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Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
HIV/Aids | 2019
Boletim Epidemiológico
Boletim EpidemiológicoSecretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde
Número Especial | Dez. 2019
HIV/Aids | 2019
©1969. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
Boletim Epidemiológico de HIV e Aids
Tiragem: 1000Ministério da SaúdeSecretaria de Vigilância em SaúdeDepartamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis – DCCISRTVN, Quadra 701, lote D, Edifício PO700, 50 andarCEP: 70719-040 – Brasília/DF
Disque Saúde – 136e-mail: [email protected]: www.aids.gov.br
Organização e colaboraçãoGerson Fernando Mendes Pereira Alessandro Ricardo Caruso da Cunha Flavia Kelli Alvarenga PintoLuciana Fetter Bertolucci TaniguchiRachel Abrahão Ribeiro Ronaldo de Almeida Coelho
Revisão ortográficaAngela Gasperin Martinazzo (DCCI/SVS)
Projeto gráficoFred Lobo, Sabrina Lopes (GAB/SVS)
DiagramaçãoFernanda Almeida (GAB/SVS)
ISSN 1517 1159
Número Especial | Dez. 2019
Boletim Epidemiológico EspecialSecretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde
Lista de figuras
Quadro resumo Taxas de detecção de aids, aids em menores de 5 anos, infecção pelo HIV em gestantes, coeficiente de mortalidade por aids e número de casos de HIV. Brasil, 2008 a 2018 ............... 10
Figura 1 Taxa de detecção de HIV em gestantes (por 1.000 nascidos vivos), segundo região de residência e ano do parto. Brasil, 2008 a 2018 ........................................................................................................ 14
Figura 2 Taxa de detecção de gestantes com HIV (por 1.000 nascidos vivos), segundo UF e capital de residência. Brasil, 2018 ................................................................................................................................15
Figura 3 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018 ............................................................................................................. 16
Figura 4 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) e percentual de declínio ou incremento, segundo UF de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 e 2018 ...........................................................17
Figura 5 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo UF e capital de residência. Brasil, 2018 ........................................................................................................................................................................ 18
Figura 6 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo sexo e razão de sexos, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018 ............................................................................................................. 19
Figura 7 Razão de sexos segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018 ........................................................................................................................................................... 20
Figura 8 Razão de sexos segundo faixa etária, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018 ......................21
Figura 9 Taxa de detecção de aids (por 100.000 habitantes) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2008 e 2018 ........................................................................................................................................................... 22
Figura 10 Taxa de detecção de aids (por 100.000 habitantes) em homens, segundo faixa etária e sexo, Brasil. 2008 e 2018 ...................................................................................................................... 23
Figura 11 Taxa de detecção de aids (por 100.000 habitantes) em mulheres, segundo faixa etária e sexo, Brasil. 2008 e 2018 ...................................................................................................................... 24
Figura 12 Taxa de detecção de aids (por 100.000 habitantes) em menores de cinco anos segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018 ......................................... 25
Figura 13 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) em menores de cinco anos, segundo UF e capital de residência. Brasil, 2018 .................................................................................................... 25
Figura 14 Distribuição percentual dos casos de aids em homens de 13 anos ou mais segundo categoria de exposição, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018 .............................................. 26
Figura 15 Distribuição percentual dos casos de aids em homens de 13 anos ou mais, segundo categoria de exposição, por região de residência. Brasil, 2018 ..........................................................27
Figura 16 Distribuição percentual dos casos de aids segundo raça/cor da pele, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018 ............................................................................................................. 28
Figura 17 Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (por 100.000 hab.) segundo região de residência, por ano do óbito. Brasil, 2008 a 2018 ............................................................................................. 29
Figura 18 Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (por 100.000 hab.), segundo UF e capital de residência. Brasil, 2018 ........................................................................................................................... 29
Figura 19 Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (por 100.000 hab.) e percentual de declínio ou incremento segundo UF de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 e 2018 ............. 30
Figura 20 Coeficiente de mortalidade de aids (por 100.000 hab.) segundo sexo e razão de sexos, por ano do óbito. Brasil, 2008 a 2018 ..........................................................................................................................31
Lista de tabelas
Tabela 1 - Casos de HIV notificados no Sinan, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2019 ........................................................................................................................ 35
Tabela 2 - Número de casos de HIV notificados no Sinan, por sexo e razão de sexo, por ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2019 ................................................................................................................. 36
Tabela 3 - Casos de HIV (número e percentual) notificados no Sinan segundo sexo, faixa etária e escolaridade, por ano do diagnóstico. Brasil, 2007-2019 .............................................................37
Tabela 3 - Casos de HIV (número e percentual) notificados no Sinan segundo sexo, faixa etária e escolaridade, por ano do diagnóstico. Brasil, 2007-2018 ............................................................ 38
Tabela 4 - Casos de HIV (número e percentual) notificados no Sinan, segundo raça/cor por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2019 .................................................................................................... 39
Tabela 5 - Casos de HIV notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 2007-2019.................................................................................................................................40
Tabela 6 - Gestantes infectadas pelo HIV (casos e taxa de detecção por 1.000 nascidos vivos), segundo UF e região de residência por ano do parto. Brasil, 2000-2019 ......................................................... 41
Tabela 7 - Ranking da taxa de detecção (por 1.000 nascidos vivos) de gestantes com HIV notificadas no Sinan, segundo capital de residência por ano do parto. Brasil, 2008-2018 ......................... 42
Tabela 8 - Casos de gestantes infectadas pelo HIV (número e percentual) segundo faixa etária, escolaridade e raça/cor por ano do parto. Brasil, 2000-2019 .............................................................................. 43
Tabela 9 - Casos de HIV notificados no Sinan, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2019 ................................................................................................................................44
Tabela 10 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo origem dos dados, UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2015-2019 ............................................................................................................................................................... 45
Tabela 11 - Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2008-2018. ...............................................................................................................46
Tabela 12 - Ranking da taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo capital de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 2008-2018 ............................................................................................................... 47
Tabela 13 - Número e taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom por sexo e razão de sexos, segundo ano de diagnóstico. .....................................................................................................................................................................48
Tabela 14 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo região de residência, sexo, razão de sexos e ano de diagnóstico. Brasil, 1990-2018 ..............................................................................................................................................................49
Tabela 15 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo faixa etária, sexo, razão de sexos e ano de diagnóstico. Brasil, 1990-2018 .............................................................................................................................................................. 50
Tabela 16 - Casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom segundo sexo e faixa etária por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2019 ..................................51
Tabela 17 - Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de aids notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo sexo e faixa etária por ano de diagnóstico. Brasil, 2008-2018 ................................................................................................................................ 52
7
Tabela 18 - Casos de aids (número e taxa de detecção por 100.000 hab.) em menores de cinco anos de idade notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom, segundo UF e região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2019 .............................................. 53
Tabela 19 - Casos de aids notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos menores de 13 anos de idade, segundo categoria de exposição hierarquizada por ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2019 .............................................................................................................................................................. 54
Tabela 20 - Casos de aids notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2019 .............................................................................................................................................................. 55
Tabela 21 - Casos de aids notificados no Sinan (número e percentual) em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por sexo, ano de diagnóstico e região de residência. Brasil, 2017-2019 ................................................................................................................... 56
Tabela 22 - Casos de aids (número e percentual) notificados no Sinan, segundo raça/cor por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 2008-2019 .....................................................................................................................57
Tabela 23 - Casos de aids (número e percentual) notificados no Sinan, segundo escolaridade por sexo e ano de diagnóstico. Brasil, 1980-2019 ................................................................................................... 58
Tabela 24 - Óbitos por causa básica aids, segundo UF e região de residência por ano do óbito. Brasil, 1980-2018 .............................................................................................................................................................. 59
Tabela 25 - Coeficiente de mortalidade por aids (por 100.000 hab.) bruto e padronizado, segundo UF e região de residência por ano do óbito. Brasil, 2008-2018 ..........................................................60
Tabela 26 - Coeficiente de mortalidade (por 100.000 hab.) por aids bruto e padronizado, segundo capital de residência por ano do óbito. Brasil, 2008-2018 ...................................................................61
Tabela 27 - Óbitos por aids (número e coeficiente de mortalidade por 100.000 hab.) e razão de sexos, segundo ano do óbito. Brasil, 1980-2018 ...................................................................................................... 62
Tabela 28 - Óbitos por aids (número e coeficiente de mortalidade por 100.000 hab.) segundo sexo e faixa etária por ano do óbito. Brasil, 1980-2018 ......................................................................................... 63
Tabela 29 - Óbitos por aids (número e percentual), segundo raça/cor e sexo por ano do óbito. Brasil, 2008-2018 ..............................................................................................................................................................64
Tabela 30 - Ranking das Unidades da Federação segundo índice composto. Brasil, 2014 a 2018 .............. 65
Tabela 31 - Ranking das capitais segundo índice composto. Brasil, 2014 a 2018 ............................................66
Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100.000 habitantes segundo índice composto. Brasil, 2014 a 2018 ........................................................................................................................................................... 67
Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100.000 habitantes segundo índice composto. Brasil, 2014 a 2018 ...........................................................................................................................................................68
8
Sumário
Introdução ........................................................................................................................................................................... 9
Infecção pelo HIV ............................................................................................................................................................. 13
Infecção pelo HIV em gestantes .................................................................................................................................. 14
Casos de aids .................................................................................................................................................................... 15
Mortalidade por aids ......................................................................................................................................................28
Classificação das Unidades da Federação (UF), capitais e municípios com 100.000 habitantes e mais, segundo índice composto ............................................................................................................................... 31
Metodologias .................................................................................................................................................................... 32
Tabelas ............................................................................................................................................................................... 35
Apêndice ............................................................................................................................................................................69
Introdução
O “Boletim Epidemiológico HIV/Aids”, do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (DCCI/SVS/MS), publicado anualmente, apresenta informações sobre os casos de HIV e de aids no Brasil, regiões, estados e capitais, de acordo com as informações obtidas pelos sistemas de informação utilizados para a sua elaboração.
As fontes utilizadas para a obtenção dos dados são: 1) as notificações compulsórias dos casos de HIV e de aids no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 2) os óbitos notificados com causa básica por HIV/aids (CID10: B20 a B24) no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), 3) os registros do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (Siscel) e 4) os registros do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom). Ressalte-se que algumas variáveis, como categoria de exposição, são analisadas exclusivamente com dados oriundos do Sinan, pois os outros sistemas não apresentam esses campos em suas respectivas fichas.
A infecção pelo HIV e a aids fazem parte da Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças (Portaria de Consolidação MS/GM nº 4, de 28 de setembro de 2017), sendo que a aids é de notificação compulsória desde 1986 e a infecção pelo HIV é de notificação compulsória desde 2014; assim, na ocorrência de casos de infecção pelo HIV ou de aids, estes devem ser reportados às autoridades de saúde. A despeito dessa obrigatoriedade, com o emprego do método probabilístico de relacionamento de bancos de dados, utilizado na geração das informações constantes neste Boletim, tem-se observado ao longo dos anos uma diminuição do percentual de casos de aids oriundos do Sinan; no ano de 2018, dos 37.161 casos de aids detectados, 53,7% provieram do Sinan, 7,3% do SIM e 39,0% do Siscel.
A observada subnotificação de casos no Sinan traz relevantes implicações para a resposta ao HIV/aids, visto que permanecem desconhecidas informações importantes no âmbito da epidemiologia, tais como número total de casos, comportamentos e
vulnerabilidades, entre outros. Além disso, a ausência de registro pode comprometer a racionalização do sistema para o fornecimento contínuo de medicamentos e as ações prioritárias voltadas às populações-chave e às populações mais vulneráveis. Isso posto, reforça-se, portanto, a necessidade da notificação no Sinan de todos os casos de HIV/aids, bem como a melhoria da qualidade do preenchimento da ficha de notificação e investigação de casos. Ainda, com o intuito de minimizar a ocorrência de subnotificações, desde 2016, foi desenvolvida uma funcionalidade para o Siclom, que recomendou às unidades de saúde notificar no Sinan aqueles pacientes em acompanhamento, identificados apenas por seus cadastros no Siscel e/ou no Siclom.
No Brasil, em 2018, foram diagnosticados 43.941 novos casos de HIV e 37.161 casos de aids – notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom –, com uma taxa de detecção de 17,8/100.000 habitantes (2018), totalizando, no período de 1980 a junho de 2019, 966.058 casos de aids detectados no país. Desde o ano de 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção de aids no Brasil, que passou de 21,4/100.000 habitantes (2012) para 17,8/100.000 habitantes em 2018, configurando um decréscimo de 16,8%; essa redução na taxa de detecção tem sido mais acentuada desde a recomendação do “tratamento para todos”, implementada em dezembro de 2013. Como a notificação da infecção pelo HIV ainda está sendo absorvida pela rede de vigilância em saúde, não são calculadas as taxas referentes a esses dados.
No país, no período de 2000 até junho de 2019, foram notificadas 125.144 gestantes infectadas com HIV, das quais 8.621 no ano de 2018, com uma taxa de detecção de 2,9/1.000 nascidos vivos.
Também em 2018, foram registrados no SIM um total de 10.980 óbitos por causa básica aids (CID10: B20 a B24), com uma taxa de mortalidade padronizada de 4,4/100.000 habitantes. A taxa de mortalidade padronizada sofreu decréscimo de 22,8% entre 2014 e 2018 – também, possivelmente, em consequência da recomendação do “tratamento para todos” e da ampliação do diagnóstico precoce da infecção pelo HIV.
10
Além das informações constantes neste Boletim, os dados específicos para cada um dos 5.570 municípios brasileiros podem ser visualizados por meio dos painéis de indicadores epidemiológicos disponíveis on-line no endereço http://www.aids.gov.br/indicadores.
Espera-se que as informações contidas neste documento possam contribuir para o controle do HIV/aids no país, no sentido de fornecer subsídios à tomada de decisões nos níveis federal, estadual e municipal.
Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
QUADRO RESUMO Taxas de detecção de aids, aids em menores de 5 anos, infecção pelo HIV em gestantes, coeficiente de mortalidade por aids e número de casos de HIV. Brasil, 2008 a 2018*
2,1 2,2
2,1 2,3 2,4
2,4 2,6
2,6 2,8
2,7 2,93,
6
3,5 3,
9
3,3
3,4
2,9
2,6
2,3
2,3
2,0
1,9
21,6
21,3
21,2 22
,0
21,7
21,4
20,6
19,8
18,9
18,3
17,8
5,8
5,8
5,7
5,6
5,5 5,7
5,7
5,3
5,2
4,8
4,4
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
50.000
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
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Gestante HIV+ < 5 anos Aids Óbito HIV+
Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2019
13
Infecção pelo HIV
De 2007 até junho de 2018, foram notificados no Sinan 300.496 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 136.902 (45,6%) na região Sudeste, 60.470 (20,1%) na região Sul, 55.090 (18,3%) na região Nordeste, 26.055 (8,7%) na região Norte e 21.979 (7,3%) na região Centro-Oeste. No ano de 2018, foram notificados 43.941 casos de infecção pelo HIV, sendo 5.084 (11,6%) na região Norte, 10.808 (24,6%) casos na região Nordeste, 16.586 (37,7%) na região Sudeste, 7.838 (17,8%) na região Sul e 3.625 (8,2%) na região Centro-Oeste (Tabela 1).
Na Tabela 2, são apresentados os casos de infecção pelo HIV notificados no Sinan no período de 2007 a junho de 2019, segundo sexo. Nesse período, foi notificado no Sinan um total de 207.207 (69,0%) casos em homens e 93.220 (31,0%) casos em mulheres. A razão de sexos para o ano de 2018 foi de 2,6 (M:F), ou seja, 26 homens para cada dez mulheres.
A Tabela 3 mostra os casos de infecção pelo HIV notificados no Sinan segundo faixa etária e escolaridade. No período de 2007 a junho de 2019, no que se refere às faixas etárias, observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se na faixa de 20 a 34 anos, com percentual de 52,7% dos casos. Com relação à escolaridade, no mesmo período, verificou-se um elevado percentual de casos ignorados (25,5%), o que dificulta uma melhor avaliação dos casos de infecção pelo HIV relativos a esse item. Quanto
aos casos com escolaridade informada, a maior parte possuía ensino médio completo, representando 20,7% do total. Em seguida, observam-se 12,1% de casos com escolaridade entre a 5ª e a 8ª série incompleta.
Com relação à raça/cor da pele autodeclarada, observa-se na Tabela 4 que, entre os casos registrados no Sinan no período de 2007 a junho de 2019, 40,9% ocorreram entre brancos e 49,7% entre negros (pretos e pardos, sendo as proporções estratificadas 10,6% e 41,5%, respectivamente). No sexo masculino, 42,6% dos casos ocorreram entre brancos e 48,1% entre negros (pretos, 9,6% e pardos, 38,4%); entre as mulheres, 37,2% dos casos se deram entre brancas e 53,6% entre negras (pretas, 12,9% e pardas, 40,7%). Ressalte-se o alto percentual de casos com a informação sobre raça/cor ignorada: 8,4%.
A Tabela 5 apresenta os casos de infecção pelo HIV registrados no Sinan de 2007 a junho de 2019 em indivíduos maiores de 13 anos de idade, segundo a categoria de exposição. Entre os homens, no período observado, verificou-se que 51,3% dos casos foram decorrentes de exposição homossexual ou bissexual e 31,4% heterossexual, e 2,0% se deram entre usuários de drogas injetáveis (UDI). Entre as mulheres, nessa mesma faixa etária, nota-se que 86,5% dos casos se inserem na categoria de exposição heterossexual e 1,4% na de UDI.
Por fim, ressalte-se que a notificação compulsória da infecção pelo HIV data de 2014, o que impede por enquanto uma análise epidemiológica mais rigorosa com relação às tendências da infecção no Brasil.
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Infecção pelo HIV em gestantes
No Brasil, no período de 2000 até junho de 2019, foram notificadas 125.144 gestantes infectadas com HIV. Verificou-se que 38,1% das gestantes eram residentes na região Sudeste, seguidas pelas residentes das regiões Sul (30,0%), Nordeste (17,7%), Norte (8,3%) e Centro-Oeste (5,8%). No ano de 2018, foram identificadas 8.621 gestantes no Brasil, sendo 33,5% na região Sudeste, 26,9% no Sul, 22,8% no Nordeste, 11,0% no Norte e 5,8% no Centro-Oeste (Tabela 6).
Em um período de dez anos, houve um aumento de 38,1% na taxa de detecção de HIV em gestantes: em 2008, a taxa observada foi de 2,1 casos/mil
nascidos vivos e, em 2018, de 2,9/mil nascidos vivos. Esse aumento poderia ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a consequente prevenção da transmissão vertical do HIV. A tendência de aumento também é verificada em todas as regiões do Brasil, exceto na região Sudeste, em que se nota tendência linear e variações pouco expressivas ao longo da série histórica. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram maiores incrementos na taxa, de 87,5% e 118,1% respectivamente, nos últimos dez anos. Em toda a série histórica, a região Sul apresentou as maiores taxas de detecção no país. Em 2018, a taxa observada nessa região foi de 5,8 casos/mil nascidos vivos, quase duas vezes superior à taxa nacional (Figura 1 e Tabela 6).
Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2019).
FIGURA 1 Taxa de detecção de HIV em gestantes (por 1.000 nascidos vivos), segundo região de residência e ano do parto. Brasil, 2008 a 2018
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Taxa
de
dete
cção
(por
1.0
00 n
asci
dos v
ivos
)
Ano do diagnóstico
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Entre as Unidades da Federação (UF), nove apresentaram taxa de detecção de HIV em gestantes superior à taxa nacional em 2018: Rio Grande do Sul (9,2 casos/mil nascidos vivos), Santa Catarina (6,1), Roraima (4,6), Rio de Janeiro (4,1), Amazonas (3,5), Pernambuco (3,4), Mato Grosso do Sul (3,2), Amapá (3,1) e Pará (3,0) (Figura 2 e Tabela 6).
Comparando-se as capitais, apenas sete delas mostraram, em 2018, taxa de detecção inferior à taxa nacional: Brasília (1,0), Rio Branco (1,5), Goiânia (2,1), Belo Horizonte (2,1), João Pessoa (2,5), Natal (2,5) e Teresina (2,6). Porto Alegre é a capital com a maior taxa de detecção em 2018, com 20,2 casos/mil nascidos vivos, sendo esta sete vezes maior que a taxa nacional e 2,2 vezes maior que a taxa do estado do Rio Grande do Sul (9,2) (Figura 2 e Tabela 7).
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
De 2000 até junho de 2019, a faixa etária entre 20 e 24 anos é a que apresenta o maior número de casos de gestantes infectadas com HIV (27,8%), notificadas no Sinan. Segundo a escolaridade, observa-se que a maioria das gestantes infectadas com HIV possui da 5ª à 8ª série incompleta, representando 28,9% do acumulado de casos notificados no período (Tabela 8). Vale ressaltar que a proporção de casos em mulheres com nível médio completo vem apresentando tendência acentuada de aumento, tendo passado de 10,1% em 2008 para 21,0% em 2018.
Quanto à raça/cor da pele autodeclarada, há um predomínio de casos entre mulheres pardas, seguidas de brancas; em 2018, estas representaram 48,0% e 33,4% dos casos, respectivamente. As gestantes pretas corresponderam a 13,7% nesse mesmo ano (Tabela 8). Mesmo em tendência constante de queda, a proporção de gestantes brancas era superior à de pardas de 2000 a 2011. Em contrapartida, a tendência entre as mulheres pardas vem crescendo desde o início da série, as quais em 2012 se tornaram a maioria dos casos no país.
Casos de aids
De 1980 a junho de 2019, foram identificados 966.058 casos de aids no Brasil (Tabela 9). O país tem registrado, anualmente, uma média de 39 mil novos casos de aids nos últimos cinco anos. Entretanto, o número anual
Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2019).
FIGURA 2 Taxa de detecção de gestantes com HIV (por 1.000 nascidos vivos), segundo UF e capital de residência. Brasil, 2018
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
22,0
RS SC RR RJ AM PE MS AP PA AL RO MA PR MT TO SE ES RN SP CE BA PI PB MG GO DF ACTaxa
de
dete
cção
(por
1.0
00 n
asci
dos v
ivos
)
Unidade da Federação Capital Brasil
Brasil = 2,9
de casos de aids vem diminuindo desde 2013, quando atingiu 42.934 casos; em 2018, foram registrados 37.161 casos.
A distribuição proporcional dos casos de aids, identificados de 1980 até junho de 2019, mostra uma concentração nas regiões Sudeste e Sul, correspondendo cada qual a 51,3% e 19,9% do total de casos; as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste correspondem a 16,1%, 6,6% e 6,1% do total dos casos, respectivamente. Nos últimos cinco anos (2014 a 2018), a região Norte apresentou uma média de 4,4 mil casos ao ano; o Nordeste, 8,9 mil; o Sudeste, 15,4 mil; o Sul, 7,7 mil; e o Centro-Oeste, 2,8 mil (Tabela 9).
Do ano 2000 a junho de 2019, registrou-se um total de 756.586 casos de aids, sendo que 534.114 (70,6%) foram notificados no Sinan. Entre os casos não notificados, 57.402 (7,6%) foram encontrados no SIM e 165.070 (21,8%) no Siscel/Siclom. A soma dos casos encontrados no SIM e Siscel/Siclom representa 29,4% de subnotificação no Sinan. Observam-se importantes diferenças nas proporções dos dados, segundo sua origem, em relação às regiões do país. As regiões Sul e Centro-Oeste possuem maior proporção de casos oriundos do Sinan que o Norte, o Nordeste e o Sudeste. Chamam a atenção os estados do Pará e do Rio de Janeiro, com apenas 51,8% e 58,6% dos casos oriundos do Sinan, respectivamente (Tabela 10). Em 2018, apesar da recomendação da dispensação de medicação vinculada
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à notificação compulsória no Sinan, os estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Mato Grosso apresentaram menos de 50% seus casos oriundos do Sinan (Tabela 10).
A taxa de detecção de aids vem caindo no Brasil nos últimos anos. Em 2012, a taxa foi de 21,7 casos por 100.000 habitantes; em 2014, foi de 20,6; em 2016, passou para 18,9; finalmente, em 2018, chegou a 17,8 casos por 100.000 habitantes. Em um período de dez anos, a taxa de detecção apresentou queda de 17,6%: em 2008, foi de 21,6 casos por 100.000 habitantes e, em 2018, de 17,8 casos a cada 100.000 habitantes. As regiões Sudeste e Sul apresentaram tendência de queda
nos últimos dez anos; em 2008, as taxas de detecção dessas regiões foram de 22,8 e 35,7, passando para 16,0 e 22,8 casos por 100.000 habitantes em 2018: queda de 29,8% e 36,1%, respectivamente. A região Centro-Oeste, apesar de ter apresentado menores variações nas taxas anuais, também exibiu queda de 4,4% nos últimos dez anos, enquanto as regiões Norte e Nordeste mostraram tendência de crescimento na detecção: em 2008 as taxas registradas dessas regiões foram de 20,6 (Norte) e 13,5 (Nordeste) casos por 100.000 habitantes, enquanto em 2018 foram de 25,1 (Norte) e 15,8 (Nordeste), representando aumentos de 21,8% (Norte) e 17,0% (Nordeste) (Figura 3 e Tabela 11).
Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 3 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018*
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Taxa
de
dete
cção
(por
100
.000
hab
.)
Ano do diagnóstico
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Na Figura 4, observa-se um declínio na taxa de detecção de aids entre os anos de 2008 e 2018 em 11 UF: Rio Grande do Sul (39,3%), Paraná (36,6%), São Paulo (34,8%), Santa Catarina (29,1%), Distrito Federal (25,8%), Minas Gerais (25,2%), Espírito Santo (24,0%), Rio de
Janeiro (23,9%), Rondônia (6,1%), Mato Grosso (6,1%) e Mato Grosso do Sul (3,8%). Vale destacar o aumento de 81,7% na taxa de detecção do Rio Grande do Norte, no mesmo período.
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Em 2018, o ranking das UF referente às taxas de detecção de aids mostrou que os estados de Roraima e Amazonas apresentaram as maiores taxas, com 40,8 e 29,1 casos por 100.000 habitantes, respectivamente. Além disso, observou-se que outras 11 UF apresentaram taxas superiores à nacional (de 17,8/100.000 habitantes). Minas Gerais foi o estado com a menor taxa: 11,6
Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 4 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) e percentual de declínio ou incremento, segundo UF de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 e 2018*
6,8%BA
10,2%PI
9,8%CE
11,8 12,6
35,7%-AL47,1%TO
13,2 14,5
19,0 19,2
11,0 12,3
11,5 20,9
31,4 23,9
12,9 17,5
10,1%-SE
-23,9%RJ
10,8 11,9
18,6 13,8
-25,8%-DF
41,7%MA
36,1 25,6
15,8 17,4
26,2 16,6
-25,2%MG
15,5 11,6
10,2 15,0
23,0 15,0
10,6%GO
13,9 19,7
44,8 27,2
-34,8%SP
-6,1%RO
1,1%-PE
-39,3%RS
-36,6%PR
13,2 14,6
-29,1%- SC
11,8%-PB
21,7 16,5
23,0 21,6
-24,0%ES
-6,1%MT
81,7%-RN
19,1 26,6
39,3%PA
19,6 18,4
18,4 26,9
23,5 22,6
46,2%AP
28,7 29,1
39,5 40,8
-3,8%MS
1,4%AM
3,3%RR
9,1 12,1
33,0%AC
Taxa de detecção 2018
Taxa de detecção 2008
LEGENDA
Percentual de declínio ouincremento na taxa de detecçãode Aids entre 2008 e 2018
__%
casos/100.000 habitantes (Tabela 11). Entre as capitais, apenas Rio Branco e Brasília tiveram taxas inferiores à nacional: 17,4 e 13,8 casos/100.000 habitantes, respectivamente. Florianópolis apresentou taxa de 57,0 casos/100.000 habitantes, em 2018, valor superior ao dobro da taxa de Santa Catarina e 3,2 vezes maior que a taxa do Brasil (Figura 5 e Tabela 12).
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Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 5 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo UF e capital de residência. Brasil, 2018*
Brasil 17,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
RR AM RS AP PA SC RJ MS MT RN MA PE RO AL SE PR ES SP TO GO CE DF BA PB AC PI MG
Taxa
de
dete
cção
(por
100
.000
hab
.)
UF Capital
No Brasil, de 1980 até junho de 2019, foram registrados 633.462 (65,6%) casos de aids em homens e 332.505 (34,4%) em mulheres. No período de 2002 a 2009, a razão de sexos, expressa pela relação entre o número de casos de aids em homens e mulheres, manteve-se em 15 casos em homens para cada dez casos em mulheres; no entanto, a partir de 2010, observou-se uma redução gradual dos casos de aids em mulheres e um aumento nos casos em homens, refletindo-se na razão de sexos, que passou a ser de 23 casos de aids em homens para cada dez casos em mulheres em 2017,
razão que se manteve em 2018. Considerando-se os últimos dez anos, observou-se que a taxa de detecção de aids em homens apresentou aumento entre 2007 e 2011 (24,8 para 28,3 casos/100.000 habitantes) e redução a partir de 2012. Em 2018, a detecção de aids entre homens foi de 25,2 casos a cada 100.000 habitantes. Entre as mulheres, observou-se tendência de queda dessa taxa nos últimos dez anos, que passou de 17,0 casos/100.000 habitantes em 2008, para 10,5 em 2018, representando uma redução de 38,2% (Figura 6 e Tabela 13).
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Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 6 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) segundo sexo e razão de sexos, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018*
1,5 1,51,6 1,7 1,7
1,81,9
2,1 2,22,3 2,3
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Razã
o M
:F
Taxa
de
dete
cção
(por
100
.000
hab
.)
Ano do diagnóstico
Masculino Feminino Razão M:F
A razão de sexos apresenta diferenças regionais importantes, apesar de, em todas elas, haver um predomínio de casos em homens. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a razão de sexos, em 2018, foi de 26 e 27 casos em homens para cada dez casos em mulheres, respectivamente. Por sua vez, nas regiões Norte e
Nordeste, a razão de sexos, em 2018, foi de 23 casos em homens para cada dez casos em mulheres, enquanto na região Sul houve uma maior proporção de mulheres no total de casos de aids: a razão de sexos foi de 18 homens para cada dez mulheres (Figura 7 e Tabela 14).
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Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 7 Razão de sexos segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018*
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Razã
o de
sexo
s (M
:F)
Ano do diagnóstico
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
A razão de sexos também varia de acordo com a faixa etária. Em 2018, a faixa etária que apresentou menor razão de sexos foi a de 50 anos ou mais, com razão de 1,8, e a faixa que apresentou maior razão de sexos foi a de 20 a 29 anos, com razão de 3,8. Nessa última faixa também se verificou a maior variação percentual na razão de sexos, nos últimos dez anos: em 2008, a
razão de sexos era de 14 casos em homens para cada dez casos em mulheres, passando para 38 casos em homens a cada dez casos em mulheres em 2018. Houve pouca variação da razão de sexos nos últimos dez anos (2008 a 2018) nos grupos etários de 40 a 49 (11,7%) e de 50 anos ou mais (20,0%), em comparação com os outros grupos (Figura 8 e Tabela 15).
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Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 8 Razão de sexos segundo faixa etária, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018*
A maior concentração dos casos de aids no Brasil foi observada nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, em ambos os sexos. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 48,4% do total de casos registrados de 1980 a junho de 2019 (Tabela 16).
Quando comparados os anos de 2008 e de 2018, observam-se reduções nas taxas de detecção entre os indivíduos do sexo masculino com até 14 anos de idade
e nos homens de 30 a 59 anos. Entre as mulheres, observam-se reduções nas taxas de detecção de todas as faixas etárias. Em 2018, todas as faixas etárias, exceto aquelas até 14 anos, apresentaram taxas de detecção do sexo masculino superiores às taxas do sexo feminino. Para as faixas etárias de 20 a 24 e de 25 a 29 anos, as taxas de detecção dos homens são quase quatro vezes maiores do que as taxas das mulheres (Figura 9 e Tabela 17).
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Razã
o de
sexo
s (M
:F)
Ano do diagnóstico
13 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 anos ou mais
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Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 9 Taxa de detecção de aids (por 100.000 habitantes) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 2008 e 2018*
Entre os homens, nos últimos dez anos, observou-se um incremento na taxa de detecção entre aqueles de 15 a 19 anos, 20 a 24 anos, 25 e 29 anos e 60 anos e mais. Destaca-se o aumento da taxa entre jovens de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos, que foram, respectivamente de 62,2% e 94,6% entre 2008 e
2018. Em 2018, a maior taxa de detecção foi de 50,9 casos/100.000 habitantes, que ocorreu entre os indivíduos na faixa etária de 25 a 29 anos, tendo superado as taxas de detecção em homens de 30 a 34 anos e de 35 a 39 anos, que eram mais prevalentes até o ano de 2015 (Figura 10 e Tabela 17).
1,9
0,5
0,6
3,2
9,7
13,8
17,4
20,4
20,5
18,9
16,1
12,7
5,7
1,8
0,5
0,3
6,0
35,8
50,9
47,1
44,0
41,9
36,4
31,7
23,6
12,4
75,0 60,0 45,0 30,0 15,0 0,0 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0
< 5
5 a 9
10 a 14
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
≥ 60
2018
Homens Mulheres
Faix
aet
ária
Taxa de detecção (por 100.000 habitantes)
3,4
1,6
1,6
4,6
14,9
28,3
37,2
37,0
33,5
27,7
23,1
16,7
6,0
3,8
1,4
1,3
3,7
18,4
41,2
55,6
64,3
62,4
50,4
38,9
26,4
11,3
75,0 60,0 45,0 30,0 15,0 0,0 15,0 30,0 45,0 60,0 75,0
< 5
5 a 9
10 a 14
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
≥ 60
2008
Homens Mulheres
Faix
a et
ária
Taxa de detecção (por 100.000 habitantes)
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Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 10 Taxa de detecção de aids (por 100.000 habitantes) em homens, segundo faixa etária e sexo, Brasil. 2008 e 2018*
Entre as mulheres, verifica-se que, nos últimos dez anos, a taxa de detecção apresentou queda em todas as faixas etárias, sendo as faixas de 5 a 9, de 10 a 14, de 25 a 29 e de 30 a 34 anos as que apresentaram as maiores quedas: 68,8%, 62,5%, 51,2% e 53,2%, respectivamente, quando comparados os anos de 2008 e 2018 (Figura 11 e Tabela 17).
No ano de 2008, a maior taxa de detecção de aids foi observada entre as mulheres de 30 a 34 anos (37,2 casos/100.000 habitantes); em 2018, as faixas com maior detecção foram as das mulheres entre 40 e 44 anos (20,5 casos/100.000 habitantes).
3,7
18,4
41,2
55,6
64,3
62,4
50,4
38,9
26,4
11,3
6,0
35,8
50,9
47,1
44,0
41,9
36,4
31,7
23,6
12,4
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 e mais
Taxa
de
dete
cção
(por
100
.000
hab
.)
2008 2018
24
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Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 11 Taxa de detecção de aids (por 100.000 habitantes) em mulheres, segundo faixa etária e sexo, Brasil. 2008 e 2018*
A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos tem sido utilizada como indicador proxy para o monitoramento da transmissão vertical do HIV. Observou-se queda na taxa para o Brasil nos últimos dez anos, que passou de 3,6 casos/100.000 habitantes em 2008 para 1,9 casos/100.000 habitantes em 2018, o que corresponde a uma queda de 47,2% (Figura 12 e Tabela 18).
Todas as regiões apresentaram queda na taxa de detecção de aids em menores de cinco anos na comparação entre 2008 e 2018. A região com maior queda no período foi a região Sul, com taxa 64,7% inferior em 2018 (Figura 12 e Tabela 18). A redução observada na região Sudeste foi de 64,5%; no Norte, de 37,5%; no Centro-Oeste, de 30,7%; e, na região Nordeste, de 20,6% – a menor redução nas taxas.
4,6
14,9
28,3
37,2
37,0
33,5
27,7
23,1
16,7
6,0
3,2
9,7
13,8
17,4
20,4
20,5
18,9
16,1
12,7
5,7
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 e mais
Taxa
de
dete
cção
(por
100
.000
hab
.)
2008 2018
25
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 12 Taxa de detecção de aids (por 100.000 habitantes) em menores de cinco anos segundo região de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018*
Quando analisadas as taxas de detecção de aids entre menores de cinco anos por UF e suas capitais, observou-se que os estados do Amapá e de Roraima apresentaram as taxas de detecção mais elevadas em 2018: 9,2 e 8,2 casos por 100.000 habitantes,
respectivamente (Figura 13 e Tabela 18). Entre as capitais, as maiores taxas foram encontradas em Macapá (13,2/100.000 hab.), Florianópolis (11,9/100.000 hab.) e Boa Vista (10,4/100.000 hab.).
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Taxa
de
dete
cção
(por
100
.000
hab
.)
Ano do diagnóstico
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Fonte: Sinan; Siscel/Siclom; SIM.Nota: (*) Casos notificados no Sinan e Siscel/Siclom até 30/06/2019; no SIM, de 2000 a 2018.
FIGURA 13 Taxa de detecção de aids (por 100.000 hab.) em menores de cinco anos, segundo UF e capital de residência. Brasil, 2018*
Brasil 1,9
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
AP SC RR RN PB CE AM MA AC RJ RS PI BA PA AL RO SE MS GO SP PR MG DF TO PE ES MT
Taxa
de
dete
cção
(por
100
.000
hab
.)
Unidade da Federação Capital
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Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2019).
FIGURA 14 Distribuição percentual dos casos de aids em homens de 13 anos ou mais segundo categoria de exposição, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018
Quanto à categoria de exposição entre os indivíduos menores de 13 anos, a maioria dos casos em 2018 (86,2%) teve como via de infecção a transmissão vertical (Tabela 19). Entre indivíduos com 13 anos ou mais de idade, a principal via de transmissão em 2018 foi a sexual, tanto em homens (78,9%) quanto em mulheres (86,9%) (Tabela 20). Entre os homens, observou-se o
Observa-se na Tabela 21 que, em todas as regiões, a principal via de transmissão entre homens e mulheres com 13 anos de idade ou mais foi a via sexual. Entre os homens, no ano de 2018, as regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram predomínio da categoria de exposição de homo/bissexual (46,5% e 42,8%, respectivamente), enquanto nas demais regiões o predomínio foi heterossexual. No mesmo ano, a região Centro-Oeste mostrou a maior proporção de usuários
predomínio da categoria de exposição homo/bissexual (40,3%), superando a proporção de casos notificados como exposição heterossexual (38,7%). A proporção de usuários de drogas injetáveis (UDI) vem diminuindo ao longo dos anos em todo o Brasil, representando 2,4% dos casos entre homens e 1,5% dos casos entre mulheres no ano de 2018 (Figura 14 e Tabela 20).
de drogas injetáveis em homens (UDI), com 3,5% dos casos, após aumento de 20,6% na comparação com o ano anterior (Figura 15 e Tabela 21). Entre as mulheres, a categoria mais prevalente de transmissão (acima de 80%), em todas as regiões, foi a sexual. Quando observada a categoria de UDI, ao contrário do verificado entre homens, em 2018, a maior proporção ocorreu nas regiões Norte e Sudeste, sendo 1,7% em cada uma delas (Figura 15 e Tabela 21).
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano do diagnóstico
HSH Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Transmissão vertical
%
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Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2019).
FIGURA 15 Distribuição percentual dos casos de aids em homens de 13 anos ou mais, segundo categoria de exposição, por região de residência. Brasil, 2018
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Regiões do Brasil
HSH Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Transmissão vertical
%
Quando analisados os casos de aids nos últimos dez anos e a distribuição dos indivíduos pelo quesito raça/cor, observou-se queda de 20,0% na proporção de casos entre pessoas brancas. No mesmo período, a redução foi de 1% para as pessoas negras, enquanto houve aumento de 20,5% para as amarelas, 37,7% para as pardas e 100% para a população indígena (Figura 16 e Tabela 22).
Observando a série histórica, nota-se que desde 2009 os casos de aids são mais prevalentes em mulheres negras (pretas e pardas), enquanto entre homens isso ocorre desde 2012. No ano de 2018, as proporções observadas foram de 54,8% e 58% entre homens e mulheres negras, respectivamente.
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Fonte: Sinan (atualizado em 30/06/2019).
FIGURA 16 Distribuição percentual dos casos de aids segundo raça/cor da pele, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano do diagnóstico
Branca Preta Amarela Parda Indígena
%
A Tabela 23 apresenta as distribuições proporcionais dos casos de aids notificados no Sinan segundo escolaridade, por sexo. No acumulado dos anos, a maior concentração de casos de aids ocorreu entre indivíduos com a 5ª à 8ª série incompleta (21,3%), embora haja uma tendência de redução dos casos nesse grupo ao longo dos anos. Observaram-se diferenças nas proporções de casos segundo sexo entre os níveis de escolaridade: os homens com aids apresentaram grau de instrução mais elevado do que as mulheres. Em 2018, a proporção de casos entre homens analfabetos foi de 1,7%, enquanto entre as mulheres foi de 2,8%. No mesmo ano, a proporção de homens que tinham pelo menos o ensino médio completo foi de 38,3%, enquanto entre as mulheres esse mesmo grupo representou 23,2%. Ressalta-se que a proporção de notificações sem informação de escolaridade permanece elevada (25,1% em 2018).
Mortalidade por aids
Desde o início da epidemia de aids (1980) até 31 de dezembro de 2018, foram notificados no Brasil 338.905 óbitos tendo o HIV/aids como causa básica (CID10: B20 a B24). A maior proporção desses óbitos ocorreu na região Sudeste (58,3%), seguida das regiões Sul (17,7%), Nordeste (13,6%), Centro-Oeste (5,3%) e Norte (5,1%) (Tabela 24). Em 2018, a distribuição proporcional dos 10.980 óbitos foi de 41,1% no Sudeste, 22,0% no Nordeste, 19,1% no Sul, 11,0% no Norte e 6,8% no Centro-Oeste (Tabela 24).
No período de 2008 a 2018, verificou-se uma queda de 24,1% no coeficiente de mortalidade padronizado para o Brasil, que passou de 5,8 para 4,4 óbitos por 100.000 habitantes. No mesmo período, no Norte e Nordeste, observou-se aumento de 26,0% e 2,8% nesse coeficiente, respectivamente. Nas demais regiões, registrou-se diminuição do coeficiente de mortalidade, sendo que entre 2008 e 2018 o Sudeste apresentou queda de 43,8%, o Sul de 41,5% e o Centro-Oeste de 26,4% (Figura 17 e Tabela 25).
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
Brasil = 4,4
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
RS PA AM MT RJ RR PE SC MA PI RO BA MS AP RN CE SE AL GO PR AC ES SP PB MG DF TO
Coef
. de
mor
talid
ade
(por
100
.000
hab
.)
UF Capital Brasil
Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2018).Nota: (*) Óbitos registrados no SIM até 31/12/2018.
FIGURA 17 Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (por 100.000 hab.) segundo região de residência, por ano do óbito. Brasil, 2008 a 2018*
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Coef
. de
mor
talid
ade
(por
100
.000
hab
.)
Ano do óbito
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Em 2018, quando analisada a mortalidade por UF, dez delas apresentaram coeficiente superior ao nacional (4,4 óbitos por 100.000 habitantes): Rio Grande do Sul (7,8 óbitos/100.000 hab.), Pará (7,6), Rio de Janeiro (7,6), Roraima (7,6), Amazonas (6,9), Mato Grosso (5,6), Maranhão (5,4), Santa Catarina (4,7), Pernambuco (4,6)
e Mato Grosso do Sul (4,6). Os coeficientes inferiores ao nacional variaram entre 4,0 óbitos por 100.000 habitantes no Espírito Santo e 2,6 óbitos por 100.000 habitantes em Minas Gerais. O Amapá apresentou coeficiente padronizado de mortalidade por aids igual ao nacional (Figura 18 e Tabela 25).
FIGURA 18 Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (por 100.000 hab.), segundo UF e capital de residência. Brasil, 2018*
Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2018).Nota: (*) Óbitos registrados no SIM até 31/12/2018.
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
Na Figura 19, observa-se um aumento do coeficiente de mortalidade padronizado de aids entre os anos de 2008 e 2018 em dez Unidades da Federação, todas localizadas nas regiões Norte e Nordeste: Acre (100%), Rio Grande do Norte (45,8%), Pará (35,7%), Tocantins
Entre as capitais, apenas três apresentaram, em 2018, coeficiente de mortalidade padronizado igual ou inferior ao nacional: Palmas (2,9/100.000 hab.), Brasília (3,7/100.000 hab.) e Belo Horizonte (3,9/100.000 hab.). O maior coeficiente foi observado em Porto Alegre (22,5 óbitos/100.000 hab.), cinco vezes superior ao coeficiente nacional (Tabela 26).
(32,0%), Piauí (29,6%), Amapá (29,4%), Maranhão (28,6%), Alagoas (25,9%), Sergipe (12,11%) e Amazonas (9,5%). Entre os estados que apresentaram declínio em seus coeficientes padronizados de mortalidade, destacam-se São Paulo e Santa Catarina (Figura 19 e Tabela 25).
Do total de óbitos por aids registrados no Brasil no período entre 1980 e 2018 (n=338.905), 70,5% ocorreram entre homens (n=238.808) e 29,5% entre mulheres (n=99.961). A razão de sexos observada em 2018 foi de 20 óbitos entre homens para cada dez óbitos entre mulheres, taxa que vem apresentando comportamento linear desde 2005, com variação entre 19 e 20 óbitos entre homens para cada dez em mulheres (Figura 20 e Tabela 27).
Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2018).
FIGURA 19 Coeficiente de mortalidade padronizado de aids (por 100.000 hab.) e percentual de declínio ou incremento segundo UF de residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2008 e 2018
-11,4%BA
29,6%PI
-3%CE
3,5 3,1
25,9%-AL32,0%TO
3,3 3,2
4,9 4,6
2,8 2,8
2,4 3,5
8,8 7,6
2,7 3,4
12,1%-SE
-13,6%RJ
2,7 3,5
3,7 2,8
-24,3%-DF
28,6%MA
8,2 4,7
3,3 3,7
4,8 3,7
-31,6%MG
3,8 2,6
2,5 3,3
6,8 3,5
-15,4%GO
4,2 5,4
11,9 7,8
-48,5%SP
-23,4%RO
-6,1%-PE
-34,5%RS
-22,9 %PR
3,9 3,3
-42,7%- SC
0%-PB
4,7 4,0
6,6 5,6
-14,9%ES
-15,2%MT
45,8%-RN
5,6 7,6
35,7%PA
4,7 3,6
3,4 4,4
6,3 4,6
29,4%AP
6,3 6,9
8,6 7,6
-27,0%MS
9,5%AM
-11,6%RR
1,7 3,4
100%AC
Coeficiente de Mortalidade 2018
Coeficiente de Mortalidade 2008
LEGENDA
Percentual de declínio ou incrementono coeficiente de mortalidade de Aidsentre 2008 e 2018
__%
31
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
Em relação à faixa etária, não foram observadas diferenças expressivas no ano de 2018 entre os coeficientes de mortalidade por sexo em indivíduos de até 19 anos de idade. Em todas as demais faixas etárias, o coeficiente de mortalidade é maior em homens.
No geral, os coeficientes de mortalidade apresentaram queda nos últimos dez anos em todas as faixas etárias, com exceção das faixas entre 55 e 59 anos e 60 anos ou mais, que apresentaram respectivos aumentos de 10,1% e de 39,5%. Esse aumento do coeficiente de mortalidade por aids nas duas últimas faixas etárias foi observado para ambos os sexos. Entre os homens, os jovens de 20 a 24 anos também apresentaram uma leve tendência de aumento no coeficiente de mortalidade por aids: em 2008 o coeficiente era de 3,1 e em 2018 passou para 3,2 óbitos por 100.000 habitantes. Na população geral, as maiores reduções na mortalidade ocorreram nas crianças de até 14 anos e nos indivíduos de 30 a 34 (35,7%), de 35 a 39 (42,8%) e de 40 a 44 anos (36,7%) (Tabela 28).
Quando distribuídos proporcionalmente os óbitos notificados no ano de 2018 por raça/cor, observaram-se 59,8% entre negros (45,4% pardos e 14,5% pretos), 39,5% entre brancos, 0,4% entre amarelos e 0,3% entre indígenas. A proporção de óbitos entre mulheres negras foi superior à observada em homens negros: 61,5% e
59,0%, respectivamente. Realizando-se uma comparação entre os anos de 2008 e 2018, verificou-se queda de 22,2% na proporção de óbitos de pessoas brancas e crescimento de 22,5% na proporção de óbitos de pessoas negras (Tabela 29).
Classificação das Unidades da Federação (UF), capitais e municípios com 100.000 habitantes e mais, segundo índice compostoA Tabela 30 apresenta o ranking das UF segundo o índice composto pelos indicadores de taxas de detecção, mortalidade e primeira contagem de CD4 nos últimos cinco anos. O estado de Roraima encontra-se em primeiro lugar, seguido pelos estados do Amapá e do Pará. Em relação às capitais, as cinco posições mais elevadas no ranking são Belém, Boa Vista, Florianópolis, Macapá e Natal, conforme a Tabela 31.
Entre os municípios com 100.000 habitantes ou mais, dos 20 primeiros, seis pertencem ao estado do Rio Grande do Sul, três pertencem ao Pará, três ao Maranhão, dois a Pernambuco e os seis municípios restantes pertencem, cada qual, aos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Roraima, Amapá, Amazonas e Rio Grande do Norte, conforme consta na Tabela 32.
Fonte: SIM (atualizado em 31/12/2018).Nota: (*) Óbitos registrados no SIM até 31/12/2018.
FIGURA 20 Coeficiente de mortalidade de aids (por 100.000 hab.) segundo sexo e razão de sexos, por ano do óbito. Brasil, 2008 a 2018*
1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 2,0 2,0 2,0 1,9 2,0 2,0
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Razã
o M
:F
Coef
. de
mor
talid
ade
(por
100
.000
hab
.)
Ano do óbito
Masculino Feminino Razão M:F
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
Metodologias
1. Nota técnica para preparação do banco de dados de aids e construção das tabelasPara a preparação deste “Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2019”, foi utilizado o banco de dados de aids nacional do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) referente ao período de 1980 até junho de 2019. Para os dados de mortalidade, utilizou-se o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do qual foram selecionados os óbitos cuja causa básica foi HIV/aids (CID10: B20 a B24) no período de 2000 a 2018. Por fim, do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (Siscel) e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), foram utilizados todos os indivíduos registrados no sistema de 2000 até junho de 2019.
As bases do Sinan versão Windows (criança e adulto), referentes aos registros notificados até 2006, encontram-se congeladas e unificadas, o que significa que não foram realizados procedimentos de limpeza e relacionamento dessas bases entre si. Para as bases da versão NET (criança e adulto) referentes aos registros notificados a partir de 2007, foram, primeiramente, retiradas as duplicidades, considerando-se os seguintes campos de comparação: nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento. Em seguida, as bases de crianças e adultos foram relacionadas entre si, com o intuito de se identificarem crianças que tenham sido notificadas na base de adultos.
O método de exclusão das duplicidades do Sinan (versão NET) considerou o critério de definição de caso e a data de diagnóstico. Assim, os registros duplicados foram excluídos segundo a hierarquia dos critérios (CDC adaptado, Rio Caracas, Critério óbito, HIV positivo e descartado), e, em caso de empate (aqueles com o mesmo critério de definição), foi considerada a data mais antiga de diagnóstico.
O relacionamento entre todas as bases foi realizado utilizando-se como campos de comparação as informações do nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento, e, como chaves de blocagem, os códigos fonéticos do primeiro e último nome do paciente e o sexo, combinados de modos diferentes em três passos totalmente automatizados pelo software RecLink III.
Para a composição dos pares do relacionamento entre as plataformas do Sinan (Windows e NET), as
informações do Windows foram privilegiadas apenas nos casos em que se atendia ao critério de definição. As informações acerca dos registros que não atenderam a esse critério foram extraídas do NET.
Para os registros oriundos do SIM, foram retiradas as duplicidades considerando-se os mesmos campos de comparação do Sinan.
As bases de dados do Siscel e do Siclom permitem a formação da base de cadastro dos pacientes que acessam a rede, seja para realizar exames de CD4 ou carga viral, seja para receber medicamentos. Dessa base, foram retiradas duplicidades utilizando-se os mesmos campos de comparação do Sinan e SIM, e a base foi posteriormente relacionada com a base de dados do SIM.
Para a composição dos pares de registros encontrados pelo relacionamento das bases do SIM e Siscel/Siclom, privilegiaram-se as informações do Siscel/Siclom naqueles registros que atenderam ao critério de definição. Para os registros pareados que não atenderam ao critério, as informações foram extraídas do SIM.
Os registros do Siscel/Siclom e SIM unificados foram relacionados com os registros do Sinan (Windows e NET combinados), com o intuito de identificar provável subnotificação do Sinan e agregar a base de dados de aids. A composição dos pares originados por esse relacionamento privilegiou as informações do Sinan apenas nos casos que atenderam ao critério de definição. Naqueles que não atenderam a esse critério, as informações foram obtidas a partir do Siscel/Siclom, e por último, se não atenderam ao critério pelo Siscel/Siclom, as informações foram extraídas dos óbitos (SIM).
Os registros do Siscel/Siclom e SIM unificados que não foram pareados com o Sinan foram inseridos na base de aids nacional segundo os seguintes critérios: CD4 abaixo do esperado para a faixa etária com presença de carga viral detectável, ou dispensação de medicamentos, ou óbito por aids oriundo do SIM. Aqueles que não atendiam a esses critérios foram excluídos da base de dados.
Do mesmo modo, foram excluídos da base os casos de aids notificados no Sinan e classificados como critério descartado ou HIV positivo ou em branco, que não foram pareados com o SIM ou com o banco de cadastro do Siscel e Siclom. Adicionalmente, foram eliminados
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
aqueles pareados com o banco de cadastro que não atenderam aos seguintes critérios: CD4 abaixo do esperado para a faixa etária com presença de carga viral detectável, ou dispensação de medicamentos.
Os registros identificados como categoria de exposição “acidente de trabalho” que não apresentaram a investigação dessa exposição foram reclassificados como ignorados e encaminhados às respectivas Unidades da Federação para proceder-se à investigação.
Para os casos não notificados no Sinan, mas incorporados à base de aids nacional por serem provenientes do SIM, Siscel e Siclom, foi criada a variável data de diagnóstico com base na data do óbito (SIM) e na data da coleta do primeiro CD4 (Siscel), de acordo com a entrada do registro no banco de dados.
As tabelas referentes a UF, sexo e faixa etária foram elaboradas considerando-se as informações do banco relacionado (Sinan + SIM + Siscel/Siclom), enquanto as tabelas referentes às categorias de exposição, raça/cor e escolaridade foram construídas considerando-se somente os dados do Sinan.
2. Nota técnica para preparação do banco de dados de HIV e construção das tabelasPara a preparação dos dados de HIV, foi utilizado o banco nacional de dados de aids do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), versão em uso (Sinan NET) no período de 2007 até junho de 2019.
Para as bases da versão NET (criança e adulto) referentes aos registros notificados a partir de 2007, foram, primeiramente, separados todos os casos com o critério de definição HIV, e após esse processo foram retiradas as duplicidades, considerando-se os seguintes campos de comparação: nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento. Em seguida, as bases de crianças e de adultos foram relacionadas entre si, com o intuito de se identificarem crianças que tenham sido notificadas na base de adultos.
O método de exclusão das duplicidades do Sinan foi considerado como a data mais antiga de diagnóstico. Ou seja, os registros duplicados foram excluídos segundo a data de diagnóstico e, em caso de empate (aqueles com a mesma data de diagnóstico), foi considerada a primeira data de notificação.
O relacionamento entre as bases foi realizado utilizando-se como campos de comparação as
informações do nome do paciente, nome da mãe e data de nascimento, e, como chaves de blocagem, os códigos fonéticos do primeiro e do último nome do paciente e o sexo, combinados de modos diferentes em três passos totalmente automatizados pelo software RecLink III.
Os registros identificados como categoria de exposição “acidente de trabalho” que não apresentaram a investigação dessa exposição foram reclassificados como ignorados e encaminhados às respectivas Unidades da Federação para proceder-se à investigação.
3. Índice compostoPara a construção do índice composto, foram selecionados os seguintes indicadores:
i) Taxa média de detecção de aids na população geral nos últimos três anos;ii) Variação média da taxa de detecção de aids na população geral nos últimos cinco anos;iii) Taxa média de detecção de aids na população de menores de cinco anos, nos últimos três anos;iv) Variação média da taxa de detecção de aids na população de menores de cinco anos, nos últimos cinco anos;v) Taxa média de mortalidade por aids na população geral nos últimos três anos;vi) Variação média da taxa de mortalidade por aids na população geral nos últimos cinco anos;vii) Função inversa da média do logaritmo da primeira contagem de CD4 dos pacientes que entraram a partir de 2009 (f=1/logCD4) , excluídos os valores de CD4 iguais a zero e maiores de 3.000 células/mm³.
Em seguida, efetuou-se a padronização de cada um dos indicadores segundo a fórmula:
z = (xi — X)/σ
onde xi = valor observado de cada Unidade da Federação ou município; X = média de todos os valores do indicador; σ = desvio-padrão de todos os valores do indicador.
Por fim, aplicou-se a média ponderada desses indicadores padronizados, atribuindo-se peso 1 às taxas médias (indicadores i, iii e v) e peso 0,5 às variações médias e à função inversa da média do logaritmo do primeiro CD4 (indicadores ii, iv, vi e vii). Para exibir o índice final em números positivos, somou-se 5 a todos os valores finais.
34
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
4. Mapas temáticosComo fonte de informação, utilizaram-se os dados secundários de casos de aids notificados no Sinan, registrados no Siscel e no Siclom e declarados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), agrupados por meio de relacionamento probabilístico de dados, metodologia descrita no item 2, acima.
Para a análise, foi criada uma planilha em Microsoft Excel, Versão 2010, no formato Comma Separated Values (CSV), com número de casos de aids por código da Unidade da Federação (UF) de residência e ano de diagnóstico. Tais
dados possibilitaram o cálculo das taxas de incidência e de detecção e o coeficiente de mortalidade padronizado de aids para cada UF, descritos no Apêndice – Indicadores epidemiológicos para o monitoramento do HIV/aids.
Com base nas taxas de detecção e no coeficiente de mortalidade padronizado de aids para cada UF, foram elaborados mapas temáticos, por meio do programa Quantum GIS (QGIS), Versão 2.8.3, com a utilização da base cartográfica do Brasil por UF, em projeção WGS 84, fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponível em: http://downloads.ibge.gov.br.
35
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019Ta
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
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Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100.000 habitantes segundo índice composto. Brasil, 2014 a 2018
Ranking Município UF Índice Taxa de detecção(1)
Δ taxa de detecção(2)
Taxa de mortalidade(3)
Δ taxa de mortalidade(4)
Taxa de detecção <5 anos(5)
Δ taxa de detecção <5 anos(6)
Média do primeiro
CD4(7)
1º Rio Grande RS 8,434 57,2 -0,2 22,8 0,5 17,7 7,6 2902º Novo Hamburgo RS 6,739 45,5 1,5 16,6 0,3 10,9 -1,6 3103º Marituba PA 6,663 37,1 1,7 12,8 2,3 6,5 0,0 2244º Belém PA 6,581 55,1 2,2 16,5 0,0 3,6 -0,5 2585º Nilópolis RJ 6,408 20,9 -0,8 13,6 0,6 11,0 2,8 2776º Florianópolis SC 6,393 58,8 -0,5 9,6 -1,1 7,9 3,0 3167º Canoas RS 6,386 46,4 -3,5 17,2 -0,6 10,1 0,0 3478º Boa Vista RR 6,358 49,8 3,9 7,0 0,2 7,0 0,0 2539º Ananindeua PA 6,319 35,8 0,3 12,0 0,1 7,0 2,0 25110º Pelotas RS 6,241 39,8 1,4 11,3 -0,3 8,4 0,0 28211º Porto Alegre RS 6,241 60,6 -9,9 23,0 -1,2 8,6 -3,8 33212º Macapá AP 6,143 36,2 1,8 6,4 -0,4 9,5 2,2 28113º São José de Ribamar MA 6,087 39,5 1,7 9,3 0,8 6,4 0,0 30514º São Leopoldo RS 6,085 41,1 -0,9 16,5 -0,6 4,2 1,6 34515º Codó MA 6,084 35,7 2,1 9,9 0,3 2,4 1,8 21716º Manaus AM 5,955 47,1 -3,9 12,2 -0,3 6,1 -1,4 25717º Recife PE 5,952 36,8 -0,5 10,1 -0,4 7,6 0,5 29118º Natal RN 5,949 30,4 2,0 6,9 0,6 5,5 2,1 26019º Camaragibe PE 5,917 27,6 0,7 7,9 0,0 10,0 0,0 28720º São Luís MA 5,902 44,2 -0,1 9,2 -0,3 6,3 -0,8 28821º Balneário Camboriú SC 5,884 57,4 -8,1 11,6 1,1 4,8 0,0 35022º Vitória de Santo Antão PE 5,827 23,5 0,8 6,6 0,5 6,5 2,4 26223º Viamão RS 5,824 43,0 -2,2 14,9 -2,4 6,1 0,0 30024º Coronel Fabriciano MG 5,770 17,3 -1,2 4,2 -0,2 13,5 3,4 34725º Alvorada RS 5,719 49,5 -6,1 20,0 -2,2 4,3 -3,2 29526º Lages SC 5,712 28,4 -2,5 9,3 -1,7 9,6 2,4 31127º Itu SP 5,653 15,5 -1,8 7,2 0,8 6,0 4,5 29928º Cuiabá MT 5,645 32,1 1,8 9,6 0,3 2,3 -0,6 26729º Jandira SP 5,624 16,7 1,9 5,2 0,6 7,6 2,8 33630º Palhoça SC 5,606 45,3 1,6 10,7 -0,9 0,0 0,0 29431º Cabo de Santo Agostinho PE 5,606 28,1 -1,3 12,2 0,0 4,4 0,0 32032º Duque de Caxias RJ 5,597 26,8 0,7 12,8 0,1 3,8 -1,6 30733º Paranaguá PR 5,588 36,2 -4,5 18,5 -0,3 0,0 -2,2 25134º Almirante Tamandaré PR 5,575 23,4 -0,5 7,2 0,4 6,8 0,0 27935º Paço do Lumiar MA 5,551 40,4 -2,9 8,5 -0,1 3,5 0,0 28236º Fortaleza CE 5,550 27,2 -0,2 6,6 0,1 4,2 1,2 25537º Caraguatatuba SP 5,535 36,2 0,2 8,0 -1,0 4,1 3,1 39438º Santarém PA 5,535 42,6 3,2 5,6 -0,2 3,5 -0,9 33939º Rio das Ostras RJ 5,522 31,4 -0,4 7,3 -0,3 6,9 0,0 34740º Marabá PA 5,518 23,0 -0,7 9,9 0,3 4,7 0,9 32641º São José SC 5,505 51,1 -3,4 12,7 -1,3 2,3 -1,8 32242º Teresópolis RJ 5,505 15,5 0,3 5,6 0,8 10,1 0,0 36343º Maricá RJ 5,486 19,5 0,0 8,9 -0,2 4,0 3,0 31344º Maceió AL 5,485 30,1 1,9 6,5 -0,3 3,3 -0,6 25045º Nova Iguaçu RJ 5,482 31,4 -1,0 11,5 -1,6 3,0 0,5 26846º Cachoeirinha RS 5,478 38,4 -4,0 11,2 0,1 4,1 -3,1 27547º Nossa Senhora do
SocorroSE 5,473 23,2 3,7 5,3 -0,6 4,5 0,0 247
48º Bacabal MA 5,467 35,4 -1,4 11,3 -2,0 3,5 0,0 26349º Açailândia MA 5,463 14,4 -0,3 6,0 0,4 9,5 0,0 32250º Tucuruí PA 5,461 30,4 -2,7 10,3 -0,1 2,9 0,0 267
continua
68
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
Tabela 32 - Ranking dos 100 municípios com mais de 100.000 habitantes segundo índice composto. Brasil, 2014 a 2018
Ranking Município UF Índice Taxa de detecção(1)
Δ taxa de detecção(2)
Taxa de mortalidade(3)
Δ taxa de mortalidade(4)
Taxa de detecção <5 anos(5)
Δ taxa de detecção <5 anos(6)
Média do primeiro
CD4(7)
51º Angra dos Reis RJ 5,426 17,7 0,3 7,5 0,9 5,6 0,0 31852º Uruguaiana RS 5,410 30,2 -6,5 19,6 -0,7 3,6 -2,6 34453º Gravataí RS 5,408 31,3 -4,7 13,1 -0,8 3,8 0,0 30854º Rio de Janeiro RJ 5,402 31,7 -2,7 10,5 -0,9 4,3 -0,2 30155º Ariquemes RO 5,396 23,2 0,5 2,5 -0,5 4,4 3,3 24756º Araguaína TO 5,391 24,7 0,4 6,4 -0,9 6,7 0,0 29857º Itajaí SC 5,384 55,8 -8,2 19,5 -2,3 0,0 -1,7 34858º Parnaíba PI 5,380 14,3 -0,1 6,4 1,0 2,9 0,0 21159º São Gonçalo RJ 5,378 23,7 -0,1 9,3 -0,1 2,7 -0,8 25060º Santa Maria RS 5,374 33,1 0,3 9,1 -3,0 5,9 0,0 28761º Araxá MG 5,367 24,3 4,4 7,4 -0,1 0,0 0,0 25762º Parauapebas PA 5,366 38,3 -2,0 6,7 0,5 4,8 -1,2 36963º Volta Redonda RJ 5,364 29,0 0,5 7,0 0,3 2,1 1,6 33564º Aracaju SE 5,353 27,5 1,5 5,1 0,3 2,8 -1,1 24965º Aparecida de Goiânia GO 5,347 19,4 0,2 4,9 0,7 4,1 0,0 24666º Porto Velho RO 5,346 38,7 -5,2 10,5 -0,3 3,2 -1,2 29267º Rondonópolis MT 5,335 55,0 -2,9 9,0 -0,5 1,8 1,4 59068º Salvador BA 5,333 26,1 0,0 6,9 -0,2 3,5 -0,9 25569º Mesquita RJ 5,308 22,0 -0,9 12,9 0,0 0,0 0,0 28370º Tubarão SC 5,301 38,0 -3,4 11,5 -0,3 0,0 0,0 31171º Resende RJ 5,289 16,6 3,1 6,0 1,9 0,0 0,0 27772º Santa Bárbara d'Oeste SP 5,283 16,7 1,0 6,1 0,4 5,8 0,0 33173º Santa Cruz do Capibaribe PE 5,282 9,5 -3,0 3,2 0,9 7,2 2,7 27074º Barcarena PA 5,278 21,0 -0,9 5,8 -0,3 5,6 0,0 27175º Niterói RJ 5,273 26,8 -2,2 8,6 -0,8 4,1 0,0 28476º Feira de Santana BA 5,263 19,8 1,5 4,7 0,1 3,6 0,0 26077º Colombo PR 5,261 20,5 1,8 6,9 0,9 0,0 0,0 25778º São Lourenço da Mata PE 5,258 20,8 2,3 4,8 -2,1 4,0 3,0 26579º Teixeira de Freitas BA 5,257 21,5 2,0 7,7 0,6 2,5 -1,9 29380º Camaçari BA 5,253 16,1 0,3 6,1 -0,1 2,6 1,0 23281º Bauru SP 5,245 23,2 -1,8 9,1 -0,7 3,0 1,1 29582º Olinda PE 5,243 36,2 0,0 10,9 -0,8 1,3 -3,7 27783º Itumbiara GO 5,236 23,4 -1,5 7,8 0,4 0,0 0,0 22284º Dourados MS 5,235 31,8 2,4 7,2 0,6 0,0 -1,5 31985º Campos dos Goytacazes RJ 5,222 25,3 0,4 9,7 0,2 1,0 -1,5 29286º Pinhais PR 5,220 40,4 2,9 6,2 -1,8 0,0 0,0 28487º São João de Meriti RJ 5,209 25,4 -1,3 10,4 -1,7 3,4 -0,8 26688º Belford Roxo RJ 5,209 22,4 -3,4 10,5 0,3 3,0 -1,5 28489º Lauro de Freitas BA 5,207 20,4 -1,1 5,6 0,2 4,7 0,0 29090º Campo Grande MS 5,205 27,2 0,0 7,6 -0,1 2,6 -1,9 27391º Salto SP 5,203 14,9 -0,1 8,0 0,4 4,4 0,0 33092º Rio Branco AC 5,193 14,2 0,9 4,7 0,4 2,9 0,7 24793º Itapipoca CE 5,166 11,3 0,5 2,9 0,8 6,1 -2,2 22394º Abaetetuba PA 5,165 15,4 1,0 3,2 0,8 2,5 1,9 27995º Araçatuba SP 5,164 18,7 -2,3 8,2 0,7 2,7 0,0 30196º Queimados RJ 5,163 24,9 -0,8 11,4 -2,0 3,2 0,0 32097º Araucária PR 5,144 21,0 -0,7 7,0 -0,7 7,0 -2,6 30998º Mossoró RN 5,141 25,7 0,9 4,8 0,1 1,4 0,0 27599º Magé RJ 5,121 21,7 -3,8 11,4 0,0 4,0 -1,5 344100º Castanhal PA 5,120 24,2 0,1 7,5 -0,6 0,0 0,0 242
Fonte: MS/SVS/Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.Notas: (1) Taxa média de detecção de aids na população geral nos últimos 3 anos. (2) Variação média anual da taxa de detecção de aids na população geral nos últimos 5 anos. (3) Taxa média de mortalidade por aids na população geral nos últimos 3 anos. (4) Variação média anual da taxa de mortalidade por aids na população geral nos últimos 5 anos. (5) Taxa média de detecção de aids em menores de 5 anos nos últimos 3 anos. (6) Variação média anual da taxa de detecção de aids em menores de 5 anos nos últimos 5 anos. (7) Média calculada após transformação logarítmica.
conclusão
69
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
Apêndice
INDICADORESEPIDEMIOLÓGICOS CONSTRUÇÃO UTILIDADE(S) FONTE(S)
Taxa de detecção de casos de aids
Número de casos de aids em um determinado ano de diagnóstico e local de residência
________________________________
População de residentes nesse mesmo local, no mesmo ano de notificação
x 100.000
Medir o risco de ocorrência de casos novos confirmados de aids na população, segundo ano e local de
residência.
Relacionamento de bancos de dados do
Sinan, Siscel, Siclom e SIM – SVS/MS.Base de dados
demográficos fornecida pelo IBGE.
Taxa de detecção de aids em menores de 5
anos de idade
Número de casos de aids em menores de 5 anos de idade, em um determinado ano de diagnóstico
e local de residência
________________________________População de menores de 5 anos de idade,
residentes nesse mesmo local, no mesmo ano de notificação
x 100.000
Medir o risco de ocorrência de casos novos confirmados de aids na
população de menores de 5 anos de idade, segundo ano e local de
residência.É utilizada como proxy da taxa
de detecção de casos de aids por transmissão vertical.
Relacionamento de bancos de dados do
Sinan, Siscel, Siclom e SIM – SVS/MS.Base de dados
demográficos fornecida pelo IBGE.
Distribuição percentual de casos novos de aids segundo categoria de
exposição
Número total de casos de aids segundo categoria de exposição (heterossexual, homossexual,
bissexual, UDI, transfusão sanguínea, acidente de trabalho, transmissão vertical, ignorado/em
branco), em um determinado ano de diagnóstico e local de residência
________________________________
Total de casos novos de aids no mesmo local de residência e ano de notificação
x 100Medir a ocorrência anual de novos
casos de aids por categoria de exposição.
Sinan – SVS/MS.
Coeficiente de mortalidade infantil específica por sífilis
congênita
Número de óbitos por sífilis congênita em menores de 1 ano (causa básica)
em determinado ano e local de residência________________________________
Número de nascidos vivos, de mães residentes no mesmo local, no mesmo ano
x 100.000Medir o risco de óbito em crianças em consequência da sífilis congênita no
mesmo local de residência e ano.MS/SVS/SIM/Sinasc.
Detecção de casos de aids por sexo
Número de casos de aids por sexo, em um determinado ano de diagnóstico e local de
residência________________________________
População residente por sexo, nesse mesmo local, no mesmo ano de notificação
x 100.000Medir a ocorrência anual de novos
casos de aids por sexo.
Sinan.Base de dados
demográficos fornecida pelo IBGE.
APÊNDICE – Indicadores Epidemiológicos para o Monitoramento do HIV/Aids
continua
70
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Número Especial | Dez. 2019
Detecção de casos de aids em jovens
(15-24 anos)
Número de casos de aids em jovens de 15 a 24 anos de idade, em um determinado ano de
diagnóstico e local de residência
________________________________População de jovens de 15 a 24 anos de idade,
residentes nesse mesmo local, no mesmo ano de notificação
x 100.000
Medir o risco de ocorrência de casos novos confirmados de aids na população de jovens de 15 a 24 anos
de idade, segundo ano e local de residência.
Sinan.Base de dados
demográficos fornecida pelo IBGE.
Razão de sexos
Número de casos confirmados de aids em indivíduos do sexo masculino em um determinado
ano de notificação e local de residência________________________________
Número de casos confirmados de aids em indivíduos do sexo feminino no mesmo ano de
notificação e mesmo local de residência
Medir a relação quantitativa de casos de aids entre os sexos.
Sinan – SVS/MS.
Distribuição percentual por raça/cor
Número total de casos de aids segundo raça/cor, em um determinado ano de diagnóstico e local de
residência________________________________
Total de casos novos de aids no mesmo ano de notificação e local de residência
x 100Medir a ocorrência anual de novos
casos de aids por raça/cor.Sinan – SVS/MS.
Distribuição percentual por escolaridade
Número total de casos de aids segundo escolaridade, em um determinado ano de
diagnóstico e local de residência________________________________
Total de casos novos de aids no mesmo ano de notificação e local de residência
x 100Medir a ocorrência anual de novos
casos de aids por escolaridade.Sinan – SVS/MS.
Coeficiente bruto de mortalidade por aids
Número de óbitos por aids (causa básica) em determinado ano e local de residência
________________________________
População de residentes nesse mesmo local, no mesmo ano
x 100.000Medir o risco de óbitos em
consequência da aids na população geral.
SIM – SVS/MS.Base de dados
demográficos fornecida pelo IBGE.
Coeficiente de mortalidade por faixas
etárias
Número de óbitos por aids (causa básica) por faixas etárias, em determinado ano e local de
residência________________________________
População de residentes nesse mesmo local, no mesmo ano
x 100.000Medir o risco de óbitos em
consequência da aids na população geral, por faixas etárias.
SIM – SVS/MS.Base de dados
demográficos fornecida pelo IBGE.
Coeficiente de detecção de HIV em
gestantes
Número de casos de HIV detectados em gestantes em um determinado ano de notificação e local de
residência________________________________
Número total de nascidos vivos residentes nesse mesmo local, no mesmo ano de notificação
x 1.000Medir a frequência de gestantes com HIV segundo ano e local de
residência.
Sinan – SVS/MS.Número de nascidos vivos fornecido pelo
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos
(Sinasc).
conclusão
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúdewww.saude.gov.br/bvs