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1 Informativo da Intercel - 03 de julho de 2015 - N07 boletim intercel da a pior crh da historia Diretoria nega tudo e dá mostras de que a negociação do ACT será de embates A postura demonstrada pela diretoria de Gestão Corporativa da Celesc na reunião da Comissão de Recursos Humanos (CRH) desta quarta-feira, dia 1º de julho, foi esclare- cedora. As negativas a benefí- cios essenciais e de gran- de impacto na vida dos trabalhadores demons- traram aos sindicatos que a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, que inicia em setembro, será de grande embate. Demonstrou, ainda, que toda a diretoria da Celesc trabalha de forma a prote- lar as decisões e irritar os trabalhadores, mudando o discurso de acordo com a conveniência. Nesta reunião, pontos longamente debatidos e já encaminhados tiveram sua lógica pervertida e fo- ram negados pela Celesc, restando seu registro em ATA e o compromisso dos sindicatos da Intercel de levar as reivindicações da categoria à esfera judicial. Além disso, as negocia- ções administrativas sobre cláusulas do ACT vigente também se esgotaram e os sindicatos da Intercel entrarão com ação judi- cial de descumprimento de Acordo Coletivo assim que a ATA da reunião des- ta quarta-feira for assina- da, o que deve ocorrer nos próximos dias. Nas próximas páginas deste boletim registrare- mos ponto a ponto os de- bates desta reunião. As negativas a benefícios essenciais e de grande impacto na vida dos trabalhadores demonstraram aos sindicatos que a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, que inicia em setembro, será de grandes embates x ´

Boletim Intercel nº 07

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Boletim da Intercel é uma publicação da INTERCEL Jornalista Responsável: Paulo Guilherme Horn (SRTE/SC 3489) Rua Max Colin, 2368 - Joinville/SC - CEP 89216-000 - Tel: (47) 3028-2161 - Email: [email protected] As matérias assinadas não correspondem, necessariamente, à opinião do informativo. Intercel = Saesc - Sindinorte - Sinergia - Sintevi - Sintresc - Stieec - Stieel

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Informativo da Intercel - 03 de julho de 2015 - N07

boletim intercel

da

a pior crh da historiaDiretoria nega tudo e dá mostras de que a negociação do ACT será de embates

A postura demonstrada pela diretoria de Gestão Corporativa da Celesc na reunião da Comissão de Recursos Humanos (CRH) desta quarta-feira, dia 1º de julho, foi esclare-cedora.

As negativas a benefí-cios essenciais e de gran-de impacto na vida dos trabalhadores demons-traram aos sindicatos que a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, que inicia em setembro, será de grande embate. Demonstrou, ainda, que toda a diretoria da Celesc trabalha de forma a prote-lar as decisões e irritar os trabalhadores, mudando o discurso de acordo com a conveniência.

Nesta reunião, pontos

longamente debatidos e já encaminhados tiveram sua lógica pervertida e fo-ram negados pela Celesc, restando seu registro em ATA e o compromisso dos sindicatos da Intercel de levar as reivindicações da categoria à esfera judicial.

Além disso, as negocia-ções administrativas sobre cláusulas do ACT vigente também se esgotaram e os sindicatos da Intercel entrarão com ação judi-cial de descumprimento de Acordo Coletivo assim que a ATA da reunião des-ta quarta-feira for assina-da, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Nas próximas páginas deste boletim registrare-mos ponto a ponto os de-bates desta reunião.

As negativas a benefícios essenciais e de grande impacto

na vida dos trabalhadores demonstraram aos sindicatos que a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, que

inicia em setembro, será de grandes embates

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registro de ponto e horas extrasA reunião iniciou com os sindicatos

da Intercel questionando a inviolabili-dade do registro de ponto, que segun-do denúncias dos trabalhadores, tem sido alterado, causando prejuízos na contabilização e pagamento de horas. Os sindicatos reiteraram que o registro de ponto tem que ser inviolável e que sua adulteração não pode ser utilizada como forma de gestão de horas.

A Diretoria da Celesc afirmou que a prática não é orientada nem incentiva-da e que o próprio sistema pode conter distorções e erros, que devem ser co-municados ao RH da empresa para cor-reções pontuais.

Os sindicatos ainda manifestaram duas preocupações com o registro e

pagamento de horas extras. Primeiro é a ineficiência do programa SAP para discernir entre horas para pagamento e horas para compensação. As primeiras, que ocorrem por convocação ou neces-sidade do trabalho do celesquiano de-vem ser pagas, não podendo ser conver-tidas para banco de horas. O segundo caso é referente às horas do Sistema de Compensação, que são realizadas por interesse dos trabalhadores e converti-das em banco. Segundo alguns relatos, o sistema SAP não consegue diferenciar as duas e tem em alguns casos, unido as duas, o que gera além de pagamento indevido, o desaparecimento de horas.

A diretoria comentou que todos os trabalhadores têm uma pré-aprovação

para a realização de 40 horas-extras no mês e que, caso este limite ultrapasse, a chefia tem como justificar e autorizar o pagamento das horas. Com relação ao sistema SAP o RH da empresa afirmou que verificará a situação para que este consiga diferenciar os tipos de horas realizadas, evitando novos erros e cons-trangimentos.

Ainda com relação às horas extras os sindicatos deixaram claro que a empre-sa não pode limitar o pagamento de horas realizadas em 40 horas, deixando o excedente para pagamento futuro. As horas realizadas têm que obrigato-riamente serem pagas e as chefias não podem impedir este processo, como forma de gestão.

o bloco do deixa pra depois...

A sequência da reunião demonstrou que não há nada de novo no front: só a mesma enrolação e dissimulação. A extensa pauta foi mais uma vez achin-calhada com atrasos, postergações e negações e a diretoria apresentou o bloco do “deixa pra depois”.

Sobre o Incentivo à Prática Espor-tiva, os sindicatos da Intercel haviam encaminhado préviamente algumas alterações na proposta da empresa, ampliando as condições do benefício, e garantindo que a empresa já pudes-se se posicionar nesta reunião. O dire-tor afirmou que ainda não havia uma resposta defnitiva e mais uma vez os sindicatos manifestaram a preocupa-ção com os constantes adiamentos à implementação do benefício.

A estratégia de adiar o debate tam-bém foi utilizada para tratar da Ação de Terceirização. A diretoria manteve o entendimento de que a decisão ju-dicial somente é valida para o impe-dimento de duplas mistas (terceiriza-dos + trabalhador próprio), propondo que as divergências de opinião fosse levadas à discussão pontualmente. Os sindicatos afirmaram que, dada a postura da empresa de não levar à sé-rio a matéria, farão o debate junto ao Ministério Público, já que participam do processo judicialmente.

O PCS (ponto de grande interesse para os trabalhadores) também está em ritimo lento. Os sindicatos vêm cobrando a nomeação do GT e o iní-cio dos debates, mas, segundo a Dire-toria, agora é que se consensou pelo lado da empresa de que forma eles querem trabalhar a revisão e, somen-te após o debate na próxima reunião do Conselho de Administração, é que o grupo será constituído e iniciará os trabalhos. Mais uma vez os sindicatos cobraram agilidade no cumprimento da cláusula do ACT, que deveria ter sido atendida 60 dias após a assinatu-ra do acordo 2014/15.

A diretoria também desrespeitou o espírito de criação da normativa de Acidentes de Trânsito e declarou não aceitar que seus efeitos também contemplassem casos anteriores que estão transitando na justiça. Fechan-do o bloco do deixa pra depois, a dire-toria afirmou que ainda não tem uma resposta para a revisão das diárias na empresa. Este problema se estende desde que a Celesc alterou unilateral-mente os valores das diárias.

E assim, esta parte da reunião nova-mente não trouxe nenhuma resposta concreta para nada. Só tempo e irrita-ção para os celesquianos.

Celesc Públicabom para todo mundo!

expediente

Boletim da Intercel é uma publicação da INTERCELJornalista Responsável: Paulo Guilherme Horn (SRTE/SC 3489)

Rua Max Colin, 2368 - Joinville/SC - CEP 89216-000 - Tel: (47) 3028-2161Email: [email protected]

As matérias assinadas não correspondem, necessariamente, à opinião do informativo.

saesc - sindinorte - sinergia - sintevi - sintresc - stieec - stieel

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descumprimentos de acordo coletivo

O maior desrespeito com os celesquianos é a postura da diretoria

de manter posições que claramente são quebra

de Acordo Coletivo, jogando um debate que poderia ser resolvido administrativamente para a esfera judicial

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O maior desrespeito com os celesquianos é a postura da dire-toria de manter posi-ções que claramente são quebra de acordo coletivo, jogando um debate que poderia ser resolvido administrati-vamente para a esfera

judicial.Após inúmeras ten-

tativas de solucionar questões fundamen-tais que claramente são descumpridas pela Celesc, os sindicatos da Intercel solicitaram à empresa o registro de desacordo na ata da

CRH, liberando as en-tidades sindicais para procederem com as ações na justiça. Lis-tamos abaixo os casos que serão levados à jus-tiça, assim que a ATA da CRH seja publicada, o que deve ocorrer em 10 dias.

gratificacao de ferias auxilio doenca

No ACT 2013/14 a unificação da Gratificação de Férias foi negociada para TODOS os trabalhadores, inclusive para quem havia perdido judicialmente há alguns anos. A Celesc insiste em não fazer o pagamento e não reconhecer o direito dos celesquianos. Essa foi uma das cláusulas que mais sofreu com o vai-e-volta. Uma hora estava certa, na seguinte já não estava. Agora, vai à justiça.

Esta é a pior situação de todas. A Celesc ignora o so-frimento dos trabalhadores que se encontram no ‘limbo jurídico”, liberados para trabalho pelo INSS e reprovados pelo médico do trabalho da empresa. Sem salário e de-samparados, a Celesc se recusa em resolver a situação, protelando uma decisão. Sobre este caso será publicada matéria no próximo jornal Linha Viva.

lojas de atendimento

Presente no ACT há dois anos, a Celesc não apresentou nada de concreto nas últimas CRH´s. Na desta quarta--feira afirmou que está trabalhando na acessibilidade das lojas, mas que segurança e ergonomia permanecem igno-rados. As lojas de atendimento e seus trabalhadores são a imagem da Celesc e têm sido sistematicamente esqueci-dos pela Celesc.

auxilio empregado com dependente deficiente

Neste caso a Celesc unilateralmente alterou uma norma-tiva que regula a cláusula, trazendo prejuízo aos benefici-ários. A Intercel avisou a Celesc que além de prejudicar os trabalhadores, a empresa não pode alterar nenhuma nor-mativa sem acordo com os sindicatos. Novamente a em-presa ignora os fatos e empurra a discussão para a justiça.

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