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Boletim Informativo - Ano 02 Edição 24
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www.b2finance-group.com Página 1
Recentemente uma
decisão do Supremo
Tribunal Federal
abriu a possibilidade
dos contribuintes multados em valores
superiores ao próprio tributo devido
reduzirem significativamente as
autuações fiscais. Isto porque, de
acordo com a decisão da 1ª Turma do
STF, no julgamento do Agravo
Regimental no Recurso Extraordinário
n° 833.106, a multa aplicada ao
contribuinte não pode ser superior a
100% e ultrapassar o valor do tributo.
Este precedente é importante porque as
legislações dos entes federativos
estabelecem penalidades que superam o
percentual de 100%, havendo margem
para discussão dessas penalidades
pecuniárias aplicadas aos contribuintes
em juízo. Apenas exemplificado, no
âmbito federal a multa de ofício é de
75%, podendo chegar a 225% se o
contribuinte criar "embaraço a
fiscalização". Por sua vez, no Estado de
São Paulo, uma empresa pode ser
autuada em até 300% se não recolher o
ICMS decorrente do uso do Emissor de
Cupom Fiscal (ECF). Já no Estado do
Pará, a multa será de 210% se a
empresa simular a saída de mercadoria
daquele Estado. (Colaborou:
Wellington Calobrizi – Sócio –
Curitiba Office)
BOLETIM INFORMATIVO Ano 2, Edição 24 - 19 de Fevereiro de 2015
NESTA EDIÇÃO
AUDITORIA ............................ 1
TECNOLOGIA ......................... 2
LEGISLAÇÃO ......................... 4
EDITORIAL ............................. 5
SUPREMO DECIDE QUE MULTA NÃO PODE SER MAIOR DO
QUE 100% DO TRIBUTO DEVIDO
AUDITORIA
O Superior Tribunal de
Justiça (“STJ”), em
decisão recente, liberou
os importadores do
pagamento de IPI na comercialização
de mercadorias importadas que não
estejam sujeitas a processo de
industrialização no país, reconhecendo
haver e existência de bitributação. O
tema foi julgado em embargos de
divergência (n° 1.393.102) pela 1ª
Seção do STJ, que tem por objetivo
unificar a jurisprudência do Tribunal.
Normalmente as ações judiciais são
propostas por importadores que foram
autuados pelo não recolhimento de IPI
sobre a revenda de mercadoria ou
ingressaram em juízo preventivamente.
Pelo entendimento prolatado na
referida decisão, é necessária a
industrialização ou aperfeiçoamento do
produto importado para possa haver a
incidência do IPI no momento da
revenda para o mercado interno. Isso
porque, segundo o STJ, a saída de
produto do estabelecimento importador
que não sofreu processo de
industrialização no país não está
abarcada pelo fato gerador do IPI, não
podendo sujeitar-se à incidência deste
imposto. Este entendimento do STJ é
um importante precedente para
importadores que revendem produtos
importados e pretendem ingressar em
juízo para discutir o tema. (Colaborou:
Wellington Calobrizi – Sócio –
Curitiba Office)
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STJ DECIDE QUE IPI NÃO INCIDE NA REVENDA
DE MERCAORIAS QUE NÃO SOFREM
INDUSTRIALIZAÇÃO NO PAÍS
Página 2 www.b2finance-group.com
A 1ª Seção do STJ,
através do Recurso
Especial n°
1.235.979, também
decidiu que o creditamento de bens e
serviços utilizados como insumos
previsto nos artigos 3º, II, da Lei n°
10.833/2003 e da Lei n. 10.637/2002
abrange os custos com peças,
combustíveis e lubrificantes
utilizados por empresa que,
conjugada com a venda de
mercadorias, exerce também a
atividade de prestação de serviços de
transporte da própria mercadoria que
revende. Esse entendimento
demonstra que o tipo de atividade das
empresas passou a ser considerado
para o reconhecimento de créditos de
PIS e COFINS. No caso concreto, a
empresa comercial tinha também
como objeto social o transporte
rodoviário de cargas em geral. O
precedente abre a possibilidade de
creditamento de bens e serviços
utilizados como insumos por parte
das empresas comerciais que hoje
encontram limitações na legislação
em vigor. (Colaborou: Wellington
Calobrizi – Sócio – Curitiba Office)
STJ PERMITE O CRÉDITO
DE INSUMOS PARA PIS E
COFINS DE EMPRESA
COMERCIAL O tímido crescimento de
cerca de 3% ao ano do
mercado mundial de
ERP (sistema integrado de gestão
empresarial) tem acendido o sinal de
alerta de players globais. Durante
2014, Totvs e SAP anunciaram
novas diretrizes estratégicas,
apresentando discursos semelhantes
sobre o conceito de simplicidade e as
exigências dos clientes da nova
geração. Ao chegar ao mercado de
trabalho, a geração Y levaria consigo
uma familiaridade com a tecnologia
antes restrita aos profissionais de TI.
Acostumados a consumir marcas
como Google e Apple, eles
exigiriam ferramentas capazes de
combinar o belo e o simples. Num
clique, eles esperam responder às
suas perguntas por meio de
infográficos coloridos e atrativos. O
desafio, portanto, seria o de
aproximar esse novo público ao
universo do ERP. Segundo Laércio
Consentino, CEO da Totvs, a
geração de nossos dias pensa e se
relaciona de maneira diferente, ela
quer influenciar e ser percebida de
maneira única e especial. Assim, o
desafio de sua empresa seria o de
viabilizar esses novos
comportamentos. Em abril deste
ano, durante o evento Universo
Totvs e ao som de Happy, do
Pharrell Williams, Consentino
reforçou que a empresa passa por um
processo de transformação. Este
processo poderia ser sintetizado por
meio de seu novo slogan “mais
simples, mais colaborativa e 100%
conectada”. A SAP, por sua vez, tem
repetido durante todo o ano que seu
objetivo é simplificar. Bill
McDermott, CEO global da
empresa, explicou durante o
SAPPHIRE NOW 2014 e ao som
de Bon Jovi que “Compreender a
complexidade da tecnologia é um
dos desafios que enfrentamos na
indústria. Por isso, decidimos
enfrentar este desafio e simplificar
todo o nosso software”. Em agosto
de 2014, durante a 17ª edição da
Conferência Anual da Asug, Cristina
Palmaka, Presidente da SAP Brasil,
reforçou que “A SAP não é
conhecida por ser a empresa mais
simples”. Simples sem ser simplista
Os grandes gênios de séculos
passados, de Leonardo da Vinci a
Einstein, já tinham dado a dica: keep
it simple, expressão conhecida hoje
em dia pelo acrônimo Kiss. A
questão é como trazer esse conceito
secular para o ERP. Tanto a Totvs
quanto a SAP respondem que é
possível ser mais simples por meio
de uma tecnologia ágil, fácil de
utilizar e de implementar
independente das especificidades do
core business de cada cliente.
Porém, analistas lembram que é
característico do ERP uma
complexidade essencial que não
pode ser eliminada. A percepção do
usuário final, seja ele da geração Y
ou não, se limita ao uso da interface.
Do ponto de vista daqueles que
desenvolvem, implantam, e ou
mantém o sistema, a simplicidade
deve se manifestar de diversas
formas, ou seja, da arquitetura ao
processo de instalação e
manutenção. Como exemplo disso,
lembremos o software de finanças da
SAP, o Simple Finance. Ora, mesmo
com a palavra “simples” em seu
nome, um software de finanças da
SAP nunca será realmente simples, o
que ele pode ser é o mais simples
possível. Enfim, ser simples não é
fácil, especialmente quando se trata
de mover uma organização de
grande porte em uma nova direção.
No entanto, Totvs e SAP não têm
economizado em aquisições,
esforços na nuvem e na atuação por
meio de segmentos de negócios.
Nesta corrida, a SAP anunciou que
em 2015 entrará nos segmentos de
saúde e educação. Já a Totvs tem
apostado em uma nova interface
para os seus ERPs por meio do
Fluig, plataforma que ganhou
destaque durante o ECM Show
2014. Se depender dessas empresas
o belo e o simples estarão garantidos
no trabalho cotidiano da exigente
geração Y. (Colaborou: Jorge
Oronzo–Sócio de auditoria–São
Paulo Office)
COMO MOTIVAR A GERAÇÃO Y
PARA O USO DO ERP?
COMÉRCIO MÓVEL GERA
RECEITA DE R$ 3,5
BILHÕES EM 2014
TECNOLOGIA
As compras realizadas por meio de
dispositivos móveis representaram
9,7% de todo o volume do e-
commerce no Brasil em 2014, uma
receita de cerca de R$ 3,5 bilhões. A
maior parte dessas transações foi
realizada com smartphones (56%),
que superaram o volume originado
em tablets, que havia começado o
ano com vantagem (60%). Os dados
são da pesquisa WebShoppers,
realizada pela Federação do
Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP) e divulgada nesta
quarta-feira, 4.
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O relatório diz também que o perfil
do consumidor móvel é formado na
maioria por pessoas das classes A e
B (62%), enquanto os das classes C
e D representam 27%. No geral, a
renda média do usuário de mobile
commerce no País é de R$ 6.128,
contra R$ 4.378 do consumidor de
lojas eletrônicas em geral. Outro
dado da FecomercioSP é que as
mulheres são as que mais compram
com dispositivos móveis: 56%. A
média de idade do consumidor
móvel é de 40 anos, com a faixa
etária de 35 a 49 anos a que mais
realiza transações (39% das
mulheres e 38% dos homens). A
receita total do e-commerce em
2014 foi de R$ 35,8 bilhões,
aumento de 17% em relação ao ano
anterior. Foram 61,6 milhões de
consumidores com pelo menos uma
compra online. Até o fim de 2015, o
E-bit prevê um faturamento de R$
43 bilhões, 20% acima do ano
passado. (Fonte: MobileTime) –
(Colaborou: Abel Babini – Sócio
de Technology)
Do jeito que está
redigido, o
projeto de lei (PL)
de proteção de
dados pessoais
posto em consulta
pública pelo Ministério da Justiça
pode inviabilizar o modelo de
negócios de serviços digitais
gratuitos bancados por publicidade
ou cruzamento de dados, como
Gmail, Facebook, WhatsApp,
Waze, Foursquare e tantos outros. A
opinião é de Rafael Pellon, diretor
da Associação Brasileira de Direito
da Tecnologia da Informação e das
Comunicações (ABDTIC) e sócio
da FAS Advogados. "Ficaria
inviabilizado o trade off. Esses
serviços teriam que adotar um
modelo de cobrança do usuário",
avalia. "O projeto de lei procura
estabelecer uma gradação entre
dados mais e menos sensíveis. Isso
está correto. Mas falta explicar
melhor o que são esses dados
sensíveis. Se não for definido
direito, tudo vira dado sensível",
critica Pellon. Ele cita como
exemplo o fato de a minuta do PL
considerar como dado sensível
informações de cunho "filosófico-
moral", o que é muito subjetivo. Por
outro lado, ele concorda com a
classificação como sensível de
dados pessoais de caráter religioso,
político e sexual. Ao mesmo tempo,
na minuta posta em consulta pública
não se fala em dados de
geolocalização, tão comuns hoje
com os celulares e capturados por
vários apps populares. "Parece ser
uma lei voltada para os grandes
players de Internet, especialmente
redes sociais, como Facebook e
Twitter. Mas deixa de lado todo o
resto da vida on-line", analisa.
Todos os serviços digitais que
coletam dados pessoais precisariam
exigir um consentimento prévio e
expresso dos usuários para tal, mas
o PL não detalha como isso deve ser
feito. "Um checkbox é expresso o
suficiente? Há dúvidas sobre isso",
comenta. Pelo PL, a transferência
internacional de dados pessoais
também exigiria consentimento do
usuário. Essa transferência acontece
corriqueiramente com vários
serviços na nuvem, e geralmente
atende a critérios técnicos e
econômicos. O tema traz de volta a
discussão sobre a obrigatoriedade
de uso de data centers nacionais,
abordada durante o debate sobre o
Marco Civil da Internet. A consulta
pública sobre o PL está aberta e vai
até o fim de fevereiro. Qualquer
cidadão pode participar e dar a sua
opinião, através do site do
Ministério da Justiça. (Fonte:
MobileTime) – (Colaborou: Abel
Babini – Sócio de Technology)
PL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS
INVIABILIZARIA SERVIÇOS GRATUITOS
99% DO TRÁFEGO MÓVEL BRASILEIRO EM 2019
SERÁ “INTELIGENTE”
Em 2019, 99% do tráfego móvel
brasileiro de dados será
"inteligente", ou seja, proveniente de
aplicações que requerem
computação ou recursos multimídia
avançados a partir de dispositivos
com conexão 3G ou 4G. Em 2014,
essa participação foi de 85%, de
acordo com o novo relatório Visual
Networking Index (VNI), da Cisco.
Ao longo dos próximos cinco anos,
o tráfego mensal de dados móveis no
Brasil vai aumentar nove vezes,
passando de 64 para 602 Petabytes.
No ano inteiro de 2019 serão
trafegados 7,2 Exabytes através de
dispositivos móveis no País, contra
0,8 Exabyte em 2014. Desse total,
90% será proveniente de aplicações
voltadas para o consumidor final e
10%, para negócios. A participação
de aplicações de vídeo saltará de
53% para 72% nesse intervalo de
tempo. A base de usuários móveis
no Brasil será de 174,9 milhões em
2019, equivalente a 83% da
população nacional. Em 2014 eram
152,8 milhões. A participação do 4G
sobre a base de dispositivos no País
passará de 1,9% em 2014 para
24,1% em 2019, prevê a Cisco.
(Fonte: MobileTime) –
(Colaborou: Abel Babini – Sócio
de Technology)
Página 4 www.b2finance-group.com
O regulamento do imposto de renda
(Decreto 3.000 de 26 de março de
1.999) é composto de 1.004 artigos.
Cerca de 10% deles cuida
exclusivamente de penalidades a
serem impostas ao sujeito passivo.
Além disso, inúmeros artigos e
títulos foram revogados ou
alterados. O regulamento
transformou-se ao longo do tempo
no “samba do afro-descendente
mentalmente transtornado”! O
Ministério da Fazenda desrespeita
há mais de 40 anos (sic) uma norma
clara e simples do Código
Tributário Nacional, contida na
parte final do artigo 212: “Os
Poderes Executivos federal,
estaduais e municipais expedirão,
por decreto, dentro de 90 (noventa)
dias da entrada em vigor desta Lei,
a consolidação, em texto único, da
legislação vigente, relativa a cada
um dos tributos, repetindo-se esta
providência até o dia 31 de janeiro
de cada ano.” Essa confusão parece
ser deliberada. Ou, quem sabe,
decorre da falta de atenção dos
diversos ministros ou secretários da
Receita que deveriam fazer um
trabalho bem feito. Esta hipótese
não podemos afastar, eis que já
tivemos nesses cargos pessoas que
não eram do ramo, desde delegados
de Polícia, passando por médicos,
geólogos etc. Essa falta de atenção
para com o cumprimento da Lei
5.172, aliada ao descaso em relação
aos direitos do contribuinte, muitas
vezes desprezado pelos servidores
públicos, acabou por criar um
ambiente hostil nas relações entre as
partes, cuja harmonia deveria
prevalecer, em proveito da
economia do país. Já defendemos a
necessidade de ser criado o Código
de Defesa do Contribuinte, de
abrangência nacional. Alguns
estados já aprovaram estatutos dessa
espécie, como São Paulo e Minas,
por exemplo.
Tramita no Congresso o PL
2.557/2011 de autoria do deputado
Laércio Oliveira (PR-SE), que é o
atual vice-presidente da
Confederação Nacional do
Comércio (CNC). Serão necessários
esforços de toda a sociedade para
que o projeto tenha bom resultado.
Todos nós precisamos encaminhar
aos congressistas em quem votamos
ou com os quais temos algum
relacionamento e principalmente às
entidades das quais participamos
(OAB, CRC, Rotary, Lions, Igrejas,
Maçonaria etc) cópia do projeto e
solicitar-lhes atenção para eventuais
falhas ou apenas pedir apoio. Uma
das questões que merecem ser
incluídas no projeto é a garantia à
não auto-incriminação, isto é, o
direito do contribuinte a não
fornecer informações, documentos
ou provas que o incriminem.
Realmente, ao receber uma
intimação do fisco para prestar
esclarecimentos sobre suas
obrigações tributárias, o
contribuinte (pessoa jurídica ou
física) pode ficar em dúvida sobre o
alcance e a validade de tais
intimações. Todas as nossas
relações com o poder estão sob a
proteção e limites da Constituição
Federal. Nenhuma norma legal e
menos ainda a de simples decreto
ou regulamento pode conceder ao
Fisco poderes que violem tal
proteção ou ultrapassem aqueles
limites. Tanto em relação a pessoas
jurídicas quanto físicas as
intimações invocam para amparar
seu dever/direito as normas dos
regulamentos dos tributos que sejam
objeto da verificação. Do imposto
de renda os artigos 927 e 928 do
regulamento merecem transcrição:
“Art. 927. Todas as pessoas físicas
ou jurídicas, contribuintes ou não,
são obrigadas a prestar as
informações e os esclarecimentos
exigidos pelos Auditores-Fiscais do
Tesouro Nacional no exercício de
suas funções, sendo as declarações
tomadas por termo e assinadas pelo
declarante (Lei 2.354, de 1954, art.
7º). Art. 928. Nenhuma pessoa
física ou jurídica, contribuinte ou
não, poderá eximir-se de fornecer,
nos prazos marcados, as
informações ou esclarecimentos
solicitados pelos órgãos da
Secretaria da Receita Federal
(Decreto-Lei 5.844, de 1943, artigo
123, Decreto-Lei 1.718, de 27 de
novembro de 1979, artigo 2º, e Lei
5.172, de 1966, artigo 197). § 1º O
disposto neste artigo aplica-se,
também, aos Tabeliães e Oficiais de
Registro, às empresas corretoras,
ao Instituto Nacional da
Propriedade Industrial, às Juntas
Comerciais ou repartições e
autoridades que as substituírem, às
caixas de assistência, às
associações e organizações
sindicais, às companhias de seguros
e às demais pessoas, entidades ou
empresas que possam, por qualquer
forma, esclarecer situações de
interesse para a fiscalização do
imposto (Decreto-Lei 1.718, de
1979, artigo 2º).” A transcrição é
cópia fiel do regulamento em vigor,
tal como está hoje no site da
Presidência da República e merece
várias críticas que levam tais
normas na primeira leitura ao
absoluto descrédito e, num exame
jurídico feito com amparo na
jurisprudência e na melhor doutrina,
à total nulidade, por negativa de
vigência à Constituição e ao Código
Tributário Nacional. Assinale-se de
início que todas as normas que estão
entre parênteses no texto acima são
alterações de textos anteriores, com
as quais as mudanças (melhor
dizendo “remendos”)
regulamentares foram introduzidas,
são anteriores à Carta Política
vigente, que restaurou e/ou ampliou
os direitos afastados ou reduzidos
na ditadura militar. Pelo menos uma
é da ditadura getulista! Das normas
mencionadas acima a única
expressamente recepcionada pela
Constituição de 1988 é a Lei 5.172
(Código Tributário Nacional), cujo
artigo 197 não trata de informações
dos c ontribuintes, mas de terceiros.
E as normas desse artigo
direcionam-se às pessoas ali citadas
(tabeliães, serventuários,
instituições financeiras,
inventariantes etc.). Quanto a
bancos e financeiras, há de
prevalecer o sigilo, que só
REGULAMENTO DO
IMPOSTO DE RENDA É
UM SAMBA
ATRAVESSADO
LEGISLAÇÃO
As palavras são reflexo dos
pensamentos e sentimentos e têm um
poder enorme, tanto para agradar
quanto para ferir as outras pessoas.
Na maior parte das vezes, não
medimos realmente o impacto que
uma palavra pode ter. Dizemos
coisas sem pensar, não percebemos o
que dizemos e muito menos as
consequências geradas a partir de
uma palavra ou expressão negativa.
Com as palavras, podemos fer ir e
ofender os outros, afetando, assim,
os relacionamentos, o bem-estar e
convivência. Pensar antes de falar:
As discussões nas quais os
interlocutores estão alterados
costumam ser os momentos em que
se dizem mais palavras
equivocadas. Por quê? Pela emoção
negativa, pela raiva. Estudos
demonstram que este sentimento
gera fortes mudanças no sistema
nervoso autônomo, que se refletem
nos atos e palavras. Por isso, para
evitar que as palavras sejam armas
destrutivas, é preciso torná-las
conscientes, dominar a ira,
desenvolver o autocontrole e ser
emocionalmente inteligentes. Não é
só "o que" se diz, mas "como" se
diz: Não se trata de repr imir os
sentimentos nem deixar de expressar
as opiniões. Tudo pode ser dito com
respeito, sempre de forma amável,
amorosa e tranquila. O que
determina que uma crítica seja
construtiva ou destrutiva é a maneira
como ela é dita. O tom da voz,
as palavras utilizadas e os gestos
que as acompanham são
determinantes para que uma
mensagem seja poderosa e bem
recebida pelo outro; do contrário, ela
pode se tornar foco de discussão e
desgostos. Neste sentido, também é
importante ser acertados, ou seja,
saber identificar os momentos mais
oportunos para conversar. Por
exemplo, quando uma pessoa está
muito alterada, não é conveniente
conversar; neste caso, o silêncio é
melhor que apalavra. Quando a raiva
desaparecer, então será oportuno
falar. Táticas para evitar ofender com
as palavras: Ao cor r igir os filhos,
ao expressar desacordo ao cônjuge,
ao pedir esclarecimento a um colega
de trabalho, chefe ou funcionário, ou
a pedestres enquanto se dirige, ao
fazer uma reclamação em uma loja
ou restaurante... O poder
das palavras é colocado à prova em
múltiplas ocasiões. Algumas
sugestões para evitar ofender os
outros são: - Em um momento de ira,
se você sentir que não pode se
controlar, é melhor abandonar
a comunicação e tentar se acalmar:
não é hora de falar. - "O que você vai
dizer, antes de dizer a outra pessoa,
diga a você mesmo". Esta é uma
estratégia para evitar palavras
equivocadas. - É preciso controlar as
emoções com a razão. Respire fundo.
Não faça com os outros o que você
não gostaria que fizessem com você:
este é um princípio de vida que se
aplica perfeitamente a este caso. -
As palavras têm poder no
inconsciente e podem acabar se
tornando realidade. Por isso,
erradique palavras negativas e
ocupe sua mente com pensamentos
positivos, pois eles proporcionam um
estado mental tranquilo, que ajuda a
diminuir a raiva, a depressão, o mau
humor e a irritabilidade. - Elimine a
autocrítica e a crítica aos outros.
Também os juízos de valor. -
Exercite a escuta – muitas vezes
mais efetiva que a fala.
As palavras amáveis não custam
nada, mas valem muito. Busquemos
sempre construir, não destruir.
UNIDADES
São Paulo / SP
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Contato: Wellington Calobrizi
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Rio de Janeiro / RJ
Phone +55.11.3173.4499
Email: [email protected]
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pode ser violado por decisão
judicial. Em relação às demais
pessoas lá citadas, parte delas
executa registros públicos. Não se
pode obrigar o contribuinte a
obedecer normas endereçadas a
terceiros. Portanto, falta amparo
legal à exigência. O Código
Tributário Nacional determina que a
fiscalização deve ser regulada por
lei, não por decreto, nos termos do
que diz o artigo 194. O termo
“legislação” do artigo 96 diz que ela
“compreende as leis, os tratados e as
convenções internacionais, os
decretos e as normas
complementares...” Mas sobre tudo
isso prevalece a regra de legalidade
absoluta, fixada pela Constituição,
quando afirma que ninguém é
obrigado a fazer ou deixa de fazer
nada que não esteja previsto em lei.
Veja-se que o artigo 97, inciso V,
explicita que só a lei pode fixar
penalidade para ação ou omissão.
Não fornecer informações ou
documentos ao fisco é direito do
contribuinte, a quem não cabe fazer
prova de interesse da autoridade.
Mas não é legal impedir seu acesso
ao estabelecimento e eventual
apreensão (com auto e recibo) de
livros ou documentos. Ou seja: o
contribuinte tem deveres e direitos,
tanto quanto o Fisco. Esperemos que
o Estatuto de Defesa dos
Contribuintes consiga harmonizar
esse relacionamento, em benefício
de toda a sociedade brasileira.
(Colaborou: Jorge Oronzo – Sócio
de auditoria)
EDITORIAL: O PODER DAS PALAVRAS E SEU IMPACTO NAS RELAÇÕES