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ISSN - 0103-6688 ABNT Junho 2012 | volume 10 | nº 118 boletim Contribuição aos estudantes As normas técnicas de trabalhos acadêmicos ajudam os estudantes na organização de seus trabalhos,na pesquisa em bibliotecas e bancos de dados e também facilitam a divulgação dos conhecimentos.

boletim ISSN - 0103-6688 ABNTabnt.org.br/images/boletim/Junho-2012.pdf · Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais

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ISSN - 0103-6688

ABNTJunho 2012 | volume 10 | nº 118

boletim

Contribuição aos estudantesAs normas técnicas de trabalhos acadêmicos ajudam os estudantes na organização de seus trabalhos,na pesquisa em bibliotecas e bancos de dados e também facilitam a divulgação dos conhecimentos.

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Destaques de junho e julho de 2012Cursos

Veja a programação completa no site: www.abnt.org.brInformações e inscrições: [email protected] Tel.: (11) 2344 1722 / 1723

Acessibilidade a edificações, vias públicas e sistemas de transporte coletivo - ABNT NBR 9050:2004São Paulo - 18, 19 e 20/07

Aplicação da norma ABNT NBR 10151:2000 ao controle do ruído no meio ambiente - Conceitos, procedimentos e uso de instrumentos de medição São Paulo – 21 e 22/06

Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais - ABNT NBR 15635:2008São Paulo – 18 e 19/06 Rio de Janeiro - 24 e 25/07

Sistema de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos - ABNT NBR ISO 22000:2006Rio de Janeiro – 26 e 27/07

Estabelecimentos produtores / importadores de aparelhos eletrodomésticos e similares - Portaria nº 371 – INMETROSão Paulo - 16 /07

Instalações elétricas de baixa tensão II - ABNT NBR 5410:2004 - Instalações de potênciaSão Paulo - 19, 20, 21 e 22/06

Instalações elétricas de baixa tensão III - ABNT NBR 5410:2004 -Edificações de grande porteSão Paulo - 17, 18, 19 e 20/07

Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas - ABNT NBR 5419:2005Rio de Janeiro – 26 e 27/06São Paulo - 26 e 27/07

Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e manutençãoSão Paulo – 27, 28 e 29/06

Trabalhos AcadêmicosRio de Janeiro – 18 e 19/06Brasília - 19 e 20/06São Paulo - 05 e 06/07

Auditoria interna ambiental - ABNT NBR ISO 14001:2004 - Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão - ABNT NBR ISO 19011:2012São Paulo - 19 e 20/07

Gestão de aspectos e impactos ambientais, conforme a ABNT NBR ISO 14001:2004São Paulo - 25 e 26/06

Passivo ambiental em solo e água subterrânea: Avaliação preliminar - ABNT NBR 15515-1:2007 Versão corrigida: 2011São Paulo – 02 e 03/07

Política Nacional de Resíduos para a Indústria, Saúde e Setor PúblicoSão Paulo - 12 e 13/07Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso - ABNT NBR ISO 14001:2004São Paulo - 17 e 18/07

Gestão da qualidade por processosRio de Janeiro – 13/07

Satisfação do cliente - Diretrizes para o tratamento de reclamações nas organizações - ABNT NBR ISO 10002:2005São Paulo - 13/07

Responsabilidade social - ABNT NBR 16001:2004 e ABNT NBR ISO 26000:2010Porto Alegre – 28 e 29/06

Aplicação de gerenciamento de risco a produtos para a saúde - ABNT NBR ISO 14971:2009 Rio de Janeiro - 17 e 18/07

Auditoria interna de produtos para saúde ( ABNT NBR ISO 13485:2004) - Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão - ABNT NBR ISO 19011:2012São Paulo - 02 e 03/07

Sistema de gestão da segurança e saúde ocupacional - OHSAS 18001:2007Rio de Janeiro – 21 e 22/06

Auditoria interna do SGSI - Sistema de gestão da segurança da informação ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006 - Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão - ABNT NBR ISO 19011:2012São Paulo - 05 e 06/07

Auditores líderes em SGSI :Sistemas de gestão da segurança da informação, baseado na ABNT NBR ISO/IEC 27001:2005São Paulo – 18, 19, 20, 21 e 22/06

Sistemas de gestão de segurança da informação – Requisitos - ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006 e ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 - Código de práticaSão Paulo – 28 e 29/06

Auditor interno de sistema integrado de gestãoSão Paulo - 10 e 11/07

Governança corporativa de tecnologia da informação – ABNT NBR ISO/IEC 38500:2009São Paulo – 14/06

Normas do vestuário infantil: Uniforme escolar e vestibilidadeSão Paulo - 4/07

Meios de hospedagem – Sistema de gestão da sustentabilidade – Requisitos - ABNT NBR 15401:2006São Paulo - 05 e 06/07

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[ Editorial ]

Aos futuros pesquisadores

om a chegada das redes sociais, a comunicação entre uma empresa e seus clien-tes ficou muito mais ágil e eficiente. O mesmo vem acontecendo com a Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em sua relação com os usuários de

normas.

Essa comunicação mais dinâmica permite um intercâmbio de ideias sobre normalização e também já serviu para evidenciar o desconhecimento que ainda existe a respeito do papel da ABNT e da importância que as normas técnicas assumem em qualquer ramo de ativi-dade.

Um caso emblemático são as críticas às normas de trabalhos acadêmicos. As mais frequen-tes dão conta de que as normas são um amontoado de regras de difícil entendimento im-postas pela ABNT. Por essa razão, nesta edição estamos reiterando a importância de se conscientizar estudantes, futuros pesquisadores brasileiros, da contribuição das normas técnicas de trabalhos acadêmicos na produção e na divulgação do conhecimento científico.

As normas de trabalhos acadêmicos são elaboradas pelo Comitê Brasileiro de Informação e Documentação (ABNT/CB-14) em um processo que mobiliza voluntários de diversas ins-tituições do País. Longe de se estabelecer qualquer tipo de imposição, até porque não é este o objetivo da normalização, o que se busca ali é excelência. E a sociedade, incluindo os usuários das normas, pode opinar quando o Projeto de Norma é encaminhado para Consulta Nacional.

Empregada em dissertações, teses, trabalhos de conclusão de curso e artigos científicos, essas normas promovem a organização de conteúdo e de formatação e ainda garantem a qualidade da pesquisa.

Normas como a ABNT NBR 14724, Informação e documentação - Trabalhos acadêmicos – Apresentação, por exemplo, facilitam também a divulgação, a publicação e a pesquisa dessas obras, seja em um banco de dados como a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), seja em periódicos ou outros meios especializados.

Vemos, com satisfação, que a produção brasileira está crescendo, com o fomento às pes-quisas e a criação de novos programas de pós-graduação. A ABNT oferece sua contribuição a esse avanço, com normas técnicas que promovem a melhoria contínua do trabalho aca-dêmico e, consequentemente, do conhecimento.

Ricardo FragosoDiretor-geral

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[ Sumário ]

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Contribuição aos estudantesAs normas técnicas de trabalhos acadêmicos ajudam os estudantes na organização de seus trabalhos,na pesquisa em bibliotecas e bancos de dados e também facilitam a divulgação dos conhecimentos.

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14 [Artigo]

22 [ Turismo e Normalização ]Hotéis ambientalmente amigáveis são mais rentáveis

23 [ Consumidor ]Segurança para cuidar dos cabelos

29 [ Fique por Dentro ]

32 [ Certificações ]

15 [Institucional]

25 [ Negócios ]Rapidez e segurança com a ABNTColeção Parcerias em capacitação AcessibilidadeNormas para anéis

26 [ Normalização em Movimento ]Reuniões InternacionaisProjetos em Consulta NacionalAdoção de Norma ISONormas PublicadasInstalação de Comissão de Estudo Especial

A retomada do ABNT/CB-19

Tempo de normas técnicas em Fortaleza

21 [Dúvidas]

27 [ Feiras ]A Marca ABNT em evidênciaPrêmio Expo/Impo

03 [ Capa ]Contribuição aos estudantes

11 [ Entrevista ]A importância das publicações científicas

CONSELHO DELIBERATIVO:

Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa

Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra

São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da in-dústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (SINAEES), Instituto de Pes-quisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: MÉTRON Acústica Engenharia e Arquitetura Ltda., / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Con-selho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

CONSELHO FISCAL

Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Man-tenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar

CONSELHO TÉCNICO:

Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

DIRETORIA EXECUTIVA:

Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso ([email protected]) / Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior ([email protected]) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone ([email protected])/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira ([email protected])

ESCRITÓRIOS:

Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 ([email protected]) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 ([email protected]) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 ([email protected]) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/BA – Telefone: (71) 3329-4799 ([email protected])

EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT:

Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exem-plares / Publicidade: [email protected] / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa, Redação e Revisão: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Boletim ABNT: Junho 2012 – Volume 10 – Nº118 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação ([email protected]) / Impressão: Type Brasil.

PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:

www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

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s normas técnicas de trabalhos acadêmicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tornaram-se ferramentas essenciais.

Elas fornecem princípios básicos para a realização de um trabalho bem estruturado, organizando conteúdos e sua formatação, e também orientam sobre a publi-cação de referências completas que, por sua vez, irão auxiliar na posterior localização da obra utilizada. Aplicadas a dissertações, teses, trabalhos de con-clusão de curso (graduação, especialização) e artigos científicos, as normas ainda facilitam a divulgação, a publicação e a pesquisa dessa produção em bancos de dados, periódicos e outros meios especializados. “As normas técnicas da ABNT – como as de refe-rências, de citações e de publicação – são fundamen-tais para a estruturação das dissertações e teses. Sem elas não seria possível o adequado entendimento dos trabalhos”, ressalta o diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Emir Suai-den. Entidade responsável por gerenciar a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), com aproximadamente 200 mil obras disponibilizadas, de-fendidas por brasileiros no Brasil e no exterior.

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Contribuição aos estudantesPor desconhecimento, ainda há quem critique, mas as normas técnicas de trabalhos acadêmicos auxiliam os autores na organização de conteúdo, na formatação e na apresentação à instituição de ensino e ainda facilitam, posteriormente, a busca por essas obras e referências utilizadas em bibliotecas e bancos de teses.

Mesmo diante de tamanha relevância, é comum o desconhecimento sobre a normalização e seus benefí-cios. Muitas vezes, o primeiro contato com as normas técnicas só acontece na universidade, quando são re-quisitadas para a elaboração de trabalhos ao longo da graduação, ou somente na realização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). ”A exigência de trabalhos dentro dos padrões das normas deveria vir desde o início, promovendo a fami-liaridade do aluno com a qualidade, aliando conteúdo e forma desde os primeiros anos escolares”, ressalta a coordenadora da Comissão de Estudo de Documenta-ção (CE-14:000.01) do Comitê Brasileiro de Informação e Documentação (ABNT/CB-14), Ana Vera Finardi Ro-drigues. Ela também é bibliotecária-chefe da Bibliote-ca Setorial da Faculdade de Veterinária da Universida-de Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Todas as normas de trabalhos acadêmicos são ela-boradas no âmbito do ABNT/CB-14. “Elas começaram a ser publicadas em 1998, por solicitação de professo-res de Metodologia da Pesquisa, que sentiam falta de uma padronização para apresentação dos Trabalhos de Conclusão de Cursos e suas variações”, lembra a gestora do Comitê, Rosa Maria Correa. A primeira nor-ma foi a ABNT NBR 14724, Informação e documenta-ção - Trabalhos acadêmicos – Apresentação.

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Emir Suaiden, diretor do Instituto Brasileiro de Informa-ção em Ciência e Tecnologia (IBICT)

Ana Vera Finardi Rodrigues, coordenadora da Comissão de Estudo de Documentação do ABNT/CB-14

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O processo de normalização tem a participação de voluntários de diferentes setores da sociedade: produ-tores, consumidores e membros denominados neutros (representantes de órgãos de defesa do consumidor, entidades de classe, organizações não governamen-tais, universidades, escolas técnicas, entre outros). No ABNT/CB-14, o Comitê é formado em grande parte por bibliotecários e docentes de diversas áreas. “O Projeto de Norma é elaborado e aprovado por consenso pela Comissão de Estudos e depois é envia-do para Consulta Nacional”, explica a gestora do ABNT/CB-14. Nessa etapa, o documento fica à disposição para aprovação da sociedade, incluindo o corpo dis-cente, ou seja, aqueles que vão utilizar a norma. “Terminado esse processo, o projeto retorna à Comissão com as propostas enviadas pela socie-dade. Verifica-se a pertinência das observações e, caso não exista nenhuma alteração que necessite de nova Consulta, a Norma é enviada para publica-ção”, explica Rosa Maria, demonstrando a impor-tância do envolvimento de todos os interessados.

Preservando o meio ambiente

As normas técnicas, incluindo as de trabalhos acadê-micos, são revisadas a cada cinco anos, em média. As revisões em uma norma são realizadas para adaptar as necessidades que surgem com a utilização das normas após a publicação. Exemplos disso são a ABNT NBR 14724:2011, Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos -Apresentação e a ABNT NBR 15287:2011, Informação e documentação - Projeto de pesquisa - Apresentação, que foram recentemente revisadas.

A ABNT NBR 14724:2011 especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos. “Auxilia na elaboração da produção acadêmica, uma vez que detalha as partes estruturais do trabalho (par-tes interna e externa e elementos que as constituem – pré-textuais, textuais, pós-textuais) e sua ordem”, informa Ana Vera Finardi Rodrigues.

A coordenadora acrescenta que a norma orienta também sobre o formato (tamanho de letra, papel, espaçamentos, paginação) e demais diretrizes que fa-cilitam a ordem do trabalho.

Em sua terceira revisão, a norma de trabalhos aca-dêmicos apresenta um importante passo em direção à preservação do meio ambiente. “Para trabalhos na versão impressa, agora, além do papel branco há a op-ção pela impressão em papel reciclado, assim como a impressão na frente e no verso página”, comenta Ana. Também visando à economia de papel, a norma orien-ta a aplicação de espaços menores entre títulos e tex-to.

Na lista de alterações da ABNT NBR 14724:2011, a coordenadora da CE-14:000.01 aponta também que os títulos das ilustrações passam a precedê-las (na edi-ção anterior os títulos vinham abaixo da ilustração); e a fonte das ilustrações passa a ser obrigatória, mesmo que seja o próprio autor.

”A exigência de trabalhos dentro dos padrões das normas deveria vir desde o início, aliando conteúdo e forma desde os primeiros anos escolares”

Rosa Maria Correa, gestora do ABNT/CB-14

A ABNT oferece um curso de Trabalhos Acadêmicos com o objetivo de divulgar e proporcionar a aplicação correta das normas sobre o assunto. “O Ministério da Educação também apoia a utilização da Norma. O certificado emitido pela ABNT para os participantes do curso proporciona uma pontuação no currículo Lattes dos docentes”, informa a gestora do ABNT/CB-14, Rosa Maria Correa.

O curso aborda a importância da normalização, a interpretação e a aplicação correta das normas e a

relevância da forma para melhor exposição do con-teúdo.

“Outro diferencial é que o curso ministrado pela ABNT é o único que distribui exemplares das normas e leva em conta sempre sua última edição”, ressalta Ademilde Muniz de Castro, da Gerência de Capacita-ção da ABNT.

Para saber mais, acesse a seção de Cursos no site da ABNT: www.abnt.org.br

Capacitação contínua

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A ABNT NBR 15287:2011 especifica os princípios gerais para a elaboração de projetos de pesquisa e contemplou as mesmas alterações que a ABNT NBR 14724, no que diz respeito à opção pela impressão frente e verso, papel reciclado e título nas ilustrações.

Sempre atualizados

Cientes da importância de se manterem atualiza-dos, os professores universitários Jozilene de Souza e Rogério Tadeu da Silva já adquiriram as novas versões das normas, publicadas em 2011.

Pró-reitora de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR), Jozi-lene de Souza participa de várias atividades, entre elas a orientação de trabalhos acadêmicos (programa de iniciação científica e TCCs) e participação em bancas e comissões examinadoras. “Adquiri a norma ABNT NBR 14724 revisada, pois na minha área de atuação faz-se necessário o conhecimento atualizado do que ela es-pecifica”, justifica.

O coordenador de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) – Campus São Roque, Rogério Tadeu da Silva, conta que adquiriu as novas versões das normas com o objetivo de atualizar seu conhecimento, de modo que os traba-lhos acadêmicos que elabora e orienta sejam apresen-tados corretamente.

“Usando as normas técnicas é possível planejar o desenvolvimento do trabalho acadêmico, elaborar um cronograma de atividades e redigi-lo com a sequência que facilita a apresentação e o desenvolvimento de ideias com ordenamento lógico”, explica o professor.

Academia aprova

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) adota as normas técnicas de trabalhos acadêmicos da ABNT. “As normas contribuem na organização das in-formações e favorecem sua posterior recuperação de forma ágil e pontual”, ressalta a bibliotecária do Nú-cleo de Processos Técnicos (NProtec) da Rede Sirius – Rede de Bibliotecas UERJ, Simone Faury Dib.

A instituição adquiriu as normas de documentação, disponibilizando-as no Núcleo de Processos Técnicos da Rede Sirius da UERJ e desenvolveu o Roteiro para apresentação das teses e dissertações, com base nas normas da ABNT.

Por sua vez, a Universidade Estadual Paulista “Jú-lio de Mesquita Filho” (Unesp) formou o Grupo de Es-tudo de Normas Técnicas de sua rede de bibliotecas, cuja finalidade é estudar e avaliar as normas desen-volvidas pelo ABNT/CB-14, para auxiliar a comunidade acadêmico-científica da instituição.

Compõem o Grupo de Estudo os bibliotecários Cé-lia Regina Inoue, João Josué Barbosa, Laura Odete Dor-ta Jardim, Maria Irani Coito, Vania Aparecida Marques Favato, Terezinha Cristina Baldo Vernaschi, Maria Inês Andrade e Cruz, Rosana Maria P. Maciel, sob a supervi-são de Flavia Maria Bastos, coordenadora da Coorde-nadoria Geral de Bibliotecas da Unesp (CGB).

Na Unesp, desde teses, dissertações, TCC, projetos de pesquisa e artigos científicos até trabalhos de disci-plinas, editais de concursos, relatórios trienais de do-centes e bolsas de iniciação científica são elaborados

“Usando as normas técnicas é possível planejar o desenvolvimento do trabalho acadêmico”

Rogério Tadeu da Silva, Coordenador de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) – Campus São Roque

Jozilene de Souza, pró-reitora de Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)

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conforme as normas da ABNT. Para o Grupo de Traba-lho, a padronização é um instrumento que garante a qualidade da apresentação dos trabalhos acadêmico-científicos da Unesp.

A Universidade oferece à comunidade acadêmica treinamentos, cursos e oficinas para utilização das nor-mas. Também atende a solicitações de informações por e-mail e faz revisão de trabalhos acadêmicos em geral.

Entre as normas e os alunos

De acordo com as bibliotecárias do Setor de Orientação de Uso de Normas da ABNT, da biblioteca da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Eliete Mari Doncato Brasil e Carla Maria Goulart de Moraes, com exceção da Pós-graduação em algumas áreas da saúde, todos os cursos da entidade adotam as normas ABNT. No setor de orientação, o aluno é atendido mediante agendamento. Também são oferecidas oficinas com duração de seis horas sobre referências, citações e formatação de acordo com as normas ABNT. O aluno

ainda pode resolver suas dúvidas relativas às normas de trabalhos acadêmicos por e-mail. Além disso, a Unisinos disponibiliza no site da Biblioteca um Guia de Elaboração de Trabalhos Acadêmicos, conforme as normas da ABNT. A estudante do último período do curso de Nutrição da Unisinos, Márcia Batu Porto, aprova o suporte que a entidade oferece. “Lendo a norma diretamente é um pouco mais difícil, mas os funcionários da Biblioteca conseguem transmitir esse conhecimento de forma mais simples e fazer um elo entre a norma e os alunos da Unisinos”, comenta a estudante. Márcia acredita que as normas são fundamentais. “Muita gente vê as normas de trabalhos acadêmicos como um bicho-papão, mas na verdade elas são essenciais tanto para quem faz o trabalho quanto para quem vai lê-lo. É uma forma de organizá-lo”, conclui.

Recuperação e divulgação

As normas técnicas também impulsionam a circulação, a pesquisa e a recuperação de dados, assim como o intercâmbio das informações geradas no meio acadêmico.

“As normas contribuem na organização das informações e favorecem sua posterior recuperação de forma ágil e pontual”

Simone Faury Dib, bibliotecária do Núcleo de Processos Técnicos (NProtec) da Rede Sirius – Rede de Bibliotecas da UERJ

No Centro de Informações Tecnológicas (CIT) da ABNT o público pode consultar os textos integrais das normas de trabalhos acadêmicos, gratuitamente. Para esclarecer dúvidas, o CIT também oferece atendimento por telefone e e-mail. Nas consultas por e-mail, as respostas são enviadas em um prazo médio de 48 horas.

Locais de consulta: Rua Minas Gerais, 190, Higienópolis, São Paulo, SP, ou Avenida Treze de Maio, 13, 27° andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Horário de atendimento: de segunda a sexta, das 08:30 às 17h

Informações Tecnológicas

Márcia Batu Porto, estudante do curso de Nutrição na Unisinos

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“A utilização correta das normas técnicas permite que se execute uma pesquisa e seja possível localizar um documento, e também define a forma correta de descrever os documentos localizados tornando possível, inclusive, uma fácil localização posterior”, explica a coordenadora da Comissão de Estudo de Identificação e Descrição (CE-14:000.03) do ABNT/CB-14, Isabel Merlo Crespo. Ela também é bibliotecária sênior da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e mestre em Comunicação e Informação pela UFRGS. Destacando-se como uma das instituições que mais defendem o livre acesso à informação em nível nacional e internacional, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) possui um acordo de cooperação com as universidades brasileiras e as unidades de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), oferecendo cursos de pós-graduação para o desenvolvimento da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). “Assim cada instituição implementa a sua própria biblioteca de teses e dissertações, com apoio do IBICT, permitindo ao Instituto a coleta de informações das teses e dissertações de cada biblioteca local para formar a BDTD”, explica o diretor da entidade, Emir Suaiden. Com o objetivo de dar visibilidade e acesso à produção científica da pós-graduação brasileira como um todo para a comunidade de pesquisa nacional e internacional, a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) é a comprovação de como se faz necessária a padronização dos trabalhos acadêmicos e

periódicos científicos. “Todas as publicações do IBICT, sejam livros ou revistas, obedecem às normas da ABNT. O banco de teses da BDTD não só atende às normas, como também as divulga. As normas representam um importante passo na promoção e na divulgação do conhecimento”, ressalta Suaiden. De fato, as normas elaboradas pelo ABNT/CB-14 oferecem regras e padrões que podem ser aplicados a diferentes serviços e atividades realizadas no âmbito de uma biblioteca ou de um banco de dados. Exemplo disso é a própria Unisinos, que implantou sua Biblioteca Digital de Teses e Dissertações utilizando o sistema disponibilizado pelo IBICT. As funcionárias da Biblioteca da Unisinos Vanessa Nunes e Carla Hamme explicam que a Universidade provê os metadados de sua produção intelectual e o IBICT coleta essas informações e faz sua integração com a BDTD e com a Networked Digital Library of Theses and Dissertation (NDLTD), da Virginia Tech University, nos Estados Unidos.

O Grupo de Estudo de Normas Técnicas da Rede de Bibliotecas da Unesp defende que o uso de nor-mas técnicas auxilia na racionalização, maximização e otimização do acesso às coleções constituindo-se em importante ferramenta na consolidação e credibilida-de num banco de dados. Seus integrantes asseguram que uma das principais funções do uso está na capa-cidade de padronização na descrição de metadados, o que torna o banco dados interoperável, permitindo a participação em redes nacionais e internacionais, am-pliando assim a visibilidade da produção científica da Universidade.

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“Muita gente vê as normas de trabalhos acadêmicos como um bicho-papão, mas elas são essenciais”

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Eliete Mari Doncato Brasil, bibliotecária do Setor de Orientação de Uso de Normas da ABNT da biblioteca da Unisinos

Flavia Maria Bastos, coordenadora da Coordenadoria Geral de Bibliotecas da UNESP (CGB)

Crédito: Daniel Patire

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Referência das redes sociais

A ABNT NBR 6023:2002 - Informação e documenta-ção - Referências – Elaboração está sendo revisada. Nesse processo, o ABNT/CB-14 pretende abordar uma demanda frequente dos usuários das normas de tra-balhos acadêmicos: a utilização de referências publica-das nas redes sociais como fontes de informação.

“A estrutura da norma procura ser o mais flexível e abrangente possível para permitir a adequação de referências para os mais variados tipos de documentos e, atualmente, em especial os eletrônicos, que a cada momento surgem novos tipos e com variadas peculia-ridades. Serão apresentados exemplos para auxiliar na confecção das referências”, antecipa a coordenadora da CE-14:000.03 do ABNT/CB-14, Isabel Merlo Crespo.

Mas, se a revisão da norma oficializa a utilização de referências publicadas nas redes sociais como fontes de informação de trabalhos acadêmicos, é importante ressaltar: caberá a cada instituição de ensino/docente permitir ou não o seu uso.

A questão divide opiniões. Um ponto relevante le-vado em consideração é a perpetuidade dessas refe-rências na internet.

Embora as redes sociais, em franca expansão, se-jam objeto de pesquisa em todo mundo com vistas a seu uso como fonte de informação fidedigna, o diretor do IBICT, Emir Suaiden, acredita que ainda estamos distantes de poder indicar suas referências dos demais meios digitais. “Diferentemente das informações im-pressas em livros e periódicos, as informações digitais disponíveis na Internet são voláteis, quero dizer, os elos eletrônicos (links) se modificam constantemente, muitos desaparecem, gerando inacessibilidade aos da-dos”, ele argumenta.

Suaiden afirma que existem fontes digitais de gran-de credibilidade, que possuem políticas sérias de pre-servação das informações virtualmente disponíveis, e estas devem ser consideradas. Mas ainda é um assun-to que exige muito cuidado: “Acho muito prematuro se disser ‘sim’ ao uso desse tipo de referência em teses e dissertações”.

A bibliotecária da Rede de Bibliotecas da UERJ, Si-mone Faury Dib, é da mesma opinião. “Recomenda-se, na academia, que os discentes em seus trabalhos aca-dêmicos da pós-graduação não utilizem fontes eletrô-nicas que não se possa garantir a permanência na rede e reconhecer a sua fidedignidade”, observa. Contudo, ela acredita que seja importante que as normas con-templem os documentos eletrônicos, uma vez que há informação relevante nessas fontes e a tendência é de aumento da produção desse tipo de informação.

Na Unesp ainda não há um consenso sobre a uti-lização de informações contidas nas redes sociais em trabalhos acadêmicos. Ainda assim o Grupo de Estudo de Normas Técnicas da Rede de Bibliotecas considera importante que nesta atualização da ABNT NBR 6023 sejam contemplados modelos de todos os tipos de materiais disponíveis, cabendo a decisão de utilização destas informações aos usuários ou à instituição.

Excelência do conteúdo

O coordenador de Extensão do IFSP do Campus São Roque, professor Rogério Tadeu da Silva, avalia que as referências cuja fonte é virtual podem ser incluídas em dissertações ou teses. “O importante é a validade e a relevância da informação, não o meio pelo qual ela se manifesta para a sociedade”, afirma. Para ele, é me-lhor que haja normalização sobre este tipo de referên-cia, tornando assim a norma técnica atual e alinhada com a realidade, com as necessidades e as expectati-vas contemporâneas.

“A ABNT pode prestar à sociedade um serviço muito benéfico e contribuir com a distribuição deinformação virtual ao normalizar a forma como esta deve se apresentar, tanto no meio virtual quanto em trabalhos acadêmicos”, conclui Silva.

Entre professores, bibliotecários e pesquisadores, ninguém contesta a importância das normas técnicas para a elaboração de trabalhos acadêmicos, permi-tindo o desenvolvimento do conhecimento científico e sua divulgação. Justamente por isso, a ABNT busca conscientizar também o corpo discente, os futuros pesquisadores brasileiros. “Se conseguirmos que to-dos os trabalhos acadêmicos sejam apresentados no mesmo formato, atingiremos o objetivo principal, que é a excelência do conteúdo”, defende a gestora do ABNT/CB-14, Rosa Maria Correa

“A utilização correta das normas técnicas permite que se execute uma pesquisa e seja possível localizar um documento”

Isabel Merlo Crespo, coordenadora da Comissão de Estudo de Identificação e Descrição do ABNT/CB-14

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“As normas representam um importante passo na promoção e na divulgação do conhecimento”

O publicitário Alencar Botari criou o blog “Estuda Meu Filho, Nossa Senhora da ABNT Rogai por Nós!” para lidar com o estresse na elaboração do trabalho de conclusão de curso (TCC). “Por brincadeira, sugeri que meus amigos rezassem para a santa protetora dos trabalhos acadêmicos que nunca acabam. Então surgiu a Nossa Senhora da ABNT, pois todos os trabalhos acadêmicos têm de ser formatados rigorosamente conforme normas e todos os alunos encontram alguma dificuldade”, ele conta.

O que começou como uma brincadeira para compartilhar as experiências de estudantes sobre o TCC tornou-se um negócio sério. O blog transformou-se em site.

“Hoje são cinco colaboradores, cada um em uma área específica, produzindo material diariamente. Temos nosso podcast (programa de rádio feito para internet), o Fala Meu Filho, produzido quinzenalmente. Nele, discutimos temas diversos relacionados aos estudantes”, comenta.

O publicitário foi apresentado às normas de trabalhos acadêmicos quando ainda cursava o Ensino Médio. “Como já usava e conhecia as normas, tive facilidade em aplicá-las na faculdade e até ajudava alguns colegas que não tinham tanta intimidade com as regras”, lembra.

Conhecedor da história da normalização, Botari salienta a importância de normas técnicas. “É incrível

como a criação de algumas regras muda todo o jeito de produzir e construir, colocando ordem e qualidade no produto final, desde a produção de uma caneta à gestão ambiental”.

Segundo o publicitário, muitos estudantes não conhecem o trabalho da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e criam a imagem de uma organização chata, que apenas quer complicar a vida. Para reverter esse quadro ele tem uma sugestão: “Poderiam desenvolver campanhas institucionais para aproximar a população, principalmente os estudantes, e mostrar que as regras são necessárias e úteis”

Nossa Senhora da ABNT

Alencar Botari, publicitário, criador do site “Estuda Meu Filho, Nossa Senhora da ABNT Rogai por Nós!”

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Parceria ABNT e SEBRAE

Nossa norma é ajudar você a crescer

A ABNT e o SEBRAE firmaram um convênio que possibilita às MPE, após breve cadastro, o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.

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A importância das publicações científicasO presidente da Abec Brasil, Sigmar de Mello Rode, defende que o debate proporcionado pelas pesquisas apresentadas nas publicações técnico-científicas estimula o desenvolvimento do conhecimento.

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undada em 1985, a As-sociação Brasileira de Editores Científicos

(Abec Brasil) tem como objetivo congregar pessoas com interes-se em desenvolver e aprimorar a publicação de periódicos téc-nico-científicos. A entidade tam-bém busca aperfeiçoar a comu-nicação e a divulgação de infor-mações, manter o intercâmbio de ideias, o debate de proble-mas e a defesa dos interesses comuns em periódicos científi-cos e temas relacionados. “A Abec Brasil tem por meta zelar pelo padrão da forma e conteúdo das publicações técni-co-científicas no país”, garante o presidente da entidade,

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Sigmar de Mello Rode. Editor científico da revista Bra-zilian Oral Research e professor ti-tular da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, da Uni-versidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Rode tem a responsabilidade de cuidar do controle ético e de qualidade, do processo de avaliação e da pu-blicação e divulgação da pesquisa científica. Nesta entrevista, o presidente da ABEC Brasil fala da importância das publicações técnico-científicas no fomento de novos conheci-mentos e do andamento da pro-dução brasileira. Também ava-lia como as normas técnicas são

fundamentais para a qualidade e a sistematização da produção científi-ca. O que faz um editor científico? O editor desempenha um papel central no controle ético e de quali-dade do processo de avaliação, publi-cação e divulgação da pesquisa cien-tífica. Ele também é responsável por definir e programar padrões de qua-lidade na pesquisa e na comunicação científica; publicar trabalhos de im-portância estratégica nacional, com boa qualidade científica; estar ativa- mente engajado em pesquisa e pu-blicação, porque um editor que não pesquisa e não publica não será um bom editor.

Sigmar de Mello Rode, presidente da ABEC Brasil

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Quais competências são necessá-rias a um editor?

Compete ao editor: compromis-so básico – a principal obrigação do editor é garantir a integridade científica do periódico; confiden-cialidade – o editor é responsável pela manutenção do sigilo dos originais e de outras matérias que estejam em julgamento; e impar-cialidade – o editor é responsável pela manutenção da imparciali-dade durante todo o processo de avaliação. O editor também deve: manter a periodicidade e a pontu-alidade da publicação; cuidar da endogenia: regional, de autores, de colaboradores, e de assunto; di-vulgar a revista; controlar o tempo e a qualidade da avaliação; cuidar da indexação nacional e da inter-nacional (qualidade da revista); cuidar da infraestrutura e buscar recursos financeiros; decidir acei-tar ou não o manuscrito com base nas recomendações e justificativas do editor assistente e do parecer dos revisores e considerações de outros manuscritos com caracte-rísticas similares. O editor também atua como ombudsman, na prote-ção dos direitos dos autores, dos revisores, dos leitores e da revista.

Quais os principais desafios de edição de uma publicação técnico-científica?

Os principais desafios para se editar uma publicação técnico-científica de qualidade estão dire-tamente relacionados com os de-safios de ser editor. Não é fácil atin-gir esses objetivos, porque o ponto crítico do sistema é o ser humano, o processo é subjetivo e a possibi-lidade de se desviar de uma con-duta correta ou ética existe. Razão pela qual uma avaliação constante (auto e externa) e a manutenção do padrão ético e científico são fundamentais. Basicamente deve-se também fortalecer: serviços de referência nacional e internacional; a infraestrutura de apoio à editora-

ção e publicação; a profissionaliza-ção dos envolvidos no processo; e a inserção internacional.

Qual o objetivo de uma publicação técnico-científica?

O debate e a crítica sadia são componentes essenciais de todos os projetos e programas de pesqui-sa e facilitam o estreitamento de conclusões íntegras. Uma das me-lhores formas pela qual podemos realizar um amplo debate é através da publicação técnico-científica das pesquisas, que permite que a academia conheça o trabalho e o critique, utilizando-o como refe-rência para novas indagações, no-vos resultados e consequente de-senvolvimento do conhecimento. Os princípios gerais que norteiam a pesquisa e sua publicação são compartilhados pelos pesquisado-res na comunidade científica inter-nacional e envolvem honestidade e precisão, de maneira que o conhe-cimento aumente sem distorção da verdade.

Quais as principais contribuições que publicações e artigos técnico-científicos trazem para a socieda-de?

A relação entre ciência e traba-lho científico é bastante clara, uma vez que o segundo é resultado da primeira. Assim podemos afirmar que a ciência é espelhada com o desenvolvimento de pesquisas e a sua divulgação se faz através dos artigos técnico-científicos. A pes-quisa deve sempre ter como obje-tivo beneficiar de alguma maneira a sociedade, entendendo e/ou aumentando o conhecimento que deve ser divulgado e comentado.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) oferece à socieda-de várias normas no campo da in-formação e da documentação. Em sua opinião, como as normas téc-nicas contribuem para a produção científica brasileira?

Ter normas técnicas de procedi-mentos é fundamental para a qua-lidade e a sistematização. Elas per-mitem e facilitam padronização, arquivamento, divulgação, coleta de dados e obtenção de índices, que são fundamentais para medir e avaliar a produção científica.

As normas técnicas também auxi-liam o trabalho do editor científi-co?

As normas técnicas são um guia fundamental para se realizar um trabalho de qualidade e facilitar a sua divulgação. Os serviços de apoio à editoração e à publicação científica devem ser continuamen-te atualizados e inovados de acor-do com a evolução da divulgação do conhecimento. Um dos papéis do editor científico é definir qual norma utilizar no seu periódico e garantir que elas sejam correta-mente aplicadas. A escolha da nor-ma vai depender da missão e do público-alvo do periódico.

Participando das redes sociais, a ABNT agora está mais próxima dos usuários de normas. Temos encon-trado algumas críticas às normas de trabalhos acadêmicos. Em sua opi-nião, por que essas críticas aconte-cem?

Hoje a Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de Nível Su-perior (Capes) tem uma política de visibilidade e internacionalização dos programas e dos docentes da pós-graduação brasileira, responsá-veis pela maior parte da produção nacional, o que tem refletido no aumento mundial da produção de autores brasileiros. Entretanto, essa internacionalização leva a que tanto autores como editores de periódi- cos científicos tenham muitas vezes que adotar normas internacionais como, por exemplo, Vancouver na área de saúde, em detrimento das normas da ABNT, porque senão seus artigos ou periódicos não se-rão aceitos pela comunidade inter-

“Os principais desafios para se editar uma publicação técnico-científica de qualidade estão diretamente relacionados com os desafios de ser editor”

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Acreditados (OIVA), os Organismos de Inspeção Acreditados-

[ Entrevista ]

“As normas técnicas são um guia fundamental para se realizar um trabalho de qualidade e facilitar a sua divulgação”

nacional. Seria muito importante que as normas da ABNT de alguma maneira contemplassem também essas normas porque, se seguirmos exclusivamente a ABNT, podemos não ser aceitos no exterior e, con-sequentemente, teremos avaliação pior pela Capes. Não temos alter-nativa a não ser seguir as políticas externas para não perecer e para poder receber colaborações e par-cerias do exterior, porque a inter-nacionalização não se dá só com a produção no exterior, mas também trazendo a produção do exterior para ser publicada nos nossos peri-ódicos.

A ABNT NBR 6023:2002, Informa-ção e documentação - Referências – Elaboração está sendo revisada e abordará a inclusão de referências publicadas nas redes sociais. Na sua avaliação, teses, dissertações e arti-gos científicos devem indicar refe-rências de redes sociais? As redes sociais operadas pelo Fa-cebook e Twitter constantemente são utilizadas de forma regular por autores, periódicos e pelas editoras. Recentemente foi lançada também a rede Google+. A publicação on-li-ne na web em acesso aberto é uma condição essencial para maximizar a visibilidade nacional e internacio-nal dos periódicos e dos artigos, e o portal de periódicos da Capes auxi-lia muito a consulta de pesquisado-res, tanto em acesso aberto como por assinatura. O mundo digital é extremamente complexo e faz par-te do dia a dia de qualquer pessoa, inclusive autores e pesquisadores, e não pode ser ignorado. O grande problema é que essa mídia aceita tudo, o certo e o errado. Assim, se a citação for baseada em evidências científicas, em sites confiáveis e sé-rios, não existe nenhum problema em ser utilizada como referência. O grande desafio é definir quais são esses sites. Também seria importante que a ABNT tivesse representantes oficiais de entidades preocupadas e que estão discutindo o assunto partici-

pando do processo de elaboração dessas normas, para ouvir a comu-nidade e, principalmente, divulgar para a comunidade.

Como anda a produção técnico-científica brasileira em relação à in-ternacional?

Em 2009, a agência Thomson-Reuters publicou que o Brasil alcan-çou a 13ª posição na classificação mundial em produção científica em 2008, passando a contribuir com aproximadamente 2,12% dos arti-gos publicados de 183 países. Pare-ce que ainda estamos nessa faixa e, embora alguns críticos digam que estamos no nosso limite, prefiro acreditar que ainda avançaremos muito nesse campo. É verdade que esses números são gerais, em algu-mas áreas do conhecimento (por exemplo, em áreas das Ciências Agrárias, da Medicina e da Odonto-logia) chegamos ao segundo lugar no número de artigos publicados. A base SciELO (Scientific Electronic Library Online) divulgou que os pe-riódicos brasileiros publicam desde 2009 aproximadamente um terço da produção científica nacional in-dexada no WoS (Web of Science) e Scopus. Em 2011, os periódicos indexados e publicados em acesso aberto pela base SciELO Brasil alcan-çaram a extraordinária média diária de 1,2 milhões de downloads. Políti-cas públicas e privadas articuladas, nesse sentido, serão fundamentais para melhorarmos ainda mais nesse quesito.

De que forma a produção científica brasileira tem sido divulgada inter-nacionalmente?

Essa tem sido uma das grandes preocupações governamentais e das agências de fomento à pesqui-sa. Em primeiro lugar, as agências de fomento e auxílio à pesquisa forne-cem recursos aos pesquisadores no sentido de melhorar o texto de seus trabalhos, fazer a versão para ou-tras línguas e cobrir as despesas de publicação nos periódicos. Uma vez

que essa situação está bem estabe-lecida, a preocupação agora passa a ser melhorar a qualidade de nossos periódicos para que eles se interna-cionalizem. Para citar dois exemplos claros, a Capes está selecionando dois periódicos de cada área do conhecimento que receberão forte apoio, institucional e financeiro, por cinco anos, para permitir essa inter-nacionalização.

Como a Abec Brasil participa disso?

A Fundação de Amparo à Pesqui-sa do Estado de São Paulo (Fapesp), em conjunto com o SciELO e a Abec Brasil, está elaborando uma propos-ta de programa para o aperfeiçoa-mento da qualidade, aumento do impacto internacional e fortaleci-mento da sustentabilidade dos pe-riódicos brasileiros, a partir de uma consulta para alguns dos periódicos mais representativos do país sobre linhas de ação para o aperfeiçoa-mento da qualidade, aumento do impacto internacional e fortaleci-mento da sustentabilidade dos pe-riódicos brasileiros.

Visualizando a importância da inter-net, muitas publicações científicas estão migrando do meio impresso para o digital. Quais são os desafios dessa empreitada?

Acredito que o processo é irre-versível e terá que ser seguido por todas as publicações técnico-cientí-ficas, não somente periódicos, para aumentar a visibilidade e a divulga-ção do conhecimento com a agilida-de que o sistema permite.O desafio é saber utilizar e regula-mentar o sistema com todos os re-cursos que ele possibilita e não so-mente como uma transposição dos recursos impressos para divulgação no meio digital. Uma grande discus-são tem sido abordada constante-mente nos encontros da Abec, para conscientização e aprendizagem so-bre o processo, que sem dúvida é o futuro, em curto espaço de tempo. Quem não conseguir se atualizar, sem dúvida, perecerá

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Comitê Brasileiro de Refra-tários (ABNT/CB-19), criado em 1978 para atuar na nor-

malização dos materiais refratários, incluindo matérias primas metálicas ou não metálicas, produtos refratá-rios conformados e não conformados, conseguiu, nos últimos três anos, rea-valiar seu acervo de mais de 80 nor-mas. Tal feito se deve à ação direta de 10 empresas que em 2009 decidiram apoiar financeiramente o Comitê.

A retomada teve início em 2006, após mais de quatro anos de reces-so. Devido à falta de estrutura que pudesse suportar o Comitê e vendo a imperiosa necessidade de atualização de suas normas, principalmente para enfrentar a invasão de produtos de baixa qualidade no mercado brasilei-ro, procurei a ABNT seguindo a orien-tação da minha empresa a respeito da ideia de reativação do Comitê. Com o apoio da ABNT, saí em busca de empresas dispostas a auxiliar no custeio da infraestrutura necessária ao funcionamento do ABNT/CB-19.

No final de 2006 realizamos a pri-meira reunião na ABNT, em São Pau-lo, com a participação de técnicos re-presentantes de sete empresas, que apoiaram a reativação do Comitê, mas destacaram a necessidade de um contato com a direção das empresas. Foi assim que iniciei minha missão de contatar os fabricantes e fornece-dores de insumos refratários, tendo como dificuldade maior no trabalho de convencimento o fato de que nin-guém queria dar crédito a um Comi-tê inativo por cinco anos. Além disto, precisávamos, no mínimo, de 10 em-

ras e muitas outras estão sendo de-senvolvidas em cinco Comissões de Estudo.

Agora, decorridos três anos, esta-mos retomando o contato com a di-reção das empresas para a renovação dos contratos, para cooperação com a gestão 2012 a 2015, que seguirá o mesmo modelo, porém com ênfase na inserção do ABNT/CB-19 na nor-malização internacional, com a parti-cipação efetiva no Comitê Técnico da ISO que trata do assunto, o ISO/TC-33 – Refractories.

Acreditamos que a renovação não será uma missão tão árdua como da primeira vez, pois agora, além de ter-mos os resultados de nosso trabalho para mostrar, temos ainda a confian-ça daqueles que têm acompanhado e contribuído com essa jornada. É de extrema importância a manutenção do apoio para a continuidade dos tra-balhos e para que possamos ver os interesses brasileiros do setor de re-fratários defendidos e reconhecidos na ISO

[ Artigo ]

A retomada do ABNT/CB-19* Por Mario Tadashi Kase

* Mario Tadashi Kase é coordenador geral do Comitê Brasileiro de Refratários (ABNT/CB-19)

presas contribuintes.Mas eu tinha em nossa defesa

(minha e do ABNT/CB-19) o Plano de Trabalho destacando a necessidade de atualizações e revisões das Nor-mas Brasileiras. Ficou evidenciada também a importância de se alinhar a normalização nacional com a in-ternacional, de forma a se ter uma concorrência, em pé de igualdade, no mercado internacional, promovendo a adoção de Normas da ISO como Normas Brasileiras (ABNT NBR ISO).

Em 2007, foram realizadas duas reuniões para apresentação da minu-ta do contrato e da relação das Comis-sões de Estudo necessárias para as atividades do Comitê. Em 2008, hou-ve mais uma reunião na qual foram definidos o Coordenador do ABNT/CB-19, os coordenadores das Comis-sões de Estudo e o Programa de Nor-malização Setorial (PNS).

Somente em 2009 conseguimos firmar contrato de três anos com as empresas Elfusa Geral de Eletrofusão Ltda; Forza do Brasil Ltda; Kerneos do Brasil; Magnesita Refratários; Pe-trobras; Reframax Engenharia Ltda; Saint-Gobain/MG; Saint-Gobain/SP; Togni S/A Materiais Refratários e Vamtec Vitoria S/A, e viabilizar a im-plementação da sede da Secretaria do ABNT/CB-19 nas dependências da ABNT em Belo Horizonte, bem como a contratação do Secretário Técnico, Sr. Tótila de Lima.

Em 2010, finalmente, implemen-tamos nosso Programa de Normaliza-ção, iniciando o trabalho de revisão e atualização das Normas Brasileiras do acervo do ABNT/CB-19. Desde então foram publicadas 37 Normas Brasilei-

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Tempo de normas técnicas em FortalezaSeminários, palestras e lançamento de norma, entre outras atividades, marcaram o período de 4 a 11 de maio, quando a ABNT recebeu membros da Copant e da AMN na capital do

Ceará.

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om uma série de atividades, a Semana da ABNT em Fortaleza mobilizou a sociedade da capital cearense, enquanto representan-

tes da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant) e da Associação Mercosul de Normalização (AMN) reuniam-se para eleger seus novos dirigentes e promover o intercâmbio de experiências. Os dois se-minários realizados, um sobre Energias Renováveis e o outro sobre Responsabilidade Social, atraíram cerca de 200 pessoas. No dia 4 de maio pela manhã, a AMN realizou As-sembleia Ordinária, na qual foi eleito o novo presiden-te do Conselho Diretivo, Mário Leiva, que é diretor geral do Instituto Nacional de Tecnologia, Normaliza-ção e Metrologia (INTN), do Paraguai. Como vice- pre-sidente foi eleito Enrique Romero, que é diretor geral do Instituto Argentino de Normalização e Certificação

(IRAM). O diretor geral da ABNT, Ricardo Fragoso, foi eleito para o cargo de diretor tesoureiro. Na Assem-bleia, também foi aprovada a auditoria fiscal da AMN referente ao ano de 2011. O período da tarde foi reservado para a reunião do Conselho Diretivo, na qual foram tratados diversos temas referentes à administração da entidade, entre eles: previsão de despesas para 2012; elaboração do novo site; convênio entre a AMN e o European Com-mittee for Standardisation (CEN), o European Commit-tee for Electrotechnical Standardization (Cenelec) e o European Telecommunications Standards Institute (ETSI); revisão de normas com mais de 5 anos; e rela-cionamento com o Subgrupo de trabalho que trata de Regulamentos técnicos do Mercosul (SGT 3). Partici-param da reunião do Conselho Diretivo 10 represen-tantes de Organismos Nacionais de Normalização de países do Mercosul.

CA Assembleia Geral da Copant reuniu cerca de 70 representantes de 20 paíes

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“O processo de gestão descrito pela ABNT NBR ISO 22000:2006 constitui uma estratégia de trabalho que promove a melhoria contínua”

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A Assembleia Geral da Copant foi realizada nos dias 7 e 8 de maio, com a participação de cerca de 70 pessoas de 20 países. A Copant reúne os organismos nacionais de normalização de 25 países da América do Sul, América Central, América do Norte e Caribe e 9 países aderentes.

A missão da Copant é promover o desenvolvimento das normas técnicas nas Américas, visando facilitar o intercâmbio comercial e a prestação de serviços entre os países, por meio da coordenação dos esforços de seus membros, ou seja, os organismos nacionais de normalização, como a ABNT que, por sinal, participou da criação da entidade.

Durante e assembleia houve a eleição do Conselho Diretivo para o período 2012 – 2014 e foram discutidos os seguintes assuntos: coordenação de trabalhos de normalização e Comitês Técnicos, atividades administrativas, aprovação de três normas Copant, apresentação do Balanço de 2011, entre outros.

Sérgio Toro, presidente da Copant, falou sobre um dos principais objetivos da Assembleia: “Temos vários acordos assinados com distintas organizações internacionais, em particular com a ISO, que é um Organismo Internacional de Normalização, assim como a IEC, e como estamos participando da normalização regional, o nosso interesse é conhecer os trabalhos que realizam e poder participar como organismo nacional, dando sugestões”.

O sucesso do encontro também foi destacado por Toro. “O evento em Fortaleza foi maravilhoso, um lugar muito belo, que motivou ainda mais o nosso trabalho. A infraestrutura oferecida foi exatamente a que solicitamos. Parabenizo o Sr. Pedro Buzatto e os diretores pela escolha e pelo belo trabalho”.

A norma de PD&I

Um evento no dia 8 marcou o lançamento da ABNT NBR 16501:2011, Diretrizes para sistemas de gestão da PD&I em Fortaleza. Esta norma estabelece diretrizes para o desenvolvimento e implementação de sistemas de gestão da PD&I e é aplicável a qualquer organização, independentemente do porte, tipo e área de atuação.

Júlio Félix, diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (ABNT/CEE-130), anunciou que há um plano de normalização que inclui quatro normas. A ABNT NBR 16501:2011 foi a primeira a ser publicada, no final do ano passado.

“Nossa expectativa é que seja uma grande ferramenta de suporte aos projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação nas empresas, em especial as de tecnologia. Esta é uma norma de diretrizes, por consequência, não é aplicável a processos contratuais e de certificação”, afirmou Júlio Felix durante o evento, que teve a participação de 25 pessoas.

Energias Renováveis

O Seminário sobre Energias Renováveis foi realizado no dia 9 e teve 110 participantes, fato que mereceu destaque do presidente do Conselho Técnico da ABNT, Haroldo Mattos de Lemos, ao iniciar a palestra “os Desafios das Energias Alternativas e da Sustentabilidade”.

“Percebemos que cada vez mais, quando a ABNT realiza eventos em diferentes Estados, o público local participa bastante e outras pessoas de fora também vêm. Esse seminário de hoje é muito importante e a participação da comunidade local prova isso”, afirmou Lemos. .

James P. Olshefsky, diretor de Relações Externas da ASTM International, dos Estados Unidos, ressaltou a importância do evento, devido à existência de normas que abordam as Energias Renováveis em diferentes tecnologias, como biomassa, solar, geotérmica, por exemplo. “Esta é uma grande oportunidade de apresentar o que estamos fazendo pelo mundo”, disse ele em sua palestra denominada “Fontes de Energia Renováveis: Solar e Geotérmica – Perspectiva dos Estados Unidos”.

Alexis Valqui, do Physikalisch Technische Bundesanstalt (PTB), da Alemanha, falou sobre “Experiências do PTB em Energias Renováveis para a América Latina e o Caribe”,

Júlio Felix apresenta a ABNT NBR 16501:2011, sobre pesquisa, desenvolvimento e inovação

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destacando a importância da metrologia para fomen-tar as energias renováveis.

“Energias Renováveis e a Matriz Ener-gética” foi o tema apresentado por Fa-bián Yaksic, gerente do Departamento de Tecnologia e Política Industrial da Associação Brasi-leira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). ”Este seminário foi um evento inédito, pois conseguimos colocar representantes dos Estados Unidos, de alguns países latino-americanos e evidentemente do Brasil, para mostrar todo o seu potencial em energias reno-váveis”, comentou.

Claudia Cerda, chefe da Divisão de Normas do Ins-tituto Nacional de Normalização (INN), do Chile fez palestra sobre “A experiência do Chile em Energias Re-nováveis”. Ela comemorou: “É a primeira vez que um país como o meu tem a oportunidade de falar sobre o desenvolvimento das políticas públicas do sistema

energético e o papel do organismo de normalização a que pertenço. Agradeço a ABNT pelo convite”.

O chefe do Departamento de Normalização Internacio-nal da Associação de Normalização e Certificação (ANCE), do México, Luis Iván Hernandez, falou sobre “A experiência do México em Energias Renováveis”, destacando energia fotovoltaica. “O México levou três anos trabalhando neste tema. As energias renováveis fazem parte da agenda políti-ca e de algumas leis, e a função da ANCE é exatamente dar suporte para a aplicação das normas”, ele explicou.

José Tadeu Matheus, gerente de Desenvolvimento da empresa Wobben – Brasil, abordou o tema “Desenvolvi-mento, Fabricação e Fornecimento de Equipamentos: Ener-gia Eólica”. Ele parabenizou a ABNT pela iniciativa e avaliou: “É muito importante a realização de um evento para que se compartilhem as informações sobre normas técnicas”.

Por sua vez, Aimé Fleury de Carvalho Pinto, secretário da Comissão de Estudo de Sistemas de Conversão Fotovol-taica, do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB- 03), falou sobre “Sistemas de Conversão Fotovoltaica”. Ele con-siderou o evento muito importante, por explicar por que estão elaborando normas técnicas e para que elas servem. “Tentei explicar um pouco sobre energia solar, os traba-lhos que estamos desenvolvendo, os impactos que tere-mos quando usarmos essa energia e o que a norma técnica precisa ter para minimizar isso””, comentou.

Palestra sobre Certificação

A programação do dia 9 também incluiu uma palestra sobre certificação de sistemas e produtos, a cargo de Anto-nio Carlos Barros de Oliveira, gerente geral de Certificação da ABNT, com o objetivo de esclarecer a sociedade sobre a importância desse processo para as empresas e consumi-dores.

A ABNT ofereceu um jantar, no dia 8, no Museu do Engenho Colonial, situado em Aquiraz, que fica a 27 km de Fortaleza e foi a primeira capital do Ceará. Os objetos expostos nesse espaço não só pontuam a história do engenho, no qual teve origem a Cachaça Colonial, como também situam a bebida no cenário econômico e cultural brasileiro.

Os convidados ainda assistiram a uma apresentação de quadrilha por integrantes do Centro Cultural Zé Testinha, reconhecido pelo resgate das tradições populares do Ceará

Jantar e cultura

O Seminário sobre Energias Renováveis atraiu 110 participantes

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Barros de Oliveira observou que, por causa da deman-da de setores produtivos, houve uma grande evolução na elaboração de normas técnicas, que podem ser utilizadas como ferramentas de gestão, contribuindo como um fator relevante no crescimento das organiza-ções. Para atestar a aplicação de normas em seus pro-cessos e produtos, as empresas vêm buscando mais a certificação.

De acordo com o gerente geral, as relações con-tratuais entre fornecedor e cliente vêm exigindo cada vez mais a comprovação da implantação de sistemas de gestão e de produtos que atendam a padrões nor-mativos. “Este binômio tem gerado a necessidade das organizações de comprovarem o atendimento a estas exigências contratuais com um processo de certifica-ção”, afirmou.

A palestra, que teve a participação de 40 pessoas, incluiu os tipos e mecanismos do processo de certifica-ção e enfatizou a sua importância no cenário atual de crescimento sustentável das organizações.

Café com associados

No dia 10, a ABNT promoveu um café da manhã com associados, reunindo 15 pessoas. O diretor adjunto de Ne-gócios, Odilão Teixeira, fez uma breve apresentação sobre a ABNT, sua missão, suas atividades e a importância das normas para as organizações.

A gerente de Vendas, Regiane Guaglione, explicou as vantagens do serviço ABNTColeção, enquanto Rafael Sor-rija, do Centro de Informações Tecnológicas (CIT) mostrou como o setor pode auxiliar o público a identificar normas e seu conteúdo. O gerente de Articulação Nacional, Roberto Santos, falou sobre as vantagens de participar do quadro associativo da ABNT.

Responsabilidade Social

A última atividade da Semana da ABNT em Fortaleza foi o Seminário de Responsabilidade Social, realizado no dia 11, com a participação de 80 pessoas. Em seu esforço para disseminar a ISO 26000:2010, especialistas que ajudaram a elaborar a Norma Internacional fizeram palestras e co-ordenaram uma oficina, na qual os participantes puderam debater e analisar casos apresentados pelos moderado-res.

“Este é um evento muito importante para o País, por-que trata de muitos temas, envolve muitos tipos de or-ganizações. Foi bastante interessante a reação do debate, tem muita gente interessada”, avaliou José Salvador Silva, da Fundação Vanzolini e coordenador da delegação brasi-leira na ISO.

Salvador fez palestra sobre o “Processo de Construção da ISO 26000” abordando o trabalho da Comissão de Es-tudo Especial de Responsabilidade Social da ABNT, da qual foi coordenador, e ainda conduziu a oficina “Desafios de Implementação da ISO 26000 nas empresas brasileiras”, juntamente com Eduardo São Thiago, gerente de Relações Internacionais da ABNT e cossecretário do Grupo de Tra-balho da ISO.

O papel destacado do Brasil no cenário regional e inter-nacional da normalização foi lembrado por Eduardo São Thiago. “Temos ocupado posições de liderança e a reali-zação de eventos como este no Brasil confirma esse fato. Tivemos atividades muito interessantes em Fortaleza, cul-minando com o seminário de Responsabilidade Social, no qual o público mostrou grande interesse pelos assuntos apresentados”, ele comentou.

Cybelle Borges de Souza, gerente do Núcleo de Res-ponsabilidade Social do Serviço Social da Indústria do

O gerente geral Antonio Carlos Barros de Oliveira fala sobre certificação de sistemas e produtos

Odilão Teixeira, diretor adjunto de Negócios, faz apresen-tação da ABNT para convidados

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Ceará, fez a palestra “Responsabilidade Social empre-sarial em rede, uma experiência do SESI-CE”. Ela des-tacou: “A Responsabilidade Social deve ser tudo que transpõe a lei. A norma não é uma lei, é uma orienta-ção para que as empresas sigam algo que está sendo mundialmente exigido”.

De acordo com Cybelle, o Sesi lançou-se à experiên-cia inovadora de criar uma rede de agentes de respon-sabilidade social. Hoje, são 236 agentes em 160 indús-trias, com uma atuação que já resulta em consórcios com empresas, para que elas possam fortalecer o seu impacto social e reduzir os custos de seu investimento.

Balanço geral

A Semana da ABNT em Fortaleza foi patrocinada pelas seguintes organizações: Agência de Desenvol-vimento do Estado do Ceará (Adece), Banco do Nor-deste, Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Furnas, Grupo Edson Queiroz e Suzano Papel e Celulose. Recebeu apoio do Convention Bureau do Ceará e do Serviço Social da Indústria (Sesi). Tanto os

patrocinadores quanto os diretores da ABNT mostraram-se satisfeitos com o sucesso do evento.

“É um prazer receber aqui em Fortaleza um evento que reúne os membros da Copant e da ABNT. Para nós brasileiros a ABNT é um orgulho. Temos a certeza de que esse evento difundiu a importância das normas técnicas e dessa grande instituição que é a ABNT”, afirmou Francis-co das Chagas Soares, diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará S.A (Adece).

Angélica, Paiva, gerente de Comunicação em exercício do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), ressaltou: “O Banco do Nordeste atua muito com patrocínios institucionais, já somos parceiros da ABNT há muito tempo, pois reconhe-cemos a importância das normas técnicas. Consideramos que eventos como esse trazem benefícios para o país”.

“Entendemos que esse evento traz uma diferenciação para a região, principalmente pela quantidade de parques eólicos que possuímos aqui. Temos a ABNT como uma parceira dentro dos processos tanto acadêmicos como in-dustriais, balizando todo o desenvolvimento. E nos base-amos nela para a formação de nossos alunos”, declarou o professor José Almeida Santos Junior, diretor do Centro de Ciências Tecnológica da Fundação Edson Queiroz, Univer-sidade de Fortaleza.

Roberto Gentil Porto Filho, responsável pelo Planeja-mento de Engenharia AT/MT, da Companhia Energética do Ceará (Coelce), afirmou: “Consideramos este evento como de suma importância, pois temos várias atividades relacionadas a energias renováveis. Um evento como esse aqui no Estado só vem somar. Temos uma área de norma-lização na Coelce e somos clientes da ABNT”.

“Este é um evento internacional de qualidade e temos orgulho de que esteja sendo realizado no Estado do Cea-rá. Quanto a nossa parceria, somos fiéis seguidores das normas da ABNT. Somos certificados pela ISO 14001 e ISO 9001 e agora estamos trabalhando a ISO 26000”, disse Sérgio Araújo, da área de Responsabilidade Social Corpo-rativa e Meio Ambiente da Endesa Brasil.

O presidente do Conselho Deliberativo da ABNT, Pedro Buzatto Costa, falou da satisfação de realizar o evento em Fortaleza. “Tudo correu conforme nossas expectativas, e desejo que sejamos felizes também nos próximos even-tos”, declarou.

A ABNT teve suas expectativas superadas. A interação dos membros da Copant na Assembleia Geral possibili-tou que tratassem de temas relevantes, como o fortale-cimento da participação dos países membros, a avaliação da conformidade e o desenvolvimento de trabalhos que apoiem a capacitação de pessoas que trabalham com nor-malização. Da mesma forma, as delegações manifestaram total aprovação ao evento. A participação do público local foi muito boa, o que fez com que a ABNT cumprisse o seu papel disseminando as normas técnicas fora do eixo Rio-São Paulo

Responsabilidade social, um tema que despertou grande interesse

Representantes da ABNT e das organizações patrocinado-ras: expectativas superadas

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1.Gostaria de saber se há uma norma da ABNT sobre tubos terrestres de petróleo e que tenha informações sobre teste hidrostático.

Eliane Santiago – Peribras Rio Peritos Brasileiros Ltda. – Rio de Janeiro – RJ

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 15280-1:2009 Versão Corrigi-da:2011, Dutos terrestres - Parte 1: Projeto, que estabelece as condi-ções e os requisitos mínimos exigidos para projeto, especificação de materiais e equipamentos, inspeção, ensaio hidrostático e controle da corrosão, em sistemas de dutos terrestres.

Esta Parte da ABNT NBR 15280 aplica-se a sistemas de dutos para mo-vimentação de produtos líquidos ou liquefeitos, tais como: álcoois lí-quidos, petróleo, nafta, gasolina, diesel, querosene, condensados de gás natural, gasolina natural, gás liquefeito de petróleo, amônia anidra líquida e biocombustíveis.

2.Existe alguma norma para fabricação de caçambas estacionárias utilizadas para coleta de entulho?

Vilmar Sampaio – VHS Transportes – Rio de Janeiro – RJ

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 14728:2005, Caçamba es-tacionária de aplicação múltipla operada por poliguindaste - Requisitos de construção, que estabelece os requisitos mínimos de construção da caçamba estacionária de operação múltipla operada por poliguin-daste.

3.Preciso saber se a ABNT dispõe de normas técnicas para bom-bas elétricas de combustível para veículos.

Tomoko Inoue – Melco Automotivos do Brasil Ltda. – Barueri – São Paulo

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 15754:2009 - Veícu-los rodoviários automotores - Bomba elétrica de combus-tível para motores do ciclo Otto - Requisitos técnicos, que define os requisitos mínimos de operação e funcionamen-to necessários para comprovar a adequação de bombas elétricas de combustível de veículos rodoviários automo-tores de ciclo Otto.

Esta Norma aplica-se a todas as bombas elétricas de combustível para motores tipo Ciclo Otto (gasolina, álcool ou gasolina/álcool) destinadas ao mercado, seja como equipamento primário (às montadoras), seja para o mercado de reposição. Bombas remanufatura-das ou recondicionadas devem atender aos mesmos requisitos desta Norma, por questões de funcionamen-to e segurança.

4.Gostaria de saber quais normas da ABNT devem ser aplicadas para a determinação de gramatura de papéis e de viscosidade de verniz.

Raphael Marta Mendonca – Editora FTD S.A. – Guarulhos – SP

A ABNT responde: Dispomos das seguintes normas sobre os assuntos mencionados:

ABNT NBR NM ISO 536:2000 Versão Corrigida:2002 - Papel e cartão - Determinação da gramatura, que espe-

cifica um método para determinar a gramatura de papel e cartão.

ABNT NBR 5849:1986 - Tintas - Determinação de viscosidade pelo copo Ford, cuja finalidade é a determinação da viscosidade

cimemática, a 25°C, de tintas, vernizes, resinas e outros líquidos com propriedades newtonianas, de escoamento entre 20 s a 100

s, utilizando-se copo Ford com orifícios nº 2, 3 e 4.

5.Informem, por favor, se existe norma na ABNT que forneça orien-tações sobre manutenção predial.

José Marques – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Rio de Janeiro – RJ

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 5674:1999 - Manutenção de edificações – Procedimento, que fixa os procedimentos para organiza-ção de um sistema de manutenção de edificações.

Esta Norma define como manutenção o conjunto de atividades a se-rem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes, atendendo às necessidades de segurança dos seus usuários.

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otéis na Espanha que têm certificação ambiental são mais rentáveis do que

aqueles que não a tem, segundo um novo estudo do Centro de Pesquisa sobre Hospitalidade (Center for Hos-pitality Research - CHR) da Universi-dade de Cornell. O estudo constatou que, dos mais de 2.000 hotéis espanhóis pesquisa-dos, aqueles que adotaram a norma ambiental internacional ISO 14001 registraram vendas mais significati-vas e lucrativas do que aqueles que não tinham. Além disso, hotéis cer-tificados localizados na cidade e na praia tiveram um desempenho con-siderável. O trabalho tem implicações importantes, uma vez que a Espanha é o segundo destino turístico mais popular do mundo depois da França. Este trabalho comprova que a adoção

de programas ambientais melhora o desempenho dos hotéis e que a implementação da ISO 14001 é válida para os hotéis - algo que a maioria dos hoteleiros anteriormente sentia de maneira informal. Isto explica porque o número de hotéis certificados é crescente e também porque alguns dos hotéis mais importantes estão adotando a certificação ISO 14001 em todos os seus estabelecimentos, especialmente na Europa. Para o estudo, os autores entrevistaram 2.082 hotéis na Espanha, que haviam recebido três estrelas ou mais. Eles analisaram os status de certificação em relação às normas ISO dos hotéis, indicadores de desempenho, tais como vendas líquidas, e potenciais fatores moderadores, tais como tamanho da empresa e do segmento de mercado em que o hotel opera.

No Brasil, existem atualmente duas normas sobre esse assunto: a ABNT NBR 15401:2006 - Meios de hospedagem - Sistema de gestão da sustentabilidade – Requisito e a ABNT NBR 15333:2007 - Meios de hospedagem - Sistema de gestão da sustentabilidade - Requisitos de competências para auditores. Estas normas foram elaboradas no Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54) pela Comissão de Estudo de Gestão da Sustentabilidade em Meios de Hospedagem (ABNT/CE-54:004.01), a qual irá iniciar o processo de revisão da ABNT NBR 15401:2006 este ano. O relatório citado nesta matéria está disponível em:http://www.hotelschool.cornell.edu/research/chr/pubs/reports/abstract-15959.htmlFonte utilizada na matéria: [http://www.news.cornell.edu/stories/Feb12/EcoHotels.html]

Hotéis ambientalmente amigáveis são mais rentáveis

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Para seu conhecimentoEsta seção é destinada à divulgação de processos,

termos e curiosidades utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados à normalização. Nesta edição destacamos sobre a norma de Preservação digital.

A preservação digital consiste na capacidade de garantir que a informação digital permaneça acessível, interpretável e autêntica, mesmo na presença de uma plataforma tecnológica diferente daquela que fora

inicialmente utilizada no momento da sua criação. É o caso, por exemplo, do formato de PDF para arquivos, o PDF-A, que garante que o documento seja acessível independentemente da versão do leitor de arquivos PDF. Em 2009, foi publicada a ABNT ISO 19005-1:2005, Gerenciamento de documentos - Formato eletrônico de arquivo de documento para preservação de longo prazo Parte 1: Uso do PDF 1.4 (PDF/A-1)

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[ Consumidor ]

tem indispensável para quem costuma criar o pró-prio penteado ou simples-

mente não gosta que os cabelos sequem naturalmente, o secador tem uso ainda mais frequente no inverno. Os modelos encontrados no mercado podem ser portáteis, com ou sem acessórios e de uso profissional, sendo que este últi-mo costuma ter maior potência e, consequentemente, consome mais energia elétrica.

Ao adquirir um secador de ca-belos, deve-se levar em conta o modelo adequado para o tipo de cabelo. Os fios lisos secam com mais facilidade com aparelhos de potência de até 1800 watts. Para os cabelos mais crespos e volumo-

Segurança para cuidar dos cabelossos, é aconselhado o uso de apa-relhos com maior potência. Além disso, deve-se considerar tamanho e peso do aparelho e estar atento à sua correta utilização, seguindo o manual de instruções.

A Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas (ABNT) possui a ABNT NBR NM IEC 60335:2002- Seguran-ça de aparelhos eletrodomésticos e similares Parte 2-23: Requisitos particulares para aparelhos para cuidados da pele ou cabelo, que es-pecifica marcações e advertências que os fabricantes devem informar para evitar acidentes ou prejudi-car o funcionamento do aparelho, como mantê-lo fora do alcance de crianças e afastado da água e umi-dade, por exemplo.

Outra norma a ser utilizada pelos fabricantes é a ABNT NBR 13910-2:1998 - Diretrizes de en-saios para a determinação de ru-ído acústico de aparelhos eletro-domésticos e similares Parte 2 : Requisitos particulares para seca-dores de cabelo, que estabelece os métodos de ensaio para identificar o nível de ruído no funcionamento do aparelho.

Tanto os consumidores quanto os fabricantes e importadores tam-bém devem estar atentos à Porta-ria nº 371/2009 do Instituto Na-cional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que determi-na que a partir de 1º de janeiro de 2013 apenas secadores de cabelo certificados poderão ser oferecidos nas lojas

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[ Negócios ]

Rapidez e segurança com o ABNTColeção Desde 2006, a Associação Brasileira de Normas Téc-nicas (ABNT) oferece ao mercado o serviço ABNTCo-leção, que disponibiliza coleções de Normas Técnicas mediante assinatura anual, permitindo o acesso via web aos documentos da coleção contratada em um número não limitado de terminais com o uso de login e senha. Entendendo ser muito importante também para os estudantes o acesso e a familiarização com as normas técnicas, a ABNT está promovendo o ABNTColeção junto a universidades e escolas técnicas. O serviço hoje é usado por várias empresas, órgãos governa-mentais e instituições de ensino. O sucesso desse sis-tema deve-se à segurança, à facilidade e ao controle que ele proporciona ao usuário, dando-lhe a certeza de que as normas de sua coleção estão sempre na versão mais atualizada, o que evita não conformida-des.

O ABNTColeção é a maneira mais rápida e segura para o usuário acessar suas normas técnicas via inter-net e ainda oferece as seguintes vantagens:• Ferramentas de gerenciamento e pesquisa avança-da;• Possibilidade de inserir documentos externos em PDF;• Uma Franquia de Impressão;• Dispensa as normas em papel em caso de auditoria;• Atualização automática e constante;• Gerenciamento de normas e de usuários;• Sem limite de acesso e de usuários;• Emissão de relatórios;• Confiabilidade das informações;• Pesquisa avançada;• Customização, para que o usuário escolhe suas nor-mas e o nível de acesso

Parcerias em capacitação A Gerência de Capacitação recebe inúmeras soli-citações para a realização de cursos fora do eixo São Paulo/Rio de Janeiro. Para atender a esta demanda, tem buscado parceiros que contribuam na divulgação regional dos treinamentos e na assistência aos inscri-tos. Recentemente, foram realizados dois cursos em Curitiba (Sistemas de gestão e auditor interno de se-gurança da informação), em cooperação com a Abreu, Merkl e Advogados Associados, empresa especializa-da no campo do Direito da Propriedade Intelectual, e com o apoio da Associação das Empresas Brasileiras

de Tecnologia da Informação (Assespro- Paraná) e da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual. Em Brasília foi estabelecida uma parceria com a As-sociação dos Bibliotecários do Distrito Federal (ABDF), com o propósito de promover o curso de Trabalhos Acadêmicos, que aborda, além da norma técnica es-pecífica, outras oito normas muito consultadas, entre elas as que tratam de referências e de citações. Este curso acontecerá nos dias 19 e 20 de junho, na sede da ABDF, e será ministrado pela gestora do Comitê Brasileiro de Informação e Documentação (ABNT CB -14), Rosa Maria Corrêa

Este ano, o curso de Acessibilidade foi reformulado. Antes contava com três módulos, sendo um conceitu-al, sobre Legislação, desenho universal e ergonomia, e dois técnicos: Edificações e habitação; e Vias públi-cas e transportes. Os participantes podiam optar por cursar os dois módulos técnicos ou somente o que lhe interessasse. Mais adequado às atuais demandas do País, o curso agora é composto de um Módulo introdutório sobre

Desenho universal, legislação e normas técnicas e mais dois módulos técnicos - Edificações e habitação; e Mobilidade urbana acessível –, todos obrigatórios, consideradas as interações existentes entre os seus conteúdos. Permanece inalterada a vivência promo-vida no primeiro dia do curso, na qual os alunos si-mulam necessidades especiais e examinam as vias públicas e edifícios localizados nas proximidades de onde ocorre o treinamento

Acessibilidade

Já é possível comprar anéis utilizando a classificação das medidas para aferição de tamanhos. Recente-mente, foi publicada a ABNT NBR 16058:2012 – Joias – Tamanhos de anéis – Classificação, norma que es-tabelece um padrão de medidas, possibilitando que

o consumidor, a partir da indicação de seu número, encontre anéis com o mesmo diâmetro em diferentes joalherias. A classificação vale também para anéis de bijuteria, fabricados em larga escala e cada vez mais vendidos pela internet

Norma para anéis

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[ Normalização em Movimento ]

Normas publicadas ABNT NBR 16060:2012, Vestuário — Referenciais de medidas do corpo humano — Vestibilidade para homens corpo tipo normal, atlético e especial ABNT NBR 16046-1:2012, Redes de proteção para edificações - Parte 1: Fabricação da rede de proteção ABNT NBR 16046-2:2012, Redes de proteção para edificações - Parte 2: Corda para instalação da rede de proteção ABNT NBR 16046-3:2012, Redes de Proteção para Edificações - Parte 3: Instalação Revisão da ABNT NBR 15200:2012, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio ABNT NBR 16055:2012, Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações — Requisitos e procedimentos

Projetos em Consulta Nacional O Projeto de Norma 104.000.00-008 (Produtos ali-mentícios – Detecção de alimentos irradiados usando a técnica de epifluorescência direta em filtro e con-tagem de aeróbios viáveis padrão em placas (DEFT/APC) – Método de varredura), da Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos, foi encaminhado em maio para Consulta Nacional por 60 dias. O Projeto de Norma 11:300.03-059 (Reforço de pal-milha – Determinação da resistência à separação de

camadas (delaminação) foi encaminhado para Con-sulta Nacional no dia 23 de maio. O encaminhamento do projeto de revisão da ABNT NBR 14010 (Compo-nentes metálicos para calçados e artefatos - Compa-tibilidade com o couro - Determinação da resistência ao fosqueamento de peças niqueladas) ocorrerá em 22 de junho. Ambos os documentos são do Comitê Brasileiro de Couro, Calçados e Artefatos de Couro (ABNT/CB-11)

Reuniões internacionais ISO/TC 126 Tabaco A Comissão de Estudo Especial de Tabaco e Produtos de Tabaco (ABNT/CEE-72) enviará uma delegação, composta por representantes da Souza Cruz, Phillip Morris e ABNT, para a próxima reunião do ISO/TC 126 – Tobacco and Tobacco Products que ocorrerá de 11 a 13 de junho em Dresden, na Alemanha. Entre os representantes da ABNT estará o gerente do Processo de Normalização, Cláudio Guerreiro, que dará suporte ao trabalho deste grupo.

ISO/TC 228 Turismo O Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54), com uma delegação composta por Gustavo Timo (Abeta), José Augusto de Abreu (Sextante), Daniel Spinelli (PS Treinamento Empresarial) e Leonardo Martins (ABNT), participou da reunião do ISO/TC 228 – Tourism and related services, realizada nos dias 20 a 25 de maio em Seul, na Coréia

Adoção de Norma ISO A Comissão de Estudo Especial de Segurança de Ali-mentos iniciará em junho o processo de adoção da ISO 14470 (Food irradiation - Requirements for the development, validation and routine control of the

process of irradiation using ionizing radiation for the treatment of food) e ISO 22002-3 (Prerequisite pro-grammes on food safety -- Part 3: Farming)

O Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB 02) iniciou a revisão da ABNT NBR 6118 (antiga NB-1), Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

Instalação de Comissão de Estudo Especial A Comissão de Estudo Especial de Geossintéticos (ABNT/CEE-175) foi instalada no dia 16 de maio, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), na Cidade Universitária, em São Paulo. A Comissão deverá elaborar normas que estabeleçam terminologia, classificação, requisitos, métodos de ensaio, procedimentos de coleta, armazenamento e generalidades de geossintéticos

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junho | 2012[ Feiras]

A Marca ABNT em evidência A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem aproveitado todas as oportunidades para divul-gar seus produtos e serviços em feiras e eventos, cumprindo assim a sua missão de disseminar a nor-malização técnica aos mais diversos setores da socie-dade. Nos mês de abril, a ABNT esteve presente nos se-guintes eventos:• Brazil Road Expo 2012, nos dias 2 a 4 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo. Reuniu profissio-nais e empresas renomadas para apresentar as últi-mas novidades do setor, envolvendo tecnologias em equipamentos, softwares, pavimentação, sinalização etc. Mais de 200 marcas nacionais e internacionais foram expostas. Cerca de 990 pessoas visitaram o es-tande da ABNT.• 29 ª Feira Brasileira de Brinquedos (Abrin), nos dias 9 a 12 de abril, no Expo Center Norte, em São Pau-lo. Terceira maior feira de brinquedos do mundo e a maior da América Latina, a Abrin acontece anualmen-te, promovendo o lançamento de produtos dos mais expressivos fabricantes nacionais. O estande da ABNT foi visitado por 400 pessoas.• 14° Encontro e Exposição Brasileira de Tratamento de Superfície (Ebrats), nos dias 11 a 13 de abril, no Expo Center Norte. O Ebrats reuniu mais de 80 em-presas nacionais e estrangeiras, divulgando desde as últimas novidades em equipamentos e técnicas de tratamento, até suas iniciativas de responsabilidade ambiental. No estande da ABNT foram recebidas 670 pessoas.• 10ª Feira Internacional da Indústria de Pneus (Expo-

bor – Pneu Show 2012), nos dias 11 a 13 de abril, no Expo Center Norte. A feira é voltada para o segmento de borracha para as indústrias automotiva, de calça-dos, eletrodomésticos, pneumáticos, petrolíferas, de máquinas e componentes, entre outras, apresentan-do inovações e tendências tecnológicas. Estiveram no estande da ABNT 530 pessoas.• 1ª Feira Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços para Alimentação Fora do Lar (Abrasel SP - Food Service Show 2012), nos dias23 a 26, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera. A feira reuniu os principais representantes do mercado composto por mais de 1,4 milhão de estabelecimentos no País. Os visitan-tes conheceram lançamentos, novas tecnologias e produtos para sua área de atuação, em um ambiente preparado para trocas de experiências e realização de negócios. Foram recebidas 380 pessoas no estande da ABNT. • 7ª Feira e Conferência Internacional de Segurança Pública (ISC BRASIL 2012), nos dias 24 a 26 de abril, no Expo Center Norte. O evento é focado na indústria de segurança da América Latina e recebeu 8.148 mil compradores qualificados e empresas representantes de 39 setores econômicos. Cerca de 480 pessoas visi-taram o estande da ABNT.• Feira da Indústria Nordestina (Forind NE 2012), nos dias 24 a 27 de abril, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife. Essa feira foi criada para aproximar fornecedores de equipamentos, suprimen-tos e serviços industriais dos grandes grupos empre-sariais instalados na região Nordeste. Pelo estande da ABNT passaram cerca de 200 pessoas

Prêmio Expo/Impo Representada pelo gerente de Articulação Nacional, Roberto Santos, a ABNT participou da entrega do 22º Prêmio Expo/Impo 2012, realizada no dia 3 de abril, no Instituto de Engenharia, em São Paulo, em evento promovido pela Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil (Fecamvenez). A premiação foi oferecida às empresas que mais exportaram e importaram da Venezuela (ano base 2010), conforme dados do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior. Nesta edição, três mil empresas concorreram ao prêmio

Roberto Santos, gerente de Articulação Nacional da ABNT, entrega prêmio à representante da empresa IQ Soluções Químicas

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Reuniões das Comissões de Estudo

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ABNT/CB-06 - Comitê Brasileiro Metroferroviário

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CE-06:400.01 Sinalização 3 CE-06:100.04 Traçado e Infra-estrutura 3 CE-06:100.02 Trilhos e Fixações 4 CE-06:100.01 Dormentes e Lastros 4 CE-06:300.04 Rodas, Eixos, Rolamentos e Rodeiros 5 CE-06:100.03 Aparelho de Mudança de via e Cruzamentos 5 CE-06:300.01 Vagões, Truques, Engates e Acessórios 6 CE-06:300.02 Locomotivas, Truques, Engates e Acessórios 6 ABNT/CB 11 - Comitê Brasileiro de Couro, Calçados e Artefatos de Couro JUNHO CE-11:100.04 Resíduos Líquidos 22 CE - 11:100.01 Insumos 22 CE - 11:100.02 Ensaios Físicos e Químicos em Couro 21 CE - 11:300.02 Adesivos para Calçados e Correlatos 20

JULHO CE - 11:200.01 Calçados CE - 11:300.03 Construção Inferior do Calçado ABNT/CB-14 - Comitê Brasileiro de Informação e Documentação JUNHO CE-14:000.03 Identificação e Descrição CE-14:000.01 Documentação

ABNT/CB-15 - Comitê Brasileiro do Mobiliário JUNHO

CE-15:003.03 Armários e Arquivos

JULHO CE-15:003.03 Armários e Arquivos

ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados

JUNHO CE-18:300.01 Controle da Qualidade do Concreto

CE-18:600.15 Produtos de Fibrocimento

CE-18:600.18 Produtos de Cimento Reforçados com Fibras, Fios e Filamentos

CE-18:307.02 Concreto Leve

CE-18:100.08 Calda de Cimento para injeção

CE-18:100.06 Cal

JULHO CE-18:300.04 Concreto Compactado Com Rolo

CE-18:307.02 Concreto Leve ABNT/CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio JUNHO

CE-24:202.03 Sistemas de Detecção e Alarme Contra Incêndio ABNT/ONS-27 - Organismo de Normalização Setorial de Técnologia Gráfica

JUNHO

CE-27:400.02 Tintas gráficas

CE-27:400.03 Colorimetria

CE-27:300.04 Processos em Impressão Digital

CE-27:300.05 Processos em Flexografia

CE-27:200.01 Pré-impressão eletrônica

CE-27:200.02 Gerenciamento de cores

CE-27:300.07 Pós-impressão

CE-27:400.05 Livros Didáticos CE-27:300.01 Processos em Offset

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Reuniões das Comissões de Estudo

[ Fique por Dentro ]

JULHO

CE-27:300.06 Controle de Processo de reprodução Gráfica CE-27:300.03 Processos de Rotogravura

CE-27:300.05 Processos em Flexografia

ABNT/ONS-34 - Organismo de Normalização Setorial de Petróleo JUNHO

CE-34:004.06 Combustíveis Marítimos

CE-34:007.01 Etanol Combustível

CE-34:007.02 Biodiesel

CE-34:000.02 Combustíveis e Produtos Especiais

JULHO CE-34:007.01 Etanol Combustível

CE-34:000.04 Distribuição e Armazenamento de Combustíveis

CEE-83 Aplicações e Métodos Estatísticos ABNT/CB-50 - Comitê Brasileiro de Materiais Equipamentos e Estruturas Offshore para Industria do Petróleo e Gás Natural

JULHO CE-50:000.06 Sistemas e Equipamentos de Processo ABNT/ONS-58 - Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos

JUNHO CE-53:000-03 Metrologia de END

CE-58:000-14 Inspeção Eletromagnética

CE-58:000-01 Métodos Superficiais

CE-58:000-11 Termografia

CE-58:000-06 Ultrassom

JULHO CE-58:000-03 Análise de Vibrações - GTN Concreto

CE-58:000-14 Inspeção Eletromagnética ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial

JUNHO ABNT/CEE-124 Escadas Transportáveis

ABNT/CEE-94 Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas

ABNT/CEE-104 Segurança de Alimentos

ABNT/CEE-166 Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

ABNT/CE-21:038.00 Plataformas e Serviços de Aplicativos Distribuidos

ABNT/CEE-166 Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

ABNT/CEE-93 Gestão de Projetos

ABNT/CEE-135 Radiações Ionizantes

ABNT/CEE-173 Transporte de Pessoas por Cabo

ABNT/CEE-173 Transporte de Pessoas por Cabo

ABNT/CEE-146 Mercado Voluntário de Carbono

ABNT/CEE-109 Segurança e Saúde Ocupacional

JULHO ABNT/CEE-80 Sistemas de Prevenção Contra Explosão

ABNT/CE-21:007-07 Engenharia de Software

ABNT/CE-21:007-07 Engenharia de Software

ABNT/CEE-97 Gestão de Segurança para Cadeia Logística

ABNT/CEE-106 Análises Ecotoxicológicas

ABNT/CEE-162 Elaboração de Orçamentos e Formação de Preços de Empreendimentos de Infraestrutura

ABNT/CEE-100 Segurança dos Brinquedos

ABNT/CEE-134 Modelagem de Informação da Construção

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Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse www.abnt.org.br/eventos

[ Fique por Dentro ]

FeirasFeira do Empreendedor SEBRAE 2012 28 de junho a 01 de julho 2012Local: Goiânia/GO - Fone: (62) 3250-2232Para mais informações: www.feiradoempreendedoronline.sebrae.com.br

1ª. Feira da Indústria de Fundações e GeotecniaSEFE7 - Seminário de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia17 a 20 de junho de 2012Local: Transamérica Expo CenterAv. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/SPPara mais informações: www.acquacon.com.br/sefe7

REDES SUBTERRÂNEAS - 2012 8ª Exposição e Fórum Internacional de Redes Subterrâneas de Energia Elétrica11 a 13 de Junho de 2012 Local: Centro de Convenções Frei CanecaRua Frei Caneca, 569 - Bela Vista - São Paulo/SPPara mais informações: www.rpmbrasil.com.br/eventos.aspx

TECOBI Expo 2012 - Evento Internacional de Telhados, Coberturas e Impermeabilização18 a 20 de Junho de 2012 Local: Expo Center Norte - Pavilhão Amarelo Para mais informações: www.tecobiexpo.com.br

Medical Design & Manufacturing - MD&M Brazil26 e 27 de junho de 2012Local: Transamérica Expo CenterAv. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/SPPara mais informações: www.mdmbrazil.com.br

23° Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 201226 a 28 de Junho de 2012Local: Transamérica Expo CenterRua Dr Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro – São Paulo/SPPara mais informações: www.acobrasil.org.br/congresso2012

AUTOCOM - Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio26 a 28 de junho de 2012 - 14ª. Edição Local: Expo Center Norte - São Paulo - SPPara mais informações: www.autocom2012.com.br

Sul Metal & Mineração 2012III Feira Nacional da Indústria Metalmecanica e MineraçãoI Feira Nacional de Equipamentos e Tecnologia para Construção26 a 29 de Junho de 2012Local: Pavilhão de Exposições José Ijair Conti - SCRua Giacomo Sônego Neto, s/n - Pinheirinho - Criciúma/SCPara mais informações: www.criciumafeiras.com.br/ed2012

9º COBEE - Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e ExpoEficiência Energética 201211 a 12 de Julho de 2012 Local: Centro de Convenções Frei CanecaRua Frei Caneca, 569 - Bela Vista - São Paulo - SPPara mais informações: www.metodoeventos.com.br/9eficienciaenergetica

Apoio Institucional

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Empresa produtora de esquadrias metálicas que esta no mercado a mais 60 anos, sempre buscando a Inovação e a excelência no atendimento aos clientes. Foi a primeira empresa a utilizar a pintura por eletrodeposição no mercado de esquadrias, e a primeira a lançar um produto certificado conforme as a Norma ABNT 10821. Recentemente lançou uma linha de produtos com 7 anos de garantia, pois são confeccionados com aço galvanizado, já vem com pintura de acabamento e vidro, portanto prontos para a instalação. A empresa desenvolve ações socioambientais que a diferenciam das demais do mercado.

RAZÃO SOCIAL: ULLIAN ESQUADRIAS METÁLICAS LTDA. ESCOPO: CAIXILHOS DE AÇO - PORTAS E JANELAS NORMA: ABNT NBR 10821-2:2011 DATA DA CONCESSÃO: 27/02/2012

RAZÃO SOCIAL:WRP COMERCIAL LTDA ESCOPO: CONJUNTO DE QUADRO E GARFO DE BICICLETA NORMA: ABNT NBR 14714:2001; PORTARIA DO INMETRO Nº 287 - 06 DE OUTUBRO DE 2009 DATA DA CONCESSÃO: 10/04/2012

A WRP Comercial Ltda, criada em 1994, possui experiência ao longo desses anos em industrialização e comercialização de Quadros, Garfos e Acessórios para bicicletas, atuando em todo Brasil com seus produtos, com visão em buscar melhorias constantes em seus produtos e com a política em defender Qualidade e Segurança para nossos clientes, certificamos nossos sistemas na ISO 9001 e posteriormente adquirimos junto a ABNT a certificação de nossos produtos, tornando a WRP a primeira empresa fabricante de Quadros, Garfos e Acessórios para Bicicletas a obter este mérito a qual nos empenhamos para alcançar, para assegurar e garantir que nossos produtos possui diferencial em qualidade que pode ser visto, vivido, comprovado e certificado

RAZÃO SOCIAL: BORRACHAS TIPLER LTDA. ESCOPO: INTEGRAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE MICROCOMPUTADORES E NOTEBOOKS. NORMAS: PE-145.04 RóTULO ECOLóGICO PARA PNEUS REFORMADOS

A Borrachas Tipler Ltda. tem mais de 3 décadas de história. A principal atividade da empresa é a fabricação de bandas pré-moldadas de alta performance para aplicação em pneumáticos empregados no transporte de carga e passageiros nos mais diversos segmentos. A unidade Recapadora certificada com o Rótulo Ecológico da ABNT presta serviços de recapagem e atende grandes frotas da região metropolitana de Porto Alegre. Esta unidade também funciona como Centro de Treinamento para os profissionais da Rede de Concessionários TIPLER e como planta de desenvolvimento de novas tecnologias e processos de recapagem.

RAZÃO SOCIAL: ELCOMA COMPONENTES E MATERIAIS ELETRÔNICOS LTDA. ESCOPO: INTEGRAÇÃO DE MICROCOMPUTADORES E VENDA DE PRODUTOS ELETRÔNICOS NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 15/01/2012

A Elcoma é uma empresa sólida, com mais de 10 anos de experiência no mercado. Conta com 100 profissionais dedicados e está presente fisicamente em Pernambuco, Miami e Hong-Kong. Os produtos e serviços da Elcoma atendem todo o Brasil, com cerca de 60.000 computadores vendidos por ano. A Elcoma deixou inicialmente de ser uma empresa de importação de componentes para ser uma provedora de soluções de equipamentos de TI, incluindo desktops, notebooks, netbooks, monitores, servidores.

RAZÃO SOCIAL: REGICAR METALÚRGICA ESCOPOCOMÉRCIO VAREJISTA E ATACADISTA DE FERRAGENS E FERRAMENTAS, MANUTENÇÃO E PREPARAÇÃO DE MÁQUINAS E FERRAMENTAS E USINAGEM DE METAIS NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 16/01/2012

Empresa situada no Município do Rio de Janeiro desde 1991, sede própria, atende aos principais segmentos do mercado nacional (petrolífero, siderúrgico, naval, metro ferroviário, petroquímico, metalúrgico, flow management, farmacêutico e indústria em geral), através do fornecimento de produtos, serviços e soluções de alto conteúdo tecnológico, representados por suas linhas de: Usinagem, Caldeiraria, Ferramentaria e Ajustagem, Montagens Industriais, Eletroeletrônico e fixadores especiais.

RAZÃO SOCIAL: ABTCP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TÉCNICA DE CELULOSE E PAPEL ESCOPO: SGQ-PUBLICAÇÕES, EVENTOS, CAPACITAÇÃO TÉCNICA, INTELIGÊNCIA SETORIAL. NORMALIZAÇÃO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS” NORMAS: ABNT NBR ISO 9001:2008 DATA DA CONCESSÃO: 09/02/2012

A ABTCP é uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – que atua no setor de celulose e papel desde 1967 – prestando serviços de formação técnica, desde cursos básicos ao nível de pós-graduação; organiza o principal congresso e exposição de tecnologia desta indústria; além de editar revistas, livros, entre outras literaturas técnicas e estar à frente da normalização setorial. Tem sua sede própria em São Paulo-SP, mas está globalmente integrada com suas congêneres. Mais informações: www.abtcp.org.br

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COLETÂNEA DE NORMAS TÉCNICAS

As Normas Técnicas de documentação e informação da ABNT apresentam os elementos necessários para a padronização de artigos, relatórios técnicos, teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso. Elas tornam resultados intelectuais acessíveis a todos, contribuindo decisivamente para o processo de comunicação entre os pesquisadores, componente indispensável para o progresso da ciência.

Estas normas facilitam a divulgação da produção intelectual, seu armazenamento e, principalmente, sua recuperação. A ABNT preparou três coletâneas indispensáveis para quem quer fazer bonito nas suas apresentações:

Elaboração de Artigos em Publicações Periódicas Elaboração de Relatório Técnico ou Cientí�co Elaboração de TCC, Dissertação e Tese

Para informações, acesse: www.abnt.org.br/catalogo

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www.exponorma.com.br30 e 31 de outubro de 2012

Prepare-se para o Exponorma 2012

Novo Local Centro de Convenções Frei Caneca

Rua Frei Caneca, 569 - 5º pavimentoSão Paulo - SP

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