4
Edição: Associação Ambiental e de Lazer de Esmoriz Abril de 2011 http://www.aalesmoriz.blogspot.com e-mail: [email protected] PRESERVAR O PASSADO A PENSAR NO FUTURO (POSTAIS DE ESMORIZ) Brevemente, estará à venda, nos locais da especialidade, uma colecção de 8 postais ilustrados, onde são aborda- dos temas da cidade de Esmoriz. Tivemos a simpática colaboração de alguns patrocinadores que, como nós, pretendem deixar para os vindouros “documentos” que foram, e são, parte integrante de um todo que se chama de Esmoriz. 12 GESTÃO PARA VENCEDORES... Agente GESTWIN: HOT CHIP Av. da Praia, 1760 / 3885-406 Esmoriz www.hotchip.com.pt - [email protected] Florindo O. Pinto Solicitador [email protected] grafirefl[email protected] ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO

Boletim «ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO»

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Boletim informativo mensal da Associação Ambiental e de Lazer de Esmoriz.

Citation preview

Page 1: Boletim «ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO»

Edição: Associação Ambiental e de Lazer de EsmorizAbril de 2011

http://www.aalesmoriz.blogspot.come-mail: [email protected]

PRESERVAR O PASSADO A PENSAR NO FUTURO (POSTAIS DE ESMORIZ)

Brevemente, estará à venda, nos locais da especialidade, uma colecção de 8 postais ilustrados, onde são aborda-dos temas da cidade de Esmoriz.

Tivemos a simpática colaboração de alguns patrocinadores que, como nós, pretendem deixar para os vindouros “documentos” que foram, e são, parte integrante de um todo que se chama de Esmoriz.

12

GESTÃO PARA VENCEDORES...Agente GESTWIN: HOT CHIP

Av. da Praia, 1760 / 3885-406 Esmoriz www.hotchip.com.pt - [email protected]

Florindo O. Pinto

Solicitador

[email protected]

[email protected]

ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO

Page 2: Boletim «ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO»

RIO LAMBO

Baixei montanhas, passei vales, alimentei trutas, enguias, escalos,hoje me torturam imensos males, depósito de lixos, como evaporá-los?

Antigamente, era peixinho do rio! Já me chamaram esgoto da etar, nesta vida, nunca mais tive aquele brio, assassinaram-me, onde me vão sepultar?

Se alguém a quem possa perdoar, quero gritar-lhe forte num tribunal, tiraram-me o alento, sinto-me mal!...

Rio Lambo, desprotegido, só ossos, um dia vós tereis muitos remorsos, e enxugais minhas lágrimas de cristal!...

Francisco Pinho (Esmoriz és Emoção)

CISNE VULGAR

Ave, de grande porte, conhecida e vista em parques citadinos, são de plumagem branca, com o tubérculo nasal e as patas pretas e o nariz em tom avermelhado.O seu alimento predominante é constituído por plantas e raízes aquáticas, com a variante de utilizar os molus-cos e as larvas de insectos.Entre os mêses de Março e Maio, verifica-se a sua reprodução, em ninhos que são construídos junto dos lagos, e com o uso de folhas secas, ramos e algas.A postura anual ronda a meia dúzia de ovos, que são chegados ao ninho com o intervalo de dois dias e são incubados em cinco semanas.

MERGULHÃO DE CRISTA

O seu espaço para viver e se reproduzir tem de estar dotado de vegetação alta e abundante, emergente em lagos. Atinge de comprimento cerca de 50 cm., e o seu pescoço é fino, com as cores de branco e pardacento.

Alimenta-se de peixes, pequenos animais aquáticos e talos de plantas. Utiliza, ainda, para proteger os seus intestinos, o ingerir de penas que, por sua vez, atenuam a rigidez óssea dos animais usados na sua alimentação.

O seu ninho é construído sobre a água, tipo plataforma flutu-ante, com o uso de alguns galhos e ervas aquáticas. Em tempo de acasalamento, são notadas as mudanças de cor nas penas da cabeça e de admirar as danças que executam.

A postura ronda os seis ovos, que são incubados pela parelha, durante 4 semanas.

A fêmea, no período da postura, quando abandona o ninho, deixa os ovos cobertos com plantas. Nascidos os filhotes, mostram-se muito activos mas são acompanhados pelos seus progenitores durante largo tempo.

Page 3: Boletim «ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO»

PRAIA DE ESMORIZ

A comunidade residente, quando por ali nascida e criada, são detentores de uma personalidade com característi-cas muito próprias e que para bem os entender e perceber, é preciso mesmo muito com eles conviver.Quando se fala de obras de protecção da costa, muitas são as opiniões que surgem, receitas milagrosas são aos montões e os comentários, pela negativa, abundam.Certo, certo, é que as obras que estiveram em curso na vizinha freguesia de Paramos estão a ser dadas por con-cluídas e, agora, resta aguardar as consequências. Há quem já adiante “dentro de um ano somos engolidos”.As mais que prometidas “casas sociais”, continuam no rol das intenções das autarquias pois a Câmara não “tem pressa” e o assumir da posse do terreno que a Junta de Freguesia deu de mão beijada, a Ovar, ainda não foi ofi-cialmente recebido. Mas, uma ténue esperança acompanha os “proprietários” das barracas, que, pacientemente, vão aguardando. Aguardam e mais de 20 anos já passaram desde o acenar eleitoralista primeiro.E como um dia “terá de ser”, outros “proprietários” começam a “mexer”. Construíram em chão de “todos” e pretendem legalizar o que pensam ser simplesmente seu. Bem, este é um assunto que as autarquias de Esmoriz e de Cortegaça, terão de resolver, sob o olhar feliz de Ovar, que “sabe” que o entendimento não vai ser fácil. E enquanto o acordo não chega, vão encontrar razões para investir, na sede do concelho, o “nosso graveto”, - e o IMI dá para encher o “cofre” -, num espaço para brincar ao carnaval. Lá, em Ovar, vão “brincar ao carnaval”, e em Esmoriz muita gente, que é gente, vai continuar a “deliciar-se” e a viver num barraco ou em um barracão.Dissemos e afirmamos que os moradores da praia, são como são, e de entre eles alguns deixam testemunhos do seu muito querer ao “cantinho imenso”, onde nasceram e viveram.E, de Telmo Pinho Grosso, que em Setembro de 2010 “partiu”, transcrevemos um dos muitos “trabalhos” que nos deixou.

O pescador vai para o marVai sobre a madrugadaQuando a rede chega à terraFicam tristes, não traz nada.

É uma alegria verOs pescadores a trabalharQuando eles vão ver o sacoE vêm o carapau a saltar

As peixeiras ficam contentesE começam a apregoarÉ vivinha meu senhorSaiu agora do nosso mar

Ó que praia tão bonitaToda a gente assim nos dizMas era preciso mais limpezaNa nossa praia de Esmoriz

Page 4: Boletim «ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO»

AI BARRINHA, QUE SAUDADES...

Portugal está a passar por uma das grandes crises que, ao longo da sua já vetusta história o tem assolado. Contudo, esta é um tanto diferente das anteriores e veio provar, à saciedade, que ainda somos um país de infan-tis quanto ao exercício e gozo da democracia. Muitos dos ingénuos que fizeram o 25 de Abril, e grande número de nós que acompanhou e jubilou com aquela pacífica revolução, não imaginou nunca que haveriam de “produzir” uma classe de parasitas que tomaram de assalto este país, como se fosse coutada sua, destruindo-o financeira e moralmente.Nunca a cultura de valores foi tão postergada e substituída pela vigarice, ladroagem e propaganda de arraial de fim de missa.Por isso, os recursos nacionais, que já eram escassos, tornaram-se inexistentes e os portugueses passaram a ter de viver à custa dos outros que lhes emprestaram dinheiro, com receio de que a Europa ficasse mais fragilizada, mas na convicção de que receberiam o dinheiro de volta.Pois bem, é nos momentos de crise que se verificam dois fenómenos antagónicos e tão curiosos quanto ne-cessários. Um, é o “abandono do barco” por parte dos ratos que roeram a democracia e comeram tudo até às entranhas. O outro, é o surgimento de homens empreendedores, os gestores que hão-de reerguer este país, que possui uma outra história, muito melhor do que a que tais parasitas escreveram nos últimos anos.É nesse contexto que se espera e deseja que a “nossa” Barrinha possa ser objecto da acção de um desses em-preendedores e que, com os poucos recursos disponíveis, seja capaz de ver o quão importante e compensador é investir no seu aproveitamento.Esmoriz é um destino turístico com futuro e a Barrinha que já foi, pode voltar a tornar-se o seu ex-libris. Basta, entre outras coisas eventualmente previstas, criar um passadiço, suficientemente elevado, em redor da parte da Barrinha voltada para o mar e com alguma vista para o Norte e Nascente e ter-se-á muita gente de fora a querer passar e a parar em dois ou três miradouros estrategicamente colocados no conjunto do referido passadiço.Mas atenção. Está a falar-se de um investimento com retorno garantido durante a maior parte do ano e, por via disso, os verdadeiros beneficiários – cafés, restaurantes e outras casas comerciais da zona – terão de saber unir-se e participar no respectivo custo e, posteriormente, pugnar pela sua manutenção em perfeitas e sempre atraentes condições.Será que Esmoriz tem gente à altura das respectivas responsabilidades e competências?Às vezes basta querer e fazer um pouco, deixando de esperar que as coisas aconteçam, o que não dá certo, com toda a certeza.Então, força e mãos à obra.

Messias PintoAbril 2011