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Publicado em 28.05.2012 EDIÇÃO N o 52 Maio/2012 S UMÁRIO Destaques 2 Biodiesel Produção e Capacidade 9 Atos Normativos 9 Localização de Unidades Produtoras 10 Preços e Margens 10 Entregas dos Leilões 12 Preço das Matérias-Primas 12 Participação das Matérias- Primas 15 Produção Regional 15 Não Conformidades no Diesel B 16 Consumo Internacional 16 Etanol Produção e Consumo 17 Exportação e Importações 18 Frota Flex-Fluel 18 Preços da Cana-de-Açúcar 19 Preços 19 Margens 19 Paridade de Preços 20 Preços do Açúcar 21 Não Conformidades 22 Consumo Internacional 22 Biocombustíveis Números do Setor em 2011 23 A PRESENTAÇÃO Nesta edição, apresentamos informações e dados sobre produção e preços de biocombustíveis, atualizados até abril de 2012. Como destaques principais do mês, temos: O estabelecimento do novo modelo de Leilões de Biodiesel pelo MME; A publicação da nova Resolução sobre a especificação do biodiesel e controle da qualidade pela ANP; A alta nos preços da soja em abril; A análise sobre a variação do preço das matérias- primas utilizadas na produção de biocombustíveis; A realização do 5º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia do Biodiesel – RBTB; A realização do primeiro voo a cruzar o Pacífico utilizando bioquerosene por companhia japonesa; A realização do primeiro voo comercial utilizando bioquerosene de aviação no Canadá; O levantamento sobre os voos utilizando bioquerosene de aviação; O estudo de aplicações para resíduos do dendê pela Embrapa A assinatura de acordo para cooperação científica e tecnológica em biocombustíveis entre a FAPESP e a BP; O lançamento de ônibus híbridos durante a Rio+20 pela Prefeitura de Curitiba; A aprovação de R$ 6,5 milhões pelo BNDES para estudo sobre a viabilidade de biocombustíveis no Oeste Africano; O registro de patente de tecnologia de biodiesel pela Universidade Estadual da Paraíba; A divulgação da participação das matérias-primas usadas na produção do biodiesel por região pela ANP. O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando-as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral. O Boletim é distribuído gratuitamente por e-mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html. Muito obrigado, A Equipe do DCR Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS€¦ · maio de 2012, que estabelece a nova especificação do biodiesel e as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas

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Publicado em 28.05.2012

EDIÇÃO No 52

Maio/2012

SUMÁRIO Destaques 2

Biodiesel

Produção e Capacidade 9

Atos Normativos 9

Localização de Unidades Produtoras

10

Preços e Margens 10

Entregas dos Leilões 12

Preço das Matérias-Primas 12

Participação das Matérias-Primas

15

Produção Regional 15

Não Conformidades no Diesel B

16

Consumo Internacional 16

Etanol

Produção e Consumo 17

Exportação e Importações 18

Frota Flex-Fluel 18

Preços da Cana-de-Açúcar 19

Preços 19

Margens 19

Paridade de Preços 20

Preços do Açúcar 21

Não Conformidades 22

Consumo Internacional 22

Biocombustíveis

Números do Setor em 2011 23

APRESENTAÇÃO Nesta edição, apresentamos informações e dados

sobre produção e preços de biocombustíveis, atualizados até abril de 2012. Como destaques principais do mês, temos:

O estabelecimento do novo modelo de Leilões de Biodiesel pelo MME;

A publicação da nova Resolução sobre a especificação do biodiesel e controle da qualidade pela ANP;

A alta nos preços da soja em abril; A análise sobre a variação do preço das matérias-

primas utilizadas na produção de biocombustíveis; A realização do 5º Congresso da Rede Brasileira de

Tecnologia do Biodiesel – RBTB; A realização do primeiro voo a cruzar o Pacífico

utilizando bioquerosene por companhia japonesa; A realização do primeiro voo comercial utilizando

bioquerosene de aviação no Canadá; O levantamento sobre os voos utilizando

bioquerosene de aviação; O estudo de aplicações para resíduos do dendê pela

Embrapa A assinatura de acordo para cooperação científica e

tecnológica em biocombustíveis entre a FAPESP e a BP;

O lançamento de ônibus híbridos durante a Rio+20 pela Prefeitura de Curitiba;

A aprovação de R$ 6,5 milhões pelo BNDES para estudo sobre a viabilidade de biocombustíveis no Oeste Africano;

O registro de patente de tecnologia de biodiesel pela Universidade Estadual da Paraíba;

A divulgação da participação das matérias-primas usadas na produção do biodiesel por região pela ANP.

O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando-as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral.

O Boletim é distribuído gratuitamente por e-mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.

Muito obrigado,

A Equipe do DCR

Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis

BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

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DESTAQUES

MME estabelece novo modelo de Leilões de Biodiesel

O Ministério de Minas e Energia – MME estabeleceu um novo modelo de Leilões de Biodiesel com o objetivo de dar mais proteção ao consumidor e promover uma maior competição entre os fornecedores de biodiesel. A medida foi publicada por meio da Portaria nº 276, de 10 de maio de 2012. As novas medidas visam, ainda, que o biodiesel possua melhor preço, qualidade e regularidade de suprimento. Reconhecer e estimular a confiabilidade do produtor do biocombustível também são objetivos desta mudança.

A principal característica do novo formato é a introdução dos adquirentes (produtores e importadores de diesel de petróleo) no processo de seleção das melhores ofertas. Além disso, o interesse e a necessidade das distribuidoras de combustíveis serão ouvidos nesse processo. A elaboração do novo modelo contou com contribuições da Casa Civil da Presidência da República – CC/PR; do Ministério da Fazenda – MF; da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP; e da Petrobras. O próximo Leilão de Biodiesel, a ser promovido pela ANP em junho, contratará a demanda de biodiesel necessária para suprir o mercado consumidor durante o terceiro trimestre de 2012.

Fonte: Ministério de Minas e Energia – MME (www.mme.gov.br)

ANP publica a nova Resolução sobre a especificação do biodiesel e controle de qualidade A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP publicou a Resolução nº 14, de 11 de maio de 2012, que estabelece a nova especificação do biodiesel e as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos diversos agentes econômicos que comercializam o produto em todo o território nacional. Foram duas as principais mudanças. A primeira foi a inserção da tabela de ponto de entupimento do filtro a frio, contendo os limites máximos (°C), difrenciados por mês e por Unidade da Federação, conforme mostrado abaixo.

A segunda foi a redução do teor de água no biodiesel. Será admitido o limite de 380 mg/kg por 60 dias após a publicação da Resolução. A partir de 1° de janeiro de 2013 até 31 de dezembro de 2013, será admitido o limite máximo de 350 mg/kg e, a partir de 1º de janeiro de 2014, o limite máximo será de 200 mg/kg. Além dessas mudanças, foram introduzidos limites para monoacilglicerol, diacilglicerol e triacilglicerol, assim como para metanol e/ou etanol. Foi alterado, ainda, o enxofre total, que passou de 50 para 10 mg/kg.

Preços da soja continuam subindo e atingem patamares históricos

Os preços da soja no Brasil seguiram batendo recordes nominais diários em abril. Segundo pesquisadores do CEPEA, a demanda aquecida e as preocupações com a oferta em 2012 continuaram impulsionando os valores interno e externo da soja. Em abril, as cotações em Dólar em bolsas de commodities e nos portos brasileiros foram as maiores em três anos. No Brasil, os preços em Real foram recordes, em termos nominais.

Do ponto de vista da oferta, dados divulgados em meados de abril pelos governos do Brasil e da Argentina; por associações e consultorias; e a possibilidade de novas reduções nas estimativas oficiais nos próximos

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meses seguiram dando sustentação à alta dos preços. Do lado da demanda, as incertezas fizeram com que importadores também antecipassem suas compras para a renovação de estoques. Com isso, indústrias do mercado interno passaram a se preocupar com a disponibilidade de produto no segundo semestre e também estiveram mais ativas no mercado.

No acumulado do mês de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) avançou expressivos 9,3%, finalizando em R$ 63,19/saca de 60 kg no dia 30 de abril. Ao ser convertido para Dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a a US$ 33,15/sc de 60 kg, forte alta de 4,8%. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, subiu fortes 10,7% no mês, indo para R$ 60,46/sc de 60 kg no último dia 30. Na BM&FBovespa, o vencimento Julho/12 acumulou ganho de 5,5% em abril, fechando a US$ 33,52/sc de 60 kg no dia 30. Já o contrato Maio/13 finalizou em US$ 28,62/sc, queda de 3,4% em abril. Ao ser considerada a média do conjunto de praças acompanhadas pelo CEPEA, houve alta de 9,2% no mercado de balcão (ao produtor) e de 12% no de lotes (negociações entre empresas).

No decorrer de abril, ainda houve expectativa de redução da safra da América do Sul e as incertezas sobre a safra norte-americana foram grandes. Para alguns, os bons preços podem fazer com que a redução de área nos Estados Unidos seja menor que a prevista pelo USDA (United States Department of Agriculture) no final de março. Com isso, por medida de cautela, fundos tentaram evitar maior exposição ao risco na Bolsa de Chicago (CME/CBOT) devido à participação expressiva de contratos comprados – esse cenário levou alguns agentes a prever, também, quedas de preços em momentos posteriores caso a participação de fundos em contratos comprados venha a diminuir.

No acumulado do mês, o contrato Maio/12 da soja em grão valorizou expressivos 7,1%, finalizando a US$ 15,03/bushel (US$ 33,13/sc de 60 kg) no dia 30 de abril. Para o farelo de soja, o vencimento Maio/12 teve forte alta de 11,7%, a US$ 434,30/tonelada curta (US$ 478,73/t). Já o contrato Maio/12 do óleo de soja caiu ligeiro 0,8%, finalizando a US$ 0,5466/lp (US$ 1.205,03/t) no mesmo período.

O USDA apontou que o cultivo da soja nos Estados Unidos havia atingido 6% da área estimada até o final de abril, acima dos 2% observados no mesmo período de 2011 e na média de 2007 a 2011. No Brasil, a colheita caminha para a reta final. Assim, a tendência seria que os preços caíssem devido à maior oferta, mas os fundamentos de alta, incluindo as perdas com a estiagem prevaleceram.

Segundo o DERAL/SEAB (Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná), 98% da área de soja no Paraná já havia sido colhida até o dia 30 de abril, sendo que 74% da produção tinha sido negociada. Em Mato Grosso, a colheita de soja já terminou e 85,9% do total já foi comercializado, segundo dados do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Em meio a isso, no Brasil, estimativa divulgada no dia 25 pela ABIOVE (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) apontou que a produção brasileira de soja em 2012 deve ser de 65,9 milhões de toneladas, 11,4% inferior à da temporada anterior. O processamento interno deve ser de 34,8 milhões de toneladas, com redução de 5,4%. As exportações de fevereiro/12 a janeiro/13 também diminuiriam 9,4%, para 30 milhões de toneladas. Já na Argentina, segundo dados da Bolsa de Cereais, a colheita da soja alcançava 56,1% da área até o dia 26 de abril, com um rendimento médio de 2.360 kg/ha. A produção esperada passou para 43 milhões de toneladas que, caso confirmado, será 12,6% inferior à do ano passado.

No mercado de derivados, os preços também seguiram firmes em abril, devido à demanda aquecida. As cotações do óleo de soja foram as maiores desde 2008 e caminham para o recorde em termos de médias anuais. Dentre os derivados, na média das regiões acompanhadas pelo CEPEA, o farelo de soja valorizou 13,7% no mês, com muitas regiões chegando aos patamares históricos nominais, especialmente no Sul do País. Para o óleo de soja, tomando-se como referência as cotações do produto posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS, a tonelada foi negociada a R$ 2691,61/t no dia 30 de abril – maior valor nominal desde abril de 2008. No acumulado do mês, a valorização foi de 8,4%.

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O valor FOB do embarque Mai/12 por Paranaguá somou alta de 7% e foi calculado a US$ 34,65/sc de 60 kg no dia 30 de abril. Para o farelo de soja, o valor FOB para embarque em Maio/12 foi calculado em US$ 473,77/t no dia 30, expressivo avanço de 13% no acumulado de abril. Para o óleo de soja a ser embarcado em Maio/12, o preço médio foi de US$ 1.213,86/t no dia 30, ligeira alta de 0,1% no acumulado do mês.

Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA/ESALQ/USP (http://cepea.esalq.usp.br)

Análise da variação do preço das matérias-primas utilizadas na produção de biocombustíveis

Na edição anterior, Boletim DCR nº 51, de abril de 2012, foi dado destaque às estimativas da CONAB e da UNICA para a safra 2012/13 de cana-de-açúcar. Dentre as informações, a UNICA informou que mais duas novas unidades produtoras iniciarão suas atividades na safra 2012/2013 na região Centro-Sul, valor significativamente inferior ao observado nos últimos anos. Foram 25 novas usinas na safra 2007/2008; 30 em 2008/2009, 19 em 2009/2010; 10 em 2010/2011 e 3 unidades produtoras na última safra.

A redução das novas unidades de produção, dentre outras evidências, revela a queda da competividade e atratividade do setor sucroenergético. É conhecido que a matéria-prima é o fator de produção que mais impacta no preço final do combustível ofertado pelo setor e, consequentemente, na sua competitividade. Com o objetivo de comparar a variação do preço da matéria-prima dos combustíveis com o índice de inflação, dado pelo IPCA, foi realizado um gráfico das variações percentuais a partir de 2008.

Desconsiderando a particularidade da formação de preço de cada matéria-prima, a cana-de-açúcar valorada pelo CONSECANA-SP obteve a maior variação no período e está bem superior em relação às

demais. Mesmo que a cana paga pelo sistema CONSECANA não reflita o valor real da matéria-prima do setor sucroenergético, haja visto que representa apenas um percentual da cana esmagada pelo setor, cana

de fornecedores independentes e ainda tenha um método de cálculo atrelado às variações dos preços do açúcar e do etanol, o aumento do custo da matéria-prima do setor sucroenergético nesses anos é considerável e impacta fortemente o setor.

Realização do 5º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia do Biodiesel - RBTB

Entre os dias 16 e 19 de abril, em Salvador – BA, foi realizado o 5º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel - RBTB, simultaneamente ao 8º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel. O evento é referência nacional para as áreas de produção de plantas oleaginosas, óleos, gorduras e biodiesel.

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O evento, que teve como tema central "Biodiesel, Inovação e Desenvolvimento Regional", foi construído de forma a apresentar as principais tecnologias das diferentes áreas da cadeia produtiva e, para tanto, foram realizadas palestras, mesas redondas, reuniões técnicas, simpósios e seminário. Foram apresentados os avanços recentes das pesquisas em sete temáticas: matéria-prima; caracterização e controle da qualidade; produção de biodiesel; armazenamento, estabilidade e problemas associados; coprodutos; uso de biodiesel; e políticas públicas e desenvolvimento sustentável.

Nesta edição, o Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia Biodiesel - RBTB publicou mais de 800 artigos desenvolvidos com a participação de 700 instituições de ensino, envolvendo mais de mil pesquisadores. Estiveram presentes no congresso diversas empresas do setor e representantes dos órgãos federais envolvidos no processo produtivo do biodiesel.

O Congresso da RBTB foi realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI, pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do estado da Bahia - SECTI, e pela Universidade Federal de Lavras - UFLA, no âmbito do desenvolvimento tecnológico do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel - PNPB.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCT (www.mct.gov.br) e Universidade Federal de Lavras – UFLA (www.ufla.br)

Companhia aérea japonesa realiza o primeiro voo utilizando bioquerosene de aviação a cruzar o Oceano Pacífico

A companhia aérea japonesa All Nippon Airways (ANA) realizou um voo em uma aeronave Boeing 787 Dreamliner entre as cidades de Washington e Tokyo. A aeronave voou com uma mistura de bioquerosene de aviação à base de óleo de cozinha usado com querosene de aviação convencional (QAV) e emitiu cerca de 30% menos CO2 em comparação aos aviões atuais de tamanho similar. Da redução nos gases do efeito estufa, cerca de 10% pode ser atribuída à utilização do biocombustível e, aproximadamente, 20% aos avanços da tecnologia e eficiência já oferecidas pelo Dreamliner.

Feito principalmente de materiais compósitos, o Boeing 787 Dreamliner é o primeiro avião de médio porte capaz de voar rotas de longo alcance e irá permitir que companhias aéreas abram novas rotas sem escalas, preferidas pelo público viajante.

Fonte: Air Transport World (http://atwonline.com)

Realização do primeiro voo comercial utilizando bioquerosene de aviação no Canadá A companhia aérea canadense Porter Airlines conduziu o primeiro vôo comercial daquele país utilizando bioquerosene de aviação. A aeronave utilizada foi um Bombardier Q400 entre as cidades de Toronto e Ottawa (400 km), consumindo uma mistura de 50% de bioquerosene de aviação (49% de camelina e 1% de mostarda) com 50% de querosene de aviação convencional (QAV). O bioquerosene de aviação foi certificado pelo padrão D7566/D1655 da American Society for Testing and Materials - ASTM. Com o voo, a Porter Airlines concluiu um programa de testes iniciado em 2010.

Fonte: Air Transport World (http://atwonline.com)

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Levantamento sobre os voos utilizando bioquerosene de aviação

Tendo em vista o crescente número de iniciativas de utilização de biocombustíveis no setor de aviação, o MME consolidou informações referentes aos voos comerciais e voos teste realizados com bioquerosene de aviação. De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o setor de aviação é responsável por cerca de 2% das emissões de CO2 causadas pelo ser humano, podendo chegar a 3% em 2050. Com as previsões de crescimento da demanda por serviços aéreos, a indústria de aviação desenvolveu uma série de metas com o objetivo de limitar seu impacto sobre o clima ao mesmo tempo em que continua a oferecer um veículo-chave para o crescimento econômico. Uma das maiores oportunidades para o atingimento dessas metas é a utilização de biocombustíveis.

Empresa País Aeronave Trecho Data Matéria-Prima Mistura

KLM* Holanda B737 Amsterdan - Paris 22-jun-11 Óleo de fritura usado S/I

Lufthansa* Alemanha A321 Hamgurg - Frankfurt 15-jul-11 Diversas 50%

Finnair Finlândia A321 Amsterdan - Helsinki 18-jul-11 Óleo de fritura usado 50%

Interjet México A320 Cidade do México - Tuxtla Gutiérrez 21-jul-11 Pinhão-Manso 27%

AeroMexico México B777 Cidade do México - Madrid 1-ago-11 Pinhão-Manso 30%

AeroMexico* México B737 Cidade do México - San Jose 27-set-11 Pinhão-Manso 25%

Iberia Espanha A320 Madrid - Barcelona 3-out-11 Camelina 25%

Thomson Airways* Reino Unido B757 Birmingham - Arrecife 6-out-11 Óleo de fritura usado 50%

Air France França A321 Tolouse - Paris 13-out-11 Óleo de fritura usado 50%

United Airlines EUA 737-800 Houston - Chicago 7-nov-11 Algas 40%

Alaska Airlines* EUA 737 e Q400 Seattle - Portland e Seattle -Washington 9-nov-11 Óleo de fritura usado 20%

Thai Airways Tailândia 777-200 Bangkok - Chiang Mai 22-dez-11 Óleo de fritura usado S/I

Lufthansa Alemanha 747 Frankfurt - Washington 12-jan-12 Diversas 50%

LAN Chile A320 Santiago - Concepción 7-mar-12 Óleo de fritura usado 31%

Qantas Austrália A330 Sydney - Adelaide 13-abr-12 Óleo de fritura usado 50%

Porter Airlines Canadá Q400 Toronto - Ottawa 17-abr-12 Camelina e Mostarda 50%

Jetstar Austrália A320 Melbourne - Robart 19-abr-12 Óleo de fritura usado 50%Fonte: Enviro.Aero; Air Transport World - ATW e fontes diversas

Elaboração: MME. OBS: S/I - sem informação. * linha regular (mais de 1 voo)

VOOS COMERCIAIS

Empresa País Aeronave Data Matéria-Prima Mistura

Virgin Atlantic Reino Unido B747-400 23-fev-08 Côco e Babaçu 20% em uma turbina

Air New Zealand Nova Zelândia B747-400 30-dez-08 Pinhão-Manso 50% em uma turbina

Continental Airlines EUA B737-800 7-jan-09 Algas e Pinhão-Manso 50% em uma turbina

Japan Airlines Japão B737-300 30-jan-09 Camelina, Pinhão-Manso e Algas 50% em uma turbina

KLM Holanda B747-400 23-nov-09 Camelina, Pinhão-Manso e Algas 50% em uma turbina

TAM Brasil A320 23-nov-10 Pinhão-Manso 50%

Interjet México A320 1-abr-11 Pinhão-Manso 27%

Honeywell** - G450 18-jun-11 Camelina 50% em uma turbina

Boeing** - B757-8F 20-jun-11 Camelina 15% em 4 turbinas

Embraer** - Embraer 170 ago-11 Camelina 50%

Air China China B747-400 28-out-11 Pinhão-Manso 50% em uma turbina

Etihad Emirados Árabes 300ER 24-jan-12 Óleo de fritura usado S/I

All Nippon Airways Japão 787 Dreamliner 17-abr-12 Óleo de fritura usado S/I

VOOS TESTE

Fonte: Enviro.Aero e Air Transport World - ATW

Elaboração: MME. OBS: S/I - sem informação. **não são companhias aéreas

Embrapa estuda aplicações para resíduos do dendê

No mês de abril, a Embrapa Agroenergia iniciou a pesquisa “NanofiBRa - Extração das nanofibras de celulose dos cachos vazios de dendê e sua utilização como reforço para borracha natural” com o objetivo de transformar um resíduo em produto de alto valor agregado.

Apesar do alto potencial de produção de óleo do dendê (palma), para cada tonelada de óleo de dendê obtida, sobra 1,1 tonelada de cachos vazios. Atualmente, esse resíduo é devolvido aos produtores rurais para ser utilizado na fertilização do solo. A ideia da pesquisa é aproveitar a celulose dos cachos vazios e transformá-la em um produto que agregue valor à cadeia produtiva do dendê.

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O projeto integra a Rede AgroNano, programa de nanotecnologia da Embrapa que tem à frente a unidade de Instrumentação da empresa localizada em São Carlos - SP. A rede já estudou a preparação de nanocompósitos formados por borracha natural e fibra de algodão que obtiveram materiais promissores. Os processos de purificação e hidrólise da celulose geram efluentes que, por sua vez, poderão ser empregados na cogeração de eletricidade e na produção de etanol de 2ª geração.

O projeto deve durar dois anos. A primeira etapa prevê a elaboração de uma metodologia para extração de nanofibras de celulose dos cachos vazios. A partir daí, os materiais obtidos serão caracterizados por diversas técnicas instrumentais. As etapas finais serão o desenvolvimento do processo de preparação de nanocompósitos, estudo de suas propriedades e possíveis aplicações.

Além da Embrapa Agroenergia, participam do projeto a Embrapa Cerrados (Planaltina - DF) que irá fornecer e processar preliminarmente a matéria-prima. A Embrapa Instrumentação (São Carlos - SP) e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília - DF) analisarão as propriedades das nanofibras e dos nanocompósitos.

Fonte: Embrapa Agroenergia (www.cnpae.embrapa.br)

FAPESP e a BP assinam acordo para cooperação científica e tecnológica em biocombustíveis

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP e a British Petroleum Biocombustíveis concordaram em apoiar um programa colaborativo com o objetivo de promover projetos de pesquisa envolvendo colaboração entre pesquisadores vinculados a instituições públicas ou privadas, de ensino superior ou pesquisa,do Estado de São Paulo; e pesquisadores da BP. Os projetos de pesquisa devem ajudar a construir competências científicas e tecnológicas, estimular alianças estratégicas para desenvolvimento científico e tecnológico, promover a disseminação do conhecimento e gerar resultados que tenham potencial para aplicações com valor de mercado nas áreas de interesse da BP e da FAPESP.

O aporte para financiar projetos aprovados no âmbito deste Acordo será de US$ 50 milhões, no prazo de 10 anos. Os temas de interesse da FAPESP e BP, que serão objeto de Chamadas de Propostas de Pesquisa, são: biomassa para bioenergia, com foco em cana-de-açúcar; processo de fabricação de biocombustíveis; biorrefinarias e alcoolquímica; aplicações do etanol para motores automotivos; e impactos socioeconômicos, ambientais e uso da terra.

Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP (www.fapesp.br)

Prefeitura de Curitiba lançará ônibus híbrido durante a Rio+20

O prefeitura de Curitiba anunciou que o primeiro ônibus movido a biodiesel e eletricidade da América Latina (Hibribus) será lançado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontecerá de 13 a 22 junho.

O Hibribus será fabricado pela Volvo em Curitiba. A unidade da Volvo na capital paranaense será a primeira a fabricar híbridos fora da Suécia e a primeira a ter os veículos operando em uma linha convencional. A Prefeitura encomendou à Volvo 60 ônibus híbridos. Os primeiros começarão a circular ainda em 2012.

O Hibribus possui dois motores, um a biodiesel e outro elétrico, que funcionam em paralelo ou de forma independente. O motor elétrico é utilizado para arrancar e acelerar o ônibus até uma velocidade de, aproximadamente, 20 quilômetros por hora, e também como gerador de energia durante as frenagens.

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O motor a biodiesel entra em funcionamento em velocidades mais altas. A cada vez que se acionam os freios, a energia de desaceleração é utilizada para carregar as baterias. Quando o veículo está parado, seja no trânsito, em pontos de ônibus ou em semáforos, o motor biodiesel fica desligado. Estudos da Volvo demonstram que o tempo que o veículo fica parado pode representar até 50% do período total de operação do ônibus. Durante o tempo em que o veículo fica parado, não há emissões de poluentes.

Fonte: Prefeitura da Cidade de Curitiba (www.curitiba.pr.gov.b)

BNDES aprova R$ 6,5 milhões para estudo sobre viabilidade de biocombustíveis no Oeste Africano

O BNDES apoiará com R$ 6,5 milhões a realização de um estudo técnico para avaliar a viabilidade da produção de biocombustíveis nos países-membros da União Econômica e Monetária do Oeste Africano - UEMOA. Os trabalhos serão conduzidos por um consórcio selecionado por meio de Chamada Pública realizada pelo BNDES em 2011.

Os recursos, não reembolsáveis, são provenientes do Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP) e viabilizarão um levantamento em todo o território de Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger e Togo, compreendendo condições ambientais, sociais, de mercado, de infraestrutura, de marco regulatório e de estrutura tributária, entre outras, que possam impactar a sustentabilidade e a viabilidade da produção de bioenergia.

A análise levará em consideração, ainda, os resultados de estudos em execução ou já realizados em Guiné-Bissau e no Senegal, cobrindo, assim, o território total dos oito países subsaarianos membros da UEMOA, de modo a identificar áreas propícias para o cultivo sustentável das principais matérias-primas utilizadas na produção de bioenergia.

Para as regiões consideradas aptas, deverão ser recomendados modelos de negócio na forma de projetos pioneiros de viabilidade comparada para a produção de etanol, bioeletricidade, biodiesel, biomassa sólida ou, ainda, para a produção de alimentos.

Além da análise da viabilidade econômica e da avaliação dos impactos socioambientais da produção de biocombustíveis, o estudo financiado pelo BNDES visa à configuração de um instrumento efetivo de atração de investimentos para os países da UEMOA, propiciando oportunidades de negócios para empresas brasileiras exportadoras de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, além de contribuir para o fortalecimento da oferta mundial de etanol.

Em 2007, o Brasil e a UEMOA assinaram um Memorando de Entendimento na área de biocombustíveis. Ratificado pelo Congresso Nacional em 2009, o documento propõe o adensamento da cooperação na área de bioenergia. A inserção do BNDES na cooperação no campo de biocombustíveis ganhou força em 2011, quando foi assinado Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério das Relações Exteriores – MRE para estimular a pesquisa econômica nessa área, mediante a colaboração financeira do Banco. A parceria com a UEMOA é a primeira atividade prevista no acordo.

Fonte: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (www.bndes.gov.br)

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Universidade Estadual da Paraíba patenteia tecnologia de biodiesel

A Universidade Estadual da Paraíba – UEPB patenteou invenção na área de biodiesel no “Catálogo FORTEC

de Tecnologia Verde – Negócios Sustentáveis”, lançado pelo Fórum dos Gestores de Inovação e

Transferência de Tecnologia – FORTEC. A produção do docente do Departamento de Química será

apresentada na reunião da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a

ser realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.

A patente, registrada pelo Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica (NITT) da UEPB, consiste em um

sistema de classificação de biodiesel de forma rápida, precisa e não invasiva, sem destruição da amostra de

biodiesel. A tecnologia permite a identificação do biodiesel como proveniente de quatro tipos de óleo:

algodão, soja, girassol e canola. A inovação nesse sistema de classificação é importante para a tributação de

forma diferenciada e rastreabilidade do biodiesel, além de possibilitar a verificação de qualidade e origem

dos produtos, bem como a proporção ideal de mistura com diesel, entre outros.

De acordo com o NITT, a inserção desta patente no catálogo trará visibilidade à inovação e será uma

oportunidade ímpar de firmar parcerias para licenciamento da tecnologia, transformando o conhecimento

produzido na Universidade em produtos e processos tecnológicos que venham servir à sociedade.

Fonte: Universidade estadual da Paraíba – UEPB (www.uepb.edu.br)

Participação Regional das Matérias-Primas Usadas na Produção do Biodiesel

A ANP passou a publicar, em seu Boletim Mensal do Biodiesel, desde a edição de fevereiro de 2012 e com

dados de janeiro de 2012, o perfil regional das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. Na

seção “Participação das Matérias-Primas” deste boletim, introduzimos um gráfico elaborado a partir dessas

informações com intuito de comparar a importância das principais matérias-primas em cada região.

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BIODIESEL

Biodiesel: Produção e Capacidade Produtiva Mensais

Dados preliminares com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP mostram que a produção estimada em abril de 2012 foi de 180 mil m³. No acumulado do ano, acrescido da estimativa para abril, a produção atingiu 777 mil m³, um decréscimo de 2% em relação ao mesmo período de 2011 (797 mil m³).

A capacidade instalada, em março de 2012, ficou em 6.260 mil m³/ano (522 mil m³/mês). Dessa capacidade, 83% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social.

Biodiesel: Atos Normativos e Autorizações de Produtores

Atos Normativos Resolução ANP no 14/2012, que estabelece novos parâmetros para a especificação do biodiesel e as

obrigações quanto ao controle da qualidade; Portaria MME no 276/2012, que define as novas diretrizes específicas para o Leilão de Compra de

Biodiesel, visando o suprimento durante o terceiro trimestre de 2012; e Aviso de consulta pública ANP nº 04 de 2012 – obtenção de informações para a Resolução sobre o

uso de biocombustíveis não especificados, para uso experimental e uso específico.

Produtores Autorização de Ampliação nos 164/2102 (Grupal - MT – ampliação da capacidade para 200 m³/d) e

165/2102 (Biopar - PR - ampliação da capacidade para 300 m³/d);

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Autorização de Operação nos 163/2102 (Petrobras Biocombustível - MG – sem ampliação da capacidade) e 166/2102 (SILL - MT - ampliação da capacidade para 50 m³/d);

Atos Declaratórios da RFB: do delegado de Santa Maria - RS nos 12/2012 (cancelamento do Registro Especial na RFB da Brasil Ecodiesel - RS) e 17/2012 (concede do Registro Especial para a Camera - RS de Rosário do Sul); do delegado de Palmas - TO nos 06/2012 (cancelamento do Registro Especial da Brasil Ecodiesel - TO) e 07/2012 (concede do Registro Especial para a V-Biodiesel - TO); do delegado de Feira de Santana - BA nos 12/2012 (cancelamento do Registro Especial da Brasil Ecodiesel - BA) e 13/2012 (concede do Registro Especial para a V-Biodiesel - BA);

Despachos da Diretora Geral da ANP nos 414/2012 (transferência das autorizações da Brasil Ecodiesel para a V-Biodiesel – Iraquara - BA), 415/2012 (transferência das autorizações da Brasil Ecodiesel para a V-Biodiesel – Porto Nacional - TO) e 513/2012 (cancelamento da autorização da Fusermann -MG).

Testes e Usos Específicos

Autorizações ANP nº 167/2012 (Traskuba ‐ uso específico de B20 – São Paulo - SP).

Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras

Biodiesel: Preços e Margens

O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra-se, também, o comportamento das margens de revenda.

Região nº usinas Capacidade Instalada

mil m3/ano %

N 5 205 3%

NE 6 741 12%

CO 25 2.547 41%

SE 12 1.143 18%

S 8 1.624 26%

Total 56 6.260 100%

OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 30/04/2012.

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No mês de abril, o preço médio de venda da mistura B5 ao consumidor apresentou um acréscimo de 0,2% na média nacional em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), não houve variação.

A margem bruta de revenda da mistura B5, por sua vez, apresentou um acréscimo de 1,9%. É importante lembrar que esta margem é calculada pela diferença entre o preço de venda ao consumidor final e o preço de aquisição do produto pelo posto revendedor. Representa, em tese, a lucratividade bruta do posto revendedor por cada litro de combustível comercializado.

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Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada

O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque. Mostra-se, também, a demanda de biodiesel estimada.

O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média trimestral. Em abril, primeiro mês das entregas do 25º Leilão, a performance média ficou em 79%. O desempenho nos próximos dois meses desse leilão precisará ser monitorado com mais ênfase, inclusive em relação aos eventuais impactos derivados do aumento de preço da soja.

Biodiesel: Preços das Matérias-Primas

O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso.

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Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.

No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.

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No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja.

No gráfico a seguir, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias-primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras.

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O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos.

As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação.

Biodiesel: Participação das Matérias -Primas

O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. No mês de fevereiro, a participação das três principais matérias-primas foi: 71,1% (soja), 18,0% (gordura bovina) e 7,3% (algodão).

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No gráfico a seguir, apresentamos a participação das principais matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel para o mês de fevereiro de 2012 por região.

Biodiesel: Distribuição Regional da Produção

A produção regional, em março de 2012, apresentou a seguinte disribuição: 43,5% (Centro-Oeste), 33,2% (Sul), 15,1% (Sudeste), 6,9% (Nordeste) e 1,2% (Norte).

Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B5)

A ANP analisou 6.783 amostras da mistura B5 comercializada no mês de abril. O teor de biodiesel fora das especificações representou 15,0% do total de não conformidades identificadas. Em março, o teor de biodiesel representou 17,6% do total de não conformidades.

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Biodiesel: Consumo em Países Selecionados

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ETANOL

Etanol: Produção e Consumo Mensais

No mês de março, foram processadas 9,2 milhões de toneladas de cana, queda de 68% em relação à moagem de fevereiro. No ultimo mês da safra 2011/12, foram produzidos 39,1 mil m3 de etanol, volume 81% menor do que o produzido no mesmo mês do ano anterior. O hidratado totalizou 23,6 mil m3, volume 81% menor que o ano anterior. Já a produção de anidro somou 15,4 mil m3, volume 80% maior que o ano interior. No acumulado, a produção da safra 2011/12 registrou 22,8 milhões de m3 de etanol, sendo 8,6 milhões de m3 de anidro e 14,2 milhões de m3 de hidratado, redução de 13% em relação a safra 2010/11.

Em março, o consumo de etanol carburante teve uma elevação de 23% em relação ao mês anterior, 1,65 milhões de m3. O aumento no consumo de hidratado em relação a fevereiro foi de 18%, enquanto que o aumento do consumo do anidro foi de 31% no mesmo período. No acumulado, foram consumidos 1,75 milhões de m3 de anidro e 2,60 milhões de m3 de hidratado nos três primeiros meses do ano.

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Etanol: Exportações e Importações

Em abril, as exportações brasileiras de etanol foram de 64,2 mil m3. O preço médio (FOB), em abril, teve um decréscimo de 2,9% em relação ao mês anterior, atingindo o valor de US$ 0,74/litro. Os principais destinos, em abril, foram Estados Unidos (33,08 mil m3), Japão (21,7 mil m3) e Holanda (4 mil m3).

A exportação de etanol nos quatro primeiros meses totalizou 312,9 mil m3 de etanol, uma queda de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações para o mercado norte-americano, neste ano, de forma direta e indireta (via CBI – CAFTA), totalizaram 156,2 mil m3, 30% superior ao mesmo período do ano anterior.

As importações brasileiras de etanol, em abril, somaram 102 mil m³ de etanol. O preço médio (FOB) dessas importações foi de US$ 0,714/litro. Praticamente todo volume importado teve como origem os Estados Unidos. No acumulado, o Brasil importou 428,3 mil m3 de etanol nos três primeiros meses do ano.

No acumulado de 2012, as importações superaram as exportações em 115,4 mil m3.

Etanol: Frota Flex-Fuel

O número de licenciamento de veículos leves em abril de 2012 foi de 244,5 mil, apresentando uma redução de 10,4% em relação a abril de 2011. Desse total, os carros flex-fuel representaram 86%. Em abril de 2012, o setor automotivo alcançou a marca de 16,25 milhões de veículos flex-fuel licenciados desde 2003 e a sua participação estimada na frota total de veículos leves é de 49%.

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Etanol: Preços da Cana-de-Açúcar

Etanol: Preços

Em abril, os preços médios do etanol anidro e do hidratado no produtor, no Centro-Sul, tiveram uma leve queda. O etanol anidro teve uma redução de 2,3%, atingindo o valor médio de R$ 1,25/litro. Já o hidratado teve uma redução de 2,4%, atingindo o valor médio de R$ 1,18/litro. Comparado aos preços de abril de 2011, em 2012, o anidro está 48% menor e o hidratado 15% menor. Destaca-se que os meses de março e abril do ano passado foram considerados atípicos devido à grande elevação dos preços do anidro e do hidratado.

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Etanol: Margens de Comercialização

Etanol: Paridade de Preços – Média Mensal

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Etanol: Paridade de Preço – Semana de 22.04.2012 a 28.04.2012

A paridade de preços, na última semana de abril de 2012, não favoreceu o consumo de etanol hidratado em veículos flex-fuel. Todas as capitais apresentaram paridade acima dos 70%, exceto Cuiabá. Destaque para as cidades de Boa Vista, Teresina e Porto Alegre, que tiveram as maiores paridades, acima de 88%.

Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol

Em abril, o preço do açúcar recuou 8,1% em relação ao mês anterior (US$ 504/ton). O preço do açúcar está 7,3% menor do que o praticado em abril de 2011. O Petróleo tipo Brent teve uma redução de 4,6%.

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Etanol: Não Conformidades na Gasolina C

A ANP analisou 7.055 amostras de gasolina C no mês de abril. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 19,0% do total das não conformidades. Em março, esta NC representou 13,5%.

Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado

A ANP analisou 3.503 amostras de etanol hidratado no mês de abril, das quais 109 apresentaram não conformidades. A maioria das não conformidades se refere a aspecto e cor fora das especificações da ANP.

Etanol: Consumo em Países Selecionados

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Biocombustíveis: Números do Setor em 2011

NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2011)

Etanol Biodiesel

Produção (safra 2011/2012 – milhões de m³) 22,8 -

Produção (ano civil – milhões de m³) 22,9 2,7

Consumo combustível (milhões de m³) 20,6 2,7

Exportações (milhões de m³) 1,96 -

Importações (milhões de m³) 1,15 -

Preço médio no produtor – EH e B100(1) (R$/L) 1,21 2,21

Preço médio no distribuidor – EH(2) e B5(2) (R$/L) 1,93 1,77

Preço médio no consumidor final – EH(2) e B5(2) (R$/L) 2,19 2,01

Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) - 6,0 (1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos.

Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte.

Distribuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e-mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html

Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Henrique Soares Vieira Magalhães, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos e Ricardo Borges Gomide.