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Boletim do 28 Trabalho e Emprego 1. A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Edição: Gabinete de Estratégia e Planeamento Centro de Informação e Documentação BOL. TRAB. EMP. 1. A SÉRIE LISBOA VOL. 74 N. o 28 P. 2613-2920 29-JULHO-2007 Pág. Conselho Económico e Social ................ ... Regulamentação do trabalho ................ 2617 Organizações do trabalho ................... 2885 Informação sobre trabalho e emprego ......... ... O Boletim do Trabalho e Emprego, no âmbito da concretização dos objectivos do SIMPLEX, irá sofrer uma significativa reformulação. A partir do 2. o semestre de 2007 cessa a sua distribuição em papel (1. a e 2. a séries) e em CD-ROM, passando a ser disponibilizados digitalmente (BTE Digital) no sítio do GEP (www.gep.mtss.gov.pt) os textos integrais da 1. a série desde 1977 até à presente data. A extinção da publicação da 2. a série não prejudica o acesso às matérias que vinham a ser publicadas periodicamente, porque as mesmas se encontram no Diário da República e no sítio do Ministério da Justiça — Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (www.dgsi.pt). Esta nova modalidade possibilita aos cidadãos e às empresas uma informação de cidadania que permite não só uma pesquisa interactiva, como a impressão e manuseamento dos dados ao critério do utilizador de uma forma rápida, eficaz e totalmente gratuita. ÍNDICE Conselho Económico e Social: Pág. ... Regulamentação do trabalho: Despachos/portarias: ... Regulamentos de condições mínimas: ... Regulamentos de extensão: ...

Boletim do Trabalho e Emprego N.º28 de 2007bte.gep.mtss.gov.pt/completos/2007/bte28_2007.pdf · Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 28, 29/7/2007 2614 Convenções colectivas de trabalho:

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  • Boletim do 28Trabalho e Emprego 1.A SRIEPropriedade: Ministrio do Trabalho e da Solidariedade SocialEdio: Gabinete de Estratgia e Planeamento

    Centro de Informao e Documentao

    BOL. TRAB. EMP. 1.A SRIE LISBOA VOL. 74 N.o 28 P. 2613-2920 29-JULHO-2007

    Pg.

    Conselho Econmico e Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Regulamentao do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . 2617

    Organizaes do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2885

    Informao sobre trabalho e emprego . . . . . . . . . . . .

    O Boletim do Trabalho e Emprego, no mbito da concretizao dos objectivos do SIMPLEX,ir sofrer uma significativa reformulao.

    A partir do 2.o semestre de 2007 cessa a sua distribuio em papel (1.a e 2.a sries) e emCD-ROM, passando a ser disponibilizados digitalmente (BTE Digital) no stio do GEP(www.gep.mtss.gov.pt) os textos integrais da 1.a srie desde 1977 at presente data.

    A extino da publicao da 2.a srie no prejudica o acesso s matrias que vinham a serpublicadas periodicamente, porque as mesmas se encontram no Dirio da Repblica e no stiodo Ministrio da Justia Instituto das Tecnologias de Informao na Justia (www.dgsi.pt).

    Esta nova modalidade possibilita aos cidados e s empresas uma informao de cidadaniaque permite no s uma pesquisa interactiva, como a impresso e manuseamento dos dadosao critrio do utilizador de uma forma rpida, eficaz e totalmente gratuita.

    N D I C E

    Conselho Econmico e Social:

    Pg.. . .

    Regulamentao do trabalho:

    Despachos/portarias:. . .

    Regulamentos de condies mnimas:. . .

    Regulamentos de extenso:. . .

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/2007 2614

    Convenes colectivas de trabalho:

    CCT entre a ANESM Assoc. Nacional de Empresas de Servios de Merchandising e a FETESE Feder. dos Sind.dos Trabalhadores de Servios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2617

    CCT entre a ANCIA Assoc. Nacional de Centros de Inspeco Automvel e a FETESE Feder. dos Sind. dos Tra-balhadores de Servios e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2642

    CCT entre a ANCIPA Assoc. Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares e a FESAHT Feder.dos Sind. da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (pastelaria, confeitaria e conservaode fruta pessoal fabril) Reviso global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2659

    CCT entre a APIAM Assoc. Portuguesa dos Industriais de guas Minerais Naturais e de Nascente e outra e oSETAA Sind. da Agricultura, Alimentao e Florestas e outro Alterao salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . 2671

    CCT entre a APIAM Assoc. Portuguesa dos Industriais de guas Minerais Naturais e de Nascente e outra e aFETESE Feder. dos Sind. dos Trabalhadores de Servios e outro Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2709

    CCT entre a ANCIPA Assoc. Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares e outras e aFESAHT Feder. dos Sind. da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (pastelaria, confeitariae conservao de fruta apoio e manuteno) Alterao salarial e outra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2711

    CCT entre a Assoc. Portuguesa dos Industriais de Curtumes e o Sind. dos Operrios da Ind. de Curtumes e outro(produo e funes auxiliares) Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2714

    CCT entre a ANIPC Assoc. Nacional dos Industriais de Papel e Carto e o Sind. dos Trabalhadores das Ind. deCelulose, Papel, Grfica e Imprensa Alterao salarial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2716

    CCT entre a ACP Assoc. Comercial de Portalegre e outra e a FETESE Feder. dos Sind. dos Trabalhadores deServios e outro Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2719

    CCT entre a Unihsnor Portugal Unio das Empresas de Hotelaria, de Restaurao e de Turismo de Portugal e aFETESE Feder. dos Sind. dos Trabalhadores de Servios Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2721

    CCT entre a Unihsnor Portugal Unio das Empresas de Hotelaria, de Restaurao e de Turismo de Portugal e aFESAHT Feder. dos Sind. da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal Alterao salariale outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2728

    CCT entre a HR Centro Assoc. dos Industriais de Hotelaria e Restaurao do Centro e a FESAHT Feder. dosSind. da Agricultura, Alimentao, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . 2734

    ACT entre a NORMAX Fbrica de Vidro Cientfico, L.da, e outras e a FEVICCOM Feder. Portuguesa dos Sind.da Construo, Cermica e Vidro Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2740

    AE entre a SPdH Servios Portugueses de Handling, S. A., e o SIMA Sind. das Ind. Metalrgicas e Afins e outros . . . . 2742

    AE entre a SPdH Servios Portugueses de Handling, S. A., e o STHA Sind. dos Tcnicos de Handling de Aeroportos . . . . 2802

    AE entre o CFPSA Centro de Formao Profissional para o Sector Alimentar e a FETESE Feder. dos Sind. dosTrabalhadores de Servios Reviso global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2861

    Avisos de cessao da vigncia de convenes colectivas de trabalho:. . .

    Acordos de revogao de convenes colectivas de trabalho:. . .

    Organizaes do trabalho:

    Associaes sindicais:

    I Estatutos:

    Sind. dos Trabalhadores da Ind. Mineira Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2885

    Sind. dos Tcnicos, Administrativos e Auxiliares de Educao do Sul e Regies Autnomas STAAE Sul e RegiesAutnomas Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2886

    II Direco:

    Sind. dos Trabalhadores das Ind. Metalrgicas e Metalomecnicas dos Dist. de Aveiro, Viseu, Guarda e Coimbra . . . . . . . . . 2897

    Sind. dos Trabalhadores da Ind. Metalrgica e Metalomecnica dos Dist. de Lisboa, Leiria, Santarm e Castelo Branco . . . . 2898

    Sind. dos Tcnicos, Administrativos e Auxiliares de Educao do Sul e Regies Autnomas STAAE Sul e RegiesAutnomas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2902

    Unihsnor Portugal Unio das Empresas de Hotelaria, de Restaurao e de Turismo de Portugal Substituio . . . . . . . . 2904

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/20072615

    Associaes de empregadores:

    I Estatutos:

    AECOPS Assoc. de Empresas de Construo e Obras Pblicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2905

    II Direco:

    Assoc. do Comrcio e Servios do Dist. da Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2906

    Comisses de trabalhadores:

    I Estatutos:

    SLOG Servios e Logstica, S. A. Constituio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2906

    II Eleies:

    SLOG Servios e Logstica, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2916

    Renault Chelas Comrcio e Reparao de Veculos, L.da (Comisso e Subcomisses) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2916

    FRESS Fundao Ricardo Esprito Santo Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2917

    GESTNAVE Servios Industriais, S. A. Substituio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2918

    Representaes dos trabalhadores para a segurana, higiene e sade no trabalho:

    I Convocatrias:

    T. S. T. Transportes Sul do Tejo, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2918

    RAIOCOOP Electricidade, Comunicaes e Construo Civil, C. R. L. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2918

    II Eleio de representantes:

    GESTNAVE Servios Industriais, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2919

    Prado Cartolinas da Lous, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2919

    IBERAGAR Sociedade Luso-Espanhola de Colides Marinhos, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2919

    ERECTA Equipamentos e Servios Industriais, L.da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2919

    SIGLAS

    CCT Contrato colectivo de trabalho.ACT Acordo colectivo de trabalho.RCM Regulamentos de condies mnimas.RE Regulamentos de extenso.CT Comisso tcnica.DA Deciso arbitral.AE Acordo de empresa.

    ABREVIATURAS

    Feder. Federao.Assoc. Associao.Sind. Sindicato.Ind. Indstria.Dist. Distrito.

    Composio e impresso: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, S. A. Depsito legal n.o 8820/85.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/20072617

    CONSELHO ECONMICO E SOCIAL. . .

    REGULAMENTAO DO TRABALHO

    DESPACHOS/PORTARIAS. . .

    REGULAMENTOS DE CONDIES MNIMAS. . .

    REGULAMENTOS DE EXTENSO. . .

    CONVENES COLECTIVAS DE TRABALHO

    CCT entre a ANESM Assoc. Nacional de Empre-sas de Servios de Merchandising e a FETESE Feder. dos Sind. dos Trabalhadores de Servios.

    CAPTULO I

    rea, mbito e vigncia legais

    Clusula 1.a

    rea e mbito

    1 O presente contrato colectivo de trabalho (CCT)aplica-se em todo o territrio nacional actividade de

    servios de merchandising e field marketing e obriga, porum lado, as empresas representadas pela associaopatronal outorgante e, por outro, os trabalhadores aoseu servio que desempenhem funes inerentes s cate-gorias e profisses previstas nesta conveno represen-tados pelas organizaes sindicais outorgantes.

    2 As partes outorgantes obrigam-se a requerer emconjunto ao Ministrio do Trabalho, aquando da entregadeste CCT para depsito e publicao e das suas sub-sequentes alteraes, a sua extenso a todas as empresasque exeram a mesma actividade e aos trabalhadoresao seu servio que, no sendo filiados nas associaesoutorgantes, renam as condies para essa filiao.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/2007 2618

    Clusula 2.a

    Vigncia, denncia e reviso

    1 O presente CCT entra em vigor no 1.o dia doms seguinte ao da sua publicao no Boletim do Tra-balho e Emprego e ter um prazo de vigncia de 24 meses,salvo o disposto no nmero seguinte.

    2 A tabela salarial e as clusulas de expresso pecu-niria tero um prazo de vigncia de 12 meses, serorevistas anualmente e produzem efeitos a 1 de Janeirode cada ano, salvo o disposto no nmero seguinte.

    3 A tabela salarial constante do anexo III-A pro-duzir efeitos entre 1 de Julho e 31 de Dezembro de2007 e a tabela salarial constante do anexo III-B pro-duzir efeitos entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembrode 2008.

    4 A denncia ou a proposta de reviso parcial daconveno pode ser feita, por qualquer das partes, coma antecedncia de, pelo menos, trs meses em relaoaos prazos de vigncia previstos nos nmeros anteriorese deve ser acompanhada de proposta de alterao erespectiva fundamentao.

    5 A parte que recebe a denncia ou a propostade reviso parcial deve responder no prazo de 30 diasaps a recepo da proposta, devendo a resposta, devi-damente fundamentada, exprimir pelo menos uma posi-o relativa a todas as clusulas da proposta, aceitando,recusando ou contrapropondo.

    6 Aps a apresentao da contraproposta, por ini-ciativa de qualquer das partes, deve realizar-se reuniopara celebrao do protocolo do processo de negocia-es, identificao e entrega dos ttulos de representaodos negociadores.

    7 As negociaes tero a durao mxima de45 dias, findos os quais as partes decidiro da sua con-tinuao ou da passagem fase seguinte do processode negociao colectiva, nos termos previstos no pre-sente CCT.

    8 Enquanto este CCT no for alterado ou subs-titudo, no todo ou em parte, renovar-se- automati-camente decorridos os prazos de vigncia constantesnos precedentes n.os 1 e 2.

    CAPTULO II

    Admisso de pessoal

    Clusula 3.a

    Recrutamento

    1 Sem prejuzo de a empresa poder efectuar admis-ses directas do exterior, o preenchimento de postosde trabalho faz-se prioritariamente por recrutamentointerno, podendo o trabalhador sujeitar-se a um perodode dois a quatro meses de estgio, durante o qual qual-quer das partes poder tomar a iniciativa do regresso situao anterior.

    2 No recrutamento externo, as empresas devero,na medida em que isso for possvel, admitir desempre-

    gados de grupos sociais desfavorecidos, designadamentedeficientes ou portadores de doena crnica, desde quesatisfaam os requisitos mnimos dos postos de trabalhoa preencher.

    3 So condies de preferncia na admisso a for-mao profissional adequada ao posto de trabalho ea certificao profissional.

    Clusula 4.a

    Condies mnimas de admisso

    1 Salvo nos casos expressamente previstos na lei,as condies mnimas de admisso para o exerccio dasprofisses abrangidas por esta conveno colectiva so:

    a) Idade mnima no inferior a 16 anos;b) Escolaridade obrigatria.

    2 As habilitaes referidas no nmero anterior nosero obrigatrias para os trabalhadores que data daentrada em vigor do presente CCT j exeram aprofisso.

    3 As condies especficas de admisso para cadagrupo profissional sero as constantes do anexo II a esteCCT.

    Clusula 5.a

    Contrato de trabalho

    1 O contrato de trabalho constar de documentoescrito e assinado por ambas as partes, em duplicado,sendo um exemplar para a empresa e outro para o tra-balhador, e conter os seguintes elementos:

    a) Identificao completa dos outorgantes;c) Horrio de trabalho;d) Local de trabalho;e) Condies particulares de trabalho e retribui-

    o, quando existam;f) Durao do perodo experimental;g) Data de celebrao do contrato de trabalho e

    incio dos seus efeitos;h) Nos casos de contrato a termo, o prazo esti-

    pulado com a indicao, nos termos legais, domotivo justificativo.

    2 No acto de admisso dever ser comunicado aotrabalhador o contrato colectivo aplicvel e facultadoum exemplar deste CCT e regulamentos internos daempresa, caso existam, se este assim o solicitar.

    Clusula 6.a

    Contrato de trabalho a termo

    1 A admisso de trabalhadores nas empresaspoder efectuar-se atravs de contrato de trabalho atermo, nas condies previstas na lei.

    2 Dado o carcter especfico da actividade dasempresas neste sector, considera-se como temporriae ou ocasional a actividade de promoo e reposioque no seja suportada por um contrato de prestaode servios da entidade empregadora de durao supe-rior a seis meses.

    3 No caso de celebrao de contratos a termo porperodos inferiores a seis meses, dever constar expres-

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/20072619

    samente qual ou quais os servios e empresas a queo trabalho se destina.

    4 As normas deste CCT so aplicveis aos traba-lhadores contratados a termo, excepto quando expres-samente excludas ou se mostrem incompatveis coma durao do contrato.

    5 Os trabalhadores contratados a termo, em igual-dade de condies com outros candidatos, tm prefe-rncia na admisso para postos de trabalho efectivosna empresa.

    Clusula 7.a

    Caducidade do contrato a termo

    1 O contrato caduca no termo do prazo acordado,desde que a empresa comunique ao trabalhador, at15 dias antes de o prazo expirar, por forma escrita, avontade de o no renovar.

    2 A comunicao referida no nmero anteriorpode ficar desde logo expressa no prprio contrato.

    3 A falta de comunicao referida nos nmerosanteriores implica a renovao do contrato por igualperodo de tempo.

    4 A caducidade do contrato a termo por iniciativada empresa confere ao trabalhador o direito a uma com-pensao correspondente a trs ou dois dias de retri-buio mensal por cada ms de durao do vnculo,consoante o contrato tenha durado por um perodo que,respectivamente, no exceda ou seja superior a seismeses.

    5 Nos contratos a tempo parcial, o nmero de horasde trabalho dirio corresponder mdia das horas tra-balhadas durante o perodo de execuo do contrato.

    Clusula 8.a

    Perodo experimental

    1 Nos contratos de trabalho por tempo indeter-minado haver, salvo estipulao expressa em contrrio,um perodo experimental com durao mxima de:

    a) 90 dias, para os trabalhadores enquadrados nosnveis salariais IX a XI;

    b) 120 dias, para os trabalhadores enquadrados nosnveis salariais V a VIII;

    c) 180 dias, para os trabalhadores enquadrados nosnveis salariais I a IV.

    2 Para os trabalhadores contratados a termo, sejaqual for o seu enquadramento, o perodo experimentalser de 30 dias, ou de 15 dias se o contrato tiver duraoinferior a seis meses.

    3 Durante o perodo experimental, salvo acordoexpresso em contrrio, qualquer das partes pode res-cindir o contrato sem aviso prvio e sem necessidadede invocao de justa causa, no havendo direito a qual-quer indemnizao.

    4 Tendo o perodo experimental durado mais de60 dias, para denunciar o contrato nos termos previstosno nmero anterior a empresa tem de dar um aviso

    prvio de 10 dias ou pagar ao trabalhador uma impor-tncia correspondente.

    5 O perodo experimental corresponde ao perodoinicial da execuo do contrato de trabalho, compreen-dendo as aces de formao ministradas pela empresaou frequentadas por determinao desta, e a antiguidadedo trabalhador conta-se desde o seu incio.

    CAPTULO III

    Direitos e deveres das partes

    Clusula 9.a

    Deveres das empresas

    Sem prejuzo de outras obrigaes, so deveres daempresa:

    a) Cumprir e fazer cumprir as disposies do pre-sente CCT e da lei;

    b) Respeitar e tratar com urbanidade e probidadeo trabalhador, de forma a no ferir a sua dig-nidade moral e profissional;

    c) Pagar pontualmente ao trabalhador a retribui-o que lhe devida, de acordo com a sua cate-goria profissional e regime de trabalho, que deveser justa e adequada;

    d) Proporcionar boas condies de trabalho, tantodo ponto de vista fsico como moral;

    e) Contribuir para a elevao do nvel de produ-tividade do trabalhador, nomeadamente pro-porcionando-lhe formao profissional e faci-litando-lhe a frequncia de instituies deensino escolar e de aces de formao sindicalcertificada;

    f) Respeitar a autonomia tcnica do trabalhadorque exera actividades cuja regulamentao pro-fissional a exija;

    g) Possibilitar o exerccio de cargos em organiza-es representativas dos trabalhadores;

    h) Prevenir riscos e doenas profissionais, tendoem conta a proteco da segurana e sade dotrabalhador, devendo indemniz-lo dos preju-zos resultantes de acidentes de trabalho;

    i) Adoptar, no que se refere higiene, seguranae sade no trabalho, as medidas que decorram,para a empresa, estabelecimento ou actividade,da aplicao das prescries legais vigentes edeste CCT;

    j) Fornecer ao trabalhador a informao e a for-mao adequadas preveno de riscos de aci-dente e doena;

    k) Manter permanentemente actualizado o registodo pessoal, com indicao dos nomes, datas denascimento e admisso, modalidades dos con-tratos, categorias, promoes, retribuies,datas de incio e termo das frias e faltas queimpliquem perda da retribuio ou diminuiodos dias de frias;

    l) Facultar a consulta do processo individual, sem-pre que o trabalhador o solicite;

    m) Prestar aos sindicatos, aos delegados sindicaise comisso de trabalhadores todas as infor-maes e esclarecimentos que solicitem, comvista ao exerccio das suas atribuies, de acordocom o previsto na lei e neste CCT;

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/2007 2620

    n) Responder, por escrito, a qualquer reclamaoformulada directamente pelo trabalhador oupelos seus representantes sindicais, para que adeciso final seja proferida no prazo mximode 30 dias a contar da reclamao.

    Clusula 10.a

    Deveres dos trabalhadores

    1 Sem prejuzo de outras obrigaes, o trabalhadordeve:

    a) Cumprir as disposies legais aplicveis e o pre-sente CCT;

    b) Respeitar e tratar com urbanidade e probidadeo empregador, os superiores hierrquicos, oscompanheiros de trabalho e as demais pessoasque estejam ou entrem em relao com aempresa;

    c) Comparecer ao servio com assiduidade e pon-tualidade;

    d) Realizar o trabalho com zelo e diligncia;e) Cumprir as ordens e instrues do empregador

    em tudo o que respeite execuo e disciplinado trabalho, salvo na medida em que se mostremcontrrias aos seus direitos e garantias legaise contratuais;

    f) Guardar lealdade empresa, nomeadamenteno negociando por conta prpria ou alheia emconcorrncia com ela, nem divulgando informa-es referentes sua organizao, mtodos deproduo ou negcios;

    g) Velar pela conservao e boa utilizao dos bensrelacionados com o seu trabalho que lhe foremconfiados;

    h) Promover ou executar todos os actos tendentes melhoria da produtividade da empresa;

    i) Frequentar os cursos de aperfeioamento ou deformao profissional que a empresa promovaou subsidie;

    j) Informar com verdade, iseno e esprito de jus-tia a respeito dos seus subordinados;

    k) Cooperar, na empresa, estabelecimento ou ser-vio, para a melhoria do sistema de segurana,higiene e sade no trabalho, nomeadamente porintermdio dos representantes dos trabalhado-res eleitos para esse fim;

    l) Cumprir as prescries de segurana, higienee sade no trabalho estabelecidas nas disposi-es legais aplicveis e neste CCT, bem comoas ordens dadas pelo empregador.

    2 O dever de obedincia a que se refere a alnea e)do nmero anterior respeita tanto s ordens e instruesdadas directamente pelo empregador como s emanadasdos superiores hierrquicos do trabalhador, dentro dospoderes que por aquele lhes forem atribudos.

    Clusula 11.a

    Garantias dos trabalhadores

    1 proibido empresa:

    a) Opor-se, por qualquer forma, a que o traba-lhador exera os seus direitos, bem como des-pedi-lo, aplicar-lhe outras sanes ou trat-lodesfavoravelmente por causa desse exerccio;

    b) Obstar, injustificadamente, prestao efectivado trabalho;

    c) Exercer presso sobre o trabalhador para queactue no sentido de influir desfavoravelmentenas condies de trabalho prprias ou doscompanheiros;

    d) Diminuir a retribuio ou compensar crditosque tenha sobre o trabalhador, ou fazer quais-quer outros descontos ou dedues, fora doscasos expressamente previstos na lei;

    e) Baixar a categoria do trabalhador e ou mud-lopara categoria profissional a que correspondanvel salarial inferior, salvo nos casos previstosna lei e neste CCT;

    f) Transferir o trabalhador para outro local de tra-balho sem o seu acordo escrito, salvo o dispostona clusula 19.a (Mobilidade geogrfica);

    g) Ceder trabalhadores do quadro de pessoal pr-prio para utilizao de terceiros que sobre essestrabalhadores exeram os poderes de autoridadee direco prprios do empregador ou por pes-soa por ele indicada, salvo nos casos especial-mente previstos na lei;

    h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a uti-lizar servios fornecidos pela empresa ou porpessoa por ela indicada;

    i) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer canti-nas, refeitrios, economatos ou outros estabe-lecimentos directamente relacionados com otrabalho, para fornecimento de bens ou pres-tao de servios aos trabalhadores;

    j) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalha-dor, mesmo com o seu acordo, havendo o pro-psito de o prejudicar em direitos ou garantiasdecorrentes da antiguidade.

    2 A prtica, por parte da empresa, de qualqueracto em contraveno do disposto no nmero anteriorconsidera-se violao do contrato de trabalho e confereao trabalhador a faculdade de o rescindir com justacausa, com direito indemnizao prevista na clu-sula 68.a (Valor da indemnizao em certos casos decessao do contrato de trabalho).

    CAPTULO IV

    Classificao e carreira profissional

    Clusula 12.a

    Classificao profissional

    1 Todo o trabalhador dever encontrar-se classi-ficado numa das categorias profissionais constantes doanexo I deste CCT, de acordo com as funes efec-tivamente desempenhadas.

    2 Podero ser atribudas outras designaes pro-fissionais, por razes de organizao interna ou repre-sentao externa, mas sem prejuzo da sua equiparao,para efeitos de enquadramento profissional e de retri-buio, a uma das categorias e carreiras previstas nesteCCT.

    Clusula 13.a

    Enquadramento profissional

    1 As diversas categorias profissionais integram ascarreiras previstas no anexo II e compreendem um ou

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    mais graus profissionais, tendo por base as exignciasdas tarefas desempenhadas, a formao profissional eos conhecimentos tericos necessrios, o grau de auto-nomia das decises, o tempo de prtica e de apren-dizagem necessrios, bem como o esforo fsico emental.

    2 Para o desempenho de profisses relativamentes quais se exige um grau acadmico, pode ser concedidaa equivalncia de condies ou a sua dispensa, a pedidodo trabalhador ou por iniciativa da empresa, com basena experincia efectiva demonstrada e ou em qualifi-caes profissionais, salvo nos casos em que a lei exigepara o exerccio da profisso carteira profissional ouhabilitaes acadmicas prprias.

    Clusula 14.a

    Desempenho de funes inerentes a diversas categorias

    1 Quando o trabalhador desempenhar funes ine-rentes a diversas categorias ter direito a auferir a retri-buio mnima da categoria mais elevada.

    2 Sempre que a situao prevista no nmero ante-rior se verifique por mais de 120 dias seguidos, ou180 interpolados, dentro do perodo de um ano, o tra-balhador ingressar, se o desejar e declarar por escrito,na categoria e escalo a que corresponde a retribuiomais elevada, sem prejuzo do exerccio das funes quevinha desempenhando.

    3 O disposto no nmero anterior no se aplica ssituaes de substituio temporria de um trabalhador.

    Clusula 15.a

    Funes desempenhadas

    1 O trabalhador deve exercer funes correspon-dentes categoria profissional e actividade para quefoi contratado.

    2 Acessoriamente e mantendo-se a funo normalcomo actividade principal, pode a empresa encarregaro trabalhador de desempenhar outras actividades paraas quais tenha qualificao e capacidade, tenham afi-nidade ou ligao funcional com aquela e que no impli-quem desvalorizao profissional.

    Clusula 16.a

    Mobilidade funcional

    1 O empregador pode, quando o interesse daempresa o exigir, encarregar temporariamente o tra-balhador de funes no compreendidas nem afins aoobjecto do contrato, desde que tal mudana no impli-que diminuio da retribuio, nem modificao subs-tancial da posio do trabalhador.

    2 O disposto no nmero anterior no pode implicardiminuio da retribuio ou de qualquer outra regalia,tendo o trabalhador direito a auferir de todas as van-tagens inerentes actividade temporariamente desem-penhada.

    3 A ordem de alterao deve ser justificada, comindicao do tempo previsvel, o qual no pode ser supe-rior a seis meses.

    CAPTULO V

    Prestao de trabalho

    SECO I

    Disposio geral

    Clusula 17.a

    Regulamentao do trabalho

    1 Compete empresa fixar os termos em que deveser prestado o trabalho, dentro dos limites decorrentesdo contrato de trabalho e das normas que o regem,designadamente das constantes do presente CCT.

    2 A empresa pode elaborar regulamentos internoscontendo normas de organizao e disciplina do tra-balho, devendo, para o efeito, ouvir a comisso de tra-balhadores, quando exista.

    3 Os regulamentos internos de empresa devem serdistribudos por todos os trabalhadores ou ser afixadosna sede da empresa, de modo a possibilitar o seu plenoconhecimento, a todo o tempo, pelos trabalhadores.

    4 O regulamento interno de empresa s produzefeitos depois de recebido na Inspeco-Geral do Tra-balho para registo e depsito.

    SECO II

    Local de trabalho

    Clusula 18.a

    Noo de local de trabalho

    1 Considera-se local de trabalho o definido con-tratualmente ou, na falta dessa definio, as instalaesda empresa onde o trabalhador normalmente presta ser-vio ou a sede ou a delegao da empresa a que estadstrito, quando o seu local de trabalho no seja fixo.

    2 O trabalhador encontra-se vinculado s deslo-caes inerentes s suas funes ou natureza da acti-vidade a prestar e, ainda, s indispensveis sua for-mao profissional.

    3 Em sede de contrato individual de trabalho deveser definida a rea geogrfica da prestao da actividade.

    4 A alterao da rea geogrfica de cada traba-lhador s poder ser efectuada por acordo das partese nos casos previstos nas clusulas seguintes.

    Clusula 19.a

    Mobilidade geogrfica

    1 A empresa s pode transferir o trabalhador paraoutro local de trabalho se essa transferncia resultarde mudana total ou parcial do estabelecimento ondeaquele presta servio ou se essa transferncia no impli-car prejuzo srio para o trabalhador.

    2 Se a transferncia causar prejuzo srio ao tra-balhador, este poder, querendo, rescindir o contratode trabalho, com direito indemnizao prevista no

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    n.o 1 da clusula 68.a (Valor da indemnizao em certoscasos de cessao do contrato de trabalho).

    3 Para efeitos do nmero anterior tem o traba-lhador de invocar os prejuzos que sofrer decorrentesda mudana, competindo entidade empregadora, seno concordar, provar que da transferncia no resultaprejuzo para aquele.

    4 A deciso de transferncia de local de trabalhotem de ser comunicada ao trabalhador, devidamentefundamentada e por escrito, com pelo menos 30 diasde antecedncia, salvo acordo entre as partes.

    5 Se a transferncia determinar a mudana de resi-dncia, a empresa custear sempre as despesas feitaspelo trabalhador directamente impostas e decorrentesda transferncia, nomeadamente de transporte do tra-balhador, agregado familiar e mobilirio, as quais deve-ro ser discriminadas e comprovadas.

    6 Na circunstncia referida no nmero anterior,o trabalhador ter ainda direito a receber, a ttulo decompensao, o valor equivalente a dois meses de retri-buio mensal.

    7 Quando a transferncia no determinar amudana de residncia, a empresa custear sempre oseventuais acrscimos dirios de despesas, designada-mente de transportes e refeies, e pagar ainda o tempode trajecto na parte que for superior ao anterior.

    8 No se considera como transferncia de localde trabalho a alterao do local de prestao de serviodentro da rea geogrfica estabelecido nos termos don.o 3 da clusula 18.a (Noo de local de trabalho).Nestas circunstncias o trabalhador tem se ser avisadoda alterao com, pelo menos, quarenta e oito horasde antecedncia.

    Clusula 20.a

    Transferncia temporria de local de trabalho

    1 O empregador pode, quando o interesse daempresa o exija, transferir temporariamente o traba-lhador para outro local de trabalho se essa transfernciano implicar prejuzo srio para o trabalhador, devendocomunicar e fundamentar por escrito a transfernciacom pelo menos oito dias de antecedncia.

    2 Da ordem de transferncia, alm da justificao,deve constar o tempo previsvel da alterao, o qualno pode exceder trs meses.

    3 A empresa custear sempre as despesas do tra-balhador impostas pela transferncia, designadamentede transportes e refeies, e pagar ainda o tempo detrajecto na parte que for superior ao anterior.

    Clusula 21.a

    Deslocaes em servio

    1 As deslocaes em servio consistem na reali-zao temporria da prestao de trabalho em localdiverso do local de trabalho.

    2 Se o trabalhador e a entidade empregadora assimo acordarem, as despesas de alimentao e alojamentopodem ser pagas em regime de ajudas de custo.

    SECO III

    Durao e organizao do tempo de trabalho

    Clusula 22.a

    Noo de tempo de trabalho

    Considera-se tempo de trabalho qualquer perododurante o qual o trabalhador est a desempenhar a acti-vidade profissional ou permanece adstrito realizaoda prestao, bem como as interrupes e os intervalosprevistos na lei e neste CCT como compreendidos notempo de trabalho.

    Clusula 23.a

    Horrio de trabalho

    1 Entende-se por horrio de trabalho a determi-nao das horas de incio e do termo de perodo normalde trabalho dirio, bem como dos intervalos de descanso.

    2 Dentro dos condicionalismos previstos nesteCCT e na lei, compete empresa estabelecer o horriode trabalho do pessoal ao seu servio.

    3 As comisses de trabalhadores ou, na sua falta,as comisses intersindicais, as comisses sindicais ouos delegados sindicais devem ser consultados previa-mente sobre a definio e a organizao dos horriosde trabalho.

    Clusula 24.a

    Perodo normal de trabalho

    1 O perodo normal de trabalho no pode excederas oito horas dirias nem as quarenta horas semanais,sem prejuzo de horrios de durao inferior j pra-ticados na empresa.

    2 A jornada de trabalho diria ser interrompidapor um intervalo para refeio ou descanso de duraono inferior a uma nem superior a duas horas, nopodendo os trabalhadores prestar mais de cinco horasconsecutivas de trabalho.

    3 Por acordo escrito entre a empresa e o traba-lhador, e enquanto se mantiver o acordo, o trabalhopoder realizar-se em regime de jornada contnua, comum intervalo para refeio de trinta minutos, que contacomo tempo de trabalho, a ser gozado no perodo com-preendido entre 30% e 60% da jornada de trabalhodiria.

    4 O perodo de intervalo de descanso dirio poderser diverso, se tal for acordado com os trabalhadoresinteressados e requerido Inspeco-Geral do Trabalho,nos termos legais.

    Clusula 25.a

    Organizao da durao do trabalho

    1 Os perodos de trabalho dirio e semanal podemser modelados dentro de um perodo de referncia de12 meses, o qual deve corresponder ao ano civil, norespeito pelas seguintes regras:

    a) O perodo normal de trabalho dirio no podeultrapassar as dez horas;

    b) O perodo normal de trabalho semanal no podeultrapassar as quarenta e oito horas;

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/20072623

    c) Nas semanas em que por fora da definio dadurao do trabalho em termos mdios hajauma reduo da jornada diria, esta no poderultrapassar as duas horas;

    d) Por acordo individual entre a entidade empre-gadora e o trabalhador, a reduo do tempode trabalho dirio e semanal para efeitos doclculo em termos mdios pode ser compensadapela reduo da semana de trabalho em diasou meios dias de descanso ou pela juno aoperodo de frias;

    e) Qualquer alterao ao horrio de trabalho deveter previamente o acordo expresso do trabalha-dor ou trabalhadores envolvidos;

    f) As alteraes que, comprovadamente, impli-quem acrscimo de despesas para o trabalhador,designadamente de alimentao, transportes,creches, etc., conferem o direito correspon-dente compensao econmica.

    2 Entre dois perodos dirios consecutivos de tra-balho normal, garantido aos trabalhadores um perodode descanso de doze horas seguidas.

    Clusula 26.a

    Alteraes ao horrio de trabalho

    1 O perodo normal de trabalho poder ser tem-porariamente acrescido at duas horas dirias, mas semultrapassar o limite de dez horas por dia e quarentae oito horas por semana, desde que tal modificao dehorrio seja comunicada ao trabalhador com pelo menosoito dias de antecedncia.

    2 prestao de trabalho cuja durao seja fixadanos limites mximos previstos no nmero anterior nopode acrescer a exigncia de trabalho suplementar.

    3 O acrscimo de trabalho previsto no n.o 1 noconta para efeitos de trabalho suplementar e ter deser compensado num perodo mximo de oito semanasou adicionado aos dias de frias, cabendo a opo aotrabalhador, que a dever comunicar entidade empre-gadora com a antecedncia mnima de 15 dias.

    Clusula 27.a

    Descanso semanal

    1 O trabalhador tem direito a dois dias de descansosemanal.

    2 Para os trabalhadores administrativos e paraaqueles que prestam servio exclusivamente em insta-laes da empresa, os dias de descanso semanal tmde coincidir com o sbado e o domingo, salvo se outrodia for acordado entre a empresa e o trabalhador.

    3 Para os trabalhadores que prestam servio eminstalaes de outras empresas, designadamente repo-sitores e promotores, o horrio de trabalho e o descansosemanal poder ser organizado de modo idntico aosdessas empresas, desde que sejam respeitadas as seguin-tes regras:

    a) Os dois dias de descanso semanal sero gozadosem conjunto, por forma rotativa;

    b) Nos horrios que sejam organizados de formaa preverem a prestao de trabalho em qualquerdos sete dias da semana, os dias de descansosemanal tero de coincidir, pelo menos uma vezem cada ms, com o sbado e o domingo.

    4 Nos casos em que a carga horria semanal sejainferior a trinta horas, os dias de descanso semanal com-plementar pode ser gozado de forma repartida em doismeios dias.

    Clusula 28.a

    Iseno de horrio de trabalho

    1 Podem ser isentos de horrio de trabalho,mediante acordo escrito celebrado entre as partes eenviado Inspeco-Geral do Trabalho, os trabalha-dores que se encontrem numa das seguintes situaes:

    a) Exerccio de cargos de administrao, de direc-o, de confiana, de fiscalizao ou de apoioaos titulares desses cargos;

    b) Execuo de trabalhos preparatrios ou com-plementares que, pela sua natureza, s possamser efectuados fora dos limites dos horrios nor-mais de trabalho;

    c) Exerccio regular da actividade fora do estabe-lecimento, sem controlo imediato da hierarquia.

    2 Nos termos do que for acordado, a iseno dehorrio pode compreender as seguintes modalidades:

    a) No sujeio aos limites mximos dos perodosnormais de trabalho;

    b) Possibilidade de alargamento da prestao a umdeterminado nmero de horas, por dia ou porsemana;

    c) Observncia dos perodos normais de trabalhoacordados.

    3 A iseno, em qualquer das trs modalidades,no prejudica o direito do trabalhador aos dias de des-canso semanal e aos feriados previstos neste CCT, bemcomo ao perodo mnimo de descanso dirio, nos termosda lei.

    4 Os trabalhadores isentos de horrio de trabalhotm direito ao subsdio previsto na clusula 61.a (Sub-sdio por IHT).

    Clusula 29.a

    Tempo parcial

    1 Considera-se trabalho a tempo parcial o que cor-responda a um perodo normal de trabalho semanal igualou inferior a 75% do praticado a tempo completo numasituao comparvel, designadamente em relao a idn-tico tipo de trabalho.

    2 A durao do trabalho a tempo parcial no podeexceder oito horas dirias e trinta horas semanais, dis-tribudas pelo mximo de cinco dias em cada semana,salvo o disposto no nmero seguinte.

    3 No caso de o horrio semanal no ultrapassaras vinte horas, estas podero ser distribudas por seisdias em cada semana.

    4 O contrato de trabalho a tempo parcial estsujeito forma escrita, dele devendo constar, para alm

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    de outros elementos, o nmero de horas correspondenteao perodo normal de trabalho dirio e semanal acor-dado, com referncia comparativa ao trabalho a tempocompleto, o horrio de trabalho e as diversas compo-nentes da retribuio mensal.

    5 A durao do trabalho convencionada e o horrioda sua prestao s podem ser modificados por acordoentre as partes.

    6 Por acordo escrito, o trabalho a tempo parcialpode converter-se em trabalho a templo completo, ouo inverso, a ttulo definitivo ou por perodo determinado.

    7 Quando a passagem de trabalho a tempo com-pleto para trabalho a tempo parcial, nos termos donmero anterior, se verificar por perodo determinado,que no pode ser superior a trs anos, o trabalhadortem direito a retomar de imediato a prestao de tra-balho a tempo completo, podendo ainda faz-lo ante-cipadamente mediante comunicao escrita enviada aoempregador com a antecedncia mnima de 30 dias.

    8 A retribuio do trabalho a tempo parcial serestabelecida em base proporcional, em funo donmero de horas de trabalho prestado e em refernciaao nvel salarial praticado na empresa para a respectivacategoria profissional numa situao comparvel.

    9 O trabalhador a tempo parcial tem ainda direitoa todas as outras prestaes, com ou sem carcter retri-butivo, previstas neste CCT ou, se mais favorveis, aufe-ridas pelos trabalhadores a tempo completo numa situa-o comparvel, com excepo do subsdio de refeio,que ser pago por inteiro sempre que a prestao detrabalho for igual ou superior a cinco horas dirias.

    10 prestao de trabalho a tempo parcial apli-cam-se todas as demais normas constantes neste CCTque no pressuponham a prestao de trabalho a tempocompleto.

    Clusula 30.a

    Trabalho suplementar Definio e condies

    1 Considera-se trabalho suplementar todo aqueleque prestado fora do horrio normal de trabalho.

    2 O trabalho suplementar s poder ser prestadopara fazer face a acrscimos eventuais e transitrios detrabalho que no justifiquem a admisso de trabalhadorou, havendo motivos de fora maior devidamente jus-tificados ou ainda quando se torne indispensvel paraprevenir ou reparar prejuzos graves para a empresaou para a sua viabilidade, designadamente:

    a) Para execuo de tarefas de balano e inven-trio;

    b) Se houver necessidade de cumprir prazos deentrega, prejudicados em virtude de ocorrnciasgraves no previstas nem previsveis aquandodo fecho dos contratos respectivos.

    3 A prestao de trabalho suplementar carece deprvia e expressa determinao da entidade emprega-dora, ou de quem tenha competncia delegada, sob penade no ser exigvel a respectiva retribuio.

    4 A prestao de trabalho suplementar fica sujeita,por trabalhador, ao limite mximo de duas horas diriasem dia normal de trabalho, com excepo do dispostona alnea a) do n.o 2 da presente clusula, e s horascorrespondentes ao perodo normal de trabalho em diade descanso semanal ou feriado, no podendo ultra-passar no total as cento e setenta e cinco horas anuais.

    5 A prestao de trabalho suplementar obriga-tria, salvo quando, havendo motivos atendveis, o tra-balhador expressamente solicite a sua dispensa.

    6 A empresa deve possuir um registo do trabalhosuplementar onde so diariamente anotadas as horasdo seu incio e termo, devidamente visado pelo traba-lhador, do qual deve ainda sempre constar a indicaoexpressa do fundamento da prestao de trabalho suple-mentar, alm dos outros elementos fixados na lei.

    7 dispensado o visto do trabalhador referido nonmero anterior quando o registo do incio e termoda prestao do trabalho seja feito por meio compu-torizado idneo.

    8 Quando o trabalhador tiver prestado trabalhosuplementar na sequncia do seu perodo normal detrabalho, no poder entrar novamente ao servio semque tenham decorrido pelo menos doze horas.

    9 A empresa fica obrigada a assegurar o transporteno regresso do trabalhador sua residncia aps a exe-cuo de trabalho suplementar, desde que no hajatransportes pblicos para o efeito nos trinta minutosseguintes ao termo do trabalho.

    10 No se considera trabalho suplementar:

    a) O que no for expressamente determinado pelaentidade empregadora;

    b) O prestado por trabalhadores isentos de horriode trabalho, excepto se em dia feriado ou emdia(s) de descanso semanal;

    c) O prestado para compensar suspenso de acti-vidade imediatamente anterior ou posterior aferiado ou dia de descanso semanal (pontes),quando haja acordo entre as partes.

    Clusula 31.a

    Trabalho suplementar Descanso compensatrio

    1 A prestao de trabalho suplementar em dia til,em dia de descanso semanal complementar e em diaferiado confere ao trabalhador o direito a um descansocompensatrio retribudo correspondente a 25% dashoras de trabalho suplementar realizado, que se vencequando perfizer um nmero de horas igual ao perodonormal de trabalho dirio e deve ser gozado num dos90 dias seguintes ou, por acordo entre as partes, adi-cionado ao perodo de frias.

    2 No caso de prestao de trabalho em dia de des-canso semanal obrigatrio, o trabalhador tem direitoa um dia de descanso compensatrio retribudo, a gozarnum dos trs dias teis seguintes.

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    Clusula 32.a

    Trabalho nocturno

    1 Considera-se nocturno o trabalho prestado entreas 22 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte.

    2 Sempre que o trabalho nocturno, suplementarou no, tenha o seu incio ou trmino a hora em queno haja transportes colectivos habitualmente utilizadospelo trabalhador, o empregador suportar as despesasde outro meio de transporte.

    3 Constituem motivos atendveis para a dispensade trabalho nocturno:

    a) Assistncia imprescindvel ao agregado familiar;b) Frequncia de estabelecimento de ensino em

    horrio nocturno;c) Indisponibilidade de transporte pblico, quando

    necessrio, em condies adequadas.

    4 O trabalho nocturno ser pago nos termos daclusula 63.a (Retribuio do trabalho nocturno).

    CAPTULO VI

    Suspenso da prestao de trabalho

    SECO I

    Frias

    Clusula 33.a

    Direito a frias

    1 Todos os trabalhadores abrangidos por este CCTtm direito, em cada ano civil, a um perodo de friasretribudo de 23 dias teis.

    2 A durao do perodo de frias aumentadano caso de o trabalhador no ter faltado ou na even-tualidade de ter apenas faltas justificadas no ano a queas frias se reportam, nos seguintes termos:

    a) Trs dias de frias at um mximo de um diade falta, ou dois meios dias;

    b) Dois dias de frias at um mximo de dois diasde faltas, ou quatro meios dias;

    c) Um dia de frias at um mximo de trs diasde faltas, ou seis meios dias.

    3 Para efeitos do nmero anterior desta clusula,no relevam as seguintes faltas justificadas:

    a) As ausncias a ttulo de licena que no deter-minam perda de direitos ou regalias, designa-damente por maternidade ou em caso de aborto,paternidade e adopo;

    b) As motivadas por falecimento de cnjuge, paren-tes ou afins, nos termos deste contrato e atcinco dias por ano;

    c) As motivadas por acidente de trabalho e cum-primento de obrigaes legais, bem como pordoena, desde que, neste ltimo caso, no ultra-passe cinco dias por ano;

    d) Os crditos de horas legalmente concedidos aosrepresentantes dos trabalhadores;

    e) As motivadas por consulta, tratamento ou examemdico, nos termos deste contrato.

    4 O direito a frias reporta-se ao trabalho prestadono ano civil anterior e no esta condicionado assi-duidade ou efectividade de servio, sem prejuzo do dis-posto nas clusulas seguintes.

    5 O direito a frias deve efectivar-se de modo apossibilitar a recuperao fsica e psquica dos traba-lhadores e assegurar-lhes condies mnimas de dispo-nibilidade pessoal, de integrao na vida familiar e departicipao social e cultural.

    6 O direito a frias irrenuncivel e o seu gozono pode ser substitudo, fora dos casos expressamenteprevistos na lei, por qualquer compensao econmicaou outra, ainda que com o acordo do trabalhador.

    Clusula 34.a

    Aquisio do direito a frias

    1 O direito a frias adquire-se com a celebraodo contrato de trabalho e vence-se no dia 1 de Janeirode cada ano civil, salvo o disposto nos nmeros seguintes.

    2 No ano da contratao, o trabalhador tem direito,aps seis meses completos de execuo do contrato, agozar dois dias teis de frias por cada ms de duraodo contrato, at ao mximo de 20 dias teis.

    3 No caso de sobrevir o termo do ano civil antesde decorrido o prazo referido no nmero anterior ouantes de gozado o direito a frias, pode o trabalhadorusufru-lo at 30 de Junho do ano civil subsequente,sem prejuzo do gozo integral das frias vencidas em1 de Janeiro deste ltimo ano.

    4 Da aplicao do disposto nos n.os 2 e 3 anterioresno pode resultar para o trabalhador o direito ao gozode um perodo de frias, no mesmo ano civil, superiora 30 dias teis.

    5 Nos contratos cuja durao total no atinja seismeses, o gozo das frias tem lugar no momento ime-diatamente anterior ao da cessao, salvo acordo daspartes.

    Clusula 35.a

    Encerramento da empresa ou estabelecimento

    1 A entidade empregadora pode encerrar, total ouparcialmente, a empresa ou estabelecimento at 15 diasconsecutivos entre 1 de Maio e 31 de Outubro.

    2 Salvo o disposto no nmero seguinte, o encer-ramento da empresa ou estabelecimento no prejudicao gozo do perodo de frias a que o trabalhador tenhadireito.

    3 Os trabalhadores que tenham direito a umperodo de frias superior ao do encerramento podemoptar por receber a retribuio e o subsdio de friascorrespondentes diferena, sem prejuzo de ser sempresalvaguardado o gozo efectivo de 20 dias teis de frias,ou por gozar, no todo ou em parte, o perodo excedentede frias prvia ou posteriormente ao encerramento.

    4 Para efeitos de frias, a contagem dos dias teiscompreende os dias da semana de segunda-feira a sex-

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    ta-feira, com a excluso dos feriados, no sendo comotal considerados o sbado e o domingo.

    Clusula 36.a

    Direito a frias dos trabalhadores com contratoinferior a seis meses

    1 Os trabalhadores admitidos com contrato dedurao total inferior a seis meses tm direito a doisdias teis de frias e ao correspondente subsdio porcada ms completo de servio, a gozar interpolada ouseguidamente, mas nunca em nmero de dias superioraos referentes aos meses j decorridos em cumprimentodo contrato.

    2 Para efeitos de determinao do ms completode servio devem contar-se todos os dias, seguidos ouinterpolados, em que foi prestado trabalho.

    Clusula 37.a

    Retribuio durante as frias

    1 A retribuio correspondente ao perodo defrias no pode ser inferior que os trabalhadores rece-beriam se estivessem em servio efectivo.

    2 No caso de o trabalhador ser pago hora, oclculo da retribuio correspondente ao perodo defrias ser efectuado em termos mdios, com refernciaaos ltimos 12 ou 6 meses, conforme a durao docontrato.

    3 A reduo do perodo de frias nos termos daclusula 51.a (Efeitos das faltas no direito a frias)no implica reduo correspondente na retribuio.

    Clusula 38.a

    Cumulao de frias

    1 As frias devem ser gozadas no decurso do anocivil em que se vencem, no sendo permitido acumularno mesmo ano frias de dois ou mais anos.

    2 No se aplica o disposto no nmero anterior,podendo as frias ser gozadas no 1.o trimestre do anocivil imediato, em acumulao ou no com as friasvencidas neste, por acordo entre empregador e traba-lhador ou sempre que este pretenda gozar frias comfamiliares residentes no estrangeiro.

    3 Os trabalhadores podero ainda acumular nomesmo ano metade do perodo de frias vencido noano anterior com o desse ano mediante acordo coma entidade empregadora.

    Clusula 39.a

    Marcao

    1 A marcao do perodo de frias deve ser feitapor mtuo acordo entre a entidade empregadora e otrabalhador e pode, na base do clculo at ao termode um perodo de referncia, ter o respectivo gozoantecipado.

    2 Na falta de acordo, cabe ao empregador marcaras frias e elaborar o respectivo mapa, ouvindo para

    o efeito a comisso de trabalhadores, ou a comissosindical ou intersindical ou os delegados sindicais, pelaordem indicada.

    3 No caso previsto no nmero anterior, a entidadeempregadora s pode marcar o perodo de frias entre1 de Maio e 31 de Outubro, salvo parecer favorvelem contrrio das entidades nele referidas.

    4 No caso dos trabalhadores a frequentar cursosoficiais ou equiparados, a entidade empregadora s podemarcar o perodo de frias entre 1 de Junho e 30 deSetembro.

    5 O mapa de frias definitivo dever estar elabo-rado e aprovado at ao dia 15 de Abril de cada anoe ser afixado na sede ou escritrio da entidade empre-gadora situado na rea geogrfica onde o trabalhadorpreste as suas funes, entre esta data e 31 de Outubro,dele devendo constar o incio e o termo dos perodosde frias de cada trabalhador.

    6 Na marcao das frias, os perodos mais pre-tendidos devem ser rateados, sempre que possvel, bene-ficiando alternadamente os trabalhadores em funo dosperodos gozados nos dois anos anteriores.

    7 Salvo se houver prejuzo grave para a entidadeempregadora, aos trabalhadores de um mesmo agregadofamiliar que prestem servio na mesma empresa e osolicitem, bem como aos trabalhadores que vivam emunio de facto ou economia comum, ser facultado ogozo de frias em simultneo.

    8 As frias podem ser marcadas para serem goza-das interpoladamente, mediante acordo entre o traba-lhador e a entidade empregadora e desde que salva-guardando, no mnimo, um perodo de 10 dias teisconsecutivos.

    Clusula 40.a

    Efeitos da suspenso do contrato de trabalho

    1 No ano da suspenso do contrato de trabalhoem que, por impedimento prolongado respeitante aotrabalhador, se verificar a impossibilidade total ou par-cial do gozo do direito a frias j vencido, o trabalhadorter direito retribuio correspondente ao perodo defrias no gozado e respectivo subsdio.

    2 No ano da cessao do impedimento prolongado,o trabalhador tem direito, aps a prestao de trs mesesde efectivo servio, a um perodo de frias e respectivosubsdio equivalente aos que se teriam vencido em 1 deJaneiro desse ano se tivesse estado ininterruptamenteao servio.

    3 No caso de sobrevir o termo do ano civil antesde decorrido o prazo referido no nmero anterior oude gozado o direito a frias, pode o trabalhador usu-fru-lo at 30 de Abril do ano civil subsequente.

    Clusula 41.a

    Alterao da marcao do perodo de frias

    1 A alterao pela empresa dos perodos de friasj estabelecidos, bem como a interrupo dos j ini-

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    ciados, permitida com fundamento em exignciasimperiosas do seu funcionamento, tendo o trabalhadordireito a ser indemnizado dos prejuzos que compro-vadamente haja sofrido na pressuposio de que gozariaintegralmente o perodo de frias em causa na pocafixada.

    2 A interrupo das frias no pode prejudicar ogozo seguido de metade do perodo a que o trabalhadortenha direito.

    3 Haver lugar a alterao do perodo de friassempre que o trabalhador na data prevista para o seuincio esteja temporariamente impedido por facto queno lhe seja imputvel, cabendo entidade emprega-dora, na falta de acordo, a nova marcao do perodode frias, sem sujeio ao disposto no n.o 3 da clu-sula 39.a (Marcao).

    4 Terminando o impedimento antes de decorridoo perodo anteriormente marcado, o trabalhador gozaros dias de frias ainda compreendidos neste, aplican-do-se quanto a marcao dos dias restantes o dispostono nmero anterior.

    5 Nos casos em que a cessao do contrato de tra-balho est sujeita a aviso prvio, a entidade empregadorapoder determinar que o perodo de frias seja ante-cipado para o momento imediatamente anterior dataprevista para a cessao ao contrato.

    Clusula 42.a

    Doena ou parto no perodo de frias

    1 Em caso de doena do trabalhador ou de partoocorrido durante o perodo de frias, so as mesmassuspensas desde que o empregador seja do facto infor-mado, prosseguindo, logo aps a alta, o gozo dos diasde frias compreendidos ainda naquele perodo ou, nocaso de parto, aps o termo do perodo da licena pormaternidade, salvo acordo em contrrio entre a empresae o trabalhador.

    2 Na falta de acordo quanto s novas datas, a mar-cao dos dias de frias ainda no gozados cabe aoempregador, sem sujeio ao disposto no n.o 3 da clu-sula 39.a (Marcao). No caso de ocorrer o termodo ano civil antes do seu gozo, o trabalhador poderusufru-los at 30 de Abril do ano subsequente.

    3 A prova da situao de doena poder ser feitapor estabelecimento hospitalar, por declarao do cen-tro de sade ou por atestado mdico, sem prejuzo, nesteltimo caso, do direito de fiscalizao por mdico dasegurana social a requerimento do empregador.

    4 No caso de a segurana social no indicar omdico a que se refere o nmero anterior no prazode vinte e quatro horas, o empregador designa o mdicopara efectuar a fiscalizao, no podendo este ter qual-quer vnculo contratual anterior ao empregador.

    5 Em caso de desacordo entre os pareceres mdi-cos referidos nos nmeros anteriores, pode ser requeridapor qualquer das partes a interveno de junta mdica.

    6 Em caso de oposio, sem motivo atendvel, fiscalizao referida nos n.os 3, 4 e 5, os dias de alegadadoena so considerados dias de frias.

    Clusula 43.a

    Violao do direito a frias

    No caso de a entidade empregadora obstar ao gozodas frias nos termos previstos no presente CCT, o tra-balhador receber, a ttulo de indemnizao, o triploda retribuio correspondente ao perodo em falta, quedever obrigatoriamente ser gozado no 1.o trimestre doano civil subsequente.

    Clusula 44.a

    Exerccio de outra actividade durante as frias

    1 O trabalhador no pode exercer durante as friasqualquer outra actividade retribuda, salvo se j a viesseexercendo cumulativamente ou a entidade empregadorao autorizar a isso.

    2 A violao do disposto no nmero anterior, semprejuzo da eventual responsabilidade disciplinar do tra-balhador, d entidade empregadora o direito de reavera retribuio correspondente s frias e respectivo sub-sdio, dos quais 50% revertero para o Instituto de Ges-to Financeira da Segurana Social.

    3 Para os efeitos previstos no nmero anterior, aentidade empregadora poder proceder a descontos naretribuio do trabalhador at ao limite de um sextoem relao a cada um dos perodos de vencimentoposteriores.

    SECO II

    Feriados e faltas

    Clusula 45.a

    Feriados

    1 Os feriados obrigatrios so:

    1 de Janeiro;Sexta-Feira Santa;Domingo de Pscoa;25 de Abril;1 de Maio;Corpo de Deus (festa mvel);10 de Junho;15 de Agosto;5 de Outubro;1 de Novembro;1 de Dezembro;8 de Dezembro;25 de Dezembro.

    2 O feriado da Sexta-Feira Santa pode ser obser-vado noutro dia com significado local no perodo daPscoa.

    3 Para alm dos previstos no n.o 1, so tambmconsiderados para todos os efeitos como feriados osseguintes dias:

    Feriado municipal da localidade onde se situa oestabelecimento;

    Tera-feira de Carnaval.

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    Clusula 46.a

    Definio de falta

    1 Falta a ausncia do trabalhador no local detrabalho e durante o perodo em que devia desempenhara actividade a que est adstrito.

    2 Nos casos de ausncia do trabalhador por pero-dos inferiores ao perodo de trabalho a que est obri-gado, os respectivos tempos so adicionados para deter-minao dos perodos normais de trabalho dirio emfalta.

    3 Quando os perodos normais de trabalho noso uniformes ou quando o horrio de trabalho vari-vel, tomado como perodo de trabalho dirio o demenor durao relativo a um dia completo de trabalho.

    Clusula 47.a

    Tipo de faltas

    1 As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

    2 So consideradas justificadas as seguintes faltas:

    a) As dadas por altura do casamento, durante15 dias seguidos;

    b) As motivadas por falecimento do cnjuge noseparado de pessoas e bens, ou de pessoa queesteja em unio de facto ou economia comumcom o trabalhador, e respectivos pais, filhos,enteados, sogros, genros ou noras, padrastos emadrastas, at cinco dias consecutivos por alturado bito;

    c) As motivadas por falecimento de avs, bisavs,netos, bisnetos, irmos e cunhados do traba-lhador ou seu cnjuge, at dois dias consecutivospor altura do bito;

    d) As motivadas pela prestao de provas em esta-belecimento de ensino, nos termos da legislaoespecial;

    e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-balho devido a facto que no seja imputvelao trabalhador, nomeadamente doena, aci-dente ou cumprimento de obrigaes legais;

    f) As motivadas pela necessidade de prestao deassistncia inadivel e imprescindvel a mem-bros do seu agregado familiar, nos termos pre-vistos na lei;

    g) As ausncias no superiores a quatro horas es pelo tempo estritamente necessrio, justifi-cadas pelo responsvel pela educao de menor,uma vez por trimestre, para deslocao escolatendo em vista inteirar-se da situao educativado filho menor;

    h) As dadas pelos trabalhadores eleitos para asestruturas de representao colectiva, nos ter-mos deste CCT e da lei;

    i) As dadas por candidatos a eleies para cargospblicos, durante o perodo legal da respectivacampanha eleitoral;

    j) As autorizadas ou aprovadas pela empresa;l) As que por lei forem como tal qualificadas.

    3 Consideram-se sempre como autorizadas e retri-budas pela empresa as seguintes faltas:

    a) As resultantes da prtica de actos inerentes aoexerccio da actividade de bombeiro voluntrio,nos termos da legislao em vigor;

    b) As resultantes da doao de sangue, a ttulogracioso, durante um dia e nunca mais de umavez por trimestre;

    c) As motivadas por consulta, tratamento ou examemdico, sempre que no possam realizar-se foradas horas de servio;

    d) O dia do funeral, por falecimento de tios ousobrinhos, devidamente comprovado.

    4 Consideram-se injustificadas todas as faltas noprevistas nos nmeros anteriores e as faltas em relaos quais no seja feita prova dos motivos invocados,sempre que essa prova seja exigida.

    Clusula 48.a

    Comunicao, justificao e prova de faltas

    1 As faltas previsveis sero comunicadas enti-dade empregadora por forma inequvoca e com a ante-cedncia mnima de cinco dias.

    2 As imprevisveis sero comunicadas, por qual-quer meio, no prazo mximo de dois dias, salvo quandotal for manifestamente impossvel, caso em que a comu-nicao ser feita logo que cesse a impossibilidade.

    3 A comunicao tem de ser renovada sempre quehaja prorrogao do perodo de falta.

    4 A empresa pode exigir do trabalhador, durantea ausncia e at 15 dias aps a comunicao da falta,prova dos factos invocados para a justificao, devendoo trabalhador apresent-la no prazo de 15 dias apstal notificao.

    5 O no cumprimento do disposto nos nmerosanteriores torna as faltas injustificadas.

    Clusula 49.a

    Consequncias das faltas justificadas

    1 As faltas justificadas no determinam a perdaou prejuzo de quaisquer direitos ou regalias do tra-balhador, salvo o disposto no nmero seguinte.

    2 Determinam perda de retribuio as seguintesfaltas, ainda que justificadas:

    a) Por motivo de doena, desde que o trabalhadorbeneficie de um regime de segurana social deproteco na doena e j tenha adquirido odireito ao respectivo subsdio;

    b) Por motivo de acidente no trabalho, desde queo trabalhador tenha direito a qualquer subsdioou seguro;

    c) As previstas na alnea l) do n.o 2 da clusula 47.a(Tipos de faltas), quando superiores a 30 diaspor ano;

    d) As autorizadas ou aprovadas pela empresa commeno expressa de desconto na retribuio.

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    3 Nos casos previstos na alnea e) do n.o 2 da clu-sula 47.a (Tipos de faltas), se o impedimento do tra-balhador se prolongar efectiva ou previsivelmente paraalm de um ms, aplica-se o regime da suspenso daprestao de trabalho por impedimento prolongado.

    Clusula 50.a

    Consequncias das faltas injustificadas

    1 As faltas injustificadas determinam sempre aperda da retribuio correspondente ao perodo deausncia, o qual ser descontado, para todos os efeitos,na antiguidade do trabalhador.

    2 Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meioperodo normal de trabalho dirio, imediatamente ante-riores ou posteriores aos dias ou meios dias de descansoou feriados, considera-se que o trabalhador praticouuma infraco grave.

    3 No caso de a apresentao do trabalhador, paraincio ou reinicio da prestao de trabalho, se verificarcom atraso injustificado superior a trinta ou sessentaminutos, pode a empresa recusar a aceitao da pres-tao durante parte ou todo o perodo normal de tra-balho, respectivamente.

    Clusula 51.a

    Efeitos das faltas no direito a frias

    As faltas, justificadas ou no justificadas, no pro-duzem quaisquer efeitos sobre as frias, mas, quandodeterminem perda de retribuio, esta poder ser subs-tituda, se o trabalhador expressamente assim o preferir,por dias de frias, na proporo de um dia de friaspor cada dia de falta, desde que seja salvaguardado ogozo efectivo de 20 dias teis de frias ou da corres-pondente proporo, se se tratar de frias no ano deadmisso.

    SECO III

    Outras situaes

    Clusula 52.a

    Licena sem retribuio

    1 O empregador poder conceder ao trabalhadorque o solicite licena sem retribuio, devendo o pedidoser acompanhado da respectiva justificao.

    2 O trabalhador tem ainda direito a licena semretribuio de longa durao para frequncia de cursosministrados em estabelecimento de ensino ou de for-mao ministrados sob responsabilidade de uma ins-tituio de ensino ou de formao profissional, bemcomo para assistncia a filhos menores, nos termos legal-mente estabelecidos.

    3 O trabalhador beneficirio da licena sem retri-buio mantm o direito ao lugar e o perodo de ausnciaconta-se para efeitos de antiguidade.

    4 Durante o perodo de licena sem retribuiomantm-se os direitos, deveres e garantias da empresae do trabalhador, na medida em que no pressuponhama efectiva prestao de trabalho.

    Clusula 53.a

    Suspenso do contrato de trabalho por impedimento prolongado

    1 Quando o trabalhador esteja temporariamenteimpedido por facto que no lhe seja imputvel, nomea-damente cumprimento do servio militar obrigatrio ouservio cvico substitutivo, doena ou acidente, e o impe-dimento se prolongue por mais de um ms, suspende-seo contrato mas mantm-se os direitos, deveres e garan-tias das partes na medida em que no pressuponhama efectiva prestao de trabalho.

    2 O tempo de suspenso conta-se para efeitos deantiguidade, mantendo o trabalhador o direito ao lugarcom a categoria e regalias que lhe estavam a seratribudas.

    3 O disposto no n.o 1 comear a observar-se,mesmo antes de expirado o prazo de um ms, a partirdo momento em que haja a certeza ou se preveja comsegurana que o impedimento ter durao superiorquele prazo.

    4 O contrato de trabalho caducar, porm, nomomento em que se torne certo que o impedimento definitivo.

    Clusula 54.a

    Regresso do trabalhador

    1 Terminado o impedimento que deu motivo sus-penso do contrato de trabalho, deve o trabalhador,no prazo de 10 dias teis, que no sero retribudos,apresentar-se na empresa para retomar o servio, salvonos casos de doena, em que ter de regressar no diaimediato ao da alta.

    2 O no cumprimento das obrigaes mencionadasno nmero anterior faz incorrer o trabalhador em faltasinjustificadas.

    CAPTULO VII

    Retribuio do trabalho

    Clusula 55.a

    Retribuio

    1 Considera-se retribuio aquilo a que, nos termosdo presente CCT, do contrato individual de trabalho,das normas que o regem ou dos usos, o trabalhadortem direito como contrapartida do seu trabalho.

    2 Para efeitos deste CCT, a retribuio integradapela retribuio base mensal, correspondente categoriaprofissional e escalo retributivo, pelas retribuiesvariveis, quando as houver, e por todas as outras pres-taes regulares e peridicas pagas por determinaoda lei, desta conveno ou do contrato individual detrabalho, directa ou indirectamente, em dinheiro ou emespcie, pelo que, at prova em contrrio, presume-seconstituir retribuio toda e qualquer prestao pagapela empresa ao trabalhador.

    3 No so consideradas retribuio as seguintesprestaes:

    a) Gratificaes ocasionais, prmios de produtivi-dade ou outras prestaes ligadas ao desem-

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    penho profissional do trabalhador, quando noatribudos com carcter regular e permanenteou antecipadamente garantidos;

    b) Ajudas de custo, despesas de viagem, transporteou instalao;

    c) Retribuio de trabalho suplementar, salvo quan-do tenha carcter habitual e regular;

    d) Subsdio de refeio;e) Subsdio para falhas;f) Participao nos lucros.

    4 As retribuies base mensais mnimas devidasaos trabalhadores pelo seu perodo normal de trabalhoso as constantes do anexo III do presente CCT.

    5 Para todos os efeitos previstos neste CCT, a retri-buio horria ser calculada segundo a frmula:

    Retribuio horria=Rm1252n

    em que Rm o valor da retribuio mensal e n onumero de horas de trabalho a que, por semana, o tra-balhador est obrigado.

    Clusula 56.a

    Retribuio mista

    1 Os trabalhadores podero receber uma retribui-o mista, isto , constituda por uma parte certa e outravarivel.

    2 A parte certa da retribuio, calculada em funodo tempo de trabalho, no pode ser inferior previstaneste CCT para a respectiva categoria profissional.

    3 Para determinar o valor da retribuio varivel,designadamente para o clculo da retribuio das friase dos subsdios de frias e de Natal, tomar-se- comotal a mdia dos valores que o trabalhador recebeu outinha direito a receber nos ltimos 12 meses ou no tempode execuo do contrato, se este tiver durado menostempo.

    Clusula 57.a

    Pagamento da retribuio

    1 A retribuio ser colocada disposio do tra-balhador at ao ltimo dia til do ms a que disserrespeito ou em data fixa mensal a acordar com oempregador.

    2 O pagamento da retribuio ser efectuado pormeio de cheque ou transferncia bancria, salvo se otrabalhador, desejando receber por qualquer outro meiolegal de pagamento, o solicitar.

    3 No acto do pagamento da retribuio, o empre-gador deve entregar ao trabalhador documento do qualconste a identificao daquele e o nome completo deste,o nmero de inscrio na instituio de segurana socialrespectiva, a categoria profissional, o perodo a que res-peita a retribuio, discriminando a retribuio base eas demais prestaes, os descontos e dedues efectua-dos e o montante lquido a receber, bem como a indi-cao do nmero da aplice do seguro de acidentesde trabalho e da respectiva seguradora.

    Clusula 58.a

    Subsdio de frias

    1 Os trabalhadores tm direito a um subsdio defrias de montante igual ao da retribuio mensal.

    2 O subsdio referido no nmero anterior serpago:

    a) Por inteiro, conjuntamente com a retribuiodo ms anterior quele em que for gozado omaior perodo de frias, ou em data precedenteque corresponda prtica habitual da empresa;

    b) Proporcionalmente, nos casos em que o gozodo perodo de frias seja interpolado e desdeque sejam gozados, no mnimo, cinco dias teisconsecutivos;

    c) Por acordo expresso entre a empresa e o tra-balhador, o subsdio de frias pode ser pagoem duodcimos.

    3 No ano de admisso ou no caso do trabalhadorcontratado por perodo inferior a seis meses, o subsdiode frias ser calculado na proporo dos dias de friasa que o trabalhador tenha direito.

    4 A reduo do perodo de frias, nas situaesprevistas na lei e neste CCT, no implica uma reduocorrespondente nem na retribuio nem no respectivosubsdio de frias.

    Clusula 59.a

    Subsdio de Natal

    1 Os trabalhadores abrangidos por este CCT tmdireito a um subsdio de Natal, de montante igual aoda retribuio mensal.

    2 No caso de o trabalhador ser pago hora, oclculo da retribuio correspondente ao subsdio deNatal ser efectuado em termos mdios, com refernciaaos ltimos 12 ou 6 meses, ou ao tempo da execuodo contrato, se inferior.

    3 O subsdio de Natal ser pago conjuntamentecom a retribuio do ms de Novembro, podendo noentanto ser liquidado por duodcimos por acordo entretrabalhador e empregador.

    4 O valor do subsdio ser proporcional ao tempode servio prestado nesse ano civil, nas seguintessituaes:

    a) No ano de admisso do trabalhador;b) No ano da cessao do contrato de trabalho;c) Em caso de suspenso do contrato de trabalho,

    salvo se por facto respeitante ao empregador,caso em que ser pago por inteiro.

    Clusula 60.a

    Subsdio de refeio

    1 Os trabalhadores tm direito a um subsdio derefeio no montante de E 3 de 1 de Julho a 31 deDezembro de 2007 e no montante de E 3,20 a partirde 1 de Janeiro de 2008, por cada dia de trabalho efec-tivamente prestado.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/20072631

    2 Para efeitos de aplicao do nmero anterior,o servio prestado ter de ter durao igual ou superiora cinco horas.

    3 Nos casos de prestao de trabalho a tempo par-cial inferior a cinco horas dirias, o valor do subsdioser calculado em termos proporcionais.

    4 Nas situaes em que haja lugar a pagamentode ajudas de custo, no devido o subsdio de refeio.

    5 Nos casos em que a entidade empregadora for-nea refeio completa ao trabalhador e este opte pora consumir, no h lugar ao pagamento do subsdiode refeio correspondente a esses dias.

    Clusula 61.a

    Subsdio por IHT

    A retribuio especial mnima devida pela isenode horrio de trabalho, em referncia s modalidadesprevistas nas alneas do n.o 2 da clusula 28.a (Isenode horrio de trabalho), a seguinte:

    25% da retribuio base mensal, para as situaesprevistas na alnea a);

    O valor correspondente s horas prefixadas, cal-culado com base na frmula:

    nmero de horas 25% da retribuiobase mensal

    para as situaes previstas na alnea b);10% da retribuio base mensal para as situaes

    previstas na alnea c).

    Clusula 62.a

    Retribuio do trabalho suplementar

    1 A prestao de trabalho suplementar em dia nor-mal de trabalho confere ao trabalhador o direito aosseguintes acrscimos:

    a) 75% sobre a retribuio normal para as horassuplementares diurnas;

    b) 125 % sobre a retribuio normal para as horassuplementares nocturnas, que inclui a retribui-o especial por trabalho nocturno.

    2 O trabalho suplementar prestado em dia de des-canso semanal, obrigatrio ou complementar, e em diaferiado confere ao trabalhador o direito a um acrscimode 100% da retribuio, por cada hora de trabalhoefectuado.

    3 Por acordo entre a empresa e o trabalhador, odescanso compensatrio devido por trabalho suplemen-tar no prestado em dia de descanso semanal pode sersubstitudo por prestao de trabalho retribudo comum acrscimo no inferior a 100%.

    4 O trabalhador que presta servio em empresalegalmente dispensada de suspender o trabalho em diaferiado obrigatrio tem direito a um descanso compen-satrio de igual durao ou ao acrscimo de 100% daretribuio pelo trabalho prestado nesse dia, cabendoa escolha ao empregador.

    Clusula 63.a

    Retribuio do trabalho nocturno

    1 O trabalho nocturno ser retribudo com o acrs-cimo de 50% do valor da retribuio horria a qued direito o trabalho equivalente durante o dia.

    2 O suplemento da retribuio por trabalho noc-turno igualmente devido aos trabalhadores contrata-dos para prestar trabalho total ou parcialmente duranteo perodo nocturno.

    Clusula 64.a

    Subsdio de domingo

    1 Os trabalhadores cujo perodo normal de tra-balho incluiu prestao de trabalho ao domingo terodireito, por cada domingo de trabalho, a um subsdiode valor correspondente a um dia normal de trabalho,calculado de acordo com a frmula estabelecida no n.o 5da clusula 55.a (Retribuio).

    2 No caso dos trabalhadores a tempo parcial, emque o perodo normal de trabalho dirio varivel, ovalor do subsdio corresponder ao mais elevado entrea mdia diria de horas de trabalho semanal e o nmerode horas trabalhado no domingo em causa, mas nuncainferior a quatro.

    3 O subsdio de domingo no devido aos tra-balhadores que prestam servio exclusivamente aosbado e ou ao domingo.

    Clusula 65.a

    Subsdio especial de funes

    1 A nomeao formal por escrito para o exercciotemporrio de funes de coordenao institucional degrupo ou equipa poder dar lugar ao pagamento deum subsdio, de valor equivalente a pelo menos 10%da retribuio base mensal, o qual acrescer a essaretribuio.

    2 O pagamento do subsdio referido no nmeroanterior apenas devido enquanto o trabalhador semantiver no desempenho daquelas funes.

    CAPTULO VIII

    Cessao do contrato de trabalho

    Clusula 66.a

    Princpio geral

    O regime de cessao do contrato de trabalho aqueleque consta da legislao em vigor e no disposto nasclusulas deste captulo.

    Clusula 67.a

    Modalidades de cessao do contrato de trabalho

    1 O contrato de trabalho pode cessar por:

    a) Resciso por qualquer das partes durante operodo experimental;

    b) Caducidade;

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/2007 2632

    c) Revogao por acordo das partes;d) Despedimento por facto imputvel ao traba-

    lhador;e) Despedimento colectivo;f) Despedimento por extino do posto de tra-

    balho;g) Despedimento por inadaptao;h) Resoluo com justa causa, promovida pelo

    trabalhador;i) Denncia por iniciativa do trabalhador.

    2 Cessando o contrato de trabalho, por qualquerforma, o trabalhador tem direito a receber:

    a) O subsdio de Natal proporcional aos meses detrabalho prestado no ano da cessao;

    b) A retribuio correspondente s frias vencidase no gozadas, bem como o respectivo subsdio;

    c) A retribuio correspondente a um perodo defrias proporcional ao tempo de servio pres-tado no ano da cessao, bem como o respectivosubsdio.

    Clusula 68.a

    Valor da indemnizao em certos casos de cessaodo contrato de trabalho

    1 O trabalhador ter direito indemnizao cor-respondente a pelo menos 30 dias de retribuio mensalpor cada ano, ou fraco, no podendo ser inferior atrs meses nos seguintes casos:

    a) Caducidade do contrato por motivo de mortedo empregador, extino ou encerramento daempresa;

    b) Resoluo com justa causa, por iniciativa dotrabalhador;

    c) Despedimento por facto no imputvel ao tra-balhador, designadamente despedimento colec-tivo, extino de posto de trabalho ou ina-daptao.

    2 Nos casos de resciso com justa causa por ini-ciativa do trabalhador ou de despedimento promovidopela empresa em que o tribunal declare a sua ilicitudee o trabalhador queira optar pela indemnizao em lugarda reintegrao, o valor daquela ser pelo menos o pre-visto no nmero anterior.

    3 Nas situaes em que a lei permite a oposio reintegrao, a indemnizao a estabelecer pelo tri-bunal no pode ser inferior a 45 dias da retribuiomensal efectiva por cada ano ou fraco de antiguidade,contada desde a admisso do trabalhador at ao trnsitoem julgado da deciso judicial.

    Clusula 69.a

    Certificado de trabalho

    1 Ao cessar o contrato de trabalho, por qualquerdas formas previstas neste captulo e na lei, o empre-gador obrigado a entregar ao trabalhador certificadodonde conste o tempo durante o qual esteve ao seuservio, incluindo as datas de admisso e de sada, eo cargo, ou os cargos, que desempenhou.

    2 O certificado no pode conter quaisquer outrasreferncias, a no ser se expressamente requeridas pelotrabalhador.

    3 Alm do certificado de trabalho, o empregador obrigado a entregar ao trabalhador outros documentosdestinados a fins oficiais que por aquele devam ser emi-tidos e que este solicite, designadamente os previstosna legislao de segurana social.

    CAPTULO IX

    Disciplina

    Clusula 70.a

    Poder disciplinar

    1 O empregador tem poder disciplinar sobre ostrabalhadores ao seu servio, relativamente s infracespor estes praticadas e exerce-o de acordo com as normasestabelecidas na lei e neste CCT.

    2 Constitui infraco disciplinar a violao culposapelo trabalhador dos deveres estabelecidos neste con-trato ou na lei.

    3 O poder disciplinar exercido pelo empregadorou pelo superior hierrquico do trabalhador, nos termospreviamente estabelecidos por aquele.

    Clusula 71.a

    Sanes disciplinares

    1 As infraces disciplinares dos trabalhadores sopunveis com as seguintes sanes:

    a) Repreenso verbal;b) Repreenso registada;c) Perda de dias de frias;d) Suspenso do trabalho com perda de retribuio

    e de antiguidade;e) Despedimento sem qualquer indemnizao ou

    compensao.

    2 A perda de dias de frias no pode pr em causao gozo de 20 dias teis de frias.

    3 A suspenso do trabalho com perda de retri-buio no pode exceder 15 dias por cada infracoe, em cada ano civil, o total de 60 dias.

    4 Para os efeitos de determinao da sano e suagraduao, atender-se- natureza e gravidade dainfraco, culpabilidade do infractor e seu comporta-mento anterior, no podendo aplicar-se mais de umapena pela mesma infraco.

    5 Com excepo da sano prevista na alnea a)do n.o 1, nenhuma outra pode ser aplicada sem audinciaprvia, por escrito, do trabalhador. A sano de des-pedimento s pode ser aplicada nos termos do regimelegal respectivo e da clusula 73.a (Despedimento).

    Clusula 72.a

    Infraco disciplinar, procedimento e prescrio

    1 Considera-se infraco disciplinar a violao cul-posa pelo trabalhador dos deveres estabelecidos nesteCCT ou na lei.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/20072633

    2 A aco disciplinar s poder exercer-se nos60 dias subsequentes queles em que o empregador,ou o superior hierrquico com competncia disciplinar,teve conhecimento da infraco.

    3 Nos processos disciplinares o prazo de resposta nota de culpa de 10 dias teis, prorrogvel umanica vez, por igual perodo, a solicitao expressa dotrabalhador.

    4 A execuo da sano s pode ter lugar nos60 dias seguintes deciso.

    5 A infraco disciplinar prescreve ao fim de umano a contar do momento em que teve lugar, salvo seos factos constiturem igualmente crime, caso em queso aplicveis os prazos prescricionais da lei penal.

    6 O disposto nos nmeros anteriores no prejudicao direito de a entidade empregadora exigir indemni-zao de prejuzos ou de promover a aplicao da sanopenal a que a infraco eventualmente d lugar.

    Clusula 73.a

    Despedimento

    Nos casos em que se verifique algum comportamentoque integre o conceito de justa causa, para procederao despedimento tem a entidade empregadora de efec-tuar processo disciplinar, nos termos e com as forma-lidades previstos e descritos na lei, sob pena de o des-pedimento ser declarado ilcito.

    Clusula 74.a

    Ilicitude do despedimento

    1 O despedimento ilcito:

    a) Se no tiver sido precedido do processo res-pectivo ou se este for nulo;

    b) Se se fundar em motivos polticos, ideolgicos,tnicos ou religiosos, ainda que com invocaode motivo diverso;

    c) Se for declarada improcedente a justa causainvocada.

    2 A ilicitude do despedimento s pode ser decla-rada pelo tribunal em aco intentada pelo trabalhador.

    CAPTULO X

    Actividade sindical

    Clusula 75.a

    Direito actividade sindical

    1 Os trabalhadores e as associaes sindicais tmdireito a desenvolver actividade sindical no interior dasempresas, nomeadamente atravs de delegados sindi-cais, comisses sindicais e comisses intersindicais, nostermos previstos neste CCT e na lei.

    2 Os delegados sindicais tm direito a afixar nointerior das instalaes das entidades empregadoras tex-tos, convocatrias, comunicaes ou informaes rela-tivos vida sindical e aos interesses scio-profissionais

    dos trabalhadores, bem como proceder sua distribui-o, circulando livremente em todas as seces e depen-dncias das empresas, sem prejuzo, em qualquer doscasos, da normal laborao.

    3 As empresas so obrigadas a pr disposiodos delegados sindicais, desde que estes o requeiram,um local situado no interior das mesmas que seja apro-priado ao exerccio das suas funes.

    4 Nas instalaes com mais de 150 trabalhadorestal local ser cedido a ttulo permanente e naquelasonde prestam servio nmero inferior de trabalhadores,sempre que necessrio.

    Clusula 76.a

    Tempo para exerccio das funes sindicais

    1 Os membros das direces das associaes sin-dicais beneficiam de quarenta e oito dias anuais parao exerccio das suas funes, sem prejuzo da suaretribuio.

    2 Os delegados sindicais dispem, para o exercciodas suas funes, de um crdito individual de sessentahoras anuais retribudas, s podendo usufruir destedireito os delegados sindicais que sejam eleitos dentrodos limites e no cumprimento das formalidades previstasna lei.

    3 Sempre que sejam constitudas comisses sindi-cais ou intersindicais de delegados, o crdito de horasprevisto no nmero anterior ser acrescido de mais trintae seis horas anuais.

    4 Os crditos de horas previstos nos nmeros ante-riores podem ser utilizados at ao mximo de cinco diasmensais, ou por perodo superior se obtiver o acordoda empresa.

    5 Sempre que pretendam exercer o direito previstonos nmeros anteriores, os trabalhadores devero avisara empresa, por escrito, com a antecedncia mnima deum dia, salvo motivo atendvel.

    Clusula 77.a

    Direito de reunio

    1 Os trabalhadores tm o direito de reunir-sedurante o horrio normal de trabalho at um perodomximo de quinze horas por ano, que contaro, paratodos os efeitos, como tempo de servio efectivo, desdeque assegurem o funcionamento dos servios de natu-reza urgente.

    2 Os trabalhadores podero ainda reunir-se forado horrio normal de trabalho, sem prejuzo da nor-malidade da laborao em caso de trabalho por turnosou de trabalho suplementar.

    3 As reunies referidas nos nmeros anteriores spodem ser convocadas pela comisso sindical ou pelacomisso intersindical, na hiptese prevista no n.o 1,e pelas referidas comisses ou por um tero ou 50 dostrabalhadores da respectiva instalao ou servio, nahiptese prevista no n.o 2.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a srie, n.o 28, 29/7/2007 2634

    4 A convocatria das reunies e a presena derepresentantes sindicais estranhos s empresas tero deobedecer aos formalismos legais.

    Clusula 78.a

    Quotizao sindical

    1 O empregador obriga-se a enviar aos sindicatosoutorgantes, at ao 15.o dia do ms seguinte a que res-peitam, o produto das quotas dos trabalhadores, desdeque estes manifestem expressamente essa vontademediante declarao escrita.

    2 O valor da quota sindical o que a cada momentofor estabelecido pelos estatutos dos sindicatos, cabendoa estes informar a empresa da percentagem estatudae respectiva base de incidncia.

    3 Aos trabalhadores no sindicalizados a quem sejaaplicada a presente conveno colectiva de trabalho serdescontado no salrio, a ttulo de contribuio para asdespesas de negociao e aplicao do CCT, o valorcorrespondente a 0,66% da retribuio mensal, que serenviado a um dos sindicatos outorgantes escolhido pelotrabalhador.

    Clusula 79.a

    Comisso de trabalhadores

    1 direito dos trabalhadores criarem comissesde trabalhadores para o integral exerccio dos direitosprevistos na Constituio e na lei.

    2 Cabe aos trabalhadores definir a organizao efuncionamento da comisso de trabalhadores.

    3 As empresas colocaro disposio das comis-ses de trabalhadores, logo que elas o requeiram e attulo permanente, instalaes providas das condiesnecessrias para o exerccio da sua actividade.

    Clusula 80.a

    Direito informao

    As empresas tm o dever de prestar aos sindicatos,aos delegados sindicais e comisso de trabalhadorestodas as informaes e esclarecimentos que solicitem,com vista ao exerccio das suas atribuies, de acordocom o previsto na lei e neste CCT.

    CAPTULO XI

    Condies particulares de trabalho

    Clusula 81.a

    Proteco da maternidade e paternidade

    Para efeitos do regime de proteco da maternidadee paternidade previsto no Cdigo do Trabalho e legis-lao complementar, consideram-se abrangidos os tra-balhadores que informem o empregador, por escrito ecom comprovativo adequado, da sua situao.

    Clusula 82.a

    Licena por maternidade

    1 A licena por maternidade ter a durao eobedecer aos condicionalismos estipulados pela lei.

    2 Sempre que o trabalhador o desejar, tem direitoa gozar as suas frias anuais imediatamente antes ouaps a licena de