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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL BOLETIM INFORMATIVO A respeito da Intensificação da Purificação C omo tenho falado todos os anos sobre o Setsubun* pouco adiantaria, a esta altura, falar a respeito mas seja como for, da parte de Deus, é um dia muito importan- te. Especialmente, a cada ano que passa, o Setsubun vai assumindo maior impor- tância. Não posso aprofundar-me muito, mas o que fica evidente para todos é que, em suma, a purificação se tornará intensa; tornar-se-á forte. Isso acontece no Setsu- bun e no dia 15 de junho; nessas datas é que a purificação fica mais severa. Só que existe uma diferença entre o Setsubun e o dia 15 de junho. Nesta última o Mundo Espiritual fica mais claro; pois o elemento fogo aumenta. Já o Setsubun não é assim, a atuação de Deus começa a mudar. No Setsubun é feito o ajuste de contas dos pe- cados e impurezas do Mundo da Noite e por ocasião do dia 15 de junho, o Mundo Espiritual fica mais claro. Isso vai ficando cada vez mais intenso. Ultimamente, a purificação começou a ficar muito forte. Entre os membros, mui- tos estão com grande purificação e todos já sabem. Até os que ingressaram na Fé há mais tempo, têm recebido purificação bem intensa. Quem tem fé sólida, consegue ul- trapassar qualquer purificação, por mais ri- gorosa que ela seja, mas aquele que está FEVEREIRO 2017 45 “A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento” Meishu-Sama Shin Verdade Zen Bem Bi Belo ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA

BOLETIM INFORMATIVO - messianica.pt · Mioshie-Shu nº. 7 5 de fevereiro de 1952 *Setsubun: Véspera do início da primavera (Rishun) e do Ano Novo do tradicional calendário lunissolar

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALBOLETIM INFORMATIVO

A respeito da Intensificação da Purificação

Como tenho falado todos os anos sobre o Setsubun* pouco adiantaria, a esta

altura, falar a respeito mas seja como for, da parte de Deus, é um dia muito importan-te. Especialmente, a cada ano que passa, o Setsubun vai assumindo maior impor-tância. Não posso aprofundar-me muito, mas o que �ca evidente para todos é que, em suma, a puri�cação se tornará intensa; tornar-se-á forte. Isso acontece no Setsu-bun e no dia 15 de junho; nessas datas é que a puri�cação �ca mais severa. Só que existe uma diferença entre o Setsubun e o dia 15 de junho. Nesta última o Mundo Espiritual �ca mais claro; pois o elemento

fogo aumenta. Já o Setsubun não é assim, a atuação de Deus começa a mudar. No Setsubun é feito o ajuste de contas dos pe-cados e impurezas do Mundo da Noite e por ocasião do dia 15 de junho, o Mundo Espiritual �ca mais claro. Isso vai �cando cada vez mais intenso.

Ultimamente, a puri�cação começou a �car muito forte. Entre os membros, mui-tos estão com grande puri�cação e todos já sabem. Até os que ingressaram na Fé há mais tempo, têm recebido puri�cação bem intensa. Quem tem fé sólida, consegue ul-trapassar qualquer puri�cação, por mais ri-gorosa que ela seja, mas aquele que está

FEVEREIRO 2017 Nº 45

“A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento”Meishu-Sama

ShinVerdade

ZenBem

BiBelo

ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA

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Chamo-me Luísa Maria Gomes Guedes Tei-xeira, sou membro há 31 anos, e dedico no Johrei Center do Porto.

Em meados de janeiro, enquanto estava com a minha mãe num café que habitualmente frequen-tamos, aproximou-se de nós um senhor a vender a revista “Cais” (revista criada por uma associação do mesmo nome, cuja venda é feita por pessoas em situação de/ou risco de carência económica e so-cial). Como a minha mãe já tinha adquirido a revista noutro dia, não compramos; mas a partir dai, esse senhor começou a falar-nos sobre seus problemas: �nanceiros, solidão e doença. Fiquei muito comovi-da com a sua situação e intuitivamente convidei-o para conhecer o Johrei.

Simplesmente disse que era algo bom para ele e que se sentiria mais feliz. Como ele não tinha di-

nheiro para o transporte público, acompanhei-o até ao Johrei Center, pagando-lhe o bilhete.

Chegando à Igreja ministrei-lhe Johrei e depois apresentei-o ao Ministro que lhe deu grande aten-ção e também lhe ministrou Johrei.

Estivemos na Igreja cerca de 60 minutos e no regresso a casa também lhe paguei o bilhete de me-tro. Despedimo-nos e enquanto eu fui para casa, o senhor foi tentar vender mais revistas, na rotunda da Boavista.

No dia seguinte, pela manhã, ao ir para o tra-balho, cruzo-me com o senhor na rua, todo feliz! Dirigindo-se até mim para agradecer, por tê-lo leva-do à Igreja. Disse-me que, depois de nos despedir-mos, vendeu 10 revistas em 20 minutos, e com esse dinheiro pode comprar comida. Por muitas vezes, nem durante um dia inteiro, conseguia vender tan-tas revistas. Fiquei tão feliz, que me vieram lágrimas aos olhos e me emocionei de gratidão pela atuação de Deus e de Meishu-Sama na vida dele. A única coisa que �z foi entregar a Deus o desejo de fazê-lo feliz. O resultado foi o que acabei de relatar. Alguns dias depois, veio novamente na Igreja e disse-me que também passou a dormir melhor!

Não é a primeira pessoa que eu encaminho para a Igreja, mas sempre que consigo trazer alguém, é como se fosse a primeira pessoa, pois sinto uma felicidade e alegria imensa! Fui orientada, que essa alegria que sinto é a alegria de Deus e isso me deixa mais feliz ainda!

Meu compromisso é continuar a acompanhar esse senhor até ele se tornar também um pioneiro da salvação na vida de outras pessoas.

Muito obrigada!

"Sempre que consigo trazer alguém para a Igreja, é como se fosse

a primeira pessoa, pois sinto uma felicidade e alegria imensa!"

EXPERIÊNCIA DE FÉ

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um pouco vacilante, pode ser um tanto pe-rigoso. Apesar de que, no �nal, será salvo.

Por isso, no �nal das próximas entrevis-tas, vou ministrar Johrei Coletivo em todos, por cinco ou dez minutos, isto porque não podemos deixar que as atividades sofram in�uência por causa da puri�cação. Vou ministrar-lhes para que, na medida do pos-sível, isso não aconteça.

Mioshie-Shu nº. 7 5 de fevereiro de 1952

*Setsubun: Véspera do início da primavera (Rishun) e do

Ano Novo do tradicional calendário lunissolar do Extremo

Oriente.

Rishun: Literalmente, significa “início da primavera”. Segun-

do o calendário lunissolar do Extremo Oriente, é a primeira

das 24 estações do ano. No Japão, convencionou-se que

seu início é no dia 4 de fevereiro, data em que se costuma-

va comemorar também a chegada do Ano Novo (na China,

comemora-se até hoje). A origem do nome talvez se dê ao

facto de que as primeiras flores da ameixeira florescem nes-

sa época, apesar de ainda prevalecer o frio rigoroso.

Bom dia a todos! Os senhores estão a passar bem?

(Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!) Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sa-ma!

Quero iniciar as minhas palavras, agradecendo a todos os senhores, pela vossa sincera dedicação, que nos permi-te expandir a Obra de Salvação de Deus e Meishu-Sama aqui em Portugal! Muito obrigado! (Palmas)

Gostaria de saber quem está a vir hoje pela primeira vez, pode levantar a mão? É uma honra estar recebendo a senhora aqui na casa de Meishu-Sama e espero que seja a primeira de muitas outras visitas! Será sempre muito bem-vinda! Parabéns também a quem a trou-xe! É uma alegria trazer uma pessoa de primeira vez e mostrar o Caminho da Salvação! (Palmas)

Estamos também a receber mem-bros das seguintes Unidades Religiosas: Amadora e Sintra, Margem Sul, Lisboa, Coimbra, Aveiro, Vila Real, Amarante e naturalmente Porto e Gaia. Sejam todos muito bem-vindos! (Palmas)

Vou fazer uma comunicação o�cial, como os senhores já devem ter repara-do…(Risos) Foi com muita humildade e gratidão que eu recebi a aprovação na prova para Dirigente. (Palmas) Gostaria de dizer que, para mim, isso não é uma promoção, é uma exigência de Deus e Meishu-Sama, para que eu passe a ser-vir, ainda com mais Makoto na Obra Di-vina. Vejo como uma rigorosidade maior para melhorar ainda mais, como servidor de Deus e Meishu-Sama. (Palmas)

Quero agradecer a todos pelas orações e pelo Sonen. Estava sempre alguém man-dando mensagem, telefonando: “Então,

CULTO MENSAL DE AGRADECIMENTO - FEVEREIRO / 2017

PALESTRA DO PRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALREVERENDO CARLOS EDUARDO LUCIOW

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Ofertório de gratidão pelo representante dos participantes, Sr. José da Conceição Teixeira Miranda

Experiência de Fé da Sra. Luísa Maria Gomes Guedes Teixeira

já é Reverendo?” Respondia: “Não, ain-da não!” Todos na expectativa… (Risos) Eu achava engraçado, porque estavam mais preocupados e ansiosos do que eu! (Risos) Mas graças a Deus e Meishu-Sama, tive essa permissão de continuar a servir com uma exigência maior e me quali�car, ainda mais, para melhor servir. (Palmas)

Achei também interessante que isto tenha acontecido, exatamente no mês em que completei três anos de dedicação aqui em Portugal! (Palmas) Assim, acho que a dedicação junto com os senhores, foi uma fase importante para atingir esse nível de dedicação e divido esse resul-tado, que é nosso, é de Portugal! Muito obrigado por todo apoio! (Palmas)

Do dia 27 ao dia 30 de Janeiro, visitei o Algarve para praticar a orientação do Presidente Mundial, Rev. Masayoshi Ko-bayashi, de “Encontrar - escutar - trans-mitir Johrei”. Durante esses 4 dias, visi-tei 6 cidades: Fuzeta, Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Portimão. Nessas cidades, vi-sitei 11 casas onde encontrei, escutei e ministrei Johrei a 18 membros, 4 fre-quentadores e 1 pessoa de primeira vez. Foi maravilhosa essa oportunidade! Fui acompanhado pelo Min. Jorge Azevedo, que está supervisionando a difusão do Algarve.

Achei muito interessante que, prati-cando dessa forma como o Kyoshu-Sa-ma está nos orientando: “Não somos nós que estamos visitando é Meishu-Sama que está visitando, não somos nós que estamos escutando é Meishu-Sama que está escutando, não somos nós que es-tamos transmitindo Johrei é Meishu-Sa-ma que está transmitindo Johrei.” Esta atividade já fazia há muitos anos, só que era assim: “Eu vou visitar, eu vou escutar e eu vou transmitir Johrei”. Desta vez, da forma como Kyoshu-Sama orientou, é impressionante como me senti leve du-rante as visitas e da parte das pessoas, também sentiram bastante alegria, como se não fosse a minha visita, mas a visita

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de Meishu-Sama! É muito interessante: fazendo uma dedicação que há anos fa-zíamos num determinado modo, ao mu-darmos o Sonen, a atividade muda com-pletamente!

Portanto, é importante que em to-das as nossas atividades e os senhores têm várias dedicações na Igreja, passem a veri�car o Sonen com que vinham fa-zendo. Vamos nos atualizar conforme a orientação do Kyoshu-Sama e veremos o resultado. Todos os Ministros estão a fazer essa dedicação de: “Encontrar - escutar - transmitir Johrei” e ouvindo os seus relatórios, estão a ter também ótimos resultados. Por favor peçam aos seus Ministros a visita de Meishu-Sama através deles.

Gostaria de con�rmar a caravana a África e dizer que, como tinha dito no mês passado, o nosso desejo era visi-tar, Angola, Moçambique e Africa do Sul mas, de facto, ainda não tinhamos o or-çamento. Quando este mês chegou o orçamento, levei um susto, porque �cou

caro demais! (Risos) Por incrível que pare-ça, muita gente pensa que a África é ba-rata, mas não é! Então, conversei com o Rev. Cláudio Pinheiro e acertámos que, desta vez, vamos fazer uma caravana só para Angola.

Mesmo porque o objetivo é também encontrar com o nosso Presidente Mun-dial, Rev. Massayoshi Kobayashi, que vai estar presente e conhecer o futuro Solo Sagrado de Cacuaco. Moçambique e Africa do Sul �carão para uma outra oportunidade. Assim, o custo também �-cou menos de metade, do que seria para os três países. Se fosse feito da primeira forma, talvez só meia dúzia de membros puderiam participar. Desta forma, �cou bem mais económico e acredito que um grande número de pessoas poderá par-ticipar.

Os Ministros já receberam todas as in-formações sobre a caravana, custos, dias, horários, condições de participação, etc. Por favor se informem nas vossas Unida-des Religiosas. Desejo a todos que não

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percam essa maravilhosa oportunidade de encontrar com Meishu-Sama através do Presidente Mundial, Rev. Masayoshi Kobayashi, que vai estar lá e de conhe-cer, sentir de perto a difusão de Angola, da alegria, do amor com que os nossos irmãos angolanos dedicam na Obra Di-vina! É algo entusiasmante, que nos pe-netra na alma e nos impregna daquela fé, daquela alegria com que eles dedi-cam! Já estive lá e posso garantir que irão adorar!!!

Quem gostaria de ir, pode levantar a mão? Ah! Já encheu a caravana! (Risos) São só 44 participantes, quer dizer 43, porque eu amanhã já vou comprar a mi-nha passagem; a compra desta é a con-�rmação de participação. É conveniente saber que, quanto antes comprar a pas-sagem, mais barata ela �ca. No mesmo voo os primeiros a comprar pagam a tari-fa mais baixa, ou seja, pagam menos. Os últimos a comprar, podem pagar até três vezes mais do que os primeiros. É uma questão de rapidamente comprarem a

passagem porque a parte terrestre só precisam pagar lá em Angola. O impor-tante agora é comprar a passagem, por isso vamos correr para a internet porque está mesmo muito barato, aproveitem!

Também gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer à equipa do Boletim Informativo. Este mês o nos-so Boletim está completando três anos de edição ininterrupta! Os senhores gos-tam de receber o Boletim? (Sim) Então, vamos agradecer aos dedicantes! (Pal-mas). É uma dedicação importante e que exige bastante esforço. Hoje a palestra em áudio, já a pessoa recebe, �ca até de madrugada ouvindo e passando para o papel, depois vai para a revisão de texto, etc. Segue-se as fotogra�as, o corte, en-caixar tudo, não é uma coisa simples, fá-cil de fazer, tecnicamente falando. É uma semana intensa, até o Boletim chegar nas mãos dos senhores. Quando chega prontinho, passou por não sei quantas mãos, que vão dedicando para que se apresente daquela forma. Por favor va-

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Primavera não inicia dia 4 de Fevereiro, é muito depois...”. Mas por que dizem Primavera? Porque apesar de ainda ser Inverno, de haver neve, as ameixeiras �orescem e aquele período é então con-siderado o início da Primavera. Para os orientais, as ameixeiras são muito admi-radas, porque no período mais duro do ano, de clima mais severo, de neve, elas �orescem! E isso é um exemplo para os homens que, nas fases mais difíceis, mais duras, de maior provação, é que eles têm que dar a sua parte mais bonita! É muito profundo, não é? (Sim) É muito fácil de admirar este exemplo, mas difícil de praticar… (Risos)

Por essa admiração à ameixeira, que é considerado o início da Primavera, por-que é o início das �ores. Em alguns paí-ses como na China por exemplo, até hoje o inicio do Ano Novo é nesse período. É o início de um ciclo de vinte e quatro esta-ções e o primeiro é o início da Primavera. O Setsubun é o dia anterior ao Rishun, ou seja, o dia 3 de Fevereiro.

mos rezar, pedindo Luz, força e proteção para essa equipa, que ininterruptamente tem conseguido e isso não é fácil; manter uma dedicação por três anos sem falhar. Parabéns a eles e que Deus e Meishu-Sama os abençoem para continuar nos dando esta maravilhosa dedicação! Mui-to obrigado a todos! (Palmas)

Ontem, dia 4 de fevereiro, foi o Rishun, que para os orientais tem signi�cado, mas para nós ocidentais é uma palavra nova, um conceito completamente dife-rente da nossa cultura. Gostaria de expli-car um pouco o seu signi�cado. Aqui no Ocidente, o calendário é solar, ou seja, tem doze meses, doze ciclos durante o ano. No Extremo Oriente, o calendário antigo não é só solar, ele é lunissolar, ou seja, ele respeita as fases da lua e do sol. Portanto, são vinte e quatro ciclos e não apenas doze. Desses vinte e quatro ciclos, o primeiro é este que inicia no dia 4 de Fevereiro (início da Primavera) que se chama Rishun.

Alguém pode dizer no Ocidente: “A

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Porquê Meishu-Sama falou desse pe-ríodo? Ele nos alertou que nesse período que inicia no dia 3, no Setsubun, inicia a puri�cação das máculas, dos pecados acumulados na Era das Trevas, ou seja, aumenta a severidade da puri�cação. O limite de tolerância da existência de nuvens negativas, de pecados, diminui, portanto aumenta o sofrimento de quem tem essas nuvens e pecados. É um mo-mento de aumento da puri�cação, para quem tem maior quantidade de nuvens e essa puri�cação vai até ao dia 15 de Junho, quando aumenta a Luz. É como se �zesse a limpeza para poder receber uma Luz maior, que aumenta de intensi-dade no dia 15 de Junho.

São dois períodos muito importantes do ano. Alguém vai dizer assim: “Puxa vida! Já está difícil, se vai aumentar a puri�cação, vou “jogar a toalha”, porque não vou aguentar!” (Risos) Não é assim? (Sim) Mas, para nós que somos messiâ-nicos, é uma alegria muito grande, por-que se aumenta a puri�cação, podemos

também aumentar as nossas práticas messiânicas, que são todas práticas de puri�cação, de modo que nós possamos nos puri�car sem ter que sofrer!

Se nós esperarmos esse período de puri�cação de braços cruzados, senta-dos, sem fazer nada, vamos sofrer por-que a força da puri�cação vai vir com força, seja para quem for, messiânico, não messiânico, ateu, vem para o mundo inteiro e vai só sofrer. Mas se conseguir-mos, como foi o exemplo da nossa que-rida Luísa Maria, que encontrando uma pessoa a sofrer, colocou na frente dele a corda da salvação: o Johrei. A gratidão desse senhor por tê-lo encaminhado, chega até ela em forma de Luz e essa Luz puri�ca o seu espírito. Puri�cando o seu espírito daquelas nuvens, não pre-cisa vir a sofrer daquilo que sofreria se não �zesse nada. Essa é a maravilha da dedicação, do Johrei, do servir na Obra Divina.

Todas as Colunas de Salvação que existem na nossa Igreja: o Johrei, o Belo

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para separar o joio do trigo, o bem do mal e puri�car. Para quê? Para no 15 de Junho, estando mais puri�cado, receber mais Luz para cumprir maior missão; é um ciclo, todo o ano acontece isso, só que a cada ano que passa torna-se mais intensa, a Luz aumenta cada vez mais no dia 15 de junho! Portanto, a puri�cação do Rishun também se torna mais severa.

Não precisa ter medo, pois este não serve para nada, basta ter responsabili-dade com a própria Prática da Fé, com a própria Salvação e de quem está à sua volta! É a rigorosidade do amor de Deus. “Ah, puri�cação, vou sofrer…” “Não, você vai puri�car-se, vai-se tornar puro!” Se vier a puri�cação, vamos pelo menos enfrentá-la com gratidão; porque se vier puri�cação e reclamar, vai piorar… Com a reclamação, o nosso sentimento se liga com... (Satanás) e se agradecermos o nosso sentimento se liga com... (Deus). Muito bem! Vejo que estudaram os Ensi-namentos! (Risos)

Ninguém quer sofrer, mas se tiver

e a Agricultura Natural existem para nos puri�car. O Johrei para puri�car o espíri-to, o Belo para puri�car o sentimento e a Agricultura Natural para puri�car o nosso físico; por isso, são todas formas de pu-ri�cação!

Então, quem estiver preocupado, pode escolher duas alternativas: Ficar sentado e esperar que a puri�cação caia do céu, porque ela com certeza vai cair, vai acer-tar, pode até se esconder num “bunker”, �car completamente isolado, que ela vai chegar lá dentro de certeza, não há como escapar! (Risos) Ou pode “arregaçar as mangas” e se esforçar em todas as ati-vidades de puri�cação em que a nossa Igreja é riquíssima: Johrei, Culto, dedica-ção, leitura e prática de Ensinamentos, encaminhamento de novos membros, Agricultura Natural, Sanguetsu... Não fal-tam actividades!

Temos o livre arbítrio de escolher es-sas duas alternativas, ninguém pode de-cidir por nós mas, uma vez decidido, tem que fazer. Esse período do Rishun vem

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que sofrer, receber uma doença, rece-ber uma crise �nanceira, um con�ito, uma separação, uma perda de um ente querido, por mais difícil que seja, vamos agradecer, porque esse agradecimen-to, vai-nos ligar com Deus! Faz parte da puri�cação, saber puri�car! Porque se puri�car com desespero e com re-clamação, vai afundar ainda mais e aí poderá perder o Caminho da Salvação. Tudo o que pudermos fazer para não ter que sofrer no físico, vamos puri�car através da prática de virtudes, agrade-cendo a Deus e aos nossos antepassa-dos essa maravilhosa oportunidade de termos uma Fé tão elevada, que nos dá tantas possibilidades de Prática de Di-fusão, para a puri�cação sem termos que sofrer. Mas não adianta só perten-cer a essa Fé maravilhosa, tem que pra-ticar, pois tê-la e não praticar, é como se não tivesse.

No mês passado, recebemos no Bo-letim, as Orientações de Kyoshu-Sama e do Presidente Mundial, Rev. Masayoshi Kobayashi, do Culto de Ano Novo.

Kyoshu-Sama nos orienta assim: “Meishu-Sama escreveu um poema esti-lo tanka, que diz:

“O mundo chegou a um beco sem saída

e não tem para onde ir.O que será do mundo sem o aparecimento

da Igreja Messiânica Mundial!”

O que será do mundo? Os senho-res têm assistido aos telejornais, ao que está acontecendo a nível internacional? Parece que o mundo chegou a um “beco sem saída”, não é? (Sim)

Kyoshu-Sama ainda continua: “Meishu-Sama que nasceu de novo como um Mes-sias está dentro de cada um de nós. Ele está sempre nos chamando, dizendo: Imi-tem-me! Sigam os meus passos!”

Quais são os passos de Meishu-Sa-ma? Todos os passos que Ele deu ti-nham como ponto vital, o quê? Fazer as pessoas felizes! Não teve uma atividade sequer, dedicação, que não tivesse esse

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uma composição, para receber aquela pessoa. Foi atráves dos arranjos que fa-zia na Sua casa, para receber as pesso-as com amor, que nasceu, muitos anos depois, a Academia Sanguetsu, já com a terceira Líder Espiritual.

Tudo que Ele fazia era para fazer os outros felizes; por isso seguir os passos de Meishu-Sama, é a única forma que existe de sair do “beco sem saída” em que o mundo se encontra.

Talvez nas nossas vidas, alguém, por motivo de saúde, con�ito ou falta de di-nheiro, está-se achando num “beco sem saída”. Como vamos sair desta situa-ção? Kyoshu-Sama está dizendo: “Bas-ta seguir os passos de Meishu-Sama”. Ele ensina, a prática dos Ensinamentos são o caminho para sair do “beco sem saída”, não há outra saída! Por isso a im-portância de estudarmos os Ensinamen-tos e conhecendo-os, praticá-los.

No mesmo Boletim, tem a palestra do Presidente Rev. Masayoshi Kobayashi que diz assim:“Meishu Sama compôs o seguinte poema:

objetivo. O Johrei não era assim (mão virada para o próprio) Ele ensinou o Jo-hrei assim (mão virada para a frente) para fazer os outros felizes! Altruismo! A Agricultura Natural, para produzir ali-mentos, para oferecer para os outros; fez Museus de Belas Artes, para que as pessoas viessem apreciar obras de arte de alto nível!

Antes da guerra, a grande maioria das obras de arte eram propriedade das famílias ricas ou nobres. Com a guerra, essas famílias deixaram de ter dinhei-ro e colocaram essas obras de arte no mercado; e o que é que Ele fez? Com-prou o maior número de obras de arte com grande sacrifício, para colocar no museu, onde pudessem ser apreciadas pelo maior número de pessoas!

Todas as atividades, o Belo, a Ike-bana nasceu dos arranjos que Ele fazia quando recebia pessoas; Meishu-Sama não adornava as salas para si próprio; quando recebia algum hóspede, pen-sando na pessoa que viria, com amor, ia ao jardim, escolhia galhos, �ores e fazia

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“Os Ensinamentos que eu escrevosão a Luz para a humanidade

que vagueia sem rumo pelos caminhos escuros da noite.”

Desta forma, pode-se dizer que os Ensinamentos de Meishu-Sama são como uma lanterna que vai iluminar um caminho escuro; se você não tem uma lanterna num caminho escuro, pode tro-peçar, cair, porque não vê o buraco; se alguém já percorreu um caminho escuro sabe como é perigoso. Os Ensinamentos são isso, uma Luz, que vai iluminar o ca-minho para não nos perdermos.

Depois ele diz assim: “É possível comprovar a profundidade deste senti-mento através das severas repreensões feitas quando algum servidor cometia deslizes: “Você está lendo os Ensina-mentos?”, “Durante uma purificação, por mais severa que seja, leia os En-sinamentos pelo menos 30 minutos todos os dias” e “Quem negligencia a leitura dos Ensinamentos vai perdendo a força gradativamente”. São palavras de Meishu Sama!

Assim, você pode dedicar o quanto quiser, pode passar o dia inteiro dentro da Igreja, pode transmitir e receber Jo-hrei, etc., mas Meishu-Sama a�rma: “Se você não ler 30 minutos de Ensinamen-tos todos os dias, você vai perdendo a força gradativamente”. É muito impor-tante esta prática, principalmente agora que já entrámos no Rishun! Vamos ler, ao menos, 30 minutos de Ensinamentos todos os dias? (Sim!)

O Presidente Mundial continua assim: “Meishu-Sama também disse que os En-sinamentos devem ser lidos tanto quanto possível pois, com isso, aprofundamos na nossa fé e nossa alma fica mais po-lida.” Ler Ensinamento também é puri-�cação da alma. Quem lê Ensinamento sofre menos, porque a nuvem, a mácula, o pecado que devia ser puri�cada atra-vés do sofrimento, com a leitura é puri-�cada. Que instrumento maravilhoso, só que estamos negligenciando…

Depois ele diz assim: “Por esse moti-vo, precisamos ler os Ensinamentos com o coração.”

Isso é outro ponto importante; a pes-

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possamos utilizar todas essas formas maravilhosas que Meishu-Sama nos deu e, através das 3 Colunas da Salvação, fazer como a Luísa Maria fez, encami-nhar o maior número de pessoas e, natu-ralmente, receber a gratidão delas. Isso é que nos vai salvar!

Quando estiverem centenas de pes-soas agradecendo a Deus a nossa exis-tência, Deus vai-nos salvar, porque Ele vai dizer: “Eu preciso dessa pessoa”. Isso é seguir os passos Dele, pois foi isso que Ele praticou e nos ensinou.

De hoje e até ao 15 de Junho, vamos agradecer o Rishun, agradecer a puri�-cação, não ter medo dela, agradecer e colaborar com ela; se você tem medo dela, se fecha, lhe vira as costas e vai ser apanhado desprevenido; se você agra-dece e ativamente, frontalmente partici-pa dela, vai ser uma fase maravilhosa de grande crescimento. O Rishun só vai ser ruim, para os materialistas e egoístas; para os espiritualistas e altruistas, não poderia existir período melhor.

Desejo a todos um bom mês e uma boa prática!

soa pode ler os Ensinamentos com a mente, com o intelecto, mas se ler com o coração é outra forma de leitura, ele en-tra no espírito; quem lê com a mente, lê uma vez, lê duas e diz assim: “Eu já sei, já entendi…” Entendeu com o intelec-to, com a razão, que é humana. Quando você lê com a alma, com o sentimento, que é divina, é o teu Eu divino, a divinda-de que existe dentro de você, que recebe a Luz do Criador e você retorna a Ele. Se você acha que Meishu-Sama, como homem, escreveu aquele Ensinamento e você, como homem, vai ler aquele Ensi-namento, é um homem lendo as palavras de outro homem e isso é �loso�a… Re-ligião não é �loso�a! Não pode ler como se estivesse lendo os clássicos, é outra coisa… Também é importante, é cultura geral, e aconselho todos a lerem, mas não vão receber Luz, não vão se puri�car.

Com os Ensinamentos são de Deus que Meishu-Sama somente os transcre-veu, vai-se puri�car, vai-se elevar e a sua Partícula Divina vai brilhar!

Vamos, por favor, praticar essa orien-tação, para que neste período do Rishun

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A FORMAÇÃO DO PARAÍSO NO LAR Agarre a sorte pelos cabelos

8ª ParteContinuação da entrevista à revista Izunome (edição Japão) do Revmo. Tetsuo Watanabe

A esperança foi a única coisa que sobrou na caixa de Pandora após todos os males te-

rem escapado. Porém, atualmente, o número de pessoas que estão perdendo até mesmo a esperança aumenta a cada dia. No começo do ano de 2010, a rede de televisão japonesa NHK apresentou um programa intitulado: “Socieda-de sem vínculos - O choque de 32 mil mortes solitárias”. Como o próprio título anunciou, foi um programa chocante. A situação da socie-dade japonesa é realmente entristecedora; além de uma grande quantidade de pessoas que morrem sem que ninguém saiba ou recla-me o corpo, há um grande número de suicí-dios. Estes, como sempre, ultrapassam a casa dos 30 mil e fazem com que o Japão ocupe o quinto lugar entre os países com maior taxa de suicídios, na lista publicada pela Organização Mundial da Saúde.

Os mais variados problemas que ocorrem com os indivíduos, nos lares e na sociedade, são processos de puri�cação para que con-sigamos restabelecer a harmonia. Para que a puri�cação cumpra o seu papel, cada um de nós deve enfrentar os problemas com cora-gem, sem fugir. Se nos empenharmos, com sentimento renovado, Deus certamente nos conduzirá ao caminho da felicidade e fará com que a esperança brote novamente em nossos corações. Hoje, com o desejo de contribuir de alguma forma neste sentido, gostaria de re�etir sobre como conquistar a boa sorte. Meishu-Sama nos ensina:

“Não existe nada mais irônico que a sor-te: quanto mais tentamos agarrá-la, mais ela foge. No Ocidente, existe um ditado que fala sobre ‘a oportunidade de obter a boa sorte só aparece uma vez na vida. Se a per-

Meishu-Sama, Fundador da IMM

15|fevereiro / 2017

importante é conhecer seu limite, o que é difícil, ou seja, quase impossível.”7 Sendo assim, acabamos �cando sem compreender até onde é predestinação e a partir de onde é destino.

É muito comum dizer que o local onde nas-cemos, a nossa família - pais, irmãos, parentes - e outras coisas que foram de�nidas antes de nosso nascimento fazem parte do que chama-mos predestinação. Porém, de acordo com a literatura relacionada às terapias de regressão por meio da hipnoterapia, pode-se deduzir que a família onde se nasce é uma escolha feita livremente pela pessoa antes do nascimento, por seu livre arbítrio, ainda no Mundo Espiri-tual.

No budismo, ensina-se que os atos de vi-das passadas e desta vida também dão origem a certas a�nidades [carmas] que se manifes-tarão por meio dos diversos acontecimentos da vida, também chamados de predestinação. Ou seja, como originariamente essas mesmas ações foram realizadas de acordo com a von-tade da pessoa no passado, em última instân-cia, predestinação e destino não são muito di-ferentes entre si.

Sendo assim, quando nos deparamos com algum problema que nos a�ige um pouco mais, não há necessidade de sofrer tentando deter-minar se isto é uma predestinação ou se faz parte de nosso destino. Não há porque pen-sar: “Como sou azarado! Estou predestinado! Nunca vou conseguir me recuperar. Mesmo que eu dê tudo de mim, não conseguirei sair desse aperto.” Não devemos nos desesperar nem nos colocar em uma posição em que a morte pareça ser a única solução.

O CRESCIMENTO PESSOAL MUDA O DESTINO PARA MELHOR

O destino “pode ser mudado de acordo com nossa vontade”. Ter sorte ou não também depende da própria pessoa, de seu livre-arbí-trio. Porém, como o ser humano, senhor de tal liberdade, conseguirá conquistar um destino feliz? Meishu-Sama sempre dizia o seguinte a seus familiares: “Quando se sobe ao alto de uma montanha, a existência humana

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dermos, não encontraremos outra’. É exa-tamente assim.”1

A propósito, parece que tal ditado surgiu na Itália, tendo origem na expressão “agarrar a sorte pelos cabelos”2 (“não deixar a sorte es-capar”) e sua origem remonta a Leonardo da Vinci (artista do Renascimento italiano), que parece ter registrado certa vez: “Ao vislumbrar a sorte, agarre-a pelos cabelos sem vacilar. E deve agarrá-la pela cabeleira que está toda voltada para a fronte.”3

Retornando ao Ensinamento de Meishu-Sama, acredito que Ele está a�rmando que a sorte é fugaz e que, se estivermos desatentos, ela acabará passando; portanto, devemos es-tar sempre preparados.

A VIDA TEM SEUS ALTOS E BAIXOS

A cantora Chiyoko Shimakura, gravou uma canção bastante popular no Japão cujo títu-lo é: “Jinseiwa iro iro”, que pode ser traduzido por “A vida tem seus altos e baixos”. Esta can-ção começa com o seguinte verso: “Cheguei mesmo a pensar em morrer...” Naturalmente, a vida tem seus reveses, passamos por muitos contratempos. Inúmeras vezes, experimentei, por alguns instantes, a alegria profunda que nos faz sentir como se estivéssemos no Paraí-so; por outro lado, não foram poucas as vezes em que me senti nas profundezas do Inferno, passando por tristezas e sofrimentos que real-mente me �zeram querer estar morto. O desti-no é realmente irônico, tão volúvel e capricho-so como um amante in�el.

Entretanto, Meishu-Sama nos ensina: “To-dos podem mudar (o destino) de acordo com sua própria vontade”, “cada um pode traçar o seu destino.”4 O �lósofo francês Henri Ber-gson, bastante citado por Meishu-Sama em seus Ensinamentos, também se lamenta, a�r-mando na sua obra “As Duas Fontes da Moral e da Religião”5 que é difícil para o ser humano dar-se conta de que é senhor de seu próprio destino, podendo fazer dele o que quiser.

Por outro lado, Meishu-Sama nos ensina que existe a predestinação, que se caracteriza por ser algo “a que estamos sujeitos antes mesmo do nascimento.6 Ele continua: “O

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torna-se pequena.” Ou então: “Os bem-su-cedidos se esforçam duas, três vezes mais que os outros.” Muitos astronautas relatam que, ao verem a Terra lá de cima, do meio do espaço, se emocionaram profundamente ao perceberem que, diante de tamanha imensi-dão, as diferenças entre países, etnias, credos e outros tipos de problemas são questões re-almente insigni�cantes.

Não é somente uma questão de estar �si-camente num lugar mais alto. Acredito que o crescimento espiritual também leva ao mesmo estado de esclarecimento. Se nos elevarmos, nós nos daremos conta de que nosso sofri-mento é menor do que imaginávamos e aca-bamos conseguindo nos libertar. Ou seja, pos-so deixar de acreditar que o aperfeiçoamento pessoal é muito importante para que possa-mos controlar nosso destino e conquistar a boa sorte.

As palavras de Samuel Smiles, escritor in-glês, encerram uma grande verdade: “O Céu ajuda aqueles que ajudam a si mesmos”. As palavras do �lósofo Sêneca, um dos mais célebres intelectuais do Império Romano, re-gistadas na obra “A vida feliz”, também uma grande verdade: “O destino guia os fortes e ar-rasta os fracos”. É por permanecer parado no mesmo lugar, que a pessoa não consegue sair de uma circunstância de infortúnios.

“Não tenho sorte, sou um infeliz...”, “A cul-pa é daquela pessoa...”, “A culpa é da socie-dade...” - enquanto culparmos outras pessoas ou situações como sendo a razão de nossa fal-ta de sorte, não conseguiremos nos livrar dela. Meishu-Sama não apreciava de modo ne-nhum o ato de culpar outras pessoas. A razão de tudo está em nós mesmos, no nosso “eu”, que se encontra no mundo espiritual - isso se re�ete no mundo material e se manifesta por meio dos diversos factos que acontecem em nossa vida.

A BASE DA BASE - JOHREI E ENSINAMENTOS

Aqui não podemos deixar de mencionar o Johrei, que puri�ca diretamente o espírito. Ao recebê-lo, temos a permissão de diminuir as

nuvens espirituais, que são as causas dos in-fortúnios. Por conseguinte, conforme a situa-ção for melhorando, devemos passar à próxi-ma etapa. Porém, se �carmos nos apoiando somente no Johrei e nada �zermos, seremos puri�cados só até certo ponto e problemas que deveriam ser solucionados, acabam �-cando sem solução - isso eu aprendi com as experiências vividas na difusão.

Então, qual será a próxima etapa? Leitu-ra e prática dos Ensinamentos. Nidai-Sama nos ensina: “A condição fundamental para o ser humano se tornar perfeito, tanto es-piritual quanto materialmente, é oferecer à alma, que teve suas máculas purificadas pelo Johrei, o alimento espiritual chama-do Ensinamento, para que se conheça a verdade sobre o Mundo Espiritual e o real objetivo da vida.” 8

Nidai-Sama também nos ensina como ler os Ensinamentos, dando o seguinte exem-plo: “Trata-se de uma velha história que, se não me engano, aconteceu numa vila chamada Hijiyama. Lá, havia uma pessoa muito religiosa chamada Osaku. Ela lia os sutras budistas dia e noite.

Um dia, seu pai a viu realizando seus afazeres sentada sobre os sutras de Kan-non. Assustado, o pai lhe perguntou: ‘Osaku, até ontem você estudava os su-

Revmo. Tetsuo Watanabe

17|fevereiro / 2017

tras fervorosamente, agora, está sentada sobre eles. Qual o motivo dessa brusca mudança de atitude? Você não acha um desrespeito?’ Osaku lhe respondeu sere-namente: ‘Não. Tanto os sutras de Kannon como os demais sutras já estão dentro de mim. Estes escritos ficaram vazios, por isso, não há problema.’

Os boatos sobre Osaku correram e foram parar nos ouvidos do grande bon-zo zen-budista Hakuin, que ordenou: ‘Se existe uma moça assim tão especial, tra-gam-na até mim.’ Desta forma, Osaku foi conduzida à sua presença. Após conver-sarem sobre vários assuntos, o religioso constatou que a jovem era dona de con-siderável sabedoria, respondia a todas as perguntas sem nenhum embaraço. Então, o bonzo reuniu seus melhores discípulos e promoveu uma seção de perguntas e res-postas, mas ninguém conseguiu superá-la.” 9

Nidai-Sama, então, nos orienta sobre a importância de, por meio da leitura contínua e repetida, captar e assimilar completamente a essência do Ensinamento.

CONSEGUIR EXPRESSAR A VONTADE DE MEISHU-SAMA EM NOSSOS PENSAMENTOS,

PALAVRAS E AÇÕES

Nidai-Sama enfatiza uma leitura mais pro-funda: “Não devemos ser dependentes da leitura dos Ensinamentos, mas sim, com-preendê-los e assimilá-los corretamente.

A partir de então é que poderemos atuar livremente.” 10

“Ser dependentes”, aqui, signi�ca conten-tar-se em apenas ler os Ensinamentos repeti-damente.

Já que a missão que nos foi legada por Meishu-Sama resume-se à palavra “salvação”, não devemos nos limitar à leitura de Ensina-mentos para elevar nossa fé, mas para enca-minhar aqueles que estão sofrendo. Devemos buscar a vontade de Meishu-Sama no fundo de cada Ensinamento, em suas entrelinhas. Devemos pensar e, por intermédio dos nossos pensamentos, palavras e ações, difundi-los a todo o mundo, gravá-los no fundo de nossas almas, assimilá-los corretamente, absorvê-los. Somente assim, conseguiremos “atuar livre-mente”.

Não é necessário dizer que, para aumen-tarmos nossa capacidade de assimilação e absorção dos Ensinamentos, devemos adqui-rir cultura, acumular experiências e aperfeiçoar nosso discernimento. Tal ponto é muito im-portante também para que possamos estudar profundamente as palavras de nossos líderes espirituais.

Meishu-Sama nos ensina: “É necessário que os membros estejam a par não somen-te do que é relacionado à fé, mas também do que se passa na sociedade e no mundo. Se conseguirmos fazer isso quando con-versarmos com alguém sobre qualquer as-sunto, conseguiremos corresponder, o que é muito positivo, inclusive, ao que se refere à fé.” 11

Nidai-Sama também nos ensina: “Pri-meiro, devemos aprender sobre diversos assuntos, criar uma base que nos permita dizer o que pensamos sem nenhum temor. Se, mesmo tendo Ensinamentos tão ele-vados e uma ideologia maravilhosa, não conseguirmos apresentá-los de maneira adequada, seremos prejudicados. (...) Ao termos um vasto conhecimento geral e o utilizarmos tendo Deus como eixo principal, obteremos grandes resultados no trabalho de difusão.” 12

Nosso quarto líder nos orientou: “Por isso, meu desejo é amadurecer o suficiente

Unindo as forças na construção da cerca de bambus. Membros que se empenham na dedicação de construção

do Solo Sagrado de Quioto - Heiankyo.

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para que, ao ler os Ensinamentos ou ao to-mar conhecimento ou vivenciar os diversos acontecimentos que me rodeiam, possa me libertar das concepções que tinha até agora e aceitá-los de maneira mais evoluída” (Cul-to de Início da Primavera, 2009). Ele está conti-nuamente se empenhando para corresponder ao sagrado desejo de Deus que, junto com o passar do tempo, está criando e educando o ser humano para que evolua sempre. Gostaria que, a partir de agora, procurássemos apren-der com a postura do quarto líder, polindo nos-sa inteligência e sensibilidade para “podermos aceitar os Ensinamentos de maneira mais evo-luída” e corresponder, à altura, à criação que estamos recebendo.

SIGNIFICADO DA LEITURA DE ENSINAMENTOS

Kyoshu-Sama nos orientou o seguinte, por ocasião do Culto de Outono de 2005: “Para nos tornarmos ‘representantes de Deus’, devemos libertar-nos dos conflitos opostos que existem na natureza humana, isto é, as idas e vindas dos dois sentimentos anta-gônicos do bem e do mal.” Além disso, ele buscou em Meishu-Sama a resposta para a pergunta: “O que fazer para que o Supremo Deus receba nossa imperfeita natureza huma-na?” e assim nos orientou: “Meishu-Sama orientou os membros sobre a importância de ler exaustivamente Seus artigos, chama-dos por Ele de Goshinsho (Escrituras Divi-nas) ou Kami-no-Fumi (Escritos de Deus)” (...) “E, mais do que qualquer coisa, Meishu-Sama procurou praticar pessoalmente os Ensinamentos concedidos pelo Supremo Deus.” (...) “Creio que Meishu-Sama cum-priu o objetivo do Supremo Deus de gerar o próprio filho, seguindo e praticando os Seus Ensinamentos. Por isso, acredito que para que a nossa natureza humana seja purifi-cada, evoluída, aperfeiçoada e aceita pelo Supremo Deus e para que sejamos ligados ao modelo denominado Meishu-Sama, que nasceu de novo neste mundo consumando o Propósito Divino, precisamos entregar a Meishu-Sama a nossa natureza humana,

que se constitui a partir da nossa autocons-ciência. Aprendendo como modelo deixado por Meishu-Sama na consumação do Pro-pósito de Deus, precisamos, uma vez mais, objetivar nascer novamente no Paraíso.”

Para nos tornarmos representantes de Deus e, como seus representantes, sermos encarregados da salvação no plano terrestre, não basta fazer a prática do Sonen encami-nhando e entregando nossa natureza huma-na imperfeita. É também essencial que, como Meishu-Sama, coloquemos em prática os En-sinamentos concedidos pelo Supremo Deus.

Nem é necessário dizer que esta prática não deve se limitar a mais uma prática. Com base nas palavras de Meishu-Sama: “Des-de jovem gosto de dar alegria ao próximo, a ponto de isso se tornar quase um ‘ho-bby’ para mim. Sempre estou pensando no que devo fazer para que todos fiquem feli-zes.”13, creio que devemos praticar de forma que a vontade Dele se torne a nossa vontade, visando à realização da alegria e da felicidade do próximo. A alegria que brota no coração de nosso semelhante é prova da alegria de Deus e se liga diretamente à nossa própria alegria e esperança.

Meishu-Sama nos ensina: “Ficar ocioso, sem fazer nada, só porque é membro, é peri-goso. Mesmo não sendo membro, a pessoa que pratica boas ações e que possui pensa-mento correto, será salva. A diferença é que aos membros são ensinados os meios de se salvarem; salvando as pessoas por este Ca-minho, as máculas são diminuídas.” 14

Os amigos de fé, livres de fronteiras geográficase etnias, são tesouros a serem guardados por toda a vida.

(Congresso de Jovens Japão - Sri Lanka)

19|fevereiro / 2017

NO FINAL DAS CONTAS, TUDO PELO BEM DO PRÓXIMO

E, no �nal das contas, o segredo da feli-cidade está em amar o próximo, em pensar e agir pelo seu bem-estar, en�m, em praticar o amor altruísta, que o alegra. Não podemos nos esquecer que a prática do Sonen e a prática do Sonen de gratidão se completam com a prática do amor altruísta.

“Quem se entrega à grandiosaObra Divina de Salvação,

precisa ter um coração muito amplo.”Meishu-Sama

“É dever de todo ser humanotrabalhar pela felicidade

e pela paz deste mundo.”Nidai-Sama

Alegrar o próximo não é assim tão fácil. Aqueles que desejam amar o maior número possível de pessoas e procuram praticar, sa-bem muito bem quão difícil é consegui-lo. E isso acontece porque eles veem exposta a pró-pria impotência, quando pensam, por exem-plo: “Quero muito fazer algo por essa pessoa, mas não tenho condições nesse momento”. Justamente porque sabemos que nossa força não corresponde à ideia que temos dela, é que conseguimos nos agarrar ao Johrei, busca-mos os Ensinamentos, aprofundamos nosso conhecimento e nos esforçamos para obter a força que conseguirá concretizar o amor que sentimos.

Por exemplo, se alguém desejar “preparar refeições ainda mais saborosas para a família”, naturalmente pensará: “quero aprender a cozi-nhar melhor, a preparar pratos saborosos”, e começará a colocar isto em prática. Se quise-rem que os �lhos vivam uma vida mais feliz, mais plena, os pais, com o objetivo de ensi-nar aos �lhos, se empenharão em aprender, em saber como viver uma vida plena, feliz - e este empenho é a manifestação de seu amor. Se os jovens desejarem ajudar os povos que estão em di�culdades, refugiados, desabriga-dos, devem estudar sua língua, religião e cul-

tura para melhor compreendê-los. Além disso, devem começar a querer adquirir algum tipo de conhecimento ligado ao desenvolvimento da sua capacidade de salvar, seja na área da saúde, da educação etc. Este empenho faz com que o amor pelo próximo aumente, e as-sim vamos tendo a permissão de alcançar a verdadeira elevação dentro de nós mesmos.

Acredito que Deus manifesta a Sua força de maneira ainda mais grandiosa não só quan-do estamos puri�cando, mas também quando nós, seres humanos, agradecemos e valoriza-mos todos os seres a quem Ele criou e legou a vida, e especialmente quando amamos uns aos outros. Quando amamos nosso semelhan-te, recebemos sinais de Deus, O qual sempre retribui ao esforço daqueles que se empenham para corresponderem à Sua Vontade. Assim, Ele vai nos criando, promovendo nosso cresci-mento e nos conduzindo à felicidade.

Se você é uma pessoa incapaz de amar a si mesma, tente fazer algo que alegre o pró-ximo: pode ser qualquer coisa, não importa. Dentro de cada um de nós está viva a partícula do espírito de Deus, que atua como consci-ência, como bons sentimentos. Sendo assim, se nos esforçarmos em amar o próximo, Deus nos conduzirá, sem falta, ao caminho que fará com que consigamos amar a nós mesmos.

Amem o próximo. Amem a si próprios e elevem-se para conseguir amar o próximo ain-da mais e mudem seu destino.

Este é meu maior desejo.Desejo ainda que todos os senhores consi-

gam “agarrar a sorte pelos cabelos”!

1. Extraído do Ensinamento: “O Segredo da Boa Sorte”.2. NT: Original, “Aferrare la fortuna per i capelli”.3. N.T.: Tradução livre de um trecho extraído da versão japonesa do livro“O diário de Leonardo da Vinci”, publicado pela editora Iwanami Bunko.4. Do Ensinamento: “Nós é que traçamos o destino”.5. NT.: Título original: “Lesdeuxsources de la moraleet de la religion”.6. Do Ensinamento: “Nós é que traçamos o destino”.7. Idem.8. Do Ensinamento de Nidai-Sama: “Os Ensinamentos são o alimento da nossa alma”.9. Do Ensinamento de Nidai-Sama: “Ler os Ensinamentos com o coração limpo como uma folha de papel em branco”.10. Do Ensinamento de Nidai-Sama: “Os Ensinamentos devem ser compreendidos e assimilados corretamente”.11. Coletânea de Ensinamentos, 15 de maio de 1953.12. Nidai-Sama em 16 de agosto de 1960.13. Do Ensinamento de Meishu-Sama: “Minha natureza”.14. Gokowa-roku, 13 de maio de 1949.

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Comissão JovemNo passado dia 5, realizou-se na Sede

Central, o primeiro encontro da Forma-ção de Líderes Jovens, com a aula inaugural, proferida pelo Presidente de nossa Igreja, Reverendo Carlos Eduardo Luciow.

A Comissão Jovem realizará atividades mensalmente na Sede Central e apoiar aos líderes jovens de cada Johrei Center, visan-do contribuir no seu crescimento e aprimo-ramento. 

Rev. Carlos Eduardo Luciow, Presidente da IMMP, e Min. Fernando Alambert, responsável pelos Jovens de Portugal, após o Culto, encontram-se com líderes jovens.