remuneração base mensalpara o trabalho prestado em regime de doisturnos.

2 — Da aplicação do disposto do número anteriornão poderá resultar em caso algum um subsídio inferiora E 243,95 para o trabalho em regime de três turnosrotativos ou de laboração contínua e um subsídio inferiora E 145,55 para o trabalho em regime de dois turnos.

3 — Os subsídios referidos nos números anterioresvencem-se ao fim de cada mês e são devidos, a cadatrabalhador, em relação e proporcionalmente ao serviçoque tenha efectivamente prestado em regime de turnosno decurso do mês.

4 — É, porém, devido o subsídio por inteiro sempreque o trabalhador preste mais de 12 dias de trabalhoem regime de turnos em cada mês.

5 — Este subsídio é também devido mesmo quandoo trabalhador:

a) Se encontre em gozo de férias, doença ou aci-dente de trabalho;

b) Se encontre no gozo de folga de compensação;c) Seja deslocado temporariamente para horário

normal por interesse da empresa, nomeada-mente nos períodos de paragem técnica das ins-talações ou noutras situações;

d) Se encontre no gozo de folga em dia feriado.

6 — Os trabalhadores que deixem de praticar oregime de turnos continuam a receber o respectivo sub-sídio, como remuneração remanescente, até o mesmoser absorvido por futuros aumentos da remuneraçãobase desde que:

a) A passagem a horário normal ou a turnos delaboração descontínua seja do interesse daempresa e o trabalhador tenha estado emregime de turnos mais de cinco anos seguidosou oito interpolados;

b) A passagem a horário normal se verifique depoisde 10 anos seguidos ou 15 interpolados emregime de turnos;

c) Tenham sido reconvertidos por motivo de aci-dente de trabalho ou doença profissional;

d) Tenham sido declarados, pelos serviços médicosda empresa, inaptos para o regime de turnos.

7 — A absorção do subsídio de turno, nos casos pre-vistos no número anterior, não pode ser superior a 20%da diferença da remuneração base que o trabalhadorauferia e passa a auferir.

8 — O subsídio de turno é pago 14 vezes por ano.

Cláusula 22.a

Subsídio de disponibilidade

1 — O trabalhador em regime de disponibilidade temdireito a receber um subsídio mensal no valor de 16,05%da respectiva remuneração base mensal por cada semanaefectiva de disponibilidade, entendendo-se por semanade disponibilidade o período que medeia entre a sex-ta-feira de uma semana e a quinta-feira da semanaseguinte.

2 — Se durante o período de disponibilidade se veri-ficar a existência de dia(s) feriado(s), o trabalhador terádireito a receber, para além da importância que lheé devida por um ciclo de disponibilidade, ainda a dife-rença entre o valor considerado para o dia útil e parao dia feriado, até um máximo de quatro feriados emcada ano.

3 — Por cada deslocação à empresa, o trabalhadortem direito a:

a) Pagamento das horas extraordinárias efectiva-mente prestadas, acrescidas de uma hora detransporte;

b) Independentemente do trabalho efectivamenteprestado ter tido duração inferior, a empresapagará o mínimo de duas horas como trabalhosuplementar ou em dia de descanso semanalou feriado, conforme o caso, incluindo-se nessemínimo o tempo de transporte;

Page 39: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055247

c) Fornecimento pela empresa de meio de trans-porte adequado ou ao pagamento das despesasde transporte.

Cláusula 23.a

Subsídio de isenção de horário de trabalho

1 — O trabalhador em regime de isenção de horáriode trabalho na modalidade de não sujeição aos limitesmáximos dos períodos normais de trabalho tem direitoa receber um subsídio mensal no valor de 24% da res-pectiva remuneração base mensal.

2 — Quando o trabalhador preste trabalho em diade descanso semanal ou feriado tem direito:

a) Ao pagamento das horas extraordinárias efec-tivamente prestadas, acrescidas de uma hora detransporte;

b) Independentemente do trabalho efectivamenteprestado ter tido duração inferior, a empresapagará o mínimo de duas horas como trabalhosuplementar em dia de descanso semanal ouferiado, incluindo-se nesse mínimo o tempo detransporte;

c) Fornecimento pela empresa de meio de trans-porte adequado ou ao pagamento das despesasde transporte.

Cláusula 24.a

Subsídio de periculosidade, insalubridade e penosidade

1 — A empresa pagará por cada dia de trabalho umsubsídio correspondente ao grau de periculosidade, insa-lubridade e penosidade a que os trabalhadores estejamsujeitos no desempenho das suas funções, sendo atri-buídos a cada trabalhador os valores correspondentesa três graus:

Grau 3 — E 7,68/dia;Grau 2 — E 5,12/dia;Grau 1 — E 2,56/dia.

2 — Em função da categoria profissional, serão nego-ciados os graus de periculosidade, insalubridade e peno-sidade a aplicar a cada caso.

Cláusula 25.a

Subsídio de refeição

1 — Os trabalhadores têm direito a receber por cadadia de trabalho uma comparticipação para alimentaçãono valor de E 8,44.

2 — O subsídio de refeição será devido sempre queo trabalhador preste, no mínimo, um número de horasdiárias de trabalho igual a metade da duração do seuperíodo normal de trabalho diário.

3 — Sempre que o trabalhador preste trabalho depoisdas 24 horas, a empresa pagará uma ceia cujo valoré igual ao fixado no n.o 1 desta cláusula.

Cláusula 26.a

Prémio de carreira

1 — Os trabalhadores que permaneçam mais de trêsanos no escalão E da sua categoria profissional terão

direito, após esse período, a uma anuidade de 0,5%da sua remuneração base mensal por cada ano deantiguidade.

2 — A antiguidade para efeitos de anuidade conta-sea partir de 1 de Janeiro do ano seguinte àquele emque perfaz três anos no escalão E da sua categoriaprofissional.

Cláusula 26.a-ASubsídio complementar salarial

1 — Os trabalhadores que não aufiram subsídio deturno, subsídio de disponibilidade ou subsídio de isençãode horário de trabalho terão direito, para além da suaremuneração base mensal, a um complemento salarial,calculado com base no aumento da percentagem do sub-sídio de turno.

2 — O direito a este complemento cessa logo queo trabalhador passe a auferir qualquer dos subsídiosreferidos no número anterior.

Cláusula 27.a

Subsídio de transporte

1 — A empresa pagará a todos os trabalhadores umsubsídio diário para transporte por dia efectivo de tra-balho, o qual tem duas componentes. A primeira com-ponente aplica-se à deslocação até à Gare do Orienteou Campo Grande (Galvanas). A segunda componenterefere-se ao percurso Gare Oriente-Campo Grande atéao local do posto de trabalho.

2 — A primeira componente será aplicável a todosos trabalhadores.

3 — A segunda componente será aplicável aos tra-balhadores utentes de cada serviço de transporte, nocaso de estes aceitarem que seja dispensado o serviçofornecido pela empresa entre a Gare do Oriente-CampoGrande e o local de trabalho.

4 — No caso de trabalhadores que manifestem o inte-resse em manter um serviço de transporte, deverá seracordada uma solução alternativa entre a empresa eos respectivos trabalhadores que manifestem tal inte-resse, ficando a aplicação do disposto no número ante-rior condicionada à confirmação desse(s) acordo(s).

5 — O valor de cada componente será de E 1,80 porcada dia efectivo de trabalho, considerando-se dia efec-tivo de trabalho qualquer dia em que o trabalhadorlabore, pelo menos, metade do seu período normal detrabalho diário.

Cláusula 28.a

Subsídio de Natal

1 — Todos os trabalhadores têm direito a receberpelo Natal um subsídio em dinheiro (14.o mês) igualà remuneração base mensal acrescida das anuidades,do subsídio de turno, do subsídio de disponibilidadee do subsídio de isenção de horário de trabalho.

2 — O subsídio de Natal será pago com a retribuiçãodo mês de Novembro.

Page 40: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5248

Cláusula 29.a

Prémio de objectivos sociais da empresa

1 — A empresa pagará a cada trabalhador um prémioanual visando retribuir o empenho e dedicação no cum-primento dos objectivos sociais da empresa.

2 — O montante do subsídio para cada trabalhadorterá um valor compreendido entre zero e três mesesdo salário base mensal, acrescido das anuidades, do sub-sídio de turno, subsídio de disponibilidade e subsídiode isenção de horário de trabalho, sendo atribuído pelaadministração após análise do desempenho profissionaldos trabalhadores, tendo em atenção as informaçõesfornecidas pela respectiva cadeia hierárquica decomando.

3 — O prémio será pago até ao final do mês de Marçodo ano subsequente.

4 — A cada trabalhador será dada informação escritae pessoal, pela chefia hierárquica, da avaliação efec-tuada.

CAPÍTULO VI

Suspensão da prestação do trabalho

Cláusula 30.a

Descanso semanal

1 — Os dias de descanso semanal são o sábado e odomingo ou os previstos nas escalas de turnos rotativosno regime de turnos e de laboração contínua. Todosos restantes dias são considerados úteis, com excepçãodos feriados.

2 — Quando o trabalho estiver organizado por turnosrotativos, os horários de trabalho serão escalonados deforma que cada trabalhador tenha, em média anual,dois dias de descanso por cada cinco dias de trabalho.

Cláusula 31.a

Férias

1 — Os trabalhadores ao serviço da empresa têmdireito a um período anual de férias remunerado coma duração de 25 dias úteis, excepto no ano de admissão,em que beneficiarão do período proporcional ao tempode serviço que se perfizer em 31 de Dezembro.

2 — A época de férias deverá ter lugar entre 1 deMaio e 31 de Outubro. Por acordo escrito entre o tra-balhador e a empresa, poderão as férias ser gozadasfora deste período.

3 — A marcação do período de férias deve ser feitapor mútuo acordo entre os trabalhadores e a empresa.Em caso de desacordo compete à empresa fixar operíodo de férias, ouvida a comissão sindical ou o dele-gado sindical, quando aquela não existir.

4 — O período de férias será em regra gozado segui-damente, podendo no entanto dividir-se em dois perío-dos se o trabalhador o solicitar. Por acordo entre aempresa e o trabalhador, podem as férias ser fraccio-nadas em mais de dois períodos.

5 — Será elaborado um mapa de férias, que a empresaafixará nos locais de trabalho até ao dia 15 de Abrildo ano em que as férias vão ser gozadas.

6 — No caso de impossibilidade do gozo de fériasjá vencidas por motivo não imputável ao trabalhador,nomeadamente por doença ou acidente de trabalho,poderão as mesmas ser gozadas em época a estabelecernos termos dos n.os 2 e 3 desta cláusula.

7 — Na marcação do período de férias será assegu-rado o seu gozo simultâneo pelos membros do mesmoagregado familiar que estejam ao serviço da empresa,se nisso tiverem conveniência.

8 — O período de férias não gozado por motivo decessação do contrato de trabalho conta sempre paraefeitos de antiguidade.

Cláusula 31.a-AComplemento para gozo de férias

Os trabalhadores que, com o acordo da empresa,gozem no período de 1 de Novembro a 30 de Abrilpelo menos 11 dias úteis de férias terão direito a umacréscimo de 25% no subsídio de férias.

Cláusula 32.a

Adiamento ou interrupção de férias por iniciativa da empresa

1 — Se, depois de marcadas as datas para gozo deférias, exigências imperiosas do funcionamento daempresa determinarem o adiamento ou a interrupçãodas férias já iniciadas, o trabalhador tem direito a serindemnizado pela empresa dos prejuízos que compro-vadamente haja sofrido por não ter gozado integral-mente o período de férias na época fixada.

2 — A interrupção das férias não poderá prejudicaro gozo seguido de metade do período a que o traba-lhador tenha direito.

Cláusula 33.a

Modificação das férias por parte do trabalhador

1 — Se na data prevista para o início das férias otrabalhador estiver impedido de as gozar por facto quenão lhe seja imputável, nomeadamente doença ou aci-dente, deverá ser marcado novo período de férias.

2 — A marcação do novo período de férias será feitapor acordo entre as partes.

3 — Não havendo acordo, o período de férias serágozado logo que cesse o impedimento.

4 — No caso previsto no número anterior, os diasde férias que excedam o número de dias contados entreo termo do impedimento e o fim desse ano civil passarãopara o ano seguinte e poderão ser gozados até ao termodo seu 1.o trimestre.

5 — Se a cessação do impedimento ocorrer depoisde 31 de Dezembro do ano em que se vencerem asférias não gozadas, o trabalhador tem direito a gozá-las

Page 41: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055249

no ano seguinte, em acumulação ou não com as fériasque se vencem nesse ano.

Cláusula 34.a

Irrenunciabilidade do direito a férias

O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo nãopode ser substituído, fora dos casos expressamente pre-vistos neste acordo, por qualquer compensação econó-mica ou outra, ainda que com o acordo do trabalhador.

Cláusula 35.a

Não cumprimento da obrigação de conceder férias

1 — Se a empresa não cumprir total ou parcialmentea obrigação de conceder férias nos termos deste acordo,pagará ao trabalhador, a título de indemnização, o triploda retribuição correspondente ao tempo de férias a queo trabalhador tem direito, sem prejuízo do direito dotrabalhador a gozar efectivamente as férias no 1.o tri-mestre do ano civil subsequente.

2 — O disposto nesta cláusula não prejudica a apli-cação de sanções em que a empresa incorra por violaçãodas normas reguladoras das relações de trabalho.

Cláusula 36.o

Doença no período de férias

1 — Se durante as férias o trabalhador for atingidopor doença, considerar-se-ão aquelas não gozadas naparte correspondente.

2 — Quando se verifique a situação prevista nestacláusula, o trabalhador deverá comunicar imediata-mente à empresa o dia do início da doença, bem comoo seu termo.

3 — O gozo de férias prosseguirá após o termo dadoença, até ao fim do período inicialmente marcado.A marcação do período restante será feita nos termosdos n.os 2 e 3 da cláusula 31.a («Férias»).

4 — Aplica-se à situação prevista no número anterioro disposto nos n.os 4 e 5 da cláusula 33.a («Modificaçãodas férias por parte do trabalhador»).

Cláusula 37.a

Retribuição durante as férias

1 — Além da retribuição correspondente ao seuperíodo de férias, os trabalhadores têm direito a umsubsídio de férias de montante igual ao dessa retribuição,que será pago antes do início do gozo daquelas.

2 — Este subsídio beneficiará sempre de qualqueraumento de retribuição do trabalhador que tenha lugaraté ao último dia do ano em que as férias são gozadas.

Cláusula 38.a

Efeitos da cessação do contrato de trabalho em relação às férias

1 — No caso de cessação do contrato de trabalho,qualquer que seja a sua causa, o trabalhador terá direitoa receber a retribuição correspondente a um período

de férias proporcional ao tempo de serviço prestadono ano da cessação, bem como o respectivo subsídio.

2 — Se o contrato cessar antes de gozado o períodode férias vencido no início desse ano, o trabalhadorterá ainda direito a receber a retribuição correspondentea esse período, bem como o respectivo subsídio.

3 — O período de férias a que se refere o númeroanterior, ainda que não gozado, conta sempre para efei-tos da antiguidade.

Cláusula 39.a

Licença sem retribuição

1 — A empresa pode atribuir ao trabalhador, a pedidoescrito deste, licença sem retribuição.

2 — A licença só pode ser recusada fundamentada-mente e por escrito.

3 — O período de licença sem retribuição conta paraefeitos de antiguidade.

4 — Durante o mesmo período cessam os direitos,deveres e garantias das partes na medida em que pres-suponham a efectiva prestação de trabalho.

5 — O trabalhador beneficiário de licença sem retri-buição mantém o direito ao lugar, figurando nos mapasde pessoal da empresa.

6 — A licença sem retribuição caducará no momentoem que o trabalhador iniciar a prestação de qualquertrabalho remunerado, salvo se essa licença for conce-dida, por escrito, especificamente para esse fim.

Cláusula 40.a

Definição de falta

1 — Por falta entende-se a ausência do trabalhadordurante o período normal de trabalho diário a que estáobrigado.

2 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío-dos inferiores ao período normal de trabalho a que estáobrigado, os respectivos tempos serão adicionados paradeterminação dos períodos normais de trabalho diárioem falta.

Cláusula 41.a

Faltas justificadas

1 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas

2 — Consideram-se justificadas as seguintes faltas:

a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por alturado casamento;

b) As motivadas por falecimento do cônjuge, paren-tes ou afins, nos termos da lei;

c) As motivadas pela prestação de provas em esta-belecimento de ensino, nos termos da lei;

d) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-balho devido a facto que não seja imputávelao trabalhador, nomeadamente doença, aci-dente ou cumprimento de obrigações legais;

Page 42: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5250

e) As motivadas pela necessidade de prestação deassistência inadiável e imprescindível a mem-bros do seu agregado familiar, nos termos pre-vistos na lei;

f) As ausências não superiores a quatro horas esó pelo tempo estritamente necessário, justifi-cadas pelo responsável pela educação de menor,uma vez por trimestre, para deslocação à escolatendo em vista inteirar-se da situação educativado filho menor;

g) As dadas pelos trabalhadores eleitos para asestruturas de representação colectiva, nos ter-mos da lei;

h) As dadas por candidatos a eleições para cargospúblicos, durante o período legal da respectivacampanha eleitoral, nos termos da lei;

i) As autorizadas ou aprovadas pela entidadeempregadora;

j) As que por lei forem como tal qualificadas.

3 — Nos termos da alínea b) do n.o 2, o trabalhadorpode faltar justificadamente por falecimento do cônjugenão separado de pessoas e bens ou de pessoa que estejaem união de facto ou em economia comum com o tra-balhador e respectivos pais, filhos, sogras, genros, noras,padrastos, madrastas ou enteados, por cinco dias con-secutivos.

4 — Nos termos da alínea b) do n.o 2, o trabalhadorpode faltar justificadamente por falecimento de avós,bisavós e graus seguintes, netos, bisnetos e graus seguin-tes e afins nos mesmos graus e irmãos ou cunhados,por dois dias consecutivos.

5 — Consideram-se justificadas, ao abrigo da alínea i)do n.o 2, as seguintes faltas:

a) No caso de trabalhadores que sejam bombeirosvoluntários, nos termos da lei;

b) Por doação de sangue, a título gracioso, nostermos da lei;

c) As dadas para tratar de assuntos particulares,até perfazerem vinte e quatro horas por ano,com limite de oito horas por mês.

6 — São consideradas injustificadas todas as faltasnão previstas no n.o 2.

Cláusula 42.a

Consequência das faltas justificadas

1 — As faltas justificadas não determinam a perdaou prejuízo de quaisquer direitos ou regalias do tra-balhador, nomeadamente da retribuição, salvo as pre-vistas na alínea g) do n.o 1 da cláusula anterior, na parteque excedam os correspondentes créditos de horas.

2 — Nos casos previstos nas alíneas d) e e) do n.o 1da cláusula anterior, se o impedimento do trabalhadorse prolongar por mais de um mês, aplica-se o regimede suspensão da prestação de trabalho por impedimentoprolongado, sem prejuízo do disposto nas cláusulas 54.a(«Complemento de subsídio de doença ou acidente eassistência médica e medicamentosa») e 55.a («Com-plemento em caso de incapacidade por acidente de tra-balho ou doença profissional») deste AE.

Cláusula 43.a

Consequências das faltas não justificadas

As faltas não justificadas determinam a perda de retri-buição correspondente ao período de ausência dotrabalhador.

Cláusula 44.a

Suspensão da prestação de trabalho por impedimento prolongado

1 — Quando o trabalhador esteja temporariamenteimpedido de comparecer ao trabalho por facto que nãolhe seja imputável, nomeadamente serviço militar obri-gatório, doença ou acidente, manterá direito ao lugar,categoria, antiguidade e demais regalias que vinha usu-fruindo, sem prejuízo de cessarem entre as partes todosos direitos e obrigações que pressuponham a efectivaprestação de trabalho.

2 — Terminado o impedimento, o trabalhador deveapresentar-se ao serviço no dia imediato à cessação doimpedimento, para retomar a actividade, sob pena deincorrer em faltas injustificadas, sendo que perderá odireito ao lugar se não se apresentar no prazo de 15dias.

3 — A suspensão cessa desde a data da apresentaçãodo trabalhador, sendo-lhe, nomeadamente, devida retri-buição por inteiro desde essa apresentação, mesmo que,por motivo que não lhe seja imputável, não retome ime-diatamente a prestação de serviço.

Cláusula 45.a

Efeitos das faltas no direito a férias

1 — As faltas justificadas ou injustificadas não têmqualquer efeito sobre o direito a férias do trabalhador,salvo o disposto no número seguinte.

2 — Nos casos em que as faltas determinem perdade retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-lhador expressamente assim o preferir, por perda dedias de férias, na proporção de 1 dia de férias por cadadia de falta, desde que seja salvaguardado o limite de20 dias úteis de férias ou da correspondente proporção,se se tratar de férias no ano de admissão.

CAPÍTULO VII

Condições particulares de trabalho

Cláusula 46.a

Licença de maternidade

1 — A partir de 1 de Janeiro de 2000, as trabalhadorastêm direito a uma licença por maternidade de 120 diasconsecutivos, 90 dos quais necessariamente a seguir aoparto, podendo os restantes ser gozados, total ou par-cialmente, antes ou depois do parto.

2 — Nos casos de nascimentos múltiplos, o períodode licença previsto no número anterior é acrescido de30 dias por cada gemelar além do primeiro.

3 — Nas situações de risco clínico para a trabalhadoraou para o nascituro, impeditivo do exercício de funções,independentemente do motivo que determine esse

Page 43: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055251

impedimento, caso não lhe seja garantido o exercíciode funções e ou local compatíveis com o seu estado,a trabalhadora goza do direito a licença, anterior aoparto, pelo período de tempo necessário a prevenir orisco, fixado por prescrição médica, sem prejuízo dalicença por maternidade prevista no n.o 1 desta cláusula.

4 — Sempre que a mulher trabalhadora o deseje,pode gozar as férias a que tenha direito imediatamenteantes ou depois da licença referida nos números ante-riores.

5 — Em caso de internamento hospitalar da mãe ouda criança durante o período de licença a seguir aoparto, poderá este período ser interrompido, a pedidodaquela, pelo tempo de duração do internamento.

6 — Em caso de aborto, a mulher tem direito a licençacom a duração mínima de 14 dias e máxima de 30 dias.

7 — É obrigatório o gozo de, pelo menos, seis sema-nas de licença por maternidade a seguir ao parto.

8 — A licença por maternidade não determina perdade quaisquer direitos ou regalias, sendo consideradapara todos os efeitos legais como prestação efectiva deserviço, incluindo o direito a receber a retribuiçãolíquida total como se estivesse ao serviço, revertendopara a empresa o subsídio da segurança social a quetenha direito até valor igual ao pago pela empresa.

9 — No caso de o subsídio da segurança social excedero valor pago pela empresa, a diferença reverterá a favorda trabalhadora.

10 — As trabalhadoras grávidas têm direito a dispen-sas de trabalho para se deslocarem a consultas pré-nataispelo tempo e número de vezes necessários e justificados,sem perda de retribuição e quaisquer regalias.

11 — Durante o período de comprovada amamen-tação, a trabalhadora tem direito a ser dispensada dotrabalho em dois períodos diários distintos, com a dura-ção máxima de uma hora cada um, sem perda de retri-buição ou quaisquer regalias.

12 — No caso de não haver lugar a amamentação,a mãe ou o pai trabalhador têm direito, por decisãoconjunta, à dispensa referida no número anterior, paraaleitação, até o filho perfazer um ano.

Cláusula 47.a

Faltas e licença por paternidade

1 — O pai tem direito a uma licença de cinco dias,seguidos ou interpolados, no 1.o mês a seguir ao nas-cimento do filho.

2 — O pai tem ainda direito a licença, por períodode duração igual àquele a que a mãe teria direito, nostermos do n.o 1 da cláusula 46.a, «Licença de mater-nidade», e ressalvado o disposto no n.o 7 da mesmacláusula, nos seguintes casos:

a) Incapacidade física ou psíquica da mãe, eenquanto esta se mantiver;

b) Morte da mãe;c) Decisão conjunta dos pais.

3 — No caso previsto na alínea b) do número anterior,o período mínimo de licença assegurado ao pai é de30 dias.

4 — A morte ou incapacidade física ou psíquica damãe não trabalhadora durante o período de 120 diasimediatamente a seguir ao parto confere ao pai os direi-tos previstos nos n.os 2 e 3 desta cláusula.

5 — É aplicável às situações previstas nesta cláusulaas garantias constantes nos n.os 8 a 10 da cláusula 46.a,«Licença de maternidade».

Cláusula 48.a

Adopção

1 — O trabalhador que comprovadamente tiver adop-tado menor de 15 anos, a partir do momento em quetome a criança a seu cargo, tem direito a uma licençade 100 dias para acompanhamento da mesma.

2 — Nos casos de adopção por casal, se ambos oscônjuges forem trabalhadores, o direito previsto nonúmero anterior pode ser exercido integralmente porum deles, ou por ambos, em tempo parcial ou suces-sivamente, conforme decisão conjunta.

3 — Aos casos de adopção é aplicável, com as devidasadaptações, o disposto nos n.os 2 a 5 da cláusula 46.a,«Licença de maternidade», e na cláusula 49.a, «Licençaespecial para assistência a filho ou adoptado».

4 — A morte do trabalhador beneficiário durante ogozo de licença confere ao cônjuge o direito a dispensado trabalho por período de duração igual àquele a queo primeiro ainda teria direito e não inferior a 14 dias.

5 — É aplicável às situações previstas nesta cláusulao disposto nos n.os 8 a 10 da cláusula 46.a, «Licençade maternidade».

6 — Não há lugar à licença prevista nesta cláusulase a criança a adoptar for filha do cônjuge sobrevivo.

Cláusula 49.a

Licença especial para assistência a filho ou adoptado

1 — Para assistência a filho ou adoptado e até aosseis anos de idade da criança, o pai e a mãe têm direito,em alternativa:

a) A licença parental de três meses;b) A trabalhar a tempo parcial durante 12 meses,

com um período normal de trabalho igual ametade do tempo completo;

c) A período de licença parental e de trabalho atempo parcial em que a duração total das ausên-cias seja igual aos períodos normais de trabalhode três meses;

d) A ausentar-se interpoladamente ao trabalhocom duração igual aos períodos normais de tra-balho de três meses.

2 — O pai e a mãe podem gozar qualquer dos direitosreferidos no número anterior de modo consecutivo ou

Page 44: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5252

até três períodos interpolados, não sendo permitida aacumulação por um dos progenitores do direito dooutro.

3 — Depois de esgotado qualquer dos direitos refe-ridos nos números anteriores, o pai ou a mãe tem direitoa licença especial para assistência a filho ou adoptado,de modo consecutivo ou interpolado, até ao limite dedois anos.

4 — No caso de nascimento de um terceiro filho oumais, a licença prevista no número anterior pode serprorrogável até três anos.

5 — O trabalhador tem direito a licença para assis-tência a filho de cônjuge ou de pessoa em união defacto que com este resida, nos termos desta cláusula.

6 — O exercício dos direitos referidos nos númerosanteriores depende de aviso prévio dirigido à entidadepatronal com antecedência de 30 dias relativamente aoinício da período de licença ou de trabalho a tempoparcial.

7 — A entidade patronal deverá facultar a partici-pação do trabalhador em acções de formação profis-sional e reciclagem profissional, por forma a garantira sua plena reinserção profissional após o decurso daslicenças previstas nesta cláusula e nas cláusulas 46.a,«Licença de maternidade», 47.a «Faltas e licença porpaternidade», e 48.a, «Adopção».

Cláusula 50.a

Outros direitos da mãe para protecção da segurança e saúde

1 — As trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantestêm direito a especiais condições de segurança e saúdenos locais de trabalho, nos termos dos números seguin-tes.

2 — Nas actividades susceptíveis de apresentarem umrisco específico de exposição a agentes, processos oucondições de trabalho, a entidade patronal deve pro-ceder à avaliação da natureza, grau e duração da expo-sição das trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes,de modo a determinar qualquer risco para a sua segu-rança e saúde e as repercussões sobre a gravidez oua amamentação, bem como as medidas a tomar.

3 — As trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantestêm direito a ser informadas, por escrito, dos resultadosda avaliação referida no número anterior, bem comodas medidas de protecção que sejam tomadas.

4 — É vedado às trabalhadoras grávidas, puérperase lactantes o exercício de todas as actividades cuja ava-liação tenha revelado riscos de exposição aos agentese condições de trabalho que ponham em perigo a segu-rança ou a saúde.

5 — Sempre que os resultados da avaliação referidano n.o 2 desta cláusula revelarem riscos para a segurançaou a saúde das trabalhadoras grávidas, puérperas e lac-tantes ou repercussões sobre a gravidez ou a amamen-tação, a entidade patronal deve tomar as medidas neces-

sárias para evitar a exposição dos trabalhadores a essesriscos, designadamente:

a) Proceder à adaptação das condições de tra-balho;

b) Se a adaptação referida na alínea anterior forimpossível ou excessivamente demorada, atri-buir às trabalhadoras grávidas, puérperas ou lac-tantes outras tarefas compatíveis com o seuestado e categoria profissional;

c) Se as medidas referidas nas alíneas anterioresnão forem viáveis, dispensar do trabalho as tra-balhadoras, durante todo o período necessáriopara evitar a exposição aos riscos.

6 — As trabalhadoras são dispensadas de prestar tra-balho nocturno:

a) Durante a gravidez e até seis meses após o parto;b) Durante todo o tempo que durar a amamen-

tação, se for apresentado certificado médico queateste que tal é necessário para a sua saúdeou para a da criança.

7 — Às trabalhadoras dispensadas da prestação detrabalho nocturno será atribuído, sempre que possível,um horário de trabalho diurno compatível.

8 — As trabalhadoras serão dispensadas do trabalhosempre que não seja possível aplicar o disposto nonúmero anterior.

9 — As medidas adoptadas pela empresa nos termosdos números anteriores não implicam para as traba-lhadoras perda de retribuição ou diminuição de qualquerdireito ou regalia de origem legal ou convencional.

Cláusula 51.a

Faltas para assistência a menores doentes

1 — Os trabalhadores têm direito a faltar ao trabalho,até 30 dias por ano, para prestar assistência inadiávele imprescindível em caso de doença ou acidente, a filhos,adoptados ou a enteados menores de 10 anos.

2 — Em caso de hospitalização, o direito a faltarestende-se ao período em que aquela durar, se se tratarde menores de 10 anos, mas não pode ser exercido simul-taneamente pelo pai e pela mãe ou equiparados.

3 — Se o recém-nascido for portador de uma defi-ciência, congénita ou adquirida, a mãe ou o pai tra-balhadores tem direito a uma redução do horário detrabalho de cinco horas semanais até a criança perfazer1 ano de idade.

4 — O disposto nesta cláusula aplica-se, independen-temente da idade, a deficientes que sejam filhos, adop-tados ou filhos do cônjuge que com este residam e quese encontram em alguma das situações previstas noartigo 5.o do Decreto-Lei n.o 170/80, de 29 de Maio,ou nas alíneas l), n) e o) do n.o 1 do artigo 2.o doDecreto-Lei n.o 54/92, de 11 de Abril.

5 — É aplicável às situações previstas nesta cláusulao disposto nos n.os 8 a 10 da cláusula 46.a, «Licençade maternidade».

Page 45: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055253

Cláusula 52.a

Outros casos de assistência à família

1 — O trabalhador tem direito a faltar ao trabalhoaté 15 dias por ano para prestar assistência inadiávele imprescindível, em caso de doença ou acidente, aocônjuge ou pessoa em união de facto, ascendente, des-cendente com mais de 10 anos de idade ou afim nalinha recta.

2 — O disposto no número anterior é aplicável, comas necessárias adaptações, aos trabalhadores a quemtenha sido deferida a tutela ou confiada a guarda dacriança, por decisão judicial.

Cláusula 53.a

Direitos especiais dos trabalhadores-estudantes

1 — Todo o trabalhador que frequente qualquer níveldo ensino oficial ou equivalente, incluindo cursos depós-graduação, realização de mestrados ou doutoramen-tos, em instituição pública, particular ou cooperativa,beneficiará dos seguintes direitos especiais:

a) Dispensa do serviço para frequência de aulase deslocações para os respectivos estabeleci-mentos de ensino, até seis horas por semana,sem qualquer perda de retribuição ou de qual-quer outra regalia, salvo se, mediante acordoentre a entidade patronal e o trabalhador, esteoptar por um horário de trabalho ajustável àfrequência das aulas e à inerente deslocaçãopara os estabelecimentos de ensino, caso emque a dispensa de serviço atribuída ao traba-lhador terá a duração, pelo menos, de um diaem cada mês;

b) Ausentar-se, sem perda de vencimento ou dequalquer outra regalia, para prestação de provasde avaliação, nos seguintes termos:

Dois dias por cada prova de avaliação, sendoum o da realização da prova e o outro oimediatamente anterior, incluindo sába-dos, domingos e feriados;

No caso de provas em dias consecutivos oude mais de uma prova no mesmo dia, osdias anteriores serão tantos quantas as pro-vas de avaliação a efectuar, aí se incluindosábados, domingos e feriados;

Os dias de ausência previstos nesta alínea nãopoderão exceder um máximo de quatro pordisciplina;

c) Gozar férias de acordo com as suas necessidadesescolares, incluindo o direito a gozar interpo-ladamente 15 dias de férias à sua livre escolha,salvo se daí resultar comprovada incompatibi-lidade com o plano de férias da empresa;

d) Em cada ano civil utilizar, seguida ou interpo-ladamente, até 10 dias úteis de licença, com des-conto no vencimento mas sem perda de qual-quer outra regalia, desde que o requeira nosseguintes termos:

Com quarenta e oito horas de antecedência,no caso de pretender um dia de licença;

Com oito dias de antecedência, no caso depretender dois a cinco dias de licença;

Com um mês de antecedência, no caso depretender mais de cinco dias de licença.

2 — Consideram-se igualmente justificadas, paratodos os efeitos, as faltas dadas pelo trabalhador naestrita medida das necessidades impostas pelas deslo-cações para prestar provas de avaliação.

3 — Para efeitos da aplicação do disposto nesta cláu-sula, consideram-se provas de avaliação todas as provasescritas e orais, incluindo exames, bem como a apre-sentação de trabalhos, quando estes as substituam.

4 — Para beneficiar das regalias constantes dos núme-ros e alíneas anteriores, deverá o trabalhador fazer provajunto da empresa da sua condição de estudante, apre-sentar o respectivo horário escolar e comprovar o apro-veitamento no final de cada ano escolar.

5 — As regalias previstas nas alíneas a), c) e d) don.o 1 desta cláusula cessam quando o trabalhador nãoconclua com aproveitamento o ano escolar ao abrigode cuja frequência beneficiara dessas mesmas regalias.

6 — As restantes regalias estabelecidas na presentecláusula cessam quando o trabalhador não tenha apro-veitamento em dois anos consecutivos ou três inter-polados.

7 — Para os efeitos dos n.os 5 e 6, considera-se apro-veitamento escolar o trânsito de ano ou a aprovaçãoem pelo menos metade das disciplinas em que o tra-balhador estiver matriculado, arredondando-se pordefeito este número quando necessário, considerando-sefalta de aproveitamento a desistência voluntária de qual-quer disciplina, excepto se justificada por facto que nãoseja imputável ao próprio, nomeadamente doença pro-longada, acidente, gravidez ou cumprimento de obri-gações legais.

8 — No ano subsequente àquele em que perdeu asregalias previstas nesta cláusula, pode o trabalhadorrequerer novamente a aplicação deste estatuto.

9 — O trabalhador que preste serviço em regime deturnos tem os direitos conferidos nesta clausula, desdeque o ajustamento dos períodos de trabalho não sejatotalmente incompatível com o funcionamento daqueleregime.

10 — Nos casos em que não seja possível a aplicaçãodo disposto no número anterior, o trabalhador temdireito de preferência na ocupação de postos de trabalhocompatíveis com a sua aptidão profissional e com a pos-sibilidade de participar nas aulas que se proponhafrequentar.

11 — Ao trabalhador devem ser proporcionadasoportunidades de promoção profissional adequada àvalorização obtida, tendo direito nomeadamente, emigualdade de condições, no preenchimento de cargospara os quais se achem habilitadas por virtude dos cursosou conhecimentos adquiridos na qualidade de traba-lhador-estudante.

12 — O regime previsto nesta cláusula é, ainda, inte-grado pelas disposições legais mais favoráveis.

Page 46: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5254

CAPÍTULO VIII

Regalias sociais

Cláusula 54.a

Complemento de subsídio de doença ou acidentee assistência médica e medicamentosa

1 — Quando o trabalhador estiver impedido da pres-tação do trabalho por motivo de doença terá o direitoao complemento de subsídio de doença, atribuído pelainstituição de segurança social, cujo valor será igual àdiferença entre a retribuição líquida auferida à data dabaixa e o montante daquele subsídio.

2 — A empresa obriga-se a actualizar sempre a retri-buição do trabalhador de acordo com os aumentos veri-ficados na empresa. A actualização é referida à categoriaque o trabalhador tinha à data da baixa.

3 — A empresa fica obrigada a pagar os custos coma assistência médica e medicamentosa nos termos doregime de seguro actualmente em vigor e que constituianexo ao presente AE (anexo V).

Cláusula 55.a

Complemento em caso de incapacidade por acidentede trabalho ou doença profissional

1 — Em caso de incapacidade permanente, parcialou absoluta, para o trabalho normal, proveniente deacidente de trabalho ou doença profissional ao serviçoda empresa, esta diligenciará conseguir a reconversãodos diminuídos para função compatível com as dimi-nuições verificadas.

2 — Se a retribuição da nova função, acrescida dapensão relativa à incapacidade, for inferior à auferidaà data da baixa ou à que futuramente venha a ser atri-buída à mesma categoria, a empresa pagará a respectivadiferença.

3 — No caso de incapacidade absoluta temporáriaresultante das causas referidas no n.o 1, a empresapagará, enquanto durar essa incapacidade, um subsídioigual à diferença entre a retribuição líquida à data dabaixa e a indemnização legal a que o trabalhador tenhadireito.

4 — A retribuição referida no número anterior serásempre actualizada de acordo com os aumentos veri-ficados na empresa, durante o período de incapacidade,para a respectiva categoria.

Cláusula 56.a

Subsídio de estudo para trabalhadores

1 — A empresa concede um subsídio anual de estudosaos trabalhadores com mais de um ano de antiguidadena empresa que comprovadamente frequentem cursosdo ensino escolar oficial ou oficializado.

2 — O montante do subsídio anual a atribuir corres-ponderá ao valor mais elevado, estabelecido no n.o 2da cláusula 59.a, «Subsídio de estudos a filhos dostrabalhadores».

3 — O trabalhador deixa, no ano seguinte, de terdireito ao subsídio de estudos quando não concluir, comaproveitamento, o ano escolar ao abrigo de cuja fre-quência solicitou a atribuição do subsídio.

4 — Considera-se aproveitamento escolar o estabe-lecido no n.o 7 da cláusula 53.a deste AE, «Direitosespeciais dos trabalhadores-estudantes».

5 — No ano subsequente àquele em que perdeu osubsídio previsto nesta cláusula, pode o trabalhadorrequerer novamente a sua atribuição.

6 — O subsídio de estudos cessa definitivamentequando o trabalhador não tenha aproveitamento em doisanos consecutivos ou interpolados.

Cláusula 57.a

Subsídio familiar a dependentes

A empresa pagará um subsídio familiar a descenden-tes dos trabalhadores até iniciarem a vida escolar obri-gatória, no valor mensal de E 33,40.

Cláusula 58.a

Subsídio familiar a dependentes deficientes

A empresa pagará um subsídio familiar a descenden-tes deficientes dos trabalhadores no valor mensal deE 77,25.

Cláusula 59.a

Subsídio de estudos a filhos de trabalhadores

1 — A empresa concede um subsídio anual de estudosaos filhos dos trabalhadores ou seus descendentes pelosquais recebam subsídio familiar atribuído pela segurançasocial para a frequência de cursos de ensino oficial ouoficializado.

2 — O subsídio consiste na importância correspon-dente ao custo dos livros obrigatórios, acrescido deE 128,65 para os 1.o, 2.o e 3.o ciclos de escolaridadeobrigatória, E 205,80 para o ensino secundário eE 308,70 para o ensino superior, para comparticipaçãono custo do restante material escolar.

CAPÍTULO IX

Prevenção da saúde, higiene e segurança no trabalho

Cláusula 60.a

Princípio geral

Os princípios que visam promover a prevenção dasaúde, higiene e segurança no trabalho constam de umregulamento próprio, o qual faz parte integrante desteAE (anexo IV).

CAPÍTULO X

Disposições finais e transitórias

Cláusula 61.a

Proibição de diminuição de regalias

Da aplicação do presente acordo não poderá resultarprejuízo para os trabalhadores, designadamente baixa

Page 47: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055255

de categoria, e, bem assim, a diminuição da retribuiçãoou suspensão de quaisquer regalias de carácter geral,regular e permanente, anteriormente auferidas noâmbito da empresa.

Cláusula 62.a

Efeitos retroactivos

1 — A tabela salarial constante do anexo I e a actua-lização dos subsídios pecuniários produzirão efeitosretroactivos a partir de 1 de Janeiro de 2005.

2 — A data de início de contagem dos tempos depermanência máxima em cada escalão de uma categoria,nos termos da secção C do anexo II, é 1 de Janeirode 2001.

Cláusula 63.a

Casos omissos

Aos casos omissos deste acordo aplicam-se as dis-posições constantes do CCTV para as indústrias quí-micas e demais disposições legais vigentes, na parte quefor mais favorável aos trabalhadores.

Nota final

O presente acordo tem por objectivo ser aplicadoaos 207 trabalhadores que estejam nas condições expres-

sas no artigo 552.o do Código do Trabalho e altera oAE entre a VALORSUL — Valorização e Tratamentode Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa(Norte), S. A., e o SINDEL — Sindicato Nacional daIndústria e da Energia, publicado no Boletim do Trabalhoe Emprego, n.o 37, de 8 de Outubro de 2004, entrandoem vigor cinco dias após a data da sua publicação noBoletim do Trabalho e Emprego.

São João da Talha, 14 de Setembro de 2005.

Pela VALORSUL — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metro-politana de Lisboa (Norte), S. A:

José Manuel Antunes Abrantes Santos, mandatário.Luís Maria do Amaral Alves, mandatário.

Pelo SINDEL — Sindicato Nacional da Indústria e da Energia:

Júlia Esteves Miguel, mandatária.Gabriel Marques da Silva Sadio, mandatário.

ANEXO I

Tabela salarial

A tabela salarial a vigorar entre 1 de Janeiro e 31de Dezembro de 2005 é a apresentada no quadroseguinte, reportando-se as designações de grupos e sub-grupos às categorias que os integram, nos termos dasecção B do presente anexo, e os escalões em cada cate-goria entendidos nos termos da secção C do presenteanexo.

Grupo Escalão A Escalão B Escalão C Escalão D Escalão E

Grupo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 796,25 1 855,15 1 919,90 2 002,40 2 095,20Grupo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 557,30 1 670,55 1 778 1 884,65 2 002,40Grupo III:

Subgrupo III b . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 442,90 1 557,30 1 670,55 1 778 1 884,65Subgrupo III a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 239,15 1 291,15 1 344 1 404,45 1 472,35

Grupo IV:

Subgrupo IV b . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 092,50 1 146,05 1 193,25 1 239,15 1 291,15Subgrupo IV b/a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 898,25 957,45 1 036,95 1 193,25 1 239,15Subgrupo IV a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 832,20 892,40 942,30 1 006,05 1 066,90

Grupo V:

Subgrupo V c . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 684,05 712,95 754,30 795,50 832,20Subgrupo V b . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 549,90 582 613,05 644,65 684,05Subgrupo V a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 523,55 549,90 576,25 613,05

ANEXO II

Secção A

Definições de funções

Apresentam-se nesta secção as categorias profissio-nais existentes na empresa e a as correspondentes defi-nições de funções.

Analista químico. — É o(a) trabalhador(a) que possuialguns conhecimentos laboratoriais, contribuindo paraa qualidade de produção e para o cumprimento do nor-mativo legal em termos da qualidade ambiental. Executaanálises e ensaios químicos, procedendo a todo o tra-balho de recolha de amostras e à preparação de soluçõese reagentes. Colabora na implementação de métodose procedimentos de análise. Efectua o registo de dadose elabora relatórios, justificando os desvios verificadose propondo recomendações sobre as situações analisa-

das. Controla o funcionamento de alguns analisadoresautomáticos, procede a verificações do log book de aná-lises e dos históricos dos analisadores em contínuo e,quando for necessário, efectua ajustes aos referidosequipamentos. Pode efectuar consultas ao mercado paraaquisição de material e ou reagentes de laboratório,por forma a manter os stocks actualizados e dentro dosprazos de validade. Mediante formação específica podeministrar a formação de outros utilizadores do labo-ratório.

Assistente de gestão. — É o(a) trabalhador(a) que, aonível exigido de conhecimentos e experiência profissio-nal específica, executa tarefas complexas e não rotinei-ras, enquadradas em directivas gerais fixadas superior-mente. Intervém na concepção e realização dos planosde gestão em geral e presta apoio técnico às outrasáreas da empresa. Pode orientar profissionais de qua-lificação inferior.

Page 48: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5256

Auxiliar. — É o(a) trabalhador(a) que é responsávelpor levantar e entregar o expediente, valores e objectos,pelas instalações da empresa a que se destinam, exe-cutando todo o trabalho de recolha, transporte e enviode documentos. Pode também executar algumas tarefasde serviços externos, tais como movimento de Bancose deslocações a ministérios, autarquias, notários, con-servatórias, correios, etc. Pode ainda efectuar algumascompras, bem como efectuar pagamentos no exteriore, quando solicitado, pode conduzir automóvel ligeiro.

Chefe de departamento. — É o(a) trabalhador(a) que,mediante formação adequada, é responsável por coor-denar uma equipa de trabalho inserida num departa-mento, de acordo com a estratégia, os objectivos, asnormas e os procedimentos vigentes na empresa. Pre-para informações no domínio da actividade do depar-tamento, para as várias direcções da empresa. Avaliaa actividade do departamento, efectua análises e elaborarelatórios. Participa na definição de objectivos, normase procedimentos do departamento. Supervisiona a acti-vidade da equipa de trabalho, criando condições paraa melhoria contínua do desempenho dos colaboradorese da própria equipa. Efectua contactos com as maisdiversas entidades externas. Assegura o cumprimentodas obrigações legais e fiscais da empresa.

Chefe de equipa de caracterização. — É o(a) traba-lhador(a) que realiza trabalhos de caracterização deRSU, de acordo com o plano definido pela hierarquia,coordenando e supervisionando uma equipa de opera-dores não especializados. Efectua todos os trabalhos pre-paratórios do serviço de caracterização (preparação dasamostras, controlo dos dados dos clientes, etc.); procedea recolhas de amostras para análises químicas; super-visiona a utilização do equipamento de protecção indi-vidual, bem como gere o stock do referido equipamento.Pode operar e executar alguma manutenção de máqui-nas de carga/descarga, desde que reúna os requisitosformais para o fazer.

Chefe de manutenção eléctrica. — É o(a) trabalha-dor(a) que é responsável por diagnosticar e prever ava-rias, propor soluções e coordenar/supervisionar todasas acções de manutenção levadas a cabo por uma equipade electricistas industriais ou por entidades externas.Participa em reuniões técnicas com fornecedores demateriais e equipamentos. Colabora com a hierarquiano planeamento das acções de manutenção e na exe-cução dos respectivos processos de consulta para aqui-sição de materiais e equipamentos; desenvolve análisesde falhas e diagnósticos, definindo acções tendentes àresolução dos problemas verificados na instalação; cola-bora no desenvolvimento de projectos de melhoria dosequipamentos e sistemas existentes; executa trabalhosde instrumentação de equipamentos complexos, bemcomo a manutenção do software desses equipamentos.Opera equipamentos eléctricos de alta tensão. Medianteformação específica pode efectuar processos de consultapara aquisição de materiais e equipamentos para amanutenção eléctrica.

Chefe de manutenção mecânica. — É o(a) trabalha-dor(a) que é responsável por diagnosticar e prever ava-rias, propor soluções e coordenar/supervisionar todasas acções de manutenção levadas a cabo por uma equipade mecânicos industriais ou por entidades externas. Par-

ticipa em reuniões técnicas com fornecedores de mate-riais e equipamentos. Colabora com a hierarquia noplaneamento das acções de manutenção e na execuçãodos respectivos processos de consulta para aquisição demateriais e equipamentos; desenvolve análises de falhase diagnósticos, definindo acções tendentes à resoluçãodos problemas verificados na instalação; colabora nodesenvolvimento de projectos de melhoria dos equipa-mentos e sistemas existentes; supervisiona e coordenaa actividade do preparador de trabalho e do gestor destocks. Executa trabalhos de manutenção de equipamen-tos mais complexos, nomeadamente equipamentos comsistemas hidráulicos.

Chefe de turno. — É o(a) trabalhador(a) que é res-ponsável por coordenar e supervisionar uma equipa detrabalho, inserida num turno, observando sempre a segu-rança dos colaboradores e da instalação. Supervisionaa operação em situações normais e em situações espe-ciais, como arranques e paragens. Participa em algunsplaneamentos de produção. Propõe a execução de pro-jectos tendentes a uma melhoria das condições de explo-ração das unidades e equipamentos. Colabora com achefia na análise da actividade das unidades industriaise equipamentos instalados, com vista à respectiva opti-mização, bem como na elaboração de instruções e pro-cedimentos de operação dos equipamentos. Garante amelhor alocação de recursos humanos e materiais pelasdiversas frentes de trabalho. Elabora relatórios e folhasestatísticas da produção. Efectua os pedidos de trabalhoà manutenção e gere o processo de consignações e des-consignações de equipamentos. Acompanha os traba-lhos de manutenção.

Encarregado(a). — É o(a) trabalhador(a) que dirige,coordena e monitoriza o desempenho de um grupo espe-cífico e ou de uma área de trabalho.

Encarregado(a) geral. — É o(a) trabalhador(a) que,detendo profundos conhecimentos das áreas de produ-ção e ou das áreas de apoio à produção, dirige, coordenae supervisiona directamente encarregados e ou outrosprofissionais. Assegura o cumprimento dos procedimen-tos de higiene, segurança e ambiente, nas áreas pelasquais é responsável. Reporta ao responsável da unidadefuncional.

Engenheiro(a) especializado(a). — É o(a) trabalha-dor(a) com formação académica superior responsávelpelo funcionamento e controlo de um sector em relaçãoao qual garante o cumprimento dos respectivos pro-gramas, na elaboração dos quais participa, podendocoordenar trabalhadores do mesmo sector.

Electricista industrial. — É o(a) trabalhador(a) querepara e instala equipamento estático ou dinâmico, semgrande complexidade técnica. Efectua a manutençãopreventiva de alguns orgãos eléctricos dos equipamentosindustriais.

Gestor(a) de «stocks». — É o(a) trabalhador(a) a quemcabe assegurar uma correcta gestão de stocks sendo res-ponsável pelas actividades de recepção, armazenamentoe distribuição de materiais, equipamentos e consumíveis,tendo sempre em atenção os procedimentos definidos.Assegura a recepção e controlo dos materiais entreguespor fornecedores; coordena as actividades de contagem

Page 49: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055257

e catalogação dos materiais, equipamentos e consumí-veis armazenados; assegura que a distribuição é pro-cessada de acordo com as necessidades evidenciadas eos procedimentos estabelecidos; providencia a existênciade stocks mínimos. Elabora relatórios sobre os movi-mentos de armazém e sobre as necessidades de novasaquisições. Efectua consultas e compras para a manu-tenção, podendo gerir alguns contratos de fornecimentosexternos. Pode ainda, em situações de urgência, efectuardeslocações para aquisição de material directamente nosfornecedores e ou entrega de equipamento, após con-sulta prévia.

Mecânico(a) industrial. — É o(a) trabalhador(a) queinstala e efectua reparações em equipamentos semgrande complexidade técnica, assim como assegura alimpeza e lubrificação dos mesmos.

Operador(a) de central. — É o(a) trabalhador(a) que,mediante formação específica, executa tarefas que visemo bom funcionamento da CTRSU, garantindo o melhorrendimento possível e a segurança dos colaboradorese da instalação. Supervisiona o funcionamento dos sis-temas adstritos à sua actividade profissional, em situa-ções normais e em situações especiais, como arranquese paragens. Efectua inspecções diárias aos equipamen-tos, de acordo com os requisitos definidos, mantendoactualizada a informação recolhida; efectua os ajustesnecessários ao funcionamento dos equipamentos. Pro-cede às manobras de paragem, colocando todos os equi-pamentos em segurança para permitir a intervenção dasequipas de manutenção, assim como acompanha no localtodos os referidos trabalhos. Opera equipamentos maiscomplexos, utilizados na alimentação de geradores devapor, controlando o funcionamento específico de gera-dores de vapor e turbinas de produção eléctrica; efectuaanálises químicas e tarefas de tratamento de águas;opera máquinas de carga/descarga. Quando necessárioefectua limpezas exigidas por requisitos de natureza téc-nica, ambiental e de segurança, por forma a evitar pre-juízos para a operação da central e a manter o bomfuncionamento dos sistemas adstritos à sua actividade.Estas limpezas não incluem as limpezas industriais rea-lizadas por operadores não especializados.

Operador(a) de central/inertização. — É o(a) trabalha-dor(a) que exerce tarefas que visem o bom funciona-mento da instalação, garantindo o melhor rendimentopossível, bem como a segurança dos colaboradores edos equipamentos. Supervisiona o funcionamento dossistemas associados ao tratamento de cinzas e escórias,operando os comandos dos equipamentos existentes eefectua o carregamento de escórias. Regista todos osdados das fórmulas de produção; efectua pequenos ajus-tes das fórmulas de produção e dos equipamentos doprocesso. Quando necessário pode proceder a pequenaslimpezas dos equipamentos para que estes não parem.

Operador(a) de equipamentos/ETAR. — É o(a) traba-lhador(a) que exerce tarefas que visem o bom funcio-namento da instalação, garantindo o melhor rendimentopossível e qualidade de acordo com os parâmetros exi-gidos. Efectua inspecções diárias aos equipamentos, deacordo com os requisitos definidos, mantendo actua-lizada a informação recolhida. Controla o funciona-mento do equipamento electromecânico; controla osstocks de material para manutenção. Opera máquinas

de carga/descarga e outros equipamentos mais comple-xos utilizados no doseamento de reagentes químicos,podendo manusear produtos químicos; efectua recolhade lixiviados para análise; opera equipamentos utilizadosna desidratação de lamas. Quando necessário pode pro-ceder a pequenas limpezas dos equipamentos para queestes não parem.

Operador(a) de central/ITVE. — É o(a) trabalhador(a)que exerce tarefas que visem o bom funcionamento dainstalação, garantindo o melhor rendimento possível equalidade de acordo com os parâmetros exigidos. Efec-tua inspecções diárias aos equipamentos, de acordo comos requisitos definidos, mantendo actualizada a infor-mação recolhida. Controla o funcionamento do equi-pamento electromecânico; controla os stocks de materialpara manutenção. Opera os equipamentos utilizados notratamento e valorização de escórias. Quando necessáriopode proceder a pequenas limpezas dos equipamentospara que estes não parem.

Operador(a) de máquinas e veículos especiais. — Éo(a) trabalhador(a) que no âmbito da área a que estáadstrito(a) realiza todos os trabalhos em que seja neces-sário o recurso a máquinas de carga/descarga, compac-tação, etc., observando sempre as normas e os proce-dimentos de segurança relacionados com a operação.Opera máquinas (pesadas e ligeiras) de transporte ecompactação, assegurando trabalhos de transporte,acondicionamento e compactação de RSU. Efectua alimpeza e alguma manutenção das referidas máquinas.

Operador(a) semiespecializado(a). — É o(a) trabalha-dor(a) que no âmbito da área a que está adstrito(a)executa funções simples, diversas, indiferenciadas e nor-malmente não especificadas; auxilia as descargas deRSU; zela pela limpeza da instalação, assim como cola-bora nos trabalhos de manutenção e melhoramento dainstalação. Pode ser coadjuvado(a), na sua actividadepor operadores de nível igual em equipas constituídaspara tarefas específicas.

Operador(a) de vigilância e pesagem. — É o(a) tra-balhador(a) que controla as entradas e saídas de viaturase ou pessoas nas instalações da empresa, de acordo comas autorizações atribuídas previamente. Supervisiona aspesagens das viaturas e efectua o registo dos dados.Procede à facturação directa de clientes e emite guiasde transporte de materiais para outras instalações daempresa. Inspecciona o funcionamento dos diversosequipamentos, efectua alguma manutenção e registatodos os dados.

Preparador(a) de trabalho. — É o(a) trabalhador(a)que é o responsável por preparar os trabalhos de manu-tenção, afim de os tornar exequíveis no tempo, ade-quados às necessidades e em conformidade com osobjectivos da respectiva direcção. Participa no planea-mento dos trabalhos de manutenção a efectuar em situa-ções normais e em situações especiais, como arranquese paragens; analisa problemas e propõe soluções; efectualevantamentos de campo para posterior utilização naexecução/alteração de desenhos e elabora desenho téc-nico simples em autocad; efectua previsões dos temposgastos na realização dos trabalhos e dos equipamen-tos/materiais que é necessário utilizar; acompanha aimplementação de alguns projectos e efectua os con-

Page 50: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5258

trolos necessários. Gere e organiza o arquivo técnicoda manutenção; regista a informação necessária à cria-ção de histórico sobre situações verificadas. Medianteformação específica pode elaborar alguns projectos demelhoria da operação/manutenção e efectuar consultaspara a aquisição de materiais e equipamentos.

Secretário(a). — É o(a) trabalhador(a) que é respon-sável por prestar apoio administrativo, individualizadoou sectorial. Executa tarefas administrativas gerais eespecíficas de uma ou várias áreas da empresa. Assegurao cumprimento dos procedimentos e executa as acti-vidades de recolha, processamento e organização dainformação necessária à tomada de decisão. Gere algunscontratos de fornecimentos externos, bem como controlaalguns pagamentos de clientes, especialmente os resul-tantes da facturação directa efectuada nas portarias daempresa. Assegura todo o apoio logístico, bem comoas ligações com outras áreas da empresa e as ligaçõesexteriores. Mediante formação específica pode coorde-nar e supervisionar a actividade do secretariado.

Secretário(a) de administração. — É o(a) trabalha-dor(a) que é responsável por apoiar e executar tarefasde assistência administrativa aos membros da CE, CAe respectivos assessores, assegurando os contactos inter-nos e externos da e com a administração, assim comoassegurar o processamento da informação para as reu-niões do CA e CE, e bem assim elaborar as actas dasreferidas reuniões. Gere pequenos contratos de forne-cimentos externos. Realiza tarefas logísticas relaciona-das com as visitas às instalações da empresa ou comviagens dos administradores. Mediante formação espe-cífica pode coordenar e supervisionar a actividade dosecretariado da administração, assim como da(s) tele-fonista(s)/recepcionista(s) e ou auxiliares.

Técnico(a). — É o(a) trabalhador(a) que realiza acti-vidades específicas relacionadas com uma ou várias áreasde intervenção, através da aplicação de técnicas e pro-cedimentos específicos adequados às situações em aná-lise. Recolhe, organiza e trata dados relacionados coma(s) área(s) onde está inserido; diagnostica problemas,estuda alternativas e propõe soluções que concorrampara a maximização dos resultados da empresa. Elaborarelatórios e outros estudos técnicos, necessários àtomada de decisão. Colabora com profissionais maisqualificados e pode, em situações bem definidas, coor-denar uma equipa de colaboradores semiqualificadose ou não qualificados.

Técnico(a) administrativo(a) I. — É o(a) trabalha-dor(a) que realiza algum trabalho de processamentoadministrativo relativo a uma ou mais áreas de acti-vidade. Executa tarefas administrativas, tais como reco-lha, ordenação, conferência, registo e distribuição dedocumentos, valores e materiais; executa tarefas rela-cionadas com o arquivo e o expediente; presta apoioà hierarquia; efectua alguns contactos externos.Mediante formação específica pode executar algumastarefas de gestão do sistema informático, recolher eorganizar os dados para a contabilidade, realizar algu-mas consultas para pequenas aquisições, controlar ostimings das análises físicas e químicas de RSU, águase lixiviação, realizar o tratamento estatístico da infor-mação.

Técnico(a) administrativo(a) II. — É o(a) trabalha-dor(a) que realiza, com alguma autonomia, tarefas admi-nistrativas específicas de uma área de actividade. Exe-cuta tarefas administrativas, nomeadamente recolha,ordenação, conferência, registo e distribuição de docu-mentos, valores e materiais; colabora no expediente earquivo; assegura o cumprimento das obrigações legaise fiscais da empresa; colabora funcionalmente com cole-gas mais qualificados e, eventualmente, pode coordenara actividade de colaboradores menos qualificados. Podeexecutar tarefas técnicas de contabilidade da empresa,tais como analisar e classificar a documentação de formaa sistematizá-la para posterior lançamento e tratamentocontabilístico, através de meios informáticos e outros,respeitando as normas contabilísticas e legais vigentes.Mediante formação específica pode executar algumastarefas de gestão do sistema informático, efectuar a fac-turação de clientes, executar tarefas relacionadas coma gestão administrativa de recursos humanos. Operatodos os equipamentos necessários ao exercício dafunção.

Técnico(a) de comunicação e imagem I. — É o(a) tra-balhador(a) que participa no planeamento e implemen-tação das diversas acções de comunicação da empresa.Propõe, concebe e implementa e faz a manutenção daspaginas web. Intervém na divulgação externa da imagemda empresa. Executa o tratamento informático das publi-cações da empresa, de acordo com os requisitos pre-viamente definidos. Acompanha as visitas às instalações,bem como outras acções de educação e sensibilizaçãoambiental de acordo com as directrizes definidas.

Técnico(a) de comunicação e imagem II. — É o(a) tra-balhador(a) que propõe, desenvolve, implementa e efec-tua as revisões ao plano de comunicação da empresa.Efectua a coordenação editorial da empresa. Gerealguns contratos de parceria externa em matéria decomunicação e educação ambiental. Assegura todos oscontactos com a comunicação social. Coordena a apli-cação da política de patrocínios e organiza a participaçãoda empresa em eventos externos. Coordena e acom-panha as visitas às instalações, bem como outras acçõesde educação e sensibilização ambiental.

Técnico(a) de engenharia. — É o(a) trabalhador(a)que é responsável por elaborar, acompanhar e con-trolar novos projectos, assim como prestar apoio téc-nico aos outros departamentos da empresa. Elaboraestudos, análises e trabalhos técnicos relacionados comdiferentes vectores da empresa, como por exem-plo: monitorização ambiental das unidades, avaliaçãodos resultados operacionais das unidades, concepçãoe desenvolvimento de novos projectos/unidades.Acompanha a fase de construção, arranque e explo-ração dos novos projectos/unidades. Pode, ainda, pres-tar apoio nos domínios da divulgação exterior daempresa; acompanhar visitas às instalações; tratar, doponto de vista técnico, alguns pedidos de informaçãoe autorizações de utilização do sistema integrado detratamento de RSU.

Técnico(a) de equipamento eléctrico. — É o(a) traba-lhador(a) que executa trabalhos de montagem, opera-ção, reparação e afinação de instalações e equipamentosestáticos e dinâmicos, com algum grau de complexidadee responsabilidade. Efectua inspecções a todos os equi-

Page 51: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055259

pamentos, diagnosticando as necessidades de interven-ção; instala e repara equipamentos, órgãos e circuitosna área da electrónica e instrumentação; opera e efectuaa manutenção preventiva dos órgãos eléctricos dos equi-pamentos industriais. Mediante formação específicapode efectuar outras tarefas no âmbito da instrumen-tação. Pode enquadrar e supervisionar equipas de pes-soal externo, envolvida na manutenção de equipamen-tos.

Técnico(a) de equipamento mecânico. — É o(a) tra-balhador(a) que executa trabalhos de montagem, repa-ração e afinação de equipamentos estáticos e dinâmicos,com algum grau de complexidade e responsabilidade.Efectua inspecções aos equipamentos da instalação,diagnosticando necessidades de intervenção; efectua amanutenção preventiva de todos os equipamentos mecâ-nicos da empresa; executa trabalhos de serralhariacivil/mecânica e soldadura, desde que reúna competên-cias técnico-funcionais para o fazer; efectua todas asreparações dos equipamentos e zela pela lubrificaçãodos mesmos. Pode enquadrar e supervisionar equipasde pessoal externo, envolvidas na manutenção deequipamentos.

Técnico(a) de equipamento eléctrico altamente espe-cializado. — É o(a) trabalhador(a) que executa, deacordo com as directrizes gerais superiormente fixadas,a montagem, reparação e afinação de equipamentosestáticos e dinâmicos, com exigente valor técnico eresponsabilidade.

Técnico(a) de equipamento mecânico altamente espe-cializado. — É o(a) trabalhador(a) que, de acordo comas directrizes gerais superiormente fixadas, executa tra-balhos de montagem, reparação e afinação de equipa-mentos industriais, com exigente valor técnico e res-ponsabilidade.

Técnico(a) industrial. — É o(a) trabalhador(a) cujocomprovado conhecimento das instalações e dos pro-cessos de produção e ou de apoio à produção permitecoadjuvar trabalhadores mais qualificados, no cumpri-mento dos respectivos planos.

Técnico(a) de planeamento e controlo industrial. — Éo(a) trabalhador(a) que é responsável por diagnosticarproblemas, estudar alternativas e propor medidas queconcorram para a optimização da capacidade produtivae, consequentemente, para a maximização dos resul-tados da empresa. Procede à recolha, análise e trata-mento de todos os dados relativos à produção, iden-tificando problemas e propondo soluções que visem asua melhoria. Efectua a recolha e tratamento de dadospara apoio e controlo da facturação a clientes e for-necedores. Prepara histórico de suporte às previsõesorçamentais. Elabora relatórios necessários à tomadade decisão; participa em alguns planeamentos de pro-dução/manutenção; analisa sugestões e emite parecerestécnicos. Mediante formação específica pode desenvol-ver tarefas relacionadas com a gestão administrativa derecursos humanos e efectuar a facturação de clientes.

Técnico(a) de prevenção de higiene e segurança I. — Éo(a) trabalhador(a) que coadjuva o técnico de higienee segurança de nível II em todos os aspectos que digamrespeito ao cumprimento do normativo de higiene e

segurança e na implementação das medidas necessáriasà eliminação dos riscos profissionais. Assegura as acti-vidades de identificação e avaliação dos riscos nos locaisde trabalho, bem como o controlo periódico dos riscosresultantes da exposição a quaisquer agentes; asseguraa recolha e organização dos elementos estatísticos refe-rentes à higiene e segurança na empresa, devendo aindamanter actualizados, para efeitos de consulta, os resul-tados das avaliações de riscos relativos aos grupos detrabalhadores expostos, as listas e respectivos relatóriosde acidentes de trabalho que tenham originado ausên-cias por incapacidade, a lista das medidas propostas ourecomendações formuladas pelos serviços de SHST eou pela comissão de SHST. Supervisiona os trabalhosde manutenção, alertando os intervenientes para os ris-cos existentes; participa nos planeamentos de simulaçãoe organiza os meios destinados à prevenção e protecção,colectiva e individual; assegura as medidas a adoptarem caso de perigo grave e eminente. Colabora no pla-neamento e execução das acções de informação e deformação sobre os riscos e as medidas de prevençãoe protecção.

Técnico(a) de prevenção de higiene e segurança II. — Éo(a) trabalhador(a) que, mediante formação adequada,é responsável por garantir o cumprimento do normativode higiene e segurança, bem como estudar, propor eimplementar as medidas necessárias à eliminação dosriscos profissionais existentes, ou à sua redução quandonão for possível a sua total eliminação. Colabora nadefinição da política geral da empresa relativa à pre-venção de riscos; coordena e supervisiona as actividadesde identificação e avaliação dos riscos nos locais de tra-balho; coordena a elaboração dos programas de pre-venção, do plano de combate a incêndios e as medidasde primeiros socorros e de evacuação de trabalhadoresem caso de sinistro grave; coordena as inspecções inter-nas de segurança sobre o grau de controlo e observânciadas normas e medidas de prevenção nos locais de tra-balho. Planeia e propõe acções de informação e de for-mação sobre os riscos e as medidas de prevenção e pro-tecção. Gere o stock e a utilização dos equipamentosde protecção individual. Pode efectuar consultas paraaquisição de materiais e equipamentos e acompanharas visitas externas às instalações.

Técnico(a) de processos laboratoriais. — É o(a) tra-balhador(a) que domina e assegura o desenvolvimentode análises físicas, químicas ou biológicas estabelecidaspara o controlo do processo, assim como os respectivosregistos. É responsável pela elaboração dos relatóriossobre o desenvolvimento do trabalho, podendo, ainda,gerir uma equipa de técnicos menos qualificados. Asse-gura o cumprimento das normas, procedimentos e téc-nicas estabelecidas para a sua área.

Técnico(a) de recursos humanos. — É o trabalha-dor(a) que, na área de recursos humanos, executa tarefasde exigente valor técnico, enquadradas em directivasgerais fixadas superiormente. Presta apoio técnico àsoutras áreas da empresa. Pode orientar profissionais dequalificação inferior.

Técnico(a) de sistemas de exploração. — É o(a) tra-balhador(a) que é responsável por controlar, a partirda sala de comando, todo o funcionamento dos sistemasde produção, com especial incidência sobre o processo

Page 52: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5260

de queima, garantindo o máximo rendimento possívele a segurança dos operadores e da instalação. Vigiao desenrolar do processo produtivo e o funcionamentodos diversos equipamentos; conduz os equipamentos dainstalação através de manobras de corte, regulação, sec-cionamento e paragens, em situações normais e de emer-gência; efectua o registo das informações relevantes veri-ficadas durante o turno; controla as emissões para aatmosfera, através de ajustes ao doseamento químicoou aos processos mecânicos de sopragem; coordena aexecução de manobras e ou acções de outros operadores.Colabora na preparação do sistema de consignações dosequipamentos.

Telefonista/recepcionista. — É o(a) trabalhador(a) queassegura a distribuição da informação pelos seus des-tinatários, assim como recebe e encaminha as visitas;assegura todas as comunicações internas e externas bemcomo regista e distribui mensagens; efectua o registodas entradas e saídas de correspondência; fornece infor-mações, dentro do seu âmbito, a colaboradores e oua pessoas exteriores à empresa; recebe, identifica e enca-minha as visitas.

Secção B

Níveis de qualificação de funções

As categorias cujas definições de funções são objectoda secção A do presente anexo são agrupadas nos níveisde qualificação de funções a seguir apresentados:

Grupo I — quadros médios:

Chefe de departamento;Engenheiro(a) especializado(a).

Grupo II — quadros intermédios:

Assistente de gestão;Chefe de manutenção eléctrica;Chefe de manutenção mecânica;Chefe de turno;Encarregado(a) geral;Técnico(a) de comunicação e imagem II;Técnico(a) de engenharia;Técnico(a) de recursos humanos.

Grupo III — profissionais altamente qualificados:

Subgrupo III-b:

Secretário(a) de administração.

Subgrupo III-a:

Técnico(a) administrativo(a) II;Técnico(a) de comunicação e imagem I;Técnico(a) de equipamento eléctrico altamente

especializado(a);Técnico(a) de equipamento mecânico altamente

especializado(a);Técnico(a) industrial;Técnico(a) de planeamento e controlo industrial;Técnico(a) de prevenção, higiene e segurança II;Técnico(a) de processos laboratoriais;Técnico(a) de sistemas de exploração.

Grupo IV — profissionais qualificados:

Subgrupo IV-b:

Encarregado;Gestor(a) de stocks;Preparador(a) de trabalho;

Técnico(a);Técnico(a) administrativo(a) I;Técnico(a) de equipamento eléctrico;Técnico(a) de equipamento mecânico;Técnico(a) de prevenção, higiene e segurança I;Secretário(a).

Subgrupo IV-b/a:

Operador(a) de central;Operador/a de central/inertização.

Subgrupo IV-a:

Analista químico(a);Electricista industrial;Mecânico(a) industrial.

Grupo V — profissionais semiqualificados:

Subgrupo V-c:

Auxiliar;Chefe de equipa de caracterização;Operador(a) de central/ITVE;Operador(a) de equipamentos/ETAR;Operador(a) de máquinas e veículos especiais;Telefonista/recepcionista.

SubgrupoV-b:

Operador(a) de vigilância e pesagem.

Subgrupo V-a:

Operador(a) semiespecializado(a).

Secção C

Regras de progressão salarial nas categorias

1 — A admissão na empresa será efectuada no escalãomais baixo da categoria (escalão A) passando o tra-balhador a integrar o escalão seguinte (escalão B) apósseis meses de trabalho.

2 — O período inicial de execução do contrato seráconsiderado período experimental e tem a duraçãomáxima de 60 dias para a generalidade dos trabalha-dores, podendo ser acordados períodos experimentaisde maior duração, nos seguintes casos:

a) Trabalhadores admitidos para os grupos I e IIda secção B deste anexo, «Níveis de qualificaçãode funções», caso em que o período experimen-tal poderá ser alargado até 240 dias;

b) Trabalhadores admitidos para os grupos III e IVda referida secção B deste anexo, caso em queo período experimental poderá ser alargado até180 dias.

3 — Sempre que um trabalhador seja admitido comum contrato a termo, prevalecerá, como período expe-rimental, o consignado no artigo 108.o do Código doTrabalho.

4 — A progressão do trabalhador aos escalões supe-riores processar-se-á automaticamente decorridos osseguintes tempos de permanência:

24 meses no escalão B, após os quais passará aoescalão C;

36 meses no escalão C, após os quais passará aoescalão D;

36 meses no escalão D, após os quais passará aoescalão E.

Page 53: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055261

5 — A empresa poderá possibilitar a progressão facul-tativa por mérito reconhecido a trabalhadores, não con-dicionando, nestes casos, a progressão automática defi-nida no número anterior.

Secção D

Regras de evolução profissional na empresa

1 — Para o preenchimento de postos de trabalho naempresa será dada preferência aos trabalhadores quejá estejam ao seu serviço, sempre que estes preenchamos requisitos exigidos pelas funções a desempenhar edesde que estes reúnam as condições previstas na leie neste acordo para esse preenchimento.

2 — Para efeitos do disposto no número anterior, aempresa obriga-se a abrir concursos internos para todasas vagas e a divulgar internamente as aberturas de con-cursos externos para todas as vagas.

3 — No preenchimento de vagas para categorias emque seja requerida habilitação literária específica, aempresa poderá dispensar esse requisito quando o(a)candidato(a) já desempenhe funções na respectiva áreaprofissional e preencha os restantes requisitos exigidospelas novas funções a desempenhar.

4 — Quando se verificar a promoção do trabalhadora categoria de grupo salarial superior, ou de subgruposuperior dentro do mesmo grupo salarial, o trabalhadorpassará a integrar um escalão nunca inferior ao escalão Bda categoria a que foi promovido.

5 — Se o trabalhador promovido a categoria de gruposalarial superior ou de subgrupo dentro do mesmo gruposalarial, já estiver a auferir prémio de carreira, ele man-tém o direito ao referido prémio pelo valor auferidoà data em que a promoção se torne efectiva.

ANEXO III

Regulamento de trabalho por turnos

Artigo 1.o

Âmbito e vigência

1 — O presente regulamento aplica-se aos trabalha-dores da VALORSUL — Valorização e Tratamentode Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa(Norte), S. A., que prestam ou venham a prestar serviçoem regime de turnos.

2 — Este regulamento entra em vigor conjuntamentecom o AE de que faz parte integrante.

Artigo 2.o

Trabalho por turnos

Poderão ser organizados turnos de pessoal diferente,sempre que o período de funcionamento ultrapasse oslimites máximos dos períodos normais diários de tra-balho.

Artigo 3.o

Acordo do trabalhador

1 — Nenhum trabalhador poderá ser obrigado a tra-balhar em regime de turnos, salvo se tiver dado o seuacordo por escrito ou se à data da entrada em vigordo presente regulamento já se encontre a trabalhar emregime de turnos.

2 — Os trabalhadores que, embora tenham dado oseu acordo ao trabalho em regime de turnos, perma-neçam três anos seguidos sem trabalhar nesse regime,terão de dar de novo o seu acordo para prestar trabalhoem regime de turnos.

Artigo 4.o

Conceitos

1 — «Horário de turnos rotativos» é aquele em queexistem para o mesmo posto de trabalho dois ou maishorários de trabalho, que se sucedem, sem sobreposiçãoque não seja a estritamente necessária para assegurara continuidade do trabalho e em que os trabalhadoresmudam periódica e regularmente de um horário de tra-balho para o subsequente de harmonia com uma escalapreviamente estabelecida.

2 — «Regime de laboração contínua» é o regime delaboração das unidades, instalações ou serviços, em rela-ção aos quais está dispensado o encerramento diário,semanal e nos feriados.

3 — «Folgas de compensação» são as devidas aos tra-balhadores por prestação de trabalho nos dias de des-canso semanal, fixados nas escalas de turnos, de acordocom o previsto neste AE.

4 — «Descanso compensatório» é o período de des-canso devido ao trabalhador, por prestação de trabalhosuplementar, excluído o realizado nos dias de descansosemanal referidos no número anterior.

Artigo 5.o

Organização das escalas de turnos

1 — Compete à empresa, auscultando a comissão sin-dical ou o delegado sindical quando aquela não exista,a organização ou modificação das escalas de turno.

2 — As escalas anuais de turnos entram em vigor naprimeira semana completa de Janeiro de cada ano eserão afixados até ao dia 10 de Dezembro do anoanterior.

3 — As escalas de turnos rotativos só poderão prevermudanças de turnos após os períodos de descanso sema-nal nelas previstos.

4 — Quando o trabalhador regresse de um períodode ausência ao serviço, qualquer que seja o motivo deste,retomará sempre o turno que lhe competiria se a ausên-cia não se tivesse verificado.

Artigo 6.o

Período de trabalho

1 — Sempre que a prestação de serviço exija umapermanência ininterrupta do trabalhador de turno, arefeição será tomada no refeitório periférico respectivoobrigando-se a empresa a distribuí-la nesse local emboas condições de higiene e qualidade. O tempo nelagasto, até trinta minutos, será considerado tempo detrabalho.

Page 54: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5262

2 — Durante o período referido no número anterior,o trabalhador deverá, sempre que possível, ser substi-tuído nas suas funções por outro trabalhador.

3 — O trabalhador que preste serviço em regime deturnos não poderá ser obrigado a entrar novamente aoserviço após o seu período de trabalho, sem que antestenham decorrido pelo menos doze horas de descanso.

Artigo 7.o

Regime de substituição

1 — Compete às chefias assegurar que a respectivaequipa se mantenha completa, pelo que lhes caberá pro-mover as diligências necessárias, nos termos dos núme-ros seguintes, com vista à substituição do trabalhadorausente.

2 — Uma vez esgotadas todas as hipóteses de uti-lização de trabalhadores eventualmente disponíveis, asfaltas serão supridas com recurso a trabalho suple-mentar.

3 — Quando houver que recorrer a trabalho suple-mentar, o período a cobrir deve ser repartido pelos tra-balhadores titulares dos horários de trabalho que ante-cedem ou sucedem àquele em que a falta ocorrer, salvose outra forma de procedimento for acordada entre aempresa e os trabalhadores.

4 — A aplicação da regra enunciada no número ante-rior deve ser feita, sempre que possível, por recursoa um trabalhador que no período em causa não estejaem dia de descanso ou em gozo de folga de com-pensação.

Artigo 8.o

Folgas de compensação

1 — As folgas de compensação serão gozadas numdos três dias úteis imediatos à data em que se verificouo facto que lhes deu origem.

2 — Mediante acordo entre a empresa e o trabalha-dor, poderão as folgas de compensação ser gozadas emdias diferentes dos referidos no número anterior.

3 — Desde que não contrarie o disposto no n.o 1,não será concedido o gozo de folga de compensaçãosempre que esse gozo implique trabalho em dia de folga.

Artigo 9.o

Descanso compensatório

1 — O descanso compensatório vence-se de acordocom a lei, quando perfizer um número de horas igualao período normal de trabalho diário e deve ser gozadonum dos 15 dias seguintes.

2 — Aplica-se a este artigo o disposto no n.o 2 doartigo anterior.

3 — Desde que haja acordo entre a empresa e o tra-balhador, o gozo do descanso compensatório adquirido

pode ser fraccionado em períodos não inferiores a qua-tro horas ou, alternativamente, ser substituído por pres-tação de trabalho remunerado com acréscimo de 150%sobre a retribuição normal.

4 — Desde que não contrarie o disposto no n.o 1,não será concedido o gozo de descanso compensatóriosempre que esse gozo implique trabalho em dia de folga.

Artigo 10.o

Férias

1 — Em cada posto de trabalho de turnos as fériasserão marcadas por escala anual rotativa.

2 — As férias serão marcadas com os ajustamentosnecessários para que sempre que possível o primeiroou o último dia de férias seja imediatamente posteriorou anterior a dias de folgas ou de horário de sobre-posição.

3 — As alterações introduzidas no plano de férias sópodem ser estabelecidas por acordo entre a empresae o trabalhador.

Artigo 11.o

Dispensas ao trabalho

1 — A empresa poderá conceder aos trabalhadorespor turnos, através da chefia hierárquica respectiva, dis-pensas ao serviço, desde que o trabalhador em causase comprometa a compensar a ausência com trabalhoa prestar em data a fixar pela empresa.

2 — O disposto no número anterior é aplicado semprejuízo do direito atribuído aos trabalhadores nos ter-mos da alínea d) do n.o 2 da cláusula 41.a, «Faltasjustificadas».

Artigo 12.o

Subsídio de turno

1 — A cada trabalhador em regime de turnos é devidoum subsídio no montante e nas condições estabelecidasna cláusula 21.a, «Subsídio de turno», deste AE.

2 — No caso de o trabalhador mudar de regime deturnos para o regime de horário normal ou do regimede três para o de dois turnos, mantém-se o direito aosubsídio que vinha a receber desde que a mudança sejada iniciativa da empresa ou verificando-se um dos casosreferidos na cláusula seguinte, «Passagem ao regime dehorário normal».

Artigo 13.o

Passagem ao regime de horário normal

1 — O trabalhador que ao serviço da empresa com-pletar 20 anos de trabalho em regime de turnos ou50 anos de idade e 15 de turnos e que pretenda passarao regime de horário normal, deverá solicitá-lo porescrito à empresa, a qual dará prioridade a este tra-balhador no preenchimento de vagas em horário normal.

2 — Qualquer trabalhador que comprove, com pare-cer do médico de trabalho da empresa, a impossibilidadedefinitiva de continuar a trabalhar em regime de turnos,

Page 55: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055263

passará ao regime do horário normal, no prazo máximode 90 dias.

Artigo 14.o

Disposição final

Em tudo o que neste regulamento não se encontrarexpressamente previsto aplicar-se-á o disposto neste AEe na lei.

ANEXO IV

Regulamento da prevenção da saúde, higienee segurança no trabalho

Artigo 1.o

Princípios gerais

1 — Constitui dever da empresa instalar os trabalha-dores em boas condições nos locais de trabalho, nomea-damente no que diz respeito à higiene e segurança notrabalho e prevenção de doenças profissionais.

2 — A empresa obriga-se a criar e manter serviçosresponsáveis pelo exacto cumprimento do disposto nonúmero anterior, de acordo com as disposições legaisaplicáveis.

3 — A empresa obriga-se a cumprir a legislação emvigor em matéria de prevenção da saúde, higiene e segu-rança no trabalho e a manter os trabalhadores infor-mados sobre as normas correspondentes.

Artigo 2.o

Deveres específicos da empresa

A empresa é obrigada a:

a) Manter os edifícios, instalações, equipamentose locais de trabalho em condições de higienee segurança, conforme as disposições legais emvigor, de forma que os trabalhadores se encon-trem protegidos contra riscos de acidentes edoenças profissionais;

b) Instruir os trabalhadores quanto aos riscos quecomportam as respectivas ocupações e às pre-cauções a tomar;

c) Promover a colaboração de todo o pessoal narealização e manutenção das melhores condi-ções possíveis de saúde, higiene e segurança notrabalho;

d) Fornecer aos trabalhadores o equipamento indi-vidual de protecção referido no artigo 3.o desteregulamento, que em função do trabalho quecada colaborador desempenha seja adaptado aorespectivo posto de trabalho, segundo se encon-tra definido por legislação aplicável, normainterna ou pelos serviços competentes;

e) Dar o seu apoio à comissão de higiene e segu-rança e conceder-lhe todas as facilidades parao cabal desempenho das suas funções;

f) Consultar a comissão de higiene e segurançasempre que as questões relativas a estas matériaso justifiquem;

g) Tomar as medidas ao seu alcance para dar segui-mento às recomendações da comissão dehigiene e segurança;

h) Fornecer aos trabalhadores as normas legais,convencionais e regulamentares sobre preven-ção de saúde, higiene e segurança.

Artigo 3.o

Obrigações dos trabalhadores

1 — Constituem obrigações dos trabalhadores:

a) Cumprir as prescrições de segurança, higienee saúde no trabalho estabelecidas nas disposi-ções legais ou convencionais aplicáveis e as ins-truções determinadas com esse fim pelaempresa;

b) Zelar pela sua segurança e saúde, bem comopela segurança e saúde das outras pessoas quepossam ser afectadas pelas suas acções ou omis-sões no trabalho;

c) Utilizar correctamente, e segundo as instruçõestransmitidas pela empresa, máquinas, apare-lhos, instrumentos, substâncias perigosas eoutros equipamentos e meios postos à sua dis-posição, designadamente os equipamentos deprotecção colectiva e individual, bem como cum-prir os procedimentos de trabalho estabelecidos;

d) Cooperar, para a melhoria do sistema de segu-rança, higiene e saúde no trabalho;

e) Comunicar imediatamente ao superior hierár-quico as avarias e deficiências por si detectadasque se lhe afigurem susceptíveis de originaremperigo grave e iminente, assim como qualquerdefeito verificado nos sistemas de protecção;

f) Em caso de perigo grave e iminente, não sendopossível estabelecer contacto imediato com osuperior hierárquico, adoptar as medidas e ins-truções estabelecidas para tal situação.

2 — Os trabalhadores não podem ser prejudicadospor causa dos procedimentos adoptados na situaçãoreferida na alínea f) do número anterior, nomeada-mente em virtude de, em caso de perigo grave e iminenteque não possa ser evitado, se afastarem do seu postode trabalho ou de uma área perigosa, ou tomarem outrasmedidas para a sua própria segurança ou a de terceiros.

3 — Se a conduta do trabalhador tiver contribuídopara originar a situação de perigo, o disposto no númeroanterior não prejudica a sua responsabilidade, nos ter-mos gerais.

4 — As medidas e actividades relativas à segurança,higiene e saúde no trabalho não implicam encargosfinanceiros para os trabalhadores, sem prejuízo da res-ponsabilidade disciplinar e civil emergente do incum-primento culposo das respectivas obrigações.

5 — As obrigações dos trabalhadores no domínio dasegurança e saúde nos locais de trabalho não excluema responsabilidade da empresa pela segurança e a saúdedaqueles em todos os aspectos relacionados com otrabalho.

Artigo 4.o

Equipamento individual

1 — Compete à empresa fornecer os fatos e demaisequipamentos de trabalho. O custo dos fatos e equi-pamentos, bem como as despesas de limpeza e con-servação inerentes ao seu uso constituem encargo exclu-sivo da empresa.

2 — Na escolha do tecido e dos artigos de segurançadeverão ser tidas em conta as condições climatéricasdo local e do período do ano.

Page 56: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5264

3 — A empresa suportará os encargos com a dete-rioração dos fatos, equipamentos, ferramentas ou uten-sílios de trabalho ocasionada por acidente ou uso ine-rente ao trabalho prestado.

Artigo 5.o

Locais para refeição

Sem prejuízo da existência de um refeitório geral,a empresa porá à disposição dos trabalhadores, em cadaárea de trabalho, um local condigno, arejado e asseado,servido de água potável, com mesas e cadeiras suficientese equipado com os electrodomésticos que sejam mini-mamente necessários à confecção e aquecimento derefeições ligeiras.

Artigo 6.o

Vestiários, lavabos e balneários

A empresa obriga-se a instalar os trabalhadores emboas condições de higiene e segurança, provendo oslocais de trabalho com os requisitos necessários e indis-pensáveis, incluindo a existência de vestiários, lavabose balneários para uso dos trabalhadores das áreas fabrise manutenção.

Artigo 7.o

Comissão de higiene e segurança — Princípio geral

A defesa das garantias dos trabalhadores nos camposde saúde, higiene e segurança compete à vigilância dospróprios trabalhadores da empresa e particularmenteà comissão de higiene e segurança.

Artigo 8.o

Âmbito de acção da comissão de higiene e segurança

Compete à comissão de higiene e segurança:

1) Intervir na definição da política de higiene esegurança e coadjuvar nas acções necessáriasà difusão do seu conhecimento;

2) Verificar o cumprimento das disposições legais,contratuais e regulamentares que respeitem àprevenção da saúde, higiene e segurança notrabalho;

3) Cuidar para que todos os trabalhadores recebamuma formação adequada em matéria de higienee segurança, fomentar a sua colaboração na prá-tica e observância das medidas preventivas dosacidentes de trabalho e doenças profissionais;

4) Fomentar e dinamizar campanhas de sensibi-lização e esclarecimento sobre a prevenção dasaúde, higiene e segurança no trabalho, imple-mentando a participação de trabalhadores nestacampanha;

5) Sensibilizar a gestão da empresa para a soluçãode problemas de higiene e segurança existentes;

6) Estabelecer normas gerais para satisfação dasrecomendações da comissão de higiene e segu-rança;

7) Analisar e comentar os relatórios de acidentesde trabalho, sugerindo a aplicação de cuidadosespeciais;

8) Analisar e criticar as estatísticas de acidentesde trabalho, propondo de imediato a aplicaçãodas condições essenciais para eliminação dascausas dos acidentes;

9) Colaborar na avaliação e determinação dos ris-cos potenciais de trabalho e, consequentemente,propor alterações nos postos de trabalho (ins-talações, equipamento, etc.);

10) Interessar os trabalhadores na prática das ins-pecções médicas, campanhas de vacinação eoutras actuações no âmbito da medicina dotrabalho;

11) Colaborar no estabelecimento dos programasde emergência da fábrica;

12) Implementar de imediato as decisões tomadas,designando os responsáveis pelo acompanha-mento da sua execução;

13) Elaborar um relatório anual sobre as actividadesda comissão de higiene e segurança.

Artigo 9.o

Constituição da comissão de higiene e segurança

1 — A comissão de higiene e segurança tem com-posição paritária e será constituída por três represen-tantes da empresa e três representantes dos traba-lhadores.

2 — A comissão de higiene e segurança terá comoconsultor permanente o médico do trabalho, podendoconvocar para as reuniões, sempre que o julgue neces-sário, qualquer outro elemento.

Artigo 10.o

Funcionamento da comissão de higiene e segurança

1 — A comissão de higiene e segurança reunir-se-á,pelo menos, de dois em dois meses, com todos os seuselementos.

2 — A comissão de higiene e segurança será secre-tariada por um dos seus membros, que promoverá afeitura da acta e a sua distribuição dentro de um prazode oito dias úteis.

3 — O secretariado da comissão de higiene e segu-rança convocará, além dos elementos efectivos, todosos outros que se considerem essenciais para análise dosassuntos a discutir.

4 — O secretário procederá à convocatória das reu-niões normais da comissão de higiene e segurança comoito dias úteis de antecedência.

5 — Para cada reunião, deverão constar da convo-catória todos os pontos da agenda de trabalhos. A apre-sentação de novos pontos, quanto feita fora as reuniões,deverá ser canalizada para o secretário com pelo menoscinco dias úteis de antecedência.

6 — As reuniões da comissão serão presididas, emsistema rotativo, por um dos seus membros.

7 — Para a realização das reuniões, considerar-se-áa ocupação de todos os elementos como tempo de tra-balho efectivo, sem perda de quaisquer direitos ouregalias.

8 — A comissão de higiene e segurança poderá reunirextraordinariamente para análise de situações especiais.

Page 57: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055265

Artigo 11.o

Despesas de funcionamento da comissão de higiene e segurança

Os encargos de funcionamento da comissão dehigiene e segurança serão suportados pela empresa.

Artigo 12.o

Disposições finais

1 — Os representantes dos trabalhadores na comissãode higiene e segurança dispõem, para as suas funções,de um crédito de oito horas por mês.

2 — A empresa assegurará aos trabalhadores dacomissão de higiene e segurança formação adequadaao exercício das respectivas funções, podendo, para esseefeito, solicitar o apoio das autoridades competentes,bem como conceder, se para tanto for necessário, licençacom retribuição ou sem retribuição no caso em que sejaatribuído aos trabalhadores subsídio específico.

3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,aos trabalhadores da comissão de higiene e segurançaé concedida a possibilidade de frequentarem, duranteo mínimo de 10 dias úteis por ano, acções de formaçãoe ou aperfeiçoamento promovidas pelo sindicato outor-gante.

4 — A empresa enviará ao sindicato outorgante orelatório anual referido no n.o 13 do artigo 8.o, «Âmbitoda acção da comissão de higiene e segurança», do pre-sente regulamento.

Depositado em 30 de Setembro de 2005, a fl. 109do livro n.o 10, com o n.o 223/2005, nos termos doartigo 549.o do Código do Trabalho, aprovado pela Lein.o 99/2003, de 27 de Agosto.

AE entre a VALORSUL — Valorização e Tratamentode Resíduos Sólidos da Área Metropolitana deLisboa (Norte), S. A., e o SINQUIFA — Sind. dosTrabalhadores da Química, Farmacêutica, Petró-leo e Gás do Centro, Sul e Ilhas — Revisãoglobal.

CAPÍTULO I

Âmbito e vigência

Cláusula 1.a

Âmbito

O presente acordo de empresa, adiante designadopor AE, aplica-se em todo o território nacional e obriga,por um lado, a empresa VALORSUL — Valorizaçãoe Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropo-litana de Lisboa (Norte), S. A., cuja actividade principalé o tratamento e valorização de resíduos sólidos (CAE90020), adiante designada por empresa, e, por outro,os trabalhadores ao seu serviço representados pela orga-nização sindical outorgante.

Cláusula 2.a

Vigência, denúncia e revisão

1 — Este AE entra em vigor cinco dias após a datada distribuição do Boletim do Trabalho e Emprego emque for publicado, mantendo-se em vigor até ser subs-tituído por outro.

2 — O período mínimo de vigência, os prazos paradenúncia e revisão, assim como o processo de nego-ciação, são os previstos na lei.

3 — A tabela salarial e demais cláusulas de expressãopecuniária produzirão efeitos a partir de 1 de Janeirode cada ano civil.

CAPÍTULO II

Exercício do direito sindical

Cláusula 3.a

Princípios gerais

1 — É direito dos trabalhadores inscreverem-se emassociações sindicais.

2 — Os trabalhadores e as associações sindicais têmdireito a desenvolver actividade sindical no interior daempresa, nomeadamente através de delegados sindicaise comissão sindical.

3 — À empresa é vedada qualquer interferência naactividade sindical dos trabalhadores ao seu serviço.

Cláusula 4.a

Direitos dos delegados sindicais

1 — Os delegados sindicais têm direito a circular nointerior da empresa para afixar textos, convocatórias ecomunicações ou prestar quaisquer outras informaçõespara conhecimento dos trabalhadores, sem prejuízo, emqualquer dos casos, da laboração normal da empresa.

2 — A empresa é obrigada a reservar locais apro-priados à afixação da informação e documentação sin-dical, devendo esses locais serem escolhidos de comumacordo com os delegados sindicais.

3 — A empresa concede à comissão sindical, para oexercício da actividade dos seus membros, um créditomensal de quarenta e oito horas, que conta, para todosos efeitos, como tempo de efectivo serviço.

4 — O crédito de horas referido no número anterioré atribuído, em cada mês, a um ou mais delegados sin-dicais, sendo a sua distribuição da responsabilidade dacomissão sindical.

5 — Os delegados sindicais, sempre que pretendamexercer o direito previsto nos n.os 3 e 4 desta cláusula,deverão avisar, por escrito, a entidade patronal com aantecedência mínima de um dia.

Cláusula 5.a

Direito de reunião

1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se duranteo horário normal de trabalho até um período máximo

Page 58: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5266

de quinze horas por ano, que contarão, para todos osefeitos, como tempo de serviço efectivo, desde que asse-gurem o fornecimento dos serviços de natureza urgentee com ressalva do disposto na última parte do númeroseguinte.

2 — Os trabalhadores poderão ainda reunir-se forado horário normal nos locais de trabalho, sem prejuízoda normalidade da laboração no caso de trabalho porturnos.

3 — As reuniões referidas nos números anteriorespodem ser convocadas pelas comissão sindical ou pelodelegado sindical se aquela não existir, sendo comu-nicado à empresa, com a antecedência mínima de umdia, a data e a hora em que elas se efectuem.

4 — Os dirigentes das organizações sindicais respec-tivas que não trabalhem na empresa podem participarnas reuniões, mediante comunicação à administraçãocom a antecedência mínima de seis horas.

Cláusula 6.a

Instalações da comissão sindical

A comissão sindical tem direito a utilizar, a títulopermanente, uma sala no interior da empresa que sejaapropriada ao exercício das suas funções.

Cláusula 7.a

Reuniões com órgãos de gestão da empresa

1 — A comissão sindical ou delegado sindical, quandoaquela não exista, pode reunir-se com os órgãos de ges-tão, ou quem estes designarem para o efeito, sempreque uma ou outra parte o julgar conveniente, nomea-damente para discussão e análise de assuntos com inte-resse para a vida dos trabalhadores.

2 — O tempo despendido nas reuniões previstas nonúmero anterior é considerado para todos os efeitoscomo tempo de serviço efectivo, não contando para ocrédito de horas previsto nos n.os 3 e 4 da cláusula 4.ado AE («Direitos dos delegados sindicais»).

3 — O disposto no número anterior aplica-se tambémà participação dos delegados sindicais ou dirigentes sin-dicais que sejam trabalhadores da empresa nas reuniõesefectuadas no âmbito das negociações do AE.

Cláusula 8.a

Quotização sindical

A empresa obriga-se mensalmente a cobrar e enviarao sindicato respectivo, na mesma data em que procederao pagamento dos salários, o produto das quotizaçõesdos trabalhadores sindicalizados, acompanhado dos res-pectivos mapas de quotização total.

CAPÍTULO III

Categoria profissional e definição de funções

Cláusula 9.a

Classificação profissional

1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente AEsão obrigatoriamente classificados pela empresa,

segundo as funções que efectivamente desempenham,numa das categorias que constam do anexo II («Cate-gorias profissionais»).

2 — A alteração da classificação profissional de qual-quer trabalhador só se tornará definitiva se, até 15 diasapós a comunicação ao trabalhador, este não reclamardela por escrito.

3 — A reclamação será analisada por uma comissãoconstituída por representantes da empresa e do sindicatooutorgante deste AE, a qual emitirá parecer funda-mentado.

4 — A classificação efectuada nos termos dos núme-ros anteriores produz efeitos a partir da data da entradaem vigor deste AE.

CAPÍTULO IV

Prestação do trabalho

Cláusula 10.a

Período normal de trabalho

1 — O período normal de trabalho não poderá exce-der, em cada semana, as 36,8 horas para o regime detrês turnos e de laboração contínua ou de 37 horas,nos restantes regimes, nem as 8 horas diárias.

2 — Sem prejuízo do disposto na cláusula seguinte,o período normal de trabalho diário será interrompidopor um intervalo para refeição ou descanso não inferiora uma nem superior a duas horas, não podendo os tra-balhadores prestar mais de cinco horas seguidas detrabalho.

Cláusula 11.a

Trabalho por turnos

A prestação de trabalho em regime de turnos obedeceaos requisitos previstos e fixados no regulamento detrabalho por turnos, que constitui o anexo III («Regu-lamento de trabalho por turnos») deste AE e dele fazparte integrante.

Cláusula 12.a

Trabalho suplementar

1 — Considera-se trabalho suplementar todo aqueleque é prestado fora do horário de trabalho.

2 — O trabalho suplementar só pode ser prestadopara evitar danos directos e imediatos sobre pessoase equipamentos ou para acorrer a acréscimos de tra-balho súbitos ou inevitáveis, destinados a evitar prejuízosimportantes para a economia da empresa.

3 — Quando ocorram os motivos previstos no n.o 2,será prestado trabalho suplementar mediante ordemescrita de um superior hierárquico, fundamentadanaqueles motivos.

4 — O trabalhador deve ser dispensado de prestartrabalho suplementar quando, invocando motivos gravesda sua vida pessoal ou familiar, expressamente o solicite.

5 — Quando o trabalhador prestar horas extraordi-nárias, não poderá entrar novamente ao serviço sem

Page 59: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055267

que antes tenham decorrido, pelo menos, doze horassobre o termo da prestação de trabalho.

6 — A empresa fica obrigada a assegurar ou a pagaro transporte sempre que:

a) O trabalhador seja chamado a prestar trabalhosuplementar e este não se ligue com o períodonormal de trabalho;

b) O trabalhador seja chamado a horas em quejá não haja transportes colectivos, mesmo queeste trabalho tenha ligação com o seu períodonormal de trabalho;

c) Em prolongamento do período normal, o tra-balho dure até horas em que já não haja trans-portes colectivos.

7 — Sempre que se verifique o caso previsto na alíneaa) do número anterior, a empresa pagará, também comotrabalho suplementar, o tempo gasto na deslocação.

8 — Sempre que o trabalhador preste trabalho suple-mentar, a empresa fica obrigada a fornecer a refeiçãocompreendida no período de trabalho prestado.

9 — Quando no decurso de trabalho suplementar sejatomada uma refeição, o tempo com ela gasto, até aolimite de uma hora, será pago como trabalho suple-mentar.

Cláusula 13.a

Trabalho em dia de descanso semanal e feriados

1 — O trabalho prestado em dia de descanso semanaldá direito ao trabalhador a descansar num dos 3 diasseguintes, salvo casos excepcionais, em que o poderáfazer no prazo máximo de 15 dias.

2 — O disposto no número anterior é válido qualquerque seja o período de trabalho em dia de descansosemanal.

3 — O trabalho prestado em cada dia de descansosemanal ou feriado não poderá exceder o período nor-mal de trabalho diário.

4 — O trabalho em cada dia de descanso semanalou feriado só poderá ser prestado nas condições pre-vistas no n.o 2 da cláusula anterior.

5 — Quando o trabalhador preste serviço em dia dedescanso semanal ou feriado, a empresa é obrigada apagar o transporte e o tempo de deslocação nas con-dições previstas, respectivamente, nos n.os 6 e 7 da cláu-sula 12.a («Trabalho suplementar»).

6 — O período de descanso compensatório a que sereferem os n.os 1 e 2 será de um dia completo e constituidireito irrenunciável do trabalhador.

Cláusula 14.a

Regime de disponibilidade

1 — Só prestarão serviço em regime de disponibili-dade os trabalhadores que derem por escrito o seuacordo.

2 — O trabalhador em regime de disponibilidadeobriga-se a permanecer em casa ou em local de fácilacesso e contacto que lhe permita, em caso de con-vocação, a sua rápida comparência no local de trabalho.

3 — A convocação compete ao responsável pela ins-talação ou serviço, ou a quem o substituir, devendo res-tringir-se às intervenções indispensáveis ao serviço.

4 — Quando por motivo grave, de carácter pessoalou familiar, o trabalhador solicite dispensa temporáriado regime de disponibilidade a que está afecto, aempresa não poderá recusar a dispensa, salvo se daíresultarem prejuízos graves para a laboração.

Cláusula 15.a

Isenção de horário de trabalho

1 — Por acordo escrito com o trabalhador, pode serprestado trabalho em regime de isenção de horários,nas situações e modalidades previstas na lei.

2 — Os trabalhadores isentos de horário de trabalhona modalidade de não sujeição aos limites máximos dosperíodos normais de trabalho têm direito ao pagamentode trabalho suplementar nas condições referidas nas alí-neas seguintes:

a) Em cada ano, sempre que o trabalhador prestemais de duzentas horas para além da duraçãodo trabalho máximo anual, todo o tempo detrabalho remanescente será pago como trabalhosuplementar, nos termos da cláusula 19.a do AE(«Remuneração de trabalho suplementar»);

b) O trabalho prestado em dia de descanso sema-nal ou feriado obrigatório será pago como tra-balho suplementar, nos termos da cláusula 20.ado AE («Remuneração do trabalho em dia dedescanso semanal ou feriado»), mas não seráconsiderado no cômputo das duzentas horasreferidas no número anterior.

3 — Os trabalhadores abrangidos pelo regime de isen-ção de horário de trabalho na modalidade referida non.o 2 têm direito a auferir uma remuneração especial,nos termos da cláusula 23.a do AE («Subsídio de isençãode horário de trabalho»).

4 — Os trabalhadores que prestam trabalho emregime de isenção de horário numa modalidade quenão a prevista no número anterior têm direito à remu-neração prevista na lei para a modalidade de isençãoacordada.

Cláusula 16.a

Trabalho nocturno

1 — Considera-se nocturno o trabalho prestado noperíodo que decorre entre as 20 horas de um dia eas 7 horas do dia seguinte.

2 — Considera-se também como nocturno o trabalhoprestado depois das 7 horas, desde que em prolonga-mento de um período de trabalho nocturno.

Page 60: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5268

CAPÍTULO V

Retribuição do trabalho

Cláusula 17.a

Definição de retribuição

1 — Considera-se retribuição aquilo a que o traba-lhador tem direito como contrapartida do seu trabalhonos termos da lei, do presente acordo, do contrato indi-vidual de trabalho e dos usos da empresa.

2 — Para os efeitos deste AE, consideram-se abran-gidos na retribuição a remuneração mensal, as anui-dades, o subsídio de férias, o subsídio de Natal, o sub-sídio de turno, o subsídio de disponibilidade, o subsídiode isenção de horário de trabalho, o subsídio comple-mentar salarial e o subsídio de periculosidade, insalu-bridade e penosidade.

3 — As remunerações mensais mínimas são as queconstam do anexo I («Tabela salarial»).

Cláusula 18.a

Determinação da remuneração horária

Para todos os efeitos previstos neste AE, a fórmulaa considerar para o cálculo da remuneração horária nor-mal, RH, é a seguinte:

RH= (Rm × 12)/(52 × n)

em que Rm é igual à remuneração base mensal maisanuidades, subsídio de turno, subsídio de disponibili-dade, subsídio de isenção de horário de trabalho e sub-sídio complementar salarial e n é igual ao período nor-mal de trabalho semanal.

Cláusula 19.a

Remuneração do trabalho suplementar

1 — O trabalho suplementar dá direito a remunera-ção especial, que será igual à retribuição normal acres-cida das seguintes percentagens:

a) 75% de acréscimo sobre a retribuição normal(RH) para as horas suplementares diurnas;

b) 125% de acréscimo sobre a retribuição normal(RH) para as horas suplementares nocturnas.

2 — Quando o trabalho suplementar prestado nãotenha ligação com o período de trabalho normal, aotrabalhador será sempre assegurado o pagamento, nomínimo, de duas horas, independentemente do númerode horas de trabalho efectivamente prestado, se estefor inferior.

Cláusula 20.a

Remuneração do trabalho em dia de descanso semanal ou feriado

1 — O trabalho prestado em dia de descanso semanalou feriado dá direito a uma remuneração, a acrescerà retribuição mensal, resultante da aplicação da fórmulaseguinte:

2,50 × RH × T para trabalho diurno2,75 × RH × T para trabalho nocturno

2 — Na fórmula referida no número anterior, enten-de-se por RH o valor de retribuição da hora normal

e por T o número de horas prestadas em dia de descansosemanal ou feriado.

3 — Quando o trabalhador seja chamado a trabalharem dia de descanso semanal ou feriado ser-lhe-á garantidoo pagamento, no mínimo, de duas horas, independente-mente da duração do trabalho prestado, se esta for inferior.

Cláusula 21.a

Subsídio de turno

1 — São devidos os seguintes subsídios de turno men-sais aos trabalhadores que trabalhem ou venham a tra-balhar em regime de turnos rotativos:

a) 30% da respectiva remuneração base mensalpara o trabalho prestado em regime de três tur-nos e de laboração contínua com folga rotativa;

b) 17,9% da respectiva remuneração base mensalpara o trabalho prestado em regime de dois turnos.

2 — Da aplicação do disposto do número anteriornão poderá resultar em caso algum um subsídio inferiora E 243,95 para o trabalho em regime de três turnosrotativos ou de laboração contínua e um subsídio inferiora E 145,55 para o trabalho em regime de dois turnos.

3 — Os subsídios referidos nos números anterioresvencem-se ao fim de cada mês e são devidos, a cadatrabalhador, em relação e proporcionalmente ao serviçoque tenha efectivamente prestado em regime de turnosno decurso do mês.

4 — É, porém, devido o subsídio por inteiro sempreque o trabalhador preste mais de 12 dias de trabalhoem regime de turnos em cada mês.

5 — Este subsídio é também devido mesmo quandoo trabalhador:

a) Se encontre em gozo de férias, doença ou aci-dente de trabalho;

b) Se encontre no gozo de folga de compensação;c) Seja deslocado temporariamente para horário

normal por interesse da empresa, nomeada-mente nos períodos de paragem técnica das ins-talações ou noutras situações;

d) Se encontre no gozo de folga em dia feriado.

6 — Os trabalhadores que deixem de praticar oregime de turnos continuam a receber o respectivo sub-sídio, como remuneração remanescente, até o mesmoser absorvido por futuros aumentos da remuneraçãobase desde que:

a) A passagem a horário normal ou a turnos delaboração descontínua seja do interesse daempresa e o trabalhador tenha estado emregime de turnos mais de cinco anos seguidosou oito interpolados;

b) A passagem a horário normal se verifique depoisde 10 anos seguidos ou 15 interpolados emregime de turnos;

c) Tenham sido reconvertidos por motivo de aci-dente de trabalho ou doença profissional;

d) Tenham sido declarados, pelos serviços médicosda empresa, inaptos para o regime de turnos.

7 — A absorção do subsídio de turno, nos casos pre-vistos no número anterior, não pode ser superior a 20%

Page 61: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055269

da diferença da remuneração base que o trabalhadorauferia e passa a auferir.

8 — O subsídio de turno é pago 14 vezes por ano.

Cláusula 22.a

Subsídio de disponibilidade

1 — O trabalhador em regime de disponibilidade temdireito a receber um subsídio mensal no valor de 16,05%da respectiva remuneração base mensal por cada semanaefectiva de disponibilidade, entendendo-se por semanade disponibilidade o período que medeia entre a sex-ta-feira de uma semana e a quinta-feira da semanaseguinte.

2 — Se durante o período de disponibilidade se veri-ficar a existência de dia(s) feriado(s), o trabalhador terádireito a receber, para além da importância que lheé devida por um ciclo de disponibilidade, ainda a dife-rença entre o valor considerado para o dia útil e parao dia feriado, até um máximo de quatro feriados emcada ano.

3 — Por cada deslocação à empresa, o trabalhadortem direito a:

a) Pagamento das horas extraordinárias efectiva-mente prestadas, acrescidas de uma hora detransporte;

b) Independentemente do trabalho efectivamenteprestado ter tido duração inferior, a empresapagará o mínimo de duas horas como trabalhosuplementar ou em dia de descanso semanalou feriado, conforme o caso, incluindo-se nessemínimo o tempo de transporte;

c) Fornecimento pela empresa de meio de trans-porte adequado ou ao pagamento das despesasde transporte.

Cláusula 23.a

Subsídio de isenção de horário de trabalho

1 — O trabalhador em regime de isenção de horáriode trabalho na modalidade de não sujeição aos limitesmáximos dos períodos normais de trabalho tem direitoa receber um subsídio mensal no valor de 24% da res-pectiva remuneração base mensal.

2 — Quando o trabalhador preste trabalho em diade descanso semanal ou feriado tem direito:

a) Ao pagamento das horas extraordinárias efec-tivamente prestadas, acrescidas de uma hora detransporte;

b) Independentemente do trabalho efectivamenteprestado ter tido duração inferior, a empresapagará o mínimo de duas horas como trabalhosuplementar em dia de descanso semanal ouferiado, incluindo-se nesse mínimo o tempo detransporte;

c) Fornecimento pela empresa de meio de trans-porte adequado ou ao pagamento das despesasde transporte.

Cláusula 24.a

Subsídio de periculosidade, insalubridade e penosidade

1 — A empresa pagará por cada dia de trabalho umsubsídio correspondente ao grau de periculosidade, insa-lubridade e penosidade a que os trabalhadores estejamsujeitos no desempenho das suas funções, sendo atri-buídos a cada trabalhador os valores correspondentesa três graus:

Grau 3 — E 7,68/dia;Grau 2 — E 5,12/dia;Grau 1 — E 2,56/dia.

2 — Em função da categoria profissional, serão nego-ciados os graus de periculosidade, insalubridade e peno-sidade a aplicar a cada caso.

Cláusula 25.a

Subsídio de refeição

1 — Os trabalhadores têm direito a receber por cadadia de trabalho uma comparticipação para alimentaçãono valor de E 8,44.

2 — O subsídio de refeição será devido sempre queo trabalhador preste, no mínimo, um número de horasdiárias de trabalho igual a metade da duração do seuperíodo normal de trabalho diário.

3 — Sempre que o trabalhador preste trabalho depoisdas 24 horas, a empresa pagará uma ceia cujo valoré igual ao fixado no n.o 1 desta cláusula.

Cláusula 26.a

Prémio de carreira

1 — Os trabalhadores que permaneçam mais de trêsanos no escalão E da sua categoria profissional terãodireito, após esse período, a uma anuidade de 0,5%da sua remuneração base mensal por cada ano deantiguidade.

2 — A antiguidade para efeitos de anuidade conta-sea partir de 1 de Janeiro do ano seguinte àquele emque perfaz três anos no escalão E da sua categoriaprofissional.

Cláusula 26.a-ASubsídio complementar salarial

1 — Os trabalhadores que não aufiram subsídio deturno, subsídio de disponibilidade ou subsídio de isençãode horário de trabalho terão direito, para além da suaremuneração base mensal, a um complemento salarial,calculado com base no aumento da percentagem do sub-sídio de turno.

2 — O direito a este complemento cessa logo queo trabalhador passe a auferir qualquer dos subsídiosreferidos no número anterior.

Cláusula 27.a

Subsídio de transporte

1 — A empresa pagará a todos os trabalhadores umsubsídio diário para transporte por dia efectivo de tra-

Page 62: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5270

balho, o qual tem duas componentes. A primeira com-ponente aplica-se à deslocação até à Gare do Orienteou Campo Grande (Galvanas). A segunda componenterefere-se ao percurso Gare Oriente-Campo Grande atéao local do posto de trabalho.

2 — A primeira componente será aplicável a todosos trabalhadores.

3 — A segunda componente será aplicável aos tra-balhadores utentes de cada serviço de transporte, nocaso de estes aceitarem que seja dispensado o serviçofornecido pela empresa entre a Gare do Oriente-CampoGrande e o local de trabalho.

4 — No caso de trabalhadores que manifestem o inte-resse em manter um serviço de transporte, deverá seracordada uma solução alternativa entre a empresa eos respectivos trabalhadores que manifestem tal inte-resse, ficando a aplicação do disposto no número ante-rior condicionada à confirmação desse(s) acordo(s).

5 — O valor de cada componente será de E 1,80 porcada dia efectivo de trabalho, considerando-se dia efec-tivo de trabalho qualquer dia em que o trabalhadorlabore, pelo menos, metade do seu período normal detrabalho diário.

Cláusula 28.a

Subsídio de Natal

1 — Todos os trabalhadores têm direito a receberpelo Natal um subsídio em dinheiro (14.o mês) igualà remuneração base mensal acrescida das anuidades,do subsídio de turno, do subsídio de disponibilidadee do subsídio de isenção de horário de trabalho.

2 — O subsídio de Natal será pago com a retribuiçãodo mês de Novembro.

Cláusula 29.a

Prémio de objectivos sociais da empresa

1 — A empresa pagará a cada trabalhador um prémioanual visando retribuir o empenho e dedicação no cum-primento dos objectivos sociais da empresa.

2 — O montante do subsídio para cada trabalhadorterá um valor compreendido entre zero e três mesesdo salário base mensal, acrescido das anuidades, do sub-sídio de turno, subsídio de disponibilidade e subsídiode isenção de horário de trabalho, sendo atribuído pelaadministração após análise do desempenho profissionaldos trabalhadores, tendo em atenção as informaçõesfornecidas pela respectiva cadeia hierárquica decomando.

3 — O prémio será pago até ao final do mês de Marçodo ano subsequente.

4 — A cada trabalhador será dada informação escritae pessoal, pela chefia hierárquica, da avaliação efec-tuada.

CAPÍTULO VI

Suspensão da prestação do trabalho

Cláusula 30.a

Descanso semanal

1 — Os dias de descanso semanal são o sábado e odomingo ou os previstos nas escalas de turnos rotativosno regime de turnos e de laboração contínua. Todosos restantes dias são considerados úteis, com excepçãodos feriados.

2 — Quando o trabalho estiver organizado por turnosrotativos, os horários de trabalho serão escalonados deforma que cada trabalhador tenha, em média anual,dois dias de descanso por cada cinco dias de trabalho.

Cláusula 31.a

Férias

1 — Os trabalhadores ao serviço da empresa têmdireito a um período anual de férias remunerado coma duração de 25 dias úteis, excepto no ano de admissão,em que beneficiarão do período proporcional ao tempode serviço que se perfizer em 31 de Dezembro.

2 — A época de férias deverá ter lugar entre 1 deMaio e 31 de Outubro. Por acordo escrito entre o tra-balhador e a empresa, poderão as férias ser gozadasfora deste período.

3 — A marcação do período de férias deve ser feitapor mútuo acordo entre os trabalhadores e a empresa.Em caso de desacordo compete à empresa fixar operíodo de férias, ouvida a comissão sindical ou o dele-gado sindical, quando aquela não existir.

4 — O período de férias será em regra gozado segui-damente, podendo no entanto dividir-se em dois perío-dos se o trabalhador o solicitar. Por acordo entre aempresa e o trabalhador, podem as férias ser fraccio-nadas em mais de dois períodos.

5 — Será elaborado um mapa de férias, que a empresaafixará nos locais de trabalho até ao dia 15 de Abrildo ano em que as férias vão ser gozadas.

6 — No caso de impossibilidade do gozo de fériasjá vencidas por motivo não imputável ao trabalhador,nomeadamente por doença ou acidente de trabalho,poderão as mesmas ser gozadas em época a estabelecernos termos dos n.os 2 e 3 desta cláusula.

7 — Na marcação do período de férias será assegu-rado o seu gozo simultâneo pelos membros do mesmoagregado familiar que estejam ao serviço da empresa,se nisso tiverem conveniência.

8 — O período de férias não gozado por motivo decessação do contrato de trabalho conta sempre paraefeitos de antiguidade.

Cláusula 31.a-AComplemento para gozo de férias

Os trabalhadores que, com o acordo da empresa,gozem no período de 1 de Novembro a 30 de Abril

Page 63: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055271

pelo menos 11 dias úteis de férias terão direito a umacréscimo de 25% no subsídio de férias.

Cláusula 32.a

Adiamento ou interrupção de férias por iniciativa da empresa

1 — Se, depois de marcadas as datas para gozo deférias, exigências imperiosas do funcionamento daempresa determinarem o adiamento ou a interrupçãodas férias já iniciadas, o trabalhador tem direito a serindemnizado pela empresa dos prejuízos que compro-vadamente haja sofrido por não ter gozado integral-mente o período de férias na época fixada.

2 — A interrupção das férias não poderá prejudicaro gozo seguido de metade do período a que o traba-lhador tenha direito.

Cláusula 33.a

Modificação das férias por parte do trabalhador

1 — Se na data prevista para o início das férias otrabalhador estiver impedido de as gozar por facto quenão lhe seja imputável, nomeadamente doença ou aci-dente, deverá ser marcado novo período de férias.

2 — A marcação do novo período de férias será feitapor acordo entre as partes.

3 — Não havendo acordo, o período de férias serágozado logo que cesse o impedimento.

4 — No caso previsto no número anterior, os diasde férias que excedam o número de dias contados entreo termo do impedimento e o fim desse ano civil passarãopara o ano seguinte e poderão ser gozados até ao termodo seu 1.o trimestre.

5 — Se a cessação do impedimento ocorrer depoisde 31 de Dezembro do ano em que se vencerem asférias não gozadas, o trabalhador tem direito a gozá-lasno ano seguinte, em acumulação ou não com as fériasque se vencem nesse ano.

Cláusula 34.a

Irrenunciabilidade do direito a férias

O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo nãopode ser substituído, fora dos casos expressamente pre-vistos neste acordo, por qualquer compensação econó-mica ou outra, ainda que com o acordo do trabalhador.

Cláusula 35.a

Não cumprimento da obrigação de conceder férias

1 — Se a empresa não cumprir total ou parcialmentea obrigação de conceder férias nos termos deste acordo,pagará ao trabalhador, a título de indemnização, o triploda retribuição correspondente ao tempo de férias a queo trabalhador tem direito, sem prejuízo do direito dotrabalhador a gozar efectivamente as férias no 1.o tri-mestre do ano civil subsequente.

2 — O disposto nesta cláusula não prejudica a apli-cação de sanções em que a empresa incorra por violaçãodas normas reguladoras das relações de trabalho.

Cláusula 36.o

Doença no período de férias

1 — Se durante as férias o trabalhador for atingidopor doença, considerar-se-ão aquelas não gozadas naparte correspondente.

2 — Quando se verifique a situação prevista nestacláusula, o trabalhador deverá comunicar imediata-mente à empresa o dia do início da doença, bem comoo seu termo.

3 — O gozo de férias prosseguirá após o termo dadoença, até ao fim do período inicialmente marcado.A marcação do período restante será feita nos termosdos n.os 2 e 3 da cláusula 31.a («Férias»).

4 — Aplica-se à situação prevista no número anterioro disposto nos n.os 4 e 5 da cláusula 33.a («Modificaçãodas férias por parte do trabalhador»).

Cláusula 37.a

Retribuição durante as férias

1 — Além da retribuição correspondente ao seuperíodo de férias, os trabalhadores têm direito a umsubsídio de férias de montante igual ao dessa retribuição,que será pago antes do início do gozo daquelas.

2 — Este subsídio beneficiará sempre de qualqueraumento de retribuição do trabalhador que tenha lugaraté ao último dia do ano em que as férias são gozadas.

Cláusula 38.a

Efeitos da cessação do contrato de trabalho em relação às férias

1 — No caso de cessação do contrato de trabalho,qualquer que seja a sua causa, o trabalhador terá direitoa receber a retribuição correspondente a um períodode férias proporcional ao tempo de serviço prestadono ano da cessação, bem como o respectivo subsídio.

2 — Se o contrato cessar antes de gozado o períodode férias vencido no início desse ano, o trabalhadorterá ainda direito a receber a retribuição correspondentea esse período, bem como o respectivo subsídio.

3 — O período de férias a que se refere o númeroanterior, ainda que não gozado, conta sempre para efei-tos da antiguidade.

Cláusula 39.a

Licença sem retribuição

1 — A empresa pode atribuir ao trabalhador, a pedidoescrito deste, licença sem retribuição.

2 — A licença só pode ser recusada fundamentada-mente e por escrito.

3 — O período de licença sem retribuição conta paraefeitos de antiguidade.

4 — Durante o mesmo período cessam os direitos,deveres e garantias das partes na medida em que pres-suponham a efectiva prestação de trabalho.

Page 64: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5272

5 — O trabalhador beneficiário de licença sem retri-buição mantém o direito ao lugar, figurando nos mapasde pessoal da empresa.

6 — A licença sem retribuição caducará no momentoem que o trabalhador iniciar a prestação de qualquertrabalho remunerado, salvo se essa licença for conce-dida, por escrito, especificamente para esse fim.

Cláusula 40.a

Definição de falta

1 — Por falta entende-se a ausência do trabalhadordurante o período normal de trabalho diário a que estáobrigado.

2 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío-dos inferiores ao período normal de trabalho a que estáobrigado, os respectivos tempos serão adicionados paradeterminação dos períodos normais de trabalho diárioem falta.

Cláusula 41.a

Faltas justificadas

1 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas

2 — Consideram-se justificadas as seguintes faltas:

a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por alturado casamento;

b) As motivadas por falecimento do cônjuge, paren-tes ou afins, nos termos da lei;

c) As motivadas pela prestação de provas em esta-belecimento de ensino, nos termos da lei;

d) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-balho devido a facto que não seja imputávelao trabalhador, nomeadamente doença, aci-dente ou cumprimento de obrigações legais;

e) As motivadas pela necessidade de prestação deassistência inadiável e imprescindível a mem-bros do seu agregado familiar, nos termos pre-vistos na lei;

f) As ausências não superiores a quatro horas esó pelo tempo estritamente necessário, justifi-cadas pelo responsável pela educação de menor,uma vez por trimestre, para deslocação à escolatendo em vista inteirar-se da situação educativado filho menor;

g) As dadas pelos trabalhadores eleitos para asestruturas de representação colectiva, nos ter-mos da lei;

h) As dadas por candidatos a eleições para cargospúblicos, durante o período legal da respectivacampanha eleitoral, nos termos da lei;

i) As autorizadas ou aprovadas pela entidadeempregadora;

j) As que por lei forem como tal qualificadas.

3 — Nos termos da alínea b) do n.o 2, o trabalhadorpode faltar justificadamente por falecimento do cônjugenão separado de pessoas e bens ou de pessoa que estejaem união de facto ou em economia comum com o tra-balhador e respectivos pais, filhos, sogras, genros, noras,padrastos, madrastas ou enteados, por cinco dias con-secutivos.

4 — Nos termos da alínea b) do n.o 2, o trabalhadorpode faltar justificadamente por falecimento de avós,

bisavós e graus seguintes, netos, bisnetos e graus seguin-tes e afins nos mesmos graus e irmãos ou cunhados,por dois dias consecutivos.

5 — Consideram-se justificadas, ao abrigo da alínea i)do n.o 2, as seguintes faltas:

a) No caso de trabalhadores que sejam bombeirosvoluntários, nos termos da lei;

b) Por doação de sangue, a título gracioso, nostermos da lei;

c) As dadas para tratar de assuntos particulares,até perfazerem vinte e quatro horas por ano,com limite de oito horas por mês.

6 — São consideradas injustificadas todas as faltas nãoprevistas no n.o 2.

Cláusula 42.a

Consequência das faltas justificadas

1 — As faltas justificadas não determinam a perdaou prejuízo de quaisquer direitos ou regalias do tra-balhador, nomeadamente da retribuição, salvo as pre-vistas na alínea g) do n.o 1 da cláusula anterior, na parteque excedam os correspondentes créditos de horas.

2 — Nos casos previstos nas alíneas d) e e) do n.o 1da cláusula anterior, se o impedimento do trabalhadorse prolongar por mais de um mês, aplica-se o regimede suspensão da prestação de trabalho por impedimentoprolongado, sem prejuízo do disposto nas cláusulas 54.a(«Complemento de subsídio de doença ou acidente eassistência médica e medicamentosa») e 55.a («Com-plemento em caso de incapacidade por acidente de tra-balho ou doença profissional») deste AE.

Cláusula 43.a

Consequências das faltas não justificadas

As faltas não justificadas determinam a perda de retri-buição correspondente ao período de ausência dotrabalhador.

Cláusula 44.a

Suspensão da prestação de trabalho por impedimento prolongado

1 — Quando o trabalhador esteja temporariamenteimpedido de comparecer ao trabalho por facto que nãolhe seja imputável, nomeadamente serviço militar obri-gatório, doença ou acidente, manterá direito ao lugar,categoria, antiguidade e demais regalias que vinha usu-fruindo, sem prejuízo de cessarem entre as partes todosos direitos e obrigações que pressuponham a efectivaprestação de trabalho.

2 — Terminado o impedimento, o trabalhador deveapresentar-se ao serviço no dia imediato à cessação doimpedimento, para retomar a actividade, sob pena deincorrer em faltas injustificadas, sendo que perderá odireito ao lugar se não se apresentar no prazo de 15dias.

3 — A suspensão cessa desde a data da apresentaçãodo trabalhador, sendo-lhe, nomeadamente, devida retri-buição por inteiro desde essa apresentação, mesmo que,por motivo que não lhe seja imputável, não retome ime-diatamente a prestação de serviço.

Page 65: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055273

Cláusula 45.a

Efeitos das faltas no direito a férias

1 — As faltas justificadas ou injustificadas não têmqualquer efeito sobre o direito a férias do trabalhador,salvo o disposto no número seguinte.

2 — Nos casos em que as faltas determinem perdade retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-lhador expressamente assim o preferir, por perda dedias de férias, na proporção de 1 dia de férias por cadadia de falta, desde que seja salvaguardado o limite de20 dias úteis de férias ou da correspondente proporção,se se tratar de férias no ano de admissão.

CAPÍTULO VII

Condições particulares de trabalho

Cláusula 46.a

Licença de maternidade

1 — A partir de 1 de Janeiro de 2000, as trabalhadorastêm direito a uma licença por maternidade de 120 diasconsecutivos, 90 dos quais necessariamente a seguir aoparto, podendo os restantes ser gozados, total ou par-cialmente, antes ou depois do parto.

2 — Nos casos de nascimentos múltiplos, o períodode licença previsto no número anterior é acrescido de30 dias por cada gemelar além do primeiro.

3 — Nas situações de risco clínico para a trabalhadoraou para o nascituro, impeditivo do exercício de funções,independentemente do motivo que determine esseimpedimento, caso não lhe seja garantido o exercíciode funções e ou local compatíveis com o seu estado,a trabalhadora goza do direito a licença, anterior aoparto, pelo período de tempo necessário a prevenir orisco, fixado por prescrição médica, sem prejuízo dalicença por maternidade prevista no n.o 1 desta cláusula.

4 — Sempre que a mulher trabalhadora o deseje,pode gozar as férias a que tenha direito imediatamenteantes ou depois da licença referida nos números ante-riores.

5 — Em caso de internamento hospitalar da mãe ouda criança durante o período de licença a seguir aoparto, poderá este período ser interrompido, a pedidodaquela, pelo tempo de duração do internamento.

6 — Em caso de aborto, a mulher tem direito a licençacom a duração mínima de 14 dias e máxima de 30 dias.

7 — É obrigatório o gozo de, pelo menos, seis sema-nas de licença por maternidade a seguir ao parto.

8 — A licença por maternidade não determina perdade quaisquer direitos ou regalias, sendo consideradapara todos os efeitos legais como prestação efectiva deserviço, incluindo o direito a receber a retribuiçãolíquida total como se estivesse ao serviço, revertendopara a empresa o subsídio da segurança social a quetenha direito até valor igual ao pago pela empresa.

9 — No caso de o subsídio da segurança social excedero valor pago pela empresa, a diferença reverterá a favorda trabalhadora.

10 — As trabalhadoras grávidas têm direito a dispen-sas de trabalho para se deslocarem a consultas pré-nataispelo tempo e número de vezes necessários e justificados,sem perda de retribuição e quaisquer regalias.

11 — Durante o período de comprovada amamen-tação, a trabalhadora tem direito a ser dispensada dotrabalho em dois períodos diários distintos, com a dura-ção máxima de uma hora cada um, sem perda de retri-buição ou quaisquer regalias.

12 — No caso de não haver lugar a amamentação,a mãe ou o pai trabalhador têm direito, por decisãoconjunta, à dispensa referida no número anterior, paraaleitação, até o filho perfazer um ano.

Cláusula 47.a

Faltas e licença por paternidade

1 — O pai tem direito a uma licença de cinco dias,seguidos ou interpolados, no 1.o mês a seguir ao nas-cimento do filho.

2 — O pai tem ainda direito a licença, por períodode duração igual àquele a que a mãe teria direito, nostermos do n.o 1 da cláusula 46.a, «Licença de mater-nidade», e ressalvado o disposto no n.o 7 da mesmacláusula, nos seguintes casos:

a) Incapacidade física ou psíquica da mãe, eenquanto esta se mantiver;

b) Morte da mãe;c) Decisão conjunta dos pais.

3 — No caso previsto na alínea b) do número anterior,o período mínimo de licença assegurado ao pai é de30 dias.

4 — A morte ou incapacidade física ou psíquica damãe não trabalhadora durante o período de 120 diasimediatamente a seguir ao parto confere ao pai os direi-tos previstos nos n.os 2 e 3 desta cláusula.

5 — É aplicável às situações previstas nesta cláusulaas garantias constantes nos n.os 8 a 10 da cláusula 46.a,«Licença de maternidade».

Cláusula 48.a

Adopção

1 — O trabalhador que comprovadamente tiver adop-tado menor de 15 anos, a partir do momento em quetome a criança a seu cargo, tem direito a uma licençade 100 dias para acompanhamento da mesma.

2 — Nos casos de adopção por casal, se ambos oscônjuges forem trabalhadores, o direito previsto nonúmero anterior pode ser exercido integralmente porum deles, ou por ambos, em tempo parcial ou suces-sivamente, conforme decisão conjunta.

3 — Aos casos de adopção é aplicável, com as devidasadaptações, o disposto nos n.os 2 a 5 da cláusula 46.a,

Page 66: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5274

«Licença de maternidade», e na cláusula 49.a, «Licençaespecial para assistência a filho ou adoptado».

4 — A morte do trabalhador beneficiário durante ogozo de licença confere ao cônjuge o direito a dispensado trabalho por período de duração igual àquele a queo primeiro ainda teria direito e não inferior a 14 dias.

5 — É aplicável às situações previstas nesta cláusulao disposto nos n.os 8 a 10 da cláusula 46.a, «Licençade maternidade».

6 — Não há lugar à licença prevista nesta cláusulase a criança a adoptar for filha do cônjuge sobrevivo.

Cláusula 49.a

Licença especial para assistência a filho ou adoptado

1 — Para assistência a filho ou adoptado e até aosseis anos de idade da criança, o pai e a mãe têm direito,em alternativa:

a) A licença parental de três meses;b) A trabalhar a tempo parcial durante 12 meses,

com um período normal de trabalho igual ametade do tempo completo;

c) A período de licença parental e de trabalho atempo parcial em que a duração total das ausên-cias seja igual aos períodos normais de trabalhode três meses;

d) A ausentar-se interpoladamente ao trabalhocom duração igual aos períodos normais de tra-balho de três meses.

2 — O pai e a mãe podem gozar qualquer dos direitosreferidos no número anterior de modo consecutivo ouaté três períodos interpolados, não sendo permitida aacumulação por um dos progenitores do direito dooutro.

3 — Depois de esgotado qualquer dos direitos refe-ridos nos números anteriores, o pai ou a mãe tem direitoa licença especial para assistência a filho ou adoptado,de modo consecutivo ou interpolado, até ao limite dedois anos.

4 — No caso de nascimento de um terceiro filho oumais, a licença prevista no número anterior pode serprorrogável até três anos.

5 — O trabalhador tem direito a licença para assis-tência a filho de cônjuge ou de pessoa em união defacto que com este resida, nos termos desta cláusula.

6 — O exercício dos direitos referidos nos númerosanteriores depende de aviso prévio dirigido à entidadepatronal com antecedência de 30 dias relativamente aoinício da período de licença ou de trabalho a tempoparcial.

7 — A entidade patronal deverá facultar a partici-pação do trabalhador em acções de formação profis-sional e reciclagem profissional, por forma a garantira sua plena reinserção profissional após o decurso daslicenças previstas nesta cláusula e nas cláusulas 46.a,«Licença de maternidade», 47.a «Faltas e licença porpaternidade», e 48.a, «Adopção».

Cláusula 50.a

Outros direitos da mãe para protecção da segurança e saúde

1 — As trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantestêm direito a especiais condições de segurança e saúdenos locais de trabalho, nos termos dos números seguin-tes.

2 — Nas actividades susceptíveis de apresentarem umrisco específico de exposição a agentes, processos oucondições de trabalho, a entidade patronal deve pro-ceder à avaliação da natureza, grau e duração da expo-sição das trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes,de modo a determinar qualquer risco para a sua segu-rança e saúde e as repercussões sobre a gravidez oua amamentação, bem como as medidas a tomar.

3 — As trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantestêm direito a ser informadas, por escrito, dos resultadosda avaliação referida no número anterior, bem comodas medidas de protecção que sejam tomadas.

4 — É vedado às trabalhadoras grávidas, puérperase lactantes o exercício de todas as actividades cuja ava-liação tenha revelado riscos de exposição aos agentese condições de trabalho que ponham em perigo a segu-rança ou a saúde.

5 — Sempre que os resultados da avaliação referidano n.o 2 desta cláusula revelarem riscos para a segurançaou a saúde das trabalhadoras grávidas, puérperas e lac-tantes ou repercussões sobre a gravidez ou a amamen-tação, a entidade patronal deve tomar as medidas neces-sárias para evitar a exposição dos trabalhadores a essesriscos, designadamente:

a) Proceder à adaptação das condições de tra-balho;

b) Se a adaptação referida na alínea anterior forimpossível ou excessivamente demorada, atri-buir às trabalhadoras grávidas, puérperas ou lac-tantes outras tarefas compatíveis com o seuestado e categoria profissional;

c) Se as medidas referidas nas alíneas anterioresnão forem viáveis, dispensar do trabalho as tra-balhadoras, durante todo o período necessáriopara evitar a exposição aos riscos.

6 — As trabalhadoras são dispensadas de prestar tra-balho nocturno:

a) Durante a gravidez e até seis meses após o parto;b) Durante todo o tempo que durar a amamen-

tação, se for apresentado certificado médico queateste que tal é necessário para a sua saúdeou para a da criança.

7 — Às trabalhadoras dispensadas da prestação detrabalho nocturno será atribuído, sempre que possível,um horário de trabalho diurno compatível.

8 — As trabalhadoras serão dispensadas do trabalhosempre que não seja possível aplicar o disposto nonúmero anterior.

9 — As medidas adoptadas pela empresa nos termosdos números anteriores não implicam para as traba-lhadoras perda de retribuição ou diminuição de qualquerdireito ou regalia de origem legal ou convencional.

Page 67: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055275

Cláusula 51.a

Faltas para assistência a menores doentes

1 — Os trabalhadores têm direito a faltar ao trabalho,até 30 dias por ano, para prestar assistência inadiávele imprescindível em caso de doença ou acidente, a filhos,adoptados ou a enteados menores de 10 anos.

2 — Em caso de hospitalização, o direito a faltarestende-se ao período em que aquela durar, se se tratarde menores de 10 anos, mas não pode ser exercido simul-taneamente pelo pai e pela mãe ou equiparados.

3 — Se o recém-nascido for portador de uma defi-ciência, congénita ou adquirida, a mãe ou o pai tra-balhadores tem direito a uma redução do horário detrabalho de cinco horas semanais até a criança perfazer1 ano de idade.

4 — O disposto nesta cláusula aplica-se, independen-temente da idade, a deficientes que sejam filhos, adop-tados ou filhos do cônjuge que com este residam e quese encontram em alguma das situações previstas noartigo 5.o do Decreto-Lei n.o 170/80, de 29 de Maio,ou nas alíneas l), n) e o) do n.o 1 do artigo 2.o doDecreto-Lei n.o 54/92, de 11 de Abril.

5 — É aplicável às situações previstas nesta cláusulao disposto nos n.os 8 a 10 da cláusula 46.a, «Licençade maternidade».

Cláusula 52.a

Outros casos de assistência à família

1 — O trabalhador tem direito a faltar ao trabalhoaté 15 dias por ano para prestar assistência inadiávele imprescindível, em caso de doença ou acidente, aocônjuge ou pessoa em união de facto, ascendente, des-cendente com mais de 10 anos de idade ou afim nalinha recta.

2 — O disposto no número anterior é aplicável, comas necessárias adaptações, aos trabalhadores a quemtenha sido deferida a tutela ou confiada a guarda dacriança, por decisão judicial.

Cláusula 53.a

Direitos especiais dos trabalhadores-estudantes

1 — Todo o trabalhador que frequente qualquer níveldo ensino oficial ou equivalente, incluindo cursos depós-graduação, realização de mestrados ou doutoramen-tos, em instituição pública, particular ou cooperativa,beneficiará dos seguintes direitos especiais:

a) Dispensa do serviço para frequência de aulase deslocações para os respectivos estabeleci-mentos de ensino, até seis horas por semana,sem qualquer perda de retribuição ou de qual-quer outra regalia, salvo se, mediante acordoentre a entidade patronal e o trabalhador, esteoptar por um horário de trabalho ajustável àfrequência das aulas e à inerente deslocaçãopara os estabelecimentos de ensino, caso emque a dispensa de serviço atribuída ao traba-lhador terá a duração, pelo menos, de um diaem cada mês;

b) Ausentar-se, sem perda de vencimento ou dequalquer outra regalia, para prestação de provasde avaliação, nos seguintes termos:

Dois dias por cada prova de avaliação, sendoum o da realização da prova e o outro oimediatamente anterior, incluindo sába-dos, domingos e feriados;

No caso de provas em dias consecutivos oude mais de uma prova no mesmo dia, osdias anteriores serão tantos quantas as pro-vas de avaliação a efectuar, aí se incluindosábados, domingos e feriados;

Os dias de ausência previstos nesta alínea nãopoderão exceder um máximo de quatro pordisciplina;

c) Gozar férias de acordo com as suas necessidadesescolares, incluindo o direito a gozar interpo-ladamente 15 dias de férias à sua livre escolha,salvo se daí resultar comprovada incompatibi-lidade com o plano de férias da empresa;

d) Em cada ano civil utilizar, seguida ou interpo-ladamente, até 10 dias úteis de licença, com des-conto no vencimento mas sem perda de qual-quer outra regalia, desde que o requeira nosseguintes termos:

Com quarenta e oito horas de antecedência,no caso de pretender um dia de licença;

Com oito dias de antecedência, no caso depretender dois a cinco dias de licença;

Com um mês de antecedência, no caso depretender mais de cinco dias de licença.

2 — Consideram-se igualmente justificadas, paratodos os efeitos, as faltas dadas pelo trabalhador naestrita medida das necessidades impostas pelas deslo-cações para prestar provas de avaliação.

3 — Para efeitos da aplicação do disposto nesta cláu-sula, consideram-se provas de avaliação todas as provasescritas e orais, incluindo exames, bem como a apre-sentação de trabalhos, quando estes as substituam.

4 — Para beneficiar das regalias constantes dos núme-ros e alíneas anteriores, deverá o trabalhador fazer provajunto da empresa da sua condição de estudante, apre-sentar o respectivo horário escolar e comprovar o apro-veitamento no final de cada ano escolar.

5 — As regalias previstas nas alíneas a), c) e d) don.o 1 desta cláusula cessam quando o trabalhador nãoconclua com aproveitamento o ano escolar ao abrigode cuja frequência beneficiara dessas mesmas regalias.

6 — As restantes regalias estabelecidas na presentecláusula cessam quando o trabalhador não tenha apro-veitamento em dois anos consecutivos ou três inter-polados.

7 — Para os efeitos dos n.os 5 e 6, considera-se apro-veitamento escolar o trânsito de ano ou a aprovaçãoem pelo menos metade das disciplinas em que o tra-balhador estiver matriculado, arredondando-se pordefeito este número quando necessário, considerando-sefalta de aproveitamento a desistência voluntária de qual-quer disciplina, excepto se justificada por facto que não

Page 68: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5276

seja imputável ao próprio, nomeadamente doença pro-longada, acidente, gravidez ou cumprimento de obri-gações legais.

8 — No ano subsequente àquele em que perdeu asregalias previstas nesta cláusula, pode o trabalhadorrequerer novamente a aplicação deste estatuto.

9 — O trabalhador que preste serviço em regime deturnos tem os direitos conferidos nesta clausula, desdeque o ajustamento dos períodos de trabalho não sejatotalmente incompatível com o funcionamento daqueleregime.

10 — Nos casos em que não seja possível a aplicaçãodo disposto no número anterior, o trabalhador temdireito de preferência na ocupação de postos de trabalhocompatíveis com a sua aptidão profissional e com a pos-sibilidade de participar nas aulas que se proponhafrequentar.

11 — Ao trabalhador devem ser proporcionadasoportunidades de promoção profissional adequada àvalorização obtida, tendo direito nomeadamente, emigualdade de condições, no preenchimento de cargospara os quais se achem habilitadas por virtude dos cursosou conhecimentos adquiridos na qualidade de traba-lhador-estudante.

12 — O regime previsto nesta cláusula é, ainda, inte-grado pelas disposições legais mais favoráveis.

CAPÍTULO VIII

Regalias sociais

Cláusula 54.a

Complemento de subsídio de doença ou acidentee assistência médica e medicamentosa

1 — Quando o trabalhador estiver impedido da pres-tação do trabalho por motivo de doença terá o direitoao complemento de subsídio de doença, atribuído pelainstituição de segurança social, cujo valor será igual àdiferença entre a retribuição líquida auferida à data dabaixa e o montante daquele subsídio.

2 — A empresa obriga-se a actualizar sempre a retri-buição do trabalhador de acordo com os aumentos veri-ficados na empresa. A actualização é referida à categoriaque o trabalhador tinha à data da baixa.

3 — A empresa fica obrigada a pagar os custos coma assistência médica e medicamentosa nos termos doregime de seguro actualmente em vigor e que constituianexo ao presente AE (anexo V).

Cláusula 55.a

Complemento em caso de incapacidade por acidentede trabalho ou doença profissional

1 — Em caso de incapacidade permanente, parcialou absoluta, para o trabalho normal, proveniente deacidente de trabalho ou doença profissional ao serviçoda empresa, esta diligenciará conseguir a reconversãodos diminuídos para função compatível com as dimi-nuições verificadas.

2 — Se a retribuição da nova função, acrescida dapensão relativa à incapacidade, for inferior à auferidaà data da baixa ou à que futuramente venha a ser atri-buída à mesma categoria, a empresa pagará a respectivadiferença.

3 — No caso de incapacidade absoluta temporáriaresultante das causas referidas no n.o 1, a empresapagará, enquanto durar essa incapacidade, um subsídioigual à diferença entre a retribuição líquida à data dabaixa e a indemnização legal a que o trabalhador tenhadireito.

4 — A retribuição referida no número anterior serásempre actualizada de acordo com os aumentos veri-ficados na empresa, durante o período de incapacidade,para a respectiva categoria.

Cláusula 56.a

Subsídio de estudo para trabalhadores

1 — A empresa concede um subsídio anual de estudosaos trabalhadores com mais de um ano de antiguidadena empresa que comprovadamente frequentem cursosdo ensino escolar oficial ou oficializado.

2 — O montante do subsídio anual a atribuir corres-ponderá ao valor mais elevado, estabelecido no n.o 2da cláusula 59.a, «Subsídio de estudos a filhos dostrabalhadores».

3 — O trabalhador deixa, no ano seguinte, de terdireito ao subsídio de estudos quando não concluir, comaproveitamento, o ano escolar ao abrigo de cuja fre-quência solicitou a atribuição do subsídio.

4 — Considera-se aproveitamento escolar o estabe-lecido no n.o 7 da cláusula 53.a deste AE, «Direitosespeciais dos trabalhadores-estudantes».

5 — No ano subsequente àquele em que perdeu osubsídio previsto nesta cláusula, pode o trabalhadorrequerer novamente a sua atribuição.

6 — O subsídio de estudos cessa definitivamentequando o trabalhador não tenha aproveitamento em doisanos consecutivos ou interpolados.

Cláusula 57.a

Subsídio familiar a dependentes

A empresa pagará um subsídio familiar a descenden-tes dos trabalhadores até iniciarem a vida escolar obri-gatória, no valor mensal de E 33,40.

Cláusula 58.a

Subsídio familiar a dependentes deficientes

A empresa pagará um subsídio familiar a descenden-tes deficientes dos trabalhadores no valor mensal deE 77,25.

Cláusula 59.a

Subsídio de estudos a filhos de trabalhadores

1 — A empresa concede um subsídio anual de estudosaos filhos dos trabalhadores ou seus descendentes pelos

Page 69: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055277

quais recebam subsídio familiar atribuído pela segurançasocial para a frequência de cursos de ensino oficial ouoficializado.

2 — O subsídio consiste na importância correspon-dente ao custo dos livros obrigatórios, acrescido deE 128,65 para os 1.o, 2.o e 3.o ciclos de escolaridadeobrigatória, E 205,80 para o ensino secundário eE 308,70 para o ensino superior, para comparticipaçãono custo do restante material escolar.

CAPÍTULO IX

Prevenção da saúde, higiene e segurança no trabalho

Cláusula 60.a

Princípio geral

Os princípios que visam promover a prevenção dasaúde, higiene e segurança no trabalho constam de umregulamento próprio, o qual faz parte integrante desteAE (anexo IV).

CAPÍTULO X

Disposições finais e transitórias

Cláusula 61.a

Proibição de diminuição de regalias

Da aplicação do presente acordo não poderá resultarprejuízo para os trabalhadores, designadamente baixade categoria, e, bem assim, a diminuição da retribuiçãoou suspensão de quaisquer regalias de carácter geral,regular e permanente, anteriormente auferidas noâmbito da empresa.

Cláusula 62.a

Efeitos retroactivos

1 — A tabela salarial constante do anexo I e a actua-lização dos subsídios pecuniários produzirão efeitosretroactivos a partir de 1 de Janeiro de 2005.

2 — A data de início de contagem dos tempos depermanência máxima em cada escalão de uma categoria,

nos termos da secção C do anexo II, é 1 de Janeirode 2001.

Cláusula 63.a

Casos omissos

Aos casos omissos deste acordo aplicam-se as dis-posições constantes do CCTV para as indústrias quí-micas e demais disposições legais vigentes, na parte quefor mais favorável aos trabalhadores.

Nota final

O presente acordo tem por objectivo ser aplicadoaos 207 trabalhadores que estejam nas condições expres-sas no artigo 552.o do Código do Trabalho e altera oAE entre a VALORSUL — Valorização e Tratamentode Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa(Norte), S. A., e o SINQUIFA — Sindicato dos Tra-balhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gásdo Centro, Sul e Ilhas, publicado no Boletim do Trabalhoe Emprego, n.o 34, de 15 de Setembro de 2004, entrandoem vigor cinco dias após a data da sua publicação noBoletim do Trabalho e Emprego.

São João da Talha, 14 de Setembro de 2005.

Pela VALORSUL — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metro-politana de Lisboa (Norte), S. A:

José Manuel Antunes Abrantes Santos, mandatário.Luís Maria do Amaral Alves, mandatário.

Pelo SINQUIFA — Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleoe Gás do Centro, Sul e Ilhas:

Armando da Costa Farias, mandatário.Rui Jorge Marcelo Magno, mandatário.

ANEXO I

Tabela salarial

A tabela salarial a vigorar entre 1 de Janeiro e 31de Dezembro de 2005 é a apresentada no quadroseguinte, reportando-se as designações de grupos e sub-grupos às categorias que os integram, nos termos dasecção B do presente anexo, e os escalões em cada cate-goria entendidos nos termos da secção C do presenteanexo.

Grupo Escalão A Escalão B Escalão C Escalão D Escalão E

Grupo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 796,25 1 855,15 1 919,90 2 002,40 2 095,20Grupo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 557,30 1 670,55 1 778 1 884,65 2 002,40Grupo III:

Subgrupo III b . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 442,90 1 557,30 1 670,55 1 778 1 884,65Subgrupo III a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 239,15 1 291,15 1 344 1 404,45 1 472,35

Grupo IV:

Subgrupo IV b . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 092,50 1 146,05 1 193,25 1 239,15 1 291,15Subgrupo IV b/a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 898,25 957,45 1 036,95 1 193,25 1 239,15Subgrupo IV a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 832,20 892,40 942,30 1 006,05 1 066,90

Grupo V:

Subgrupo V c . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 684,05 712,95 754,30 795,50 832,20Subgrupo V b . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 549,90 582 613,05 644,65 684,05Subgrupo V a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 523,55 549,90 576,25 613,05

Page 70: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5278

ANEXO II

Secção A

Definições de funções

Apresentam-se nesta secção as categorias profissio-nais existentes na empresa e a as correspondentes defi-nições de funções.

Analista químico. — É o(a) trabalhador(a) que possuialguns conhecimentos laboratoriais, contribuindo paraa qualidade de produção e para o cumprimento do nor-mativo legal em termos da qualidade ambiental. Executaanálises e ensaios químicos, procedendo a todo o tra-balho de recolha de amostras e à preparação de soluçõese reagentes. Colabora na implementação de métodose procedimentos de análise. Efectua o registo de dadose elabora relatórios, justificando os desvios verificadose propondo recomendações sobre as situações analisa-das. Controla o funcionamento de alguns analisadoresautomáticos, procede a verificações do log book de aná-lises e dos históricos dos analisadores em contínuo e,quando for necessário, efectua ajustes aos referidosequipamentos. Pode efectuar consultas ao mercado paraaquisição de material e ou reagentes de laboratório,por forma a manter os stocks actualizados e dentro dosprazos de validade. Mediante formação específica podeministrar a formação de outros utilizadores do labo-ratório.

Assistente de gestão. — É o(a) trabalhador(a) que, aonível exigido de conhecimentos e experiência profissio-nal específica, executa tarefas complexas e não rotinei-ras, enquadradas em directivas gerais fixadas superior-mente. Intervém na concepção e realização dos planosde gestão em geral e presta apoio técnico às outrasáreas da empresa. Pode orientar profissionais de qua-lificação inferior.

Auxiliar. — É o(a) trabalhador(a) que é responsávelpor levantar e entregar o expediente, valores e objectos,pelas instalações da empresa a que se destinam, exe-cutando todo o trabalho de recolha, transporte e enviode documentos. Pode também executar algumas tarefasde serviços externos, tais como movimento de Bancose deslocações a ministérios, autarquias, notários, con-servatórias, correios, etc. Pode ainda efectuar algumascompras, bem como efectuar pagamentos no exteriore, quando solicitado, pode conduzir automóvel ligeiro.

Chefe de departamento. — É o(a) trabalhador(a) que,mediante formação adequada, é responsável por coor-denar uma equipa de trabalho inserida num departa-mento, de acordo com a estratégia, os objectivos, asnormas e os procedimentos vigentes na empresa. Pre-para informações no domínio da actividade do depar-tamento, para as várias direcções da empresa. Avaliaa actividade do departamento, efectua análises e elaborarelatórios. Participa na definição de objectivos, normase procedimentos do departamento. Supervisiona a acti-vidade da equipa de trabalho, criando condições paraa melhoria contínua do desempenho dos colaboradorese da própria equipa. Efectua contactos com as maisdiversas entidades externas. Assegura o cumprimentodas obrigações legais e fiscais da empresa.

Chefe de equipa de caracterização. — É o(a) traba-lhador(a) que realiza trabalhos de caracterização de

RSU, de acordo com o plano definido pela hierarquia,coordenando e supervisionando uma equipa de opera-dores não especializados. Efectua todos os trabalhos pre-paratórios do serviço de caracterização (preparação dasamostras, controlo dos dados dos clientes, etc.); procedea recolhas de amostras para análises químicas; super-visiona a utilização do equipamento de protecção indi-vidual, bem como gere o stock do referido equipamento.Pode operar e executar alguma manutenção de máqui-nas de carga/descarga, desde que reúna os requisitosformais para o fazer.

Chefe de manutenção eléctrica. — É o(a) trabalha-dor(a) que é responsável por diagnosticar e prever ava-rias, propor soluções e coordenar/supervisionar todasas acções de manutenção levadas a cabo por uma equipade electricistas industriais ou por entidades externas.Participa em reuniões técnicas com fornecedores demateriais e equipamentos. Colabora com a hierarquiano planeamento das acções de manutenção e na exe-cução dos respectivos processos de consulta para aqui-sição de materiais e equipamentos; desenvolve análisesde falhas e diagnósticos, definindo acções tendentes àresolução dos problemas verificados na instalação; cola-bora no desenvolvimento de projectos de melhoria dosequipamentos e sistemas existentes; executa trabalhosde instrumentação de equipamentos complexos, bemcomo a manutenção do software desses equipamentos.Opera equipamentos eléctricos de alta tensão. Medianteformação específica pode efectuar processos de consultapara aquisição de materiais e equipamentos para amanutenção eléctrica.

Chefe de manutenção mecânica. — É o(a) trabalha-dor(a) que é responsável por diagnosticar e prever ava-rias, propor soluções e coordenar/supervisionar todasas acções de manutenção levadas a cabo por uma equipade mecânicos industriais ou por entidades externas. Par-ticipa em reuniões técnicas com fornecedores de mate-riais e equipamentos. Colabora com a hierarquia noplaneamento das acções de manutenção e na execuçãodos respectivos processos de consulta para aquisição demateriais e equipamentos; desenvolve análises de falhase diagnósticos, definindo acções tendentes à resoluçãodos problemas verificados na instalação; colabora nodesenvolvimento de projectos de melhoria dos equipa-mentos e sistemas existentes; supervisiona e coordenaa actividade do preparador de trabalho e do gestor destocks. Executa trabalhos de manutenção de equipamen-tos mais complexos, nomeadamente equipamentos comsistemas hidráulicos.

Chefe de turno. — É o(a) trabalhador(a) que é res-ponsável por coordenar e supervisionar uma equipa detrabalho, inserida num turno, observando sempre a segu-rança dos colaboradores e da instalação. Supervisionaa operação em situações normais e em situações espe-ciais, como arranques e paragens. Participa em algunsplaneamentos de produção. Propõe a execução de pro-jectos tendentes a uma melhoria das condições de explo-ração das unidades e equipamentos. Colabora com achefia na análise da actividade das unidades industriaise equipamentos instalados, com vista à respectiva opti-mização, bem como na elaboração de instruções e pro-cedimentos de operação dos equipamentos. Garante amelhor alocação de recursos humanos e materiais pelasdiversas frentes de trabalho. Elabora relatórios e folhas

Page 71: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055279

estatísticas da produção. Efectua os pedidos de trabalhoà manutenção e gere o processo de consignações e des-consignações de equipamentos. Acompanha os traba-lhos de manutenção.

Encarregado(a). — É o(a) trabalhador(a) que dirige,coordena e monitoriza o desempenho de um grupo espe-cífico e ou de uma área de trabalho.

Encarregado(a) geral. — É o(a) trabalhador(a) que,detendo profundos conhecimentos das áreas de produ-ção e ou das áreas de apoio à produção, dirige, coordenae supervisiona directamente encarregados e ou outrosprofissionais. Assegura o cumprimento dos procedimen-tos de higiene, segurança e ambiente, nas áreas pelasquais é responsável. Reporta ao responsável da unidadefuncional.

Engenheiro(a) especializado(a). — É o(a) trabalha-dor(a) com formação académica superior responsávelpelo funcionamento e controlo de um sector em relaçãoao qual garante o cumprimento dos respectivos pro-gramas, na elaboração dos quais participa, podendocoordenar trabalhadores do mesmo sector.

Electricista industrial. — É o(a) trabalhador(a) querepara e instala equipamento estático ou dinâmico, semgrande complexidade técnica. Efectua a manutençãopreventiva de alguns orgãos eléctricos dos equipamentosindustriais.

Gestor(a) de «stocks». — É o(a) trabalhador(a) a quemcabe assegurar uma correcta gestão de stocks sendo res-ponsável pelas actividades de recepção, armazenamentoe distribuição de materiais, equipamentos e consumíveis,tendo sempre em atenção os procedimentos definidos.Assegura a recepção e controlo dos materiais entreguespor fornecedores; coordena as actividades de contageme catalogação dos materiais, equipamentos e consumí-veis armazenados; assegura que a distribuição é pro-cessada de acordo com as necessidades evidenciadas eos procedimentos estabelecidos; providencia a existênciade stocks mínimos. Elabora relatórios sobre os movi-mentos de armazém e sobre as necessidades de novasaquisições. Efectua consultas e compras para a manu-tenção, podendo gerir alguns contratos de fornecimentosexternos. Pode ainda, em situações de urgência, efectuardeslocações para aquisição de material directamente nosfornecedores e ou entrega de equipamento, após con-sulta prévia.

Mecânico(a) industrial. — É o(a) trabalhador(a) queinstala e efectua reparações em equipamentos semgrande complexidade técnica, assim como assegura alimpeza e lubrificação dos mesmos.

Operador(a) de central. — É o(a) trabalhador(a) que,mediante formação específica, executa tarefas que visemo bom funcionamento da CTRSU, garantindo o melhorrendimento possível e a segurança dos colaboradorese da instalação. Supervisiona o funcionamento dos sis-temas adstritos à sua actividade profissional, em situa-ções normais e em situações especiais, como arranquese paragens. Efectua inspecções diárias aos equipamen-tos, de acordo com os requisitos definidos, mantendoactualizada a informação recolhida; efectua os ajustesnecessários ao funcionamento dos equipamentos. Pro-

cede às manobras de paragem, colocando todos os equi-pamentos em segurança para permitir a intervenção dasequipas de manutenção, assim como acompanha no localtodos os referidos trabalhos. Opera equipamentos maiscomplexos, utilizados na alimentação de geradores devapor, controlando o funcionamento específico de gera-dores de vapor e turbinas de produção eléctrica; efectuaanálises químicas e tarefas de tratamento de águas;opera máquinas de carga/descarga. Quando necessárioefectua limpezas exigidas por requisitos de natureza téc-nica, ambiental e de segurança, por forma a evitar pre-juízos para a operação da central e a manter o bomfuncionamento dos sistemas adstritos à sua actividade.Estas limpezas não incluem as limpezas industriais rea-lizadas por operadores não especializados.

Operador(a) de central/inertização. — É o(a) trabalha-dor(a) que exerce tarefas que visem o bom funciona-mento da instalação, garantindo o melhor rendimentopossível, bem como a segurança dos colaboradores edos equipamentos. Supervisiona o funcionamento dossistemas associados ao tratamento de cinzas e escórias,operando os comandos dos equipamentos existentes eefectua o carregamento de escórias. Regista todos osdados das fórmulas de produção; efectua pequenos ajus-tes das fórmulas de produção e dos equipamentos doprocesso. Quando necessário pode proceder a pequenaslimpezas dos equipamentos para que estes não parem.

Operador(a) de equipamentos/ETAR. — É o(a) traba-lhador(a) que exerce tarefas que visem o bom funcio-namento da instalação, garantindo o melhor rendimentopossível e qualidade de acordo com os parâmetros exi-gidos. Efectua inspecções diárias aos equipamentos, deacordo com os requisitos definidos, mantendo actua-lizada a informação recolhida. Controla o funciona-mento do equipamento electromecânico; controla osstocks de material para manutenção. Opera máquinasde carga/descarga e outros equipamentos mais comple-xos utilizados no doseamento de reagentes químicos,podendo manusear produtos químicos; efectua recolhade lixiviados para análise; opera equipamentos utilizadosna desidratação de lamas. Quando necessário pode pro-ceder a pequenas limpezas dos equipamentos para queestes não parem.

Operador(a) de central/ITVE. — É o(a) trabalhador(a)que exerce tarefas que visem o bom funcionamento dainstalação, garantindo o melhor rendimento possível equalidade de acordo com os parâmetros exigidos. Efec-tua inspecções diárias aos equipamentos, de acordo comos requisitos definidos, mantendo actualizada a infor-mação recolhida. Controla o funcionamento do equi-pamento electromecânico; controla os stocks de materialpara manutenção. Opera os equipamentos utilizados notratamento e valorização de escórias. Quando necessáriopode proceder a pequenas limpezas dos equipamentospara que estes não parem.

Operador(a) de máquinas e veículos especiais. — Éo(a) trabalhador(a) que no âmbito da área a que estáadstrito(a) realiza todos os trabalhos em que seja neces-sário o recurso a máquinas de carga/descarga, compac-tação, etc., observando sempre as normas e os proce-dimentos de segurança relacionados com a operação.Opera máquinas (pesadas e ligeiras) de transporte ecompactação, assegurando trabalhos de transporte,

Page 72: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5280

acondicionamento e compactação de RSU. Efectua alimpeza e alguma manutenção das referidas máquinas.

Operador(a) semi-especializado(a). — É o(a) trabalha-dor(a) que no âmbito da área a que está adstrito(a)executa funções simples, diversas, indiferenciadas e nor-malmente não especificadas; auxilia as descargas deRSU; zela pela limpeza da instalação, assim como cola-bora nos trabalhos de manutenção e melhoramento dainstalação. Pode ser coadjuvado(a), na sua actividadepor operadores de nível igual em equipas constituídaspara tarefas específicas.

Operador(a) de vigilância e pesagem. — É o(a) tra-balhador(a) que controla as entradas e saídas de viaturase ou pessoas nas instalações da empresa, de acordo comas autorizações atribuídas previamente. Supervisiona aspesagens das viaturas e efectua o registo dos dados.Procede à facturação directa de clientes e emite guiasde transporte de materiais para outras instalações daempresa. Inspecciona o funcionamento dos diversosequipamentos, efectua alguma manutenção e registatodos os dados.

Preparador(a) de trabalho. — É o(a) trabalhador(a)que é o responsável por preparar os trabalhos de manu-tenção, afim de os tornar exequíveis no tempo, ade-quados às necessidades e em conformidade com osobjectivos da respectiva direcção. Participa no planea-mento dos trabalhos de manutenção a efectuar em situa-ções normais e em situações especiais, como arranquese paragens; analisa problemas e propõe soluções; efectualevantamentos de campo para posterior utilização naexecução/alteração de desenhos e elabora desenho téc-nico simples em autocad; efectua previsões dos temposgastos na realização dos trabalhos e dos equipamen-tos/materiais que é necessário utilizar; acompanha aimplementação de alguns projectos e efectua os con-trolos necessários. Gere e organiza o arquivo técnicoda manutenção; regista a informação necessária à cria-ção de histórico sobre situações verificadas. Medianteformação específica pode elaborar alguns projectos demelhoria da operação/manutenção e efectuar consultaspara a aquisição de materiais e equipamentos.

Secretário(a). — É o(a) trabalhador(a) que é respon-sável por prestar apoio administrativo, individualizadoou sectorial. Executa tarefas administrativas gerais eespecíficas de uma ou várias áreas da empresa. Assegurao cumprimento dos procedimentos e executa as acti-vidades de recolha, processamento e organização dainformação necessária à tomada de decisão. Gere algunscontratos de fornecimentos externos, bem como controlaalguns pagamentos de clientes, especialmente os resul-tantes da facturação directa efectuada nas portarias daempresa. Assegura todo o apoio logístico, bem comoas ligações com outras áreas da empresa e as ligaçõesexteriores. Mediante formação específica pode coorde-nar e supervisionar a actividade do secretariado.

Secretário(a) de administração. — É o(a) trabalha-dor(a) que é responsável por apoiar e executar tarefasde assistência administrativa aos membros da CE, CAe respectivos assessores, assegurando os contactos inter-nos e externos da e com a administração, assim comoassegurar o processamento da informação para as reu-niões do CA e CE, e bem assim elaborar as actas das

referidas reuniões. Gere pequenos contratos de forne-cimentos externos. Realiza tarefas logísticas relaciona-das com as visitas às instalações da empresa ou comviagens dos administradores. Mediante formação espe-cífica pode coordenar e supervisionar a actividade dosecretariado da administração, assim como da(s) tele-fonista(s)/recepcionista(s) e ou auxiliares.

Técnico(a). — É o(a) trabalhador(a) que realiza acti-vidades específicas relacionadas com uma ou várias áreasde intervenção, através da aplicação de técnicas e pro-cedimentos específicos adequados às situações em aná-lise. Recolhe, organiza e trata dados relacionados coma(s) área(s) onde está inserido; diagnostica problemas,estuda alternativas e propõe soluções que concorrampara a maximização dos resultados da empresa. Elaborarelatórios e outros estudos técnicos, necessários àtomada de decisão. Colabora com profissionais maisqualificados e pode, em situações bem definidas, coor-denar uma equipa de colaboradores semiqualificadose ou não qualificados.

Técnico(a) administrativo(a) I. — É o(a) trabalha-dor(a) que realiza algum trabalho de processamentoadministrativo relativo a uma ou mais áreas de acti-vidade. Executa tarefas administrativas, tais como reco-lha, ordenação, conferência, registo e distribuição dedocumentos, valores e materiais; executa tarefas rela-cionadas com o arquivo e o expediente; presta apoioà hierarquia; efectua alguns contactos externos.Mediante formação específica pode executar algumastarefas de gestão do sistema informático, recolher eorganizar os dados para a contabilidade, realizar algu-mas consultas para pequenas aquisições, controlar ostimings das análises físicas e químicas de RSU, águase lixiviação, realizar o tratamento estatístico da infor-mação.

Técnico(a) administrativo(a) II. — É o(a) trabalha-dor(a) que realiza, com alguma autonomia, tarefas admi-nistrativas específicas de uma área de actividade. Exe-cuta tarefas administrativas, nomeadamente recolha,ordenação, conferência, registo e distribuição de docu-mentos, valores e materiais; colabora no expediente earquivo; assegura o cumprimento das obrigações legaise fiscais da empresa; colabora funcionalmente com cole-gas mais qualificados e, eventualmente, pode coordenara actividade de colaboradores menos qualificados. Podeexecutar tarefas técnicas de contabilidade da empresa,tais como analisar e classificar a documentação de formaa sistematizá-la para posterior lançamento e tratamentocontabilístico, através de meios informáticos e outros,respeitando as normas contabilísticas e legais vigentes.Mediante formação específica pode executar algumastarefas de gestão do sistema informático, efectuar a fac-turação de clientes, executar tarefas relacionadas coma gestão administrativa de recursos humanos. Operatodos os equipamentos necessários ao exercício dafunção.

Técnico(a) de comunicação e imagem I. — É o(a) tra-balhador(a) que participa no planeamento e implemen-tação das diversas acções de comunicação da empresa.Propõe, concebe e implementa e faz a manutenção daspaginas web. Intervém na divulgação externa da imagemda empresa. Executa o tratamento informático das publi-cações da empresa, de acordo com os requisitos pre-

Page 73: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055281

viamente definidos. Acompanha as visitas às instalações,bem como outras acções de educação e sensibilizaçãoambiental de acordo com as directrizes definidas.

Técnico(a) de comunicação e imagem II. — É o(a) tra-balhador(a) que propõe, desenvolve, implementa e efec-tua as revisões ao plano de comunicação da empresa.Efectua a coordenação editorial da empresa. Gerealguns contratos de parceria externa em matéria decomunicação e educação ambiental. Assegura todos oscontactos com a comunicação social. Coordena a apli-cação da política de patrocínios e organiza a participaçãoda empresa em eventos externos. Coordena e acom-panha as visitas às instalações, bem como outras acçõesde educação e sensibilização ambiental.

Técnico(a) de engenharia. — É o(a) trabalhador(a)que é responsável por elaborar, acompanhar e con-trolar novos projectos, assim como prestar apoio téc-nico aos outros departamentos da empresa. Elaboraestudos, análises e trabalhos técnicos relacionados comdiferentes vectores da empresa, como por exem-plo: monitorização ambiental das unidades, avaliaçãodos resultados operacionais das unidades, concepçãoe desenvolvimento de novos projectos/unidades.Acompanha a fase de construção, arranque e explo-ração dos novos projectos/unidades. Pode, ainda, pres-tar apoio nos domínios da divulgação exterior daempresa; acompanhar visitas às instalações; tratar, doponto de vista técnico, alguns pedidos de informaçãoe autorizações de utilização do sistema integrado detratamento de RSU.

Técnico(a) de equipamento eléctrico. — É o(a) traba-lhador(a) que executa trabalhos de montagem, opera-ção, reparação e afinação de instalações e equipamentosestáticos e dinâmicos, com algum grau de complexidadee responsabilidade. Efectua inspecções a todos os equi-pamentos, diagnosticando as necessidades de interven-ção; instala e repara equipamentos, órgãos e circuitosna área da electrónica e instrumentação; opera e efectuaa manutenção preventiva dos órgãos eléctricos dos equi-pamentos industriais. Mediante formação específicapode efectuar outras tarefas no âmbito da instrumen-tação. Pode enquadrar e supervisionar equipas de pes-soal externo, envolvida na manutenção de equipamen-tos.

Técnico(a) de equipamento mecânico. — É o(a) tra-balhador(a) que executa trabalhos de montagem, repa-ração e afinação de equipamentos estáticos e dinâmicos,com algum grau de complexidade e responsabilidade.Efectua inspecções aos equipamentos da instalação,diagnosticando necessidades de intervenção; efectua amanutenção preventiva de todos os equipamentos mecâ-nicos da empresa; executa trabalhos de serralhariacivil/mecânica e soldadura, desde que reúna competên-cias técnico-funcionais para o fazer; efectua todas asreparações dos equipamentos e zela pela lubrificaçãodos mesmos. Pode enquadrar e supervisionar equipasde pessoal externo, envolvidas na manutenção deequipamentos.

Técnico(a) de equipamento eléctrico altamente espe-cializado. — É o(a) trabalhador(a) que executa, de

acordo com as directrizes gerais superiormente fixadas,a montagem, reparação e afinação de equipamentosestáticos e dinâmicos, com exigente valor técnico eresponsabilidade.

Técnico(a) de equipamento mecânico altamente espe-cializado. — É o(a) trabalhador(a) que, de acordo comas directrizes gerais superiormente fixadas, executa tra-balhos de montagem, reparação e afinação de equipa-mentos industriais, com exigente valor técnico e res-ponsabilidade.

Técnico(a) industrial. — É o(a) trabalhador(a) cujocomprovado conhecimento das instalações e dos pro-cessos de produção e ou de apoio à produção permitecoadjuvar trabalhadores mais qualificados, no cumpri-mento dos respectivos planos.

Técnico(a) de planeamento e controlo industrial. — Éo(a) trabalhador(a) que é responsável por diagnosticarproblemas, estudar alternativas e propor medidas queconcorram para a optimização da capacidade produtivae, consequentemente, para a maximização dos resul-tados da empresa. Procede à recolha, análise e trata-mento de todos os dados relativos à produção, iden-tificando problemas e propondo soluções que visem asua melhoria. Efectua a recolha e tratamento de dadospara apoio e controlo da facturação a clientes e for-necedores. Prepara histórico de suporte às previsõesorçamentais. Elabora relatórios necessários à tomadade decisão; participa em alguns planeamentos de pro-dução/manutenção; analisa sugestões e emite parecerestécnicos. Mediante formação específica pode desenvol-ver tarefas relacionadas com a gestão administrativa derecursos humanos e efectuar a facturação de clientes.

Técnico(a) de prevenção de higiene e segurança I. — Éo(a) trabalhador(a) que coadjuva o técnico de higienee segurança de nível II em todos os aspectos que digamrespeito ao cumprimento do normativo de higiene esegurança e na implementação das medidas necessáriasà eliminação dos riscos profissionais. Assegura as acti-vidades de identificação e avaliação dos riscos nos locaisde trabalho, bem como o controlo periódico dos riscosresultantes da exposição a quaisquer agentes; asseguraa recolha e organização dos elementos estatísticos refe-rentes à higiene e segurança na empresa, devendo aindamanter actualizados, para efeitos de consulta, os resul-tados das avaliações de riscos relativos aos grupos detrabalhadores expostos, as listas e respectivos relatóriosde acidentes de trabalho que tenham originado ausên-cias por incapacidade, a lista das medidas propostas ourecomendações formuladas pelos serviços de SHST eou pela comissão de SHST. Supervisiona os trabalhosde manutenção, alertando os intervenientes para os ris-cos existentes; participa nos planeamentos de simulaçãoe organiza os meios destinados à prevenção e protecção,colectiva e individual; assegura as medidas a adoptarem caso de perigo grave e eminente. Colabora no pla-neamento e execução das acções de informação e deformação sobre os riscos e as medidas de prevençãoe protecção.

Técnico(a) de prevenção de higiene e segurança II. — Éo(a) trabalhador(a) que, mediante formação adequada,

Page 74: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5282

é responsável por garantir o cumprimento do normativode higiene e segurança, bem como estudar, propor eimplementar as medidas necessárias à eliminação dosriscos profissionais existentes, ou à sua redução quandonão for possível a sua total eliminação. Colabora nadefinição da política geral da empresa relativa à pre-venção de riscos; coordena e supervisiona as actividadesde identificação e avaliação dos riscos nos locais de tra-balho; coordena a elaboração dos programas de pre-venção, do plano de combate a incêndios e as medidasde primeiros socorros e de evacuação de trabalhadoresem caso de sinistro grave; coordena as inspecções inter-nas de segurança sobre o grau de controlo e observânciadas normas e medidas de prevenção nos locais de tra-balho. Planeia e propõe acções de informação e de for-mação sobre os riscos e as medidas de prevenção e pro-tecção. Gere o stock e a utilização dos equipamentosde protecção individual. Pode efectuar consultas paraaquisição de materiais e equipamentos e acompanharas visitas externas às instalações.

Técnico(a) de processos laboratoriais. — É o(a) tra-balhador(a) que domina e assegura o desenvolvimentode análises físicas, químicas ou biológicas estabelecidaspara o controlo do processo, assim como os respectivosregistos. É responsável pela elaboração dos relatóriossobre o desenvolvimento do trabalho, podendo, ainda,gerir uma equipa de técnicos menos qualificados. Asse-gura o cumprimento das normas, procedimentos e téc-nicas estabelecidas para a sua área.

Técnico(a) de recursos humanos. — É o trabalha-dor(a) que, na área de recursos humanos, executa tarefasde exigente valor técnico, enquadradas em directivasgerais fixadas superiormente. Presta apoio técnico àsoutras áreas da empresa. Pode orientar profissionais dequalificação inferior.

Técnico(a) de sistemas de exploração. — É o(a) tra-balhador(a) que é responsável por controlar, a partirda sala de comando, todo o funcionamento dos sistemasde produção, com especial incidência sobre o processode queima, garantindo o máximo rendimento possívele a segurança dos operadores e da instalação. Vigiao desenrolar do processo produtivo e o funcionamentodos diversos equipamentos; conduz os equipamentos dainstalação através de manobras de corte, regulação, sec-cionamento e paragens, em situações normais e de emer-gência; efectua o registo das informações relevantes veri-ficadas durante o turno; controla as emissões para aatmosfera, através de ajustes ao doseamento químicoou aos processos mecânicos de sopragem; coordena aexecução de manobras e ou acções de outros operadores.Colabora na preparação do sistema de consignações dosequipamentos.

Telefonista/recepcionista. — É o(a) trabalhador(a) queassegura a distribuição da informação pelos seus des-tinatários, assim como recebe e encaminha as visitas;assegura todas as comunicações internas e externas bemcomo regista e distribui mensagens; efectua o registodas entradas e saídas de correspondência; fornece infor-mações, dentro do seu âmbito, a colaboradores e oua pessoas exteriores à empresa; recebe, identifica e enca-minha as visitas.

Secção B

Níveis de qualificação de funções

As categorias cujas definições de funções são objectoda secção A do presente anexo são agrupadas nos níveisde qualificação de funções a seguir apresentados:

Grupo I — quadros médios:

Chefe de departamento;Engenheiro(a) especializado(a).

Grupo II — quadros intermédios:

Assistente de gestão;Chefe de manutenção eléctrica;Chefe de manutenção mecânica;Chefe de turno;Encarregado(a) geral;Técnico(a) de comunicação e imagem II;Técnico(a) de engenharia;Técnico(a) de recursos humanos.

Grupo III — profissionais altamente qualificados:

Subgrupo III-b:

Secretário(a) de administração;

Subgrupo III-a:

Técnico(a) administrativo(a) II;Técnico(a) de comunicação e imagem I;Técnico(a) de equipamento eléctrico altamente

especializado(a);Técnico(a) de equipamento mecânico altamente

especializado(a);Técnico(a) industrial;Técnico(a) de planeamento e controlo industrial;Técnico(a) de prevenção, higiene e segurança II;Técnico(a) de processos laboratoriais;Técnico(a) de sistemas de exploração.

Grupo IV — profissionais qualificados:

Subgrupo IV-b:

Encarregado;Gestor(a) de stocks;Preparador(a) de trabalho;Técnico(a);Técnico(a) administrativo(a) I;Técnico(a) de equipamento eléctrico;Técnico(a) de equipamento mecânico;Técnico(a) de prevenção, higiene e segurança I;Secretário(a);

Subgrupo IV-b/a:

Operador(a) de central;Operador/a de central/inertização;

Subgrupo IV-a:

Analista químico(a);Electricista industrial;Mecânico(a) industrial.

Grupo V — profissionais semiqualificados:

Subgrupo V-c:

Auxiliar;Chefe de equipa de caracterização;

Page 75: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055283

Operador(a) de central/ITVE;Operador(a) de equipamentos/ETAR;Operador(a) de máquinas e veículos especiais;Telefonista/recepcionista;

SubgrupoV-b:

Operador(a) de vigilância e pesagem;

Subgrupo V-a:

Operador(a) semi-especializado(a).

Secção C

Regras de progressão salarial nas categorias

1 — A admissão na empresa será efectuada no escalãomais baixo da categoria (escalão A) passando o tra-balhador a integrar o escalão seguinte (escalão B) apósseis meses de trabalho.

2 — O período inicial de execução do contrato seráconsiderado período experimental e tem a duraçãomáxima de 60 dias para a generalidade dos trabalha-dores, podendo ser acordados períodos experimentaisde maior duração, nos seguintes casos:

a) Trabalhadores admitidos para os grupos I e IIda secção B deste anexo, «Níveis de qualificaçãode funções», caso em que o período experimen-tal poderá ser alargado até 240 dias;

b) Trabalhadores admitidos para os grupos III e IVda referida secção B deste anexo, caso em queo período experimental poderá ser alargado até180 dias.

3 — Sempre que um trabalhador seja admitido comum contrato a termo, prevalecerá, como período expe-rimental, o consignado no artigo 108.o do Código doTrabalho.

4 — A progressão do trabalhador aos escalões supe-riores processar-se-á automaticamente decorridos osseguintes tempos de permanência:

24 meses no escalão B, após os quais passará aoescalão C;

36 meses no escalão C, após os quais passará aoescalão D;

36 meses no escalão D, após os quais passará aoescalão E.

5 — A empresa poderá possibilitar a progressão facul-tativa por mérito reconhecido a trabalhadores, não con-dicionando, nestes casos, a progressão automática defi-nida no número anterior.

Secção D

Regras de evolução profissional na empresa

1 — Para o preenchimento de postos de trabalho naempresa será dada preferência aos trabalhadores quejá estejam ao seu serviço, sempre que estes preenchamos requisitos exigidos pelas funções a desempenhar edesde que estes reúnam as condições previstas na leie neste acordo para esse preenchimento.

2 — Para efeitos do disposto no número anterior, aempresa obriga-se a abrir concursos internos para todasas vagas e a divulgar internamente as aberturas de con-cursos externos para todas as vagas.

3 — No preenchimento de vagas para categorias emque seja requerida habilitação literária específica, a

empresa poderá dispensar esse requisito quando o(a)candidato(a) já desempenhe funções na respectiva áreaprofissional e preencha os restantes requisitos exigidospelas novas funções a desempenhar.

4 — Quando se verificar a promoção do trabalhadora categoria de grupo salarial superior, ou de subgruposuperior dentro do mesmo grupo salarial, o trabalhadorpassará a integrar um escalão nunca inferior ao escalão Bda categoria a que foi promovido.

5 — Se o trabalhador promovido a categoria de gruposalarial superior ou de subgrupo dentro do mesmo gruposalarial, já estiver a auferir prémio de carreira, ele man-tém o direito ao referido prémio pelo valor auferidoà data em que a promoção se torne efectiva.

ANEXO III

Regulamento de trabalho por turnos

Cláusula 1.o

Âmbito e vigência

1 — O presente regulamento aplica-se aos trabalha-dores da VALORSUL — Valorização e Tratamentode Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa(Norte), S. A., que prestam ou venham a prestar serviçoem regime de turnos.

2 — Este regulamento entra em vigor conjuntamentecom o AE de que faz parte integrante.

Artigo 2.o

Trabalho por turnos

Poderão ser organizados turnos de pessoal diferente,sempre que o período de funcionamento ultrapasse oslimites máximos dos períodos normais diários de tra-balho.

Artigo 3.o

Acordo do trabalhador

1 — Nenhum trabalhador poderá ser obrigado a tra-balhar em regime de turnos, salvo se tiver dado o seuacordo por escrito ou se à data da entrada em vigordo presente regulamento já se encontre a trabalhar emregime de turnos.

2 — Os trabalhadores que, embora tenham dado oseu acordo ao trabalho em regime de turnos, perma-neçam três anos seguidos sem trabalhar nesse regime,terão de dar de novo o seu acordo para prestar trabalhoem regime de turnos.

Artigo 4.o

Conceitos

1 — «Horário de turnos rotativos» é aquele em queexistem para o mesmo posto de trabalho dois ou maishorários de trabalho, que se sucedem, sem sobreposiçãoque não seja a estritamente necessária para assegurara continuidade do trabalho e em que os trabalhadoresmudam periódica e regularmente de um horário de tra-balho para o subsequente de harmonia com uma escalapreviamente estabelecida.

2 — «Regime de laboração contínua» é o regime delaboração das unidades, instalações ou serviços, em rela-

Page 76: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5284

ção aos quais está dispensado o encerramento diário,semanal e nos feriados.

3 — «Folgas de compensação» são as devidas aos tra-balhadores por prestação de trabalho nos dias de des-canso semanal, fixados nas escalas de turnos, de acordocom o previsto neste AE.

4 — «Descanso compensatório» é o período de des-canso devido ao trabalhador, por prestação de trabalhosuplementar, excluído o realizado nos dias de descansosemanal referidos no número anterior.

Artigo 5.o

Organização das escalas de turnos

1 — Compete à empresa, auscultando a comissão sin-dical ou o delegado sindical quando aquela não exista,a organização ou modificação das escalas de turno.

2 — As escalas anuais de turnos entram em vigor naprimeira semana completa de Janeiro de cada ano eserão afixados até ao dia 10 de Dezembro do anoanterior.

3 — As escalas de turnos rotativos só poderão prevermudanças de turnos após os períodos de descanso sema-nal nelas previstos.

4 — Quando o trabalhador regresse de um períodode ausência ao serviço, qualquer que seja o motivo deste,retomará sempre o turno que lhe competiria se a ausên-cia não se tivesse verificado.

Artigo 6.o

Período de trabalho

1 — Sempre que a prestação de serviço exija umapermanência ininterrupta do trabalhador de turno, arefeição será tomada no refeitório periférico respectivoobrigando-se a empresa a distribuí-la nesse local emboas condições de higiene e qualidade. O tempo nelagasto, até trinta minutos, será considerado tempo detrabalho.

2 — Durante o período referido no número anterior,o trabalhador deverá, sempre que possível, ser substi-tuído nas suas funções por outro trabalhador.

3 — O trabalhador que preste serviço em regime deturnos não poderá ser obrigado a entrar novamente aoserviço após o seu período de trabalho, sem que antestenham decorrido pelo menos doze horas de descanso.

Artigo 7.o

Regime de substituição

1 — Compete às chefias assegurar que a respectivaequipa se mantenha completa, pelo que lhes caberá pro-mover as diligências necessárias, nos termos dos núme-ros seguintes, com vista à substituição do trabalhadorausente.

2 — Uma vez esgotadas todas as hipóteses de uti-lização de trabalhadores eventualmente disponíveis, as

faltas serão supridas com recurso a trabalho suple-mentar.

3 — Quando houver que recorrer a trabalho suple-mentar, o período a cobrir deve ser repartido pelos tra-balhadores titulares dos horários de trabalho que ante-cedem ou sucedem àquele em que a falta ocorrer, salvose outra forma de procedimento for acordada entre aempresa e os trabalhadores.

4 — A aplicação da regra enunciada no número ante-rior deve ser feita, sempre que possível, por recursoa um trabalhador que no período em causa não estejaem dia de descanso ou em gozo de folga de com-pensação.

Artigo 8.o

Folgas de compensação

1 — As folgas de compensação serão gozadas numdos três dias úteis imediatos à data em que se verificouo facto que lhes deu origem.

2 — Mediante acordo entre a empresa e o trabalha-dor, poderão as folgas de compensação ser gozadas emdias diferentes dos referidos no número anterior.

3 — Desde que não contrarie o disposto no n.o 1,não será concedido o gozo de folga de compensaçãosempre que esse gozo implique trabalho em dia de folga.

Artigo 9.o

Descanso compensatório

1 — O descanso compensatório vence-se de acordocom a lei, quando perfizer um número de horas igualao período normal de trabalho diário e deve ser gozadonum dos 15 dias seguintes.

2 — Aplica-se a este artigo o disposto no n.o 2 doartigo anterior.

3 — Desde que haja acordo entre a empresa e o tra-balhador, o gozo do descanso compensatório adquiridopode ser fraccionado em períodos não inferiores a qua-tro horas ou, alternativamente, ser substituído por pres-tação de trabalho remunerado com acréscimo de 150%sobre a retribuição normal.

4 — Desde que não contrarie o disposto no n.o 1,não será concedido o gozo de descanso compensatóriosempre que esse gozo implique trabalho em dia de folga.

Artigo 10.o

Férias

1 — Em cada posto de trabalho de turnos as fériasserão marcadas por escala anual rotativa.

2 — As férias serão marcadas com os ajustamentosnecessários para que sempre que possível o primeiroou o último dia de férias seja imediatamente posteriorou anterior a dias de folgas ou de horário de sobre-posição.

Page 77: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055285

3 — As alterações introduzidas no plano de férias sópodem ser estabelecidas por acordo entre a empresae o trabalhador.

Artigo 11.o

Dispensas ao trabalho

1 — A empresa poderá conceder aos trabalhadorespor turnos, através da chefia hierárquica respectiva, dis-pensas ao serviço, desde que o trabalhador em causase comprometa a compensar a ausência com trabalhoa prestar em data a fixar pela empresa.

2 — O disposto no número anterior é aplicado semprejuízo do direito atribuído aos trabalhadores nos ter-mos da alínea d) do n.o 2 da cláusula 41.a, «Faltasjustificadas».

Artigo 12.o

Subsídio de turno

1 — A cada trabalhador em regime de turnos é devidoum subsídio no montante e nas condições estabelecidasna cláusula 21.a, «Subsídio de turno», deste AE.

2 — No caso de o trabalhador mudar de regime deturnos para o regime de horário normal ou do regimede três para o de dois turnos, mantém-se o direito aosubsídio que vinha a receber desde que a mudança sejada iniciativa da empresa ou verificando-se um dos casosreferidos na cláusula seguinte, «Passagem ao regime dehorário normal».

Artigo 13.o

Passagem ao regime de horário normal

1 — O trabalhador que ao serviço da empresa com-pletar 20 anos de trabalho em regime de turnos ou50 anos de idade e 15 de turnos e que pretenda passarao regime de horário normal, deverá solicitá-lo porescrito à empresa, a qual dará prioridade a este tra-balhador no preenchimento de vagas em horário normal.

2 — Qualquer trabalhador que comprove, com pare-cer do médico de trabalho da empresa, a impossibilidadedefinitiva de continuar a trabalhar em regime de turnos,passará ao regime do horário normal, no prazo máximode 90 dias.

Artigo 14.o

Disposição final

Em tudo o que neste regulamento não se encontrarexpressamente previsto aplicar-se-á o disposto neste AEe na lei.

ANEXO IV

Regulamento da prevenção da saúde, higienee segurança no trabalho

Artigo 1.o

Princípios gerais

1 — Constitui dever da empresa instalar os trabalha-dores em boas condições nos locais de trabalho, nomea-damente no que diz respeito à higiene e segurança notrabalho e prevenção de doenças profissionais.

2 — A empresa obriga-se a criar e manter serviçosresponsáveis pelo exacto cumprimento do disposto no

número anterior, de acordo com as disposições legaisaplicáveis.

3 — A empresa obriga-se a cumprir a legislação emvigor em matéria de prevenção da saúde, higiene e segu-rança no trabalho e a manter os trabalhadores infor-mados sobre as normas correspondentes.

Artigo 2.o

Deveres específicos da empresa

A empresa é obrigada a:

a) Manter os edifícios, instalações, equipamentose locais de trabalho em condições de higienee segurança, conforme as disposições legais emvigor, de forma que os trabalhadores se encon-trem protegidos contra riscos de acidentes edoenças profissionais;

b) Instruir os trabalhadores quanto aos riscos quecomportam as respectivas ocupações e às pre-cauções a tomar;

c) Promover a colaboração de todo o pessoal narealização e manutenção das melhores condi-ções possíveis de saúde, higiene e segurança notrabalho;

d) Fornecer aos trabalhadores o equipamento indi-vidual de protecção referido no artigo 3.o desteregulamento, que em função do trabalho quecada colaborador desempenha seja adaptado aorespectivo posto de trabalho, segundo se encon-tra definido por legislação aplicável, normainterna ou pelos serviços competentes;

e) Dar o seu apoio à comissão de higiene e segu-rança e conceder-lhe todas as facilidades parao cabal desempenho das suas funções;

f) Consultar a comissão de higiene e segurançasempre que as questões relativas a estas matériaso justifiquem;

g) Tomar as medidas ao seu alcance para dar segui-mento às recomendações da comissão dehigiene e segurança;

h) Fornecer aos trabalhadores as normas legais,convencionais e regulamentares sobre preven-ção de saúde, higiene e segurança.

Artigo 3.o

Obrigações dos trabalhadores

1 — Constituem obrigações dos trabalhadores:

a) Cumprir as prescrições de segurança, higienee saúde no trabalho estabelecidas nas disposi-ções legais ou convencionais aplicáveis e as ins-truções determinadas com esse fim pelaempresa;

b) Zelar pela sua segurança e saúde, bem comopela segurança e saúde das outras pessoas quepossam ser afectadas pelas suas acções ou omis-sões no trabalho;

c) Utilizar correctamente, e segundo as instruçõestransmitidas pela empresa, máquinas, apare-lhos, instrumentos, substâncias perigosas eoutros equipamentos e meios postos à sua dis-posição, designadamente os equipamentos deprotecção colectiva e individual, bem como cum-prir os procedimentos de trabalho estabelecidos;

Page 78: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5286

d) Cooperar, para a melhoria do sistema de segu-rança, higiene e saúde no trabalho;

e) Comunicar imediatamente ao superior hierár-quico as avarias e deficiências por si detectadasque se lhe afigurem susceptíveis de originaremperigo grave e iminente, assim como qualquerdefeito verificado nos sistemas de protecção;

f) Em caso de perigo grave e iminente, não sendopossível estabelecer contacto imediato com osuperior hierárquico, adoptar as medidas e ins-truções estabelecidas para tal situação.

2 — Os trabalhadores não podem ser prejudicadospor causa dos procedimentos adoptados na situaçãoreferida na alínea f) do número anterior, nomeada-mente em virtude de, em caso de perigo grave e iminenteque não possa ser evitado, se afastarem do seu postode trabalho ou de uma área perigosa, ou tomarem outrasmedidas para a sua própria segurança ou a de terceiros.

3 — Se a conduta do trabalhador tiver contribuídopara originar a situação de perigo, o disposto no númeroanterior não prejudica a sua responsabilidade, nos ter-mos gerais.

4 — As medidas e actividades relativas à segurança,higiene e saúde no trabalho não implicam encargosfinanceiros para os trabalhadores, sem prejuízo da res-ponsabilidade disciplinar e civil emergente do incum-primento culposo das respectivas obrigações.

5 — As obrigações dos trabalhadores no domínio dasegurança e saúde nos locais de trabalho não excluema responsabilidade da empresa pela segurança e a saúdedaqueles em todos os aspectos relacionados com otrabalho.

Artigo 4.o

Equipamento individual

1 — Compete à empresa fornecer os fatos e demaisequipamentos de trabalho. O custo dos fatos e equi-pamentos, bem como as despesas de limpeza e con-servação inerentes ao seu uso constituem encargo exclu-sivo da empresa.

2 — Na escolha do tecido e dos artigos de segurançadeverão ser tidas em conta as condições climatéricasdo local e do período do ano.

3 — A empresa suportará os encargos com a dete-rioração dos fatos, equipamentos, ferramentas ou uten-sílios de trabalho ocasionada por acidente ou uso ine-rente ao trabalho prestado.

Artigo 5.o

Locais para refeição

Sem prejuízo da existência de um refeitório geral,a empresa porá à disposição dos trabalhadores, em cadaárea de trabalho, um local condigno, arejado e asseado,servido de água potável, com mesas e cadeiras suficientese equipado com os electrodomésticos que sejam mini-mamente necessários à confecção e aquecimento derefeições ligeiras.

Artigo 6.o

Vestiários, lavabos e balneários

A empresa obriga-se a instalar os trabalhadores emboas condições de higiene e segurança, provendo oslocais de trabalho com os requisitos necessários e indis-pensáveis, incluindo a existência de vestiários, lavabose balneários para uso dos trabalhadores das áreas fabrise manutenção.

Artigo 7.o

Comissão de higiene e segurança — Princípio geral

A defesa das garantias dos trabalhadores nos camposde saúde, higiene e segurança compete à vigilância dospróprios trabalhadores da empresa e particularmenteà comissão de higiene e segurança.

Artigo 8.o

Âmbito de acção da comissão de higiene e segurança

Compete à comissão de higiene e segurança:

1) Intervir na definição da política de higiene esegurança e coadjuvar nas acções necessáriasà difusão do seu conhecimento;

2) Verificar o cumprimento das disposições legais,contratuais e regulamentares que respeitem àprevenção da saúde, higiene e segurança notrabalho;

3) Cuidar para que todos os trabalhadores recebamuma formação adequada em matéria de higienee segurança, fomentar a sua colaboração na prá-tica e observância das medidas preventivas dosacidentes de trabalho e doenças profissionais;

4) Fomentar e dinamizar campanhas de sensibi-lização e esclarecimento sobre a prevenção dasaúde, higiene e segurança no trabalho, imple-mentando a participação de trabalhadores nestacampanha;

5) Sensibilizar a gestão da empresa para a soluçãode problemas de higiene e segurança existentes;

6) Estabelecer normas gerais para satisfação dasrecomendações da comissão de higiene e segu-rança;

7) Analisar e comentar os relatórios de acidentesde trabalho, sugerindo a aplicação de cuidadosespeciais;

8) Analisar e criticar as estatísticas de acidentesde trabalho, propondo de imediato a aplicaçãodas condições essenciais para eliminação dascausas dos acidentes;

9) Colaborar na avaliação e determinação dos ris-cos potenciais de trabalho e, consequentemente,propor alterações nos postos de trabalho (ins-talações, equipamento, etc.);

10) Interessar os trabalhadores na prática das ins-pecções médicas, campanhas de vacinação eoutras actuações no âmbito da medicina dotrabalho;

11) Colaborar no estabelecimento dos programasde emergência da fábrica;

12) Implementar de imediato as decisões tomadas,designando os responsáveis pelo acompanha-mento da sua execução;

13) Elaborar um relatório anual sobre as actividadesda comissão de higiene e segurança.

Page 79: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055287

Artigo 9.o

Constituição da comissão de higiene e segurança

1 — A comissão de higiene e segurança tem com-posição paritária e será constituída por três represen-tantes da empresa e três representantes dos traba-lhadores.

2 — A comissão de higiene e segurança terá comoconsultor permanente o médico do trabalho, podendoconvocar para as reuniões, sempre que o julgue neces-sário, qualquer outro elemento.

Artigo 10.o

Funcionamento da comissão de higiene e segurança

1 — A comissão de higiene e segurança reunir-se-á,pelo menos, de dois em dois meses, com todos os seuselementos.

2 — A comissão de higiene e segurança será secre-tariada por um dos seus membros, que promoverá afeitura da acta e a sua distribuição dentro de um prazode oito dias úteis.

3 — O secretariado da comissão de higiene e segu-rança convocará, além dos elementos efectivos, todosos outros que se considerem essenciais para análise dosassuntos a discutir.

4 — O secretário procederá à convocatória das reu-niões normais da comissão de higiene e segurança comoito dias úteis de antecedência.

5 — Para cada reunião, deverão constar da convo-catória todos os pontos da agenda de trabalhos. A apre-sentação de novos pontos, quanto feita fora as reuniões,deverá ser canalizada para o secretário com pelo menoscinco dias úteis de antecedência.

6 — As reuniões da comissão serão presididas, emsistema rotativo, por um dos seus membros.

7 — Para a realização das reuniões, considerar-se-áa ocupação de todos os elementos como tempo de tra-balho efectivo, sem perda de quaisquer direitos ouregalias.

8 — A comissão de higiene e segurança poderá reunirextraordinariamente para análise de situações especiais.

Artigo 11.o

Despesas de funcionamento da comissão de higiene e segurança

Os encargos de funcionamento da comissão dehigiene e segurança serão suportados pela empresa.

Artigo 12.o

Disposições finais

1 — Os representantes dos trabalhadores na comissãode higiene e segurança dispõem, para as suas funções,de um crédito de oito horas por mês.

2 — A empresa assegurará aos trabalhadores dacomissão de higiene e segurança formação adequada

ao exercício das respectivas funções, podendo, para esseefeito, solicitar o apoio das autoridades competentes,bem como conceder, se para tanto for necessário, licençacom retribuição ou sem retribuição no caso em que sejaatribuído aos trabalhadores subsídio específico.

3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,aos trabalhadores da comissão de higiene e segurançaé concedida a possibilidade de frequentarem, duranteo mínimo de 10 dias úteis por ano, acções de formaçãoe ou aperfeiçoamento promovidas pelo sindicato outor-gante.

4 — A empresa enviará ao sindicato outorgante orelatório anual referido no n.o 13 do artigo 8.o, «Âmbitoda acção da comissão de higiene e segurança», do pre-sente regulamento.

Depositado em 30 de Setembro de 2005, a fl. 109do livro n.o 10, com o n.o 224/2005, nos termos doartigo 549.o do Código do Trabalho, aprovado pela Lein.o 99/2003, de 27 de Agosto.

AE entre o Futebol Clube do Porto e oCESP — Sind. dos Trabalhadores do Comércio,Esc r i tó r ios e Serv iços de Por tuga l eoutros — Revisão global.

CAPÍTULO I

Área, âmbito e vigência

Cláusula 1.a

1 — O presente acordo de empresa, adiante desig-nado por AE, publicado no Boletim do Trabalho eEmprego, 1.a série, n.os 31, de 22 de Agosto de 1985,e 5, de 8 de Fevereiro de 2002, abrange o Futebol Clubedo Porto (CAE/revisão 2 — 92620) e os trabalhadoresrepresentados pelas organizações sindicais outorgantes.

2 — O presente AE aplica-se ao F. C. Porto (FutebolClube do Porto) e aos trabalhadores ao seu serviço cujascategorias sejam as constantes do presente acordo repre-sentados pelas organizações sindicais outorgantes.

3 — Este acordo de empresa abrange 67 trabalha-dores.

Cláusula 2.a

Vigência e revisão

1 — Este acordo de empresa entra em vigor cincodias após a sua publicação.

2 — O prazo da vigência deste acordo é de dois anose até ser substituído por outro.

3 — As tabelas salariais serão revistas anualmente eentrarão em vigor em 1 de Agosto de cada ano.

4 — A denúncia pode ser feita por qualquer das par-tes, decorridos, respectivamente, 20 ou 9 meses, con-

Page 80: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5288

forme se trate das situações previstas nos n.os 2 e 3desta cláusula.

Cláusula 3.a

Classificação profissional

Os trabalhadores abrangidos pelo presente AE serãoobrigatoriamente classificados, segundo as funções efec-tivamente desempenhadas, nas profissões e categoriasprofissionais constantes do anexo I.

Cláusula 4.a

Condições mínimas gerais de admissão

1 — As idades mínimas para admissão dos trabalha-dores abrangidos pelo presente acordo são as seguintes:

a) 21 anos para guardas;b) 18 anos para os cobradores e caixas;c) 16 anos para as restantes profissões ou cate-

gorias profissionais.

2 — As habilitações mínimas exigíveis para a admis-são dos trabalhadores abrangidos pelo presente acordoserão as seguintes:

a) Para as profissões ou categorias profissionaisdo grupo I do anexo I, com excepção dos con-tabilistas — curso geral dos liceus ou curso geraldo comércio e os cursos oficiais;

b) Para os contabilistas — cursos adequados doensino médio ou superior;

c) Para as profissões ou categorias profissionaisdos grupos II, III e IV do anexo I — o ciclo com-plementar do ensino primário, o ciclo prepa-ratório do ensino secundário ou equivalente.

3 — As habilitações referidas no número anterior nãoserão exigíveis:

a) Aos trabalhadores que à data da entrada emvigor do presente acordo desempenhem funçõesque correspondem às de qualquer das profissõesnela previstas;

b) Aos trabalhadores que comprovadamente tenhamdesempenhado as funções que correspondem àsde qualquer das profissões nela previstas.

4 — Não poderão ser admitidos como paquetes tra-balhadores com idade igual ou superior a 18 anos.

Cláusula 5.a

Estágio e acessos

1 — Os estagiários para assistentes administrativossão promovidos a assistentes administrativos II logo quecompletem dois anos de estágio, sem prejuízo do dis-posto no número seguinte.

2 — Para os trabalhadores admitidos com idade igualou superior a 21 anos ou que completem 21 anos duranteo estágio, este não poderá exceder um ano.

3 — O estágio para recepcionista terá a duraçãomáxima de quatro meses.

4 — Logo que completem o período máximo de está-gio, os estagiários ingressarão automaticamente na cate-

goria profissional mais baixa da profissão para queestagiaram.

5 — O assistente administrativo ingressará automa-ticamente na categoria profissional imediatamente supe-rior logo que complete três anos de serviços naquelascategorias.

6 — Os telefonistas, contínuos, porteiros, guardas,cobradores, trabalhadores de limpeza e paquetes terãodireito à primeira vaga em qualquer das categorias dogrupo I do anexo I, após obtidas as habilitações mínimasexigidas na alínea a) do n.o 2 da cláusula 4.a

7 — Quando o acesso referido no número anteriorrespeite às profissões constantes dos n.os 1, 2, 3 e 4,poderá ser precedido de estágio nos termos dos mesmosnúmeros, sem prejuízo de retribuição superior que ostrabalhadores viessem auferindo.

8 — Os trabalhadores de produção com a categoriade 2.a ascenderão automaticamente à categoria imedia-tamente superior logo que completem três anos de per-manência naquelas categorias.

9 — Aos trabalhadores com a categoria de assistenteadministrativo I que exerçam ou venham a exercer fun-ções mais qualificadas ou de maior responsabilidade,o Futebol Clube do Porto poderá atribuir a categoriaprofissional de técnico administrativo.

10 — O estagiário de operador de computador ao fimde 12 meses na função é promovido automaticamentea operador de computador.

11 — Os costureiros, logo que completem cinco anosde permanência na categoria, ingressarão automatica-mente na categoria de costureiro especializado.

CAPÍTULO II

Direitos, deveres e garantias das partes

Cláusula 6.a

Deveres do Clube

São deveres do Clube:

a) Cumprir as disposições deste acordo e demaislegislação aplicável;

b) Tratar com respeito e consideração os traba-lhadores ao seu serviço;

c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de fun-ções diferentes das que são próprias da sua pro-fissão ou que sejam incompatíveis com as res-pectivas normas deontológicas ou que sejamilícitas;

d) Proporcionar-lhes boas condições de trabalho,tanto do ponto de vista moral como físico,nomeadamente no que diz respeito à higienee segurança e à prevenção de doenças pro-fissionais;

e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dosprejuízos resultantes de acidentes de trabalhoe doenças profissionais, de acordo com os prin-cípios estabelecidos na legislação aplicável;

Page 81: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055289

f) Submeter a exame médico os trabalhadores commais de 45 anos de idade de dois em dois anos,segundo os princípios e regras da medicina dotrabalho;

g) Passar certificados aos trabalhadores nos termosda lei;

h) Facilitar a consulta dos processos individuais aosrespectivos trabalhadores;

i) Cumprir a lei relativamente à actividade sindicale das comissões de trabalhadores;

j) Proceder à cobrança das quotizações sindicaise ao seu envio aos sindicatos respectivos, depoisde recebidas as declarações individuais dos tra-balhadores previstas na lei;

l) Quando ocorrem alterações que o justifiquem,proceder a análise e qualificação das funçõesdos trabalhadores ao seu serviço, com efeitos,designadamente, numa política de enquadra-mentos;

m) Contribuir para a elevação do nível de produ-tividade dos trabalhadores ao seu serviço.

Cláusula 7.a

Deveres dos trabalhadores

São deveres dos trabalhadores:

a) Cumprir as disposições deste acordo e a demaislegislação aplicável;

b) Exercer com competência, zelo, pontualidadee assiduidade as funções que lhes estejam con-fiadas e para que foram contratados;

c) Prestar aos outros trabalhadores todos os con-selhos e ensinamentos de que necessitem ou quesolicitem em matéria de serviço;

d) Desempenhar o serviço de outros trabalhadoresnos seus impedimentos e férias quando para talsejam solicitados, sem prejuízo do disposto nalei;

e) Observar e fazer observar os regulamentosinternos e as determinações dos seus superioreshierárquicos no que respeita à execução e dis-ciplina do trabalho, salvo na medida em quetais determinações se mostrem contrárias aosseus direitos e garantias, bem como observare fazer observar as normas de higiene, segurançae medicina no trabalho;

f) Tratar com respeito e consideração os seus supe-riores hierárquicos, os restantes trabalhadoresdo Clube e demais pessoas e entidades que este-jam ou entrem em relação com o Clube;

g) Dar conhecimento ao Clube, através da hierar-quia, das deficiências de que tenham conheci-mento e que afectem o regular funcionamentodos serviços;

h) Guardar lealdade ao Clube, nomeadamente nãonegociando por conta própria ou alheia em con-corrência com ele nem divulgando informaçõesreferentes à sua actividade;

i) Zelar pela conservação e boa utilização dos bensrelacionados com o seu trabalho que lhe estejamconfiados;

j) Utilizar, em serviço, o vestuário de trabalho queeventualmente seja distribuído pelo Clube.

Cláusula 8.a

Garantias dos trabalhadores

É vedado ao Clube:

a) Opor-se, por qualquer forma, a que os traba-lhadores exerçam os seus direitos, bem comoaplicar-lhes sanções por causa desse exercício;

b) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores;c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que

actuem no sentido de influir desfavoravelmentenas condições de trabalho dele ou dos seuscolegas;

d) Baixar a categoria dos trabalhadores;e) Diminuir a retribuição base auferida;f) Transferir os trabalhadores para outro posto de

trabalho, salvo nos casos previstos na lei;g) Obrigar os trabalhadores a adquirirem bens ou

a utilizarem serviços fornecidos pelo Clube oupor pessoa por ele indicada;

h) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,refeitórios, economatos ou outros estabeleci-mentos directamente relacionados com forne-cimento de bens ou prestação de serviços aostrabalhadores.

CAPÍTULO III

Suspensão da prestação de trabalho

Cláusula 9.a

Férias

1 — O período normal de férias tem a duraçãomínima de 22 e máxima de 25 dias úteis.

2 — Para efeito de férias, são úteis os dias de descansode segunda-feira a sexta-feira, com excepção dos feria-dos, não podendo as férias ter início em dia de descansosemanal do trabalhador.

3 — A duração do período de férias é aumentadano caso de o trabalhador não ter faltado ou na even-tualidade de ter apenas faltas justificadas no ano a queas férias se reportam, nos seguintes termos:

a) Três dias de férias, até ao máximo de uma faltaou dois meios dias;

b) Dois dias de férias até ao máximo de duas faltasou quatro meios dias;

c) Um dia de férias, até ao máximo de três faltasou seis meios dias.

4 — Os trabalhadores que até à data da entrada emvigor estejam nas condições seguintes continuam a tera seguinte duração do período de férias:

22 dias úteis de férias até completar 40 anos deidade;

23 dias úteis de férias até completar 45 anos deidade;

24 dias úteis de férias até completar 50 anos deidade;

25 dias úteis de férias a partir do 50 anos de idade.

5 — Aplicar-se-á o regime de duração mínima deférias mais favorável ao trabalhador nos termos dosn.os 1, 3 e 4 desta cláusula.

Page 82: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5290

6 — Os trabalhadores do mesmo agregado familiarque estejam ao serviço do Clube gozarão as férias, desdeque possível, simultaneamente, se nisso tiverem con-veniência e o solicitarem atempadamente.

Cláusula 10.a

Definição de falta

1 — Falta é a ausência do trabalhador durante operíodo normal de trabalho diário a que está obrigado.

2 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío-dos inferiores ao período normal de trabalho diário aque está obrigado, os respectivos tempos são adicio-nados para determinação dos períodos normais de tra-balho diário em falta.

3 — Aplica-se a cada uma das ausências do traba-lhador, ainda que por período inferior ao período nor-mal de trabalho, o dever de comunicar ao Clube.

Cláusula 11.a

Tipos de faltas e dispensas

1 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas,nos termos da Lei n.o 99/2003, de 27 de Agosto.

2 — São consideradas dispensas justificadas, semperda de retribuição, as seguintes:

a) As prévia ou posteriormente autorizadas peloClube;

b) Até vinte e cinco horas anuais, previamentecomunicadas ao Clube, para tratamento deassuntos particulares;

c) As dadas pelos dadores de sangue, até um diapor mês;

d) As ausências ao serviço dos bombeiros, até trêsdias por mês, devidamente comprovadas pordeclaração da instituição onde presta serviço.

3 — As faltas previstas na alínea b) do n.o 2 destacláusula não poderão ser utilizadas ou gozadas pelostrabalhadores dos bingos às sextas-feiras, sábados,domingos, feriados e vésperas de feriados, salvo paratratar de assuntos inadiáveis e justificados.

Cláusula 12.a

Consequência das faltas justificadas

As faltas justificadas não determinam perda ou pre-juízo de qualquer direito ou regalia do trabalhador,incluindo a retribuição.

Cláusula 13.a

As faltas injustificadas determinam perda de retri-buição, de acordo e nos termos da Lei n.o 99/2003, de27 de Agosto.

CAPÍTULO IV

Prestação de trabalho

Cláusula 14.a

Período normal de trabalho

1 — A duração do período normal de trabalho emcada semana é de trinta e cinco horas, de segunda-feira

a sexta-feira, para os trabalhadores administrativos esimilares, e de trinta e nove horas para os demaistrabalhadores.

2 — O período normal de trabalho diário deverá serinterrompido por um intervalo de almoço com duraçãonão superior a duas horas.

3 — Cada trabalhador não pode prestar anualmentemais de cento e vinte horas de trabalho suplementar.

4 — O limite fixado no número anterior só poderáser ultrapassado em casos de iminência de prejuízosimportantes ou de força maior, devidamente fundamen-tados e comprovados, devendo ser feito através de docu-mento subscrito e entregue ao trabalhador e ao Minis-tério do Trabalho.

5 — Sempre que o trabalho suplementar seja reali-zado no sábado ou domingo, o trabalhador terá direito,para além da retribuição prevista na lei para o trabalhosuplementar, ao descanso nos dias úteis de trabalhoseguintes das horas de trabalho suplementar realizado.

6 — A duração do período normal de trabalho dostrabalhadores do bingo é de 31,6 horas por semana,que inclui um período mínimo diário de quinze minutospara tomarem uma refeição ligeira, contando comotempo efectivo de trabalho. Esta pausa terá de ser garan-tida aproximadamente a meio do período de trabalho.

7 — A retribuição do trabalho nocturno, no períododas 20 horas de um dia às 7 horas do dia seguinte,será superior até 25% à retribuição a que dá direitotrabalho equivalente prestado durante o dia.

8 — Aos trabalhadores do bingo é garantido umregime de folgas de dois dias consecutivos.

CAPÍTULO V

Retribuições de trabalho

Cláusula 15.a

Remunerações de base

1 — A todos os trabalhadores são asseguradas asremunerações base mínimas constantes do anexo III e IV.

2 — É assegurado a todos os trabalhadores umaumento mínimo do seu salário real nunca inferior a2,5%.

Cláusula 16.a

Diuturnidades

Os trabalhadores têm direito a uma diuturnidade iguala 4% do montante estabelecido no nível IV da tabelade remunerações mínimas, constante do anexo III, porcada três anos de permanência na mesma categoria pro-fissional, até ao limite de cinco diuturnidades.

Cláusula 17.a

Subsídio de Natal

1 — Os trabalhadores com um ou mais anos de serviçotêm direito a um subsídio de Natal de montante igualao da retribuição.

Page 83: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055291

2 — Os trabalhadores que tenham completado operíodo experimental mas não concluam um ano de ser-viço até 31 de Dezembro têm direito a um subsídiode Natal de montante proporcional ao número de mesesde serviço completados até essa data.

3 — Cessando o contrato de trabalho, a entidadepatronal pagará ao trabalhador a parte de um subsídiode Natal proporcional ao número de meses completosde serviço no ano da cessação.

4 — Suspendendo-se o contrato de trabalho por impe-dimento prolongado do trabalhador, este terá direito:

a) No ano da suspensão, a um subsídio de Natalde montante proporcional ao número de mesescompletos de serviço prestado nesse ano;

b) No ano de regresso à prestação de trabalho,a um subsídio de Natal de montante propor-cional ao número de meses completos de serviçoaté 31 de Dezembro, a contar da data deregresso.

5 — O subsídio de Natal será pago até 15 de Dezem-bro de cada ano, salvo em casos em que o pagamentose efectuará na data da verificação da suspensão oucessação referidas.

Cláusula 18.a

Subsídio de férias

A empresa pagará a todos os trabalhadores um sub-sídio de férias de montante igual ao da sua remuneraçãono correspondente período de férias a que tem direito,pago pela tabela a vigorar a partir de 1 de Agosto decada ano.

Cláusula 19.a

Subsídio de almoço

1 — Os trabalhadores não poderão receber um sub-sídio de refeição inferior aos valores estipulados legal-mente para o funcionalismo público, acrescidos de 50%.

2 — O subsídio de refeição será pago aos trabalha-dores que prestem trabalho suplementar efectivo numdia de descanso complementar, obrigatório e feriado.

Cláusula 20.a

Abono para falhas

Os trabalhadores que exerçam funções de pagamentoe ou recebimento têm direito a um abono para falhasno valor igual a 3% do montante estabelecido para arespectiva categoria profissional.

CAPÍTULO VI

Regalias sociais

Cláusula 21.a

Complemento do subsídio de doença

1 — Em casos de baixa por motivo de doença, o Clubepagará aos trabalhadores abrangidos por este AE umcomplemento destinado a repor o vencimento do tra-

balhador ao nível igual ao que teria se estivesse nor-malmente ao serviço, com a ressalva dos númerosseguintes.

2 — A atribuição do complemento do subsídio dedoença será efectiva a partir dos primeiros 15 dias debaixa seguidos ou 30 dias interpolados em cada anocivil.

3 — A atribuição do complemento do subsídio dedoença cessa ao fim de 120 dias de baixa seguidos ouinterpolados em cada ano civil.

Cláusula 22.a

Complemento das prestações por acidente de trabalho duranteo período de incapacidade temporária

O Clube assegurará aos trabalhadores o recebimentodo montante correspondente ao seu vencimento porinteiro durante o período de incapacidade temporária,quando os mesmos se acharem naquela situação pro-vocada por acidente de trabalho.

Cláusula 23.o

Aos trabalhadores que passem à situação de reforma,o Clube pagará um complemento de reforma, acrescidoà remuneração de reforma paga pela segurança social,até perfazer no máximo 90% da remuneração auferidapelo trabalhador à data da sua passagem à reforma,sofrendo as actualizações correspondentes, conformeseja revisto o vencimento da respectiva categoria, e gra-duado em função do tempo de trabalho prestado, nostermos da seguinte tabela:

Percentagem

Com 30 anos de serviço . . . . . . . . . . . . . . 90Com 25 anos de serviço . . . . . . . . . . . . . . 85Com 20 anos de serviço . . . . . . . . . . . . . . 80Com 15 anos de serviço . . . . . . . . . . . . . . 75Com 10 anos de serviço . . . . . . . . . . . . . . 70

Cláusula 24.a

Passagem à reforma

1 — Os trabalhadores que por limite de idade requei-ram a reforma só manterão o vínculo com o FutebolClube do Porto desde que haja acordo entre as partes,a estabelecer nos termos da legislação em vigor.

2 — O acordo de contratação a termo certo definidono n.o 1 desta cláusula terá como limite temporalmáximo a idade de 70 anos dos trabalhadores.

Cláusula 25.a

Direitos especiais das mulheres trabalhadoras

Além do estipulado no presente AE para a gene-ralidade dos trabalhadores, são, designadamente, asse-gurados às mulheres os seguintes direitos:

a) Faltar até 120 dias consecutivos por ocasião departo ou 30 dias em caso de aborto ou partode nado morto; tais faltas poderão ter inícioum mês antes do parto. Sempre que a traba-lhadora o deseje, pode gozar as férias a quetenha direito imediatamente antes ou depois da

Page 84: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5292

licença de parto, sem prejuízo do previsto naregulamentação do Código do Trabalho (Lein.o 35/2004, de 29 de Julho);

b) Não desempenhar, sem diminuição da retribui-ção, durante a gravidez e até três meses apóso parto ou aborto, tarefas clinicamente desa-conselháveis para o seu estado;

c) Dispor diariamente para amamentação dos filhosde um período de duas horas, subdividido even-tualmente em dois períodos iguais e a utilizarno início ou no fim de cada período de trabalhoe enquanto durar;

d) No caso de aleitação, a uma dispensa de duashoras por dia, com duração máxima de umahora em cada período, até perfazer um ano apóso parto.

Cláusula 26.a

Trabalhadores-estudantes

1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantesé o que está contido na lei vigente — Lei n.o 99/2003,de 27 de Agosto, regulamentada pela Lei n.o 35/2004,de 29 de Julho.

2 — Os trabalhadores que frequentem cursos de for-mação profissional e reciclagem apoiados pelo IEFPterão direito a usufruir das condições a que reportao n.o 1.

Cláusula 27.a

Serviço militar

1 — Após o cumprimento do serviço militar e ao reto-mar o seu lugar no Clube, após um período de rea-daptação não superior a seis meses, serão dadas ao tra-balhador a categoria e a retribuição que lhe caberiamse estivesse ao serviço ininterruptamente, salvo o dis-posto no número seguinte.

2 — Nos casos em que essa ausência tenha prejudi-cado o desenvolvimento profissional do trabalhador,procurar-se-á readaptá-lo no mais curto prazo de tempopossível e, de acordo com a sua evolução, será integradodentro da categoria e com vencimentos adequados.

CAPÍTULO VII

Refeições e deslocações

Cláusula 28.a

Refeições

1 — O Clube reembolsará os trabalhadores desloca-dos das despesas efectuadas com as refeições que estes,por motivo de serviço, hajam tomado fora do local detrabalho para onde tenham sido contratados.

2 — Os trabalhadores deslocados terão direito a umsubsídio de deslocação no montante de E 23 na sequên-cia de pernoita determinada pelo Clube.

3 — O trabalhador terá direito ao pagamento dopequeno-almoço sempre que esteja deslocado em ser-viço e na sequência da pernoita por conta da entidadepatronal.

Cláusula 29.a

Alojamento e deslocação no continente

O trabalhador que for deslocado para prestar serviçofora do local de trabalho tem direito, para além da suaretribuição normal ou de outros subsídios previstos nesteAE:

1) A um subsídio de deslocação no montante deE 15 na sequência de pernoita determinada peloClube;

2) À dormida, contra factura, desde que o Clubenão assegure a mesma em boas condições deconforto e higiene.

Cláusula 30.a

Deslocações ao estrangeiro — Alojamento e refeições

1 — Consideram-se nesta situação todos os trabalha-dores que se encontrem fora de Portugal continental.

2 — Os trabalhadores, para além da retribuição oude outros subsídios consignados neste AE, têm direito:

a) Ao valor de E 40 diários sempre que não regres-sem ao seu local de trabalho;

b) À dormida e refeições (pequeno-almoço, almoçoe jantar), contra factura ou directamente peloClube.

Cláusula 31.a

Ocorrência durante as deslocações

1 — Quando o trabalhador se encontre fora do localde trabalho por motivo de serviço e for vítima de aci-dente de trabalho, ou acometido de doença comprovadapor atestado médico, tem direito, à custa do Clube, namedida em que não lhe for atribuído subsídio equiva-lente, por força da legislação nacional ou acordointernacional:

a) A todos os cuidados médicos de que possa terefectivamente necessidade;

b) A qualquer outro subsídio a que tenha direitopela legislação nacional aplicável, no caso deo acidente de trabalho ou a doença se ter veri-ficado no País;

c) Ao alojamento e alimentação até que o seuestado de saúde lhe permita regressar ao localda sua residência.

CAPÍTULO VIII

Prémio de produtividade

Cláusula 32.a

Regulamento dos critérios de atribuição do prémio de produtividadepara os trabalhadores do bingo

1 — O prémio é atribuído mensal e equitativamentea todos os trabalhadores do Futebol Clube do Portoafectos ao bingo.

2 — O valor do prémio é igual a uma percentagemsobre a receita bruta mensal proveniente do jogo e deacordo com o mapa anexo a esta cláusula.

3 — O prémio será pago aquando da liquidação dovencimento do mês seguinte àquele a que diz respeito.

Page 85: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055293

4 — Nos primeiros dois meses após a admissão, ostrabalhadores não têm direito a prémio.

5 — Perdem o direito ao prémio:

a) Os trabalhadores que, durante o mês, tenhamuma ou mais faltas injustificadas;

b) Os trabalhadores que, durante o mês, tenhamtrês ou mais faltas justificadas.

6 — Não contam como faltas para atribuição do pré-mio as seguintes:

a) As previstas no presente acordo de empresa edemais legislação em vigor;

b) As dadas por acidente de trabalho e doençasprofissionais.

7.1 — Os trabalhadores que durante o mês tenham:

a) Uma falta justificada — auferem 100% do pré-mio;

b) Duas faltas justificadas — auferem 50% doprémio.

7.2 — Serão avaliados negativamente, de acordo comas seguintes regras:

a) Se não comparecerem, injustificadamente, comantecedência mínima de quinze minutos no localde trabalho e cinco minutos na sala de jogo,antes do início de cada período de traba-lho — 10% do prémio;

b) Se forem objecto de sanções disciplinares, deacordo com as seguintes penalizações:

Repreensão registada — 50% do prémio;Demais sanções disciplinares — 100% do

prémio.

Receita mensal bruta(em euros)

Percentagem doprémio de produtividade

De 55 000 a 62 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,25De 62 500 a 65 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,50De 65 000 a 67 500 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,75De 67 500 a 70 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,00De 70 000 a 75 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,25De 75 000 a 80 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,50De 80 000 a 85 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,75De 85 000 a 90 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,00De 90 000 a 95 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,25Superior a 95 000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,50

A dividir pelo número de trabalhadores.

CAPÍTULO IX

Disposições finais e transitórias

Cláusula 33.a

Comissão paritária

1 — Com a entrada em vigor do presente AE, é criadauma comissão paritária composta por dois representan-tes do Clube e dois representantes do sindicato, quedeverão ser indicados até 30 dias contados da data dasua publicação, podendo ser substituídos sempre quenecessário.

2 — Compete à comissão paritária interpretar as dis-posições do presente AE.

3 — A comissão paritária reunirá sempre que sejaconvocada por uma das partes, com a antecedência deoito dias, constando da convocação a ordem de tra-balhos.

4 — As reuniões terão lugar no Clube e dentro dashoras normais de trabalho.

5 — As deliberações tomadas por unanimidade oumaioria consideram-se como regulamentação do pre-sente AE e serão depositadas e publicadas nos mesmostermos.

6 — As deliberações deverão constar da acta lavradalogo no dia da reunião e assinada por todos os presentes.

7 — A pedido de qualquer das partes, poderá par-ticipar nas reuniões, sem direito a voto, um represen-tante do Ministério do Trabalho e Segurança Social.

Cláusula 34.a

Reclassificações

Os trabalhadores abrangidos por este AE serão obri-gatoriamente reclassificados pelo Clube, segundo as fun-ções que efectivamente desempenham, de acordo como disposto no anexo III, no prazo de 60 dias a contarda data de entrada em vigor.

ANEXO I

Grupo I

Empregados de escritório

Analista de informática. — Concebe e projecta, noâmbito do tratamento automático da informação, os sis-temas que melhor respondam aos fins em vista, tendoem conta os meios de tratamento disponíveis; consultaos interessados a fim de recolher elementos elucidativosdos objectivos que se têm em vista; determina se é pos-sível e economicamente rentável utilizar um sistema detratamento automático de informação; examina os dadosobtidos, determina qual a informação a ser recolhida,com que periodicidade e em que ponto do seu circuito,bem como a forma e a frequência com que devem serapresentados os resultados; determina as alterações aintroduzir necessárias à normalização dos dados e astransformações a fazer na sequência das operações; pre-para ordinogramas e outras especificações para o pro-gramador; efectua testes, a fim de se certificar se o tra-tamento automático da informação se adapta aos finsem vista, e, caso contrário, introduz as modificaçõesnecessárias. Pode ser incumbido de dirigir a preparaçãodos programas. Pode coordenar os trabalhos das pessoasencarregadas de executar as fases sucessivas das ope-rações da análise do programa. Pode dirigir e coordenara instalação de sistemas de tratamento automático deinformação.

Pode ser especializado num domínio particular,nomeadamente na análise lógica dos problemas ou naelaboração de esquemas de funcionamento, a ser desig-nado em conformidade por:

Analista orgânico;Analista de sistemas.

Caixa. — Tem a seu cargo as operações de caixa eregisto do movimento relativo a transacções respeitantes

Page 86: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5294

à gestão da empresa; recebe numerário e outros valorese verifica se a sua importância corresponde à indicadanas notas de venda ou nos recibos; prepara os sobres-critos segundo as folhas de pagamento. Pode prepararos fundos destinados a serem depositados e tomar asdisposições necessárias para os levantamentos.

Chefe de departamento. — 1 — Estuda, organiza,dirige e coordena, sob a orientação do seu superior hie-rárquico, num ou vários departamentos da empresa, asactividades que lhe são próprias; exerce, dentro dodepartamento que chefia e nos limites da sua compe-tência, funções de direcção, orientação e fiscalizaçãodo pessoal sob as suas ordens e de planeamento dasactividades do departamento, segundo as orientaçõese fins definidos; propõe a aquisição de equipamentoe materiais e a admissão de pessoal necessário ao bomfuncionamento do departamento e executa outras fun-ções semelhantes.

2 — As categorias que correspondem a esta profissãoserão atribuídas de acordo com o departamento chefiadoe o grau de responsabilidade requerido:

Chefe de secção — coordena, dirige e controla otrabalho de um grupo de profissionais adminis-trativos com actividades afins;

Chefe de sector — coordena, dirige e controla otrabalho de um pequeno grupo de profissionaisadministrativos com actividades afins.

Técnico de contas. — Organiza e dirige os serviçosde contabilidade e dá conselhos sobre problemas denatureza contabilística, analisando os diversos sectoresde actividade da empresa, de forma a assegurar umarecolha de elementos precisos, com vista à determinaçãode custos e resultados de exploração; elabora o planode contas a utilizar para obtenção dos elementos maisadequados à gestão económico-financeira e ao cumpri-mento da legislação comercial e fiscal; supervisiona aescrituração dos registos e livros de contabilidade, coor-denando, orientando e dirigindo os empregados encar-regados dessa execução; fornece os elementos conta-bilísticos necessários à definição da política orçamentale organiza e assegura o controlo da execução do orça-mento; elabora ou certifica os balancetes e outras infor-mações contabilísticas a submeter à administração oua fornecer aos serviços públicos; procede ao apuramentode resultados, dirigindo o encerramento das contas ea elaboração do respectivo balanço, que apresenta eassina; elabora o relatório explicativo que acompanhaa apresentação de contas ou fornece indicações paraessa elaboração; efectua as revisões contabilísticasnecessárias, verificando os livros ou registos para se cer-tificar da correcção da respectiva escrituração.

Director-geral. — É o profissional que, participandona definição política global do Clube, é o responsável,perante a direcção, pela gestão funcional de nível orgâ-nico, promovendo a execução das directrizes superiores.

Director de serviços. — Estuda, organiza, dirige e coor-dena, nos limites dos poderes de que está investido,as actividades do organismo ou da empresa ou de umou vários departamentos. Exerce funções, tais como:colaborar na determinação da política da empresa; pla-near a utilização mais conveniente da mão-de-obra,equipamento, materiais, instalações e capitais; orientar,dirigir e fiscalizar a actividade do organismo ou empresa

segundo os planos estabelecidos, a política adoptada eas normas e regulamentos prescritos; criar e manter umaestrutura administrativa que permita explorar e dirigira empresa de maneira eficaz, e colaborar na fixaçãoda política financeira e exercer a verificação dos custos.

Assistente administrativo I e II. — 1 — Executa váriastarefas, que variam consoante a natureza e importânciado escritório onde trabalha; redige relatórios, cartas,notas informativas e outros documentos, manualmenteou à máquina, dando-lhes o seguimento apropriado; tiraas notas necessárias à execução das tarefas que lhe com-petem; examina o correio recebido, separa-o, classifica-oe compila os dados que são necessários para prepararas respostas; elabora, ordena ou prepara os documentosrelativos à encomenda, distribuição e regularização dascompras e vendas; recebe pedidos de informações etransmite-os à pessoa ou serviço competente; põe emcaixa os pagamentos de contas e entrega recibos; escreveem livros as receitas e despesas, assim como outrasoperações contabilísticas, e estabelece o extracto dasoperações efectuadas e de outros documentos parainformação da direcção; atende os candidatos às vagasexistentes, informa-os das condições de admissão e efec-tua registos de pessoal; preenche formulários oficiaisrelativos ao pessoal ou à empresa; ordena e arquivanotas de livranças, recibos, cartas e outros documentose elabora dados estatísticos. Acessoriamente, nota emestenografia, escreve à máquina e opera com máquinasde escritório.

2 — Para além da totalidade ou parte das tarefasdescritas no n.o 1, pode verificar e registar a assiduidadedo pessoal, assim como os tempos gastos na execuçãodas tarefas, com vista ao pagamento de salários ou outrosfins.

Inspector administrativo. — Tem como principal fun-ção a inspecção de delegações, agências, escritórios eempresas associadas, no que respeita à contabilidadee administração das mesmas.

Monitor desportivo. — Auxilia o técnico desportivo noensino e preparação dos atletas do Clube, sujeitando-seà planificação e orientação por aquele previamentedefinida.

Paquete. — É o trabalhador menor de 18 anos queexecuta unicamente os serviços enumerados para oscontínuos.

Programador de informática. — Estabelece programasque se destinam a comandar operações de tratamentoautomático de informação por computador; recebe asespecificações e instruções preparadas pelo analista deinformática, incluindo todos os dados elucidativos dosobjectivos a atingir; prepara os ordinogramas e procedeà codificação dos programas; escreve instruções parao computador; procede a teses para verificar a validadedo programa e introduz-lhe alterações sempre quenecessário; apresenta os resultados obtidos sob a formade mapas, cartões perfurados, suportes magnéticos ououtros processos. Pode fornecer instruções escritas parao pessoal encarregado de trabalhar com o computador.

Recepcionista e estagiário. — Recebe clientes e dáexplicações sobre os artigos, transmitindo indicações dosrespectivos departamentos; assiste na portaria, rece-

Page 87: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055295

bendo e atendendo visitantes que pretendam encami-nhar-se para a administração ou para funcionários supe-riores ou atendendo outros visitantes, com orientaçãodas suas visitas e transmissão de indicações várias.

Secretário de direcção. — Ocupa-se do secretariadoespecífico da administração ou direcção da empresa.Entre outras, competem-lhe normalmente as seguintesfunções: redigir actas das reuniões de trabalho; asse-gurar, por sua própria iniciativa, o trabalho de rotinadiária do gabinete, e providenciar pela realização dasassembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos eescrituras.

Secretário desportivo. — Dirige, coordena e controla,sob a orientação dos seus superiores hierárquicos ime-diatos e dos directores a quem estiver adstrito, a orga-nização dos jogos e espectáculos desportivos afectos aoClube, os registos inerentes à sua actividade desportivae dos troféus conquistados, dando apoio em termosadministrativos a todas as secções desportivas, velandopela execução dos pedidos que lhe forem dirigidos poressas secções e que sejam da competência e atribuiçõesdos serviços administrativos do Clube.

Secretário técnico. — Dirige, coordena e controla, soba orientação dos seus superiores hierárquicos e dosdirectores a quem estiver adstrito, todos os assuntosinerentes aos departamentos do Clube a que estiver ads-trito, nomeadamente apoio a técnicos, treinadores eatletas respectivos.

Técnico administrativo. — Executa as tarefas mais exi-gentes que competem ao escriturário, nomeadamentetarefas relativas a determinados assuntos de pessoal, delegislação ou fiscais, apuramento e cálculos contabilís-ticos e estatísticos complexos e tarefas de relação comfornecedores e ou clientes que obriguem a tomada dedecisões correntes ou executando as tarefas mais exi-gentes da secção, colabora directamente com o chefede secção e, no impedimento deste, coordena ou con-trola as tarefas de um grupo de trabalhadores admi-nistrativos com actividades afins.

Técnico desportivo. — Ensina a técnica e as regras dedeterminada modalidade desportiva aos atletas do Clubee prepara-os para as provas em que têm de tomar parte.Procura incutir nos desportistas que orienta o sentidodo cumprimento das regras do jogo e de disciplina.

Técnico de informática. — É o trabalhador que tratade todas as operações complexas ao nível informático,procede às necessárias correcções e assegura o funcio-namento do sistema e executa o trabalho consoante asindicações recebidas.

Tradutor. — Faz traduções e retroversões de e paralínguas estrangeiras de livros, catálogos, artigos derevista e outros textos de carácter técnico.

Grupo II

Telefonistas

Telefonista. — 1 — Presta serviço numa central tele-fónica, transmitindo aos telefones internos as chamadas

recebidas e estabelecendo ligações internas ou para oexterior. Responde, se necessário, a pedidos de infor-mações telefónicas.

2 — As categorias correspondem a esta profissãoserão atribuídas de acordo com as seguintes exigências:

Manipulação de aparelhos de comutação com capa-cidade superior a 16 postos suplementares;

Manipulação de aparelhos de comutação com capa-cidade igual ou inferior a 16 postos suplemen-tares.

Grupo III

Cobradores

Cobrador. — Procede, fora dos escritórios, a recebi-mentos, pagamentos e depósitos, considerando-se-lheequiparado o empregado de serviços externos que efec-tua funções de informações e fiscalização.

Grupo IV

Trabalhadores auxiliares

Contínuo. — Anuncia, acompanha e informa os visi-tantes, faz a entrega de mensagens e objectos inerentesao serviço, estampilha e entrega correspondência, alémde a distribuir aos serviços a que é destinada. Podeexecutar, excepcional e esporadicamente, o serviço dereprodução e endereçagem de documentos. Quandomenor de 18 anos, é designado «paquete».

Guarda. — Assegura a defesa, vigilância e conserva-ção das instalações do escritório e ou das instalaçõesgerais da empresa e de outros valores que lhe estejamconfiados, registando, na ausência do porteiro, as saídasde mercadorias, veículos e materiais.

Porteiro. — Atende os visitantes, informa-os das suaspretensões e anuncia-os ou indica-lhes os serviços a quedevem dirigir-se; vigia e controla entradas e saídas devisitantes, mercadorias e veículos, e recebe a corres-pondência.

Trabalhador de limpeza. — Executa o serviço de lim-peza das instalações do Clube.

ANEXO II

Serviço de apoio, produção e outros

Aprendiz. — É o trabalhador que, sob orientação per-manente de um oficial, faz a aprendizagem da profissão.

Auxiliar menor. — É o trabalhador sem qualquer espe-cialização profissional com idade inferior a 18 anos.

Carpinteiro. — É o trabalhador que predominante-mente realiza trabalhos em madeira, incluindo os res-pectivos acabamentos no banco da oficina do Clube,utilizando maquinaria apropriada. Pode montar e cons-truir utensílios e cofragens. Repara ou constrói móveisde madeira existentes ou destinados ao Clube.

Chefe de equipa. — É o trabalhador que superintende,coordena e chefia um número limitado de trabalhadores

Page 88: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5296

na execução de serviços específicos do Clube, sob aorientação de um director ou pessoa por este designada.

Chefe de serviços de instalações e obras. — É o fun-cionário que, pelos seus conhecimentos técnicos e dechefia de pessoal, orienta e superintende na execuçãodos serviços de apoio, produção e outros efectuadosnas instalações do Clube.

Coordenador. — É o trabalhador responsável pelofuncionamento de determinado sector das instalaçõesdo Clube, zelando e controlando a sua manutenção, bemcomo coordenando a utilização do mesmo.

Costureiro. — É o trabalhador que tem por funçãoconservar e arranjar cortinados, camisolas, fardas e res-tantes vestuários dos atletas ou de alguns funcionários.

Costureiro especializado. — É o trabalhador que exe-cuta as tarefas mais exigentes que competem ao cos-tureiro, nomeadamente com maior especialização, e queexigem maior conhecimento técnico.

Electricista de 1.a e de 2.a — Instala, conserva, reparae ensaia máquinas e aparelhagem eléctrica e faz a suamanutenção; constrói e repara, em oficina ou no localde utilização, máquinas e aparelhagem eléctrica de altae baixa tensão.

Fiel de armazém. — É o trabalhador que superintendenas operações de entradas e saídas do mais variadomaterial; executa e verifica os respectivos documentos;colabora e responsabiliza-se pela conservação e arru-mação dos materiais e produtos; examina a concordânciaentre as mercadorias recebidas e as notas de encomenda,recibos ou outros documentos e toma nota dos danose perdas; orienta e controla a distribuição pelos serviçosutilizadores; satisfaz os pedidos de requisição dos uten-tes ou clientes; procede à elaboração de inventários,e colabora com o superior hierárquico na organizaçãodo material do armazém.

Fogueiro. — É o trabalhador com conhecimentos dasinstalações de caldeiras e equipamentos auxiliares eeventualmente de sistemas de distribuição de vapor,actuando sob a orientação e coordenação do Clube.Vigia as condições de funcionamento das instalaçõese equipamento executa as manobras inerentes à sua con-dução em marcha normal, paragens, arranques e situa-ções de emergência. Verifica e previne as condições desegurança do equipamento a seu cargo. Controla, regulae regista variáveis processuais. Poderá assegurar a lubri-ficação do equipamento a seu cargo. Integra-se em equi-pas de manutenção.

Jardineiro. — É o trabalhador que se encarrega doarranjo e tratamento da relva.

Motorista (pesados ou ligeiros). — É o trabalhadorque, possuindo carta de condução de profissional, tema seu cargo a condução do autocarro do Clube e deoutros veículos automóveis, competindo-lhe ainda zelar,sem execução, pela boa conservação e limpeza doveículo.

Operador de máquinas de lavandaria. — É o traba-lhador que opera com as máquinas de lavar e de pre-servar roupas e outro vestuário.

Pedreiro. — É o trabalhador que, exclusiva ou pre-dominantemente, aparelha pedra em grosso e executaalvenarias de tijolo, pedra ou blocos; pode também fazerassentamentos de manilhas, tubos ou cantarias, rebocose outros trabalhos similares ou complementares.

Picheleiro. — É o trabalhador que corta, rosca e soldatubo de chumbo, plástico ou matérias afins e executaas canalizações do Clube.

Pintor. — É o trabalhador que predominantementeexecuta qualquer trabalho de pintura em estruturasmetálicas, de madeira, máquinas ou em paredes e noutrotipo de trabalhos.

Roupeiro. — É o trabalhador que exclusivamente peganos sacos dos equipamentos, transportando-os para oslocais devidos, encarregando-se da sua distribuição pelosatletas. É, ainda responsável pela recolha dos sacos deequipamento depois de utilizado.

Sapateiro. — É o trabalhador que executa, corta,faceia e arranja todo o calçado dos atletas do Clube.

Serralheiro da construção civil. — É o trabalhador queconstrói e ou monta e repara estruturas metálicas, tubose outras obras.

Servente. — É o trabalhador, sem qualquer qualifica-ção ou especialização profissional, que executa e apoiaas tarefas do sector, sob orientação do coordenador.

Técnico de instalações eléctricas. — É o trabalhadoraltamente qualificado que, pela sua formação técnica,aptidão e experiência profissional, executa tarefas querequerem elevada especialização no sector profissional.Pode integrar-se em equipas de manutenção coorde-nadas por si. Dirige e coordena o sector e controla asinstalações, respondendo pelo seu funcionamento emanutenção perante as chefias. Coordena profissionaisde qualificação inferior.

Trolha. — É o trabalhador que exclusiva ou predo-minantemente executa alvenarias de tijolo ou bloco,assentamento de manilhas, tubos, mosaicos, azulejos,rebocos, estuques e outros trabalhos similares ou com-plementares.

ANEXO III

Trabalhadores do bingo

Definição de funções

Adjunto de chefe de sala. — Coadjuva o chefe de salana execução das suas funções, sendo especialmente res-ponsável pela fiscalização das bolas e cartões; contabilizaos cartões vendidos em cada jogada, determinando osquantitativos dos prémios; verifica os cartões premiados,do que informará em voz alta os jogadores, e respondeindividualmente aos pedidos de informação ou recla-

Page 89: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055297

mações feitos pelos jogadores, registando tudo isto,assim como os incidentes que ocorram, em acta queassinará e apresentará à assinatura do chefe de sala.

Cafeteiro. — É o trabalhador que prepara sanduíchese confecções de cozinha ligeira. Emprata e fornece,mediante requisição, às secções de consumo. Executao trabalho de limpeza e tratamento de louças, vidrose outros utensílios de mesa usados no serviço de refei-ções por cuja conservação é responsável.

Caixa auxiliar volante. — Realiza a venda directa doscartões, podendo anunciar os números extraídos.

Caixa fixo. — Tem a seu cargo a guarda dos cartões,entregando-os ordenadamente aos vencedores; recolheo dinheiro das vendas e paga os prémios aos vencedores.

Chefe de bar. — É o trabalhador que chefia, orientae vigia o pessoal a seu cargo, elabora ementas, fornecee faz refeições, atende clientes, anota pedidos e exe-cuta-os, define as obrigações de cada trabalhador doseu sector, executa e elabora os mapas de férias, folgase horários de trabalho e é o único responsável peloserviço e funcionamento diário do sector, procede àsoperações de abastecimento, elabora requisições debebidas e outros produtos e procede à sua aquisiçãodirecta aos fornecedores.

Chefe de sala. — Compete-lhe a direcção e o controloglobal do funcionamento da sala, tomando as decisõesrelativas à marcha das várias operações de acordo comas normas técnicas de jogo do bingo e marcando o ritmoadequado das mesmas; é o responsável pelo correctofuncionamento de todos os mecanismos, instalações eserviços e é o superior hierárquico do pessoal de serviçona sala e o responsável pela escrita especial do jogo.

Contínuo. — Encarrega-se de tarefas auxiliares, desig-nadamente mantendo as mesas de jogo em ordem eretirando das mesmas os cartões usados.

Controlador de entradas. — Procede à identificaçãodos frequentadores e venda dos bilhetes de ingresso,competindo-lhe ainda fiscalizar as entradas.

Empregado de bar. — É o trabalhador que coadjuvae substitui o chefe de bar no exercício das suas funções.

Empregado de mesa. — É o trabalhador que atendeclientes, anota pedidos, serve refeições e bebidas,cobrando as respectivas importâncias, e ocupa-se da lim-peza e preparação das mesas e utensílios de trabalho.

Empregado de tabacaria. — Desempenha as funçõesde venda de tabaco e de outros produtos e serviço debengaleiro.

Porteiro. — É o responsável pela regularidade daentrada dos frequentadores na sala, devendo exigir sem-pre a apresentação do bilhete de acesso, inutilizando-oe devolvendo-o ao frequentador, que deverá guardá-loenquanto permanecer na sala de jogo do bingo, a fim

de poder exibi-lo, se lhe for exigido; deverá ainda,quando haja dúvidas sobre a maioridade do frequen-tador, exigir-lhe a apresentação de identidade.

Subchefe de bar. — É o trabalhador que coadjuva esubstitui o chefe de bar no exercício das suas funções.

ANEXO IV

Tabela salarial

(Em euros)

Níveis Profissões e categorias profissionais Remunerações

I Director-geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 310

Analista informático . . . . . . . . . . . . . . . . . .I-A Técnico de contas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 117

Director de serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento . . . . . . . . . . . . . . .I-B Secretário desportivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 013

Programador informático . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário técnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .II 859Técnico desportivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico informático . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Técnico administrativo . . . . . . . . . . . . . . . .III Secretário de direcção . . . . . . . . . . . . . . . . . 795

Chefe de sector . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .IV Monitor desportivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700

Assistente administrativo I . . . . . . . . . . . . .

Cobrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Recepcionista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .V 643Telefonista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente administrativo II . . . . . . . . . . . . .

Contínuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Estagiário para assistente administrativo . . .

VI Estagiário (recepcionista) . . . . . . . . . . . . . . 546,50Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Porteiro/parqueiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VII Trabalhador de limpeza . . . . . . . . . . . . . . . 444

VIII Paquete até 17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353,50

ANEXO V

Tabela salarial

Trabalhadores de apoio e produção

(Em euros)

Níveis Profissões e categorias profissionais Remunerações

I Chefe de serviços e instalação de obras . . . 1 117

I-A Técnico de instalações eléctricas . . . . . . . . 999

II Chefe de equipa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 828

Page 90: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5298

(Em euros)

Níveis Profissões e categorias profissionais Remunerações

Coordenador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fogueiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

III Motorista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 730,50Electricista de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fiel de armazém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IV Electricista de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 665,50

Trolha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Sapateiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Carpinteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pedreiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

V Serralheiro da construção civil . . . . . . . . . . 553,50Picheleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pintor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Jardineiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Costureiro especializado . . . . . . . . . . . . . . .

Costureiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Mecânico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .VI 505Operador de máquinas de lavandaria . . . .Roupeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VII Servente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 448

Aprendiz até ao 3.o ano . . . . . . . . . . . . . . . .VIII 320Auxiliar menor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

ANEXO VII

Tabela salarial

Trabalhadores do bingo

(Em euros)

Níveis Profissões e categorias profissionais Remunerações

I Chefe de sala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 940

II Adjunto de chefe de sala . . . . . . . . . . . . . . . 770

Chefe de bar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .III 616Caixa fixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IV Subchefe de bar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 578

Caixa volante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Porteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Controlador de entradas . . . . . . . . . . . . . . .Contínuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .V 501,50Empregado de mesa . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de bar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cafeteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de tabacaria . . . . . . . . . . . . . . .

Porto, 22 de Agosto de 2005.

Pelo Futebol Clube do Porto:

Fernando Soares Gomes, mandatário.Fernanda P. N. Menezes Gomes, mandatária.

Pelo CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços dePortugal:

António Ferreira Neto Taveira, mandatário.Manuel Domingos Pinto Vieira, mandatário.

Pelo Sindicato dos Trabalhadores de Calçado, Malas, Componentes, Formas e OfíciosAfins do Distrito do Porto:

António Ferreira Neto Taveira, mandatário.Manuel Domingos Pinto Vieira, mandatário.

Pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores e Cerâmicae Materiais de Construção Norte e Viseu:

António Ferreira Neto Taveira, mandatário.Manuel Domingos Pinto Vieira, mandatário.

Pelo STRUN — Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanosdo Norte:

António Ferreira Neto Taveira, mandatário.Manuel Domingos Pinto Vieira, mandatário.

Pelo STIEN — Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte:

António Ferreira Neto Taveira, mandatário.Manuel Domingos Pinto Vieira, mandatário.

Pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantese Similares do Norte:

Francisco Manuel Martins Lopes Figueiredo, mandatário.

Pelo SIFOMATE — Sindicato dos Fogueiros de Mar e Terra:

António Ferreira Neto Taveira, mandatário.Manuel Domingos Pinto Vieira, mandatário.

Depositado em 23 de Setembro de 2005, a fl. 108do livro n.o 10, com o n.o 218/2005, nos termos doartigo 549.o do Código do Trabalho, aprovado pela Lein.o 99/2003, de 27 de Agosto.

CCT entre a AIM — Assoc. Industrial do Minho eo Sind. Independente dos Trabalhadores do Sec-tor Empresarial da Cerâmica, dos Cimentos, doVidro e Actividades Conexas dos Dist. de Braga,Porto e Viana do Castelo (revisão global) — Rec-tificação.

No Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 24,de 29 de Junho de 2005, encontra-se publicado o CCTmencionado em epígrafe, o qual enferma de inexactidão,impondo-se, por isso, a necessária correcção.

Assim, a pp. 3578 e 3579 da citada publicação, nocabeçalho dos enquadramentos profissionais e tabelasde retribuições mínimas (anexo III), rectifica-se que ondese lê:

(Em euros)

Tabelas salariais

Em vigor desde1 de Janeiro de 2004

Em vigor a partirde 1 de Maio de 2005

Grupo Enquadramento

deve ler-se:(Em euros)

Tabelas salariais

Em vigor desde1 de Maio de 2004

Em vigor a partirde 1 de Maio de 2005

Grupo Enquadramento

Publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2005, em 28 deSetembro de 2005.

Page 91: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055299

ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO

ASSOCIAÇÕES SINDICAIS

I — ESTATUTOS

SPZCENTRO — Sind. dos Professoresda Zona Centro — Rectificação

No Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 27,de 22 de Julho de 2005, encontram-se publicados osestatutos da associação sindical mencionada em epí-grafe, os quais enfermam de inexactidões, impondo-se,por esse motivo, as necessárias rectificações.

Assim:A p. 4104, entre os n.os 3 e 5 do artigo 16.o dos esta-

tutos, rectifica-se que onde se lê:

«3 — [. . .] notificação.

5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .»

deve ler-se:

«3 — [. . .] notificação.

4 — O recurso previsto no número anterior tem efei-tos suspensivos e a sua apreciação tem, obrigatoria-mente, lugar na primeira reunião do conselho geral sub-sequente à data do recibo ou da recepção da suainterposição.

5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .»

A p. 4111, na alínea g) do n.o 1 do artigo 37.o dosestatutos, rectifica-se que onde se lê «alínea t)» develer-se «alínea f)».

Publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2005, em 28 deSetembro de 2005.

II — CORPOS GERENTES

Sind. Nacional dos Psicólogos — SNPRectificação

Por ter sido publicada com inexactidão no Boletimdo Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 44, de 29 de Novem-bro de 2004, a identificação dos membros da direcçãoeleitos em 6 de Novembro de 2004 para o triénio de2004-2006, procede-se à sua rectificação:

Maria Manuela Madruga Antunes de Oliveira Castel-branco, portadora do bilhete de identidade

n.o 6011023, do arquivo de identificação de Lisboa,sócia n.o 1310, nascida em 25 de Dezembro de 1961,moradora na Rua da Voz do Operário, 30, 3.o, direito,1100-621 Lisboa, trabalhadora na Câmara Municipalde Sesimbra.

Ana Cristina Mendes Mota Baio Dias, portadora dobilhete de identidade n.o 8495597, do arquivo de iden-tificação de Lisboa, sócia n.o 1613, nascida em 20de Fevereiro de 1969, moradora na Rua do Fornodo Tijolo, 73, 3.o, esquerdo, 1170-134 Lisboa, traba-lhadora na ENSINUS — Estudos Técnicos e Pro-fissionais.

Page 92: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5300

Ana Isabel Guerreiro Teixeira Barreiros, portadora dobilhete de identidade n.o 9609334, do arquivo de iden-tificação de Lisboa, sócia n.o 1683, nascida em 11de Abril de 1971, moradora na Rua de José Estêvão,50, 2.o, direito, 1150-203 Lisboa, trabalhadora naCâmara Municipal de Lisboa.

António Neves Carvalho, portador do bilhete de iden-tidade n.o 7424667, do arquivo de identificação deLisboa, sócio n.o 1436, nascido em 13 de Janeiro de1966, morador na Calçada dos Barbadinhos, 114-C,1170-047 Lisboa, trabalhador no ISPA — InstitutoSuperior de Psicologia Aplicada.

Armando Eduardo Myre Dores, portador do bilhete deidentidade n.o 6718195, do arquivo de identificaçãode Lisboa, sócio n.o 1276, nascido em 16 de Maiode 1936, morador na Rua de Alexandre Rey Colaço,26, 1700-024 Lisboa, trabalhador na SHA-REN — Consultadoria e Formação.

Maria Manuel Cruz da Costa Pissarra, portadora dobilhete de identidade n.o 5698095, do arquivo de iden-tificação de Lisboa, sócia n.o 1473, nascida em 19de Setembro de 1953, moradora na Praça de Luísde Camões, lote 14, 2.o, esquerdo, 2785 Rana, Cascais,trabalhadora na Câmara Municipal de Lisboa.

Paula Cristina Farias Ramalhete, portadora do bilhetede identidade n.o 11023623, do arquivo de identifi-cação de Lisboa, sócia n.o 1491, nascida em 15 deMarço de 1977, moradora na Rua H, lote 11, BairroTerra de Frades, 2690-500 Santa Iria de Azoia, tra-balhadora no Colégio de São José, Ramalhão.

Rita Maria Morgado Gomez, portadora do bilhete deidentidade n.o 10313347, do arquivo de identificaçãode Lisboa, sócia n.o 1534, nascida em 1 de Setembrode 1974, moradora na Rua do Norte, 98, 4.o, esquerdo,1200-187 Lisboa, trabalhadora no Instituto Pia-get — Campus de Almada.

Tânia Pereira Diniz, portadora do bilhete de identidaden.o 11501224, do arquivo de identificação de Lisboa,sócia n.o 1656, nascida em 11 de Agosto de 1979,moradora na Rua do Século, 10, 1.o, direito, 1200-435Lisboa, trabalhadora na NUPE — Núcleo de Psico-logia do Estoril.

Publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2005, em 28 deSetembro de 2005.

ASSOCIAÇÕES DE EMPREGADORES

I — ESTATUTOS

Assoc. Portuguesa das Empresas de FactoringAPEF — Cancelamento

Nos termos do artigo 521.o do Código do Trabalho,faz-se saber que, em assembleia geral realizada no dia21 de Janeiro de 2005, foi deliberada a extinção da Asso-ciação Portuguesa das Empresas de Factoring — APEF,registada nestes serviços em 8 de Setembro de 1989.

Em consequência, procede-se ao cancelamento dorespectivo registo, com efeitos a partir da data de publi-cação no Boletim do Trabalho e Emprego.

Registados em 22 de Setembro de 2005, nos termosdo artigo 521.o do Código do Trabalho, aprovado pelaLei n.o 99/2003, de 27 de Agosto, sob o n.o 97/2005,a fl. 52 do livro n.o 2.

II — DIRECÇÃO. . .

Page 93: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055301

III — CORPOS GERENTES

Assoc. de Operadores do Porto de Lisboa — Elei-ção em 12 de Julho de 2005 para o triénio de2005-2007.

Direcção

Presidente — LISCONT — Operadores de Contento-res, S. A., representada pelo Comendador ArmindoRodrigo Vieira Leite.

Vice-presidente — MULTITERMINAL — Sociedadede Estiva e Tráfego, S. A., representada pelo enge-nheiro José Joaquim Morais Rocha.

Tesoureiro — TMB — Terminal Multiusos do Beato, S. A.,representada pelo Dr. Claude Jean Bouyssière.

Publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2005, nos termosdo artigo 519.o do Código do Trabalho, em 22 de Setem-bro de 2005.

COMISSÕES DE TRABALHADORES

I — ESTATUTOS. . .

II — IDENTIFICAÇÃO

SCC — Sociedade Central de Cervejas e Bebi-das, S. A. — Rectificação

No Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o

29, de 8 de Agosto de 2005, foi publicada a eleiçãoem 7 de Julho de 2005 para o mandato de três anosda CT da SCC — Sociedade Central de Cervejas eBebidas, S. A. Constatando-se que o nome se encontraincorrecto, procede-se à sua rectificação. Assim, ondese lê «Óscar Fernando Lopes Marmelo» deve ler-se«Óscar das Dores Correia Nunes».

Publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2005, em 22 deSetembro de 2005.

Comissão de Trabalhadores da Sociedade Corti-ceira Robinson Bros, S. A. — Eleição em 20 deMaio de 2005 para o mandato de 2005-2008.

Membros efectivos:Presidente — Manuel Jesus Santos Milhinhos.Secretários:

José Maria Amador Figueiredo.Joaquim António da Silva Cotão.

Membros suplentes:António Batista Mourinho.Isidro Manuel Quintino Jacinto.

Registados em 22 de Setembro de 2005, ao abrigodo artigo 350.o, n.o 5, alínea b), da Lei n.o 35/2004,de 29 de Julho, sob o n.o 128, a fl. 93 do livro n.o 1.

Page 94: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/2005 5302

Comissão de Trabalhadores do Banco ComercialPortuguês — Substituição

Na Comissão de Trabalhadores do Banco ComercialPortuguês, eleita em 19 de Maio de 2005 para o mandatode três anos, publicada no Boletim do Trabalho eEmprego, 1.a série, n.o 25, de 8 de Julho de 2004, CéliaCerdeira foi substituída por Carlos Marouvo, por umperíodo de 120 dias, com início a partir de 7 de Setembrode 2005.

Publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2005, em 28 deSetembro de 2005.

Comissão de Trabalhadores do BancoBPI, S. A. — Rectificação

No Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 30,de 15 de Agosto de 2005, a p. 4716, na rubrica «Comis-sões de trabalhadores», rectifica-se que onde se lê«Comissão de Trabalhadores do Banco Comercial Por-tuguês — Substituição» deve ler-se «Comissão de Tra-balhadores do Banco BPI, S. A. — Substituição».

Publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2005.

REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES PARA A SEGURANÇA,HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

I — CONVOCATÓRIAS

VALEO — Cabinal Portuguesa, L.da

Nos termos do artigo 267.o, alínea a), da Lein.o 35/2004, de 29 de Julho, procede-se à publicaçãoda comunicação efectuada pelo STIEN — Sindicato dosTrabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte, aoabrigo do n.o 3 do artigo 266.o da lei supra-referidae recebida na Direcção-Geral do Emprego e das Rela-ções do Trabalho em 20 de Setembro de 2005, relativaà promoção da eleição dos representantes dos traba-lhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalhona empresa VALEO — Cabinal Portuguesa, L.da:

«Com a antecedência mínima de 90 dias, exigida non.o 2 do artigo 266.o da Lei n.o 35/2004, comunicamosque no dia 20 de Dezembro de 2005 realizar-se-á naempresa VALEO — Viana do Castelo o acto eleitoralcom vista à eleição dos representantes dos trabalhadorespara a SHST, conforme o disposto nos artigo 265.o eseguintes da Lei n.o 35/2004 e no artigo 277.o da Lein.o 99/2003.»

Publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2005, nos termosdo artigo 266.o da Lei n.o 35/2004, em 27 de Setembrode 2005.

Nexans Portugal — Fios Esmaltados,Unipessoal, L.da

Nos termos do artigo 267.o, alínea a), da Lein.o 35/2004, de 29 de Julho, procede-se à publicaçãoda comunicação efectuada pelo STIEN — Sindicato dosTrabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte, aoabrigo do n.o 3 do artigo 266.o da lei supra-referidae recebida na Direcção-Geral do Emprego e das Rela-ções do Trabalho em 20 de Setembro de 2005, relativaà promoção da eleição dos representantes dos traba-lhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalhona empresa Nexans Portugal — Fios Esmaltados, Uni-pessoal, L.da:

«Com a antecedência mínima de 90 dias, exigida non.o 2 do artigo 266.o da Lei n.o 35/2004, comunicamosque no dia 20 de Dezembro de 2005 realizar-se-á naempresa NEXANS — Viana do Castelo o acto eleitoralcom vista à eleição dos representantes dos trabalhadorespara a SHST, conforme o disposto nos artigos 265.oe seguintes da Lei n.o 35/2004 e no artigo 277.o da Lein.o 99/2003.»

Publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro de 2005, nos termosdo Código do Trabalho, em 27 de Setembro de 2005.

Page 95: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 37, 8/10/20055303

II — ELEIÇÃO DE REPRESENTANTES

ICOMATRO — Madeiras do Centro, L.da — Eleição em 12 de Setembro de 2005, de acordo com a con-vocatória publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 33, de 8 de Setembro de 2005

Efectivo:

Catarina Isabel de Oliveira Gaspar Silva.

Registados em 22 de Setembro de 2005, ao abrigo do artigo 278.o, n.o 2, da Lei n.o 35/2004, de 29 de Julho,sob o n.o 22, a fl. 3 do livro n.o 1.

MARTINOX, Martins & Coutinho, L.da — Eleição em 9 de Setembro de 2005, de acordo com a convocatóriapublicada no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 25, de 8 de Julho de 2005

Nome QualidadeNúmerointerno

Bilhetede identidade

Númerode identificação

fiscal

Raul Horácio Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11174602 215286057 300006 RT.Vasco Nuno Gonçalves Coutinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11133187 212984209 300013 RT.Filipe Custódio Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10914713 208649867 300075 Suplente.Virgílio Gonçalves Coutinho Cruz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11802527 212192379 300117 Suplente.

Registados em 28 de Setembro de 2005, ao abrigo do artigo 278.o, n.o 2, da Lei n.o 35/2004, de 29 de Julho,sob o n.o 24, a fl. 3 do livro n.o 1.

MARTIFER — Alumínios, S. A. — Eleição em 9 de Setembro de 2005, de acordo com a convocatóriapublicada no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 32, de 29 de Agosto de 2005

Cláudio Rui Gradim Pinho, RT.Valdemiro Jorge da Silva Gonçalves, RT.Vítor Manuel Martins Viegas, suplente RT.Pedro Carlos Santos Duarte, suplente RT.

Registados em 28 de Setembro de 2005, ao abrigo do artigo 278.o, n.o 2, da Lei n.o 35/2004, de 29 de Julho,sob o n.o 23, a fl. 3 do livro n.o 1.

Page 96: Boletim do Trabalho e Empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2005/bte37_2005.pdf · Boletim do 37 Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade