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Boletim Informativo 3º Trimestre 2010 Número 3 / Ano I

Boletim Informativo Edição 3

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Boletim Informativo da Associação FARO1540, perioricidade trimentral.

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2º Trimestre de 2010

Número 2 / Ano I

Boletim Informativo

3º Trimestre 2010

Número 3 / Ano I

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2

matérias estejam em cima

da mesa aquando da

aprovação de novas

estruturas urbanas. A

Associação FARO 1540

agradece o apoio a todos

os colaboradores presen-

tes na iniciativa e aos

patrocinadores, Vodafo-

ne, IPJ, Lusoambiente,

Revista Jardins e Jornal

Arquitecturas pela logísti-

ca disponibilizada essen-

cial para este tipo de

eventos.

A expedição espeleologi-ca foi uma das actividades em destaque neste perío-do de Verão, honrando assim protocolo celebra-do com a Associação Geonauta. Espero que gostem e até à próxima edição.

Caros Associados

Aqui está o Boletim Infor-

mativo do terceiro tri-

mestre de 2010, da Asso-

ciação FARO 1540.

Depois de um período

para “carregar as bate-

rias”, as férias de Verão, a

Associação FARO 1540

volta em força. Nesta edi-

ção iremos dar destaque

ao seminário promovido

pela nossa associação, que

será realizado no próximo

dia 8 de Outubro de

2010, dedicado à Reabili-

tação Urbana e Desen-

volvimento Sustentável. A

desertificação das conhe-

cidas “baixa da cidade”

com a consequência

directa do aumento das

periferias urbanas , com

todas as consequências

que acarreta, desde a

reestruturação das princi-

pais vias de comunicação,

reestruturação dos trans-

portes públicos será o

tema alvo do seminário.

Claro que as novas e as

velhas estruturas devem

ser alvo de um minucioso

projecto energético,

apontando para um

menor consumo de ener-

gia será outro tema a ser

discutido. Esperamos que

esta iniciativa seja uma

mais valia para o conce-

lho de Faro e que estas

Nota Editorial

FICHA TÉCNICA

DIRECÇÃO

Bruno Lage

Nuno Antunes

COORDENAÇÃO

Nuno Antunes

REDACÇÃO

(Nesta Edição)

Bruno Lage

Idália Sebastião

Nuno Antunes

PAGINAÇÃO / DESIGN

Nuno Antunes

REVISÃO

Idália Sebastião

NOTA EDITORIAL 2

MENSAGEM DO PRESIDENTE RIA FORMOSA: MARAVILHA DE PORTUGAL

3

CARACTERIZAÇÃO DO QUA-DRO SOCIAL DA FARO 1540

4

SEMINÁRIO “REABILITAÇÃO URBANA E DESENVOLVIMEN-

TO SUSTENTÁVEL”

5

A PAZ NO SUBSOLO —EXPEDIÇÃO ESPELEOLÓGICA

6

FARO 1540 LIBERTA MAIS DE 700 LIVROS NA CIDADE

10

DIVULGAÇÃO 7ª URBAVERDE

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Nesta edição:

3º Trimestre de 2010 Número: 3 / Ano: I

B O L E T I M I N F O R M A T I V O

www.FARO1540.org

Investigação A Organização Meteorológi-ca Mundial (WMO) e o Pro-grama das Nações Unidas para o Ambiente tornaram público, um relatório que afirma que o buraco na camada de ozono tem-se mantido sem grandes altera-ções nos últimos dez anos.

Segundo o comunicado publicado pela WMO “ os esforços internacionais para proteger a camada de ozono são um sucesso e pararam com as perdas adicionais de ozono, contribuindo para mitigar o efeito estufa.” O relatório foi escrito e revis-to por cerca de 300 cientis-tas e lançado no Dia Inter-nacional das Nações Unidas para a Preservação da Camada de Ozono.

Nuno Antunes

Vice-Presidente da Direcção

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Natural desde 1987 e estende-se pelos conce-lhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António e abran-ge uma área de cerca de 18400 hectares ao longo de 60 Km desde o Ancão até à Manta Rota.

A sul é protegida do Oceano Atlântico por um cordão dunar quase para-lelo à orla continental, formado por 2 penínsulas (Península de Faro que engloba a praia do Ancão e a praia de Faro e a Península de Cacela que engloba a praia da Manta Rota) e 5 ilhas barreira arenosas (Ilha da Barreta, Ilha do Farol, Ilha da Armona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas) que ser-vem de protecção a uma vasta área de sapal, canais e ilhotes.

Este sistema lagunar tem uma forma

triangular e apesar de ser reconhecido como ria, na realida-

de não o é

A norte, em toda a exten-são, o fim da laguna não tem uma delimitação pre-cisa, uma vez que é recor-tada por salinas, pequenas praias arenosas, por terra firme, agricultável e por linhas de água doce que nela desaguam (Ribeira de São Lourenço, Rio Seco, Ribeira de Marim, Ribeira de Mosqueiros e o Rio Gilão). Tem a sua largura máxima

A Ria Formosa está de parabéns, uma vez que foi eleita no passado dia 11 de Setembro, nos Aço-res, como uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal arrecadando a preferência dos portu-gueses na categoria Zonas Marinhas. Ao todo foram mais de 590 mil votos recolhidos ao lon-go de 6 meses.

Com esta distinção mais que merecida, a Ria For-mosa viu premiada a sua riqueza ambiental e cultu-ral que, infelizmente, mui-tos responsáveis teimam em não valorizar.

A Ria Formosa viu premiada a sua

riqueza ambiental e cultural que, infeliz-mente, muitos res-ponsáveis teimam em não valorizar

Esperemos que este pré-mio, aliado ao programa Polis, devolva a esta lagu-na, de importância mun-dial, todo o seu esplendor

e que se ponha finalmente cobro a acções altamente lesivas que a têm deterio-rado de forma acentuada nas últimas décadas, pondo contudo de parte funda-mentalismos exacerbados que apenas servem para vincar um profundo e pre-judicial divórcio entre o Homem e a Natureza. Convém não esquecer que actualmente, a Ria Formo-sa e a sua envolvência que compõem o Parque Natu-ral continua sujeita a gran-des pressões do lobby imobiliário e todos os anos surgem no seu território empreendimentos e equi-pamentos turísticos, que vão de forma sistemática delapidando este patrimó-nio natural. Por outro lado, a qualidade das águas não é a desejável apresentando índices de contaminação muito eleva-dos, como são os casos das elevadas taxas de fosfatos, amónia e nitratos e con-centrações de oxigénio muito baixo dos valores limite, que estrangulam e empobrecem a produção de bivalves que nesta lagu-na representam 80% a 90% de toda a produção nacio-nal. Assim, urge tomar medidas concretas sobre estas con-dicionantes de forma a podermos afirmar sem reservas que a Ria Formo-sa é de facto uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Recorde-se que a Ria For-mosa é uma área protegida com o estatuto de Parque

Ria Formosa: Maravilha de Portugal

M E N S A G E M D O P R E S I D E N T E

Bruno Lage

Presidente da Direcção

junto à cidade de Faro (cerca de 6 Km) e varia-ções que nos seus extremos, a Oeste e a Este, atingem algumas centenas de metros.

Este sistema lagunar tem uma forma triangular e apesar de ser reconheci-do como ria, na realida-de não o é, uma vez que uma ria é um vale fluvial inundado pelo mar o que não é o caso, uma vez que a laguna não é nenhum vale fluvial e é formada por ilhas barrei-ra.

As Ilhas Barreira, são do tipo transgressivo ou seja vão recuando para o Continente através da acção do mar (galgamentos) e do ven-to (cortes eólicos), à medida que o nível do mar em relação ao Con-tinente vai subindo. A Ria Formosa, segundo o PNRF, é uma zona húmida de importância internacional como habi-tat de aves aquáticas. Está, por este motivo, inscrita na Convenção de Ramsar, pelo que o Governo Português assumiu o compromisso de manter as caracterís-ticas ecológicas da zona e de promover o seu uso racional. Esta área protegida está também classificada como zona de protecção especial no âmbito da Directiva 79/409/UE.

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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A associação Faro 1540 desde a data da sua funda-ção, em 12 de Março de 2009, até hoje conta já com 47 associados.

Ao fim desde ano e meio de existência considerou-se interessante em realizar uma caracterização do qua-dro social da nossa associação que nos mostra o perfil tipo do nosso associado e será interessante comparar estes resultados com caracterizações que venham a ser realizadas no futuro, identificando e acompanhando com mais detalhe a evolução da Faro 1540.

No indicador Idade, o quadro social da associação apresenta uma média de 34 anos. Fragmentando por 6 faixas etárias, temos na faixa compreendida entre os 18 e os 25 anos um valor de 12,9%. A faixa entre os 26 e os 35 anos é a mais significativa representando 64,5%

do total. Na faixa seguinte, entre os 36 e os 45 anos o valor desce para os 12,9%, enquanto que a faixa entre os 46 e os 55 anos apresenta-se somente com 3,2%. A faixa entre os 56 e 65 anos de idade tem um valor de 6,5% e por fim a faixa de associados com mais de 65 anos tem um valor nulo, dada a ausência de sócios com estas idades.

No que diz respeito às Habilitações Académicas, 77,4% têm uma Licenciatura e desses, 25% possuem um Mestrado ou uma pós-graduação pré-Bolonha. Para além deste valor bastante elevado no que diz res-peito a estudos universitários o que se traduz num nível elevado de formação académica e profissional, é de destacar que16,1% dos nossos associados tem fre-quência universitária, onde estão incluídos os estudan-tes universitários enquanto que somente 6,5% têm

habilitações ao nível do ensino secundário.

No descritor Género, apresenta-se um valor muito equilibrado dado que o género masculino representa 54,8% e o género feminino situa-se na casa dos 45,2%.

kkkProfissionalmente, os nossos associados estão dis-tribuídos por um leque diversificado de actividades des-tacando-se a Engenharia com 25,8%, as Ciências Huma-nas e Sociais com 16,1%, o Direito, a Economia e Ges-tão e o Ensino cada um com 9,7%, a Medicina com 3,2% e os Estudantes Universitários com 12,9%.

Caracterização do Quadro Social da “FARO 1540”

C A R A C T E R I Z A Ç Ã O Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Habilitações AcadémicasEnsino Superior

Frequência Universitária

Ensino Secundário

outro

0

10

20

30

40

50

60

Masculino Feminino

Género

Género

Actividade Profissional Engenharia

Ciências Humanas  e SociaisEconomia e Gestão

Direito

Ensino

Empresários

Estudantes Universitários

Medicina

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A “FARO 1540” vai levar a efeito no próximo dia 8 de Outubro (6ª feira), em Faro, no auditório do IPJ — Insti-tuto Português da Juventude um seminário técnico sobre Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Susten-tável.

Como todos nós sabemos, a Requalificação e a Reabili-tação Urbana têm surgido nos últimos anos como uma ferramenta fundamental para devolver a determinadas áreas das cidades a vida e a dinâmica de outros tempos.

De facto, o efeito Donut, ou se preferirmos o esvazia-mento dos centros urbanos, está neste momento a tor-nar-se uma realidade em diversas cidades e a assumir em muitos locais contornos preocupantes onde se assis-te à degradação progressiva das suas estruturas urbanas, dos seus edifícios e dos seus espaços exteriores.

É insustentável continuar a viver em cidades completa-mente degradadas, sem vida e será uma política suicida continuar a “empurrar” os cidadãos para fora dos cen-tros urbanos. Não promover políticas que invertam esta situação será conduzir a cidade à decadência e à morte pelo seu interior.

Para debater este conceito aliado ao Desenvolvimento Sustentável, a FARO 1540 vai promover o referido seminário onde se espera para além de formar e infor-mar os participantes sobre esta temática promover um debate alargado e uma troca de experiências com vista a encontrar e desenvolver novas soluções.

As inscrições neste evento visam somente colmatar o custo do mesmo, apresentando por isso preços muito acessíveis. Assim, os associados da “FARO 1540” com as quotas em dia não pagam inscrição, os estudantes terão uma taxa de inscrição de 10 €uros enquanto que nos restantes casos a inscrição será de 20 €uros. A organização procurou apresentar um programa que abordasse as principais questões sobre esta temática, convidando para isso especialistas em diferentes maté-rias que seguramente dão garantias de uma boa aborda-gem e de um debate esclarecedor sobre os temas apre-sentados. De referir que este evento será Carbon Free pois será calculada a taxa de emissões de Dióxido de Carbono emitidas para a atmosfera e será compensada com a plantação de árvores, correspondentes a essa emissão, em terrenos de recuperação florestal.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Seminário “Reabilitação Urbana e Desenvolvimento

Sustentável”

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No passado dia 19 de Setembro ocorreu a primeira expedição espeleológica resultante da parceria entre a Associação Faro 1540 e a Associação Geonauta, assina-da no 1.º Jantar Conferência da Faro 1540 subordinado ao tema “Geologia e Espeleologia no Algarve”, que decorreu a 7 de Novembro de 2009. A expedição teve lugar no Algar do Romão situado no concelho de S. Brás de Alportel e contou com uma equipa de 6 elementos das duas associações.

O Algarve do ponto de vista geológico é caracterizado por 3 formações distintas: o Litoral, o Barrocal e a Ser-ra. A Serra Algarvia é constituída por xistos e grauva-ques carbónicos e apresenta um relevo pronunciado, solos pobres e ausência de águas subterrâneas. A parte central da região é ocupada pelo Barrocal, região consti-tuída essencialmente por rochas carbonatadas jurássicas,

com um relevo relativamente suave, fortemente condi-cionado pela tectónica. As depressões cársicas, cobertas por terra rossa, são objecto de agricultura intensiva, em

que as culturas de sequeiro têm vindo a ceder o lugar a culturas de regadio. O Litoral é uma região aplanada, cuja altitude não ultrapassa, em geral, os cento e poucos metros e é ocupada, em grande parte, por rochas ter-ciárias, destacando-se as rochas carbonatadas miocéni-cas e os depósitos detríticos pliocénicos. A ocupação humana é intensa pois é nessa região que se concentram as infraestruturas turísticas e a agricultura desenvolvida.

É no Barrocal algarvio, sobretudo na zona do Algarve Central que, devido à sua composição geológica, ocor-rem as formações carbonatadas mais representativas da região e, por conseguinte, as principais cavernas e alga-res. Os algares são definidos na literatura como cavidades que se desenvolvem no sentido vertical, mais profundas do que largas, e que podem comunicar com cavidades subterrâneas. Estas cavidades podem-se formar devido ao desmoronamento do tecto de uma sala ou

A C T I V I D A D E S

A paz do Subsolo Expedição Espeleológica

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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galeria subterrânea ou devido ao alargamento de uma fenda por acção corrosiva da água de infiltração ou da água subterrânea. Alguns autores consideram os algares como um tipo específico de grutas. Grutas ou cavernas são definidas como cavidades sub-terrâneas naturais que podem ser simples ou constituí-das por complexas ramificações, podendo apresentar

um desenvolvimento vertical e/ou horizontal. O Algar do Romão apesar de ter a denominação de algar é também constituído por outras cavidades subter-râneas, nomeadamente galerias, salas, corredores e goteiras. Os processos erosivos que se verificaram nesta gruta ao longo de milhares actuaram de forma heterogé-nea esculpindo desde salas relativamente amplas a pequenos corredores através dos quais só é possível passar a rastejar. Estas grutas são o resultado de um longo processo de carsificação. A água da chuva torna-se ligeiramente acidi-ficada por possuir ácido carbónico resultante da dissolu-

ção do dióxido de carbono atmosférico na água. Esta água adquire ainda maior acidez ao atravessar o solo que se encontra naturalmente enriquecido em dióxido de carbono. Os calcários, maioritariamente compostos por calcite sofrem dissolução pelo ácido carbónico pre-sente na água. Assim, estas cavernas são formadas pela água ácida que atinge a zona freática e dissolve a rocha ao longo das fracturas e planos de estratificação originais. Após milha-res de anos as cavidades tornam-se em grandes galerias. Quando o nível freático rebaixa naturalmente devido à dissolução e aumento de permeabilidade de camadas inferiores estas galerias esvaziam-se. Contudo, a acção da água não termina após o esvazia-mento das galerias e salões. O processo erosivo que se

verificava pela acção da água dá lugar a um processo construtivo criando-se formações rochosas típicas das cavernas, entre as quais as mais conhecidas são as esta-lactites e as estalagmites. O Algar do Romão apresenta inúmeras formações deste tipo, umas já mais desenvolvi-das do que outras, formando tectos lindíssimos.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Estas cavernas são formadas pela água ácida que atinge a

zona freática e dissolve a rocha ao longo das fracturas e planos

de estratificação originais.

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As estalactites são formações rochosas sedimentares que se formam no tecto das grutas, crescendo para bai-xo, em direcção ao solo. Quando a água da chuva cai

sobre uma caverna e escorre pelas rochas transporta dióxido de carbono e minerais do calcário. Ao entrar em contacto com o ar dentro da caverna o carbonato de cálcio precipita como calcite devido à libertação do dióxido de carbono e começam-se as estalactites. A for-mação destas estruturas leva muito tempo, geralmente, crescem 1 cm por século. A água que pinga da ponta de uma estalactite cai no chão de uma caverna e deposita mais calcite. Surgem assim as estalagmites. Quando as estalactites e as esta-lagmites se unem, há a formação de colunas ou pilares.

Nestas grutas devido à ausência de luz pode dizer-se que a flora é praticamente inexistente. Para além da ilu-minação há uma série de outros factores que tornam esse ambiente muito diferente do exterior, como a pequena variação de temperatura e humidade. Contudo existem animais que usam estas grutas como abrigo ou mesmo como habitat durante toda a sua vida. De entre os animais que usam as grutas como abrigos e locais de reprodução encontram-se os morcegos. Existem tam-bém animais que podem viver tanto dentro das cavernas como fora destas, nomeadamente alguns tipos de insec-tos e existem ainda animais que se especializaram para a vida no interior das grutas, caracterizam-se por terem características específicas como falta de pigmentação,

olhos atrofiados ou inexistentes, longas antenas ou orgãos olfativos muito sensíveis dos quais os mais representativos pertencem à classe dos artropodes e aos anfíbios. Nesta expedição ao Algar do Romão foi possível identificar indivíduos das duas primeiras classes descritas, nomeadamente morcegos e “traças”.

Apesar da beleza que se encontra nestas grutas e da paz que emana destas formações imutáveis do ponto de vista da escala temporal humana, o respeito da maioria dos visitantes pela sua imponência é pequeno. O Algar do Romão, em virtude de se tratar de uma gruta de acesso relativamente fácil (uma descida de cerca de 4m permite ter acesso a este mundo subterrâneo) encon-tra-se extremamente vandalizado com o mais variado tipo de inscrições nas suas paredes, desde a típica assi-natura do prevaricador com a respectiva data, até setas a marcar percursos, para além disso encontram-se os mais variados tipos de materiais utilizados para escre-ver desde a gravação na pedra com um objecto pontia-gudo, à utilização do comum lápis de carvão e mesmo a utilização de tintas de grafites.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

A água que pinga da ponta de uma estalactite cai no chão de uma caverna e deposita mais

calcite.

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Como se não fosse suficiente deixar a sua marca os visi-tantes, partem as delicadas formações, que demoraram milhares de anos para atingir os tamanhos e formatos actuais, de modo a poderem levar para casa uma recor-dação.

Contudo, apesar das evidências de grande presença humana, foi com agrado que se verificou a quase inexis-tência de lixo, pois as cavernas para além de apresenta-rem formações geológicas de grande riqueza visual fazem parte dos sistemas hidrogeológicos. Assim, qual-quer poluição das águas em cavernas pode contaminar fontes de águas potáveis, rios e poços. Além disso, esses contaminantes podem matar os animais que vivem na caverna. Entre as fontes de poluição, estão o

despejos de lixo, que podem incluir pilhas usadas, res-tos de alimentos e mesmo excrementos humanos.

Apesar da espectacularidade deste mundo é preciso aprender a respeitá-lo, quer através da preservação da sua magia, quer pelos perigos que pode representar para os exploradores, nomeadamente quedas, doenças, como a raiva que pode ser transmitida pelos morcegos, e envenenamentos causados por fungos.

A Faro 1540 agradece à Associação Geonauta nas pes-soas do Ricardo, do Hugo e do Cristiano, a possibilida-de que nos ofereceram de conhecer as maravilhas do subsolo algarvio e a paciência, boa disposição e ensina-mentos que nos permitiram fazer uma expedição diver-tida e em segurança.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Como se não fosse suficiente deixar a sua marca os visitan-

tes, partem as delicadas forma-ções, que demoraram milhares de anos para atingir os tama-nhos e formatos actuais, de modo a poderem levar para

casa uma recordação.

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Após o lançamento do movimento BOOKCROSSING em Faro, no final do mês de Maio, a nossa associação recebeu, nos últimos três meses, doações que totaliza-ram mais de 500 livros.

Estes livros e publicações estão agora a ser catalogados e estão a ser libertados de forma gradual pelas 12 Zonas Oficiais de Libertação (ZOL) existentes em Faro e que lhe dá o estatuto de cidade líder em Portugal em núme-ro de ZOL´s.

Assim, espera-se que até ao final do mês de Outubro o número de livros libertados, a cargo da FARO 1540, ascenda a 700.

Recorde-se que o BOOKCROSSING pode ser definido como um acto de cidadania e de altruísmo que consiste na prática de deixar um livro num local público, para que outros o encontrem, o leiam, o voltem a libertar e

assim sucessivamente.

O objectivo deste movimento é fomentar e facilitar o acesso à cultura e especificamente à leitura.

Para que isso se torne numa realidade, “libertam-se” livros nas Crossing Zones ou ZOL para que o maior número de pessoas possível (BookCrossers) os possa ler, em vez de os manterem parados nas suas estantes.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

“FARO 1540” liberta mais de 700 livros na cidade

A “Faro 1540” acolheu nos

últimos três meses mais 6

associados a saber: Marco Leandro dos Santos, Ricar-

do Martins Galrito, Ana Cristina Diogo, Susana da

Cunha Gonçalves, Jorge da Cunha Gonçalves e Antó-

nio da Costa Freire.

Quadro Social

O objectivo deste movimento é fomentar e facilitar o acesso à cultura e especificamente à

leitura.

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Nos dias 23, 24 e 25 de Fevereiro de 2011 realiza-se no Centro de Congressos do Estoril a 7ª UrbaVerde – Feira das Cidades Sustentáveis, promovida pelo jornal Arquitecturas, uma publicação do Grupo About Media, em parceria com a Câmara Municipal de Cascais.

Ao longo dos seus três dias, a 7ª UrbaVerde constitui-rá um lugar de exposição e apresentação dos pro-dutos, serviços e tecnologias das empresas que ope-ram no mercado das cidades e, com especial enfoque, aquelas que contribuem para o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis.

A UrbaVerde, com sua reconhecida qualidade formati-va, será igualmente um local de partilha de conhecimen-tos, experiências, casos práticos de sucesso e estraté-gias, a nível nacional e internacional.

O conjunto de iniciativas da 7ª UrbaVerde - Feira das Cidades Sustentáveis irá abordar as temáticas, questões práticas e soluções que vão de encontro ao quotidiano dos profissionais, decisores e técnicos de todo o sector das cidades:

- Exposição de produtos e serviços para o mercado das cidades

- Espaço Know-How – Das Empresas para os Profissio-nais – Um novo conceito de presença de empresas na UrbaVerde 2011. Este é um local privilegiado de apre-sentação das empresas, da sua área de actuação e ques-tões particulares dos seus produtos, serviços e tecnolo-gias.

- 6ª Grande Conferência do Jornal Arquitecturas – Território de Futuro: Urbanismo e Política do Solo - de carácter anual, esta conferência constitui um espaço de debate dos temas de maior actualidade e pertinência para as cidades e todos os seus intervenientes.

- Encontro de Autarcas – Cidades Inteligentes, Susten-táveis e Criativas - local de apresentação e debate de casos de sucesso ao nível da sustentabilidade urbana, de medidas, programas e iniciativas passíveis de serem adoptadas pelos grandes e pelos pequenos municípios portugueses em prol da sustentabilidade, da melhoria da qualidade de vida e do ambiente urbano

- Ciclo de Workshops – Casos Práticos da Arquitec-tura Paisagista, Urbanismo e Arquitectura

- Call for Partners – Novas Marcas, Novos Negócios – Sessão extraordinária de marcas e produtos sem repre-sentação em Portugal

Pelo sétimo ano consecutivo, serão também atribuídos os Prémios de Arquitectura Paisagista:

- Prémio Jornal Arquitecturas / Vibeiras Jovem Arquitecto Paisagista

- Prémio Nacional de Arquitectura Paisagista

Haverá ainda lugar a um “Carcavelos de Honra” que celebra o envolvimento das Câmaras Municipais na 7ª UrbaVerde através do protocolo “Câmaras UrbaVerde” estabelecido.

http://www.urbaverde.about.pt/

Para mais informações e inscrições por favor con-tacte a Unidade de Projectos do Jornal Arquitec-turas através do email: [email protected] e do tele-fone: 21 8806148

Um evento de referência que vale a pena visitar!

D I V U L G A Ç Ã O Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

7ª UrbaVerde Feira das Cidades

Sustentáveis

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Curso de Rega Eco-Eficiente Data: 12 a 15 de Outubro de 2010 Duração: 28 horas - horário laboral Formador: Eng.º Bartolomeu Perestrello Local: Sabóia Estoril Hotel Informações e Inscrições: T: 218 806148 E-mail: [email protected] Curso de Marketing Territorial Data: 26 e 27 de Outubro de 2010 Duração: 12 horas - horário laboral Formador: Prof. Fernando Teigão dos Santos Local: Almada Business Hotel Informações e Inscrições: T: 218 806148 E-mail: [email protected] Curso de Fitossanidade em Ambiente Urbano Data: 9 a 11 de Novembro de 2010 Duração: 24 horas – horário laboral Formador: Eng.º Bernardo Patrocínio Local: Lisboa Informações e Inscrições: T: 218 806148 E-mail: [email protected]

Conferência GLO-CAL 2010 – Pensar Global, Agir Local Data: 21 e 22 de Outu-bro de 2010 Informações e Inscri-ções: www.glocal2010.org

Local: LIPOR I — Gondomar Organização: Escola Superior de Biotecnologia da Uni-versidade Católica Portuguesa e à Câmara Municipal de Cascais, IV ENEEA — IV Encontro Nacional de Estudan-tes de Engenharia do Ambiente Data: 22 e 23 de Outubro de 2010 Local: Universidade de Aveiro Organização: APEA Informações e Inscrições em http://eneea.apea.pt Congresso da APAP — Paisagem e Território. Temáticas e Políticas convergentes Data: 4 a 6 de Novembro de 2020 Local: Museu da Fundação Oriente — Lisboa Organização: APAP Informações e Inscrições: http://www.apap.pt Conferência "The Young People Against the Cli-mate Change" Data: 18 a 27 de Outubro de 2010 Local: Castilleja de la Cuesta, Espanha

Organização: Associação 5 Elemento em parceria com Associação Máquina do Mundo. Informações e Inscrições: http://ammintercambios.blogspot.com/2010/04/inscricao-num-intercambio.html Congresso Nacional de Turismo e Ambiente 2010 — Turismo em Zonas Costeiras Data: 24 a 26 Novembro 2010 Local: Sesimbra

Organização: Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em parceria com a Câmara Municipal de Sesimbra Informações e Inscrições: http://cnta2010.fc.ul.pt/ 5ª Expo Conferência da Água — Repensar a cadeia de valor da Água Data: 19 a 21 de Outubro de 2010 Local: Lisboa Organização: Jornal Água&Ambiente Informações e Inscrições: http://www.expoagua2010.about.pt/

Livro que foi editado pela EDIBIO, editora responsável pelo Manual de Agricultura Biológica. Trata-se de um manual de campo sobre auxiliares para o agricultor biológico. Sem dúvida uma publi-cação interessante e útil para todos os amantes da agricultura biológica.

D I V U L G A Ç Ã O Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Page 15: Boletim Informativo Edição 3

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Para a prossecução dos seus objectivos a FARO 1540 tem estabelecido diversos protocolos de cooperação

com associações e empresas.

PARCERIAS COM ASSOCIAÇÕES

As parcerias com colectividades visam fomentar actividades paralelas ou em parceria contribuindo para a

promoção, defesa e recuperação do património ambiental, arquitectónico, cultural e histórico de Faro e do

Algarve.

PARCERIAS COM EMPRESAS

Estas parcerias, para além de fomentar relações privilegiadas entre a FARO 1540 e as entidades comer-ciais aqui mencionadas, estas disponibilizam junto dos nossos associados um conjunto exclusivo de vanta-gens e regalias.

PARCEIROS

B O L E T I M I N F O R M A T I V O

www.FARO1540.org