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Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima Julho 2007 | Ano VII | N.º 13

Boletim Informativo - Santa Casa da Misericórdia · Adjudicar pintura de camas de ferro. Adjudicar serviço de assistência . electricista -auto para o ano de 2007. ... o dia da

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Boletim InformativoS a n t a C a s a d a M i s e r i c ó r d i a d e P o n t e d e L i m a

Julho 2007 | Ano VII | N.º 13

Extractos de Deliberaçõesda Mesa Administrativa

índiceFicha Técnica

CoordenaçãoDr. João Maria CarvalhoDr. Adelino Tito de Morais

Edição e PropriedadeSanta Casa da Misericórdia de Ponte de Lima

Redação e AdministraçãoCasa da Fonte do PinheiroRua General Norton de Matos, 103

ColaboradoresEducadoras do Jardim de InfânciaEducadoras da CrecheJosé Gonçalves AraújoPaula GonçalvesDr.ª Maria das Dores SerrenhoDr.ª Susana Maria Martins LimaEquipa Técnica do R.S.I.

Arranjo GráficoGráfica da Graciosa, LdaPonte de Lima

FotografiasArquivo SCMPLFoto LehtesUnião das Misericórdias Portuguesas (Bethânia)João Maria Carvalho

Tiragem 500 exemplares

Distribuição Gratuita

Capa Frontespício do Lar D. Maria Pia restaurado, e reaberto em 04 Fev. 2007

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 23

Editorial

(Re)abertura do Maria Pia

Roteiro para a Inclusão

VIII Congresso Nacional das Misericórdias

Actividades e Valências

Notícias Breves

Extractos de Deliberações

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hortícolas frutícolas para o ano de 2007

Adjudicar proposta para aquisição de material de incontinência para o ano de 2007.

Adjudicar propostas para o fornecimento de carnes para o ano de 2007.

Aprovar alteração ao art.º 24º do Regulamento Interno do Lar de Idosos.

Aprova o auto de medição final de trabalhos a mais (erros e omissões do projecto) da obra de remodelação do Lar Maria Pia.

2007.03.13: Autorizar o passeio anual do Jardim-de-infância Conceder licença sem vencimento a uma funcionária.

Admitir um confrade para a Irmandade.

Admitir uma jovem no Lar Maria Pia e uma idosa no Lar de Idosos.

Adjudicar a compra de uma bancada de cozinha, em inox, para o Jardim Infantil.

Adjudicar proposta para aquisição de pneumáticos durante o ano de 2007.

Adjudicar proposta para assistência mecânica às viaturas para o ano de 2007.

Aprovar relatório e conta de gerência do ano de 2006.

Nomear Directores Técnicos para os Lares de Idosos, São José e Maria Pia.

2007.03.27:

Tomar conhecimento de uma doação efectuada por uma utente do Lar de Idosos.

Admitir duas meninas no Lar Maria Pia, cinco meninos no Lar S. José e um casal no Lar de Idosos

Autorizar a compra de prendas para oferta pascoal.

Adjudicar serviço de banda musical para a Procissão da Via-sacra.

2007.04.10:

Deliberar contratação de técnicos da

área social para integrarem a equipa do Rendimento Social de Inserção (RSI).

Aprovar voto de pesar pelo falecimento do Irmão, Manuel Martins Pereira da Costa.

Elaborar protocolo com a Junta de Freguesia da Vila de Arcozelo com vista à criação de um equipamento social naquela Vila.

2007.04.24:

Tomar conhecimento da aprovação da Conta de Gerência do ano de 2006 pela Cúria Diocesana.

Deliberar aceitar proposta de encontro na Instituição formulada pelos Amigos da Terceira Idade de Palmeira – Braga.

Adjudicar a compra de intercomunicadores para o Jardim de Infância.

Adjudicar orçamento para reparação de máquinas de costura.

Adjudicar pintura de camas de ferro.

Adjudicar serviço de assistência electricista -auto para o ano de 2007.

Adjudicar serviço de aluguer de transporte para o passeio anual das crianças do Jardim de Infância.

Aprovar protocolo de cooperação com a Câmara Municipal local o qual permitirá que as crianças do Jardim Infantil frequentam actividades desportivas e literárias nas instalações Municipais.

Rescindir contrato de prestação de serviços na área de medicina, higiene e segurança no trabalho.

2007.05.08:

Adjudicar orçamento para reparação de do sistema de esgotos do Lar de Idosos.

Deliberado participar no VIII Congresso Nacional das Misericórdias

Admitir um utente para o Lar de Idosos.

Autorizar a aplicação de estudo sobre” o efeito do exercício físico no equilíbrio do idoso”.

Autorizar alojamento de uma jovem no Lar Maria Pia.

2007.05.22: Autorizar programa para o Dia Mundial da Criança.Adjudicar equipamento hoteleiro para as cozinhas dos Lares de Idosos e Maria Pia e Jardim de Infância

Admissão de duas meninas para o Lar Maria Pia e de um senhor para o Lar de Idosos.

Seleccionar três senhoras para integrarem a equipa do RSI na profissão de Ajudantes Familiares.

Aprovar proposta para promover o voluntariado nos Lares de São José e Maria Pia.

Receber em audiência a Irmã Superiora Provincial da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, três conselheiras e a Irmã responsável pela Comunidade ao serviço da Instituição no Lar Maria Pia.

Autorizar obras de beneficiação numa habitação arrendada sita na rua General Norton de Matos.

2007.06.05

Autorizar a participação do Grupo Coral de N.ª Sr.ª dos Milagres de S. João da Madeira na Eucarística dominical do dia 29 de Julho na Igreja da Misericórdia.

Abrir concurso para aluguer de transporte para a época balnear 2007 das crianças do Jardim de Infância e Creche.

Aceitar a oferta da actuação do Rancho Folclórico da Coreia do Norte, no dia 6 de Setembro próximo, no Lar de Idosos.

Adjudicar armários em inox para colocar no Lar Maria Pia.

Admitir uma utente no Lar de Idosos

Adjudicar contentores descartáveis para a Creche.

Renovar protocolo com a Associação de Artesãos de Ponte de Lima, referente à cedência do quiosque instalado na avenida dos Plátanos, desta Vila. Adjudicar compra de equipamento sanitário para o Lar Maria Pia.

Serviços Administrativos da SCMPLIMA

Extractos de Deliberaçõesda Mesa Administrativa

Saltar as muralhas

Editorial

22 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

06.11.21 a 07.06.05

2006.11.21:

Aquisição de 2 imagens e adjudicar restauro de uma outra para a Capela do Lar D.ª Maria Pia. Autorizar o estágio a uma estudante de Sociologia.

Admitir dois utentes para o Lar de Idosos.

Admitir dois jovens no Lar S. José e Maria Pia.

Designar o dia da Ceia de Natal do pessoal da Misericórdia.

Adjudicar a recuperação dos genu-flexórios da Capela do Lar Maria Pia.

2006.12.05:

Adjudicar cadeiras de descanso para a Valência da Creche. Aprovação do Plano de Actividades e Orçamento Ordinário para 2007.

Aprovar os projectos curriculares das turmas das Valências Creche e Jardim Infantil para o ano lectivo 2006/2007.

Mandar proceder ao levantamento topográfico do caminho de acesso à Quinta da Cavada, na Freguesia da Facha.

2006.12.19: Adjudicar a compra de calçado para os utentes do Lar São José. Renovar o contrato de actualização de “UPGRADFES”.

Adjudicar a actualização dos índices de funcionalidade dos elevadores do Lar de Idosos.

Autorizar o estágio a duas alunas do Curso de Animador Sociocultural/Assistente Familiar ·da Escola EPRAMI.

Autorizar a cedência de uma sala para fins de ser ministrado um Curso de Formação Profissional.

Admitir quatro utentes para o Lar de Idosos.

2007.01.02:

Tomar conhecimento da aprovação do Plano de Actividades e Orçamento Ordinário para o ano 2007, pelo Bispo Diocesano.

Arrendamento do apartamento n.º4 do Bloco A no Largo Dr. Vieira Araújo.

Apreciar proposta para fornecimento de produtos e serviços da TMN. 2007.01.16:

Dar cumprimento do n.º2 do art.º 34º do Compromisso da Irmandade para o triénio 2007/2009.

Designar o dia e hora das reuniões ordinárias da Mesa Administrativa.

Admitir dois meninos para o Lar São José.

Admitir um confrade para a Irmandade.

Adjudicar electrodomésticos para o Lar Maria Pia.

Arrendar o apartamento 3.º Dtº do Bloco C, no Largo Dr. Vieira Araújo.

Elaborar programa para a reabertura do Lar D.ª Maria Pia.

Adjudicar serviço de poda de vinha da Quinta da Vila Morais.

Adjudicar produtos e serviços de telecomunicações.

2007.01.31:

Adjudicar a aquisição de um esquentador e de uma placa de gás.

Adjudicar o fornecimento e colocação de uma passadeira no Lar Maria Pia. Admitir um menino para o Lar São José.

Arrendar o apartamento 1.º Dtº do Bloco BB2, no Largo Dr. Vieira Araújo.Subscrever contrato de manutenção dos elevadores do Lar Maria Pia.

Contratar a termo resolutivo uma ajudante de cozinheira para o Lar Maria Pia e uma Ajudante de Lar para o Lar de Idosos.

Adjudicar à Empresa Securicórdia a carteira de seguros da Misericórdia tendo em conta as vantagens das taxas praticadas. 2007.02.13: Adquirir um exemplar da obra literária “SER e LER” de Miguel Torga.

Arrendar a loja comercial do rés-do-chão Dtº do edifício denominado Fonte do Pinheiro.

Adjudicar a conservação e restauro de duas telas de retratos de dois benfeitores do Lar Maria Pia.

Adjudicação de compra de batata de semente e fertilizantes.

Aquisição de escadotes metálicos e de chaveiros para o Lar Maria Pia.

Tomar conhecimento e agradecer a oferta de publicações antigas pelo Padre, Manuel Dias. Aquisição de um esquentador para o Jardim Infantil.

2007.02.27: Deliberado homologar as avaliações profissionais dos trabalhadores da Instituição referente ao ano de 2006.

Adjudicar a compra de um exaustor.

Subscrever um acordo de colaboração com o Centro de Formação Profissional de Viana do Castelo sobre o processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CARVCC).

Adjudicar o fornecimento de equipamento de refeição para idosos acamados.

Adjudicar substituição de manga plástica para duas estufas.

Admitir quatro meninos para o Lar São José.

Adjudicar o fornecimento de pão e afins para o ano de 2007.

Adjudicar proposta para fornecimento de medicamentos para o ano de 2007

Adjudicar proposta para fornecimento de

Uma Instituição de Solidariedade Social, como é a nossa Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, não pode ficar como a Vila aquém da ponte nem, como aquando da origem das Misericórdias, ficar dentro das muralhas. Daí o título da nossa Editorial: - Saltar Muralhas.

O que queremos significar com isso?

É que trazer os idosos para um Lar, é proporcionar o bem-estar e acautelar a velhice de tantos que, afinal, pelo seu comportamento e gestos de felicidade, não são velhos assim.

Velhos, isso sim, são os trapos.Pois, mas não vamos falar de

internamentos.Hoje queremos falar de outra

coisa.É que qualquer instituição

do género da nossa nunca tem disponíveis os lugares de que gostaria usufruir para bem dos seus utentes, nem sequer tem tantos funcionários como gostaria, apesar da falta de empregos.

Por isso, lançámo-nos em mais uma aventura e eis que as nossas carrinhas percorrem o concelho no chamado apoio domiciliário e vamos ao encontro dos nossos idosos nas suas casas, nos seus lugares, no seu lar.

Aí procedemos ao trabalho de que eles precisam, sobretudo na limpeza do lar, do cuidado com as roupas, na atenção à higiene.

Queremos louvar todas as

funcionárias, mas hoje sobretudo as deste sector ou valência.

O que é isso de voluntariado?

São aquelas pessoas válidas que, ou estando reformadas ou não tendo ocupação permanente, têm algum tempo disponível, dando-nos uma preciosa ajuda para que, por elas, possamos ajudar os outros.

Isto nem sequer é o Banco do Tempo. Nesse, uma pessoa deposita tempo em horas que, depois, vai receber em trabalho de que precisa na sua casa ou em si mesma, como o menino que ensinava os outros a andar de bicicleta para que depois outros lhe dessem explicações de matemática.

Nós queremos louvar os voluntários sem contrapartidas, os voluntários que ajudam sem esperar nada em troca, a não ser o sorriso de felicidade de quem é ajudado.

Bem hajam.Assim, nós e vós, ajudando,

saltámos as muralhas da Vila e fomos e vamos longe ajudar quem precisa.

Que todos, de mãos dadas, ajudando, continuemos a nossa tarefa de bem-fazer!

Pe Eurico

4 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 21

Notícias Breves

Em 30 de Dezembro último, houve eleições para os órgãos Sociais da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, para o novo triénio, tendo a Lista A (única concorrente), num universo de 191 eleitores possíveis, sido eleita com 67 a favor e um voto branco, dos 68 votos

Eleições para os Órgãos Sociais da Instituiçãodepositados na urna.

A tomada de posse dos membros dos Órgãos Sociais eleitos aconteceu no dia 13 de Janeiro último, em cerimónia que decorreu no Consistório da Instituição.

Aprovado, por unanimidade, em As-sembleia Geral de 02.12.06, o Plano de Actividades e Orçamento para 2007, o mesmo documento mereceu também a aprovação da Cúria Diocesana de Viana do Castelo, através de ofícios de Sua Excelência Reverensíssima o Bispo da Diocese, D. José Augusto Pedreira e do Il.mo e Reverensíssimo Senhor Vigário Geral, Monsenhor Dr. Sebastião Pires Ferreira, que se trans-crevem:

«Com os nossos melhores cum-

primentos, acusamos a recepção do Plano de Actividades e Orçamento Or-dinário da Santa Casa da Misericórdia

«De acordo com os Artigos 48.º, 49.º e 69.º do Dec-Lei 119/83, de 25 de Fevereiro e com a legislação canónica aplicável (cc. 319; 1257 e 1287 do C. D. C.) aprovamos o Relatório e Contas da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, relativos ao ano 2006.

Fazêmo-lo, felicitando a Ex.ma Mesa pelo apuramento alcançado e sobretudo pela recuperação do antigo Colégio D. Maria Pia, agora um bom Lar de Meninas».

Aprovação do Plano de Actividades e Orçamento Ordinário para o ano de 2007

Aprovação do Relatório e Contas relativos ao ano de 2006

(Re)abertura do Maria Pia

O sonho tornou-se realidade! Ao cair da tarde de 4 de Fevereiro último, reabria as suas portas no centenário edifício do Largo Dr. António Magalhães (presidente e fundador), o antigo Asilo de Infância Desvalida D. Maria Pia, hoje lar para meninas.

A preservação desse Património da Vila e da Misericórdia desde 1978, foi desde sempre a razão para uma cuidada intervenção no prédio. Com projecto elaborado

pelo arquitecto Faro Viana, do GAT do Vale do Lima, e fiscalização do colega Mesário Eng.º José Puga, a obra decorreu ao longo dos últimos dois anos, com custos na ordem de 1 milhão de euros, apenas comparticipados pela Segurança Social.

Ponte de Lima e a região, dispõem agora de um moderno equipamento para a educação 30 meninas, com condições únicas para as receber, assim como às funcionárias que lá prestam as suas funções, como é o caso das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

A festa de (re)abertura juntou quase duas centenas de participantes, integrando antigos utentes e funcionários da Casa.

“Um dia há muito aguardado, e uma obra que assinala o mandato desta Mesa Administrativa”, salientou o Sr. Provedor António Veloso, no seu discurso de boas-vindas às autoridades.

Entre esses ilustres, há a destacar o Bispo da Diocese D. José Pedreira, o Governador Civil José Pita Guerreiro, o Presidente da Câmara, Eng.º Daniel Campelo, o Director Regional de Viana do Castelo da Segurança Social, Dr. António Correia, o Presidente da Junta da Vila, Abel Braga, etc.

Uma obra e um desafio — a recuperação de um edifício histórico do concelho, e as instalações condignas de uma valência que há muito era necessária.

Adelino Tito de Morais

Dr. António de Magalhães

Dr. Francisco de Magalhães

Mesa Administrativa Mesa da Assembleia Geral Conselho Fiscal

de Ponte do Lima para o próximo ano 2007. Felicito-vos pelo cuidado mani-festado na apresentação dos diversos capítulos das despesas e receitas pelo equilíbrio conseguido na sua adminis-tração.

Aproveito para agradecer os votos de Boas Festas, retribuindo com os nossos votos de Santo e Feliz Natal 2006.»

Viana do Castelo, 18 de Dezembro de 2006José Augusto Pedreira

«Nos termos dos Artigos 48, 48.º e 69.º do Dec-Lei 119/83, de 25 de Fevereiro e da legislação canónica aplicável (cc. 319; 1257 e 1287 do C. D.

C.) aprovamos o Plano de Actividades e Orçamento Ordinário da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima, relativos ao ano 2007.

Fazêmo-lo, felicitando a Ex.ma Mesa por ter apostado numa prestação de serviços de qualidade e eficácia sem deixar de parte a conservação e valorização do rico património da Santa Casa, expresso este zelo na obra realizada no antigo Colégio D. Maria Pia, onde agora recolhem as jovens, as Irmãs Franciscanas e o pessoal de apoio à instituição».

(Monsenhor Dr. Sebastião Pires Ferreira- Vigário Geral)

Em 24 do Março de 2007 reuniu-se em Assembleia Geral a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima para se pronunciar sobre o Relatório e Contas relativos a 2006. O documento, aprovado por unanimidade, foi depois enviado

à Cúria Diocesana tendo merecido do Il.mo e Reverensís-simo Senhor Vigário Geral, Monsenhor Dr. Sebastião Pires Ferreira, o despacho seguinte:

20 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 5

Notícias Breves

O Dia do Pai, dia 19 de Março, também mereceu uma atenção especial. A Instituição não se demite das suas funções de educadora dos e das jovens que acolhe.

O dia do Pai é marcante e, como tal, a Instituição tem procurado, através de cerimónias simples (pese o facto do dia ter coincidido com um dia de semana) comemorar condignamente aquele que, se por um lado é pai, por outro é o patrono

do Lar que acolhe os jovens. Assim, na capela do Lar S. José foi celebrada uma Missa em que foi notória a participação dos utentes do Lar, seguida de lanche a que não faltou o bolo festivo.

Lar S. José comemora Dia do Pai

O Lar D. Maria Pia teve o prazer de receber, em visita de cortesia, o distinto arqueólogo, historiador e homem de cultura Pe. Manuel Dias. Foi com todo o prazer que o Provedor da Instituição e um representante da Mesa Administrativa lhe mostraram as novas instalações da casa agora restaurada e redimensionada. O Pe. Manuel Dias recordou tempos de outrora e teve a gentileza de oferecer à Instituição duas publicações: o “Relatório da Comissão Instaladora do Asylo de Infância Desvalida D. Maria Pia” de 1884 e os “Estatutos do Real Asylo de Infância Desvalida D. Maria Pia” reformulados em 1906.

Lar D. Maria Pia recebe Visita Ilustre

O cantor e animador Augusto Canário, acom-panhado de um grupo coral e instrumental da APPACDM, esteve de visita à Instituição, em 11 de Julho passado, oferecendo às pessoas das várias valências (jovens de todas idades) um espectáculo de Música Tradicional Portuguesa. O evento teve lugar no refeitório do Lar de Idosos que se encheu para assistir e participar na alegria e cor que Augusto Canário e a sua equipa quiseram transmitir. Foram momentos muito importantes, de grande alegria e entusiasmo proporcionados pela estagiária Fernanda Maria Alves que organizou esta acção integrada no seu Plano de Estágio de Assistente Social, da Faculdade de Filosofia, cumprindo assim o objectivo de “proporcionar aos idosos com dependência e acamados uma melhor qualidade de vida e bem-estar” e atingindo outras faixas etárias, como crianças e jovens, conseguindo “uma interacção e partilha de saberes, experiências e laços de afectividade que se podem desenvolver entre as crianças e jovens e os idosos.”

Augusto Canário na Instituição

Conclusão do Roteiro para a Inclusão

A convite da Presidência da República Portuguesa, uma delegação da Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima deslocou-se a Santarém, no passado dia 14 de Abril, para tomar parte nos trabalhos de conclusão do Roteiro para a Inclusão que se desenvolveu ao longo de 2006 e 2007, por iniciativa do Senhor Presidente da República.

Foram cinco as jornadas ao longo das quais se foram realizando os trabalhos:

Assim, em 29 e 30 de Maio de 2006 realizou-se em Alcoutim e Mértola a 1ª Jornada subordinada ao tema “Regiões Periféricas, Envelhecimento e Exclusão”.

A 2ª Jornada subordinou-se ao tema “Crianças em Risco e Violência Doméstica” e realizou-se em 12 e 13 de Julho de 2006, com uma visita ao Centro de Apoio à Vida, de Valongo e com outros trabalhos distribuídos pelos concelhos de Matosinhos, Póvoa de Varzim, Porto e Marco de Canavezes.

“Voluntariado e Exclusão Social em Meio Urbano constituiu o tema da 3ª Jornada que ocupou os dias 10 e 11 de Outubro de 2006. Houve uma visita a vàrias instituiç~oes de Lisboa como a Entrajuda, Centro de Apoio Social de S. Bento, visita a “O Ninho” e à Obra Social das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor.

A 4ª Jornada ocorreu nos dias 18 e 19 de Dezembro de 2006 com abordagem do tema “Inclusão das Pessoas com Deficiência”, concluído com o Jantar de Natal da Casa Pia de Lisboa.

A Jornada de Conclusão deste Compromisso Cívico para a Inclusão teve lugar em Santarém, em 14 de Abril último, concluindo-se assim o Roteiro que o Senhor Presidente da República tinha proposta “com o objectivo de chamar a atenção dos Portugueses para o contributo que cada um pode dar para a construção de uma sociedade mais justa, para apoiar projectos que possam ajudar a melhorar as condições de vida dos mais desfavorecidos da nossa sociedade.” A Conferência teve ainda, como objectivo, fazer o balanço das quatro jornadas do Roteiro para a Inclusão Social realizado ao longo dos últimos 12 meses.

Ao longo do dia, em Santarém, estiveram presentes mais de mil participantes em representação de instituições de solidariedade nacional do país, de que a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima faz parte. O último painel dos trabalhos, subordinado ao tema “As Políticas Sociais” foi da responsabilidade do Senhor Ministro do Trabalho e Segurança Social, Dr. Vieira da Silva, que centrou a sua intervenção n’ As políticas de Inclusão Social em Portugal, do Senhor Presidente da Comissão Europeia, Dr. Durão Barroso que abordou o tema As políticas de inclusão Social na União Europeia e, para encerrar os trabalhos, interveio o Senhor Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva, com uma intervenção proferida no âmbito de um painel subordinado ao tema “As políticas sociais”.

Intervenção do Presidente da República na Conferência “Compromisso Cívico para a Inclusão”

“Quando, há pouco menos de um ano, propus aos Portugueses um compromisso cívico para a inclusão social, fi-lo na consciência de um outro Portugal que não beneficiava da atenção e das prioridades da agenda política e mediática.

Era um Portugal um pouco esquecido, quase sempre silenciado, que só era notícia pelas piores razões. Não era um Portugal distante. Vivíamos com ele lado a lado, passávamos por ele ignorando resignadamente a sua existência e os seus problemas.

Por isso falei aos Portugueses, no dia 25 de Abril, de um Portugal a duas velocidades, de contrastes sociais muito marcados, em que as imagens de progresso e modernidade conviviam paredes-meias com as do atraso e da exclusão. Um dos indicadores reveladores deste dualismo é o da desigualdade na repartição do rendimento. Todos sabemos que enfrentamos um problema da sociedade portuguesa com raízes profundas, um problema que não se resolve só com boas intenções nem numa perspectiva de curto prazo. Sabemos que, sem crescimento económico, dificilmente poderemos atenuar as chagas sociais que ainda persistem. Sabemos também que, se não conseguirmos avançar rápida e sustentadamente na qualificação dos portugueses, todos os esforços serão insuficientes. Por isso, restam-nos duas atitudes: ou nos resignamos, ou nos mobilizamos para, com os recursos que temos ao nosso alcance, anteciparmos um combate que a todos diz respeito. Sabia que o tema da

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PÁSCOA

É sempre um dia de muita alegria. Os membros do Compasso Pascal foram recebidos na sala de estar do Lar de Idosos. Os Idosos e funcionárias beijaram a Cruz, apresentada pelo Provedor, tendo sido, depois, feita a visita aos idosos aca-mados.Foi momento de ale-gria e de cumprimento da tradição.

João Maria Carvalho

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 19 6 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

Actividades e Valências Rendimento Social de Inserção

A equipa do Rendimento Social de Inserção, constituída por um Psicólogo e uma Assistente Social, passou a integrar, desde Junho de 2007, três Ajudantes Familiares que, predispostos para o trabalho, deliniaram objectivos e formularam expectativas:

breves breves breves breves breves breves

“É para nós um grande projecto e desafio, sabemos a importância do estabelecimento de uma relação de proximidade e de confiança para que o trabalho tenha os seus efeitos positivos, temos também a noção que é muito importante salvaguardar sempre a privacidade e confidencialidade, de cada indivíduo pois todos têm uma história pessoal de vida que merece todo o nosso respeito.

Vamo-nos esforçar no sentido de realizar acções e tarefas do quotidiano famíliar, numa prespectiva de inserir as pessoas

na sociedade quer a nível social, profissional e pessoal, torná-las mais independentes, incentivá-las quer a criar hábitos de trabalho, quer na organização doméstica, na melhoria de higiene a todos os níveis,na saúde, educação etc..e assim contribuir para uma melhor qualidade de vida de cada família. Sabemos que é uma ardua tarefa mas com empenho e dedicação acreditamos que as mudanças vão acontecer”

As Ajudantes FamiliaresClarisse, Dores, Susana

É bom ter feed-back

Mesmo todos os dias observo na altura da entrega dos meninos outras profissionais sempre com um sorriso para a criança e para os pais (…).

Escrevo porque lhe quero transmitir este feedback positivo que para V. Exª deve constituir um orgulho e incentivo para continuar a querer sempre mais e melhor.

(…) “Exmo Sr. Provedor,

É com alguma tristeza e alegria que escrevo esta carta, para comunicar como encarregada de educação, que a minha educanda (…) deixará de frequentar esta instituição por motivos pessoais.

Não podia deixar de salientar que foram dois anos muito positivos, as profissionais com quem conviveu todo este tempo foram muito importantes para o crescimento da minha filha, desde educadora, auxiliares que foram como mães e amigas, por isso, sinto tristeza pela despedida, mas ao mesmo tempo alegria por as ter conhecido e a minha filha ter convivido os dois últimos anos com estas profissionais (…). Espero que continuem todo este trabalho com amor e dedicação como sempre demonstraram. Aproveito para felicitar pelo bom gosto e imaginação demonstrado em todas as actividades realizadas, o rosto das crianças da salinha dos Patinhos sempre foi um espelho de felicidade.

Bem hajam por tudo e desejo de continuação do bom trabalho desenvolvido.”

A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima tem consciência e brio na realização das funções e serviços que se propõe disponibilizar. Há profissionalismo, há disponibilidade, há gosto, há empenho para que os utentes das várias valências possam ter confiança nos serviços e possam assim ficar satisfeitos.

Fazendo disso prova, nada mais gratificante do que receber o feedback do trabalho realizado. A Mesa da Instituição leu e apreciou cartas de mães de utentes do Berçário e Jardim de Infância e, agradecendo as palavras de encorajamento e confiança expressas, permite-se transcrever os excertos seguintes:

“Exmo Sr. Provedor,

Escrevo-lhe esta carta na qualidade de mãe de um menino que frequenta a vossa instituição no Berçário, tendo entrado este ano pela 1ª vez com apenas 4 meses de idade. (…) Quando chegou a vez de colocar o João (nome fictício) no berçário, momento que sempre aguardei com tanto medo, tudo se alterou quando fui atendida pela simpatia da sua funcionária (…). Quando sentimos que os nossos maiores tesouros, que são os nossos filhos, estão numa 2ª casa isto é fabuloso.

Por isso quero desta forma elogiar o papel da vossa instituição, principalmente desta duas senhoras (…) que sempre me dera toda a confiança do mundo e foram este ano as 2ªs mães do João (nome fictício), óptimas profissionais que de certeza absoluta cuidam de todas as crianças com muita dedicação e profissionalismo.

inclusão social não era um desafio fácil, mas era um combate urgente. Sabia também que este era um campo propício ao discurso do pessimismo, à denúncia da miséria material e moral, à comiseração pública dos nossos males.

Seria fácil dirigir para o Estado o apelo sentido de todas as soluções. Afinal, de há muito nos habituámos a responsabilizar o Estado pela origem de todos os males e a exigir dele que seja a fonte de todos os remédios. Mas foi na resposta dos Portugueses que em primeiro lugar confiei e foi aos Portugueses que pedi esse compromisso cívico para a inclusão social, como expressão da sua responsabilidade, do seu empenho e do seu espírito solidário.

As quatro jornadas do Roteiro para a Inclusão que realizei permitiram-me reencontrar um enorme potencial de experiência, vontade e competência, prontos a serem mobilizados para o objectivo de maior coesão social.

Comecei precisamente pelas regiões mais pobres do interior, onde os meios mais escasseiam, onde as dificuldades são mais sentidas e onde as perspectivas de desenvolvimento são mais sombrias. Condicionadas pelo envelhecimento acentuado das suas populações, pela degradação do seu tecido produtivo e pelo risco de desertificação do seu território, estas regiões enfrentam a maior das ameaças: o desaparecimento enquanto comunidades. São regiões que precisam urgentemente de reorientar a sua base produtiva, valorizar os limitados activos humanos e materiais de que ainda dispõem e acautelar o bem-estar e a dignidade dos que, resistindo, se viram excluídos dos benefícios do progresso. Encontrei experiências, como as do Centro Social de Montes Altos ou a Sociedade Filarmónica de Fratel, onde a iniciativa dos cidadãos conseguiu contrariar o destino que há muito parecia estar traçado. Foi simples o segredo do sucesso: não se resignaram! E, com o apoio das suas autarquias e do governo, conseguiram transformar cada problema numa nova oportunidade. Empreenderam, criaram riqueza, multiplicaram os postos de trabalho e devolveram a esperança e a confiança às suas comunidades.

Estou convencido de que se conseguirmos replicar estas experiências em outras aldeias e vilas do interior, daremos um passo no desenvolvimento social do nosso País. É preciso trabalhar de forma organizada, reunindo e diversificando contributos, actuando em rede e aprofundando a cooperação entre instituições.

Onde a iniciativa particular escasseia, ganha maior relevo o papel desempenhado pelas autarquias. Tive oportunidade de constatar quanto é árdua a sua tarefa, especialmente nas regiões mais periféricas. Mas também pude comprovar a disponibilidade dos nossos autarcas em assumir novas competências e novas responsabilidades, nomeadamente na área social e da educação, bem como o seu empenho no relançamento da base produtiva

dos seus Concelhos.Passada que foi a fase mais entusiástica

da construção de infra-estruturas, é, de facto, tempo de abrirmos uma nova página na história dos municípios portugueses: a do desenvolvimento social, do reforço da actividade económica, da promoção da competitividade, da sustentabilidade do bem-estar e da qualidade de vida das suas populações. Isso requer, por um lado uma inequívoca vontade descentralizadora e, por outro, um maior sentido de cooperação entre as autarquias. Não podemos continuar a remeter para o Governo Central o que poderia, com maior eficácia e resposta mais pronta, ser uma competência das comunidades locais. Não podemos continuar a multiplicar equipamentos, quando o bom senso nos aconselha a saber partilhá-los. A descentralização para os Municípios de novas competências, especialmente no domínio social e da educação, tem, no entanto, de ser acompanhada por uma nova cultura de intervenção, em que as Autarquias sejam mobilizadoras de recursos locais, potenciadoras da iniciativa dos cidadãos e das organizações não governamentais e coordenadoras das estratégias de desenvolvimento social.

Pude constatar, nos vários Municípios que visitei, o potencial que representam as redes sociais e os conselhos locais de acção social como espaços de afirmação das suas comunidades, em torno de objectivos estratégicos de desenvolvimento social. Tenho uma grande confiança no contributo que os cidadãos e as suas associações têm vindo a dar para a causa da inclusão social e uma certeza ainda maior no papel que o futuro lhes reserva. Desvalorizámos por muito tempo esse papel, confundindo responsabilidade social com caridade, participação cívica com protagonismo, voluntariado com assistencialismo. Tenho orgulho nesse vasto movimento do voluntariado de milhares de mulheres e homens que representam, com o seu trabalho e a sua dedicação, os alicerces de uma cultura cívica que se impõe afirmar e valorizar. Seria difícil imaginar o que poderia ser a realidade social do nosso país sem o inestimável contributo do voluntariado.

O mesmo poderemos dizer dos milhares de organizações cívicas, muitas delas representadas nesta Conferência, a quem eu desejo manifestar publico reconhecimento pelo trabalho que têm vindo a desenvolver em prol da inclusão social. Nas quatro jornadas do Roteiro, a minha atenção esteve focada na diversidade de grupos sociais vulneráveis: das crianças aos jovens, dos idosos aos desempregados, dos cidadãos com deficiência aos sem abrigo, da prostituição às vítimas de violência doméstica, das mulheres grávidas aos imigrantes, dos pobres a tantos

outros grupos marginalizados.Testemunhei casos de boas práticas e

exemplos de sucesso, mas também recebi relatos de dificuldades, limitações em acudir a graves situações sociais. Em todas as instituições constatei a inegável boa vontade e dedicação dos que nela trabalham. Os desafios colocados pelas novas dinâmicas sociais exigem melhorias na organização e na gestão dos recursos afectos a este tipo de instituições. Tenho conhecimento de alguns voluntários que se disponibilizaram para trabalhar, mas que desistiram por falta de um planeamento das actividades apto a acolher o seu contributo.

Por outro lado, sendo já consideráveis os recursos financeiros afectos às instituições de solidariedade, estas não podem deixar de concretizar o princípio da regular e rigorosa prestação de contas perante os organismos públicos e perante as instituições doadoras, que certamente desejam saber onde e como foi aplicado o seu dinheiro. Foi neste contexto

que me interessei pelo trabalho de associações como a Entrajuda, que se vocacionou para a capacitação das instituições de solidariedade, através da prestação voluntária de serviços de consultadoria.

Uma boa gestão dos recursos permite qualificar os serviços prestados e fazê-los chegar a um maior número de pessoas carenciadas. O combate ao desperdício encontra na experiência do Banco Alimentar Contra a Fome um bom exemplo, não só de altruísmo, mas principalmente de organização, de capacidade de transformar problemas em oportunidades, de aplicar à economia da dádiva e do voluntariado critérios de eficiência e de boa gestão cujo resultado se traduz em melhor serviço para um número cada vez maior de beneficiários.

Hoje, a economia social tem uma dimensão e um dinamismo que não seriam imagináveis há quinze ou vinte anos atrás. As organizações de solidariedade têm vindo a aprender e a adaptar-se às novas exigências. Algumas delas encontraram soluções extremamente inovadoras cujos resultados me apraz registar.

É o caso das organizações empreendedoras que se libertaram progressivamente da dependência exclusiva do subsídio público e

>>

Conclusão do Roteiro para a Inclusão

que se abalançaram a criar riqueza e, assim, a ganhar maior autonomia e maior capacidade de resposta às exigências da inclusão social. Permitam-me que cite, a título de exemplo, duas instituições que tive oportunidade de visitar: a Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo e a ARCIL, localizada no concelho vizinho da Lousã. Ambas ousaram transformar instituições de acolhimento em plataformas de inserção profissional, ora proporcionando formação, ora criando empresas de inserção. Aliaram, assim, a sua vocação de acolhimento à capacidade de inclusão através da criação de riqueza. Fiquei extremamente sensibilizado ao ver dezenas de pessoas com deficiência a trabalharem nessas empresas, a valorizarem as suas competências profissionais e a contribuírem para que outros com mais dificuldades possam beneficiar do produto do seu trabalho. Este é um exemplo a seguir: tão importante como dar um subsídio ou um outro contributo financeiro, é dar uma oportunidade para que as pessoas com deficiência possam recuperar o seu estatuto de plena cidadania e de dignidade.

O exemplo das pessoas com deficiência poderá ser extensivo a outros grupos sociais em situação de exclusão ou de pobreza extrema. Aos jovens em situação de reinserção social, a desempregados de longa duração, a beneficiários do rendimento social de inserção, aos sem abrigo, às prostitutas. O que poderão eles representar, se lhes dermos uma oportunidade!

Criar oportunidades e combater a resignação, fazer sentir que o contributo dessas pessoas é indispensável ao País e às comunidades, fazê-los participar nesse esforço de criar riqueza e bem-estar, são objectivos que estão ao nosso alcance e que não podemos desprezar. Num primeiro balanço deste Roteiro para a Inclusão, ficam mais duas preocupações que gostaria de

partilhar convosco. A primeira prende-se com uma das causas mais decisivas destas situações de pobreza e de exclusão: o baixo nível de instrução e de qualificação de uma parte significativa das pessoas que protagonizam estes casos.

A escola tem sido e vai continuar a ser o mais importante instrumento de inclusão social, a oportunidade decisiva de que os jovens dispõem para contrariar o determinismo social e romper com o défice de qualificação das gerações anteriores. É pela escola que conquistamos o futuro, é na escola que construímos os alicerces de uma sociedade mais coesa e mais aberta ao mundo e ao conhecimento. Por isso me preocupam os milhares de crianças e jovens que todos os anos abandonam o nosso sistema de ensino sem que disponham das competências indispensáveis a uma boa integração no mercado de trabalho. A entrada precoce no mundo do trabalho sem qualquer qualificação profissional é uma ilusão que se paga muito caro. Preocupam-me também os comportamentos de risco, cada vez mais precoces, sem que se encontrem os instrumentos mais adequados à sua prevenção. Prevenir continua a ser mais urgente do que remediar e todo o investimento que se possa fazer neste domínio não será, decerto, um mau investimento.

Temos todos de fazer um esforço no sentido de aumentar as expectativas e as metas de escolarização das novas gerações. Temos de ser mais exigentes e, ao mesmo tempo, mais ambiciosos quando falamos do futuro das nossas crianças e dos nossos jovens. Por isso, foi com muito interesse que assisti à iniciativa de um vasto grupo de empresários portugueses que se juntaram, no propósito de ajudar as famílias e as escolas a superar este défice de qualificação. O projecto de intervenção que construíram pode ser um contributo decisivo para que,

com trabalho sistemático, capacidade de cooperação e muita persistência, possamos ver alguns milhares de jovens a reencontrar o sentido da escola e a construir trajectos de sucesso para as suas vidas. Mas é bom que não esqueçamos que estas iniciativas dos empresários, das escolas, das instituições públicas e privadas, dos cidadãos em geral, por mais bem intencionadas que sejam e por melhores resultados que obtenham, não dispensam o papel decisivo da família. Sem ela, sem a sua função de socialização e de entreajuda, dificilmente os esforços de inclusão poderão ter sucesso.

Muitos dos casos de pobreza, de isolamento e marginalização dos idosos, de abandono e maus-tratos a crianças, de insucesso escolar e de comportamentos de risco, encontram na disfuncionalidade familiar a causa principal das situações de exclusão. Julgo que é tempo de abandonarmos a atitude desculpabilizante a que nos habituámos e de questionarmos cada vez mais a responsabilidade dos pais para com as crianças e jovens e as responsabilidades dos filhos para com os seus ascendentes idosos. O primeiro pilar da solidariedade deve assentar, precisamente, na família. Sem esse esforço de base, ficaremos sempre aquém do ideal de coesão social que ambicionamos. A segunda preocupação que desejaria partilhar convosco prende-se com a dimensão humanista deste combate pela inclusão. Não se trata só de entendermos esse combate como uma expressão de altruísmo e filantropia. Há uma dimensão superior do problema que nos deve orientar: a da defesa e valorização da dignidade da pessoa humana.

Em 33 anos de democracia, o nosso país consolidou o princípio do respeito e defesa dos direitos fundamentais. Mas não nos podemos contentar com a expressão formal desses direitos. Importa destacar a sua dimensão moral e a necessária associação às responsabilidades de cada cidadão para com a sociedade de que faz parte. Preocupa-me menos um eventual excesso de direitos do que o efectivo défice de deveres. Nos quatro Roteiros já realizados, pude, como já referi, recensear boas práticas e, ao mesmo tempo, identificar os principais problemas dos grupos sociais mais vulneráveis: as comunidades do interior que definham, os idosos isolados e dominados pela solidão, as crianças abandonadas e mal tratadas, as vítimas da violência doméstica, os imigrantes excluídos pela clandestinidade, as mulheres objecto de tráfico humano, as pessoas com deficiência a quem é negada uma oportunidade.

A todos quis deixar uma palavra de solidariedade e um sinal de esperança.

E a todos aqueles que, dia após dia, concretizam essa esperança, quero também expressar o mais profundo reconhecimento pelo seu trabalho, pela sua dedicação e manifestar-lhes a confiança inabalável de que, com o exemplo do seu empenhamento cívico, vamos construir uma sociedade mais justa e um Portugal melhor.”

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 7 18 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

OUTRAS ACTIVIDADES

:: Também decorreram, ao longo destes meses, outras actividades de lazer como a ida ao teatro, a convite do Teatro Diogo Bernardes, onde os idosos puderam aceder a actividades de lazer que lhes proporcionaram alguns momentos de bem-estar. Assim os idosos puderam assistir a Teatro de Revista, Concertinas e Música e Danças.

:: A Universidade Fernando Pessoa, através dos seus alunos do curso de Reabilitação Psicomotor, realizaram uma actividade intitulada “Pintar a Música”, na qual se pretendia estimular a criatividade e a motricidade. Esta actividade teve muito sucesso junto dos idosos.

Actividades e Valências Lar de Idosos

MAIO

:: O Lar da Palmeira, de Braga, convidou o Lar de Idosos para participar num Intercâmbio que decorreu em Ponte de Lima, em que a Santa Casa ofereceu um almoço. Este convívio proporcionou aos idosos do Lar da Palmeira conhecer Ponte de Lima, com destaque para a visita ao Museu Rural. Este Intercâmbio proporcionou a esta população conhecer a realidade do nosso Lar.

ABRIL

:: A Associação da Juventude Adventista (JÁ) proporciona aos idosos actividades de animação cultural com música e mímicas.

Conclusão do Roteiro para a Inclusão

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 17 8 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

Actividades e Valências Lar de IdososVIII Congresso Nacional das Misericórdias

Actividades desenvolvidas no Lar de Idosos

:: Actividade proposta por uma idosa residente com a participação de outros idosos residentes.

FEVEREIRO

:: Desfile de Carnaval em que os Idosos participaram em conjunto com as crianças do Jardim de Infância e da Creche. :: Baile de Carnaval que decorreu no salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima em conjunto com outras Instituições de Solidariedade Social do concelho.

:: Actividades de trabalhos manuais desenvolvidas pelas Estagiárias do curso de Animação Sócio Cultural com os Idosos.

JANEIRO

:: O Projecto Itenerante de Voluntariado trás as Feiras Novas 2006 ao Lar, através das novas tecnologias, utilizando para o efeito um computador portátil, colunas e um projector multimédia.

:: Visita do Jardim de Infância e da Creche ao Lar para cantar as Janeiras.

:: Grupo de Escuteiros de Rebordões Santa Maria vêm cantar as Janeiras aos Idosos.

Exposição de todos os trabalhos desenvolvidos ao longo dos tempos no Lar.

A Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima acompanhou os trabalhos do VIII Congresso Nacional das Misericórdias que se realizou em Braga de 31 de Maio a 2 de Junho, nas instalações da Universidade do Minho, sujeito ao tema “Moder-nidade e Boas Práticas”.

Portugal tem consagrado na sua Constituição o apoio à infância, à habitação e à velhice, entre muitos. Mas é necessário que as parcerias entre as Misericórdias e IPSS e Esta-do sejam mais consistentes, porque não é possível produzir um serviço de qualidade sem os meios considerados necessários. E o Estado, sozinho, também não é capaz de resolver a situação cumprindo com o estipulado na Constituição da República Portu-guesa. Procurou-se, nas palavras de Manuel e Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, “dar passos efectivos para tornar evidente e incontornável o papel das Miseri-córdias na sociedade portuguesa.”. As Misericórdias já se afirmaram pelo valor dos seus serviços e, como tal, este VIII Congresso teve como objec-tivo levar o Estado a apostar mais nos equipamentos sociais face à realidade da sociedade portuguesa que se ma-nifesta num crescente aumento do número de idosos face ao decréscimo da natalidade. Procurou-se uma priori-dade para as políticas sociais do enve-lhecimento, com destaque para a rede de cuidados continuados já iniciado em instituições piloto.

O Congresso iniciou-se com o desfile que, no primeiro dia, levou os congressistas, em cortejo, do Hospital de S. Marcos ao Salão Medieval da Universidade do Minho, no Largo do Paço, onde decorreu a sessão solene, com a presença do Senhor Ministro do Trabalho e Solidariedade Social em re-presentação do Senhor Primeiro Minis-tro. Seguiu-se a Missa na Sé Primacial, presidida por Sua Excelência Reveren-

díssima o Senhor Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, e um jantar volante e concerto no auditório Vita, no Seminário de N. S. da Conceição.

O Congresso continuou no dia seguinte, dia 1 de Junho com os tra-balhos distribuídos por quatro painéis, tendo o primeiro tratado temas como “Solidariedade no Envelhecimento” e “A Experiência de Residências para a Terceira Idade em Espanha”. O se-gundo painel versou o tema “Modelo Organizacional Para as Misericórdias no Primeiro Quartel do Séc. XXI,” e foi conduzido pelo professor Ernâni Lopes; o terceiro ocupou-se dos “Cui-dados Continuados”, “A Perspectiva Pública” e “A Perspectiva das Miseri-córdias” e o quarto estabeleceu a re-lação entre “As Misericórdias e Poder Local”.

O sábado, dia 2 de Junho, foi dedi-cado à exposição, em quinto painel, de temas como “O Sector Social” e “O Sector Social e as Políticas Sociais” e, por fim, ao encerramento, cuja sessão foi presidida por Sua Excelência o Pre-sidente da República.

Podemos considerar positivo o resultado dos trabalhos, de que se transcrevem as conclusões.

Conclusões do VIII Congresso Nacional das Misericórdias

As Santas Casas das Misericórdias

Portuguesas, reunidas em VIII Con-gresso Nacional na cidade de Braga, de 31 de Maio (Dia de Nossa Senhora das Misericórdias) a 2 de Junho de 2007, no espírito renovado da sua União e na participação interpretativa das Comunidades que servem com solidariedade, aprovam e tornam pú-blico que:

1. O Congresso exprimiu o seu enor-me contentamento pelo decurso proveitoso dos trabalhos e pelo alto nível de participação dos congres-sistas, mormente pelas excelentes intervenções dos convidados e oradores, a quem se presta o maior reconhecimento e admiração, permi-tindo-se assinalar as presenças hon-rosas e amigas de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, do Senhor Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, em represen-tação de Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro, bem como de Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Arcebispo de Braga e Presidente da Conferência Episcopal. 2. Considerando que a natureza co-munitária das Misericórdias e a sua directa ligação às Comunidades, de que emergem e que servem, é marca essencial da sua origem, identidade e história plurissecular assim como elemento fundamental para realiza-

Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 9 16 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo

Actividades e Valências Lar de S. José

Noticias do LarNovos Residentes

Desde o passado mês de Dezembro de 2006, passaram a residir no Lar São José mais nove meninos: o João Alfredo Teixeira, o Hugo Jesuíno, o Fábio Curado, o Ruben Grilo, o Lucas Baía, os irmãos Joel Resende, Tiago Resende e Estêvão Resende e o pequeno Daniel Mirão. A alegria e a coragem, reflectida no brilho do seu olhar, transmite-nos a força necessária para continuar a lutar pelo seu bem-estar físico, social e emocional.

Fim do Ano Lectivo

As actividades escolares terminaram

no dia 22 de Junho, começando as tão

esperadas férias de Verão. Para além da já

habitual época balnear, planeada para o mês

de Julho, durante esse período será possível

a realização de diversas actividades

lúdicas e desportivas. Paralelamente, alguns dos meninos poderão

passar parte das férias de Verão junto dos seus

familiares.

Susana Maria Martins LimaDirectora Técnica

Primeira Comunhão e Profissão de FéNo passado dia 7 de Junho, os meninos Renato Moreno, João Alfredo

Teixeira, Luís Moreno e Hugo Jesuíno celebraram a sua Primeira Comunhão, na Igreja Matriz de Ponte de Lima. Posteriormente, no dia 10 de Junho, teve lugar a celebração da Profissão de

Fé do João Mateus Magalhães Gomes, juntamente com os outros meninos que frequentaram o 6º ano da catequese.

ção do bem comum; o Congresso reconheceu que é do interesse tanto do Estado como da Igreja preserva-rem e promoverem a sua autonomia, ligação à vida e bem assim capaci-dade de iniciativa e de decisão das Comunidades em que se integram. 3. Neste contexto, as Misericór-dias em Congresso reafirmaram a confiança no trabalho de serviço solidário, efectivo e afectivo, para a construção de um futuro melhor e mais justo, na certeza de que só com uma União das Misericórdias instituída em força dinamizadora da autonomia e inovação é que teremos Misericórdias fortes e modernas. 4. Assim, o Congresso reiterou a importância missionária das Mise-ricórdias no combate à pobreza, à exclusão social e na implementação de respostas sociais com excelência de qualidade para os mais desfavo-recidos e carenciados da sociedade, destacando temas como o enve-lhecimento activo, e a gerontologia preventiva. 5. No âmbito dos princípios da co-operação e da co-responsabilização do sector público, das instituições da sociedade civil e das próprias famílias, o Congresso considerou fundamental reforçar na prática o Pacto de Cooperação para a Soli-dariedade Social, verdadeira carta de princípios e regras motivadoras das parcerias e compromissos so-ciais, modelados em protocolos e acordos de cooperação, com vista a

responder aos novos desafios sociais. 6. Neste sentido, o Congresso deu rele-vância aos desafios da diferenciação positiva para uma atenção acrescida àqueles que mais precisam, concluindo pela necessidade de aplicar o princípio com qualidade, eficá-cia e segurança nas respostas sociais, numa estratégia de complementaridade com o Estado sobretudo para a área de apoio à infância e ao envelheci-mento. 7. Na procura de soluções para a sustentabilidade das Misericórdias, o Congresso realçou a função equili-bradora e determinante da economia social. As Misericórdias, enquanto realidades vivas de 500 anos em prol do Social e do Humanismo, são agentes do futuro que importa reinventar. Daí a necessidade de reorientar o seu posicionamento estratégico, potenciando sinergias nestes tempos de mudança que são tempos de resposta, em cultura de cooperação face à nova realidade de uma sociedade competitiva de economia globalizada. 8. Consciente da importância da formação profissional para a qualifi-cação dos recursos humanos e para

o desiderato da modernidade apoiada nas boas práticas, o Congresso reconheceu a ne-cessidade das Misericórdias desenvolverem uma contínua actividade formativa, bem como de mobilizar dirigentes, técnicos e funcionários para que, numa acção concertada, promovam iniciativas de quali-ficação e valorização pessoal e profissional. 9. O Congresso destacou o envolvimento dinâmico das Mi-sericórdias no sector da saúde,

em especial na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde, permitindo assim um re-torno consistente à área da saúde, génese do serviço misericordiano, pela via do Grupo Misericórdias Saúde. 10. O Congresso reflectiu acerca da importância do desenvolvimento de uma estratégia de parcerias, em situação de equilíbrio, entre as Mise-ricórdias e o Poder Local no sentido de, conjuntamente, potenciarem conhecimentos, recursos e serviços. Nesta conjuntura, o Congresso reco-nheceu a importância da União das Misericórdias como única estrutura capaz de as representar também no diálogo urgente com a Adminis-tração Central e Local, e, nessa legi-timidade, pugnar pela transparência das regras de relacionamento com estes parceiros preferenciais. 11. Em plena comemoração do Ano Europeu da Igualdade de Oportu-nidades para Todos, o Congresso vincou a actualidade e perenidade das Obras de Misericórdia, como matriz cristã da visibilidade, espe-cificidade e do serviço polivalencial destas Instituições do sector social e no respeito pela sua identidade, especificidade e autonomia consti-tucional.

Braga, Universidade do Minho, 2 de Junho de 2007

A Comissão Organizadora do Congresso

João Maria Carvalho

VIII Congresso Nacional das Misericórdias

Actividades e Valências Lar de S. José

10 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 15

Actividades e Valências Jardim de Infância

Uma nova experiência profissional e pessoal com crianças e jovens

“ (…) As crianças, mais do que deverem estar no coração das políticas e das acções, devem começar por estar bem dentro

do coração de cada um de nós.” (Negrão, 2004:17).

O estágio curricular de Serviço Social, realizado nos Lares São José e D. Maria Pia, permitiu-me um contacto directo e activo com uma nova realidade social, da qual resultou a aquisição de todo um conjunto de novas experiências e competências profissionais e pessoais.

Como futura profissional de Serviço Social fui confrontada com diferentes formas de socialização e perspectivas de vida das crianças e jovens, aspecto que implicou um trabalho de leitura e pesquisa com o intuito de compreender e respeitar as diferentes ideologias

de vida, evitando assim a influência de preconceitos, juízos de valor e atitudes moralizadoras.

Importa referir que as crianças e jovens me receberam sempre de um forma acolhedora, repleta de boa disposição e alegria, factos que permitiram a criação de sentimentos de empatia e mesmo de afectividade, que me marcaram como profissional e cidadã.

Observei todo um conjunto de potencialidades inseridas em cada criança e jovem; por isso, gostaria de aproveitar este momento para os desafiar a continuarem a lutar pelos seus verdadeiros e reais objectivos, pois a força de vontade leva-nos a superar os mais difíceis obstáculos. Eu acredito verdadeiramente em cada uma destas crianças e jovens, bem com nas suas potencialidades; só assim faz sentido a minha intervenção

nesta Instituição.Por fim, deixo uma palavra

de agradecimento e estima às crianças e jovens dos Lares São José e D. Maria Pia, os quais sempre demonstraram uma ati-tude de respeito e amabilidade para comigo, sendo muitas vezes contagiada com a sua simplicidade e pelos seus contributos pessoais. Sem esquecer os profissionais com quem trabalhei directa e indirectamente, deixo também o meu reconhecido obrigado pela disponibilidade e cooperação demonstrada ao longo deste per-curso.

Paula Gonçalves (Estagiária da Licenciatura em Serviço Social)

Universidade Católica Portuguesa Centro Regional de Braga

Faculdade de Ciências Sociais

14 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 11

Actividades e Valências Creche Actividades e Valências Jardim de Infância

12 Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Lima | Boletim Informativo 13

Actividades e Valências Lar Maria Pia

“Era uma vez um principezinho (…) que precisava de um amigo.”

Este pequeno excerto do livro “O Principezinho” faz-nos pensar na amizade como um tesouro, algo muito especial. Só com a entrega total das nossas verdadeiras emoções é que somos capazes de “cativar” e encher de sol a vida de alguém. Esta aprendizagem faz parte do projecto de vida das nossas crianças e jovens. Partilhamos esta mensagem, para que também aprendam a “cativar” e a ser “cativados”e se entreguem a um dos mais belos sentimentos: a amizade…

“Olá, bom dia! – disse a raposa. - Olá, bom dia! – Respondeu educadamente o principezinho.(…) Quem és tu? És bem bonita…- Sou uma raposa – disse a raposa.- Anda brincar comigo – pediu o principezinho. – Estou tão triste…- Não posso ir brincar contigo – disse a raposa. (…) Ainda ninguém me cativou. (…)- “Cativar” quer dizer o quê? (…)- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Quer dizer “criar laços”.- Criar laços?- Sim, laços – disse a raposa. – Ora vê: por enquanto tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti.(…) Se tu me cativares, a minha vida fica cheia de sol. (…) (…) A raposa calou-se e ficou a olhar para o principezinho durante muito tempo…- Se fazes favor… Cativa-me! – Disse ela. (…)

Excerto do Livro “O Principezinho”, deAntoine de Saint – Exupéry

M O M E

N T O S

O dia 7 de Junho foi um dia muito especial para três meninas do nosso Lar, que celebraram a sua Primeira Comunhão. São elas a Soraia Moreno, a Esméria Lopes e a Vânia Jesuíno. No final da cerimónia decorreu um almoço festivo no Lar de Idosos da Instituição, no qual estiveram presentes os seus familiares mais próximos, os meninos do Lar São José e as meninas do Lar D. Maria Pia.

Susana Maria Martins LimaDirectora Técnica

Meninas que entraramÉ com grande satisfação que partilhamos o nosso dia-a-dia com mais sete meninas: a Vânia Jesuíno, a Ana Sofia Pinto, a Esméria Lopes, a Mariana Anastácio, a Cristina Vieira, a Inês Almendra e a Daniela Mirão.

Meninas que saíramA jovem Margarida da Costa Araújo, residente no Lar D. Maria Pia durante cerca de quatro anos, deixou a Instituição no passado dia 27 de Abril. Deixo um agradecimento às responsáveis do Lar D. Maria Pia e à Mesa Administrativa da Santa

Casa da Misericórdia, através das palavras que se transcrevem:“Venho agradecer à Santa Casa da Misericórdia tudo quanto fez por mim ao longo deste tempo que passei no Lar D. Maria Pia. Muito obrigada pelo carinho e atenção, e por tudo o que aprendi. Sinto que este tempo não foi agradável para mim, pois sempre desejei estar com os meus pais, mas reconheço que foi um tempo proveitoso para o meu presente e futuro. Muito obrigada a todos os que me ajudaram.”

Primeira Comunhão

Actividades e Valências C r e c h e